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QUESTÕES

1. (Prova: CESPE - 2004 - Polícia Federal - Agente

Federal da Polícia Federal - Nacional Disciplina:

Economia - Assunto: Modelos macroeconômicos ,

IS-LM). A macroeconomia analisa o

comportamento dos grandes agregados

econômicos. Considerando essa teoria, julgue os

itens que se seguem.

A disseminação de cartões de crédito, ao permitir

que as pessoas façam seus pagamentos de uma

só vez, contribui para reduzir a demanda de moeda

por motivos transacionais.

QUESTÕES



Economia - Assunto: Estrutura de mercado) A análise

microeconômica refere-se ao comportamento

individual dos agentes econômicos. A respeito desse

assunto, julgue os itens a seguir.

Se, em decorrência da imposição de um tributo, o

preço de um produto aumentar menos que o

imposto, então esse mercado deve ser competitivo

QUESTÕES

3. ( Prova: CESPE - 2012 - Polícia Federal - Agente

da Polícia Federal Disciplina: Economia - Assunto:

Déficit ) Julgue os itens que se seguem, a respeito

da economia do setor público.

O financiamento do déficit público por meio da

venda de títulos da dívida pública tende a gerar

pressão inflacionária

QUESTÕES



Economia - Assunto: Politica Monetária) A

macroeconomia analisa o comportamento dos

grandes agregados econômicos. Considerando

essa teoria, julgue os itens que se seguem.

Para determinado estoque de base monetária, se

um aumento da taxa de redesconto elevar a

proporção de reservas, então ocorrerá uma

expansão da oferta de moeda

QUESTÕES


da Polícia Federal Disciplina: Economia -

Assunto: Política Monetária) Julgue os itens

seguintes, acerca de noções de economia.

Uma política monetária restritiva só será eficaz

mediante o controle da criação de moeda pelas

autoridades monetárias.

QUESTÕES

6. (Prova: CESPE - 2009 - Polícia Federal - Agente da

Polícia Federal Disciplina: Economia - Assunto:

Tributos, eficiência econômica e distribuição de renda)

Julgue os itens que se seguem, a respeito de tributos,

tarifas e subsídios, e tendo como foco a eficiência

econômica e a distribuição da renda.

A estrutura de concorrência perfeita, na visão

neoclássica, é referência teórica para a eficiência

econômica, pois, a um tempo, é capaz de compatibilizar

os interesses público e privado, e os de consumidores e

produtores. Em princípio, tal modelo propiciaria a

melhor alocação de recursos e se coadunaria com a

atomização do mercado.

QUESTÕES



Economia - Assunto: Estrutura de mercado) A análise

microeconômica refere-se ao comportamento

individual dos agentes econômicos. A respeito desse

assunto, julgue os itens a seguir.

Políticas efetivas de fixação do salário nominal mínimo

exigem que ele seja fixado acima do salário de

equilíbrio do mercado de trabalho, porém essa política

salarial poderá causar desemprego, especialmente no

segmento não qualificado do mercado de trabalho.

QUESTÕES



Economia - Assuntos: Contas nacionais, Políticas

Econômicas) A macroeconomia analisa o

comportamento dos grandes agregados

econômicos. Considerando essa teoria, julgue os

itens que se seguem.

Na maioria dos países, o aumento histórico da

participação do gasto público no PIB explica-se,

em parte, pelo aumento expressivo das demandas

sociais gerado pela intensificação do processo de

urbanização.

QUESTÕES


da Polícia Federal Disciplina: Economia - Assuntos:

Tributos, eficiência econômica e distribuição de

renda, Elasticidades) Julgue os itens que se

seguem, a respeito de tributos, tarifas e subsídios,

e tendo como foco a eficiência econômica e a

distribuição da renda.

QUESTÕES

Um dos principais fatores determinantes da

elasticidade-preço da oferta de produtos

agrícolas é a disponibilidade de crédito subsidiado

para custeio e investimento. Restrições ou

escassez de crédito ou encargos elevados tornam

menos elástica a capacidade de oferta mesmo com

aumentos nas cotações dos produtos.

QUESTÕES



Economia - Assunto: Curva de Philips) A

macroeconomia analisa o comportamento dos



Um choque de oferta decorrente, por exemplo, do

aumento do preço do petróleo no mercado

internacional provoca deslocamento ao longo da

curva de Phillips e aumenta tanto o emprego como

a taxa de inflação

QUESTÕES



Superávit) Julgue os itens que se seguem, a

respeito da economia do setor público.

O superávit primário de uma economia

corresponde à poupança gerada pelo governo para

o pagamento dos juros da dívida pública.

QUESTÕES



Finanças Públicas) Julgue os itens seguintes,

acerca de noções de economia.

As necessidades de financiamento do setor

público, no conceito operacional, são calculadas

acrescendo-se ao déficit primário os juros reais da

dívida passada.

QUESTÕES



Economia - Assunto: Produto Interno Bruto)

A macroeconomia analisa o comportamento dos



Em ambiente de alta inflação, o fator relevante para

a evolução da razão dívida/PIB ao longo do tempo

é o tamanho relativo do resultado nominal

Profª Françoise Iatski de Lima

53

Crise de 1929:

Queda na demanda do café acompanhada de forte

queda dos preços do café.

Reversão dos fluxos de capitais Xs caíram e BK

passou a ser negativo.

Deslocamento do centro dinâmico da economia.

Os anos 30 e a nova ordem econômica e política

54


Setores/Ano 1928/29 1930/34

Agricultura 52,5 47,0

Indústria 22,7 23,9

Governo 14,8 18,8

Outros 10,0 9,6

Participação dos setores no valor adicionado – Brasil – 1928/1934

FONTE: Haddad (1978)

55

Ano PNB Renda Nacional Real

Bruta

Renda Real por

Habitante (Cr$/hab)

1929 30,5 36,1 1,10

1930 30,3 33,1 0,99

1931 29,4 32,2 0,94

1932 31,0 33,6 0,96

1933 34,2 36,4 1,02

1934 36,5 39,2 1,08

1935 37,1 38,1 1,03

1936 41,2 42,3 1,12

1937 42,2 43,5 1,12

1938 44,2 44,1 1,11

1939 45,6 45,6 1,13

Brasil: produto real e renda real, 1929/1939 (valores em Cr$ milhões de 1939)

Fonte: Suzigan e Villela (2001).


