aula 03 curso on-line – direito penal – exercÍcios - afrfbprofessor: pedro ivo

Upload: weshoffman

Post on 14-Apr-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    1/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    AULA 03 CRIMES CONTRA A ADMINISTRAO PBLICA

    Ol, Pessoal.Nesta aula continuaremos a tratar dos crimes contra Administrao Pblica,assunto este importantssimo para sua PROVA.

    Vamos comear!

    Bons estudos!

    *************************************************************

    1. (Tcnico Ministerial - MPE-PE / 2012) Quem se ope execuo de

    ato legal, mediante ameaa a quem esteja prestando auxlio ao

    funcionrio pblico competente para execut-lo,

    a) comete crime de desacato.

    b) comete crime de desobedincia.

    c) comete crime de resistncia.

    d) comete crime de trfico de influncia.

    e) no comete crime contra a Administrao Pblica.

    COMENTRIOS: Caracteriza o delito de resistncia, nos termos do art. 329,

    do Cdigo Penal, a conduta de opor-se execuo de ato legal, mediante

    violncia ou ameaa a funcionrio competente para execut-lo ou a quem lhe

    esteja prestando auxlio.

    Cabe ressaltar que o tipo exige que haja violncia ou ameaa ao funcionrio ou

    ao terceiro que presta o auxlio. O tipo penal protege o terceiro que est

    colaborando com o servio pblico ajudando o servidor na execuo do ato.

    CRIMES CONTRA A ADMININISTRAOPBLICA - PARTE 02

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    2/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 2

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    Gabarito: "C"

    2. (Analista ministerial - MPE-PE / 2012) Considere:

    I. Solicitar o funcionrio pblico para si, direta ou indiretamente, ainda que

    fora da funo ou antes de assumi-la, mas em razo dela, vantagem indevida.

    II. Deixar o funcionrio pblico de praticar, indevidamente, ato de ofcio, para

    satisfazer sentimento pessoal.

    Essas condutas tipificam, respectivamente, os delitos de:

    a) corrupo ativa e prevaricao.

    b) corrupo ativa e condescendncia criminosa.

    c) prevaricao e condescendncia criminosa.

    d) corrupo ativa e corrupo passiva.

    e) corrupo passiva e prevaricao.

    COMENTRIOS: Na corrupo passiva a conduta tpica vem expressa pelos

    verbos: SOLICITAR, RECEBER E ACEITAR.

    Diferentemente, na corrupo ativa, os verbos so: OFERECER ou RECEBER.

    No que tange prevaricao a conduta tpica vem expressa de 03 formas

    diferentes. So elas:

    A) RETARDAR ATO DE OFCIO

    B) DEIXAR DE PRATICAR ATO DE OFCIO

    C) PRATICAR ATO DE OFCIO CONTRA DISPOSIA EXPRESSA DE LEI.

    Gabarito: "E"

    3. (Tcnico Ministerial - MPE-PE / 2012) O tipo do art. 320 do CdigoPenal (Condescendncia criminosa) est assim redigido: Deixar o

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    3/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 3

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    funcionrio, por indulgncia, de responsabilizar subordinado que

    cometeu infrao no exerccio do cargo ou, quando lhe falte

    competncia, no levar o fato ao conhecimento da autoridade

    competente. No que concerne ao fato tpico, a expresso por

    indulgncia corresponde

    a) ao resultado.

    b) ao.

    c) ao elemento subjetivo do tipo.

    d) ao nexo de causalidade.

    e) omisso.

    COMENTRIOS: A expresso "por indulgncia", citada no enunciado

    apresentado pela banca, remete ao elemento subjetivo do tipo, ou seja, o

    animus de agir.

    Alm do dolo existe uma finalidade especfica de agir que, no caso em tela,

    refere-se a indulgncia.

    Gabarito: "C"

    4. (Tcnico Ministerial - MPE-PE / 2012) O funcionrio pblico que,

    embora no tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, em

    proveito prprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe

    proporciona a qualidade de funcionrio:

    a) comete crime de prevaricao.

    b) no comete crime contra a Administrao Pblica.

    c) comete crime de peculato culposo.

    d) comete crime de peculato doloso.

    e) comete crime de excesso de exao.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    4/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 4

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    COMENTRIOS: A questo exige do candidato o conhecimento do pargrafo

    1, do art. 312, que dispe sobre o Peculato DOLOSO. Relembre este

    dispositivo, to importante para sua futura PROVA:

    Art. 312 - Apropriar-se o funcionrio pblico de dinheiro, valor

    ou qualquer outro bem mvel, pblico ou particular, de que tem

    a posse em razo do cargo, ou desvi-lo, em proveito prprio ou

    alheio:

    Pena - recluso, de dois a doze anos, e multa.

    1 - Aplica-se a mesma pena, se o funcionrio pblico, embora

    no tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou

    concorre para que seja subtrado, em proveito prprio ou alheio,

    valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de

    funcionrio.

    Gabarito: "D"

    5. (Juiz - TJ-PI / 2012) A respeito do peculato, assinale a opo

    correta.

    a) A consumao do peculato-apropriao no ocorre no momento em que o

    funcionrio pblico, em virtude do cargo, comea a dispor do bem mvel

    apropriado, como se seu proprietrio fosse, exigindo-se que o agente outerceiro obtenha vantagem com a prtica do delito.

    b) A incidncia da agravante genrica relativa prtica de delito com abuso de

    poder ou violao de dever inerente a cargo, ofcio, ministrio ou profisso

    incompatvel com o peculato, pois este pressupe abuso de poder ou violao

    de dever inerente ao cargo.

    c) Segundo a jurisprudncia do STJ, aplicvel o princpio da insignificncia ao

    peculato, desde que o prejuzo causado ao errio no ultrapasse um salrio

    mnimo e o agente seja primrio.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    5/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 5

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    d) Nas hipteses de peculato-desvio e peculato-apropriao, a reparao do

    dano pelo agente pblico, se precedente a sentena irrecorrvel, extingue a

    punibilidade; sendo-lhe posterior, reduz de metade a pena.

    e) No comete peculato, mas o delito de emprego irregular de verbas pblicas,

    em continuidade delitiva, o servidor pblico que se utiliza ilegalmente de

    passagens e dirias pagas pelos cofres pblicos.

    COMENTRIOS:

    Alternativa A Incorreta A consumao do peculato-apropriao

    ocorre no momento em que o agente passa a agir como se fosse dono do

    dinheiro, valor ou coisa mvel, transformando a posse ou deteno em

    domnio. Ele efetivamente passa a dispor do objeto material como se fosse

    seu. Trata-se de um crime material.

    Alternativa B Correta O STF e o STJ tm se posicionado desta forma.

    Veja um julgado que elucida a questo:

    "Nos termos do artigo 61, caput, do Cdigo Penal, somente se admite o

    reconhecimento das agravantes previstas em um de seus incisos quando elas

    no constituem ou qualificam o crime: da a jurisprudncia deste Superior

    Tribunal de Justia, firme no sentido de que a incidncia da agravante prevista

    no artigo 61, II, g, do Cdigo Penal se mostra incompatvel com o delito de

    peculato (Cdigo Penal, artigo 312), pois a prtica deste pressupe, sempre, o

    abuso de poder ou a violao de dever inerente ao cargo (HC 57.473/PI, DJ12/03/2007).

    Alternativa C Incorreta dominante na jurisprudncia que o

    Princpio da Insignificncia NO prevalece nos crimes contra a Administrao

    Pblica, porque o cometimento destes crimes fere o princpio da moralidade

    administrativa.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    6/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 6

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    Alternativa D Incorreta Aplica-se tal regra ao peculato culposo,

    previsto no 3, do art. 312. O peculato-desvio e o peculato-apropriao

    esto no caput do art. 312.

    Alternativa E Incorreta O delito de emprego irregular de verbas

    pblicas encontra-se tipificano no art. 315, do CP, nos seguintes termos:

    Art. 315- Dar s verbas ou rendas pblicas aplicao diversa da

    estabelecida em lei.

    O que caracteriza o crime o fato de a verba ou renda pblica ser aplicada em

    favor da prpria Administrao, porm de forma diversa daquela prevista na

    lei.

    Gabarito: "B"

    6. (Analista - TRE-SP / 2012) Jos aprovado em concurso pblico

    para exercer o cargo de Investigador de Polcia, sendo devidamente

    nomeado pela Autoridade Pblica competente. Antes de ser

    empossado no cargo, Jos, ciente de que na rua que reside existe um

    estabelecimento comercial do tipo bar, onde h comrcio de

    substncias entorpecentes, aborda o proprietrio do estabelecimento

    e, declarando-se Policial Civil, exige o pagamento da quantia de R$5.000,00 no prazo de 48 horas para no fazer a denncia e

    desencadear uma operao policial naquele local. Neste caso, Jos

    comete crime de

    a) concusso

    b) prevaricao.

    c) corrupo passiva.

    d) exerccio Funcional Ilegalmente Antecipado.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    7/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 7

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    e) extorso, pois ainda no havia tomado posse no cargo de Investigador de

    Polcia.

    COMENTRIOS: Em sua PROVA, sempre procure o verbo para definir o crime

    em questo. No caso, temos o verbo EXIGIR e, portanto, caracterizada est a

    concusso.

    O delito de concusso se consuma com a simples exigncia da vantagem. ,

    pois, crime formal. Alm disso, o agente no precisa estar devidamente

    investido na funo pblica, podendo valer-se dela para praticar o delito.

    Observe o disposto no Cdigo Penal:

    Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou

    indiretamente, ainda que fora da funo ou antes de assumi-la,

    mas em razo dela, vantagem indevida.

