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RESÍDUOS SÓLIDOS Aula 9 - Disposição final de resíduos Aterro Sanitário

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Aula de resíduos sólidos baseada em diversos materiais e autores.

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Page 1: Aula 9   aterro

RESÍDUOS SÓLIDOS

Aula 9 - Disposição final de resíduos – Aterro Sanitário

Page 2: Aula 9   aterro

Introdução

Page 3: Aula 9   aterro

Tipos de Aterros

Aterros industriais

Aterros de resíduos sólidos urbanos

- Aterro controlado

- Aterro sanitário

Aterros de resíduos de construção

Page 4: Aula 9   aterro

Seleção de área

A primeira etapa de um projeto de aterro sanitário é

a escolha de uma área onde ele será implantado

e operado. Assim, podemos dizer que o bom

desempenho de um aterro sanitário, sob os

aspectos ambientais, técnicos, econômicos,

sociais e de saúde pública, está diretamente

ligado a uma adequada escolha de área de

implantação.

Page 5: Aula 9   aterro

Locação de Aterros Sanitários

Critérios de locação de aterros

Técnicos

Sócio-econômicos

Políticos

Metodologia de pontuação de área

Ponderação dos aspectos (ideal)

Técnico: peso 2

Sócio-econômicos: peso 1.5

Políticos: peso 0.5

Page 6: Aula 9   aterro

Exemplo de critérios a serem avaliados

Page 7: Aula 9   aterro

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plo

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o

Page 8: Aula 9   aterro

Aspectos Técnicos

Área total disponível para uso (ha)

Uso e ocupação do Solo

Topografia/ relevo da Área

Regime de ventos na Região/local

Descrição do subsolo

Profundidade do lençol Freático

Disponibilidade de material de cobertura

Distância de cursos d’água relevantes

Distância ao centro de coleta (km)

Page 9: Aula 9   aterro

Aspectos Técnicos

Distância de núcleos residenciais urbanos

Distância de núcleos urbanos de baixa renda

Distância de aeroportos

Meio alternativo de transporte de RSU

Sistema de tratamento de percolado

Vida útil do aterro

Condições de acesso

Densidade de ocupação das vias de acesso

Page 10: Aula 9   aterro

Aspectos econômicos

Custo de aquisição do terreno

Custo de investimento em construção e infraestrutura

Custo com operação e manutenção do sistema de captação/ inertização de biogás

Custo com a manutenção do sistema de drenagem

Custo com tratamento do líquido percolado

Custo com transporte dos resíduos sólidos urbanos

Custo com segurança da área

Custo de deposição dos resíduos

Possibilidade de obtenção de recursos para implantação

Page 11: Aula 9   aterro

Aspectos Sociais

Geração de empregos

Coleta seletiva de recicláveis

Facilidade de acesso ao local de disposição

Instrução e treinamento

Plano de ações emergenciais

Distância de núcleos urbanos de baixa renda

Inexistência de problemas com a comunidade local

Page 12: Aula 9   aterro

Características importantes

Com relação ao meio físico:

Aspectos geológicos e hidrogeológicos, tais como profundidade do lençol freático e espessura da camada de solo não saturada sob a base do aterro, além da proximidade a zonas de recarga e mananciais subterrâneos;

Aspectos geotécnicos, envolvendo as propriedades dos solos da área (condutividade hidráulica ou permeabilidade, compressibilidade e resistência) e existência de jazidas de materiais terrosos;

Page 13: Aula 9   aterro

Características importantes

Aspectos topográficos e de relevo, que podem

dificultar o acesso e a operação, além de limitar a

vida útil do empreendimento;

Aspectos hidrológicos, tais como posição em

relação ao sistema de drenagem superficial

natural, proximidade de nascentes e corpos de

água, e extensão da bacia de contribuição a

montante da área de implantação.

Page 14: Aula 9   aterro

Características importantes

Com relação ao meio biótico:

Deverão ser avaliadas a existência e a tipologia

da fauna e flora presentes na região.

Com relação ao meio antrópico:

Distância do centro gerador e de aglomerações

urbanas; Proximidade de núcleos habitacionais de

baixa renda; Existência de infraestrutura (água,

energia, sistema viário); Visibilidade da área.

