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Aula 13: Distúrbios gastrointestinais

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Aula 13: Distúrbios gastrointestinais

� Distúrbios gastrointestinais são aqueles que afetam todo o tubo gastrointestinal e órgãos anexos;

� Os mais frequentes são: azia, gastrite, úlcera péptica, constipação, diarreia, etc.

Distúrbios gastrointestinais

� A indigestão é uma sensação incômoda que indica que o organismo não conseguiu digerir os alimentos adequadamente.

� Ela surge devido ao excesso de alimentos que se tornam irritantes, aumentando os níveis de ácido clorídrico que provoca acidez e o refluxo estomacal.

� Para evitar a indigestão faça várias refeições ao longo do dia, preferindo alimentos leves, e com pouco molho.

Indigestão

� Azia é uma sensação de queimação no esôfago. A dor geralmente eleva-se até o peito e pode irradiar até o pescoço e garganta. A sensação de queimação é causada pela exposição do esôfago ao conteúdo ácido do estômago. Azia também foi identificada como uma das causas de asma e tosse crônica.

Azia

� Alimentos que podem causar azia:*Café, chá, refrigerantes tipo cola e cafeinados.*Álcool.*Chocolate.*Frutas cítricas.*Tomate e molho de tomate.*Alimentos apimentados e gordurosos.*Hortelã.

� Prevenção da azia: Se azia acontecer quando estiver deitado, elevar a cabeça com travesseiros ou sentar geralmente provê alívio, porém deve-se ter cuidado para evitar colocar estresse contínuo no pescoço.

� Dieta restritiva: u m dieta restritiva é importante, já que 90-95% dos que sofrem com azia podem relacionar os sintomas a alimentos específicos. Assim, é importante que pessoas que sofrem de azia controlem sua dieta escolhendo os alimentos e bebidas que têm menor risco de causar refluxo ácido e evitando os que são principais disparadores da azia.

Azia

� Tratamento com antiácidos: os mais utilizados para os casos de azia são hidróxido de magnésio, hidróxido de alumínio e bicarbonato de sódio

Azia

� Gastrite é a inflamação da mucosa do estômago;� Gastrite aguda: aparecimento súbito, evolução rápida e

facilmente associadas a um agente causador, como medicamentos, infecções e estresse físico ou psíquico. Esses agentes incluem antiinflamatórios não esteróides, corticóides, bebidas alcoólicas e a ingestão acidental ou suicida de certas

Gastrite

substâncias corrosivas são exemplos de agentes agressores.

� Gastrite crônica: Muco protetor produzido em quantidades insuficientes e/ou ácido clorídrico produzido em excesso. Sabe-se que a bactéria Helicobacter pylori pode determinar uma gastrite crônica.

� A maioria dos casos crônicos não apresenta sintomas.

� Já na gastrite aguda, quando existem queixas, são muito variadas: dor em queimação no abdômen, azia, perda do apetite, náuseas e vômitos, sangramento digestivo, nos casos complicados, demonstrado pela evacuação de fezes pretas e/ou vômitos com sangue.

Gastrite - Sintomas

� O tratamento está relacionado ao agente causador.� Nos casos de gastrite aguda associada ao uso de medicações

antiinflamatórias, sua suspensão e/ou substituição, associada ao uso de medicamentos que neutralizem, que inibam ou bloqueiem a secreção ácida do estômago, é o tratament o básico .

� A endoscopia, mais utilizada nos casos de gastrite aguda acompanhada de sangramento, além de poder fazer o diagnóstico, pode interromper a hemorragia aplicando variados tratamentos locais.

� Não há consenso sobre a vantagem de tratar a bactéria Helicobacter pylori quando há gastrite sem úlcera, pois não tem sido observada uma melhora significativa dos sintomas digestivos.

Gastrite - Tratamento

� Os medicamentos utilizados para melhora sintomática podem atuar melhorando o esvaziamento gástrico ou reduzindo a secreção de ácido.

� Os que melhoram o esvaziamento gástrico são os chamados pró-cinéticos, que reduzem a estase alimentar no estômago e auxiliam na digestão, como por exemplo, a metoclopramida (Plasil®) e a bromoprida (Digesan®).

