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O COMPROMISSO DO EDUCADOR “Somente um ser que é capaz de sair do seu contexto, de distanciar-se dele para ficar com ele; capaz de admirá-lo para, objetivando-o, transformá-lo e, transformando-o, saber se transformado pela sua própria criação; um ser que é e está sendo no tempo que é o seu, um ser histórico, somente este é capaz, por tudo isto, de comprometer-se”(FREIRE, 2006, p.17).

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Page 1: Aula

O COMPROMISSO DO EDUCADOR

“Somente um ser que é capaz de sair do seu contexto, de distanciar-se dele para ficar com ele; capaz de admirá-lo para, objetivando-o, transformá-lo e, transformando-o, saber se transformado pela sua própria criação; um ser que é e está sendo no tempo que é o seu, um ser histórico, somente este é capaz, por tudo isto, de comprometer-se”(FREIRE, 2006, p.17).

Page 2: Aula

CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO E DE ALUNO

Prof. Dr. Vilmar Aves Pereira

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO – IE – PPGEA-PPGEC

Page 3: Aula

Caminante, no hay camino, se hace camino al andar ...

(MACHADO A.)

Page 4: Aula

ORGANIZANDO A EXPOSIÇÃO

1- Situar as concepções clássicas Clássicas;

2- Situar a perspectiva da Educação

Progressista;

3- Apresentar alguns desafios a partir da

metodologia Progressista.

Page 5: Aula

ROMPENDO COM A NEUTRALIDADE PEDAGÓGICA.

Todo ato pedagógico não ocorre num vazio e, portanto se constitui num ato político que possui uma teoria que embasa o meu jeito de ser professor ou educador.

Page 6: Aula

e.du.ca.e.du.ca.çãoção femininofeminino a a açãoação ou o ou o processoprocesso de de dardar ou ou receberreceber

conhecimentosconhecimentos geraisgerais, de modo a , de modo a desenvolverdesenvolver o o poderpoder de de raciocínioraciocínio e e julgamentojulgamento e, geralmente, e, geralmente, prepararpreparar intelectualmente a si mesmo ou aos intelectualmente a si mesmo ou aos outros para a outros para a vidavida adultaadulta. .

Page 7: Aula

a a açãoação ou o ou o processoprocesso de de dardar ou receber ou receber conhecimentos ou habilidades específicas, conhecimentos ou habilidades específicas, como por exemplo para o exercício de uma como por exemplo para o exercício de uma profissão.profissão.

Page 8: Aula

o grau, nível ou tipo de escolaridade o grau, nível ou tipo de escolaridade a maioria dos funcionários desta a maioria dos funcionários desta empresa não tem mais do que a empresa não tem mais do que a educação fundamental.educação fundamental.

Page 9: Aula

a ciência ou arte de ensinar; pedagogia a ciência ou arte de ensinar; pedagogia eu me formei em pedagogia, sou eu me formei em pedagogia, sou

portanto um especialista em educação.portanto um especialista em educação.

Page 10: Aula

Educação Educação EducareEducare: orientar, nutrir, decidir num : orientar, nutrir, decidir num

sentido externo, levando o indivíduo de sentido externo, levando o indivíduo de um ponto onde ele se encontra para outro um ponto onde ele se encontra para outro que se deseja alcançar; que se deseja alcançar;

Educere: se refere a promover o Educere: se refere a promover o surgimento de dentro para fora das surgimento de dentro para fora das potencialidades que o individuo possui.potencialidades que o individuo possui.

Page 11: Aula

ALUNO" aparece com o significado de "NÃO ALUNO" aparece com o significado de "NÃO LUZ" ou "SEM LUZ". Isso porque estaria LUZ" ou "SEM LUZ". Isso porque estaria formada pelo prefixo A-, que significa negação, formada pelo prefixo A-, que significa negação, e pelo elemento LUN-, da palavra latina e pelo elemento LUN-, da palavra latina LUMEN, que significa luz. Em conseqüência LUMEN, que significa luz. Em conseqüência ALUNO teria um sentido pejorativo: seria ALUNO teria um sentido pejorativo: seria "AUSÊNCIA DE LUZ"."AUSÊNCIA DE LUZ".

