aula 4 auditoria para a receita federal

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Auditoria p/Receita Federal Teoria e exercícios comentados Prof Claudenir Brito Aula 04 Prof. Claudenir Brito www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 50 AULA 04: Tipos de Teste em Áreas Específicas das Demonstrações Contábeis: Caixa e Bancos, Clientes, Estoques, Investimentos, Imobilizado, Fornecedores, Advogados, Seguros, Folha de Pagamentos. SUMÁRIO PÁGINA 1. Tipos de Teste em áreas específicas das DC 2 2. Caixa e Bancos 6 3. Clientes 10 4. Estoques 15 5. Investimentos 23 6. Imobilizado 25 7. Fornecedores 28 8. Advogados 31 9. Seguros 35 10. Folha de pagamentos 36 Lista das questões comentadas durante a aula 38 Referências bibliográficas 48 Olá, pessoal. Normalmente, quando começamos a estudar para concursos na área fiscal, as primeiras matérias a serem incluídas em nosso “cardápio” são Português, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Tributário e Contabilidade, dentre outras. Nessa linha, quando incluimos a Auditoria no planejamento, já adquirimos alguma base em Contabilidade, embora seja possível estudá-las no mesmo período. Na aula de hoje, vamos tratar de alguns conceitos que exigem um mínimo de conhecimento em algumas áreas da Contabilidade, particularmente das Demonstrações Contábeis. O aluno que não souber bem o que seja um Balanço Patrimonial ou a diferença entre uma conta do Ativo para uma do Passivo, por exemplo, pode ter alguma dificuldade em acompanhar nossa aula. Se for esse o seu caso, não se preocupe. Se preferir, volte a essa aula quando se sentir mais seguro quanto aos conceitos contábeis.

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Auditoria p/Receita Federal Teoria e exercícios comentados

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AULA 04: Tipos de Teste em Áreas Específicas das

Demonstrações Contábeis: Caixa e Bancos, Clientes,

Estoques, Investimentos, Imobilizado, Fornecedores,

Advogados, Seguros, Folha de Pagamentos.

SUMÁRIO PÁGINA

1. Tipos de Teste em áreas específicas das DC 2

2. Caixa e Bancos 6

3. Clientes 10

4. Estoques 15

5. Investimentos 23

6. Imobilizado 25

7. Fornecedores 28

8. Advogados 31

9. Seguros 35

10. Folha de pagamentos 36

Lista das questões comentadas durante a aula 38

Referências bibliográficas 48

Olá, pessoal.

Normalmente, quando começamos a estudar para concursos na área

fiscal, as primeiras matérias a serem incluídas em nosso “cardápio” são

Português, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Tributário e Contabilidade, dentre outras.

Nessa linha, quando incluimos a Auditoria no planejamento, já adquirimos

alguma base em Contabilidade, embora seja possível estudá-las no mesmo período.

Na aula de hoje, vamos tratar de alguns conceitos que exigem um mínimo

de conhecimento em algumas áreas da Contabilidade, particularmente das Demonstrações Contábeis.

O aluno que não souber bem o que seja um Balanço Patrimonial ou a

diferença entre uma conta do Ativo para uma do Passivo, por exemplo, pode ter alguma dificuldade em acompanhar nossa aula.

Se for esse o seu caso, não se preocupe. Se preferir, volte a essa aula

quando se sentir mais seguro quanto aos conceitos contábeis.

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Não será possível detalhar cada item relacionado à Contabilidade, pois

aumentaria a aula de forma desnecessária. O professor da matéria vai

tratar disso com oportunidade.

De qualquer forma, se precisar de ajuda, estou à disposição no email

[email protected].

1. Tipos de Teste em áreas específicas das

Demonstrações Contábeis

As Demonstrações Contábeis obrigatoriamente sujeitas à Auditoria Independente, segundo a Lei 6.404/76 – Lei das Sociedades por Ações –

são o Balanço Patrimonial (BP), a Demonstração do Resultado do

Exercício (DRE), a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

(DMPL), a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e as Notas Explicativas (NE) que as acompanham.

Conforme vimos em nossa aula demonstrativa, para atingir suas

finalidades, a Contabilidade utiliza-se das seguintes técnicas

contábeis: - Escrituração (registro dos fenômenos patrimoniais);

- Demonstrações (balanços e outras demonstrações);

- Auditoria; e

- Análise de balanços (ou análise das demonstrações contábeis).

A análise das demonstrações contábeis (ADC) é uma técnica contábil que

consiste na verificação da exatidão e da fidedignidade dos dados contidos

nas demonstrações contábeis, por meio do exame dos registros contábeis e dos documentos que deram origem a esses registros.

Vimos também que, de acordo com a NBC TA 200, o objetivo da

Auditoria das Demonstrações Contábeis é:

“aumentar o grau de confiança nas demonstrações

contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante

a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as

demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma

estrutura de relatório financeiro aplicável.” (grifei)

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Na aula passada, ao citar a NBC TA 500 – Evidência de Auditoria –,

dissemos que o objetivo do auditor é definir e executar

procedimentos de auditoria que permitam conseguir evidência de auditoria apropriada e suficiente que lhe possibilitem obter conclusões

razoáveis para fundamentar a sua opinião.

Ou seja: - executar PROCEDIMENTOS; para

- conseguir EVIDÊNCIAS; que possibilitem

- obter CONCLUSÕES; para

- fundamentar sua OPINIÃO.

Agora chegamos ao ponto, ou melhor, item estratégico da nossa aula.

Para cada tipo de conta das demonstrações contábeis, devemos aplicar

testes e procedimentos específicos, em busca de evidências de distorções relevantes que possam justificar a existência de não-conformidades

porventura existentes.

Essa não conformidades – ou distorções –, segundo Ribeiro e Ribeiro

(2012), podem ser de quatro tipos: - saldo superavaliado (valor maior que o real);

- saldo subavaliado (valor menor que o real);

- saldo fictício (valor inexistente ou irreal); ou

- saldo oculto (omissão de valor).

As não conformidades – ou distorções – encontradas nas DC podem ser

de quatro tipos: - saldo superavaliado (valor maior que o real);

- saldo subavaliado (valor menor que o real);

- saldo fictício (valor inexistente ou irreal); ou

- saldo oculto (omissão de valor).

Assim, em virtude desses riscos, recomenda-se que todas as contas

apresentadas nas DC sejam testadas.

Em linhas gerais, funciona da seguinte forma: o auditor confere os cálculos dos grupos de contas apresentados nas DC, para depois conferir

os saldos iniciais com os saldos finais da auditoria do exercício anterior.

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Adicionalmente, verifica se os saldos informados “batem” com os

registrados nos livros contábeis (principalmente no razão). Se julgar

conveniente, em vista do necessário ceticismo que deve possuir, estende as verificações aos registros contábeis. Isso porque o simples

confronto entre os saldos das contas apresentadas nas DC com os saldos

existentes no Livro-Razão dificilmente irá evidenciadar as distorções nos

respectivos saldos.

Lembrem-se de que, de acordo com o Método das Partidas Dobradas

(MPD), cada lançamento (ou mais) no Ativo corresponderá a um

lançamento (ou mais) no Passivo, e vice versa.

Isso explica o fato de que o auditor, ao analisar a documentação, deva ter

ciência de que, normalmente, a superavaliação do saldo de uma conta (ou

mais) encontra guarida na subavaliação do saldo de sua (s) contrapartida (s). Observem o quadro resumo a seguir, contendo algumas das contas

que abordaremos “em sala”, conforme a Lei nº 6.404/76, alterada pela

11.941/09.

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante (AC)

- Disponibilidades

- Caixa e bancos

- Clientes (contas a receber) - Estoques

Ativo Não Circulante (ANC)

- Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP)

- Investimentos

- Imobilizado

- Intangível

Passivo Circulante (PC)

Passivo Não Circulante (PNC)

Patrimônio Líquido (PL)

Esse quadro não está completo, mas serve apenas para os colegas que

ainda não estão craques na Contabilidade terem uma noção do

posicionamento das contas no Balanço Patrimonial.

Elaboramos outro quadro, com base na obra de Ribeiro e Ribeiro (2012),

apresentando alguns exemplos das muitas situações que podem ocorrer:

Situação Definição Exemplo

Saldo superavaliado O saldo constante de uma conta da DC é superior ao saldo da mesma conta no

livro-razão

Superavaliação em conta de despesa: despesa de 100 paga em $ (valor deixa de compor “caixa”), mas escriturada como 120. Para haver compensação, ou

o caixa será subavaliado em 20 ou o

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passivo será superavaliado com a inclusão de um saldo fictício (conta inexistente)

Saldo subavaliado O saldo constante de

uma conta da DC é inferior ao saldo da mesma conta no livro-razão

Subavaliação em conta de receita:

receita de 500 recebida em $ (valor passa a compor “caixa”), mas escriturada como 400. Acarretará subavaliação na conta de receita, e em contrapartida, subavaliação no saldo da conta “caixa”, que será menor que o real.

Saldo fictício O saldo constante de uma conta da DC não existe no livro-razão

Para compensar desfalque de 50 no caixa, o contador intencionalmente lança o respectivo valor na conta “duplicatas a receber”.

Saldo oculto O saldo de uma conta constante do livro-razão bão foi

informado ou sequer contabilizado

Nota fiscal de venda de mercadorias a prazo, no valor de 80, não escriturada no livro diário. Essa omissão provocou

uma subavaliação no saldo da conta “duplicatas a receber” e a consequente subavaliação da conta de “receitas com vendas”.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1 (SEFAZ-RJ/Fiscal de Rendas/FGV/2009) O contador da Cia.

Quartzo Rosa incorreu em um erro no reconhecimento da apropriação da receita de juros sobre o investimento em

debêntures, deixando de contabilizar a receita de juros no ano

corrente. Antes que qualquer ajuste seja efetuado, esse erro gera

o seguinte efeito no patrimônio da empresa: (A) subavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.

(B) subavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro

líquido.

(C) superavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio

líquido. (D) superavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro

líquido.

(E) subavaliação do ativo e do resultado e superavaliação do

patrimônio líquido.

Resolução:

Como a apropriação da receitas de juros sobre o investimento em

debêntures não foi reconhecida, uma conta do ativo será subavaliada (Juros a Receber).

Como vimos, um fato traz reflexos na contrapartida, e nesse caso, a

conta de contrapartida é uma conta de resultado (receitas financeiras).

Isso trará uma subavaliação do resultado (lucro líquido) e,

consequentemente, do PL, tudo no sentido da subavaliação.

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Dessa forma, podemos concluir que ocorrerá uma subavalição do ativo,

do lucro líquido e do PL.

Gabarito: alternativa A.

2 (Pref. Natal-RN/Auditor Fiscal/ESAF/2001) O sócio-diretor

pagou diversos compromissos pessoais com recursos financeiros

da empresa e determinou que tais valores fossem contabilizados como duplicatas a receber de um determinado cliente. A situação

descrita caracteriza-se como:

A Ativo fictício

B Ativo oculto C Passivo fictício

D Passivo oculto

E Ativo intangível

Resolução:

Para esconder a atitude desonesta de utilizar recursos da empresa para

honrar compromissos pessoais, o sócio-diretor criou um ativo fictício

(valores inexistentes em duplicatas a receber).

Gabarito: alternativa A.

A partir de agora, vamos nos aprofundar em cada uma das áreas

específicas, particularmente nas que são mais comumente cobradas nos

concursos, e constaram no edital do último concurso para a Receita Federal.

2. Caixa e Bancos Como sabemos, no Balanço Patrimonial, os ativos são classificados em

ordem decrescente de grau de liquidez. Assim, caixa e bancos são

classificados na primeira linha do lado do ativo do BP, pois é o ativo de

maior liquidez.

