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Prof. Anderson Regis www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 57 Prof. Anderson Regis Contabilidade p/ Polícia Federal Aulas .01 A 010 Contabilidade Polícia Federal Professor: Anderson Regis Aulas: 01 a 10.

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Aulas .01 A 010

Contabilidade – Polícia Federal

Professor: Anderson Regis

Aulas: 01 a 10.

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Apresentação

Olá Concurseiros !!!

Meu nome é Anderson Regis, sou formado em Contabilidade e estou na área de

Concurso Público desde 2010.

Já estive onde você está agora estudando muito para poder acessar uma vaga no

serviço público.

Estudei durante 18 meses me preparando para o Concurso da Receita Federal. O

Edital da RFB não veio então durante os estudos fiz vários concursos, fui reprovado

em alguns no início e depois fui aprovado no concurso para Auditor Fiscal de

Tributos Municipais de Curitiba-PR e em seguida para o Tribunal de Contas do

Estado do Paraná onde estou até o momento.

Atualmente tenho atuado lecionando as matérias de Contabilidade Geral,

Avançada, Contabilidade Pública, Auditoria e Imposto de Renda para Cursos

preparatórios para Concursos Públicos.

Minha saudação é que você tenha sucesso na sua preparação para o concurso de

Agente da Polícia Federal não só na matéria de Contabilidade mas no concurso todo.

Minha sugestão é de que você estude como se a aprovação dependesse somente de

você mas que você ore como se ela dependesse somente de Deus. Funcionou comigo

e espero que funcione com você também.

Que Deus abençoe seus estudos e que em breve eu receba notícias da sua

aprovação, nomeação e posse no cargo público que você escolheu.

Um abraço,

Anderson Regis

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Contabilidade

1 - Conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade. Contabilidade é a ciência que tem por objeto o patrimônio das entidades e por objetivo o controle desse patrimônio, com a finalidade de fornecer informações a seus usuários.

CONTABILIDADE

(ciência)

OBJETIVO OBJETO FINALIDADE

(meio) (matéria) (fim)

Controlar o Patrimônio Patrimônio Fornecer Informações

I Congresso Brasileiro de Contabilidade em 1924: “Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro relativo aos atos e fatos da administração econômica”.

Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a interpretação dos fatos nele ocorridos, com o fim de oferecer informações sobre sua composição e variação, bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial. (Hilário Franco) Contabilidade é a ciência que estuda, registra e controla o patrimônio e as mutações que nele operam os atos e fatos administrativos, demonstrando no final de cada exercício social o resultado obtido e a situação econômico-financeira da entidade. (Francisco D’Auria).

2 - Patrimônio: componentes, equação fundamental do patrimônio, situação líquida, representação gráfica.

O Patrimônio de uma empresa é composto pelo conjunto de BENS, DIREITOS e OBRIGAÇÕES de sua propriedade. Os bens e direitos constituem sua parte positiva a qual chamamos de ATIVO. As obrigações (dívidas com terceiros), a parte negativa a qual chamamos de PASSIVO. Em outras palavras: PATRIMÔNIO = BENS, DIREITOS e OBRIGAÇÕES. BENS E DIREITOS = ATIVO OBRIGAÇÕES = PASSIVO Outras definições: ATIVO = Patrimônio Bruto, Capital Aplicado, Recursos Aplicados, Aplicações dos Recursos, Capital Investido. PASSIVO = Capital Alheio, Passivo Exigível, Capital de Terceiros, Recursos de Terceiros.

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PATRIMÔNIO LÍQUIDO Sinônimos = Situação Líquida, Capital Próprio, Recursos Próprios, Passivo não Exigível. Equação fundamental: PL = Bens + Direitos – Obrigações Ou PL = A – P Ou A = P + PL Representação Gráfica:

Ativo Passivo

Bens Obrigações com terceiros

Direitos Patrimônio Líquido

3 - Atos e fatos administrativos: conceitos, fatos permutativos, modificativos e mistos. Atos administrativos são acontecimentos que ocorrem numa entidade que não alteram o seu patrimônio. Exemplo: Admissão de um empregado, assinatura de um contrato de seguro, envio de duplicatas a receber ao banco para cobrança simples. Fatos contábeis: São todos os acontecimentos que ocorrem numa entidade e provocam alterações qualitativas e/ou quantitativas no seu patrimônio. Os fatos contábeis podem ser: Fatos permutativos Não alteram o valor do patrimônio líquido, pois representam apenas permutações entre elementos patrimoniais. Fatos modificativos diminutivos Diminuem o valor do patrimônio líquido. Fatos modificativos aumentativos Aumentam a situação líquida patrimonial. Fatos Mistos Diminutivos São simultaneamente permutativos e modificativos diminutivos. Fatos Mistos Aumentativos São simultaneamente permutativos e modificativos aumentativos. Fatos permutativos Exemplo 01 – Diminui e Aumenta o Ativo

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Compra de Mercadorias à vista no valor de R$ 5.000,00 D: Mercadorias (aumenta o Ativo) C: Caixa (Diminui o Ativo) Exemplo 02 – Aumenta Ativo e aumenta Passivo Compra de mercadorias a prazo no valor de R$ 15.000,00 D: Mercadorias (aumenta o Ativo) C: Fornecedores (aumenta Passivo) Exemplo 03 – Diminui o Ativo e diminui o Passivo Pagamento de Fornecedores no valor de R$ 5.000,00 D: Fornecedores (Diminui o Passivo) C: Caixa (Diminui o Ativo) Exemplo 04 – Aumenta e diminui o Passivo Retenção de Imposto de Renda na Fonte sobre salários dos empregados no valor de R$ 15.000,00 D: Salários a Pagar (diminui Passivo) C: IRRF a Recolher (aumenta Passivo) Exemplo 05 – Diminui e aumenta o Patrimônio Líquido Integralização de Capital com Reserva de Lucros no valor de R$ 5.000,00 D: Reserva de Lucros (diminui o PL) C: Capital Social (aumenta o PL) FATOS MODIFICATIVOS DIMINUTIVOS Exemplo 01 – Diminui Ativo e diminui o Patrimônio Líquido Pagamento de salários à vista no valor de R$ 5.000,00 D: Despesas com Salários (diminui o PL) C: Caixa (diminui o Ativo) Exemplo 02 – Aumenta o Passivo e diminui o PL Apropriação de salários no valor de R$ 10.000,00 D: Despesas com Salários (diminui o PL) C: Salários a Pagar ( aumenta o Passivo) FATOS MODIFICATIVOS AUMENTATIVOS Exemplo 01 – Aumenta Ativo e aumenta o Patrimônio Líquido Recebimento de juros ativos no valor de R$ 5.000,00 D: Caixa (aumenta o Ativo) C: Juros Ativos (aumenta o PL) Exemplo 02 – Diminui o Passivo e aumenta o PL Prescrição de dívidas no valor de R$ 10.000,00 D: Dívidas a Pagar (diminui o Passivo) C: Receitas com Prescrição de Dívidas ( aumenta o PL) FATOS MISTOS DIMINUTIVOS Exemplo: diminui Ativo, diminui o Passivo e diminui PL

