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FISIOLOGIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS II Profa. Rubia Bueno da Silva Avaré/ 2012 Faculdade de Medicina Veterinária

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Page 1: FISIOLOGIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS II Profa. Rubia Bueno da Silva Avaré/ 2012 Faculdade de Medicina Veterinária

FISIOLOGIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS II

Profa. Rubia Bueno da Silva

Avaré/ 2012

Faculdade de Medicina Veterinária

Page 2: FISIOLOGIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS II Profa. Rubia Bueno da Silva Avaré/ 2012 Faculdade de Medicina Veterinária

Conteúdo programático: Fisiologia II

SEÇÃO 1: Sistema endócrino

SEÇÃO 2: Sistema reprodutivo

SEÇÃO 3: Sistema digestório

SEÇÃO 4: Sistema respiratório

SEÇÃO 5: Sistema renal

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Critério de avaliação

Serão realizadas duas provas bimestrais (P1 e P2) e um trabalho em grupo (T1). A nota final será a média ponderada das três avaliações conforme os pesos definidos abaixo:

• Peso da P1: 7

• Peso da P2: 7

• Peso do T1: 3

Logo...

Média final = Nota P1 + Nota P2 x 0,7 + Nota trabalho X 0,3

2

Serão aprovados alunos com média ≥ 7.

Serão reprovados alunos com média < 3.

Ficarão para exame alunos com média ≥ 3 e < 7.

Nota exame final ≥ 5 (conteúdo semestral)

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1) Introdução

Sistema endócrino

2) Hipófise

3) Tireóide

4) Paratireóide

5) Pâncreas

6) Adrenal

7) Reprodução

Localização anatômica

Biosíntese hormonal

Liberação hormonal

Transporte

Metabolismo

Mecanismo de ação na célula alvo

Efeitos dos hormônios

Regulação dos níveis hormonais

Disfunções importantes

Abordagem para cada glândula:

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• Funções gerais que regula:

o Metabolismo

o Volume e conteúdo de líquidos

o Crescimento

o Desenvolvimento e maturação sexual

oComportamento

INTRODUÇÃO AO SISTEMA ENDÓCRINO

• Principal função: produzir e secretar mediadores químicos que agem em suas células alvo para que estas executem funções específicas.

• Hormônios: substâncias químicas secretadas por células e que exerce efeitos fisiológicos sobre outras células do corpo (tecidos alvo). Podem agir por minutos ou horas. Inativados no fígado ou excretados nos rins.

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• Homeostase: regular sistema interno para manter condição estável e, dessa forma, manter sua sobrevivência. Funcionamento de todos os sistemas são controlados pela interação:

Sistema nervoso

Sistema endócrino

Sistema nervoso: sinaliza ao sistema endócrino informações sobre o meio ambiente/ meio interno

Sistema endócrino: regula reações internas do organismo em resposta ao sistema nervoso.

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Sistema nervoso

Sistema endócrino

• Neurônios

• Neurotransmissores

• Sinapses

• Glândulas

• Mediadores químicos (hormônios)

• Sangue

Ações rápidas:

Frio - tremor

Dor (reflexos imediatos)

Contrações musculares

Movimentos viscerais rápidos

Ações lentas (minutos ou horas):

Calor (metabolismo)

Parto

Velocidade de reações químicas

Transporte de substâncias através de membranas

Crescimento

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Glândulas exócrinas/ endócrinas

Glândula exócrina Glândula endócrina

Secretam normalmente para ductos que levam

secreção para cavidades corporais ou para fora do

corpo

Secreção normalmente no sangue

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Glândulas endócrinasPineal

HipotálamoHipófise (pituitária)

TireóideParatireóides

TimoAdrenais

Ovários/testículos

Pâncreas*

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Sinalização endócrina clássica

Células endócrinas produzem e liberam hormônios na

corrente sanguíneaCélulas alvo com receptores

para hormônios

Hormônios circulam pelo organismo através do sangue

Tipos de sinalização hormonal

Sinalização Endócrina: mensageiro biológico (hormônio) é produzido e liberado por uma célula endócrina para a circulação sanguínea. A célula alvo se encontra distante da célula que secretou o hormônio.

