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Economia no Brasil Colonial Profa. Erika

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  • Economia no Brasil

    Colonial

    Profa. Erika

  • Economia no Brasil Colonial

    1. Fundamentos Econmicos da

    Colonizao

    2. Ciclo do acar

  • Economia no Brasil Colonial

    Objetivos:

    Compreender os fundamentos econmicos

    da colonizao;

    Conhecer os fatores do xito da empresa

    agrcola;

    Entender como se deu a desarticulao do

    monoplio do acar brasileiro;

    Compreender os condicionantes do ciclo do

    acar;

    Analisar as principais caractersticas

    desse ciclo.

  • Economia no Brasil Colonial

    Bibliografia:

    GREMAUD, A. P., VASCONCELLOS,

    M. A. S. de e TONETO JR, R..

    Economia Brasileira

    Contemporanea. 7 ed. So Paulo:

    Atlas, Pginas 329-331, 2013..

    FURTADO, Celso. Formao

    Econmica do Brasil. 34 ed. So

    Paulo: Companhia das Letras, Partes 1

    e 2, 2007.

  • Fundamentos Econmicos da ocupao

    territorial

  • Fundamentos Econmicos da ocupao

    territorial

    O incio da ocupao econmica

    do territrio brasileiro em boa

    medida uma consequncia da

    presso poltica exercida sobre

    Portugal e Espanha pelas demais

    naes europeias.

    S teriam direito s terras

    efetivamente ocupadas.

  • Fundamentos Econmicos da ocupao

    territorial

    Portugal buscou uma forma de

    utilizao econmica para cobrir os

    gastos de defesa da nova terra.

    Incio da explorao agrcola.

  • Fatores do xito da empresa agrcola

    Portugal j produzia acar nas

    ilhas do Atlntico.

    Desenvolveu a produo de

    equipamentos para engenhos

    aucareiros.

    Financiamento de instalaes

    produtivas no Brasil por parte de

    flamengos (principalmente

    holandeses).

  • Fatores do xito da empresa agrcola

    O conhecimento do mercado

    escravista por parte dos

    Portugueses resolveu o problema da

    escassez de mo de obra.

  • Desarticulao do monoplio

    Durante a sua permanncia no

    Brasil, os holandeses adquiriram

    conhecimento dos aspectos

    tcnicos e organizacionais da

    indstria aucareira.

    Esses conhecimento contribuem

    para implantao de uma empresa

    concorrente na regio do Caribe.

    Acaba-se o monoplio.

  • Desarticulao do monoplio

    Consequncias da desarticulao do

    monoplio:

    Reduo da rentabilidade (queda nos

    preos);

    Reduo das exportaes;

    Depreciao da moeda portuguesa

    (frente ao ouro)

    Indica a enorme importncia do acar

    brasileiro para o balano de pagamentos

    portugus.

  • Final do perodo colonial

    Desorganizado o comrcio de acar,

    Portugal no tinha meios para

    defender suas colnias.

    Para sobreviver como metrpole se

    aliou Inglaterra.

    Perdendo parte de sua soberania.

  • Final do perodo colonial

    Criou-se uma situao de

    semidependncia de Portugal para

    com a Inglaterra.

    Portugal fazia concesses econmicas e a

    Inglaterra promessas ou garantias

    polticas.

  • Final do perodo colonial

    Alguns dos privilgios dos

    comerciantes ingleses em Portugal:

    Liberdade de comrcio com as

    colnias;

    Controle sobre as tarifas de

    mercadorias importadas da Inglaterra.

  • Final do perodo colonial

    Contudo as garantias de sobrevivncia

    no garantiram o problema da

    decadncia econmica da colnia.

    Decorrente da desorganizao do

    mercado do acar.

    Desvalorizao da moeda

    portuguesa.

  • Final do perodo colonial

    Necessidade de reconsiderar a poltica

    econmica do pas.

    Buscou-se reduzir as importaes,

    fomentando a produo interna no setor

    manufatureiro.

    Tal poltica no chegou a

    amadurecer.

    Desenvolvimento da produo de

    ouro.

  • Final do perodo colonial

    Em 1703, Portugal celebra um acordo com a

    Inglaterra (TRATADO DE METHUEN):

    Tambm conhecido como Tratado dos Panos e

    Vinhos.

    Os portugueses se comprometiam a consumir

    os txteis britnicos e, em contrapartida, os

    britnicos, os vinhos de Portugal.

    Fez com que Portugal renunciasse a todo o

    desenvolvimento manufatureiro.

  • Final do perodo colonial

    No fim do sculo XVIII comea a

    decadncia da minerao do ouro

    no Brasil.

    A Inglaterra j havia entrado na

    Revoluo Industrial.

    Dada a necessidade de mercados

    mais amplos, a Inglaterra impe

    Portugal o abandono aos princpios

    protecionistas.

  • Final do perodo colonial

    Com a vinda do governo portugus

    para o Brasil sob a proteo inglesa e

    sem a descontinuidade desse governo,

    os privilgios econmicos da

    Inglaterra sobre Portugal passaram

    automaticamente para o Brasil.

