aula 01 direito civil: curso de exerciÍcios comentados para afrfbprofessor lauro escobar

Upload: weshoffman

Post on 14-Apr-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    1/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 1

    AULA 01

    DAS PESSOAS NA TURA I S

    Itens especficos previstos nos ltimos editais e que sero abordadosnesta aula: Pessoa Natural: conceito, capacidade e incapacidade, comeo e fim,direitos da personalidade.

    Subitens: Pessoa Natural. Conceito. Personalidade: Incio, Individualizao eTrmino. Nascituro. Domiclio Civil. Residncia. Direitos da Personalidade.Capacidade: classificao. Incapacidade. Emancipao. Registro e Averbao.

    Meus amigos e alunos

    Aps a anlise da Lei de Introduo s Normas do Direito, vamosanalisar nesta aula o tema Pessoas, que o primeiro ponto referente aoCdigo Civil, propriamente dito (Parte Geral).

    Primeiro vamos ao nosso contedo esquemtico que seria um resumoterico da matria da aula. A seguir daremos os exerccios, como proposto.

    CONTEDO ESQUEMTICO DA AULADispositivos do Cdigo Civil referentes a esta aula: arts. 1 ao 78.

    PESSOAS NATURAIS (FSICAS)

    CONCEITO todo ser humano considerado como sujeito de obrigaes e direitos,sem qualquer distino. Toda pessoa capaz de direitos e deveres na ordem civil (art.1o do CC). Compe: a Personalidade, a Capacidade e a Emancipao.

    I. PERSONALIDADE

    conjunto de caracteres prprios da pessoa, reconhecida pelaordem jurdica a algum, sendo a aptido para adquirir direitos e contrair obrigaes.Os Direitos de Personalidade esto previstos nos arts. 11 a 21 do CC. Lembrando queestes dispositivos no exaurem a matria; so meramente exemplificativos. Comexceo dos casos previstos expressamente na lei eles so: intransmissveis eirrenunciveis, no podendo o seu exerccio sofrer limitao voluntria.

    A) Incio da Personalidade nascimento com vida; mas a lei pe a salvo,desde a concepo, os direitos do nascituro (o que est por nascer) art. 2o doCC. Cuidado com a expresso natimorto. Ela no considerada tcnica. Ovocbulo possui um duplo sentido: aquele que nasceu sem vida OU aquele queveio luz, com sinais de vida, mas, logo morreu.

    B) Individualizao (atributos da personalidade)

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    2/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 2

    1. Nome o sinal exterior pelo qual se designa e se reconhece umapessoa perante a sociedade (arts. 16 a 19 do CC). Caractersticas:inalienvel, imprescritvel e personalssimo. Elementos: prenome,patronmico (sobrenome) e agnome (Jnior, Neto, etc.). A lei protegede forma expressa o pseudnimo. Em princpio o nome imutvel,

    mas a lei permite inmeras excees (ex: situaes vexatrias, errogrfico, homnimo, casamento, etc.).

    2. Estado soma das qualificaes de uma pessoa na sociedade. Estadoindividual (idade, sexo, sade mental e fsica, altura, peso, etc.);Estado poltico (brasileiro nato, naturalizado, estrangeiro, etc.); Estadofamiliar: quanto ao matrimnio (solteiro, casado, vivo, etc.), quantoao parentesco (pai, me, filho, av irmo, etc.).

    3. Domiclio (arts. 70 a 78 do CC) Regra bsica = lugar onde seestabelece a residncia com nimo definitivo (art. 70, CC). domicliotambm, quanto s relaes concernentes profisso, onde esta exercida (art. 72, CC). Elementos: a) objetivo (estabelecimentofsico); b) subjetivo (inteno de ali permanecer). Outras regras: a)pluralidade domiciliar: pessoa com diversas residncias ondealternadamente viva domiclio ser qualquer delas (art. 71, CC); b)pessoa sem residncia habitual domiclio ser o local onde forencontrada (art. 73, CC). Domiclio Legal ou Necessrio: incapaz(absoluta ou relativamente), servidor pblico, militar, preso e martimo(art. 76, CC). Domiclio voluntrio especial: a) domiclio contratual(art. 78, CC) que o local especificado no contrato para ocumprimento das obrigaes dele resultantes; b) domiclio (ou foro) deeleio ou clusula de eleio de foro (previsto no art. 111 do Cdigode Processo Civil), que o escolhido pelas partes para a propositura de

    aes relativas s obrigaes. Jurisprudncia no se admite o forode eleio nos contratos por adeso quando dificultar os direitos doaderente em comparecer em juzo; considera-se como sendo umaclusula abusiva e, por isso, nula.

    C) Fim da Personalidade

    1. Morte Real com corpo (certido de bito) ou sem corpo (justificaojudicial art. 88 da Lei de Registros Pblicos 6.015/73).

    2. Morte Civil no existe mais. Deixou resqucios no Direito dasSucesses. Ex: indignidade (art. 1.816, CC)

    3. Morte Presumida: efeitos patrimoniais e alguns pessoais. Depende deum demorado processo judicial, passando por trs fases (arts. 22 a 39,CC): a) Ausncia (ou curadoria do ausente) 01 ou 03 anos,dependendo da hiptese (art. 26, CC), arrecadando-se os bens quesero administrados por um curador; b) Sucesso Provisria feita a partilha de forma provisria, aguarda-se 10 anos o retorno doausente; c) Sucesso Definitiva na abertura j se concede apropriedade plena dos bens e se declara a morte (presumida) doausente. Seu cnjuge reputado vivo. Aguardam-se mais dez anos;d) Fim aps o decurso deste prazo, encerra-se o processo e oausente, se retornar, no ter direito a nada.

    4. Efeitos da Morte: dissoluo do vnculo conjugal e do regimematrimonial; extino do poder familiar; extino da obrigao de

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    3/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 3

    prestar alimentos com o falecimento do credor; extino dos contratospersonalssimos, etc. Por outro lado a vontade do de cujus (falecido)pode sobreviver por meio de um testamento. Alm disso, ao cadver devido respeito; os militares e os servidores pblicos de uma formageral podem ser promovidos post mortem; permanece o direito

    imagem, honra, aos direitos autorais, etc.D) Comorincia presuno relativa (juris tantum admite prova emcontrrio) de morte simultnea de duas ou mais pessoas, sempre que no sepuder averiguar quem faleceu em primeiro lugar art. 8 CC. Aplica-se oinstituto sempre que houver uma relao de sucesso hereditria. Aconsequncia prtica que se os comorientes forem herdeiros uns dos outros,no haver transferncia de direitos entre eles; um no suceder o outro.

    II.CAPACIDADE aptido da pessoa para exercer direitos e assumir obrigaes, ouseja, de atuar sozinha perante o complexo das relaes jurdicas. Espcies:

    Capacidade de Direito e de Fato. Quem tem as duas espcies de capacidade tem acapacidade plena. Incapacidade a restrio legal ao exerccio dos atos da vidacivil.

    A) Capacidade de Direito (ou gozo) prpria de todo ser humano; quem tempersonalidade (est vivo) possui capacidade de direito.

    B) Capacidade de Fato trata-se da possibilidade de exerccio dos direitos.Subdivide-se em:

    1. Absolutamente Incapazes (art. 3, CC)a) menores de 16 anos.b) enfermidade ou deficincia mental sem discernimento.

    c) mesmo por causa transitria, no puderem exprimir a vontade.

    2. Relativamente Incapazes (art. 4, CC)a) maiores de 16 e menores de 18 anos.b) brios habituais, viciados em txico e os que por deficincia mentaltenham discernimento reduzido.c) excepcionais, sem desenvolvimento completo.d) prdigos (os que dissipam seus bens).

    Obs. Os absolutamente incapazes sero representados e os relativamentesero assistidos por seus representantes legais (pais, tutores ou curadores).

    ndios so regulados por legislao especial (Lei n 6.001/73 Estatuto dondio).

    3. Capacidade Plena pessoas maiores de 18 anos ou emancipadas.

    III. EMANCIPAO a aquisio da capacidade plena antes dos 18 anos,habilitando o indivduo para todos os atos da vida civil. Definitiva e Irrevogvel Art.5o, pargrafo nico, CC:

    1) concesso dos pais (na falta de um deles, apenas a do outro), porinstrumento pblico, independentemente de homologao judicial 16 anos.

    2) sentena do Juiz (ouvido o tutor, nos casos em que no h poder familiar) 16 anos.

    3) casamento idade nbil (homens e mulheres) 16 anos.

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    4/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 4

    4) exerccio de emprego pblico efetivo.5) colao de grau em curso de ensino superior.6) estabelecimento civil ou comercial ou pela existncia de relao de emprego,

    com economia prpria 16 anos.

    IV. Devem ser registrados (art. 9o

    , CC): nascimentos, casamentos e bitos. emancipao por outorga dos pais ou por sentena do Juiz. interdio por incapacidade absoluta ou relativa. sentena declaratria de ausncia e de morte presumida.

    V. Devem ser averbados (art. 10, CC):

    sentenas que decretam a nulidade ou anulao do casamento, bem comoseparao judicial, restabelecimento da sociedade conjugal (no se exigemais a separao para a efetivao do divrcio - EC n 66/2010) e divrcio.

    atos judiciais ou extrajudiciais que declaram ou reconhecem a filiao.

