catecismo da igreja católica - aula 22

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Page 1: Catecismo da Igreja Católica - Aula 22
Page 2: Catecismo da Igreja Católica - Aula 22

A ressurreição da carne e a vida eternaA ressurreição da carne e a vida eterna2222

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O que significa a Ressurreição da Carne?

A expressão “ressurreição da carne” significa que o estado definitivo do homem não será só a alma espiritual separada do corpo, mas também que os nossos corpos mortais um dia retomarão a vida.

988 a 1065

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Introdução

Vivemos e lutamos durante poucos ou muitos anos, e depois morremos. Bem sabemos que esta vida é um tempo de prova e de luta; é o campo de provas da eternidade. A felicidade do céu consiste essencialmente na plenitude do amor. Se não entrarmos na eternidade com amor a Deus no nosso coração, seremos absolutamente incapazes de gozar da felicidade da glória. A nossa vida aqui em baixo é o tempo que Deus nos dá para adquirirmos e provarmos o amor que lhe guardamos no nosso coração, um amor que devemos provar ser maior que o amor por qualquer dos bens por Ele criados, como o prazer, a riqueza, a fama ou os amigos. Devemos provar que o nosso amor resiste à investida dos males criados pelo homem, como a pobreza, a dor, a humilhação ou a injustiça. Quer estejamos numa posição alta ou baixa, em qualquer momento devemos dizer: “Meu Deus, eu te amo”, e prová-lo com as nossas obras. Para alguns, o caminho será curto, para outros, longo. Para uns, suave; para outros abrupto. Mas acabará para todos. Todos morreremos.

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Ideias principaisIdeias principais

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Todos os homens hão de morrer

A morte é a separação da alma e do corpo. Pelo desgaste da velhice ou da doença, ou por um acidente, o corpo decai, e chega um momento em que a alma deixa de operar por seu intermédio. Então abandona-o, e dizemos que tal pessoa morreu. A Igreja autoriza os sacerdotes a dar absolvição e a unção dos enfermos condicionais até duas horas depois da morte aparente, para o caso de a alma ainda estar presente. No exato momento em que a alma abandona o corpo, é julgada por Deus, já sabe qual vai ser o seu destino eterno. O juízo individual da alma imediatamente após a morte chama-se Juízo Particular.

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Onde é que tem lugar esse Juízo Particular?

Provavelmente no mesmo local em que morremos, para falar humanamente. Depois desta vida não há “espaço” ou “lugar” no sentido ordinário destas palavras. A alma não tem que “ir” a nenhum lugar para ser julgada. Quanto à forma em que se realiza este Juízo Particular, só podemos fazer conjeturas: a única coisa que Deus nos revelou é que haverá Juízo Particular. Os teólogos conjeturam que provavelmente o que acontece é que a alma se vê como Deus a vê, em estado de graça ou em pecado, e, consequentemente, sabe qual será o seu destino segundo a infinita justiça divina. Este destino é irrevogável. O tempo de prova e de preparação terminou. A misericórdia divina fez tudo quanto podia; agora prevalece a justiça de Deus. A morte é o fim da peregrinação terrena do homem, do tempo da graça e da misericórdia que Deus lhe oferece para realizar a sua vida terrena segundo o plano divino e para decidir o seu destino último. Quando acabar “a nossa vida sobre a terra, que é só uma” (LG 48), não voltaremos a outras vidas terrestres. Os homens morrem uma só vez. Não existe “reencarnação” depois da morte.

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E o que acontece depois?

Vamos analisar primeiro o caso mais desagradável. Vejamos a sorte da alma que se escolheu a si mesma em vez de escolher a Deus e morreu sem se reconciliar com Ele; por outras palavras, a sorte da alma que morre em pecado mortal. Tendo se afastado deliberadamente de Deus nesta vida, tendo morrido sem o vínculo de união com Ele que é a graça santificante, fica sem possibilidade de restabelecer a comunicação com Deus. Perdeu-o para sempre. Está no inferno. Para esta alma, morte, juízo e condenação são simultâneos. A doutrina da Igreja afirma a existência do inferno e a sua eternidade. As almas dos que morrem em estado de pecado mortal descem imediatamente, depois da morte, aos infernos, onde sofrem as penas do inferno, o fogo eterno. A principal pena do inferno consiste na separação eterna de Deus, único em Quem o homem pode ter a vida e a felicidade para que foi criado e a que aspira.

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Suponhamos que morremos assim: confortados pelos últimos sacramentos e com uma indulgência plenária bem ganha no momento da morte. Suponhamos que morremos sem a menor mancha nem vestígio do pecado na nossa alma. O que nos espera? Se for assim, a morte, que o instinto de conservação nos faz parecer tão temível, será o momento da nossa mais brilhante vitória: mesmo que o corpo resista a deixar que se desate o vínculo que os une ao espírito que lhe deu a vida e a dignidade, o juízo da alma será a imediata visão de Deus.

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Mas o que acontecerá se, ao morrermos, o Juízo Particular não nos encontrar separados de Deus pelo pecado mortal, mas também não com a perfeita pureza de alma que a união com o Santo dos Santos requer? Não merecemos o céu nem o inferno: que será de nós? Aqui se põe de manifesto como é razoável a doutrina sobre o purgatório. Mesmo que esta doutrina não tivesse sido transmitida pela Tradição desde Cristo e os Apóstolos, a simples razão nos diria que deve haver um processo de purificação final que lave até a menor imperfeição que se interponha entre a alma e Deus. Esta é a função do estado de sofrimento temporário que chamamos purgatório.