São registrados no grupo de caixa e bancos os recursos disponíveis

para aplicação nas transações da empresa, tais como:

- dinheiro em caixa; - dinheiros em contas correntes bancárias;

- recebimentos não depositados.

O valor de caixa e bancos é composto, em geral, por dois

componentes: o numerário em caixa (também denominado encaixe) e o depósito em bancos. Para cada componente, o auditor realiza

procedimentos próprios.

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De acordo com Almeida (2010), para um ativo ser classificado nesse

grupo, é importante que não haja restrições quanto ao seu uso

imediato. Os cheques emitidos e ainda não entregues aos beneficiários não devem ser considerados como redução de caixa e bancos.

O autor afirma que “caixa e bancos”, por ser um ativo de pronta liquidez,

é o mais sujeito a uma utilização indevida. Nessa área, mesmo que haja bom sistema de controle interno, o auditor executa maior volume

de testes do que o normal, já que o risco é maior.

Os testes de auditoria são dirigidos para superavaliação, e o principal objetivo é verificar a existência do ativo. Entre os objetivos

específicos, estão a verificação da existência, da propriedade da exatidão

dos valores, a descoberta de restrições e a apresentação exata nas DC. E

qual seria, na opinião de vocês, a melhor forma de se ter certeza da existência de recursos em caixa? Exatamente: contá-los fisicamente,

principalmente em empresas nas quais o fluxo de dinheiro diário é mais

expressivo.

Sempre que possível, a auditoria das DC deve ser iniciada pela contagem física do dinheiro existente em caixa. Para os recursos em contas

correntes bancárias, esse procedimento não poderá ser executado, mas

uma carta do banco, em resposta a uma circularização, normalmente é a

forma utilizada para essa conferência.

As contas “caixa e bancos” são as mais testadas nos trabalhos de

auditoria, pois apresentam alto grau de liquidez, oferecendo mais riscos que as demais.

Os testes de auditoria são dirigidos para superavaliação, e o

principal objetivo é verificar a existência do ativo.

2.1 Contagem de caixa (encaixe)

É normalmente utilizada para as empresas que costumam manter uma

quantia considerável em caixa na data do Balanço Patrimonial. Isso é

bastante comum naquelas que vendem à vista grandes quantidades de produtos de pequeno valor.

Para se realizar a contagem, na visão de Ribeiro e Ribeiro (2012),

algumas recomendações devem ser seguidas:

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- que a contagem física seja realizada em horário bem próximo ao final

do expediente, para evitar que o saldo esteja muito baixo, o que

descaracterizaria as verificações;

- o fator surpresa inibe o mascaramento do movimento por parte dos

responsáveis (isso pode ser conseguido por meio de uma segunda

contagem, já que o auditado vai acabar esperando pela primeira);

- quando a empresa trabalhar com mais de um caixa, é importante se

destacar membros da equipe de auditoria para que a contagem seja

realizada simultaneamente (para evitar que o mesmo numerário seja contado nos dois caixas, por substituição de fundos);

- a contagem do dinheiro deve ser feita, se possível, pelo próprio

tesoureiro, na presença da equipe de auditores (os auditores não devem se apoderar dos valores);

- a contagem física deve abranger não só o dinheiro, mas também

outros documentos integrados ao saldo, como por exemplo, recibos e

cheques;

- é importante verificar a existência de cheques depositados e

devolvidos por falta de fundos ou por outro motivo (se os cheques não

forem depositados enquanto o auditor controla o numerário, não será possível certificar-se da validade dos mesmos);

- após a conclusão da contagem, lavrar um termo de conferência.

2.2 Saldos bancários

Aqui, o auditor não mais está tratando de dinheiro em mãos, mas com

documentos que comprovam a existência do dinheiro. A checagem é feita,

normalmente, por meio de circularização aos bancos e de conferência dos extratos bancários, após a resposta.

Almeida (2010) relaciona as principais atividades a serem desenvolvidas

pelo auditor, na verificação dos saldos bancários:

- solicitar o preenchimento da carta de circularização (lembre-se de

que quem preenche a carta é a administração da empresa, pois não há

vínculo direto entre a equipe de auditoria e o banco a ser circularizado);

- incluir na carta um envelope selado endereçado à própria firma de

auditoria (a resposta será enviada diretamente aos auditores, e isso

facilitaria o trabalho do banco);

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- para as cartas não respondidas, reiterar em quinze dias. Se ainda assim

não obtiver êxito, obter confirmação pessoalmente;

Os procedimentos finais de auditoria concentram-se nas conciliações

bancárias.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

3 (SEFAZ/SP/APOFP/ESAF/2009) A inspeção física, por meio da

contagem de numerário, é procedimento básico de auditoria

aplicável à verificação em conta do:

(A) Ativo Circulante. (B) Ativo Realizável a Longo Prazo.

(C) Ativo Permanente.

(D) Passivo Circulante.

(E) Patrimônio Líquido.

Resolução:

Questão bastante simples, pois acabamos de ver que a conta caixa e

bancos é normalmente verificada por meio do procedimento da inspeção física, e pertence ao Ativo Circulante.

Gabarito: alternativa A.

4 (Pref. Natal-RN/Auditor Fiscal/ESAF/2001) No encerramento do

exercício social, o balanço patrimonial apresentava a rubrica contábil "Caixa" com saldo credor. Indique a opção que pode

justificar essa situação.

A pagamentos a fornecedores não contabilizados

B empréstimos concedidos não contabilizados C recebimentos de numerários não contabilizados

D adiantamentos recebidos de clientes

E compras a prazo canceladas

Resolução:

O saldo credor na conta caixa também é conhecido por “estouro de

caixa”, e indica que a natureza da conta está sendo contariada. Em

situações normais, a conta caixa não apresenta saldo credor, pois estaríamos admitindo que foram realizados pagamentos superiores aos

recursos disponíveis, ou inclusão de numerário sem a devida

contabilização.

No estouro de caixa, a saída dos recursos foi contabilizada, o que elimina,

de imediato, as alternativas A e B. A alternativa C é coerente com o alegado, e é o gabarito da questão.

A alternativa D está incorreta, pois o adiantamento de clientes não

caracteriza a utilização de numerário não contabilizado ou receita omitida.

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A alternativa E está incorreta, pois o cancelamento das compra a prazo

não implica em pagamentos pela empresa, ou numerário não

contabilizado. Gabarito: alternativa C.

5 (Pref. Niterói-RJ/Contador/ESAF/1999) Os testes principais de

auditoria dirigidos para os saldos da conta CAIXA são, respectivamente:

A superavaliação e confirmação de saldos

B subavaliação e inspeção física

C superavaliação e inspeção documental D subavaliação e inspeção documental

E superavaliação e inspeção física

Resolução: Como vimos, os testes de auditoria são dirigidos para superavaliação,

e o principal objetivo é verificar a existência do ativo. Essa

verificação da existência é realizada por meio da inspeção física.

Gabarito: alternativa E.

6 (SRF/AFRF/ESAF/1998) Assinale a opção abaixo que não

corresponde a um procedimento geralmente empregado na

auditoria das disponibilidades financeiras das entidades.

A confirmação de assinaturas autorizada B análise do fluxo de caixa projetado

C contagem de fundo fixo de caix

D confirmação de contas bancárias paralisada

E exame documental dos avisos bancários

Resolução:

A auditoria das disponibilidades é a aplicação de procedimentos em

relação à conta caixa e bancos, matéria do tópico 2. Das alternativas

apresentadas, a única que não se relaciona com esse trabalho é a de letra B, tendo em vista que o objetivo principal do fluxo de caixa projetado é

informar como se comportará o fluxo de entradas e saídas de recursos

financeiros em determinado período, podendo ser projetado a curto ou a

longo prazo. Ou seja, trata do futuro, e não dos valores existentes no presente.

Gabarito: alternativa B.

3. Clientes

As contas de clientes, ou contas a receber, representam direitos

adquiridos por vendas a prazo de bens ou serviços relacionados ao

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objetivo social da empresa. Além desses, algumas transações são

classificadas como contas a receber:

- adiantamentos (férias, 13º salário), e empréstimos a empregados, administradores, acionistas e empresas controladas e coligadas;

- impostos a recuperar;

- conta retificadora (provisão para devedores duvidosos – PDD);

- notas fiscais a receber; - duplicatas a receber.

Na venda de bens, a principal exigência é a transferência para o

comprador dos riscos e benefícios mais significativos inerentes à propriedade dos bens.

O principal objetivo do auditor na auditoria dos valores a receber é

cobrir a existência, a avaliação e a classificação das contas.

Por serem de natureza intangível, exigem procedimentos diferentes

daqueles aplicados na auditoria de caixa e bancos, tendo o auditor que

aplicar critérios de julgamento não só quantitativos, mas qualitativos,

por meio de evidências indiretas.

De acordo com Crepaldi (2010), os procedimentos de auditoria usados no

exame de contas a receber podem ser classificados da seguinte maneira:

- coleta e exame de evidências externas;

- exame de evidências internas da firma;

- procedimentos analíticos referentes a saldos de contas a receber e

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa.

3.1 Evidências Externas - Confirmação

A confirmação externa é um dos mais importantes procedimentos de

auditoria, e é particularmente utilizado na verificação da conta clientes.

Como vimos na aula passada, podem ocorrer dois tipos de pedidos de

confirmação: positivo e negativo.

LEMBRETE: O primeiro é utilizado quando há necessidade de resposta da pessoa de quem se quer

obter uma confirmação formal. Pode ser usado de duas formas: - branco: quando não se colocam os valores nos pedidos de confirmação; - preto: quando utilizados saldos ou valores a serem confirmados na data-base indicada. O pedido de confirmação negativo é utilizado quando a resposta for necessária em caso de discordância da pessoa de quem se quer obter a confirmação, ou seja, na

falta de confirmação, o auditor entende que a pessoa concorda com os valores

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colocados no pedido de confirmação.

Considera-se de melhor qualidade a evidência obtida por meio dos pedidos de confirmação positivos, pois o auditor não tem meios

imediatos de determinar se a ausência de resposta ocorreu por anuência

ou negligência do devedor.

Para as cartas de confirmação não respondidas, Almeida (2010)

apresenta alguns procedimentos alternativos:

- inspeção de pedido de venda e nota fiscal;

- exame de comprovante de embarque, com atenção para as datas; - verificação do recebimento subsequente, por meio da inspeção de

recibos, avisos bancários comprovantes de depósitos.

Para as cartas de confirmação não respondidas, Almeida (2010)

apresenta alguns procedimentos alternativos:

- inspeção de pedido de venda e nota fiscal;

- exame de comprovante de embarque, com atenção para as datas;

- verificação do recebimento subsequente, por meio da inspeção de recibos, avisos bancários comprovantes de depósitos.

3.2 Evidências Internas – teste de avaliação das contas a receber

Os procedimentos utilizados para essa parte da auditoria são os testes de

registros contábeis e o exame da documentação hábil. Devem ser

testadas a exatidão dos registros contábeis e os documentos

comprobatórios, comparando-os aos registros. Esses procedimentos de

auditoria são comumente denominados testes de transações.

Para tanto, o auditor deve solicitar da empresa um mapa demonstrativo

de contas a receber por idade de recebimento, a fim de facilitar a

identificação de problemas.

