leito fluidizado - carol e vanessa
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SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS...................................................................................................2
LISTA DE GRÁFICOS.................................................................................................3
LISTA DE TABELAS...................................................................................................4
NOMENCLATURA......................................................................................................5
1. INTRODUÇÃO:.......................................................................................................6
2. OBJETIVOS:...........................................................................................................9
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:...........................................................................10
3.1) REGIMES DE FLUIDIZAÇÃO:................................................................................103.2) QUEDA DE PRESSÃO EM UM LEITO FLUIDIZADO..................................................133.3) VELOCIDADE DE MÍNIMA FLUIDIZAÇÃO:................................................................15
4. MATERIAIS E MÉTODOS.....................................................................................18
4.1) MATERIAIS:.......................................................................................................184.2) MÉTODOS:........................................................................................................18
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES:.........................................................................19
5.1) CONSTRUÇÃO DA CURVA FLUIDODINÂMICA..........................................................195.2) CÁLCULOS TEÓRICOS........................................................................................22
5.2.1) Perda de carga máxima:..........................................................................225.2.2) Cálculo da velocidade mínima de fluidização:..........................................23
6. CONCLUSÃO........................................................................................................26
BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................27
1
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Leito fluidizado com refrigerador de sólidos.................................................7Figura 2: Diferentes regimes de fluidização...............................................................11Figura 3: Fluidização de leito de sólidos particulados................................................14
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Curva Fluidodinâmica................................................................................21Gráfico 2: Tipo de regime do leito fluidizado..............................................................23
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Dados experimentais obtidos na prática...................................................................19Tabela 2: Dados bibliográficos utilizados nos cálculos............................................................19Tabela 3: Dados calculados a partir dos valores obtidos em experimento...............................20Tabela 4: Resultados obtidos a partir da curva fluidodinâmica do leito...................................21
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NOMENCLATURA
Símbolo Nome Unidades
∆P Perda de Carga [Pa]
μ Viscosidade [kg/m.s]
v’ Velocidade Superficial do Fluído [m/s]
L Comprimento do Leito [m]
Dp Diâmetro da Partícula [m]
ε Porosidade [ ]
ρ Massa Específica do Fluído [Kg/m³]
Φs Esfericidade do Sólido [ ]
g Aceleração da Gravidade [m/s²]
ρs Massa Específica do Sólido [Kg/m³]
εmf Porosidade de Mínima Fluidização [ ]
vmf Velocidade de Mínima Fluidização [m/s]
Remf Reynolds de Mínima Fluidização [ ]
∆h Variação da Altura no Manômetro [m]
m Massa do Fluído [Kg]
t Tempo [min]
T Temperatura [ºC]
d Diâmetro do Leito [m]
At Área Transversal [m²]
∆P/L Perda de Carga por Unidade de Comprimento [Pa/m]
V Volume [m³]
Q Vazão Volumétrica [m³/s]
v Velocidade de Escoamento [m/s]
E% Erro Percentual [%]
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1. INTRODUÇÃO:
A fluidização baseia se na circulação de sólidos juntamente com um fluído
impedindo a existência de gradientes de temperatura. Comporta-se num estado
intermediário entre um leito estático e um em que os sólidos estejam suspensos num
fluxo.
A formação do leito fluidizado se dá quando um fluxo adequado de um fluído
inicia o percurso por entre um leito material de forma que ocorra a fluidização. As
bolhas formadas por este fluído passam por entre o leito criando uma condição de
turbulência. Esta condição de turbulência conduz a boa transferência de calor,
uniformidade de temperatura e facilidade de controle do processo.
Atualmente nas indústrias os processos de fluidização são aplicados
principalmente a processos físicos, tais como secagem, mistura, granulação,
cobertura, aquecimento e resfriamento.
Na secagem é utilizado principalmente em indústrias farmaceuticas, de
fertilizantes, areia, minerais esmagados, polímeros e qualquer indústria de produtos
cristalinos.
No caso de resfriamento, é largamente utilizado para esfriar sólidos
particulados após uma reação. O fluído utilizado, seja água ou ar, funciona como um
trocador de calor, como descrito na figura 1 abaixo.
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Figura 1: Leito fluidizado com refrigerador de sólidos.
