aula 02 - auditoria pública

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7/25/2019 Aula 02 - Auditoria Pública http://slidepdf.com/reader/full/aula-02-auditoria-publica 1/96 CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – AFRFB PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodoson!"sos.o#.$"  % A!&' () Olá, pessoal! Esta é a Aula 02 do curso de “Administração Pública” para A"# $ela, %ere& mos os se'uintes itens( A!&' () – (*+(,: )# *o%ernabilidade, 'o%ernança e accountabilit+# # *o%erno eletr-nico e transpar.ncia# "oa Aula! S!#"o %. /O0ERNABILIDADE E /O0ERNANÇA.................................................................... ) /#/# 1E 3E *O4E$A"1513A3E ################################################################################## 6 /#2# O$78E E$9E O O$E19O############################################################################ : /#;# $O4A *O4E$A$<A P="51A################################################################################ /0 ).  ACCOUNTABILIT1 .............................................................................................. %2  2#/# 314E*>$1A E? E5A<@O AO O$E19O ################################################################ 26 2#2# 5A11A<@O################################################################################################ 2  2#;# 9A$PA>$1A ############################################################################################### 2: ,. /O0ERNO ELETR3NICO ..................................................................................... ,4 ;#/# *O4E$O E5E9B$1O $O "A15 ######################################################################### ; 5. PONTOS IMPORTANTES DA AULA ....................................................................... 55 6.  7UEST8ES COMENTADAS ................................................................................... 56  #/# 519A 3A C7E98E ######################################################################################## :; #2# *A"A19O ###################################################################################################### D 4. LEITURA SU/ERIDA ........................................................................................... 96 

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CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – AFRFBPROFESSOR: RAFAEL ENCINAS

Prof. Rafael Encinas www.pontodoson!"sos.o#.$"  % 

A!&' ()

Olá, pessoal!

Esta é a Aula 02 do curso de “Administração Pública” para A"# $ela, %ere&mos os se'uintes itens(

A!&' () – (*+(,: )# *o%ernabilidade, 'o%ernança e accountabilit+# # *o%ernoeletr-nico e transpar.ncia#

"oa Aula!

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/#2# O$78E E$9E O O$E19O# ########################################################################### : 

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).  ACCOUNTABILIT1 .............................................................................................. %2 

2#/# 314E*>$1A E? E5A<@O AO O$E19O # ############################################################### 26 

2#2# 5A11A<@O# ############################################################################################### 2 

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,.  /O0ERNO ELETR3NICO ..................................................................................... ,4 

;#/#  *O4E$O E5E9B$1O $O "A15 # ######################################################################## ; 

5.  PONTOS IMPORTANTES DA AULA ....................................................................... 55 

6.  7UEST8ES COMENTADAS ................................................................................... 56 

#/#  519A 3A C7E98E # ####################################################################################### :; 

#2#  *A"A19O # ##################################################################################################### D 

4.  LEITURA SU/ERIDA ........................................................................................... 96 

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//## **oo%%eerrnnaabbiilliiddaaddee ee **oo%%eerrnnaannççaa O Plano 3iretor da eorma do AparelFo do Estado ala em “eorma do Apare&

lFo do Estado” ao in%és de “eorma do Estado” não sem moti%o# A maior par&te dos autores associa a reorma do Estado G busca de maior 'o%ernabilidade ea reorma do aparelFo do Estado G busca de maior 'o%ernança# e'undo oprHprio P3AE(

O governo brasileiro não carece de “governabilidade”, ou seja, de poder pa-ra governar, dada sua legitimidade democrática e o apoio com ue conta nasociedade civil. Enfrenta, entretanto, um problema de governan!a, na me-dida em ue sua capacidade de implementar as pol"ticas p#blicas $ limitada

 pela rigide% e inefici&ncia da máuina administrativa.

Portanto, não Fa%ia um problema de 'o%ernabilidade, mas sim de 'o%ernança#A principal dierença entre os dois conceitos reside na dimensão Iue eles abor&dam( a 'o%ernabilidade se reere a uma dimensão polJticaK a 'o%ernança auma dimensão de 'estão#

 ' capacidade pol"tica de governar ou governabilidade deriva da rela!ão delegitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade, enuanto uegovernan!a $ a capacidade financeira e administrativa em sentido amplo deuma organi%a!ão de implementar suas pol"ticas.

Podemos diLer Iue a 'o%ernabilidade está associada Gs condiçMes de eNercJciodo poder e de &;t#d'd  do Estado e do seu 'o%erno deri%adas da suapostura diante da sociedade ci%il e do mercado# á a 'o%ernança pode ser en&tendida capacidade Iue um determinado 'o%erno tem para ormular e imple&mentar as suas polJticas, capacidade esta Iue pode ser di%idida em inanceira,'erencial e técnica#

O termo le'itimidade é muito importante no conceito de 'o%ernabilidade# 7m'o%erno sH conse'ue 'o%ernar caso as pessoas aceitem sua ordens, aceitemsuas leis, somente se ele ti%er le'itimidade# 4amos %er um pouco melFor esse

(m atributo do Estado, ue consiste na presen!a, em uma parcela significa-tiva da popula!ão, de um grau de consenso capaz de assegurar a obe-

diência sem a necessidade de recorrer ao uso da for!a, a não ser em casosesporádicos.

$ormalmente, Iuando as IuestMes alarem em le'itimidade, de%emos associarcom 'o%ernabilidade# Porém, daIui a pouco eu %ou mostrar Iue é preciso terum pouco de cuidado, pois os conceitos estão passando por reormulaçMes#

4oltando para os conceitos, a 'o%ernabilidade trabalFa na dimensão polJtica#

7m eNemplo em nosso paJs é o presidencialismo de coaliLão# omo nosso sis&

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tema partidário é muito ra'mentado, nenFum partido soLinFo conse'ue or&mar maioria# Por conse'uinte, para conse'uir apro%ar suas leis no on'resso,o ENecuti%o precisa aLer acordos com outros partidos, traLendo eles para acFamada “base aliada”, ormando as ditas coaliLMes# Assim, o isiolo'ismo co&mo meio de ne'ociação de car'os é um instrumento de 'o%ernabilidade, namedida em Iue busca aumentar o apoio do 'o%erno#

7m conceito bastante cobrado é de Eli 3iniL, para Iuem a 'o%ernabilidadereere&se Gs “condiçMes sist.micas de eNercJcio do poder por parte do Estadoem uma determinada sociedade”# eria uma “somatHria dos instrumentos ins&titucionais, recursos inanceiros e meios polJticos de eNecução das metas dei&nidas”# A autora aponta as principais caracterJsticas da 'o%ernabilidade(

C'"'t"<st's d' /o="n'$&d'd

  A orma de 'o%erno, ou sea, se o sistema é parlamentaristaQcom todas as suas %ariantesR, presidencialista ou misto, comono caso brasileiroK

  A relação ENecuti%o&5e'islati%o( se esta or mais assimétrica paraum ou para outro podem sur'ir diiculdades de coordenaçãopolJtica e institucional, %itais para a 'o%ernabilidade plenaK

  A composição, ormação e dinSmica do sistema partidário Qcompoucos ou muitos partidosR, o Iue pode diicultar a relaçãoENecuti%o&5e'islati%o e Estado&sociedadeK

  O sistema de intermediação de interesses %i'ente na sociedadeQcorporati%ista, institucional pluralista, dispersos, O$*s etc#RK e

  9odo o conunto das relaçMes Estado&sociedade, ou sea, asrelaçMes dos mo%imentos or'aniLados, associaçMes e dacidadania com o Estado no sentido de ampliar a sua participaçãono processo de ormulaçãoTimplementação de polJticas das Iuaisseam beneiciários#

A autora ala em “ormas de 'o%erno”, mas o correto é “sistemas de 'o%erno”, á Iue ela está alando do presidencialismo e do parlamentarismo# Portanto,estaria na esera da 'o%ernabilidade a relação do ENecuti%o com o 5e'islati%o etambém com a sociedade# A orma como o Estado busca o apoio dos cidadãosse insere na 'o%ernabilidade#

e'undo 4inJcius de ar%alFo, a onte da 'o%ernabilidade são os cidadãos e acidadania or'aniLada, é a partir deles Qe da sua capacidade de articulação empartidos, associaçMes e demais instituiçMes representati%asR Iue sur'em e sedesen%ol%em as condiçMes necessárias para a 'o%ernabilidade# á a 'o%ernan&

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ça tem como ori'em os a'entes públicos ou ser%idores do Estado, Iue possibi&litam a ormulaçãoTimplementação correta das polJticas públicas e representama ace deste diante da sociedade ci%il e do mercado, no setor de prestação deser%iços diretos ao público#

As deiniçMes de 'o%ernabilidade e 'o%ernança do 4inicius de ar%alFo tam&bém são muito cobradas em pro%as, %ale G pena dar uma olFada#

Em uma defini!ão gen$rica, podemos di%er ue a governabilidade refere-se)s pr*prias condi!+es substantivasmateriais de eerc"cio do poder e de le-gitimidade do Estado e do seu governo derivadas da sua postura diante dasociedade civil e do mercado em um regime democrático, claro/. Pode serconcebida como a autoridade pol"tica do Estado em si, entendida como acapacidade ue este tem para agregar os m#ltiplos interesses dispersos pe-

la sociedade e apresentar-l0es um objetivo comum para os curto, m$dio elongo pra%os.

 1á a governan!a pode ser entendida como a outra face de um mesmo pro-cesso, ou seja, como os aspectos adjetivosinstrumentais da governabilida-de. Em geral, entende-se a governan!a como a capacidade ue umdeterminado governo tem para formular e implementar as suas pol"ticas.Esta capacidade pode ser decomposta analiticamente em financeira, geren-cial e t$cnica, todas importantes para a consecu!ão das metas coletivas de-finidas ue comp+em o programa de um determinado governo, legitimado

 pelas urnas.Outra deinição importante de 'o%ernança é a do "anco ?undial, se'undo oIual 'o%ernança é(

O eerc"cio da autoridade, controle, administra!ão, poder de governo. 2 amaneira pela ual o poder $ eercido na administra!ão dos recursos sociaise econ3micos de um pa"s visando o desenvolvimento, implicando a capaci-dade dos governos de planejar, formular e implementar pol"ticas e cumprirfun!+es.

Eles alam em poder, al'o Iue nos remeteria a 'o%ernabilidade, mas é o poderno 'erenciamento dos recursos sociais e econ-micos, por isso está relacionadoG 'o%ernança#

//##//##  rriissee ddee **oo%%eerrnnaabbiilliiddaaddee

A crise do Estado de "em&Estar estaria associada a uma crise de 'o%ernabili&dade# A sociedade esta%a cada %eL mais insatiseita com a 'estão pública, tan&to Iue sur'iram as re%oltas dos contribuintes, ou “taNpa+ers”, a'ra%ando ainda

mais a crise iscal do Estado#

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O dia'nHstico contemporSneo sobre 'o%ernabilidade ou “crise do Estado”, noconteNto da 'lobaliLação, tem como ar'umento central a crise iscal noscentros do capitalismo a%ançado# As duas crises do petrHleo na década de/D0 diicultaram o acesso dos Estados aos inanciamentos internacionais,aLendo com Iue icasse in%iá%el cumprir todas as promessas do Estado de"em&Estar# $o entanto, a crise de 'o%ernabilidade não é ruto somente dacrise iscal# 4eremos a'ora como al'uns autores classiicam as causas dacrise de 'o%ernabilidade#

e'undo $orberto "obbio, o termo mais usado entre 'o%ernabilidade enão'o%ernabilidade é o último# e'undo o autor, esta pala%ra, carre'ada deimplicaçMes pessimistas Qcrise de 'o%ernabilidadeR e, reIuentemente conser&%adoras, presta&se a muitas interpretaçMes# 3e um lado se encontram aIueles

Iue atribuem a crise de 'o%ernabilidade G incapacidade dos 'o%ernantesK deoutro, aIueles Iue atribuem a não&'o%ernabilidade Gs eNi'.ncias eNcessi%asdos cidadãos# Em linFas 'erais, as duas %ersMes apresentam %ários pontos decontatoK porém, Iuando estritamente distintas, podem cFe'ar, reIuentemente,até a atos de acusação Qcontra 'o%ernantes ou al'uns 'rupos sociais, Iuasesempre os sindicatosR, ou a posiçMes ideolH'icas Qobedi.ncia dos cidadãos ousuperação do capitalismoR#

e'undo "obbio(

 ' fraue%a substancial destes posicionamentos consiste na falta de ajuste, an"vel anal"tico, dos dois componentes fundamentais, capacidade e recursos,em sentido lato, dos 4overnos e dos governantes, e solicita!+es, apoio e re-cursos dos cidadãos e dos grupos sociais. ' governabilidade e a não-governabilidade não são, portanto, fen3menos completos, mas processosem curso, rela!+es compleas entre componentes de um sistema pol"tico.

"obbio di%ide as teorias a não&'o%ernabilidade nas se'uintes FipHteses(

%. A não&'o%ernabilidade é o produto de uma so$"'";' d p"o$&#'s aos Iuais o Estado responde com a eNpansão de seus ser%iços e da sua

inter%enção, até o momento em Iue, ine%ita%elmente, sur'e uma criseiscal# $ão&'o%ernabilidade, portanto, é i'ual G crise iscal do Estado#

). A não&'o%ernabilidade não é somente, nem principalmente, umproblema de acumulação, de distribuição e de redistribuição de recursos,bens e ser%iços aos cidadãos, mas é, de preer.ncia, um problema den't!">' po&<t'( autonomia, compleNidade, coesão e le'itimidade dasinstituiçMes# A 'o%ernabilidade depende do relacionamento entre aautoridade e suas instituiçMes de *o%erno e da orça das suas

instituiçMes de oposição#

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,. A não&'o%ernabilidade é o p"od!to on?!nto de uma crise de 'estãoadministrati%a do sistema e de uma crise de apoio polJtico dos cidadãosGs autoridades e aos 'o%ernos# $a sua %ersão mais compleNa, a não&

'o%ernabilidade é a soma de uma crise de input Qentradas, insumosR ede uma crise de output QsaJdas, produtosR#

$as crises de output , o sistema administrati%o não conse'uecompatibiliLar, nem a'iliLar, os imperati%os de controle Iue lFe cFe'amdo sistema econ-mico# As crises de input t.m a orma das crises dele'itimação( o sistema le'itimador não conse'ue preser%ar o nJ%elnecessário de lealdade da massa, impulsionando assim os imperati%os decontrole do sistema econ-mico Iue ele assumiu#

A sobrecar'a de demanda, primeira FipHtese, irá resultar em um problemaecon-mico, a crise iscal# As conseIu.ncias da sobrecar'a podem ser de %áriostipos# Em primeiro lu'ar elas podem incidir sobre a eicácia do 'o%erno, ousea, sobre a sua capacidade de conse'uir os obeti%os prometidos, assim comode ser iel aos seus compromissos# Em se'undo lu'ar, inluem no consensodos cidadãos, isto é, sua disposição de obedecer espontaneamente Gs leis e asdiretriLes do 'o%erno# AIueles Iue sustentam esta primeira FipHtese acabamsempre caindo nas receitas de cunFo neoliberalista# O Estado de "em&Estarentrou em crise porIue prometia inúmeros ser%iços, mas não tinFa capacidade

de inanciamento#O ponto central da se'unda FipHtese é Iue uma democracia torna&se tantomais orte Iuanto mais or'aniLada, sendo Iue o crescimento da participaçãopolJtica de%e ser acompanFado pela institucionaliLação Qisto é, pela le'itimaçãoe aceitaçãoR dos processos e das or'aniLaçMes polJticas# Cuando, porém, diminuia autoridade polJtica, temos a não&'o%ernabilidade do sistema# O aumento dainter%enção do 'o%erno a partir da se'unda metade do século UU ocorreusimultaneamente a uma perda de sua autoridade, principalmente na década de/D)0#

As causas desse en-meno de%em ser buscadas nas transormaçMes culturaisde 'rande porte, Iue culminaram na década de )0 em sociedades altamenteescolariLadas, eNpostas aos meios de comunicação de massa e inclinadas auma participação rei%indicatHria, e Iue desaiaram as autoridades em todas asinstituiçMes e em todos os setores, da amJlia G escola, da ábrica G burocracia#As soluçMes propostas por esta corrente oram conser%adoras, no sentido dediminuir o processo de democratiLação# Ocorreram as re%oltas dos taNpa+ers

 ustamente porIue as pessoas esta%am mais escolariLadas e não Iueriampa'ar por al'o Iue não %iam retorno#

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A terceira FipHtese se baseia na tese de Vabermas e compartilFa de al'uns dospressupostos sobre os Iuais se undam as outras teses# 3e um modo particu&lar, aceita a premissa da eNpansão do papel do Estado e do crescimento da suainter%enção na esera da economia e e%idencia as caracterJsticas polJticas dacrise, conseIu.ncia da mudança de relação entre %alores e estruturas na áreada participação, das preer.ncias e das eNpectati%as polJticas#

e'undo o autor, o capitalismo sore periodicamente crises de acumulaçãoecon-mica# Esta “crise econ-mica” é desencadeadora de outras# Para rea'ir aessas crises econ-micas, o Estado assume al'umas tareas de apoio ao pro&cesso de acumulação W tareas essas Iue tenta dissimular uma %eL Iue nãosão compatJ%eis com a procura de consentimento ou “lealdade das massas”,por isso 'era uma “crise de le'itimação”#

Ocorre a “crise de racionalidade” porIue Fá uma incapacidade do sistemaadministrati%o em dar conta, com sucesso, dos imperati%os do sistema econ&-mico# E Fá uma crise de moti%ação porIue os seus sueitos descrentesdas possibilidades democráticas se rustram em seus deseos mais proundos#Vabermas não apresenta soluçMes especJicas para o problema da crise de'o%ernabilidade, mas airma Iue “na medida em Iue os recursos econ-mi&cos não são suicientes para alimentar plenamente as %Jtimas do crescimentodo capitalismo, sur'e o dilema de imuniLar o Estado contra estas pretensMesou de paralisar o processo de crescimento”#

4amos %er a'ora outro autor# Ao tratar da crise de 'o%ernabilidade amuelVuntin'ton, em “A rise da 3emocracia”, identiica um conunto de Iuatroatores undamentais Iue estariam intererindo nos 'o%ernos e 'erando crisede 'o%ernabilidade(

Erosão da autoridade dada a %italidade da democracia QeNcesso dedemocraciaR# 3essa perspecti%a eles consideram Iue o Estado de "em&Estar diundiu uma ideolo'ia i'ualitária Iue, ao não poder cumpri&la,

acaba por desle'itimar a autoridade pública# A ri'or trata&se a'ora desustentar a incompatibilidade entre o Xe+nesianismo e a democracia#

obrecar'a do 'o%erno# Esta tese considera Iue a disponibilidade doEstado inter%ir nas relaçMes sociais pro%oca um enorme aumento dasdemandas diri'idas Gs instituiçMes polJticas, determinando uma paralisiados 'o%ernos por sobrecar'a de demandas# A satisação dessas demandas'era tend.ncias inlacionárias da economia#

1ntensiicação da competição polJtica, 'erando desa're'ação de

interesses# e'undo essa tese a competição entre or'aniLaçMes polJticasle%a G incapacidade de selecionar e a're'ar interesses, causando a

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incapacidade das instituiçMes Iuanto G absorção de demandasra'mentárias# O peso assumido pela administração na mediação dosconlitos pro%oca uma burocratiLação da %ida pública Iue, por sua %eL,

'era a “dissolução do consenso“#  O pro%incianismo nacionalista na polJtica eNterior, de%ido a pressMes

eNercidas pelas sociedades a respeito de suas necessidades interiores#

$o centro deste dia'nHstico da 'o%ernabilidade das sociedades contemporSneasencontra&se uma tese economicista, Iue localiLa o ator central da crise ematores econ-micos associados G base inlacionária e ao desempenFo dosatores iscais# As recomendaçMes para este problema, no receituário neo&liberal, en%ol%em medidas de reorma institucional e polJtica, Iue implica(

edução das ati%idades do 'o%erno( as teses do Estado mJnimo, Iueimplica na reorma institucional do Estado, procedendo a umadesconcentração do Estado, atra%és da descentraliLação das polJticassociais para as instSncias sub&nacionais dos municJpios e repasse dasresponsabilidades públicas ao setor pri%adoK

Aumento de recursos e entradas G disposição dos Estados, o Iue temsi'niicado um in%estimento e capacitação do setor tributário do 'o%erno,

cua eici.ncia tem unção estraté'ica, no no%o desenFo do EstadoK edução das eNpectati%as dos 'rupos sociais, atra%és de uma redução e

desconcentração do Estado de "em Estar ocial, reorma da Pre%id.ncia eleNibiliLação dos 3ireitos sociaisK aliados a uma absurda polJtica decontração de empre'os#

//##22##  oonn  uussMMeess eennttrree ooss ccoonncceeiittooss 

Até a'ora está%amos %endo Iue a 'o%ernabilidade se reere mais a um aspec&to polJtico, enIuanto a 'o%ernança se situa na dimensão da 'estão# Porém,essa distinção não é muito clara, não eNiste um ponto eNato Iue separa os doisconceitos, mas sim uma área nebulosa em Iue eles se conundem#

omo %imos na deinição do 4inJcius de ar%alFo, a 'o%ernança correspondeaos “aspectos adeti%osTinstrumentais da 'o%ernabilidade”, ou sea, é um ins&trumento para Iue o 'o%erno consi'a 'o%ernar# Assim, uma boa 'o%ernançaaumenta a 'o%ernabilidade, ou sea, Fá uma relação estreita entre os doisconceitos# 7ma má 'o%ernança também pode diminuir a 'o%ernabilidade#

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oi o Iue aconteceu na crise do modelo burocrático e do Estado de "em&Estar#O modelo burocrático tinFa uma má 'o%ernança porIue não administra%a osrecursos públicos adeIuadamente, não tinFa capacidade para ormular e im&plementar as suas polJticas# Essa má 'o%ernança oi 'erando a insatisação nasociedade, tanto Iue ocorreram as re%oltas dos taNpa+ers, ou re%olta dos con&tribuintes, em Iue as pessoas não Iueriam pa'ar mais impostos á Iue não%iam os resultados# O Estado perdeu le'itimidade, ou sea, perdeu 'o%ernabili&dade#

Vá uma área em Iue os dois conceitos se conundem e Fá di%er'.ncia entre osautores# Por eNemplo, %amos re%er os conceitos do "resser Pereira, da Eli 3iniLe do 4inJcius de ar%alFo(

 ' capacidade pol"tica de governar ou governabilidade deriva da rela!ão de

legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade, enuanto uegovernan!a $ a capacidade financeira e administrativa em sentido amplode uma organi%a!ão de implementar suas pol"ticas.

 ' governabilidade refere-se )s condi!+es sist&micas de eerc"cio do poder por parte do Estado em uma determinada sociedade”. 5eria uma “somat*riados instrumentos institucionais, recursos financeiros e meios pol"ticos deeecu!ão das metas definidas.

Em geral, entende-se a governan!a como a capacidade ue um determina-do governo tem para formular e implementar as suas pol"ticas. Esta capaci-dade pode ser decomposta analiticamente em financeira , gerencial et$cnica, todas importantes para a consecu!ão das metas coletivas definidasue comp+em o programa de um determinado governo, legitimado pelasurnas.

Podemos %er Iue "resser e ar%alFo colocam a capacidade inanceira no con&ceito de 'o%ernança, enIuanto Eli 3iniL associa os recursos inanceiros com oconceito de 'o%ernabilidade# Eu daria preer.ncia pelos dois autores, pois amaior parte dos conceitos coloca capacidade inanceira em 'o%ernança# Porém,o conceito da Eli 3iniL á oi usado %árias e %árias %eLes pela EA, por issotem Iue icar de olFo#

Outra conusão entre os conceitos reere&se G le'itimidade# 4imos Iue ela estáassociada com a 'o%ernabilidade, mas o conceito de 'o%ernança %em passan&do por reormulaçMes# e'undo "resser Pereira(

6o conceito de governan!a pode-se incluir, como o fa% Reis 7889/, a capa-cidade de agregar os diversos interesses , estabelecendo-se, assim, maisuma ponte entre governan!a e governabilidade. (ma boa governan!a, con-forme observou :ritsc0ta; 7889/ aumenta a legitimidade do governo e,

 portanto, a governabilidade do pa"s.

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4imos acima a deinição de 4inJcius de ar%alFo, Iue airma Iue a 'o%ernabili&dade pode ser entendida

como a capacidade ue este tem para agregar os múltiplos interesses 

dispersos pela sociedade e apresentar-l0es um objetivo comum para os cur-to, m$dio e longo pra%os.

E então( a capacidade de a're'ar interesses é 'o%ernança ou 'o%ernabilidadeYZ 'estão ou polJticaY

Z preciso saber Iue os conceitos em ci.ncias sociais são reormulados ao lon'odo tempo, não são %erdades estanIues, apesar de os concursos cobrarem co&mo se ossem# Assim, o conceito de 'o%ernança %em passando por uma trans&ormação, deiNando de se restrin'ir aos aspectos 'erenciais e administrati%os

do Estado, para abran'er aspectos li'ados G cooperação entre os di%ersos ato&res e a capacidade destes em trabalFarem untos#

4amos %er a'ora a e%olução do conceito de 'o%ernança#

//##;;##  $$oo%%aa **oo%%eerrnnaannççaa PPúúbblliiccaa 

O termo *o%ernança não é recente# A literatura tem apontado tr.s usos naliteratura( 'o%ernança corporati%a, a boa 'o%ernança e a 'o%ernança pública#

/R  A ;o="n'n@' o"po"'t=' está preocupada com os sistemas internos eprocessos Iue pro%eem direção e accountabilit+ para as or'aniLaçMes# 4amos%er duas deiniçMes de 'o%ernança corporati%a(

<onjunto de práticas pelas uais o consel0o de administra!ão garante ocontrole dos atos dos gestores em face do interesse dos acionistas.

4overnan!a <orporativa são as práticas e os relacionamentos entre os 'cio-nistas<otistas, <onsel0o de 'dministra!ão, =iretoria, 'uditoria >ndepen-

dente e <onsel0o :iscal, com a finalidade de otimi%ar o desempen0o daempresa e facilitar o acesso ao capital.

A 'o%ernança corporati%a em muitos casos parece estar mais prHNima da ac&countabilit+ do Iue da 'o%ernança pública# Ela aborda aspectos de transpar.n&cia da administração das empresas Qprestação de contasR, mecanismos Iueaçam com Iue os administradores si'am os interesses dos acionistas Qrespon&si%idadeR e instrumentos de responsabiliLação dos administradores#

O termo é usado no mesmo sentido na cFamada “*o%ernança de 9ecnolo'ia da

1normação”# $este caso, a 'o%ernança é deinida como(

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?odelo ue define direitos e responsabilidades pelas decis+es ue encora- jam comportamentos desejáveis no uso de @>.

Processo pelo ual decis+es são tomadas sobre os investimentos em @>, o

ue envolveA como as decis+es são tomadas, uem toma as decis+es, uem$ responsabili%ado e como os resultados são medidos e monitorados.

2R  A $o' ;o="n'n@' está preocupada com o estabelecimento de modelosnormati%os de caráter social, polJtico e administrati%o por instituiçMes como o"anco ?undial# Ou sea, tais instituiçMes procuram diLer para os paJses emdesen%ol%imento como eles de%eriam or'aniLar e promo%er suas polJticas# O"anco ?undial deine 'o%ernança como(

O eerc"cio da autoridade, controle, administra!ão, poder de governo. 2 amaneira pela ual o poder $ eercido na administra!ão dos recursos sociaise econ3micos de um pa"s visando o desenvolvimento, implicando a capaci-dade dos governos de planejar, formular e implementar pol"ticas e cumprirfun!+es.