3.3 Procedimentos Analíticos

Consiste em analisar, pelos vencimentos, os saldos das contas a receber, e fornece dados sobre o vencimento das contas a receber. Esse

procedimento relaciona-se diretamente com a avaliação que o auditor faz

da adequação da PDD, o que se traduz de grande para a fidedignidade

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das contas a receber, embora outros dados também possam ser utilizados

com a mesma finalidade:

- antecedentes de porcentagens dos saldos a receber, expressos pela provisão;

- tendências da incidência de dívidas duvidosas;

- alterações na política de concessão de crédito;

- cálculos de movimentação de contas a receber; e - condições econômicas vigentes no momento.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

7 (SRF/AFRF/ESAF/2002) A Cia. Miudezas vende, em média, 70% de seus produtos a prazo e possui cerca de 5 mil clientes. O perfil

de seus clientes é o de pessoas que possuem renda familiar de até

10 salários mínimos. Na análise da constituição de provisão para

devedores duvidosos do saldo de clientes da Cia. Miudezas, o auditor deve

(A) circularizar um percentual significativo de clientes,

questionando quanto à posição em atraso e suas justificativas.

(B) analisar individualmente o máximo possível a carteira de clientes da empresa e tirar suas conclusões pessoais.

(C) segregar a carteira de clientes em função de períodos de

contas vencidas, medindo tendências e probabilidades de perdas.

(D) efetuar testes globais sobre o saldo de clientes, uma vez que

as perdas efetivas do setor variam de 5 a 10 % das vendas. (E) estabelecer um valor adicional de provisão para cobrir perdas

prováveis, de modo que não afete o fluxo de caixa projetado.

Resolução: A alternativa A está incorreta, pois o custo x benefício da circularização de

um percentual “significativo” de 5 mil clientes seria muito baixo.

A alternativa B está incorreta, pelo mesmo motivo (baixo custo x

benefício), já que o auditor teria que analisar cada uma das 5 mil carteiras.

A alternativa C é a melhor opção, e é o gabarito da questão, como vimos

há pouco, facilitada pela solicitação do mapa demonstrativo de contas a

receber por idade de recebimento. A alternativa D está incorreta, pois a banca inseriu uma informação não

constante da questão, o que não é comum (perdas efetivas do setor

variam de 5 a 10 % das vendas), e não podemos chegar a conclusões

sem a informação disponível.

A alternativa E está incorreta, pois não cumpriria o pedido da questão, qual seja, a análise da constituição do PDD.

Gabarito: alternativa C.

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8 (INSS/AFPS/ESAF/2002) Assinale a opção em que o

procedimento de revisão analítica não está associado a clientes.

A Análise de flutuações de volume ou na quantidade de vendas por produto.

B Análise do nível de devoluções e abatimentos por clientes

individualmente.

C Margem bruta por produto ou por localidade de seus postos de vendas.

D Análise de variação de preços de produtos entregues pelos

fornecedores.

E Alterações nos preços unitários e taxas de desconto para clientes especiais.

Resolução:

Questão bastante simples, mas que deve ser lida com atenção. Das alternativas apresentadas, a única que não diz respeito à conta clientes,

em referência ao procedimento de revisão analítica é a letra D, pois está

relacionada aos preços de compra de produtos pela empresa auditada

(conta fornecedores), e não aos produtos vendidos (conta clientes). As

demais alternativas citam as informações “vendas” ou “clientes”. Gabarito: alternativa D.

9 (INSS/AFPS/ESAF/2002) A circularização é um procedimento

de auditoria que aplicado à área de contas a receber confirma: A os cálculos efetuados pelo auditor.

B a existência física do bem da empresa.

C a existência física do documento gerador do fato.

D a existência de duplicatas descontadas. E o saldo apresentado pela empresa no cliente.

Resolução:

Vimos na aula que a confirmação externa é um dos mais importantes

procedimentos de auditoria, e é particularmente utilizado na verificação da conta clientes.

A alternativa D poderia trazer alguma dúvida aos candidatos, mas as

duplicatas estariam relacionadas às contas a receber caso estivessem na

situação “duplicatas e receber”. Gabarito: alternativa E.

10 (SRF/AFRF/ESAF/2002) Quando a administração de uma

entidade solicita, por carta postal, aos seus clientes que respondam diretamente aos seus auditores independentes, caso

não concorde com o saldo em aberto informado, numa

determinada data, tem-se uma circularização:

A branca B preta

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C positiva

D negativa

E atestatória

Resolução:

Como vimos, o pedido de confirmação negativo é utilizado quando a

resposta for necessária em caso de discordância da pessoa de quem se quer obter a confirmação, ou seja, na falta de confirmação, o auditor

entende que a pessoa concorda com os valores colocados no pedido de

confirmação.

Gabarito: alternativa D.

11 (SERPRO/Analista de Auditoria/ESAF/2001) O auditor

normalmente deve planejar obter confirmações diretas das contas

a receber. Todavia, quando os devedores não responderem a uma confirmação da forma denominada "positiva", o auditor deve:

A aplicar procedimentos alternativos.

B solicitar confirmação na forma "negativa".

C solicitar confirmação em data posterior.

D aplicar procedimentos de controle. E emitir parecer com ressalva.

Resolução:

Uma solução para a ausência de resposta a um pedido de confirmação positiva, segundo Almeida (2010) é a aplicação de alguns procedimentos

alternativos:

- inspeção de pedido de venda e nota fiscal;

- exame de comprovante de embarque, com atenção para as datas; - verificação do recebimento subsequente, por meio da inspeção de

recibos, avisos bancários comprovantes de depósitos.

Gabarito: alternativa A.

4. Estoques

Segundo Almeida (2010), os estoques são bens destinados à venda ou

à fabricação, relacionados com os objetivos e atividades da empresa. Eles são importantes na apuração do lucro líquido de cada exercício social

e na determinação do valor do capital circulante líquido do Balanço

Patrimonial.

A importância dada a este item, na auditoria das DC, deve-se ao fato de que os resultados da empresa podem ser facilmente manipulados

pela superavaliação ou subavaliação dos estoques.

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As principais classes de estoques são:

- matérias-primas (bens comprados e destinados à produção);

- produtos em processo (bens que estão em processo de produção); - produtos acabados (bens produzidos e destinados à venda);

- mercadorias (bens comprados e destinados à venda).

Ainda conforme a obra citada, os principais objetivos da auditoria de estoques (feita por amostragem) são:

- verificar se as quantidades de bens declaradas realmente existem;

- verificar se os bens foram custeados e avaliados de acordo com os

princípios de contabilidade;

- verificar se as informações referentes aos estoques foram adequadamente divulgadas nas DC.

Crepaldi (2010), por sua vez, apresenta os seguines objetivos:

- determinação de que há bom controle sobre os estoques;

- verificação de que o cliente é realmente o proprietário do estoque; - determinação de quantidade de estoque em mão do cliente;

- averiguação e certeza de que o cliente atribui preço adequado a seu

estoque;

- determinação se há ônus sobre o estoque; - determinação da possibilidade de venda do estoque existente,

atentando para indícios, tais como mercadoria danificada, itens obsoletos,

etc;

- determinação da forma correta de apresentação do estoque nas DC.

Os principais procedimentos de auditoria nos estoques são a inspeção

física (verificação da existência física) e os testes de avaliação

(sistema de alocação de custos aos estoques).

A verificação da existência física ocorre por meio da observação e da

contagem física, confrontando os resultados com os registros

contábeis.

O corte das operações (cut-off), de acordo com Franco e Marra (2011)

consiste em determinar o momento em que os registros contábeis

auxiliares, bem como os documentos a ele relacionados, refletem o

levantamento do inventário. Assim, o que estiver registrado até aquele momento será incluído, o que vier a ser registrado depois será excluído.

É escolhida uma data limite, e estando os registros rigorosamente em

dia, verifica-se a última anotação constante, a qual indicará os materiais que, até ali, farão parte do inventário.

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Os testes de avaliação dos estoques dizem respeito à revisão do sistema

de alocação de custos aos estoques – PEPS, UEPS – e à verificação de que o somatório das relações finais de inventário concorda com os saldos das

respectivas contas do razão geral da contabilidade.

Os principais procedimentos de auditoria nos estoques são a

inspeção física (verificação da existência física) e os testes de

avaliação (sistema de alocação de custos aos estoques).

EXERCÍCIOS COMENTADOS

12 (SRF/AFRF/ESAF/2009) A auditoria externa realizou na

empresa Avalia S.A. o cálculo do índice de rotatividade dos estoques para verificar se apresentava índice correspondente às

operações praticadas pela empresa. Esse procedimento técnico

básico corresponde a:

A inspeção.

B revisão analítica. C investigação.

D observação.

E confronto.

Resolução:

Vimos na última aula que o procedimento de revisão analítica objetiva

verificar o comportamento de valores significativos, mediante índices,

quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situações ou tendências atípicas.

Dessa forma, a alternativa que atende ao pedido é a de letra B.

Gabarito: alternativa B.

13 (Pref. Natal-RN/AFTM/ESAF/2008) A empresa Grande Porte S.A. tem o seu Ativo formado em 15% pelo Contas a Receber e

35% composto pelos Estoques. Dessa forma, a auditoria

contratada, ao realizar seus serviços, deve:

A proceder à conferência de 100% do faturamento e realizar inventário físico na empresa, para confirmar a existência dos

estoques.

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B ressalvar em parecer o Contas a Receber por não ser possível

auditar por amostragem e recalcular a apropriação dos custos.

C realizar o procedimento de circularização para confirmação dos saldos de contas a receber e acompanhar o inventário físico

realizado pela entidade.

D confrontar com os fornecedores o saldo de contas a receber e

determinar a realização de inventário físico pela empresa. E validar a existência de todos os clientes, mediante verificação do

cadastro de clientes da empresa e realizar com sua equipe

técnica, inventário físico para confirmação dos Estoques.

Resolução:

Sobre o contas a receber (clientes), já vimos que o auditor, em vista da

materialidade dos valores envolvidos (15%) e pelas características da

conta clientes, deverá utilizar o procedimento da circularização para confirmação dos saldos de contas a receber. Sobre o procedimento na

auditoria dos estoques, a verificação da existência física ocorre por meio

da observação e da contagem física, confrontando os resultados com os

registros contábeis.

Assim, podemos concluir que a alternativa que atende ao pedido é a de letra C.

A alternativa A está incorreta, pois a conferência da totalidade do

faturamente pode não trazer uma boa relação entre custo e benefício,

ainda mais com valores tão representativos. Nesse caso, seria desejável a utilização de amostragem.

A alternativa B está incorreta, pois é possível a utilização de amostragem

ao contrário do que se afirma.

A alternativa D está incorreta, pois contas a receber se relacionam aos clientes, e não aos fornecedores da empresa.

A alternativa E está incorreta, pois a validação da existência dos clientes,

sem referência aos valores, não atenderia às necessidades da auditoria.

Gabarito: alternativa C.

14 (Pref. Natal-RN/AFTM/ESAF/2008) A empresa Celta S.A.

apresentou um nível de ociosidade de 30% de sua capacidade

instalada. Seu gestor, com o objetivo de apresentar resultados

mais condizentes com a performance de seus negócios, decidiu reter essa ociosidade no processo produtivo, dimensionando esses

valores e mantendo-os nos estoques. O auditor, ao realizar os

testes nas contas de estoques, deve concluir que o saldo da conta:

A Estoques está superavaliado, visto que não é permitido no sistema de custeio reconhecer a ociosidade.

B Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado por ter

reconhecido mais custos do que deveria apropriar aos resultados.

C Fornecedores está superavaliado por não ter sido apropriado aos custos dos produtos.

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D Depreciação está superavaliado, visto ter reconhecido mais

depreciação em função da ociosidade.

E Estoques está correto, visto que desde que fundamentado a ociosidade pode ser retida nos custos.