No caso do recobrimento são utilizados para recobrir partículas nas indústrias
farmacêuticas e agrícolas, por exemplo, metais podem ser recobertos de plástico por
termodeposição, imergindo os quentes em um leito de plástico pulverizado e
fluidizado por ar.
Os leitos fluidizados também podem ser utilizados como reatores químicos.
Eles apresentam vantagens em comparação com outros equipamentos para reações
químicas rápidas, normalmente limitadas pela taxa de transferência de massa entre
gás e partículas.
Algumas das principais propriedades da fluidização são semelhantes as de
um liquido em ebulição, são elas:
Objetos com densidade inferior a do leito flutuam no topo;
A superfície do leito permanece horizontal, ainda que se incline o
recipiente;
Os sólidos podem escoar como ocorreria com o líquido;
O leito apresenta uma relação entre a pressão estática e a altura igual
à de líquidos.
A fluidização apresenta grandes vantagens, tais como:
Elevados coeficientes de transferência de calor e massa;
Boa mistura dos sólidos;
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Área superficial das partículas sólidas fica completamente disponível
para transferência;
Fácil escoamento em dutos, pois os sólidos comportam-se como
fluidos.
No entanto, também apresenta algumas desvantagens:
Atrito severo, ocasionando produção de pó, tornando-se necessário a
reposição constante de pó e equipamentos de limpeza de gás na
saída, envolvendo aumento de custo do processo;
Erosão do equipamento devido à freqüente impacto dos sólidos;
Consumo de energia devido à alta perda de carga (requer alta
velocidade do fluído);
Tamanho do equipamento maior que o leito estático (devido à
expansão do leito).
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2. OBJETIVOS:
Calcular a perda de carga máxima e a velocidade de mínima fluidização no
equipamento e construir as curvas fluidodinâmicas.
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
A fluidização é uma operação unitária que envolve a interação do sólido com
um fluído. Este fenômeno pode ser observado quando um leito de sólidos é
submetido à passagem vertical e ascendente de um fluído distribuído uniformemente
por uma placa perfurada que sustenta o leito.
Assim que se inicia a fluidização a força de atrito entre as partículas e o fluído
se equivale ao peso das partículas. A queda de pressão no leito torna-se
aproximadamente constante e o movimento do sólido dentro do leito é similar a um
fluído, por causa da turbulência que é ocasionada.
Durante o processo de fluidização pode-se observar diferentes regimes, os
quais dependem de fatores como: estado físico do fluído, características do sólido,
densidade do fluído e da partícula, distribuição granulométrica do sólido e
velocidade do fluído.
3.1) Regimes de Fluidização:
Um conjunto de partículas em uma coluna é chamado de leito de partículas.
Quando um fluído é injetado na parte inferior desta coluna, este escoamento exerce
uma força individual em cada partícula. Na fluidização, a força da gravidade que age
nas partículas é compensada pelas forças de arraste exercidas pelo escoamento
local do fluído. Este escoamento é diferente para cada partícula, fazendo que o
comportamento de cada partícula seja único.
Na figura 2 abaixo, podemos verificar os regimes decorrentes no processo de
fluidização, do regime laminar ao turbulento.
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Figura 2: Diferentes regimes de fluidização.
No caso de um fluído ascendente passar pela coluna de fluidização de
partículas finas a uma velocidade baixa o fluído infiltra nos espaços vazios entre as
partículas estacionárias. Isto é chamado de leito fixo como mostra a figura 2.a. Com
o aumento da velocidade do fluído, as partículas se separam e começam a vibrar e
se movimentarem em pequenas regiões.
Com o leito recém fluidizado, a velocidade atingida ainda é mínima, entretanto
já é capaz de suspender as partículas pelo fluído escoante. Neste ponto as forças
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entre as partículas e o fluído se equivalem fazendo com que a componente vertical
das forças de compressão entre as partículas vizinhas desaparece. E com isso a
queda de pressão em qualquer seção do leito é igual ao peso do fluído e das
partículas naquela seção. Este estado também é conhecido como estado de mínima
fluidização.
Com uma velocidade acima da mínima fluidização pode provocar uma
progressiva expansão. Dessa forma as instabilidades são amortecidas e continuam
pequenas e a heterogeneidade não é observada. Esta condição somente é
conseguida sob condições especiais de partículas finas e leves com gases densos a
altas pressões. Sendo assim o leito é chamado de leito fluidizado particulado ou leito
fluidizado homogêneo, isto é mostrado na figura 2.b.