;R  á a ;o="n'n@' p$&'  busca analisar como dierentes atores intera&'em na ormulação e implementação de polJticas públicas, como Iue o Esta&do, o mercado e o terceiro setor atuam de orma coordenada, ormando as

cFamadas redes de polJticas públicas#

3entro da disciplina de Administração Pública, a 'o%ernança é normalmentecobrada nesses dois últimos sentidos, e muita conusão acaba sendo eita emtorno deles# 4amos %er um pouco disso a'ora#

O termo 'o%ernança oi introduLido no debate público internacional pelo "anco?undial, como uma orma de aproundar o conFecimento das condiçMes Iue'arantem um Estado eiciente# Essa preocupação alterou o oco das implica&çMes estritamente econ-micas da ação do Estado para contemplar outros as&

pectos como as dimensMes sociais e polJticas da 'estão pública# A capacidade'o%ernati%a não seria mais a%aliada apenas em termos dos resultados daspolJticas 'o%ernamentais, mas na orma como o 'o%erno eNerce seu poder,implicando na “capacidade do 'o%erno para desenFar, ormular e implementarpolJticas e atribuir unçMes”#

Apesar de no inJcio a reorma 'erencial sur'ir muito prHNima do neoliberalis&mo, ao lon'o do tempo ela se distancia dele# Z errado diLer Iue o 'erencialis&mo deende um Estado ?Jnimo#

O crescimento econ-mico, Iue se'undo o neoliberalismo, seriam uma tend.n&cia natural, não %eio# As sociedades esta%am insatiseitas com as perdas em

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termos de polJticas sociais, Iue resultou numa perda de bem&estar, ao mesmotempo em Iue aumenta%a o desempre'o, a criminalidade#

$a década de /DD0 no%os 'rupos polJticos assumem o

poder, dando no%os rumos para as mudanças no pa&pel do Estado# O neoliberalismo oi aplicado pelo 'o&%erno do Partido onser%ador de ?ar'aretF 9FatcFere pelo 'o%erno do Partido epublicano de onald e&a'an# Em /DD; assume o presidente democrata "illlinton nos E7A e em /DD o partido trabalFista de9on+ "lair assume o 'o%erno na 1n'laterra#

"ill linton e 9on+ "lair irão ormar, untamente com ernando VenriIue ar&doso e outros lJderes de Estado, a cFamada 9erceira 4ia# Podemos colocá&los

como um mo%imento de centro#

Em linFas 'erais, o 'rupo da 9erceira 4ia procura%a manter a disciplina eco&n-mica obtida com as reormas estruturais e “democratiLar a 'lobaliLação”,conu'ando os beneJcios do mercado com um estilo de 'o%erno mais ocadonas IuestMes sociais, Iue passaram a ser demandadas no inal da década de/DD0# e'undo Ana Paula Paes de Paula Q200R(

Berificamos assim ue os governos de orienta!ão social-liberal adotaramuma posi!ão mais conformista, pois se renderam )s reformas neoliberais

reali%adas e tentaram se adeuar a elas, incluindo uest+es sociais.

$a %isão do 'rupo, trata&se de reeitar não apenas o estatismo burocrático da%elFa esIuerda, mas também os postulados neoliberais do [Estado mJnimo[#"usca&se, com a 'o%ernança pro'ressi%a, redesenFar a administração públicapara li%rá&la de distorçMes seculares, para torná&la mais transparente e, por&tanto, mais orte e mais capaL de implementar polJticas públicas# "uscam&seos ideais clássicos da solidariedade e coesão social, aplicados se'undo as eNi&'.ncias de Foe, o Iue reIuer um no%o Estado capaL de asse'urar o bem&estara todos# Eles buscam aplicar uma polJtica econ-mica conser%adora e de uma

polJtica social pro'ressista#

Analisando essa mudança na condução das reormas, Vumberto alcão ?artinse aio ?arini di%idem as reormas em duas 'eraçMes(

 's reformas de primeira gera!ão anos CD e 8D/ tin0am uma orienta!ão es-sencialmente econ3mica e fiscal. ' crise do Estado era um elemento centraldas reformas de primeira gera!ão.

 ' marca distinta das reformas de segunda gera!ão no in"cio do s$culo > $a promo!ão do desenvolvimento. 'credita-se ue os imensos desafios soci-

ais em escala global, manifestos pela crescente desigualdade e pobre%a,

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não podem ser vencidos pela simples a!ão dos mercados, mas por meio dofortalecimento de institui!+es tais como Estado, o mercado e o terceiro se-tor. Por um lado, a forte correla!ão entre institui!+es e desenvolvimentotem sido empiricamente comprovada em diversos estudos recentes, suge-

rindo ue a consolida!ão institucional $ o fator primordial de desenvolvi-mento.

Portanto, a se'unda 'eração está %oltada para o pluralismo institucional, a'o%ernança em rede, a atuação conunta de Estado, mercado e terceiro setorcomo orma de impulsionar o desen%ol%imento#

Z nesse momento Iue o termo 'o%ernança passa a 'anFar no%as interpreta&çMes# Ao in%és de ser %isto como uma capacidade 'erencial e inanceira deimplementar polJticas públicas, ele passa a ser %isto como uma capacidade de

dierente atores a'irem de orma coordenada na busca de obeti%os comuns, éa capacidade do Estado, do mercado e do terceiro setor atuarem untos naimplementação das polJticas públicas#

A prHpria 9erceira 4ia altera seu nome para *o%ernança Pro'ressista# e'undoAna Paula Paes de Paula(

 ' administra!ão p#blica progressista tamb$m vem abrangendo o termo go-vernan!a, ue $ bastante impreciso e abriga vários significados, mas estásendo freuentemente utili%ado no Fmbito da nova administra!ão p#blica edo Ganco ?undial para designar a administra!ão eficiente dos neg*cios p#-blicos. 'lguns autores tentam propor um conceito mais abrangente de go-vernan!a, ue interpreta o Estado como um sistema pol"tico mediado porredes auto-organi%adoras, cujos resultados são produto da intera!ão do go-verno local, do setor privado e do setor voluntário.

$esta no%a %isão, ao abandonar unçMes empresariais, relacionadas G produçãode bens e ser%iços, o Estado estaria se capacitando para ter uma atuação maisseleti%a e, portanto, mais eicaL# O no%o papel re'ulatHrio do Estado aL partedo resultado de um pro'rama de reormas Iue, a despeito de ser orientadopara o mercado, obeti%a a recuperação da capacidade de inter%enção estatal#ur'e dentro dessa lH'ica a ideia de Estado e'ulador#

A aplicação prática da teoria resultou numa série de medidas com o obeti%ode retirar do Estado o papel de produtor, de eNecutor# Ao se retirar da produ&ção e prestação de ser%iços, ao Estado caberia prote'er, de orma instituciona&liLada, in%estidores e consumidores# 1n%estidores deseam um sistemare'ulatHrio está%el e pre%isJ%el para Iue o processo de acumulação de capitalda companFia possa se materialiLarK consumidores deseam ser prote'idos daprática de preços abusi%os, em setores onde eNistem monopHlios naturais#

Para o 'o%erno, estabelecer e deinir mecanismos de re%isão e controle dopreço usto dos ser%iços monopolistas é a 'rande Iuestão#

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O $e\ Public ?ana'ement passou a ser cada %eL mais contestado# e'undotepFen Osborne, o $P? constituiu, na realidade, um está'io de transiçãoentre a administração pública tradicional e aIuilo Iue ele cFama de No=' /o-="n'n@' P$&'#

AIui temos um ponto pol.mico Iue oi obeto de Iuestão da EA no últimoconcurso da *7 e Iue ainda está no 'abarito preliminar#

1.  (ESAF/CGU/2012) Sobre redes de políticas públicas, no ! correto a"ir#ar $%e s%r&

'e# no #bito da re"or#a 'erencial do Estado, $%ando se b%sco% i#ple#entar inoa&

*+es na ad#inistra*o pública $%e pro#oesse# a e"iccia e a e"ici-ncia das a*+es

'oerna#entais.

Essa Iuestão oi dada como certa, ou sea, Iue as redes não teriam sur'idonas reormas 'erenciais# ?as esse é um tema pol.mico# e'undo -nia ?arialeur+ 9eiNeira, no teNto “O desaio da 'estão das redes de polJticas”(

 ' prolifera!ão de redes de gestão $ eplicada por uma multiplicidade de fatoresue incidem, simultaneamente, conformando uma nova realidade administrati-va. ' globali%a!ão econ3mica alterou os processos produtivos e administrativosem dire!ão ) maior fleibili%a!ão, integra!ão e interdepend&ncia.

Por outro lado, as transforma!+es recentes no papel do estado e em suas rela-!+es com a sociedade, imp+em novos modelos de gestão ue comportem a in-tera!ão de estruturas descentrali%adas e modalidades inovadoras de parceriasentre entes estatais e organi%a!+es empresariais ou sociais.

omo %oc.s podem %er, uma série de atores contribuiu para a ormação deredes, entre eles o ato de o Estado ter se retirado da condição de único im&plementador de polJticas públicas e ter transerido uma série de ati%idadespara o setor pri%ado e o terceiro setor#

e'undo Peter "o'ason e uliet A# ?usso(Este simp*sio considera o caráter democrático das redes de governan!a. Oconceito tem suas origens no crescimento e maior compleidade do Estadode Gem-Estar e na descentrali%a!ão, devolu!ão e reformas do 6eH Public?anagement nos anos 78CD e 788D.

Podemos obser%ar Iue os autores associam as redes de 'o%ernança direta&mente com as reormas 'erenciais das décadas de /D:0 e /DD0# Porém, outrosautores abordam o tema das redes dentro de um modelo de 'estão dierentedo $P?# 4imos Iue alam em $o%a *o%ernança Pública# Assim, na %isão deal'uns, as redes não teriam se ori'inado nas reormas 'erenciais, mas num

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se'undo momento, com a busca da atuação conunta do Estado com a socie&dade# e'undo EriX&Vans ]lin(

Pode-se di%er ue, de certa forma, a “narrativa” da governan!a constitui

uma alternativa ) “narrativa” do 6P?. Esta “narrativa”, especialmente nassuas primeiras vers+es, focou fortemente nas mudan!as organi%acionais einstitucionais dentro do setor p#blico buscando a amplia!ão da efici&ncia eda efetividade por meio de medidas como terceiri%a!ão e o crescente uso demecanismos do mercado nos servi!os p#bicos. 6a medida em ue a narrati-va da governan!a cresceu em popularidade nos #ltimos 7D anos, não $ sur-

 preendente ue a teoria das redes tamb$m ten0a crescido em popularidade.

A discussão mais recente do conceito de 'o%ernança “ultrapassa o marco ope&racional para incorporar IuestMes relati%as a padrMes de articulação e coopera&

ção entre atores sociais e polJticos e arranos institucionais Iue coordenam ere'ulam transaçMes dentro e atra%és das ronteiras do sistema econ-mico”#om a ampliação do conceito de 'o%ernança ica cada %eL mais imprecisa suadistinção daIuele de 'o%ernabilidade#

As teorias da 'o%ernança estão se %oltando cada %eL mais para a análise dasredes de polJticas públicas, buscando analisar Iual o papel do 'o%erno renteGs mudanças Iue estão ocorrendo na prestação de ser%iços públicos#

e'undo 5^er(

 ' governan!a pode ser entendida como uma nova gera!ão de reformas ad-ministrativas e de Estado, ue t&m como objeto a a!ão conjunta, levada aefeito de forma efica%, transparente e compartil0ada, pelo Estado, pelasempresas e pela sociedade civil, visando uma solu!ão inovadora dos pro-blemas sociais e criando possibilidades e c0ances de um desenvolvimentofuturo sustentável para todos os participantes.

?il\ard e Pro%an utiliLaram o conceito de “Vollo\ tate”, ou “Estado Es%aLia&do”, para descre%er este no%o Estado em Iue ele transere a eNecução de ser&%iços para entidades sem ins lucrati%os# e'undo os autores(

6o uso comum, governo se refere )s institui!+es formais do Estado I Eecu-tivo, Jegislativo e 1udiciário I e seu monop*lio do uso leg"timo do poder co-ercitivo. 4overnan!a $ um termo mais inclusivo, preocupado em criar ascondi!+es para uma a!ão coletiva ordenada, geralmente incluindo agentes dosetor privado e não-lucrativo dentro do setor p#blico. ' ess&ncia da gover-nan!a $ seu foco nos mecanismos de governo I acordos, contratos e garanti-as I ue não se baseiam somente na autoridade e san!+es governamentais.

O conceito de 'o%ernança deiNa de estar restrito ao campo da 'estão, para'anFar contornos polJticos, tanto Iue redericXson airma Iue “a deiniçãoimplica Iue a 'o%ernança é inerentemente polJtica, Iue en%ol%e bar'anFa e

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compromisso entre atores com interesses di%ersos”# E o conceito de le'itimi&dade deiNa de ser al'o inerente apenas G 'o%ernabilidade# Para Edmilson ran&cisco de Oli%eira(

Esse esfor!o te*rico mostrou ue a principal diferen!a entre governabilidadee governan!a está na forma como a legitimidade das a!+es dos governos $entendida. Enuanto no conceito de governabilidade a legitimidade vem dacapacidade do governo de representar os interesses de suas pr*prias institui-!+es. No conceito de governança, parte de sua legitimidade  vem do

 processo, do entendimento de ue, uando grupos espec"ficos da popula!ãouando participam da elabora!ão e implanta!ão de uma pol"tica p#blica, elatem mais c0ances de ser bem sucedida em seus objetivos.

Podemos %er aIui Iue a le'itimidade não é mais associada apenas ao conceito

de 'o%ernabilidade, ela passa a inte'rar também o conceito de 'o%ernança#Portanto, temos Iue tomar ?719O 713A3O# $a 'o%ernabilidade, a le'itimi&dade está relacionada com a representação de interesses, se a sociedade per&cebe o 'o%erno como um le'Jtimo intermediário na disputa de interesses entreos di%ersos 'rupos da sociedade ou se ele é %isto como direcionado para de&terminado 'rupo# $a 'o%ernança, a le'itimidade está relacionada com a parti&cipação da sociedade nas decisMes, se as polJticas são ormadas eimplementadas unto com a sociedade#

As bancas de concursos normalmente não tratam desses nuances, elas icam

em torno de pontos Iue são mais consensuais e supericiais# Porém, al'umas%eLes elas passam a incorporar mudanças mais recentes nos conceitos, e aEA á eL isso uma %eL com esse conceito de 'o%ernança(

2.  (ESAF/CGU/200) %rante a crise do Estado dos anos 10 e 10, palaras e e&

press+es "ora# "oradas para possibilitar o entendi#ento de s%as di"erentes di#en&

s+es e propiciar a b%sca de sol%*+es. 3este conteto, $%ando %# 'oerno est

preoc%pado e# le'iti#ar decis+es e a*+es se di4 $%e ele est b%scando #aior . .........

Co#plete a "rase co# a op*o correta.

a) 'oernabilidade.

b) e"etiidade.

c) 'oernan*a.

d) acco%ntabilit5.

e) e"ici-ncia.

A Iuestão ala em le'itimidade, por isso a tend.ncia é marcarmos 'o%ernabili&dade# H Iue ela ala em le'itimidade das “decisMes e açMes”, ou sea, abran'e

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um aspecto mais da 'estão, não da polJtica# Portanto, podemos perceber Iueeles esta%am traLendo as tend.ncias mais recentes do conceito de 'o%ernança#9anto Iue a resposta da Iuestão era a letra “”# 9oda%ia, como cFo%eu recur&sos de pessoas Iue associaram a le'itimidade com a 'o%ernabilidade, a EAanulou a Iuestão# ?as, %eam Iue ela não Iuis alterar o 'abarito para a letra

 “A”, ou sea, ela %oltou a trás, mas nem tanto#

$o concurso do 93, o EPE deu como certa no 'abarito preliminar a se&'uinte Iuestão(

6.  (CES7E/8CF/2012) 9 "ato de o 'oernador de %#a %nidade "ederatia, incl%so o

F, perder s%a le'iti#idade de#ocrtica l:e acarreta a perda da 'oernan*a.

Porém, no 'abarito deiniti%o eles anularam com a se'uinte ustiicati%a#

Ká diverg&ncia na literatura em rela!ão ao assunto tratado no item. =essemodo, opta-se por sua anula!ão.

?ais uma %eL eles cobraram a le'itimidade relacionada com a 'o%ernança,mas não ti%eram cora'em de manter o 'abarito# 4eam como eles apontam oato de Fa%er di%er'.ncia na literatura#

A teoria da 'o%ernança continua a%ançando, Foe á se ala em meta'o%ernan&ça, Iue seria a “'o%ernança da 'o%ernança”# 9anto as reormas do $P? Iuantoas da $o%a *o%ernança Pública resultaram numa redução da inter%enção dire&ta do Estado, pri%ile'iando a participação da sociedade, sea por meio de pri&%atiLaçMes ou omento ao terceiro setor# Porém, estas reormas, apesar dedi%ersos beneJcios Iue propiciaram em termos de eici.ncia e leNibilidade,também 'eraram uma série de conseIu.ncias ne'ati%as# e'undo *u+ Peters,

 “ambos os estilos de reorma criaram problemas de incoer.ncia e enraIueci&mento da coordenação no setor público e, além disso, criaram eNtensos pro&

blemas de accountabilitL ”#3iante de tais problemas, muitos paJses estariam promo%endo uma recentrali&Lação do controle nos 'o%ernos# 7ma resposta Iue Peters e outros autorespropMem é a ?eta'o%ernança, deinida como a “coordenação de dierentesormas de 'o%ernança, a 'arantia de uma coer.ncia mJnima entre elas, a or&'aniLação das condiçMes para a 'o%ernança”#

4amos %er as principais caracterJsticas da 'o%ernança e da 'o%ernabilidade#

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/o="n'$&d'd /o="n'n@'

  apacidade de 'o%ernar,le'itimidade do Estado e do seu'o%erno com a sociedadeK

  ondiçMes sist.micas de eNercJcio dopoder por parte do Estado em umadeterminada sociedade# omatHria dosinstrumentos institucionais, recursosinanceiros e meios polJticos deeNecução das metas deinidasK

  Está relacionada com( a orma de'o%erno, a relação ENecuti%o&5e'islati%o, a composição, ormação edinSmica do sistema partidário, osistema de intermediação deinteresses, todo o conunto dasrelaçMes Estado&sociedadeK

  ondiçMes substanti%asTmateriais deeNercJcio do poder e de le'itimidade doEstado e do seu 'o%erno deri%adas dasua postura diante da sociedade ci%il e

do mercado#  Autoridade polJtica do Estado em si,entendida como a capacidade Iue estetem para a're'ar os múltiplosinteresses dispersos pela sociedade eapresentar&lFes um obeti%o comumpara os curto, médio e lon'o praLos#

  ua onte são os cidadãos e asociedade ci%ilK

  apacidade inanceira eadministrati%a de uma or'aniLação deimplementar polJticas públicasK

  Aspectos adeti%osTinstrumentais da'o%ernabilidade#

  apacidade Iue um determinado'o%erno tem para ormular eimplementar as suas polJticas# Estacapacidade pode ser decompostaanaliticamente em inanceira, 'erenciale técnicaK

  O eNercJcio da autoridade, controle,administração, poder de 'o%erno# Z amaneira pela Iual o poder é eNercidona administração dos recursos sociais eecon-micos de um paJs %isando odesen%ol%imento, implicando acapacidade dos 'o%ernos de planear,ormular e implementar polJticas ecumprir unçMes#

 

Parte de sua le'itimidade %em doprocesso, do entendimento de Iue,Iuando 'rupos especJicos dapopulação Iuando participam daelaboração e implantação de umapolJtica pública, ela tem mais cFancesde ser bem sucedida

  ua onte são os ser%idores públicose a'entes do EstadoK 

22## AAccccoouunnttaabbiilliitt++ á %imos na Aula 0/ um pouco da 9eoria da A'.ncia# Ela estuda as relaçMescontratuais em Iue se obser%a a i'ura de um sueito ati%o Iue recebe o nomede p"np'&, e de um sueito passi%o cFamado ';nt# O principal é Iuem

contrata e o a'ente o contratado#

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Essas relaçMes podem ser eNplJcitas QormaisR, em Iue eNiste um instrumento urJdico em Iue são eNpressos os direitos e de%eres de cada um, ou implJcitasQinormaisR, em Iue as relaçMes são orientadas por usos e costumes Iue sus&tentam e dão le'itimidade Gs açMes praticadas entre as partes relacionadas#omo eNemplo de uma relação ormal, temos os contratos de compra e %enda,o contrato de trabalFo, etc# ão relaçMes contratuais inormais a entre o em&pre'ado e o patrão, o empre'ado e o cliente, etc#

A suposição básica eNistente na relação principal&a'ente é de Iue o a'ente iráa'ir em a%or do principal e Iue por isso receberá al'uma recompensa# Oa'ente, ou contratado, de%erá desempenFar certas unçMes, de acordo com oscritérios do principal, ou contratante#

Esta teoria ori'inou&se na Economia, baseando&se na ideia de escolFa racional,

Iue pressupMe Iue, do leIue de açMes possJ%eis numa situação dada, as pes&soas escolFem racionalmente aIuelas Iue maNimiLam as cFances de conse'uirsuas metas e realiLar seus proetos#

A teoria da a'.ncia ocaliLa os problemas 'erados pelo ato de Iue o a'entetem de aLer al'o pelo principal, mas não tem os mesmos interesses# Ao mes&mo tempo, o principal nunca tem inormação completa sobre as ati%idades doa'ente, e muitas %eLes nem sabe aLer as tareas do a'ente# Assumindo&seIue as partes buscam a maNimiLação de interesses indi%iduais, é de se esperar

Iue o a'ente não %á a'ir sempre no interesse do principal# Por outro lado, oprincipal procurará estar cercado de 'arantias para e%itar ser preudicado#

e'undo essa teoria, os conlitos de a'.ncia aparecem Iuando o bem&estar deuma parte, o principal, depende das decisMes tomadas por outra, responsá%elpela 'estão do patrim-nio do principal, o a'ente# Embora o a'ente de%a tomardecisMes em beneJcio do principal, muitas %eLes ocorrem situaçMes em Iue osinteresses dos dois são conlitantes, dando mar'em a um comportamentooportunista por parte do a'ente#

Essa aborda'em tenta descobrir Iue arranos contratuais e institucionais po&dem melFor alinFar ou compatibiliLar os interesses do a'ente com os interes&ses do principal# Para o principal, o ideal é um sistema de incenti%os em Iue oa'ente sH pode 'anFar mais com esorços Iue beneiciem o principal#

e'undo Peters, o conlito de a'.ncia

eiste desde ue as empresas passaram a ser administradas por agentesdistintos dos proprietários 0á cerca de 7DD anos. Por essa $poca, come!oua ser delineado o conflito de ag&ncia, em ue o agente recebe uma delega-!ão de recursos e tem, por dever dessa delega!ão, ue gerenciar estes re-

cursos mediante estrat$gias e a!+es para atingir objetivos, tudo istomediante uma obriga!ão constante de presta!ão de contas. grifo nosso/.

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Podemos obser%ar tr.s tipos de relaçMes a'ente&principal no setor público(

  idadãos e polJticos(

  PolJticos e burocratasK  Estado Qburocracia e sistema polJticoR e a'entes econ-micosK

Os primeiros são os principais, os se'undos os a'entes# A sociedade é o princi&pal Iue dele'a a responsabilidade pela 'estão de seu patrim-nio para o Esta&do# Este é o a'ente Iue de%e atuar de acordo com o interesse público, ou sea,o interesse da sociedade#

A auditoria, tanto no setor público Iuanto no setor pri%ado, sur'e ustamente

dentro desta relação principal&a'ente, como um instrumento do primeiro para%eriicar as açMes do se'undo# 4amos %er uma Iuestão do EPE(

;.  (CES7E/A8A7<E=/200>) A teoria da a'-ncia pro- %sti"icatia conceit%al o% "ilo&

s?"ica para a reali4a*o de a%ditorias, ao de"inir $%e %#a or'ani4a*o ! representada

pelo con%nto de se%s contratos entre a'entes co# interesses pr?prios, o $%e ei'e

s%periso.

A Iuestão é certa# A auditoria tem como pressuposto o controle da ação dosa'entes tendo em %ista os interesses do principal# E é assim também Iue po&demos obser%ar a accountabilit+# A accountabilit+ indica o de%er do a'ente emdesempenFar suas unçMes em nome do principal, Iuais responsabilidades oa'ente possui Iuando administra bens e direitos de um terceiro, e como oprincipal pode realiLar o controle das açMes desempenFadas pelo a'ente#

O termo accountabilit+ %em do latim(

ad M computareA contar para, prestar contas a, dar satisfa!ão a, cor-

responder ) epectativa de.

O termo Iue mais se aproNima de accountabilit+ é responsabilidade# redericF?osFer, inclusi%e, trata&a como sin-nimo de responsabilidade obeti%a(

 'carreta a responsabilidade de uma pessoa ou organi%a!ão perante uma outra pessoa, fora de si mesma, por alguma coisa ou por algum tipo de desempen0o

Assim, a accountabilit+ abran'e a responsabilidade para com um terceiro, oprincipal# Porém, o termo %ai além da responsabilidade# ernando Abrucio e

?aria ita 5oureiro deinem accountabilit+ democrática como(

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 ' constru!ão de mecanismos institucionais por meio dos uais os governantessão constrangidos a responder, ininterruptamente, por seus atos e omiss+es

 perante os governados.