Resolução:

De acordo com Attie (2010) em períodos de baixa produtividade, o custo de ociosidade será apurado e levado ao resultado em rubrica específica.

Isso porque os custos referentes à ociosidade compõem o estoque, já

que, por exemplo, um custo de depreciação das máquinas vai ocorrer,

mesmo no caso da questão, onde estas operam apenas com 70% de sua capacidade.

Assim, podemos concluir que a ociosidade pode ser retida nos custos,

tornando a alternativa E correta.

A alternativa A está incorreta, por contrariar a informação apresentada acima.

As alternativas B, C e D estão incorretas, por não se referirem à

manutenção da ociosidade nos estoques, como afirma a questão.

Gabarito: alternativa E.

15 (SRF/AFRF/ESAF/2005) Os procedimentos de controles

internos têm sido fundamentais na prevenção e inibição de

desvios, identificação de erros nos processos contábeis e

deterioração ou perdas dos ativos das empresas. Identifique a seguir o procedimento relativo ao controle dos estoques.

A Limites de alçada escalonados de acordo com os cargos para

aprovação de vendas.

B Segregação de funções do departamento de contas a pagar e do gestor financeiro.

C Restrições de acesso aos ativos da empresa realizando

movimentações via requisições.

D Circularização semestral de fornecedores de ativos para

confirmação dos saldos. E Inventário físico dos bens patrimoniais da empresa pelo menos

uma vez ao ano.

Resolução: Das alternativas apresentadas, a única que efetivamente possibilitaria o

controle dos estoques é a de letra C, com a exigência de que as

movimentações de materiais do estoque somente possam ser realizadas

por meio de requisições formais. Uma observação importante é quanto à definição de limite de alçada, que

nada mais é do que o valor permitidos a cada nível hierárquico para a

aprovação de certas operações.

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Outra observação diz respeito à alternativa E, que não teria um efeito tão

preventivo, sendo mais utilizado para a detecção de distorções do que

para inibir futuras ações fraudulentas. Gabarito: alternativa C.

16 (SRF/AFRF/ESAF/2002) Durante o acompanhamento de um

inventário físico de estoques, o auditor deve efetuar o cut-off para:

(A) determinar o momento em que os registros contábeis

auxiliares, bem como os documentos com eles relacionados,

refletem o levantamento do inventário. (B) comprovar que efetivamente todos os itens a serem

inventariados estão adequadamente acondicionados no

almoxarifado da empresa.

(C) determinar o momento em que as três últimas compras e as três últimas vendas de mercadorias ocorreram durante o

inventário.

(D) comprovar que os procedimentos adotados pela administração

para a contagem de estoques são adequados às práticas usuais.

(E) comprovar que os documentos de compras de mercadorias estão suportados por documentação suporte às necessidades da

empresa.

Resolução: O corte das operações (cut-off), de acordo com Franco e Marra (2011)

consiste em determinar o momento em que os registros contábeis

auxiliares, bem como os documentos a ele relacionados, refletem o

levantamento do inventário. Assim, o que estiver registrado até aquele momento será incluído, o que vier a ser registrado depois será excluído.

Assim, a alternativa correta é a de letra A.

Atenção para a alternativa C, que prevê a determinação do momento em

que as três últimas compras e as três últimas vendas de mercadorias

ocorreram durante o inventário, quando o previsto é que sejam determinados o momento da última compra e da última venda.

Gabarito: alternativa A.

O corte das operações (cut-off) consiste em determinar o momento

em que os registros contábeis auxiliares, bem como os documentos a

ele relacionados, refletem o levantamento do inventário.

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17 (INSS/AFPS/ESAF/2002) Assinale a opção que não

corresponde ao fator de risco inerente em estoques.

A Flutuações significativas nos preços de materiais. B Alterações significativas nos níveis de produção.

C Variação no custo-padrão é relevante.

D Processo de produção envolve várias etapas complexas.

E Análise de composição de estoques.

Resolução:

Risco inerente é aquele que existirá na atividade, independentemente da

existência de controles interno eficientes ou de um trabalho de auditoria realizado com correção. É o risco próprio da atividade, nesse caso da

questão, de estoques.

As alternativas A, B, C e D correspondem a riscos aos quais os estoques

estão sujeitos, independentemente de existirem controles adequados. A alternativa E, por sua vez, não chega a ser considerada como risco do

estoque, já que se traduz em simples análise do material que o compõe, o

que a torna o gabarito da questão.

Gabarito: alternativa E.

18 (SFC/AFC/ESAF/2001) No acompanhamento dos inventários

físicos de estoques de materiais, o auditor observou a existência

de diversos itens obsoletos. Qual procedimento deve adotar?

A Propor a imediata baixa dos estoques para despesas não-operacionais.

B Propor reclassificação dos itens para outros valores a receber.

C Propor a imediata baixa dos estoques para o custo dos produtos

vendidos. D Propor a constituição de provisão para perdas em estoques.

E Propor a constituição de provisão de créditos de liquidação

duvidosa.

Resolução: Vimos que um dos objetivos da auditoria em estoques é a determinação

da possibilidade de venda do estoque existente, atentando para indícios,

tais como mercadoria danificada, itens obsoletos, etc.

No caso de identificação de itens obsoletos, a atitude correta seria a constituição de provisão para perdas em estoques, pois a possibilidade de

venda de materiais obsoletos ou danificados é pequena, e a tendência é

que os valores dos mesmos sejam perdidos pela empresa.

Gabarito: alternativa D.

19 (SRF/AFRF/ESAF/2001) A confirmação, por escrito, de um

fornecedor que mantém estoques da empresa auditada em seu

poder na data-base do balanço:

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A É um procedimento usual de auditoria independente das

demonstrações contábeis

B Não pode ser aceito pelo auditor como prova de propriedade e existência do ativo

C É um procedimento que não deve ser aplicado na auditoria

contábil de estoques

D Deve obrigatoriamente ser validado com a realização de inspeção física no local

E Deve gerar uma ressalva no parecer dos auditores e constar das

notas explicativas.

Resolução:

A confirmação é amplamente utilizada na auditoria independente das

demonstrações contábeis, tanto em relação aos fornecedores quanto aos

estoques da empresa auditada. Das alternativas apresentadas, a única que nos remete à realidade é a de letra A, pois esse tipo de procedimento

é realmente usual nas AIDC.

Além disso, na questão, aceitar que é uma prática irregular levaria o

candidato a quatro possíveis respostas: B, C, D e E.

Gabarito: alternativa A.

20 (Pref. Natal-RN/AFTM/ESAF/2008) No processo de

acompanhamento do inventário físico de estoques de matéria-

prima, o auditor constatou a existência de quantidades relevantes de itens que não constavam dos registros físico-financeiros e

contábeis. Neste caso, o auditor pode ter descoberto

A ativos e passivos fictícios

B ativos e passivos ocultos C ativos ocultos e passivos fictícios

D ativos fictícios e passivos ocultos

E ativos obsoletos e passivos a descoberto

Resolução: A alternativa A e D estão incorretas, pois na realidade há mais ativos do

que registros, o que inviabiliza a existência de ativos fictícios.

A alternativa B está correta, pois faltam registros de ativos (ativos

ocultos), e, consequentemente, em virtude do Método das Partidas Dobradas, é possível que existam obrigações com fornecedores (dívidas)

não registradas (passivos ocultos).

A alternativa C está incorreta, pois não há possibilidade de passivo

fictício, como vimos. A alternativa E está incorreta, pois não há referência a obsolescência de

ativos no enunciado, nem indícios de passivo a descoberto.

Gabarito: alternativa B.

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5. Investimentos

Como parte da política de algumas empresas, estas aplicam recursos em títulos e outros direitos. Essas aplicações normalmente se dividem em

três grupos (Almeida, 2010):

- instrumentos financeiros de dívidas: aplicações em títulos públicos e

privados; - instrumentos financeiros de capital: participação no capital social de

outras empresas;

- investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial:

investimentos em sociedades coligadas e em sociedades controladas.

Para concursos – ou seja, o que nos interessa no momento – o mais

importante é o investimento no capital de outras empresas, tendo em

vista que o que acontece com a investida acaba por refletir na situação da

investidora, de acordo com a materialidade do investimento.

Na auditoria de investimentos, o auditor deve tomar cuidados especiais,

além daqueles comuns a outras contas do BP, em virtude das

características das operações que envolvem as operações de investimentos, especificamente às relativas à legislação de aquisição e

métodos de avaliação.

As informações mais importantes dizem respeito:

- natureza do título; - data e valor da aplicação;

- data e taxa dos juros e outros rendimentos que eles possam gerar;

- data do resgate;

- valor dos dividendos provisionados; - valor de mercado, etc.

De acordo com Crepaldi (2010), os procedimentos usados pelo auditor

para atingir o objetivo referente à existência e à propriedade dos investimentos, normalmente, compreendem exame ou confirmação.

Quando há títulos envolvidos, considera-se boa prática examiná-los e

confrontá-los com a contagem realizada pelo cliente.

Se esse procedimento for impraticável, uma alternativa pode ser a

confirmação com o encarregado externo das custódia dos bens,

ponderando sobre a reputação e os antecedentes financeiros de quem faz

a confirmação.

Os principais procedimentos utilizados são, de acordo com a obra de

Franco e Marra (2011):

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1 - Verificação física (exame documental) dos títulos de investimento:

verificação física, caso os títulos, contratos ou certificados estejam de

posse da empresa; ou circularização, em caso negativo. 2 - Verificação da contabilização do investimento: quando de sua

aquisição, e das variações ocorridas, para assegurar-se da adequação dos

valores mencionados no BP.

3 - Avaliações dos investimentos em coligadas e controladas

(investimento relevante): deve ser feito por meio do Método de

Equivalência Patrimonial – MEP –, por determinação legal.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

21 (Estado do RN/Auditor do Tesouro/ESAF/2005) O auditor

externo, ao auditar entidade que controle outras empresas e que

registre seus investimentos pelo método de equivalência patrimonial, tem responsabilidade sobre

A as demonstrações contábeis das controladas que serviram de

base para cálculo da equivalência patrimonial.

B o cálculo das equivalências patrimoniais registradas nos investimentos das entidades controladas.

C a apresentação da reserva de reavaliação efetuada nas

controladas no Patrimônio Líquido da Controladora.

D os pareceres emitidos para as entidades controladas e emitidos

por outros auditores independentes. E a apresentação da reavaliação efetuada nas controladas e

registrada no Patrimônio Líquido da Controlada.

Resolução: A meu ver, essa questão deveria ter sido anulada, pois o auditor não tem

responsabilidade sobre a apresentação da reserva de reavaliação efetuada

nas controladas no Patrimônio Líquido da Controladora, ou de qualquer

saldo das DC, mas apenas em relação a sua opinião. De qualquer modo, como o candidato deve escolher a opção que atenda

ao pedido da melhor forma possível, o gabarito da questão (C) é a única

alternativa que se refere à controladora, já que as demais estão de

acordo com as controladas, que não são de responsabilidade do auditor.

Gabarito: alternativa C.

22 (SRF/AFRF/ESAF/2001) A empresa auditada possui

investimento permanente relevante em subsidiária integral. O

principal procedimento de auditoria aplicável é: A acompanhamento de inventário físico das cautelas de ações

B conferência do cálculo da correção monetária integral

C confirmação dos investimentos através de circularizações

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D conferência do cálculo de equivalência patrimonial

E exame dos subsídios recebidos para investimentos

Resolução:

Como vimos, um dos principais procedimentos utilizados são, de acordo

com a obra de Franco e Marra (2011), as avaliações dos investimentos

em coligadas e controladas (investimento relevante), que deve ser feito por meio do Método de Equivalência Patrimonial, por determinação legal.