    Gabarito: "A"

    7. (Analista - TRF / 2012) Tcio, funcionrio pblico federal, em

    fiscalizao de rotina, constatou que Paulus, proprietrio de uma

    mercearia, estava devendo tributos ao Fisco. Em vista disso, concedeu-

    lhe o prazo de quarenta e oito horas para efetivar o pagamento e

    mandou colocar uma faixa na porta do estabelecimento, dizendo: Este

    comerciante deve ao Fisco e dever pagar o tributo devido em

    quarenta e oito horas. A conduta de Tcio caracterizou o crime de

    a) prevaricao.

    b) calnia.

    c) concusso.

    d) corrupo passiva.

    e) excesso de exao.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    8/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 8

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    COMENTRIOS: No caso em tela est caracterizado o crime de excesso de

    exao. Vamos relembrar:

    Sobre o excesso de exao h para Nelson Hungria dois tipos:

    A forma simples, prevista no art. 316, 1, do CP e a forma qualificada,

    disposta no art. 316, 2, do CP.

    O EXCESSO DE EXAOsimples, por sua vez, tem duas modalidades:

    Exigncia indevida Aqui a exigncia do tributo ou contribuio social

    indevida (elemento normativo do tipo), isto , no h autorizao legal

    para sua cobrana, ou seu valor j foi quitado pela vtima, ou ento se

    refere a quantia excedente fixada por lei.

    Cobrana vexatria ou gravosa no autorizada em lei tambm

    chamada, por alguns doutrinadore, de excesso no modo de exao ou

    exao fiscal vexatria.

    Segundo Hungria, ao contrrio da exigncia indevida, aqui a exigncia de

    tributo ou contribuio social devida, mas a cobrana se faz com o

    emprego de meio gravoso ou vexatrio para o devedor, o qual no

    autorizado por lei.

    Gabarito: "E"

    8. (Tcnico - TJ-PE / 2012) Tecius, funcionrio pblico municipal,

    apropriou-se de remdios doados por um laboratrio farmacutico ao

    Posto de Sade do qual era mdico chefe, e os levou ao seu consultrio

    particular, vendendo-os a seus clientes. Tecius, alm de outras

    infraes legais,

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    9/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 9

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    a) responder por crime de peculato, porque tinha a posse dos medicamentos

    em razo do seu cargo.

    b) no responder por crime de peculato, porque o objeto desse delito s pode

    ser dinheiro.

    c) s responder por crime de peculato se a doao dos remdios tiver sido

    regularmente formalizada e aceita pela Administrao Pblica Municipal.

    d) no responder por crime de peculato porque os remdios foram recebidos

    em doao e no foram adquiridos pela Administrao Pblica Municipal.

    e) responder apenas pelo crime de prevaricao, por ter praticado

    indevidamente ato de ofcio.

    COMENTRIOS: O peculato se verificou, uma vez que houve apropriao, por

    parte do mdico, funcionrio pblico, de bens (medicamentos) dos quais tinha

    posse em razo do cargo que exercia.

    Perceba que a conduta se enquadra perfeitamente no art. 312 do CP:

    Art. 312 - Apropriar-se o funcionrio pblico de dinheiro, valor

    ou qualquer outro bem mvel, pblico ou particular, de que tema posse em razo do cargo, ou desvi-lo, em proveito prprio ou

    alheio:

    Pena - recluso, de dois a doze anos, e multa.

    1 - Aplica-se a mesma pena, se o funcionrio pblico, embora

    no tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou

    concorre para que seja subtrado, em proveito prprio ou alheio,

    valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de

    funcionrio.

    Gabarito: "A"

    9. (Polcia Militar-BA / 2009) Paulo, policial no exerccio de

    fiscalizao de trnsito, surpreendeu um motorista dirigindo

    alcoolizado e pela contramo de direo. Em seguida, exigiu do

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    10/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 10

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    infrator a quantia de R$ 200,00 para deix-lo prosseguir livremente.

    Nesse caso, Paulo responder pelo crime de:

    A) corrupo ativa.

    B) concusso.

    C) corrupo passiva.

    D) prevaricao.

    E) peculato.

    COMENTRIOS: No caso apresentado, Paulo EXIGE vantagem indevida e,

    portanto, fica caracterizado o crime de concusso (Alternativa B).

    importante ressaltar que, para efeito de PROVA, indiferente a diferenciao

    prtica entre uma solicitao e uma exigncia. O importante verificar qual

    verbo est sendo utilizado pela banca. Se for EXIGIR concusso.

    Gabarito: B

    10. (OAB-SP / 2005) O funcionrio que deixa de responsabilizarsubordinado que cometeu infrao no exerccio do cargo, comete crime

    de:

    A) prevaricao.

    B) omisso funcional criminosa.

    C) condescendncia criminosa.

    D) advocacia administrativa.E) N.R.A.

    COMENTRIOS: Essa questo poderia deixar dvidas, pois a banca no cita

    que o superior deixou de responsabilizar o funcionrio por indulgncia. Sendo

    assim, poderiamos pensar tambm no delito de prevaricao.

    Esse tipo de questo j apareceu mais de uma vez em provas da ESAF e o

    entendimento sempre foi o mesmo, ou seja, a banca considerou como resposta

    correta a condescendncia criminosa, alternativa C.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    11/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 11

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    Sendo assim, se o examinador tratar de maneira genrica a expresso DEIXA

    DE RESPONSABILIZAR SUBORDINADO, considere que caso de

    condescendncia criminosa e no prevaricao.

    Gabarito: C

    11. (Procurador do Municpio de SP / 2008) A concusso e a corrupo

    ativa so crimes:

    A) permanentes.

    B) formal e material, respectivamente.

    C) materiais.

    D) formais.

    E) material e formal, respectivamente.

    COMENTRIOS: Crime formal aquele que, embora possa ter um resultado,

    independe dele para a consumao. Diferentemente, no delito material, o

    resultado imprescindvel.Na concusso, a consumao ocorre com a simples exigncia enquanto na

    corrupo ativa, consuma-se no momento em que o funcionrio pblico toma

    conhecimento da oferta ou promessa.

    Diante do exposto, por no haver dependncia de qualquer resultado para a

    caracterizao dos supracitados delitos, pode-se afirmar que estamos diante

    de dois crimes FORMAIS.

    Gabarito: D

    12. (MPE-RS / 2008) Paulo, policial de trnsito, encontrava-se em

    gozo de frias e observou um veculo parado em local proibido.

    Abordou o motorista, de quem, declinando sua funo, solicitou a

    quantia de R$ 50,00 para no lavrar a multa relativa infrao

    cometida. Nesse caso, Paulo:

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    12/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 12

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    A) responder pelo delito de concusso.

    B) responder pelo delito de corrupo ativa.

    C) responder pelo delito de corrupo passiva.

    D) no responder por nenhum delito porque estava de frias.

    E) responder pelo delito de prevaricao.

    COMENTRIOS: No caso em tela, o policial de trnsito, valendo-se de sua

    funo, SOLICITA determinada quantia. Neste caso, h caracterizao da

    CORRUPO PASSIVA, delito que encontra previso no art. 317, do Cdigo

    Penal:

    Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou

    indiretamente, ainda que fora da funo ou antes de assumi-la,

    mas em razo dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de

    tal vantagem.

    Trata-se de crime formal e o delito se consuma no momento em que a

    solicitao chega ao conhecimento do terceiro ou quando o funcionrio recebea vantagem ou aceita a promessa de sua entrega. A alternativa correta,

    portanto, a C.

    Gabarito: C

    13. (Auditor TCE-AL / 2008) Admite a modalidade culposa o crime

    de:

    A) advocacia administrativa.

    B) usurpao de funo pblica.

    C) concusso.

    D) prevaricao.

    E) peculato.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    13/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 13

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    COMENTRIOS: Dos crimes contra a Administrao Pblica, o nico que

    admite a modalidade CULPOSA o PECULATO. Correta, portanto, a alternativa

    E.

    O Peculato culposo est descrito no Cdigo Penal, no 2, do art. 312. Nesta

    forma tpica, o funcionrio, por impercia, imprudncia ou negligncia, concorre

    para a prtica de crime de outrem. Assim, em face da ausncia de cautela que

    estava obrigado na preservao de bens do poder pblico que lhe so

    confiados, o sujeito facilita a outrem a subtrao, apropriao ou desvio dos

    mesmos.

    O crime se aperfeioa com a conduta dolosa de outrem, havendo necessidade

    da existncia de nexo causal entre os delitos, de maneira que o primeiro

    (peculato-culposo) tenha permitido a prtica do segundo. Seria o caso, por

    exemplo, do chefe de determinado setor que, negligentemente, esquece o

    armrio com peas de computador aberto e estas so furtadas.

    Gabarito: E

    14. (TCE-AL / 2008) Pratica o crime de condescendncia criminosa:

    A) o funcionrio pblico que, para satisfazer interesse pessoal, deixa de

    praticar ato de ofcio.

    B) o funcionrio pblico que, por indulgncia, deixa de responsabilizar

    subordinado que cometeu infrao no exerccio do cargo.

    C) a pessoa que presta a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de

    receptao, auxlio destinado a tornar seguro o proveito do crime.D) a pessoa que solicita vantagem para si, a pretexto de influir em ato

    praticado por funcionrio pblico no exerccio da funo.

    E) o funcionrio que, valendo-se de sua condio, patrocina, direta ou

    indiretamente, interesse privado perante a administrao pblica.