A altas taxas de escoamento provocam grandes instabilidades como
borbulhamento e canalização. A agitação é mais violenta e o movimento dos sólidos
se torna mais vigoroso. O leito não expande muito mais que o seu volume na
mínima fluidização. Este leito é conhecido como leito fluidizado agregativo, leito
fluidizado heterogêneo ou leito fluidizado borbulhante, como é visto na figura 2.c.
Em um sistema de fluidização as bolhas formadas no fluído crescem e se
agregam conforme elas ascendem o leito. E num leito de maior profundidade elas
podem se tornar maiores e se espalham através do vaso. As partículas menores se
agregam e se aproximam mais da parede do leito e descem ficando mais ao redor
das bolhas. Já as partículas mais grosseiras a parte do leito que se encontra acima
da bolha é empurrada para cima funcionando como um pistão. Este regime é
chamado de fluidização intermitente, como mostra a figura 2.d.
A velocidade terminal do sólido é excedida quando as partículas finas são
fluidizadas com velocidades relativamente altas de fluído. A superfície superior do
leito desaparece, e o transporte torna-se apreciável. Ao invés de se observar
bolhas, se observa um aglomerado de sólidos que rege um movimento turbulento.
Isto caracteriza a fluidização turbulenta, como podemos ver na figura 2.e.
Com o aumento da velocidade do fluído, os sólidos são carregados do leito,
que caracteriza um leito fluidizado disperso, ou diluído com transporte pneumático
de sólidos, como é visto na figura 2.f.
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3.2) Queda de Pressão em um Leito Fluidizado
A queda de pressão num leito fluidizado pode ser explicada basicamente pela
equação de Ergun. Esta é uma equação semi-empírica, ela sai do equacionamento
realizado por Blake-Kozeny (equação para regime laminar) e do equacionamento
realizado por Burke-Plummer (equação para o regime turbulento).
No final da década de 40, Ergun unificou as expressões de Blake-
Kozeny e
Burke-Plummer, mostrando que a queda de pressão em leitos era
composta de duas
contribuições: uma associada aos atritos viscosos, que predominava na
região laminar, e outra, associada aos efeitos de inércia, que predominava
no regime turbulento. Na realidade, a queda de pressão do fluído ao longo
de toda a faixa de regimes de escoamento pode ser expressa pela soma
da equações de Blake-Kozeny e Burke-Plummer. Logo:
Equação de Blake-Kozeny:
(Eq. 3.1)
Equação de Burke-Plummer:
(Eq. 3.2)
Somando-se as equações 1 e 2 obtem-se a equação de Ergun:
(Eq. 3.3)
Nem todas as partículas tem forma esférica, nas indústrias se usam partículas
feitas especificamente para aumentar a área superficial para favorecer o contato
entre fases na troca de massa e/ou calor. Essas partículas são tratadas como se
fossem uma esfera introduzindo o fator denominado esfericidade (Φs) que permite
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calcular um diâmetro equivalente. Na equação de Ergun, neste caso é incluida a
esfericidade, multiplicando ao diâmetro da partícula.
(Eq. 3.4)
Curva fluidodinâmica é uma relação entre a queda de pressão do leito e a
velocidade do fluído. Este é chamado um método experimental que é empregado
para obtermos a velocidade de mínima fluidização. A partir da figura 3 podemos
interpretar melhor o que ocorre com a queda de pressão no leito.
Figura 3: Fluidização de leito de sólidos particulados.
A região compreendida pelo intervalo AB pode ser dita como leito fixo, ou
estático. O regime é quase sempre laminar, com um Re<10 e, portanto pode-se
aplicar a equação de Ergun. No ponto B a perda de carga é igual ao peso dos
sólidos. O leito se encontra quase em repouso contendo características de um fluído
e é possível observar a fluidez do leito. Neste ponto as partículas mudam de posição
e rearranjam-se.
Já no ponto C ocorre a mínima fluidização, ou seja, há o início da fluidização.
No intervalo compreendido pela curva CD, indica o movimento desordenado das
partículas com freqüentes choques devido ao aumento da porosidade e menor perda
de carga junto com o aumento da velocidade. Nos intervalo correspondido por BD o
leito é dito em expansão.