56

Ano Preço Ano Preço

1925 22,3 1935 7,6

1926 21,6 1936 7,7

1927 18,5 1937 8,9

1928 21,3 1938 6,9

1929 20,4 1939 6,9

1930 13,1 1940 6,2

1931 10,1 1941 7,9

1932 9,1 1942 12,0

1933 7,9 1943 12,4

1934 8,8 1944 12,5

Fonte:

Café: preço de importação nos Estados Unidos,1925-1944 (valor em centavos de US$

por libra-peso)


57 Fonte: IBGE (1987)

Brasil: principais contas do balanço de pagamentos, 1930-1939 (valores em US$

1.000.000)

Anos Exportação Importação Balança

Comercial

Serviços Transações

Correntes

Capitais Superávit

(+)

Déficit (-)

1930 319,4 225,5 93,9 -172,9 -79,0 54,4 -116,1

1931 244,0 116,5 127,5 -123,4 4,1 -9,5 15,8

1932 179,4 92,8 86,6 -62,7 23,9 -25,9 35,7

1933 216,8 148,2 68,6 -54,6 14,0 -20,9 -11,5

1934 292,8 184,8 108,0 -77,7 30,3 -12,6 -12,0

1935 296,5 196,5 73,0 -105,8 -32,8 0,5 22,9

1936 320,6 196,4 124,2 -114,2 10,0 0,5 -51,2

1937 346,8 279,2 67,6 -130,9 -63,3 0 0

1938 294,3 246,5 47,8 -43,4 4,4 0 75,1

1939 299,9 218,0 81,9 -53,5 28,4 -0,3 -0,8

Política de Controle Cambial:

Monopólio do Banco do Brasil

Dívida Externa: pagamento de

juros e amortizações


58

Relações econômicas internacionais do

Brasil nos anos 30:

declínio do comércio exterior;

suspensão dos fluxos de capitais

estrangeiros para o Brasil;

problemas para a gestão da dívida

externa.


59

Produtos 1925-1929 1932-1936 1939-1943

Algodão 5,9 14,0 21,6

Arroz 5,2 6,7 11,0

Cacau 1,4 1,8 2,2

Café 48,0 29,5 16,1

Cana-de-açúcar 3,5 5,7 7,5

Feijão 5,4 3,8 5,5

Mandioca 4,7 6,8 7,0

Milho 16,3 15,9 16,0

Outros 9,6 15,8 13,1

Total 100 100 100

Fonte: Villela e Suzigan (2001)

Brasil: valor da produção agrícola segundo as principais culturas, 1925-1943

(participação percentual média no período)


60

Nota: (1) Série elaborada pela Fundação Getúlio Vargas; (2) Série elaborada por Villela e Suzigan; (3) Série

elaborada por Fishlow; (4) Série elaborada por Haddad.

Fonte: Malan et al (1977).

Brasil: indicadores da produção industrial, 1928-1939 (valores em US$ 1.000.000)

Ano (1) (2) (3) (4)

1928 100,0 100,0 100,0 100,0

1929 95,7 96,5 96,6 97,8

1930 93,3 92,0 89,7 91,3

1931 90,6 99,6 94,8 92,4

1932 91,5 99,8 96,6 93,6

1933 99,7 114,5 105,2 104,6

1934 107,2 129,3 117,2 116,2

1935 115,6 147,5 132,8 130,1

1936 132,9 168,8 156,9 152,5

1937 137,8 180,7 160,3 160,7

1938 144,4 190,0 165,5 166,7

1939 152,4 216,9 172,4 182,2


61

Classes e Gêneros 1929-1932 (%) 1933-1939 (%)

Indústria Extrativista Mineral -6,3 8,1

Indústria de Transformação 1,0 11,3

Minerais não-Metálicos 13,3 19,9

Metalúrgica -3,5 20,4

Papel e Papelão 0,8 22,0

Couro e Peles e Similares 2,5 2,7

Química e Farmacêutica -9,7 10,6

Produtos de Perfumaria, Sabões e Velas -1,6 15,7

Têxtil 8,4 11,1

Vestuário e Calçados -12,5 9,8

Produtos Alimentares -0,4 1,9

Bebidas -8,7 8,4

Fumo -5,1 5,2

Total da Indústria 1,0 11,2

Brasil: taxas anuais de crescimento da produção industrial, 1929-1932 e 1933-1939

Fonte: Suzigan e Villela (2001)


62

Categorias e Gêneros 1919 1939

Bens de Consumo Não Duráveis 83,62 75,06

Bens de Consumo Duráveis e/ou Bens

de Capital

2,54 5,62

Bens Intermediários 13,10 18,54

Diversas 0,74 0,80

Brasil: estrutura industrial, 1919 e 1939 (em percentagem de produção a preços

correntes)

Fonte: Malan et al (1977)


63

Brasil: participação das importações na oferta industrial segundo categorias de uso 1919 e 1939

(em percentagens dos valores correntes)

Importação/Oferta (%)

Categorias e Gêneros Industriais 1919 1939

Bens de Consumo Não Duráveis

Têxtil 13,7 5,7

Vestuário e Calçados 6,2 3,5

Alimentos 11,5 2,8

Bebidas 23,8 8,5

Fumo 0,3 0,0

Editorial e Gráfica -- 4,2

Química 57,0 37,5

Couros e Peles 32,0 7,7

Minerais Não Metálicos 40,5 13,6

Diversas 53,4 40,5

Bens de Consumo Duráveis

Material Elétrico 100 65,8

Material de Transporte 53,5 56,2

Mobiliário 2,2 0,8

64

Importação/Oferta (%)

Categorias e Gêneros Industriais 1919 1939

Bens de Intermediários

Metalúrgica 64,2 41,4

Minerais Não Metálicos 40,5 13,6

Couros e Peles 32,0 7,7

Química 57,0 38,7

Madeira 6 ,1 4,3

Papel 58,3 37,5

Borracha 70,7 40,7

Material Elétrico 100,0 65,8

Bens de Capital

Mecânica 96,7 79,5

Material Elétrico 100,0 65,8

Material de Transporte 53,5 56,2

Total 24,7 20,4

Fonte: Malan et al (1977)


65

Industrialização Fechada:

Voltada para dentro

Depende das medidas protecionistas

Estrangulamento Externo MOTOR DO PSI


Segundo Governo Getúlio Vargas

1951-1954

ECONOMIA BRASILEIRA *1950-1954*

Cenário anterior ao Governo Getúlio Vargas:

• Período que vai do fim da Segunda Guerra Mundial (1945)

• Economia Mundial Bretton Woods (1944)

• Primeiros anos do período sucessivas crises do BP

acarretaram o abandono do modelo liberal e deram lugar a um

modelo de desenvolvimento industrial com crescente participação

do Estado controle cambial e de importações

Dois marcos importantes:

1) Mudança na política de comércio exterior, com o fim do mercado livre de câmbio e

adoção do sistema de contigenciamento às importações, entre meados de 1947 e

início de 1948.