Gabarito: alternativa D.

23 (SRF/AFRF/ESAF/1998) Os procedimentos de auditoria de conferência de cálculo da equivalência patrimonial aplicam-se às

contas contábeis que registram

A capital social subscrito e integralizado

B investimentos permanentes relevantes em controladas C capital social subscrito e a subscrever

D importação de bens do imobilizado em andamento

E investimentos temporários em ações de empresas

Resolução: Utilizando a mesma justificativa da questão anterior, podemos concluir

que os procedimentos de auditoria de conferência de cálculo da

equivalência patrimonial aplicam-se às contas contábeis que registram

investimentos permanentes relevantes em controladas. Gabarito: alternativa B.

6. Imobilizado O Art. 179, IV, da Lei nº 6.404/76, considera Ativo Imobilizado como

sendo os direitos que tenham por objeto os bens corpóreos destinados

à manutenção das atividades da Companhia ou da empresa, ou exercidos

com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à Cia. os benefícios, riscos e controle desses bens.

Ou seja, o Imobilizado é composto exclusivamente por bens

materiais, tangíveis.

Na auditoria do imobilizado, alguns procedimentos são comuns à

auditoria de outras áreas do BP, como a conferência de cálculos, a

checagem de saldos do BP com saldos constantes dos livros contábeis e

da documentação comprobatória.

Uma característica importante, tendo em vista a sujeição ao desgaste

pelo uso, ação da natureza e obsolescência, é avaliação dos planos e

cálculos de depreciação.

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De acordo com Crepaldi (2010), a auditoria do imobilizado tem os

seguintes objetivos: - determinar sua existência física e a permanência em uso;

- determinar se pertence à empresa;

- determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade, em

bases uniformes; - determinar se o imobilizado não contém despesas capitalizadas e,

por outro lado, as despesas não contém itens capitalizáveis;

- determinar se os bens do imobilizado foram adequadamente

depreciados monetariamente, em bases aceitáveis; - determinar a existência de imobilizado penhorado, dado em garantia

ou com restrição de uso;

- determinar se está corretamente classificado nas DC e se as

divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas; - estudar e avaliar o controle interno existente para esses bens.

Com base nesses objetivos, podemos concluir pelas ações mais

comuns:

- avaliação dos bens, inclusive correção;

- existência, propriedade e posse;

- eventual ônus sobre os bens;

- critérios e extensão das depreciações e amortizações.

Na auditoria do imobilizado, alguns procedimentos são comuns à

auditoria de outras áreas do BP, como a conferência de cálculos, a

checagem de saldos do BP com saldos constantes dos livros contábeis e da documentação comprobatória.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

24 (SUSEP/Analista/ESAF/2010) O auditor externo, ao realizar

testes no cálculo do valor recuperável de um ativo imobilizado, feito pelo método do fluxo de caixa descontado, identificou que a

taxa utilizada para descontar o fluxo de caixa estava maior que a

recomendada para aquela atividade. Dessa forma, pode-se afirmar

que a conta:

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A de ajuste especial no Patrimônio Líquido, está subavaliada.

B de despesa de depreciação, do imobilizado, está superavaliada.

C do ajuste especial no Resultado do Exercício, está subavaliada. D de depreciação acumulada do imobilizado, está superavaliada.

E do ativo imobilizado está subavaliada.

Resolução: No caso prático apresentado na questão, o auditor verificou que o ativo

imobilizado estava tendo seu valor descontado ao longo do tempo,

utilizando-se uma taxa maior do que o normal, ou seja, estava perdendo

mais valor do que deveria. Lendo a questão com atenção, podemos concluir que a redução do valor

do ativo imobilizado de forma mais rápida do que o ideal o tornará

subavaliado (pois seu valor registrado tende a se tornar mais baixo do

que o valor real). Gabarito: alternativa E.

25 (SEFAZ-CE/AFRE/ESAF/2007) Ao analisar a contabilização em

uma imobiliária, de um terreno destinado à construção da sede da

empresa, percebeu-se que o mesmo tinha sido contabilizado nos Estoques. Pode-se afirmar que

A ao executar o teste primário de superavaliação na conta de

Terrenos no Imobilizado, esta conta estará sub-avaliada e a conta

Estoques de Terrenos estará superavaliada. B ao praticar o teste primário de superavaliação na conta de

Estoques, a mesma estará com seu saldo sub-avaliado e o Contas

a Pagar superavaliado.

C independentemente da atividade da empresa, terrenos devem ser sempre contabilizados no Imobilizado, por se tratar de bem

imóvel.

D ao proceder o teste primário de superavaliação do Contas a

Receber, este apresentará saldo sub-avaliado.

E o referido procedimento está adequado, em virtude de a atividade da empresa ser de comercialização de imóveis.

Resolução:

O terreno deveria ter sido contabilizado na conta “terrenos” da empresa imobiliária, do ativo imobilizado. Como o terreno foi contabilizado em

estoques ao invés de em “terrenos”, a conta “terrenos” ficou subavaliada

e conta “estoques” ficou superavaliada, o que torna a alternativa A

correta. Gabarito: alternativa A.

26 (SRF/AFRF/ESAF/2002) Um auditor, sabendo que a taxa de

depreciação de um determinado grupo de imobilizado é de 10% ao ano e que não ocorreram adições ou baixas no período sob

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exame, efetua um cálculo global de despesa de depreciação no

valor de $ 1.000. Se os saldos iniciais de custo do bem e da

depreciação acumulada eram de $ 10.000 e $ 5.000, respectivamente, e o auditor constata que o livro contábil, no final

do exercício, apresenta um saldo de $ 10.000 para o custo do

imobilizado e $ 5.500 como depreciação acumulada, neste caso o

auditor falhou em: A confiar demasiadamente no sistema da empresa.

B confiar que a taxa de depreciação era de 10% ao ano.

C não verificar os itens totalmente depreciados.

D não verificar os itens reavaliados do imobilizado. E não considerar a adição de um novo imobilizado.

Resolução:

A alternativa A está incorreta, pois a questão trata de um risco de detecção do auditor que acabou se confirmando, não se relacionando ao

risco de controle.

A alternativa B está incorreta, pois a taxa de depreciação é determinada

pela vida útil do bem, e não pela vontade do auditor.

A alternativa C está correta, já que, aparentemente, ainda existem bens que já foram depreciados, mas ainda constam do ativo. Caso o auditor

tivesse verificado esses bens, a distorção seria identificada.

A alternativa D está incorreta, pois a reavaliação de itens do imobilizado

não causariam essa distorção, da mesma forma que a adição de novo imobilizado (letra E).

Gabarito: alternativa C.

7. Fornecedores

Da mesma forma que nas Contas a Receber, o grupo Contas a Pagar

engloba um conjunto de obrigações, como as obrigações com

fornecedores, as obrigações trabalhistas, empréstimos, financiamentos, etc., de curto ou de longo prazo, ou seja, podem ser

classificadas tanto no Passivo Circulante (PC) como no Passivo Não

Circulante (PNC).

Em geral, o maior volume de testes recai sobre as obrigações com

fornecedores. A conta fornecedores (componente do “contas a pagar”)

representa uma obrigação da empresa auditada, uma dívida com

fornecedores, devida às aquisições de bens ou serviços, e deve ser

reconhecida quando a empresa recebe a prestação do serviço ou quando o ativo passa para sua propriedade.

Os procedimentos de auditoria são semelhantes aos utilizados nas

contas a receber, e podem ser identificados da seguinte forma:

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- Inspeção física;

- Circularização;

- Recálculo; - Investigação.

Em relação à circularização, da mesma forma que na auditoria do

”contas a receber”, no caso de “fornecedores”, é o procedimento mais importante, com a seguinte observação encontrada na obra de Ribeiro e

Ribeiro (2012): “Em relação à circularização, nesse caso, nas cartas

enviadas aos fornecedores, não constam valores, pois é o fornecedor

quem informa o valor da dívida da auditada”.

Nesse caso, a experiência demonstra ser a circularização mais eficiente,

pois o credor tem maior interesse em demonstrar seu crédito ou

apontar irregularidades, sendo de grande importância na detecção de omissão de passivos.

Segue um quadro adaptado de enumeração constante da obra de Attie

(2010), no qual o autor ilustra alguns dos principais procedimentos

que poderão ser utilizados nos trabalhos de auditoria do Passivo:

Procedimento Aplicação

Exame físico (inspeção) - Contagem das contas a pagar

- Contagem dos títulos a pagar

Circularização (confirmação)

- Dos fornecedores - Dos empréstimos a pagar

- Das contas a pagar

Inspeção de documentos

- Exame documental das faturas /

notas fiscais - Exame documental dos contratos de

empréstimos

- exame das atas e assembleias -Exame documental das guias de

recolhimento de impostos

Cálculo (recálculo)

- Dos impostos a pagar

- Dos juros a pagar

- Da composição dos fornecedores

- Das provisões de férias, 13º salário

- Dos royalties a pagar

Observação

- Classificação adequada das contas

- Observação aos princípios de contabilidade - Observação de ativos dados em garantia

Fonte: Attie (Atlas, 2010, p. 455 e 456)

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

27 (Pref. Natal-RN/AFTM/ESAF/2008) Caracteriza-se como fraude o seguinte evento identificado pelo auditor:

A o sistema de folha de pagamentos não está calculando os

duodécimos da provisão de férias para dois funcionários.

B a área de produção desativou máquina da linha de produção e não informou a área contábil para suspender a depreciação.

C a empresa não reconheceu os créditos de impostos decorrentes

de prejuízos fiscais a compensar.

D saldo em aberto na Conta Fornecedores que, consultado na

carta de circularização, respondeu não possuir nenhum crédito contra a empresa.

E existem depósitos não identificados efetuados na conta-corrente

que estão em aberto na conciliação.

Resolução:

Recordando a diferença entre fraude e erro, enquanto a primeira é um ato

intencional, o erro é consequência de um ato não intencional.

A alternativa D apresenta um fato bastante característico de fraude, pois existe uma dívida registrada que, segundo o credor, não existe. Esse

aumento fictício do passivo poderia justificar uma diminuição criminosa do

ativo.

As demais alternativas podem ter ocorrido por equívoco ou falha na

interpretação de normativos. Gabarito: alternativa D.

28 (SUSEP/Analista/ESAF/2002) O auditor independente, durante

seus trabalhos, circulariza uma amostra selecionada de fornecedores. Este procedimento de auditoria deve ser autorizado

pelo

A auditor independente.

B administrador da empresa auditada. C contador da empresa auditada.

D auditor interno da companhia.

E sócio diretor da empresa de auditoria.

Resolução:

Questão bastante interessante, relacionada a quem tem a competência de

autorizar as circularizações com fornecedores.

Na circularização, o auditor solicita o preenchimento da carta de

circularização pela administração da empresa, pois não há vínculo direto entre a equipe de auditoria e a empresa a ser circularizada.

A resposta, por outro lado, será dirigida diretamente ao auditor/empresa

de auditoria.

Gabarito: alternativa B.

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29 (SFC/AFC/ESAF/2001) Os procedimentos de auditoria mais

eficazes para detectar a omissão de passivos nas demonstrações contábeis são:

A exame das conciliações bancárias e análise das pendências

relevantes

B confirmação de contas a pagar e inventário físico de mercadorias

C exames de pagamentos subseqüentes e inventário físico de

mercadorias

D análise da composição dos saldos de fornecedores e outras contas a pagar

E confirmação de contas a pagar e exames de pagamentos

subsequentes

Resolução:

As conciliações bancárias (A) e o inventário físico de mercadorias (B e C)

não possibilitam a detecção de omissão de passivos, pois são testes

realizados em ativos.

