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REPÚBLICA FEDERATIVADO BRASIL presidente FERNANDO HENRIQUE CARDOSO ministro da agricultura, do abastecimento e da reforma agrária ARLlNDO PORTO NETO EMPRESA BRASILEIRADE PESQUISA AGROPECUÁRIA presidente ALBERTO DUQUE PORTUGAL diretores EllA ANGELA BATTAGGIA BRITO DA CUNHA JOSÉ ROBERTO RODRIGUES PERES DANTE DANIEL GIACOMELLI SCOLARI CENTRO NACIONAL DEPESQUISA DESOJA chefe JOSÉ FRANCISCO FERRAZDE TOLEDO chefe adjunto técnico PAULO ROBERTO GALERANI chefe adjunto de apoio LUIZCÉSAR AUVRAY GUEDES Exemplares desta publicação podem ser solicitadas à ÁREA DE DIFUSÃO DE TECNOLOGIA DO CNPSo Caixa Postal 231 - CEP86001-970 Fone: (043) 371-6CXXl - Fax: (043) 320-4186 Londrina, PR As informações contidas neste documento somente poderão ser reproduzidas com a autorização expressa da Área de Difusão de Tecnologia do CNPSo. IMPRESSO NO SETOR DE SERVIÇOS GRÁFIcos DO CNPSo

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REPÚBLICA FEDERATIVADO BRASIL

presidenteFERNANDO HENRIQUE CARDOSO

ministro da agricultura, do abastecimento e da reforma agráriaARLlNDO PORTO NETO

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA

presidenteALBERTO DUQUE PORTUGAL

diretoresEllA ANGELA BATTAGGIA BRITO DA CUNHA

JOSÉ ROBERTO RODRIGUES PERESDANTE DANIEL GIACOMELLI SCOLARI

CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE SOJA

chefeJOSÉ FRANCISCO FERRAZDE TOLEDO

chefe adjunto técnicoPAULO ROBERTO GALERANI

chefe adjunto de apoioLUIZCÉSAR AUVRAY GUEDES

Exemplares desta publicação podem ser solicitadas àÁREA DE DIFUSÃO DE TECNOLOGIA DO CNPSo

Caixa Postal 231 - CEP86001-970Fone: (043) 371-6CXXl - Fax: (043) 320-4186

Londrina, PR

As informações contidas neste documento somentepoderão ser reproduzidas com a autorização expressa

da Área de Difusão de Tecnologia do CNPSo.

IMPRESSO NO SETOR DE SERVIÇOS GRÁFIcos DO CNPSo

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ISSN 0101-5494

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIAVinculada ao Miniltério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária· MAARA

Centro Nacional de Pesquisa de Soja - CNPSo

Cultura do Girassol-tecnologia de produção-

César de CastroVania Beatriz R. CastiglioniAntal Baila

Londrina, PR1996

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(EMBRAPA-CNPSo. Documentos, nC?67)

comitê de publicaçõesCARLOS CAIO MACHADOODILON FERREIRASARAIVA

CLARA BEATRIZHOFFMAN-CAMPOIVAN CARLOS CORSONORMAN NEUMAIER

IVÂNIA APARECIDA LlBERATIIMARIA CRISTlNA NEVES DE OLIVEIRA

setor de serviços gráficosHÉLVIO BORINI ZEMUNER supervisão gráfica

SANDRA REGINA composiçãoDANILO ESTEVÃO arte-final

HÉLVIO B. ZEMUNER fotomecãnicaAMAURI P. FARIAS impressão e acabamento

capaSANDRA REGINA

2a. ed. rev. aum.tiragem: 4.000 exemplares

abril/96

CASTRO. C. de; CASTIGLlONI. V.B.R.; BALLA. A. A culturado girassol: tecnologia de produção. 2a. ed. rev. aum.Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1996. xxp. (EMBRAPA-CNPSo. Documentos, 67).