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Pagamento de fornecedores no valor de R$ 5.000,00 com juros de R$ 1.000,00 D: Fornecedores = 5.000,00 D: Juros Passivos = 1.000,00 C: Caixa = 6.000,00 FATOS MISTOS AUMENTATIVOS Recebimento de duplicatas no valor de R$ 5.000,00 com juros de R$ 1.000,00 Exemplo: aumenta e diminui Ativo e aumenta PL. D: Caixa = 6.000,00 C: Duplicatas a Receber = 5.000,00 C: Juros Ativos = 1.000,00 Já caiu em prova recentemente !!! CESP Agente da PF 2012 Considere os eventos de I a V listados abaixo. I - aquisição de veículo à vista para uso na atividade operacional II - baixa de bem inservível registrado no imobilizado III - apropriação da folha de pessoal do mês IV - registro da diminuição do valor de dívida a receber em função da variação monetária V - pagamento de obrigação com desconto Com base nas informações acima, julgue os itens a seguir, relativos à classificação dos fatos administrativos. 76__ Os eventos II, IV e V são classificados como fatos mistos, pois, além de provocarem variações no saldo patrimonial, representam a transposição de valores entre os grupos de contas patrimoniais. 77__ Os eventos I e III classificam-se como fatos permutativos e não afetam o saldo patrimonial da entidade. 4 - Contas: conceitos, contas de débitos, contas de créditos e saldos. CONTA é o nome representativo de um elemento patrimonial (bem, direito, obrigação ou Patrimônio Líquido) ou de uma variação patrimonial (despesa ou receita) que os quantificam e qualificam através de saldos devedores e credores. Tipos de Contas: Contas Patrimoniais: São utilizadas para CONTROLE e APURAÇÃO do patrimônio. Temos as Contas do Ativo, do Passivo, do Patrimônio Líquido.

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Também são consideradas patrimoniais as contas RETIFICADORAS ou REDUTORAS. São contas negativas dos grupos aos quais pertençam. Contas de Resultado: São utilizadas para a APURAÇÃO DO RESULTADO do exercício (lucro ou prejuízo). São transitórias porque ao final de cada exercício as mesmas são encerradas, tendo seus saldos zerados, a fim de apurar o resultado do exercício: Lucro ou Prejuízo. As contas de despesas são creditadas e as contas de receitas são debitadas e ambas terão como contrapartida um débito e um crédito, respectivamente, em uma conta transitória: Apuração do Resultado do Exercício – ARE. Temos as Contas de Receitas e as Contas de Despesas. Conceito de Despesas: As despesas são variações patrimoniais negativas. Elas diminuem o Patrimônio Líquido de uma entidade. As despesas têm por objetivo a geração de receitas. As despesas podem ser OPERACIONAIS ou OUTRAS DESPESAS. CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com Vendas ou Comerciais Despesas Financeiras Despesas Gerais e Administrativas Outras Despesas Operacionais Despesas com Vendas ou Comerciais Fretes sobre Vendas Provisão para Devedores Duvidosos Embalagens Propaganda e Publicidade Comissão de Vendas Salário dos vendedores Devolução de Vendas de exercícios anteriores Despesas Financeiras Juros Passivos Descontos Condicionais Concedidos Variações Monetárias Passivas Variações Cambiais Passivas Despesas Gerais e Administrativas Salários Depreciação, Amortização, Exaustão Honorários da Diretoria Internet Energia Elétrica

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Outras Despesas Operacionais Despesa com Perda de Equivalência Patrimonial Despesa com Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado CLASSIFICAÇÃO DAS OUTRAS DESPESAS A Lei 11.941/09 teve como objetivo a adequação da contabilidade brasileira às normas contábeis internacionais. Entre outras coisas, a lei eliminou as despesas não operacionais e passou a chamá-las de OUTRAS DESPESAS. Sendo que esse grupo ficará demonstrado na Demonstração do Resultado dentro do Resultado Operacional. As principais contas desse grupo são: Despesas com Provisão para Perdas Prováveis. Despesas Decorrentes de Baixa ou Alienação de Bens do Ativo Não Circulante Imobilizado. Conceito de Receitas São variações patrimoniais positivas, pois aumentam o Patrimônio Líquido de uma empresa. As Receitas podem ser Operacionais ou Outras Receitas. CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS OPERACIONAIS Receitas Brutas ou Vendas Brutas Receitas Líquidas Receitas Financeiras Outras Receitas Operacionais Receitas Brutas ou Vendas Brutas Vendas de Produtos Vendas de Mercadorias Vendas de Serviços Prestados Receitas Líquidas São receitas obtidas da diferença entre as Receitas Brutas e a Dedução das Vendas. Dedução das Vendas Impostos sobre Vendas Devolução de Vendas Abatimentos sobre Vendas Descontos Incondicionais Concedidos Descontos Comerciais Concedidos Ajuste a Valor Presente das Vendas Receitas Financeiras Juros Ativos Descontos Condicionais Obtidos

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Variações Monetárias Ativas Outras Receitas Operacionais Receitas com Ganhos de Equivalência Patrimonial Receitas de Dividendos Receitas com Devolução de vendas referentes a exercícios anteriores CLASSIFICAÇÃO DAS OUTRAS RECEITAS A Lei 11.941/09 teve como objetivo a adequação da contabilidade brasileira às normas contábeis internacionais. Entre outras coisas, a lei eliminou as receitas não operacionais e passou a chamá-las de OUTRAS RECEITAS. Sendo que esse grupo ficará demonstrado na Demonstração do Resultado dentro do Resultado Operacional. As principais contas desse grupo são: Receitas com reversão de provisão para perdas prováveis Receitas decorrentes da alienação de bens do Ativo Não Circulante Imobilizado Receitas de Doações de pessoas de Direito Privado Natureza das contas Contas de Débito ou devedoras: Ativo Despesas Retificadoras do Passivo e do Patrimônio Líquido. Contas de Crédito ou credoras Passivo Patrimônio Líquido Receitas Retificadoras do Ativo Saldo de uma conta É a diferença positiva entre o total de débitos e o total de créditos efetuados na conta. Existem dois tipos de saldo: SALDO DEVEDOR – Se o total de débitos for maior que o total de créditos. Exemplo: Caixa. SALDO CREDOR – Se o total de créditos for maior que o total de débitos. Exemplo: Fornecedores. Funcionamento das contas: Contas devedoras aumentam com débitos e diminuem com créditos. Contas credoras aumentam com créditos e diminuem com débitos.

Conta Débito Crédito

Ativo aumenta diminui

Passivo e Patrimônio Líquido diminui aumenta

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Despesa aumenta diminui

Receita diminui aumenta

Retificadora do Passivo e Patrimônio Líquido aumenta diminui

Retificadora do Ativo diminui aumenta

5 - Plano de contas: conceitos, elenco de contas, função e funcionamento das contas. Conceito: o PLANO DE CONTAS é o conjunto composto pela relação ordenada e codificada das contas utilizadas pela entidade, bem como de todas as normas e procedimentos adotados pelo seu sistema contábil, objetivando servir como guia e meio de padronização, a fim de facilitar a análise e elaboração dos registros e demonstrações contábeis. Elenco de contas: É a estrutura do plano de contas. Compreende a relação ordenada e codificada de todas as contas utilizadas pela entidade. No Plano de Contas deverá constar ainda o Manual de Contas que definirá a função de cada conta, ou seja, a razão de sua existência. O Manual definirá também o funcionamento das contas, ou seja, quando a conta será debitada e quando será creditada. 6 - Escrituração: conceitos, lançamentos contábeis, elementos essenciais, fórmulas de lançamentos, livros de escrituração, métodos e processos, regime de competência e regime de caixa. Lei 10.406/02 – Código Civil Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. Lei 6404/76 Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência. Escrituração: é a técnica contábil que tem por objetivo os registros de todos os fatos contábeis e de alguns atos administrativos em livros próprios que alteram de forma qualitativa ou quantitativa o patrimônio, sendo que esses registros são expostos através das demonstrações contábeis.