A análise da composição de saldos (D), por si só, não demonstração se determinado passivo foi omitido.

A alternativa E é a única que atende ao pedido da questão, pois a

confirmação de contas a pagar e exames de pagamentos subsequentes

podem demonstrar se um passivo foi omitido nas DC, já que seria possível observar pagamentos subsequentes em relação a contas a pagar

que não existiam quando da verificação.

Gabarito: alternativa E.

8. Advogados

De acordo com a orientação IBRACON (Instituto dos Auditores

Independentes do Brasil), referente à NBC T 11.15 – Contingências –, a circularização dos advogados é uma forma de o auditor obter confirmação

independente das informações fornecidas pela administração, referentes a

situações relacionadas a litígios, pedidos de indenização ou questões

tributárias.

As respostas servem de evidência para que o auditor avalie se a

administração adotou os procedimentos adequados para a contabilização

e/ou divulgação dos passivos não registrados e/ou das contingências

(ativas ou passivas).

A extensão da selação dos advogados a serem circularizados depende do

julgamento profissional do auditor, que deve levar em consideração:

- a estrutura de controles internos da empresa;

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- a natureza e a relevância dos assuntos envolvidos.

Ao final o auditor deve avaliar todas as circunstâncias e as evidências obtidas durante a aplicação de seus procedimentos de auditoria para

passivos não registrados e contingências para formar o seu julgamento

quanto à adequação às práticas contábeis adotadas na elaboração e na

apresentação das DC.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

30 (SUSEP/Analista/ESAF/2010) As estimativas contábeis

reconhecidas nas demonstrações contábeis da empresa são de responsabilidade:

A dos auditores externos.

B dos advogados.

C da auditoria interna. D do conselho de administração.

E da administração da empresa.

Resolução: Como vimos, a circularização dos advogados é uma forma de o

auditor obter confirmação independente das informações fornecidas

pela administração, referentes a situações relacionadas a litígios,

pedidos de indenização ou questões tributárias.

Assim, podemos concluir que a responsabilidade pelas estimativas contábeis é da administração, embora seja possível confirmá-las por meio

da circularização dos advogados.

Gabarito: alternativa E.

31 (Estado do RN/Auditor do Tesouro/ESAF/2005) Para

reconhecimento dos passivos tributários, em discussão jurídica,

devem os escritórios de advocacia ou advogados da entidade

auditada classificar o sucesso das causas em remoto, possível ou provável. Assim podemos afirmar que o auditor deve

A calcular a provisão reconhecendo os passivos prováveis e

analisando as probabilidades nos processos possíveis.

B não-contabilizar provisão para as autuações que estejam sendo discutidas administrativamente, mesmo com posição desfavorável

à entidade.

C não-reconhecer referidos passivos porque se assim o fizer

estará reconhecendo a obrigação.

D compor a provisão sem considerar os processos com provável perda judicial.

E solicitar o registro contábil de provisão para processos com

classificação remota de perda.

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Resolução:

A Deliberação CVM nº 489, de 03 de outubro de 2005, que aprovou o

Pronunciamento do IBRACON NPC nº 22 sobre Provisões, Passivos, Contingências Passivas e Contingências Ativas, definiu que, para fins de

classificação dos ativos e passivos em contingentes ou não, usa-se os

termos praticamente certo, provável, possível e remota com os

seguintes conceitos: - Praticamente certo - este termo é mais fortemente utilizado no

julgamento de contingências ativas. Ele é aplicado para refletir uma

situação na qual um evento futuro é certo, apesar de não ocorrido. Essa

certeza advém de situações cujo controle está com a administração de uma entidade, e depende apenas dela, ou de situações em que há

garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem

mais recursos.

- Provável - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é maior do que a de não ocorrer.

- Possível - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é menor

que provável, mas maior que remota.

- Remota - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é pequena.

Podemos verificar que na possível, a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é menor que na provável.

Assim, a alternativa que atende à lógica apresentada acima é a de letra

A, pois o auditor deve calcular a provisão reconhecendo os passivos

prováveis e analisando as probabilidades nos processos possíveis. Gabarito: alternativa A.

Para a classificação dos ativos e passivos em contingentes ou não, usam-se os termos praticamente certo, provável, possível e remota:

- Praticamente certo - evento futuro é certo, apesar de não ocorrido.

- Provável - a chance de um evento futuro ocorrer é maior do que a de

não ocorrer. - Possível - a chance de um evento futuro ocorrer é menor que

provável, mas maior que remota.

- Remota - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é pequena.

32 (INSS/AFPS/ESAF/2002) Em decorrência das respostas de circularização, de advogados internos e externos da empresa

auditada, o auditor independente recebeu diversas respostas com

opinião sobre a possibilidade remota de insucesso de ações de

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diversas naturezas, contra a empresa, já em fase de execução.

Neste caso, o auditor deve:

A concordar integralmente com os advogados. B discordar parcialmente dos advogados.

C concordar parcialmente com os advogados.

D discordar integralmente dos advogados.

E não concordar nem discordar dos advogados.

Resolução:

As ações citadas já se encontram em fase de execução da decisão, ou

seja, já houve manifestação do Poder Judiciário contra a empresa. Se os advogados, ainda assim, informam que as possibilidades de insucesso são

remotas, o auditor deve desconsiderar essa opinião, por ser contrária aos

fatos.

Gabarito: alternativa D.

33 (SRF/AFRF/ESAF/2002) No momento da circularização de

advogados da empresa auditada, o objetivo do auditor é

A identificar todos os compromissos.

B questionar os ativos e passivos contingentes. C identificar todos os passivos contingentes.

D questionar as chances de sucesso das ações.

E identificar os valores a serem divulgados.

Resolução:

A circularização dos advogados é uma forma de o auditor obter

confirmação independente das informações fornecidas pela administração,

referentes a situações relacionadas a litígios, pedidos de indenização ou questões tributárias, e servem de evidência para que o auditor avalie se a

administração adotou os procedimentos adequados para a contabilização

das contingências (ativas ou passivas).

Gabarito: alternativa C.

34 (SRF/AFRF/ESAF/2002) Como resposta a uma circularização

de advogados, o auditor recebeu a seguinte resposta de um dos

advogados da empresa auditada: o valor da ação, contra nosso

cliente é 100.000 reais, e a expectativa de perda é remota. Baseado no julgamento do advogado, a posição do auditor é que a

empresa

A contabilize o valor total da ação e adicione uma nota explicativa.

B contabilize o valor parcial da ação e adicione uma nota explicativa.

C contabilize o valor parcial da ação sem uma nota explicativa.

D não contabilize o valor da ação e não inclua nota explicativa.

E não contabilize o valor da ação e adicione uma nota explicativa.

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Resolução:

Vimos que o conceito de “remota” é que a chance de um ou mais eventos

futuros ocorrer é pequena. Assim, não há necessidade de contabilização do valor da ação ou da inclusão do fato em nota explicativa.

Gabarito: alternativa D.

9. Seguros

De acordo com Franco e Marra (2011), para verificação deste item, além

do exame atento das apólices vigentes, é recomendável a circularização,

com o objetivo principal de constatar qual a cobertura existente para os ativos da empresa, se é suficiente e adequada, e se existem outros tipos

de seguros para contingências.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

35 (INSS/AFPS/ESAF/2002) Para determinação da suficiência de

cobertura de seguros para ativo imobilizado deve-se proceder ao

confronto da cobertura da apólice com o valor:

A da existência física do ativo imobilizado. B das despesas antecipadas.

C total das despesas de seguros.

D do saldo contábil do ativo imobilizado.

E do Patrimônio Líquido.

Resolução:

Como suficiência nos remete ao valor da cobertura, deve-se confrontar o

valor da apólice com o saldo contábil do ativo, e não com sua existência física.

Gabarito: alternativa D.

36 (SRF/AFRF/ESAF/2002) O auditor independente, ao efetuar o

teste de auditoria nos contratos de seguros, constatou que todas as apólices estavam em vigor conforme relatório entregue pelo

contador da Cia. Siderúrgica Ferro e Aço S.A. Dois dias após o

encerramento dos trabalhos de auditoria, uma explosão ocorre em

uma das principais caldeiras da empresa e o auditor é convocado pelo conselho de administração do cliente para esclarecimentos,

já que a cobertura de seguros não era suficiente para o sinistro

ocorrido. Apesar de ter efetuado o teste quanto à vigência das

apólices, o auditor não atentou em: A verificar o grau de risco de eventual sinistro dos imobilizados.

B avaliar o montante segurado com o valor dos imobilizados.

C verificar as medidas preventivas tomadas pela empresa.

D avaliar a real situação financeira da companhia seguradora.

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E verificar detalhadamente as informações fornecidas para a

seguradora.

Resolução:

Mesma linha da questão anterior, embora esta traga um exemplo prático

do assunto. Para avaliar a suficiência do valor da cobertura, o auditor

deveria ter confrontado o valor da apólice com o saldo contábil do ativo, e não com sua existência física, como deve ter feito no caso concreto.

Gabarito: alternativa B.

10. Folha de pagamentos (salários a pagar)

De acordo com Franco e Marra (2011), os procedimentos são orientados

sobre a razoabilidade do saldo final a pagar. Para tanto, se deve

pesquisar o movimento durante o exercício, a fim de verificar possíveis lançamentos extraordinários. O confronto das folhas de pagamento, se

demonstrar regularidade, é um bom elemento de convicção.

Almeida (2010) sugere as seguintes ações: - análise de composição do saldo da conta;

- conferência do valor da análise com a respectiva conta do razão da

contabilidade;

- verificação de que não existam itens antigos ou anormais na análise;

- confrontação dos valores com a folha de pagamentos.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

37 (Pref. Natal-RN/AFTM/ESAF/2008) Assinale a opção que não

representa um controle eficaz para prevenir o inflacionamento da folha de pagamento.

A Reajuste de salários previamente aprovados pela diretoria.

B Anotações formais de realização de jornada de trabalho.

C Resumo da folha de pagamento contabilizado mensalmente. D Conferência dos cálculos realizada por funcionário

independente.

E Comparação com valores anteriores e análise de variações

independentes.

Resolução:

A única alternativa que não faria diferença como controle para prevenção

do inflacionamento da folha de pagamento é a de letra C, que é o

gabarito da questão. O reajuste de salários previamente aprovados pela diretoria, as anotações

formais de realização de jornada de trabalho, a conferência dos cálculos

realizada por funcionário independente e a comparação com valores

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anteriores e análise de variações independentes seriam atividades

bastante eficientes nesse sentido.

Gabarito: alternativa C.

Pessoal, terminamos nossa aula 4. Os exercícios foram comentados, em

sua maioria, de forma bastante sucinta, para que pudesse incluir um número maior deles. Qualquer dúvida, enviem um email.

Abraço.

Claudenir

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QUESTÕES COMENTADAS DURANTE A AULA

1 (SEFAZ-RJ/Fiscal de Rendas/FGV/2009) O contador da Cia. Quartzo

Rosa incorreu em um erro no reconhecimento da apropriação da receita

de juros sobre o investimento em debêntures, deixando de contabilizar a

receita de juros no ano corrente. Antes que qualquer ajuste seja efetuado, esse erro gera o seguinte efeito no patrimônio da empresa:

(A) subavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.

(B) subavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido.

(C) superavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.

(D) superavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido. (E) subavaliação do ativo e do resultado e superavaliação do patrimônio

líquido.