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No ponto D a perda de carga começa a ficar constante, não há contato entre
as partículas. No intervalo DE a velocidade varia linearmente com a queda de
pressão até chegar no ponto E, nesse intervalo podemos chamar de “leito em
ebulição” ou fluidização em batelada. No ponto E as partículas começam a ser
carregadas pelo fluído e perde-se a funcionalidade do sistema. A fluidização é dita
contínua ou em fase diluída. A partir daí ocorre o transporte pneumático.
3.3) Velocidade de mínima fluidização:
Corresponde ao ponto de intersecção entre a velocidade superficial do fluído
e a queda de pressão. A equação que descreve o que ocorre neste ponto é dada por
correlações empíricas existentes na literatura. Segundo KUNII e LEVENSPIEL
(1991), um método para obter a velocidade de mínima fluidização é por meio da
composição da queda de pressão do leito ao igualar-se ao peso aparente do leito
por unidade de área transversal:
(Eq. 3.5)
Ao fluidizar o leito também passa a se obter valores diferentes de
porosidade que deverão sem aplicados na equação de Ergun. Quando o
leito começa a fluidizar, tem-se uma porosidade mínima de fluidização.
Wen e Yu determinaram experimentalmente uma equação para calcular
porosidade ou esfericidade quando desconhecidas.
(Eq. 3.6)
Se definirmos o número de Reynolds como:
(Eq. 3.7)
A equação de Ergun 3.4 se converte a:
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(Eq.3.8)
Subistituindo-se a equação Wen e Yu na equação 3.8 obtem-se:
(Eq 3.9)
Esta equação é válida para um intervalo de número de Reynolds entre 0,001
e 4000, com um desvio médio de ±25%.
No regime laminar a parte final da equação de Ergun (3.4) é insignificante em
relação a primeira, então temos:
(Eq. 3.10)
Substituindo-se (Eq. 3.11) e considerando que (Eq.
3.12):
(Eq. 3.13)
Rearranjando a equação 3.13 e considerando a equação 3.5 temos:
(Eq.3.14)
Esta equação serve para o cálculo da velocidade de mínima
fluidização no regime laminar.
No regime turbulento a parte que é insignificante é a primeira, pois
o termo de velocidade ao quadrado é mais relevante:
(Eq. 3.15)
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Substituindo e rearranjando a equação 3.15 as equações 3.11 e 3.12
e considerando a equação 3.5 temos:
(Eq.3.16)
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4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1) Materiais:
Esferas de vidro;
Água;
Reservatório de água;
Aparato para o leito fluidizado – coluna para o leito, linha de água,
manômetro de tubo em “U”, válvulas, etc;
Bomba Centrífuga – Weg Motors LTDA;
Balde;
Balança;
Cronômetro.
4.2) Métodos:
a. Ligar a bomba, a uma pressão de trabalho de 0,5 Kgf/cm²;
b. Abrir a válvula, e verificar o enchimento do leito com água;
c. Ler a ∆h no manômetro, para o ponto zero, onde o leito ainda
não arrastou as partículas;
d. Abre-se a válvula vagarosamente até atingir uma altura no
leito previamente definida;
e. Lê-se a ∆h no manômetro de mercúrio em "U";
f. Abrem-se as válvulas do leito para medida da vazão mássica
de água, em um balde, visando determinar velocidade em um
determinado intervalo de tempo;
g. Pesa-se o balde, devidamente tarado;
h. Retorna-se ao procedimento "d" e prosseguem-se os passos
até abertura total da válvula.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES:
Na tabela 1 abaixo estão contidos os dados experimentais obtidos
durante a prática:
Tabela 1: Dados experimentais obtidos na prática.
L (m) m (Kg) t (min) ∆h (m)0,34 0 0 00,36 5,78 1 0,0280,38 6,475 1 0,0310,4 7,69 1 0,0360,42 8,575 1 0,0390,44 9,46 1 0,0440,46 10,325 1 0,0470,48 11,185 1 0,0540,49 11,89 1 0,058
A partir destes dados e de dados bibliográficos, foi possível obter as
outras variáveis necessárias para a construção da curva fluidodinâmica,
bem como os valores da velocidade mínima de fluidização e o ∆P máximo.
Na tabela 2 abaixo, estão apresentados os dados bibliográficos para
a resolução de equações:
Tabela 2: Dados bibliográficos utilizados nos cálculos.
