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AULA 11: ESTABILIDADE DAS ESTRUTURAS
SUMÁRIO PÁGINA
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 1
1. INTRODUÇÃO 2
2. CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO 4
3. APOIOS 4
4. ESTATICIDADE E ESTABILIDADE 9
5. ESFORÇOS NAS SEÇÕES DAS ESTRUTURAS 12
6. ESTUDO DAS VIGAS ISOSTÁTICAS 15
7. ESTUDO DOS QUADROS ISOSTÁTICOS PLANOS 31
8. QUADROS COM BARRAS CURVAS 42
9. QUADROS COMPOSTOS 45
10. ESTUDO DOS ARCOS ARTICULADOS 47
11. SISTEMAS GUINDASTE 54
12. TRELICAS ISOSTÁTICAS 56
13. QUESTÕES COMENTADAS 69
14. QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 97
15. GABARITO 106
16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 106
Esta aula baseia-se no livro “Curso de Análise Estrutural –
Volume 1”, do autor José Carlos Sussekind, por ter sido fonte das
últimas questões do Cespe sobre análise estrutural.
Boa sorte a todos !
Qualquer dúvida é só enviar para o fórum. Abraços!
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1 – INTRODUÇÃO
A Análise Estrutural é a parte da Mecânica que estuda as
estruturas, em especial na determinação dos esforços e das
deformações a que elas ficam submetidas quando solicitadas por
agentes externos (cargas, variações térmicas, movimento de seus
apoios, etc.).
As estruturas se compõem de uma ou mais peças, ligadas entre
si e ao meio exterior de modo a formar um conjunto estável, isto é,
um conjunto capaz de receber solicitações externas, absorvê-las
internamente e transmiti-las até seus apoios, onde estas solicitações
externas encontram seu sistema estático equilibrante.
1.1 - Força
Pode-se exercer uma força sobre um corpo por meio de um
esforço muscular; uma locomotiva exerce força sobre os vagões que
ela reboca; uma mola esticada exerce forças sobre as peças que
fixam suas extremidades; etc. Em todos estes casos, o corpo que
exerce a força está em contato com aquele sobre o qual ela é
exercida – tratam-se, pois, de forças de contato.
Há, também, forças que atuam através do espaço, sem
contato, chamadas, por esta razão, forças de ação à distância – são
as forças devidas à existência de campos agindo sobre o corpo. É o
caso das forças elétricas, magnéticas, das forças de gravitação e, no
caso da Terra, das forças devidas à gravidade (que são os pesos dos
corpos).
É comum chamar-se de forças que atuam numa estrutura de
cargas.
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1.2 – Momento
Seja a barra da figura a seguir, suportada em C por um cutelo
sem atrito e tendo um peso de 10 kg suspenso em B, que se deseja
contrabalançar por um peso suspenso em A:
É fácil ver que o peso a ser colocado em A, a fim de
contrabalançar o efeito da rotação da barra em tomo do cutelo C,
deve ser inferior a 10 kg, por estar mais afastado de C do que este
último; por tentativas, veríamos que seu valor deve ser de 5 kg. Este
exemplo simples foi escolhido para ilustrar o fato de que o efeito de
rotação de uma força em torno de um ponto depende do valor da
força e também de sua distância ao ponto, sendo diretamente
proporcional a ambos. Se desejarmos, então, criar uma grandeza
física, através da qual queiramos representar a tendência de rotação
em torno de um ponto, provocada por uma força, esta grandeza
deverá ser função da força e de sua distância ao ponto.
Esta grandeza é o momento.
2 – CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO
Para um corpo, submetido a um sistema de forças, estar em
equilíbrio, é necessário que elas não provoquem nenhuma tendência
de translação nem rotação a este corpo. Como a tendência de
translação é dada pela resultante das forças e a tendência de rotação,
em tomo de qualquer ponto, é dada pelo momento resultante destas
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forças em relação a este ponto, basta que eles sejam nulos para que
o corpo esteja em equilíbrio.
3 – APOIOS
Os apoios são os vínculos externos da estrutura, isto é, seus
vínculos em relação a seus suportes (solo ou outra estrutura).
A função dos apoios é a de restringir graus de liberdade das
estruturas, despertando com isto reações nas direções dos
movimentos impedidos. Eles serão classificados em função do
número de graus de liberdade permitidos (ou do número de
movimentos impedidos), podendo ser, então, de 6 tipos diferentes
(isto é, podendo permitir 5,4,3,2,1 ou nenhum grau de liberdade), de
forma a garantir o equilíbrio estático da estrutura, conforme a seguir:
Seja o apoio representado na figura abaixo, em que temos a
estrutura apoiada sobre uma esfera perfeitamente lubrificada. O
único movimento que ela será capaz de impedir é a translação na
direção vertical, aparecendo com isto uma reação R, agindo sobre a
estrutura. O apoio será dito, então, um apoio com 5 graus de
liberdade (ou um com 1 movimento impedido).
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Seja, agora, o apoio a figura abaixo, constituído por três
esferas ligadas entre si por três hastes, de modo a ficar formado um
conjunto rígido. Ficam impedidas, no caso, além da translação na
direção z, as rotações em torno dos eixos x e y. O apoio será dito,
então, um apoio com 3 graus de liberdade (que são, no caso, a
rotação em torno do eixo z e as translações nas direções dos eixos x
e y,) ou com 3 movimentos impedidos. Aparecerão, agindo sobre a
estrutura, as reações Mx, My e R, indicadas na figura.
O esquema da figura seguinte representa a ligação rígida entre
a estrutura e seu apoio, de dimensões tão maiores que as da
estrutura, que podem ser consideradas infinitas em presença
daquelas. Neste caso, o apoio impedirá todos os movimentos
possíveis, sendo dito um apoio sem grau de liberdade (ou com todos
os movimentos impedidos). Correspondendo a cada um dos
movimentos impedidos aparecem, agindo sobre a estrutura, as
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reações Rx, Ry. Rz, Mx, My, e Mz, indicadas na figura. Este tipo de
apoio é chamado engaste.
3.1 - Estruturas planas carregadas no próprio plano
Para o caso das estruturas planas carregadas no próprio plano,
que é o mais frequente da Análise Estrutural, existem 3 graus de
liberdade a combater.
Supondo a estrutura situada no plano xy, conforme indica a
figura seguinte, os graus de liberdade a combater são as translações
nas direções Ox e Oy e a rotação em torno de um eixo perpendicular
ao plano (no caso, Oz), pois o estas são as únicas tendências de
movimento capazes de serem produzidas pelo sistema de forças
indicado.
São os seguintes os apoios utilizáveis para impedir estes
movimentos:
a) Apoio do 1º gênero ou charriot
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O apoio do 1º gênero pode ser obtido por uma das duas formas
representadas nas figuras acima; na primeira, temos a estrutura
apoiada sobre um rolo lubrificado que impede apenas o deslocamento
na direção y, permitindo livre rotação em torno dele, assim como
livre deslocamento na direção x; na segunda, a rotação é assegurada
por um pino sem atrito e a translação, na direção x, pelos rolos
diretamente em contato com o plano que serve de apoio, continuando
a impedir o deslocamento na direção y.
Esquematicamente, representa-se o apoio do 1º gênero na
forma indicada na figura da direita acima. Na direção do único
movimento impedido, aparecerá uma reação de apoio R, conforme
indicado na figura.
b) Apoio do 2º gênero, articulação ou rótula
Se, no apoio da figura anterior do meio, substituirmos os rolos
por uma chapa presa completamente ao plano-suporte, conforme
indica a figura acima, estar-se-á impedindo todas as translações
possíveis, permanecendo livre apenas a rotação, assegurada pelo
pino lubrificado indicado na figura. A este apoio, capaz de restringir
todas as translações possíveis no plano, chamamos apoio do 2º
gênero. Ele é representado esquematicamente por uma das 2 formas
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indicadas na figura acima (figura do meio e da direita). Na direção
das translações impedidas, aparecerão as reações H e V indicadas na
figura, cuja composição vetorial dará a reação de apoio resultante no
apoio do 2º gênero.
c) Apoio do 3º gênero ou engaste
Se a estrutura estiver ancorada num bloco de dimensões que
possam ser consideradas infinitas em presença das dimensões da
estrutura, conforme indica a figura acima, na seção de contato entre
ambos o bloco estará impedido, por sua enorme rigidez, todos os
movimentos possíveis da estrutura e dizemos então que ele engasta
a estrutura. Um engaste será representado, esquematicamente, da
forma indicada na figura acima da esquerda, aparecendo, na direção
de cada um dos 3 movimentos impedidos (2 translações e 1 rotação),
as reações de apoio H, V e M indicadas.
A figura a seguir resume os tipos de apoio estudados por meio
de uma viga:
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Fonte: Concreto Armado eu te Amo
4 - ESTATICIDADE E ESTABILIDADE
Acabou-se de ver que a função dos apoios é limitar os graus de
liberdade de uma estrutura. Três casos podem então ocorrer:
a) Os apoios são em número estritamente necessário para
impedir todos os movimentos possíveis da estrutura.
Neste caso, o número de reações de apoio a determinar é igual
ao número de equações de equilíbrio disponíveis (isto é: número de
incógnitas = número de equações), chegando-se a um sistema de
equações determinado que resolverá o problema.
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Diz-se, então, que a estrutura é isostática, ocorrendo uma
situação de equilíbrio estável.
b) Os apoios são em número inferior ao necessário para impedir
todos os movimentos possíveis da estrutura.
Neste caso, evidentemente, tem-se mais equações que
incógnitas, chegando-se a um sistema de equações impossível, nos
casos gerais. A estrutura será dita hipostática e será, então, instável.
(Pode ocorrer uma situação de carregamento tal que o próprio
carregamento consiga impedir os graus de liberdade que os apoios
não forem capazes de impedir; será, então, um caso de equilíbrio,
mas de equilíbrio instável, pois qualquer que seja a deformação
imposta à estrutura, ela tenderá a prosseguir até a sua ruína).
As estruturas hipostáticas são inadmissíveis para as
construções.
c) Os apoios são em número superior ao necessário para
impedir todos os movimentos possíveis da estrutura.
Neste caso, teremos menor número de equações que de
incógnitas, conduzindo a um sistema indeterminado. As equações
universais da Estática não serão suficientes para a determinação das
reações de apoio, sendo necessárias equações adicionais de
compatibilidade de deformações. A estrutura será dita hiperestática,
continuando o equilíbrio a ser estável (aliás, pode-se dizer, um pouco
impropriamente, que o equilíbrio é mais que estável).
Pose-se tentar estabelecer o critério de contar o número de
apoios e ver se é igual, menor ou maior que o número de graus de
liberdade da estrutura para classificá-la em isostática, hipostática ou
hiperestática. Este critério é perfeito no caso das estruturas
hipostáticas, mas, no caso das estruturas isostáticas e hiperestáticas,
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fornece apenas uma condição necessária, mas não suficiente,
conforme esclarecem os exemplos das figuras a seguir.
No caso da estrutura plana da figura da esquerda que, como
tal, possui três graus de liberdade, há um apoio do 2º gênero e um
apoio do 1º gênero, dando um total de três reações de apoio a
determinar. Isto sugeriria que a estrutura fosse isostática, fato que
não ocorre, entretanto, pois o apoio A impede translações nas
direções Ax e Ay e o apoio B translação também na direção Ax. A
rotação do sistema não está, pois, impedida e a estrutura é, então,
hipostática (embora aparentemente isostática).
Analogamente, a estrutura plana da figura da direita é
aparentemente hiperestática, pois temos três graus de liberdade para
cinco reações de apoio a determinar. Entretanto, é fácil ver que
nenhum dos apoios impede a translação na direção ABCDE; com isto,
a estrutura é hipostática (embora aparentemente hiperestática).