    TESTESObservao: como nesta aula tratamos sobre diversos assuntos, tenteiseparar os testes por tema (personalidade, capacidade, domiclio eemancipao), melhor situando a matria e evitando que eles fiquemmisturados. Vamos a eles:

    A) PERSONALIDADE

    A.01) De acordo com o Cdigo Civil, os direitos inerentes dignidadeda pessoa humana so:

    a) absolutos, intransmissveis, irrenunciveis, ilimitados e imprescritveis.

    b) relativos, transmissveis, renunciveis, limitados.

    c) absolutos, transmissveis, imprescritveis, ilimitados, renunciveis,impenhorveis.

    d) inatos, absolutos, intransmissveis, renunciveis em determinadassituaes, limitados e imprescritveis.

    e) absolutos, intransmissveis, irrenunciveis, ilimitados e penhorveis.Comentrios:

    Alternativa correta: letra a. Nascendo com vida uma pessoa adquire apersonalidade, que a aptido para adquirir direitos e contrair obrigaes.Desta forma uma pessoa, embora recm nascida, pode receber uma herana,uma doao, etc. Adquirindo a personalidade, o ser humano adquire o direitode defender o que lhe prprio, como sua integridade fsica (vida, liberdade,identidade, alimentos, etc.), intelectual (liberdade de pensamento, autoriacientfica, artstica e intelectual), moral (honra, segredo pessoal ou

    profissional, privacidade, imagem, opo religiosa, sexual, etc.). Lembrem-se: a dignidade um direito fundamental, previsto em nossaConstituio, que tambm prev que so inviolveis a intimidade, a vida

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    5/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 5

    privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito deindenizao pelo dano material ou moral decorrente dessa violao. Os direitosda personalidade so direitos que existem para garantir a manifestao dapersonalidade humana; o direito subjetivo ao respeito ao conjunto decaractersticas personalssimas denominado "personalidade". O art. 11, CC

    prescreve: Com exceo dos casos previstos em lei, os direitos dapersonalidade so intransmissveis e irrenunciveis, no podendo o seuexerccio sofrer limitao voluntria. Os direitos referentes personalidade(arts. 11 a 21, CC), portanto, no permitem que o seu exerccio sofra limitaovoluntria. Em outras palavras, mesmo que a pessoa queira, no pode assinarum contrato abrindo mo de sua vida, da sua integridade fsica ou moral, etc.Mas em alguns casos expressamente previstos em lei possvel esta limitao.Exemplo: eu no posso vender a autoria de um livro; porm eu posso cederos direitos autorais referentes a este livro. Apesar do Cdigo Civil se referirapenas a algumas caractersticas, a doutrina costuma relacionar outros

    exemplos. No caso concreto, a questo teve um cunho doutrinrio. Portanto,podemos arrolar, de uma forma completa, que os direitos de personalidadeso: inatos (ou seja, o direito j nasce com o indivduo), absolutos (ou seja,podem ser opostos contra todos, impondo coletividade o dever de respeit-los costumamos dizer oponvel erga omnes), intransmissveis (no setransmitem por exemplo pela sucesso), indisponveis (nem mesmo o seutitular pode desprez-los ou deles dispor de foram onerosa ou gratuita),irrenunciveis (que no se pode abrir mo), imprescritveis (no correm osprazos prescricionais, podem ser reclamados judicialmente a qualquer tempo;no entanto no se deve confundir imprescritibilidade da leso do direito de

    personalidade o exerccio do direito da personalidade imprescritvel coma prescritibilidade da pretenso indenizatria de eventual dano decorrente daviolao do direito de personalidade este prescreve em trs anos conforme oart. 206, 3o, V, CC), impenhorveis (se no pode ser objeto de cesso, muitomenos de penhora) e inexpropriveis (ningum pode remov-los de umapessoa). Observem que o art. 11, CC no utiliza a expresso ilimitados. Isto fruto de construo doutrinria. Este termo se refere impossibilidade de seimaginar um nmero fechado de direitos. O que se quer dizer que no existeum nmero certo, determinado ou limitado de direitos. Eles no se resumemao que est na lei. Podem existir direitos de personalidade que no estejamprevistos expressamente na lei. A expresso no se refere extenso dodireito propriamente dito (pois na realidade todos os direitos possuem certoslimites... Costumo sempre citar a seguinte expresso: "o seu direito terminaquando comea o direito de seu prximo"), mas sim possibilidade deexistirem outros direitos de personalidade que no estejam previstos na lei.Notem que nas demais alternativas h sempre pelo menos uma palavraerrada: a letra b todas as palavras esto erradas; na c esto erradas aspalavras transmissveis e renunciveis; na d renunciveis e limitados efinalmente na letra e penhorveis.

    A.02) (OAB/SP 2005) Os direitos da personalidade so

    irrenunciveis e ...a) disponveis, podendo o seu exerccio sofrer limitao voluntria.

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    6/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 6

    b) intransmissveis, podendo o seu exerccio sofrer limitao voluntria.

    c) intransmissveis, podendo o seu exerccio sofrer, parcialmente, limitaovoluntria.

    d) intransmissveis, no podendo o seu exerccio sofrer limitao voluntria.

    Comentrios:Alternativa correta: letra d. Como vimos acima, os direitos dapersonalidade decorrem da prpria Pessoa Natural, que compreende, entreoutros, o direito vida, liberdade, privacidade, intimidade, honra, aonome, integridade fsica, etc. Com fundamento no art. 11, CC tais direitosso irrenunciveis e intransmissveis, no podendo o seu exerccio sofrerlimitao voluntria, salvo algumas excees previstas na prpria lei. O titulardo direito pode ceder o exerccio (e no a titularidade) de alguns dos direitosde personalidade (ex: o direito de imagem pode ser cedido, ttulo gratuito ouoneroso durante certo lapso de tempo).

    A.03) Sobre tutela dos direitos da personalidade assinale a alternativaCORRETA:

    a) falecida a pessoa, cessa a possibilidade de tutela desses direitos.

    b) vedada pessoa a disposio gratuita do prprio corpo.

    c) no ordenamento jurdico brasileiro, no se admite a possibilidade dealterao do sobrenome.

    d) para a manuteno da ordem pblica, o Cdigo Civil admite a exposio

    da imagem da pessoa sem sua autorizao.e) uma pessoa pode ser constrangida a submeter-se a uma intervenocirrgica, mesmo que esta exponha o paciente a risco de vida.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra d. O direito imagem o de no ver a suaefgie exposta em pblico ou comercializada sem a sua autorizao. Ele umdireito autnomo, isto , no precisa, necessariamente, estar ligado a outrodireito como a identidade, honra, etc. (embora muitas vezes estejam ligadosentre si). No entanto em hipteses especiais a lei permite a exposio da

    imagem sem autorizao. O art. 20, CC prev que salvo se autorizadas ou senecessrias administrao da justia ou manuteno da ordem pblica, adivulgao de escrito, a transmisso da palavra ou a publicao, a exposioou a utilizao da imagem de uma pessoa podero ser proibidas a seurequerimento e sem prejuzo da indenizao que couber, se lhe atingirem ahonra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a finscomerciais. A letra a est errada, pois embora o art. 11, CC diga que osdireitos personalssimos sejam intransmissveis, h ressalva de exceesprevistas na lei. Assim, alguns direitos podem se transmitem com a morte dapessoa (ex: direitos autorais), havendo ainda a proteo (ou tutela) dos

    mesmos. As pessoas que podem requerer a proteo destes direitos so: oscnjuges, os ascendentes ou os descendentes (art. 20, pargrafo nico, CC). Aletra b tambm est errada, pois o art. 14, CC permite a disposio gratuita

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    7/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 7

    do prprio corpo, no todo ou em parte, com o objetivo cientfico ou altrustico.Como vimos o nome (incluindo o prenome e o sobrenome) da pessoa naturalpode ser alterado em diversas situaes (alternativa c est errada, portanto).Finalmente a letra e est errada, pois o art. 15, CC prev que ningum podeser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento mdico ou a

    interveno cirrgica.

    A.04) Sobre os direitos de personalidade, pode-se afirmar que:

    a) a pessoa jurdica no titular de tais direitos, por no ser detentora dehonra.

    b) so renunciveis, podendo seu exerccio sofrer limitao voluntria.

    c) permitida a disposio livre e onerosa do prprio corpo, para quaisquerfins.

    d) embora eles sejam intransmissveis, o direito de exigir sua reparaotransmite-se aos sucessores.e) caracterizam-se por serem apenas extrapatrimoniais.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra d. Notem, mais uma vez, que o art. 11, CCprescreve que os direitos de personalidade so intransmissveis. Mas esteprprio artigo faz a ressalva: com exceo dos casos previstos em lei. Vejamcomo o examinador gosta das excees. Para a resposta ficar completa ebem fundamentada, devemos combinar este artigo com o art. 943, CC queprescreve que o direito de exigir reparao e a obrigao de prest-latransmitem-se com a herana. Por isso esta alternativa acabou ficando certa.A letra a est totalmente errada, pois o art. 52, CC assegura s pessoasjurdicas a mesma proteo cabvel para a proteo da personalidade. A letrab est errada, pois os direitos da personalidade, como vimos, soirrenunciveis. A letra c tambm est errada. Os artigos 13 e 14, CC regulamo tema; observem o que dispe o art. 14: vlida, com objetivo cientfico,ou altrustico, a disposio gratuita do prprio corpo, no todo ou em parte,para depois da morte. Assim a disposio do prprio corpo deve ser gratuita epara fins especficos (e no qualquer finalidade, como ficou na questo).Finalmente a letra e tambm est errada, no s pela expresso apenas,

    mas porque os direitos da personalidade podem ser patrimoniais em algumashipteses.

    A.05) (Procurador do Distrito Federal 2005) Quanto aos direitos depersonalidade, pode-se afirmar:

    a) vedado, seja qual for a hiptese, pessoa juridicamente capaz, disporgratuitamente de tecidos, rgos e partes do prprio corpo, pois os direitosde personalidade, entre os quais se pode citar a integridade fsica, soirrenunciveis.

    b) vivel a utilizao, por terceiro, da imagem de uma pessoa, desde quetal uso no lhe atinja a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, nem sedestine a fins comerciais.

