aula 9 - 10 depreciacao, exaustao e amortizacao

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1 DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO AULA 19-20

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Contabilidade Agricola

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  • *DEPRECIAO, EXAUSTO E AMORTIZAOAULA 19-20

  • Consideraes Iniciais:A depreciao um custo ou despesa que no representa um pagamento efetivado na mesma poca de sua contabilizao. Por isso, ela tem importante significado econmico ao representar a recuperao de fundos para aquisio de novos ativos, suas implicaes sobre o fluxo de caixa e sobre o processo decisrio de novos investimentos. Para facilitar este entendimento, vamos conceituar a depreciao sob trs aspectos altamente coerentes, o contbil, o financeiro e o de custo.*

  • ContbilPodemos definir que depreciao o modo pelo qual se registra, contabilmente, a perda gradual de valor dos bens do Ativo Imobilizado resultante do desgaste natural, provocado pelo uso, pela ao da natureza ou pela obsolescncia normal, seja ela tcnica ou comercial. Com algumas excees, como terrenos, as pedreiras e os locais utilizados como aterros, os demais elementos que integram o Ativo Imobilizado tem um perodo de vida til econmica limitado, portanto, depreciveis e devem ser alocados ao resultado nos perodos beneficiados pelo seu uso no decorrer da sua vida til econmica.*

  • FinanceiroSob o aspecto financeiro podemos definir a depreciao como forma de recuperao dos valores gastos a ttulo de investimento no negcio. No momento em que reconhecida sua contabilizao no h uma sada de caixa efetiva. O custo do investimento equivalente depreciao considerado na anlise de retorno do investimento e a politica de gesto de ativos. Pode considerar a alienao de ativos aps um perodo determinado ou aps o consumo de uma proporo especfica de benefcios econmicos esperados para aquele tipo de ativo.*

  • Gastos: Custo ou DespesasA empresa para gerir suas atividades operacionais convive com dois tipos de gastos de natureza diversa. O primeiro => com bens e servios que sero consumidos imediatamente como salrios, aluguel, energia eltrica, matria-prima, material de escritrio, frete etc. O segundo => tipo de gasto, que no sero consumidos imediatamente e que esto relacionados com o Ativo Imobilizado.

    * Ou Despesas quando se aplicar.*

  • Assim:Depreciao , portanto, a forma de transformar os valores investidos no Ativo Imobilizado, que no so consumidos imediatamente, em custo ou despesas, medida que for gerado os benefcios econmicos esperados.*

  • Assim, em tese :Refere-se a DEPRECIAO, quando corresponder perda dos direitos que tem por objeto bens fsicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso da ao da natureza ou obsolescncia. Aplica-se somente aos bens tangveis.

    Ex:. mquinas, mveis e utenslios, veculos, equipamentos etc;

    *

  • Assim pergunta-se : Deve-se depreciar Culturas Permanentes? Ativos Biolgicos, tais como: Florestas ou rvores cujo folhas ou frutos so extrados, mas se mantm o caule ou tronco da rvore.

    *

  • Regra Geral:

    A depreciao realizada a partir da primeira colheita, pois se considera que a cultura j est totalmente formada, estabilizada, na sua fase adulta, pois est produzindo e estima-se que ir ter a mesma produo em cada safra.(mesma capacidade produtiva).*

  • No entanto, existem algumas culturas, que, mesmo produzindo sua primeira safra, ainda esto em fase de crescimento, inclusive com aumento da produo previsto de um ano para outro, at atingir sua fase adulta, com capacidade plena. Nestes casos, como se proceder a depreciao: a partir da primeira colheita, ou quando a cultura estiver totalmente concluda?*

  • Segundo a maioria dos pesquisadores defende-se que a depreciao dever ser realizada a partir de sua estabilizao produtiva, portanto quando estiver totalmente formada, no em fase de crescimento. (adulta). Consideramos que a depreciao representa a perda do valor do bem sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso da ao da natureza ou obsolescncia, pelo desgaste. (Marion, Carlos.2012)*

  • CONSIDERANDO, se a produo ainda esta em fase de crescimento, e se espera inclusive uma safra maior no prximo ano, a cultura no esta perdendo valor, ao contrario, est se valorizando, portanto, no deve ser realizada a depreciao na primeira safra de culturas que possuem produo crescente ao longo dos anos, at atingir sua capacidade plena de produo, na fase adulta. Somente ai, na fase adulta, estabilizada, que deve ser iniciada a depreciao. *

  • DEPRECIAO DE IMPLEMENTOS AGRCOLASContabilizao da depreciao destes bens se tornou cada vez mais importante e determinante na apurao de resultados da contabilidade. Existe a possibilidade de apropriao da depreciao conforme a permisso pela legislao fiscal, no entanto, este mtodo eventualmente ir acusar resultados distorcidos j que os equipamentos normalmente no trabalham durante. todo o ano, havendo perodos de ociosidade em entre safras, etc. assim, o recomendado que seja utilizado o mtodo conforme as horas trabalhadas daquele equipamento em relao sua vida til conforme estimativa do seu fabricante.*

  • Ateno:

    As taxas de depreciao so fixadas pela legislao do Imposto de Renda, por estimativas.POR EXEMPLO: Pela legislao do IR considerar 25% para trator, porm nos pases onde a legislao tributaria no to agressiva, utiliza-se o Programa Cooperativo do Banco mundial/FAO.Em mdia 8.000/9.000 horas trabalhadas.