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A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos Princípios de Contabilidade. 1. A escrituração contábil deve ser executada:

a) em idioma e em moeda corrente nacionais; b) em forma contábil; c) em ordem cronológica de dia, mês e ano; d) com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou

emendas; e e) com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta,

em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis. Métodos O método das PARTIDAS DOBRADAS, conhecido também como DIGRAFIA, é a escrituração bilateral, ou seja, o registro de cada fato envolve pelo menos um elemento que será debitado e pelo menos um elemento que será creditado. Para TODO DÉBITO HÁ PELO MENOS UM CRÉDITO E VICE VERSA. O total do débito será sempre igual ao total do crédito. Lançamento Contábil: é o registro do fato contábil ocorrido. Elementos essenciais do Lançamento: Local e data Conta debitada Conta creditada Histórico Valor Informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram um mesmo lançamento contábil. O registro contábil deve conter o número de identificação do lançamento em ordem sequencial relacionado ao respectivo documento de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis. Exemplo: Em 31/01/2014 a empresa XPTO S/A realizou a compra a vista de um veículo para uso da empresa em suas atividades operacionais pelo valor de R$ 50.000,00. Não considere a incidência de tributos. A contabilidade registrou corretamente esta compra no Livro Diário através do seguinte lançamento contábil: Registro manual Curitiba, 31 de janeiro de 2014 Veículos a Caixa............................................ 50.000,00

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Compra a vista de um veículo para uso da empresa conforme nota fiscal 1234 emitida pelo fornecedor Veículos LTDA. Local e data = Curitiba, 31 de janeiro de 2014 Conta debitada = Veículos Conta creditada = Caixa Histórico = Compra a vista de um veículo para uso da empresa conforme nota fiscal 1234 emitida pelo fornecedor Veículos LTDA. Valor = 50.000,00 Registro mecanizado Curitiba, 31 de janeiro de 2014 D – Veículos C – Caixa...........................50.000,00 Compra a vista de um veículo para uso da empresa conforme nota fiscal 1234 emitida pelo fornecedor Veículos LTDA. Fórmulas de Lançamento: Existem 04 fórmulas de lançamento contábil: 1ª fórmula: Uma conta debitada e uma conta creditada. 2ª fórmula: Uma conta debitada e mais de uma creditada. 3ª fórmula: Mais de uma conta debitada e uma conta creditada 4ª fórmula: Mais de uma conta debitada e mais de uma conta creditada. Resumo:

F D C

1ª 1 1

2ª 1 2

3ª 2 1

4ª 2 2

Primeira fórmula: D – Caixa C – Banco Conta Movimento.............. 10.000,00 Segunda fórmula D – Fornecedores................................ 10.000,00 C – Caixa.................................................9.000,00 C – Descontos Obtidos............................1.000,00 Terceira fórmula D – Caixa............................... 9.000,00

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D – Descontos Concedidos . 1.000,00 C – Clientes ...........................10.000,00 Quarta fórmula D – Salários ........................... 10.000,00 D – Hora-extra........................ 1.000,00 C – INSS a Recolher..................2.000,00 C – IRRF a Recolher .................3.000,00 C – Salários a Pagar ..................6.000,00 PROCESSOS Os processos de escrituração podem ser: Manual Maquinizado Mecanizado Informatizado Livros de Escrituração Livro diário e livro razão Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, em forma não digital, devem revestir-se de formalidades extrínsecas, tais como:

a) serem encadernados; b) terem suas folhas numeradas sequencialmente; c) conterem termo de abertura e de encerramento assinados pelo titular ou

representante legal da entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado no Conselho Regional de Contabilidade.

Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, em forma digital, devem revestir-se de formalidades extrínsecas, tais como:

a) serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado;

b) serem autenticados no registro público competente. Livro Diário – é obrigatório de acordo com artigo 1180 da Lei 10.406 – Novo Código Civil. No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com individualização, clareza e referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, e quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais. Quando o Livro Diário e o Livro Razão forem gerados por processo que utilize fichas ou folhas soltas, deve ser adotado o registro “Balancetes Diários e Balanços”.

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No caso da entidade adotar processo eletrônico ou mecanizado para a sua escrituração contábil, os formulários de folhas soltas, devem ser numerados mecânica ou tipograficamente e encadernados em forma de livro.

Em caso de escrituração contábil em forma digital, não há necessidade de impressão e encadernação em forma de livro, porém o arquivo magnético autenticado pelo registro público competente deve ser mantido pela entidade. Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos gerais da escrituração contábil. A entidade é responsável pelo registro público de livros contábeis em órgão competente e por averbações exigidas pela legislação de recuperação judicial, sendo atribuição do profissional de contabilidade a comunicação formal dessas exigências à entidade. Retificação de lançamento contábil

Retificação de lançamento é o processo técnico de correção de registro realizado com erro na escrituração contábil da entidade e pode ser feito por meio de: estorno; transferência; e complementação. Regime de Competência e Regime de Caixa. Existem dois critérios distintos para determinarmos a ocorrência ou não de despesas e receitas. Tais critérios, os quais representam pontos de vistas diferentes, são os dois regimes de contabilização existentes, a saber: REGIME DE CAIXA E REGIME DE COMPETÊNCIA. No Regime de Caixa as despesas e receitas são contabilizadas nas saídas e entradas de dinheiro. No Regime de Competência as despesas e receitas são contabilizadas pelas ocorrências do fato gerador, independentemente da saída ou entrada de dinheiro. As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado com base na associação direta entre elas e os correspondentes itens de receita. Já caiu em prova recentemente!!! CESPE – Agente PF 2012 Determinada entidade apresentou os seguintes eventos no mês de abril de 2012. I - pagamento de R$ 4.200,00, no mês de abril de 2012, referentes a aluguel dos meses de abril e maio de 2012;

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II - consumo e pagamento de despesas, em abril de 2012, com serviços de limpeza e conservação, relativos ao mês de abril de 2012, no valor de R$ 1.800,00; III - recebimento, em abril de 2012, em dinheiro, por serviços prestados no mês de março de 2012, no valor de R$ 3.600,00; IV - prestação de serviços, no mês de abril de 2012, para recebimento em maio de 2012, no valor de R$ 5.700,00. À luz do regime de caixa e do regime de competência, julgue os itens seguintes, relativos à apuração de resultado do mês de abril de 2012 da entidade considerada. 84_ Na apuração do resultado do mês de abril de 2012, não se consideram, tanto no regime de caixa quanto no de competência, os eventos III e IV, os quais repercutem na apuração do resultado, respectivamente, dos meses de março e maio. 7 - Contabilização de operações contábeis diversas: juros, descontos, tributos, aluguéis, variação monetária/ cambial, folha de pagamento, compras, vendas e provisões, depreciações e baixa de bens.

JUROS PASSIVOS

D: Despesas com juros, Despesas Financeiras, Juros Passivos, Juros Pagos

C: Caixa, Bancos, Empréstimos a Pagar.

JUROS ATIVOS

D: Caixa, Bancos, Juros a Receber, Aplicações Financeiras, Duplicatas a Receber.