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    8/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 8

    c) pelo Cdigo Civil os direitos de personalidade so irrenunciveis, pormso admitidas diversas limitaes voluntrias.

    d) embora o nome de uma pessoa goze de proteo legal, o mesmo no sed quanto ao pseudnimo utilizado em atividades lcitas.

    e) apenas o titular do direito de personalidade pode exigir que cesse aameaa, ou a leso, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos,sem prejuzo de outras sanes previstas em lei, sendo vedado a qualqueroutra pessoa levar a efeito tais medidas, ainda que o titular do direito depersonalidade j tenha falecido.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra b. O artigo 5o, XXVIII, a da ConstituioFederal combinado com o art. 20, CC tutelam o direito imagem, porm noprobem o seu uso por terceiros se isto no atingir a honra, a boa fama, arespeitabilidade, nem se destine a fins comerciais. A letra a est errada, poiso art. 14, CC permite a disposio gratuita do prprio corpo, no todo ou emparte, para depois da morte. J o art. 13 e o seu pargrafo nico, CC permite adisposio do prprio corpo, mesmo estando a pessoa viva, desde que parafins de transplante e desde que no importe em diminuio permanente daintegridade fsica ou contrarie os bons costumes. A letra c a mais sutil: elaest errada, pois o art. 11, CC no admite limitao voluntria ao direito depersonalidade; eventuais excees so raras e devem estar expressamenteprevista na lei. A letra d est errada, pois o art. 19, CC equipara opseudnimo ao nome para fins de proteo civil. A letra d est errada, umavez que o pseudnimo, utilizado para atividades lcitas tem a mesma proteojurdica que se d ao nome (art. 19, CC). A letra e est errada, pois o art.12, pargrafo nico do CC prev que em se tratando de pessoa falecida, terlegitimidade para proteger sua personalidade o cnjuge ou qualquer parenteem linha reta (que so os descendentes ou ascendentes) ou colaterais atquarto grau (que so os irmos, tios, sobrinhos, primos, etc.), portanto no s apenas o titular do direito que pode mover aes judiciais.

    A.06) (Tribunal Regional Federal - 1a Regio Tcnico Administrativo 2006) Com exceo dos casos previstos em lei, os direitos depersonalidade so:

    a) irrenunciveis, mas transmissveis, no podendo o seu exerccio sofrerlimitao voluntria.

    b) renunciveis e transmissveis, podendo o seu exerccio sofrer limitaovoluntria.

    c) irrenunciveis e intransmissveis, mas pode o seu exerccio sofrer limitaovoluntria.

    d) renunciveis e transmissveis, mas no pode o seu exerccio sofrerlimitao voluntria.

    e) irrenunciveis e intransmissveis, no podendo o seu exerccio sofrerlimitao voluntria.

    Comentrios:

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    9/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 9

    Alternativa correta: letra e. Trata-se, mais uma vez, do texto literal doart. 11, CC. O examinador apenas deseja que se complete o texto docabealho com a alternativa que esteja exatamente de acordo com odispositivo legal.

    A.07) (Magistratura do Trabalho 8a

    Regio/PA 2007) Assinale aalternativa CORRETA da disciplina do Cdigo Civil sobre os direitos depersonalidade:

    a) os direitos de personalidade so sempre intransmissveis e irrenunciveis,no podendo o seu exerccio sofrer limitao voluntria.

    b) sempre defeso o ato de disposio do prprio corpo, quando importardiminuio permanente da integridade fsica, ou contrariar os bons costumes;todavia vlida a disposio gratuita do prprio corpo, no todo ou em parte,para depois da morte, com objetivo altrustico ou cientfico.

    c) com a finalidade de preservao do direito integridade fsica possvel,mediante determinao judicial, a adoo coativa de tratamento mdico ou ainterveno cirrgica.

    d) o nome da pessoa no pode ser empregado por outrem em publicaes ourepresentaes que a exponham ao desprezo pblico, desde que presente ainteno difamatria, bem como, sem autorizao, no ser utilizado empropaganda comercial.

    e) o pseudnimo adotado para atividade lcitas goza da proteo que se dao nome.

    Comentrios:Alternativa correta: letra e. A alternativa est correta, pois se trata dotexto exato previsto no art. 19, CC. A alternativa a est errada por causa daexpresso sempre. Notem que o art. 11, CC prev inicialmente que: comexceo dos casos previstos em lei, os direitos de personalidade sointransmissveis.... A letra b est errada. Trata-se do mesmo problema daalternativa anterior: a expresso sempre. Isto porque o art. 13 inicia suaredao prevendo que salvo por exigncia mdica.... A letra c est errada,pois o art. 15, CC determina que ningum pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento mdico ou a interveno cirrgica.

    Portanto, no h mais a chamada supremacia do interesse mdico-cientfico,que se invocava em nome da coletividade. Atualmente adotou-se o Princpio daAutonomia do Paciente. A alternativa d tambm est errada por umasutileza. A alternativa utiliza a expresso desde que presente a intenodifamatria. No entanto o art. 17, CC prev o direito ao nome, ainda quandono haja a inteno difamatria.

    A.08) (CESPE/UnB - OAB/SP 2008) No prpria aos direitos dapersonalidade a qualidade de:

    a) imprescritibilidade.

    b) irrenunciabilidade.c) disponibilidade.

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    10/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 10

    d) efeitos erga omnes.e) impenhorabilidade.

    Comentrios:

    Alternativa correta: c. Cuidado com a forma de elaborao da questo. O

    no pode confundir. Na verdade a questo quer saber qual a alternativaerrada. Como vimos os direitos de personalidade, salvo as excees previstasem lei, entre outras caractersticas, so imprescritveis, irrenunciveis,possuem efeitos erga omnes (extensveis a todos) e impenhorveis. Portantono prpria aos direitos de personalidade a disponibilidade (ou seja, emregra eles so indisponveis).

    A.09) (Fundao Getlio Vargas Magistratura do Estado do Par) OCdigo Civil, no mbito dos direitos da personalidade, no que concernes circunstncias de transgenitalizao:

    a) probe.b) impe.c) estimula.d) permite.e) vilipendia.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra d. Transgenitalizao a cirurgia para alteraode sexo, adaptando o corpo (sexo biolgico) mente (sexo psquico) dapessoa. No h uma previso expressa autorizando a operao. No entanto oentendimento de que tanto a Constituio Federal como o Cdigo Civil, deforma implcita, permitem a cirurgia. Inclusive j h inmeras decisesjudiciais garantindo o direito dos transexuais de realizar a cirurgia detransgenitalizao pelo Sistema nico de Sade (SUS).

    A.10) (OAB/RS 2006) Em se tratando de direitos da personalidade,assinale a alternativa CORRETA.

    a) na hiptese de manuteno da ordem pblica, a lei civil autoriza adivulgao da imagem da pessoa sem a sua devida e prvia autorizao.

    b) os direitos da personalidade se enquadram no campo dos direitoseminentemente relativos.

    c) ocorrendo a morte da pessoa, cessa a tutela sobre sua personalidade.

    d) no h previso legal que regule a possibilidade de alterao dosobrenome da pessoa.

    e) o elemento que permite integrar o nome, objetivando distinguir pessoasde uma mesma famlia com nomes iguais denomina-se codinome.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra a. O art. 20, CC determina que salvo seautorizadas, ou se necessrias administrao da justia ou manuteno daordem pblica, a divulgao de escritos, a transmisso da palavra, ou a

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    11/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 11

    publicao, a exposio ou a utilizao da imagem de uma pessoa podero serproibidas, a seu requerimento e sem prejuzo da indenizao que couber, selhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem afins comerciais. Portanto possvel, em casos especiais, a divulgao daimagem da pessoa sem a sua devida e prvia autorizao. A letra b est

    errada, pois segundo a doutrina tais direitos so absolutos, ou seja, podem seropostos contra todos. A letra c est errada, pois tanto o pargrafo nico doart. 12, CC, como o pargrafo nico do art. 20, CC, prevem que ao mortotambm h proteo dos direitos de personalidade e atribuem legitimidade aocnjuge sobrevivente ou a seus parentes para a propositura de aespertinentes. Quanto possibilidade de alterao do nome, a Lei de RegistrosPblicos (6.015/73) prev expressamente inmeras hipteses em que isso possvel. J a letra e no estava na prova original. Caiu em um outro examedo Distrito Federal. Mas acrescentei nesta questo para ficar mais completa. Aalternativa est errada, pois este sinal distintivo se refere ao agnome (Jnior,

    Neto, Sobrinho, etc.) e no ao codinome. A doutrina se refere a este termo(no est previsto na lei) como sinnimo de apelido. Quem no se lembra damsica Codinome Beija-flor do Cazuza?

    A.11) (OAB/MG 2007) Assinale a afirmativa CORRETA:

    a) a publicao, exposio ou utilizao da imagem da pessoa , de maneirageral, permitida, sendo necessria sua autorizao se lhe atingir a honra, aboa fama ou a respeitabilidade, ou se destinar a fins comerciais.

    b) a existncia legal da pessoa natural se d a partir do registro no CartrioCivil das Pessoas Naturais.

    c) o nome da pessoa natural protegido contra qualquer divulgao oupublicao no autorizada pelo titular, podendo este obter judicialmente acessao da divulgao ou publicao ou, ainda, indenizao pelas perdas edanos da decorrentes.

    d) havendo alguma leso ao direito de personalidade, o interessado temdireito de reclamar somente as eventuais perdas e danos desta leso.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra a. Na verdade exatamente esse o sentido e o

    alcance da lei. Confiram o art. 20, CC. A letra b est errada, pois a existncialegal da pessoa natural se d com o nascimento com vida (art. 2o, CC), e nocom o registro. A letra c est errada e o erro sutil, pois embora o nome dapessoa seja protegido, esta proteo no contra qualquer divulgao comoexposto na questo, mas apenas em publicaes ou representaes que aexponham ao desprezo pblico, conforme o art. 17, CC. Tambm no se podeusar o nome alheio, sem autorizao, em propaganda comercial (art. 18, CC).A letra d est errada, pois o interessado pode, alm de reclamar perdas edanos, exigir tambm que cesse a ameaa ou leso a direito de personalidade,sem prejuzo de outras sanes previstas em lei.

    A.12) (Delegado de Polcia Civil do Estado de Gois 2003) O CdigoCivil preceitua que se pode exigir que cesse a ameaa ou a leso, adireito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuzo de

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    12/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 12

    outras sanes previstas em lei. Em caso de morte, tem legitimaopara requerer a medida prevista no artigo citado:

    a) o cnjuge sobrevivente e os demais descendentes.

    b) o cnjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta e colateral at o

    terceiro grau.c) o cnjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta e colateral at oquarto grau.

    d) o cnjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta e colateral at osegundo grau.

    e) o cnjuge sobrevivente, os descendentes e os colaterais at o quarto grau.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra c. Trata-se do texto exato previsto no pargrafo

    nico do art. 12, CC. Observem que a diferena entre as alternativas muitosutil.