Gastrite - medicamentos

Gastrite - medicamentos

A redução da secreção de ácido é eficiente para combater a dor e a azia, e pode ser feita com medicamentos de dois grupos:

� Antagonistas de receptores H2: Os receptores H2 encontram-se nas células do estômago que produzem o ácido clorídrico. O seu bloqueio resulta na menor produção do ácido. Cimetidina(Tagamet®) e ranitidina (Antak®). São também usados para a prevenção da gastrite aguda nos pacientes hospitalizados.

� Inibidores da bomba de prótons: Também inibem a secreção de ácido clorídrico. Omeprazol(Peprazol®) e pantoprazol (Pantozol®).

� Outros medicamentos que podem ser usados, eventualmente, são os protetores da mucosa gástrica, como o sucralfato, por exemplo.

� Comer em pequenas quantidades e várias vezes ao dia, evitando ficar sem alimentação por mais de 3 horas seguidas.

� Alimentar-se com calma, mastigando bem os alimentos, o que facilita o esvaziamento gástrico e a digestão.

� Evitar os famosos "fast-foods".� Consumir bebidas alcoólicas com moderação, se possível evitar o

consumo.� Não há motivo para restrição dietética, mas se possível devem-se evitar ou

reduzir a ingestão de alimentos muito gordurosos, frituras, doces concentrados, comidas muito condimentadas. Preferir refeições mais leves, de mais fácil digestão.

� O consumo de café e outras bebidas que contém cafeína não é contra-indicado se o paciente tolera bem essas bebidas.

� Outra questão importante é o cuidado com a higiene pessoal e dos alimentos, para reduzir a transmissão de agentes infecciosos.

Gastrite - Prevenção

� Úlcera é definida como uma lesão aberta, com perda de tecido, que ocorre na pele ou nas mucosas, ou seja, éuma ferida.

� A úlcera péptica é uma lesão (ferida) da mucosa do aparelho gastrointestinal, que ocorre principalmente no estômago e no duodeno (porção inicial do intestino).

Úlcera péptica

� Durante muito tempo se acreditou que a úlcera péptica resultava da ação do ácido nas paredes do estômago e do duodeno, corroendo as mesmas e formando as feridas.

� Porém, hoje sabemos que a doença surge quando há um desequilíbrio entre os fatores agressores e protetores da mucosa gástrica/duodenal. O ácido gástrico passou a ser um co-ator na gênese dessa doença.

� Na ausência do uso de antiinflamatórios não-esteróides e de tumores que estimulam a produção de ácido, quase todas as úlceras de estômago e duodeno estão relacionadas à infecção por uma bactéria: o Helicobacter pylori.

Úlcera péptica

Úlcera péptica e Helicobacter pylori

Endoscopia

Visão pelo endoscópio

Normal

Ulcerações

Pelo H. pylori

� Essa infecção é extremamente comum, podendo acometer até 95% da população; a bactéria habita o estômago e éresponsável pelo desequilíbrio que leva àformação das úlceras. Os fatores que atuam em conjunto com essa bactéria, na lesão da mucosa, são o uso de antiinflamatórios e o tabagismo.

Úlcera péptica

� Não existe comprovação científica de que os alimentos (café, refrigerantes, leite, álcool e condimentos) favoreçam o desenvolvimento de úlcera péptica. Da mesma forma, as pessoas em geral acreditam que exista um fator psicológico envolvido nessa doença, mas isso também não foi confirmado.

Helicobacter pylori

� O sintoma mais comum é a dor, geralmente em queimação, não muito intensa, localizada na região do estômago ("boca do estômago").

� Dor que começa 2-3 horas após a alimentação, e à noite (podendo acordar o paciente de madrugada), que melhora com o uso de antiácidos e com a ingestão de alimentos: associada à úlcera de duodeno.

� Dor que piora ou é desencadeada quando o paciente se alimenta: comum na úlcera de estômago.