2) Afastamento do ministro da Fazenda, Correa e Castro, em meados de 1949,

indicando a passagem de uma política econômica contracionista e tipicamente

ortodoxa para outra, com maior flexibilidade nas metas fiscais e monetárias.

PROBLEMA GRAVE INFLAÇÃO CAUSA: déficits orçamentários da

União assume política monetária e fiscal contracionistas.

Política Econômica Externa

Preços no Brasil aumentaram acima que os aumentos de preços nos EUA e pouca

variação da taxa de câmbio sobrevalorização real do cruzeiro.



DESVALORIZAR A MOEDA... NÃO!!! PQ?!

1) Preço do café

2) Combate a inflação

3) Café representava mais de 70% das exportações para áreas e

moedas conversíveis.

Julho de 1947 o governo institui controles cambiais e de importações.

Fevereiro de 1948 foi adotada a primeira forma de contingenciamento a

importações, baseado na concessão de licenças prévias para importar, de

acordo com as prioridades do governo.

Resultado do sistema de contingenciamento de importações:

1) Àrea conversível: de 1947 a 1948, foi reduzido o déficit de US$ 313 milhões

para US$ 108 milhões e transformado em pequeno superávit de US$ 18

milhões em 1949.

2) Área inconversível: ocorreram razoáveis superávits em 1947 e 1948 e

razoável equilíbrio entre 1949 e 1950.

Resultado da manutenção da taxa de câmbio:

1) Perda da competitividade das exportações brasileiras


Mantinha-se a taxa de câmbio sobrevalorizada e

progressivamente impunham-se medidas discriminatórias à

importação de bens de consumo não-essenciais e daqueles com

similar nacional.

Iniciativa de intervenção estatal planejada do Estado para o

desenvolvimento econômico terminou no PLANO SALTE!



Campanha

Presidencial em

1950


Posse de Getúlio,

31 de janeiro de

1951


Posse de

Getúlio, 31 de

janeiro de 1951

Conjuntura interna: processo inflacionário e

desequilíbrio financeiro do setor público.

Conjuntura externa: elevações do preço do café e

mudança de postura do governo norte-americano vis-à-

vis do continente latino-americano, que reascendia as

expectativas de fluxos de poupança externa.



ASSESSORIA

ECONÔMICA

COMISSÃO MISTA

BRASIL ESTADOS

UNIDOS (CMBEU)

resistências a atuação do

capital estrangeiro no país

posição privatista e antiestatizante

sem restrições ao capital

estrangeiro, particularmente EUA.

X

Assessoria Econômica

dita ao governo uma atuação econômica planejada dentro de

uma perspectiva nacionalista;

canal de comunicação direta com a população em busca de

um apoio e de uma base popular mais sólidos.


Início do Governo de Getúlio Vargas oportunidades de

negociação com o exterior:

1) IV Reunião de Consulta aos Chanceleres Americanos, em

Washington;

2) Formação da CMBEU.

CLIMA DE GUERRA FRIA!!!


Reunião de Chanceleres:

1) cooperação política e militar para a defesa da América;

2) segurança interna dos povos do hemisfério;

3) cooperação econômica de emergência.

João Neves da Fontoura os comunista estariam explorando a

miséria que se seguiu ao conflito mundial para fazer penetrar

entre os povos os ideários do “paraíso marxista”.


América Latina combalida, endividada, inflacionada e sem

aparelhamento de produção.

Perigo Comunista massa... pauperismo

Pós II GM Plano Marshall Europa

Capital Privado AL, Ásia e África


CMBEU: Eugênio Gudin, Otávio Gouveia Bulhões e Walder Lima

Sarmanho prioridades de um programa de desenvolvimento no

Brasil Agricultura, Energia e Transportes.

Interesse americano Ms de minerais estratégicos brasileiros


João Neves:

Boa vontade do governo brasileiro em contribuir com “matérias-

primas nacionais para a economia de emergência dos Estados

Unidos”; em contrapartida, este país deveria conceber

“prioridades de fabricação e créditos bancários a termo

médio e longo, para a imediata execução de um programa

nacional de industrialização e de obras públicas ao qual

serão consagrados os principais esforços da administração

brasileira”.


Do Plano de Reaparelhamento Econômico estabelecido pelo

governo, a CMBEU aprovou 41 projetos individuais:

2/3 dos recursos seriam dos Governos Federal e Estadual;

1/3 seriam financiados pelo BIRD ou pelo EXIMBANK.

Transportes participa com 60,6% do total de financiamentos

Energia participa com 33,1% do total de financiamentos

Diversos participa com 6,3% do total de financiamentos


Os empréstimos prometidos para esses projetos pelo BIRD e

EXIMBANK não foram concedidos durante o Governo de Vargas.

Entre 1952 e 1953, apenas 15 projetos receberam

financiamentos.

Em 21 de dezembro de 1953, a CMBEU encerra suas atividades

O BNDE criado em 1952, passa a ser a autarquia encarregada de

levar adiante as negociações para a execução dos projetos

recomendados.


1953: conjuntura econômica dominada pelo colapso cambial! Por

que?!

1946-1950 1951-1955

Crescimento do PIB (% a.a.) 8,1 6,7

Inflação (IGP dez/dez, % a.a.) 11,3 16,6

FBCF (% PIB a preços correntes) 13,4 14,9

Tx de crescimento das Xs de bens (US$ correntes, %

a.a.)

15,6 1,0

Tx de crescimento das Ms de bens (US$ correntes,%

a.a.)

23,9 3,2

Balança Comercial (US$ milhões) 249 121

Saldo em Conta Corrente (US$ milhões) -34 -300

Síntese de indicadores macroeconômicos – Brasil – 1946-1955

Fonte: Vianna & Villela (2003)


1953:

Inflação e desequilíbrio do BP

Programa de Estabilização Plano Oswaldo Aranha

Instrução 70 da SUMOC

Instituição de taxa de câmbio múltiplo (cinco

categorias) pela qual o Governo passa a

ordenar as importações de acordo com sua

essencialidade.