C: Receita com Juros, Juros Ativos, Receitas Financeiras.

DESCONTOS RECEBIDOS D: Duplicatas a Pagar, Fornecedores, Caixa, Bancos Conta Movimento. C: Descontos Obtidos, Descontos Recebidos. DESCONTOS CONCEDIDOS D: Descontos Concedidos C: Duplicatas a Receber, Clientes. TRIBUTOS D: IPTU, IPVA, ICMS, IPI, ITCMD, ITBI, IGF, ISS, Contribuição de Melhoria. C: Impostos a Pagar, Impostos a Recolher, Caixa, Bancos Conta Movimento.

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ALUGUEIS – Despesa D: Aluguéis Passivos, Despesa com aluguel, Aluguéis Pagos. C: Aluguéis a Pagar, Caixa, Bancos Conta Movimento. ALUGUEIS – Receita D: Aluguéis a Receber, Caixa, Bancos Conta Movimento. C: Aluguéis Ativos, Receita com Aluguéis, Aluguéis Recebidos. VARIAÇÃO MONETÁRIA/CAMBIAL – Despesa. D: Despesas com Variação Monetária/Cambial, Variação Monetária/Cambial Passiva. C: Contas a Pagar/Receber, Duplicatas a Pagar/Receber, Caixa, Bancos Conta Movimento. VARIAÇÃO MONETÁRIA/CAMBIAL – Receita D: Contas a Pagar/Receber, Duplicatas a Pagar/Receber, Caixa, Bancos Conta Movimento. C: Receita com Variação Monetária/Cambial, Variação Monetária/Cambial Ativa. FOLHA DE PAGAMENTO Salário e outras Remunerações: D: Salários ou Remunerações C: Salários a Pagar Encargos Sociais sobre a Folha de Pagamento D: INSS, FGTS C: INSS OU FGTS a Recolher Valores retidos dos trabalhadores D: Salários a Pagar C: INSS, IRRF sobre Salários. COMPRAS – Empresa Comercial ou Revendedora D: Mercadorias, Estoques, Material para Revenda D: ICMS a Recuperar D: PIS a Recuperar D: Cofins a Recuperar C: Bancos Conta Movimento/Caixa/Fornecedores COMPRAS – Empresa industrial D: Matéria-Prima, Estoque de Matéria-Prima. D: ICMS a Recuperar D: PIS a Recuperar D: Cofins a Recuperar D: IPI a Recuperar C: Bancos Conta Movimento/Caixa/Fornecedores COMPRAS – Bens para uso da empresa (Ativo Permanente) D: Veículos, Máquinas e Equipamentos, Edificações, Bens de Informática C: Bancos Conta Movimento/Caixa/Fornecedores

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VENDAS D: Clientes, Duplicatas a Receber, Caixa. C: Receita com Vendas, Faturamento Bruto. D: IPI Faturado C: IPI a Recolher D: ICMS s/ Vendas C: ICMS a Recolher D: PIS s/ Faturamento C: PIS a Recolher D: Cofins s/ Faturamento C: Cofins a Recolher PROVISÕES DE DESPESAS D: Despesas com Provisões C: Provisão (Passivo Circulante) PROVISÕES RETIFICADORA DO ATIVO D: Despesas com Provisões C: Provisão (retificadora do Ativo) DEPRECIAÇÕES D: Despesa com Depreciação C: Depreciação Acumulada (retificadora do Ativo) BAIXA DE BENS D: Despesa com Baixa de Bens C: Veículos, Máquinas e Equipamentos, Imóveis. D: Depreciação Acumulada (retificadora do Ativo) C: Baixa de Depreciação Acumulada Já caiu em prova recentemente!!! CESP Agente PF – 2012 A respeito dos registros contábeis das provisões, julgue o item abaixo. 82_ As provisões retificadoras do ativo são constituídas debitando-se uma conta de despesa e creditando-se uma conta patrimonial que represente a respectiva provisão. 8 - Balancete de verificação: conceitos, modelos e técnicas de elaboração.

O balancete de verificação é um demonstrativo auxiliar que relaciona os saldos das contas remanescentes no diário. Imprescindível para verificar se o método de partidas dobradas está sendo observado pela escrituração da empresa.

Por este método cada débito deverá corresponder a um crédito de mesmo valor, cabendo ao balancete verificar se a soma dos saldos devedores é igual a soma dos saldos credores.

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Exemplo:

Balancete de Verificação

Descrição das Contas Saldo Anterior Débito Crédito Saldo Atual

01 – Bancos Conta Movimento 100,00 10,00 30,00 80,00

02 – Financiamentos de Longo Prazo (200,00) 100,00 150,00

(250,00)

03 – Estoque de Matéria Prima 25,00 10,00 15,00 20,00

04 – Capital Social (900,00) 200,00 -

(700,00)

05 – Veículos 1.000,00 479,00 - 1.479,00

06 – ICMS a Recolher (20,00) 25,00 40,00

(35,00)

07 – Custo dos Produtos Vendidos 600,00 100,00 55,00

645,00

08 – Salários e Ordenados 150,00 200,00 -

350,00

09 – Contribuições para o INSS 15,00 15,00 - 30,00

10 – Desps. c/ Prov.Devedores Duvidosos 10,00 22,00 - 32,00

11 – Depreciação Acumulada (15,00) - 10,00

(25,00)

12 – Reserva de Capital (10,00) - -

(10,00)

13 – Vendas de Produtos (1.150,00) - 1.000,00

(2.150,00)

14 – Impostos e Taxas 15,00 12,00 - 27,00

15 – PIS e COFINS 10,00 12,00 - 22,00

16 –ICMS sobre vendas 15,00 16,00 - 31,00

17 – Despesas com FGTS 5,00 6,00 - 11,00

18 – Fornecedores (100,00) 250,00 300,00

(150,00)

19 – PIS e COFINS a Recolher (90,00) 90,00 87,00

(87,00)

20 – Clientes 535,00 400,00 435,00

500,00

21 –Despesas com Depreciação 20,00 200,00 -

220,00

22 – Provisão para Devedores Duvidosos (15,00) - 25,00

(40,00)

Totais - 2.147,00 2.147,00 -

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Outro exemplo de Balancete:

Contas Saldo Devedor Saldo Credor

01 – Caixa 40.000,00

02 – Financiamentos de Longo Prazo (30.000,00)

03 – Estoque de Mercadorias para Revenda 50.000,00

04 – Capital Social (95.000,00)

05 – Máquinas e Equipamentos 100.000,00

06 – ICMS a Recolher (3.000,00)

07 – Custo das Mercadorias Vendidas 100.000,00

08 – Salários e Ordenados 34.000,00

09 – Contribuições para o INSS 14.000,00

10 – Desps com Provisão para Devedores Duvidosos 10.000,00

11 – Depreciação Acumulada (4.000,00)

12 – Reserva de Capital (6.000,00)

13 – Vendas de Mercadorias (400.000,00)

14 – Impostos e Taxas 1.000,00

15 – PIS e COFINS 20.000,00

16 – ICMS sobre vendas 90.000,00

17 – Despesas com FGTS 32.000,00

18 – Duplicatas a Pagar (35.000,00)

19 – PIS e COFINS a Recolher (13.000,00)

20 – Clientes 95.000,00

21 –Despesas com Depreciação 14.000,00

22 – Provisão para Devedores Duvidosos (14.000,00)

Totais 600.000,00 (600.000,00)