Portanto, para classificar uma estrutura (sem vínculos internos)
como externamente isostática ou hiperestática, não basta comparar o
número de reações de apoio a determinar com o de graus de
liberdade da estrutura; é necessário certificar-se também que os
apoios restringem, de fato, todos os graus de liberdade da estrutura
em questão (com isto é que se pode afastar completamente a
possibilidade da estrutura ser hipostática).
1) (146 – TCU/2011) Uma estrutura será considerada
isostática quando o seu equilíbrio for estável, e seus apoios
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forem em quantidade estritamente necessária para impedir
todos os movimentos possíveis.
5 – ESFORÇOS NAS SEÇÕES DAS ESTRUTURAS
a) Força Normal
Representando duas seções infinitamente próximas, a tendência
das forças N será a de promover uma variação da distância que
separa as seções, permanecendo as mesmas paralelas uma à outra,
conforme indica a figura seguinte.
Por acarretar uma tendência de movimento da seção
normalmente à mesma (que é a direção do eixo), chama-se a N de
esforço normal atuante na seção. Pode-se, então, definir esforço
normal atuante numa seção como sendo a soma algébrica das
componentes, na direção normal à seção, de cada uma das forças
atuantes de um dos lados desta seção. O esforço normal será positivo
quando de tração (isto é, quando tender a afastar duas seções
infinitamente próximas ou, em linguagem mais simples, quando
estiver "saindo" da seção), sendo negativo em caso contrário (caso
da compressão).
b) Esforço Cortante
Representando duas seções infinitamente próximas, a tendência
das duas forças Q é a de promover um deslizamento relativo de uma
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em relação à outra, conforme indica a figura a seguir, aparecendo,
então, uma tendência de corte. Por esta razão, Q é chamada de
esforço cortante.
Define-se, então, esforço cortante atuante numa seção como
sendo igual à soma vetorial das componentes, sobre o plano da
seção, das forças situadas de um dos lados desta seção.
c) Momento Torçor
Representando duas seções infinitamente próximas, a tendência
do momento é a de promover uma rotação relativa destas duas
seções em torno de um eixo que lhes é perpendicular, passando pelo
seu centro de gravidade (eixo x, portanto). Podemos dizer, em
linguagem simplista, que o momento está torcendo a peça e ele é,
pois, denominado momento torçor atuante na seção.
Define-se, então, momento torçor atuante numa seção S como
sendo a soma algébrica dos momentos das forças situadas de um dos
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lados desta seção em relação ao eixo normal à seção que contém o
seu centro de gravidade.
d) Momento
Representando duas seções infinitamente próximas, a tendência
do momento M, conforme a regra da mão direita, é a de provocar
uma rotação da seção em torno de um eixo situado no seu próprio
plano.
Como um momento pode ser substituído por um binário, vemos
que o efeito de M pode ser assimilado ao do binário indicado na figura
seguinte, que provoca uma tendência de alongamento em uma das
partes da seção e uma tendência de encurtamento na outra parte. A
peça ficará então fletida, sendo, por isto, denominado de momento
fletor.
Define-se, então, como momento fletor atuante numa seção, à
soma vetorial das componentes, sobre o plano da seção, dos
momentos de todas as forças situadas de um dos lados da seção em
relação ao seu centro de gravidade.
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6 – ESTUDO DAS VIGAS ISOSTÁTICAS
Seja a viga biapoiada da figura a seguir, submetida ao
carregamento indicado.
Tem-se que a derivada do momento fletor atuante numa seção
S de uma viga reta, submetida a um carregamento a ela
perpendicular, em relação à abscissa que define esta seção é igual ao
esforço cortante nela atuante e que a derivada deste em relação a
esta abscissa é igual ao valor da taxa de carga aplicada na seção S
com o sinal trocado, conforme a seguir:
Essas igualdades são as equações fundamentais da Estática,
pois permitem obter os esforços solicitantes nas diversas seções da
viga em função do carregamento q(x) atuante.
Portanto, a partir da primeira equação, tem-se que o coeficiente
angular da tangente ao diagrama de momentos fletores numa seção
S é igual ao esforço cortante nela atuante, e a partir da segunda
equação, tem-se que o coeficiente angular da tangente ao diagrama
de esforços cortantes numa seção S é igual ao valor da taxa de carga
atuante nesta seção com o sinal trocado.
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6.1 – Vigas Biapoiadas
Seja a viga biapoiada da figura seguinte, submetida a uma
carga concentrada P, atuante na seção S.
Na seção S, não se define esforço cortante; ele é definido à
esquerda e à direita da seção sofrendo nela uma descontinuidade
igual a P.
Seja a viga biapoiada da figura seguinte, submetida a uma
carga uniformemente distribuída q.
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Pode-se afirmar que, sob carga uniformemente distribuída, o
diagrama de momentos fletores é parabólico do 2º grau e o diagrama
de esforços cortantes é retilíneo.
Sendo as reações de apoio as indicadas na figura, teremos os
seguintes esforços simples numa seção genérica S:
O diagrama de esforços cortantes será uma linha reta, que fica
determinada pelos seus valores extremos, correspondentes a x = 0 e
a x = l, que são: QA = (q.l)/2 e QB = - (q.l)/2. (Estes valores podem
ser obtidos diretamente a partir das reações de apoio.)
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O diagrama de momentos fletores será dado por uma
parábolado 2º grau, passando por zero em A e B e passando por um
máximo em x = l/2 (seção onde Q = dM/dx = 0), de valor:
Seja a viga biapoiada da figura seguinte, submetida a uma
carga triangular, de taxa máxima igual a p, no apoio da direita.
Sendo as reações de apoio as indicadas na figura, tem-se os
seguintes esforços simples numa seção genérica S:
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O diagrama de esforços cortantes será, então, parabólico do 2º
grau, com tangente horizontal em A (pois dQ/ds = -q = 0), tendo
seus valores extremos iguais aos valores conhecidos (+ VA) e (-VB) e
passando por zero para x = l.
= 0,577.l, conforme pode ser obtido
imediatamente a partir de sua equação.
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O diagrama de momentos fletores será uma parábola do 3º
grau, que passa por um máximo em x = l.
= 0,577.l (pois dM/ds =
Q = 0), de valor Mmáx =
.
.
Sendo a taxa de carregamento uma função linear (grau um), o
diagrama de esforços cortantes é parabólico do 2º grau e o diagrama
de momentos fletores é parabólico do 3º grau.
Seja a viga biapoiada da figura seguinte, submetida à carga-
momento indicada. As reações de apoio devem ser tais que formem
um binário de módulo M e sentido oposto ao do momento aplicado.
A partir delas, temos imediatamente os diagramas solicitantes.
Seguem casos particulares interessantes apresentados na figura
seguinte de diagramas de momentos fletores para algumas posições
notáveis da carregamento.
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Seja a viga biapoiada da figura a seguir, submetida ao
carregamento indicado:
O problema novo que se depara é o da resolução de uma viga
submetida a uma carga continuamente distribuída, que não abrange
todo o seu vão.
Para recair num problema já conhecido, romperemos a viga em
B e C, desde que apliquemos nestes pontos seus esforços simples,
mantendo o equilíbrio de cada trecho assim obtido.
Assim, os esforços cortantes que atuam nas extremidades de
cada trecho (QA, QB, QC, QD) podem ser encarados como as forças
que equilibram as outras cargas e momentos atuantes no trecho,
podendo ele então ser considerado como uma viga biapoiada
independente, submetida ao carregamento externo que lhe está
diretamente aplicado e a cargas-momento em seus apoios iguais aos
momentos fletores atuantes nestes pontos na viga dada inicialmente,
de imediata determinação. Recai-se, então, no problema de obtenção
do diagrama de momentos fletores em vigotas do gênero BC, que,
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por superposição de efeitos, é imediatamente obtido conforme mostra
a figura a seguir:
A linha reta pontihada representa o diagrama de momentos
fletores devido somente a MB e MC. Marcando-se, na vertical, a partir
desta reta a parábola do 2º grau que é o diagrama devido apenas à
carga distribuída, teremos então o diagrama final no trecho.
O diagrama de momentos fletores na viga AD será, então, o da
figura abaixo. Notar que existe, no caso, concordância em B e em C
entre a parte retilínea e a parte parabólica, o que já era de se
esperar, pois não existem cargas concentradas aplicadas nestes
pontos.
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A obtenção do diagrama de esforços cortantes não apresenta
maiores problemas, sendo imediata a partir do conhecimento das
reações de apoio.
Extrapolando as conclusões deste exemplo, pode-se afirmar
que, para traçar o diagrama de momentos fletores numa viga
submetida a um carregamento qualquer, basta marcar os momentos
fletores nos pontos onde muda a lei de variação do carregamento,
ligá-los por segmentos de retas e, a partir da linha assim obtida,
pendurar, perpendicularmente ao eixo da viga, os diagramas de viga
biapoiada para cada uma das cargas distribuídas atuantes, em seus
respectivos trechos.
Seja a viga engastada e livre AB da figura abaixo:
No engaste, aparecerão uma reação vertical e uma reação-
momento, que equilibrarão o carregamento atuante.
O diagrama de momentos fletores obtém-se da mesma forma
que no exemplo anterior, marcando-se os momentos fletores nas
seções em que muda a lei de variação de carregamento (no caso, A,
C, B, D), ligando-os por segmentos de reta, e, a partir da linha assim
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obtida, penduram-se os diagramas de viga biapoiada para cada uma
das cargas distribuídas atuantes (no caso, no trecho CD).
O diagrama de esforços cortantes obtém-se imediatamente a
partir do carregamento e reações de apoio atuantes.
Seja a viga biapoiada com balanços da figura a seguir:
A obtenção dos diagramas solicitantes nos balanços AB e CD se
faz conforme o exemplo anterior, pois podemos obter os esforços no
trecho AB entrando com as forças da esquerda e no trecho CD
entrando com as forças da direita, e eles se comportam, então, como
se fossem vigas engastadas e livres AB e CD.
Passemos, então, à análise do trecho BC: rompendo a viga em
Besq e Cdir e aplicando os esforços simples atuantes nestas seções,
nada terá se alterado sob o ponto de vista estático. Teremos, então,
uma viga biapoiada BC, submetida ao carregamento que lhe está
diretamente aplicado, a cargas-momento MB em B e MC em C, iguais
aos momentos fletores atuantes nestas seções devidos aos balanços,
e a cargas verticais (P1 + P2) em B e (P4 + P5) em C, iguais às
resultantes das cargas atuantes em cada balanço e que, estando
diretamente aplicadas sobre os apoios, serão imediatamente
absorvidas por eles, não influenciando no cálculo dos esforços simples
em BC. Recaímos, então, para o trecho BC no estudo de uma viga
biapoiada.
Pode-se afirmar que, para traçar o diagrama de momentos
fletores numa viga biapoiada com balanços, tratam-se os balanços
como vigas engastadas e livres, ligam-se os momentos atuantes nos
apoios por uma linha reta e, a partir dela, penduram-se o diagrama
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de viga biapoiada devido às cargas atuantes no trecho entre os
apoios.
Como nos casos anteriores, a obtenção do diagrama de
esforços cortantes é imediata, a partir do carregamento e das
reações de apoio.
6.2 – Vigas Gerber
Seja a estrutura representada na figura seguinte, estando o
detalhe da seção C ampliado:
Supondo carregado o trecho CD: este trecho não tem
estabilidade própria, pois as cargas, para serem equilibradas,
necessitarão de reações de apoio em C e em D. Este último ponto é
um apoio do 1º gênero e pode absorver uma força vertical; caberia,
então, ao ponto C absorver uma força vertical e uma horizontal, o
que ele não é capaz de fazer, mas é capaz, entretanto, de transmitir
estas forças ao trecho ABC.
Fica, então, a estabilidade do trecho CD condicionada à
estabilidade do trecho ABC que, em se tratando de uma viga
biapoiada com balanço, é estável, o sendo então o conjunto ABCD.
Se tivermos carregado o trecho ABC, a carga solicitará apenas
este trecho, pois, em se tratando de um trecho com estabilidade
própria, nele mesmo encontrará o carregamento suas reações
equilibrantes.