Instrução 70 da SUMOC:

1) Reestabelecimento do monopólio cambial do BB;

2) Extinção do controle quantitativo das Ms e a instituição de

leilões de câmbio;

3) Quanto às Xs, substituição das taxas mistas por um sistema de

bonificações incidentes sobre a taxa oficial.

A BC deficitária em cerca de US$ 300

milhões em 1952, fechou em 1953

superavitária em quase US$ 400 milhões.


1954: Dificuldades com preços do café e salários

Reajuste de 100%: proposta do Ministro João Goulart

Necessário era 53%

Reajuste de 33%: proposta da UDN, Fiesp, Conselho Nacional

de Economia e Oswaldo Aranha.


Manifestação pró-

salário mínimo.

Rio de Janeiro, 16

de outubro de

1953.


Golpe de Estado Afastamento de Getúlio Vargas

Atentado contra Carlos Lacerda 5 de agosto de 1954

Em 24 de agosto de 1954, Vargas saía da vida para entrar para a

história, conforme registrado em sua carta-testamento.


Carlos Lacerda

amparado por

oficiais da

Marinha após

atentado da Rua

Toneleros, Rio de

Janeiro, agosto de

1954.


Velório de Getúlio Vargas no

Palácio do Catete, Rio de

Janeiro, agosto de 1954.


Enterro de

Getúlio Vargas

em São Borja

(RS), em 26 de

agosto de

1954.


Dos “Anos Dourados de JK à Crise

Não Resolvida”

“Brasília é a manifestação

inequívoca de fé na capacidade

realizadora dos brasileiros, triunfo

de espírito pioneiro, prova de

confiança na grandeza deste país,

ruptura completa com a rotina e o

compromisso.”

Juscelino Kubitschek de Oliveira

Dos “Anos Dourados de JK à Crise Não Resolvida”

Quando JK elegeu-se Governador em 1950, Getúlio Vargas elegeu-se Presidente

da República.

Getúlio Vargas suicidou-se em 1954 e seu vice, Café Filho, assumiu a presidência.

Café Filho viria a ser um dos opositores à candidatura JK à presidência e faria tudo

para impedir futuras candidaturas que não conviessem a sua linha política, a UDN

(União Democrática Nacional). Apesar de não ser este o seu partido político, Café Filho

aliara-se ao mesmo para impedir a candidatura de JK.

No PSD a candidatura de Juscelino Kubitschek à presidência já era tida como certa.

Esta foi oficialmente homologada dia 10 de fevereiro de 1955.

Governo JK

Memorial JK

Eixo Monumental - Lado Oeste

Brasília - DF

http://stat.correioweb.com.br/arquivos/divirta/pontosturisticos2007/JK01G.jpg





O "slogan" de sua campanha era "50 anos em 5" (50 anos de progresso em 5 anos

de governo). Seu companheiro de chapa era João Goulart, o "Jango", que pertencia ao

Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Estes dois partidos juntos muito significaram para a

estabilidade do Governo JK.

Uma infinidade de pressões por parte das oposições, principalmente da UDN,

desencadearam um processo de "luta" contra a candidatura de JK e Jango.

Estas pressões, entretanto, não deram resultado algum. No dia 3 de outubro de

1955 JK é eleito o 20º presidente do Brasil e João Goulart seu vice-presidente. Seus

opositores foram Ademar de Barros, candidato pelo PSD, Juarez Távora pela UDN e

Plínio Salgado pelo Partido Integralista. A vantagem de JK sobre Juarez Távora, o

candidato derrotado mais votado, foi de quase 500 mil votos.

1956 - Empossado na Presidência da República .

Brindando com Richard Nixon,

vice-presidente dos EUA,

1956.





Mesmo após JK ter sido eleito Presidente da República pelo voto popular

ainda houve tentativas por parte da oposição de anular as eleições e de até

mesmo de dar um golpe. Porém uma facção do Exército, sob a Liderança do

General Lott, garante a posse de JK no dia 31 de janeiro de 1956. Os militares

desempenharam um papel muito importante no que diz respeito à estabilidade

política do governo JK.


Presidente Juscelino, Nereu Ramos e

o vice João Goulart, no momento em que

recebe a faixa presidencial - 1956.



Com JK, político habilidoso e carismático, o Brasil passou por um período

de efervescência nos campos cultural, artístico e esportivo, devido muito à

brilhante fase que a economia brasileira atravessou entre 1956-1962.

JK com Mané Garrincha,

jogador da primeira seleção brasileira

a conquistar uma copa do mundo.



Durante a campanha eleitoral, Juscelino ressaltou o fato de o país estar

atravessando uma fase de transição, entre um passado agrário e um futuro industrial e

urbano. Assim, seu plano de governo falava em acelerar o desenvolvimento econômico,

como forma de transformar o país estruturalmente. Para Juscelino, isso exigiria “uma

energia política de industrialização, a solução mais eficiente para resolver os problemas

de um país populoso, com um grande mercado interno em potencial e dotado de

adequados recursos naturais”.

Ao tomar posse, Juscelino assumia a Presidência de um país cuja população

crescia a taxa anual próxima de 3%, tendo atingido pouco mais de 60 milhões de

habitantes (a maior parte dos quais ainda vivia no campo.

Recebendo o presidente

italiano Giovanni Gronchi,

1958.




Plano de Metas

O Plano consistia em pesados investimentos públicos e privados nos setores

industrial e de infra-estrutura econômica O país viveria o apogeu do

desenvolvimentismo.

Ano 1956 1957 1958 1959 1960 1961 1962 1963

PIB (%) 2,9 7,7 10,8 9,8 9,4 8,6 6,6 0,6

JK entregou a seus sucessores uma economia maior e mais desenvolvida, mas,

deixou-lhes um presente de grego, sob a forma da piora de alguns dos principais

indicadores macroeconômicos internos e externos.

Recebendo o

Presidente

Kennedy.




O esforço de planejamento econômico no Brasil – que ganhara fôlego com os

trabalhos da CMBEU (Comissão Mista Brasil Estados Unidos), do Grupo Misto CEPAL

(Comissão para a América Latina)-BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento) – se

tornaria permanente a partir da instituição, por JK, do Conselho de Desenvolvimento

(Decreto nº 38.744, de 12 de fevereiro de 1956), diretamente ligado à Presidência da

República.

