aula girassol 2-2012

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Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Rurais Departamento de Fitotecnia Cultura do Girassol Helianthus annuus L. Prof. Dr. Thomas N. Martin

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Page 1: Aula girassol 2-2012

Universidade Federal de Santa MariaCentro de Ciências Rurais

Departamento de Fitotecnia

Cultura do GirassolHelianthus annuus L.

Prof. Dr. Thomas N. Martin

Page 2: Aula girassol 2-2012

Literatura

www.emparn.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/emparn/arquivos/pdf/cartilha_cultivo_do_girassol.pdf

http://www.ag.ndsu.nodak.edu/aginfo/entomology/entupdates/Sunflower/a1331sunflowerhandbook.pdf

Page 3: Aula girassol 2-2012

Produção de girassol no Brasil1960-2003

0

15000

30000

45000

60000

75000

90000

105000

1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 20050

300

600

900

1200

1500

1800

2100Área (ha) Rendimento (kg/ha)

Fonte: Dall’Agnol et al. (1984), USDA (2003), Embrapa Soja (2003)

Produção Brasileira

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• Alimentação humana e animal• Óleo de girassol para cozinha• Silagem• Alimento para pássaros• Biocombustível (35 a 50% de óleo nos grãos)• Floricultura• Em 2008, deve-se adicionar 2% de biodiesel no diesel

de petróleo (800 milhões de litros de biodiesel)• Deixa 6 t/ha de matéria orgânica para a cultura

subsequente

U S O SU S O S

Page 5: Aula girassol 2-2012
Page 6: Aula girassol 2-2012

Características da CulturaOrigem e Distribuição

Alpine Sunflower (Hymenoxys grandiflora syn. Rydbergia), also known as Old Man of theMountains or Mountain Sunflower, flowering in The Rockies, Colorado, USA.

Norte do México e Norte dos EUA Família: Comostas (Asteráceas)

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MorfologiaRaízes

Cre

dito

s: F

ranc

o R

ossi

Sistema RadicularPivotante… relação com a água

…relação com exploração de minerais

…estrutura do solo

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MorfologiaRaízes

Page 9: Aula girassol 2-2012

Morfologia

Angadi & Entz (2002): www.soils.org/publications/aj/pdfs/94/1/136

Page 10: Aula girassol 2-2012

Morfologia

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MorfologiaFolhas

Primeiras 8 folhas – filotaxia opostaDemais folhas – filotaxia espiralForma e tamanho – depende da cultivar

Page 12: Aula girassol 2-2012

Morfologia

Page 13: Aula girassol 2-2012

Morfologia

Page 14: Aula girassol 2-2012

Polinização

Planta Alógama

InsetosX

Aplicação de Defensivos

Page 15: Aula girassol 2-2012

Produção de Matéria Seca

www.scielo.br/pdf/rbcs/v34n2/v34n2a16.pdfZobiole et al. (2010)

Page 16: Aula girassol 2-2012

Fenologia

http://www.canadasunflower.com/pdf/Report%209%20Combined.pdf

Page 17: Aula girassol 2-2012

Fenologia

http://www.canadasunflower.com/pdf/Report%209%20Combined.pdf

Page 18: Aula girassol 2-2012

Fenologia

ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DA PLANTA DE GIRASSOLEstágio Graus-dia Duração do cicloVE – Emergência 75 10V4 – 4 folhas desenvolvidas 176 20V8 - 8 “ “ 285 28V12 – 12 “ “ 365 34V16 -16 411 38V20 – 20 “ “ 466 44R1- botão floral niciando 493 46R2 – botão menos 2 cm da folha inferior 678 61R3 “ mais “ “ “ “ “ 757 67R4- brácteas começam a abrir 811 71R5.-1 Inicio da floração 841 73R5.5 -50% das flores abertas 884 77 R6 Florescimento completo 971 84R7 parte trás capitulo amarelado 1122 86R8 Bracteas verdes 1213 104Parte traz cap.amarelas R9 Brácteas amarelas partetrazeira marron 1354 119

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Características de Cultivo

Capacidade de AdaptaçãoTolerância a baixas temperaturas (5 a 8 oC)Cultivo em climas

TemperadosSubtropicaisTropicais

Tolera baixas temperaturas até 4 -5 folhasTolerância ao estresse hídrico

Rusticidade

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Características de Cultivo

Ciclo: 100 a 140 dias (semeadura a colheita)

Época de semeadura (RS): Setembro* a NovembroDezembro a Janeiro

Concorrência com outras culturas . . . ?