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O ponto C é, então, um ponto de transmissão de forças, não
transmitindo momento algum (pois não impede nenhuma rotação à
estrutura) e é representado, pois, por uma rótula, ficando o esquema
estático da estrutura representado conforme indica a figura a seguir.
Para resolver a viga ABCD, resolve-se inicialmente o trecho CD
(trecho sem estabilidade própria), transmitindo para o trecho ABC
(trecho com estabilidade própria) as forças HC e VC necessárias ao
equilíbrio do trecho CD.
O trecho ABC será resolvido, a seguir, com as cargas que lhe
estão diretamente aplicadas, acrescidas das forças VC e HC
transmitidas pela rótula C. Recai-se, então, na resolução de uma viga
biapoiada CD e de uma viga biapoiada com balanço ABC, problemas
estes já resolvidos nos tópicos anteriores.
Consta, então, uma viga Gerber, de uma associação de vigas
com estabilidade própria com outras apoiadas sobre as primeiras, que
dão a estabilidade ao conjunto. Para resolvê-la, basta fazer sua
decomposição nas vigas que a constituem, resolvendo inicialmente
aquelas sem estabilidade própria e, após, as dotadas de estabilidade
própria, para as cargas que lhe estão diretamente aplicadas,
acrescidas, para estas últimas, das forças transmitidas pelas rótulas.
Em se tratando de vigas Gerber isostáticas, as vigas que as
constituem serão vigas biapoiadas, vigas biapoiadas com balanços ou
vigas engastadas e livres.
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2) (72 – SEGER-ES/2011) Em uma viga Gerber, o ponto de
transmissão de forças é representado por uma rótula.
6.3 – Vigas Inclinadas
Seja a viga da figura abaixo submetida ao carregamento
distribuído vertical indicado.
Sendo as reações de apoio as indicadas na figura, passemos ao
estudo de seus diagramas solicitantes. O momento fletor atuante
numa seção genérica S será dado por:
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Comparando esta expressão com a da viga horizontal com
carga distribuída vista anteriormente, constata-se que, para fins de
momentos fletores, a viga se comporta como se fosse uma viga
horizontal (perpendicular ao carregamento) de vão “a” e o diagrama
é o indicado na figura (notar que as ordenadas do diagrama são
sempre marcadas perpendicularmente ao eixo da barra).
Os demais esforços atuantes nesta seção são dados por:
Seja, agora, a viga abaixo, submetida ao carregamento
distribuído horizontal.
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Obtêm-se as reações de apoio pelas equações de equilíbrio:
O momento fletor atuante numa seção genérica será dado por:
Comparando esta expressão também com a da viga horizontal
com carga distribuída vista anteriormente, constata-se que, para fins
de momentos fletores, a viga se comporta como se fosse uma viga
vertical (perpendicular ao carregamento atuante), de vão b e o
diagrama é o indicado na figura. Os demais esforços atuantes em S
são dados por:
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Seja, finalmente, a viga submetida ao carregamento distribuído
perpendicular ao seu eixo.
Conforme indica a figura acima, verifica-se que este caso é uma
superposição dos dois casos anteriores e os diagramas solicitantes
para ele serão, então, iguais à soma dos diagramas indicados.
O diagrama de momentos fletores será uma parábola do 2º
grau de valor máximo igual a (q.a2/8) + (q.b2/8) = q.AB2/8,
comportando-se então a viga como perpendicular ao carregamento
atuante, com vão AB.
Dos exemplos apresentados de viga inclinada com carga
vertical, horizontal e perpendicular ao seu eixo, pode-se concluir que
uma viga biapoiada inclinada AB se comporta, para fins de diagrama
de momentos fletores, como se fosse uma viga biapoiada de vão
igual à projeção de seu comprimento sobre uma reta perpendicular
ao carregamento atuante, sendo o diagrama de momentos fletores
marcado, sempre, perpendicularmente ao eixo da viga.
Os diagramas de esforços cortantes e esforços normais são
obtidos imediatamente, em qualquer caso, a partir do carregamento
e das reações de apoio.
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3) (147 – TCU/2011) Se uma viga inclinada é submetida a
um carregamento distribuído vertical, para fins de momentos
fletores, ela se comporta como se fosse uma viga horizontal,
perpendicular ao carregamento.
7 – ESTUDO DOS QUADROS ISOSTÁTICOS PLANOS
Existem quatro tipos fundamentais de quadros isostáticos
planos, denominados quadros simples, quando ocorrem isoladamente
e que, associados entre si, da mesma forma com que associamos
vigas simples para constituir as vigas Gerber, formam os quadros
compostos.
7.1 – Quadro Biapoiado
Seja o quadro da figura abaixo.
Para obterem-se as reações de apoio HA, VA e VD dispõe-se das
três equações universais da Estática no plano, pois se trata de
estrutura isostática. Conhecidas as reações de apoio, passa-se à
obtenção dos diagramas solicitantes, fazendo-se recair em problema
já conhecido (resolução de vigas biapoiadas), da maneira seguinte.
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Rompendo a quadro em seus nós intermediários B e C, pode-se
destacar umas das outras as barras que o constituem, desde que
aplique-se nesses nós, em cada uma das barras, os esforços simples
neles atuantes, que manterão o equilíbrio de cada barra AB, BC e CD.
Analisando cada uma dessas barras. Seja, por exemplo a barra
BC, submetida ao carregamento em equilíbrio constituído por HB, VB,
MB, P2, P3, HC, VC, MC. Como estas cargas estão em equilíbrio, pode-
se encarar, por exemplo, HB, VB e VC como sendo as forças que
equilibram as demais cargas atuantes e a barra BC pode, então, ser
considerada como uma viga biapoiada, submetida ao carregamento
que lhe está diretamente aplicado, acrescido de cargas-monento em
suas extremidades iguais aos momentos fletores atuantes nestas
seções e de uma carga horizontal no apoio do 1º gênero, igual ao
esforço normal atuante nesta seção. A igual conclusão chegaríamos
para as demais barras e o estudo do quadro recai, então, no estudo
das três vigas biapoiadas AB, BC e CD.
As conclusões tiradas para este caso podem ser extrapoladas
para todos os demais e pode-se, então, afirmar que, para se traçar o
diagrama dos momentos fletores atuantes num quadro, basta marcar
os momentos fletores atuantes em seus nós ligá-los por uma linha
reta tracejada, a partir da qual penduramos os diagramas de viga
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biapoiada devidos aos carregamentos atuantes sobre cada uma das
barras que constituem o quadro.
Os diagramas são marcados, como no caso das vigas,
perpendicularmente ao eixo de cada barra.
A obtenção dos diagramas de esforços cortantes e esforços
normais é imediata, a partir do conhecimento das reações de apoio.
Segue um exemplo:
Obter os diagramas solicitantes para o quadro a seguir:
Substituindo o carregamento distribuído por sua resultante,
indicada em pontilhado na figura, passa-se à obtenção das reações
de apoio:
Conhecidas as reações de apoio, pode-de traçar os diagramas
solicitantes, começando pelo diagrama de momentos fletores.
Os momentos fletores atuantes nos nós intermediários, valem:
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a) Nó D
Na barra AD o momento traciona as fibras da esquerda e na
barra CD o momento traciona as fibras superiores.
Para a barra DE, podemos obter o momento fletor atuante em
D a partir de sua definição, isto é, entrando com as forças atuantes
num dos lados da seção (por exemplo, entrando com as forças
atuantes à esquerda), obtém-se:
tracionando as fibras superiores ou pode-se, o que é muito
mais prático, no caso, obter seu valor a partir do equilíbrio do nó D,
conforme se segue.
Rompendo-se todas as barras que concorrem no nó D e
aplicando os momentos fletores nelas atuantes, eles têm que estar
em equilíbrio, pois a estrutura o está. Tem-se então, o esquema da
figura, a partir do qual obtém-se:
b) Nó E
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Nas barras EF e BE o momento traciona as fibras da direita.
Para a barra DE, temos, a partir do equilíbrio do nó E, conforme
indica a figura:
Marcando os valores obtidos para os nós, tem-se definidas as
linhas de fechamento, a partir das quais penduram-se os diagramas
de viga biapoiada, obtendo-se então, o diagrama final.
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A obtenção dos diagramas de esforços cortantes e de esforços
normais é imediata, a partir do carregamento e das reações de apoio:
4) (32 – SEAD/PA – 2005) A figura acima representa um
pórtico plano, rígido, com peso desprezível, submetido ao
carregamento (não nulo) uniformemente distribuído com
intensidade q. De acordo com os dados apresentados na
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figura, os valores dos módulos das componentes verticais das
forças nos apoios A e B são, respectivamente, iguais a
A) 0,1 qa e 0,6 qa.
B) 0,2 qa e 0,7 qa.
C) 0,4 qa e 0,9 qa.
D) 0,6 qa e 1,1 qa.
E) 0,7 qa e 1,2 qa.
(45 – PF/2002) Considere o pórtico plano apresentado na
figura abaixo, submetido a uma carga concentrada horizontal
— P — e a uma carga uniformemente distribuída — q —.
Em face dessa situação, desprezando o peso próprio do
pórtico, julgue os itens a seguir.
5) 1 - O pórtico representa uma estrutura hiperestática.
6) 2 - Para as condições geométricas e de carregamento do
pórtico, o apoio A estará sempre submetido a tração.
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7) 3 - Para as condições geométricas e de carregamento do
pórtico, o apoio B estará sempre submetido a compressão.
8) 4 – No trecho CD, a fibra externa do material,
imediatamente acima e à esquerda do ponto C, está submetida
a tração.
9) 5 – A reação horizontal no apoio B é igual à carga P.
7.2 – Quadro Engastado e Livre
Seja o quadro da figura abaixo.
As reações de apoio HA, VA e MA são obtidas empregando-se as
três equações universais da Estática no plano, e, a partir daí,
chegamos, sem maiores problemas, a seus diagramas solicitantes.
Obter os diagramas solicitantes para o quadro abaixo.
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As reações de apoio valem:
Os diagramas solicitantes são os indicados a seguir:
7.3 - Quadro triarticulado
Seja o quadro triarticulado (articulações em A, G e B) da figura
abaixo.
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Para determinar suas 4 reações de apoio (HA, VA, HB e VB),
dispõe-se das três equações universais da Estática no plano e, por
haver uma rótula em G (o que indica que em G só há transmissão de
forças, não havendo transmissão de momentos), há uma quarta
equação indicando que o momento fletor em G deve ser nulo.
Caso os dois apoios do 2º gênero e a rótula intermediária
estejam alinhados, a estrutura será hipostática. Seja o quadro da
figura abaixo, para que esteja satisfeita a condição do momento fletor
nulo em G, as reações de apoio HA e VA em A e HB e VB em B devem
ter suas resultantes RA e RB segundo a direção da reta AB, conforme
esquematizado na figura.
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Ao calcular a soma das projeções de todas as forças na direção
perpendicular à reta AB: ela valerá Σ Y = -P.cos α (e não zero, como
deveria valer, caso houvesse o equilíbrio). Conclui-se então que,
nestas circunstâncias, o equilíbrio é impossível e se está, por
conseguinte, diante de uma estrutura hipostática.
Pode-se afirmar que um quadro triarticulado é uma estrutura
isostática, desde que suas 3 rótulas não estejam alinhadas.
7.4 - Quadro biapoiado, com articulação e tirante (ou escora)
Seja o quadro da figura a seguir, biapoiado em A e B, com uma
rótula em G e com uma barra CD descarregada, rotulada em suas
extremidades.
Se a barra CD é descarregada e rotulada nas extremidades, ela
tem, em todas as suas seções, M = Q = 0, podendo estar submetida,
apenas, a um esforço normal constante (no caso de ser de tração, a
barra será denominada tirante e, no caso de ser de compressão, será
dita uma escora). Nada se alterará sob o ponto de vista estático, se a
barra CD for rompida, substituindo-a por um par de esforços normais
N, de sentidos opostos e aplicados no quadro ACDB em cada uma das
extremidades C e D da barra CD.