O Conselho foi responsável pela identificação de setores da economia que, uma vez

adequadamente estimulados, poderiam apresentar capacidade de crescimento. Além, o

Conselho elaborou um conjunto de 30 objetivos (metas) específicos, distribuídos

segundo cinco setores, denominado Plano de Metas.

Visita às obras da

hidrelétrica de Três-Marias,

em 1958.




O Plano contemplava investimentos nas áreas de energia (*), transporte (*),

indústria de base(**), alimentação (***) e educação(***), cujo montante orçado

equivaleria a cerca de 5% do PIB no período de 1957-1961.

(*) 71,3% a cargo do setor público;

(**) 22,3% a cargo do setor privado;

(***) 6,4% dos recursos totais.

Meta-síntese: Construção de Brasília.

Juscelino,

Israel Pinheiro e

Oscar Niemeyer




As inversões do Plano a cargo do setor privado (tanto o nacional como o

estrangeiro) direcionaram-se, sobretudo, aos setores automobilístico, de construção

naval, mecânica pesada e equipamentos elétricos.

A implantação do Plano dependeu da adoção de uma tarifa aduaneira protecionista,

complementada por um sistema cambial que subsidiava tanto a importação de bens de

capital como de insumos básicos, e que atraía o investimento direto por parte do capital

estrangeiro. Já sua execução esteve sob a coordenação geral do Conselho de

Desenvolvimento que, por um processo de aproximações sucessivas, ia revendo as

metas à medida que estas eram alcançadas ou desvios constatados.

Rodovia

do Plano

Piloto.



105

Os Governos Militares

1964-1984

106


Reforma, endividamento externo e “milagre econômico”

• 1964-1966: Humberto Castelo Branco

• 1967-1969: Arthur da Costa e Silva

• 1969-1973: Emílio Garrastazu Médici

107

PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo)

Objetivos: acelerar o ritmo de desenvolvimento econômico, conter

o processo inflacionário, atenuar os desequilíbrios setoriais e

regionais, aumentar o investimento e com isso o emprego e

corrigir a tendência ao desequilíbrio externo.

INFLAÇÃO CAUSA: excesso de demanda

De 1964 a 1968 a inflação passou de 90% a.a. para 20% a.a.

Os déficits governamentais alimentavam a expansão dos

meios de pagamento, que sancionavam os aumentos de

salários


108

Principais medidas do PAEG

1) Programa de ajuste fiscal aumento da receita.

2) Orçamento monetário com taxas decrescentes da expansão

dos meios de pagamentos.

3) Controle do crédito ao setor privado.

4) Mecanismo de controle salarial.

As metas do PAEG para a inflação indicavam uma

estratégia assumidamente gradualista.

Etapas: controlar a inflação e depois implementar políticas

voltadas para o objetivo do crescimento


109

REFORMAS ESTRUTURAIS:

1) Reforma Tributária:

a) Introdução da correção monetária.

b) Instituição da arrecadação de impostos por meio da rede bancária.

c) Alteração do formato do sistema monetário: IPI, ICM, ISS, IR.

d) Criação do FGTS e PIS.

e) União IPI, IR, impostos únicos, impostos de comércio exterior, ITR.

Estados ICM

Municípios ISS, Imposto Transmissão de Imóveis e IPTU.

f) Criação FPEM.

Aumento e centralização da arrecadação e das decisões

sobre política tributária!


110

1) Reforma Monetária-Financeira:

a) Instituição da correção monetária e a criação da ORTN.

b) Criação do CMN e do BACEN.

c) Criação do SFH e do BNH.

d) Reforma do mercado de capitais.

e) Sistema Nacional de Crédito Rural.

Dotar o SFN de mecanismos capazes de sustentar o

processo de industrialização já em curso, de forma não-

inflacionária.


111

3) Reforma da Política Externa:

a) Estímulo e diversificação das Xs mediante incentivos fiscais

Simplificação e unificação do sistema cambial adoção de

sistema de minidesvalorizações cambiais

b) Processo de Internacionalização Financeira do Brasil.

1964-1967:

Inflação combatida com PM, PF e salarial restritivas.

Êxito na redução das taxas inflacionárias e preparo do

terreno para a retomada do crescimento.


112

O MILAGRE (1968-1973)!!!

Ministro da Fazenda: Delfim Netto

Meados de 1968 Plano Estratégico de Desenvolvimento

(PED)

Taxa de crescimento acima de 10% a.a.

Taxa de inflação permaneceu entre 15 a 20% a.a.

Decorrência das reformas institucionais e da recessão do

período anterior.

Crescimento da economia mundial permitiu a superação das

taxas históricas de crescimento.


113

Posse de

Getúlio, 31 de

janeiro de 1951

A inflação passou a ser vista como inflação de

custos flexibilização das políticas de contenção

da demanda (monetária, fiscal e creditícia), com

exceção da política salarial.

Em 1968 Conselho Interministerial de Preços.


114

Fontes de Crescimento:

a) Retomada do Investimento Público em infra-estrutura.

b) Aumento do investimento das empresas estatais.

c) Demanda por bens duráveis.

d) Construção civil.

e) Crescimento das exportações.

Atraso na produção interna de bens de capital Conselho de

Desenvolvimento Industrial (CDI).


115

Dívida Externa necessidade de recursos para viabilizar as

altas taxas de crescimento.

Euromercado

Participação do Estado:

a) Controle de preços da economia.

b) Decisões de Investimento.


116

Modernização Agrícola:

a) Sistema Nacional de Crédito Rural.

b) Políticas de Garantias de Preços Mínimos.

Mecanismos Básicos:

a) Aquisição do Governo Federal (AGF).

b) Empréstimo do Governo Federal (EGF).


117

Resultados:

a) Agricultura cresce de forma intensiva.

b) Aumento da demanda por produtos industriais.

c) Aumento de bens exportáveis e de consumo interno.

d) Crescimento de novas culturas: laranja e soja.

e) Pró-álcool cana-de-açúcar.

f) Expansão da fronteira agrícola.

g) Crescimento da agroindústria.

h) Aumento da concentração fundiária piora na distribuição de

renda do setor.


118

Principal crítica ao Milagre: Acentuou a concentração de renda.

• Uma explicação que se dava era que a concentração da renda era uma tendência de um país que se desenvolvia e que demandava mão-de-obra qualificada escassa.

• Outra justificativa pela concentração de renda que se fazia no período está baseada na famosa “Teoria do Bolo” (crescer para depois repartir).