    *

  • A depreciao pode ser calculada tambm de acordo com a produo estimada. Exemplo: A videira com produo estimada total de 1.000.000 cxs. Se a produo do ano I, for 70 mil cxs, a depreciao ser 70 mil/1 milho=7%. OU SEJA , Vai variar conforme a produo do ano. Maior a colheita, maior a depreciao. CONTABILIZAO: 1) - VIDEIRA: D OUTROS CUSTOS AGRCOLAS - Depreciao ( sub. conta de COLHEITA EM ANDAMENTO) C DEPRECIAO ACUMULADA UVA*

  • 2) TRATOR:D OUTROS CUSTOS AGRCOLAS ( o valor Depreciao ) C DEPRECIAO ACUMULADA - Trator

    Obs: Verificando a utilizao do trator na Cultura e na Criao. Faz-ze o rateio entre as culturas ou animais. *

  • Pergunta-se:Se empregarmos o termo perda para depreciao para qualquer circunstancia ento porque aumenta o valor do ativo agrcola?O custa est relacionado ao seu preo de venda?Est relacionado a retorno de investimento?

    *

  • EXAUSTO - Quando corresponder perda do valor, decorrente de sua explorao, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais ou bens aplicados nessa explorao. Aplica-se somente aos recursos naturais exaurveis por exemplo, as reservas florestais, etc. No se extrai o fruto, mas a prpria rvore. Ex:. Cana de acar, palmito.*

  • Base de Clculo:Se determinada empresa proprietria de uma floresta destina a corte para comercializao, consumo ou industrializao, levar a custos de cada perodo o montante que expressa a parcela nela consumida.A base de clculo representar a relao entre volume e quantidade de rvores que compunha a floresta.

    *

  • Exemplo 1:Um reflorestamento que envolve 20.000 eucaliptos, custo da cultura formada R$ 100.000,00. previso de 4 cortes. Quota: 100/4 = 25%Na primeira colheita foi colhido 8.000 eucaliptos .Clculo da exausto da extrao: 8.000 / 20.000 = 40% 40% extradas x 25% exausto x 100.000,00 ==> 10.000,00.

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  • Exemplo 2:O canavial Alfa, ter cinco cortes. ( A quota 100/5= 20%) Supondo que toda a extrao se dar dentro do exerccio social ( ano-base). O custo de formao foi R$ 100.000,00.Exausto: 100.000,00 x 20% = 20.000,00.

    OBS: Se o exerccio social terminar antes do ano agrcola, utiliza-se o percentual volume (quantidade extrada) / cultura total.*

  • AMORTIZAOTecnicamente para os casos de aquisio de direitos sobre empreendimentos de propriedade de terceiros, apropriando-se os custos desses direitos ao longo do perodo conforme contrato para explorao.ATENO:A legislao do IR estabelece que s incide amortizao para contratos por prazo determinado.Contratos por prazo indeterminado incide exausto. *

  • Exemplo:A Florest Sa, exportadora de suco de laranja , adquire o direito de explorao de pomar por 4 anos.O custo da explorao R$ 100.000,00.Quota Amortizao: 100/4 = 25%

    Valor da Amortizao: 100.000,00 x 25% = 25.000,00*

  • Consideraes Finais

    Quanto ao percentual da depreciao, este somente poder ser determinado com exatido conforme uma observao da realidade em que se encontra tal bem, j que o bem pode ter durao diferente conforme for tratado e cuidado, ou at mesmo varivel pelo clima.

    Como mtodos possveis para se mensurar a depreciao, poderamos destacar a sua estimativa de vida til ou ento a estimativa de produo de frutos, neste segundo caso, a depreciao seria varivel conforme a produo em determinados anos.

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  • Impairment Test ( Recuperao do Ativo)As alteraes, definidas pelaLei n 11.638/07,e os pronunciamentos tcnicos emitidos pelo CPC, com vistas uniformizao das normas contbeis ao padro internacional, tem-se transformado em Resolues do CFC, criando novas ou alterando as atuais Normas Brasileiras de Contabilidade.Impairment uma palavra em ingls que significa, em sua traduo literal,deteriorao. Tecnicamente trata-se da reduo do valor recupervel de um bem ativo. Na prtica, quer dizer que as companhias tero que avaliar, periodicamente, os ativos que geram resultados antes de contabiliz-los no balano. Cada vez que se verificar que um ativo esteja avaliado por valor no recupervel no futuro, ou seja, toda vez que houver uma projeo de gerao de caixa em valor inferior ao montante pelo qual o ativo est registrado, a companhia ter que fazer a baixa contbil da diferena.

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  • *fim