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Para resolver a estrutura precisa-se, por conseguinte, conhecer
os valores das reações de apoio VA, HA e VB e do par de forças N, num
total de quatro incógnitas. Sendo igual o número de equações de que
dispomos (três equações universais da Estática e mais a equação de
momento fletor nulo na rótula), trata-se de uma estrutura isostática.
Dependendo da posição relativa dos vínculos, o quadro
biapoiado, com articulação e tirante, pode se tornar hipostático,
conforme é o caso da estrutura da figura abaixo, incapaz de absorver
forças horizontais atuantes no trecho GB (pois acarretariam o
aparecimento de momentos fletores na rótula, o que é impossível).
8 – QUADROS COM BARRAS CURVAS
Os tipos de quadros simples estudados nos tópicos anteriores
podem aparecer com barras curvas em vez de barras retas, conforme
o caso, por exemplo, da figura a seguir.
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Nenhuma alteração quanto à forma de tratamento sofrerá, o
problema.
Por exemplo, obter os diagramas solicitantes para o quadro
abaixo.
Por simetria, as reações verticais em A e B são iguais a P/2 e se
tem, numa seção genérica S, definida pelo ângulo Ө, os seguintes
esforços simples:
Estas equações são válidas, apenas, para seções no trecho AC,
pois em C surge uma carga concentrada que modificaria estas
expressões para Ө > /2. Devido à simetria existente, não há
necessidade de instituir as equações para o trecho CB, obtendo então
os diagramas indicados na figura a seguir, todos eles marcados
perpendicularmente ao eixo da barra (estes diagramas são traçados
por pontos).
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Notar que para este exemplo, em que a estrutura é plana
simétrica, com carregamento simétrico (pois HA = 0), os diagramas
de momentos fletores e esforços normais são simétricos e o de
esforços cortantes é anti-simétrico (duas seções simétricas em
relação ao eixo de simetria da estrutura têm cortantes de mesmo
módulo, com sinais opostos).
Esta é uma conclusão válida para qualquer estrutura plana
simétrica com carregamento simétrico.
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9 – QUADROS COMPOSTOS
Seja o quadro da figura abaixo. Análise do trecho DEFGH: trata-
se de um triarticulado, sem estabilidade própria, pois as rótulas D e H
são capazes apenas de transmitir forças às estruturas que as
suportam. Sua estabilidade fica condicionada à capacidade ou não
que tenham os quadros ACDB e JHIK de absorver estas forças.
Sendo estes dois últimos quadros estruturas isostáticas
(quadros biapoiados) dotados de estabilidade própria, eles são
capazes de absorver as forças transmitidas pelas rótulas D e H,
acrescidas das forças que atuam diretamente sobre eles, sendo o
conjunto, então, uma estrutura isostática composta por dois quadros
biapoiados, dotados de estabilidade própria, que suportam um
triarticulado, dando a ele, pois, estabilidade. A este conjunto,
formado pela associação de quadros simples, deomina-se quadro
composto.
Verifica-se que o quadro composto está para o quadro simples
da mesma forma que a viga Gerber está para as vigas simples.
A resolução de um quadro composto consiste na resolução
inicial dos quadros sem estabilidade própria (no caso, o triarticulado
DEFGH) para as cargas que atuam sobre eles e, a seguir, os quadros
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dotados de estabilidade própria (e que, por isto, dão a estabilidade ao
conjunto) para as cargas que atuam diretamente sobre eles,
acrescidas das forças transmitidas pelas rótulas.
Para o caso da figura anterior, há que se resolver os 3 quadros
simples indicados na figura abaixo, para os carregamentos indicados.
Para resolver um quadro composto deve-se decompô-lo nos
quadros simples que o constituem, resolvendo, inicialmente, aqueles
sem estabilidade própria, e, após, os dotados de estabilidade própria,
para o carregamento diretamente atuante sobre eles, acrescido, para
estes últimos, das forças transmitidas pelas rótulas.
O problema recai na resolução de quadros simples. A única
novidade é a decomposição do quadro composto nos quadros simples
que o constituem.
9.1 – Exemplos de Decomposição
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Os quadros dotados de estabilidade própria são: o quadro
engastado e livre AB e o quadro triarticulado EFGH. A partir dai, tem-
se a decomposição indicada na figura a seguir. Os números indicam a
ordem de resolução e as setas em pontilhado a transmissão de carga.
10 - ESTUDO DOS ARCOS TRIARTICULADOS
O estudo dos arcos triarticulados para carregamento vertical
pode ser feito recair inteiramente no estudo de uma viga biapoiada.
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O estudo dos arcos triarticulados para carregamentos atuantes
em todas as direções não possui tal simplificação e se faz obedecendo
aos princípios gerais de Estática.
10.1 - Estudo dos arcos triarticulados para carregamento
vertical em função da viga de substituição
Seja o triarticulago da figura a seguir, submetido ao
carregamento vertical indicado, para o qual deseja-se determinar as
reações de apoio e os esforços simples atuantes.
Sendo A e B apoios do 2º gênero, existirão neles reações RA e
RB que podem ser decompostos em duas direções quaisquer para fins
de facilitar o seu cálculo (usualmente decompõe-se nas direções
horizontal e vertical, mas, no caso, prefere-se a direção vertical e a
direção AB, por razões práticas.
Cálculo das componentes:
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Por ΣX = 0, tem-se que as reações em A e B na direção AB
devem ser iguais.
Por ΣMB = 0, obtém-se VA, igualando seu momento em relação
a B à soma dos momentos em relação a B de todas as cargas
verticais aplicadas no triarticulado. Verifica-se que esta é a mesma
equação que fornece a reação vertical Va da viga biapoiada ab, de
mesmo vão que o triarticulado e submetida ao mesmo carregamento,
à qual denomina-se viga de substituição. Pode-se escrever que VA =
Va, (reação vertical no triarticulado é igual à reação vertical na viga
de substituição).
Analogamente, empregando a equação ΣMA = 0 (ou, também,
ΣY = 0), tem-se que VB = Vb.
As reações H', na direção AB são obtidas da condição de
momento fletor nulo na rótula G, que nos fornece, empregando as
forças da esquerda, por exemplo:
O termo
pode ser imediatamente identificado como o momento fletor Mg
que atua na viga de substituição ab na seção g, projeção da rótula G
do triarticulado, e se tem que:
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O cálculo das reações de apoio do triarticulado AGB recaiu, no
cálculo da viga de substituição ab e elas são fornecidas pelas
expressões a seguir:
Conhecidas as reações de apoio, passa-se ao cálculo dos
esforços simples atuantes no triarticulado.
Escolhendo uma seção genérica S, definida pela abscissa
horizontal x, medida a partir do apoio da esquerda, e por uma
abscissa vertical y, medida a partir da linha de fechamento AB, tem-
se:
Sendo os termos
identificáveis como, respectivamente, o momento fletor M, e o
esforço cortante Q, atuantes, na seção s da viga de substituição, o
cálculo dos esforços simples atuantes numa seção S de um
triarticulado AGE recai no cálculo de sua viga de substituição ab e
eles são dados pelas expressões seguintes:
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As expressões instituídas permanecem todas válidas se
ocorrerem também cargas verticais distribuídas.
10.2 - Definição e determinação da linha de pressões
Suponha o seguinte problema: determinar qual a forma de um
triarticulado AGB tal que, para um dado carregamento, todas as suas
seções tenham momento fletor nulo, isto é, obter y para cada seção
S, a fim de que nela tenhamos MS = 0, sendo dados l1, l2, f e α.
Igualando a expressão:
a zero, vem imediatamente:
Lembrando-se que os índices minúsculos referem-se à viga de
substituição e os maiúsculos ao triarticulado.
Cálculo dos demais esforços solicitantes para esta configuração
do triarticulado. Derivando esta expressão em relação a x, tem-se:
que se transforma, levando-se em conta que y = Y - y*,
conforme indica a figura a seguir:
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Introduzindo este valor em:
Obtém-se:
isto é, se MS = 0, QS = 0.
O único esforço atuante será o esforço normal NS, igual,
levando-se em conta que QS = 0, à resultante de todas as forças
atuantes de um dos lados da seção, sendo, portanto, igual à
composição vetorial da soma das projeções verticais de todas as
forças atuantes de um dos lados da seção com a soma das projeções
horizontais das mesmas forças.
Valendo estas somas, respectivamente:
e
Tem-se:
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A natureza do esforço normal é obtida, também, da figura a
seguir, sendo, no caso, de compressão.
Quando um triarticulado AGB, para um dado carregamento,
está submetido apenas a esforços normais, diz-se que sua forma é a
da linha de pressões deste carregamento.
Para os triarticulados com a concavidade voltada para baixo
(em que a rótula G está acima da reta AB) e o carregamento é de
cima para baixo (caso usual), os esforços normais são sempre de
compressão.
Os esforços normais serão de tração, quando a estrutura se
desenvolver para baixo da reta AB, com carregamento de cima para
baixo. Este é o caso dos cabos.
A linha de pressões é a forma ideal para um triarticulado, pois
que corresponde à sua forma mais econômica de trabalho estrutural.
A linha de pressões para carregamento uniforme é uma
parábola do 2º grau.
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Muito embora os arcos triarticulados ocorram frequentemente
na prática, mais utilizados ainda são os arcos biengastados
(hiperestáticos), para os quais também constitui ponto de partida a
determinação da linha de pressões do carregamento atuante.
10) (148 – TCU/2011) Se um arco triarticulado, para
determinado carregamento, está submetido apenas a esforços
normais, então a sua forma é a mesma da linha de pressões
desse carregamento.
11 – SISTEMAS GUINDASTE
Tratam-se de estruturas formadas pela associação de barras
através de pinos capazes de transmitir forças (horizontais e verticais)
de uma para a outra.
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Para sua resolução, desmembra-se o sistema-guindaste nas
diversas barras que o compõem e estuda-se o equilíbrio de cada uma
delas, submetidas ao seu próprio carregamento e, evidentemente, as
forças transmitidas pelos pinos, conforme ilustra o caso da figura a
seguir.
Desmembrando o sistema-guindaste nas três barras 1, 2 e 3
que o compõem, tem-se, para sua resolução, o esquema estático
indicado na figura acima, em que HB, VB, HC, VC, HD e VD são as forças
(incógnitas) transmitidas pelos pinos B, C, D e VA, HA e MA as três
reações de apoio do conjunto, num total de nove incógnitas a
determinar.
Como a análise do equilíbrio de cada barra fornece três
equações da Estática tem-se, para as três barras, um total de 9
equações, que determinarão as 9 incógnitas, resolvendo, então, a
estrutura.
Constatar-se, agora, que os sistemas-guindaste das demais
figuras iniciais são isostáticos.
Para o primeiro, há oito forças de transmissão (para seus
quatro pinos) e quatro reações de apoio (para seus dois apoios do 2º
gênero), num total de doze incógnitas que serão obtidas pelas doze
equações de equilíbrio existentes (três equações da Estática para
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cada uma das quatro barras que compõem a estrutura); para o
segundo, há seis incógnitas (um pino e dois apoios do 2º gênero),
que serão obtidas a partir das seis equações de equilíbrio existentes
(análise do equilíbrio de suas duas barras).
12 – TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
Seja a estrutura da figura seguinte, submetida a carregamento
apenas nos nós A, B e C. Como as barras 1, 2 e 3 que a constituem
são barras retas e regidas, portanto, pelas equações diferenciais:
levando-se em conta que q = 0 e que suas extremidades são
rotuladas, elas não terão momentos fletores nem esforços cortantes,
existindo apenas os esforços normais.