� Presença de períodos de melhora e outros de piora da dor. Outros sintomas que podem surgir são: náuseas, vômitos, eructação ("arrotos"), flatulência (eliminação de gases), entre outros.

� Alguns pacientes são completamente assintomáticos, tendo como primeira manifestação uma das complicações da doença.

Úlcera péptica - Sintomas

� Os medicamentos utilizados no tratamento dessa doença são, principalmente, aqueles que reduzem a produção de ácido pelo estômago (os mesmos vistps para gastrite).

� Um aspecto de extrema importância no tratamento da úlcera éa erradicação do H. pylori, quando presente. Se os exames forem positivos para essa infecção, o paciente faz uso de esquema com antibióticos, com o objetivo de acabar com a mesma.

� Outros medicamentos que podem ser utilizados são os antiácidos: hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, bicarbonato de sódio, etc. Eles funcionam apenas para alívio rápido dos sintomas. Os outros são medicamentos que ajudam a proteger a mucosa gástrica, como o sucralfato e o bismuto coloidal.

Úlcera péptica - Tratamento

A cirurgia está indicada nos seguintes casos:� Presença de complicações da úlcera péptica;� Tratamento medicamentoso não levou à cicatrização da úlcera;� Recidivas são freqüentes, mesmo após o tratamento da úlcera

e da infecção pelo H. pylori.� São várias as técnicas que podem ser utilizadas, cada uma

com suas vantagens, desvantagens e riscos, os quais nunca devem ser desconsiderados.

Úlcera péptica - Tratamento

� Perfuração: ocorre quando a úlcera corrói toda a parede do órgão (estômago, duodeno). É uma complicação grave que pode levar a infecção abdominal e morte caso não seja prontamente tratada.

� Obstrução: quando a úlcera cicatriza e forma fibroses que obstruem o trânsito dos alimentos pelo tubo digestivo.

� Hemorragia: é a complicação mais comum, podendo aparecer como sangue nas fezes ou vômitos de sangue.

Úlcera péptica - Complicações

� Constipação para o paciente significa fezes excessivamente duras e pequenas, eliminadas infreqüentemente ou sob excessivo esforço defecatório.

� Para o médico ela pode estar ocorrendo quando o paciente evacua até duas vezes por semana (menos de uma vez a cada 3-4 dias) ou há excessiva dificuldade para defecar.

� Já o pesquisador conceitua como diminuição do conteúdo líquido das fezes, ou seja, menos de 70% de água em seu peso total.

Constipação - definições

� Pouca fibra alimentar, baixa ingestão líquida, sedentarismo, limitações dos movimentos do corpo (seqüelas, reumatismo, velhice).

� Certos medicamentos: antidepressivos, antitussígenos, analgésicos opiáceos (codeína, morfina), antiparkinsonianos, anti-hipertensivos, antiácidos contendo alumínio, preparados com cálcio.

� Alterações que alteram os hormônios ou modificam o aproveitamento e a eliminação de substâncias:

� Hipotireoidismo, diabete, insuficiência renal crônica. � Patologias neurológicas e musculares, situações psiquiátricas. � Anormalidades estruturais dos intestinos, estreitamentos do intestino

grosso;� Complicações cicatriciais de diverticulite, inflamações como efeito

indesejável de radioterapia, tumores malignos do reto e porção final do intestino grosso.

Constipação - causas

� Estimular a ingestão de fibras formadoras e umidificadoras do bolo fecal (a granola e o farelo de trigo são muito populares e eficientes), sugerir o uso de alimentos com propriedades laxativas naturais (são muito usados o mamão e a ameixa preta),

� Consumo de bastante líquido;� Óleo mineral, supositórios;� O uso de um ou mais dentre as diversas classes de laxativos, deve

ser feito com muita cautela. Esses produtos, muitas vezes vendidos sob o rótulo de "naturais" ou disponíveis em farmácias sem necessidade de receita médica, podem causar dano e ter efeito irritativo sobre a mucosa e o sistema neuromotor do intestino. Além disso, pessoas com alterações cardíacas ou renais, podem apresentar piora aguda de suas doenças por perda excessiva de líquidos e minerais eliminados com as fezes.

