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  • Escoamento em Meio

    Poroso Leito Fluidizado

    Prof. Rodrigo S. Vieira

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEAR

    CENTRO DE TECNOLOGIA

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUMICA

    DISCIPLINA DE OPERAES UNITRIAS I

  • AQ

    K

    L

    p

    Lei de Darcy

    36)1(

    dK

    2

    2p

    3

    Equao de Karman-Kozeny

    para predio da permeabilidade

    2

    2p

    3

    )1(180

    dK

    = 5 muito boa para esferas

  • Altas vazes: Experimentalmente,

    Para a regio no Darcyana

    2BqAqL

    p

    Proposio:

    2q),dp,(FqK

    L

    p

    2

    p32

    p3

    2

    qD

    )1(75,1q

    D

    )1(150

    L

    p

    Correlao de Ergun

  • Um leito poroso constitudo de inmeras partculas, geralmente posicionadas aleatoriamente.

    Baseia-se na circulao de slidos juntamente com um fluido(gs ou lquido) impedindo a existncia de T, de pontos muito

    ativos ou de regies estagnadas no leito; proporcionando

    tambm um maior contato superficial entre slido e fluido,

    favorecendo a TM e TC.

    Eficincia do leito fluidizado: depende do conhecimento davelocidade mnima de fluidizao.

    V < Vmf : leito no fluidiza;

    V >>> Vmf: slidos so carregados para fora do leito.

    Leito Fluidizado

  • Aplicaes de leitos fluidizados

    1. Reaes Qumicas (Homogneas ou Heterogneas);

    A.Cataltica

    B.No Catalticas

    2. Contato Fsico;

    A. Transferncia de Calor

    - Para o, e do, leito fluidizado

    - Entre gases e slidos

    - Controle de temperatura

    - Entre pontos do leito

    B. Mistura de Slidos

    C. Mistura de Gases

    D. Secagem de Slidos ou Gases

    E. Classificao de Slidos

    F. Adsoro- Dessoro

    G. Tratamento Trmico

    H. Recobrimento

  • VANTAGENS

    1) Escoamento das partculas: controle contnuo e automtico

    2) Fcil mistura: condies isotrmicas em reatores

    3) Resistncia mudanas bruscas nas condies de operaes

    (reaes altamente exotrmicas)

    4) Adequado para operaes em grande escala

    5) rea superficial grande, porque as partculas podem ser

    menores (alta TM e TC entre partculas e gs)

    6) Grandes velocidades de reao (comparada ao LF): ausncia de

    gradientes

    7) Maior uniformidade de Temperatura

    8) Fluidez favorece TC

    Leito Fluidizado

  • DESVANTAGENS

    1) Eroso dos tubos e paredes

    2) Slidos friveis so arrastados e devem ser recirculados ou

    repostos

    3) Expanso do leito: equipamento maior que o leito fixo.

    4) Consumo de energia alto (requer alta velocidade do fluido)

    5) Tempo de residncia no uniforme e de difcil clculo

    6) Impossvel manter um gradiente axial de T e [C], desfavore

    reaes mltiplas;

    7) Consumo de energia devido a alta perda de carga (requer alta

    velocidade do fluido);

    Leito Fluidizado

  • Leito fixo:

    Fluido escoa descendente ou ascendente.

    Leito Fluidizado:

    possvel escoamento descendente?

    QUANTO AO SENTIDO DO ESCOAMENTO

    ASCENDENTE OU DESCENDENTE ??

  • APLICAES

    FCC Fluidized Catalytic Cracking

    Reator: Gasleo Zelitas Y 480 540oC

    Regenerador: 570 590oC

  • REVESTIMENTO DE OBJETOS - FARMCIA

  • CARACTERSTICAS GERAIS DA FLUIDIZAO

    P = f (permeabilidade, rugosidade das partculas, , ,velocidade superficial)

    A velocidade muito baixa : O fluido percorre pequenos etortuosos canais;

    Com aumento da velocidade : Atinge um valor que a aodinmica do fluido permite reordenao das partculas, de modo a

    oferecer menor resistncia passagem.

    Maiores Velocidades : As partculas deixam de estar emcontato e parecem como lquido em ebulio.

  • GRFICO QUEDA DE PRESSO EM FUNO DO REYNOLDS

    log Re

    log

    (-

    P)

    A

    B

    I

    Intervalo AB : Leito fixo ou esttico (Regio I).

    Regime quase sempre laminar

    Pode-se aplicar a equao de Ergun.

    Ponto B :

    Perda de carga = Peso dos slidos

    Leito "calmo ou tranqiloCaractersticas de um fluido

    (observa-se fluidez no leito).

    Ponto na qual as partculas mudam de posio

    rearranjando-se

  • log Re

    log

    (-

    P)

    A

    B

    I II

    C

    D

    Ponto C :

    Ponto de mnima fluidizao.