$ão Fá tradução de accountabilit+ para o portu'u.s# Al'uns autores airmamIue isto se de%e a pouca Iualidade de nossa democracia em comparação comas an'lo&saNãs# Por eNemplo, *uillermo O_3onnell, um dos autores mais cita&dos acerca da accountabilit+, classiica as democracias da América 5atina como3emocracias 3ele'ati%as#

$os paJses desen%ol%idos %i'ora a democracia representati%a, em Iue a popu&lação ele'e representantes para atuar em seu nome, e por isso esses repre&sentantes de%em atuar se'undo os interesses de seus eleitores# $a América5atina Fá uma cultura em Iue o representante eleito recebe um mandato para

 “'o%ernar da orma Iue ele acFar melFor”# Ele possui ampla liberdade de ação,sendo considerado o “sal%ador da pátria”# $ão Fá uma cultura de cobrá&lo pe&las promessas de campanFa nem de acompanFar de perto suas decisMes#

á Anna ?aria ampos, no teNto “Accountabilit+( Iuando poderemos traduLi&lapara o portu'u.sY”, airma Iue(

Nuanto mais avan!ado o estágio democrático, maior o interesse pela accoun-tabilitL. E a accountabilitL governamental tende a acompan0ar o avan!o devalores democráticos, tais como igualdade, dignidade 0umana, participa!ão,

representatividade.Al'uns autores traduLem o termo como responsabiliLação, outros como de%erde prestar contas, mas nenFum destes termos conse'ue abarcar todos os sen&tidos presentes na accountabilit+# Ela abran'e pelo menos tr.s aspectos(

E&#ntos do Conto d Ao!nt'$&t

  Obri'ação em prestar contas

  esponsabiliLação pelos atos e resultados

esponsi%idade

O a'ente administra bens pertencentes ao principal, por isso de%e p"st'"ont's desta administração#

O se'undo aspecto é a "spons'$&>'@o# O a'ente de%e responder pelosseus atos, tanto em termos de le'alidade Iuanto de resultados# A administra&ção 'erencial mudou o oco do controle a priori  sobre os processos para ser a

 posteriori  de resultados, por isso o administrador público responde não sH em

termos de le'alidade, mas também em termos de eici.ncia, eicácia e eeti%i&dade#

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A "spons=d'd  reere&se G sensibilidade do a'ente em relação G %ontadedo principal# O a'ente de%e tomar suas decisMes de orma a maNimiLar osinteresses do principal, e não os seus prHprios interesses# Assim, na adminis&tração pública, as decisMes do 'o%erno de%em ter como inalidade sempre ointeresse público, se'uindo o princJpio da impessoalidade#

á Andréas cFedler identiica no conceito de accountabilit+ dois aspectos(

apacidade de resposta dos 'o%ernos Qans\erabilit+R, ou sea, aobri'ação dos oiciais públicos no"#'"# e p&'"# seus atos#

apacidade das a'.ncias de accountabilit+ de #po" s'n@s  e perdade poder QenorcementR para aIueles Iue %iolaram os de%eres públicos#

Estes dois aspetos não se dierenciam muito dos tr.s %istos acima# O autorconsidera a noção de accountabilit+ bidimensional( en%ol%e capacidade deresposta e capacidade de punição Qans\erabilit+ e enorcementR# ontudo, acapacidade de resposta en'loba dois tipos de IuestMes( uma dimensão relati%aG inormação das decisMes e outra condiLente com a necessidade dos 'o%ernanteseNplicarem tais decisMes# A inormação pode ser associada G necessidade deprestação de contas, o primeiro aspecto %isto anteriormente# á a eNplicação,ou ustiicação, está li'ada G responsi%idade, ou sea, o administrador de%e

 ustiicar seus atos para demonstrar Iue eles estão de acordo com o interesse

público, com os anseios da sociedade 9emos aIui a responsi%idade# Por im,a capacidade de punição pode ser associada com a responsabiliLação#

Essas mesmas tr.s dimensMes estão nas $ormas de Auditoria do 97 Q$A9R(

Esse conceito de accountabilitL $ fundamental para a compreensão da prát-ica da boa governan!a e da auditoria governamental. Ele envolve, no con-teto das rela!+es ue se estabelecem entre os administradores p#blicos, oParlamento e a sociedade, pelo menos tr&s dimens+es I informação, jus-

tificação e sanção I como formas básicas pelas uais se pode prevenir oabuso de poder.

O documento apresenta uma deinição da 1ntosai, instituição Iue con're'a asinstituiçMes iscaliLadoras superiores(

 's normas de auditoria da >ntosai conceituam a accountabilitL p#blica comoa obriga!ão ue t&m as pessoas ou entidades )s uais se ten0am confiadorecursos, inclu"das as empresas e corpora!+es p#blicas, de assumir as re-sponsabilidades de ordem fiscal, gerencial e programática ue l0es foramconferidas, e de informar a uem l0es delegou essas responsabilidades. E,ainda, como obriga!ão imposta, a uma pessoa ou entidade auditada dedemonstrar ue administrou ou controlou os recursos ue l0e foram confia-dos em conformidade com os termos segundo os uais l0e foram entregues.

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Em %ários momentos do teNto das $A9 podemos perceber ela alando da dele'açãode recursos e poder por parte da sociedade para o Estado, Iue é ustamenteo caráter da relação a'ente&principal# A auditoria sur'e nessa relação comoum instrumento do principal para iscaliLar a conduta do a'ente, ou sea, ostribunais de contas t.m como unção a'ir em nome da sociedade QprincipalRpara 'arantir Iue o a'ente busIue seus interesses# e'undo as $A9(

 ' auditoria, no conteto da accountabilitL, conforme o conceito desenvolvido pelo Escrit*rio do 'uditor-4eral do <anadá O'4/ $ a a!ão independente deum terceiro sobre uma rela!ão de accountabilitL, objetivando epressaruma opinião ou emitir comentários e sugest+es sobre como essa rela!ão es-tá sendo cumprida.

A accountabilit+ é um conceito Iue %em recebendo no%as interpretaçMes, prin&

cipalmente apHs as reormas ocorridas no inal do éculo passado# Arlindoar%alFo ocFa traça a e%olução do conceito#

Em resumo, a %isão de accountabilit+ no modelo da %elFa administraçãopública eNplica a nossa tão conFecida atuação dos tribunais de contasocada nos padrMes tradicionais de controle e restritos G %eriicação daconormidadeTle'alidade da ação dos 'estores públicos, restrin'indo aspossibilidades de accountabilit+ a esse tipo de controleK

á nos anos de /D:0, sur'em pressMes por mudanças para superar as

suas deici.ncias# omo resposta sur'e o modelo da no%a 'estão pública#Vá uma mudança de perspecti%a da accountabilit+, de uma perspecti%apública para uma perspecti%a essencialmente pri%ada, na Iual a .naseestá na prestação dos ser%iços deseados pelos clientes da orma maisrentá%el possJ%elK

O terceiro modelo de administração pública, batiLada por seus autores de “O $o%o er%iço Público” QIue podemos associar ao POR, constitui&se emuma no%a proposta# A sua concepção de accountabilit+ reconFece,

também, Iue medidas de eici.ncia e resultados são importantes, masnão são suicientes para abran'er outras eNpectati%as Iue a sociedadeproeta em relação aos administradores públicos, tais como a'ireticamente e em conormidade com os princJpios democráticos#

Podemos resumir assim( na administração burocrática, %aloriLa%a&se apenas ocontrole de conormidade e le'alidadeK com a $*P, %aloriLa&se o controlede resultados, em termos de eici.ncia e eeti%idadeK com o PO,%aloriLase a participação da sociedade e o caráter democrático# O problemaé Iue os tribunais de contas se concentram ainda muito na le'alidade, tendoa%ançado pouco em termos e resultado e nada no caráter democrático#

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e'undo ernando Abrucio e ?aria ita 5oureiro(

6ormalmente, a literatura sobre a accountabilitL trata do controle dos atosdos governantes em rela!ão ao programa de governo, ) corrup!ão ou )

 preserva!ão de direitos fundamentais dos cidadãos. ?ais recentemente, es-se tema tem sido estudado em sua intersec!ão com a reforma do Estado,analisando como o aperfei!oamento das institui!+es estatais pode contem-

 plar, ao mesmo tempo, a mel0oria do desempen0o dos programas gover-namentais e sua maior transpar&ncia e responsabili%a!ão do poder p#blicofrente ) sociedade.

22##//##  33ii%%eerr''..nncciiaass eemm rreellaaççããoo aaoo ccoonncceeiittoo

cott ?ain\arin' identiica cinco áreas de di%er'.ncia e disputa conceitual emtorno da accountabilit+(

Escopo e abran'.ncia do conceito(

/` *rupo( apenas os mecanismos de controle ormais e institucionaliLadosde%em ser compreendidos sob a noção de accountabilit+, não compreende emseus limites as relaçMes inormais de iscaliLação e controle, não considerandocomo a'entes de accountabilit+, a imprensa e or'aniLaçMes da sociedade ci%ilK

2` *rupo( embora não restrinam as relaçMes de iscaliLação e controle tãosomente Gs ormas institucionaliLadas e, portanto, admitam um rol de relaçMesbem mais abran'ente, estipulam Iue tais relaçMes de%em necessariamenteincluir a capacidade de sanção aos a'entes públicos#

;` *rupo( admite toda e IualIuer ati%idade ou relação de controle, iscaliLaçãoe monitoramento sobre a'entes e or'aniLaçMes públicas como constituintes doconunto de mecanismos de responsabiliLação#

Obeto dos mecanismos de accountabilit+(

/` *rupo( limitam&se ao controle e G iscaliLação de %iolaçMes le'ais por partede autoridades e a'.ncias públicasK

2` *rupo( os mecanismos de accountabilit+ também compreendem o monito&ramento, o controle e a sanção de di%er'.ncias polJticas Iue não necessaria&mente en%ol%am delitos ou inraçMes le'ais#

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apacidade de sanção(

/` *rupo( uma ati%idade ou mecanismo de controle e iscaliLação sH pode serconsiderado instrumento de accountabilit+ se or capaL de impor sançMes aos

'o%ernantes ou burocratas sueitos a seu escrutJnio2` *rupo( al'uns mecanismos de accountabilit+ sustentam&se apenas pelacapacidade de demandar ustiicação ou prestação de contas dos a'entes pú&blicos por seus atos e omissMes W limitam&se G eNi'.ncia de “ans\erabilit+”K

estrição dos mecanismos de accountabilit+ G relação a'ente&principal(

/` *rupo( a noção de accountabilit+ se restrin'e Gs relaçMes de a'.ncia, isto é,Gs relaçMes em Iue um principal encarre'a um a'ente para eNecutar uma

ação# Apenas nos casos em Iue o principal tem a capacidade de responsabili&Lar e punir diretamente o a'ente W atra%és de al'um tipo de punição, do desli&'amento automático ou da não&reno%ação de sua condição de a'ente W poder&se&ia caracteriLar tal relação como uma relação de accountabilit+K

2` *rupo( a limitação dos mecanismos de accountabilit+ Gs relaçMes principal Wa'ente torna o conceito eNcessi%amente restrito, e deiNa de considerar al'u&mas relaçMes institucionaliLadas de iscaliLação e controle entre a'.ncias públi&cas ou Hr'ãos estatais# Os controles udiciais, o ?inistério Público e mesmo os9ribunais de ontas permaneceriam eNcluJdos da noção de accountabilit+#

Cuais atores podem eNercer o papel de a'entes de accountabilit+(

/` *rupo( apenas atores institucionais como a'entes de responsabiliLaçãoKAccountabilit+ limitada Gs relaçMes principalW 'ente Iue restrin'em aIuelesIue podem eNercer controle( QiR os eleitores rente a Iuem os 'o%ernanteseleitos de%em responsabiliLar&seK QiiR os polJticos a Iuem a burocracia de%eresponderK QiiiR o parlamento rente a Iuem os 'abinetes e os ministros de%emresponsabiliLar&se nas democracias parlamentaresK e Qi%R outros principais nasrelaçMes de a'.ncia presentes nas burocracias estatais#

2` *rupo( consideram um maior número atores e or'aniLaçMes, institucionaisou não, como a'entes de accountabilit+#

22##22##  llaassssii  iiccaaççããoo 

A accountabilit+ pode ser classiicada de ormas dierentes# A classiicação maistradicional é a de *uillFermo O3onnell, Iue dierencia a accountabilit+ Fori&

Lontal da %ertical# e'undo este autor, a responsabiliLação democrática procu&ra aliar dois mecanismos( de um lado, os relacionados G accountabilit+ %ertical,

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na Iual os cidadãos controlam de orma ascendente os 'o%ernantes Qmedianteo %oto em representantesR, com ormas de democracia semidireta Qcomo ple&biscitosR ou ainda pela utiliLação do controle social, eNempliicado pelos conse&lFos de polJticas públicasK de outro, os %inculados G accountabilit+ ForiLontal,Iue se eeti%am mediante a iscaliLação mútua entre os Poderes QcFecXs andbalancesR ou por meio de outras a'.ncias 'o%ernamentais Iue monitoram opoder público, tais como os tribunais de contas#

O autor deine a 'o!nt'$&t Go">ont'& como(

a eist&ncia de ag&ncias estatais ue estão legalmente capacitadas e auto-ri%adas, e realmente dispostas e aptas, a tomar a!+es ue ultrapassem davigilFncia rotineira a san!ão criminal ou impedimento em rela!ão )s a!+esou omiss+es por outros agentes ou ag&ncias do estado ue podem ser ua-

lificadas como ilegais... pois este tipo de accountabilitL para ser efetivo pre-cisa ter ag&ncias ue são autori%adas e dispostas a vigiar, controlar, corrigireou punir a!+es ilegais de outras ag&ncias estatais.

Em suma, seriam a'.ncias estatais uncionando rotineiramente com poderesde super%isão, punindo açMes ou omissMes do Estado, consideradas ile'ais# Z ocontrole eNercido por instituiçMes como o 97, *7, entre outras#

á a 'o!nt'$&t ="t'& pressupMe uma ação entre desi'uais, sea sob aorma do mecanismo do %oto Qcontrole de baiNo para cimaR ou sob a orma do

controle burocrático Qde cima para baiNoR# A accountabilit+ %ertical é, princi&palmente, embora de orma não eNclusi%a, a dimensão eleitoral, o Iue si'niicapremiar ou punir um 'o%ernante nas eleiçMes# $o entanto, ela abran'e tam&bém o controle eNercido por instituiçMes de FierarIuia superior#

Ela diL respeito G %i'ilSncia e sançMes Iue eleitores, imprensa, O$*s, e outrasor'aniLaçMes da sociedade ci%il eNercem sobre uncionários públicos# Z o meiodisponJ%el para Iue cidadãos comuns possam atuar na iscaliLação da ati%idadepública dos seus representantes# Embora as eleiçMes seam a principal ase daaccountabilit+ %ertical, este conceito abran'e açMes da sociedade ci%il e im&

prensa para iscaliLação e eNposição dos atos das autoridades públicas#?uitos colocam o controle eNercido pelos conselFos 'estores, o orçamentoparticipati%o, ou sea, os instrumentos de participação da sociedade, dentro daaccountabilit+ %ertical# Outros á preerem dierenciá&los do controle eleitoral,classiicando&os como uma accountabilit+ societal# Este conceito sur'iu da in&satisação em relação Gs duas outras ormas de accountabilit+ W a %ertical e aForiLontal W, Iue não estariam permitindo uma participação real da sociedadenas decisMes 'o%ernamentais# Era preciso separar tais instrumentos do contro&le eleitoral# A 'o!nt'$&t sot'& pode ser deinida como(

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um mecanismo de controle não eleitoral, ue emprega ferramentas institu-cionais e não institucionais a!+es legais, participa!ão em instFncias de mo-nitoramento, den#ncias na m"dia etc./, ue se baseia na a!ão de m#ltiplasassocia!+es de cidadãos, movimentos, ou m"dia, objetivando epor erros e

fal0as do governo, tra%er novas uest+es para a agenda p#blica ou influen-ciar decis+es pol"ticas a serem implementadas pelos *rgãos p#blicos.

A noção de accountabilit+ societal incorpora no%os atores, tais como associa&çMes, O$*_s, mo%imentos sociais, mJdia# 3ierentemente da accountabilit+ForiLontal e %ertical, os a'entes da accountabilit+ societal apresentam dieren&ças Iuanto aos recursos Iue dispMem, uma %eL Iue não possuem, se'undoessa deinição, mandato para sançMes le'ais, mas apenas simbHlicas, aindaIue al'umas açMes dessa orma de controle possam 'erar sançMes le'ais# Po&demos diLer Iue accountabilit+ societal é controle social#

C&'ss'@o d' Ao!nt'$&t

0"t'& Ho">ont'& Sot'&

ontrole eNercido peloprocesso eleitoral, pormeio do %oto#

ontrole eNercidopor a'.ncias'o%ernamentais

ontrole eNercidopela sociedade Winstitucional ou não

Essa classiicação é a mais cobrada Qsenão a únicaR nos concursos# Porém,eNistem outras, Iue %ou colocar aIui para %oc.s conFecerem(

?ain\arin' ramiica a accountabilit+ intraestatal em tr.s tipos de relaçMesentre a'entes públicos ou a'.ncias 'o%ernamentais(

R&'@s p"np'&-';nt( são aIuelas nas Iuais um principal desi'naum a'ente para cumprir uma determinada tarea, ou conunto de tareas,e, portanto, 'oLa de ascend.ncia FierárIuica sobre ele# Os corpos

burocráticos li'ados ao ENecuti%o ou ao 5e'islati%o são os eNemplosclássicos desse tipo de relação#

Sst#' L;'& e outros atores estatais com poder de sanção Qudiciário e5e'islati%oR# 9ais atores não se enIuadram nas relaçMes de tipo principal&a'ente, mas antes poderiam ser denominados a'entes de sanção#

Atores e a'.ncias estatais com a !n@o sp<' d s'&>'"  econtrolar autoridades e or'aniLaçMes públicas, como os 9ribunais deontas e o ?inistério Público#

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ernando Abrucio e ?aria ita 5oureiro também apresentam uma classi&icação dos instrumentos Iue %isam 'arantir a accountabilit+(

P"osso &to"'&( sistema eleitoral e partidárioK debates e orma de

disseminação da inormaçãoK re'ras de inanciamento de campanFaeleitoral#

Cont"o& nstt!on'& d!"'nt os #'nd'tos( iscaliLação contJnua dosrepresentantes eleitos e da alta burocracia W controle parlamentar QP1,apro%ação de altos diri'entes, iscaliLação orçamentáriaRK controle udicialQconstitucionalidade, açMes ci%is públicasRK controle administrati%oQtribunal de contasRK controle do desempenFo dos pro'ramas'o%ernamentaisK controle social QconselFos, orçamento participati%oR#

R;"'s st't's nt"t#po"'s( o poder 'o%ernamental é limitado emseu escopo de atuação, a im de 'arantir os direitos dos indi%Jduos e dacoleti%idade W cláusulas pétreas, se'urança contratual, acesso prioritárioaos car'os por concurso, mecanismos de restrição orçamentária#

22##;;##  99rraannssppaarr..nncciiaa 

O PrincJpio da Publicidade eNi'e a ampla di%ul'ação dos atos praticados pela

Administração Pública, ressal%adas as FipHteses de si'ilo pre%istas em lei# Osatos administrati%os de%em ser di%ul'ados para o público# A publicidade não éelemento ormati%o do ato administrati%o, portanto não determina sua %alida&de, mas é reIuisito de eicácia e moralidade#

A partir deste princJpio eNi'e&se da Administração Pública Iue preste contas detodos os seus atos, contratos e procedimentos# 3e%e manter plena transpar.n&cia de seus comportamentos, eNceto nas FipHteses em Iue o impedir o interes&se público, nos casos eNtremos de se'urança nacional ou em situaçMes em Iuea di%ul'ação pré%ia possa eliminar a %iabiliLação de medidas ustiicá%eis#

A :: traL este princJpio em al'uns dispositi%os, além do caput do art# ;#

<:, art. , Q 7 - ' publicidade dos atos, programas, obras, servi!os e cam- pan0as dos *rgãos p#blicos deverá ter caráter educativo, informativo ou deorienta!ão social, dela não podendo constar nomes, s"mbolos ou imagens uecaracteri%em promo!ão pessoal de autoridades ou servidores p#blicos.

 'rt. S, J - a lei s* poderá restringir a publicidade dos atos processuaisuando a defesa da intimidade ou o interesse social o eigiremT

 >B - $ assegurado a todos o acesso ) informa!ão e resguardado o sigilo da

fonte, uando necessário ao eerc"cio profissionalT

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A publicação não é obri'atHria para todos os atos administrati%os, somentepara os aos 'erais de eeitos eNternos# Ato 'eral é o Iue tem destinatáriosindeterminados, o ato não %isa 'erar eeitos sobre apenas uma pessoa deter&minada ou um 'rupo de pessoas especJico# *era eeitos eNternos o ato Iuetem por destinatários os administrados, e não a prHpria administrção# ENistematos não 'erais e não eNternos Iue também de%em ser publicados, como anomeação de %oc.s para um car'o público#

Podemos %er, portanto, Iue o princJpio da publicidade está intimamente li'adocom a transpar.ncia# A 'estão da coisa pública não é ati%idade si'ilosa, Iuede%e ser eita Gs ocultas# Ao contrário, é ati%idade Iue a todos interessa# 5o'o,ao administrado de%e ser propiciado o conFecimento dos atos produLidos pelaAdministração, seam de interesse indi%idual, seam de interesse coleti%o#

L %).6)*+)(%%

ecentemente entrou em %i'or a 5ei de Acesso G 1normação, a 5ei/2#2T20//, muito importante e Iue merece uma atenção especial de todosnHs# A 5ei re'ula di%ersos dispositi%os constitucionais Iue tratam da transpa&r.ncia na Administração Pública#

9rata&se de um a%anço si'niicati%o para a transpar.ncia, pois a lei %em inal&mente dar eeti%idade ao direito de acesso Gs inormaçMes públicas# O ponto

mais importante é Iue ela estabelece a publicidade como a re'ra e o si'ilocomo a eNceção# E o interessante é Iue não estão sueitos G lei apenas os Hr&'ãos públicos, entidades pri%adas Iue recebam recursos públicos também(

 'rt. 7 Esta Jei disp+e sobre os procedimentos a serem observados pela (nião,Estados, =istrito :ederal e ?unic"pios, com o fim de garantir o acesso a informa-!+es previsto no inciso >>> do art. S, no inciso >> do Q do art. e no Q Udo art. U7V da <onstitui!ão :ederal.

Parágrafo #nico. 5ubordinam-se ao regime desta JeiA

> - os *rgãos p#blicos integrantes da administra!ão direta dos Poderes Eecutivo,Jegislativo, incluindo as <ortes de <ontas, e 1udiciário e do ?inist$rio P#blicoT

>> - as autaruias, as funda!+es p#blicas, as empresas p#blicas, as sociedades deeconomia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela(nião, Estados, =istrito :ederal e ?unic"pios.

 'rt. U 'plicam-se as disposi!+es desta Jei, no ue couber, )s entidades priva-das sem fins lucrativos ue recebam, para reali%a!ão de a!+es de interesse p#-blico, recursos p#blicos diretamente do or!amento ou mediante subven!+essociais, contrato de gestão, termo de parceria, conv&nios, acordo, ajustes ou ou-

tros instrumentos cong&neres.

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Assim, aIueles Iue de%em obedecer aos ditames da lei são(

r'ãos e entidades públicas dos tr.s poderes, de todos os nJ%eis de

'o%erno Q7nião, estados e municJpiosRK 9ribunais de ontas e ?inistério PúblicoK

Administração indireta( autarIuias, undaçMes, empresas públicas e sociedades de economia mistaK

3emais entidades controladas direta ou indiretamente pelos entesK

Entidades pri%adas sem ins lucrati%os Iue recebam recursos públi&

cospara eNercer açMes de interesse público#

art# ;` da 5ei traL as diretriLes(

D"t">s do 'sso J no"#'@o

  Obser%Sncia da publicidade como preceito 'eral e do s;&oo#o @oK

  3i%ul'ação de inormaçMes de interesse público, ndpn-dnt#nt d so&t'@sK

  7tiliLação de meios de comunicação %iabiliLados pela tecnolo&

'ia da inormaçãoK  omento ao desen%ol%imento da cultura de transpar.nciaK

  3esen%ol%imento do controle social da administração pública#

4eam Iue temos pontos importantes aIui# O si'ilo é eNceção, ou sea, apenasIuando ustiicado# 4eremos melFor adiante# E eNiste uma série de inorma&çMes Iue de%e ser disponibiliLadas independentemente de solicitação#

Os Hr'ãos públicos 'anFaram uma série de obri'açMes no Iue concerne G 'es&tão da inormação(

 'rt. V <abe aos *rgãos e entidades do poder p#blico, observadas as normase procedimentos espec"ficos aplicáveis, assegurar aA

> - gestão transparente da informa!ão, propiciando amplo acesso a ela e suadivulga!ãoT

>> - prote!ão da informa!ão, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade eintegridadeT e

>>> - prote!ão da informa!ão sigilosa e da informa!ão pessoal, observada a suadisponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restri!ão de acesso.

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Assim, não basta dar acesso G inormação é preciso prote'.&la, para Iuese 'aranta sua disponibilidade, autenticidade e inte'ridade# 4amos %er essesconceitos, Iue são as Iualidades da inormação(

Dspon$&d'd( Iualidade da inormação Iue pode ser conFecida eutiliLada por indi%Jduos, eIuipamentos ou sistemas autoriLadosK

A!tntd'd( Iualidade da inormação Iue tenFa sido produLida, eN&pedida, recebida ou modiicada por indi%Jduo, eIuipamento ou sistemaK

Int;"d'd( Iualidade da inormação não modiicada, inclusi%e Iuanto Gori'em, trSnsito e destinoK

A 5ei deine ainda Iue os cidadãos t.m direito de obter(

Orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bemcomo sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a inormaçãoK

1normação contida em re'istros ou documentos, produLidos ouacumulados por seus Hr'ãos ou entidades, recolFidos ou não a arIui%ospúblicosK

1normação produLida ou custodiada por pessoa Jsica ou entidade pri%adadecorrente de IualIuer %Jnculo com seus Hr'ãos ou entidades, mesmoIue esse %Jnculo á tenFa cessadoK

1normação primária, Jnte'ra, aut.ntica e atualiLadaK

1normação sobre ati%idades eNercidas pelos Hr'ãos e entidades, inclusi%eas relati%as G sua polJtica, or'aniLação e ser%içosK

1normação pertinente G administração do patrim-nio público, utiliLaçãode recursos públicos, licitação, contratos administrati%osK e

1normação relati%a(

o  G implementação, acompanFamento e resultados dos pro'ramas, proe

tos e açMes, bem como metas e indicadores propostosKo  ao resultado de inspeçMes, auditorias, prestaçMes e tomadas de contas

realiLadas pelos Hr'ãos de controle interno e eNterno#

Podemos separar as inormaçMes em dierentes tipos Iuanto G disponibilidade#ENistem aIuelas Iue de%em estar disponJ%eis independentemente de solicit&ação# e'undo a 5ei(

 'rt. C 2 dever dos *rgãos e entidades p#blicas promover, independ-

entemente de reuerimentos, a divulga!ão em local de fácil acesso, noFmbito de suas compet&ncias, de informa!+es de interesse coletivo ouge al po eles p odu%idas ou custodiadas .

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Em tais inormaçMes de%em constar, no mJnimo(

e'istro das compet.ncias e estrutura or'aniLacional, endereços e tele&

ones das respecti%as unidades e Forários de atendimento ao públicoK e'istros de IuaisIuer repasses ou transer.ncias de recursos inanceirosK

e'istros das despesasK

1normaçMes concernentes a procedimentos licitatHrios, inclusi%e osrespecti%os editais e resultados, bem como a todos os contratos celebra&dosK

3ados 'erais para o acompanFamento de pro'ramas, açMes, proetos eobras de Hr'ãos e entidadesK e

espostas a per'untas mais reIuentes da sociedade#

E para Iue estas inormaçMes esteam disponJ%eis de orma ampla, é im&prescindJ%el o uso das 9ecnolo'ias da 1normação e omunicação# Por issoa lei também dá uma atenção importante a estes instrumentos, deinindoparSmetros mJnimos a serem obedecidos pela Administração Pública# e'undoa 5ei(

Q U Para cumprimento do disposto no caput, os *rgãos e entidades p#blicas deverão utili%ar todos os meios e instrumentos leg"timos de uedispuserem, sendo obrigat*ria a divulga!ão em s"tios oficiais da rede mun-dial de computadores internet/.