    A.13) (Defensoria Pblica do Estado do Cear FCC 2009) Oenvelhecimento um direito personalssimo e sua proteo um direitosocial, razo pela qual fica assegurada a gratuidade dos transportescoletivos pblicos, urbanos e semiurbanos, a toda pessoa com maisde:

    a) 65 anos, exceto nos servios seletivos e especiais, quando prestadosparalelamente aos servios regulares.

    b) 60 anos, exceto nos servios seletivos e especiais, quando prestadosparalelamente aos servios regulares.

    c) 65 anos, incluindo-se os servios seletivos e especiais, ainda queprestados paralelamente aos servios regulares.

    d) 70 anos, exceto nos servios seletivos e especiais, quando prestadosparalelamente aos servios regulares.

    e) 65 anos, exceto nos servios seletivos e especiais, mesmo quando inexistirservios regulares.

    Comentrios:Alternativa correta: letra a. Esta matria est prevista na Lei n10.741/03 (Estatuto do Idoso). Ela apenas complementa o Cdigo Civil. Nofaz parte da aula, embora caia em alguns concursos, que exige a lei de formaexpressa. Selecionamos esta questo devido a curiosidade do tema. Estabelecea lei: Art. 39.Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dostransportes coletivos pblicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos servios seletivos eespeciais, quando prestados paralelamente aos servios regulares. 1o Para ter acesso gratuidade, basta que o idoso apresente qualquer documento pessoal que faa prova de suaidade. 2o Nos veculos de transporte coletivo de que trata este artigo, sero reservados 10%(dez por cento) dos assentos para os idosos, devidamente identificados com a placa de

    reservado preferencialmente para idosos. 3o

    No caso das pessoas compreendidas na faixaetria entre 60 (sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, ficar a critrio da legislao localdispor sobre as condies para exerccio da gratuidade nos meios de transporte previstos nocaput deste artigo. Art. 40.No sistema de transporte coletivo interestadual observar-se-, nos

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    13/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 13

    termos da legislao especfica: I a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veculo paraidosos com renda igual ou inferior a 2 (dois) salrios-mnimos; II desconto de 50%(cinqenta por cento), no mnimo, no valor das passagens, para os idosos que excederem asvagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salrios-mnimos. Pargrafo nico.Caber aos rgos competentes definir os mecanismos e os critrios para o exerccio dosdireitos previstos nos incisos I e II. Art. 41. assegurada a reserva, para os idosos, nos

    termos da lei local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos pblicos eprivados, as quais devero ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade aoidoso. Art. 42. assegurada a prioridade do idoso no embarque no sistema de transportecoletivo.

    A.14) (Advogado Contencioso do BNDES 2009) Desaparecendoalgum em uma catstrofe, provada a sua presena no local doacidente e no sendo encontrado o cadver para exame:

    a) ser declarado morto vista aps a confeco do Boletim de Ocorrnciaregistrando o sinistro e de sua apresentao no Cartrio de Pessoas Naturais.

    b) somente ser considerado morto vinte anos depois de passada em julgadoa sentena de abertura da sucesso provisria.

    c) se o ausente contar com 70 anos e decorrendo cinco anos de suas ltimasnotcias, ser declarado morto.

    d) podero os juzes togados, mediante justificao, determinar a lavraturado assento de bito.

    e) ser declarado morto apenas depois de contar oitenta anos de idade ehaverem decorrido cinco anos de suas ltimas notcias.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra d. Trata-se da justificao judicial, disciplinadano art. 88 da Lei n 6.015/73 (Lei de Registros Pblicos). Lembrando que juiztogado uma expresso da prpria lei referindo-se ao Juiz graduado emDireito, aprovado em concurso de provas e ttulos para o ingresso naMagistratura. Toga o vesturio especial que o Juiz usa nas audincias (eu,particularmente, costumo usar nas audincias de julgamento).

    A.15) (ESAF AFRFB/2009) Se uma pessoa, que participava deoperaes blicas, no for encontrada at dois anos aps o trmino daguerra, configurada est a:

    a) declarao judicial de morte presumida, sem decretao de ausncia.b) comorincia.c) morte civil.d) morte presumida pela declarao judicial de ausncia.e) morte real.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra a. O art. 7o, inciso II, CC determina que podeser declarada a morte presumida, sem decretao de ausncia de pessoa

    desaparecida em campanha ou feito prisioneiro, no for encontrado at doisanos aps o trmino da guerra.

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    14/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 14

    A.16) (VUNESP Magistratura do Estado do Rio de Janeiro 2011)Considerando a jurisprudncia majoritria do Superior Tribunal deJustia, assinale a alternativa correta quanto ao direito de serreconhecido como filho, mediante a ao prpria de investigao depaternidade.

    a) imprescritvel, por se tratar de direito personalssimo.b) prescreve em quatro anos, a contar da maioridade ou emancipao dofilho.c) somente pode ser intentada aps a ao de anulao de registro.d) somente pode ser proposta se vivo o pai.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra a. O direito de ser reconhecido como filho,descobrindo-se sua origem gentica, um dos direitos da personalidade, denatureza vitalcia, que no se submete a qualquer prazo prescricional oudecadencial.

    B) CAPACIDADEB.01) So consideradas absolutamente incapazes pela atual legislaocivil:

    I os menores de 16 anos.II os maiores de 80 anos.III os silvcolas.

    IV os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiveram onecessrio discernimento para a prtica desses atos.V os que, por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.

    ASSINALE:

    a) os itens I, II e IV so considerados corretos.b) somente o item I est correto.c) os itens I, IV e V esto corretos.d) somente o item V est incorreto.

    e) todas as alternativas esto corretas.Comentrios:

    Alternativa correta: letra c. O art. 3o, CC arrola as pessoas que soabsolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I osmenores de dezesseis anos; II os que, por enfermidade ou deficinciamental, no tiverem o necessrio discernimento para a prtica desses atos; III os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.Portanto o que est afirmado nas proposies I, IV e V est correto. O maiorde 80 anos, por si s no incapaz. A velhice (senilidade ou senectude), por sis no limita a capacidade da Pessoa Natural. Esta somente ser considerada

    incapaz se a velhice originar um estado patolgico, uma doena (esclerosemental), hiptese em que a incapacidade resulta do estado psquico e no davelhice propriamente dita (item II errada). A palavra silvcola no consta

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    15/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 15

    mais do Cdigo Civil. O Cdigo anterior dizia que o silvcola era relativamenteincapaz. O atual, alm de no usar mais este termo, determina que acapacidade do ndio ser regulada pela legislao especial (Estatuto do ndio),portanto o item III tambm est errado.

    B.02) So absolutamente incapazes os menores de:a) 16 anos; os que somente no puderem exprimir sua vontade, em razo epor causa permanente.

    b) 18 anos; os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem onecessrio discernimento para os atos da vida civil; os excepcionais semdesenvolvimento mental completo.

    c) 16 anos; os que por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem onecessrio discernimento para os atos da vida civil; os que mesmo por causatransitria, no puderem exprimir sua vontade.

    d) 16 anos; os brios habituais; os prdigos; os toxicmanos.e) 16 anos, os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem onecessrio discernimento para os atos da vida civil; os prdigos.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra c. Esta alternativa est completa, poiscontempla todas as hipteses do art. 3o, CC, que trata dos absolutamenteincapazes. A alternativa a esta errada, pois fala daqueles que no podemexpressar ou exprimir a vontade somente por causa permanente, no entanto oinciso III do art. 5o fala em mesmo por causa transitria no puderemexprimir a sua vontade. A letra b est errada quanto idade (o correto seria16 anos) e no tpico os excepcionais sem desenvolvimento mental completo(pois esta uma causa de incapacidade relativa). A letra d tambm esterrada, pois os brios habituais, os prdigos e os toxicmanos so causas deincapacidade relativa. Finalmente a alternativa e tambm est errada, poismenciona o prdigo, que relativamente incapaz.

    B.03) INCORRETO afirmar que so incapazes, relativamente a certosatos ou maneira de os exercer:

    a) os brios habituais e os que, por deficincia mental, tenham odiscernimento reduzido.

    b) os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo.

    c) os maiores de 14 e menores de 18 anos.

    d) os prdigos.

    e) os viciados em txicos que por este motivo tenham o discernimentoreduzido.

    Comentrios:

    Alternativa incorreta: letra c. So relativamente incapazes (art. 4o

    , CC)os: maiores de 16, mas menores de 18 anos; os brios habituais, os viciadosem txicos, e os que, por deficincia mental, tenham o discernimento

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    16/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 16

    reduzido; os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo e osprdigos. Portanto o critrio etrio (relativo idade) apontado na questo(entre 14 e 18 anos) est errado. Observem que todas as demais alternativasesto previstas no mencionado dispositivo e, portanto, corretas.

    B.04) Uma pessoa com dezenove anos de idade, que sempre trabalhouna roa, sendo que por esse motivo no teve o seu registro denascimento realizado:

    a) por no ter sido registrada ainda, no existe juridicamente como pessoanatural.b) pessoa plenamente capaz.c) pessoa relativamente incapaz.d) pessoa absolutamente incapaz.e) no ser considerada pessoa, nem mesmo se for registrada, pois no h

    registro retroativo.Comentrios:

    Alternativa correta: letra b. O incio da personalidade civil da pessoanatural ou fsica se d com o nascimento com vida (art. 2o, CC). E no com oefetivo registro do nascimento. Para a pessoa fsica o registro um atodeclaratrio, isto , a certido de nascimento somente vai declarar umasituao que j ocorreu (o prprio nascimento). Veremos na aula sobrepessoas jurdicas que o registro delas um ato constitutivo, ou seja, oregistro da pessoa jurdica que faz com que ela nasa. No teste em anlise, apessoa tem 19 anos e no h nada que limite a sua capacidade. Portanto ela absolutamente capaz. No entanto, apesar disso, na prtica ter muitosproblemas pela falta de registro (ou certido de nascimento).