  • Final do perodo colonial

    Apesar de se separar de Portugal em

    1822, o Brasil necessitou de dcadas

    para eliminar a tutela da Inglaterra.

    Mantida graas a slidos acordos

    internacionais.

  • CICLO DO ACAR

  • Introduo ao Ciclo do Acar

    Da poca Colonial (1500-1822) at

    a Repblica Velha (1889-1930),

    passando pelo Imprio (1822-1889),

    a economia brasileira dependeu

    principalmente do bom desempenho

    das suas exportaes.

    Exportaes: commodities

    agrcolas

    Brasil era AGROEXPORTADOR.

  • Introduo ao Ciclo do Acar

    Nesse contexto, o desempenho da

    economia brasileira dependia do

    mercado internacional.

    Preo internacional;

    Crescimento da renda mundial;

    Oferta mundial...

  • Introduo ao Ciclo do Acar

    Ciclos:

    So perodos em que a exportao

    concentrada num certo produto.

    Formao econmica determinada pelo

    binmio

    mercantilismo/colonialismo.

    Organizao da Colnia de modo a

    garantir a balana comercial

    favorvel da Metrpole.

  • Introduo ao Ciclo do Acar

    Principais caractersticas das

    economias baseadas em ciclos:

    Um produto lidera a exportao;

    A exportao (com a intermediao

    inevitvel da Metrpole) constitui a

    principal fonte criadora da renda

    colonial;

    Estratificao social.

  • Introduo ao Ciclo do Acar

    Principais produtos: acar, algodo,

    caf, borracha...

    A partir desses produtos foram

    definidos os ciclos econmicos.

    Ciclo do acar

    Ciclo do ouro

    Ciclo do caf

  • Condicionantes do Ciclo do Acar

  • Condicionantes externos do Ciclo do

    Acar

    Elevao da renda na Europa

    Ocidental;

    Aumento do consumo de acar;

    Elevao geral dos preos (arroba de

    acar em 1500: 400 ris; em 1650:

    1.800 ris).

  • Condicionantes internos do Ciclo do

    Acar

    Recursos naturais;

    Mo de obra;

    Conhecimento tcnico por parte dos

    Portugueses;

    Financiamento.

  • Capitalizao e nvel de renda na

    colnia aucareira

  • Capitalizao e nvel de renda na

    colnia aucareira

    Concentrao dos esforos do governo

    portugus nesse setor.

    Favores especiais concedidos queles

    que instalassem engenhos:

    Iseno de tributos,

    Honrarias e ttulos,

    ...

  • Capitalizao e nvel de renda na

    colnia aucareira

    Rpido desenvolvimento da indstria

    aucareira.

    Expanso particularmente intensa no

    fim do sculo XVI.

  • Capitalizao e nvel de renda na

    colnia aucareira

    Alguns dados:

    120 engenhos.

    Valor mdio por engenho: $15 mil libras

    esterlinas.

    Total de $1,8 milhes na etapa produtiva

    da indstria.

    15 mil escravos.

    Valor mdio do escravo: $25 libras

    Capital empregado na mo de obra

    escrava aproxima-se de 20% do

    capital fixo da empresa.

  • Capitalizao e nvel de renda na

    colnia aucareira

    Valor total do acar exportado num ano

    favorvel: $2,5 milhes de libras.

    Renda lquida correspondia a 60% desse

    montante.

    A atividade aucareira correspondia a

    75% da renda total gerada na colnia.

    A populao europeia no seria superior a

    30 mil habitantes.

    Colnia era extremamente rica.

  • Capitalizao e nvel de renda na

    colnia aucareira

    Renda fortemente concentrada nas

    mos dos proprietrios de engenho.

    Grande parte da renda era gasta com

    bens importados.

    Grande parte da renda destinada ao

    consumo ajudou a conter uma possvel

    superproduo de acar.

  • Decrescimento da produo do aucar

  • Decrescimento da produo do aucar

    A economia escravista dependia da

    demanda externa.

    Incio da forte concorrncia das

    Antilhas e a queda dos preos

    desorganizou o mercado do acar.

    A economia mineira passou a atrair

    mo de obra, elevando o preo dos

    escravos, reduzindo a rentabilidade

    da empresa aucareira.

  • Resumo

  • Resumo

    A necessidade da ocupar as novas terras

    fez com que Portugal buscasse uma

    alternativa econmica vivel para essa

    ocupao.

    Criou-se uma empresa agrcola.

    Os fatores do xito dessa empresa

    agrcola foram: conhecimento tcnico,

    financiamento, mo de obra e recursos

    naturais.

  • Resumo

    A desarticulao do monoplio do acar

    luso-brasileiro se deu com o aumento da

    concorrncia.

    A queda do preo do acar, o aumento da

    concorrncia e o deslocamento de mo de

    obra para a indstria de minerao gerou

    uma perda de rentabilidade na atividade

    que era, at ento, a mais dinmica.

  • Resumo

    Condicionantes externos que

    possibilitaram o ciclo do acar: aumento

    da renda mundial, aumento do consumo

    do acar, elevao do preo.

    Principais caractersticas econmicas e

    sociais desse perodo: forte concentrao

    de renda, colnia extremamente rica e

    forte estratificao social.