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Cultivares

Alto potencial de rendimento de grãos e óleo

Precocidade (menor tempo de ocupação da terra)

Menor interferência do clima

Uso intensido da terra / resistência a doenças / mecanização / alturamediana

Poucas folhas / haste fina / resistente ao acamamento / capítulos densos / tamanho e uniformidade de maturação

Híbridos x Polinização aberta

Teor de óleo x tipo de exploração (finalidade)

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Cultivares

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Exigências Climáticas

• Temperatura (limites) = 10 a 34oC– Ideal = 27 a 28 oC

– Dias quentes e noites frias

– 200 a 900 mm (necessidade hídrica por ciclo)

– Ideal (500 a 700 mm)

– A temperatura tem influência no Produtividade de Grãose no número de grãos por capítulo.

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Exigências Climáticas

Page 25: Aula girassol 2-2012

Exigências Climáticas

Page 26: Aula girassol 2-2012

• RS– Julho a Agosto

– Janeiro e Fevereiro***

• PR e sul dos estados de SP e MS– Julho a Agosto

– Janeiro e Fevereiro

Época de semeadura

Page 27: Aula girassol 2-2012

• pH = 5,8 a 7,0

• Solos profundos, sem acidez

• Tolerância a déficit hídrico (exceto....)

• Tolerância ao frio, porém é sensível a geada no florescimento

Exigências de Solo

Page 28: Aula girassol 2-2012

Nutrição e Adubação

Necessidade de N e P são comparáveis ao Milho

K, Ca e Mg – possui exigência maior que milho

K e N = são os elementos mais exigidos

Se M.O. 2,5% � 80 kg/ha Se M.O. 5,5% � 40 kg/ha

Boro – fertilidade dos óvulos, clorose das folhas, distrorções do ponto de cresimento, hastes quebradiças, sementes chochas.Se <0,30 ppm de boro� aplicar 10 kg/ha borax (11,3% de boro)

Page 29: Aula girassol 2-2012

ww

w.scie

lo.br/pdf/rbcs/v34n2/v34n2a16.pdf

Zobiole et al. (2010)

Page 30: Aula girassol 2-2012

Exportação de nutrientes

Page 31: Aula girassol 2-2012

• 40-60 kg/ha de N

• 40 a 80 kg/ha de P2O5 (20 a 130 kg/ha)

• 40 a 80 kg/ha de K2O (20 a 130 kg/ha)

• 1,0 a 1,5 kg/ha de boro

• N 30% na base...

Nutrição

Page 32: Aula girassol 2-2012

Tabela 4. Quantidades médias de macronutrientes para a produção de umatonelada de grãos.

Soja Milho Trigo GirassolNutrientes

................................g/kg ou kg/1000kg..................................

N 83,5 24,9 28,3 79

P 8,4 4,3 6,9 9,8

K 32,1 18,2 20,6 49,5

Ca 15 3,9 3,7 30,3

Mg 8,0 4,4 2,1 9,9

S 8,2 2,6 4,3 8,4

Nutrição

Page 33: Aula girassol 2-2012

Tabela 5. Quantidades médias de micronutrientes para a produção de umatonelada de grãos.

Soja Milho Trigo GirassolNutrientes

................................mg/kg ou g/1000kg..................................

