aula 22 - 27.09.11

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO – ÍTALO Aula 22 – 27.09.11 MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO PERÍODO DE GRAÇA Material 02, pág. 01 1.2.7 Após a inscrição, o segurado facultativo poderá recolher as contribuições em atraso, desde que não tenha ocorrido a perda da qualidade de segurado (perde quando acaba o período de graça). Segurado facultativo é aquele que não trabalha, para a Previdência saber da existência dele, o próprio segurado faz sua inscrição, somente a partir deste momento ele poderá contribuir, ELE NÃO PODERÁ RECOLHER EM ATRASO, comente poderá recolher em atraso durante o período de graça, extinto o período de graça não poderá mais recolher em atraso. Obrigatório: poderá recolher em atraso. Filiado: é aquele que exerce a atividade, é o empregado em atividade. Inscrito: a Previdência sabe da existência desse empregado porque a empresa informa. Facultativo: o próprio segurado faz sua inscrição, pois não trabalha. Contribuinte individual: o próprio segurado faz sua inscrição, vai fazer os recolhimentos em atraso, em regra ele DEVE recolher em atraso, pois se por ex. o taxista já trabalhou uns 10 anos e a partir daí então se inscrever, ele deverá recolher os atrasados. EXCEÇÃO! O período de graça do segurado facultativo é de 6 meses, nesse período ele terá direito aos benefícios de segurado, por ex. contribuiu jan e fev, e não contribui mar, abr, maio, jun, jul e ago, dentro do período de graça é possível

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Page 1: Aula 22 - 27.09.11

DIREITO PREVIDENCIÁRIO – ÍTALO

Aula 22 – 27.09.11

MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO

PERÍODO DE GRAÇA

Material 02, pág. 01

1.2.7 Após a inscrição, o segurado facultativo poderá recolher as contribuições em atraso, desde que não tenha ocorrido a perda da qualidade de segurado (perde quando acaba o período de graça). Segurado facultativo é aquele que não trabalha, para a Previdência saber da existência dele, o próprio segurado faz sua inscrição, somente a partir deste momento ele poderá contribuir, ELE NÃO PODERÁ RECOLHER EM ATRASO, comente poderá recolher em atraso durante o período de graça, extinto o período de graça não poderá mais recolher em atraso.

Obrigatório: poderá recolher em atraso.

Filiado: é aquele que exerce a atividade, é o empregado em atividade.

Inscrito: a Previdência sabe da existência desse empregado porque a empresa informa.

Facultativo: o próprio segurado faz sua inscrição, pois não trabalha.

Contribuinte individual: o próprio segurado faz sua inscrição, vai fazer os recolhimentos em atraso, em regra ele DEVE recolher em atraso, pois se por ex. o taxista já trabalhou uns 10 anos e a partir daí então se inscrever, ele deverá recolher os atrasados.

EXCEÇÃO! O período de graça do segurado facultativo é de 6 meses, nesse período ele terá direito aos benefícios de segurado, por ex. contribuiu jan e fev, e não contribui mar, abr, maio, jun, jul e ago, dentro do período de graça é possível recolher os atrasados. Mas para a concessão dos benefícios do período de graça, deve preencher requisitos.

O sujeito que cessa o benefício por incapacidade e que cessa as contribuições (12 meses de período de graça), se ele tem mais de 120 dias de contribuições ele terá mais 12 meses de contribuição, e se ainda comprovar que está desempregado terá mais 12 meses de período de graça, esta situação (de desemprego) deverá ser comprovada com registro no órgão do Ministério do Trabalho e Emprego. As situações não são cumulativas, não são requisitos, ele pode ter 120 de contribuições e não comprovar que está desempregado e vice-verso.

IN 45 – O que significa registro no Ministério do Trabalho?

Se o segurado teve acesso ao seguro-desemprego terá 12 meses, e se comprovar o registro no SINE – sistema nacional de emprego terá mais 12 meses.

Page 2: Aula 22 - 27.09.11

Súmula nº 27 da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais, “A ausência de registro em órgão do Ministério do Trabalho não impede a comprovação de desemprego por outros meios admitidos no direito”.

O reconhecimento da perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do vencimento da contribuição do contribuinte individual relativa ao mês imediatamente posterior ao termino do período de graça.