    B.05) (OAB/RS 2006) Quanto capacidade civil, podemos afirmarque:

    a) os menores de 18 anos so absolutamente incapazes para exercerpessoalmente qualquer ato da vida civil.

    b) so relativamente incapazes os que, mesmo por causa transitria, nopuderem exprimir sua vontade.

    c) os menores de 16 anos j podem contratar, sem haja vcio de vontade.d) os prdigos so incapazes relativamente a certos atos.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra d. Capacidade a aptido para exercer, por sis, os atos da vida civil. Trata-se da capacidade de fato (ou capacidade paraexerccio do direito). Segundo o art. 4, IV, CC os prdigos so incapazes,relativamente a certos atos, ou maneira de os exercer. O prdigo (pessoaque de forma compulsiva dissipa seu patrimnio) pode praticar, por si s e deforma vlida os atos da vida civil que no envolvam e nem comprometam seu

    patrimnio. No pode emprestar, dar quitao, alienar, hipotecar, etc. Ele serinterditado e o seu representante legal ir assisti-lo nos atos. A letra a esterrada, pois a incapacidade absoluta neste caso seria para os menores de 16

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    17/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 17

    anos. A letra b est errada, pois as pessoas que mesmo por causatransitria, no puderem exprimir sua vontade so absolutamente incapazes(art, 3, III, CC). A letra c est errada, pois os menores de 16 anos soabsolutamente incapazes e no podem realizar os negcios da vida civil, entreeles o de contratar, sob pena de nulidade, portanto h vcio de vontade.

    B.06) (Magistratura - So Paulo. Concurso 171) O Cdigo Civil exige,para a validade na realizao de um ato jurdico, que o agente sejacapaz. Tal disposio legal configura a exigncia de que o agente:

    a) tenha capacidade de gozo ou de direito.b) tenha capacidade de fato ou exerccio.c) seja pessoa fsica, dotado de personalidade jurdica.c) somente tenha sempre mais de 18 anos.d) mesmo menor de 16 anos, seja assistido por seu representante legal.

    Comentrios:Alternativa correta: letra b. Embora basta nascer com vida para seadquirir a personalidade, nem sempre se ter capacidade. A capacidade podeser classificada em: a) de direito ou de gozo, que prpria de todo serhumano, inerente personalidade e que s se perde com a morte. acapacidade para adquirir direitos e contrair obrigaes; b) de fato ou deexerccio que serve para exercitar por si os atos da vida civil. A capacidade dedireito no pode ser negada ao indivduo, mas pode sofrer restries quanto aoseu exerccio. A questo trata da capacidade para os atos jurdicos. Logo est

    se referindo capacidade de fato, ou seja, para exercitar os direitos. Portantoas alternativas a e c esto erradas. A alternativa d est errada, pois umapessoa pode ter mais de 18 anos e ser incapaz (ex: doente mental); a letra etambm est errada, pois o menor de 16 anos deve ser representado (e noassistido) por seus representantes legais.

    B.07) A venda de um imvel por um menor, com dezessete anos deidade, sem ter sido assistido, mas aps sua aprovao no concursovestibular, do qual participou pagando a inscrio com suas prpriaseconomias, ser:

    a) inexistente, porque o menor no foi emancipado.b) ineficaz, porque o agente no foi assistido nem representado.c) anulvel, porque o agente relativamente incapaz.d) anulvel, porque o agente absolutamente incapaz.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra c. Como vimos anteriormente, o menor, entre16 e 18 anos considerado relativamente incapaz. Logo, para realizar umnegcio jurdico vlido (ex: a compra e venda de um imvel), seria necessrioser assistido pelos seus representantes legais, sob pena de anulao deste

    negcio (se fosse menor de 16 anos, seria considerado absolutamente incapaze o negcio seria reputado como nulo). O fato de ter ingressado em umafaculdade no o emancipa, pois a causa de emancipao o fato ter colado

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    18/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 18

    grau em curso de ensino superior. Da mesma forma, o fato de ter pago suainscrio com economia prpria no o emancipa, pois a causa legal deemancipao pelo estabelecimento civil ou comercial ou pela existncia derelao de emprego, desde que, em funo deles, o menor com 16 anoscompletos tenha economia prpria.

    B.08) Assinale a alternativa CORRETA:

    a) a incapacidade ser absoluta, quando houver proibio total do exercciodo direito pelo incapaz, acarretando, em caso de violao do preceito, apossibilidade de decretao da anulao do ato.

    b) os menores somente so capazes de direitos e obrigaes, quandorepresentados ou assistidos.

    c) os menores relativamente incapazes, independente da presena deassistente, podem ser testemunhas em atos jurdicos e elaborar o seu prprio

    testamento.d) nosso Cdigo Civil trata do instituto da comorincia, no livro do Direito dasSucesses, em razo de sua relevncia para esse ramo do Direito Civil, quetrata sobre a presuno absoluta de morte simultnea.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra c. Observem como uma questo relativamentefcil pode se tornar um pouco mais difcil pela redao das alternativas. Oexaminador redigiu as alternativas de uma maneira em que o candidato devepensar um pouco mais ao analis-las. Alm disso, exige conhecimentos

    especficos da parte especial do Cdigo. De fato, a letra c est correta, poisum menor, entre 16 e 18 anos, j pode praticar alguns atos, mesmo semassistncia, tais como: casar (embora necessite para tanto de autorizao dospais art. 1517, CC), fazer testamento (art. 1.860, pargrafo nico, CC),servir como testemunha em contratos (art. 228, I, CC), celebrar contrato detrabalho, ser eleitor, receber poderes no contrato de mandato (art. 666, CC),etc. A alternativa a est errada, pois menciona que a incapacidade absolutagera a anulao do ato. Na verdade a incapacidade absoluta gera a nulidadeabsoluto do ato; ou seja, o ato nulo de pleno direito. O problema da nulidadeou anulabilidade ser visto mais adiante, com maior profundidade, quando

    tratarmos do tema Negcio Jurdico. A b tambm est errada, pois umapessoa, mesmo menor pode ser considerada capaz, se for emancipada; almdisso, os menores possuem capacidade de direito ou gozo (que inerente personalidade). Portanto a expresso somente est errada. J a letra dtambm est errada, pois a comorincia tratada na Parte Geral do Cdigo etrata da presuno relativa de morte simultnea.

    B.09) (Analista Judicirio 4a Regio 2005) A respeito das PessoasNaturais, CERTO que:

    a) os brios habituais, os viciados em txico e os prdigos so absolutamente

    incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil.b) a personalidade civil da pessoa comea com a concepo e termina com amorte, ainda que presumida, com ou sem declarao de ausncia.

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    19/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 19

    c) os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo so incapazes,relativamente a certos atos ou maneira de os exercer.

    d) a menoridade cessa aos 21 anos completos, quando a pessoa ficahabilitada prtica de todos os atos da vida civil.

    e) a declarao da morte presumida s poder ser requerida se algum,desaparecido em campanha, no for encontrado at 02 (dois) anos aps otrmino da guerra.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra c. Esta alternativa est certa, pois traz o textoexpresso do art. 4o, inciso III, CC. A alternativa a est errada, pois de acordocom o art. 4o, CC as pessoas nele arroladas so relativamente incapazes. Aalternativa b est errada, pois o Brasil (art. 2o, CC) adotou a TeoriaNatalista; ou seja, inicia-se a personalidade com o nascimento com vida, e nocom a concepo (embora a lei ponha a salvo os direitos do nascituro). Asegunda parte da alternativa est correta, pois o art. 6o, CC prev que aexistncia da pessoa natural termina com a morte, ainda que presumida e oart. 7o, CC permite, em circunstncias especiais a declarao de mortepresumida sem a decretao de ausncia, como veremos na anlise daalternativa e. A letra d est errada, pois o art. 5, CC determina que amenoridade cessa ao 18 anos completos. A letra e tambm est errada.Embora a alternativa traga um exemplo de morte presumida sem declaraode ausncia, no apenas esta hiptese que autoriza a declarao da mortepresumida. Um outro exemplo o caso em que for extremamente provvel amorte de quem estava em perigo de vida (art. 7o, II, CC). Portanto aexpresso s tornou a alternativa errada.

    B.10) (Procurador do Banco Central 2005) So relativamenteincapazes:

    a) os que por enfermidade ou deficincia mental no tiverem o necessriodiscernimento para a prtica dos atos da vida civil.

    b) os maiores de 18 (dezoito) e menores de 21 (vinte e um anos).

    c) os brios habituais e os viciados em txicos que tenham o discernimentoreduzido.

    d) os que, por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.

    e) os menores de 16 (dezesseis) anos.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra c. Embora a alternativa apontada como corretano esteja completa, isto , no traga todas as hipteses do rol dosrelativamente incapazes (art. 4o, CC), no entanto a nica que no contmerros. Observem que as letras a, d e e trazem hipteses deabsolutamente incapazes (art. 3o, CC). A letra b tambm est errada, pois a

    pessoa natural (ou fsica) quando completa 18 anos j consideradaabsolutamente capaz.

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    20/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 20

    B.11) (Procurador do Banco Central 2005) A existncia da PessoaNatural termina com a morte,

    a) a qual pode ser declarada, pelo Juiz, sem decretao de ausncia, se forextremamente provvel a morte de quem estava em perigo de vida.

    b) presumindo-se a morte quanto aos ausentes, desde que aberta a suasucesso provisria.

    c) a qual nunca pode ser presumida.

    d) e o ausente ser presumido morto somente depois de contar 80 (oitenta)anos de idade e de 05 (cinco) anos antes forem suas ltimas notcias.

    e) e o ausente ser considerado presumidamente morto depois de 10 (dez)anos do pedido de sucesso definitiva.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra a. De fato, o art. 6o

    , CC determina que aexistncia da pessoa natural termina com a morte, presumindo-se esta,quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura da sucessodefinitiva. No entanto o art. 7o, I, CC permite a declarao de morte presumidasem a declarao de ausncia, se for extremamente provvel a morte de quemestava em perigo de vida. A letra b est errada, pois como vimos da leiturado art. 6, CC a presuno da morte se d nos casos em que a lei autoriza aabertura da sucesso definitiva (e no provisria, como na questo). A letrac est errada, pois afirma que a morte nunca poderia ser presumida, o quevai de encontro com os artigos mencionados. A letra d est errada, pois o

    art. 38, CC prev que pode-se requerer a sucesso definitiva, tambm,provando-se que o ausente conta com 80 (oitenta) anos de idade e que de 05(cinco) datam as ltimas notcias dele. Trata-se, portanto, de uma hiptese amais de presuno de morte e no somente esta hiptese (como afirmado naquesto). Finalmente a letra e est errada, pois afirma que o ausente serpresumido morto depois de 10 (dez) anos do pedido de sucesso definitiva,quando o correto seria 10 (dez) anos depois do trnsito em julgado dasentena que concedeu a abertura da sucesso provisria (art. 37,CC).