As grandezas a determinar para sua resolução são as reações
de apoio HA, VA, VB e os esforços normais atuantes nas barras 1, 2 e
3, que podem ser obtidos, no caso, pela análise sucessiva do
equilíbrio dos nós C, B e A, o equilíbrio de cada um deles fornecendo
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duas equações, num número total de seis, sendo o problema, então,
isostático (igual número de equações e de incógnitas a determinar).
Desprezando-se as pequenas deformações elásticas das barras
1, 2 e 3, devidas aos esforços normais nelas atuantes, pode-se dizer
que o sistema estrutural da figura acima constitui uma cadeia rígida
(isto é, indeformável), pois, sendo o trecho AB indeformável (por se
tratar, isoladamente, de uma viga biapoiada), se lhe acrescentamos
as duas barras 1 e 2 concorrentes em C, este último ponto C fica
também indeslocável, por estar preso a dois pontos indeslocáveis A e
B e, com isto, todo o conjunto ABC é indeformável.
Seja, agora, o sistema reticulado da figura a seguir, submetido
ao carregamento nodal indicado.
As grandezas a determinar para sua resolução são os esforços
normais nas suas quatro barras componentes e as três reações de
apoio, num número total de sete. O número de equações de equilíbrio
(correspondendo ao equilíbrio de cada um dos nós) sendo igual ao
dobro do número de nós, é igual a oito, no caso, e, portanto, superior
ao número de incógnitas, o que caracteriza a hipostaticidade da
estrutura.
Por outro lado, verifica-se que o reticulado dado constitui uma
cadeia deformável, pois os pontos C e D não estão ligados, cada um
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deles, a dois pontos indeslocáveis do reticulado (no caso, apenas A e
B). A forma de deformação da cadeia está indicada na mesma figura
e prosseguirá até a queda da estrutura.
As conclusões deste último caso podem ser extrapoladas e
pode-se, então, afirmar que todo sistema reticulado deformável é
instável (hipostático).
Como corolário, pode-se afirmar que todo sistema reticulado
indeformável é estável (podendo ser isostático ou hiperestático).
Denomina-se treliça ideal ao sistema reticulado cujas barras
têm todas as extremidades rotuladas e cujas cargas são aplicadas
apenas em seus nós.
Os casos das treliças isostáticas com cargas fora dos nós, por
não atenderem às condições da definição anterior, não podem ser
classificadas como treliças ideais.
Conclui-se, por generalização dos dois exemplos já abordados,
que qualquer sistema reticulado constituído por um polígono fechado
rotulado em seus vértices é deformável (e, portanto, hipostático),
excetuando-se o caso do triângulo.
As treliças surgiram como um sistema estrutural mais
econômico que as vigas para vencer vãos maiores ou suportar cargas
mais pesadas. A palavra economia engloba comparação entre
materiais, mão de obra, equipamentos de execução, etc., usados nos
dois casos, podendo assumir, por esta razão, facetas diversas de
região para região e de época para época.
11) (149 – TCU/2011) Treliças isostáticas com cargas
distribuídas entre os nós podem ser consideradas treliças
ideais, desde que o carregamento seja uniforme.
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Pode parecer, a princípio, restritiva a condição de definição de
treliça ideal do carregamento atuar somente nos nós; no entanto, é o
que ocorre comumente na prática, pois as cargas chegam às treliças
através de outras peças estruturais, que nelas se apóiam nos nós
(para que só provoquem esforços normais), conforme ilustram os
exemplos das figuras seguintes.
A primeira representa uma ponte ferroviária com duas treliças
extremas, que recebem, nos nós, as cargas através das vigas
transversais T (por isto chamadas transversinas), que a elas
chegaram através das vigas longitudinais L, sobre as quais caminha o
trem.
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A segunda representa uma cobertura constituída por diversas
treliças paralelas, que recebem, nos nós, a carga das telhas, vindas
através das terças T.
Em todos os casos reais existirão, entretanto, pequenas flexões
nas barras, devidas a seu peso próprio. Estas flexões devidas a peso
próprio costumam ter, nos casos usuais, diminuta influência no
dimensionamento das peças, prevalecendo como dimensionantes
seus esforços normais.
Conforme verificamos, uma treliça biapoiada, constituída por
três barras formando um triângulo, é isostática. Se, a partir desta
configuração básica, formamos novas treliças, acrescentando à
existente duas a duas novas barras, concorrentes cada duas delas
num novo nó, a nova treliça será também isostática, pois a cada duas
novas incógnitas (esforços normais nas duas novas barras)
correspondem duas novas equações de equilíbrio (equilíbrio do novo
nó). A figura seguinte ilustra esta lei de formação de treliças
isostáticas.
Neste exemplo, partindo da treliça biapoiada ABC, chega-se ao
nó D pelas barras 4 e 5, ao nó E pelas barras 5 e 7, ao nó F pelas
barras 8 e 9 e, finalmente, ao nó G pelas barras 10 e 11.
Os apoios não precisam estar no triângulo a partir do qual
iniciou-se a lei de formação, pois, onde quer que estejam, fornecem
as mesmas três incógnitas. Falando sob o ponto de vista de cadeia
rígida, uma treliça que tem esta lei de formação das barras é
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internamente rígida e, tendo apoios externos que impeçam todos os
movimentos possíveis (para o caso de treliça plana, duas translações
e uma rotação), será também externamente rígida, sendo, pois,
rígida em conjunto.
Diz-se que estas treliças são internamente isostáticas, por
terem a lei de formação que definida acima e que são, também,
externamente isostáticas, por terem apoios no número estritamente
necessário para impedir todos os movimentos no plano, sendo o
conjunto, pois, isostático.
Outro tipo de treliça isostática é a treliça triarticulada da figura
a seguir, para a qual há seis incógnitas (quatro reações de apoio e
esforços normais em duas barras) e seis equações de equilíbrio
(equilíbrio dos nós A, B, C). Partindo desta nova configuração básica,
pode-se também formar treliças isostáticas, da mesma forma com
que as formamos a partir da configuração da figura inicial deste
capítulo.
Denominam-se treliças simples às treliça isostáticas, obtidas a
partir das configurações fundamentais da figura inicial deste capítulo
e da figura acima, pela adição de duas a duas barras, partindo de nós
já existentes para novos nós (um novo nó para cada duas novas
barras).
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As treliças, por terem esforços normais de tração e de
compressão, são geralmente de madeira ou de aço, por serem
materiais que suportam bem esses dois tipos de esforços. Ocorrem
também, embora com menos frequência, treliças de concreto, pois o
concreto não trabalha bem à tração, além de ser necessário executá-
las de uma só vez (ao passo que as demais podem ser montadas
peça a peça).
Ao contrário do caso dos quadros - que ocorrem, em sua
grande maioria, hiperestáticos, - a grande maioria das treliças da
prática é isostática.
As treliças isostáticas possuem dois grandes métodos de
resolução: um, analítico, que é o método de Ritter e, outro, gráfico,
que é o método de Cremona.
As treliças comportam ainda um processo espontâneo de
resolução, que consiste no estudo, um a um, do equilíbrio de seus
nós, iniciado e prosseguido pelos nós que só possuam duas incógnitas
a determinar, até abranger todos os nós da treliça. No caso de
treliças com geometria bem simples, este processo pode se tornar até
aconselhável.
12.1 – Classificação das Treliças
a) Quanto à estaticidade
Quanto à estaticidade, uma treliça (assim como qualquer outra
estrutura) pode ser hipostática, isostática ou hiperestática.
As incógnitas do problema são em número de (r + b), sendo r o
número de reações de apoio a determinar e b o número de barras (e,
portanto, o número de esforços normais a determinar) e as equações
de equilíbrio em número igual a 2.n, sendo n o número total de nós,
incluindo os nós de apoio da estrutura (pois cada nó resulta em duas
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equações da Estática, correspondentes ao equilíbrio de um ponto
material).
Três casos podem ocorrer:
1º) r + b < 2.n, ou seja, o número de incógnitas é inferior ao
de equações; pode-se afirmar que a treliça é hipostática;
2º) r + b = 2.n, o que sugere tratar-se de uma treliça
isostática. Esta simples igualdade não nos permite, entretanto,
afirmar que a treliça seja isostática, pois podemos ter a associação,
internamente, de trechos hiperestáticos com trechos hipostáticos,
conduzindo a uma isostaticidade interna aparente, bem como pode
ocorrer a associação de hiperestaticidade interna com hipostaticidade
externa (ou vice-versa), conduzindo também a uma isostaticidade
aparente para o conjunto. O diagnóstico final só poderá ser dado
após a análise dos apoios externos e da lei de formação interna da
treliça em questão;
3º) r + b > 2.n, o que sugere tratar-se de uma treliça
hiperestática (maior número de incógnitas que de equações). Não se
pode, entretanto, afirmar que a treliça seja hiperestática, pois a
associação de um trecho hiperestático com outro hipostático (sendo o
grau hiperestático de um trecho superior ao grau hipostático do
outro) pode conduzir a uma hiperestaticidade aparente para o
conjunto. Analogamente ao caso anterior, o diagnóstico final só
poderá ser dado após a análise de cada caso. Se a treliça for, de fato,
hiperestática, seu grau hiperestático será igual a (r + b - 2n).
Em resumo, pode-se afirmar que:
a) r + b < 2n é condição necessária e suficiente para que uma
treliça seja hipostática;
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b) r + b = 2n e r + b > 2n são condições apenas necessárias
(mas não suficientes) para que uma treliça seja isostática ou
hiperestática, respectivamente. A palavra final será dada após o
exame específico de cada caso.
b) Quanto à lei de formação
Quanto à sua lei de formação, as treliças são classificadas em
simples, compostas e complexas.
(PF Regional/2004) Considere a treliça plana, com peso
desprezível, mostrada no desenho acima, submetida à carga Q
aplicada no ponto D. A barra AB (ligando os pontos A e B) é
vertical, a barra AD é horizontal e o apoio no ponto B só
admite deslocamentos verticais. Para as condições da figura,
julgue os itens subseqüentes.
12) 95 - As barras AD e AC estão submetidas a esforços de
compressão.
13) 96 - Dependendo do índice de esbeltez da barra AB e do
valor da carga Q, essa barra pode ser submetida a flambagem.
14) 97 - A barra CD está submetida a tração.
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(27 – PF/2002) Considerando a treliça plana reticulada,
simétrica em relação ao eixo vertical que passa pelo trecho CF
e submetida ao carregamento Q como indicado na figura
acima, julgue os itens a seguir.
15) 1 - Os trechos BC e CD serão submetidos a compressão.
16) 2 - Os trechos AB e DE serão submetidos a tração.
17) 3 - O trecho CF será submetido a tração.
18) 4 - Os trechos AF e FE serão submetidos a compressão.
19) 5 - Os valores das reações verticais nos apoios são
diferentes.
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(26 - PF/2002) Com base na situação de carregamento do
pilar apresentado na figura acima, julgue os itens que se
seguem.
20) 1 - Quanto maior o valor de e, maior a possibilidade de
flambagem da peça A.
21) 2 - Quanto maior a rigidez da peça B, menor a
possibilidade de flambagem da peça A.
22) 3 - Para a situação de carregamento apresentada na
figura, desprezando-se o peso da peça A, a tensão vertical no
ponto 1, na face lateral da peça, será sempre de compressão.
23) 4 - Para as condições e posição do carregamento
apresentado na figura, independentemente do peso da peça A,
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a tensão vertical no ponto 2, na face lateral da peça, será de
compressão.
24) 5 - Caso o apoio na base da peça A ceda verticalmente, o
acréscimo de tensão horizontal provocado na peça B, no ponto
3, será de tração.
(PF Regional/2004) O desenho I mostrado na figura acima
apresenta o círculo de Mohr de tensões de um elemento plano
de um material submetido ao estado de tensões indicado. As
convenções de sinais utilizadas para as tensões no elemento
também aparecem indicadas nesse desenho. Nesse contexto,
julgue os itens a seguir.
25) 93 - A tensão cisalhante máxima (positiva) ocorre em um
plano cuja inclinação com o eixo horizontal (no sentido anti-
horário) é maior que 45º.