    COMENTRIOS: Questo que exige do candidato o conhecimento da

    tipificao do delito de condescendncia criminosa previsto no art. 320, do

    Cdigo Penal:

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    14/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 14

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    Art. 320 - Deixar o funcionrio, por indulgncia, de

    responsabilizar subordinado que cometeu infrao no exerccio

    do cargo ou, quando lhe falte competncia, no levar o fato ao

    conhecimento da autoridade competente.

    Com base na tipificao acima apresentada, conclui-se que est correta a

    alternativa B que, praticamente, reproduz o texto legal.

    Observaes:

    1.A expresso por indulgncia significa que o superior hierrquico deixa

    de agir por tolerncia, clemncia, brandura, etc.

    2.Se a razo da conduta o atendimento de sentimento ou interesse

    pessoal, o fato constitui prevaricao.

    3.Se h pretenso de obter vantagem indevida, caso de corrupo

    passiva.

    Exemplo prtico do crime de condescendncia criminosa: Tcio ingressa nocargo de Auditor Fiscal. Logo no primeiro ms de trabalho, apaixona-se por

    Mvia, tambm recm aprovada.

    Aps um ano e vrias tentativas sem sucesso de aproximao, Tcio

    nomeado CHEFE de subdiviso e Mvia passa a ser sua subordinada.

    Algum tempo depois, Tcio flagra Mvia recebendo dinheiro para retardar ato

    de ofcio, mas resolve tolerar tal atitude, pois, alm de seu grande amor, sabe

    que Mvia vem de uma famlia muito pobre.Neste caso, comete Tcio condescendncia criminosa, pois, POR INDULGNCIA,

    deixa de responsabilizar subordinada.

    Gabarito: B

    15. (Procurador TCE-AL / 2008) A conduta do funcionrio pblico

    que, em razo da funo exercida, solicita vantagem indevida para si,

    sem, contudo, chegar a receb-la, caracteriza, em tese,

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    15/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 15

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    A) tentativa de concusso.

    B) corrupo passiva consumada.

    C) concusso consumada.

    D) tentativa de corrupo passiva.

    E) corrupo ativa consumada.

    COMENTRIOS: A questo diz que o funcionrio SOLICITOU vantagem

    indevida, logo, caracterizada est a corrupo passiva.

    Trata-se de crime formal e o delito se consuma no momento em que a

    solicitao chega ao conhecimento do terceiro, ou quando o funcionrio recebe

    a vantagem ou aceita a promessa de sua entrega.

    O fato de o funcionrio no ter chegado a receber, neste caso, irrelevante e

    no caracteriza a forma tentada.

    Gabarito: B

    16. (Juiz Substituto TJ-RR / 2008) No crime de concusso, acircunstncia de ser um dos agentes funcionrio pblico:

    A) no elementar, no se comunicando, portanto, ao concorrente particular.

    B) elementar, comunicando-se ao concorrente particular, ainda que este

    desconhea a condio daquele.

    C) elementar, mas no se comunica ao concorrente particular.

    D) elementar, comunicando-se ao concorrente particular, se este conhecia acondio daquele.

    E) no elementar, comunicando-se, em qualquer situao, ao concorrente

    particular.

    COMENTRIOS: O art. 30, do Cdigo Penal, determina a comunicao das

    circunstncias de carter pessoal, quando elementares do crime, a todas as

    pessoas que dele participarem.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    16/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 16

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    Apesar de a concusso ser classificada como delito prprio, exigindo que o

    agente ostente a condio de funcionrio pblico, a circunstncia, como

    elementar do tipo, comunica-se ao co-autor ou partcipe que a conhea.

    Ento, a elementar funcionrio pblico comunica-se aos demais que no

    possuem essa qualidade, desde que tenham praticado o crime juntamente com

    funcionrio pblico e que tenham conhecimento de sua presena na figura do

    autor principal. O co-autor ou partcipe deve ter dolo, ou seja, vontade e

    conscincia para agir com o funcionrio pblico. Correta, portanto, a

    alternativa D.

    Gabarito: D

    17. (METRO-SP / 2008) Durante um julgamento perante o Tribunal do

    Jri, um jurado, que em sua vida normal exerce a funo de vendedor,

    solicitou R$ 10000,00 (dez mil reais) ao advogado do ru para votar

    pela absolvio deste. O jurado:

    A) cometeu crime de corrupo ativa.B) cometeu crime de corrupo passiva.

    C) cometeu crime de concusso.

    D) cometeu crime de prevaricao.

    E) no cometeu nenhum crime, pois no era funcionrio pblico.

    COMENTRIOS: O Cdigo Penal, ao definir o conceito de funcionrio pblico

    para fins penais, dispe que se considera funcionrio pblico quem, emboratransitoriamente ou sem remunerao, exerce cargo, emprego ou funo

    pblica.

    O jurado exerce funo pblica, transitria e sem remunerao, enquadrando-

    se no grupo dos chamados agentes honorficos.

    Deste modo, podemos afirmar que o jurado considerado funcionrio pblico

    para fins penais e, no caso em questo, como SOLICITA vantagem indevida,

    comete corrupo passiva, delito apresentado pela banca na alternativa B.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    17/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 17

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    Gabarito: B

    18. (Analista Judicirio TRF-3 Regio / 2007) Antes de assumir o

    cargo pblico municipal para o qual foi nomeado, invocando a sua

    condio funcional, Joo exige ingresso dos organizadores de evento

    cuja realizao depende de autorizao do Poder Pblico. Assim

    agindo, Joo:

    A) comete crime de concusso.

    B) comete crime de corrupo ativa.

    C) comete crime de corrupo passiva.

    D) no comete crime algum porque pedido de ingresso para evento mero

    ilcito civil.

    E) no comete crime algum porque ainda no assumiu o cargo.

    COMENTRIOS: O art. 317, do Cdigo Penal, ao tratar da concusso, define o

    delito como a conduta de exigir, para si ou para outrem, direta ou

    indiretamente, ainda que fora da funo ou antes de assumi-la, mas emrazo dela, vantagem indevida.

    Percebemos que o fato de o agente no haver assumido a funo no

    influencia na consumao do crime, desde que ele aja em razo dela.

    Gabarito: A

    19. (Analista Judicirio TRF-3 Regio / 2007) Joo, tesoureiro dergo pblico, agindo em concurso com Jos e em proveito deste, que

    no funcionrio pblico mas que sabe que Joo o , desvia certa

    quantia em dinheiro, de que tem a posse em razo do cargo. Por essa

    conduta:

    A) Jos no responde por crime nenhum, j que foi Joo quem desviou o

    dinheiro.

    B) Joo responde por peculato e Jos por apropriao indbita.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    18/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 18

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    C) Joo e Jos respondem pelo crime de peculato.

    D) Joo no responde por crime porque o dinheiro foi todo entregue para Jos,

    que quem deve ser processado.

    E) Joo e Jos respondem pelo crime de peculato, mas este tem a pena

    reduzida pela metade, porque foi Joo quem desviou o dinheiro.

    COMENTRIOS: Na situao apresentada, Joo comete o PECULATO-DESVIO.

    Como Jos tem conhecimento de que Joo funcionrio pblico e como esta

    qualidade especial elementar do crime de PECULATO, com base no art. 30,

    do Cdigo Penal, responder tambm Jos pelo crime de peculato.

    Gabarito: C

    20. (Analista Judicirio TRF-3 Regio / 2007) Agindo com

    negligncia, Joo esquece sobre o balco da repartio onde exerce

    cargo pblico documento que contm segredo, de forma que terceira

    pessoa tem acesso a ele. Assim agindo, Joo:

    A) pratica crime de violao de sigilo funcional porque o dolo presumido.

    B) s pratica crime se o terceiro que teve conhecimento do segredo revel-lo

    para outras pessoas.

    C) no pratica crime, porque o Cdigo Penal no prev a modalidade culposa

    de violao de sigilo funcional.

    D) pratica crime de violao de sigilo funcional porque presente o dolo

    eventual.E) pratica crime de condescendncia criminosa.

    COMENTRIOS: J foi tratado anteriormente que o nico crime contra a

    Administrao Pblica que punvel a ttulo de culpa o PECULATO.

    No caso em questo, a banca trata do crime de violao de sigilo funcional,

    que consiste em revelar fato de que tem cincia em razo do cargo, e que

    deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelao.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    19/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 19

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    Como o funcionrio age com negligncia (culpa) e, para a caracterizao do

    crime, exige-se o DOLO, no responder o agente por nenhum CRIME, o que

    torna correta a alternativa C. Cabe ressaltar que o funcionrio poder ser

    responsabilizado nas esferas CIVIL e ADMINISTRATIVA.

    Gabarito: C

    21. (Tcnico Judicirio TRF-3 Regio / 2007) Sobre o crime de

    PECULATO, considere:

    I. crime que exige a qualidade de funcionrio pblico do autor,

    ressalvada a hiptese de co-autoria.

    II. a apropriao ou o desvio pode ter como objeto bem imvel.

    III. caracteriza-se pela apropriao ou desvio de dinheiro, valor ou

    qualquer outro bem mvel.

    IV. configura-se somente se a apropriao for de bem pblico.

    V. no se caracteriza se a apropriao ou o desvio for de bem

    particular.

    Est correto o que se afirma APENAS em:

    A) I e II.

    B) I e III.

    C) III e IV.

    D) III, IV e V.E) IV e V.

    COMENTRIOS: Analisando as assertivas:

    Assertiva I No peculato, a qualidade de funcionrio pblico elementar do

    tipo, ou seja, necessria para a configurao do delito. Est correta a

    assertiva. Caso no haja esta qualificao, o delito ser o de apropriao

    indbita.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    20/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 20

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    Do exposto, conclui-se que se trata de um crime FUNCIONAL imprprio.