119

O II PND e a Crise da Dívida Externa

1974-1978: Ernesto Geisel

1979-1984: João Figueiredo

Cenário:

Bretton Woods dólar norte-americano é referência para

cotação das demais moedas no mercado monetário internacional.

Os desajustes do BP dos EUA obrigaram o governo a emitir

papel-moeda em valor superior às reservas metálicas disponíveis


120

Cenário:

Bretton Woods dólar norte-americano é referência para cotação das demais

moedas no mercado monetário internacional.

Os desajustes do BP dos EUA obrigaram o governo a emitir papel-moeda em

valor superior às reservas metálicas disponíveis.

A situação agravou-se com a Guerra do Vietnã (1965-73) e o aumento do

déficit fiscal dos EUA a instabilidade da moeda norte-americana reflete-se

na economia mundial.

Os EUA decide converter o dólar em ouro somente de alguns países membros

do FMI.

Em agosto de 1971 cessa a conversão. Em outubro de 1971 o dólar sofre

desvalorização o rompimento de paridades fixas determinou a livre flutuação

desestabilização do SMI atingiu as economias em desenvolvimento.


121

Crise do Petróleo de 1973:

• OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo),

elevou em 1971 o preço do barril de petróleo de 1,80 dólar para

2,50 dólares.

• Em 1973 adotou corte seletivo nos fornecimentos de petróleo

como arma de pressão dos árabes para recuperar os territórios

ocupados por Israel.

“A OPEP fez o mundo refém na década de setenta.” Erich hobsbawn


122

• No Brasil, o petróleo participava, em 1973, de 42,9% da energia consumida

no País, e produção interna atendia apenas a 23,5 % da demanda aparente.

• País tomado por rodovias transporte de cargas em 1973:

• 69,8% por rodovias, 19,9% por ferrovias, 10,7% por hidrovias e 0,1%

aéreo.

• A gasolina foi encarecida.

• O preço do combustível utilizado nas indústrias mantinha-se subsidiado,

estimulando seu consumo em detrimento de outras fontes de energia

abundantes no país.

• Inflação importada dos parceiros comerciais.

• BP com déficits no Saldo das Transações Correntes aumento do valor

das Ms de petróleo e dos bens de capital e insumos básicos.


123

O II Plano Nacional de Desenvolvimento (IIPND)

Ministro da Fazenda: Mário Henrique Simonsen (1974)

• I PND (1972-74)

• Inflação estava em 40% a.a. em meados da década.

• Elevado grau de vulnerabilidade da externo da economia

brasileira.

• II PND é lançado em fins de 1974 promoção de ajuste na

estrutura da oferta de longo prazo.

• A economia deveria crescer com base no setor produtor.


124

• O Conselho de desenvolvimento Econômico (CDE) era o órgão de

implementação do plano.

• Incentivos:

• crédito do IPI sobre a compra de equipamentos;

• possibilidade de depreciação acelerada;

• isenção de impostos de M;

• reserva de mercado para novos empreendimentos;

• garantia de política de preços compatível com as prioridades da

política industrial.

• Mudanças estruturais na economia redirecionamento da atividade

industrial para o setor de insumos e de máquinas e equipamentos.


125

• Estado-empresário.

• Descentralização espacial dos projetos de investimento.

• Petrodólares.

• Deterioração da capacidade de financiamento do Estado.

Resultados:

• A indústria em sua totalidade cresceu 35% entre 1974/79.

• Os principais setores foram:

- O metalúrgico, que cresceu 45%, de material elétrico,

49%, de papel e papelão, 50%, e químico, 48%.

- O setor têxtil cresceu 26% e o de alimentos 18%.

- O setor de material de transportes cresceu 28%.


126

Em 1979:

• segundo choque do petróleo;

• elevação da taxa de juros internacional

endividamento externo crescente;

• deterioração da situação fiscal;

• pressões inflacionárias;

• mudança de governo.


127

1979 Ministro da Fazenda: Delfim Netto

Discurso desenvolvimentista e de combate à inflação com crescimento

econômico.

Principais medidas:

a) Controle sobre as taxas de juros.

b) Expansão do crédito para a agricultura.

c) Criação da Secretaria Especial das Empresas Estatais (Sest).

d) Maxidesvalorização da moeda em dezembro de 1979.

e) Prefixação da correção monetária e cambial em 50% e 45% para o

ano de 1980.

f) Aprovação da nova lei salarial


128

Resultados:

a) Aceleração inflacionária para 100% a.a.

b) Ampliação da Dívida Externa.

Ajustamento externo:

a) Contenção da D.A.: redução do déficit público, aumento da

taxa de juros interna e restrição ao crédito, redução do

salário real.

b) Estrutura de preços relativos favorável ao setor externo:

intensa desvalorização real do cruzeiro, elevação dos

derivados do petróleo, estímulo à competitividade da

indústria brasileira.


129

Resultados:

a) Recessão em 1981, baixo crescimento em 1982, com queda

da renda per capita no período.

b) Aceleração da inflação.

c) Reversão no Saldo da BC ajustamento externo


Economia Brasileira

(1985-1989)

Cinco Anos de Governo José Sarney:

Plano Cruzado (1986)

Plano Bresser (1987)

Plano Verão (1989)

Momentos de rápido

crescimento

Contas fiscais e

externas se deterioram

fortemente


Momento Histórico:

Diretas Já

15 de janeiro de 1985 Tancredo Neves elegeu-se o primeiro presidente

da República Civil desde 1960.

“Se todos quisermos, dizia-nos há quase 200 anos, Tiradentes, aquele herói

enlouquecido de esperança, poderemos fazer deste país uma grande nação.

Vamos fazê-la”.

Tancredo Neves: discurso perante o Congresso Nacional, logo após sua vitória

no Colégio Eleitoral sobre o deputado Paulo Maluf, 15 de janeiro de 1985.

21 de abril de 1985 Tancredo Neves morre de infecção generalizada,

após 7 cirurgias. José Sarney assume a Presidência do Brasil.


José Sarney e Tancredo Neves em Brasília em 1985


Problema mais visível era a inflação

Em 1984 surgiram 4 propostas para acabar com a Inflação:

1) Pacto Social (economistas do PMDB e UNICAMP)

Conflito distributivo

Fim do conflito governo democrático com coalizão

Todos deveriam concordar

em não aumentar seus preços

por determinado período.


2) Choque Ortodoxo (economistas da FGV)

Baseado na TQM: inflação excessiva devido a excessiva

expansão monetária forma espúria de financiar um governo que

gastava além de sua capacidade de arrecadar receitas.

