fisiologia veterinÁria – 3° período aula 1

FISIOLOGIA VETERINÁRIA – 3°Período

Profª Luisa Maria

UNIDADES E SUBUNIDADESUnidade: Conteúdo: Total de aulas

na unidade:Pres. EAD

01 Alterações fisiológicas durante exercício 02 01

02

2.1

2.2

2.3

2.4

Fisiologia Digestiva

Digestão dos Carnívoros

Digestão de Monogástricos

Digestão de Poligástricos

Digestão nas aves

08 04

03

3.1

3.2

3.3

3.4

Fisiologia Renal

Funções renais

Filtração e excreção renal

Ação do controle Nervoso na excreção

Manutenção do Equilíbrio Interno

06 03

04

4.1

4.2

4.3

4.4

Fisiologia do Sistema EndócrinoEixo hipotálamo-hipófiseGlândulas tireoide e paratireoideSuprarrenalEndocrinologia Digestiva

08 04

05

5.1

5.2

5.3

5.4

Fisiologia da Reprodução e LactaçãoReprodução nos machosReprodução nas fêmeasFisiologia da gestaçãoFisiologia da lactação

06 03

05

5.1

Fisiologia comportamental

Atividades fisiológicas relacionadas ao comportamento nas diversas espécies domésticas

02 01

6 Avaliações 08 04Total de aulas: 60

FISIOLOGIA VETERINÁRIA - PLANO DE ENSINO

FISIOLOGIA VETERINÁRIA - PLANO DE ENSINO: AVALIAÇÕES

PROCESSO DE AVALIAÇÃO(listar os mecanismos de avaliação e respectivas po ntuações, de acordo com Regimento da UninCor)

ETAPA N1

Questionários

Tarefas via AVA

Avaliação

TOTAL: 40 pontos

10

10

20

ETAPA N2

ETAPA E1

Prova Institucional

Questionários

Tarefas via AVA

ETAPA E2Avaliação de todo o conteúdo

TOTAL: 60 PONTOS

Subtotal: 30 pontos

10

10

10

Subtotal: 30 pontos

30

FISIOLOGIA VETERINÁRIA - PLANO DE ENSINO: AVALIAÇÕES

• “DPP”: A CONFIRMAR!!!

• PREVISÃO AVALIAÇÃO 1: 16/04 (JUNTO COM OS QUESTIONÁRIOS 1 E 2).

• PREVISÃO AVALIAÇÃO 2 E 3: ...

– ENTENDIDOS? ........

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO


• O que é?– A fisiologia do exercício é o estudo da adaptação aguda e

crônica da ampla gama de condições que aperfeiçoam oexercício físico. É uma área do conhecimento científicoque estuda como o organismo se adapta fisiologicamenteao estresse agudo do exercício, isto é, à atividade física etambém ao estresse crônico do treinamento físico(WILMORE & COSTILL, 2001)

• Onde ocorrem alterações?– Na bioquímica orgânica, na bioenergia, função

cardiopulmonar, hematologia, biomecânica, fisiologia domúsculo esquelético, a função do sistema neuroendócrinoe nervoso, a nível central e periférico.


• As alterações ocorrem em todas as espécies animais, entretanto, alguns grupos são melhor adaptados ao exercício extremo.– Cavalos puro-sangue, Quarto de milha, Cães galgos, grandes felinos

caçadores, ...

• Adaptação fisiológica também ocorre por condicionamento físico

• Potencial de desempenho é determinado pela genética associada a fatores externos (estresse por exemplo)


1 – Alterações sanguíneas

– Mobilização de glóbulos vermelhos � capacidade de liberar O2 para os tecidos; quantidade de substratos metabólicos; eficiência na remoção de produtos do metabolismo (catabólitos); termo regulação;

– Alterações rápidas, aumento em leucócitos, eritrócitos e plaquetas;

– Eritrócitos provenientes do baço � contração esplênica libera conforme a demanda (estímulo do sistema nervoso simpático);

– Consequência: aumento no Volume Globular (VG), hemoglobina e contagem de glóbulos vermelhos.

• Algumas espécies já possuem valores hematológicos superiores (Puro-sangue, Galgos...)