Isso quer dizer, o sujeito vinha trabalhando normalmente foi despedido com ou sem justa causa, ficando desempregado ele terá 12 meses de período de graça, o último mês desse período é o mês de agosto (12º mês do período de graça). O certo seria no mês de setembro ele ter perdido a qualidade de segurado, mas na prática não é assim, se em setembro (mês imediatamente posterior ao último mês do período de graça) ele exerceu atividade (taxista por ex.) como contribuinte individual, o prazo para o recolhimento da contribuição deste contribuinte é até o 15º dia do mês subseqüente ao da execução da atividade (no caso 15 de outubro), se no dia 15 de outubro ele não contribuiu, no dia 16 de outubro ele perde a qualidade de segurado. Isto é, ele tem um prazo de um mês + 15 dias, no 16º dia ele não será mais segurado.

IN 45

1) O segurado mantém a qualidade sem limite de prazo quando estiver em gozo de benefício, inclusive durante o período de percepção do auxílio acidente (pode ser inferior ao salário mínimo e não substitui o salário).

2) O segurado facultativo, após a cessação do benefício por incapacidade, terá o “período de graça” de 12 meses.CUIDADO! Se o segurado for facultativo mas estiver em gozo do benefício por incapacidade então o período de graça será de 12 meses.

3) No caso de fuga do recolhido à prisão, será descontado do prazo (12 meses) para a perda da qualidade de segurado a partir da data da fuga, o período de graça já usufruído anteriormente ao recolhimento à prisão. Um sujeito vem trabalhando normal é despedido com ou sem justa causa (não tem 120 dias de contribuição), ele tem um prazo de 12 meses (período de graça), no quarto mês ela já não consegue mais se manter, rouba um banco e é preso, ele estava gozando o período de graça, estava desempregado. Os dependentes tem direito a auxílio-reclusão, pois é segurado de baixa renda e estava em gozo do período de graça. Ele é preso e quando for solto terá novamente 12 meses de período de graça. Se ele foge da prisão, terá direito aos 12 meses descontados os meses já usufruídos antes da prisão, então quando sair da prisão terá direito a 8 meses somente de período de graça.

Page 3: Aula 22 - 27.09.11

DEPENDENTES (Auxílio reclusão/Pensão por Morte)

São determinados por lei.

Classe I – Cônjuge, companheiro (a), filhos < 21 anos (não emancipado, de qualquer condição) ou inválidos OU QUE TENHA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL OU MENTAL QUE O TORNE ABSOLUTAMENTE OU RELATIVAMENTE INCAPAZ, ASSIM DECLARADO JUDICIALMENTE.

Classe II – Pais

Classe III – Irmãos < 21 anos ou inválidos... ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente (atualização de acordo com a MP 529 convertida em Lei 12.470.

Regra 1: Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições. Por ex. esposa e filho são beneficiários do marido e pai que faleceu, o valor será dividido entre ele, se a pensão é de mil reais, cada um terá direito a 500 reais.

Regra 2: O valor dos benefícios, pensão por morte e auxílio reclusão, devidos aos dependentes não se altera. Exceto os reajustes os valores não se alteram.

Regra 3: A existência de dependente de classe anterior exclui o direito a benefícios aos dependentes das classes subseqüentes.

Regra 4: o benefício não circula/transita entre classes.

Regra 5: Os dependentes da primeira classe tem dependência econômica presumida.

Regra 6: Os dependentes das demais classes (Classes II e III) devem ser comprovadas, exceto tutelados e enteados.

Regra 7: Os casais homoafetivos são dependentes da primeira classe, tem dependência econômica presumida.

Regra 8: A invalidez deve ocorrer ates dos 21 anos ou da emancipação, casamento, aprovação em emprego publico efetivo, emprego/negócio, concessão pais, colação de grau ou nível superior.

Regra 9: Regra geral – não se recupera a qualidade de dependente.

Copiar do material 02 – pág. 04 – 2.2 até 2.7.1

Page 4: Aula 22 - 27.09.11

OBS.: se no divórcio for estabelecida pensão alimentícia, se o ex-marido falece, ela também terá direito a pensão por morte concorrentemente com a atual esposa. Se a ex-esposa falece ou a pensão alimentícia não for assegurada esta perde a qualidade de dependente.