Apuração do Resultado, incorporação e distribuição do resultado, compensação de prejuízos, tratamento dos dividendos e juros sobre capital próprio, transferência do lucro líquido para reservas, forma de cálculo, utilização e reversão de Reservas. Apuração do Resultado do Exercício

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Ao final de cada exercício social ocorre a apuração do resultado do exercício, que pode ser um lucro líquido ou prejuízo líquido. Será um lucro líquido quando a soma das Receitas for maior que a soma das Despesas. Será um prejuízo líquido quando a soma das Despesas for maior que a soma das Receitas. Exemplo: A empresa Resultado S/A teve os seguintes lançamentos contábeis durante o exercício de 2013: D: Juros Passivos C: Bancos.................................1.000,00 D: Juros a Receber. C: Juros Ativos........................2.000,00 D: Duplicatas a Pagar C: Descontos Recebidos.......3.000,00 D: Descontos Concedidos C: Duplicatas a Receber....................4.000,00 D: IPTU C: Impostos a Pagar.....................5.000,00 D: Aluguéis Passivos C: Aluguéis a Pagar.................6.000,00 D: Aluguéis a Receber C: Aluguéis Ativos..........................7.000,00 D: Variação Cambial Passiva. C: Contas a Pagar......................8.000,00 D: Duplicatas a Receber C: Variação Cambial Ativa..........9.000,00 D: Salários C: Salários a Pagar................10.000,00 D: INSS, FGTS C: INSS OU FGTS a Recolher........11.000,00 D: Clientes C: Receita de Vendas.................100.000,00

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Para a apuração do resultado do exercício temos que “zerar” todas as contas de resultado com um lançamento inverso transferindo esses valores para a conta ARE – Apuração do Resultado do Exercício: D: ARE – Apuração do Resultado do Exercício C: Juros Passivos....................................................................1.000,00 D: Juros Ativos. C: ARE – Apuração do Resultado do Exercício ......................2.000,00 D: Descontos Recebidos C: ARE – Apuração do Resultado do Exercício......................3.000,00 D: ARE – Apuração do Resultado do Exercício C: Descontos Concedidos......................................................4.000,00 D: ARE – Apuração do Resultado do Exercício C: IPTU ...............................................................................5.000,00 D: ARE – Apuração do Resultado do Exercício C: Aluguéis Passivos................................................................6.000,00 D: Aluguéis Ativos C: ARE – Apuração do Resultado do Exercício..................................................................................7.000,00 D: ARE – Apuração do Resultado do Exercício. C: Variação Cambial Passiva ...................................................8.000,00 D: Variação Cambial Ativa C: ARE – Apuração do Resultado do Exercício........................9.000,00 D: ARE – Apuração do Resultado do Exercício C: Salários ..........................................................................10.000,00 D: ARE – Apuração do Resultado do Exercício C: INSS OU FGTS ................................................................11.000,00 D: Receita de Vendas C: ARE – Apuração do Resultado do Exercício.................100.000,00 Assim teremos os seguintes razonetes:

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Como foi obtida uma receita total de 121.000,00 e uma despesa total de 45.000,00 o resultado foi um Lucro Líquido de 76.000,00 que foi transferido para a conta de Lucros Acumulados. O valor dos Lucros Acumulados será transferido para as contas de Reservas de Lucros no Patrimônio Líquido de acordo com a Lei 6.404/76 (como já aprendemos nas aulas anteriores) ou para a conta de Dividendos a Pagar no Passivo Circulante. Folha de pagamentos: elaboração e contabilização. Os salários e ordenados dos empregados bem como os descontos e os encargos sociais sobre salários são todos relacionados e organizados num documento denominado Folha de Pagamento. Os valores pagos aos empregados como salários, horas-extras, gratificações, férias, 13º Salário, são despesas ou custo para o empregador. Os valores descontados dos empregados não representam despesas nem custos para a empresa, apenas serão deduzidos dos valores que a empresa pagará a cada empregado.

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Os valores dos encargos sociais, tais como, INSS ou FGTS, representam custo ou despesa para o empregador. Há ainda valores tais como Salário Família e Salário Maternidade que a empresa paga ao empregado mas desconta dos valores que ela tem para recolher ao INSS, representando então valores que o empregado recebe mas não se torna um custo ou despesa para a empresa. Os valores de 13º Salário e Férias devem ser contabilizados mensalmente à medida em que o empregado trabalha em respeito ao princípio da competência, pois a cada mês trabalhado ele já tem direito a 1/12 avos de férias e 13º Salário. Podemos ainda ter o pagamento do Adiantamento de Salários, Adiantamento de 13º Salário que será contabilizado no Ativo Circulante pois se trata de um direito que a empresa tem de descontar esses valores quando chegar o momento de efetuar o pagamento definitivo. Os vencimentos que forem pagos aos empregados devem ser assim contabilizados: D – Salários C – Salários a Pagar ou ainda: D – Horas-extras C – Salários a Pagar Em relação ao INSS ou IRRF descontado do empregado: D – Salários a Pagar C – INSS a Recolher ou IRRF a Recolher. Os INSS patronal incidente sobre os salários será contabilizado assim: D – INSS C – INSS a Recolher Salário Família ou Salário Maternidade D – INSS a Recolher C – Salários a Pagar Adiantamento do 13º salário em março que seria devido somente em dezembro: D – Adiantamento do 13º Salário (Ativo Circulante) C – Caixa ou Bancos Demonstrações Contábeis, obrigatoriedade de apresentação e elaboração de acordo com a Lei n. 6.404/76 e suas alterações e as Normas Brasileiras de Contabilidade atualizadas Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I - balanço patrimonial;

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II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; IV – demonstração dos fluxos de caixa; e V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. § 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. § 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral. § 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. CPC 26 r1 Apresentação das Demonstrações Contábeis Conjunto completo de demonstrações contábeis 10 - O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:

a) balanço patrimonial ao final do período; b1) demonstração do resultado do período; b2) demonstração do resultado abrangente do período; c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; d) demonstração dos fluxos de caixa do período; e) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas; (ea) informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38 e 38A; (f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando a entidade aplicar uma política contábil retrospectivamente ou proceder à reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando proceder à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis de acordo com os itens 40A a 40D; e (f1) demonstração do valor adicionado do período, conforme Pronunciamento Técnico CPC 09, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente. A entidade pode usar outros títulos nas demonstrações em vez daqueles usados neste Pronunciamento Técnico, desde que não contrarie a legislação societária brasileira vigente. 10 - Demonstração de resultado de exercício: conceito, objetivo, composição. A Demonstração do Resultado do Exercício – DRE é a apresentação reduzida de todas as operações de receitas ganhas e despesas incorridas realizadas pela empresa durante o exercício social, demonstrando o resultado bruto (lucro bruto ou prejuízo bruto), o resultado operacional líquido (lucro operacional ou prejuízo

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operacional), o resultado antes do imposto de renda ( lucro ou prejuízo antes do IR) e o resultado líquido do exercício (lucro líquido ou prejuízo líquido).

Demonstração do Resultado do Exercício de acordo com a Lei 6.404/76.

Art. 187:

A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;

II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;

III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;

V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;

VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;

VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.

MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

RECEITA OPERACIONAL BRUTA Vendas de Produtos Vendas de Mercadorias Prestação de Serviços

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(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Devoluções de Vendas Abatimentos Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas

= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

(-) CUSTOS DAS VENDAS Custo dos Produtos Vendidos Custo das Mercadorias Custo dos Serviços Prestados

= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO

(-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Com Vendas Despesas Administrativas

(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS Despesas Financeiras (-) Receitas Financeiras Variações Monetárias e Cambiais Passivas (-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS

Resultado da Equivalência Patrimonial Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante (-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante

= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO

(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro

= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES

(-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para Empregados

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Apuração da receita líquida, do lucro bruto e do resultado do exercício, antes e depois da provisão para o Imposto sobre Renda, contribuição social e participações.

Exemplo:

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A indústria PG S/A vendeu produtos a prazo que custaram R$ 60.000,00 com incidência de IPI 10% e ICMS 20%, COFINS não cumulativa 7,6% e PIS não cumulativo 1,65%. O faturamento bruto foi de 110.000,00. A área de vendas teve gastos no valor de R$ 2.000,00 com comissões dos vendedores e os gastos administrativos com salários foram de R$ 1.000,00. Das aplicações financeiras obteve rendimentos de R$ 1.500,00. Vendeu um item do Ativo Imobilizado que tinha valor contábil igual a zero por de R$ 2.000,00. O imposto de renda foi de R$ 500,00 e a participação dos empregados foi de R$ 100,00. O Lucro Líquido do Exercício foi de R$ 10.750,00.

Vejamos:

Lançamentos contábeis:

Faturamento Bruto

D – Duplicatas a Receber

C – Faturamento Bruto.......................................................110.000,00

IPI faturado

Vendas Brutas = Faturamento Bruto = 110.000,00 = 100.000,00

1 + Alíquota do IPI 1,1

D – IPI Faturado

C – IPI a Recolher..................................................................10.000,00

ICMS s/vendas = 20% x Vendas Brutas = 20% x 100.000 = 20.000,00

D – ICMS sobre Vendas

C – ICMS a Recolher ............................................................20.000,00

PIS s/faturam.= 1,65% x vendas brutas = 1,65%x100.000 = 1.650,00

D – PIS sobre Faturamento

C – PIS a Recolher...................................................................1.650,00

COFINS s/Faturam. = 7,6% x vendas brutas = 7,6% x 100.000 = 7.600

D – COFINS sobre Faturamento

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C – COFINS a Recolher............................................................7.600,00

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS

D – Custo dos Produtos Vendidos

C – Estoque de Produtos Acabados.....................................60.000,00

COMISSÃO DOS VENDEDORES

D – Despesas com comissão

C – Comissões a Pagar............................................................2.000,00

SALÁRIO DA ÁREA ADMINISTRATIVA

D – Salários

C – Salários a Pagar.................................................................1.000,00

RENDIMENTO DAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS

D – Aplicações de Liquidez Imediata

C – Receita de Aplicações Financeiras...................................1.500,00

VENDA DE ITEM DO IMOBILIZADO

D – Duplicatas a Receber

C – Receita na Alienação de Bens do Imobilizado.................2.000,00

PROVISÃO DO IMPOSTO DE RENDA

D – PIR – Provisão para Imposto de Renda

C – Imposto de Renda a Recolher..............................................500,00

PARTICIPAÇÃO DOS EMPREGADOS

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D – Participação de Empregados

C – Participações a Pagar...........................................................100,00

Razonetes:

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Demonstração do Resultado do Exercício (Lei 6.404/76

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9 - Balanço patrimonial: conceitos, objetivo, composição. É a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade.

Objetivo: Análise da situação financeira e econômica da entidade.

Lei 6.404/76

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

I - balanço patrimonial;

Art. 178 - No balanço patrimonial, as contas deverão ser classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa.

Composição:

Art. 178 § 1º - No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

I – ativo circulante

II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.

Art. 178 § 2º - No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

I – passivo circulante;

II – passivo não circulante;

III – patrimônio líquido: dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.

Art. 179. No Balanço Patrimonial as contas serão classificadas do seguinte modo:

I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;

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II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos

destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. V – revogado VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. Art. 180. - As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179 desta Lei. Patrimônio Líquido Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

Estrutura do Balanço Patrimonial

Ativo Passivo

Ativo Circulante Passivo Circulante

Caixa e Equivalente de Caixas Fornecedores

Clientes Salários a Pagar

Estoques Financiamentos de Curto Prazo

Impostos a Pagar

Ativo Não Circulante

Realizável a Longo Prazo Passivo Não Circulante

Empréstimos à Coligadas Financiamentos de Longo Prazo

Adiantamentos a Diretores

Patrimônio Líquido

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Investimentos Capital Social

Reservas de Capital

Imobilizado Ajustes de Avaliação Patrimonial

Reservas de Lucros

Intangível Ações em Tesouraria (-)

Prejuízos Acumulados

Total do Ativo Total do Passivo

11 - Lei nº 6.404/1976: alterações posteriores, legislação complementar e pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

Lei 6.404/76 e suas alterações posteriores

CAPÍTULO XV

Exercício Social e Demonstrações Financeiras

SEÇÃO I

Exercício Social

Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto.

Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício social poderá ter duração diversa.

SEÇÃO II

Demonstrações Financeiras

Disposições Gerais

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

I - balanço patrimonial;

II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;

III - demonstração do resultado do exercício; e

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IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.

§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes".

§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia-geral.

§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

§ 5o As notas explicativas devem: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

IV – indicar: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo único); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

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c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, § 3o ); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

f) o número, espécies e classes das ações do capital social; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 7o A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu critério, disciplinar de forma diversa o registro de que trata o § 3o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Escrituração

Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.

§ 1º As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses efeitos.

§ 2o A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros,

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lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações financeiras. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

II – (revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela registrados. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados.

§ 5o As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3o deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 6o As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 7o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

SEÇÃO III

Balanço Patrimonial

Grupo de Contas

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.

§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

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III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente.

Ativo

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;

II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;

III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

V – (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)

VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

Passivo Exigível

Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Art. 181. (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)

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Patrimônio Líquido

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

Critérios de Avaliação do Ativo

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

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b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito; (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas;

IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;

V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;

VI – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização; (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado;

b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;

c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros.

d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro: (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)

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1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares; (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de instrumentos financeiros. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;

b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;

c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 4° Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.

Critérios de Avaliação do Passivo

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:

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I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do balanço;

II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço;

III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Critérios de Avaliação em Operações Societárias (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Art. 184-A. A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177 desta Lei, normas especiais de avaliação e contabilização aplicáveis à aquisição de controle, participações societárias ou negócios. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Correção Monetária

Art. 185. (Revogado pela Lei nº 7.730, de 1989)

SEÇÃO IV

Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados

Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará:

I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial;

II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;

III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período.

§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subseqüentes.

§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia.

SEÇÃO V

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Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;

II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;

III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;

VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.

§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

SEÇÃO VI

Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do Valor Adicionado (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

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a) das operações; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

b) dos financiamentos; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

c) dos investimentos; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

II – demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

III - (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) IV - (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)

CAPÍTULO XVI

Lucro, Reservas e Dividendos

SEÇÃO I

Lucro

Dedução de Prejuízos e Imposto sobre a Renda

Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda.

Parágrafo único. o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem.

Participações

Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada.

Parágrafo único. Aplica-se ao pagamento das participações dos administradores e das partes beneficiárias o disposto nos parágrafos do artigo 201.

Lucro Líquido

Art. 191. Lucro líquido do exercício é o resultado do exercício que remanescer depois de deduzidas as participações de que trata o artigo 190.