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Assim como o sofrimento essencial do inferno é a perpétua separação de Deus, o sofrimento essencial do purgatório será a penosíssima agonia que a alma tem que sofrer ao ver adiada, mesmo por um instante, a sua união com Deus. A alma foi feita para Deus. Como o corpo atua nesta vida, como isolante da alma, esta não sente a tremenda atração de Deus. Não obstante, no momento em que a alma abandona o corpo, encontra-se exposta à força plena desse impulso e experimenta uma fome tão intensa de Deus que se lança contra a barreira das suas imperfeições ainda presentes, até que, com a agonia da separação, purga as imperfeições, quebra a barreira e encontra-se com Deus.

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É consolador recordar que o sofrimento das almas do purgatório é um sofrimento gozoso, ainda que seja tão intenso que não possamos imaginá-lo deste lado do Juízo. A grande diferença que existe entre o sofrimento do inferno e o do purgatório é que no inferno há a certeza da separação eterna e no purgatório a certeza da libertação. A alma do purgatório não quer aparecer diante de Deus no seu estado de imperfeição, mas tem a felicidade de saber, no meio da sua agonia, que no fim se reunirá a Ele.

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Ninguém sabe quanto “tempo” dura o purgatório para uma alma. No entanto, se medirmos o purgatório quer em termos de duração ou de intensidade, o certo é que a alma do purgatório não pode diminuir ou encurtar os seus sofrimentos. Nós, os que ainda estamos vivendo na terra, sim, podemos ajudar essas almas, pela misericórdia divina; a frequência e a intensidade da nossa oração, seja por uma determinada alma ou por todos os fiéis defuntos, dar-nos-á a medida do nosso amor.

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A Ressurreição da Carne

Quando a história dos homens acabar, os corpos de todos os que viveram se levantarão dos mortos para unir-se novamente às suas almas: é a Ressurreição da Carne. Já que foi o homem inteiro, corpo e alma, quem amou a Deus e o serviço, mesmo à custa da dor e do sacrifício, é justo que seja o homem inteiro, alma e corpo, quem goze da união eterna com Deus, que é a recompensa do amor. E já que é o homem inteiro quem rejeita a Deus ao morrer em pecado, impenitente, é justo que o corpo partilhe com a alma a separação eterna de Deus, que o homem como um todo escolheu.

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O nosso corpo ressuscitado será constituído de tal maneira que ficará livre das limitações físicas que o caracterizam neste mundo. Já não precisará de alimento ou bebida, e, de certo modo, será espiritualizado. Além disso, o corpo dos bem-aventurados será glorificado; possuirá uma beleza e perfeição que será participação da beleza e perfeição da alma unida a Deus.

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Como o corpo da pessoa em que a graça habitou foi certamente templo de Deus, a Igreja sempre mostrou uma grande reverência pelos corpos dos fiéis defuntos; sepulta-os com orações cheias de afeto e reverência, em túmulos bentos especialmente para este fim. A única pessoa dispensada da corrupção do túmulo foi a Mãe de Deus. Pelo especial privilégio de sua Assunção, o corpo da Bem-aventurada Virgem Maria unido à sua alma imaculada, foi glorificado e assunto ao céu. O seu divino Filho, que dela tomou a sua carne, levou-a consigo para o céu. Este acontecimento é comemorado no dia 15 de agosto, ou no domingo seguinte a esta data, festa da Assunção de Maria.

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A Vida Eterna

O mundo acaba, os mortos ressuscitam, e depois vem o Juízo Universal. Esse Juízo verá Jesus no trono da Justiça Divina, que substitui a cruz, trono da sua infinita misericórdia. O Juízo Final não oferecerá surpresas em relação ao nosso eterno destino. Já teremos passado pelo Juízo Particular, a nossa alma já estará no céu ou no inferno.

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O Juízo Final terá lugar quando for a vinda gloriosa de Cristo. Só o Pai sabe o dia e a hora, só Ele decide sobre a sua vinda. Por seu Filho Jesus Cristo, Ele pronunciará então a sua palavra definitiva sobre toda história. Nós ficaremos a saber o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais a sua providência tudo terá conduzido para o seu fim último. O Juízo Final revelará como a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas pelas suas criaturas e como o seu amor é mais forte que a morte.

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E assim termina a história da salvação do homem; essa história que a terceira Pessoa da Santíssima Trindade, o Espírito Santo, escreveu. Com o fim do mundo, a ressurreição dos mortos e o Juízo Final, acaba a obra do Espírito Santo. O seu trabalho santificador começou com a criação da alma de Adão. Para a Igreja, o princípio foi o dia de Pentecostes. Para ti e para mim, o dia do nosso batismo. Quando terminar o tempo e só permanecer a eternidade, a obra do Espírito Santo encontrará a sua consumação na comunhão dos santos, agora um conjunto reunido na glória sem fim.

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Propósitos de vida cristãPropósitos de vida cristã

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Um propósito para avançar

Procurar fazer, antes de deitar, o exame de consciência, revendo brevemente o que fizeste bem e o que fizeste mal durante o dia. Fazer um ato de contrição, e ter propósitos para melhorar no dia seguinte.

Ao rezar o Credo e dizer "Amém", ser consciente do que significa: creio firmemente em tudo o que acabo de dizer.

www.conhecendominhafe.blogspot.com.br