    Explicando:

    Os crimes funcionais pertencem categoria dos crimes prprios, pois s

    podem ser cometidos por determinada classe de pessoas. Neste tipo de delito,

    a lei exige do indivduo uma condio ou situao especfica. Os crimes

    funcionais classificam-se em:

    Crimes funcionais prprios: So aqueles cuja ausncia da qualidade

    de funcionrio pblico torna o fato atpico. Exemplo claro de crime

    funcional prprio o delito de prevaricao, previsto no art. 319, do

    Cdigo Penal.

    Se ficar comprovado que na poca do fato o indivduo no era funcionrio

    pblico, desaparece a prevaricao e no surge nenhum outro crime. Percebe-

    se que a qualidade do sujeito ativo aparece como elemento da tipicidade

    penal.

    Crimes funcionais imprprios ou mistos: A ausncia da qualidade

    especial faz com que o fato seja enquadrado em outro tipo penal.

    Exemplo: Alm do peculato, pode-se citar a concusso art. 316. Se o

    sujeito ativo no for funcionrio pblico, o crime de extorso art.158.

    Assertiva II Como deixa claro o art. 312 do Cdigo Penal, o peculato s

    pode recair sobre bens mveis. Esse o entendimento da doutrina majoritria

    e o da ESAF. Assertiva incorreta.

    Assertiva III Esta assertiva est correta, pois resume o art. 312 quedefine o crime de peculato. Observe:

    Art. 312 - Apropriar-se o funcionrio pblico de dinheiro, valor

    ou qualquer outro bem mvel, pblico ou particular, de que tem

    a posse em razo do cargo, ou desvi-lo, em proveito prprio ou

    alheio.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    21/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 21

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    Assertivas IV e V Caracteriza o peculato a apropriao de bem pblico ou

    particular. Logo, incorretas as assertivas.

    Como somente as assertivas I e III esto corretas, pode-se afirmar que a

    resposta da questo a alternativa B.

    Gabarito: B

    22. (Tcnico Judicirio TRF-3 Regio / 2007) "A" entrou no

    exerccio de funo pblica antes de satisfeitas as exigncias legais.

    Sua conduta:

    A) configura crime de concusso.

    B) configura crime de peculato.

    C) configura o crime de exerccio funcional ilegalmente antecipado ou

    prolongado.

    D) no caracteriza infrao penal.

    E) no caracteriza infrao penal, mas ele no receber o salrio at quesatisfaa as exigncias legais.

    COMENTRIOS: Entrar no exerccio de funo pblica antes de satisfeitas as

    exigncias legais, ou continuar a exerc-la sem autorizao, depois de saber

    oficialmente que foi exonerado, removido, substitudo ou suspenso, caracteriza

    o crime de exerccio ilegalmente antecipado ou prolongado, definido no art.

    324, do Cdigo Penal. Correta, portanto, a alternativa C.

    Gabarito: C

    23. (Tcnico Judicirio TRF-3 Regio / 2007) Na hiptese de

    peculato culposo, a reparao do dano depois da sentena irrecorrvel

    implica na:

    A) suspenso da pena.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    22/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 22

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    B) reduo de trs quintos da pena imposta.

    C) excluso da antijuricidade.

    D) extino da punibilidade.

    E) reduo de metade da pena imposta.

    COMENTRIOS: O peculato culposo, nos termos do 3, do art. 312, do

    Cdigo Penal, apresenta uma espcie anmala de arrependimento posterior,

    definida da seguinte forma:

    3 - [...] a reparao do dano, se precede sentena

    irrecorrvel, extingue a punibilidade; se lhe posterior, reduz de

    metade a pena imposta.

    Normalmente, o arrependimento posterior, que s pode ser argido em crimes

    praticados sem violncia ou grave ameaa, funciona como atenuante e deve

    acontecer at o momento do recebimento da denuncia ou da queixa por parte

    do magistrado.

    No caso do peculato culposo, este arrependimento funcionar comoexcludente, caso ocorra at a sentena transitar em julgado, ou como

    atenuante, manifestando-se depois do trnsito em julgado da sentena penal,

    situao em que reduzir a pena pela metade.

    Como a questo apresentada afirma que a reparao do dano ocorreu aps a

    sentena irrecorrvel, est correta a alternativa E, pois a pena ser reduzida

    pela metade.

    Gabarito: E

    24. (Auditor TCE-AM / 2007) A respeito dos crimes contra a

    Administrao Pblica, considere:

    I. No exclui a responsabilidade penal o fato de ter sido o agente,

    acusado da prtica de crime de peculato, inocentado pelo rgo

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    23/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 23

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    administrativo quando do procedimento necessrio ao afastamento do

    cargo.

    II. Comete crime de concusso o funcionrio pblico que, mediante

    grave ameaa de morte com emprego de arma de fogo, exige

    vantagem indevida de particular.

    III. No comete crime de peculato o funcionrio pblico que se

    apropria de bem particular, de que tem a posse em razo do cargo.

    IV. S o ocupante de cargo pblico, criado por lei, com denominao

    prpria, nmero certo e pago pelos cofres pblicos, ainda que em

    entidades paraestatais, pode cometer o crime de abandono de funo.

    Est correto o que se afirma SOMENTE em:

    A) I, II e III.

    B) I, II e IV.

    C) I e IV.

    D) II e III,

    E) II, III e IV.

    COMENTRIOS: Analisando as assertivas:

    Assertiva I Est correta, pois a esfera penal independente da esfera

    administrativa. O fato do agente ter sido inocentado na esfera administrativa

    no impede o processo penal do qual pode advir uma condenao.

    Assertiva II A concusso uma forma especial de extorso, praticada por

    funcionrio pblico com abuso de autoridade. Deve, assim, haver um nexoentre a represlia prometida, a exigncia feita e a funo exercida pelo

    funcionrio pblico.

    Por isso, se o funcionrio pblico empregar violncia ou grave ameaa

    referente a situao estranha funo pblica, haver crime de extorso ou

    roubo.

    Exemplo: Um policial aponta um revlver para a vtima e, mediante ameaa de

    morte, pede que ela lhe entregue o carro. Neste caso, no haver concusso, e

    sim extorso. Assertiva incorreta.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    24/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 24

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    Assertiva III O peculato apropriao cabvel tanto para bem pblico

    quanto para bem privado. Portanto, incorreta a assertiva.

    Assertiva IV O Cdigo Penal, ao tratar do crime de abandono de funo em

    seu art. 323, dispe:

    Art. 323 - Abandonar cargo pblico, fora dos casos permitidos

    em lei.

    Percebe-se que, embora o prprio Cdigo Penal atribua o nome abandono de

    funo ao crime, a tipificao do delito utiliza a palavra CARGO, que representa

    um conceito mais restrito que o termo funo pblica.

    Desta forma, o nome correto do crime deveria ser ABANDONO DE CARGO e

    est correto afirmar que s o ocupante de cargo pblico, criado por lei, com

    denominao prpria, nmero certo e pago pelos cofres pblicos, ainda que

    em entidades paraestatais, pode cometer o crime de abandono de funo.

    Do exposto, conclui-se que a resposta da questo a alternativa C, pois

    somente as assertivas I e IV esto corretas.

    Gabarito: C

    25. (Analista Judicirio TRF- 2 Regio / 2007) Funcionrio pblico

    encarregado do Centro de Processamento de Dados - CPD modifica o

    sistema de informaes do rgo sem autorizao ou solicitao da

    autoridade competente. Assim agindo, ele:

    A) no comete crime porque encarregado do CPD.

    B) comete crime de modificao ou alterao no autorizada de sistema de

    informaes.

    C) comete crime de abuso de autoridade.

    D) comete crime de adulterao de dados digitados.

    E) comete crime de insero de dados falsos em sistema de informao.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    25/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 25

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    COMENTRIOS: Constitui crime modificar ou alterar, o funcionrio, sistema

    de informaes ou programa de informtica sem autorizao ou solicitao de

    autoridade competente.

    No caso em tela, o fato de ele ser o encarregado do CPD no influencia em

    absolutamente nada e o funcionrio responder pelo crime de modificao ou

    alterao no autorizada de sistema de informaes.

    Gabarito: B

    26. (Oficial de Justia TJ-PE / 2007) Em relao aos crimes contra a

    administrao pblica, correto afirmar que:

    A) no crime de resistncia, o dolo a vontade de se opor execuo do ato,

    mediante violncia ou ameaa, mas dispensvel que o agente tenha

    conscincia de que est resistindo a ato legal do funcionrio, sendo que o erro

    quanto legalidade do ato, ainda que culposo, no exclui o dolo.

    B) no peculato o sujeito ativo o funcionrio pblico, como tambm o

    particular que no se reveste dessa qualidade e que concorre para o crime,conhecendo ou no a condio do agente.

    C) na concusso, o agente solicita ou recebe, para si ou para outrem, direta ou

    indiretamente, ainda que fora da funo ou antes de assumi-la, mas em razo

    dela, vantagem indevida ou aceita promessa de tal vantagem.

    D) para os efeitos penais, equipara-se a funcionrio pblico quem exerce

    cargo, emprego ou funo em entidade paraestatal, e quem trabalha para

    empresa prestadora de servio contratada ou conveniada para a execuo deatividade tpica da Administrao Pblica.

    E) para a caracterizao do crime de desacato irrelevante que o fato ocorra

    na presena do funcionrio pblico, configurando o ilcito ainda quando a

    ofensa lhe dirigida em documento, por telefone, por e.mail ou outro meio.

    COMENTRIOS: Analisando as alternativas:

    Alternativa A O crime de resistncia encontra-se tipificado no art. 329,

    do Cdigo Penal, com a seguinte redao:

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    26/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 26

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    Art. 329 - Opor-se execuo de ato legal, mediante violncia

    ou ameaa a funcionrio competente para execut-lo ou a quem

    lhe esteja prestando auxlio.