Proposta de Destinação do Lucro

Art. 192. Juntamente com as demonstrações financeiras do exercício, os órgãos da administração da companhia apresentarão à assembléia-geral ordinária,

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observado o disposto nos artigos 193 a 203 e no estatuto, proposta sobre a destinação a ser dada ao lucro líquido do exercício.

SEÇÃO II

Reservas e Retenção de Lucros

Reserva Legal

Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.

§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.

§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.

Reservas Estatutárias

Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:

I - indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade;

II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição; e

III - estabeleça o limite máximo da reserva.

Reservas para Contingências

Art. 195. A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.

§ 1º A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva.

§ 2º A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda.

Reserva de Incentivos Fiscais (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Art. 195-A. A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos,

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que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei). (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Retenção de Lucros

Art. 196. A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamente aprovado.

§ 1º O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a justificação da retenção de lucros proposta, deverá compreender todas as fontes de recursos e aplicações de capital, fixo ou circulante, e poderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de execução, por prazo maior, de projeto de investimento.

§ 2o O orçamento poderá ser aprovado pela assembléia-geral ordinária que deliberar sobre o balanço do exercício e revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercício social. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

Reserva de Lucros a Realizar

Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

§ 1o Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder da soma dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

I - o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial (art. 248); e (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)

II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 2o A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do dividendo obrigatório e, para efeito do inciso III do art. 202, serão considerados como integrantes da reserva os lucros a realizar de cada exercício que forem os primeiros a serem realizados em dinheiro. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)

Limite da Constituição de Reservas e Retenção de Lucros

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Art. 198. A destinação dos lucros para constituição das reservas de que trata o artigo 194 e a retenção nos termos do artigo 196 não poderão ser aprovadas, em cada exercício, em prejuízo da distribuição do dividendo obrigatório (artigo 202).

Limite do Saldo das Reservas de Lucro (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembléia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Reserva de Capital

Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:

I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo 189, parágrafo único);

II - resgate, reembolso ou compra de ações;

III - resgate de partes beneficiárias;

IV - incorporação ao capital social;

V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada (artigo 17, § 5º).

Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

SEÇÃO III

Dividendos

Origem

Art. 201. A companhia somente pode pagar dividendos à conta de lucro líquido do exercício, de lucros acumulados e de reserva de lucros; e à conta de reserva de capital, no caso das ações preferenciais de que trata o § 5º do artigo 17.

§ 1º A distribuição de dividendos com inobservância do disposto neste artigo implica responsabilidade solidária dos administradores e fiscais, que deverão repor à caixa social a importância distribuída, sem prejuízo da ação penal que no caso couber.

§ 2º Os acionistas não são obrigados a restituir os dividendos que em boa-fé tenham recebido. Presume-se a má-fé quando os dividendos forem distribuídos sem o levantamento do balanço ou em desacordo com os resultados deste.

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Dividendo Obrigatório

Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) (Vide Medida Provisória nº 608, de 2013) (Vide Lei nº 12.838, de 2013)

I - metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

a) importância destinada à constituição da reserva legal (art. 193); e (Incluída pela Lei nº 10.303, de 2001)

b) importância destinada à formação da reserva para contingências (art. 195) e reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores; (Incluída pela Lei nº 10.303, de 2001)

II - o pagamento do dividendo determinado nos termos do inciso I poderá ser limitado ao montante do lucro líquido do exercício que tiver sido realizado, desde que a diferença seja registrada como reserva de lucros a realizar (art. 197); (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

III - os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subseqüentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a realização. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

§ 1º O estatuto poderá estabelecer o dividendo como porcentagem do lucro ou do capital social, ou fixar outros critérios para determiná-lo, desde que sejam regulados com precisão e minúcia e não sujeitem os acionistas minoritários ao arbítrio dos órgãos de administração ou da maioria.

§ 2o Quando o estatuto for omisso e a assembléia-geral deliberar alterá-lo para introduzir norma sobre a matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado nos termos do inciso I deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

§ 3o A assembléia-geral pode, desde que não haja oposição de qualquer acionista presente, deliberar a distribuição de dividendo inferior ao obrigatório, nos termos deste artigo, ou a retenção de todo o lucro líquido, nas seguintes sociedades: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

I - companhias abertas exclusivamente para a captação de recursos por debêntures não conversíveis em ações; (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)

II - companhias fechadas, exceto nas controladas por companhias abertas que não se enquadrem na condição prevista no inciso I. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)

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§ 4º O dividendo previsto neste artigo não será obrigatório no exercício social em que os órgãos da administração informarem à assembléia-geral ordinária ser ele incompatível com a situação financeira da companhia. O conselho fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer sobre essa informação e, na companhia aberta, seus administradores encaminharão à Comissão de Valores Mobiliários, dentro de 5 (cinco) dias da realização da assembléia-geral, exposição justificativa da informação transmitida à assembléia.

§ 5º Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § 4º serão registrados como reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos em exercícios subseqüentes, deverão ser pagos como dividendo assim que o permitir a situação financeira da companhia.

§ 6o Os lucros não destinados nos termos dos arts. 193 a 197 deverão ser distribuídos como dividendos. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)

Dividendos de Ações Preferenciais

Art. 203. O disposto nos artigos 194 a 197, e 202, não prejudicará o direito dos acionistas preferenciais de receber os dividendos fixos ou mínimos a que tenham prioridade, inclusive os atrasados, se cumulativos. (Vide Medida Provisória nº 608, de 2013) (Vide Lei nº 12.838, de 2013)

Dividendos Intermediários

Art. 204. A companhia que, por força de lei ou de disposição estatutária, levantar balanço semestral, poderá declarar, por deliberação dos órgãos de administração, se autorizados pelo estatuto, dividendo à conta do lucro apurado nesse balanço.

§ 1º A companhia poderá, nos termos de disposição estatutária, levantar balanço e distribuir dividendos em períodos menores, desde que o total dos dividendos pagos em cada semestre do exercício social não exceda o montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182.

§ 2º O estatuto poderá autorizar os órgãos de administração a declarar dividendos intermediários, à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral.

Pagamento de Dividendos

Art. 205. A companhia pagará o dividendo de ações nominativas à pessoa que, na data do ato de declaração do dividendo, estiver inscrita como proprietária ou usufrutuária da ação.

§ 1º Os dividendos poderão ser pagos por cheque nominativo remetido por via postal para o endereço comunicado pelo acionista à companhia, ou mediante crédito em conta-corrente bancária aberta em nome do acionista.

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§ 2º Os dividendos das ações em custódia bancária ou em depósito nos termos dos artigos 41 e 43 serão pagos pela companhia à instituição financeira depositária, que será responsável pela sua entrega aos titulares das ações depositadas.

§ 3º O dividendo deverá ser pago, salvo deliberação em contrário da assembléia-geral, no prazo de 60 (sessenta) dias da data em que for declarado e, em qualquer caso, dentro do exercício social.

Pronunciamentos do COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPCs

Os 47 Pronunciamentos contábeis do Comitê estão divulgados na página

http://www.cpc.org.br/pronunciamentosIndex.php com suas respectivas aprovações

através de Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade.