Constipação - tratamento

Constipação - tratamento

� Estimular a ingestão de fibras formadoras e umidificadoras do bolo fecal (a granola e o farelo de trigo são muito populares e eficientes), sugerir o uso de alimentos com propriedades laxativas naturais (são muito usados o mamão e a ameixa preta),

� Consumo de bastante líquido;� Óleo mineral, supositórios;� O uso de um ou mais dentre as diversas classes de laxativos, deve

ser feito com muita cautela. Esses produtos, muitas vezes vendidos sob o rótulo de "naturais" ou disponíveis em farmácias sem necessidade de receita médica, podem causar dano e ter efeito irritativo sobre a mucosa e o sistema neuromotor do intestino. Além disso, pessoas com alterações cardíacas ou renais, podem apresentar piora aguda de suas doenças por perda excessiva de líquidos e minerais eliminados com as fezes.

Constipação - tratamento

� Na prática, pensa-se em diarréia quando há um maior número de evacuações, acompanhado de fezes de consistência diminuída, disformes, pastosas ou líquidas.

� Diarréia ocorre quando aumenta a proporção de água contida nas fezes;

� A urgência evacuatória, a incapacidade de segurar as fezes (incontinência) e múltiplas evacuações poderiam ser referidas erroneamente como diarréia, mas podem acontecer com consistência fecal normal.

Diarréia

� O termo diarréia aguda refere-se ao início súbito e à duração menor que três semanas, a grande maioria resolvendo-se em menos de três a cinco dias.

� A maior parte das diarréias agudas é causada por vírus, bactérias ou parasitas. Há germes produtores de toxinas que alteram o funcionamento intestinal.

� Alguns microorganismos invadem a mucosa, causando lesões com secreção de sangue, muco ("catarro") e pus. Isso caracteriza o que chamamos de disenteria, um tipo particular de diarréia.

� Mais raramente, a diarréia pode ser causada por hipertireoidismo ou tumores gastrintestinais - benignos ou malignos - que produzem substâncias causadoras de diarréia; esses exemplos são mais ligados a quadros crônicos.

� O uso de diversos medicamentos também pode levar à ocorrência de diarréia aguda.

Diarréia aguda

� Diminuição da consistência habitual das fezes que podem alcançar o estado líquido;

� Além da diarréia propriamente dita, é comum sentir-se desconforto abdominal, cólica, plenitude (sensação de estufamento), excesso de flatos (gases), mal-estar generalizado, náusea e vômito.

� Menos freqüentemente, pode-se observar sangue pus ou muco nas fezes além de febre.

� Diarréias com perdas de grandes quantidades de líquido, em pessoas debilitadas por outras doenças, em idosos ou em crianças, podem evoluir para desidratação. Nesses casos, pode-se notar ressecamento de mucosas saliva escassa e espessa sede excessiva cansaço e sonolência.

Diarréia aguda - sintomas

� A maior parte das diarréias agudas tem resolução espontânea em poucos dias.

� Deve-se dar atenção para a manutenção de uma ingestão líquida adequada a fim de evitar a desidratação, perigo que émaior em crianças pequenas e em idosos.

� Procurar oferecer refeições ditas leves, em pequenas quantidades e maior freqüência, além de grande quantidade de líquidos em forma de água, sucos, chás ou sopas.

� Medicamentos antidiarréicos que diminuem a freqüência das evacuações e que aumentam a consistência das fezes, visando maior conforto até a resolução do quadro, podem ser usados com segurança pelos adultos nos casos não infecciosos.

Diarréia aguda - tratamento

Medicamentos

� Diarréia crônica é o nome dado a qualquer diarréia que perdure por mais de 3 semanas.

� Requer atendimento médico especial, pois não é como a aguda, que acaba geralmente em menos de uma semana.

� As causas são diversas, dentre elas:*Intolerância/alergia a certos alimentos (lactose, por exemplo);*Reação do organismo a medicamentos; *Doenças intestinais; *Insuficiência pancreática, gerando acumulo de gordura;*Infecção.

� Requer acompanhamento m édico.

Diarréia crônica