Page 15: Aula 9   aterro

Características importantes

Com relação aos aspectos legais, deverão ser

avaliados:

Lei de Uso e Ocupação do Solo, Código de

Posturas, Código de Obras, Plano Diretor e situação

fundiária da área, incluindo a análise dos custos de

eventuais desapropriações.

Page 16: Aula 9   aterro

Metodologias utilizadas: Trincheira

Geralmente é utilizado em áreas planas, onde são escavadas trincheiras ou valas no solo, com dimensões variadas e adequadas ao volume de resíduo gerado, de forma a permitir a operação dos equipamentos utilizados na aterragem. As dimensões da trincheira definem os métodos construtivos, a forma de operação e os equipamentos a serem utilizados. Os resíduos podem ser compactados de forma manual ou mecânica, dependendo das dimensões da trincheira. Aterros em trincheira mostram-se adequados a pequenas comunidades, pois podem ser operados de forma manual.

Page 17: Aula 9   aterro

Metodologias utilizadas :Área ou de

Superfície

Emprega-se este método em locais cuja topografia é apropriada ao recebimento do resíduo sobre a superfície do terreno, sem alteração de sua configuração original. Este método consiste na formação de camadas de resíduos compactados, que são sobrepostas acima do nível original do terreno. Os resíduos são descarregados, espalhados, compactados e cobertos ao final do dia, seguindo a mesma metodologia empregada nos demais métodos.

Page 18: Aula 9   aterro

Metodologias utilizadas : Rampa,

Encosta ou Depressão

Geralmente são empregados em áreas relativamente

secas e planas, de meia encosta, onde se modifica

a topografia através de terraplanagem,

construindo-se uma rampa cujos resíduos são

dispostos, formando células. O método consiste no

aterro feito com o aproveitamento de um talude,

natural ou construído, onde os resíduos são

compactados de encontro a esse talude.

Page 19: Aula 9   aterro

Considerações sobre projeto 1º

Para ser ter uma estimativa do tamanho da área, e

mesmo para auxiliar as etapas seguintes, é

necessário estimar a geração de resíduos e o

volume do aterro. A estimativa atual de geração de

resíduos sólidos municipais pode ser feita pela

seguinte equação:

Go = Po.Gpo.Co G0 = geração atual de resíduos (kg/d)

P0 = população atual do total do município (hab)

Gp0 = geração per capita atual (kg/hab.d) – obtida por amostragem ou literatura

C0 = cobertura atual da coleta ou nível de atendimento dos serviços de coleta (%)

Page 20: Aula 9   aterro

Considerações sobre projeto

Por sua vez, a geração futura de resíduos sólidos é dada por:

Gt = {Po. (1 + yp)t}.{Gpo. (1 + yper)t}.{Ct}

Gt = geração futura de resíduos, após t anos (kg/d);

G0 = geração atual de resíduos (kg/d);

P0 = população atual do total do município (hab);

Gp0 = geração per capita atual (kg/hab.d) – obtida por amostragem ou literatura;

C0 = cobertura atual da coleta ou nível de atendimento dos serviços de coleta (%);

Ct = nível de cobertura da coleta no tempo t considerado (%);

yp = taxa de crescimento populacional (% a.a.);

yper = taxa de incremento anual da geração per capita (% a.a.);

t = tempo considerado (anos).

Page 21: Aula 9   aterro
Page 22: Aula 9   aterro

Projeto geométrico 2º

O projeto geométrico consiste na definição da geometria do aterro sanitário. Ele deve ser concebido de modo a maximizar o volume a ser disposto na área disponível e atender aos requisitos mínimos exigidos para a estabilidade de sua fundação e dos seus taludes, garantindo, dessa forma, a segurança do empreendimento. O projeto geométrico é apresentado em planta e perfis, com indicação das alturas, larguras das bermas de equilíbrio e inclinações dos taludes.