Esferas de vidro Fluído – Água Dimensões do Leitoρs=2354,737 Kg/m³ ρ22ºC=997,77 Kg/m³ d=0,05mDp= 0,00457496 m T=22ºC At=1,9635.10-3m²
ε mf=calcular μ22ºC=0,00097475 Kg/m.sΦ=1
Fonte: Práticas realizadas anteriormente para a caracterização das partículas, “Transport
Processes and Separation Process Principles” Geankoplis, Apêndice A.2-11, 4ª Ed., 2003 e
“Perry’s Chemical Engineer’s Handbook”, Tabela 2.28, 7ªEd., 1997.
5.1) Construção da curva fluidodinâmica
Para a construção da curva fluidodinâmica, se faz necessário
obtermos valores de velocidade e de perda de carga por comprimento do
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leito. Para a realização destes cálculos, utiliza-se das tabelas 1 e 2. Na
tabela 3 abaixo, estão contidos os valores calculados para a construção
da curva.
Tabela 3: Dados calculados a partir dos valores obtidos em experimento.
∆P/L exp.(Pa/m)
∆P equip (Pa/m)
∆P/L leito(Pa/m)
Volume - V(m³)
Vazão - Q(m³/s)
v(m/s)
0 0 0 0 0 010331,76011 3495,85047 6835,90964 0,005792918 9,65486E-05 0,04917210836,69575 4156,19218 6680,503575 0,006489472 0,000108158 0,05508411955,32241 5569,194175 6386,128238 0,007707187 0,000128453 0,06542112334,85646 6595,058299 5739,798159 0,008594165 0,000143236 0,0729513283,69157 7661,77278 5621,91879 0,009481143 0,000158019 0,08047813572,46747 8730,155129 4842,312344 0,010348076 0,000172468 0,08783714944,15302 9818,166922 5125,986094 0,011209998 0,000186833 0,09515315723,55329 10868,44223 4855,11106 0,011916574 0,00019861 0,101151
O calculo do ∆P do leito foi feito da seguinte forma:
Era conhecida a equação do “branco”, ou seja, a perda de carga
ocasionada somente pelo equipamento, que é a equação abaixo:
(Eq. 5.1)
Onde v, é a velocidade calculada a partir da vazão mássica do fluido
que foi medida no experimento e L é comprimento do leito para cada
ponto.
Entretanto a perda de carga que ocorre de fato na fluidização, é a
perda de carga do leito juntamente com essa perda de carga do
equipamento. Para se saber somente a perda de carga do processo, faz-se
a subtração entre o ∆P do experimento e o ∆P do equipamento, como na
equação abaixo, e isto está demonstrado na coluna 3 da tabela 3.
(Eq. 5.2)
Com esses dados obtém-se a curva fluidodinâmica, plotando ∆P/L leito
versus v:20
Gráfico 1: Curva Fluidodinâmica
O ponto indicado no gráfico pela linha pontilhada representa a perda
de carga máxima do leito e a velocidade mínima de fluidização. Com isso,
na tabela 4 estão indicados os valores obtidos para os resultados
experimentais.
Tabela 4: Resultados obtidos a partir da curva fluidodinâmica do leito
Resultados ExperimentaisPerda de Carga Máxima 6835,91 Pa/mVelocidade Mínima de Fluidização 0,049 m/s
21
0 ,0 0 0 ,0 2 0 ,0 4 0 ,0 6 0 ,0 8 0 ,1 0 0 ,1 2
V e lo ci d a d e (m /s)
0
1 0 0 0
2 0 0 0
3 0 0 0
4 0 0 0
5 0 0 0
6 0 0 0
7 0 0 0
8 0 0 0
de
lta P
/L (
Pa
/m)
P e rd a d e Ca rg a M á xim a
V e lo ci d a d e d e M ín im a Flu i d i za çã o
5.2) Cálculos teóricos
5.2.1) Perda de carga máxima:
Pela equação 3.6 é possível estimar o valor de porosidade mínima
de fluidização, e pela equação 3.5 é possível estimar a perda de carga
máxima num leito fluidizado. Substituindo os valores obtidos em prática,
obtém-se:
Com este valor é possível calcular um erro relativo, utilizando a seguinte
equação:
(Eq. 5.3)
22
Pode se dizer que este erro é um valor consideravelmente alto e por
isso não podemos afirmar que a curva construída tenha confiabilidade.