    B.12) (ESAF - Advogado da IRB Brasil Resseguros 2008)Assinale aopo FALSA:

    a) o direito personalidade o direito da pessoa defender o que lhe prprio, como a vida, a identidade, a liberdade, a imagem, a privacidade, ahonra, etc.

    b) pessoa idosa poder sofrer interdio se a senectude originar um estadopatolgico, retirando-lhe o necessrio discernimento para pratica atosnegociais.

    c) o prdigo considerado, se sofre interdio, relativamente incapaz,estando privado, sem assistncia do curador, da prtica de atos que possamcomprometer o seu patrimnio.

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    21/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 21

    d) o direito brasileiro no admite a declarao de morte presumida semdecretao de ausncia, para, em casos excepcionais, viabilizar o registro dobito, resolver problemas jurdicos e regular a sucesso causa mortis.

    e) o instituto da incapacidade visa proteger os que so portadores de algumadeficincia jurdica aprecivel, graduando a forma de proteo.

    Comentrios:

    Alternativa incorreta: letra d. O que ocorre exatamente o contrrio. Oart. 7, CC admite a declarao de morte presumida sem decretao deausncia, sempre que for extremamente provvel a morte de algum queestava em perigo de vida e se algum, desaparecido em campanha ou feitoprisioneiro, no for encontrado at dois anos aps o trmino da guerra. Aalternativa a est correta, pois adquirindo a personalidade, o ser humanoadquire o direito de defender o que lhe prprio, como sua integridadefsica(vida, liberdade, identidade, alimentos, etc.), intelectual (liberdade de

    pensamento, autoria cientfica, artstica e intelectual), moral (honra, segredopessoal ou profissional, privacidade, imagem, opo religiosa ou sexual, etc.). o que se extrai da Constituio Federal e dos artigos de 11 a 21 do CC. Aalternativa b est correta. A senectude ou senilidade (ou seja, a velhice), porsi s, no causa de interdio. As pessoas com idade avanada podemrealizar os negcios da vida civil normalmente. No entanto, poder haverinterdio se a velhice originar de um estado patolgico, retirando odiscernimento para a prtica desses negcios, como a arteriosclerose, hipteseem que a incapacidade resulta do estado psquico e no da velhicepropriamente dita. A letra c est correta, pois o prdigo o que dilapida,

    dissipa os seus bens ou seu patrimnio, fazendo gastos excessivos e anormais.Trata-se de um desvio de personalidade e no de alienao mental. Por issodeve ser interditado, nomeando-se um curador, que ir assisti-lo, para cuidarde seus bens. Portanto ele fica privado dos atos que possam comprometer seupatrimnio. Por fim a letra e est exata, quanto definio de incapacidade,que visa a proteo, com certa graduao (incapacidade absoluta art. 3,CC e incapacidade relativa art. 4, CC).

    B.13) (Controladoria Geral da Unio 2006) Assinale a opoVERDADEIRA.

    a) a capacidade de exerccio pressupe a de gozo e esta no pode subsistirsem a de fato ou de exerccio.

    b) artista plstico menor, com 16 anos de idade, que, habitualmente, expe,mediante remunerao, numa galeria, no adquire capacidade.

    c) a condenao criminal acarreta incapacidade civil.

    d) o estado civil uno e indivisvel, pois ningum pode ser simultaneamentecasado e solteiro, maior e menor, brasileiro e estrangeiro, salvo nos casos dedupla nacionalidade.

    e) se algum desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, no forencontrado at dois anos aps o trmino da guerra, seus parentes poderorequerer ao Juiz a declarao de sua ausncia e nomeao de curador.

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    22/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 22

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra d. De fato, o estado de uma pessoa reguladopor normas de ordem pblica, sendo: irrenuncivel, uno e indivisvel,inalienvel, indisponvel e imprescritvel. A letra a est errada, pois afirmaque a capacidade de gozo no pode subsistir sem a capacidade de fato. Asituao inversa a verdadeira: a capacidade de fato (ou exerccio) dependeda capacidade de gozo (ou direito). A letra b est errada: a doutrina costumacitar esse exemplo como causa de emancipao por estabelecimento civil oucomercial, ou pela existncia de relao de emprego, desde que, em funodeles, o menor com 16 (dezesseis) anos completos tenha economia prpria. Aletra c est errada, pois capacidade civil e a criminal so independentes.Finalmente a letra e est errada, pois se algum desaparecer em campanhaou for feito prisioneiro, e no for encontrado at dois anos aps o termino daguerra, j pode se declarada a morte presumida sem a declarao de suaausncia (art. 7o, CC). De fato deve haver um requerimento dos interessados

    (parentes). Mas no h nomeao de curador, pois esta figura somenteaparece na fase de ausncia, fase esta que no existe nesta hiptese. Com adeclarao do Juiz, os bens transmitem-se, de imediato, para os herdeiros.

    B.14) (Tribunal de Contas da Unio Analista de Controle Externo ESAF - 2006) Aponte a opo FALSA.

    a) a capacidade de fato a aptido de exercer por si os atos da vida civil.

    b) o portador de doena neurolgica degenerativa progressiva grave, por noter discernimento, tido como absolutamente incapaz, devendo ser

    interditado e representado.c) a capacidade dos ndios, pela sua gradativa assimilao civilizao, nostermos do atual Cdigo Civil, dever ser regida por leis especiais.

    d) admite-se a morte presumida sem decretao de ausncia, em casosexcepcionais (ex: naufrgio), para viabilizar o registro de bito, resolverproblemas jurdicos gerados com o desaparecimento e regular a sucessocausa mortis.

    e) a curatela um instituto de interesse pblico, ou melhor, um munuspblico, cometido por lei a algum somente para administrar os bens de

    pessoa maior que, por si s, no est em condies de faz-lo, em razo deenfermidade mental ou de prodigalidade.

    Comentrios:

    Alternativa incorreta: letra e. O erro da questo est na expressosomente. O curador deve, alm de administrar os bens do incapaz, tambmreger e defender esta pessoa.

    B.15) (FCC - Defensoria Pblica do Estado do Cear - 2009) Acapacidade de fato...

    a) da pessoa natural inicia-se com o nascimento com vida, mas a lei pe asalvo, desde a concepo, os direitos do nascituro.

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    23/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 23

    b) da pessoa moral inicia-se com o nascimento com vida, mas a lei pe asalvo, desde a concepo, os direitos do nascituro.

    c) relativa entre os dezesseis e vinte e um anos de idade e absoluta a partirde ento.

    d) ser absoluta a partir dos dezoito anos incompletos e no perdida emrazo do envelhecimento.

    e) no se apura exclusivamente com base no critrio etrio.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra e. A capacidade de fato realmente no apurada exclusivamente com base no critrio etrio, ou seja, relativo idade.H outros fatores que tambm so levados em conta (arts. 3o e 4o do CC)como: a enfermidade ou deficincia mental, impossibilidade (mesmo quetransitria) de expressar a vontade, alcoolismo ou vcio em drogas,

    prodigalidade, etc. A letra a est errada, pois se refere personalidade econseqentemente capacidade de direito (e no de fato ou exerccio). A letrab est errada, pois a pessoa moral a pessoa jurdica, sendo que apersonalidade desta tem incio com a inscrio de seu ato constitutivo norespectivo registro (art. 45, CC), como veremos na prxima aula. A letra cest errada, pois a capacidade relativa entre os 16 e 18 anos (e no 21 comona questo), A letra d est errada, pois a partir dos 18 anos completos (eno incompletos) a pessoa passa a ser absolutamente capaz.

    C) DOMICLIOC.01) (Analista Judicirio TRF 1a Regio 2006 FCC) Considere asseguintes assertivas a respeito do domiclio:

    I Se a pessoa natural tiver diversas residncias, onde, alternadamente,viva, considerar-se- domiclio seu qualquer delas.

    II O domiclio do martimo , em regra, a sede do comando a que seencontrar imediatamente subordinado.

    III Ter-se- por domiclio da pessoa natural, que no tenha residnciahabitual, o lugar onde residam seus ascendentes e, na falta deles, onde

    residam os descendentes.IV Tm domiclio necessrio o incapaz, o servidor pblico, o militar, omartimo e o preso.

    De acordo com o Cdigo Civil brasileiro, est CORRETO o que se afirmaSOMENTE em:

    a) I e III.b) I e IV.c) I, II e III.d) I, III e IV.

    e) II, III e IV.Comentrios:

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    24/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 24

    Alternativa correta: letra b. Somente as alternativas I e IV estocorretas. A questo trata do Domiclio da Pessoa Fsica ou Natural, que olugar onde a pessoa estabelece a sua residncia com nimo definitivo. Aafirmativa I est correta, pois o art. 71, CC determina que se uma pessoanatural tiver diversas residncias, onde, alternadamente viva, considera-se

    domiclio qualquer uma delas. Conclui-se que nosso legislador adotou oprincpio da pluralidade domiciliar. A afirmativa IV tambm est correta, poisprev o art. 76, CC que tm domiclio necessrio: o incapaz (seja absoluta ourelativamente), o servidor pblico, o militar, o martimo e o preso. Completa opargrafo nico deste dispositivo afirmando: o domiclio do incapaz o do seurepresentante ou assistente; o do servidor pblico, o lugar em que exercerpermanentemente suas funes; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinhaou da Aeronutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamentesubordinado; o do martimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, olugar em que cumprir a sentena. A afirmativa II est errada, pois o domiclio

    do martimo o lugar onde o navio estiver matriculado (parte final dopargrafo nico do art. 76, CC). A afirmativa III tambm est errada, poisquando uma pessoa no tem uma residncia habitual seu domiclio o lugaronde ela for encontrada (art. 73, CC) e no o lugar onde residem seusascendentes ou descendentes.