A lei deine os reIuisitos a serem obedecidos nos sJtios da internet(

onter erramenta de pesIuisa Iue permita o acesso G inormação deorma obeti%a, transparente, clara e em lin'ua'em compreensJ%elK

Possibilitar a 'ra%ação de relatHrios em di%ersos ormatos eletr-nicos,inclusi%e abertos e não proprietários, tais como planilFas e teNtoK

Possibilitar o acesso automatiLado por sistemas eNternos em orma&tos abertos, estruturados e le'J%eis por máIuinaK

3i%ul'ar os ormatos utiliLados na estruturação da inormaçãoK

*arantir a autenticidade e a inte'ridade das inormaçMes disponJ%eisK

?anter atualiLadas as inormaçMes disponJ%eis para acessoK

1ndicar local e instruçMes Iue permitam ao interessado comunicar&se, por%ia eletr-nica ou tele-nica, com o Hr'ão ou entidade detentora do sJtioK e

Adotar as med idas necessárias para 'arantir a acessibilidade de conteúdo

para pessoas com deEici.ncia#

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Outro tipo de inormação é aIuela Iue pode ser solicitada por IualIuercidadão# 7ma eNi'.ncia da 5ei é a criação do er%iço de 1normaçMes aoidadão, nos Hr'ãos e entidades do poder público, para(

Atender e orientar o público Iuanto ao acesso a inormaçMesK

1normar sobre a tramitação de documentos nas suas unidadesK

ProtocoliLar documentos e reIuerimentos de acesso a inormaçMesK

e'undo a 5ei(

 'rt. 7D. Nualuer interessado poderá apresentar pedido de acesso a inform-a!+es aos *rgãos e entidades referidos no art. 7 desta Jei, por ualuermeio leg"timo, devendo o pedido conter a identifica!ão do reuerente e a

especifica!ão da informa!ão reuerida.Q 7 Para o acesso a informa!+es de interesse p#blico, a identifica!ão doreuerente não pode conter exigências que inviabilizem a solicitação.

Q U Os *rgãos e entidades do poder p#blico devem viabili%ar alternativa deencamin0amento de pedidos de acesso por meio de seus s"tios oficiais na

internet.

Q 5ão vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determin-antes da solicita!ão de informa!+es de interesse p#blico.

A única eNi'.ncia Iue a 5ei estabelece é Iue o pedido conter a identiicação doreIuerente e a especiicação da inormação reIuerida# Z proibida a eNi'.nciade Iue o reIuerente inorme os moti%os do pedido# Além disso, o ser%iço debusca e ornecimento da inormação é 'ratuito, sendo cobrado apenas a

 “UeroN”# aso a inormação estea disponJ%el no Hr'ão, ele de%e disponibil&iLála de orma imediata# aso não sea possJ%el, ele terá 20 dias para(

omunicar a data, local e modo para se realiLar a consulta, eetuar areprodução ou obter a certidãoK

1ndicar raLMes de ato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acessoK omunicar Iue não possui a inormação, indicar, se or do seu

conFecimento, o Hr'ão ou a entidade Iue a detém, ou, ainda, remeter oreIuerimento a esse Hr'ão ou entidade, cientiicando o interessado daremessa de seu pedido de inormação#

aso o pedido sea ne'ado, o primeiro recurso ocorre ainda dentro do Hr'ão,para autoridade de FierarIuia superior# $e'ado mais uma %eL, aJ o recursopode ser encaminFado G ontroladoria *eral da 7nião Q*7R# aso a *7

entenda pela proced.ncia do recurso, irá determinar ao Hr'ão a adoção daspro%id.ncias necessárias# e a *7 ne'ar, ainda Fá mais uma instSnciade recurso, a “omissão ?ista de !ea%a liação de 1nEormaçMes”#

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O terceiro tipo de inormação Iuanto G disponibilidade são as inormaçMes si'i&losas# 4amos %er a deinição da 5ei(

>>> - informa!ão sigilosaA auela submetida temporariamente ) restri!ão de

acesso p#blico em ra%ão de sua imprescindibilidade para a seguran!a da so-ciedade e do EstadoT

7m ponto importante é Iue a inormação é si'ilosa Iuando imprescindJ%el paraa se'urança do Estado e da sociedade# Porém, este não é o único caso de si'i&lo, a 5ei não eNclui outras FipHteses de si'ilo pre%istas em outras normas, ose'redo de ustiça e as FipHteses de se'redo industrial decorrentes da eNplora&ção direta de ati%idade econ-mica pelo Estado ou por pessoa Jsica ou entidadepri%ada Iue tenFa IualIuer %Jnculo com o poder público# A 5ei pre%. os casosde inormaçMes Iue são imprescindJ%eis para a se'urança(

Ino"#'@s #p"snd<=s p'"' ' s;!"'n@'

  PonFam em risco a deesa e a soberania nacionais ou a inte'ridade do territHrionacionalK

  PreudiIuem ou ponFam em risco a condução de ne'ociaçMes ou as relaçMes inter&nacionais do PaJs, ou as Iue tenFam sido ornecidas em caráter si'iloso por outrosEstados e or'anismos internacionaisK

  PonFam em risco a %ida, a se'urança ou a saúde da populaçãoK

 

Oereçam ele%ado risco G estabilidade inanceira, econ-mica ou monetária do PaJsK

  PreudiIuem ou causem risco a planos ou operaçMes estraté'icos das orças Ar&madasK

  Preudicar ou causem risco a proetos de pesIuisa e desen%ol%imento cientJico outecnolH'ico, assim como a sistemas, bens, instalaçMes ou áreas de interesse estraté&'ico nacionalK

  PonFam em risco a se'urança de instituiçMes ou de altas autoridades nacionais ouestran'eiras e seus amiliaresK ou

  omprometam ati%idades de inteli'.ncia, bem como de in%esti'ação ou iscaliLa&ção em andamento, relacionadas com a pre%enção ou repressão de inraçMes#

Outro ponto importante é Iue o caráter si'iloso é t#po""o, ou sea,nenFuma inormação pode ter restrin'ido seu acesso para sempre# 9anto Iuea 5ei estabelece os praLos(

 'rt. U9. ' informa!ão em poder dos *rgãos e entidades p#blicas, observado oseu teor e em ra%ão de sua imprescindibilidade ) seguran!a da sociedade ou

do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.

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Q 7 Os pra%os máimos de restri!ão de acesso ) informa!ão, conforme aclassifica!ão prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produ!ão esão os seguintesA

> - ultrassecretaA US vinte e cinco/ anosT>> - secretaA 7S uin%e/ anosT e

>>> - reservadaA S cinco/ anos.

ENistem eNceçMes, como as inormaçMes Iue coloIuem em risco a se'urançado Presidente da epública, Iue permanecerão si'ilosas enIuanto durar seumandato, inclusi%e em caso de reeleição# 9ambém pode ser estabelecido comopraLo inal do si'ilo a ocorr.ncia de determinado e%ento, desde Iue esteocorra antes do transcurso do praLo máNimo de classiicação#

O caráter si'iloso não é absoluto, Fá casos em Iue o acesso não é restrin'ido( 'rt. U7. 6ão poderá ser negado acesso ) informa!ão necessária ) tutela judicialou administrativa de direitos fundamentais.

Parágrafo #nico. 's informa!+es ou documentos ue versem sobre condutas ueimpliuem viola!ão dos direitos 0umanos praticada por agentes p#blicos ou amando de autoridades p#blicas não poderão ser objeto de restri!ão de acesso.

Portanto, caso al'uém precise de uma inormação para solicitar Fabeas corpus,por eNemplo, não pode ter o acesso ne'ado, mesmo no caso de si'ilosa# O

mesmo %ale para inormaçMes acerca de atos Iue atentem contra os direitosFumanos#

A 5ei estabelece Iuem tem compet.ncia para deinir o 'rau de si'ilo de umainormação(

  $o 'rau de !&t"'ss"to, das se'uintes autoridades(

o Presidente e 4ice&Presidente da epúblicaK

o ?inistros de Estado e autoridades com as mesmas prerro'ati%asK

o omandantes da ?arinFa, do ENército e da AeronáuticaK

o Fees de missMes diplomáticas e consulares permanentes no eNteriorK

$o 'rau de s"to, as autoridades reeridas acima, os titulares deautarIuias, undaçMes ou empresas públicas e sociedades de economiamistaK

$o 'rau de "s"='do, as autoridades acima e as Iue eNerçam unçMesde direção, comando ou cFeEia, nJ%el 3A2 /0/#, ou superior#

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A compet.ncia para classiicação da inormação como ultrassecreta e secretapode ser dele'ada, sendo %edada a subdele'ação#

Ao im do praLo pre%isto para o si'ilo, a inormação tornar&se&á, automat&

icamente, de acesso público# E cabe aos Hr'ãos públicos manter a disposiçãoem seu sJtio na internet o rol das inormaçMes Iue tenFam sido desclassi&icadas nos últimos /2 meses#

Cuanto Gs inormaçMes pessoais, o si'ilo é tratado de orma dierente# As in&ormaçMes relati%as G intimidade, %ida pri%ada, Fonra e ima'em terão seuacesso restrito# O praLo máNimo é de /00 anos a contar da data de produçãoda inormação, a não ser Iue a pessoa autoriLe sua di%ul'ação ou Iue al'umalei tra'a tal pre%isão# ENistem eNceçMes, Iuando as inormaçMes oremnecessárias para(

Pre%enção e dia'nHstico médico, Iuando a pessoa esti%er Jsica ou le'al&mente incapaL, e para utiliLação única e eNclusi%amente para otratamento médicoK

ealiLação de estatJsticas e pesIuisas cientJicas de e%idente interessepúblico ou 'eral, pre%istos em lei, sendo %edada a identiicação dapessoa a Iue as inormaçMes se reeriremK

umprimento de ordem udicialK

3eesa de direitos FumanosK ou

Proteção do interesse público e 'eral preponderante#

Processo de apuração de irre'ularidades em Iue o titular das inormaçMesesti%er en%ol%ido, bem como em açMes %oltadas para a recuperação de a&tos FistHricos de maior rele%Sncia#

;;## **oo%%eerrnnoo EElleettrr--nniiccoo O *o%erno Eletr-nico caracteriLa&se pela utiliLação de tecnolo'ias de inorma&ção e comunicação para melForar a 'estão da inormação na administraçãopública e aprimorar os ser%iços oerecidos aos cidadãos, aumentando a eici.n&cia e a eicácia da 'estão pública além de incrementar substanti%amente atranspar.ncia do setor público#

O termo 'o%erno eletr-nico tem oco no uso das no%as tecnolo'ias de inorma&ção e comunicação aplicadas a um amplo arco das unçMes de 'o%erno e, emespecial, deste para com a sociedade# Em termos 'erais pode&se pensar nasse'uintes relaçMes sustentadas pelo 'o%erno eletr-nico(

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elação 'o%erno&ne'HcioK

elação 'o%erno&cidadãoK

elação 'o%erno&'o%erno#

$o primeiro tipo, a tecnolo'ia da inormação é utiliLada como um instrumentode racionaliLação e otimiLação das relaçMes do 'o%erno com seusornecedores, por meio de sistemas como o Pre'ão Eletr-nico, o istema deadastramento 7niicado de ornecedores, etc#

$a relação 'o%erno&cidadão, o principal obeti%o é o desen%ol%imento da cid&adania, por meio da uni%ersaliLação de ser%iços públicos, promoção da trans&par.ncia, abertura de canais de comunicação para su'estMes e reclamaçMes,etc#

$a última relação, a tecnolo'ia da inormação é usada como uma ormade maior coordenação e inte'ração entre os Hr'ãos 'o%ernamentais, os tr.sPoderes e os demais nJ%eis da ederação#

Em conunto, o 'o%erno eletr-nico além de promo%er essas relaçMes em temporeal e de orma eeti%a, seria ainda, potencialiLador de boas práticas de'o%ernança e catalisador de uma mudança prounda nas estruturas de'o%erno, proporcionando mais eeti%idade, transpar.ncia e desen%ol%imento,além do pro%imento democrático de inormaçMes para decisão#

Para o "anco ?undial, e&'o% reere&se ao uso, por a'.ncias 'o%ernamentais,de tecnolo'ias de inormação Qcomo redes de lon'a distSncia, 1nternet e com&putação mH%elR capaLes de transormar as relaçMes com o cidadão, empresas eoutras unidades de 'o%erno#

3e acordo com o $ational Audit Oice, entidade de iscaliLação superioreIui%alente ao 97 no eino 7nido, 'o%erno eletr-nico si'niica pro%eracesso público %ia 1nternet a inormaçMes sobre os ser%iços oerecidos pelosdepartamentos centrais do 'o%erno e suas a'.ncias, Fabilitando o público G

condução e conclusão de transaçMes para tais ser%iços#A Or'aniLação das $açMes 7nidas deine e&'o% como a utiliLação da 1nternet eda \eb para oEertar inEormaçMes e ser%iços 'o%ernamentais aos cidadãos#

;;##//##  **oo%%eerrnnoo EElleettrr--nniiccoo nnoo ""rraassiill 

$o "rasil, o marco inicial do processo de inserção do 'o%erno nas discussMesacerca do uso das tecnolo'ias da inormação e comunicação oi a criação dopro'rama “ociedade da 1normação”, em deLembro de /DDD, com o obeti%o

de “%iabiliLar a no%a 'eração da 1nternet e suas aplicaçMes em beneJcio daociedade "rasileira”#

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om tal esorço, em setembro de 2000, o *o%erno brasileiro produLiu, dentreoutros documentos, o cFamado “5i%ro 4erde”, Iue identiicou o conunto dasaçMes estabelecidas para impulsionar a ociedade da 1normação no "rasil,contemplando ampliação do acesso G 1nternet, meios de conecti%idade, orm&ação de recursos Fumanos, incenti%o G pesIuisa e ao crescimento, comér&cio eletr-nico e desen%ol%imento de no%as aplicaçMes#

$o ano 2000 o *o%erno "rasileiro lançou as bases para a criação de umasociedade di'ital ao criar um *rupo de 9rabalFo 1nterministerial com a inal&idade de eNaminar e propor polJticas, diretriLes e normas relacionadas com asno%as ormas eletr-nicas de interação#

Em ulFo de 2000, o *991 prop-s uma no%a polJtica de interação eletr-nicado *o%erno com a sociedade apresentando um relatHrio preliminar

*991onsolidado contendo um dia'nHstico da situação da inra&estrutura eser%iços do *o%erno ederal, as aplicaçMes eNistentes e deseadas e a situaçãoda le'islação de interação eletr-nica#

Em outubro de 2000 oi criado o omit. ENecuti%o de *o%erno Eletr-nico,o Iue pode ser considerado um dos 'randes marcos do compromisso do on&selFo de *o%erno em prol da e%olução da prestação de ser%iços e inormaçMesao cidadão# A 'estão do 'o%erno eletr-nico brasileiro é da atribuição doE*E, presidido pelo Fee da asa i%il da Presid.ncia da epública#

$o "rasil, a polJtica de 'o%erno eletr-nico se'ue um conunto de diretriLes Iueatuam em tr.s rentes undamentais( unto ao cidadãoK na melForia da suaprHpria 'estão internaK e na inte'ração com parceiros e ornecedores#Podemos obser%ar Iue são as tr.s relaçMes de Iue alamos acima#

'  P'pKs do /o="no

O 'o%erno eletr-nico de%e ser tratado como instrumento de transormaçãoprounda da sociedade brasileira, o Iue obri'a a le%ar em conta os múltiplos

papéis do 'o%erno ederal neste processo(

Promotor da cidadania e do desen%ol%imento(

1sto si'niica Iue o 'o%erno eletr-nico de%e orientar&se para as demandas doscidadãos enIuanto indi%Jduos e também, para promo%er o acesso e a consol&idação dos direitos da cidadania especialmente o direito(

ao acesso aos ser%iços públicosK

G inormaçãoK ao usuruto do prHprio tempo pelo cidadãoK

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a ser ou%ido pelo 'o%ernoK

ao controle social das açMes dos a'entes públicosK

G participação polJtica#

G inclusão di'ital#

1nstrumento de mudança das or'aniLaçMes públicas(

"usca&se a melForia do atendimento ao cidadão e de racionaliLação do uso derecursos públicos, além de aumentar a transpar.ncia da inormação,permitindo Iue o 'o%erno eletr-nico construa capacidades coleti%as de con&trole social e participação polJtica#

$ão se trata somente de colocar mais ser%iços disponJ%eis na 1nternet, mas deaLer com Iue a sua presença na 1nternet beneicie o conunto dos cidadãos epromo%a o eeti%o acesso ao direito aos ser%iços públicos#

O 'o%erno eletr-nico de%e promo%er um deslocamento em direção Gapropriação dos recursos de relacionamento entre 'o%erno e sociedade pelasor'aniLaçMes da sociedade ci%il, de orma a 'arantir Iue o 'o%erno eletr-nicoconstrua capacidades coleti%as de controle social e participação polJtica#

Promo%er a disseminação da tecnolo'ia de inormação e comunicaçãoO 'o%erno eletr-nico de%e contribuir para o desen%ol%imento do paJs# O desenFoda polJtica de 'o%erno eletr-nico e das polJticas correlacionadas de%e abrirespaços para a promoção ati%a do desen%ol%imento nacional pelo campoda 'eração de demanda de produtos e ser%iços e da articulação de iniciati%asde omento e inanciamento# abe G polJtica de 'o%erno eletr-nico eliminar adepend.ncia de um número restrito de ornecedores de bens, ser%iços e licençasde sot\are, estimular a promo%er o desen%ol%imento de sot\are e de no%astecnolo'ias computacionais por entidades de pesIuisa e empresas nacionais e

omentar a adoção de instrumentos de 'o%erno eletr-nico pelos outros nJ%eisde 'o%erno#

Espera&se, com isto, Iue possam emer'ir no%as empresas nacionais, no%astecnolo'ias e ambientes colaborati%os de desen%ol%imento Iue preparem asuperação do paradi'ma do sot\are proprietário de maneira a reduLir asra'ilidades brasileiras nos embates internacionais em torno da propriedadeintelectual#

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Promo%er práticas de *estão do onFecimento na administração pública

A *estão do onFecimento é o conunto de processos sistematiLados, articulados eintencionais, Iue 'o%ernam as açMes de criação, captação, armaLenamento,

tratamento, disseminação e utiliLação de conFecimentos, com o propHsitode atin'ir obeti%os institucionais#

Essa ino%adora %isão de trabalFo no setor público, no Smbito do *o%ernoEletr-nico, constitui no%a capacidade de articulação do processo decisHrio,de 'estão das suas polJticas estraté'icas e de inclusão de um no%o produtorde conFecimento 'eralmente esIuecido( a sociedade e suas or'aniLaçMes#Além disso, os modelos e práticas da 'estão do conFecimento são iniciati%asessen&ciais para inte'ração das tr.s eseras de 'o%erno#

$  P"n<pos

O 'o%erno eletr-nico está sendo implementado se'undo sete princJpios, Iue sãoadotados como reer.ncia 'eral para estruturar as estraté'ias de inter%enção,adotadas como orientaçMes para todas as açMes de 'o%erno eletr-nico,'estão do conFecimento e 'estão da 91 no 'o%erno ederal# ão elas(

Promoção da cidadania como prioridadeK

A polJtica de 'o%erno eletr-nico do 'o%erno brasileiro abandona a %isão Iue%inFa sendo adotada, Iue apresenta%a o cidadão&usuário antes de tudo como

 “cliente” dos ser%iços públicos, em uma perspecti%a de pro%isão de inspiraçãoneoliberal# O deslocamento não é somente semSntico# i'niica Iue o 'o%ernoeletr-nico tem como reer.ncia os direitos coleti%os e uma %isão de cidadaniaIue não se restrin'e G somatHria dos direitos dos indi%Jduos# Assim,orçosamente incorpora a promoção da participação e do controle social e aindissociabilidade entre a prestação de ser%iços e sua airmação comodireito dos indi%Jduos e da sociedade#

/# O 'o%erno eletr-nico de%e promo%er a uni%ersaliLação do acesso aosser%iços públicos em termos de cobertura e eIuanimidade da Iualidadeoerecida(

O pro%imento de ser%iços de%e prioriLar os ser%iços básicos deinteresse dos cidadãos Iue cubram amplas parcelas da populaçãoK

Os sJtios e ser%iços on&line do *o%erno ederal de%em prioriLara prestação de ser%iços para as classes , 3, E, sem detrimento

da Iualidade dos demais ser%iços á disponJ%eis na 1nternet#

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Os sJtios e ser%iços on&line do *o%erno ederal de%em utiliLartecnolo'ias inclusi%as e não eNcludentes e oerecer 'arantia de acessouni%ersal, abran'endo portadores de necessidades especiais, cidadãos

de baiNa escolaridade e usuários de di%ersas plataormas

2# Os sJtios e ser%iços on&line do *o%erno ederal de%em ser estruturados deacordo com os assuntos de interesse e peril do público&al%o(

acesso e a utiliLação de portais pelos seus usuários de%em se dar deorma leNJ%el, o Iue si'niica Iue dierentes dispositi%os podempermitir o acesso Qcomputadores pessoais, computadores de mão,teleones celularesRK

o 'o%erno eletr-nico de%e promo%er a centraliLação e simpliicação doacesso# Assim, os portais 'o%ernamentais de%em conter acesso nãosomente a ser%iços e inormaçMes pro%idos pelo Hr'ão ou nJ%el de'o%erno, mas também por outras instSncias estatais#

;# Os ser%iços on&line de%em ser oerecidos com base nos “e%entos da %ida”do cidadão(

Os portais 'o%ernamentais de%em ser estruturados predominantemente

pelas demandas dos indi%Jduos e e%entos da linFa da %ida”, ou sea,de%em oerecer acesso a ser%iços e inormaçMes correspondentes ademandas pré&estabelecidas e %inculadas a e%entos da %ida dos cid&adãos e cidadãs e or'aniLaçMes# Para tanto, de%em ser or'aniLados pora'rupamentos lH'icos de inormação e aplicaçMes destinados a atendercate'orias de necessidades dos usuários, em substituição ao critériodepartamental#

6# 9ornar disponJ%el a inormação pública de maneira lar'amente acessJ%el e

compreensJ%el(

Os sJtios e ser%iços on&line de%em ser estruturados de orma apromo%er a transpar.ncia das açMes 'o%ernamentaisK

Os recursos de 'o%erno eletr-nico de%em oerecer no%as ormas deor'aniLar e apresentar a inormação de maneira a acilitar o controlesocial das açMes de 'o%ernoK

3e%e&se buscar Iuebrar monopHlios de inormação, tanto no interior

da administração pública como no conunto da sociedade, de maneiraa ampliar e democratiLar a circulação de inormaçMes#

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# aLer uso da 1nternet como um canal de comunicação entre 'o%ernoe sociedade, permitindo participação popular e interati%idade comcidadãos(

O 'o%erno eletr-nico de%e ter entre seus obeti%os ortalecer processosparticipati%os, o Iue si'niica Iue de%e incorporar recursos deinterati%idade Iue estimulem a participação ati%a da sociedade#

$ão somente pela %ia da inclusão di'ital, mas também peloornecimento de conteúdos rele%antes, o 'o%erno eletr-nico de%econtribuir para ampliar a capacidade de participação das or'aniLaçMesda sociedade ci%il nas polJticas públicas#

)# 

Os sJtios e ser%iços online de%em ter asse'urado a Iualidade econiabilidade do seu conteúdo, o Iue si'niica Iue(

O 'o%erno de%e estabelecer padrMes públicos de Iualidade para osser%iços de 'o%erno eletr-nico, no ormato de “cartas de ser%iço” do'o%erno eletr-nico# As cartas de ser%iço são um tipo de documentopúblico Iue estabelece compromissos entre 'o%erno, trabalFadores ecidadãos&usuários Iuanto aos direitos dos cidadãos, Gs caracterJsticase Iualidade dos ser%iços, os mecanismos de monitoramento e oscanais de su'estMes e reclamaçMes#

Os padrMes de Iualidade dos ser%iços oerecidos atra%és do 'o%ernoeletr-nico de%em dar conta de um mJnimo de compromissos, como(tempos de resposta, nJ%el de satisação, condiçMes de prestação doser%iço, responsabilidades e direito a recurso#

# Articulação do 'o%erno eletr-nico com desen%ol%imento e inclusão social(

Além do acesso aos ser%iços públicos, o 'o%erno eletr-nico tambémde%e promo%er a inclusão social por meio da articulação cominiciati%as de promoção do desen%ol%imento de maneira includente edesconcentradora de riIueLa, com atenção Gs oportunidades decriação de no%as oportunidades, G articulação com a polJtica industrial,a 'eração de empre'os e iniciati%as de apoio Gs empresas nacionais#

1ndissociabilidade entre inclusão di'ital e o 'o%erno eletr-nicoK

A 1nclusão di'ital de%e ser tratada como um elemento constituinte da polJtica

de 'o%erno eletr-nico, para Iue esta possa coni'urar&se como polJtica uni%er&sal# Esta %isão unda&se no entendimento da inclusão di'ital como direito decidadania e, portanto, obPeto de polJticas públicas para sua promoção #

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/# e'mentação de públicos(

Escolas e crianças são prioritários e indispensá%eis, mas não eNclusi%osK

As iniciati%as de%em enocar o público como sueito do processo, nãoapenas destinatário de ser%içosK

A se'mentação de públicos não pode impedir Iue as inici&ati%as 'arantam acessibilidade uni%ersal#

7tiliLação do sot\are li%re como recurso estraté'icoK

O sot\are li%re de%e ser entendido como opção tecnolH'ica do 'o%ernoederal# Onde possJ%el de%e ser promo%ida sua utiliLação# Para tanto, de%e&se

prioriLar soluçMes, pro'ramas e ser%iços baseados em sot\are li%reIue promo%am a otimiLação de recursos e in%estimentos em tecnolo'ia dainormação# Entretanto, a opção pelo sot\are li%re não pode ser entendidasomente como moti%ada por aspectos econ-micos, mas pelas possibilid&ades Iue abrem no campo da produção e circulação de conFecimento, noacesso a no%as tecnolo'ias e no estJmulo ao desen%ol%imento de sot\areem ambientes colaborati%os e ao desen%ol%imento de sot\are nacional#

*estão do onFecimento como instrumento estraté'ico de articulação e 'estãodas polJticas públicas(

A *estão do onFecimento é compreendida, no Smbito das polJticas de 'o%&erno eletr-nico, como um conunto de processos sistematiLados, articulados eintencionais, capaLes de incrementar a Fabilidade dos 'estores públicos emcriar, coletar, or'aniLar, transerir e compartilFar inormaçMes e conFecimentosestraté'icos Iue podem ser%ir para a tomada de decisMes, para a 'estão depolJticas públicas e para inclusão do cidadão como produtor de conFecimentocoleti%o#

acionaliLação dos recursosK

O 'o%erno eletr-nico não de%e si'niicar aumento dos disp.ndios do 'o%ernoederal na prestação de ser%iços e em tecnolo'ia da inormação# Ainda Iueseus beneJcios não possam icar restritos a este aspecto, é ine'á%el Iue de%eproduLir redução de custos unitários e racionaliLação do uso de recursos#

*rande parte das iniciati%as de 'o%erno eletr-nico pode ser realiLada atra%ésdo compartilFamento de recursos entre Hr'ãos públicos# Este compartilFamentopode se dar tanto no desen%ol%imento Iuanto na operação de soluçMes,

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inclusi%e atra%és do compartilFamento de eIuipamentos e recursos Fumanos#3estaIue especial de%e merecer o desen%ol%imento compartilFado em ambien&te colaborati%o, en%ol%endo múltiplas or'aniLaçMes# 7m eNemplo de comparti&lFamento de recursos está no Proeto 1no%ia "rasil#