26) 94 - O desenho II mostrado na figura esquematiza
corretamente o posicionamento das tensões principais σ1 e σ2
(normais entre si) em relação aos eixos x e y indicados.
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(INSS/2008) Projetos estruturais utilizando concreto armado
são muito freqüentes em obras de edificações e têm definições
bem detalhadas pelas normas brasileiras. A respeito desses
projetos e seus detalhes, julgue os itens subseqüentes.
27) 86 - Para o cálculo de pilares estruturais de edifícios, é
admitido o estudo das cargas verticais utilizando o modelo
clássico de viga contínua, simplesmente apoiada nos pilares.
28) 87 - Uma das hipóteses básicas de cálculo das seções à
flexão pura no estado limite último é a de que a deformação
das barras da armadura passiva é a mesma do concreto no seu
entorno.
29) 88 - Para o cálculo de vigas estruturais de edifícios, a
largura mínima da seção transversal dessas vigas deve ser
igual a 7 cm.
(30 – PF/2002) Com relação ao dimensionamento estrutural
de concreto armado, julgue os itens subseqüentes.
30) 1 - Do ponto de vista de flambagem, os pilares são
considerados curtos quando o seu índice de esbeltez é menor
ou igual a 80.
31) 2 - O cintamento de um pilar circular consiste no seu
envolvimento por um anel de concreto mais resistente à
compressão simples.
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32) 3 - Os estribos tracionados em uma viga de concreto
armado submetida a torção devem ser fechados e bem
ancorados.
33) 4 - Para uma viga maciça simplesmente apoiada nas suas
extremidades, com uma carga vertical aplicada no centro do
seu vão, pode-se afirmar que a flecha no centro do vão terá
sempre o mesmo valor, quer a seção transversal da viga seja
circular ou retangular, desde que a área da seção em ambos
os casos seja a mesma.
34) 5 - O sistema de contraventamento de uma estrutura
visa aumentar a sua rigidez vertical para melhor resistir a
cargas verticais acidentais.
13 – QUESTÕES COMENTADAS
1) (146 – TCU/2011) Uma estrutura será considerada
isostática quando o seu equilíbrio for estável, e seus apoios
forem em quantidade estritamente necessária para impedir
todos os movimentos possíveis.
De acordo com Sussekind (1981), a estrutura é considerada
isostática quando os apoios são em número estritamente necessário
para impedir todos os movimentos possíveis da estrutura, ocorrendo
uma situação de equilíbrio estável.
Neste caso, o número de reações de apoio a determinar é igual
ao número de equações de equilíbrio disponíveis (isto é: número de
incógnitas = número de equações), chegando-se a um sistema de
equações determinado que resolverá o problema.
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Gabarito: Correta
2) (72 – SEGER-ES/2011) Em uma viga Gerber, o ponto de
transmissão de forças é representado por uma rótula.
Sussekind (1981) apresenta como exemplo de viga Gerber a
estrutura representada na figura seguinte, estando o detalhe da
seção C ampliado:
Suponhamos carregado o trecho CD: este trecho não tem
estabilidade própria, pois as cargas, para serem equilibradas,
necessitarão de reações de apoio em C e em D. Este último ponto é
um apoio do 1º gênero e pode absorver uma força vertical; caberia,
então, ao ponto C absorver uma força vertical e uma horizontal, o
que ele não é capaz de fazer, mas é capaz, entretanto, de transmitir
estas forças ao trecho ABC.
Fica, então, a estabilidade do trecho CD condicionada à
estabilidade do trecho ABC que, em se tratando de uma viga
biapoiada com balanço, é estável, o sendo então o conjunto ABCD.
Se tivermos carregado o trecho ABC, a carga solicitará apenas
este trecho, pois, em se tratando de um trecho com estabilidade
própria, nele mesmo encontrará o carregamento suas reações
equilibrantes.
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O ponto C é, então, um ponto de transmissão de forças,
não transmitindo momento algum (pois não impede nenhuma
rotação à estrutura) e é representado, pois, por uma rótula,
ficando o esquema estático da estrutura representado conforme
indica a figura a seguir.
Gabarito: Correta
3) (147 – TCU/2011) Se uma viga inclinada é submetida a
um carregamento distribuído vertical, para fins de momentos
fletores, ela se comporta como se fosse uma viga horizontal,
perpendicular ao carregamento.
De acordo com Sussekind (1981), uma viga biapoiada inclinada
se comporta, para fins de diagrama de momentos fletores, como se
fosse uma viga biapoiada de vão igual à projeção de seu
comprimento sobre uma reta perpendicular ao carregamento atuante,
sendo o diagrama de momentos fletores marcado, sempre,
perpendicularmente ao eixo da viga.
Gabarito: Correta
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4) (32 – SEAD/PA – 2005) A figura acima representa um
pórtico plano, rígido, com peso desprezível, submetido ao
carregamento (não nulo) uniformemente distribuído com
intensidade q. De acordo com os dados apresentados na
figura, os valores dos módulos das componentes verticais das
forças nos apoios A e B são, respectivamente, iguais a
A 0,1 qa e 0,6 qa.
B 0,2 qa e 0,7 qa.
C 0,4 qa e 0,9 qa.
D 0,6 qa e 1,1 qa.
E 0,7 qa e 1,2 qa.
Σ MA = 0
RB . (a + a/4) – q . (a/2) . (a/4 + a/2 + a) = 0
RB . 5.(a/4) = q.(7.a2/8)
RB = 0,7.q.a
RA + RB = q.(a/2)
RA = 0,5.q.a – 0,7.q.a
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RA = -0,2.q.a
│RA│= 0,2.q.a
Gabarito: B
(45 – PF/2002) Considere o pórtico plano apresentado na
figura abaixo, submetido a uma carga concentrada horizontal
— P — e a uma carga uniformemente distribuída — q —.
Em face dessa situação, desprezando o peso próprio do
pórtico, julgue os itens a seguir.
5) 1 - O pórtico representa uma estrutura hiperestática.
O pórtico apresenta dois apoios, sendo um do 1º gênero, no
ponto A, e o outro do 2º gênero, no ponto B. O primeiro apoio
impede deslocamentos verticais da estrutura e o segundo impede
tanto deslocamentos verticais como horizontais.
Verifica-se que os apoios são em número estritamente
necessário para impedir todos os movimentos possíveis da estrutura.
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Portanto, a estrutura é isostática, ocorrendo uma situação de
equilíbrio estável.
Gabarito: Errada
6) 2 - Para as condições geométricas e de carregamento do
pórtico, o apoio A estará sempre submetido a tração.
∑MB = 0
MC = P.dCD + q.d’.(d’/2)
VA.dhAB + q.d’.dhCB – P.dvCB – MC = 0
VA = (MC/dhAB) + P.(dvCB/dhAB) – q.d’.(dhCB/dhAB)
As parcelas que dependem de P e de q apresentam sinais
opostos. Portanto, a depender dos valores de P e de q, a reação em A
pode ser positiva ou negativa, podendo representar tração ou
compressão no apoio A.
Gabarito: Errada
7) 3 - Para as condições geométricas e de carregamento do
pórtico, o apoio B estará sempre submetido a compressão.
∑MA = 0
MC = P.dCD + q.d’.(d’/2)
VB.dhAB - q.d’.dhCB – P.dvCB – MC = 0
VB = (MC/dhAB) + P.(dvCB/dhAB) + q.d’.(dhCB/dhAB)
Todos os valores são positivos, o que garante que o apoio B
estará sempre sob compressão.
Gabarito: Correta
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8) 4 – No trecho CD, a fibra externa do material,
imediatamente acima e à esquerda do ponto C, está submetida
a tração.
De acordo com a posição das cargas, o diagrama de momentos
fletores no trecho do pórtico até o ponto C apresenta-se como na
figura a seguir:
Onde o momento é positivo no lado das fibras tracionadas, que
no trecho acima, da extremidade até o ponto D, são as fibras
superiores, e entre o ponto D e C são as fibras do lado esquerdo.
Gabarito: Correta
9) 5 – A reação horizontal no apoio B é igual à carga P.
∑HB = 0
P – HB = 0
HB = P
A única reação horizontal ocorre no apoio B, por ser do 2º
gênero, e a única carga horizontal é a P. Logo, a reação horizontal no
apoio B é igual à carga P.
Gabarito: Correta
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10) (148 – TCU/2011) Se um arco triarticulado, para
determinado carregamento, está submetido apenas a esforços
normais, então a sua forma é a mesma da linha de pressões
desse carregamento.
De acordo com Sussekind (1981), quando um arco triarticulado,
para um dado carregamento, está submetido apenas a esforços
normais, dizemos que sua forma é a da linha de pressões deste
carregamento.
Gabarito: Correta
11) 149 – Treliças isostáticas com cargas distribuídas entre
os nós podem ser consideradas treliças ideais, desde que o
carregamento seja uniforme.
De acordo com Sussekind (1981), denomina-se treliça ideal ao
sistema reticulado cujas barras têm todas as extremidades rotuladas
e cujas cargas são aplicadas apenas em seus nós e não entre os
nós de forma distribuída e uniforme.
Gabarito: Errada
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(PF Regional/2004) Considere a treliça plana, com peso
desprezível, mostrada no desenho acima, submetida à carga Q
aplicada no ponto D. A barra AB (ligando os pontos A e B) é
vertical, a barra AD é horizontal e o apoio no ponto B só
admite deslocamentos verticais. Para as condições da figura,
julgue os itens subseqüentes.
12) 95 - As barras AD e AC estão submetidas a esforços de
compressão.
A força que atua na barra AD será igual à reação horizontal do
apoio no ponto A (RA).
RA = RB
Σ MA = 0
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Q. dAD – RB.dAB = 0
RB = Q.(dAD/dAB), sendo o sentido da reação horizontal RB para
a esquerda (a barra BD está puxando o apoio – tração).
RA tem sentido oposto ao de RB, logo está reagindo contra a
barra, ou seja, a barra AD está comprimida.
A reação vertical de A é igual a Q, para que haja o equilíbrio
estático vertical.
Logo, a barra AB está sob compressão devido à força normal Q,
a componente vertical de AC é igual a zero. Portanto, não há força
em AC, e esta barra não está sob compressão nem tração.
Gabarito: Errada
13) 96 - Dependendo do índice de esbeltez da barra AB e do
valor da carga Q, essa barra pode ser submetida a flambagem.
A reação no nó A é igual a Q em sentido oposto ao da força
aplicada em D, para que haja equilíbrio estático da treliça.
Para que haja equilíbrio estático no nó A, a barra AB apresenta
a mesma força Q contra o nó A, ou seja, compressão.
Se a barra AB está sob compressão, deve-se enrijecê-la para
que não sofra flambagem, ou seja, aumentar a largura mínima
transversal e/ou reduzir o comprimento da barra.
Gabarito: Correta
14) 97 - A barra CD está submetida a tração.
RA = RB
Σ MA = 0
Q. dAD – RB.dAB = 0
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RB = Q.(dAD/dAB), sendo o sentido da reação horizontal RB para
a esquerda para impedir a rotação da treliça por Q (a barra BD está
puxando o apoio, logo, a barra está sob tração).
Gabarito: Correta
(27 – PF/2002) Considerando a treliça plana reticulada,
simétrica em relação ao eixo vertical que passa pelo trecho CF
e submetida ao carregamento Q como indicado na figura
acima, julgue os itens a seguir.
15) 1 - Os trechos BC e CD serão submetidos a compressão.
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O nó C deve permanecer em equilíbrio. A força Q é equilibrada
no nó F pela força de tração na barra CF. No nó C essa tração é
equilibrada com forças de compressão nas barras BC e CD.
Gabarito: Correta
16) 2 - Os trechos AB e DE serão submetidos a tração.
O somatório das forças externas verticais = 0. Portanto, as
reações em A e E são iguais a Q/2 no sentido inverso de Q. Se a
reação em A e E estão de baixo para cima, significa que as barras AB
e DE estão comprimindo os apoios.