    C.02) (Analista Judicirio TRT 16a Regio/MA 2009 FCC) Pessoaque seja possuidora de duas residncias regulares. O seu domicliopoder ser:

    a) a localidade em que por ltimo passou a residir.

    b) o local de sua propriedade em que comeou a residir em primeiro lugar.c) qualquer das residncias.d) o local onde estiver residindo h mais tempo.e) somente se o imvel for de sua propriedade.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra c. Em qualquer das residncias, nos termos doart. 71,CC.

    C.03) (Tcnico Administrativo TRF 1a Regio 2006) Maria artista

    circense. Sua vida viajar pelo Brasil fazendo espetculos.Considerando que Maria nasceu no Rio de Janeiro, que seus paisresidem em So Paulo e que seus filhos residem em Salvador, deacordo com o Cdigo Civil brasileiro, ter-se- como domiclio civil deMaria:

    a) o lugar em que for encontrada.b) Rio de Janeiro ou Salvador.c) Rio de Janeiro, somente.d) Salvador, somente.

    e) So Paulo, somente.Comentrios:

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    25/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 25

    Alternativa correta: letra a. O conceito de domiclio surge da necessidadelegal que se tem de fixar as pessoas em determinado ponto do territrionacional. Por isso, mesmo que uma pessoa no tenha uma residncia fixahabitual, no tenha um ponto central de negcios, o Cdigo Civil aponta umdomiclio para ela, sendo este o lugar onde ela for encontrada. Assim, o

    domiclio dos circenses, dos ciganos, etc. o lugar onde eles foremencontrados, nos termos do art. 73, CC.

    C.04) (Advogado do BNDES Banco Nacional de DesenvolvimentoEconmico e Social 2006) A respeito do domiclio, marque aafirmao CORRETA:

    a) o conceito de domiclio confunde-se com o de residncia, nos inovadorestermos do Cdigo Civil de 2002.

    b) as pessoas jurdicas estatais Unio, Estados e Municpios no possuemum domiclio.

    c) como vigora em nosso sistema o princpio da unicidade de domiclio, vedado ao particular possuir domiclio.

    d) havendo pluralidade de residncias, cabe autoridade pblica indicar odomiclio da pessoa natural, a qual no ter direito de opo.

    e) instituto caracterizado por um elemento objetivo, qual seja, oestabelecimento fsico da pessoa e outro subjetivo, configurado pela inteno(animus) de permanncia definitiva.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra e. O domiclio da pessoa natural o lugar ondeela estabelece residncia em um estabelecimento fsico (elemento objetivo)com nimo definitivo (elemento subjetivo) conforme o art. 70, CC. No entantoexistem vrias excees a este princpio (arts. 71 a 73, CC). A letra a esterrada, pois mesmo nos dias atuais o conceito de residncia (lugar em que oindivduo habita com a inteno de permanecer, mesmo que dele se ausentetemporariamente, sendo uma situao de fato) diferente do domiclio, que uma situao jurdica. A alternativa b est errada, pois as Pessoas Jurdicas,inclusive as estatais (ou seja, as de Direito Pblico), possuem domiclio, sendoque o art. 75, CC aponta quais so estes domiclios. As alternativas c e d

    esto erradas, pois nossa legislao adotou o princpio da pluralidade domiciliar(art. 71, CC), quando a pessoa tiver mais de uma residncia, sendo que serdomiclio qualquer uma delas, a sua escolha.

    C.05) Assinale a alternativa CORRETA de acordo com as normas doCdigo Civil em vigor. Possui(em) domiclio necessrio:

    a) o servidor pblico.b) apenas o preso e o militar.c) somente o martimo, o militar e o incapaz.

    d) o militar da ativa ou da reserva.e) as pessoas casadas.

    Comentrios:

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    26/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 26

    Alternativa correta: letra a. Esta questo est prevista no art. 76, CC. Aletra b est errada por causa da palavra apenas; o mesmo se diga emrelao expresso somente da alternativa c. A letra d est errada, pois omilitar da reserva (em outras palavras, o aposentado) no possui domiclionecessrio. As pessoas casadas atualmente tambm no possuem domiclio

    casado (a ttulo de curiosidade citamos que pelo Cdigo anterior a mulhercasada tinha domiclio necessrio: era o de seu marido... mas isso j esttotalmente ultrapassado).

    C.06) O domiclio, como consagrado pelo Cdigo Civil,

    a) nico e consiste no local em que a pessoa estabelece residncia comnimo definitivo.

    b) nico e consiste no centro de ocupao habitual da pessoa natural.

    c) considerado o local onde a pessoa exerce sua profisso. Se a pessoa

    exercer a profisso em locais diversos, dever indicar um local especficopara todas as relaes correspondentes.

    d) pode ser plural, desde que a pessoa natural tenha diversas residnciasonde alternadamente viva.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra d. J vimos que a lei brasileira prev apossibilidade da pluralidade domiciliar (art. 71, CC). Observem que o pargrafonico do art. 72, CC no traz o dever de se indicar um local especfico para asrelaes correspondentes. Da estar a letra c errada.

    C.07) (OAB/MG 2007) Sobre domiclio, assinale a alternativaINCORRETA:

    a) o domiclio do incapaz o do seu representante ou assistente.

    b) o domiclio do preso o lugar onde foi processado.

    c) o domiclio do militar o lugar onde servir.

    d) o domiclio do servidor pblico o lugar em que exerce permanentementesuas funes.

    e) o domiclio do martimo o do lugar onde o navio estiver matriculadoComentrios:

    Alternativa incorreta: letra b. Na realidade o domiclio do preso o localonde ele cumpre a sentena (e no onde foi processado), conforme o art. 76,pargrafo nico do CC. Notem que a lei menciona sentena. No est errado.No entanto, para ser mais tcnico, interessante deixar claro que sentena adeciso do Juiz de primeiro grau. Se houver recurso desta sentena o processoser encaminhado para o Tribunal de Justia. A deciso do Tribunal chamadade Acrdo (e no sentena). Por isso costumo dizer que o domiclio do preso o local onde cumpre a deciso (termo que abrange tanto a sentena como o

    acrdo) condenatria.

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    27/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 27

    C.08) (Procurador do Banco Central 2005) Considera-se domiclio daPessoa Natural, quanto s relaes concernentes profisso:

    a) somente o lugar em que a pessoa natural estabelecer a sua residnciacom nimo definitivo.

    b) o lugar onde esta exercida, e se exercitar a profisso em lugaresdiversos, cada um deles constituir domiclio para as relaes que lhecorresponderem.

    c) o lugar em que for encontrada em dia til.

    d) somente um nico lugar onde esta exercida em carter permanente eprincipal, desconsiderando-se qualquer outra localidade onde tambm aexera, ainda que com habitualidade.

    e) apenas o lugar para o qual estiver inscrita em carter permanente norgo de classe correspondente, independentemente de exerc-la com

    habitualidade em outro local.Comentrios:

    Alternativa correta: letra b. De uma forma geral, domiclio da pessoanatural o lugar onde ela estabelece a sua residncia com nimo definitivo(art. 70, CC). No entanto tambm domiclio, quanto s relaes concernentes profisso, o lugar onde ela exercida. Observem que se a pessoa exercitarprofisso em lugares diversos, cada uma deles constituir domiclio para asrelaes que lhe corresponderem (art. 72 e pargrafo nico do CC).

    C.09) (Controladoria Geral da Unio 2006) Os martimos tm pordomiclio o local onde estiver matriculado o navio. Tal domiclio :

    a) voluntrio geral.b) aparente.c) legal.d) ocasional.e) voluntrio especial.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra c. A doutrina costuma classificar o domiclio em:

    a) voluntrio (geral ou especial) e b) legal (ou necessrio). O art. 76, CCenumera as hipteses de domiclio necessrio. Entre eles est o domiclio dosmartimos (oficiais e tripulantes da marinha mercante).

    C.10) (FCC - Tcnico Judicirio TJ-PE/2007) Considere as afirmativasabaixo sobre domiclio civil.

    I. Ter-se- por domiclio da pessoa natural, que no tenha residnciahabitual, o lugar onde for encontrada.II. Tendo a pessoa jurdica diversos estabelecimentos em lugaresdiferentes, apenas sua sede ser considerada domiclio para quaisquer atos

    praticados.III. Tm domiclio necessrio o incapaz, o servidor pblico, o militar, omartimo e o preso.

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    28/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 28

    IV. Nos contratos escritos, o domiclio deve ser necessariamente o local daresidncia dos contraentes.

    correto o que se afirma APENAS em:(A) I e II.

    (B) I, II e III.(C) I e III.(D) II e III.(E) III e IV.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra c. A afirmao I est correta (art. 73, CC); aafirmao II est errada (art. 75, 1, CC); a afirmao III est correta (art.76); a afirmao IV est errada (art. 78, CC).

    C.11 (Auditor Fiscal do Estado da Paraba ICMS/PB - 2006) Odomiclio da pessoa natural o lugar onde ela estabelece a suaresidncia com nimo definitivo, porm

    a) quanto s relaes concernentes profisso tambm ser domiciliada ondea profisso for exercida.

    b) o preso em cumprimento de sentena, ainda que a pena seja elevada, noperde o seu domiclio, que ser considerado o local de sua ltima residncia.

    c) o itinerante no tem domiclio.

    d) se tiver diversas residncias, onde, alternadamente, viva, considerar-se-

    domiciliada no local em que primeiro houver estabelecido residncia.e) o domiclio do diplomata ser, sempre, o Distrito Federal, enquanto servirno estrangeiro.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra a. Nos termos do art. 72, CC. Lembrandoapenas que o no caso do diplomata o domiclio ser o Distrito Federal ou noltimo ponto do territrio nacional onde o teve (art. 77, CC).