2 (Pref. Natal-RN/Auditor Fiscal/ESAF/2001) O sócio-diretor pagou diversos compromissos pessoais com recursos financeiros da empresa e

determinou que tais valores fossem contabilizados como duplicatas a

receber de um determinado cliente. A situação descrita caracteriza-se

como: A Ativo fictício

B Ativo oculto

C Passivo fictício

D Passivo oculto

E Ativo intangível

3 (SEFAZ/SP/APOFP/ESAF/2009) A inspeção física, por meio da contagem

de numerário, é procedimento básico de auditoria aplicável à verificação

em conta do:

(A) Ativo Circulante. (B) Ativo Realizável a Longo Prazo.

(C) Ativo Permanente.

(D) Passivo Circulante.

(E) Patrimônio Líquido.

4 (Pref. Natal-RN/Auditor Fiscal/ESAF/2001) No encerramento do

exercício social, o balanço patrimonial apresentava a rubrica contábil

"Caixa" com saldo credor. Indique a opção que pode justificar essa

situação. A pagamentos a fornecedores não contabilizados

B empréstimos concedidos não contabilizados

C recebimentos de numerários não contabilizados

D adiantamentos recebidos de clientes E compras a prazo canceladas

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5 (Pref. Niterói-RJ/Contador/ESAF/1999) Os testes principais de auditoria

dirigidos para os saldos da conta CAIXA são, respectivamente:

A superavaliação e confirmação de saldos B subavaliação e inspeção física

C superavaliação e inspeção documental

D subavaliação e inspeção documental

E superavaliação e inspeção física

6 (SRF/AFRF/ESAF/1998) Assinale a opção abaixo que não corresponde a

um procedimento geralmente empregado na auditoria das

disponibilidades financeiras das entidades. A confirmação de assinaturas autorizada

B análise do fluxo de caixa projetado

C contagem de fundo fixo de caix

D confirmação de contas bancárias paralisada E exame documental dos avisos bancários

7 (SRF/AFRF/ESAF/2002) A Cia. Miudezas vende, em média, 70% de seus

produtos a prazo e possui cerca de 5 mil clientes. O perfil de seus clientes

é o de pessoas que possuem renda familiar de até 10 salários mínimos. Na análise da constituição de provisão para devedores duvidosos do saldo

de clientes da Cia. Miudezas, o auditor deve

(A) circularizar um percentual significativo de clientes, questionando

quanto à posição em atraso e suas justificativas. (B) analisar individualmente o máximo possível a carteira de clientes da

empresa e tirar suas conclusões pessoais.

(C) segregar a carteira de clientes em função de períodos de contas

vencidas, medindo tendências e probabilidades de perdas. (D) efetuar testes globais sobre o saldo de clientes, uma vez que as

perdas efetivas do setor variam de 5 a 10 % das vendas.

(E) estabelecer um valor adicional de provisão para cobrir perdas

prováveis, de modo que não afete o fluxo de caixa projetado.

8 (INSS/AFPS/ESAF/2002) Assinale a opção em que o procedimento de

revisão analítica não está associado a clientes.

A Análise de flutuações de volume ou na quantidade de vendas por

produto.

B Análise do nível de devoluções e abatimentos por clientes individualmente.

C Margem bruta por produto ou por localidade de seus postos de vendas.

D Análise de variação de preços de produtos entregues pelos

fornecedores. E Alterações nos preços unitários e taxas de desconto para clientes

especiais.

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9 (INSS/AFPS/ESAF/2002) A circularização é um procedimento de

auditoria que aplicado à área de contas a receber confirma:

A os cálculos efetuados pelo auditor. B a existência física do bem da empresa.

C a existência física do documento gerador do fato.

D a existência de duplicatas descontadas.

E o saldo apresentado pela empresa no cliente.

10 (SRF/AFRF/ESAF/2002) Quando a administração de uma entidade

solicita, por carta postal, aos seus clientes que respondam diretamente

aos seus auditores independentes, caso não concorde com o saldo em aberto informado, numa determinada data, tem-se uma circularização:

A branca

B preta

C positiva D negativa

E atestatória

11 (SERPRO/Analista de Auditoria/ESAF/2001) O auditor normalmente

deve planejar obter confirmações diretas das contas a receber. Todavia, quando os devedores não responderem a uma confirmação da forma

denominada "positiva", o auditor deve:

A aplicar procedimentos alternativos.

B solicitar confirmação na forma "negativa". C solicitar confirmação em data posterior.

D aplicar procedimentos de controle.

E emitir parecer com ressalva.

12 (SRF/AFRF/ESAF/2009) A auditoria externa realizou na empresa Avalia S.A. o cálculo do índice de rotatividade dos estoques para verificar se

apresentava índice correspondente às operações praticadas pela empresa.

Esse procedimento técnico básico corresponde a:

A inspeção. B revisão analítica.

C investigação.

D observação.

E confronto.

13 (Pref. Natal-RN/AFTM/ESAF/2008) A empresa Grande Porte S.A. tem o

seu Ativo formado em 15% pelo Contas a Receber e 35% composto pelos

Estoques. Dessa forma, a auditoria contratada, ao realizar seus serviços,

deve: A proceder à conferência de 100% do faturamento e realizar inventário

físico na empresa, para confirmar a existência dos estoques.

B ressalvar em parecer o Contas a Receber por não ser possível auditar

por amostragem e recalcular a apropriação dos custos.

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C realizar o procedimento de circularização para confirmação dos saldos

de contas a receber e acompanhar o inventário físico realizado pela

entidade. D confrontar com os fornecedores o saldo de contas a receber e

determinar a realização de inventário físico pela empresa.

E validar a existência de todos os clientes, mediante verificação do

cadastro de clientes da empresa e realizar com sua equipe técnica, inventário físico para confirmação dos Estoques.

14 (Pref. Natal-RN/AFTM/ESAF/2008) A empresa Celta S.A. apresentou

um nível de ociosidade de 30% de sua capacidade instalada. Seu gestor,

com o objetivo de apresentar resultados mais condizentes com a performance de seus negócios, decidiu reter essa ociosidade no processo

produtivo, dimensionando esses valores e mantendo-os nos estoques. O

auditor, ao realizar os testes nas contas de estoques, deve concluir que o

saldo da conta: A Estoques está superavaliado, visto que não é permitido no sistema de

custeio reconhecer a ociosidade.

B Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado por ter reconhecido

mais custos do que deveria apropriar aos resultados. C Fornecedores está superavaliado por não ter sido apropriado aos custos

dos produtos.

D Depreciação está superavaliado, visto ter reconhecido mais depreciação

em função da ociosidade.

E Estoques está correto, visto que desde que fundamentado a ociosidade pode ser retida nos custos.

15 (SRF/AFRF/ESAF/2005) Os procedimentos de controles internos têm

sido fundamentais na prevenção e inibição de desvios, identificação de erros nos processos contábeis e deterioração ou perdas dos ativos das

empresas. Identifique a seguir o procedimento relativo ao controle dos

estoques.

A Limites de alçada escalonados de acordo com os cargos para aprovação de vendas.

B Segregação de funções do departamento de contas a pagar e do gestor

financeiro.

C Restrições de acesso aos ativos da empresa realizando movimentações

via requisições. D Circularização semestral de fornecedores de ativos para confirmação

dos saldos.

E Inventário físico dos bens patrimoniais da empresa pelo menos uma vez

ao ano.

16 (SRF/AFRF/ESAF/2002) Durante o acompanhamento de um inventário

físico de estoques, o auditor deve efetuar o cut-off para:

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(A) determinar o momento em que os registros contábeis auxiliares, bem

como os documentos com eles relacionados, refletem o levantamento do

inventário. (B) comprovar que efetivamente todos os itens a serem inventariados

estão adequadamente acondicionados no almoxarifado da empresa.

(C) determinar o momento em que as três últimas compras e as três

últimas vendas de mercadorias ocorreram durante o inventário. (D) comprovar que os procedimentos adotados pela administração para a

contagem de estoques são adequados às práticas usuais.

(E) comprovar que os documentos de compras de mercadorias estão

suportados por documentação suporte às necessidades da empresa.

17 (INSS/AFPS/ESAF/2002) Assinale a opção que não corresponde ao

fator de risco inerente em estoques.

A Flutuações significativas nos preços de materiais. B Alterações significativas nos níveis de produção.

C Variação no custo-padrão é relevante.

D Processo de produção envolve várias etapas complexas.

E Análise de composição de estoques.

18 (SFC/AFC/ESAF/2001) No acompanhamento dos inventários físicos de

estoques de materiais, o auditor observou a existência de diversos itens

obsoletos. Qual procedimento deve adotar?

A Propor a imediata baixa dos estoques para despesas não-operacionais.

B Propor reclassificação dos itens para outros valores a receber. C Propor a imediata baixa dos estoques para o custo dos produtos

vendidos.

D Propor a constituição de provisão para perdas em estoques.

E Propor a constituição de provisão de créditos de liquidação duvidosa.

19 (SRF/AFRF/ESAF/2001) A confirmação, por escrito, de um fornecedor

que mantém estoques da empresa auditada em seu poder na data-base

do balanço: A É um procedimento usual de auditoria independente das demonstrações

contábeis

B Não pode ser aceito pelo auditor como prova de propriedade e

existência do ativo

C É um procedimento que não deve ser aplicado na auditoria contábil de estoques

D Deve obrigatoriamente ser validado com a realização de inspeção física

no local

E Deve gerar uma ressalva no parecer dos auditores e constar das notas explicativas.

20 (Pref. Natal-RN/AFTM/ESAF/2008) No processo de acompanhamento

do inventário físico de estoques de matéria-prima, o auditor constatou a

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existência de quantidades relevantes de itens que não constavam dos

registros físico-financeiros e contábeis. Neste caso, o auditor pode ter

descoberto A ativos e passivos fictícios

B ativos e passivos ocultos

C ativos ocultos e passivos fictícios

D ativos fictícios e passivos ocultos E ativos obsoletos e passivos a descoberto

21 (Estado do RN/Auditor do Tesouro/ESAF/2005) O auditor externo, ao

auditar entidade que controle outras empresas e que registre seus

investimentos pelo método de equivalência patrimonial, tem responsabilidade sobre

A as demonstrações contábeis das controladas que serviram de base para

cálculo da equivalência patrimonial.

B o cálculo das equivalências patrimoniais registradas nos investimentos das entidades controladas.

C a apresentação da reserva de reavaliação efetuada nas controladas no

Patrimônio Líquido da Controladora.

D os pareceres emitidos para as entidades controladas e emitidos por outros auditores independentes.

E a apresentação da reavaliação efetuada nas controladas e registrada no

Patrimônio Líquido da Controlada.

22 (SRF/AFRF/ESAF/2001) A empresa auditada possui investimento permanente relevante em subsidiária integral. O principal procedimento

de auditoria aplicável é:

A acompanhamento de inventário físico das cautelas de ações

B conferência do cálculo da correção monetária integral C confirmação dos investimentos através de circularizações

D conferência do cálculo de equivalência patrimonial

E exame dos subsídios recebidos para investimentos

23 (SRF/AFRF/ESAF/1998) Os procedimentos de auditoria de conferência

de cálculo da equivalência patrimonial aplicam-se às contas contábeis que

registram

A capital social subscrito e integralizado

B investimentos permanentes relevantes em controladas C capital social subscrito e a subscrever

D importação de bens do imobilizado em andamento

E investimentos temporários em ações de empresas

24 (SUSEP/Analista/ESAF/2010) O auditor externo, ao realizar testes no cálculo do valor recuperável de um ativo imobilizado, feito pelo método do

fluxo de caixa descontado, identificou que a taxa utilizada para descontar

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o fluxo de caixa estava maior que a recomendada para aquela atividade.