Page 23: Aula 9   aterro

Projeto de sistema de drenagem de

águas pluviais

O sistema de drenagem de águas pluviais tem como

função minimizar a entrada de águas de chuva

para o interior do aterro, reduzindo, dessa forma,

a geração de líquidos lixiviados e o escoamento

superficial, que pode provocar erosão nos taludes

do aterro e comprometer o funcionamento das

camadas de cobertura final.

Page 24: Aula 9   aterro

Projeto de sistema de impermeabilização

de base e cobertura intermediária e final

A construção de sistemas de impermeabilização em

aterros objetiva impedir a infiltração de águas da

chuva através da massa de resíduos, após a

conclusão da operação de aterramento

(impermeabilização superior) e garantir um

confinamento dos resíduos e lixiviados gerados,

impedindo a infiltração de poluentes no subsolo e

aqüíferos subjacentes (impermeabilização inferior

ou da base).

Page 25: Aula 9   aterro

Impermeabilização

Um solo argiloso, para ser

considerado adequado

para a impermeabilização

de aterros, deve atender

características

estabelecidas na norma.

Geossintético: produto

industrializado. E

Geomembrana.

Page 26: Aula 9   aterro

Impermeabilização

Tendo basicamente esses dois materiais, argila e geomembranas sintéticas, em algumas situações, é recomendado o emprego dos materiais conjuntamente. Assim, os sistemas de impermeabilização de base podem ser simples, compostos ou duplos.

Page 27: Aula 9   aterro

Projeto de Lixiviado

O lixiviado é um produto derivado da hidrólise dos compostos orgânicos e da umidade do sistema, com características que variam em função do tipo de resíduos sólidos, da idade do aterro, das condições meteorológicas, geológicas e hidrológicas do local de disposição. Em geral, o lixiviado possui elevada carga orgânica, fontes de nitrogênio – como a amônia –, metais pesados e grupos microbianos. Assim, os lixiviados podem contaminar as águas subterrâneas e superficiais, transmitir doenças ao homem, como a hepatite A, entre outras.

Page 28: Aula 9   aterro

Lixiviado - Tratamento

Tratamento biológico:

Lodos ativados;

Lagoas de estabilização;

Lagoas aeradas;

Contadores biológicos rotatórios (biodiscos);

Digestão anaeróbia.

Page 29: Aula 9   aterro

Lixiviado – tratamento

Tratamento físico-químico:

Floculação e sedimentação;

Filtração;

Coagulação e precipitação;

Carvão ativado, entre outros.

Processos Alternativos:

Aplicação no solo;

Tratamento combinado com águas residuárias (esgoto doméstico);

Recirculação.

Page 30: Aula 9   aterro

Projeto de sistemas de drenagem e

tratamento de gases

Um outro subproduto gerado da decomposição dos

resíduos sólidos nos aterros sanitários são os gases.

Esses gases gerados são, basicamente, o metano

(CH4) e o dióxido de carbono (CO2). Como os

dois contribuem para o agravamento do efeito

estufa, eles precisam ser drenados e tratados

adequadamente. Estima-se uma geração de 370 a

400 m3 de biogás, por tonelada de matéria seca

digerida dos resíduos sólidos.

Page 31: Aula 9   aterro

Sistemas de drenagem e tratamento

de gases

Assim, para o sistema de drenagem de gases de aterros, são utilizados tanto drenos verticais quanto horizontais para a retirada do gás dos aterros.

Os drenos verticais possuem diâmetros que variam de 50 cm a 100 cm, sendo preenchidos com rocha brita 3, 4 ou 5. Aterros maiores e de maior altura podem possuir drenos verticais de até 150 cm de diâmetro.

Page 32: Aula 9   aterro

Sistemas de drenagem e tratamento

de gases

Depois de drenado, o biogás é encaminhado para o tratamento. A forma mais usual e barata de se tratar o biogás é queimá-lo, pois dessa maneira diminui-se o efeito poluidor causado por ele na atmosfera (o metano é cerca de 21 vezes mais nocivo para o efeito estufa do que o dióxido de carbono).