    Observa-se aqui que necessrio que a oposio do sujeito se manifeste por

    meio de ameaa ou violncia fsica, em face do funcionrio ou da pessoa que o

    auxilia, no exato momento em que o ato esteja sendo praticado, de modo que

    se a oposio for exercida em momento anterior ou posterior prtica do ato

    pelo funcionrio pblico, no constitui crime de resistncia.

    Para que o sujeito seja enquadrado no crime em tela, necessria a

    caracterizaao do dolo, ou seja, a vontade livre e consciente de executar a

    ao. Caso haja erro quanto legalidade do ato, haver tambm a excluso

    do dolo e, portanto, est incorreta a alternativa.

    Alternativa B Para que o particular tambm responda por peculato em

    concurso de pessoas, imprescindvel que ele tenha conhecimento da

    qualidade de funcionrio pblico do outro agente. Alternativa incorreta.

    Alternativa C A alternativa est errada, pois a banca tenta confundir ocandidato associando a definio da corrupo passiva ao crime de concusso.

    Neste ltimo, o funcionrio EXIGE; no primeiro, SOLICITA.

    Alternativa D Reproduz exatamente o pargrafo 1, do art. 327, do

    Cdigo Penal que trata da figura do funcionrio pblico por equiparao. a

    resposta da questo.

    Alternativa E O Cdigo Penal tipifica como crime no art. 331 o fato de

    desacatar funcionrio pblico no exerccio da funo ou em razo dela. Odesacato pode ser por gestos, gritos, agresses, etc. indispensvel,

    entretanto, que o fato seja cometido na presena do sujeito passivo. No h

    desacato na ofensa por carta, telefone, televiso, etc., podendo ocorrer o

    delito de injria. Alternativa incorreta.

    Gabarito: D

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    27/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 27

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    27. (TCE-MG / 2007) No peculato culposo, a reparao do dano, se

    precede sentena irrecorrvel,

    A) causa de diminuio da pena.

    B) exclui o crime.

    C) no tem qualquer repercusso.

    D) extingue a punibilidade.

    E) circunstncia atenuante.

    COMENTRIOS: Conforme o 3, do art. 312, do Cdigo Penal, no peculato,

    a reparao do dano, se precede sentena irrecorrvel, extingue a

    punibilidade; se lhe posterior, reduz de metade a pena imposta. Correta,

    portanto, a alternativa D.

    Gabarito: D

    28. (Analista Judicirio TRE-PB / 2007) Mrio, valendo-se da

    condio de funcionrio pblico, cogita em subtrair cinco

    computadores de propriedade do Estado que se localizam narepartio pblica que trabalha. Para ajud-lo na subtrao convida

    Douglas, advogado da empresa particular GIGA e seu amigo intimo.

    Neste caso, considerando que Mrio e Douglas subtraram somente

    dois computadores,

    A) apenas Mrio responder pela prtica de peculato tentado, uma vez que

    Douglas no era funcionrio pblico no se comunicando circunstncia pessoal.

    SENTENA IRRECORRVEL

    EXTINO DA PUNIBILIDADE REDUO DA PENA

    PECULATOREPARAO DO DANO

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    28/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 28

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    B) apenas Mrio responder pela prtica de peculato consumado, uma vez que

    Douglas no era funcionrio pblico no se comunicando circunstncia pessoal.

    C) eles respondero pela prtica de crime de peculato tentado em concurso de

    pessoas.

    D) eles respondero pela prtica de crime de peculato consumado em concurso

    de pessoas.

    E) apenas Mrio responder pela prtica de concusso consumada, uma vez

    que Douglas no era funcionrio pblico no se comunicando circunstncia

    pessoal.

    COMENTRIOS: Inicialmente, analisando a conduta de Mrio, fica claro que

    ele cometeu o crime de PECULATO, no importando aqui a quantidade de

    computadores que foram subtrados.

    Douglas, amigo NTIMO de Mrio e, portanto, conhecedor da qualidade de

    funcionrio pblico deste, comete o crime em concurso de pessoas.

    Como a qualidade de funcionrio pblico elementar do crime de Peculato e

    Douglas tem conhecimento da funo de Mrio, nos termos do art. 30, do

    Cdigo Penal, responder Douglas tambm pelo Peculato.

    Gabarito: D

    29. (Tcnico Judicirio TRE-MS / 2007) O ressarcimento do dano, no

    crime de peculato doloso,

    A) extingue a punibilidade do agente se for anterior ao recebimento dadenncia.

    B) extingue a punibilidade do agente se for anterior denncia.

    C) no extingue a punibilidade do agente.

    D) extingue a punibilidade do agente se for anterior sentena.

    E) extingue a punibilidade do agente se for anterior ao trnsito em julgado da

    sentena.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    29/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 29

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    COMENTRIOS: Essa questo tenta confundir o candidato aplicando

    caracterstica particular do peculato culposo ao peculado doloso. Quando h

    este ltimo, a reparao do dano NO extingue a punibilidade. Portanto,

    correta a alternativa C.

    Gabarito: C

    30. (Analista Judicirio TRE-MS / 2007) Considere:

    I. Exigir diretamente para si, em razo de funo pblica, vantagem

    indevida.

    II. Aceitar promessa de vantagem indevida para si, ainda que fora da

    funo pblica, mas em razo dela.

    III. Desviar o funcionrio pblico em proveito alheio, bem mvel

    particular de que tem a posse em razo do cargo.

    IV. Desviar o funcionrio pblico, em proveito prprio, o que recebeu

    indevidamente para recolher aos cofres pblicos.

    Tais condutas configuram, respectivamente, os crimes de:

    A) corrupo passiva, peculato, excesso de exao e prevaricao.

    B) concusso, corrupo passiva, peculato e excesso de exao.

    C) prevaricao, excesso de exao, concusso e peculato.

    D) peculato, concusso, corrupo passiva e prevaricao.

    E) excesso de exao, corrupo passiva, peculato e concusso.

    COMENTRIOS: Analisando as assertivas e definindo os delitos:

    Assertiva I O verbo utilizado pela banca o EXIGIR e est palavra deve

    ser associada ao crime de CONCUSSO.

    Assertiva II Verbos ACEITAR, SOLICITAR ou RECEBER caracterizam a

    corrupo passiva.

    Assertiva III Verbo DESVIAR, relacionado a bem pblico ou particular que

    o funcionrio tem a posse em razo do cargo, caracteriza o PECULATO.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    30/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 30

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    Assertiva IV O excesso de exao encontra a previso de sua forma

    simples no 1, do art. 316, do Cdigo Penal. Segundo o dispositivo legal, se

    o funcionrio exige tributo ou contribuio social que sabe ou deveria saber

    indevido ou, quando devido, emprega na cobrana meio vexatrio ou gravoso,

    que a lei no autoriza, fica sujeito a uma penalizao.

    Ocorre, porm, que no 2 h previso da forma qualificada do excesso de

    exao e muitas vezes os candidatos esquecem desta tipificao. Nos termos

    do citado dispositivo legal, se o funcionrio desvia, em proveito prprio ou de

    outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres pblicos,

    tambm responder pelo delito. Perceba que exatamente o texto que

    aparece na assertiva IV.

    Gabarito: B

    31. (Analista Judicirio TRE-MS / 2007) Dentre outros considera-se

    funcionrio pblico, para os efeitos penais, o:

    A) inventariante judicial.B) tutor dativo.

    C) perito judicial.

    D) curador dativo.

    E) sndico falimentar.

    COMENTRIOS: O tutor, curador, inventariante judicial, sndico, liquidatrio,

    testamenteiro ou depositrio judicial nomeado pelo juiz no so consideradosfuncionrios pblicos para fins penais. Eles, na realidade, exercem mnus

    pblico (encargo pblico), o qual no se confunde, por terem fins privados,

    com funo pblica.

    Diferentemente, o perito judicial, que nada mais do que o tcnico ou

    especialista que opina sobre questes que lhe so submetidas pelas partes ou

    pelo juiz a fim de esclarecer fatos que auxiliem o julgador a formar sua

    convico, considerado funcionrio pblico para fins penais, pois exerce

    FUNO PBLICA.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    31/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 31

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    Gabarito: C

    32. (Analista Judicirio TRF-4 Regio / 2007) Dar s verbas ou s

    rendas pblicas aplicao diversa da estabelecida em lei:

    A) no constitui crime, sendo somente irregularidade administrativa.

    B) constitui crime contra a Administrao Pblica praticado por funcionrio

    pblico.

    C) configura crime de peculato-furto.

    D) caracteriza crime de peculato mediante erro de outrem.

    E) constitui crime de prevaricao.

    COMENTRIOS: Afim de proteger a regularidade da atividade administrativa

    no que diz respeito aplicao de verbas e rendas pblicas, o legislador fez

    constar no Cdigo Penal, mais precisamente em seu art. 315, o crime de

    desvio de verbas, que consiste em dar s verbas ou rendas pblicas aplicao

    diversa da estabelecida em lei.Tal delito encontra-se tipificado no captulo referente aos crimes contra a

    Administrao Pblica e, assim, correta est a alternativa B.

    Gabarito: B

    33. (Analista Judicirio TRF-4 Regio / 2007) Tlio assumiu o

    exerccio de funo pblica sem ser nomeado ou designado,executando ilegitimamente ato de ofcio. Tal conduta caracteriza o

    crime de:

    A) desobedincia.

    B) trfico de influncia.

    C) exerccio funcional ilegalmente antecipado ou prolongado.

