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Colheita de girassol com plataforma de milho adaptada Soja

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Page 1: Colheita de girassol com plataforma de milho adaptada · COLHEITA DE GIRASSOL COM PLATAFORMA DE MILHO ADAPTADA o girassol (Helianthus annuus L.) é uma cultura potencial para várias

Colheita de girassolcom plataforma de

milho adaptada

Soja

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COLHEITA DE GIRASSOL COMPLATAFORMA DE MILHO ADAPTADA

o girassol (Helianthus annuus L.) é uma culturapotencial para várias regiões agrícolas do Brasil. Seurendimento de grãos e de óleo mostra-se poucoinfluenciado por latitude, altitude e fotoperíodo, além deser uma espécie que apresenta alta tolerância à seca.Estas características permitem sua participação emdiferentes sistemas de rotação e sucessão, com culturasjá estabelecidas.

A colheita mecanizada de girassol, não só no Brasilcomo em países produtores, representa um grandedesafio por causa de características da planta e do grão e,também, em função do tipo de plataforma da colhedora.

As plataformas atualmente utilizadas para a colheitamecanizada de girassol compreendem conjuntosespecíficos e conjuntos adaptados. Os primeiros sãoplataformas construídas especificamente para a colheitado girassol, enquanto que os conjuntos adaptados sãoplataformas de milho e de soja/trigo que, com algumasmodificações, podem ser utilizadas na cultura do girassol.

ADAPTAÇÕES FEITAS NA PLATAFORMADE MILHO

As adaptações da plataforma convencional de milho,realizadas na Embrapa Soja, que possibilitam a colheita degirassol, consistem em:

• soldar um elemento cortante (faca ou navalha) dabarra de corte convencional (a), no elo de ligação tipo"caneca" (b) da corrente recolhedora (c) (Fig. 1);

Figura 1. Detalhe do elemento cortante (a), soldado junto aoelo de ligação tipo caneca (b) da correnterecolhedora (c) da plataforma convencional demilho. Embrapa Soja, 2005.

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• soldar um elemento cortante (faca ou navalha) dabarra de corte convencional (a), por linha, sob o chassi (d),acima dos rolos puxadores (e) (Fig. 2);

Figura 2. Detalhe do elemento cortante (a) fixado no chassi(d), acima dos rolos puxadores (e) da plataformaconvencional de milho. Embrapa Soja, 2005 .

• colocar, se necessário, ponteiras arredondadas (I) eelevações nas partes laterais (g) e posterior (h) daplataforma (Fig. 3).

Figura 3. Representação esquemática das ponteirasarredondadas (f) e das elevações das parteslaterais (g) e posterior (h) da plataformaconvencional de milho. Embrapa Soja, 2005.

FUNCIONAMENTO DA PLATAFORMA DEMILHO ADAPTADA

A altura de trabalho da plataforma deve ser ajustadapara que o corte do caule ocorra o mais próximo possíveldos capítulos de girassol. As plantas entram na plataformaatravés de alimentação forçada pelas correntesrecolhedoras. As facas colocadas nas correntes, junto comas facas fixas do chassi, cortam o caule do girassol (Fig. 4).Os capítulos separam-se das plantas junto ao condutorhelicoidal (caracol ou sem-fim), que os conduz até a esteiratransportadora, e essa leva o material colhido até osistema de trilha.

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Figura 4. Identificação do local onde se realiza o corte doscaules de girassol, por ação dos elementoscortantes presentes na corrente recolhedora e nochassi da plataforma convencional de milhoadaptada. Embrapa Soja, 2005.

A faca fixa, soldada sob o chassi, deve estar localizadapróxima ao ponto onde se inicia o tracionamento dasplantas pelos rolos puxadores. O formato arredondadodas ponteiras facilita o deslocamento das plantas para ointerior da plataforma. No caso de lavouras de girassoldesuniformes quanto à altura de capítulo, a colocação deelevações nas partes laterais e posterior da plataformaevita que os capítulos se percam, por não permitir que osmesmos sejam deslocados para fora do sistema dealimentação, após o corte das plantas.

VANTAGENS DA PLATAFORMADE MILHO ADAPTADA

• não há necessidade do produtor investir em novosequipamentos de colheita, otimizando, assim, o usodaqueles já disponíveis na propriedade;

• o custo das adaptações é baixo em função de seremutilizadas poucas peças adicionais;

• a adaptação da plataforma convencional de milho ésimples e não exige trabalho especializado;

• a adaptação das facas na corrente recolhedora e nochassi é rápida;

• com o "kit" (facas soldadas na corrente recolhedoralpronto, a montagem da plataforma para o início dacolheita é imediata;

• o sistema de alimentação forçada, característicodesse tipo de plataforma, possibilita elevar avelocidade de colheita, com perda mínima;

• os capítulos cortados caem, quase que diretamente,no sem-fim, diminuindo as perdas de grãos naplataforma.

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INDICAÇÕES TÉCNICAS PARA ACOLHEITA DE GIRASSOL

Para a colheita do girassol devem ser observados doisrequisitos básicos: a época da colheita e a regulagem dosmecanismos internos da colhedora.

A colheita do girassol deve ser iniciada quando o teorde umidade dos grãos estiver entra 12 e 14%. Com aantecipação da época da colheita, a qualidade do produtopode ser prejudicada em função do aumento de grãosquebrados e de impurezas. Por outro lado, o atraso nacolheita favorece a ocorrência de doenças eventuais,acamamento e quebramento de plantas, ataque depássaros, deiscência de grãos e, ainda, descascamentode grãos por ocasião da trilha.

A velocidade de trabalho da colhedora depende dacondição da lavoura. Uma área de girassol, onde asplantas estão uniformes, sem acamamento e semdoenças, permite que, com esse tipo de plataforma,possam-se utilizar velocidades de até 7 km/h,semelhantes às usadas para a cultura do milho. Para asplataformas específicas de girassol e aquelas adaptadasde soja/trigo, a velocidade recomendada é de 4,5 a 5,0km/h.

A regulagem dos mecanismos internos da colhedorainicia-se pela rotação do cilindro que pode variar de 300 a500 rotações por minuto. Grãos quebrados indicam que arotação deve ser diminuída (dentro deste limite) e grãosaderidos ao capítulo indicam que a rotação deve seraumentada. A abertura do côncavo é de 25 mm (frente) e20 mm (atrás) e o capítulo deve sair inteiro da colhedora.Com capítulos quebrados, deve-se aumentar estasaberturas e com grãos aderidos ao capítulo deve-sediminuí-Ias. A ventilação para o girassol deve ser baixa,de tal maneira que se minimizem as perdas de grãoscheios e as impurezas no depósito.

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Texto: José Miguel Silveira, Cézar de Mello Mesquitae Fernando Antônio Fonseca Portugal

Diagramação: Danilo EstevãoFolder n" 06/2005

Junho de 2005Tiragem: 1.000 exemplares

Junho de 2006Reimpressão: 3.000 exemplares

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