• Maior capacidade de transporte de O2

– Genética

– Treinamento:

• Adaptações orgânicas às demandas metabólicas

• Cansaço: treinamento prolongado leva a um aumentoexcessivo na quantidade de hemácias econsequentemente na viscosidade do sangue:oxigenação tecidual deficiente pela deficiente perfusãocapilar.


• Alterações no sistema Cardiovascular– Débito Cardíaco (DC): Aumentado para atender as demandas

musculares• DC = Frequência cardíaca(FC) x Volume Sistólico (VS)

– Exercício Intenso: Máxima FC; Limitante é VS– Exercício Moderado: DC aumenta linearmente com FC– Alterações no DC determinam o potencial de alcance aeróbio do

organismo– Animais atletas são mais eficientes que seres humanos atletas– Em atletas, FC está aumentada mesmo quando em repouso– A FC pode ser aumentada de 35 para 240 batimentos/min (puro-

sangue) e de 90 para 300 batimentos/min (galgos)– VS em geral aumenta ou mantem-se inalterado durante exercício– Com essas alterações, a contração do miocárido é aumentada (força),

aumentando também a necessidade de Oxigênio pelas células cardíacas.

• Fluxo sanguíneo– Pulmonar aumentado: abertura de capilares pulmonares

fechados– Vasodilatação Coronária: fornecimento de oxigênio para a

contração miocárdica– Vasodilatação nos músculos em atividade– Vasoconstrição nos músculos inativos e no baço– Aumento no fluxo sanguíneo para a pele (depende da

temperatura e umidade ambientes)

• Adaptações cardiovasculares para manter o suprimento de oxigênios para os tecidos com exigência aumentada e termo regulação corpórea.


Alterações no fluxo sanguíneo e distribuição do débito cardíaco no cão e cavalo em repouso e

exercício

TECIDO/ÓRGÃO REPOUSO EXERCÍCIO MODERADO*

EXERCÍCIO INTENSO

CÉREBRO 10% 5% 2%

CORAÇÃO 5% 5% 5%

PELE 5% 5% 5%

MÚSCULO 15% 50% 80%

RIM 20% 15% 2%

BAÇO 30% 10% 3%

OUTROS 15% 10% 3%

*REDUÇÃO PROGRESSIVA DOS VALORES CONFORME AUMENTA A INTENSIDADE DO EXERCÍCO• CORAÇÃO E PELE MANTÉM VALORES CONSTANTES INDEPENDENTE DA INTENSIDADE


• Pressão Sanguínea– Exercício moderado: relativamente constante �

Barorreceptores arteriais na parede do arco aórtico e no seio carotídeo

– Exercício Intenso: Aumento na pressão arterial média, tanto sistêmica quanto pulmonar � resultado do aumento do DC

– Galgos já tem a pressão arterial média mais elevada em relação à outras raças.


• Sistema Respiratório

– Ventilação : Consequência do aumento no volume corrente respiratório, na frequência respiratória ou em ambos.

– Consumo de Oxigênio: aumenta linearmente com o aumento do exercício (intensidade/velocidade)

– As alterações cardíacas e sanguíneas permitem uma maior eficiência nas trocas gasosas teciduais

• Cavalos tem capacidade de aumentar seu consumo de O2 em até 40 vezes � transporte dos gases mais eficiente


• Controle nervoso envolvido nas alterações cardiovasculares e respiratórias

– Ventilação pulmonar: propioceptores no aparelho locomotor � inibe efeito da PaCO2 (inibição)

– Efeitos cardíacos: Estímulo do sistema nervoso autônomo simpático + catecolaminas + remoção da inibição parassimpática.

– Mobilização de eritrócitos: neural (Simpático) e humoral (catecolaminas)


• Pressão dos gases sanguíneos e equilíbrio acidobásico– Acidose metabólica é observada em exercícios

extenuantes � ácido lático sanguíneo; hipercapnia(aumento da PCO2 arterial) e hipoxemia arterial (baixa PO2)

– Hipoxemia de atletas� edema pulmonar intersticial; hipoventilação; maior comprimento das vias aéreas (maior resistência ao fluxo)

– Aumento na temperatura corporal

– Curva da dissociação da oxi-hemoglobina desequilibrada (facilita a liberação de O2 para os tecidos)

– Desequilíbrio CO2 – O2: saturação incompleta


• Hemorragia pulmonar produzida por exercício (HPPE)

– Fatores como idade e distância percorrida influenciam

– Sinais: sangramento nasal; realizar exames nas vias aéreas


• Sistema muscular– Variações entre os tipos de fibras musculares

• Tipo I (vermelhas): contração lenta, altamente oxidativas, mais resistentes à fadiga.