CPC 00 - Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro

CPC 01 (R1) - Redução ao Valor Recuperável de Ativos

CPC 02 (R2) - Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis

CPC 03 (R2) - Demonstração dos Fluxos de Caixa

CPC 04 (R1) - Ativo Intangível

CPC 05 (R1) - Divulgação sobre Partes Relacionadas

CPC 06 (R1) - Operações de Arrendamento Mercantil

CPC 07 (R1) - Subvenção e Assistência Governamentais

CPC 08 (R1) - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários

CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado

CPC 10 (R1) - Pagamento Baseado em Ações

CPC 11 - Contratos de Seguro

CPC 12 - Ajuste a Valor Presente

CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº. 11.638/07 e da Medida Provisória nº. 449/08

CPC 14 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação

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CPC 15 (R1) - Combinação de Negócios

CPC 16 (R1) - Estoques

CPC 17 (R1) - Contratos de Construção

CPC 18 (R2) - Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto

CPC 19 (R2) - Negócios em Conjunto

CPC 20 (R1) - Custos de Empréstimos

CPC 21 (R1) - Demonstração Intermediária

CPC 22 - Informações por Segmento

CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro

CPC 24 - Evento Subsequente

CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações Contábeis

CPC 27 - Ativo Imobilizado

CPC 28 - Propriedade para Investimento

CPC 29 - Ativo Biológico e Produto Agrícola

CPC 30 (R1) - Receitas

CPC 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada

CPC 32 - Tributos sobre o Lucro

CPC 33 (R1) - Benefícios a Empregados

CPC 35 (R2) - Demonstrações Separadas

CPC 36 (R3) - Demonstrações Consolidadas

CPC 37 (R1) - Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade

CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração

CPC 39 - Instrumentos Financeiros: Apresentação

CPC 40 (R1) - Instrumentos Financeiros: Evidenciação

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CPC 41 - Resultado por Ação

CPC 43 (R1) - Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 41

CPC 44 - Demonstrações Combinadas

CPC 45 - Divulgação de Participações em Outras Entidades

CPC 46 - Mensuração do Valor Justo

CPC PME - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas (R1) (com Glossário de Termos)

12 - Princípios de contabilidade (aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade, por meio das Resoluções do CFC nº 750/1993 e nº 774/1994).

Resolução CFC n.º 750/93

Dispõe sobre os Princípios de Contabilidade (PC). (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

CONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentação apropriada para interpretação e aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade, (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

RESOLVE:

CAPÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA

Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por esta Resolução.

§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

CAPÍTULO II

DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO

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Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

o da ENTIDADE;

o da CONTINUIDADE;

o da OPORTUNIDADE;

o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;

o da COMPETÊNCIA; e

o da PRUDÊNCIA.

SEÇÃO I

O PRINCÍPIO DA ENTIDADE

Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

SEÇÃO II

O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

SEÇÃO III

O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE

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Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

SEÇÃO IV

O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e

II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;

b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;

c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;

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d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e

e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e

III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

SEÇÃO VI

O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

SEÇÃO VII

O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo

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maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Art. 12. Revogada a Resolução CFC n.º 530/81, esta Resolução entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 1994.

Brasília, 29 de dezembro de 1993.

Contador IVAN CARLOS GATTI

Presidente

PROVA PARA AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL 2012 – CESPE/UNB

Item 3 do Edital Atos e fatos administrativos: conceitos, fatos permutativos, modificativos e mistos. Considere os eventos de I a V listados abaixo. I - aquisição de veículo à vista para uso na atividade operacional II - baixa de bem inservível registrado no imobilizado III - apropriação da folha de pessoal do mês IV - registro da diminuição do valor de dívida a receber em função da variação monetária V - pagamento de obrigação com desconto Com base nas informações acima, julgue os itens a seguir, relativos à classificação dos fatos administrativos. 76__ Os eventos II, IV e V são classificados como fatos mistos, pois, além de provocarem variações no saldo patrimonial, representam a transposição de valores entre os grupos de contas patrimoniais. 77__ Os eventos I e III classificam-se como fatos permutativos e não afetam o saldo patrimonial da entidade. Item 6 do Edital Escrituração: conceitos, lançamentos contábeis, elementos essenciais, fórmulas de lançamentos, livros de escrituração, métodos e processos, regime de competência e regime de caixa. Determinada entidade apresentou os seguintes eventos no mês de abril de 2012.

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I - pagamento de R$ 4.200,00, no mês de abril de 2012, referentes a aluguel dos meses de abril e maio de 2012; II - consumo e pagamento de despesas, em abril de 2012, com serviços de limpeza e conservação, relativos ao mês de abril de 2012, no valor de R$ 1.800,00; III - recebimento, em abril de 2012, em dinheiro, por serviços prestados no mês de março de 2012, no valor de R$ 3.600,00; IV - prestação de serviços, no mês de abril de 2012, para recebimento em maio de 2012, no valor de R$ 5.700,00. À luz do regime de caixa e do regime de competência, julgue os itens seguintes, relativos à apuração de resultado do mês de abril de 2012 da entidade considerada. 83_ Independentemente do regime considerado, os resultados apurados no mês de abril de 2012 serão iguais. 84_ Na apuração do resultado do mês de abril de 2012, não se consideram, tanto no regime de caixa quanto no de competência, os eventos III e IV, os quais repercutem na apuração do resultado, respectivamente, dos meses de março e maio. Item 7 do Edital Contabilização de operações contábeis diversas: juros, descontos, tributos, aluguéis, variação monetária/ cambial, folha de pagamento, compras, vendas e provisões, depreciações e baixa de bens. A respeito dos registros contábeis das provisões, julgue o item abaixo. 82_ As provisões retificadoras do ativo são constituídas debitando-se uma conta de despesa e creditando-se uma conta patrimonial que represente a respectiva provisão.

Bancos 40.000

Créditos a receber 25.000

Despesas de aluguéis 8.000

Empréstimos a pagar 38.500

Receitas de serviços 34.000

Despesas de água, luz e telefone 15.000

Estoque de material de consumo 20.000

Móveis e utensílios 12.000

Veículos 24.000

Capital 73.500

Despesas com material de consumo 2.000

Considerando que os dados acima, em reais, correspondem ao encerramento do primeiro exercício financeiro de determinada entidade, julgue os itens consecutivos,

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acerca da composição do balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício dessa entidade. Item 9 do Edital Balanço patrimonial: conceitos, objetivo, composição. 86_ Os ativos e passivos somam, respectivamente, R$ 121.000,00 e R$ 38.500,00. Item 10 do Edital Demonstração de resultado de exercício: conceito, objetivo, composição. 85_ A demonstração do resultado do exercício apresentou prejuízo de R$ 11.000,00. Item 11 do Edital Lei nº 6.404/1976: alterações posteriores, legislação complementar e pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). No que se refere ao disposto no Comitê de Pronunciamentos Contábeis 04 – ativo intangível - julgue os itens seguintes: 78_ O valor amortizável de ativo intangível com vida útil indefinida deverá ser amortizado de modo a refletir o padrão de consumo, pela entidade, dos benefícios econômicos futuros. 79_ Não deve ser reconhecido como ativo o ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente. Item 12 do Edital Princípios fundamentais de contabilidade (aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade, por meio das Resoluções do CFC nº 750/1993 e nº 774/1994). Julgue os itens que se seguem, a respeito dos princípios de contabilidade. 80- Segundo o princípio da oportunidade, é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação, pois a falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância. 81_ De acordo com o princípio do registro do valor original, a atualização monetária

não representa nova avaliação, mesmo gerando o ajustamento dos valores

originais para determinada data, mediante aplicação de indexadores e outros

elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda.