aula 6 - doenças do aparelho circulatório

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Doen Doen ç ç as do Aparelho as do Aparelho Circulat Circulat ó ó rio rio Prof. Thiago Vinicius Martins dos Anjos TÉCNICO EM RADIOLOGIA MÉDICA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

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  • DoenDoenas do Aparelho as do Aparelho CirculatCirculatriorio

    Prof. Thiago Vinicius Martins dos Anjos

    TCNICO EM RADIOLOGIA MDICA E DIAGNSTICO POR

    IMAGEM

    Servio Nacional de Aprendizagem Comercial

  • Aparelho CirculatAparelho Circulatriorio

    O sistema circulatrio tambm chamado de sistema cardiovascular constitudo por: corao, vasos sanguneos(arterias, veias e capilares).

    o responsvel, atravs do transporte do sangue, pela conduo, distribuio e remoo das mais diversas substncias dos e para os tecidos do corpo.

  • Insuficincia CardInsuficincia Cardaca Congestivaaca Congestiva

    A insuficincia cardaca congestiva (tambm chamada de insuficincia ventricular esquerda ou simplesmente insuficincia cardaca) acontece quando o corao enfraquece e falha ao bombear o sangue corretamente.

    Como conseqncia, o envio de sangue para os tecidos do corpo diminui, diminuindo a oferta de oxignio nos tecidos.

    A Insuficincia Cardaca Congestiva geralmente se desenvolve gradualmente, s vezes durante anos. Sendo uma condio crnica, gera a possibilidade de adaptaes do corao o que pode permitir uma vida prolongada, s vezes com alguma limitao aos seus portadores, se tratada corretamente.

  • CausasA causa comum da insuficincia cardaca

    congestiva o corao que no consegue bombear sangue suficiente. A razo mais comum a doena arterial coronariana grave, que diminui o fluxo sangneo ao msculo do corao. Se a pessoa sofreu um infarto, o tecido de cicatrizao fibrosa resultante no se contrai e diminui a eficincia do corao de bombear o sangue.

    Vazamento ou estreitamento das vlvulas cardacas, devido a um defeito de nascena tambm pode causar a insuficincia cardaca.

    Aneurisma cardaco (abaulamento da parede do corao provocado pela perda da musculatura da parede do ventrculo esquerdo do corao em conseqncia de um infarto) tambm pode reduzir a capacidade de bombeamento do corao.

  • Com menos freqncia, a origem do problema pode ser uma das vrias doenas do msculo do corao. Algumas podem ser provocadas por lcool em excesso, outras, por uma infeco viral, e outras pelo depsito de ferro ou de uma protena chamada amilide no tecido do corao. As arritmias cardacas (doenas que alteram o ritmo normal do corao) tambm podem levar insuficincia cardaca.

    Em alguns casos, a insuficincia cardaca congestiva pode ser conseqncia da falha do corao de relaxar corretamente. Esse tipo de problema, chamado de disfuno diastlica, mais comum em pacientes mais velhos.

  • Sintomas Dispnia (falta de ar) - A falta de ar do portador de insuficincia

    cardaca caracteristicamente se d aos esforos fsicos e quando o portador encontra-se deitado (ortopnia) - sintomas causados pela alta presso de lquido na circulao do pulmo.

    Tosse Fraqueza (astenia) Edema (inchao, ou aumento do volume dos membros) Dor abdominal Tonturas Diminuio da emisso de urina.

    Habitualmente, esto presentes em cada pessoa doente apenas uma parte dos sintomas acima, em graus variveis. Uma pessoa tem mais tosse, a outra mais inchao e assim por diante.

    Os sintomas no so patognomnicos, ou seja, no so exclusivos desta doena. Uma pessoa pode ter o mesmo grau de inchao que outra,e a primeira ter insuficincia cardaca e a segunda ter varizes.

  • DiagnDiagnsticosticoO mdico faz o diagnstico atravs de um exame clnico:

    Ausculta cardaca (sopros) Ausculta pulmonar (chiado) Edema das pernas

    Pode, ainda, utilizar exames complementares como: Radiografia de trax (que visualiza o aumento do corao). Ecocardiografia (que mostra o corao em funcionamento, podendo

    ser visualizada a insuficincia cardaca mais detalhadamente). Eletrocardiograma (registro dos impulsos eltricos gerados no corao) pode revelar leses de um infarto anterior, assim como irregularidades no ritmo cardaco.

  • TratamentoTratamentoO tratamento para a insuficincia cardaca congestiva inclui

    repouso, oxignio, medicamentos para diminuir a resistncia da circulao facilitando o trabalho do corao, para evitar que o corao mude sua forma aumentando de tamanho(remodelamento), para fortalecer a capacidade de bombeamento do corao e medicamentos para evitar arritmias (quando o corao bate fora do lugar). Os diurticos so administrados para ajudar os rins a removerem mais sal e gua do sangue e, assim, diminuir o volume de sangue que o corao deve bombear. prescrita uma dieta com pouco sal para diminuir o inchao nos tecidos principalmente nas pernas (o sal tende a fazer com que o lquido se acumule no corpo). Nos casos crnicos ou mais graves, pode ser dado um medicamento para dilatar os vasos sangneos e facilitar para o corao o bombeamento de sangue atravs desses vasos.

  • Em alguns casos, a causa original da insuficincia cardaca congestiva pode ser corrigida.

    Por exemplo, a cirurgia de desvio pode ser feita nas artrias coronrias para melhorar o suprimento de sangue ao msculo do corao. A cirurgia tambm pode substituir ou corrigir uma vlvula cardaca defeituosa e tambm o transplante cardaco.

    Os fatores colaboradores a serem controlados ou eliminados incluem presso alta, anemia, sal em excesso ou consumo de lcool, alm de febre e estresse devido a esforos exagerados.

  • ArritmiasArritmiasArritmia cardaca o nome genrico de diversas

    perturbaes que alteram a freqncia ou o ritmo dos batimentos cardacos. As arritmias ou disritmias podem atlevar morte. A maior parte delas , no entanto, inofensiva.

    estimulam a contrao do msculo cardaco ou miocrdio. Quando esses impulsos eltricos so emitidos de forma irregular ou conduzidos de forma deficiente, pode ocorrer arritmia cardaca. Esta pode ser caracterizada por ritmos excessivamente rpidos (taquicardia), lentos (bradicardia) ou apenas irregulares.

    O ndulo sinusal, na aurcula direita, um grupo de clulas que regula esses batimentos atravs de impulsos eltricos que

  • Taquicardia:Taquicardia: quando o corao de um adulto bate mais de 100

    vezes por minuto. Quando isso acontece ao fazer esforos normal e, decorridos alguns minutos, esse nmero deve voltar a uma freqncia normal. Quando a taquicardia persiste ou est presente em repouso, pode significar alguma alterao patolgica. Convm consultar o mdico. Note-se que taquicardia no sinnimo de ataque cardaco.

  • BradicardiaBradicardia::

    quando o corao bate menos de 60 vezes por minuto. Isso em pessoas em boa forma fsica at pode ser normal.

    Com freqncias cardacas abaixo de 60 por minuto, mesmo que seja uma manifestao transitria, conveniente que um cardiologista seja consultado.

  • Causas da arritmia cardCausas da arritmia cardacaaca

    Arritmia pode ocorrer quando os sinais eltricos que controlam os batimentos cardacos ficam atrasados ou bloqueados. Isso pode acontecer quando as clulas nervosas especiais que produzem o sinal eltrico no funcionam apropriadamente, ou quando os sinais eltricos no viajam normalmente pelo corao. Uma arritmia tambm pode ocorrer quando outra parte do corao comea a produzir sinais eltricos, adicionando aos sinais das clulas nervosas especiais, e alterando o batimento cardaco normal.

    Estresse, fumo, grande ingesto de lcool, exerccio fsico muito forte, uso de certas drogas (como cocana e anfetaminas), uso de alguns medicamentos, e muita cafenapodem ocasionar arritmia em algumas pessoas.

    Algumas vezes a causa de uma arritmia no pode ser encontrada.

  • Sintomas da arritmia cardSintomas da arritmia cardacaacaMuitas arritmias no ocasionam nenhum sinal ou sintoma. Quando os sinais e sintomas esto presentes, os mais comuns so:

    * Palpitaes cardacas (sensao de que o corao estbatendo muito forte).* Batimento cardaco lento.* Batimento cardaco irregular.* Sensao de pausa entre os batimentos cardacos.

    Sintomas e sinais mais srios incluem:* Ansiedade.* Fraqueza.* Tontura e dor de cabea leve.* Transpirao.* Falta de flego.* Dor no peito.

  • Tratamento de arritmiasTratamento de arritmias

    Os tratamentos mais comuns para arritmias incluem remdios, procedimentos mdicos e cirurgia.

    O tratamento necessrioquando a arritmia causa sintomas srios como tontura, dor no peito e desmaio, ou quando ela aumenta a probabilidade de desenvolver complicaes como insuficincia cardaca ou ataque cardaco sbito.

  • Tratamento e DiagnTratamento e DiagnsticosticoO tratamento difere de acordo com o tipo de arritmia

    apresentada. Serve para registrar a atividade eltrica do corao no momento da prpria execuo da arritmia.

    O marca-passo um pequeno e leve dispositivo para estimulao eltrica que consiste em um gerador de pulsos e eletrodos. O marca-passo capaz de perceber a atividade cardaca, e, quando no hnenhuma pulsao natural, libera um impulso eltrico que leva a contrao do msculo cardaco. O marca-passo ligado ao corao atravs de eletrodos (fios que comunicam o gerador ao corao). atravs desse fio que os sinais eltricos so transportados para o corao.

    Ecocardiograma - um registro obtido atravs de ultra-som das estruturas do corao.

  • Angina Angina PectorisPectorisA angina (angina pectoris) causada pelo estreitamento das artrias

    que conduzem sangue ao corao. A limitao da irrigao sangunea provoca uma deficincia no suprimento de nutrientes e de oxignio nesse rgo. A dor sinal de que o corao est recebendo menos sangue do que precisa.

    A angina de peito uma dor no peito devida ao baixo abastecimento de oxignio (isquemia) ao msculo cardaco; geralmente devida obstruo ou espasmos (contraes involuntria de um msculo, grupo de msculos ou rgo) das artrias coronrias (os vasos sanguneos do corao). As doenas nas artrias coronrias, principal causa de angina, so devidas a aterosclerose nas artrias cardacas (coronrias). O termo deriva do grego ankhon ("estrangular") e do latim pectus ("peito"), e pode, portanto, ser traduzido como "um estrangulamento do peito".

    Ataques de angina que pioram, que ocorrem durante o descanso e que duram mais de 15 minutos podem ser sintomas de angina instvel ou mesmo de um infarto do miocrdio (popularmente conhecido por ataque cardaco).

  • Fluxo insuficiente de sangue ao msculo cardaco de estreitamento da artria coronria

    pode causar angina (dor no peito)

    placas nas artrias coronrias

  • SintomasSintomasA maioria dos pacientes com angina queixam-se de desconforto no

    peito; o desconforto habitualmente descrito como presso, peso, aperto, ardor, ou sensao de choque. A dor de angina pode ser localizadaprincipalmente no centro do peito, costas, pescoo, queixo ou ombros. A irradiao da dor ocorre, tipicamente, para os braos (esquerdo principalmente), ombros e pescoo.

    A angina normalmente ativada por excesso de stress emocional, esforo fsico, depois de uma refeio farta, e temperaturas frias. A dor pode ser acompanhada por suores e nuseas em alguns casos. Normalmente dura cerca de 1 a 5 minutos, e acalmada pelo descanso ou medicao especfica. Dor no peito que dura apenas alguns segundos no , normalmente, angina.Os fatores de risco incluem o histrico familiar de doenas cardacas prematuras, tabagismo, diabetes, colesterol alto, hipertenso, obesidade, sedentarismo.

    distribuio tpica de dor referida

  • DiagnDiagnsticosticoEm pacientes com angina ocasional que no

    tm dores no peito, um eletrocardiograma tipicamente normal.

    Durante a dor podem ser observadas modificaes do eletrocardiograma. Para detectar estas variaes podem ser feitos eletrocardiogramas enquanto o paciente corre numa esteira (teste ergomtrico).

    Em alguns casos especficos, necessrio a realizao de angiografia: (imagem por meio de contraste) exame que confirma a natureza da leso cardaca, e se o paciente candidato a uma angioplastia (minsculo balo inflado dentro da artria obstruda com placas de gordura e sangue, alm de uma minitela de ao que, aberta, facilita a passagem do sangue).

  • TratamentoTratamentoEm geral, a angina tratada com medicao especfica. Existem

    situaes, entretanto, que exigem procedimentos cirrgicos como a implantao de pontes em artrias coronrias ou angioplastia.

    Quando medicamentos e outros tratamentos no controlam angina, procedimentos especiais (invasivos) podem ser necessrios. Dois procedimentos comumente usados so:* Angioplastia. Esse procedimento abre artrias bloqueadas ou estreitadas.* Cirurgia de ponte de safena. Esse procedimento usa artrias ou veias de outra rea como um desvio pela artria coronria bloqueada.

    O objetivo principal do tratamento de angina pectoris aliviar os sintomas, diminuir a progresso da doena, e reduzir ocorrncias futuras, especialmente ataques cardacos.

    Identificar e tratar fatores de risco de doenas cardacas uma prioridade em pacientes com angina. Isto significa parar de fumar, perder peso (em caso de obesidade ou excesso de peso) e fazer testes ao colesterol alto, diabetes e presso alta.

  • Infarto Agudo do MiocInfarto Agudo do MiocrdiordioConceito: infarto agudo do miocrdio se

    refere morte de parte do msculo cardaco(miocrdio), que ocorre de forma rpida (ou aguda) devido obstruo do fluxo sanguneo das artrias coronrias para o corao.

    A causa habitual da morte celular uma isquemia (deficincia de oxignio) no msculo cardaco, por ocluso de uma artria coronria. A ocluso se d em geral pela formao de um cogulo sobre uma rea previamente comprometida por aterosclerose causando estreitamentos.

  • CausasCausasA principal causa est relacionada presena de uma Doena

    Arterial Coronariana (DAC).Trata-se de uma doena onde h a deposio de placas de gordura

    por dentro das paredes das artrias coronrias (as artrias coronrias so vasos sanguneos que irrigam o corao). Quando estas placas de gordura causam obstruo ao fluxo sanguneo das coronrias para o corao, o msculo cardaco sofre pela falta de sangue/oxignio e comea a morrer. Por isso, o tratamento deve ser feito rapidamente, no sentido de desobstruir as artrias coronrias e evitar a morte do msculo cardaco.

    Outra causa relacionada ao infarto agudo do miocrdio a ocorrncia de um severo espasmo coronariano. O espasmo coronariano se refere ao colabamento das paredes das artrias coronrias, impedindo o fluxo sanguneo ao corao. Embora no se saiba ao certo o que causa o espasmo das artrias coronrias, muitas vezes esta condio est relacionada a:

    Uso de determinadas drogas, como a cocana. Dor intensa ou estresse emocional. Exposio ao frio extremo. Hbito de fumar cigarro.

  • SintomasSintomasOs sinais e sintomas do infarto podem variar de pessoa para pessoa.Os sintomas mais comuns:Dor no peito ou desconforto torcico: so os sintomas mais comuns

    do infarto. A dor ou desconforto ocorrem geralmente no centro do peito, com caractersticas do tipo presso ou aperto, de grau moderado a intenso. Geralmente, a dor pode durar por vrios minutos ou parar e voltar novamente. Em alguns casos, a dor do infarto pode parecer com um tipo de indigesto, queimao no estmago ou azia.Outros sintomas observados durante um infarto so:

    Sensao de desconforto nos ombros, braos, costas, pescoo, mandbula ou no estmago. Algumas pessoas podem ainda sentir uma sensao de dor tipo aperto nos braos e sensao de incmodo na lngua ou no queixo.

    Palidez da pele, suor frio pelo corpo, inquietao, palpitaes e respirao curta tambm podem ocorrer.

    Pode haver tambm nuseas, vmitos, tonturas, confuso mental e desmaios.

  • DiagnDiagnsticosticoO diagnstico feito pela anlise dos sintomas, histrico de doenas

    pessoais e de familiares, e pelos resultados de exames solicitados.

    Exames para diagnstico do infarto agudo do miocrdio: Eletrocardiograma (ECG): na presena de um infarto, geralmente h

    alteraes no eletrocardiograma que o identifica. Este exame pode mostrar tambm a presena de arritmias cardacas causadas pelo prprio infarto.

    Dosagem de enzimas cardacas: quando as clulas do msculo cardaco comeam a morrer, h a liberao de uma grande quantidade de enzimas cardacas na circulao sangunea. Por isso faz-se a dosagem dessas enzimas para diagnosticar o infarto. Muitas vezes so feitas vrias dosagens no decorrer do dia para melhor avaliao e diagnstico. As enzimas mais pesquisadas so a Troponina, CK-Total, CK-MB, Mioglobina TGO e LDH.

    Angiografia coronariana: consiste na passagem de um cateter atravs de um vaso sanguneo (cateterismo), que visa mapear e estudar a circulao coronariana do corao. Caso este procedimento identifique uma obstruo coronariana, pode se feita uma angioplastia no mesmo momento para desobstruir a coronria e restaurar o fluxo sanguneo normal para o corao.Algumas vezes, durante a angioplastia, pode ser necessria a colocao de um stent (um pequeno tubo em forma de mola) para manter a artria coronria aberta e desobstruda.

  • TratamentoTratamento O tratamento precoce pode prevenir e limitar os danos causados ao

    msculo cardaco. O importante agir rpido diante dos primeiros sintomas de infarto agudo do miocrdio, procurando um atendimento mdico prontamente.

    Alguns tratamentos so iniciados pelo mdico diante da primeira suspeita de infarto do miocrdio, mesmo antes do diagnstico ser confirmado definitivamente. So eles:

    Inalao de oxignio, para melhor oxigenao no msculo cardaco. Aspirina, para prevenir formao de trombos ou cogulos sanguneos. Nitroglicerina: trata-se de um medicamento utilizado para reduzir a

    sobrecarga de trabalho do corao e melhorar o fluxo de sangue pelas artrias coronarianas.

    Tratamento da dor torcica com analgsicos. A presena da dor pode piorar um quadro de infarto agudo do miocrdio.

    Uma vez feito o diagnstico de infarto do miocrdio (ou quando a suspeita muito forte) so iniciados tratamentos mais especficos para tentar restaurar fluxo sanguneo para o corao o mais rpido possvel. Os tratamentos incluem medicamentos e procedimentos mdicos.

  • Os medicamentos mais utilizados pelos mdicos so:

    Trombolticos: medicaes que dissolvem o trombo ou cogulo no interior das coronrias.

    Beta-bloqueadores: diminuem a sobrecarga do corao. Inibidores da enzima de converso da angiotensina (IECA): controlam

    a presso arterial e reduzem a tenso do msculo cardaco. Anticoagulantes: previnem a formao de trombos ou cogulos. Antiagregantes plaquetrios: tambm previnem a formao de trombos.

    Outras medicaes para reduzir a dor, ansiedade ou tratar arritmias.Quando as medicaes no conseguem parar o processo de infarto,

    so necessrios procedimentos mdicos para melhor tratamento. Os procedimentos mais utilizados para desobstruir as coronrias so a angioplastia e procedimentos do tipo ponte de safena (a safena uma veia da perna que transplantada para o corao no lugar da artria coronria obstruda). Este procedimento de transplante de vasos sanguneos para substituir a artria coronria, que est obstruda, pode ser feito tambm com artrias mamrias (do trax) e artrias radiais (dos antebraos).

  • Febre ReumFebre ReumticaticaA Febre Reumtica uma doena inflamatria que pode

    comprometer as articulaes, o corao, o crebro e a pele de crianas de 5 a 15 anos.

    A Febre Reumtica (FR) uma doena inflamatria que ocorre algumas semanas aps uma infeco de garganta por uma bactria (Streptococo), em indivduos predispostos (por mecanismos genticos e ou imunes ainda no claramente estabelecidos).

  • O que causa a Febre ReumO que causa a Febre Reumtica?tica?A Febre Reumtica uma reao a uma

    infeco de garganta por uma bactria conhecida como estreptococo. Essa infeco de garganta caracterizada clinicamente por febre, dor de garganta, caroos no pescoo(gnglios aumentados) e vermelhido intensa, pontos vermelhos ou placas de pus na garganta.

    A criana, geralmente maior de 5 anos de idade, poder apresentar a infeco de garganta como qualquer outra criana e, geralmente, uma a duas semanas depois comea a apresentar as queixas da Febre Reumtica.

  • Curiosidade...Curiosidade...O que ainda no se sabe explicar por qu alguns indivduos a

    desenvolvem.A princpio, considerada uma doena auto-imune, ou seja,

    decorre de um distrbio do sistema de defesa do organismo, que passa a atacar tecidos do prprio paciente, gerando a doena.

    Na membrana que envolve o estreptococo, temos a presena de uma protena, chamada Protena M, que tem a capacidade de gerar a formao de substncias especficas pelo sistema de defesa do organismo humano, o sistema auto-imune. Estas substncias so chamadas de anticorpos e, ao promover o ataque ao estreptococo, confundem-se, atacando tambm protenas presentes em tecidos articulares, neurolgicos e cardacos, pela semelhana existente entre elas e a Protena M.

    Ainda no se conhece a explicao para o fato de que apenas alguns pacientes desenvolvem o quadro, se esse distrbio imunolgico determinado por fatores genticos ou de outra natureza.

  • SintomasSintomas

    A febre reumtica ocorre aps um episdio de amigdalite bacteriana tratada inadequadamente. O indivduo pode sofrer complicaes cardacas (cardite -inflamao no corao), neurolgicas (coria incoordenao dos movimentos em razo da inflamao no crebro) e dermatolgicas (eritema e ndulos subcutneos).

    Os principais sintomas da febre reumtica so febre, edema (inchao) e dores nas articulaes, impossibilitando, muitas vezes, a criana de andar por causa da dor. Quando a doena atinge o corao, o paciente sente cansao contnuo e falta de ar.

  • Quais so as manifestaes da Febre Reumtica?

    A manifestao mais freqente a artrite que se caracteriza por dor intensa, que dificulta o caminhar e por inchao. As articulaes mais acometidas so os joelhos e tornozelos. A segunda manifestao da Febre Reumtica o comprometimento do corao (cardite) caracterizado por inflamao nas trs camadas (na membrana que o reveste, no msculo e no tecido que recobre as vlvulas).

    Clinicamente identifica se esse comprometimento pelo sopro cardaco, pelo aumento da freqncia dos batimentos do corao e pelas queixas de cansao e batedeira aos esforos. Este o comprometimento mais importante porque pode deixar seqelas e limitar a vida do paciente. A terceira manifestao a Coria que se caracteriza por fraqueza nos braos e pernas, por sensibilidade emocional (a criana se torna mais irritada e chorona) e por movimentos dos braos e pernas que pioram quando a criana fica tensa e desaparecem durante o sono. importante saber que esta manifestao da febre reumtica pode vir isolada (sem a artrite e/ou cardite) e meses aps o quadro da infeco de garganta.

  • DDiagniagnsticosticoQuanto ao diagnstico, importante que se faa

    uma anlise cuidadosa de todos os sinais clnicos e exames, pois no existe teste ou sinal especfico que o facilite.

    Uma das formas de preveno fazer o tratamento logo que a faringite estreptoccica diagnosticada, porm a realidade socioeconmica no Brasil, determinada pela desigualdade social, dificulta o acesso da populao aos procedimentos e examesque permitem distinguir a instalao ou no de uma infeco por estreptococos em quadros de gripe ou resfriado.

  • Tratamento Tratamento

    Visa, primeiramente, a erradicao da infeco pelo estreptococo. Essa infeco mais comum em ambientes de baixo nvel scio-econmico, onde vivem um nmero grande de pessoas em pequenos espaos facilitando a proliferao da infeco.

    Esse tratamento feito com base no uso de antibiticos. Para os pacientes que j desenvolveram a febre reumtica, o

    tratamento especfico para a regio envolvida: uso de repouso e antiinflamatrios nas artrites, medicamentos especficos para o corao, corticides e repouso absoluto na cardite (inflamao do corao), drogas especficas para o Sistema Nervoso Central e corticides para a coria.

    Aps a crise, coloca-se o paciente em um esquema de preveno da infeco pelo estreptococo, usando-se a penicilina benzatina a cada 21 dias. Se ocorreu o envolvimento cardaco, deve-se usar a profilaxia para o resto da vida ou, na impossibilidade disso, at os 30 a 35 anos de idade. Nos pacientes no portadores de leso cardaca, fica determinado seu uso at os 18 anos de idade.

  • DoenDoenas das Valvas Cardas das Valvas CardacasacasAs principais leses valvulares do corao so:

    Estenose: Diz-se quando o orifcio de uma valva cardaca apresenta um dimetro menor do que o normal, dificultando a passagem do sangue.Estenose artica - Estenose mitral - Estenose tricspide -

    Estenose pulmonar

  • Insuficincia: quando as valvas do corao no vedam o orifcio valvular, permitindo o refluxo do sangue.Insuficincia artica - Insuficincia mitral -Insuficincia tricspide - Insuficincia pulmonar

    Dupla leso: quando uma valva est com insuficincia alm de estenose, podendo predominar uma ou outra.Dupla leso artica - Dupla leso mitral - Dupla leso tricspide - Dupla leso pulmonar.

  • DiagnDiagnsticosticoAtravs do exame clnico do paciente feito por

    um cardiologista. O eletrocardiograma no de grande valor na investigao clnica mas pode ser til. Os exames radiolgicos, os estudos ecogrficosdo corao do as melhores informaes para o diagnstico.

    As leses valvulares do corao so melhor avaliadas por exames como ecodopplercardiografia, estudos angiogrficos.

  • Como evitar as leses valvulares do Como evitar as leses valvulares do coracorao?o?

    Inicialmente vale dizer que s algumas so evitveis.

    A me, durante o perodo de gestao, sdeve ingerir medicamentos orientada por mdico. A futura me deve evitar o lcool, o cigarro e a exposio s radiaes, principalmente o Rx.

    Na infncia e na vida adulta, a febre reumtica pode atingir o corao. O uso de drogas injetveis, sem precaues de esterilizao, causa de infeces do corao, principalmente das vlvulas cardacas.

    Deve-se tratar a hipertenso arterial porque as vlvulas dos hipertensos so mais atingidas por calcificaes.

  • DoenDoenas Congnitas as Congnitas do Corado Coraoo

  • Tetralogia de Tetralogia de FallotFallotA tetralogia de Fallot um defeito cardaco congnito

    (problema com a estrutura do corao presente no nascimento).Defeitos cardacos congnitos alteram o fluxo normal de sangue atravs do corao. Esse defeito cardaco raro e complexo ocorre em torno de 5 para cada 10 mil bebs, e afeta igualmente meninos e meninas.

    A tetralogia de Fallot envolve quatro defeitos:* Um defeito do septo ventricular.* Estenose pulmonar.* Hipertrofia do ventrculo direito.* Aorta deslocada.

    Juntos, esses quatro defeitos significam que sangue suficiente no capaz de alcanar os pulmes para obter oxignio, de modo que sangue pobre em oxignio flui pelo corpo.

  • A: Estenose pulmonar B: Aorta que se sobrepe ao defeito septal ventricular C: Defeito septal ventricular (DSV) D: Hipertrofia do ventrculo direito

    Corao Normal Corao com Tetralogia

  • Causas da tetralogia de Causas da tetralogia de FallotFallotOs mdicos no sabem quais so as causas da

    maioria dos casos de tetralogia de Fallot e outros defeitos cardacos congnitos. Algumas condies mdicas e fatores durante a gravidez podem elevar o risco de ter um beb com tetralogia de Fallot, como:

    * Rubola e outras doenas virais.* M nutrio.* Abuso de lcool.* Idade acima dos 40 anos.* Diabetes.

    Crianas com desordens genticas, como sndrome de Down, muitas vezes tm defeitos cardacos congnitos, incluindo tetralogia de Fallot.

  • Sinais e sintomas da tetralogia de Sinais e sintomas da tetralogia de FallotFallot

    Um importante sintoma da tetralogia de Fallot a cianose, que a colorao roxo-azulada de pele, lbios e dedos. Baixos nveis de oxignio no sangue causam esse sintoma. O beb tambm pode:

    * Ter dificuldade de respirar.* Ficar muito cansado.* No responder voz ou toque dos pais.* Ficar muito nervoso.* Perder a conscincia.

    Outro sintoma comum da tetralogia de Fallot sopro cardaco, o qual um som extra ou diferente que o mdico pode escutar durante exame fsico. Porm, nem todo sopro cardaco sinal de defeito no corao.

  • DiagnDiagnstico da tetralogia de stico da tetralogia de FallotFallot

    O mdico realiza exame fsico no beb e outros testes para diagnstico da tetralogia de Fallot.

    Os sinais e sintomas geralmente aparecem durante as primeiras semanas de vida.

    O mdico do beb pode ver os sinais e sintomas durante um check-up de rotina. Alguns pais tambm percebem a cianose (cor roxo-azulada) ou alimentao ruim e levam o beb ao mdico.

  • Tratamento da tetralogia de Tratamento da tetralogia de FallotFallot

    A tetralogia de Fallot deve ser reparada com cirurgia de corao, seja logo depois do nascimento ou mais tarde na infncia.

    O objetivo da cirurgia reparar os defeitos, de modo que o corao possa funcionar o mais normalmente possvel.

    Algumas vezes, adolescentes ou adultos que tiveram os defeitos da tetralogia de Fallotreparados na infncia precisam de cirurgia adicional para corrigir problemas cardacos que se desenvolvem com o tempo.

  • Defeito do septo atrialDefeito do septo atrialUm defeito congnito em que a parede entre os trios

    esquerdo e direito no se fecha completamente.

  • Causas, incidncia e fatores de risco:Causas, incidncia e fatores de risco:

    O defeito do septo atrial (DSA) um defeito cardaco congnito. Na circulao fetal normalmente h uma abertura entre os trios (as cmaras superiores do corao) para permitir que o sangue passe pelos pulmes. Essa abertura normalmente se fecha na hora em que o beb nasce. Se o septo atrial persistir, a abertura entres os trios esquerdo e direito continuar.

    De cada 100.000 pessoas, 4 sofrem de defeito do septo atrial. Normalmente os sintomas so ausentes se no houver outros defeitos; caso haja sintomas, eles normalmente se manifestam at os 30 anos. Pessoas que sofrem de defeito do septo atrial tm um risco maior de desenvolver endocardite bacteriana.

  • Sintomas:Sintomas:* Dificuldade respiratria (dispnia)* Falta de ar conseqente da atividade fsica* Percepo dos batimentos cardacos (palpitao)

    Obs.: Pessoas com defeitos de pequeno a moderado podem no revelar os sintomas, pelo menos at a meia idade ou idades mais avanadas.

    Sinais e exames:Sinais e exames:O exame do corao com um estetoscpio (auscultao) normalmente

    revela sons cardacos anormais. Pode haver sintomas de insuficincia cardaca ou refluxo sangneo do ventrculo esquerdo no trio direito devido falha da vlvula, que no fecha completamente (regurgitao mitral) em alguns casos.

    Os exames que podem ser realizados no diagnstico do defeito do septo atrialso os seguintes:

    * Angiografia coronria* Doppler ou ultra-som do corao* Ecocardiograma* Raio X de trax* Ressonncia Magntica torcica (s vezes)* Ventriculografia radionuclear (s vezes)

  • Tratamento:Tratamento:Caso haja poucos ou nenhum sintoma, o defeito do septo atrial no

    necessita de tratamento. Recomenda-se o fechamento cirrgico do defeito se o septo atrial for grande ou se ocorrerem os sintomas. Devem ser administrados antibiticos profilticos (preventivos) antes dos procedimentos dentrios para reduzir o risco de desenvolvimento da endocardite bacterial.

    Expectativas (prognExpectativas (prognstico):stico):Se a pessoa tiver um defeito do septo atrial de pequeno a

    moderado, ela ir conseguir ter uma vida normal, sem sintomas. Defeitos maiores podem causar invalidez na meia idade devido diminuio do fluxo sangneo e volta do sangue circulao perifrica sem que este tenha sido oxigenado pelos pulmes.

    ComplicaComplicaes:es:* hipertenso pulmonar* arritmias, particularmente fibrilao atrial* insuficincia cardaca* derrame cerebral* endocardite bacteriana

  • Canal arterial persistenteCanal arterial persistenteO canal arterial (ductus arteriosus) persistente uma ligao

    entre a aorta (a grande artria que transporta sangue oxigenado ao corpo) e a artria pulmonar (a artria que transporta o sangue desprovido de oxignio aos pulmes).

    O canal arterial permite que o sangue no passe pelos pulmes. No estado fetal esta funo fundamental, j que o feto no respira ar e, portanto, no necessita que o sangue circule atravs dos pulmes para ser oxigenado. No entanto, quando nasce, o sangue deve circular para receber oxignio. Em geral, o canal fecha-se muito rapidamente, um ou dois dias depois do nascimento.

    Mas, se continua aberto, certa quantidade de sangue destinado ao corpo pode voltar aos pulmes e produzir uma sobrecarga dos seus vasos sanguneos. Em conseqncia, alguns bebes desenvolvem insuficincia cardaca, que se manifesta por dificuldade para respirar, uma freqncia cardaca acelerada e impossibilidade de ganhar peso.

  • Se o canal no se fechar, um bebe nascido pode desenvolver insuficincia cardaca vrias semanas depois de nascer. Em tais casos, o canal deve ser fechado cirurgicamente. Frequentemente detecta-se o canal aberto quando possvel ouvir o sopro que produz, atravs do estetoscpio. Nestes casos, fecha-se mediante cirurgia opcional no urgente, quando a criana tem aproximadamente 1 ano de idade, principalmente para evitar uma infeco grave anos mais tarde.

    O canal permanece aberto nos bebes prematuros com muito mais freqncia do que nas crianas nascidas no tempo certo. Nos bebes prematuros, a passagem de uma quantidade superior de sangue pelos pulmes pode interferir no funcionamento do corao e, tambm nos dos pulmes, que esto a desenvolver. Nestes casos pode-se restringir a ingesto de lquidos e recorre cirurgia para fechar o canal.

  • CoarctaCoarctao da aortao da aortaA coarctao da aorta uma reduo da mesma que,

    geralmente, se produz no ponto onde o canal arterial (ductusarteriosus) se une aorta e esta gira para descer para a parte inferior do peito e chegar ao abdmen.

    A aorta a grande artria que transporta sangue oxigenado desde o corao para todo o corpo. A coarctao reduz o fluxo sanguneo na metade inferior do corpoe, em conseqncia, o pulso e a tenso arterial so mais baixos do que o normal nas pernas e costumam ser mais altos nos braos.

  • Na maioria das crianas, a coarctao no causa problemas.Algumas tm dor de cabea ou hemorragias nasais devido hipertenso nos braos e dor nas pernas durante a prtica de exerccio por causa da baixa tenso nas pernas, embora a maioria dos casos no apresente sintomas. A maior parte das crianas com coarctao tambm tem uma vlvula artica anormal, que sconta com duas valvas em vez das trs normais.

    A coarctao detecta-se durante uma explorao fsica em funo de determinadas mudanas no pulso e na tenso arterial; o diagnstico confirma-se mediante radiografias, um eletrocardiograma e um ecocardiograma. Este defeito deve ser corrigido cirurgicamente nos primeiros anos da infncia para diminuir a sobrecarga do ventrculo esquerdo, que deve bombear com mais fora do que normal para propulsar sangue para a aorta estreita, assim como para evitar no futuro problemas como a hipertenso. A operao costuma realizar-se quando a criana est em idade pr-escolar (geralmente entre os 3 e os 5 anos).

  • Poucos dias, ou aproximadamente s duas semanas de vida, algumas crianas com coarctao desenvolvem uma grande insuficincia cardaca uma vez que o canal arterial se fecha. Como conseqncia disso apresentam um stressrespiratrio grave e tornam-se muito plidas; as anlises ao sangue mostram um acentuado aumento do cido no sangue (acidose metablica). Esta situao pode pr em perigo a sua vida e requer imediata ateno mdica para fazer o diagnstico correto e comear o tratamento apropriado.

    Este pode consistir na administrao de uma prostaglandina, um frmaco como o alprostadil, para voltar a abrir o canal arterial, alm de outros medicamentos para reforar o corao, e cirurgia de urgncia para reparar a aorta.

    Esta cirurgia pode salvar a vida de um recm-nascido e, em algumas crianas, deve repetir-se quando crescem.

  • Estenose da vEstenose da vlvula alvula articarticaA estenose da vlvula artica consiste na reduo do

    dimetro desta vlvula; esta, ao abrir-se, permite que o sangue flua desde o ventrculo esquerdo at aorta e depois para todo o corpo. Ocorre predominantemente (80%) em homens. A rea total normal da vlvula artica de 3 a 4 cm2. Quando a leso apresenta uma rea menor do que 0,8 a 1,0 cm2 altera-se severamente a funo cardaca e o prognstico sem correo mau, com 50% de mortalidade em 3 anos.

    A vlvula artica normalmente formada por trs pregas (cspides ou vlvulas) que se abrem e se fecham para permitir a passagem do sangue. Na estenose, a vlvula artica costuma ter s duas valvas, o que permite uma menor abertura e dificulta a passagem do sangue. Em conseqncia, o ventrculo esquerdo deve bombear com uma fora superior anormal para impulsionar o sangue atravs da vlvula.

  • Em algumas crianas com estenose da vlvula artica, a obstruo mais freqente do que nos adultos.

    Em casos raros desenvolve-se insuficincia cardaca e o fluxo de sangue para o corpo torna-se inadequado.

    Estes bebes devem receber tratamento urgente, que geralmente inclui medicamentos e cirurgia urgente ou um procedimento chamado valvuloplastia com balo, no qual a vlvula se dilata e infla mediante um tubo (cateter) que possui um pequeno balo numa das suas extremidades.Nas crianas mais velhas ou nos adultos jovens, possvel que a vlvula tenha de ser aberta cirurgicamente ou substituda por uma artificial.

  • Estenose da vlvula pulmonarA estenose da vlvula pulmonar um estreitamento desta vlvula,

    que a que permite a passagem do sangue desde o ventrculo direito ataos pulmes.

    Nos recm-nascidos, a estenose da vlvula pulmonar pode ser to pequena que no necessite de tratamento, ou ento to grave que ponha a sua vida em perigo.

    Na maioria das crianas com estenose da vlvula pulmonar, esta um pouco mais estreita do que normal, o que obriga o ventrculo direito a bombear com mais fora e a maior presso para propulsar o sangue atravs da vlvula. Se esta anomalia mais ou menos grave, fato que se confirma mediante a explorao fsica, um eletrocardiograma, um ecocardiograma e em certas ocasies um cateterismo cardaco, a vlvula pode ser aberta com um cateter de plstico equipado com um balo insuflvel na sua extremidade que se insere atravs de uma veia da perna. Se a vlvula no est bem formada, pode ser necessrio reconstitu-la cirurgicamente.

  • Quando a obstruo muito grave, chega muito pouco sangue aos pulmes para ser oxigenado. Pelo contrrio, aumenta a presso no ventrculo e na aurcula direita, o que obriga o sangue desprovido de oxignio, que azulado, a atravessar a parede que separa a aurcula direita da esquerda. A seguir, este sangue passa ao ventrculo esquerdo e bombeado para a aorta, que o transporta para todo o corpo. Em conseqncia, o bebe est azulado (um estado denominado cianose).

    Quando isto acontece, administra-se um frmaco (uma prostaglandina), como o alprostadil, para manter o canal arterial aberto at que um cirurgio possa criar uma ligao entre a aorta e a artria pulmonar, abra a vlvula pulmonar cirurgicamente ou, em alguns casos, ambos os procedimentos ao mesmo tempo. Isso permite que o sangue corra pela vlvula apertada e flua para os pulmes para oxigenar-se. Em algumas destas crianas necessrio repetir a cirurgia quando forem mais velhas.

  • TransposiTransposio das grandes arto das grandes artriasriasA transposio das grandes artrias uma inverso nas

    ligaes normais da aorta e da artria pulmonar com o corao.

    Normalmente, a artria pulmonar transporta o sangue desprovido de oxignio desde o ventrculo direito at aos pulmes e a aorta transporta sangue oxigenado desde o ventrculo esquerdo ao resto do corpo. Com a transposio das grandes artrias, o sangue desprovido de oxignio que regressa do corpo flui desde o ventrculo direito at aorta, que transporta esse sangue sem oxignio de novo para o corpo, sem passar pelos pulmes. Nos bebes, tem se muito sangue oxigenado, mas este volta a circular pelos pulmes, em vez de ir para o resto do corpo.

  • Os bebes com este defeito podem sobreviver muito pouco depois denascerem. Se vivem um certo tempo, graas a um pequeno orifcio que existe entre os ventrculos direito e esquerdo (formen oval) que, normalmente, est presente ao nascer. Este orifcio permite que uma pequena quantidade de sangue oxigenado proveniente dos pulmes passe da aurcula direita aurcula esquerda e depois do ventrculo direito aorta, fornecendo ao corpo a quantidade suficiente de oxignio para manter vivo o bebe.

    O diagnstico costuma realizar-se imediatamente depois do nascimento mediante a explorao fsica, radiografias, um eletrocardiograma e um ecocardiograma. Geralmente, realiza-se um procedimento cirrgico nos primeiros dias de vida, que consiste em unir a aorta e a artria pulmonar aos ventrculos apropriados e reimplantar as artrias coronrias, que irrigam o corao, na aorta, uma vez modificada a sua posio. Antes da cirurgia alguns bebes podem necessitar de ser tratados com o alprostadil para manter o canal arterial aberto. A outros pode ser que se lhes deva aumentar o orifcio entre as aurculas mediante um cateter com um balo insuflvel na sua extremidade, para permitir que uma maior quantidade de sangue oxigenado chegue aorta.

  • Hipertenso PulmonarHipertenso PulmonarO que ?

    Ocorre quando h uma presso sangnea anormalmente elevada nas artrias que levam o sangue do corao para os pulmes.

    Quando a causa deste distrbio o enfisema pulmonar ou uma doena do corao presente desde o nascimento, por exemplo, chamamos isto de hipertenso pulmonar secundria. Se nenhuma causa para isso encontrada, chamamos de hipertenso pulmonar primria.

    A hipertenso pulmonar primria uma doena rara que ocorre mais freqentemente em adultos jovens, com uma discreta predominncia no sexo feminino.

  • Como se desenvolve?Como se desenvolve?A presso sangnea nas artrias

    pulmonares pode estar elevada por muitas razes.

    Em algumas situaes, nenhuma causa para tal aumento encontrada. Quando isto ocorre, chamamos tal acontecimento de Hipertenso Pulmonar Primria.

    Nesta doena, normalmente, o que ocorre uma alterao na parte interna dos vasos sangneos, que dificulta a passagem do sangue e faz com que o corao tenha mais trabalho para levar este at os pulmes. Com isso, a presso nos vasos pulmonares torna-se elevada. A causa destas alteraes nestes vasos sangneos desconhecida.

  • Sinais e SintomasSinais e Sintomas

    Encurtamento gradual da respirao que pode piorar com exerccios.

    Dor ou desconforto torcico. Fadiga. Inchao nas pernas. Tosse persistente. Palpitaes (sensao do batimento forte ou anormal do

    corao). Cianose (tom azulado da pele, principalmente nas mos,

    ps e face). Tontura Desmaio (sncope).

  • DiagnDiagnsticosticoNormalmente, a primeira pista para o diagnstico desta doena

    uma radiografia do trax ou um eletrocardiograma que sugira uma hipertrofia do ventrculo direito (aumento do msculo do corao que bombeia o sangue para os pulmes).

    Mais comumente a pessoa, no incio, se queixa de cansao fcil e desconforto torcico.

    Atravs destas alteraes narradas pelo paciente e do exame fsico alterado, poder o mdico suspeitar da doena, devendo solicitar exames complementares.

    A determinao direta da presso circulatria pulmonar quando se coloca um cateter (tubo que entra por um vaso sangneo, passa pelo corao e chega at os pulmes) no corao continua sendo o melhor exame para confirmar a doena.

    A ecocardiografia (uma ecografia do corao) pode sugerir a doena e til no acompanhamento e na determinao da resposta deste ao tratamento.

  • TratamentoTratamentoA nica cura para a hipertenso pulmonar primria o transplante

    pulmonar para ambos os pulmes, sendo, s vezes, tambm necessrio o transplante de corao.

    Medicamentos podem ser utilizados para a melhora dos sintomas e prolongamento da vida, mas no curam a doena.

    Aps a realizao do transplante, o uso de medicaes para prevenir a rejeio obrigatrio por toda a vida, o que pode ocasionar diversos efeitos colaterais.

    Para o alvio dos sintomas, o oxignio suplementar a medida mais importante e quase sempre faz parte do arsenal do tratamento.

    Alm disso, os vasodilatadores - medicaes que dilatam os vasos para facilitar a passagem do sangue - podem, em um tero dos casos, auxiliar no tratamento.

    Os anticoagulantes (medicaes que combatem a coagulao do sangue) tambm tm sido empregados no tratamento, visto que eles parecem prolongar a vida dos pacientes. Alm disso, eles evitam os casos de trombose nestes vasos pulmonares alterados.

    No existem maneiras de prevenir esta doena.

  • Endocardite infecciosaEndocardite infecciosa

    Endocardite uma infeco que atinge parte da membrana que encobre as vlvulas cardacas. Pode atingir tambm vrias partes do corao. Infeces de origem dentria esto entre as principais causas da endocardite infecciosa. Pode ter origem bacteriana, aps uma bacteremia. A endocardite infecciosa a infeco do endocrdio por microorganismos. O corao formado por trs camadas: o pericrdio a externa, o miocrdio a medial e o endocrdio a interna, da qual fazem parte as vlvulas cardacas.

    Apresenta-se na forma de uma massa amorfa, chamada de vegetao, que se podem deslocar e atingir diversos pontos do corpo, como os pulmes e o crebro. composta de clulas inflamatrias, plaquetas, fibrina e uma grande quantidade de microorganismos. Costuma ocorrer nas vlvulas cardacas, mas pode ocorrer em outros pontos do endocrdio. Pode ser causado por inmeras espcies de bactrias ou fungos, embora estes sejam mais raros. Antes da existncia dos antibiticos a doena era quase invariavelmente fatal, sendo que a doena era dividida entre aguda e subaguda.

  • A endocardite se localiza preferencialmente nas vlvulas do corao, mas pode ser encontrada em qualquer parte do endocrdio, podendo ser classificada em aguda e subaguda.

    A aguda se caracteriza pela intensa toxicidade e rpida progresso, podendo evoluir em dias para a morte. Costuma provocar infeces distncia, como no crebro, rins, pulmes, fgado, olhos. O agente etiolgico mais comum o estafilococos aureus.

    J a subaguda tem a evoluo mais lenta, persistindo por at meses e, na maioria dos casos, causada por Estreptococos viridans, enterococos, estafilococos coagulase negativos ou bacilos gram-negativos.

  • Calafrios - 40 a 70% Suores, principalmente noturnos - 25% Emagrecimento - 25 a 35%Falta de ar - 20 a 40%Tosse - 25%Confuso mental - 10 a 20%Dores diversas - 5 a 35%.

    Sinais de endocardite, os mais freqentes:

    Febre - 80 a 90% Sopro no corao - 80 a 85% Mudanas dos sopros cardacos - 10 a 40% Agravamento sbito de doena cardaca preexistente - 30% Alteraes neurolgicas - 30 a 40%

    Sintomas e sinais Sintomas e sinais Sintomas de endocardite, mais freqSintomas de endocardite, mais freqentes:entes:

  • O que favorece o aparecimento de endocardites ?O que favorece o aparecimento de endocardites ? As pessoas portadoras de leses valvulares do corao,

    congnitas ou adquiridas, so as mais propensas a apresentarem a doena. Contudo, a endocardite tambm ocorre em pessoas que no tenham leses cardacas.

    As endocardites surgem principalmente depois de procedimentos invasvos, em que h a invaso do organismo, como cirurgias, extraes dentrias, colocao de sondas, manipulao de abscessos. Em alguns grupos, a metade dos casos encontrados de endocardite em pessoas que fizeram ou fazem uso de drogas injetveis.

    Um outro grupo de pessoas seguidamente acometido de endocardite encontra-se entre os que foram submetidos a cirurgia cardaca. Existem trabalhos que relatam que at30% das vlvulas artificiais implantadas nos coraes so atingidas por infeco.

  • DiagnDiagnsticosticoO diagnstico de endocardite feito principalmente quando

    existe um alto ndice de suspeita do mdico naqueles pacientes que tenham febres prolongadas e sem um outro diagnstico que explique a elevao da temperatura. A histria de procedimentos cirrgicos, dentrios e uso de drogas aumentam a suspeita. Para um diagnstico de endocardite, o mdico se vale de um bom exame clnico do sistema cardiovascular, no qual se destacam o surgimento ou a alterao em sopros anteriormente existentes, o aumento do bao, alteraes ecocardiogrficas e culturas do sangue.

    Nos melhores laboratrios, que tenham acesso s tcnicas mais apuradas, em cerca de 70 a 80% dos casos em que se colhe o sangue dos pacientes se consegue obter culturas positivas que identifiquem o agente etiolgico. Uma das razes para a falta de identificao est no fato da maioria dos pacientes estarem recebendo antibiticos administrados s cegas, isto , sem ter um diagnstico etiolgico confirmado.

  • Tratamento Tratamento O tratamento feito com antibiticos em doses

    generosas e durante um tempo prolongado, em mdia 30 dias. Alguns pacientes, uma vez curada a infeco do corao, havendo alteraes severas de vlvulas, devem ser submetidos a troca cirrgica dessa vlvula.

    Denomina-se de endocardite hospitalar aquela que ocorre em pessoas tratadas em hospital, que no foram submetidas a procedimentos sobre o corao, e que tendo ou no uma leso cardaca ou uma vlvula artificial, desenvolvem endocardite atribuda ao uso de agulhas ou cateteres infectados, instrumentao ou cirurgia de vias urinrias ou digestivas.

  • PericarditePericarditeA pericardite uma inflamao do pericrdio.

    A pericardite aguda mais comum que a pericardite crnica, podendo ocorrer como uma complicao de infeces, doenas imunolgicas ou ataque cardaco.

    O pericrdio composto de duas camadas de um tecido fibroso. Dessas camadas, a interna, denominada de visceral est aderida e praticamente fazendo parte do corao. A outra, a externa, denominada parietal, est em volta dessa primeira.Elas esto separada por um espao virtual que contm uma pequena quantidade de lquido. Essa segunda camada mantm o corao fixado no seu lugar dentro do trax e evita o contato direto do corao com as estruturas vizinhas.

  • Sinais e sintomasSinais e sintomasDor torcica, que irradia para as costas e aliviada ao se

    sentar para a frente, a apresentao clssica. Outros sintomas da pericardite podem incluir tosse seca, febre, fadiga e ansiedade. A pericardite pode ser erroneamente diagnosticada como um infarto do miocrdio, e vice-versa.

    Causas Infeco viral, especialmente do vrus Coxsackie (causa mais

    comum) vivem no sistema digestivo humano Infeco bacteriana, especialmente pelo bacilo da tuberculose. Doenas imunolgicas, incluindo o lpus eritematoso (mais

    comum entre as mulheres) Infarto do miocrdio Trauma ao corao, resultando em infeco ou inflamao. Uremia Efeito colateral de alguns medicamentos.

  • TratamentoTratamento

    O tratamento da pericardite viral faz-se atravs da administrao de drogas anti-inflamatrias no esterides.

    Os casos mais graves podem necessitar de cirurgia.

  • Derrame PericDerrame Pericrdicordico

    O pericrdio uma bolsa em cujo interior existe uma pequena quantidade de um lquido lubrificante. Uma das paredes desta membrana est aderida ao miocrdio, a poro muscular do corao.

    A outra parede esta aderida s demais estruturas do trax.

    Derrame Pericrdico a situao de aumento da quantidade de lquido pericrdico, comprimindo o corao e dificultando seus batimentos. Quando a quantidade de lquido grande, ocorre importante perda de capacidade do corao.

  • DiagnDiagnsticosticoO derrame pericrdico pode ser completamente

    assintomtico e constituir um achado ao se fazer um exame de rotina, como radiografia de trax, ecocardiograma, tomografia de trax ou ultra-som abdominal.

    As alteraes mais importantes ao exame fsico so as provocadas por compresso cardaca.

    SintomasSintomasManifestaes provocadas pela distenso do saco

    pericrdico, com aparecimento de dor torcica contnua. A dor mais comum em derrames pericrdicos agudos, nos quais h distenso do saco pericrdico.

    Manifestaes incluindo disfagia (compresso esofagiana), tosse (compresso de vias areas), dispnia e atelectasia pulmonar (obstruo brnquica), soluo e rouquido.

  • Radiografia de trax Foi o principal mtodo diagnstico de derrame pericrdico.

    Eletrocardiograma

    Ecocardiograma A sensibilidade diagnstica do ECO bastante elevada e quantidades to pequenas como 20ml de lquido pericrdico podem ser detectadas. Embora a quantificao do derrame pericrdico ecocardiografia no seja exata, uma avaliao semiquantitativa (leve, moderado e grande) geralmente possvel e til para a abordagem teraputica. A localizao do derrame outro ponto importante, at mesmo para orientar o local de penetrao da agulha ao se fazer pericardiocentese.

  • TratamentoNo tratamento podem ser usados analgsicos e anti-inflamatrios para as

    dores. Pode ser necessrio a retirada do lquido excessivo, por puno pericrdica ou por cirurgia.

    Pericardiocentese o processo utilizado para a retirada de lquido anormal da cavidade pericrdica.Trata-se de uma simples introduo de uma seringa de mdio para grande calibre pouco abaixo do esterno e pouco a esquerda do paciente com uma pequena inclinao voltando a agulha para o brao esquerdo do paciente.

  • Aneurisma da AortaAneurisma da AortaO aneurisma da aorta uma

    dilatao de um segmento desse vaso sanguneo. A aorta, a principal artria do corpo. Ela nasce no corao, atravessa o trax e o abdome, dando origem a todas as artrias (ramos) que levam o sangue aos diversos os segmentos do corpo. A poro da aorta que fica dentro do trax chamada de aorta torcica; depois de atravessar o diafragma passa a ser chamada de aorta abdominal.

    Os aneurismas da aorta so mais freqentes em homens numa proporo de 4:1 e verifica-se que em mais do que 50% dos pacientes a hipertenso arterial est presente. A incidncia do aneurisma da aorta de 30 a 66 casos por 1000 habitantes.

  • Como se desenvolve? Como se desenvolve? Os aneurismas derivam de um enfraquecimento da parede arterial, ou

    de uma solicitao anormal sobre um segmento desta parede, ou ento de uma combinao desses fatores. Qualquer tipo de alterao da parede arterial quer congnita ou adquirida, que provoque enfraquecimento ou comprometa a resistncia da parede arterial, pode se constituir no agente etiolgico da formao do aneurisma em uma artria. A arteriosclerose a causa mais freqente dos aneurismas arteriais. A evoluo da placa de ateroma para leso estenosante (uma leso que fecha a luz do vaso) bem definida, no entanto a evoluo para aneurisma no bem clara.

    O que se sente? O que se sente? O aneurisma da aorta muitas vezes pode ser

    assintomtico, sendo percebido durante um exame clnico ou atravs de exame complementar para investigar outra doena. O paciente pode referir uma pulsao no abdmen; na palpao percebe-se uma massa pulstil. Pode o paciente referir um desconforto abdominal mal definido.

  • DiagnDiagnsticosticoNormalmente o aneurisma da aorta detectado ao exame

    clnico de rotina quando tem em torno de cinco cm de dimetro. O Rx simples de abdmen em perfil pode mostrar a calcificao da parede aneurismtica, delineando o aneurisma em seus limites.

    A ecografia abdominal, em virtude de seu baixo custo tem sido o exame mais usado para o diagnstico.

    A tomografia computadorizada proporciona imagens mais precisas que a ecografia, dando informaes mais completas em relao aos limites, tamanho e localizao do aneurisma.

    A aortografia (arteriografia) tambm pode ser utilizada, porm no um exame indispensvel para todos os casos de aneurisma. Em alguns casos um exame necessrio para programao da cirurgia. No entanto no serve como exame de rotina; pode falhar na delimitao do aneurisma e at mesmo no diagnstico.

    A ressonncia magntica proporciona uma tima imagem para o diagnstico do aneurisma, porm um exame caro e presente em poucos centros mdicos.

  • Como se trata?Como se trata?O aneurisma da aorta abdominal sempre tratado por

    cirurgia. O especialista nesse tratamento chamado de Cirurgio Vascular. A tcnica clssica feita por uma inciso no abdome, abertura do aneurisma e colocao de um tubo de material sinttico no interior do vaso, para aliviar a presso do sangue sobre a parede enfraquecida. Mais recentemente foi criada a tcnica endovascular, na qual o tubo introduzido atravs de um cateter pela virilha, controlado por raios-X, sem necessidade de abrir o abdmen.

    Aneurisma da aorta torcicaComo uma artria de grande calibre, com volumoso

    fluxo sanguneo, se no for tratado cirurgicamente a tempo o paciente morre por hipotenso arterial e choque hipovolmico(corao incapaz de fornecer sangue suficiente para o corpo).

    Pode ser operado por inciso no trax, ou por cateteres (tcnica endovascular).

  • Aneurisma Aneurisma dissecantedissecante da Aortada AortaUm aneurisma dissecante da aorta

    uma situao muitas vezes mortal na qual o revestimento interno da parede da aorta se rasga enquanto o revestimento externo permanece intacto; o sangue penetra atravs da lacerao e provoca a dissecao da camada mdia, o que origina a criao de um novo canal dentro da parede artica.

    A deteriorao da parede arterial a causa da maioria das disseces articas. A hipertenso a causa mais freqente desta deteriorao e detecta-se em mais de 75 % das pessoas que sofrem disseces articas. Em casos raros, acontece acidentalmente uma dissecao quando o mdico introduz um cateter numa artria (como na aortografia ou na angiografia) ou durante uma interveno cirrgica do corao e dos vasos sanguneos.

  • Compreendendo a DissecaCompreendendo a Dissecao Ao ArticarticaNa disseco da aorta, o revestimento interno da

    parede da aorta sofre lacerao, acarretando vazamento de sangue, o qual disseca (separa) a camada mdia e cria novo canal na parede arterial.

  • SintomasSintomasQuase todas as pessoas com uma dissecao artica

    apresentam dor, geralmente repentina e muito intensa.Habitualmente, os doentes descrevem-na com uma ruptura ou rasgo no peito.

    Tambm freqente nas costas. A dor irradia na mesma direo da dissecao ao longo da aorta. Enquanto a dissecao avana, ela pode tapar um ponto de onde uma ou vrias artrias se ligam aorta. Em funo das artrias obstrudas, as conseqncias podem ser um acidente vascular cerebral, um ataque cardaco, uma dor abdominal repentina, uma leso nervosa que cause formigamento e a impossibilidade de mover uma extremidade.

  • DiagnDiagnsticosticoDe um modo geral, os sintomas caractersticos de uma

    dissecao artica permitem ao mdico estabelecer um diagnstico bastante bvio. Em 75 % dos doentes com dissecao artica observa-se, durante o exame, uma reduo ou ausncia de pulso nos braos e nas pernas. Uma dissecao que retrocede para o corao pode causar um sopro que se ausculta com o estetoscpio. O sangue pode acumular-se no peito. Uma perda de sangue de uma dissecao, volta do corao, pode impedir que este bata adequadamente e causar um tamponamento cardaco (uma situao potencialmente mortal).

    Em 90 % dos doentes com sintomas, a radiografia do trax mostra a imagem de uma aorta dilatada. A ecografia costuma confirmar o diagnstico mesmo que no haja dilatao artica. A tomografia axial computadorizada (TAC), efetuada depois de injetar uma substncia de contraste, uma exame confivel e pode fazer-se rapidamente, o que importante em caso de urgncia.

  • TratamentoTratamentoAs pessoas com uma dissecao artica devem ser atendidas numa

    unidade de cuidados intensivos, onde os seus sinais vitais (pulso, presso arterial e ritmo da respirao) so cuidadosamente controlados. A morte pode ocorrer poucas horas depois de se iniciar a dissecao artica. Por conseguinte, administram-se frmacos o mais cedo possvel para reduzir a freqncia cardaca e a presso arterial at valores mnimos com os quais se possa manter um fornecimento suficiente de sangue ao crebro, ao corao e aos rins. Imediatamente aps ao tratamento farmacolgico, o mdico deve decidir se a cirurgia est indicada ou se continuar a terapia com frmacos.

    Os mdicos aconselham, geralmente, a cirurgia em dissecaes que afetem os primeiros centmetros da aorta, a menos que as complicaes da dissecao impliquem um risco cirrgico excessivo. Para as dissecaes mais afastadas do corao, os mdicos mantm, geralmente, a farmacoterapia, com exceo daquelas dissecaes que provocam sada de sangue da artria. Durante a cirurgia, o cirurgio extrai a maior parte possvel da aorta dissecada, impede que o sangue entre no canal falso e reconstri a aorta com um enxerto sinttico. Se a vlvula artica se encontrar danificada, repara-se ou substitui-se.

  • PrognsticoCerca de 75 % das pessoas com dissecao artica e

    que no recebem tratamento morrem nas duas primeiras semanas. Pelo contrrio, 60 % das que so tratadas e que sobrevivem s duas primeiras semanas continuam vivas ao fim de 5 anos; 40 % sobrevivem pelo menos 10 anos.

    Daquelas que morrem depois das duas primeiras semanas, um tero morre por complicaes da dissecao e os dois teros restantes por causa de outras doenas.

    s pessoas com uma dissecao artica, inclusive as que foram operadas, administra-se uma farmacoterapia de longo prazo para manter uma presso arterial baixa e, portanto, para reduzir a tenso sobre a aorta.