5.2.2) Cálculo da velocidade mínima de fluidização:
A velocidade mínima de fluidização é dada pela equação de Ergun,
equação 3.4. Esta equação necessita de simplificações para melhores
efeitos de cálculo. A simplificação pode ser feita visto que podemos definir
o regime que se encontra o leito. No gráfico 2 a seguir, plotamos ∆P x
velocidade para elucidar o tipo de regime. Se o regime for laminar,
encontramos graficamente uma equação linear, entretanto se o regime for
turbulento a equação se aproxima de uma função quadrática.
Gráfico 2: Tipo de regime do leito fluidizado.
0 ,0 0 0 ,0 2 0 ,0 4 0 ,0 6 0 ,0 8 0 ,1 0 0 ,1 2
V e lo cid a d e (m /s)
0
1 0 0 0
2 0 0 0
3 0 0 0
4 0 0 0
5 0 0 0
6 0 0 0
7 0 0 0
8 0 0 0
9 0 0 0
de
lta P
(P
a)
r²=0 ,9 9 5 2
Visto que este gráfico nos fornece uma reta, o que indica que o
regime é laminar. Isto é provado pelo coeficiente de correlação linear
encontrado: r²=0,9952.
Com isso verifica-se uma simplificação na equação de Ergun:
23
(Eq. 3.4)
(Eq. 3.10)
Substituindo-se (Eq. 3.11) e considerando que (Eq.
3.12):
(Eq. 3.13)
Rearranjando a equação 3.13 e considerando a equação 3.5 temos:
(Eq.3.14)
Esta equação 3.14 é a equação que utilizaremos para o cálculo da
velocidade mínima de fluidização.
Com este valor é possível calcular um erro relativo, utilizando a equação 5.3:
(Eq. 5.3)
24
Pode se dizer que este erro é um valor muito alto e por isso
podemos afirmar que o método de simplificação da equação de Ergun não
é um método muito confiável, uma vez que ela dá uma margem de erro
muito grande. Esta equação simplificada considera somente um sistema
laminar ideal o que não ocorre na prática, visto que existe sempre uma
parcela regime turbulento. Então, utiliza-se a equação de Ergun sem
simplificações. Igualando-se a Eq. 3.4 e a Eq. 3.5 e fazendo rearranjos, e
substituindo o valor encontrado na equação de Wen e Yu consegue-se
obter um valor para a velocidade mínima de fluidização.
(Eq. 3.4)
(Eq. 3.5)
Para verificar a validade deste rearranjo de equações deve-se levar em conta
a faixa de validade do Remf. Utilizando a equação 3.9 encontrou-se um
Remf=202,4138. Portanto as considerações se verificam.
A velocidade mínima de fluidização encontrada foi de vmf=0,044 m/s.
Fazendo-se o cálculo do erro relativo obtém-se:
(Eq. 5.3)
25
26
6. CONCLUSÃO
Tendo em vista os erros calculados para a perda de carga máxima e para a
velocidade mínima de fluidização, pode-se perceber que os valores obtidos pela
curva fluidodinâmica não são aceitáveis. Isto se deve ao fato de que a equação
teórica promove uma idealidade no sistema, sendo que isto não é observado na
prática. Os valores obtidos teoricamente para a perda de carga máxima e a
velocidade mínima de fluidização foi de 7853,9893 Pa/m e 0,044 m/s e
experimentalmente foi de 6835,91 Pa/m e 0,049 m/s respectivamente, com erros
para a velocidade mínima de fluidização de 10,2% e para a perda de carga máxima
de 12,96%.
Conseguimos obter uma curva fluidodinâmica próxima da curva teórica, no
entanto com o alto índice de erro calculado pode-se perceber erros na interface do
sistema, este erros são provenientes de vazamentos, da forma de medição da
vazão, caso fosse utilizado um rotâmetro teríamos valores mais próximos do real, do
manuseio da válvula de abertura, a bomba centrifuga não estava trabalhando na
pressão desejada, entre outros fatores. Por isso não conseguimos obter os primeiros
pontos da curva o que dificultou a analise do sistema, pois o segundo ponto da curva
já nos fornecia a perda de carga máxima e a velocidade mínima de fluidização.
27
BIBLIOGRAFIA
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