Page 12: Aula

1. Sentido próprio: CRIANÇA DE PEITO. 1. Sentido próprio: CRIANÇA DE PEITO.

2. Em sentido figurado ou metafórico: 2. Em sentido figurado ou metafórico: DISCÍPULO. DISCÍPULO.

Page 13: Aula

O QUE SIGNIFICA PENSAR A O QUE SIGNIFICA PENSAR A

EDUCAÇÃO JOVENS E ADULTOS EDUCAÇÃO JOVENS E ADULTOS

NESSA PERSPECTIVA?NESSA PERSPECTIVA? QUE SUJEITOS QUEREMOS FORMAR?

QUESTÕES QUE NORTEADORAS PARA REFLETIRMOS SOBRE NOSSA PRÁTICA.

Page 14: Aula

QUE SABERES QUEREMOS DISCUTIR ?

Page 15: Aula

QUE SOCIEDADE QUEREMOS PARA VIVER?

Page 16: Aula

QUE ESCOLA QUEREMOS?

Page 17: Aula

QUE EDUCAÇÃO QUEREMOS PRIORIZAR?

Page 18: Aula

QUE AVALIAÇÃO PRECISAMOS CONSTRUIR?

Page 19: Aula

QUE CULTURA QUEREMOS VALORIZAR?

Page 20: Aula

QUE CONHECIMENTO QUEREMOS TRABALHAR?

Page 21: Aula

QUE RELAÇÕES DE PODER QUEREMOS MANTER? 

Page 22: Aula

O CONCEITO DE DUALISMO DE PLATÃO

MUNDO IDEAL

MUNDO REAL

Reminiscências

Page 23: Aula

CIDADE DE DEUS

CIDADE DOS HOMENS

AS DUAS CIDADES EM AGOSTINHO

Mandamentos e Ascese

Page 24: Aula

Outras contribuiçõesOutras contribuições Jesuítas;

Descartes

John Locke;

Kant;

Rousseau e Pestalozzi.

ALGUMAS REAFIRMAÇÕES DESSA MATRIZ EPISTEMOLÓGICA

Page 25: Aula

DECORRÊNCIA DESSAS PERPECTIVASDECORRÊNCIA DESSAS PERPECTIVAS A fundamentação e legitimação da

pedagogia:

Tradicional;

Conservadora;

Essencialista;

Positivista;

Bancária

DECORRÊNCIAS DESSE PARADIGMA

Page 26: Aula

o “aluno como deve ser” e não como ele é;

A busca da perfeição;

A aposta na razão;

Nega os aspectos da sensibilidade:

A idéia de castigo.

DECORRÊNCIAS PEDAGÓGICAS DESSE DECORRÊNCIAS PEDAGÓGICAS DESSE PARADIGMAPARADIGMA

DECORRÊNCIAS PEDAGÓGICAS DESSE PARADIGMA

Page 27: Aula

Professor

Aluno Meio

Pedagogia Tradicional Diretiva

Page 28: Aula

Aluno

Professor Meio

Pedagogia Liberal Não-diretiva

Page 29: Aula

A pedagogia essencialista possuía também alguns pontos positivos como:

Em certo sentido os professores eram competentes;

Dominavam os conteúdos e conseguiam ministrar suas aulas com disciplina.

Os alunos assimilavam os conteúdos.

ALGUNS PONTOS POSITIVOS

Page 30: Aula

A PERSPECTIVA DA KARL A PERSPECTIVA DA KARL

MARXMARX

A realidade não é dual;

Todos os filósofos se preocupam em apenas pensar sobre o mundo é necessário transformar o mundo;

A realidade é dialética e portanto processual.

O homem é um sujeito histórico.

A PERSPECTIVA MARXIANA

Page 31: Aula

DECORRÊNCIAS PARA A DECORRÊNCIAS PARA A

EDUCAÇÃO DE JOVENS E EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS NO BRASILADULTOS NO BRASIL

FREIRE, BRANDÃO, FAZENDA, FRIGOTTO et.

al. Tomam como referência a perspectiva

dialética renomeando-a como:

Progressista;

Histórico-crítica;

Popular

LEGADOS E APROVEITAMENTO DESSA EPISTEMOLOGIA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL

Page 32: Aula

Pedagogia Dialética Relacional

Educando Meio

Educador

Page 33: Aula

O quequeremos

evitar no em nossas Práticas Educativas?

Page 34: Aula

Quem ensina aprende ao ensinar e quem

aprende ensina ao aprender (FREIRE).

O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA DIALÉTICA

FRERIANA

Page 35: Aula

NÃO HÁ DOCÊNCIA SEM DISCÊNCIA.

Page 36: Aula

ENSINAR EXIGE ESTÉTICA E ÉTICA.