    D) advocacia administrativa.

    E) usurpao de funo pblica.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    32/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 32

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    COMENTRIOS: A conduta apresentada se enquadra na tipificao do crime

    de usurpao de funo pblica. Correta a alternativa E.

    Vamos aproveitar e esquematizar os crimes praticados por Particulares contra

    a Administrao:

    CRIME CONDUTA CONSUMAO TENTATIVA

    USURPAO DE

    FUNO PBLICA

    Usurpar o exerccio de funopblica.

    Se do fato o agente auferevantagem Tipo qualificado.

    O crime consumado coma prtica do primeiro atode ofcio, independente doresultado, ou seja, noimportando se o exerccioda funo usurpada

    gratuito ou oneroso.

    RESISTNCIA

    Opor-se execuo de atolegal mediante violncia ouameaa funcionriocompetente para execut-loou a quem lhe estejaprestando auxlio.

    Se o ato, em razo daresistncia, no se executa Tipo qualificado.

    delito formal,consumando-se nomomento da violncia ouameaa.

    DESOBEDINCIA

    Desobedecer ordem legalde funcionrio pblico.

    O crime consumado coma ao ou omisso(omissivo prprio) dodesobediente.

    DESACATO

    Desacatar funcionrio pblico

    no exerccio da funo ou emrazo dela.

    O crime consumado com

    o ato ofensivo.

    TRFICO DE

    INFLUNCIA

    Solicitar, exigir, cobrar ouobter, para si ou paraoutrem, vantagem oupromessa de vantagem, apretexto de influir em atopraticado por funcionriopblico no exerccio dafuno.

    No verbo obter, trata-se deCRIME MATERIAL e aconsumao ocorre nomomento em que o sujeitoobtm a vantagem (ou apromessa).

    Nos verbos solicitar, exigire cobrar, temos o CRIME

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    33/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 33

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    A pena aumentada dametade se o agente alega ouinsinua que a vantagem tambm destinada aofuncionrio.

    FORMAL e a consumaoopera-se com a simplesao do sujeito.

    CORRUPO ATIVA

    Oferecer ou prometervantagem indevida afuncionrio pblico, paradetermin-lo a praticar,omitir ou retardar ato deofcio.

    A pena aumentada de umtero se, em razo davantagem ou promessa, ofuncionrio retarda ou omite

    ato de ofcio ou o praticainfringindo dever funcional.

    O crime FORMAL econsuma-se no momentoem que o funcionriopblico toma conhecimentoda oferta ou promessa.

    CONTRABANDO OU

    DESCAMINHO

    Importar ou exportarmercadoria proibida ou iludir,no todo ou em parte, opagamento de direito ouimposto devido pela entrada,pela sada ou pelo consumode mercadoria.

    Se a mercadoria deuentrada ou sada pelaalfndega, a consumaoocorre no momento emque a mercadoria liberada. Se a conduta interrompida e no ocorrea liberao, h tentativa.

    Se a mercadoria entra poroutro local que no pelaaduana, consuma-se odelito no momento daentrada em territrionacional.

    INUTILIZAO DE

    EDITAL OU DE SINAL

    Rasgar ou, de qualquerforma, inutilizar ouconspurcar edital afixado por

    ordem de funcionrio pblico;violar ou inutilizar selo ousinal empregado, pordeterminao legal ou porordem de funcionrio pblicopara identificar ou cerrarqualquer objeto.

    Trata-se de CRIMEMATERIAL. Consuma-se odelito com o ato de rasgar,

    inutilizar, conspurcar ouviolar.

    SUBTRAO OUINUTILIZAO DE

    LIVRO OUDOCUMENTO

    Subtrair ou inutilizar, total ouparcialmente, livro oficial,processo ou documento

    confiado custdia defuncionrio em razo deofcio ou de particular em

    O crime consumado coma subtrao ou efetivaoda inutilizao.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    34/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 34

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    servio pblico.

    Prosseguindo na questo:

    Usurpar derivado do latim usurpare, que significa apossar-se sem ter direito.Usurpar a funo pblica , portanto, exercer ou praticar ato de uma funo

    que no lhe devida. Encontra previso no Cdigo Penal, nos seguintes

    termos:

    Art. 328 - Usurpar o exerccio de funo pblica:

    Pena - deteno, de trs meses a dois anos, e multa.

    Gabarito: E

    34. (MPU / 2007) A respeito dos crimes contra a Administrao

    Pblica, correto afirmar:

    A) No configura o crime de contrabando a exportao de mercadoria proibida.

    B) Constitui crime de desobedincia o no atendimento por funcionrio pblicode ordem legal de outro funcionrio pblico.

    C) Comete crime de corrupo ativa quem oferece vantagem indevida a

    funcionrio pblico para determin-lo a deixar de praticar medida ilegal.

    D) Pratica crime de resistncia quem se ope, mediante violncia, ao

    cumprimento de mandado de priso decorrente de sentena condenatria

    supostamente contrria prova dos autos.

    E) Para a caracterizao do crime de desacato no necessrio que o

    funcionrio pblico esteja no exerccio da funo ou, no estando, que a ofensa

    se verifique em funo dela.

    COMENTRIOS: Analisando as alternativas:

    Alternativa A O art. 334, do Cdigo Penal, define o crime de

    contrabando e descaminho nos seguintes termos:

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    35/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 35

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em

    parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela sada ou

    pelo consumo de mercadoria.

    Do texto legal, conclui-se que o delito ocorre tanto na importao quanto na

    exportao da mercadoria proibida, o que torna a alternativa incorreta.

    Alternativa B O crime de desobedincia, previsto no art. 330, do Cdigo

    Penal, crime comum, podendo ser cometido por qualquer pessoa, inclusive

    por funcionrio pblico, desde que o objeto da ordem no esteja relacionado

    com suas funes.

    No caso apresentado na alternativa, como uma ordem legal de umfuncionrio para outro, no h que se falar em desobedincia, podendo

    ocorrer, por exemplo, o delito de prevaricao.

    Alternativa C Segundo a jurisprudncia dominante, se o particular

    oferece vantagem a fim de impedir ato ILEGAL ou fora das competncias do

    agente pblico, no h a caracterizao do delito de corrupo ativa. Incorreta

    a alternativa.

    Alternativa D O crime de resistncia caracterizado pela conduta deopor-se execuo de ato legal mediante violncia ou ameaa a funcionrio

    competente para execut-lo ou a quem lhe esteja prestando auxlio. No caso

    apresentado na alternativa, que est correta, a contrariedade das provas nos

    autos no justificativa para a oposio e restar caracterizado o delito de

    resistncia.

    Alternativa E Diferente do apresentado na alternativa, no crime de

    desacato, o funcionrio pblico deve estar no exerccio da funo ou, ainda que

    fora do exerccio, a ofensa deve ser feita em razo da funo.

    OBSERVAO:

    CONTRABANDO A ENTRADA OU SADA DE PRODUTO PROIBIDO OUQUE ATENTE CONTRA A SADE OU A MORALIDADE.

    DESCAMINHO A ENTRADA OU SADA DE PRODUTOS PERMITIDOS,MAS SEM PASSAR PELOS TRMITES BUROCRTICOS-TRIBUTRIOS

    DEVIDOS.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    36/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 36

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    o caso, por exemplo, do particular que encontra um juiz em um

    supermercado e diz: Juiz tudo ladro, inclusive voc.

    Gabarito: D

    35. (Auditor Fiscal Tributrio / 2007) Para efeitos penais,

    A) no se considera funcionrio pblico quem exerce cargo pblico transitrio,

    embora remunerado.

    B) considera-se funcionrio pblico quem trabalha para empresa prestadora de

    servios contratada para a execuo de atividade tpica da administrao

    pblica.

    C) considera-se funcionrio pblico apenas quem exerce cargo em entidade

    parestatal.

    D) no se considera funcionrio pblico quem exerce funo pblica no

    remunerada.

    E) no se considera funcionrio pblico quem exerce emprego pblico

    transitrio e no remunerado.

    COMENTRIOS: Equipara-se a funcionrio pblico quem exerce cargo,

    emprego ou funo em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa

    prestadora de servio contratada para a execuo de atividade tpica da

    Administrao Pblica ou a ela conveniada.

    O fato de o cargo ser transitrio ou no, remunerado ou sem remunerao no

    influencia na definio de funcionrio pblico para fins penais. Portanto, aalternativa correta a B.

    Gabarito: B

    36. (Analista de Controle - TCE-PR / 2011) Na corrupo passiva,

    crime cometido contra a administrao pblica, o agente

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    37/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 37

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    a) patrocina interesse privado perante a administrao pblica, valendo-se da

    qualidade de funcionrio.

    b) exige vantagem indevida, ainda que fora da funo, mas em razo dela

    c) apropria-se, com violncia, de dinheiro ou valor, pblico ou particular, de

    que tem a posse em razo do cargo.

    d) retarda, ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofcio, ou o pratica

    contra disposio expressa da lei

    e) solicita ou recebe vantagem indevida, ainda que fora da funo, mas em

    razo dela.

    COMENTRIOS: Analisando:

    Alternativa A Patrocina interesse privado perante a administrao

    pblica, valendo-se da qualidade de funcionrio ADVOCACIA

    ADMINISTRATIVA, ART. 321, CP.

    Alternativa B Exige vantagem indevida, ainda que fora da funo, mas

    em razo dela CONCUSSO, ART. 316, CP.

    Alternativa C Apropria-se, com violncia, de dinheiro ou valor, pblico

    ou particular, de que tem a posse em razo do cargo PECULATO, ART.

    312, CP.