  • InsuficienciaInsuficiencia Venosa, Varizes e TromboseVenosa, Varizes e TromboseVarizesAs varizes, ou veias varicosas, so veias superficiais dilatadas das pernas.

    A causa principal das varizes desconhecida, mas provavelmente deve-se a uma debilidade nas paredes das veias superficiais, que pode ser hereditria. Com o passar dos anos, a debilidade faz com que as veias percam a sua elasticidade. Distendem-se e tornam-se compridas e mais largas. Para que possam caber no mesmo espao que ocupavam quando eram normais, as veias aumentadas tornam-se tortuosas, com um aspecto grosso quando sobressaem da pele.

    Mais importante que o alargamento a dilatao. que faz com que as valvas da veias se separem. Como resultado disso, as veias enchem-se rapidamente de sangue quando a pessoa para e as veias tortuosas e de paredes finas aumentam ainda mais.

  • Sintomas e complicaSintomas e complicaesesAs varizes, frequentemente, doem e fazem sentir as pernas cansadas.

    Muitas pessoas, no entanto, mesmo quando as veias so muito grandes, podem no sentir dor. Pode sentir-se ardor na parte inferior da perna e no tornozelo, sobretudo quando a perna est quente, como acontece depois de se retirar as meias. O ardor pode levar coceira e causar arranhes, rubor ou erupes, que muitas vezes se atribuem, erradamente, secura da pele. Por vezes os sintomas so piores quando as varizes esto se desenvolvendo do que quando esto completamente formadas.

    S uma pequena porcentagem de pessoas com varizes tm complicaes, como dermatites, flebites (inflamao de uma veia) ou hemorragias. A dermatite causa uma erupo avermelhada com escamas e ardor, ou ento uma zona de cor castanha na parte interna da perna por cima do tornozelo. Um arranho ou uma ferida menor podem causar uma lcera dolorosa que no se cura.

    A flebite pode surgir espontaneamente ou ser devida a uma ferida. Embora, de modo geral, seja dolorosa, a flebite que se manifesta numa varize raramente provoca problemas graves.

  • DiagnDiagnsticosticoAs varizes observam-se como formaes

    salientes por baixo da pele, mas os sintomas podem aparecer antes de serem visveis. Nesse caso, um mdico pode apalpar a perna para determinar a extenso completa da perturbao.

    Alguns mdicos solicitam radiografias ou exames com ultra-sons (ecografia Doppler) para avaliar o funcionamento das veias profundas. Mas estes exames s so necessrios se as alteraes na pele sugerirem um mau funcionamento destas veias ou se o tornozelo estiver inchado por causa de um edema(acumulao de lquido no tecido por baixo da pele).

  • TratamentoTratamentoUma vez que as varizes no se curam, o

    tratamento dirige-se, sobretudo, a aliviar os sintomas, melhorar o aspecto e prevenir as complicaes. A elevao das pernas (deitando-se)alivia os sintomas das varizes, mas no as evita. As varizes que aparecem durante a gravidez melhoram durante as 2 ou 3 semanas posteriores ao parto; durante este perodo no devero ser tratadas.

    As meias elsticas comprimem as veias e evitam que sofram alongamentos. Os doentes que no desejam ser operados nem tratados com injees ou que tm alguma doena que os impede de adotar estes tratamentos podem optar por usar meias elsticas.

  • CirurgiaA cirurgia tem como objetivo extrair a maior quantidade possvel de

    veias varicosas. A veia superficial mais comprida a veia safena interna, que vai do tornozelo virilha, onde se une veia profunda principal. A veia safena extrai-se com um procedimento chamado exciso venosa. O cirurgio faz duas incises, uma na virilha e outra no tornozelo e fura a veia em cada extremidade.

    Depois introduz um arame flexvel atravs da veia at ao outro extremo e puxa por ele para extrair a veia. Para extrair a maior quantidade possvel de varizes, fazem-se mais incises em outras zonas. Dado que as veias superficiais tm um papel menos significativo do que as veias profundas no retorno do sangue ao corao, a sua extrao no prejudica a circulao se as profundas funcionarem normalmente.

    Dado que este procedimento demorado, freqente fazer-se sob anestesia geral. Embora a cirurgia alivie os sintomas e previna as complicaes, o procedimento deixa cicatrizes. Quanto mais extensa a cirurgia, mais tempo decorre at que se desenvolvam novas varizes; contudo, a tendncia para desenvolver novas varizes no se elimina.

  • TromboseTromboseTrombo significa cogulo sangneo. Trombose a

    formao ou desenvolvimento de um trombo.A trombose pode ocorrer em uma veia situada na

    superfcie corporal, logo abaixo da pele. Nessa localizao chamada de tromboflebite superficial ou simplesmente tromboflebite ou flebite.

    Quando o trombo se forma em veias profundas, no interior dos msculos, caracteriza a trombose venosa profunda ou TVP.

    Em qualquer localizao, o trombo ir provocar uma inflamao na veia, podendo permanecer restrito ao local inicial de formao ou se estender ao longo da mesma, provocando sua obstruo parcial ou total.

  • SintomasSintomasOs sintomas da Trombose Profunda variam

    muito, desde clinicamente assintomtico (cerca de 50% dos casos de TVP passam desapercebidos) at sinais e sintomas clssicos como aumento da temperatura local, edema (inchao), dor, empastamento (rigidez da musculatura da panturrilha). Nas veias superficiais, ocorre aumento de temperatura e dor na rea afetada, alm de vermelhido e edema (inchao). Pode-se palpar um endurecimento no trajeto da veia sob a pele.

    Nas veias profundas, o que mais chama a ateno o edema e a dor, normalmente restritos a uma s perna. O edema pode se localizar apenas na panturrilha e p ou estar mais exuberante na coxa, indicando que o trombo se localiza nas veias profundas dessa regio ou mais acima da virilha.

  • DiagnDiagnsticosticoO mdico pode diagnosticar uma tromboflebite

    superficial apenas baseado nos seus sintomas e examinando a veia afetada (sob a pele).

    No entanto, a TVP pode se apresentar com sintomas no to exuberantes, dificultando seu diagnstico. Para ter segurana, o mdico pode solicitar exames especiais como o Eco Color Dopperou a flebografia. H quem solicite um exame de sangue para dosagem de uma substncia, chamada Dmero D, que se apresenta em nveis elevados quando ocorre uma trombose aguda. Embora o teste do Dmero D seja muito sensvel, no muito conclusivo, visto que ele pode estar elevado em outras situaes.

  • COMPLICACOMPLICAESESA tromboflebite superficial raramente provoca srias

    complicaes; as veias atingidas podem, na maioria das vezes, ser retiradas com procedimento cirrgico, eliminando as chances de complicar. No entanto, se a trombose numa veia profunda, o risco de complicaes grande.

    Complicaes imediatas ou agudas a mais temida a embolia pulmonar. O cogulo da veia profunda se desloca, podendo migrar e ir at o pulmo, onde pode obstruir uma artria e coloc-lo em risco de vida.

    Complicaes tardias tudo se resume numa sndrome chamada Insuficincia Venosa Crnica (IVC), que se inicia com a destruio das vlvulas existentes nas veias e que seriam responsveis por direcionar o sangue para o corao. O sinal mais precoce da IVC o edema, seguido do aumento de veias varicosas e alteraes da cor da pele.

    Se o paciente no submetido a um tratamento adequado, segue-se o endurecimento do tecido subcutneo, presena de eczema e, por fim, a to temida lcera de estase ou lcera varicosa.

  • Ferida que surge nas pernase/ou ps em consequnciada dificuldade do sangue

    voltar para o corao.

    lcera de estase

  • TratamentoTratamentoSe a trombose superficial, recomenda-se cuidados

    especiais, tais como aplicao de calor na rea afetada, elevao das pernas e uso de antiinflamatrios no esterides por um perodo de uma a duas semanas. Deve-se retornar ao especialista, a fim de avaliar a necessidade de tratamento cirrgico.

    Na Trombose pode ser necessrio manter-se internado durante os primeiros dias, a fim de fazer uso de anticoagulantes injetveis. O paciente deve fazer repouso com as pernas elevadas e fazer uso de meia elstica adequada sua perna.

    Existe procedimentos de exceo para coibir complicaes, tais como: remoo do cogulo (trombectomia) e angioplastia com stent (dispositivo aramado e recoberto com um tecido, o qual evita que a veia se feche novamente).

  • PrevenoA principal providncia combater a estase venosa, isto

    , fazer o sangue venoso circular, facilitando seu retorno ao corao.

    Dentro do possvel, atente para estas recomendaes: Faa caminhadas regularmente. Nas situaes em que necessite permanecer sentado por muito tempo, procure movimentar os ps como se estivesse pedalando uma mquina de costura. Quando estiver em p parado, mova-se discretamente como se estivesse andando sem sair do lugar. Quando permanecer acamado, faa movimentos com os ps e as pernas. Evite fumar e o sedentarismo. Controle seu peso. Use meia elstica se seu tornozelo incha com freqncia.