    D) EMANCIPAOD.01) (TRF - Analista Judicirio 2006 1a Regio) Maria, Mariana eMnica so menores de idade. Considerando-se que Maria contraiumatrimnio com Joo; Mariana exerceu emprego pblico transitrio eMnica colou grau em curso de ensino mdio, cessou a incapacidadepara os atos da vida civil para:

    a) Maria e Mnica.b) Maria e Mariana.c) Maria, Mariana e Mnica.

    d) Mnica.e) Maria.

    Comentrios:

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    29/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 29

    Alternativa correta: letra e A questo trata da emancipao da PessoaNatural, prevista no art. 5, CC: A menoridade cessa aos dezoito anoscompletos, quando a pessoa fica habilitada prtica de todos os atos da vidacivil. Pargrafo nico. Cessar, para os menores, a incapacidade: I pelaconcesso dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento

    pblico, independentemente de homologao judicial, ou por sentena do Juiz,ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II pelocasamento; III pelo exerccio de emprego pblico efetivo; IV pela colaode grau em curso de ensino superior; V pelo estabelecimento civil oucomercial, ou pela existncia de relao de emprego, desde que, em funodeles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia prpria.Somente no caso de Maria que realmente houve a cessao da incapacidadepara os atos da vida civil. Notem que Maria se casou e o casamento umamodalidade de emancipao (inciso II). Mariana exerceu emprego pblicotransitrio, sendo que apenas o emprego pblico efetivo causa de

    emancipao (inciso III). J Mnica colou grau em curso de ensino mdio. Masapenas o curso superior causa de emancipao (inciso IV).

    D.02) considerado como uma das formas de emancipao:a) o contrato de trabalho.b) o ingresso em curso superior.c) o exerccio do direito ao voto.d) o casamento.e) o consentimento do tutor mediante instrumento pblico.

    Comentrios:Alternativa correta: letra d. O art. 5, pargrafo nico do CC arrola ashipteses de emancipao, sendo certo que o casamento uma delas. Umcontrato de trabalho (letra a) por si s, no emancipa ningum. Veja apegadinha da letra b: a colao de grau em ensino superior queemancipa uma pessoa natural. E no o seu ingresso em curso superior. Porisso que eu sempre digo que as questes no podem ser lidas de forma afoita.Tenha calma: leia o cabealho com ateno e a seguir todas as alternativas; veliminando as mais absurdas e somente ao final da leitura atenta de todas asalternativas assinale a que entenda como correta. Continuando: quanto ao

    exerccio do direito de voto no h previso legal relacionado com acapacidade civil; logo est errada. Finalmente deve ser esclarecido que o tutorno pode emancipar seu representado, pois desta forma ele estaria se livrandode uma obrigao legal (de um encargo, um munus). Neste caso aemancipao feita pelo Juiz, se o menor tiver 16 anos, ouvido o tutor,depois de verificada a convenincia para o bem do menor. Assim quememancipa o Juiz e o tutor deve ser apenas consultado sobre a possibilidade.

    D.03) (Ordem dos Advogados do Brasil Minas Gerais 2007) Aincapacidade cessar para os menores:

    a) pelo ingresso em curso de ensino superior.b) pela aprovao em concurso pblico.

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    30/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 30

    c) pela existncia de relao de emprego, desde que, em funo dela, omenor, com dezesseis anos completos, tenha economia prpria.

    d) por sentena do Juiz, ouvidos os pais, ainda que o menor no tenhadezesseis anos completos.

    Comentrios:Alternativa correta: letra c. Trata-se da aplicao do art. 5o, pargrafonico inciso V do CC. A letra a est errada, pois a emancipao se d com acolao (e no com o ingresso) em ensino superior; a letra b est errada,pois pelo exerccio de emprego pblico efetivo (e no pela simples aprovaoem concurso); a letra d est errada, pois a emancipao ser dada pelo Juizouvido o tutor (e no os pais) e desde que o menor tenha 16 anos completos.

    D.04) Flvia, divorciada, com dezessete anos de idade, celebra umcontrato de locao de um imvel de sua propriedade, sem a

    assistncia de seus pais. Pode-se afirmar que o contrato :a) nulo em virtude da incapacidade de Flvia, j que com o divrcio aemancipao perdeu seus efeitos.

    b) anulvel em virtude da incapacidade de Flvia, j que com o divrcio aemancipao perdeu seus efeitos.

    c) nulo, pois Flvia no atingiu a maioridade.

    d) vlido, pois Flvia est emancipada.

    e) vlido, pois em qualquer locao de imvel basta a idade de dezesseis

    anos do locador para sua validade.Comentrios:

    Alternativa correta: letra d. Observem que apesar de ter 17 anos e tercelebrado um contrato sem a assistncia de seus, Flvia divorciada. Logo foicasada. E o casamento uma forma de emancipao (art. 5o, pargrafo nico,inciso II do CC) e o divrcio no faz com que se perca a emancipao. Logo onegcio plenamente vlido por ter sido realizado por pessoa emancipada.

    D.05) Assinale a alternativa INCORRETA:

    a) a incapacidade relativa, ao contrrio da incapacidade absoluta, no afeta aaptido para o gozo de direitos, uma vez que o exerccio ser semprepossvel com a representao.

    b) a emancipao do menor pode ser obtida com a relao de emprego queproporcione economia prpria, desde que tenha 16 anos completos.

    c) pode ser declarada a morte presumida, sem decretao da ausncia se forextremamente provvel a morte de quem estava em perigo de vida.

    d) a mulher pode casar-se com 16 anos, desde que com autorizao dos paisou responsveis.

    e) os viciados em txicos e os alcolatras so considerados comorelativamente incapazes.

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    31/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 31

    Comentrios:

    Alternativa incorreta: letra a. A questo trata de temas variados destaaula. E observem que a questo pede que seja assinalada a alternativaincorreta. A letra a, realmente est errada, pois a incapacidade relativa suprida pela assistncia e no pela representao. Alm disso, tanto aincapacidade absoluta como a relativa (espcies de capacidade de fato ouexerccio), no afetam a aptido para o gozo de direitos (capacidade dedireito). A alternativa b est correta, pois o artigo 5o, pargrafo nico, incisoV do CC permite a emancipao pela existncia de emprego, desde que tenha16 anos completos. A letra c tambm est correta, pois o art. 7o, CC permitea declarao de morte presumida sem decretao de ausncia na hiptesenarrada na questo. A letra d tambm est correta, pois tanto a mulhercomo o homem podem se casar aos 16 anos, necessitando, para tanto, deautorizao dos pais. Trata-se de um dispositivo referente ao Direito de Famlia(art. 1.517, CC: O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar,

    exigindo-se autorizao de ambos os pais, ou de seus representantes legais,enquanto no atingida a maioridade civil). Acrescente-se que celebrado ocasamento de uma pessoa com 16 anos ocorre a emancipao, cessando aincapacidade e ficando o menor habilitado para a prtica de todos os atos navida civil (arts. 5o e 1.511, CC). A letra e est correta, pois o art. 4o, incisoII, CC prev que os brios habituais, os viciados em txicos, e os que, pordeficincia mental, tenham o discernimento reduzido so relativamenteincapazes.

    D.06) Assinale a alternativa CORRETA:

    a) so considerados relativamente capazes os maiores de dezoito e menoresde vinte e um anos.

    b) os absolutamente incapazes, desde que assistidos pelos pais, esto aptosa praticar os atos da vida civil.

    c) os prdigos so considerados absolutamente incapazes.

    d) para os menores a incapacidade poder cessar com o casamento.

    e) o tutor pode emancipar o relativamente incapaz.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra d. O casamento uma das hipteses deemancipao, por isso uma das causa em que a incapacidade poder cessar.A letra a est errada, pois os relativamente capazes (embora este termo noesteja errado, mais tcnico usar a expresso relativamente incapazes) soas pessoas maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. A letra btambm est errada, pois os absolutamente incapazes devem serrepresentados (e no assistidos) por seus representantes legais. Os prdigosso considerados relativamente incapazes (letra c errada). Finalmente vimosque o tutor no pode emancipar o menor. Se este no tiver pais aemancipao deve ser concedida pelo Juiz, que ir apenas consultar o tutor arespeito (letra e errada).

  • 7/30/2019 Aula 01 DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCICIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    32/57

    DIREITO CIVIL: CURSO DE EXERCCIOS COMENTADOS PARA AFRFBPROFESSOR LAURO ESCOBAR

    P r o f . L a u r o Es co b a r w w w .p o n t o d o s co n c u r s o s .c o m .b r 32

    D.07) Assinale, considerando as normas do Cdigo Civil em vigor,entre as alternativas seguintes, a CORRETA.

    a) a existncia da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta,quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessoprovisria.

    b) a emancipao pode se dar com a concesso dos pais, com a sentena doJuiz, ouvido o tutor, nos casos em que no h poder familiar; com ocasamento; com emprego pblico efetivo, com a colao de grau superior ecom o estabelecimento civil ou comercial com economia prpria.

    c) o embrio fecundado in vitro e no implantado no tero materno sujeitode direito, equiparado ao nascituro, de acordo com a legislao em vigor.

    d) embora o nome de uma pessoa goze de proteo legal, o mesmo no sed quanto ao pseudnimo utilizado em atividades lcitas.

    e) se dois indivduos falecerem na mesma ocasio, ocorreu o instituto dacomocincia em que se presume que a pessoa mais velha morreu primeiro.

    Comentrios:

    Alternativa correta: letra b. A alternativa correta trata da leitura atentado art. 5o e seu pargrafo nico do CC, ou seja, as hipteses de emancipao.No entanto a questo como um todo, pode ser considerada perigosa! A letraa est errada. Trata-se de um erro sutil, pois o art. 6o, CC fala em aberturada sucesso definitiva (e no provisria, como na questo). A letra c estincorreta, pois em que pese algumas posies doutrinrias divergentes,

    devemos nos ater ao que diz o texto de nosso Cdigo Civil. O art. 2

    o

    , CC prevque a lei pe a salvo os direitos do nascituro, nada mencionando sobreembries e a hiptese da fecundao in vitro. Portanto no h estaequiparao pela lei. Isto ainda pode mudar no futuro. Mas atualmente no hequiparao do embrio fecundado in vitro e ainda no implantado no teromaterno com o nasci