A causa da inflação brasileira excessivo gasto público

numa economia em que o Estado crescera demais.

Defendiam (i) severos cortes de gastos; (ii) aumento de

receitas e tributos e corte brusco de emissão de moeda e de títulos da

dívida pública; (iii) dexindexação da economia liberalização total dos

preços.


3) Choque Heterodoxo (Francisco Lopes)

4) Reforma Monetária (André Lara Resende e Pérsio Arida)

Baseado em estudo econométrico que mostrava 2 fatores:

(i) componente inercial como principal causa da inflação;

(ii) Variações do hiato do produto sobre a inflação com pequeno efeito.

Questionavam a relevância do déficit público como causa da

inflação.

O fim da inflação seria pela dexindexação da economia.


3) Choque Heterodoxo (Francisco Lopes)

CONGELAMENTO DE PREÇOS

4) Reforma Monetária (André Lara Resende e Pérsio Arida)

PROPOSTA LARIDA

Dexindexar a economia por meio de uma moeda indexada que

circularia paralelamente à moeda brasileira (na época, o cruzeiro)


Os planos seguiram a proposta do congelamento.

PLANO CRUZADO

2º ano de Sarney

Ministro da Fazenda: Dilson Funaro

Governo adota o Choque Heterodoxo de

Francisco Lopes 28/fev/1986

Momento internacional favorável:

Queda do preço do petróleo no mercado

internacional

Dólar desvaloriza-se em relação as

moedas européias e o iene.


Principais medidas:

1) Reforma Monetária e Congelamento

CRUZADO como

novo padrão monetário

Cr$ 1.000 = Cz$ 1,00


Por que uma nova moeda?!

(i) Criar a imagem de uma moeda forte;

(ii) Permitir a intervenção nos contratos, já que ficava

estabelecida uma nova unidade monetária.


1) Reforma Monetária e Congelamento

Preços congelados a partir de 28 de fevereiro; taxa de

câmbio vigente no dia anterior ao plano ficou igualmente

fixa.

Criada a tabela da SUNAB

Ficais do Sarney


2) Dexindexação da economia

As ORTNs foram substituídas pelas OTNs, cujos

valores ficariam congelados por um ano.

Ficava proibida a indexação de contratos com

prazos inferiores a um ano.


3) Índices de Preços e Cardenetas de Poupança

IPCA passou a ser IPC não mais acumulado.

Poupança passou a ter rendimentos trimestrais e

não mensais.


3) Política Salarial

Salários deveriam ser calculados pela média dos últimos seis

meses (set/1985 a fev/1986) em valores correntes.

Os salários ficavam oficialmente congelados podendo os

empresários decidir por aumentos caso a caso, por meio de

negociação.

Dissídios passaram a ser anuais, com correção inferior a

100%. Foi concedido como abono um aumento de 8% para

todos os assalariados e um aumento de 16% para o salário

mínimo.


3) Política Salarial

Gatilho salarial:

Para evitar que os trabalhadores acumulassem perdas, foi

criado o “gatilho salarial”, garantia a correção imediata dos

salários sempre que a inflação acumulasse 20%.


O dragão da inflação era de papel

1985.01 11,18 1986.01 14,05 1987.01 13,75 1988.01 14,7 1989.01 31,11

1985.02 9,69 1986.02 10,86 1987.02 11,28 1988.02 13,38 1989.02 14,06

1985.03 10,79 1986.03 1,83 1987.03 11,97 1988.03 18,65 1989.03 6,46

1985.04 8,33 1986.04 2,31 1987.04 16,55 1988.04 21,17 1989.04 10,02

1985.05 8,91 1986.05 1,92 1987.05 26,49 1988.05 16,25 1989.05 16,59

1985.06 8,16 1986.06 0,96 1987.06 26,76 1988.06 21,7 1989.06 25,29

1985.07 11,4 1986.07 1,07 1987.07 9,24 1988.07 22,65 1989.07 28,06

1985.08 11,71 1986.08 1,88 1987.08 4,45 1988.08 19,67 1989.08 30,95

1985.09 7,62 1986.09 1,43 1987.09 6,73 1988.09 23,6 1989.09 35,83

1985.10 12,09 1986.10 3,08 1987.10 10,17 1988.10 28,48 1989.10 37,29

1985.11 12,76 1986.11 4,43 1987.11 13,4 1988.11 25,77 1989.11 42,96

1985.12 12,46 1986.12 10,3 1987.12 15,92 1988.12 27,89 1989.12 51,82

TABELA 1 - Inflação - IPC (FIPE) - (% a.m.) – JAN/1985 a dez/1989

FONTE: Ipeadata


Sucesso:

Queda da inflação.

Elevação em 20% dos postos de trabalho.

Taxa de desemprego caiu de 4,4% em março para 3,8% em junho.

Produção industrial crescente, puxada pelo setor produtor de bens de consumo

duráveis taxas de crescimento superiores a 30% entre maio e junho de 1986.

Contas externas : a BC apresentou superávit de US$ 1,1 bilhão em março, contra

US$ 628,2 milhões em fevereiro, atingindo o pico de US$ 1,3 bilhão em maio de 1986.

Resultados políticos favoráveis em ano de eleição eleições para os governos

estaduais e para o Congresso (os eleitos no Congresso seriam os participantes da

Assembléia Constituinte que, entre outros assuntos, determinariam a duração do

mandato do atual presidente).


O sucesso logo foi embora...

Explosão do consumo temor de interromper a produção levou

alguns empresários a conceder aumentos salariais adicionais aos

abonos AMEAÇAS DE GREVES!

DEMANDA AQUECIDA.

Situação fiscal piorava continuidade de amplos programas de

subsídios, aumento de 8% que beneficiou também o funcionalismo

público e o congelamento de muitas tarifas públicas em níveis

defasados fragilizaram ainda mais as precárias finanças

governamentais e representaram um combustível adicional para o

sobreaquecimento da DA.


Aumento da demanda por moeda por parte do público.

Passividade da política monetária pressão de baixa constante nas

taxas de juros aquecimento da DA explosão dos gastos em

consumo em detrimento da poupança, além de possibilitar a estocagem

especulativa de produtos e incentivar a evasão de capitais estrangeiros.

As baixas taxas de juros eram necessárias em um patamar reduzido

a fim de estimular o investimento produtivo capaz de absorver o

excesso de demanda.