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Sinalização Parácrina: mensageiro celular não é liberado na corrente sanguínea, mas sim no fluido existente entre as células (fluido intersticial). Assim agem nas células vizinhas que contém os receptores, e não sobre a célula que o secretou. Ex: intestino produz hormônios parácrinos (secretina) que estimulam a secreção de sucos digestivos do pâncreas.

Sinalização Autócrina: mensageiro celular não é liberado na corrente sanguínea, mas sim sobre a própria célula ou em suas proximidades e, através da ligação a receptores, executa sua função. Ex: esteróides em folículos ovarianos.

Tipos de sinalização hormonal

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Neurócrina: Liberação através de terminações nervosas. Ex: mensageiro celular (neurohormônio) é secretado por um neurônio neurosecretório, transportado através do axônio, cai na corrente circulatória e atinge células distantes do neurônio que liberou o estímulo.

Tipos de sinalização hormonal

ocitocina

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Controle hormonal (feedback) Controle Neuronal Controle Cronotrópico

Feedback negativo Adrenérgica Oscilatório

Feedback positivo Acetilcolina Pulsátil

Dopaminérgica Ritmo Circadiano

Serotoninérgico Ritmo menstrual ou lunar

Endorfinérgico – encefalinérgico Ritmo sazonal

GABAérgico

Regulação da produção hormonal

Feedback negativo: reação do organismo para reverter mudanças corporais e manter equilíbrio. Secreção do hormônio é controlada pelo excesso ou falta de seus efeitos ou do próprio hormônio: excesso – produção retardada/ falta: produção acelerada. Pode haver regulação de outros hormônios quando estes agem em conjunto. Ex: manutenção da taxa glicolítica.

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Regulação da produção hormonal Feedback positivo: é menos comum. Neste caso, as ações ou produtos hormonais provocam o aumento da secreção hormonal e, assim, acentuam o efeito biológico primário do hormônio. Ex: mecanismo do parto.

Liberação ocitocina

Passagem canal do parto

Liberação ocitocina

Controle neuronal: as ações ou produtos hormonais são controlados por variações na produção de neurotransmissores. Ex: adrenalina e glucagon.

Liberação adrenalina

Estimula glucagon

Liberação glicose

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Regulação da produção hormonal Controle cronotrópico: alterações relacionadas aos ciclos circadianos (ciclos diários – dia e noite; estações do ano - sazonais; lunares) que podem interferir na produção hormonal. Ex: sazonalidade.

Aumento luz (primavera/verão)

Percepção Pineal

Hipotálamo(GnRH)

Hipófise

Ovários

Ciclicidade

(FSH/LH)

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Intensidade dos efeitos hormonais dependem de: Números de receptores ativos

Concentração plasmática

o Taxa de produção hormonal pela glândula

o Taxa de metabolismo e excreção do hormônio

o Quantidade de proteínas de transporte (para alguns hormônios)

o Alterações do volume plasmático

o Especificidadeo Número receptores: 500 a 100.000 receptores/ hormônio

o Exposição prolongada a baixas concentrações de um dado hormônio leva a um aumento do nº de receptores

o Saturação: altíssimas concentrações do hormônio = todos receptores são ocupados

o Exposição prolongada a altas concentrações de um dado hormônio leva a uma queda do nº de receptores

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o Taxa de produção hormonal pela glândula depende de...

feedbacks (controle hormonal) controle neuronal controle cronotrópico o Taxa de metabolismo e excreção depende de...

metabolização no próprio receptor, no fígado ou rins excreção pela urina Ex: exercício reduz fluxo renal e hepático (elevação hormonal)

o Proteína transportadora

relação hormônio ligado versus proteína livre - quantidade de proteína transportadora - afinidade de ligação da proteína Ex: elevação do estrogênio durante prenhez e tiroxina

o Volume plasmático sua redução leva ao aumento na concentração hormonal Ex: exercício físico (desidratação)

Concentração plasmática

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BIBLIOGRAFIA BÁSICACUNNINGHAM, J. G. Tratado de Fisiologia Veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.REECE, W. D. Fisiologia dos Animais Domésticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.SWENSON, M. J. D. Fisiologia dos Animais Domésticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.

 

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTARBERNE, R. M. Fisiologia. Guanabara Koogan, 2004.BERNE, R. M. Fisiologia Humana e mecanismos das doenças. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.SCHMIDT-NIELSEN, K. Fisiologia Animal: adaptação e meio ambiente. São Paulo: Editora Livraria Santos, 2002.