    Pouco contato entre as partculas.

    Equilbrio entre perda de carga e empuxo com o peso aparente.

    Suspenso inicial com apoio intraparticular.

    Intervalo CD :

    Movimento desordenado das partculas com

    freqentes choques, devido ao aumento de

    porosidade e menor perda de carga.

    Regio II : Leito em expanso.

    Ponto D :

    Perda de carga comea a ficar constante

    (no h contato intraparticular).

  • log Re

    log

    (-

    P)

    A

    B

    I II III

    C

    D E

    Intervalo DE :

    Aumento da agitao perda de carga constante (Regio III)

    Leito em "Ebulio" ou fluidizao em batelada.

  • log Re

    log

    (-

    P)

    A

    B

    I II III IV

    C

    D E

    Alm de E : Arraste das partculas (Regio IV)

    Fluidizao contnua ou em fase diluda.

    Ocorre o transporte pneumtico.

  • OA: Aumento da velocidade e da queda de presso do fludo;

    AB: As partculas comeam a mover-se (no ficarem mais compactas); O leito est

    fluidizado;

    BC: Com o aumento da velocidade, h pequena variao na presso de maneira

    instantnea, devido mudana repentina da porosidade do leito;

    CD: A velocidade varia linearmente com a P (baixa variao de presso e alta

    variao de velocidade) at chegar em D. Aps D, as partculas comeam a ser

    carregadas pelo fludo e perde-se a funcionalidade do sistema.

    Figure 8.4. Pressure drop in fluidized beds.

    vmf = velocidade

    mnima de

    fluidizaova = velocidade de

    arraste

    Leito de ebulio

    (ou fluidizao

    descontnua)

    Fluidizao contnua

    (transporte pneumtico)

  • q qmfFluidizao homognea

    Expanso uniforme com de q

    , L

    Lquido

  • q > qmfFluidizao heterognea

    a) Pisto simtrico (parts. finas)

    b) Pisto assimtrico (leito estreito

    e alta velocidade)

    c) Pisto completo (parts. grandes)

    , L

  • q >>>> qmf e > qcrticoTransporte de partculas

    Com lquido hidrulicoCom gs pneumtico

    q > qmfFluidizao turbulenta

    , L - sem bolhas

  • Porosidade de mnima fluidizao

    a porosidade do

    leito para q = qmf.

    mf funo da forma

    e tamanho das

    partculas

    mfNotao: m ou mf

    (ref. McCabe/Smith)

    b. Carvo de adsoro

    c. Anis de Raschig quebrados

    f. Areia de partculas aredondadas

    g. Areia de bordas cortantes

    h. coque

  • Altura do leito

    Sem fluxo Com fluxo

    L1

    L2

    (1)

    (2)

  • q > qmf L

    Seja S a rea da seo transversal do leito

    Se S for constante:

    = (L)

    Chamando Lo a altura que o leito teria se = o, ou seja, os slidos ocupariam

    todo leito Vs = Lo S

    L altura do leito fluidizado

    LS

    SL1

    V

    V1

    V

    V o

    T

    S

    Total

    vazios

    Altura do leito

  • Para uma dada condio 1 do leito:

    1

    o1

    L

    L1

    Para uma dada condio 2 do leito:

    2

    o2

    L

    L1

    Ou: )1(LL 11o )1(LL 22o

    )1(L)1(L 2211

  • Queda de pressoQuando a fluidizao comea, a queda de presso no leito

    contrabalana a fora da gravidade nos slidos.

    Em primeira aproximao vamos equacionar a queda de pressona mnima fluidizao, (p)mf, pela fora exercida pelo gs no leito e

    a fora da gravidade menos empuxo. Desprezamos assim o atrito

    entre as partculas, foras eletrostticas, etc.

    pa.S + empuxo = pb.S + peso

    (pa pb).S = peso - empuxo

    (p )mf

  • gVgmS)p( SFSmf )VV(gS)p( SFSSmf

    g))(1(L

    )p(FSmf

    mf

    mf

    gVgmF

    gVgmF

    FEmpuxo

    SSPeso

    )1(

    )1(

    gL

    PS )1)((

    Substituindo...