Adoção de polJticas, normas e padrMes comunsK

O sucesso da polJtica de 'o%erno eletr-nico depende da deinição e publicaçãode polJticas, padrMes, normas e métodos para sustentar as açMes de implanta&ção e operação do *o%erno Eletr-nico Iue cubram uma série de atores crJticospara o sucesso das iniciati%as# $este sentido, a arIuitetura e&P1$* W PadrMesde 1nteroperabilidade de *o%erno Eletr-nico W deine um conunto mJnimo depremissas, polJticas e especiicaçMes técnicas Iue re'ulamentam a utiliLação da9ecnolo'ia da 1normação e omunicação Q91R no 'o%erno ederal, estabele&cendo as condiçMes de interação com os demais poderes e eseras de 'o%ernoe com a sociedade em 'eral#

1nte'ração com outros nJ%eis de 'o%erno e com os demais poderes

A implantação do 'o%erno eletr-nico não pode ser %ista como um conunto deiniciati%as de dierentes atores 'o%ernamentais Iue podem manter&se isoladasentre si# Pela prHpria natureLa do 'o%erno eletr-nico, este não pode prescindirda inte'ração de açMes e de inormaçMes#

A natureLa ederati%a do Estado brasileiro e a di%isão dos Poderes não podesi'niicar obstáculo para a inte'ração das açMes de 'o%erno eletr-nico# abeao *o%erno ederal um papel de destaIue nesse processo, 'arantindo umconunto de polJticas, padrMes e iniciati%as Iue 'arantam a inte'ração dasaçMes dos %ários nJ%eis de 'o%erno e dos tr.s Poderes#

66## PPoonnttooss 11mmppoorrttaanntteess ddaa AAuullaa   A ;o="n'$&d'd reere&se Gs condiçMes sist.micas de eNercJcio do poderpor parte do Estado em uma determinada sociedade# eria uma somatHria dosinstrumentos institucionais, recursos inanceiros e meios polJticos de eNecuçãodas metas deinidas# eere&se G capacidade de 'o%ernar, situando&se no planopolJtico# Está diretamente li'ada ao conceito de le'itimidade#

  A ;o="n'n@' é a capacidade inanceira e administrati%a em sentido amplo

de uma or'aniLação de implementar suas polJticas# itua&se no planoadministrati%o, de 'estão# Z a maneira pela Iual o poder é eNercido na

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administração dos recursos sociais e econ-micos de um paJs %isando odesen%ol%imento, implicando a capacidade dos 'o%ernos de planear, ormulare implementar polJticas e cumprir unçMes#

  O conceito de ;o="n'n@'  tem se alterado ao lon'o do tempo, dacapacidade de 'estão para implementação de polJticas públicas para abran'era atuação coordenada de dierentes atores#

  Ao!nt'$&t é um conceito muito importante para a Administração Públi&ca# Esse termo abran'e pelo menos tr.s aspectos( obri'ação em prestar con&tasK responsabiliLação pelos atos e resultadosK e responsi%idade#

  A accountabilit+ é &'ss'd' em tr.s tipos( na %ertical, Fá o controle prin&

cipalmente eleitoral por parte da sociedadeK na ForiLontal, o controle é realiLa&do por a'.ncias 'o%ernamentais como o 97 ou a *7K na societal, Fácontrole e participação da sociedade ci%il#

  $o acesso G inormação de%e&se obser%a a publicidade como preceito 'eral edo s;&o o#o @o# 3e%e&se obser%ar ainda a di%ul'ação deinormaçMes de interesse público, independentemente de solicitaçMesK

  Z de%er dos Hr'ãos e entidades públicas promo%er, independentemente dereIuerimentos, a di%ul'ação em local de ácil acesso, no Smbito de suas

compet.ncias, de inormaçMes de interesse coleti%o ou 'eral por elesproduLidas ou custodiadas#

  $ão poderá ser ne'ado acesso G inormação nss"' J t!t&'  udicial ouadministrati%a de direitos undamentais#

  ão %edadas IuaisIuer eNi'.ncias relati%as aos #ot=os dt"#n'n-ts da solicitação de inormaçMes de interesse público#

## CCuueessttMMeess oommeennttaaddaass 

/#  QEAT*7T20/2R A eNpressão accountabilit+ é associada 'eralmente aprestação de contas, no entanto ela pode assumir outros si'niicados, con&orme 5inda de5eon# 1ndiIue Iual dos si'niicados abaiNo é correto#

aR $o ambiente FierárIuico a accountabilit+ está relacionada a re'ras e pro&cedimentos e o trabalFo dos super%isores é monitorar os comportamentosdos subordinados, recompensando o certo e corri'indo o Iue esti%er errado#

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bR $o pluralismo competiti%o a accountabilit+ é ampla, contando com a inte&'ridade e a probidade do proissional encarre'ado de aLer o trabalFo#

cR $o ambiente anárIuico Qnão FierarIuiLadosR, a accountabilit+ está relaci&onada com a ineNist.ncia de incenti%os para Iue cada parte se abstenFa depreudicar os demais por medo de retaliação#

dR $as comunidades a accountabilit+ reere&se Gs re'ras ormais# Z permiti&do e mesmo esperado Iue, a im de 'anFar, os participantes do o'o açamtudo, contando Iue não sea eNplicitamente proibido#

eR $o ambiente anárIuico Qnão FierarIuiLadosR, não Fá accountabilit+#

5inda 3e5eon apresenta um Iuadro com Iuatro tipos de estruturas or'aniLaci&onais classiicados de acordo a clareLa e conFecimento das metas e dos meiospara alcançá&las#

$a FierarIuia os meios e as metas são claros# $o pluralismo competiti%o os

meios são certos mais os obeti%os incertos# $a comunidade os obeti%os sãoincertos, mas os meios incertos# Por im, na anarIuia, estrutura em rede, osmeios e os obeti%os são incertos#

A autora associa então tipos dierentes de accountabilit+ para cada caso#

B!"'!"'t 'o!nt'$&t( tFe irst case is one \Fere 'oals are clearand means are Xno\n# *oal clarit+ can Fappen because tFere is onl+ oneperson Qor 'roupR \Fose 'oals count QmonarcF+, dictatorsFip, oli'arcF+R,or because a sin'le 'roup Fas emer'ed %ictorious rom a contested battle

or po\er Qcompetiti%e pluralism, bet\een electionsR# ertaint+ about

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means occurs \Fere problems are simple or \Fere tFere is 'ood tFeor+ to'uide practice# 1n tFese cases, tFe administration can be Feld accountableor botF results and process# itFin public or'aniLations, strict account&abilit+ to rules and close monitorin' b+ FierarcFical superiors is possible\Fere decisions can be entirel+ codiied in standard operatin' procedures#

esumindo( Iuando os meios e os obeti%os são claros, o controle FierárIuicoé a melFor orma de accountabilit+# A letra “A” é certa#

Po&t'& 'o!nt'$&t( 1n tFe second case, \Fere 'oals are unclear orconlictin' but \Fere tFe means to acFie%e an+ o tFe %arious 'oals W ione could but be a'reed upon W are understood, accountabilit+ is or pro&cess onl+, not or results# or eNample, i one part+ Qsa+, tFe 3emocratsRFas succeeded in le'islatin' some polic+ it preers Qsa+, an increase in tFeees cFar'ed or 'raLin' stocX on public lands in tFe estern 7nitedtatesR, tFen \Fen administrators \Fo implement tFe polic+ are criticiLedb+ tFeir epublican clients or Farmin' business interests Qun\elcomeresults, rom tFe critics standpointR, tFe bureaucrats can eecti%el+ de&end tFemsel%es b+ claimin' tFat tFe+ \ere ust doin' tFeir ob#

esumindo( no caso do pluralismo competiti%o, Iuando cada partido deendeum obeti%o dierente dos outro, muitas %eLes conlitantes, a accountabilit+pode se reerir apenas aos processos, não aos resultados, pois os meios sãoclaros, mas os obeti%os não# A letra “"” é errada, é a descrição da accountab&ilit+ proissional#

P"osson'& 'o!nt'$&t( tFe tFird case, \Fere 'oals are clear butmeans are not, is particularl+ interestin' in li'Ft o tFat proessional ac&countabilit+ s+stems are tFe ones most appropriate to tFe situation ocontemporar+ public or'aniLations# 1n tFeir scFeme, proessional account&abilit+ in%ol%es an internal locus o control# Proessional \orXers in 'o%&

ernmental or'aniLations, tFat is, are treated \itF tFe deerence, \FicF isdue to tFeir eNpertise, b+ tFeir clients QtFe publicR# 9Fe+ can be called to'i%e an account o tFeir decisions QtFeir processesR, sFould tFe client \isFto raise tFe Iuestion# $ormall+, Fo\e%er, proessionals are sanctioned notor tFeir ailure to acFie%e results, altFou'F tFat is \Fat tFe model \e areusin' Fere \ould predict# ontrar+ to tFe model, pF+sicians \Fosepatients die, la\+ers \Fo lose tFeir cases, and teacFers \Fose studentsail eNaminations are not subect to punisFment or ailin' to acFie%e tFe'oal, e%en tFou'F it \as a clear one# 9Fe+ can, Fo\e%er, be punisFed or

 malpractice, \FicF as tFe \ord itsel su''ests, is tFe use o impropermeans to acFie%e tFe 'oal#

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esumindo( Iuando os obeti%os são claros, mas os meios não, os burocratasde%em ser responsabiliLados pelos resultados# ?as isso não ocorre normal&mente, eles são punidos apenas pela prática de atos contra a inte'ridade e aprobidade# $as comunidades, se'undo a autora “t0e public official Hould begiven licence to act according to 0is0er best judgment, but 0e or s0e could becalled to account and reuired to eplain H0L t0ose actions Here selected ”, ousea, ele tem liberdade para aLer as escolFas dos meios, mas de%e

 ustiicálas com base em certos princJpios# A letra “3” é errada porIue não sereere Gs re'ras ormais#

An'"G 'o!nt'$&t( tFe ourtF case is tFe stran'est# 1 'oals areunclear or conlictin', tFere is no a'reement on \Fat results sFould be ob&tained, so tFere can be no accountabilit+ or results# Fere cause&eect

Xno\led'e is minimal, an indi%idual or 'roup cannot ustiiabl+ be penal&iLed or selectin' tFe \ron' means to acFie%e an obecti%e, since no oneelse could Fa%e Xno\n \Fat cFoice \as better# 1n tFe cFaotic \orld onet\orX or'aniLations, \Fere participation is luid and tFere is no meanso enorcin' collecti%e decisions, does accountabilit+ Fa%e an+ meanin' atallY 1n an anal+sis o international politics as an anarcFic s+stem, ANelrodand ]eoFane Q/D:R pose tFe ollo\in' Iuestion( in tFe absence o aninternational mecFanism to enorce collecti%e decisions, \Fat moti%atesindi%idual states to Fonor tFeir a'reementsY 9Feir ans\er, in an e%ocat&

i%e pFrase, is tFe sFado\ o tFe uture# Fen uture pa+os Fa%e aFi'F %alue relati%e to current ones, tFere is little incenti%e to deecttoda+, since tFe otFer side mi'Ft retaliate tomorro\# 1n sFort, tFe statesare accountable as a 'roup, eacF to tFe otFers#

esumindo( Iuando os obeti%os não são claros ou são conlitantes, não Fáacordo acerca dos resultados Iue de%em ser alcançados, portanto não podeFa%er accountabilit+ em relação aos resultados# ?as isso não si'niica Iue nãoeNista accountabilit+ no modelo anárIuico# O Iue orça os a'entes a cumpri&

rem seus acordos é a “sombra do uturo”, a possibilidade de serem retaliadosposteriormente#

A letra “E” é errada# Podemos %er Iue Fá sim accountabilit+ no modeloanárIuico, é o comprometimento de cada membro do 'rupo com os demais#

A letra “” é errada porIue eNistem os incenti%os para Iue cada um nãopreudiIue os demais#

/'$'"to: A#

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2#  QEATA"T20/2R O acesso G inormação de Iue trata a 5ei n#/2#2, de /: de no%embro de 20// Q5ei de Acesso G 1normação no"rasilR, compreende, entre outros, os direitos abaiNo, eNceto(

aR inormação pertinente G administração do patrim-nio público, utiliLaçãode recursos públicos, licitação, contratos administrati%os#

bR inormação sobre ati%idades eNercidas pelos Hr'ãos e entidades, inclusi%eas relati%as G sua polJtica, or'aniLação e ser%iços, mesmo Iue si'ilosa ouparcialmente si'ilosa#

cR inormação primária, Jnte'ra, aut.ntica e atualiLada#

dR orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bemcomo sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a inormação

almeada#eR inormação produLida ou custodiada por pessoa Jsica ou entidade pri%adadecorrente de IualIuer %Jnculo com seus Hr'ãos ou entidades, mesmo Iueesse %Jnculo á tenFa cessado#

e'undo a 5ei /2#2T20//, os cidadãos t.m direito de obter(

  Orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem

como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a inorm&açãodK

  1normação contida em re'istros ou documentos, produLidos ou acumulados por seus Hr'ãos ou entidades, recolFidos ou não a arIui%os públicosK

  1normação produLida ou custodiada por pessoa Jsica ou entidade pri%adadecorrente de IualIuer %Jnculo com seus Hr'ãos ou entidades, mesmoIue esse %Jnculo á tenFa cessado K

  1normação primária, Jnte'ra, aut.ntica e atualiLada K

  1normação sobre ati%idades eNercidas pelos Hr'ãos e entidades, inclusi%eas relati%as G sua polJtica, or'aniLação e ser%içosK

  1normação pertinente G administração do patrim-nio público, utiliLaçãode recursos públicos, licitação, contratos administrati%os 'K  

1normação relati%a(

o G implementação, acompanFamento e resultados dos pro'ramas, proe&tos e açMes, bem como metas e indicadores propostosK

o ao resultado de inspeçMes, auditorias, prestaçMes e tomadas de contasrealiLadas pelos Hr'ãos de controle interno e eNterno#

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A letra “"” é errada porIue não é um direito o acesso G inormação si'ilosa(

 'rt. U7. 6ão poderá ser negado acesso ) informa!ão necessária ) tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais.

Parágrafo #nico. 's informa!+es ou documentos ue versem sobre condu-tas ue impliuem viola!ão dos direitos 0umanos praticada por agentes p#-blicos ou a mando de autoridades p#blicas não poderão ser objeto derestri!ão de acesso.

/'$'"to: B#

;#  QEATA9T20/0R Assinale a opção correta#

aR As eleiçMes e o %oto são mecanismos de accountabilit+ ForiLontal#bR 7ma alta demanda social por accountabilit+ aeta, ne'ati%amente, a ca&pacidade de 'o%ernança#

cR em le'itimidade, não Fá como se alar em 'o%ernabilidade#

dR 1nstSncias responsá%eis pela iscaliLação das prestaçMes de contas contri&buem para o desempenFo da accountabilit+ %ertical#

eR 7ma boa 'o%ernabilidade 'arante uma boa 'o%ernança#

A accountabilit+ pode ser classiicada em ForiLontal, %ertical e societal# 4amosre%er as deiniçMes# Accountabilit+ ForiLontal(

a eist&ncia de ag&ncias estatais ue estão legalmente capacitadas e auto-ri%adas, e realmente dispostas e aptas, a tomar a!+es ue ultrapassem davigilFncia rotineira a san!ão criminal ou impedimento em rela!ão )s a!+esou omiss+es por outros agentes ou ag&ncias do estado ue podem ser ua-lificadas como ilegais... pois este tipo de accountabilitL para ser efetivo pre-cisa ter ag&ncias ue são autori%adas e dispostas a vigiar, controlar, corrigireou punir a!+es ilegais de outras ag&ncias estatais.

á a accountabilit+ %ertical pressupMe uma ação entre desi'uais, sea sob aorma do mecanismo do %oto Qcontrole de baiNo para cimaR ou sob a orma docontrole burocrático Qde cima para baiNoR#

Accountabilit+ ocietal(

(m mecanismo de controle não eleitoral, ue emprega ferramentas institu-cionais e não institucionais a!+es legais, participa!ão em instFncias de mo-nitoramento, den#ncias na m"dia etc/, ue se baseia na a!ão de m#ltiplasassocia!+es de cidadãos, movimentos, ou m"dia, objetivando epor erros e

fal0as do governo, tra%er novas uest+es para a agenda p#blica ou influen-ciar decis+es pol"ticas a serem implementadas pelos *rgãos p#blicos

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A letra “A” é errada porIue as eleiçMes são uma orma de accountabilit+ %erti&cal# A letra “3” é errada porIue é ForiLontal#

4amos %er os conceitos de 'o%ernança e 'o%ernabilidade de "resser Pereira(

4overnabilidade e governan!a são conceitos mal definidos, freuentementeconfundidos. ' capacidade pol"tica de governar ou governabilidade deriva darela!ão de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade, en-uanto ue governan!a $ a capacidade financeira e administrativa em sen-tido amplo de uma organi%a!ão de implementar suas pol"ticas.

Portanto, a 'o%ernabilidade está li'ada diretamente G le'itimidade# A letra “”é certa# A letra “E” é errada porIue nem a 'o%ernabilidade 'arante uma boa'o%ernança, nem a 'o%ernança 'arante a 'o%ernabilidade# e não Fou%er 'o&

%ernabilidade, a 'o%ernança ica preudicada# O mesmo ocorre com o in%erso(sem 'o%ernança, a 'o%ernabilidade é pior# ?as, Fa%endo uma, não si'niicaIue a outra está 'arantida#

A letra “"” oi dada como errada, mas é discutJ%el# Eles consideraram erradaporIue uma alta demanda por accountabilit+ preudica a 'o%ernabilidade# on&tudo, entendo Iue também pode preudicar a 'o%ernança# e as pessoas eNi&'em cada %eL mais controles e prestação de contas, o 'estor %ai ter uma'estão menos leNJ%el#

/'$'"to: C#

6#  QEATA"T200DR obre o tema 'o%ernabilidade, 'o%ernança e ac&countabilit+, assinale a opção incorreta#

aR A accountabilit+ %isa a ortalecer o controle social e polJtico, em detrimen&to do controle burocrático#

bR *o%ernança pode ser entendida como um modelo ForiLontal de relaçãoentre atores públicos e pri%ados no processo de elaboração de polJticas pú&

blicas#cR O conceito de 'o%ernança possui um caráter mais amplo Iue o conceitode 'o%ernabilidade#

dR As parcerias público&pri%adas QPPPsR constituem um eNemplo de coorde&nação de atores estatais e não estatais, tJpico da 'o%ernança#

eR A 'o%ernabilidade reere&se mais G dimensão estatal do eNercJcio dopoder#

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A letra “A” é errada# A accountabilit+ busca ortalecer o controle social e polJti&co, mas sem detrimento do burocrático, Iue está na accountabilit+ ForiLontal#

A letra “"” é certa# e'undo 5eonardo eccFi(

 ' interpreta!ão de governan!a adotada neste artigo $ a derivada das ci&n-cias pol"ticas e administra!ão p#blica, como um modelo 0ori%ontal de rela-!ão entre atores p#blicos e privados no processo de elabora!ão de pol"ticas

 p#blicas

A letra “” oi considerada correta# e'undo Alcindo *onçal%es(

 1á a governan!a tem um caráter mais amplo. Pode englobar dimens+es pre-sentes na governabilidade, mas vai al$m. Beja-se, por eemplo, a defini!ãode ?eloA “refere-se ao modus operandi das pol"ticas governamentais I ue

inclui, dentre outras, uest+es ligadas ao formato pol"tico-institucional do processo decis*rio, ) defini!ão do mi apropriado de financiamento de pol"-ticas e ao alcance geral dos programas”. <omo bem salienta 5antos “o con-ceito de governan!a/ não se restringe, contudo, aos aspectos gerenciais eadministrativos do Estado, tampouco ao funcionamento efica% do aparel0ode Estado”.

A letra “3” é correta# A 'o%ernança en%ol%e o relacionamento entre atorespúblicos e pri%ados, tJpico da 'o%ernança#

A letra “E” é certa# e'undo Alcindo *onçal%es(

 ' governabilidade refere-se mais ) dimensão estatal do eerc"cio do poder.=i% respeito )s “condi!+es sist&micas e institucionais sob as uais se dá oeerc"cio do poder, tais como as caracter"sticas do sistema pol"tico, a formade governo, as rela!+es entre os Poderes, o sistema de intermedia!ão deinteresses”. 'inda segundo Juciano ?artins, o termo governabilidade refere-se ) aruitetura institucional, distinto, portanto de governan!a, basicamenteligada ) performance dos atores e sua capacidade no eerc"cio da autorida-de pol"tica.

/'$'"to: A#

#  QEATEA&PT20/0R onsiderado undamental G 'o%ernança no se&tor público, o processo pelo Iual as entidades públicas e seus responsá%eisde%em prestar contas dos resultados obtidos, em unção das responsabilida&des Iue lFes oram atribuJdas por dele'ação de poder, denomina&se(

aR 9ranspar.ncia#

bR 1nte'ridade#

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cR EIuidade#

dR !esponsabilidade iscal#

eR Accountabilit+#

9emos no enunciado um dos aspectos da accountabilit+, Iue é a prestação decontas#

/'$'"to: E#

)#  QEATEPP**&?PO*T200:R Entre os pressupostos das no%as aborda&

'ens sobre 'o%ernança no setor público, destacam&se(1# o crescimento da compleNidade nas relaçMes entre 'o%erno e sociedadeK

11# a eNpansão da inlu.ncia dos or'anismos internacionais e das comunida&des locais nos processos de ormação, implementação e a%aliação de polJti&cas públicasK

111# a possibilidade de eNist.ncia de múltiplos modelos de 'o%ernança no se&tor público, ao in%és de um sistema burocrático único e centraliLadoK

14# a importSncia da teoria dos sistemas, especialmente a cibernética, como

undamento conceitual para ormulação de polJticas públicasK4# a crescente importSncia do papel das redes inter&or'aniLacionais#

Estão corretas(

aR As airmati%as 1, 11, 111, 14 e 4#

bR Apenas as airmati%as 1, 11, 111 e 4#

cR Apenas as airmati%as 1, 11 e 111#

dR Apenas as airmati%as 11, 111 e 4#

eR Apenas as airmati%as 1, 11 e 14#

A 'o%ernança pode ser interna ou eNterna# 1nternamente, reere&se a 'estãodos recursos Fumanos, materiais e inanceiros# ENternamente, en%ol%e a atua&ção conunta com outros Hr'ãos e as entidades sem ins lucrati%os na imple&mentação das polJticas públicas# A airmação 1 é certa porIue as relaçMes doEstado com a sociedade são cada %eL mais compleNas# ormam&se as redes depolJticas públicas, Iue são também cFamadas de redes de 'o%ernança#

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A airmação 11 é certa porIue Fá uma participação maior tanto de or'anismosinternacionais, muitas %eLes como inanciadores de polJticas públicas e proe&tos sociais, e das comunidades locais#

A airmação 111 é certa# A 'estão de%e ser adaptati%a# $ão eNiste um únicomodelo ideal para todas as situaçMes#

A airmação 14 é errada# Z correto Iue Fá importSncia da teoria de sistemas,mas essa não se reere a sistemas de inormática# e'undo !icFard 3at(

(m sistema $ um conjunto de partes inter-relacionadas ue funcionam co-mo um todo para alcan!ar um prop*sito comum.

Cuando analisamos a or'aniLação sob o ponto de %ista da 9eoria dos iste&mas, de%emos dar atenção não somente aos seus elementos, como também a

interação entre eles# $enFuma parte da or'aniLação pode ser compreendida senão olFarmos para a relação desta parte com as outras#

Os sistemas uncionam a partir da aIuisição de entradas QinputsR no ambienteeNterno# ApHs transormá&las de al'uma maneira, elas são liberadas no%amen&te para o ambiente eNterno na orma de saJdas QoutputsR, como, por eNemplo,os produtos, ou as polJticas públicas no caso do setor público#

Al'uns conceitos dessa teoria oram importantes para o pensamento adminis&trati%o# 7m deles é a dierença entre os sistemas abertos e os ecFados# En&

Iuanto os primeiros precisam do ambiente para sobre%i%erem, os últimos não#$a perspecti%a clássica, as or'aniLaçMes eram %istas como sistemas ecFados#ontudo, todas as or'aniLaçMes são sistemas abertos# Ao i'norar o ambiente,podemos cFe'ar ao racasso#

A airmação 4 é certa# As redes entre or'aniLaçMes são cada %eL mais impor&tantes# O Estado não atua mais isoladamente, é preciso coordenação com ou&tros atores#

/'$'"to: B#

#  QEATA$AT200DR obre accountabilit+, analise as airmaçMes Iue sese'uem e selecione a opção Iue melFor representa o resultado de sua análi&se(

Q R A accountabilit+ diL respeito G capacidade Iue os constituintes t.m deimpor sançMes aos 'o%ernantes, notadamente reconduLindo ao car'o aIue&les Iue se desincumbem bem de sua missão e destituindo os Iue possuem

desempenFo insatisatHrioK

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Q R A accountabilit+ inclui a prestação de contas dos detentores de mandatoe o %eredicto popular sobre essa prestação de contasK

Q R A accountabilit+ depende de mecanismos institucionais, sobretudo daeNist.ncia de eleiçMes competiti%as periHdicas#

aR , ,

bR , , E

cR , E, E

dR E, E, E

eR E, , E

4imos Iue o conceito de accountabilit+ abran'e tr.s aspectos(

  Obri'ação em prestar contas

  !esponsabiliLação pelos atos e resultados

  !esponsi%idade

A primeira airmação é certa# A capacidade de impor sançMes está na respon&sabiliLação# As eleiçMes representam o principal instrumento da accountabilit+%ertical, Iuando a sociedade pode punir o 'o%ernante Iue não tenFa tido um

desempenFo satisatHrio retirando ele do car'o#A se'unda airmação é certa# Outro aspecto da accountabilit+ é a prestação decontas, a transpar.ncia#

A terceira airmação é certa# As eleiçMes são uma orma de accountabilit+ %er&tical, ainda eNiste a accountabilit+ ForiLontal e a societal# Esta é deinida como(

um mecanismo de controle não eleitoral, ue emprega ferramentas institu-cionais e não institucionais a!+es legais, participa!ão em instFncias de mo-nitoramento, den#ncias na m"dia etc/, ue se baseia na a!ão de m#ltiplas

associa!+es de cidadãos, movimentos, ou m"dia, objetivando epor erros efal0as do governo, tra%er novas uest+es para a agenda p#blica ou influen-ciar decis+es pol"ticas a serem implementadas pelos *rgãos p#blicos.