    Alternativa D Retarda, ou deixa de praticar, indevidamente, ato de

    ofcio, ou o pratica contra disposio expressa da lei PREVARICAO,ART. 319, CP.

    Alternativa E Solicita ou recebe vantagem indevida, ainda que fora da

    funo, mas em razo dela CORRUPO PASSIVA, ART. 319, CP.

    Gabarito: "E"

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    38/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 38

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    37. (Analista Judicirio - TRE-PE / 2011) A conduta de iludir, no todo

    ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada,

    pela sada ou pelo consumo de mercadoria tipifica o crime de

    a) contrabando.

    b) descaminho.

    c) peculato.

    d) prevaricao.

    e) excesso de exao.

    COMENTRIOS: A questo, inicialmente, exige do candidato o conhecimento

    do art. 334, do CP, que dispe sobre o delito de contrabando e descaminho.

    Veja:

    Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no

    todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido

    pela entrada, pela sada ou pelo consumo de mercadoria.

    Posteriormente, a banca verifica se o candidato conhece a diferenciao entre

    o contrabando e o descaminho:

    O CONTRABANDO o ato de transportar e comercializar ilegalmente,

    produtos proibidos por lei no pas.

    Um exemplo claro de contrabando so as armas e drogas que atravessam as

    fronteiras do pas, muitas vezes junto com produtos piratas no seucarregamento.

    Pode acontecer tambm o caso de contrabando de animais silvestres. Neste

    caso, a retirada dos animais de seu habitatnatural e sua comercializao so

    proibidos e o transporte feito de maneira ilegal.

    ODESCAMINHO corresponde, muitas vezes, ao crime de sonegao fiscal.

    Ocorre quando h a entrada ou sada de produtos permitidos no pas sem que

    os mesmos recolham impostos ou sejam submetidos aos trmites burocrticos

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    39/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 39

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    necessrios nessas operaes. Diferentemente do contrabando, o crime de

    descaminho pode ser sanado com o devido pagamento dos impostos pelas

    mercadorias importadas ou exportadas, enquanto que no contrabando, no h

    fiana".

    Gabarito: "B"

    ***************************************************************

    isso a, pessoal!

    Acabamos de finalizar mais um importante ponto de nosso curso.

    Siga com fora e mantenha sempre a motivao em busca da aprovao. Sem

    dvida, ela vir!

    Abraos e bons estudos,

    Pedro Ivo

    Reclamar sem fazer, coisa de quem no tem prioridades definidas! Porque todo

    mundo faz o impossvel quando quer por que quer mais que tudo!

    Erlan Ribeiro

    ***************************************************************

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    40/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 40

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    LISTA DAS QUESTES APRESENTADAS

    1. (Tcnico Ministerial - MPE-PE / 2012) Quem se ope execuo de

    ato legal, mediante ameaa a quem esteja prestando auxlio aofuncionrio pblico competente para execut-lo,

    a) comete crime de desacato.

    b) comete crime de desobedincia.

    c) comete crime de resistncia.

    d) comete crime de trfico de influncia.

    e) no comete crime contra a Administrao Pblica.

    2. (Analista ministerial - MPE-PE / 2012) Considere:

    I. Solicitar o funcionrio pblico para si, direta ou indiretamente, ainda que

    fora da funo ou antes de assumi-la, mas em razo dela, vantagem indevida.

    II. Deixar o funcionrio pblico de praticar, indevidamente, ato de ofcio, para

    satisfazer sentimento pessoal.

    Essas condutas tipificam, respectivamente, os delitos de:

    a) corrupo ativa e prevaricao.

    b) corrupo ativa e condescendncia criminosa.

    c) prevaricao e condescendncia criminosa.

    d) corrupo ativa e corrupo passiva.

    e) corrupo passiva e prevaricao.

    3. (Tcnico Ministerial - MPE-PE / 2012) O tipo do art. 320 do Cdigo

    Penal (Condescendncia criminosa) est assim redigido: Deixar o

    funcionrio, por indulgncia, de responsabilizar subordinado que

    cometeu infrao no exerccio do cargo ou, quando lhe falte

    competncia, no levar o fato ao conhecimento da autoridade

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    41/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 41

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    competente. No que concerne ao fato tpico, a expresso por

    indulgncia corresponde

    a) ao resultado.

    b) ao.

    c) ao elemento subjetivo do tipo.

    d) ao nexo de causalidade.

    e) omisso.

    4. (Tcnico Ministerial - MPE-PE / 2012) O funcionrio pblico que,

    embora no tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, em

    proveito prprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe

    proporciona a qualidade de funcionrio:

    a) comete crime de prevaricao.

    b) no comete crime contra a Administrao Pblica.

    c) comete crime de peculato culposo.

    d) comete crime de peculato doloso.e) comete crime de excesso de exao.

    5. (Juiz - TJ-PI / 2012) A respeito do peculato, assinale a opo

    correta.

    a) A consumao do peculato-apropriao no ocorre no momento em que o

    funcionrio pblico, em virtude do cargo, comea a dispor do bem mvelapropriado, como se seu proprietrio fosse, exigindo-se que o agente ou

    terceiro obtenha vantagem com a prtica do delito.

    b) A incidncia da agravante genrica relativa prtica de delito com abuso de

    poder ou violao de dever inerente a cargo, ofcio, ministrio ou profisso

    incompatvel com o peculato, pois este pressupe abuso de poder ou violao

    de dever inerente ao cargo.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    42/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 42

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    c) Segundo a jurisprudncia do STJ, aplicvel o princpio da insignificncia ao

    peculato, desde que o prejuzo causado ao errio no ultrapasse um salrio

    mnimo e o agente seja primrio.

    d) Nas hipteses de peculato-desvio e peculato-apropriao, a reparao do

    dano pelo agente pblico, se precedente a sentena irrecorrvel, extingue a

    punibilidade; sendo-lhe posterior, reduz de metade a pena.

    e) No comete peculato, mas o delito de emprego irregular de verbas pblicas,

    em continuidade delitiva, o servidor pblico que se utiliza ilegalmente de

    passagens e dirias pagas pelos cofres pblicos.

    6. (Analista - TRE-SP / 2012) Jos aprovado em concurso pblico

    para exercer o cargo de Investigador de Polcia, sendo devidamente

    nomeado pela Autoridade Pblica competente. Antes de ser

    empossado no cargo, Jos, ciente de que na rua que reside existe um

    estabelecimento comercial do tipo bar, onde h comrcio de

    substncias entorpecentes, aborda o proprietrio do estabelecimento

    e, declarando-se Policial Civil, exige o pagamento da quantia de R$

    5.000,00 no prazo de 48 horas para no fazer a denncia edesencadear uma operao policial naquele local. Neste caso, Jos

    comete crime de

    a) concusso

    b) prevaricao.

    c) corrupo passiva.

    d) exerccio Funcional Ilegalmente Antecipado.e) extorso, pois ainda no havia tomado posse no cargo de Investigador de

    Polcia.

    7. (Analista - TRF / 2012) Tcio, funcionrio pblico federal, em

    fiscalizao de rotina, constatou que Paulus, proprietrio de uma

    mercearia, estava devendo tributos ao Fisco. Em vista disso, concedeu-

    lhe o prazo de quarenta e oito horas para efetivar o pagamento e

    mandou colocar uma faixa na porta do estabelecimento, dizendo: Este

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    43/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 43

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    comerciante deve ao Fisco e dever pagar o tributo devido em

    quarenta e oito horas. A conduta de Tcio caracterizou o crime de

    a) prevaricao.

    b) calnia.

    c) concusso.

    d) corrupo passiva.

    e) excesso de exao.

    8. (Tcnico - TJ-PE / 2012) Tecius, funcionrio pblico municipal,

    apropriou-se de remdios doados por um laboratrio farmacutico ao

    Posto de Sade do qual era mdico chefe, e os levou ao seu consultrio

    particular, vendendo-os a seus clientes. Tecius, alm de outras

    infraes legais,

    a) responder por crime de peculato, porque tinha a posse dos medicamentos

    em razo do seu cargo.

    b) no responder por crime de peculato, porque o objeto desse delito s podeser dinheiro.

    c) s responder por crime de peculato se a doao dos remdios tiver sido

    regularmente formalizada e aceita pela Administrao Pblica Municipal.

    d) no responder por crime de peculato porque os remdios foram recebidos

    em doao e no foram adquiridos pela Administrao Pblica Municipal.

    e) responder apenas pelo crime de prevaricao, por ter praticado

    indevidamente ato de ofcio.

    9. (Polcia Militar-BA / 2009) Paulo, policial no exerccio de

    fiscalizao de trnsito, surpreendeu um motorista dirigindo

    alcoolizado e pela contramo de direo. Em seguida, exigiu do

    infrator a quantia de R$ 200,00 para deix-lo prosseguir livremente.

    Nesse caso, Paulo responder pelo crime de:

    A) corrupo ativa.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    44/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 44

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    B) concusso.

    C) corrupo passiva.

    D) prevaricao.

    E) peculato.

    10. (OAB-SP / 2005) O funcionrio que deixa de responsabilizar

    subordinado que cometeu infrao no exerccio do cargo, comete crime

    de:

    A) prevaricao.

    B) omisso funcional criminosa.

    C) condescendncia criminosa.

    D) advocacia administrativa.

    E) N.R.A.

    11. (Procurador do Municpio de SP / 2008) A concusso e a corrupo

    ativa so crimes:

    A) permanentes.

    B) formal e material, respectivamente.

    C) materiais.

    D) formais.

    E) material e formal, respectivamente.

    12. (MPE-RS / 2008) Paulo, policial de trnsito, encontrava-se emgozo de frias e observou um veculo parado em local proibido.