Gabarito: Errada
17) 3 - O trecho CF será submetido a tração.
A força Q é equilibrada no nó F pela força de tração na barra
CF.
Gabarito: Correta
18) 4 - Os trechos AF e FE serão submetidos a compressão.
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O somatório das forças externas verticais = 0. Portanto, as
reações em A e E são iguais a Q/2 no sentido inverso de Q. Se a
reação em A e E estão de baixo para cima, significa que as barras AB
e DE estão comprimindo os apoios.
Para o equilíbrio interno das forças horizontais nos nós A e E, a
força nas barras AF e FE devem ser de tração de valor igual à
componente horizontal da força de compressão das barras AB e DE.
Portanto, as barras AF e FE estão submetidas à tração.
Gabarito: Errada
19) 5 - Os valores das reações verticais nos apoios são
diferentes.
A treliça é simétrica, logo, pelo equilíbrio da treliça, o somatório
das forças externas verticais deve ser zero, resultando nas reações
Q/2 nos apoios A e E.
Gabarito: Errada
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(26 - PF/2002) Com base na situação de carregamento do
pilar apresentado na figura acima, julgue os itens que se
seguem.
20) 1 - Quanto maior o valor de e, maior a possibilidade de
flambagem da peça A.
A flambagem é um fenômeno que ocorre em peças
comprimidas axialmente, que a partir de uma determinada carga
crítica (transição entre o equilíbrio estável e o instável), sofrem
deflexão lateral.
Quanto maior o valor de “e”, maior é o valor do momento no
topo da peça A, o que aumenta a deflexão da peça contribuindo para
a ocorrência da flambagem, ou seja, reduzindo a carga crítica.
De acordo com Leonhardt (1977), em um pilar, para
compressão centrada, a capacidade de carga esgota-se para um
aumento contínuo da carga. Esta capacidade de carga reduz-se
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devido à inevitável excentricidade da carga e, por conseguinte,
devido à solicitação adicional de flexão.
As excentricidades causem, com o aumento da carga,
deformações por flexão e, por conseguinte, tensões de compressão
desiguais, até que o concreto no lado mais solicitado atinge a zona de
deformação plástica e rompe. O colapso de pilares esbeltos devido ao
aumento de deformações por flexão denomina-se flambagem.
Gabarito: Correta
21) 2 - Quanto maior a rigidez da peça B, menor a
possibilidade de flambagem da peça A.
Quanto maior a rigidez da peça B, maior a resistência horizontal
para impedir a deflexão da peça B, dificultando a ocorrência da
flambagem.
Gabarito: Correta
22) 3 - Para a situação de carregamento apresentada na
figura, desprezando-se o peso da peça A, a tensão vertical no
ponto 1, na face lateral da peça, será sempre de compressão.
No ponto 1, o momento do topo da peça A decorrente da
excentricidade “e” exerce tração (lado esquerdo da peça A).
A tensão resultante nesse ponto resulta da fórmula:
σ = Q/A – [(Q.e)/I]
A depender do valor da segunda parcela da equação acima, a
tensão pode ser de tração no ponto 1.
Gabarito: Errada
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23) 4 - Para as condições e posição do carregamento
apresentado na figura, independentemente do peso da peça A,
a tensão vertical no ponto 2, na face lateral da peça, será de
compressão.
Tendo em vista que a carga Q está aplicada à direita do eixo da
peça A, o momento do topo da peça A decorrente da excentricidade
“e” exerce compressão (lado direito da peça A).
A tensão resultante nesse ponto resulta da fórmula:
σ = Q/A + [(Q.e)/I]
Logo, a tensão no ponto 2 só pode ser de compressão.
Gabarito: Correta
24) 5 - Caso o apoio na base da peça A ceda verticalmente, o
acréscimo de tensão horizontal provocado na peça B, no ponto
3, será de tração.
O movimento horizontal da peça A provocará um esforço
vertical na ponta da peça B, provocando a sua curvatura, com
conseqüente tração nas fibras superiores e compressão nas fibras
inferiores.
Gabarito: Correta
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(PF Regional/2004) O desenho I mostrado na figura acima
apresenta o círculo de Mohr de tensões de um elemento plano
de um material submetido ao estado de tensões indicado. As
convenções de sinais utilizadas para as tensões no elemento
também aparecem indicadas nesse desenho. Nesse contexto,
julgue os itens a seguir.
25) 93 - A tensão cisalhante máxima (positiva) ocorre em um
plano cuja inclinação com o eixo horizontal (no sentido anti-
horário) é maior que 45º.
A tensão cisalhante máxima positiva tem o mesmo valor do raio
do círculo de Mohr.
O centro do círculo posiciona-se no ponto da σmédia, que é igual
à média entre a σx e a σy = (50 + 100)/2 = 75 MPa.
Os demais pontos do círculo são os pares X = (50 MPa, 25 MPa)
e Y = (100 MPa, -25 MPa).
O raio pode ser obtido pelo cálculo da hipotenusa com os
catetos 25 e 25 (75 – 50). Com isso o raio advém do cálculo (252 +
252)1/2 = 35,36 MPa, que corresponde ao valor da tensão cisalhante
máxima.
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A tensão principal máxima é 75 + 35,36 = 110,36 MPa e a
tensão principal mínima é 75 – 35,36 = 39,64 MPa.
O ângulo entre o par X = (50, 25) e a tensão principal σ1 é
(180º - 2Ө)/2, sendo:
tg 2Өp = 25/25 = 1
2Өp = 45º
Өp = 22,5º
Өc = Өp + 45º = 67,5º (os planos de máxima tensão de
cisalhamento formam ângulos de 45º com os planos principais).
Gabarito: Correta
26) 94 - O desenho II mostrado na figura esquematiza
corretamente o posicionamento das tensões principais σ1 e σ2
(normais entre si) em relação aos eixos x e y indicados.
De acordo com o livro “Resistência dos Materiais”, dos autores
Ferdinand P. Beer e E. Russell Johnston Jr., a fórmula, a partir do
círculo de Mohr, para se determinar o ângulo da tensão principal em
relação ao eixo x é:
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Portanto, essa é outra forma de calcular o ângulo Өp:
tg 2 Өp = 2ζxy/(σx – σy)
tg 2 Өp = - 2.25/(50 - 100) = 1
2 Өp = 45º
Өp = 22,5º
Portanto, a configuração correta das tensões principais é:
Gabarito: Errada
(INSS/2008) Projetos estruturais utilizando concreto armado
são muito freqüentes em obras de edificações e têm definições
bem detalhadas pelas normas brasileiras. A respeito desses
projetos e seus detalhes, julgue os itens subseqüentes.
27) 86 - Para o cálculo de pilares estruturais de edifícios, é
admitido o estudo das cargas verticais utilizando o modelo
clássico de viga contínua, simplesmente apoiada nos pilares.
De acordo com o item 14.6.7.1 da norma NBR 6118/2007, pode
ser utilizado o modelo clássico de viga contínua, simplesmente
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apoiada nos pilares, para o estudo das cargas verticais,
observando-se a necessidade das seguintes correções adicionais:
- não devem ser considerados momentos positivos menores
que os que se ob teriam se houvesse engastamento perfeito da viga
nos apoios internos, conforme esquematizado na figura abaixo:
Fonte: < http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto2/Vigas.pdf>
b) quando a viga for solidária com o pilar intermediário e a
largura do apoio, medida na direção do eixo da viga, for maior que a
quarta parte da altura do pilar (le), não pode ser considerado
momento negativo de valor absoluto menor do que o de
engastamento perfeito nesse apoio;
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Fonte: < http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto2/Vigas.pdf>
c) quando não for realizado o cálculo exato da influência da
solidariedade dos pilares com a viga, deve ser considerado, nos
apoios extremos, momento fletor igual ao momento de engastamento
perfeito multiplicado pelos coeficientes estabelecidos nas seguintes
relações:
- na viga:
- no tramo superior do pilar:
- no tramo inferior do pilar:
Sendo:
Onde:
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ri é a rigidez do elemento i no nó considerado, avaliada
conforme indicado na figura a seguir:
Alternativamente, o modelo de viga contínua pode ser
melhorado, considerando-se a solidariedade dos pilares com a viga,
mediante a introdução da rigidez à flexão dos pilares extremos e
intermediários.
Gabarito: Correta
28) 87 - Uma das hipóteses básicas de cálculo das seções à
flexão pura no estado limite último é a de que a deformação
das barras da armadura passiva é a mesma do concreto no seu
entorno.
De acordo com a NBR 6118/2007, na análise dos esforços
resistentes de uma seção de viga ou pilar, devem ser consideradas as
seguintes hipóteses básicas:
a) as seções transversais se mantêm planas após deformação;
b) a deformação das barras passivas aderentes ou o acréscimo
de deformação das barras ativas aderentes em tração ou compressão
deve ser o mesmo do concreto em seu entorno;
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c) para armaduras ativas não aderentes, na falta de valores
experimentais e de análises não-lineares adequadas, os valores do
acréscimo das tensões para estruturas usuais de edifícios estão
apresentados a seguir, devendo ainda ser divididos pelos devidos
coeficientes de ponderação:
- para elementos com relação vão/altura útil ≤ 35: Δσp = 70 +
fck/100ρp, em MPa, não podendo ultrapassar 420 MPa.
- para elementos com relação vão/altura útil > 35: Δσp = 70 +
fck/300ρp, em MPa, não podendo ultrapassar 210 MPa.
onde:
- Δσp e fck são dados em MPa;
- ρp é a taxa geométrica da armadura ativa;
- bc é a largura da mesa de compressão;
- dp é a altura útil referida à armadura ativa;
d) as tensões de tração no concreto, normais à seção
transversal, podem ser desprezadas, obrigatoriamente no ELU;
e) a distribuição de tensões no concreto se faz de acordo com o
diagrama parábola-retângulo, com tensão de pico igual a 0,85 fcd.
Esse diagrama pode ser substituído pelo retângulo de altura 0,8.x
(onde x é a profundidade da linha neutra), com a seguinte tensão:
- 0,85 fcd no caso da largura da seção, medida paralelamente à
linha neutra, não diminuir a partir desta para a borda comprimida;
- 0,80 fcd no caso contrário.
As diferenças de resultados obtidos com esses dois diagramas
são pequenas e aceitáveis, sem necessidade de coeficiente de
correção adicional.
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f) a tensão nas armaduras deve ser obtida a partir dos
diagramas tensão-deformação, com valores de cálculo, definidos em
8.3.6 e 8.4.5.
g) o estado limite último é caracterizado quando a distribuição
das deformações na seção transversal pertencer a um dos domínios
definidos na figura seguinte:
Ruptura convencional por deformação plástica excessiva:
- reta a: tração uniforme;
- domínio 1: tração não uniforme, sem compressão;
- domínio 2: flexão simples ou composta sem ruptura à
compressão do concreto (εc < 3,5 ‰ e com o máximo alongamento
permitido);
Ruptura convencional por encurtamento limite do concreto:
- domínio 3: flexão simples (seção subarmada) ou composta
com ruptura à compressão do concreto e com escoamento do aço (εs
≥ εyd);
- domínio 4: flexão simples (seção superarmada) ou composta
com ruptura à compressão do concreto e aço tracionado sem
escoamento (εs < εyd);
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- domínio 4a: flexão composta com armaduras comprimidas;
- domínio 5: compressão não uniforme, sem tração;
- reta b: compressão uniforma.
Gabarito: Correta
29) 88 - Para o cálculo de vigas estruturais de edifícios, a
largura mínima da seção transversal dessas vigas deve ser
igual a 7 cm.