1. Girassol-Produção. 2. Girassol-Preparo do solo. 3.Girassol-Plantio direto. 4. Girassot-Soto-Actdez. 5. Girassol-Adubação. 6. Girassol-Época de Semeadura. 7. Girassol-Densidade. 8. Girassol-Planta Daninha. 9. Girassol-Doença. 10.Girassol-Praga. 11. Girassol-Brasil. 12. Girassol-Pesquisa. 13.Girassol-Colheita. I. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisade Soja (Londrina, PR). 11. Título. 111. Série.

CDD: 633.85

@ EMBRAPA - 1996Conforme Lei 5.988 de 14.12.73

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ApresentaçãoEsta publicação tem como objetivo princi-

pal levar aos agricultores informações bási-cas sobre a cultura do girassol. Não há pre-tensão de ensinar nada de novo, mas, tãosomente, contribuir para a implantação e oestabelecimento dessa "nova" cultura, emtermos comerciais, no Brasil.

Nos sistemas agrícolas implantados,existem espaços físicos, temporais e/ouagronômicos, que podem ser ocupados pelogirassol para estabelecer sistemas mais di-versificados. Para tanto, os itens aqui abor-dados devem servir como parâmetros, paraque, nas respectivas regiões e de acordocom a realidade local, sejam adequados parao melhor estabelecimento do girassol emaiores ganhos para os agricultores.

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Sumáriolntrodução. 5Escolha de Área e Preparo do Solo 6Correção da Acidez. . 9Adubação. . 9Época de Plantio 10Plantio......... . 11Densidade 13Controle de Plantas Daninhas 14Doenças e Pragas.. . 16Colheita... 18

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Cultura do Girassol-tecnoloqía de produção-

Introduçãoo girassol é uma oleaginosa com maior

resistência à seca, ao frio e ao calor do queas culturas, normalmente, plantadas noBrasil. Apresenta-se com ampla adaptabili-dade às diferentes condições edafoclimáti-cas, pois seu rendimento é pouco influen-ciado pela latitude, altitude e fotoperíodo.Graças a essas propriedades, apresenta-secomo nova opção nos sistemas de rotação esucessão de culturas nas regiões produtorasde grãos.

Dentre os óleos vegetais, o óleo de giras-sol destaca-se por suas excelentes carac-terísticas físico-químicas e nutricionais. Pos-sui alta relação de ácidos graxos polinsatura-dos/saturados (65,3% / 11,6%), em média,sendo que o teor de polinsaturados é consti-

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tuído, na sua quase totalldade, pelo ácido li-noléico (65%), em média. Este é essencial aodesempenho das funções fisiológicas do or-ganismo humano. Por todas essas carac-terísticas, é um dos óleos vegetais de melhorqualidade nutricional e organoléptica domundo. Na prevenção de diferentes doençascardiovasculares e no controle do nível decolesterol no sangue, o girassol converteu-seno símbolo da vida sadia.

Além do óleo de excelente qualidade,para cada tonelada de grão, são produzidos,em média, 300 kg de torta, com 45% a 50%de proteína. Esse sub-produto, basicamente,é aproveitado na produção de ração, em mis-tura com outras fontes de proteína.

Outra vantagem, é a associação do cul-tivo do girassol, com a apicultura, sendopossível a produção de 20 a 30 kg de mel, deexcelente qualidade, por hectare de girassol.

Escolha da Áraa a Praparo do SoloO girassol é tido como planta rústica e

que se adapta bem a vários tipos de solo.Entretanto, o mais correto, é dar preferênciaaos solos profundos, férteis, planos e bemdrenados, para que as raízes desenvolvam-se normalmente, possibilitando maior re-

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sistência à seca, maior absorção de nutrien-tes e, como conseqüência, maior rendimento.

Escolha da área- área plana- pH de 5,2 a 6,4 (CaCI2)- solo profundo- estruturado- fértil- bem drenado- unidades de área maiores que 15 ha

A preparação da área depende do tipo deplantio, podendo ser convencional ou direto.