  • g))(1(L)p( FSmfmfmf

    Sabemos que: )1(L)1(L mfmf

    ctepg))(1(L)p( FSmf

    g))(1(L

    )p(FS

    e

  • Velocidade de mnima fluidizao: qmfExtrapolando a equao de Ergun para a mnima fluidizao:

    g))(1(L

    )p(FSmf

    mf

    mf

  • 23

    smf

    3

    mf

    2

    mf

    2

    2

    mf

    22

    3

    mfmf

    mf dpg)(dpq)1(150qdp75,1

    L

    )p(

    mfmf,p

    dpqRe

    Substituindo:

    2

    3

    smf,p3

    mf

    2

    mf2

    mf,p3

    mf

    dpg)(Re

    )1(150Re

    75,1

    Expresso Geral

    Multiplicando por:)1(

    dp

    mf2

    3

  • Casos limites:

    20Re mf,p

    1000Re , mfp

    )1(

    g)(

    150

    )dp(q

    mf

    3

    mfs

    2

    mf

    3

    mfs2

    mf75,1

    g))(dp(q

    1o desprezvel

    1o preponderante

  • Aproximaes: Wen e Yu (citado no Kunii e Levenspiel).

    e14

    13mf

    11

    13mf

    2mf

    Substituindo na expresso geral,

    ( ) 7,33

    g)(dp0408,07,33Re

    2/1

    2S

    3

    2

    mf,p

    Para qualquer Rep,mf

  • Fluidizao Heterognea (Gs-

    Slido)

    Classificao

    de

    Geldart (1986)

    (coesivas)

    (aerveis)

    (fluidizveis)

    (jorrveis)

  • Tipo C partculas coesivas fluidizao muito difcil

    Tipo A leito expande antes de formar bolhas

    comportamento de fluidizao homognea; umf

  • DIFCIL FLUIDIZAR,

    BAIXA EXPANSO,

    POBRE MISTURA

    ALTA EXPANSO, ALTA

    MISTURAMODERADAS EXPANSO

    E MISTURA

    DIFCIL FLUIDIZAR (alta

    V), BAIXA EXPANSO,

    POBRE MISTURA

    RESUMINDO...

  • Critrios para determinao do tipo de fluidizao: homognea ou heterognea

    Grupos adimensionais:gdp

    qFr

    2mf

    mf

    q dp Re mfmf,p

    Froude

    D

    L;

    - mfS

    Dimetrto do leitoRice e Wilhelm (1958)

    D

    L

    ))(ReFr( mfSmf,pmf

    < 100 Homognea

    > 100 Heterognea

  • Predio do Tipo de Fluidizao

    1 Critrio: O tipo de fluidizao pode ser determinado pelo

    Nmero de Froude (razo de energia cintica por energia

    gravitacional)

    Se Fr < 1 fluidizao particulada ou homognea;

    Se Fr > 1 fluidizao agregativa ou coesiva ou heterognea

    dpg

    vFr

    ofluidizademnima

  • 2o Critrio: Oferece uma informao mais detalhada atravs de

    correlaes:

    Fluidizao Agregativa ou Coesiva ou Heterognea:

    Fluidizao Particulada ou Homognea

    Obs: Sempre a fluidizao homognea ou heterognea pode

    ocorrer, o ideal quando temos a fluidizao homognea pois no

    haver a coalescncia de bolhas, evitando gastos energticos e

    problemas de baixas eficincias de operao.

    D

    LFr

    Fluido

    FluidoSlido ..Re.

    D

    LFr

    Fluido

    FluidoSlido ..Re.

    100

    100

  • 0 - Umf - Uregime de bolhas - Uregime pistonado - Uregime turbulento - Vterminal partculas

  • RESUMINDO...

    LEITO FIXO: de 0 at a Velocidade Mnima de Fluidizao

    FLUIDIZAO PARTICULADA: da Velocidade Mnima de

    Fluidizao at a Velocidade de Regime de Bolhas

    FLUIDIZAO BORBULHANTE: da Velocidade de Regime de

    Bolhas at a Velocidade de Regime Pistonado

    FLUIDIZAO PISTONADA: da Velocidade de Regime

    Pistonado at a Velocidade de Regime Turbulento

    FLUIDIZAO TURBULENTO: da Velocidade de Regime

    Turbulento at a Velocidade Terminal das Partculas

    FLUIDIZAO RPIDA OU TRANSPORTE PNEUMTICO:

    maior que a Velocidade Terminal das Partculas

  • 1. Um reator de leito fluidizado cataltico est sendo projetado com

    3m de dimetro para operar um catalisador constitudo de partculas

    esfricas de 0,2 mm de dimetro e S = 2700 Kg / m3. 15 toneladas

    de catalisador so empregados durante a operao normal do reator,

    sendo a fluidizaco realizada com gs em reao a 5 atm e 550C.

    Calcule altura mnima que dever ter o reator para manter uma vazo

    de gs de 600 m3/h.

    So dados : = 0,05 cP e PM = 52

    leito esttico = 1300 Kg/m3 .

  • 2. Partculas de alumina de 60 Mesh Tyler devem ser fluidizadas

    com ar a 400C e 6 kgf/cm2 (presso manomtrica). O leito

    esttico tem uma profundidade de 3 m e 2,7 m de dimetro, com

    porosidade de 40 %. A densidade das partculas slidas de

    3,5 ton/m3. Calcular:

    a) Porosidade mnima do fluido

    b) Densidade mxima do leito

    c) Altura mnima do leito

    d) Perda de carga

    e) Velocidade mnima de fluidizao