Dessa forma, pode-se afirmar que a conta:

A de ajuste especial no Patrimônio Líquido, está subavaliada. B de despesa de depreciação, do imobilizado, está superavaliada.

C do ajuste especial no Resultado do Exercício, está subavaliada.

D de depreciação acumulada do imobilizado, está superavaliada.

E do ativo imobilizado está subavaliada.

25 (SEFAZ-CE/AFRE/ESAF/2007) Ao analisar a contabilização em uma

imobiliária, de um terreno destinado à construção da sede da empresa,

percebeu-se que o mesmo tinha sido contabilizado nos Estoques. Pode-se afirmar que

A ao executar o teste primário de superavaliação na conta de Terrenos no

Imobilizado, esta conta estará sub-avaliada e a conta Estoques de

Terrenos estará superavaliada. B ao praticar o teste primário de superavaliação na conta de Estoques, a

mesma estará com seu saldo sub-avaliado e o Contas a Pagar

superavaliado.

C independentemente da atividade da empresa, terrenos devem ser

sempre contabilizados no Imobilizado, por se tratar de bem imóvel. D ao proceder o teste primário de superavaliação do Contas a Receber,

este apresentará saldo sub-avaliado.

E o referido procedimento está adequado, em virtude de a atividade da

empresa ser de comercialização de imóveis.

26 (SRF/AFRF/ESAF/2002) Um auditor, sabendo que a taxa de

depreciação de um determinado grupo de imobilizado é de 10% ao ano e

que não ocorreram adições ou baixas no período sob exame, efetua um cálculo global de despesa de depreciação no valor de $ 1.000. Se os

saldos iniciais de custo do bem e da depreciação acumulada eram de $

10.000 e $ 5.000, respectivamente, e o auditor constata que o livro

contábil, no final do exercício, apresenta um saldo de $ 10.000 para o

custo do imobilizado e $ 5.500 como depreciação acumulada, neste caso o auditor falhou em:

A confiar demasiadamente no sistema da empresa.

B confiar que a taxa de depreciação era de 10% ao ano.

C não verificar os itens totalmente depreciados. D não verificar os itens reavaliados do imobilizado.

E não considerar a adição de um novo imobilizado.

27 (Pref. Natal-RN/AFTM/ESAF/2008) Caracteriza-se como fraude o

seguinte evento identificado pelo auditor: A o sistema de folha de pagamentos não está calculando os duodécimos

da provisão de férias para dois funcionários.

B a área de produção desativou máquina da linha de produção e não

informou a área contábil para suspender a depreciação.

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C a empresa não reconheceu os créditos de impostos decorrentes de

prejuízos fiscais a compensar.

D saldo em aberto na Conta Fornecedores que, consultado na carta de circularização, respondeu não possuir nenhum crédito contra a empresa.

E existem depósitos não identificados efetuados na conta-corrente que

estão em aberto na conciliação.

28 (SUSEP/Analista/ESAF/2002) O auditor independente, durante seus

trabalhos, circulariza uma amostra selecionada de fornecedores. Este

procedimento de auditoria deve ser autorizado pelo

A auditor independente. B administrador da empresa auditada.

C contador da empresa auditada.

D auditor interno da companhia.

E sócio diretor da empresa de auditoria.

29 (SFC/AFC/ESAF/2001) Os procedimentos de auditoria mais eficazes

para detectar a omissão de passivos nas demonstrações contábeis são:

A exame das conciliações bancárias e análise das pendências relevantes

B confirmação de contas a pagar e inventário físico de mercadorias C exames de pagamentos subseqüentes e inventário físico de mercadorias

D análise da composição dos saldos de fornecedores e outras contas a

pagar

E confirmação de contas a pagar e exames de pagamentos subsequentes

30 (SUSEP/Analista/ESAF/2010) As estimativas contábeis reconhecidas

nas demonstrações contábeis da empresa são de responsabilidade:

A dos auditores externos.

B dos advogados. C da auditoria interna.

D do conselho de administração.

E da administração da empresa.

31 (Estado do RN/Auditor do Tesouro/ESAF/2005) Para reconhecimento

dos passivos tributários, em discussão jurídica, devem os escritórios de

advocacia ou advogados da entidade auditada classificar o sucesso das

causas em remoto, possível ou provável. Assim podemos afirmar que o

auditor deve A calcular a provisão reconhecendo os passivos prováveis e analisando as

probabilidades nos processos possíveis.

B não-contabilizar provisão para as autuações que estejam sendo

discutidas administrativamente, mesmo com posição desfavorável à entidade.

C não-reconhecer referidos passivos porque se assim o fizer estará

reconhecendo a obrigação.

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D compor a provisão sem considerar os processos com provável perda

judicial.

E solicitar o registro contábil de provisão para processos com classificação remota de perda.

32 (INSS/AFPS/ESAF/2002) Em decorrência das respostas de

circularização, de advogados internos e externos da empresa auditada, o auditor independente recebeu diversas respostas com opinião sobre a

possibilidade remota de insucesso de ações de diversas naturezas, contra

a empresa, já em fase de execução. Neste caso, o auditor deve:

A concordar integralmente com os advogados. B discordar parcialmente dos advogados.

C concordar parcialmente com os advogados.

D discordar integralmente dos advogados.

E não concordar nem discordar dos advogados.

33 (SRF/AFRF/ESAF/2002) No momento da circularização de advogados

da empresa auditada, o objetivo do auditor é

A identificar todos os compromissos.

B questionar os ativos e passivos contingentes. C identificar todos os passivos contingentes.

D questionar as chances de sucesso das ações.

E identificar os valores a serem divulgados.

34 (SRF/AFRF/ESAF/2002) Como resposta a uma circularização de

advogados, o auditor recebeu a seguinte resposta de um dos advogados

da empresa auditada: o valor da ação, contra nosso cliente é 100.000

reais, e a expectativa de perda é remota. Baseado no julgamento do advogado, a posição do auditor é que a empresa

A contabilize o valor total da ação e adicione uma nota explicativa.

B contabilize o valor parcial da ação e adicione uma nota explicativa.

C contabilize o valor parcial da ação sem uma nota explicativa.

D não contabilize o valor da ação e não inclua nota explicativa. E não contabilize o valor da ação e adicione uma nota explicativa.

35 (INSS/AFPS/ESAF/2002) Para determinação da suficiência de

cobertura de seguros para ativo imobilizado deve-se proceder ao

confronto da cobertura da apólice com o valor: A da existência física do ativo imobilizado.

B das despesas antecipadas.

C total das despesas de seguros.

D do saldo contábil do ativo imobilizado. E do Patrimônio Líquido.

36 (SRF/AFRF/ESAF/2002) O auditor independente, ao efetuar o teste de

auditoria nos contratos de seguros, constatou que todas as apólices

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estavam em vigor conforme relatório entregue pelo contador da Cia.

Siderúrgica Ferro e Aço S.A. Dois dias após o encerramento dos trabalhos

de auditoria, uma explosão ocorre em uma das principais caldeiras da empresa e o auditor é convocado pelo conselho de administração do

cliente para esclarecimentos, já que a cobertura de seguros não era

suficiente para o sinistro ocorrido. Apesar de ter efetuado o teste quanto

à vigência das apólices, o auditor não atentou em: A verificar o grau de risco de eventual sinistro dos imobilizados.

B avaliar o montante segurado com o valor dos imobilizados.

C verificar as medidas preventivas tomadas pela empresa.

D avaliar a real situação financeira da companhia seguradora. E verificar detalhadamente as informações fornecidas para a seguradora.

37 (Pref. Natal-RN/AFTM/ESAF/2008) Assinale a opção que não

representa um controle eficaz para prevenir o inflacionamento da folha de pagamento.

A Reajuste de salários previamente aprovados pela diretoria.

B Anotações formais de realização de jornada de trabalho.

C Resumo da folha de pagamento contabilizado mensalmente.

D Conferência dos cálculos realizada por funcionário independente. E Comparação com valores anteriores e análise de variações

independentes.

Gabarito:

1 – A

2 – A

3 – A

4 – C 5 – E

6 – B

7 – C

8 – D 9 – E

10 – D

11 – A

12 – B 13 – C

14 – E

15 – C

16 – A

17 – E 18 – D

19 – A

20 – B

21 – C 22 – D

23 – B

24 – E

25 – A 26 – C

27 – D

28 – B

29 – E

30 – E 31 – A

32 – D

33 – C

34 – D 35 – D

36 – B

37 – C

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Referências utilizadas na elaboração das aulas

(Atualizado até a presente aula)

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

ANDRADE, Adriana e ROSSETTI, José Paschoal. Governança corporativa:

fundamentos, desenvolvimento e tendências. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

ARAGÃO, Marcelo. Auditoria CESPE – questões comentadas e organizadas

por assunto. 1. ed. Rio de janeiro: Método, 2010.

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas,

2010.

________. Auditoria Interna. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

BORGERTH, Vânia Maria da Costa. SOX: entendendo a lei sarbanes-oxley.

1. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2007.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988.

Disponível em:<http://www.planalto.gov.br>.

BRASIL. Lei n. 8.443, de 16 de julho de 1992. Dispõe sobre a Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União e dá outras providências.

Disponível em:<http://www.planalto.gov.br>.

CASTRO, Domingos Poubel de. Auditoria e controle interno na administração pública. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

CASTRO, Róbison Gonçalves de e LIMA. Diana Vaz de. Fundamentos da

auditoria governamental e empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

CHAVES, Renato Santos. Auditoria e controladoria no setor público:

fortalecimento dos controles internos. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2011.

COIMBRA, Marcelo de Aguiar e MANZI, Vanessa Alessi (Org.), Manual de compliance – preservando a boa governança e a integridade das

organizações. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO. Instrução Normativa 01, de 06 de abril de 2001. Brasília, 2001.

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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TA 200 – Objetivos Gerais

do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade

com Normas de Auditoria.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC T-12 – Da Auditoria

Interna.

COSO. Gerenciamento de riscos corporativos – estrutura integrada, 2007.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed.

São Paulo: Atlas, 2010.

FISCH, Sílvio e MOSIMANN, Clara Pellegrinello. Controladoria: seu papel

na administração de empresas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo:

Atlas, 2011.

INSTITUTO CHIAVENATO (Org.). Auditoria e gestão de riscos. 1. ed. São

Paulo: Saraiva, 2009.

JUND, Sérgio. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e procedimentos. 9.

ed. Rio de janeiro: Elsevier, 2007.

LIMA, Luiz Henrique. Controle externo. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,

2007.

MACHADO, Marcus Vinícius Veras e PETER, Maria da Glória Arrais. Manual de auditoria governamental. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 30. ed. São

Paulo: Malheiros, 2005.

NASCIMENTO, Auster Moreira e REGINATO, Luciane (Org.). Controladoria:

um enfoque na eficácia organizacional. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

OLIVEIRA, Luís Martins de et al. Curso básico de auditoria. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

PINHO, Ruth Carvalho de Santana. Fundamentos de auditoria. 1. ed. São

Paulo: Atlas, 2007.

RIBEIRO, Juliana Moura e RIBEIRO, Osni Moura. Auditoria fácil. 1. ed. São

Paulo: Saraiva, 2012.

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SLOMSKI, Valmor et al. Governança corporativa e governança na gestão

pública. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

SLOMSKI, Valmor. Controladoria e governança na gestão pública. 1. ed.

São Paulo: Atlas, 2005.

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Portaria nº 280, de 08 de dezembro de 2010, alterada pela Portaria nº 168, de 30 de junho de 2011. Aprova as

Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da União.

WANDERLEY, Carlos Alexandre Nascimento. Auditoria: teoria e questões. 1. ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2011.