Preparo ConvencionalEnvolve os seguintes passos:

- incorporação: a incorporação superficialdos restos vegetais deve ser feita, ime-diatamente, após a colheita do cultivo ante-rior ao girassol;aração: aração a 30 cm de profundidade,aproximadamente, com arado de discosou de aiveca sendo, no entanto, osegundo mais eficiente. Este procedi-mento possibilita melhor incorporação dosrestos vegetais, reduzindo a incidência depragas, doenças e a emergência das plan-tas daninhas, além de aumentar a capaci-dade de captação e retenção de água e

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diminuir a compactação do solo; enivelação: os objetivos da nivelação são:corrigir a superfície de aração, incorporarherbicidas PPI (pré-plantio incorporado) epreparar a cama de plantio

Plantio DiretoO principal problema que pode existir

com o plantio direto, principalmente nos solosargilosos, é a possibilidade da existência decamada compactada, dificultando o cres-cimento normal do sistema radicular, susten-tação das plantas, bem como a eventual in-fecção por fungos na palhada do cultivo ante-rior. Recomenda-se que, ao optar pelo plantiodireto, seja verificada a existência de camadacompactada bem como sua profundidade eespessura, além da acidez do solo. No casode solos compactados, pode ser efetuado opreparo convencional indicado anteriormente,ou outro mais adequada para o tipo de solo,na profundidade do impedimento, no cultivoque antecede o girassol, além da correção daacidez do solo, se necessário. Desta forma,em solos devidamente corrigidos, livres decamada compactada, permitindo o melhorestabelecimento do sistema radicular, usar oplantio direto.

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C••• reção da Acidez°girassol é uma planta sensível à acidez

do solo, apresentando sintomas de toxidez aocomplexo acidez, em pH menor que 5,2(CaCI2). Isso afeta, drasticamente, o cres-cimento das plantas, diminuindo a resistênciaà seca, ao acamamento e compromete seve-ramente, o efeito da adubação e a produçãode grãos.

Não perca dinheiro adubando eplantando girassol em solos ácidos.

AdubaçãoCom base na análise do solo e nas pro-

duções do cultivo anterior (bons indicativosda fertilidade do solo), aplicar de 40 a 60kg/ha de nitrogênio, 40 a 80 kg/ha de P205 e40 a 80 kg/ha de K20. Para prevenção dadeficiência de boro, recomenda-se a apli-cação de 1,0 a 1,5 kg de borolha, juntamentecom a adubação de base. Se a textura forarenosa, indica-se o parcelamento da dosede Nitrogênio, colocando-se 30% no plantio eo restante até 30 dias após a emergência dasplantas.

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Época da PlantioA época ideal de plantio é de fundamen-

tal importância para o sucesso da cultura dogirassol. É aquela que permite satisfazer asexigências das plantas nas diferentes fasesde desenvolvimento, reduzir os riscos dasdoenças eventuais e assegurar uma boa co-lheita. Além disso, deve-se levar em consi-deração o enquadramento do girassol nossistemas de rotação e sucessão de culturas,aumentando a capacidade de aproveitamentodo solo e a rentabilidade dos agricultores.

Com base nas experiências acumuladasaté o momento, as épocas mais indicadassão:

Região > início de Janeiro a 15 deCentro-Oeste FevereiroParaná > início de Agosto a meados

de Outubro> 15 de Julho a final deAgosto>Fevereiro e Março

Rio Grandedo SulSão Paulo

Dada a importância da época de plantiopara a cultura do girassol, consultar sempre apesquisa para a definição das melhores épo-cas para cada região.

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PlantioA preparação adequada do solo é con-

dição básica para um plantio de boa qualida-de. A área está pronta para o plantio quando:acomodada, úmida, bem estruturada, isentade torrões e de plantas daninhas.

Os erros relacionados com a cama deplantio não poderão ser corrigidos nem

com as melhores plantadeiras.

Outro pré-requisito básico é a utilizaçãode sementes de elevado potencial genético,calibradas e de boa qualidade.

Escolher sempre as melhores variedadesindicadas para a sua região e sementesde boa qualidade (poder germinativosuperior a 85%, vigorosas, puras e de

tamanho uniforme).