De acordo com a norma NBR 6118/2007, a seção transversal
das vigas não deve apresentar largura menor que 12 cm e das vigas-
parede, menor que 15 cm. Estes limites podem ser reduzidos,
respeitando-se um mínimo absoluto de 10 cm em casos
excepcionais, sendo obrigatoriamente respeitadas as seguintes
condições:
a) alojamento das armaduras e suas interferências com as
armaduras de outros elementos estruturais, respeitando os
espaçamentos e coberturas estabelecidos na NBR 6118/2007;
b) lançamento e vibração do concreto de acordo com a ABNT
NBR 14931.
Gabarito: Errada
(30 – PF/2002) Com relação ao dimensionamento estrutural
de concreto armado, julgue os itens subseqüentes.
30) 1 - Do ponto de vista de flambagem, os pilares são
considerados curtos quando o seu índice de esbeltez é menor
ou igual a 80.
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A versão anterior da norma NBR 6118, de 1978, previa o
seguinte:
- Pilar curto: λ 40
- Pilar medianamente esbelto: 40 < λ 80
- Pilar esbelto: 80 < λ 140
- Pilar muito esbelto: 140 < λ 200
A versão atual da norma NBR 6118, de 2007, não apresenta
essa classificação, mas prescreve que os pilares devem ter índice de
esbeltez menor ou igual a 200 (λ ≤ 200). Apenas no caso de postes
com força normal menor que 0,10.fcd.Ac, o índice de esbeltez pode
ser maior que 200.
Vale lembrar que o índice de esbeltez deve ser calculado pela
fórmula: λ = Le/i, sendo Le o comprimento de flambagem e i o raio de
giração.
Portanto, caso se adote a regra da norma mais antiga, o pilar
somente é considerado curto quando o índice de esbeltez é menor ou
igual a 40.
Gabarito: Errada
31) 2 - O cintamento de um pilar circular consiste no seu
envolvimento por um anel de concreto mais resistente à
compressão simples.
O cintamento de um pilar consiste na adoção de armadura em
forma de hélice ao longo da altura de pilares circulares.
De acordo com Leonhardt, a capacidade de carga de elementos
comprimidos (pilares) de concreto armado, com seção transversal
circular ou aproximadamente circular (por exemplo, octogonal) e no
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caso de pequena excentricidade e de esbeltez reduzida, pode ser
aumentada através de uma armadura de cintamento.
O efeito do cintamento (também chamado de hélice) baseia-se
no fato de que este impede a dilatação transversal do concreto que
surge devido à compressão longitudinal.
Fonte: Leonhardt (1977)
Gabarito: Errada
32) 3 - Os estribos tracionados em uma viga de concreto
armado submetida a torção devem ser fechados e bem
ancorados.
A torção provoca tensões de tração no perímetro da seção de
concreto a serem resistidas pela armadura posicionada ao longo do
perímetro da seção, denominada estribo, que deve ser fechado, pois
as tensões de tração ocorrem ao longo de todo o perímetro.
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Fonte: Leonhardt (1977)
Gabarito: Correta
33) 4 - Para uma viga maciça simplesmente apoiada nas suas
extremidades, com uma carga vertical aplicada no centro do
seu vão, pode-se afirmar que a flecha no centro do vão terá
sempre o mesmo valor, quer a seção transversal da viga seja
circular ou retangular, desde que a área da seção em ambos
os casos seja a mesma.
A flecha de uma viga simplesmente apoiada com uma carga
vertical aplicada no centro do vão é obtida pela fórmula (PL3)/48EI,
onde E é o módulo de elasticidade (depende do material) e I é o
momento de inércia (depende da geometria).
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O momento de inércia em relação ao eixo do retângulo é
(bh3)/12 e o momento de inércia do círculo é ( .r4)/4.
Portanto, verifica-se que as flechas não são as mesmas, tendo
em vista elas dependerem do momento de inércia, o qual varia em
função da geometria da seção transversal.
Gabarito: Errada
34) 5 - O sistema de contraventamento de uma estrutura
visa aumentar a sua rigidez vertical para melhor resistir a
cargas verticais acidentais.
O contraventamento, como o próprio nome diz, visa aumentar a
rigidez horizontal para minimizar os deslocamentos horizontais da
estrutura decorrentes principalmente do vento.
O contraventamento pode ser feito em barras ou cabos de aço
que interligam os nós do reticulado de pilares e vigas.
Gabarito: Errada
14 – QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA
1) (146 – TCU/2011) Uma estrutura será considerada
isostática quando o seu equilíbrio for estável, e seus apoios
forem em quantidade estritamente necessária para impedir
todos os movimentos possíveis.
2) (72 – SEGER-ES/2011) Em uma viga Gerber, o ponto de
transmissão de forças é representado por uma rótula.
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3) (147 – TCU/2011) Se uma viga inclinada é submetida a
um carregamento distribuído vertical, para fins de momentos
fletores, ela se comporta como se fosse uma viga horizontal,
perpendicular ao carregamento.
4) (32 – SEAD/PA – 2005) A figura acima representa um
pórtico plano, rígido, com peso desprezível, submetido ao
carregamento (não nulo) uniformemente distribuído com
intensidade q. De acordo com os dados apresentados na
figura, os valores dos módulos das componentes verticais das
forças nos apoios A e B são, respectivamente, iguais a
A 0,1 qa e 0,6 qa.
B 0,2 qa e 0,7 qa.
C 0,4 qa e 0,9 qa.
D 0,6 qa e 1,1 qa.
E 0,7 qa e 1,2 qa.
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(45 – PF/2002) Considere o pórtico plano apresentado na
figura abaixo, submetido a uma carga concentrada horizontal
— P — e a uma carga uniformemente distribuída — q —.
Em face dessa situação, desprezando o peso próprio do
pórtico, julgue os itens a seguir.
5) 1 - O pórtico representa uma estrutura hiperestática.
6) 2 - Para as condições geométricas e de carregamento do
pórtico, o apoio A estará sempre submetido a tração.
7) 3 - Para as condições geométricas e de carregamento do
pórtico, o apoio B estará sempre submetido a compressão.
8) 4 – No trecho CD, a fibra externa do material,
imediatamente acima e à esquerda do ponto C, está submetida
a tração.
9) 5 – A reação horizontal no apoio B é igual à carga P.
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10) (148 – TCU/2011) Se um arco triarticulado, para
determinado carregamento, está submetido apenas a esforços
normais, então a sua forma é a mesma da linha de pressões
desse carregamento.
11) 149 – Treliças isostáticas com cargas distribuídas entre
os nós podem ser consideradas treliças ideais, desde que o
carregamento seja uniforme.
(PF Regional/2004) Considere a treliça plana, com peso
desprezível, mostrada no desenho acima, submetida à carga Q
aplicada no ponto D. A barra AB (ligando os pontos A e B) é
vertical, a barra AD é horizontal e o apoio no ponto B só
admite deslocamentos verticais. Para as condições da figura,
julgue os itens subseqüentes.
12) 95 - As barras AD e AC estão submetidas a esforços de
compressão.
13) 96 - Dependendo do índice de esbeltez da barra AB e do
valor da carga Q, essa barra pode ser submetida a flambagem.
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14) 97 - A barra CD está submetida a tração.
(27 – PF/2002) Considerando a treliça plana reticulada,
simétrica em relação ao eixo vertical que passa pelo trecho CF
e submetida ao carregamento Q como indicado na figura
acima, julgue os itens a seguir.
15) 1 - Os trechos BC e CD serão submetidos a compressão.
16) 2 - Os trechos AB e DE serão submetidos a tração.
17) 3 - O trecho CF será submetido a tração.
18) 4 - Os trechos AF e FE serão submetidos a compressão.
19) 5 - Os valores das reações verticais nos apoios são
diferentes.
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(26 - PF/2002) Com base na situação de carregamento do
pilar apresentado na figura acima, julgue os itens que se
seguem.
20) 1 - Quanto maior o valor de e, maior a possibilidade de
flambagem da peça A.
21) 2 - Quanto maior a rigidez da peça B, menor a
possibilidade de flambagem da peça A.
22) 3 - Para a situação de carregamento apresentada na
figura, desprezando-se o peso da peça A, a tensão vertical no
ponto 1, na face lateral da peça, será sempre de compressão.
23) 4 - Para as condições e posição do carregamento
apresentado na figura, independentemente do peso da peça A,
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a tensão vertical no ponto 2, na face lateral da peça, será de
compressão.
24) 5 - Caso o apoio na base da peça A ceda verticalmente, o
acréscimo de tensão horizontal provocado na peça B, no ponto
3, será de tração.
(PF Regional/2004) O desenho I mostrado na figura acima
apresenta o círculo de Mohr de tensões de um elemento plano
de um material submetido ao estado de tensões indicado. As
convenções de sinais utilizadas para as tensões no elemento
também aparecem indicadas nesse desenho. Nesse contexto,
julgue os itens a seguir.
25) 93 - A tensão cisalhante máxima (positiva) ocorre em um
plano cuja inclinação com o eixo horizontal (no sentido anti-
horário) é maior que 45º.
26) 94 - O desenho II mostrado na figura esquematiza
corretamente o posicionamento das tensões principais σ1 e σ2
(normais entre si) em relação aos eixos x e y indicados.
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(INSS/2008) Projetos estruturais utilizando concreto armado
são muito freqüentes em obras de edificações e têm definições
bem detalhadas pelas normas brasileiras. A respeito desses
projetos e seus detalhes, julgue os itens subseqüentes.
27) 86 - Para o cálculo de pilares estruturais de edifícios, é
admitido o estudo das cargas verticais utilizando o modelo
clássico de viga contínua, simplesmente apoiada nos pilares.
28) 87 - Uma das hipóteses básicas de cálculo das seções à
flexão pura no estado limite último é a de que a deformação
das barras da armadura passiva é a mesma do concreto no seu
entorno.
29) 88 - Para o cálculo de vigas estruturais de edifícios, a
largura mínima da seção transversal dessas vigas deve ser
igual a 7 cm.
(30 – PF/2002) Com relação ao dimensionamento estrutural
de concreto armado, julgue os itens subseqüentes.
30) 1 - Do ponto de vista de flambagem, os pilares são
considerados curtos quando o seu índice de esbeltez é menor
ou igual a 80.
31) 2 - O cintamento de um pilar circular consiste no seu
envolvimento por um anel de concreto mais resistente à
compressão simples.
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32) 3 - Os estribos tracionados em uma viga de concreto
armado submetida a torção devem ser fechados e bem
ancorados.
33) 4 - Para uma viga maciça simplesmente apoiada nas suas
extremidades, com uma carga vertical aplicada no centro do
seu vão, pode-se afirmar que a flecha no centro do vão terá
sempre o mesmo valor, quer a seção transversal da viga seja
circular ou retangular, desde que a área da seção em ambos
os casos seja a mesma.
34) 5 - O sistema de contraventamento de uma estrutura
visa aumentar a sua rigidez vertical para melhor resistir a
cargas verticais acidentais.
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15 - GABARITO
1) Correta 10) Correta 19) Errada 28) Correta
2) Correta 11) Errada 20) Correta 29) Errada
3) Correta 12) Errada 21) Correta 30) Errada
4) B 13) Correta 22) Errada 31) Errada
5) Errada 14) Correta 23) Correta 32) Correta
6) Errada 15) Correta 24) Correta 33) Errada
7) Correta 16) Errada 25) Correta 34) Errada
8) Correta 17) Correta 26) Errada
9) Correta 18) Errada 27) Correta
16 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 - Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NBR
6118/2007 – Projeto de Estruturas de Concreto -
Procedimento.
2 - Bastos, Paulo Sérgio dos Santos. Vigas de Edifícios – Notas de
Aula. Acessado no sitio <wwwp.feb.unesp.br/pbastos>, em
18/05/2012.
3 - Beer, Ferdinand P. e Johnston Jr, E. Russell. Resistência dos
Materiais. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1982.
4 - Leonhardt, Fritz e Monnig, Eduard. Construções de Concreto,
volume 1. Rio de Janeiro. Interciência: 1977.
5 - Sussekind, José Carlos. Curso de Análise Estrutural, volume
1. Rio de Janeiro: Globo, 1981.