Page 33: Aula 9   aterro

Atividades complementares à

implantação

Tratamento das fundações

Abertura e melhoria de caminhos de serviço

Desmatamento, destocamento e limpeza

Drenagem de nascentes

Execução e compactação de aterros

Page 34: Aula 9   aterro

Operação

A etapa de operação engloba a execução direta do aterro sanitário, incluindo o controle e a pesagem dos resíduos, a compactação dos mesmos, a execução dos sistemas de drenagem de águas pluviais, lixiviados e gases.

Horário de funcionamento do aterro

Identificação e pesagem de resíduos

Isolamentos

Page 35: Aula 9   aterro

Operação

Escritório ou Administração

Refeitório, vestiário e sanitários

Galpões para o abrigo de veículos

Pátio de estocagem de materiais

Acessos internos

Iluminação

Execução das células

Descarga dos resíduos

Espalhamento

Page 36: Aula 9   aterro

Operação

Compactação

Cobrimento diário dos resíduos

Plano de inspeção e manutenção

Plano de emergência

Page 37: Aula 9   aterro

Monitoramento

Uma vez em operação, os aterros sanitários devem ser continuamente monitorados. A etapa do monitoramento inicia-se na implantação, quando os materiais que compõem os sistemas devem estar em perfeitas condições de funcionamento e adequados tecnicamente, e termina muitos anos depois de encerradas as atividades de um aterro.

Os objetivos de um programa de monitoramento são: acompanhamento do comportamento geomecânico e do desempenho ambiental do aterro – de forma a permitir a identificação, em tempo hábil, de alterações no padrão de comportamento previsto, quando da definição dos critérios e elaboração dos projetos – e a proposição de medidas preventivas e corretivas, orientando os trabalhos de conservação e manutenção.

Page 38: Aula 9   aterro

Encerramento

Os aterros sanitários devem possuir uma vida útil em torno de 20 a 25 anos. Após esse tempo, eles precisam ser encerrados, e um novo processo de busca de novas áreas, licenciamento ambiental, projeto, implantação, operação e monitoramento ocorrem.

De acordo com as recomendações da NBR 13896 (ABNT, 1997), por ocasião do enceramento das atividades de operação do aterro sanitário, devem ser tomadas medidas de forma a:

minimizar a necessidade de manutenção futura;

minimizar ou evitar liberação de líquidos lixiviados e/ou gases para as águas subterrâneas, para os corpos de água superficiais ou para a atmosfera.

Page 39: Aula 9   aterro

Encerramento

Assim, mesmo encerradas as atividades de

recuperação do aterro, os sistemas de drenagem

superficial de águas pluviais e de tratamento dos

gases e líquidos percolados devem ser mantidos

por um período de cerca de 30 anos. Este período

padrão é adotado por ser considerado suficiente

para o maciço dos resíduos alcançar as condições

de relativa estabilidade.

Page 40: Aula 9   aterro

Reinserção

Quando terminam os processos biológicos naturais produzidos pelo lixo, o aterro se estabiliza e o espaço que ocupa pode utilizar-se para outros fins comunitários. Toda alternativa de reinserção de uma área impactada pelo lançamento de resíduos sólidos deve satisfazer o objetivo de proteger a saúde humana e o meio ambiente.

Usos Recreativos: Entre as aplicações mais populares que se dão aos terrenos de aterros, depois que se completou sua vida útil estão os parques recreativos e os campos de esportes.

Page 41: Aula 9   aterro

ATERROS SANITÁRIOS

VANTAGENS

Custo de investimento muito menor que o requerido

por outras formas de tratamento de resíduos

Baixo custo de operação

Método de disposição final completo

Simplicidade operacional

Flexibilidade operacional

Page 42: Aula 9   aterro

ATERROS SANITÁRIOS

DESVANTAGENS

Não trata os resíduos, consistindo em uma forma de

armazenamento no solo

Requer áreas significativas

A sua operação depende de condições climáticas

Apresenta risco de contaminação do solo e da

água subterrânea

Page 43: Aula 9   aterro

Algumas considerações

Aterro Industrial

Page 44: Aula 9   aterro

Aterro de resíduos industriais

características

Page 45: Aula 9   aterro

CONDIÇÕES HIDROGEOLÓGICAS EM

ATERROS

Page 46: Aula 9   aterro

GEOMEMBRANA EM ATERROS

INDUSTRIAIS

As características necessárias a uma geomembrana

para aplicação em aterros industriais são:

• Compatibilidade com os resíduos a serem

aterrados;

• Resistência a esforços mecânicos;

• Resistência a intempéries; e

• Resistência a microorganismos do solo.