No plantio de girassol, usa-se plantadei-ras de milho/soja. A melhor uniformidade doplantio é conseguida com a utilização de plan-tadeiras pneumáticas de precisão. As plan-tadeiras de sistemas "dedo a dedo" ou dis-cos, podem ser usadas com bons resultados,entretanto, são mais sensíveis ao tamanho eà calibração das sementes.

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Para plantio com plantadeirasconvencionais, deve-se utilizar discos comfuros ajustados para a semente utilizada.

Para seqüeciar a época da colheita, asvariedades devem ser plantadas de acordocom o aumento do ciclo vegetativo dos mes-mas. Visando propiciar melhor arejamento ereduzir os riscos de aparecimento dedoenças, se possível, fazer os plantios nosentido dos ventos dominantes.

A profundidade ótima de plantio, levando-se em consideração as características dosolo, varia de 4 a 5 cm. No plantio raso, osecamento superficial pode comprometer agerminação das sementes, enquanto que oplantio profundo ocasiona demora na emer-gência, sobretudo no caso da existência decrosta na superfície do solo, além de aumen-tar o risco do aparecimento de doenças.

Em condições normais, o girassolemerge em 7 dias.

o espaçamento entre linhas do girassolvaria de 70 a 90 cm, dependendo da plata-forma utilizada na colheita. Sugere-seespaçamento de 80-90 cm para plataformade milho adaptada para colheita de girassol e70 cm para plataforma de soja adaptada.

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Densidade13

A densidade ótima de plantio é decisivano rendimento da cultura. Na determinaçãoda quantidade de sementes, além do podergerminativo, deve-se considerar os possíveisdanos causados pelos pássaros e outrosanimais silvestres, insetos, efeito depressivodos herbicidas e a qualidade do preparo dosolo. Para obter a densidade exigida, deve-secorrigir o poder germinativo para 100% e con-tar com uma reserva de 15% a 30%, depen-dendo das condições anteriormente men-cionadas.

Principais parâmetros para obtenção dadensidade ideal de plantio.

Número de sementes/10m, para obtenção da população finalconsiderando: poder germinativo de 85% a 95%, respecti-vamente, com reserva de 25% para perdas totais.

Espaçam. (em)Entre- Entrelinhas plantas

70 3670 31

80 3180 28

90 2890 25

Número/10mSemen- Plantastes*

44-39 2849-44 32

50-45 3256-50 36

56-50 3663-57 40

População(plantas

lha)

40.00045.000

40.00045.000

40.00045.000

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Controla da Plantas DaninhasInicialmente, o girassol tem um cres-

cimento lento, exigindo maiores cuidados nocontrole das plantas daninhas. No entanto, 30dias após a emergência, em média, o cres-cimento é acelerado, competindo de formaeficiente com as invasoras. Esse compor-tamento facilita o emprego de herbicida deamplo espectro e efeito curto com as triflurali-

. nas.A trifluralina deve ser incorporada aproxi-

madamente a 6 cm de profundidade, ime-diatamente após a sua aplicação. Seu efeito,de modo geral, controla as plantas daninhasde folha estreita e algumas folhas largasanuais. Entretanto, não exerce efeito nascrucíferas e solanáceas. Ainda que sejamdisponíveis herbicidas contra plantas danin-has de folhas largas no girassol, esse con-trole, devido a razões práticas e econômicas,sugere-se resolver por métodos mecânicosou outras práticas culturais.

o método mais racional para o controlede plantas daninhas de folhas largas é arotação de culturas, combinada com a de

herbicidas.

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Até os 30 dias de desenvolvimento, emmédia, é possível a entrada de cultivadorespara o controle de plantas daninhas e even-tual aplicação de fertilizantes em cobertura.

Época deaplicação

pré-plantioincorporado

Herbicidas registrados para ocultivo de girassol.

Obser-vações

gramíneasevárias folhaslargas anuais

gramíneasevárias folhaslargas anuais

Sethoxydim gramíneas anuais pós-emergênciae perenes

NomeComum

Trifluralin

Alachlor

=

pré-emergência

o girassol é sensível a diferentes gruposde herbicidas, destacando-se as triazinas eas imidazolinonas, em função do grande usonas culturas que antecedem o girassol (soja emilho). Sendo assim, evitar a semeadura dogirassol em áreas onde as imidazolinonasforam aplicadas no cultivo anterior e,naquelas onde houve a aplicação de triazi-nas, esperar 150 dias, no mínimo, para seproceder o plantio do girassol.

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Doenças e PragasA expansão da cultura do girassol tam-

bém pode ser prejudicada pela ocorrência dedoenças, que ocorrem com maior intensidadea partir do florescimento. A mancha de al-ternária (Alternaria helíanthl) que afeta folhas,haste e capítulo, parece ser a doença pre-dominante em todas as épocas de plantio nasdiferentes regiões de cultivo, tornando-semais severa em condições de alta tempera-tura e umidade. Sclerotinia sclerotiorumcausa podridão do colo da planta e docapítulo e ocorre, principalmente, em con-dições de temperatura amena e alta umidade.

Para prevenir as doenças, devem ser ob-servados os seguintes aspectos tecnológicos:

- resistência genética das variedades;- rotação do girassol em quatro anos;- época de plantio;- densidade de plantio;- tratamento de sementes;- cultivo anterior compatível;- evitar áreas sujeitas ao encharcarnento;- correção do pH do solo;- critérios na aplicação de nitrogênio;- controle de plantas daninhas;- direção do plantio; e- profundidade de plantio.

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Para prevenir a ocorrência e minimizar osdanos causados por doenças, utilizar aépoca de plantio adequada para cadaregião e variedades indicadas pela

pesquisa.

o controle de vaquinhas (Diabrotica spe-ciosa) deve ser efetuado se ocorrer nasprimeiras semanas após a emergência e se oataque for severo. A lagarta preta (Chlosynelacinia saundersil) ocorre inicialmente emreboleiras nas bordaduras, podendo causardesfolha intensa das plantas, não oca-sionando sérios prejuízos. Os percevejos(Nezara viridula, Piezodorus guildinii eEuschistus heros) afetam preferencialmente aregião de inserção do capítulo, onde sugam aseiva, podendo ocasionar a murcha e a perdado capítulo em formação. Vale apenas lem-brar que, durante o florescimento, deve serevitada a aplicação de inseticidas, por causadas abelhas, importantes para a polinização.Se a aplicação for necessária, fazer a ope-ração nas primeiras horas da manhã, ou nofinal da tarde, utilizando produtos menos tóxi-cos às abelhas e aos inimigos naturais.rO monitoramento periódico das lavouras éo primeiro passo para um controle eficiente

de pragas na cultura do girassol.

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ColheitaA colheita deve iniciar quando a umidade

dos grãos estiver entre 14% e 16%. Nasvariedades precoces e tardias, ocorre ao re-dor de 100 a 120 dias, respectivamente, apósa emergência das plantas, dependendo dascondições climáticas da região. Nessa fase,as folhas estão totalmente secas e o caule eo capítulo de cor marrom. A colheita, com'maior umidade, dificulta a limpeza do produtoe aumenta a quebra dos grãos. Na colheitaatrasada, os danos pelos pássaros, o acama-mento e as doenças eventuais podem oca-sionar perdas no rendimento. Para a colheita,pode-se utilizar a plataforma de milho ou desoja adaptadas para a colheita de girassol. Ade milho é mais eficiente, pela maior veloci-dade de trabalho, com menor perda de grãosna plataforma, melhorando o aproveitamentoda capacidade da colheitadeira e minimi-zando as perdas totais na operação. A ro-tação do cilindro deve ser entre 300 e 500rpm, dependendo da variedade e da umidadedos grãos. O côncavo, de modo geral, deveser ajustado com abertura de 25 mm na en-

. trada e 20 mm na saída. A regulagem da ven-tilação deve ser feita de modo a conseguir

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uma limpeza satisfatória do produto, comperda mínima de grãos.

Um bom indicativo da boa regulagem dacolheitadeira é a saída de capítulosinteiros e sem grãos, após a trilha.

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