Portanto, o controle pode ser eito tanto por mecanismos institucionais comonão institucionais# A Iuestão ala Iue a accountabilit+ depende de mecanismosinstitucionais, como as eleiçMes# A interpretação aIui é Iue sH podemos alarde uma sociedade com accountabilit+ Iuando eNistem mecanismos ormais, ousea, Iuando Fá institucionaliLação do controle# A sociedade até pode criarmecanismos não ormaliLados, mas não Fa%erá uma %erdadeira accountabilit+#

/'$'"to: A#

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:#  QEATPT200:R 3esde a década de /D)0 até o inal dos anos /DD0,os temas da 'o%ernabilidade e 'o%ernança comparecem, recorrentemente,Gs discussMes sobre o conteNto polJtico institucional da 'estão pública nas

sociedades democráticas# 1ndiIue, entre as opçMes abaiNo, aIuela Iue nãomenciona %ariá%eis prHprias desse debate#

aR A eici.ncia da máIuina administrati%a, as ormas de 'estão pública, osmecanismos de re'ulação e controle e de inanciamento do Estado#

bR A estrutura de oportunidades, a cultura polJtica, as instituiçMes associati&%as e os padrMes assumidos pelos processos de ormação de capital social#

cR A capacidade de liderança e coordenação do 'o%erno, as caracterJsticasdas coaliLMes de oposição e de sustentação 'o%ernamental e re'ras do pro&

cesso decisHrio#dR As caracterJsticas do sistema de intermediação de interesses, o 'rau deinteração do público com o pri%ado na deinição e condução das polJticas 'o&%ernamentais e de inclusão de 'rupos sociais aetados#

eR A orma de 'o%erno, o sistema partidário e eleitoral, as relaçMes entre asinstSncias 'o%ernamentais do sistema ederati%o e o papel do poderudiciário#

Cuestão tirada do teNto( “*o%ernabilidade, *o%ernança e 3emocracia”, de?aria Velena de astro antos, disponJ%el em(

Fttp(TT\\\#scielo#brTscielo#pFpYscriptfscigartteNthpidf00//&2:/DD000;0000;

Essa defini!ão geral de capacidade governativa serve bem aos nossos pro- p*sitos. Por um lado, engloba tanto caracter"sticas operacionais do Estado Ianalisando-se a" a efici&ncia de sua máuina administrativa, novas formasde gestão p#blica, mecanismos de regula!ão e controle I, como sua dimen-

são pol"tico-institucional, as investiga!+es podendo incluir, neste caso, des-de as caracter"sticas das coali%+es de sustenta!ão do governo, do processodecis*rio, das formas mais ou menos tradicionais de representa!ão de inte-resses, das rela!+es Eecutivo-Jegislativo, do sistema partidário e eleitoral,

 passando pelas rela!+es entre os tr&s n"veis de governo e a forma e o graude intera!ão do p#blico com o privado na defini!ão e condu!ão das pol"ticasgovernamentais, at$ a pouca analisada atua!ão do 1udiciário como ator po-l"tico e a capacidade de lideran!a e coordena!ão do governo.

Por outro lado, a constru!ão da capacidade governativa de forma mais oumenos democrática fica caracteri%ada pelos mecanismos e formas ue as-sumem as instFncias da pol"tica na intera!ão do Estado com a sociedade,

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identificados a partir do eame de vários dos aspectos referidos acima, comespecial destaue para a maior ou menor inclusão de grupos sociais afeta-dos pelas pol"ticas governamentais.

Podemos obser%ar aJ as letras “A”, “”, “3” e “E”# O teNto da autora é de /DD,ou sea, do inal do perJodo colocado no enunciado da Iuestão# As %ariá%eisIue estão na letra “"” entraram no debate mais recentemente, nos anos 2000#

4amos a'ora re%er a deinição de Putman para capital social(

conjunto das caracter"sticas da organi%a!ão social, ue englobam as redesde rela!+es, normas de comportamento, valores, confian!a, obriga!+es ecanais de informa!ão. E o capital social, uando eistente em uma região,torna poss"vel a tomada de a!+es colaborativas ue resultem no benef"ciode toda a comunidade.

Portanto, o capital social, materialiLado em termos de coniança, otimismo etolerSncia polJtica, permite Iue sea mais ácil as pessoas se en'aarem emaçMes coleti%as, em colaborarem umas com as outras# Ainda se'undo o autor(

Estruturas de oportunidade pol"tica são dimens+es consistentes do conteto pol"tico ue podem encorajar ou desencorajar pessoas de participarem ema!+es coletivas.

/'$'"to: B#

D#  QEAT*7T200:R $o debate sobre a accountabilit+, di%ersos autoresreconFecem a eNist.ncia, nas poliarIuias contemporSneas, de mecanismosde controle eNternos aos poderes ENecuti%o, 5e'islati%o ou udiciário# ENa&mine os enunciados a se'uir sobre a accountabilit+ societal e depois marIuea resposta correta#

/& A accountabilit+ societal é um mecanismo de controle não eleitoral Iueempre'a erramentas institucionais e não institucionais#

2& A accountabilit+ societal se baseia na ação de múltiplas associaçMes decidadãos, mo%imentos sociais ou mJdia#

;& O obeti%o da accountabilit+ societal é eNpor erros e alFas dos 'o%ernos,traLer no%as IuestMes para a a'enda pública e inluenciar decisMes polJticasa serem implementadas por Hr'ãos públicos#

6& Os a'entes da accountabilit+ societal t.m o direito e o poder le'al, alémda capacidade institucional para aplicar sançMes le'ais contra as trans'res&sMes dos a'entes públicos#

aR 9odos os enunciados estão corretos#

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bR 9odos os enunciados estão incorretos#

cR omente o enunciado de número / está incorreto#

dR omente o enunciado de número 6 está incorreto#

eR omente os enunciados 2 e ; estão incorretos#

?uitos autores criticam as eleiçMes como mecanismo eeti%o de controle porparte da sociedade# Airmam Iue a massa é acilmente manipulá%el, e as elei&çMes não estariam desempenFando seu papel de responsabiliLação do 'o%er&nante# ur'iu então o conceito de accountabilit+ societal, Iue é deinido como(

um mecanismo de controle não eleitoral, ue emprega ferramentas institu-

cionais e não institucionais a!+es legais, participa!ão em instFncias de mo-nitoramento, den#ncias na m"dia etc/, ue se baseia na a!ão de m#ltiplasassocia!+es de cidadãos, movimentos, ou m"dia, objetivando epor erros efal0as do governo, tra%er novas uest+es para a agenda p#blica ou influen-ciar decis+es pol"ticas a serem implementadas pelos *rgãos p#blicos.

A EA adora cobrar essa deinição# 3a deinição, percebemos Iue eles nãocopiaram apenas a Iuarta airmação# Ela é alsa porIue as entidades da socie&dade Iue realiLam a accountabilit+ societal não tem esse poder de punição#Este está presente na accountabilit+ ForiLontal#

erramentas institucionais são aIuelas Iue oram criadas por uma lei, Iueestão institucionaliLadas# Z o caso da ação popular, da ação ci%il pública, man&dado de se'urança coleti%o, as ou%idorias# ão instrumentos de controle socialpre%istos em lei# ?as a sociedade também pode utiliLar mecanismos criadospor ela e Iue não estão em lei# 7m eNemplo é o site da 9ranspar.ncia "rasil,Iue di%ul'a os 'astos do 'o%erno#

O conceito ala em “capacidade de colocar tHpicos na a'enda pública, controlarseu desen%ol%imento e monitorar sua implementação”# Podemos %er Iue “tra&Ler no%as IuestMes para a a'enda” está no conceito#

/'$'"to: D#

/0#  QEAT*7T200:R A noção de accountabilit+ polJtica pressupMe o eNercJ&cio do poder polJtico e a necessidade de Iue este sea controlado# ENamineos enunciados abaiNo, reerentes ao debate contemporSneo sobre a accoun&tabilit+ polJtica e assinale a resposta certa#

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/& Os pressupostos da democracia liberal representati%a dão .nase G ac&countabilit+ %ertical, reerente Gs relaçMes entre o Estado e os cidadãos#

2& A accountabilit+ ForiLontal tem tr.s dimensMes, a saber( inormação, san&ção e prestação de contas#

;& O eNercJcio da accountabilit+ reIuer mecanismos de aplicação de sançMesormais#

6& A accountabilit+ ForiLontal é eNercida dentro do Estado, por dierentesa'.ncias ou Hr'ãos#

aR 9odos os enunciados estão corretos#

bR 9odos os enunciados estão incorretos#

cR omente o enunciado de número 2 está incorreto#dR omente o enunciado de número ; está incorreto#

eR omente os enunciados / e 6 estão corretos#

Essa Iuestão oi anulada, mas acFo interessante trabalFarmos ela mesmo as&sim# O 'abarito preliminar oi a letra “E”#

A accountabilit+ pode ser classiicada de ormas dierentes# A classiicação maistradicional é a de *uillFermo O3onnell, Iue dierencia a accountabilit+ Fori&Lontal da %ertical# e'undo este autor, a responsabiliLação democrática procu&ra aliar dois mecanismos( de um lado, os relacionados G accountabilit+ %ertical,na Iual os cidadãos controlam de orma ascendente os 'o%ernantes Qmedianteo %oto em representantesR, com ormas de democracia semi direta Qcomo ple&biscitosR ou ainda pela utiliLação do controle social, eNempliicado pelos conse&lFos de polJticas públicasK de outro, os %inculados G accountabilit+ ForiLontal,Iue se eeti%am mediante a iscaliLação mútua entre os Poderes QcFecXs andbalancesR ou por meio de outras a'.ncias 'o%ernamentais Iue monitoram opoder público, tais como os tribunais de contas#

A primeira airmação é %erdadeira, porIue as eleiçMes são uma orma de ac&countabilit+ %ertical# Esta pressupMe uma ação entre desi'uais, sea sob a or&ma do mecanismo do %oto Qcontrole de baiNo para cimaR ou sob a orma docontrole burocrático Qde cima para baiNoR# A accountabilit+ %ertical é, princi&palmente, embora de orma não eNclusi%a, a dimensão eleitoral, o Iue si'niicapremiar ou punir um 'o%ernante nas eleiçMes# $o entanto, ela abran'e tam&bém o controle eNercido por instituiçMes de FierarIuia superior#

A se'unda airmação oi dada como errada# Ela ala Iue a accountabilit+ Fori&

Lontal tem tr.s dimensMes( inormação, sanção e prestação de contas# Esta

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airmação é uma pro%á%el raLão para a anulação da Iuestão# Essas tr.s di&mensMes são da accountabilit+ de orma 'eral, não sH ForiLontal# ?as a Fori&Lontal também apresenta essas tr.s dimensMes# $ão está errado diLer isso#

Outro problema dessa airmação é Iue as tr.s dimensMes não são as maiscorretas# Ela ala em inormação, sanção e prestação de contas# O termo “in&ormação” é muito amplo, pode ser considerado como sin-nimo de prestaçãode contas# eria mais correto ustiicação, responsi%idade#

*uillFermo O3onnell deine a accountabilit+ ForiLontal como(

a eist&ncia de ag&ncias estatais ue estão legalmente capacitadas e auto-ri%adas, e realmente dispostas e aptas, a tomar a!+es ue ultrapassem davigilFncia rotineira a san!ão criminal ou impedimento em rela!ão )s a!+es

ou omiss+es por outros agentes ou ag&ncias do estado ue podem ser ua-lificadas como ilegais... pois este tipo de accountabilitL para ser efetivo pre-cisa ter ag&ncias ue são autori%adas e dispostas a vigiar, controlar, corrigireou punir a!+es ilegais de outras ag&ncias estatais.

Em suma, seriam a'.ncias estatais uncionando rotineiramente com poderesde super%isão, punindo açMes ou omissMes do Estado, consideradas ile'ais# Z ocontrole eNercido por instituiçMes como o 97, *7, entre outras# A Iuartaairmação é certa#

A terceira airmação é errada# ontudo, aIui também temos outro problema

Iue pode ter ocasionado a anulação da Iuestão# Eles alam Iue a accountabi&lit+ reIuer mecanismos de aplicação de sançMes ormais# Podemos interpretarisso de duas ormas# A primeira é Iue a airmação está diLendo Iue sH eNisteaccountabilit+ Iuando eNistem mecanismos de sançMes ormais# 1sso é errado,porIue também eNiste accountabilit+ eNercida pela sociedade, com mecanis&mos sem essa ormalidade# A se'unda interpretação é a de Iue sH podemosalar de uma sociedade com accountabilit+ Iuando eNistem mecanismos or&mais, ou sea, Iuando Fá institucionaliLação do controle# A sociedade até podecriar mecanismos não ormaliLados, mas não Fa%erá uma %erdadeira accoun&

tabilit+# $esse se'undo caso a airmação seria correta# Eu tendo a acFar Iueeles usaram a primeira interpretação#

/'$'"to: An!&'d' E#

//#  QEAT*7T200:R ENamine os enunciados abaiNo sobre a 'o%ernabili&dade e assinale a resposta correta#

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/& A crise de 'o%ernabilidade é o produto conunto de uma crise de 'estãoadministrati%a do sistema e de uma crise de apoio polJtico da sociedade Gsautoridades e ao 'o%erno#

2& As %ariá%eis undamentais G 'o%ernabilidade de uma democracia são aautoridade de suas instituiçMes de 'o%erno e a orça das suas instituiçMes deoposição#

;& A crise de 'o%ernabilidade eNpressa um conunto de problemas de acu&mulação, de distribuição e redistribuição de recursos, bens e ser%iços aoscidadãos, associados a uma crise iscal#

6& A 'o%ernabilidade depende da capacidade do Estado de controlar e 'e&renciar o seu Iuadro administrati%o e seus recursos inanceiros#

aR 9odos os enunciados estão corretos#bR 9odos os enunciados estão incorretos#

cR omente os enunciados / e 2 estão corretos#

dR omente os enunciados 2 e ; estão corretos#

eR omente os enunciados ; e 6 estão corretos#

$esta Iuestão temos as FipHteses da crise de 'o%ernabilidade colocadas pelo

$orberto "obbio#A primeira airmação é certa, ela trata da terceira FipHtese, Iue, como %imos,

 unta as duas anteriores, alando Iue é tanto um problema de outputs, ousea, crise de 'estão, Iuanto de inputs, crise de apoio polJtico#

A se'unda airmação é certa# omo %imos, a 'o%ernabilidade está relacionadaao aspecto polJtico, capacidade de 'o%ernar# A autoridade das instituiçMes de'o%erno e a orça da oposição são %ariá%eis Iue inluenciam diretamente a'o%ernabilidade, Iue %ão deinir se um 'o%erno conse'ue empreender suasmudanças#

A terceira airmação é errada# omo %imos, a se'unda FipHtese airma Iue(

 ' não-governabilidade não $ somente, nem principalmente, um problemade acumula!ão, de distribui!ão e de redistribui!ão de recursos, bens e ser-vi!os aos cidadãos, mas $, de prefer&ncia, um problema de nature%a pol"ti-caA autonomia, compleidade, coesão e legitimidade das institui!+es. 'governabilidade depende do relacionamento entre a autoridade e suas insti-tui!+es de 4overno e da for!a das suas institui!+es de oposi!ão.

Portanto, não podemos considerar a primeira FipHtese isoladamente# Apenas asobrecar'a de demandas não é suiciente, é preciso a're'ar a alta de apoio

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polJtico# Assim, a FipHtese Iue seria mais adeIuada é a terceira, á Iue untaas duas# A EA 'eralmente trabalFa dessa orma( se ela restrin'e a realidadea um aspecto, mas o Iue acontece en%ol%e também outros atores, na 'randemaioria das %eLes a Iuestão estará errada#

A Iuarta airmação é errada# A capacidade de 'erenciar os recursos é 'estão,é 'o%ernança#

/'$'"to: C#

/2#  QEAT*7T200)R Assinale se as rases a se'uir são %erdadeiras Q4R oualsas QR#

Q R Os conceitos de 'o%ernabilidade e 'o%ernança estão intimamente relaci&onados entre si e com a reorma do Estado#

Q R Os conceitos de 'o%ernabilidade e 'o%ernança não estão relacionadosentre si e nem com a reorma do Estado#

Q R Por 'o%ernança se entende a capacidade de 'o%ernar deri%ada da le'iti&midade do Estado e do seu 'o%erno com a sociedade ci%il#

Q R Por 'o%ernabilidade se entende a le'itimidade de um determinado 'o%er&no unto G sociedade para empreender mudanças#

Q R Por 'o%ernança se entende a capacidade técnica, inanceira e 'erencialde implementar polJticas públicas#

Q R Por accountabilit+ se entende a capacidade do Estado em ormular e im&plementar polJticas públicas e atin'ir metas# EscolFa a opção correta#

aR , 4, 4, 4, ,

bR 4, , 4, , , 4

cR , 4, , , 4, 4

dR 4, , , 4, 4,

eR , 4, , 4, 4, 4

4imos Iue a maior parte dos autores associa a reorma do Estado G busca demaior 'o%ernabilidade e a reorma do aparelFo do Estado G busca de maior'o%ernança# ontudo, apesar desta distinção entre reorma de estado e 'o%er&nabilidade de um lado, e reorma do aparelFo e 'o%ernança do outro, podemosdiLer Iue ambos os conceitos esteam relacionados com a reorma do Estado,tanto Iue a primeira airmação é %erdadeira# reio Iue a EA não tenFa dado

muita atenção a esta dierenciação# e a primeira airmação é %erdadeira, ase'unda airmação é alsa, á Iue ala o contrário da primeira#

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A terceira airmação é alsa porIue relaciona 'o%ernança com le'itimidade ecom capacidade de 'o%ernar, Iuando isto se reere G 'o%ernabilidade# á aIuarta airmação é %erdadeira ustamente porIue associa le'itimidade com'o%ernabilidade#

A Iuinta airmação é %erdadeira porIue associa 'o%ernança com capacidadetécnica, inanceira e 'erencial de implementar polJticas públicas#

A última airmação é alsa porIue trocou# ala de accountabilit+, Iuando adescrição é de 'o%ernança#

/'$'"to: D#

/;#  QEAT*7T2006R Assinale como %erdadeira Q4R ou alsa QR as deini&çMes sobre a *o%ernabilidade, relacionadas a se'uir(

Q R A 'o%ernabilidade reere&se Gs prHprias condiçMes substanti%as T materi&ais de eNercJcio do poder e de le'itimidade do Estado e do seu 'o%erno, de&ri%adas da sua postura diante da sociedade ci%il e do mercado#

Q R A 'o%ernabilidade é a autoridade polJtica do Estado em si, entendida co&mo a Fabilidade Iue este tem para a're'ar os múltiplos interesses dispersospela sociedade e apresentar&lFes um obeti%o comum#

Q R A onte e a ori'em da 'o%ernabilidade são as leis e o poder le'islati%o,pois é ele Iue 'arante a estabilidade polJtica do Estado, por representar to&das as unidades da ederação e os di%ersos se'mentos da sociedade#

Q R A onte da 'o%ernabilidade são os a'entes públicos ou ser%idores do Es&tado Iue possibilitam a ormulação T implementação correta das polJticaspúblicas#

Q R A 'o%ernabilidade é o apoio obtido pelo Estado Gs suas polJticas e G suacapacidade de articular alianças e coaliLMes para %iabiliLar o proeto de Esta&

do e sociedade a ser implementado#EscolFa a opção correta#

aR 4, , 4, 4,

bR , 4, , 4, 4

cR 4, 4, , , 4

dR 4, , 4, ,

eR , , 4, , 4

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Essa Iuestão oi copiada do teNto “A conceituação de 'o%ernabilidade e 'o%er&nança, da sua relação entre si e com o conunto da reorma do Estado e do seuaparelFo”, de 4inJcius de ar%alFo Araúo, disponJ%el em(

\\\#enap#'o%#brTindeN#pFpYoptionfcomgdocmanhtasXfdocgdo\nloadh'idf/)6D  

e'undo o autor(

Em uma defini!ão gen$rica, podemos di%er ue a governabilidade refere-se)s pr*prias condições substantivasmateriais de exerc!cio do poder  ede legitimidade do Estado e do seu governo derivadas da sua postura dianteda sociedade civil e do mercado em um regime democrático, claro/.

Pode ser concebida como a autoridade pol"tica do Estado em si, entendidacomo a capacidade ue este tem para agregar os m#ltiplos interesses dis-

 persos pela sociedade e apresentar-l0es um objetivo comum para os curto,m$dio e longo pra%os.

Estas condi!+es podem ser sumari%adas como o apoio obtido pelo Estado )ssuas pol"ticas e ) sua capacidade de articular alianças e coali-

 zõespactos  entre os diferentes grupos s*cio-pol"ticos para viabili%ar o projeto de Estado e sociedade a ser implementado.

 1á a governan!a pode ser entendida como a outra face de um mesmo pro-cesso, ou seja, como os aspectos adjetivosinstrumentais da gover-

nabilidade. Em geral, entende-se a governan!a como a capacidade ue umdeterminado governo tem para formular e implementar as suas pol"ticas.Esta capacidade pode ser decomposta analiticamente em financeira, geren-cial e t$cnica, todas importantes para a consecu!ão das metas coletivas de-finidas ue comp+em o programa de um determinado governo, legitimado

 pelas urnas.

A primeira, a se'unda e a Iuinta airmaçMes são %erdadeiras, estão na deini&ção de 'o%ernabilidade# Ainda se'undo o autor(

2 importante lembrar tamb$m, como mais um elemento distintivo com a

governan!a, ue a fonte ou origem principal da governabilidade sãoos cidadãos e a cidadania organizada , ou seja, $ a partir deles e da suacapacidade de articula!ão em partidos, associa!+es e demais institui!+esrepresentativas/ ue surgem e se desenvolvem as condi!+es citadas acimacomo imperativas para a governabilidade plena.

=estacamos aui ue, diferente da governabilidade, a fonte da governan!anão são os cidadãos ou a cidadania organi%ada em si mesma, mas sim um

 prolongamento desta, ou seja, são os pr"prios agentes públicos ou ser-vidores do Estado ue possibilitam a formula!ãoimplementa!ão correta das

 pol"ticas p#blicas e representam a face deste diante da sociedade civil e domercado, no setor de presta!ão de servi!os diretos ao p#blico.

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A terceira airmação é errada porIue a onte da 'o%ernabilidade são os cida&dãos e a cidadania or'aniLada# A Iuarta airmação é errada porIue os a'entespúblicos são a onte da 'o%ernança, e não da 'o%ernabilidade#

/'$'"to: C#

/6#  QEAT*7T2006R O desaio do Estado brasileiro pressupMe uma tareade transormação Iue eNi'e a redeinição de seus papeis, unçMes e meca&nismos de uncionamento interno# Este processo impMe no%as eNi'.ncias Gsociedade como um todo# Assinale a opção correta entre as se'uintes air&maçMes sobre 'o%ernança#

aR A 'o%ernança consiste na prHpria autoridade polJtica ou le'itimidade pos&suJda pelo Estado para apresentar G sociedade ci%il e ao mercado um amploproeto para determinada nação#

bR A 'o%ernança é composta das condiçMes sist.micas nas Iuais se ediicaum proeto de Estado e sociedade#

cR A 'o%ernança %isa não apenas superar a crise do Estado e do seu apare&lFo, mas também cooperar na superação do atual Iuadro social persistenteem nosso paJs#

dR As principais ontes e ori'ens da 'o%ernança são os cidadãos e a cidada&nia or'aniLada#

eR A 'o%ernança é a capacidade Iue um determinado 'o%erno tem paraormular e implementar as suas polJticas, ou sea, os aspectosadeti%osTinstrumentais da 'o%ernabilidade#

Esta Iuestão oi tirada do teNto de 4inJcius de ar%alFo Araúo, Iue está naleitura su'erida#

A letra “A” é errada porIue Iuando alamos em autoridade polJtica, le'itimida&de do Estado, estamos nos reerindo G 'o%ernabilidade, e não 'o%ernança(

Em uma defini!ão gen$rica, podemos di%er ue a governabilidade refere-se)s pr*prias condi!+es substantivasmateriais de eerc"cio do poder e de le-gitimidade do Estado e do seu governo derivadas da sua postura diante dasociedade civil e do mercado em um regime democrático, claro/.

Pode ser concebida como a autoridade pol"tica do Estado em si, entendidacomo a capacidade ue este tem para agregar os m#ltiplos interesses dis-

 persos pela sociedade e apresentar-l0es um objetivo comum para os curto,

m$dio e longo pra%os.

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Estas condi!+es podem ser sumari%adas como o apoio obtido pelo Estado )ssuas pol"ticas e ) sua capacidade de articular alian!as e coali%+espactosentre os diferentes grupos s*cio-pol"ticos para viabili%ar o projeto de Estadoe sociedade a ser implementado.

A letra “"” é errada porIue ala em condiçMes sist.micas, Iue se encontratambém no Smbito da 'o%ernabilidade, Iue está no conceito de 'o%ernabilida&de da Eli 3iniL, conorme a tabela da Iuestão anterior# Analisando a conceitua&ção de Eli 3iniL, 4inJcius airma Iue(

Eli =ini%, embora d& maior &nfase ) governabilidade, entendida como ascondi!+es sist&micas nas uais se edifica um projeto de Estado e sociedade,confere o devido valor ) governan!a, di%endo ser esta imperativa para a re-forma e constru!ão de um Estado sadio e sustentável.

A letra “” é errada, trocou 'o%ernabilidade por 'o%ernança# e'undo Araúo(

O autor W?ariniX destaca tamb$m ue a reforma do Estado $ um processomaior de redefini!ão de papeis correspondentes ao Estado, sociedade civil,mercado, cidadania organi%ada etc. ' rela!ão entre a governabilidade e agovernan!a nesta tipologia assemel0a-se em um ponto com as anteriores,ou seja, ambas seriam dimens+es diferentes de uma mesma realidade. =es-taca-se, contudo, a governabilidade com um sentido mais pr*-ativo como acapacidade de reali%ar as reformas necessárias não apenas para consolidaro regime democrático no Grasil e na 'm$rica Jatina, mas tamb$m para su-

 perar ou redu%ir o uadro social presente nestes pa"ses ue ainda tra% con-sigo condi!+es p$ssimas de conviv&ncia 0umana como a mis$ria, fome,viol&ncia, prostitui!ão, dentre outras.

A letra “3” é errada por Iue os cidadãos e a cidadania or'aniLada são a onteda 'o%ernabilidade, e não da 'o%ernança, Iue tem como ori'em os a'entespúblicos ou ser%idores do Estado# e'undo o autor(

2 importante lembrar tamb$m, como mais um elemento distintivo com agovernan!a, ue a fonte ou origem principal da governabilidade são os ci-

dadãos e a cidadania organi%ada, ou seja, $ a partir deles e da sua capaci-dade de articula!ão em partidos, associa!+es e demais institui!+esrepresentativas/ ue surgem e se desenvolvem as condi!+es citadas acimacomo imperativas para a governabilidade plena.

=estacamos aui ue, diferente da governabilidade, a fonte da governan!anão são os cidadãos ou a cidadania organi%ada em si mesma, mas sim um

 prolongamento desta, ou seja, são os pr*prios agentes p#blicos ou servido-res do Estado ue possibilitam a formula!ãoimplementa!ão correta das po-l"ticas p#blicas e representam a face deste diante da sociedade civil e domercado, no setor de presta!ão de servi!os diretos ao p#blico.

A letra “E” é correta porIue traL a deinição de 'o%ernança# e'undo 4inJcius(

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 1á a governan!a pode ser entendida como a outra face de um mesmo pro-cesso, ou seja, como os aspectos adjetivosinstrumentais da governabilida-de. Em geral, entende-se a governan!a como a capacidade ue um deter-determinado governo tem para formular e implementar as suas pol"ticas.

Esta capacidade pode ser decomposta analiticamente em financeira, geren-cial e t$cnica, todas importantes para a consecu!ão das metas coletivas de-finidas ue comp+em o programa de um determinado governo, legitimado

 pelas urnas.