Page 47: Aula 9   aterro

PROJETOS DE ATERROS

PARA RESÍDUOS CLASSE I

Alguns critérios para projetos são:

• Vida útil de 10 anos;

• Implantação de um sistema de drenagem de águas pluviais capaz de suportar uma chuva de pico com 25 anos de período de ocorrência;

• Implantação de um duplo sistema de impermeabilização inferior com drenos-testemunha;

• Implantação de sistema de cobertura final; e

• Implantação de um sistema de coleta e tratamento de líquidos percolados.

Page 48: Aula 9   aterro

CONTROLE DE RECEBIMENTO DE

RESÍDUOS

O controle de recebimento dos resíduos visa permitir controlar as características dos resíduos industriais que vêm sendo destinados no aterro, em complementação à verificação da documentação de autorização emitida pela CETESB-Cadri.

Análises completas para emissão de CADRIs;

• Testes expeditos; e

• Análises completas para verificação da manutenção das características do resíduo em comparação à permissão original, freqüência de realização dos ensaios e indicação de laboratório para a realização dos mesmos.

Page 49: Aula 9   aterro

CONTROLE DE RECEBIMENTO DE

RESÍDUOS

No local de controle de recebimento de cargas, deve

estar disponível uma ficha com a caracterização do

resíduo (“finger print” - cor, odor, aspecto físico,

reatividade, etc.) aprovado pelo CADRI de modo a

poder ser feita uma comparação visual entre o

resíduo que está sendo recebido e o resíduo

aprovado.

Page 50: Aula 9   aterro

CONTROLE DE RECEBIMENTO DE

RESÍDUOS

Em todas as cargas devem ser realizados os testes

expeditos (pH, líquidos livres, reatividade em

água, meio ácido e meio alcalino, “flash point”,

etc.).

Análises completas, periódicas, para verificação da

manutenção das características do resíduo.

- as desconformidades deverão ser comunicadas à

Agência Ambiental, que tomará as medidas

cabíveis.

Page 51: Aula 9   aterro

Licenciamentos, normas e legislação

Licenciamentos

Page 52: Aula 9   aterro

LICENCIAMENTOS

Os trâmites para licenciamento do aterro devem obedecer os seguintes passos:

• Estudo de três áreas possíveis para implantação do futuro aterro, conforme critérios apresentado;

• Seleção e indicação de uma das três áreas estudadas;

• Com a área aprovada, quando necessário, deverá ser efetuado o acompanhamento da elaboração da Instrução Técnica (IT), como diretriz do EIA/RIMA;

• Elaboração do EIA e acompanhamento pelo órgão estadual;

• Elaboração do RIMA;

• Audiência Pública;

Page 53: Aula 9   aterro

LICENCIAMENTOS

• Obtenção da Licença Prévia (Aterro);

• Elaboração do projeto executivo de engenharia;

• Análise e aprovação pelo órgão estadual competente;

• Obtenção da Licença de Instalação (LI);

• Implantação do aterro;

• Obtenção da Licença de Operação (LO).

A Licença de Operação deverá ser renovada anualmente.

Page 54: Aula 9   aterro

Normas Aterro

NBR 8418/83 - Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos - procedimento

NBR 10157/87 - Aterros de resíduos perigosos - critérios para projeto, construção e operação - procedimento

NBR 8419/92 - Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos - procedimento

NBR 13896/97 - Aterros de resíduos não perigosos - Critérios para Projeto, Implantação e Operação - procedimento

NBR 12553/03 - Geossintéticos - terminologia

NBR 15495-1/07 - Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares – Parte 1: Projeto e construção

Page 55: Aula 9   aterro

Resolução

Resolução CONAMA Nº 001/1986 - "Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental - RIMA". - Data da legislação: 23/01/1986 - Publicação DOU, de 17/02/1986, págs. 2548-2549 - Alterada pelas Resoluções nº 11, de 1986, e nº 237, de 1997. (licenciamento)

Resolução CONAMA N. 396 de 03 de abril de 2008 que dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências

Resolução SMA N. 42 de 29 de dezembro de 1994 - aprova procedimentos de análise de EIA/RIMA no âmbito da Secretaria do Meio Ambiente.