B 55 18 20 64

Fe 513 236 37 281

Mn 165 43 106 180

Cu 30 10 6 66

Zn 64 49 20 98

Nutrição

Page 34: Aula girassol 2-2012

Densidade e Profundidadede semeadura

Baixa x Alta

Efeito compensatório

35 a 55 mil pl/ha

4 – 5 cm � semeaduras safra

5 – 6 cm � semeadura safrinha

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Densidade e Profundidadede semeadura

Page 36: Aula girassol 2-2012

Densidade e Profundidadede semeadura

Page 37: Aula girassol 2-2012

População de Plantas

EFEITO POPULAÇÃO DE PLANTAS DE GIRASSOL – média de 12 experimentos – Minnesota

43.816585012.50186.000

43.431605482.43674.000

43.233626322.34162.000

43.244677272.38050.000

41.252738312.24640.000

Cont óleo%% sem. grandes

Peso (mg)Sementes/capRendimentoDensidade

40.000 – 45.000 girassol rajado (comestível)55.000 – 60.00 girassol preto (produção de óleo)

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Sementes

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Plantas Daninhas

Bringheti et al. (2004)

23% a 70% de perdas

Page 40: Aula girassol 2-2012

Plantas Daninhas

Page 41: Aula girassol 2-2012

EstEstáádios de Desenvolvimentodios de Desenvolvimento

Page 42: Aula girassol 2-2012

• Fase inicial: formigas, cascudinhos e lagartas

• Desenvolvimento vegetativo: lagarta do girassol

• Formação de capítulo e dos grãos: percevejos

PragasPragas

Page 43: Aula girassol 2-2012

PragasPragas

Lagarta do GirassolChlosyne lacinia saundersii

Page 44: Aula girassol 2-2012

PragasPragas

Page 45: Aula girassol 2-2012

PragasPragas

Diabrotica speciosa Nezara viridula

Trissolcus basalis*Parasitando ovos de Nezara viridula

Piezodorus guildinii

Euschistus heros

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DoenDoenççasas

• Manchas de alternária: (mais comuns) ataca folhas, hastes e capítulo – alta temperatura e umidade

• Sclerotinia sclerotiorum podridão do colo e da planta –temperatura amena e alta umidade

• Controle das doenças:

• Resistência genética das cultivares

• Rotação de culturas

• Época correta de semeadura

• Solos férteis e bem drenados

• Evitar excesso de N

• Direção de semeadura Leste-Oeste

• Profundidade de semeadura adequada

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• escolha da área: evitar áreas de pivô central contaminadas com Sclerotinia

• sanidade de sementes

• época de semeadura

• densidade de semeadura: 40.000 a 45.000 plantas/ha

• rotação de culturas: 4 anos

• evitar sucessão com culturas suscetíveis aos mesmos patógenos

ControleControle

www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/460033/1/circTec19.pdf

Page 48: Aula girassol 2-2012

DoenDoenççasas

Alternaria helianthi

www.cnpso.embrapa.br/download/publicacao/comtec76.pdf

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DoenDoenççasas

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• Plataforma de milho

• Período de chuva = quando as sementes trocam da coloração amarelada para marrom

• 14% a 16% de umidade

• Cuidado: demora .... Ataque de pássaros, acamamento e incidência de doenças de final de ciclo

• Rotação do cilindro 300 a 500 rpm

• Abertura do côncavo 25 na entrada e 20 na saída

Colheita

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Perdas de Colheita

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Integração Lavoura Pecuária

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• Não compromete as culturas de verão

• Menor custo de produção que a soja e o milho

• Boa adaptação ao plantio direto

• Não necessita de equipamentos especiais

• Mercado: comercialização garantida

Viabilidade EconômicaViabilidade Econômica

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• Sistema radicular vigorosos, contribui para a diminuição da compactação do solo

• Forte competição com as plantas daninhas• Efeito alelopático com as plantas daninhas• Adapta-se bem a rotação do milho/soja, milho safrinha,

aveia e trigo

• Milho após girassol � 30% aumento• Soja após girassol � 15% aumento• Cana após girassol � 40% aumento

Importância PDImportância PD

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MARTIN, T. N. ; Sluszz, T. Girassol: Manejo e Potencialidades. In: Martin, T.M & Montagner, M.M. (Org.). Sistemas de Produção Agropecuária. 1 ed. Curitiba: UTFPR, 2007, v. 1, p. 309-329.

. . . Revisando . . .

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Por hoje era isso.....