• Tipo II (brancas): contração rápida, intermediárias (A: oxidativas; B: glicolíticas e C: mistas), baixa resistência à fadiga. (cães essas fibras são altamente oxidativas)

• Proporção de fibras: determinação genética, treinamento �aumento no tipo IIA em grupos musculares mais exigidos (glúteos nos cavalos)

• Contrações potentes com aceleração rápida e geração de força exigem mais IIB

• Exaustão progressiva: todos os tipos são utilizados à medida que alguns grupos vão entrando em fadiga

• Exercícios intensos máximos todas as fibras são utilizadas desde e começo


• Capilares sanguíneos – Suprimento vascular que torna possível a troca de

substratos metabólicos (O2 e nutrientes) por catabólitos (CO2 e produtos resultantes do metabolismo)

– Densidade aumenta com o treinamento em atletas

– Conforme o tipo de fibra também ocorrem alterações (capacidade de difusão alta em tipo I e mais baixa em tipo IIB)


• Alterações bioquímicas– Exercício de explosão (velocidade): acidose por liberação

de ácido lático (lactato) no metabolismo muscular � gasto das reservas de oxigênio, alterando o metabolismo para o uso do glicogênio e, leva à fadiga muscular

– Exercício de condicionamento: pela alteração na proporção de fibras oxidativas /glicolíticas (slides anteriores) ocorre um aumento no estoque de glicogênio muscular disponível, reduzindo as alterações bioquímicas observadas

– Outra alteração: aumento na quantidade de mitocôndrias � maior eficiência no metabolismo aeróbio


• Energética do exercício

– ATP � ADP + P E

– Vias: • Fosforilação oxidativa (aeróbia)� ácidos graxos, glicose, glicogênio

e triglicerídeos circulantes• Fosforilação anaeróbia � creatina, glicose e glicogênio local

– Normalmente as vias estão em equilíbrio• Exercício extenuante: anaeróbio• Resistência: aeróbio

– Regulação: se o fluxo sanguíneo é adequado a fosforilação oxidativa é preferencial (AG circulantes)

• Fluxo insuficiente ou necessidades aumentadas: glicólise


• Termo regulação e equilíbrio hídrico– O consumo de oxigênio durante o exercício produz calor

no organismo (aumento da temperatura corporal)

– Mecanismos termo reguladores: • Vasodilatação periférica com aumento do retorno venoso

superficial em extremidades (dissipação do calor na superfície)

• Perda de calor evaporativa através das glândulas sudoríparas (CÃES?) � Sistema Nervoso Simpático ativa as glândulas

• NÃO FUNCIONA EM TEMPERATURAS OU UMIDADE MUITO ELEVADAS � PERIGO DE DESIDRATAÇÃO, especialmente em equinos (alta sudorese)

• Ôfego: Ventilação aumentada � principal mecanismo em cães

• Suor: perdas hídricas e eletrolíticas (Na, K, Cl) significativas �mecanismos para manter a homeostase


• Respostas hormonais– Glândulas envolvidas:

• Tireoide � aumenta respiração celular (utilizaçãooxigênio disponível) , síntese proteica e enzimática)

• Adrenal � glicocorticóides aumentam a sínteseproteica e enzimática (síntese de glicose e lipólise quefuncionam como combustível adicional para osmúsculos); adrenalina estimula utilização de glicogênio,ativa lipases, estimula o coração, altera a distribuiçãodo fluxo sanguíneo, estimula contração, relaxabronquíolos e aumenta a frequência respiratória;noradrenalina atua em exercícios curtos intensos


• Conceitos importantes:

– Alterações fisiológicas nos diversos sistemas durante o exercício físico

– Diferenças entre exercícios intensos de curta duração (explosão) e de treinamento

– Adaptações de algumas espécies ao exercício (quais são)

– Rever conceitos de contração muscular, equilíbrio orgânico, fisiologca cardíaca e respiratória


• Até a próxima!!!

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