Page 56: Aula 9   aterro

Resolução

Resolução SMA N. 51 de 25 de julho de 1997 - dispõe sobre a exigência ou dispensa de Relatório Ambiental Preliminar - RAP para os aterros sanitários e usinas de reciclagem e compostagem de resíduos sólidos domésticos operados por municípios.

Resolução SMA N. 54 de 30 de novembro de 2004 - dispõe sobre procedimentos para o licenciamento ambiental no âmbito da Secretaria do Meio Ambiente.

Page 57: Aula 9   aterro

Leis

A Lei nº 11.107, em vigência desde 6 de abril de

2005, regula a cooperação interfederativa para a

gestão de serviços públicos por meio dos

consórcios públicos e convênios de cooperação.

Page 58: Aula 9   aterro

MDL e Crédito de Carbono

MDL

Page 59: Aula 9   aterro

MDL e Crédito de Carbono

Projeto de mecanismo de desenvolvimento limpo, ou simplesmente MDL, é um dispositivo do Protocolo de Quioto que permite aos países desenvolvidos compensarem suas emissões de gases causadores do efeito estufa por meio de um projeto de energia limpa instalado em países em desenvolvimento.

O intuito do MDL, descrito no artigo 12 do Protocolo de Quioto, é proposta de um pesquisador brasileiro chamado Gylvan Meira, do Instituto de Estudos Aplicados da Universidade de São Paulo (IEA - USP), que liderou o grupo de estudiosos responsável pelo embasamento da idéia.

Page 60: Aula 9   aterro

MDL e Crédito de Carbono

O mecanismo admite a participação voluntária de países em desenvolvimento, que não fazem parte do Anexo I, grupo de países ricos que têm a obrigação de reduzir pelo menos 5% das emissões de 1990 entre 2008 e 2012, quando expira o prazo do Protocolo.

Essencialmente, para ser aprovado, o projeto precisa efetuar mudanças reais, mensuráveis e de longo prazo para a mitigação da mudança do clima. O exigente processo de aprovação inclui dois critérios fundamentais: adicionalidade e sustentabilidade. O primeiro requer que o proponente comprove que seu projeto é realmente importante para desacelerar o aquecimento global, demonstrando como era a situação sem o MDL e como passa a ser com ele. Para ser elegível, é preciso ainda que haja contribuição efetiva para o desenvolvimento sustentável local, promovendo benefícios sócio-econômicos.

Page 61: Aula 9   aterro

MDL e Crédito de Carbono

Feito isso, é possível calcular a quantidade de gases poluidores que deixou de ser lançada ou que foi retirada da atmosfera, e então gerar as reduções certificadas de emissões (RCEs). Os chamados créditos de carbono é um crédito é equivalente a uma tonelada evitada - podem ser comercializados com os países desenvolvidos, como forma de complementar as metas não atingidas, já que cada um é obrigado a reduzir as emissões também dentro de seu território.

Dentro deste contexto, projetos de remediação de lixões ou de aterros sanitários novos, podem se adequar ao MDL, fazendo-se necessário avaliar o volume de gás Dióxido de Carbono (CO2) que deixará de ser lançado na atmosfera seja pela queima do metano ou sua captação para aproveitamento energético. A análise da estimativa de custo para implantação do projeto de MDL deve também ser apresentada. A comprovação da redução de geração de equivalente de CO2, gera as RCEs, que por sua vez geram recursos para o empreendimento e para a municipalidade.