    Abordou o motorista, de quem, declinando sua funo, solicitou a

    quantia de R$ 50,00 para no lavrar a multa relativa infrao

    cometida. Nesse caso, Paulo:

    A) responder pelo delito de concusso.

    B) responder pelo delito de corrupo ativa.

    C) responder pelo delito de corrupo passiva.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    45/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 45

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    D) no responder por nenhum delito porque estava de frias.

    E) responder pelo delito de prevaricao.

    13. (Auditor TCE-AL / 2008) Admite a modalidade culposa o crime

    de:

    A) advocacia administrativa.

    B) usurpao de funo pblica.

    C) concusso.

    D) prevaricao.

    E) peculato.

    14. (TCE-AL / 2008) Pratica o crime de condescendncia criminosa:

    A) o funcionrio pblico que, para satisfazer interesse pessoal, deixa de

    praticar ato de ofcio.

    B) o funcionrio pblico que, por indulgncia, deixa de responsabilizar

    subordinado que cometeu infrao no exerccio do cargo.C) a pessoa que presta a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de

    receptao, auxlio destinado a tornar seguro o proveito do crime.

    D) a pessoa que solicita vantagem para si, a pretexto de influir em ato

    praticado por funcionrio pblico no exerccio da funo.

    E) o funcionrio que, valendo-se de sua condio, patrocina, direta ou

    indiretamente, interesse privado perante a administrao pblica.

    15. (Procurador TCE-AL / 2008) A conduta do funcionrio pblico

    que, em razo da funo exercida, solicita vantagem indevida para si,

    sem, contudo, chegar a receb-la, caracteriza, em tese,

    A) tentativa de concusso.

    B) corrupo passiva consumada.

    C) concusso consumada.

    D) tentativa de corrupo passiva.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    46/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 46

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    E) corrupo ativa consumada.

    16. (Juiz Substituto TJ-RR / 2008) No crime de concusso, a

    circunstncia de ser um dos agentes funcionrio pblico:

    A) no elementar, no se comunicando, portanto, ao concorrente particular.

    B) elementar, comunicando-se ao concorrente particular, ainda que este

    desconhea a condio daquele.

    C) elementar, mas no se comunica ao concorrente particular.

    D) elementar, comunicando-se ao concorrente particular, se este conhecia a

    condio daquele.

    E) no elementar, comunicando-se, em qualquer situao, ao concorrente

    particular.

    17. (METRO-SP / 2008) Durante um julgamento perante o Tribunal do

    Jri, um jurado, que em sua vida normal exerce a funo de vendedor,

    solicitou R$ 10000,00 (dez mil reais) ao advogado do ru para votar

    pela absolvio deste. O jurado:

    A) cometeu crime de corrupo ativa.

    B) cometeu crime de corrupo passiva.

    C) cometeu crime de concusso.

    D) cometeu crime de prevaricao.

    E) no cometeu nenhum crime, pois no era funcionrio pblico.

    18. (Analista Judicirio TRF-3 Regio / 2007) Antes de assumir o

    cargo pblico municipal para o qual foi nomeado, invocando a sua

    condio funcional, Joo exige ingresso dos organizadores de evento

    cuja realizao depende de autorizao do Poder Pblico. Assim

    agindo, Joo:

    A) comete crime de concusso.

    B) comete crime de corrupo ativa.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    47/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 47

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    C) comete crime de corrupo passiva.

    D) no comete crime algum porque pedido de ingresso para evento mero

    ilcito civil.

    E) no comete crime algum porque ainda no assumiu o cargo.

    19. (Analista Judicirio TRF-3 Regio / 2007) Joo, tesoureiro de

    rgo pblico, agindo em concurso com Jos e em proveito deste, que

    no funcionrio pblico mas que sabe que Joo o , desvia certa

    quantia em dinheiro, de que tem a posse em razo do cargo. Por essa

    conduta:

    A) Jos no responde por crime nenhum, j que foi Joo quem desviou o

    dinheiro.

    B) Joo responde por peculato e Jos por apropriao indbita.

    C) Joo e Jos respondem pelo crime de peculato.

    D) Joo no responde por crime porque o dinheiro foi todo entregue para Jos,

    que quem deve ser processado.

    E) Joo e Jos respondem pelo crime de peculato, mas este tem a penareduzida pela metade, porque foi Joo quem desviou o dinheiro.

    20. (Analista Judicirio TRF-3 Regio / 2007) Agindo com

    negligncia, Joo esquece sobre o balco da repartio onde exerce

    cargo pblico documento que contm segredo, de forma que terceira

    pessoa tem acesso a ele. Assim agindo, Joo:

    A) pratica crime de violao de sigilo funcional porque o dolo presumido.

    B) s pratica crime se o terceiro que teve conhecimento do segredo revel-lo

    para outras pessoas.

    C) no pratica crime, porque o Cdigo Penal no prev a modalidade culposa

    de violao de sigilo funcional.

    D) pratica crime de violao de sigilo funcional porque presente o dolo

    eventual.

    E) pratica crime de condescendncia criminosa.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    48/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 48

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    21. (Tcnico Judicirio TRF-3 Regio / 2007) Sobre o crime de

    PECULATO, considere:

    I. crime que exige a qualidade de funcionrio pblico do autor,

    ressalvada a hiptese de co-autoria.

    II. a apropriao ou o desvio pode ter como objeto bem imvel.

    III. caracteriza-se pela apropriao ou desvio de dinheiro, valor ou

    qualquer outro bem mvel.

    IV. configura-se somente se a apropriao for de bem pblico.

    V. no se caracteriza se a apropriao ou o desvio for de bem

    particular.

    Est correto o que se afirma APENAS em:

    A) I e II.

    B) I e III.

    C) III e IV.

    D) III, IV e V.E) IV e V.

    22. (Tcnico Judicirio TRF-3 Regio / 2007) "A" entrou no

    exerccio de funo pblica antes de satisfeitas as exigncias legais.

    Sua conduta:

    A) configura crime de concusso.B) configura crime de peculato.

    C) configura o crime de exerccio funcional ilegalmente antecipado ou

    prolongado.

    D) no caracteriza infrao penal.

    E) no caracteriza infrao penal, mas ele no receber o salrio at que

    satisfaa as exigncias legais.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    49/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 49

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    23. (Tcnico Judicirio TRF-3 Regio / 2007) Na hiptese de

    peculato culposo, a reparao do dano depois da sentena irrecorrvel

    implica na:

    A) suspenso da pena.

    B) reduo de trs quintos da pena imposta.

    C) excluso da antijuricidade.

    D) extino da punibilidade.

    E) reduo de metade da pena imposta.

    24. (Auditor TCE-AM / 2007) A respeito dos crimes contra a

    Administrao Pblica, considere:

    I. No exclui a responsabilidade penal o fato de ter sido o agente,

    acusado da prtica de crime de peculato, inocentado pelo rgo

    administrativo quando do procedimento necessrio ao afastamento do

    cargo.

    II. Comete crime de concusso o funcionrio pblico que, mediantegrave ameaa de morte com emprego de arma de fogo, exige

    vantagem indevida de particular.

    III. No comete crime de peculato o funcionrio pblico que se

    apropria de bem particular, de que tem a posse em razo do cargo.

    IV. S o ocupante de cargo pblico, criado por lei, com denominao

    prpria, nmero certo e pago pelos cofres pblicos, ainda que em

    entidades paraestatais, pode cometer o crime de abandono de funo.

    Est correto o que se afirma SOMENTE em:

    A) I, II e III.

    B) I, II e IV.

    C) I e IV.

    D) II e III,

    E) II, III e IV.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    50/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 50

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    25. (Analista Judicirio TRF- 2 Regio / 2007) Funcionrio pblico

    encarregado do Centro de Processamento de Dados - CPD modifica o

    sistema de informaes do rgo sem autorizao ou solicitao da

    autoridade competente. Assim agindo, ele:

    A) no comete crime porque encarregado do CPD.

    B) comete crime de modificao ou alterao no autorizada de sistema de

    informaes.

    C) comete crime de abuso de autoridade.

    D) comete crime de adulterao de dados digitados.

    E) comete crime de insero de dados falsos em sistema de informao.

    26. (Oficial de Justia TJ-PE / 2007) Em relao aos crimes contra a

    administrao pblica, correto afirmar que:

    A) no crime de resistncia, o dolo a vontade de se opor execuo do ato,

    mediante violncia ou ameaa, mas dispensvel que o agente tenhaconscincia de que est resistindo a ato legal do funcionrio, sendo que o erro

    quanto legalidade do ato, ainda que culposo, no exclui o dolo.

    B) no peculato o sujeito ativo o funcionrio pblico, como tambm o

    particular que no se reveste dessa qualidade e que concorre para o crime,

    conhecendo ou no a condio do agente.

    C) na concusso, o agente solicita ou recebe, para si ou para outrem, direta ou

    indiretamente, ainda que fora da funo ou antes de assumi-la, mas em razodela, vantagem indevida ou aceita promessa de tal vantagem.

    D) para os efeitos penais, equipara-se a funcionrio pblico quem exerce

    cargo, emprego ou funo em entidade paraestatal, e quem trabalha para

    empresa prestadora de servio contratada ou conveniada para a execuo de

    atividade tpica da Administrao Pblica.

    E) para a caracterizao do crime de desacato irrelevante que o fato ocorra

    na presena do funcionrio pblico, configurando o ilcito ainda quando a

    ofensa lhe dirigida em documento, por telefone, por e.mail ou outro meio.

  • 7/30/2019 Aula 03 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO

    51/55

    PPCURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL

    PROFESSOR: PEDRO IVO

    Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 51

    CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PED