Após fixação do câmbio e início do processo de sobrevalorização do

cruzado expectativa de que o governo iria desvalorizar a moeda em

resposta a um incipiente retrocesso no saldo comercial contratos de

exportação passaram a ser adiados ao máximo, pois os produtores

esperavam conseguir melhores preços após desvalorização a maior

demanda por produtos importados e a especulação nos mercados

financeiros em torno da iminente desvalorização, fizeram explodir o

ágio no mercado paralelo de dólar.

Explosão gerada pelo temor que a estabilização fosse passageira.


Logo se tornou claro que o governo tinha provocado

uma expansão exagerada da oferta de moeda!

Diante de uma demanda muito aquecida, cedo começaram a

surgir sinais de desabastecimento da economia fenômeno do

ágio.


Como resolver?!

Liberalização apenas de uma parte dos preços.

Novo empréstimo junto ao FMI.

“Bolha” surto de consumo passageiro.


Erros!

Considerar a inflação apenas como inercial.

Abonos salariais explosão do consumo.

PM e PF frouxas.

Congelamento longo.

Preços foram congelados em seus índices correntes e não médios

distorções de preços relativos.

Gatilho salarial reintroduzilu a questão da indexação dos preços.

Economia informal fora do congelamento.

Câmbio fixo de fev/nov, somado ao crescimento da D, fez com que

as contas externas se deteriorassem.

Defasagem dos preços no momento do congelamento piorou a

situação fiscal do Governo.


Economia Brasileira

(1985-1989)

Plano Bresser

Mês IPC (%) Mês IPC (%)

1987.01 13,75 1988.01 14,7

1987.02 11,28 1988.02 13,38

1987.03 11,97 1988.03 18,65

1987.04 16,55 1988.04 21,17

1987.05 26,49 1988.05 16,25

1987.06 26,76 1988.06 21,7

1987.07 9,24 1988.07 22,65

1987.08 4,45 1988.08 19,67

1987.09 6,73 1988.09 23,6

1987.10 10,17 1988.10 28,48

1987.11 13,4 1988.11 25,77

1987.12 15,92 1988.12 27,89

TABELA 1 - Inflação - IPC (FIPE) - (% a.m.) – JAN/1985 a dez/1989

FONTE: Ipeadata


Plano Bresser

12 de junho de 1987;

Inflação diagnosticada como inercial e de demanda;

Continha elementos ortodoxos e heterodoxos;

Recorria-se ao congelamento e a desvalorização;

cambial, não se resolvendo os problemas de longo

prazo.


Ortodoxia:

Causa da Inflação emissão de moeda tendo como causa o

déficit público

Combate da Inflação cortar emissão de moeda

Políticas fiscal e monetária recessivas

Heterodoxia:

Emissão de moeda muito mais decorrência da inflação que

causa

Política de rendas como congelamento de preços e salários


Objetivo do Plano Bresser: evitar a hiperinflação.

Recorria-se ao congelamento e a desvalorização cambial, não

se resolvendo os problemas de LP.

O gatilho salarial foi extinto e tentava-se reduzir os gastos do

Governo.

Taxas de juros reais elevadas para inibir o consumo de bens

duráveis.

Antes do anúncio do congelamento foram decretados

aumentos: eletricidade, combustíveis, água e telefone.


Principais medidas do Plano Bresser:

1) Congelamento de salários por três meses, no nível de 12 de

junho, com resíduo inflacionário sendo pago em seis parcelas

a partir de setembro.

2) Congelamento de preços por três meses, sendo que vários

preços, em especial os públicos, foram aumentados antes do

plano.



3) Mudança de base do IPC (Índice de Preços do Consumidor)

para 15 de junho, sendo que os aumentos foram incorporados

à inflação de junho, de modo a evitar que a inflação

sobrecarregasse a inflação de junho.

4) Desvalorização cambial de 9,5%, em 12 de junho e não

congelamento da taxa de câmbio, mantendo as

minidesvalorizações diárias, mas em menor ritmo.



5) Aluguéis congelados no nível de julho, sem nenhuma

compensação.

6) Contratos financeiros pós-fixados foram mantidos e para os pré-

fixados foi criada uma tablita.

7) Criação da URP (Unidade de Referência de Preços) que corrigia o

salário dos três meses seguintes, a partir de uma taxa pré-fixada

com base na média geométrica da inflação dos três meses

anteriores, entrando em vigor a partir de setembro.


Política Monetária e Fiscal ativa:

1) Aumento das tarifas.

2) Cortes nos gastos do Governo.

3) Corte nos investimentos públicos.

4) Taxas de juros reais positivas.


Resultados:

1) Recuperação da BC.

2) Diminuição do déficit.

3) Queda inicial da inflação.

4) Queda da produção industrial.

5) Recrudescimento da inflação decorrente dos desequilíbrios que

geraram pressões de custos quando se iniciou a descompressão

voltou a aceleração inflacionária e várias pressões por reposições

salariais.

6) Altas taxas de juros reais positivas queda do consumo e

direcionamento do investimento para o setor financeiro.


O Plano Bresser se assentava basicamente na contenção

salarial e na elevada taxa de juros.

Faltou credibilidade da opinião pública.

Em dezembro de 1987, Bresser pede demissão.

Saiu o Bresser e entrou o Maílson da Nóbrega em janeiro de

1988.


Economia Brasileira

(1985-1989)

Plano Verão

TABELA 1 - Inflação - IPC (FIPE) - (% a.m.) – JAN/1989 a MAR/1990

FONTE: Ipeadata

1989.01 31,11

1989.02 14,06

1989.03 6,46

1989.04 10,02

1989.05 16,59

1989.06 25,29

1989.07 28,06

1989.08 30,95

1989.09 35,83

1989.10 37,29

1989.11 42,96

1989.12 51,82

1990.01 74,53

1990.02 70,16

1990.03 79,11


Plano Verão

15 de janeiro de 1989.

Inflação diagnosticada como inercial e de demanda.

Plano com características heterodoxas e ortodoxas.

3º Choque Econômico e 2ª

Reforma Monetária do Governo

Sarney.


Objetivos:

Contrair a D.A. no CP.

Queda da Inflação no MP.

Políticas Econômicas:

1) Reforma Monetária e Congelamento de Preços: criação de uma

nova unidade monetária

Cz$ 1.000,00 = NCz$ 1,00

O dólar foi cotado a NCz$ 1,00, após a desvalorização da moeda

nacional.


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