Page 62: Aula 9   aterro

MDL e Crédito de Carbono

No Brasil o primeiro projeto MDL de biogás que foi aprovado sob as regras de MDL foi no Aterro de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, com previsão para geração de 14 milhões de toneladas em 21 anos. O Aterro Bandeirantes, em São Paulo, assinou em 6 de abril de 2006, o contrato de venda de certificados de um milhão de toneladas de carbono com o banco alemão KFW, o que deve render 24 milhões de euros. O biogás produzido no local é usado para gerar energia elétrica numa térmica de 22 MW (CREDITOS DE CARBONO, 2008).

Page 63: Aula 9   aterro

Reflexão

Aterro sanitário Jd. Gramacho

Page 64: Aula 9   aterro

Jardim Gramacho: a vida num dos

maiores aterros sanitários do mundo

http://g1.globo.com/acao/noticia/2011/05/jardim-gramacho-vida-num-dos-maiores-aterros-sanitarios-do-mundo.html

Setenta e cinco por cento do lixo da cidade do Rio de Janeiro e todo o lixo de quatro municípios da Baixada Fluminense vão parar no aterro.

Nove mil toneladas de lixo são jogadas todos os dias no aterro sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias. Esse é o maior aterro da América Latina.

Page 65: Aula 9   aterro

Jardim Gramacho: a vida num dos

maiores aterros sanitários do mundo

O aterro sanitário de Jardim Gramacho começou a funcionar em 1976. Ele foi construído em cima de um manguezal.

Mil e trezentos homens e mulheres disputam lixo com os animais, sem nenhuma segurança. O movimento de 800 caminhões por dia provoca trânsito em alguns horários e disputa pelo material.

O aterro funciona 24 horas. Os catadores se dividem em dois turnos de trabalho. No lugar, o que interessa é o que dá pra reciclar.

Gramacho fechou em 2012.

Page 66: Aula 9   aterro

Gramacho: A vida no maior aterro

sanitário da América Latina

http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2008/11/05/

04023170D0C12326.jhtm?gramacho-a-vida-no-

maior-aterro-sanitario-da-america-latina-

04023170D0C12326=

05/11/2008 11h33 - Por UOL Notícias Gramacho: A

vida no maior aterro sanitário da América Latina

Page 67: Aula 9   aterro

Reflexão

Page 68: Aula 9   aterro

Sugestão de vídeo

http://www.youtube.com/watch?v=udpDCiLrg4k - LIXO EXTRAORDINÁRIO

SINOPSE

Filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a maio de 2009), Lixo Extraordinário acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis, com o objetivo inicial de retratá-los. No entanto, o trabalho com esses personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugeridos a reimaginar suas vidas fora daquele ambiente. A equipe tem acesso a todo o processo e, no final, revela o poder transformador da arte e da alquimia do espírito humano. - http://www.lixoextraordinario.net/index.php

Page 69: Aula 9   aterro

Sugestão de leituras

CETESB (São Paulo) Manual de operação de aterro sanitário em valas / CETESB ; Aruntho Savastano Neto ... [et al.]. – São Paulo : CETESB, 2010.

Série de Publicações Temáticas do CREA-PR - Guia para Elaboração de Projetos de Aterros Sanitários para Resíduos Sólidos Urbanos – Volume I, II e III

Mesquita Júnior, José Maria de Gestão integrada de resíduos sólidos / José Maria de Mesquita Júnior. Coordenação de Karin Segala. – Rio de Janeiro: IBAM, 2007. 40 p. 21 cm. (Mecanismo de desenvolvimento limpo aplicado a resíduos sólidos)

Page 70: Aula 9   aterro

Material Consultado

Resíduos Sólidos: projeto, operação e monitoramento de aterros sanitários: guia do profissional em treinamento: nível 2 / Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (org). – Salvador: ReCESA, 2008. 113p.

Projeto de Aterros Sanitários - Prof. Eduardo Dell’Avanzi 2008 Escola Politécnica Da USP Departamento De Engenharia Hidráulica E Sanitária Saneamento Ambiental - Resíduos Sólidos Urbanos - Prof. Dr. Roque Passos Piveli; Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho

Fundação Estadual do Meio Ambiente - Orientações técnicas para a operação de aterros sanitários/Fundação Estadual do Meio Ambiente. Belo Horizonte: FEAM, 2005