/'$'"to: E#

/#  QEAT?PO*T200;R 3esde a década de )0 a análise polJtica %em mos&

trando preocupaçMes com o ato de Iue, embora tenFam le'itimidade eleito&ral, muitos 'o%ernos não conse'uem ser eicaLes na tomada de decisMeseTou na sua implementação# $o "rasil do inal do século UU problemas comoa crise de 'o%ernabilidade e as deici.ncias de 'o%ernança passaram a ocu&par um espaço central no debate polJtico# obre esse tema, eNamine osenunciados abaiNo e indiIue Iual deles é incorreto#

aR A 'o%ernabilidade consiste no conunto de condiçMes sist.micas de eNercJ&cio do poder, Iue eNpressa as caracterJsticas do sistema polJtico, tais como aorma de 'o%erno, as relaçMes entre os poderes, o sistema partidário e o sis&

tema de intermediação de interesses#bR 7ma das causas da crise de 'o%ernabilidade é a situação resultante deuma sobrecar'a de problemas Iue recebe como resposta a eNpansão deser%iços e da inter%enção do Estado#

cR A 'o%ernança compreende os modos de uso da autoridade e de eNercJciodo poder na administração dos recursos econ-micos e sociais, eNpressosmediante arranos institucionais Iue coordenam e re'ulam as transaçMesdentro e ora do limite da esera econ-mica#

dR A crise de 'o%ernabilidade resulta da incapacidade de a burocracia 'o%er&namental atrair 'rupos pri%ados para o seu interior, oerecendo&lFes bens eser%iços de modo a atender as suas demandas e representar seus interes&ses, obtendo em troca apoio para suas polJticas nos Smbitos doméstico einternacional#

eR A crise de 'o%ernabilidade consiste na combinação da incapacidade dosistema administrati%o de compatibiliLar os imperati%os de controle pro%eni&entes do sistema econ-mico com a incapacidade do sistema de le'itimaçãode mobiliLar os nJ%eis necessários de lealdade da sociedade#

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A letra “A” é correta, estão cobrando os conceitos da Eli 3iniL#

A letra “"” é correta e também á oi %ista acima, na Iuestão em Iue tratamosdas FipHteses das causas da não&'o%ernabilidade# A primeira FipHtese deendia

Iue Iuanto maior a inter%enção estatal, maiores serão as demandas, sobrecar&re'ando o Estado, o Iue resultará na crise iscal#

A letra “” é correta# e'undo ?aria das *raças !ua(

 ' governan!a di% respeito ) maneira pela ual o poder $ eercido na admi-nistra!ão dos recursos econ3micos e sociais, tendo em vista o desenvolvi-mento e envolve os modos de uso da autoridade, epressos mediante osarranjos institucionais ue coordenam e regulam as transa!+es dentro e fo-ra dos limites da esfera econ3mica. @rata-se da dimensão da governan!a,cujo conceito Y de formula!ão bastante recente Y pode ser resumido comoo conjunto das “condi!+es financeiras e administrativas de um governo paratransformar em realidade as decis+es ue toma”.

A letra “3” é a alternati%a incorreta# Ela traL uma orma de clientelismo, Iueuma orma de intermediação de interesses, Iue, como %imos, está li'ada abusca de 'o%ernabilidade# $o entanto, a crise de 'o%ernabilidade não é resul&tado disso, não é porIue o Estado não conse'ue atrair os 'rupos pri%ados,numa relação no mJnimo espúria, Iue ele não tem 'o%ernabilidade#

A letra “E” é correta# Ela trata da crise de racionalidade#

/'$'"to: D#

/)#  QEATAPO&?PO*T2002R obre a 'o%ernabilidade e a 'o%ernança po&dem ser eitas as se'uintes airmaçMes, eNceto Iue(

aR A 'o%ernabilidade e a não&'o%ernabilidade não são en-menos completos,mas processos em curso, relaçMes compleNas entre componentes do sistemapolJtico#

bR A teoria da sobrecar'a de demandas sustenta Iue Fou%e uma 'radati%aperda de le'itimidade do Estado, de undo econ-mico#

cR A não&'o%ernabilidade é um problema caracterJstico de uma sociedade declasses, onde a classe capitalista sobrecarre'a o Estado com demandas Iuenão podem ser atendidas#

dR A teoria da crise da democracia estabelece Iue a não&'o%ernabilidade éum resultado direto da diminuição da autoridade polJtica#

eR A teoria da crise da racionalidade, cuo maior eNpoente oi certamenteVabermas, su'ere Iue os Estados capitalistas t.m por base um princJpio

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or'aniLador, com duas aces( a airmação de um domJnio não&polJtico declasse e o desen%ol%imento do mercado, onde se dá o “intercSmbio deeIui%alentes”#

Esta Iuestão oi tirada do “3icionário de PolJtica”, do $orberto "obbio#

A letra “A” é correta# e'undo o autor(

 ' governabilidade e a não-governabilidade não são, portanto, fen3menoscompletos, mas processos em curso, rela!+es compleas entre compon-entes de um sistema pol"tico.

$orberto "obbio airma Iue o termo mais usado entre 'o%ernabilidade enão'o%ernabilidade é o último# e'undo o autor, esta pala%ra, carre'ada deimplicaçMes pessimistas Qcrise de 'o%ernabilidadeR e, reIuentemente conser&%adoras, presta&se a muitas interpretaçMes# 3e um lado se encontram aIuelesIue atribuem a crise de 'o%ernabilidade G incapacidade dos 'o%ernantesK deoutro, aIueles Iue atribuem a não&'o%ernabilidade Gs eNi'.ncias eNcessi%asdos cidadãos# Em linFas 'erais, as duas %ersMes apresentam %ários pontosde contatoK porém, Iuando estritamente distintas, podem cFe'ar, re&Iuentemente, até a atos de acusação Qcontra 'o%ernantes ou al'uns 'rupossociais, Iuase sempre os sindicatosR, ou a posiçMes ideolH'icas#

e'undo "obbio( ' fraue%a substancial destes posicionamentos consiste na falta de ajuste, an"vel anal"tico, dos dois componentes fundamentais, capacidade e recursos,em sentido lato, dos 4overnos e dos governantes, e solicita!+es, apoio e re-cursos dos cidadãos e dos grupos sociais. ' governabilidade e a não-governabilidade não são, portanto, fen3menos completos, mas processosem curso, rela!+es compleas entre componentes de um sistema pol"tico.

"obbio di%ide as teorias a não&'o%ernabilidade nas se'uintes FipHteses(

/# A não&'o%ernabilidade é o produto de uma sobrecar'a de problemas aosIuais o Estado responde com a eNpansão de seus ser%iços e da suainter%enção, até o momento em Iue, ine%ita%elmente, sur'e uma criseiscal# $ão&'o%ernabilidade, portanto, é i'ual G crise iscal do Estado#

2# A não&'o%ernabilidade não é somente, nem principalmente, umproblema de acumulação, de distribuição e de redistribuição de recursos,bens e ser%iços aos cidadãos, mas é, de preer.ncia, um problema denatureLa polJtica( autonomia, compleNidade, coesão e le'itimidade das

instituiçMes# A 'o%ernabilidade depende do relacionamento entre a

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autoridade e suas instituiçMes de *o%erno e da orça das suasinstituiçMes de oposição#

;# A não&'o%ernabilidade é o produto conunto de uma crise de 'estão

administrati%a do sistema e de uma crise de apoio polJtico dos cidadãosGs autoridades e aos 'o%ernos# $a sua %ersão mais compleNa, a não&'o%ernabilidade é a soma de uma crise de input Qentradas, insumosR ede uma crise de output QsaJdas, produtosR#

$as crises de output , o sistema administrati%o não conse'ue compatibil&iLar, nem a'iliLar, os imperati%os de controle Iue lFe cFe'am do sistemaecon-mico# As crises de input t.m a orma das crises de le'itimação( osistema le'itimador não conse'ue preser%ar o nJ%el necessário de leal&

dade da massa, impulsionando assim os imperati%os de controle do sis&tema econ-mico Iue ele assumiu#

A letra “"” é certa, ela trata da primeira FipHtese, em Iue a sobrecar'a dedemandas, ou problemas, irá resultar em um problema econ-mico, a criseiscal# As conseIu.ncias da sobrecar'a podem ser de %ários tipos# Em primeirolu'ar elas podem incidir sobre a eicácia do 'o%erno, ou sea, sobre a suacapacidade de conse'uir os obeti%os prometidos, assim como de ser ielaos seus compromissos# Em se'undo lu'ar, inluem no consenso dos cidadãos,isto é, sua disposição de obedecer espontaneamente Gs leis e as diretriLes

do 'o%erno# AIueles Iue sustentam esta primeira FipHtese acabam semprecaindo nas receitas de cunFo neoliberal# O Estado de "em&Estar entrou emcrise porIue prometia inúmeros ser%iços, mas não tinFa capacidade de inan&ciamento#

A letra “” é errada porIue a sobrecar'a de demandas parte da sociedadecomo um todo# oi ustamente com o elare tate, cuo princJpio undamentalé o atendimento a todos os cidadãos independentemente da renda Iue a criseiscal do Estado se apresenta mais 'ra%e#

A letra “3” é certa, ela trata da se'unda FipHtese, a crise da democracia# Oponto central desta tese é Iue uma democracia torna&se tanto mais orteIuanto mais or'aniLada, sendo Iue o crescimento da participação polJtica de%eser acompanFado pela institucionaliLação Qisto é, pela le'itimação e aceitaçãoRdos processos e das or'aniLaçMes polJticas# Cuando, porém, diminui a autori&dade polJtica, temos a não&'o%ernabilidade do sistema#

O aumento da inter%enção do 'o%erno a partir da se'unda metade do séculoUU ocorreu simultaneamente a uma perda de sua autoridade, principalmentena década de )0, 'erando assim problemas para a 'o%ernabilidade na décadade 0# As causas desse en-meno de%em ser buscadas nas transormaçMescu turais de 'rande porte, Iue cu minaram na década de )0 em

sociedades

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altamente escolariLadas, eNpostas aos meios de comunicação de massa e incli&nadas a uma participação rei%indicatHria, e Iue desaiaram as autoridades emtodas as instituiçMes e em todos os setores, da amJlia G escola, da ábrica Gburocracia# As soluçMes propostas por esta corrente oram conser%adoras, nosentido de diminuir o processo de democratiLação#

A letra “E” é certa# Ela trata da crise de racionalidade, Iue está na terceiraFipHtese, Iue se baseia na tese de Vabermas e compartilFa de al'uns dospressupostos sobre os Iuais se undam as outras teses# Ela unta a sobrecar'ade demandas, em Iue o Estado não conse'ue 'erar os produtos e ser%içosQoutputsR eNi'idos, com a alta de apoio polJtico, Iue representa uma entradado sistema QinputsR# e'undo "obbio(

 ' tese da crise da racionalidade uer, por$m, ir al$m dessas premissas e,

em certo sentido, superá-las. Ela parte da análise dos Estados capitalistascomo sistemas compleos ue t&m por base um “princ"pio organi%ador”. Es-te princ"pio tem duas facesA de uma lado, consiste na afirma!ão de um do-m"nio não pol"tico de classe despoliti%a!ão da rela!ão entre as classes e aconversão ao anonimato do dom"nio de classe/T do outro, desenvolve-se nainstitui!ão do mercado, onde se dá “intercFmbio de euivalentes”, e a!ãoorientada para o interesse substitui a a!ão orientada para o valor.

/'$'"to: C#

/#  QEAT9E&ET200/R 7m dos conceitos mais importantes para a mo&derna 'estão do setor público é o de [accountabilit+[# Admitindo a ineNist.n&cia de uma tradução eNata do termo para o portu'u.s, assinale entre asopçMes abaiNo aIuela Iue melFor eNpressa o si'niicado desse conceito#

aR !eere&se a no%os processos contábeis, menos burocráticos e mais ade&Iuados G moderna 'estão da coisa pública#

bR 1ndica a tomada de responsabilidade por parte dos uncionários públicos

em suas relaçMes com os cidadãos#cR 1ndica o alcance da eici.ncia na 'estão da coisa pública#

dR !eere&se a no%os padrMes de desempenFo na 'estão dos recursos inan&ceiros, mais adeIuados Gs diiculdades enrentadas pelos estados nacionais#

eR !elaciona&se G satisação do uncionário público no desempenFo de suastareas cotidianas#

á %imos Iue a accountabilit+ pode ser di%idida em tr.s aspectos( obri'ação deprestar contas, responsabiliLação e responsi%idade# 

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E&#ntos do Conto d Ao!nt'$&t

  Obri'ação em prestar contas

  !esponsabiliLação pelos atos e resultados

  !esponsi%idade

A letra “A” é errada# 3e %eL em Iuando eles 'ostam de associar a accountabi&lit+ com um controle contábil, mas ela %ai muito além disso, ela en%ol%e con&troles de resultado, eleitorais, sociais, etc#, praticamente todas as ormas decontrole#

A letra “"” é certa, um dos aspectos do conceito é a responsabiliLação#

A letra “” é errada# O alcance da eici.ncia está mais li'ado ao conceito de'o%ernança, a accountabilit+ até busca controlar os resultados, mas ela nãoindica apenas o alcance da eici.ncia# aso alasse em responsabiliLação peloalcance da eici.ncia estaria correto#

A letra “3” é errada# emelFante a anterior, a accountabilit+ não se reereapenas aos padrMes de desempenFo, mas G responsabiliLação Iuanto ao al&cance desses padrMes# H tomem cuidado, pois o prHprio conceito de accoun&tabilit+ tem sorido alteraçMes com as reormas administrati%as do inal do

éculo UU para cá#

e'undo ernando 5uiL Abrucio(

6ormalmente, a literatura sobre a accountabilitL trata do controle dos atosdos governantes em rela!ão ao programa de governo, ) corrup!ão ou )

 preserva!ão de direitos fundamentais dos cidadãos. ?ais recentemente, es-se tema tem sido estudado em sua intersec!ão com a reforma do Estado,analisando como o aperfei!oamento das institui!+es estatais pode contem-

 plar, ao mesmo tempo, a mel0oria do desempen0o dos programas gover-

namentais e sua maior transpar&ncia e responsabili%a!ão do poder p#blicofrente ) sociedade.

A letra “E” é errada# $ão tem nada a %er com accountabilit+#

/'$'"to: B#

/:#  QO$75P5A$T19A"A1A$AT20/0R O termo accountabilit+ encontra&seentre os mais utiliLados na literatura recente, sendo central para análise do

tema da 'o%ernança, apresentando distintos si'niicados, .nases e dimen&

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sMes# 3as airmati%as a se'uir, marIue a Iue $@O retrata adeIuada&mente accountabilit+(

AR ão atores da accountabilit+ os mo%imentos sociais, associaçMes, O$*s e

mJdia#"R Z o processo de inormação contábil utiliLado na entidade do terceirosetor#

R Pode se situar em termo das polJticas públicas implementadas, de IuestMesadministrati%as, proissionais, inanceiras, morais, le'ais e constitucionais#

3R ão tipos de accountabilit+ a polJtica, a %ertical, a ForiLontal e a societal#

ER A participação da sociedade ci%il no planeamento, na implementação, noacompanFamento e %eriicação das polJticas públicas, a%aliando obeti%os,

processos e resultados#

Essa Iuestão oi copiada do teNto “*o%ernança e Accountabilit+( al'umasnotas introdutHrias”, de arla "ronLo 5adeira arneiro, disponJ%el em(

Fttp(TT\\\#ceas#sc#'o%#brTdo\nloadsTaccountabilit+g/#doc

A letra “A” é certa# A accountabilit+ também é eNercida pela sociedade, tantona %ertical Iuanto na societal# ENiste certa di%er'.ncia aIui entre os autores,mas para IuestMes é esse entendimento Iue de%emos ter#

7m 'rupo de autores admite apenas atores institucionais como a'entes deresponsabiliLação# A accountabilit+ estaria limitada Gs relaçMes principalWa'ente, restrin'indo a 'ama de a'entes de controle a(

os eleitores rente a os 'o%ernantes eleitosK

os polJticos a Iuem a burocracia de%e responderK

o parlamento Qou os parlamentaresR rente a Iuem os 'abinetes e osministros de%em responsabiliLar&se nas democracias parlamentaresK

outros principais nas relaçMes de a'.ncia presentes no Estado#

á a maioria dos autores considera um maior número atores e or'aniLaçMes,institucionais ou não, como a'entes de accountabilit+#

A letra “"” é errada# A accountabilit+ %ai muito além do aspecto contábil#

A letra “” é certa# e'undo o teNto(

 'p*s identificar os elementos constituintes do conceito, o autor analisa osdiferentes tipos de accountabilitL e constroi tipologias a partir dos alvos do

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eerc"cio da accountabilitL pol"tica. Esta pode se situar em termo das pol"ti-cas p#blicas implementadas, de uest+es administrativas, profissionais, fi-nanceiras, morais, legais e constitucionais. <ada uma desses campos daaccountabilitL apresenta diferentes mecanismos e objetivos espec"ficos para

o controle do poder.

A letra “3” oi dada como certa, mas a accountabilit+ polJtica não é um tipo deaccountabilit+, é a prHpria accountabilit+# A alternati%a menciona, além daclassiicação em %ertical, ForiLontal e societal, a accountabilit+ polJtica, Iuenão é citada pela maioria dos autores# A doutrina usa a eNpressão accountabi&lit+ polJtica, normamente, para se reerir GIuela Iue ocorre na esera estatal,na relação Estado&sociedade# Ou sea, ela seria a prHpria accountabilit+, Iueseria di%idida em ForiLontal, %ertical e societal# e'undo a arla "ronLio(

 ' no!ão de accountabilitL pol"tica pressup+e a eist&ncia do poder e a ne-cessidade de ue este. O autor, delineando uma concep!ão radial da no!ãode accountabilitL, identifica tr&s formas básicas pelas uais pode-se preve-nir do abuso do poderA a/ sujeitar o poder ao eerc"cio das san!+esT b/obrigar ue este poder seja eercido de forma transparente e c/ for!ar ueos atos dos governantes sejam justificados. >sso constitui sua ra%ão de ser.

A letra “E” é certa, é uma accountabilit+ societal#

/'$'"to: B#

/D#  QEPET9E&AT200DR Assinale a opção correta acerca de accountabi&lit+#

QAR Accountabilit+ representa a opção Iue a or'aniLação tem de prestar con&tas dos resultados obtidos, em unção das responsabilidades Iue decorremde uma dele'ação de poder#

Q"R A accountabilit+ %ertical restrin'e&se G dimensão eleitoral, o Iue si'niicapremiar ou punir um 'o%ernante nas eleiçMes#

QR A accountabilit+ ForiLontal implica a eNist.ncia de a'.ncias e instituiçMesestatais possuidoras de poder le'al e de ato para realiLar açMes Iue %ãodesde a super%isão de rotina até sançMes le'ais contra atos delituosos deseus con'.neres do Estado#

Q3R A %isão de administração pública, em accountabilit+, está indiretamenteli'ada G descentraliLação de responsabilidades#

QER A accountabilit+ não reIuer o acesso do cidadão G inormação e Gdocumentação relati%as aos atos públicos#

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A accountabilit+ abran'e a obri'ação de prestar contas, não é uma opção# Aletra “A” é errada# 4imos na aula a classiicação da accountabilit+, %amos re%eras principais caracterJsticas de cada uma(

C&'ss'@o d' Ao!nt'$&t

4ertical VoriLontal ocietal

  ontrole eNercido pelo

processo eleitoral, por

meio do %oto#

  ontrole eNercido

por a'.ncias

'o%ernamentais

  ontrole eNercido

pela sociedade W

institucional ou não

A letra “"” é errada# A 'o!nt'$&t ="t'&  pressupMe uma ação entredesi'uais, sea sob a orma do mecanismo do %oto Qcontrole de baiNo paracimaR ou sob a orma do controle burocrático Qde cima para baiNoR# A accoun&tabilit+ %ertical é, principalmente, embora de orma não eNclusi%a, a dimensãoeleitoral, o Iue si'niica premiar ou punir um 'o%ernante nas eleiçMes#

A letra “” é certa, traL o conceito de accountabilit+ ForiLontal#

A %isão de administração pública está 31!E9A?E$9E li'ada G descentraliLaçãode responsabilidades# A letra “3” é errada# 9emos accountabilit+ Iuando al&'uém transere uma responsabilidade para um terceiro, relação estudada pela9eoria da A'.ncia#

A transpar.ncia é imprescindJ%el para a accountabilit+# A letra “E” é errada#

/'$'"to: C#

20#  QT*P&PT200DR *o%ernança e 'o%ernabilidade são conceitos imbri&cados, porém não coincidentes, a respeito dos Iuais é correto airmar(

aR correspondem, ambos, G orma de atuação do Estado e da administraçãopara consecução dos obeti%os públicos, sendo 'o%ernança, contudo, umconceito mais restrito, na medida em Iue não diL respeito ao aparelFo ad&ministrati%o#

bR a crise de 'o%ernabilidade esta li'ada com a ideia de reorma do aparelFodo Estado, enIuanto a crise de 'o%ernança com a ideia de reorma do prH&prio Estado#

cR correspondem, ambos, Gs condiçMes polJticas para atuação administrati%a,

porém 'o%ernança é um conceito mais amplo, Iue en'loba também o papeldo Estado de re'ulação da ati%idade econ-mica#

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dR 'o%ernança diL respeito aos pré&reIuisitos institucionais para a otimiLa&ção do desempenFo administrati%o, enIuanto a 'o%ernabilidade diL respeitoGs condiçMes polJticas em Iue se eeti%am as açMes administrati%as, tais co&

mo le'itimidade e credibilidade#eR 'o%ernabilidade é a orma como o aparelFo estatal implementa aspolJticas públicas pelo *o%erno e 'o%ernança, por seu turno, corresponde aoalinFamento desta atuação com as condiçMes polJticas %i'entes#

A letra “A” é errada# á %imos na Iuestão do concurso de A!" de 200D, Iueoi considerada a airmação de Iue a 'o%ernança é um conceito mais amploIue a 'o%ernabilidade# AIui temos o mesmo entendimento# A 'o%ernança diL

respeito sim ao aparelFo administrati%o# Além disso, a orma de atuação daadministração para consecução dos obeti%os reere&se G 'o%ernança apenas#

A letra “"” é errada, é o in%erso# O Plano 3iretor da !eorma do AparelFo doEstado ala em “!eorma do AparelFo do Estado” ao in%és de “!eorma do Es&tado” não sem moti%o# A maior parte dos autores associa a reorma do EstadoG busca de maior 'o%ernabilidade e a reorma do aparelFo do Estado G buscade maior 'o%ernança# e'undo o prHprio P3!AE(

O governo brasileiro não carece de “governabilidade”, ou seja, de poder pa-

ra governar, dada sua legitimidade democrática e o apoio com ue conta nasociedade civil. Enfrenta, entretanto, um problema de governan!a, na me-dida em ue sua capacidade de implementar as pol"ticas p#blicas $ limitada

 pela rigide% e inefici&ncia da máuina administrativa.

Portanto, não Fa%ia um problema de 'o%ernabilidade, mas sim de 'o%ernança#

A letra “” é errada, as condiçMes polJticas reerem&se G 'o%ernabilidade ape&nas# O restante está certo#

A letra “3” é certa, ela oi copiada do li%ro “*o%ernabilidade e 'o%ernança na

reorma do Estado”, de 5eonardo 4alles "ento, se'undo Iuem(4overnan!a di% respeito aos pr$-reuisitos institucionais para otimi%a!ão dodesempen0o administrativo, isto $, o conjunto dos instrumentos t$cnicos degestão ue assegure a efici&ncia e a democrati%a!ão das pol"ticas p#bicas.

A letra “E” é errada, in%erteu os conceitos#

/'$'"to: D#

2/#  QT"AV1A*T20/0R Accountabilit+ é

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QAR a relação de le'itimidade e autoridade do Estado e do seu 'o%erno coma sociedade#

Q"R o reconFecimento Iue tem uma ordem polJtica, dependente das crençase das opiniMes subeti%as, e seus princJpios são ustiicaçMes do direito demandar#

QR o conunto de mecanismos e procedimentos Iue le%am os decisores 'o&%ernamentais a prestarem contas dos resultados de suas açMes, 'arantindo&se maior transpar.ncia e a eNposição das polJticas públicas#

Q3R a capacidade do 'o%erno de representar os interesses de suas prHpriasinstituiçMes#

QER a aIuisição e centraliLação de poder do setor público na administração

das a'.ncias, por meio dos princJpios de 'o%ernança corporati%a do setorpri%ado#

A letra “A” é errada, traL o conceito de 'o%ernabilidade# Para "resser Pereira(

 ' governabilidade e a governan!a são conceitos mal-definidos, freZentemen-te confundidos. Para mim, governabilidade $ uma capacidade pol"tica de go-vernar derivada da rela!ão de legitimidade do Estado e do seu governo com asociedadeT governan!a $ a capacidade financeira e administrativa, em sentido

amplo, de um governo implementar pol"ticas

A letra “"” é errada, trata&se da le'itimidade# e'undo osé ?atias Pereira(

Por legitimidade deve-se entender o recon0ecimento ue tem uma ordem pol"-tica. ' legitimidade depende das cren!as e das opini+es subjetivas. Os princ"-

 pios de legitimidade são justifica!+es do poder, ou seja, o direito de mandar.

A letra “” é certa# e'undo osé ardim(

<onsidera-se [accountabilitL\ o conjunto de mecanismos e procedimentos ue

levam os decisores governamentais a prestar contas dos resultados de suasa!+es, garantindo-se maior transpar&ncia e a eposi!ão das pol"ticas p#blicas.Nuanto maior a possibilidade dos cidadãos poderem discernir se os governan-tes estão agindo em fun!ão do interesse da coletividade e sancioná-los apro-

 priadamente, mais accountable $ um governo. @rata-se de um conceitofortemente relacionado ao universo pol"tico administrativo anglo-saão

A letra “3” é errada, 'o%ernabilidade no%amente# Para Edmilson de Oli%eira(

Esse esfor!o te*rico mostrou ue a principal diferen!a entre governabilidade egovernan!a está na forma como a legitimidade das a!+es dos governos $ en-

tendida. #nquanto no conceito de governabilidade a legitimidade vemda capacidade do governo de representar os interesses de suas pr"-

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 prias instituições. 6o conceito de governan!a, parte de sua legitimidadevem do processo, do entendimento de ue, uando grupos espec"ficos da po-

 pula!ão uando participam da elabora!ão e implanta!ão de uma pol"tica p#bli-ca, ela tem mais c0ances de ser bem sucedida em seus objetivos.

A letra “E” é errada, sinceramente não sei ao Iue eles estão se reerindo com “aIuisição e centraliLação do poder do setor público na administração dasa'.ncias”# eria uma orma de dele'ação de poder Gs a'.ncias#

/'$'"to: C#

22#  QT?>9!O&PT20/0R onunto de polJticas, unçMes, responsabilida&

des e processos Iue são estabelecidos em uma empresa para orientar, dire&cionar e controlar como a or'aniLação usa tecnolo'ias para atin'ir as metascorporati%as# Z a deinição de

QAR ontin'.ncia#

Q"R e'urança de 91#

QR Estraté'ia#

Q3R *o%ernabilidade#

QER *o%ernança#

Al'uns deiniçMes de 'o%ernança se'uem na direção de considerá&la como asre'ras e polJticas Iue direcionam a atuação dos atores(

<onjunto de leis, regras administrativas, ordens judiciais e costumes uerestringem, prescrevem e delimitam a atividade governamental, onde talatividade $ amplamente definida como a produ!ão e entrega de bens e ser-vi!os suportados publicamente.

A 'o%ernança corporati%a também possui esse caráter(

<onjunto de práticas pelas uais o consel0o de administra!ão garante ocontrole dos atos dos gestores em face do interesse dos acionistas.

4overnan!a <orporativa são as práticas e os relacionamentos entre os 'cio-nistas<otistas, <onsel0o de 'dministra!ão, =iretoria, 'uditoria >ndepen-dente e <onsel0o :iscal, com a finalidade de otimi%ar o desempen0o daempresa e facilitar o acesso ao capital.