Page 37: Aula

ENSINAR EXIGE CURIOSIDADE.

Page 38: Aula

ENSINAR EXIGE O RESPEITO AOS SABERES DO EDUCANDO.

Page 39: Aula

ENSINAR EXIGE QUERER BEM AOS EDUCANDOS.

Page 40: Aula

ENSINAR EXIGE COMPROMETIMENTO.

Page 41: Aula

ENSINAR EXIGE A CONVICÇÃO DE QUE A MUDANÇA É POSSÍVEL.

Page 42: Aula

ENSINAR EXIGE ALEGRIA E ESPERANÇA.

Page 43: Aula

ENSINAR PARA PARTICIPAR SUPERANDO:ENSINAR PARA PARTICIPAR SUPERANDO: o autoritarismo, a prepotência, a rigidez hierárquica.

a arrogância, a indiferença

o individualismo, o comodismo

as relações clientelistas, os privilégios

a resistência, a forma de pensamento único

a fragmentação, a divisão do trabalho

enfoque apenas nos resultados acusações que buscam “o culpado”

desconfiança, a tristeza, a imobilidade (Mello)43

ENSINAR PARA VENCER O QUE?

Page 44: Aula

NOSSA OPÇÃO METODOLÓGICA NOSSA OPÇÃO METODOLÓGICA

NO PROEJA CEFETBG- TEMA NO PROEJA CEFETBG- TEMA

GERADORGERADOR

“O tema gerador é entendido como o assunto que

centraliza o processo de ensino-aprendizagem, sobre

o qual acontecem os estudos, pesquisas,análises,

Reflexões,Discussões e conclusões” (FREIRE, 1996).

METODOLOGIA DE ENSINO POR TEMAS GERADORES.

Page 45: Aula

TEMAS GERADORES

Segundo a pedagogia da autonomia, o processo de escolha desses assuntos, problemas ou temas geradores é fruto de uma mediação entre as responsabilidades dos educadores e os interesses dos educandos.

Page 46: Aula

O conhecimento é interdisciplinar

E aos professores é indispensável reconhecer

essa característica da ação inteligente.

DESAFIOS PARA CONSTRUIR UMA PROPOSTA POR TEMAS GERADORES.

Page 47: Aula

A SISTEMATIZAÇÃO DAS ATIVIDADES

As falas;

Planejamento das falas (coletivo);

A rede temática;

O tema gerador;

O objetivo da discussão;

A construção da rede.

Page 48: Aula

ENSINAR EXIGE A CONVICÇÃO DE QUE A MUDANÇA É POSSÍVEL.

Page 49: Aula

OBRAS CONSULTADAS

ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. Tradução Wolfgang L.M. São Paulo: Paz e Terra. 1995.

DALBOSCO, Claudio A. (Org.). Filosofia Prática e Pedagogia. Passo Fundo Ed da: UPF, 2003.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. 22 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006.

GADOTTI, M. História das idéias pedagógicas. 8. ed. São Paulo: Ática, 2002. 319 p.

MACHADO, N. José. Epistemologia e didática: as concepções de conhecimento e a prática docente. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2000.

Page 50: Aula

OBRAS CONSULTADAS

PEREIRA, Vilmar A. As inquietações que podem emergir quando a prática pedagógica é colocada à luz da reflexão. In: Claudemir de Quadros; Guacira de Azambuja. (Org.). Formação de professores em serviço: a experiência da Unifra. Santa Maria: Gráfica Editora Pallotti, 2002, v.l, p. 76-80.

PEREIRA, Vilmar A. A importância das teorias da Educação na formação do Educador. In: Corina Michelon Dotti. (Org.). Educação: reflexões, vivências e pesquisa. 1. ed. Caxias do Sul: Editora da Universidade de Caxias do Sul, 2002, v. 01, p. 55-61.

VEIGA, Ilma Passos A. Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível. Campinas SP: Papirus, 1995.

Page 51: Aula

OBRAS CONSULTADAS RAYS, Alonso. Leituras da educação. Santa Maria:Palotti, 2000.

RAYS, Alonso. O planejamento da ação pedagógica. IN: Espaço Pedadógico. Passo Fundo: Ediupf,2003.

SANTOS, S. Boaventura.Em busca da cidadania global. Disponivel em: http://www.veraz.com.br. 2003.

Page 52: Aula

OBRIGADO PELA OPORTUNIDADE!

E-mail: vilmar1972gmail.com