Podemos entender, nesses casos, Iue a 'o%ernança corresponde ao conuntode re'ras Iue re'ulam a ação coordenada de dierentes atores# 7ma estrutura

de 'o%ernança corresponde G orma como uma determinada polJtica pública oi

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desenFada, Iuais são as re'ras Iue diLem como os atores podem se compor&tar dentro dela, como eles de%em se relacionar, etc#

$a 9ecnolo'ia da 1normação, ala&se em *o%ernança de 91, deinida como(

?odelo ue define direitos e responsabilidades pelas decis+es ue encora- jam comportamentos desejáveis no uso de @>.

Processo pelo ual decis+es são tomadas sobre os investimentos em @>, oue envolveA como as decis+es são tomadas, uem toma as decis+es, uem$ responsabili%ado e como os resultados são medidos e monitorados.

Z esse aspecto Iue essa Iuestão está cobrando#

/'$'"to: E#

2;#  QT?PE&ET200DR O conceito de accountabilit+ li'a&se a

QAR prestação de contas da Administração e dos uncionários públicos peran&te a sociedade#

Q"R mecanismos contemporSneos de elaboração das contas públicas#

QR ormas de elaboração do orçamento público pautadas pela responsabili&dade iscal#

Q3R sistema 'erencial de controle dos 'astos públicos#QER metodolo'ia 'erencial norte&americana Iue inspirou a !eormaAdministrati%a implementada nos anos D0 pelo ?inistério da Administraçãoederal e !eorma do Estado Q?A!ER#

4imos Iue a Accountabilit+ abran'e pelo menos tr.s aspectos# A letra “A” écerta, traL a prestação de contas# As demais alternati%as até apresentam coi&sas com uma relação peIuena com a accountabilit+, mas não podemos asso&ciá&las com o conceito em si#

/'$'"to: A#

26#  Q47$EPT20/0R Pode ser considerado como o conunto de mecanismose procedimentos Iue le%am os diri'entes 'o%ernamentais a prestarem con&tas dos resultados de suas açMes, 'arantindo&se a maior transpar.ncia e aeNposição das polJticas públicas(

QAR *o%ernança#Q"R $e\ Public ?ana'ement#

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QR Accountabilit+#

Q3R *estão por obeti%os#

QER Administração Pública "urocrática#

Cuando alamos em transpar.ncia e prestação de contas estamos nos reerin&do G Accountabilit+#

/'$'"to: C#

2#  Q47$EPTEPT200DR Vá uma corrente nos estudos da 'o%ernança pú&blica Iue percebe uma diminuição do prota'onista estatal no processo deelaboração de polJticas públicas# Outra corrente diL Iue a 'o%ernança públi&ca cria instrumentos de

QAR discordSncia#

Q"R ar'umentação#

QR eNperimentação#

Q3R unilateralismo#

QER colaboração#

4imos Iue o conceito de 'o%ernança é bastante compleNo, com dierentes%isMes# Por um lado, a 'o%ernança é %ista como a atuação conunta entre die&rentes atores# O Estado deiNa de ser o único implementador de polJticas públi&cas e passam a sur'is a cFamadas redes, em Iue ele atua em parceria com osetor pri%ado e o terceiro setor# Portanto, a 'o%ernança %. a ação conuntacomo colaboração, o trabalFo conunto de dierentes atores para alcançar re&sultados#

/'$'"to: E#

2)#  QEPE!TE37T20//R 7m diretor de escola reúne seus proessoresmensalmente para eeito de a%aliação do trabalFo na unidade# $essas opor&tunidades, são tratados assuntos relati%os a métodos e técnicas, erramen&tas e procedimentos 'erenciais para melFor desen%ol%er as ati%idades#endo assim, na lin'ua'em contemporSnea da administração pública, pode&

se diLer Iue o diretor está preocupado com(

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AR a escolFa pública

"R a 'o%ernabilidade

R o accountabilit+

3R o e&'o%ern

ER a 'o%ernança

O enunciado ala em “métodos e técnicas, erramentas e procedimentos 'eren&ciais”# Podemos %er Iue ele está buscando melForar a 'estão da or'aniLação#4imos Iue a capacidade de 'estão reere&se G 'o%ernança, GIuele conceitomais tradicional de 'o%ernança# 4amos re%.&lo(

 ' capacidade pol"tica de governar ou governabilidade deriva da rela!ão delegitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade, enuanto uegovernan!a $ a capacidade financeira e administrativa em sentido am-

 plo de uma organi%a!ão de implementar suas pol"ticas.

Em geral, entende-se a governan!a como a capacidade ue um determina-do governo tem para formular e implementar as suas pol"ticas. Esta capaci-dade pode ser decomposta analiticamente em financeira, gerencial e

t$cnica , todas importantes para a consecu!ão das metas coletivas definidasue comp+em o programa de um determinado governo, legitimado pelas

urnas./'$'"to: E#

2#  Q7?9T20/0R O controle social não pode eNistir sem accountabilit+, pois

AR sempre Iue al'uém dele'a parte de seu poder ou direito a outrem, esteassume a responsabilidade, em nome daIuele, de a'ir de maneira corretaem relação ao obeto de dele'ação e, periodicamente, até o inal do manda&

to, prestar contas de seus desempenFos e resultados#"R se al'uém dele'a parte de seu poder ou direito a outrem, este assumeautonomia, em nome daIuele, de a'ir de maneira correta em relação ao ob&

 eto de dele'ação e, periodicamente, até o inal do mandato, apontar o cres&cimento %i'oroso ocorrido no perJodo#

R todas as %eLes Iue al'uém dele'a parte de seu poder ou direito a ou&trem, este assume a liberdade, em nome daIuele, de a'ir por ele e, periodi&camente, aLer conFecer as lutas de interesse Iue caracteriLam a arenapública, reletindo atores polJticos nacionais e locais#

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3R sempre Iue al'uém dele'a parte de seu poder ou direito a outrem, esteassume a tend.ncia, em nome daIuele, de a'ir em seu nome, prestandocontas periodicamente da alocação de prioridades e de %alores imateriais e

intan'J%eis#ER Iuando al'uém dele'a parte de seu poder a outrem, este assume aconsci.ncia, em nome daIuele, de a'ir dentro de padrMes de eNcel.ncia demodo Iue, periodicamente, até o inal do mandato, imprima Iualidadeinternacional nas açMes públicas#

Cuestão copiada do teNto “9ranspar.ncia na administração pública municipal(um estudo de caso sob a Htica dos undamentos da accountabilit+”(

Fttp(TT\\\#aedb#brTse'etTarti'os0:T6:gAdministracaoj20Publicaj20ej20 Accountabilit+#pd

A letra “A” é certa# e'undo o teNto(

5empre ue algu$m delega parte de seu poder ou direito a outrem, este as-sume a responsabilidade, em nome dauele, de agir de maneira corretacom rela!ão ao objeto de delega!ão e, periodicamente, at$ o final do man-dato, prestar contas de seus desempen0os e resultados, dá se o nome deaccountabilitL.

A accountabilit+ está relacionada com a teoria da a'.ncia# Esta estuda as re&laçMes contratuais em Iue se obser%a a i'ura de um sueito ati%o Iue recebeo nome de p"np'&, e de um sueito passi%o cFamado ';nt# O principalé Iuem contrata e o a'ente o contratado#

A suposição básica eNistente na relação principal&a'ente é de Iue o a'ente iráa'ir em a%or do principal e Iue por isso receberá al'uma recompensa# Oa'ente, ou contratado, de%erá desempenFar certas unçMes, de acordo com oscritérios do principal, ou contratante# A teoria tenta identiicar os incenti%os

Iue le%am o a'ente a ser%ir melFor os interesses do principal#Podemos obser%ar tr.s tipos de relaçMes a'ente&principal na adminis&tração pública(

idadãos e polJticos(

PolJticos e burocratasK

Estado Qburocracia e sistema polJticoR e a'entes econ-micosK

Os primeiros são os principais, os se'undos os a'entes# A sociedade é o

principal Iue dele'a a responsabilidade pela 'estão de seu patrim-nio para oEsta

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do# Este é o a'ente Iue de%e atuar de acordo com o interesse público, ou sea,o interesse da sociedade# O conceito de Accountabilit+ eNiste dentro dessarelação principal&a'ente, buscando deinir as responsabilidades do a'ente emrelação ao principal#

/'$'"to: A#

##//##  55iissttaa ddaass CCuueessttMMeess 

/#  QEAT*7T20/2R A eNpressão accountabilit+ é associada 'eralmente aprestação de contas, no entanto ela pode assumir outros si'niicados, conor&me 5inda de5eon# 1ndiIue Iual dos si'niicados abaiNo é correto#

aR $o ambiente FierárIuico a accountabilit+ está relacionada a re'ras e proce&dimentos e o trabalFo dos super%isores é monitorar os comportamentos dossubordinados, recompensando o certo e corri'indo o Iue esti%er errado#

bR $o pluralismo competiti%o a accountabilit+ é ampla, contando com a inte'ri&dade e a probidade do proissional encarre'ado de aLer o trabalFo#

cR $o ambiente anárIuico Qnão FierarIuiLadosR, a accountabilit+ está relacio&nada com a ineNist.ncia de incenti%os para Iue cada parte se abstenFa depreudicar os demais por medo de retaliação#

dR $as comunidades a accountabilit+ reere&se Gs re'ras ormais# Z permitido emesmo esperado Iue, a im de 'anFar, os participantes do o'o açam tudo,contando Iue não sea eNplicitamente proibido#

eR $o ambiente anárIuico Qnão FierarIuiLadosR, não Fá accountabilit+#

2#  QEATA!"T20/2R O acesso G inormação de Iue trata a 5ei n# /2#2,de /: de no%embro de 20// Q5ei de Acesso G 1normação no "rasilR, compre&ende, entre outros, os direitos abaiNo, eNceto(

aR inormação pertinente G administração do patrim-nio público, utiliLação derecursos públicos, licitação, contratos administrati%os#

bR inormação sobre ati%idades eNercidas pelos Hr'ãos e entidades, inclusi%e asrelati%as G sua polJtica, or'aniLação e ser%iços, mesmo Iue si'ilosa ou parci&almente si'ilosa#

cR inormação primária, Jnte'ra, aut.ntica e atualiLada#

dR orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem comosobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a inormação almeada#

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eR inormação produLida ou custodiada por pessoa Jsica ou entidade pri%adadecorrente de IualIuer %Jnculo com seus Hr'ãos ou entidades, mesmo Iueesse %Jnculo á tenFa cessado#

;#  QEATA9T20/0R Assinale a opção correta#

aR As eleiçMes e o %oto são mecanismos de accountabilit+ ForiLontal#

bR 7ma alta demanda social por accountabilit+ aeta, ne'ati%amente, a capaci&dade de 'o%ernança#

cR em le'itimidade, não Fá como se alar em 'o%ernabilidade#

dR 1nstSncias responsá%eis pela iscaliLação das prestaçMes de contas contribu&

em para o desempenFo da accountabilit+ %ertical#eR 7ma boa 'o%ernabilidade 'arante uma boa 'o%ernança#

6#  QEATA!"T200DR obre o tema 'o%ernabilidade, 'o%ernança e accoun&tabilit+, assinale a opção incorreta#

aR A accountabilit+ %isa a ortalecer o controle social e polJtico, em detrimentodo controle burocrático#

bR *o%ernança pode ser entendida como um modelo ForiLontal de relação en&tre atores públicos e pri%ados no processo de elaboração de polJticas públicas#

cR O conceito de 'o%ernança possui um caráter mais amplo Iue o conceito de'o%ernabilidade#

dR As parcerias público&pri%adas QPPPsR constituem um eNemplo de coordena&ção de atores estatais e não estatais, tJpico da 'o%ernança#

eR A 'o%ernabilidade reere&se mais G dimensão estatal do eNercJcio do poder#

#  QEATEA&PT20/0R onsiderado undamental G 'o%ernança no setorpúblico, o processo pelo Iual as entidades públicas e seus responsá%eis de%emprestar contas dos resultados obtidos, em unção das responsabilidades IuelFes oram atribuJdas por dele'ação de poder, denomina&se(

aR 9ranspar.ncia#

bR 1nte'ridade#

cR EIuidade#

dR !esponsabilidade iscal#eR Accountabilit+#

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)#  QEATEPP**&?PO*T200:R Entre os pressupostos das no%as aborda'enssobre 'o%ernança no setor público, destacam&se(

1# o crescimento da compleNidade nas relaçMes entre 'o%erno e sociedadeK

11# a eNpansão da inlu.ncia dos or'anismos internacionais e das comunidadeslocais nos processos de ormação, implementação e a%aliação de polJticas pú&blicasK

111# a possibilidade de eNist.ncia de múltiplos modelos de 'o%ernança no setorpúblico, ao in%és de um sistema burocrático único e centraliLadoK

14# a importSncia da teoria dos sistemas, especialmente a cibernética, comoundamento conceitual para ormulação de polJticas públicasK

4# a crescente importSncia do papel das redes inter&or'aniLacionais#

Estão corretas(

aR As airmati%as 1, 11, 111, 14 e 4#

bR Apenas as airmati%as 1, 11, 111 e 4#

cR Apenas as airmati%as 1, 11 e 111#

dR Apenas as airmati%as 11, 111 e 4#

eR Apenas as airmati%as 1, 11 e 14#

#  QEATA$AT200DR obre accountabilit+, analise as airmaçMes Iue se se&'uem e selecione a opção Iue melFor representa o resultado de sua análise(

Q R A accountabilit+ diL respeito G capacidade Iue os constituintes t.m de im&por sançMes aos 'o%ernantes, notadamente reconduLindo ao car'o aIuelesIue se desincumbem bem de sua missão e destituindo os Iue possuem de&sempenFo insatisatHrioK

Q R A accountabilit+ inclui a prestação de contas dos detentores de mandato e o

%eredicto popular sobre essa prestação de contasKQ R A accountabilit+ depende de mecanismos institucionais, sobretudo da eNis&t.ncia de eleiçMes competiti%as periHdicas#

aR , ,

bR , , E

cR , E, E

dR E, E, E

eR E, , E

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:#  QEATPT200:R 3esde a década de /D)0 até o inal dos anos /DD0, ostemas da 'o%ernabilidade e 'o%ernança comparecem, recorrentemente, GsdiscussMes sobre o conteNto polJtico institucional da 'estão pública nas socie&

dades democráticas# 1ndiIue, entre as opçMes abaiNo, aIuela Iue não mencio&na %ariá%eis prHprias desse debate#

aR A eici.ncia da máIuina administrati%a, as ormas de 'estão pública, osmecanismos de re'ulação e controle e de inanciamento do Estado#

bR A estrutura de oportunidades, a cultura polJtica, as instituiçMes associati%ase os padrMes assumidos pelos processos de ormação de capital social#

cR A capacidade de liderança e coordenação do 'o%erno, as caracterJsticas dascoaliLMes de oposição e de sustentação 'o%ernamental e re'ras do processo

decisHrio#dR As caracterJsticas do sistema de intermediação de interesses, o 'rau deinteração do público com o pri%ado na deinição e condução das polJticas 'o&%ernamentais e de inclusão de 'rupos sociais aetados#

eR A orma de 'o%erno, o sistema partidário e eleitoral, as relaçMes entre asinstSncias 'o%ernamentais do sistema ederati%o e o papel do poder udiciário#

D#  QEAT*7T200:R $o debate sobre a accountabilit+, di%ersos autores re&

conFecem a eNist.ncia, nas poliarIuias contemporSneas, de mecanismos decontrole eNternos aos poderes ENecuti%o, 5e'islati%o ou udiciário# ENamine osenunciados a se'uir sobre a accountabilit+ societal e depois marIue a respostacorreta#

/& A accountabilit+ societal é um mecanismo de controle não eleitoral Iue em&pre'a erramentas institucionais e não institucionais#

2& A accountabilit+ societal se baseia na ação de múltiplas associaçMes de cida&dãos, mo%imentos sociais ou mJdia#

;& O obeti%o da accountabilit+ societal é eNpor erros e alFas dos 'o%ernos,traLer no%as IuestMes para a a'enda pública e inluenciar decisMes polJticas aserem implementadas por Hr'ãos públicos#

6& Os a'entes da accountabilit+ societal t.m o direito e o poder le'al, além dacapacidade institucional para aplicar sançMes le'ais contra as trans'ressMesdos a'entes públicos#

aR 9odos os enunciados estão corretos#

bR 9odos os enunciados estão incorretos#

cR omente o enunciado de número / está incorreto#

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dR omente o enunciado de número 6 está incorreto#

eR omente os enunciados 2 e ; estão incorretos#

/0#  QEAT*7T200:R A noção de accountabilit+ polJtica pressupMe o eNercJciodo poder polJtico e a necessidade de Iue este sea controlado# ENamine osenunciados abaiNo, reerentes ao debate contemporSneo sobre a accountabilit+polJtica e assinale a resposta certa#

/& Os pressupostos da democracia liberal representati%a dão .nase G accoun&tabilit+ %ertical, reerente Gs relaçMes entre o Estado e os cidadãos#

2& A accountabilit+ ForiLontal tem tr.s dimensMes, a saber( inormação, sançãoe prestação de contas#

;& O eNercJcio da accountabilit+ reIuer mecanismos de aplicação de sançMesormais#

6& A accountabilit+ ForiLontal é eNercida dentro do Estado, por dierentesa'.ncias ou Hr'ãos#

aR 9odos os enunciados estão corretos#

bR 9odos os enunciados estão incorretos#

cR omente o enunciado de número 2 está incorreto#

dR omente o enunciado de número ; está incorreto#

eR omente os enunciados / e 6 estão corretos#

//#  QEAT*7T200:R ENamine os enunciados abaiNo sobre a 'o%ernabilidadee assinale a resposta correta#

/& A crise de 'o%ernabilidade é o produto conunto de uma crise de 'estãoadministrati%a do sistema e de uma crise de apoio polJtico da sociedade Gs

autoridades e ao 'o%erno#2& As %ariá%eis undamentais G 'o%ernabilidade de uma democracia são a au&toridade de suas instituiçMes de 'o%erno e a orça das suas instituiçMes de opo&sição#

;& A crise de 'o%ernabilidade eNpressa um conunto de problemas de acumula&ção, de distribuição e redistribuição de recursos, bens e ser%iços aos cidadãos,associados a uma crise iscal#

6& A 'o%ernabilidade depende da capacidade do Estado de controlar e 'erenci&

ar o seu Iuadro administrati%o e seus recursos inanceiros#

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aR 9odos os enunciados estão corretos#

bR 9odos os enunciados estão incorretos#

cR omente os enunciados / e 2 estão corretos#

dR omente os enunciados 2 e ; estão corretos#

eR omente os enunciados ; e 6 estão corretos#

/2#  QEAT*7T200)R Assinale se as rases a se'uir são %erdadeiras Q4R oualsas QR#

Q R Os conceitos de 'o%ernabilidade e 'o%ernança estão intimamente relacio&nados entre si e com a reorma do Estado#

Q R Os conceitos de 'o%ernabilidade e 'o%ernança não estão relacionados entresi e nem com a reorma do Estado#

Q R Por 'o%ernança se entende a capacidade de 'o%ernar deri%ada da le'itimi&dade do Estado e do seu 'o%erno com a sociedade ci%il#

Q R Por 'o%ernabilidade se entende a le'itimidade de um determinado 'o%erno unto G sociedade para empreender mudanças#

Q R Por 'o%ernança se entende a capacidade técnica, inanceira e 'erencial deimplementar polJticas públicas#

Q R Por accountabilit+ se entende a capacidade do Estado em ormular e im&plementar polJticas públicas e atin'ir metas# EscolFa a opção correta#

aR , 4, 4, 4, ,

bR 4, , 4, , , 4

cR , 4, , , 4, 4

dR 4, , , 4, 4,

eR , 4, , 4, 4, 4

/;#  QEAT*7T2006R Assinale como %erdadeira Q4R ou alsa QR as deiniçMessobre a *o%ernabilidade, relacionadas a se'uir(

Q R A 'o%ernabilidade reere&se Gs prHprias condiçMes substanti%as T materiaisde eNercJcio do poder e de le'itimidade do Estado e do seu 'o%erno, deri%adasda sua postura diante da sociedade ci%il e do mercado#

Q R A 'o%ernabilidade é a autoridade polJtica do Estado em si, entendida como

a Fabilidade Iue este tem para a're'ar os múltiplos interesses dispersos pelasociedade e apresentar&lFes um obeti%o comum#

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Q R A onte e a ori'em da 'o%ernabilidade são as leis e o poder le'islati%o, poisé ele Iue 'arante a estabilidade polJtica do Estado, por representar todas asunidades da ederação e os di%ersos se'mentos da sociedade#

Q R A onte da 'o%ernabilidade são os a'entes públicos ou ser%idores do EstadoIue possibilitam a ormulação T implementação correta das polJticas públicas#

Q R A 'o%ernabilidade é o apoio obtido pelo Estado Gs suas polJticas e G suacapacidade de articular alianças e coaliLMes para %iabiliLar o proeto de Estadoe sociedade a ser implementado#

EscolFa a opção correta#

aR 4, , 4, 4,

bR , 4, , 4, 4

cR 4, 4, , , 4

dR 4, , 4, ,

eR , , 4, , 4

/6#  QEAT*7T2006R O desaio do Estado brasileiro pressupMe uma tarea detransormação Iue eNi'e a redeinição de seus papeis, unçMes e mecanismosde uncionamento interno# Este processo impMe no%as eNi'.ncias G sociedade

como um todo# Assinale a opção correta entre as se'uintes airmaçMes sobre'o%ernança#

aR A 'o%ernança consiste na prHpria autoridade polJtica ou le'itimidade possuJ&da pelo Estado para apresentar G sociedade ci%il e ao mercado um amplo pro&

 eto para determinada nação#

bR A 'o%ernança é composta das condiçMes sist.micas nas Iuais se ediica umproeto de Estado e sociedade#

cR A 'o%ernança %isa não apenas superar a crise do Estado e do seu aparelFo,

mas também cooperar na superação do atual Iuadro social persistente emnosso paJs#

dR As principais ontes e ori'ens da 'o%ernança são os cidadãos e a cidadaniaor'aniLada#

eR A 'o%ernança é a capacidade Iue um determinado 'o%erno tem para ormu&lar e implementar as suas polJticas, ou sea, os aspectos adeti&%osTinstrumentais da 'o%ernabilidade#

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/#  QEAT?PO*T200;R 3esde a década de )0 a análise polJtica %em mos&trando preocupaçMes com o ato de Iue, embora tenFam le'itimidade eleitoral,muitos 'o%ernos não conse'uem ser eicaLes na tomada de decisMes eTou na

sua implementação# $o "rasil do inal do século UU problemas como a crise de'o%ernabilidade e as deici.ncias de 'o%ernança passaram a ocupar um espaçocentral no debate polJtico# obre esse tema, eNamine os enunciados abaiNo eindiIue Iual deles é incorreto#

aR A 'o%ernabilidade consiste no conunto de condiçMes sist.micas de eNercJciodo poder, Iue eNpressa as caracterJsticas do sistema polJtico, tais como a or&ma de 'o%erno, as relaçMes entre os poderes, o sistema partidário e o sistemade intermediação de interesses#

bR 7ma das causas da crise de 'o%ernabilidade é a situação resultante de umasobrecar'a de problemas Iue recebe como resposta a eNpansão de ser%iços eda inter%enção do Estado#

cR A 'o%ernança compreende os modos de uso da autoridade e de eNercJcio dopoder na administração dos recursos econ-micos e sociais, eNpressos mediantearranos institucionais Iue coordenam e re'ulam as transaçMes dentro e orado limite da esera econ-mica#

dR A crise de 'o%ernabilidade resulta da incapacidade de a burocracia 'o%er&namental atrair 'rupos pri%ados para o seu interior, oerecendo&lFes bens e

ser%iços de modo a atender as suas demandas e representar seus interesses,obtendo em troca apoio para suas polJticas nos Smbitos doméstico e internaci&onal#

eR A crise de 'o%ernabilidade consiste na combinação da incapacidade do sis&tema administrati%o de compatibiliLar os imperati%os de controle pro%enientesdo sistema econ-mico com a incapacidade do sistema de le'itimação de mobi&liLar os nJ%eis necessários de lealdade da sociedade#

/)#  QEATAPO&?PO*T2002R obre a 'o%ernabilidade e a 'o%ernança podemser eitas as se'uintes airmaçMes, eNceto Iue(

aR A 'o%ernabilidade e a não&'o%ernabilidade não são en-menos completos,mas processos em curso, relaçMes compleNas entre componentes do sistemapolJtico#

bR A teoria da sobrecar'a de demandas sustenta Iue Fou%e uma 'radati%aperda de le'itimidade do Estado, de undo econ-mico#

cR A não&'o%ernabilidade é um problema caracterJstico de uma sociedade de

classes, onde a classe capitalista sobrecarre'a o Estado com demandas Iuenão podem ser atendidas#

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dR A teoria da crise da democracia estabelece Iue a não&'o%ernabilidade é umresultado direto da diminuição da autoridade polJtica#

eR A teoria da crise da racionalidade, cuo maior eNpoente oi certamente Va&

bermas, su'ere Iue os Estados capitalistas t.m por base um princJpio or'ani&Lador, com duas aces( a airmação de um domJnio não&polJtico de classe e odesen%ol%imento do mercado, onde se dá o “intercSmbio de eIui%alentes”#

/#  QEAT9E&ET200/R 7m dos conceitos mais importantes para a moderna'estão do setor público é o de [accountabilit+[# Admitindo a ineNist.ncia deuma tradução eNata do termo para o portu'u.s, assinale entre as opçMes abai&No aIuela Iue melFor eNpressa o si'niicado desse conceito#

aR !eere&se a no%os processos contábeis, menos burocráticos e mais adeIua&dos G moderna 'estão da coisa pública#

bR 1ndica a tomada de responsabilidade por parte dos uncionários públicos emsuas relaçMes com os cidadãos#

cR 1ndica o alcance da eici.ncia na 'estão da coisa pública#

dR !eere&se a no%os padrMes de desempenFo na 'estão dos recursos inancei&ros, mais adeIuados Gs diiculdades enrentadas pelos estados nacionais#

eR !elaciona&se G satisação do uncionário público no desempenFo de suas

tareas cotidianas#

/:#  QO$75P5A$T19A"A1A$AT20/0R O termo accountabilit+ encontra&se en&tre os mais utiliLados na literatura recente, sendo central para análise do temada 'o%ernança, apresentando distintos si'niicados, .nases e dimensMes# 3asairmati%as a se'uir, marIue a Iue $@O retrata adeIuadamente accountabi&lit+(

AR ão atores da accountabilit+ os mo%imentos sociais, associaçMes, O$*s emJdia#

"R Z o processo de inormação contábil utiliLado na entidade do terceiro setor#

R Pode se situar em termo das polJticas públicas implementadas, de IuestMesadministrati%as, proissionais, inanceiras, morais, le'ais e constitucionais#

3R ão tipos de accountabilit+ a polJtica, a %ertical, a ForiLontal e a societal#

ER A participação da sociedade ci%il no planeamento, na implementação, noacompanFamento e %eriicação das polJticas públicas, a%aliando obeti%os, pro&

cessos e resultados#

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/D#  QEPET9E&AT200DR Assinale a opção correta acerca de accountabilit+#

QAR Accountabilit+ representa a opção Iue a or'aniLação tem de prestar contasdos resultados obtidos, em unção das responsabilidades Iue decorrem de uma

dele'ação de poder#Q"R A accountabilit+ %ertical restrin'e&se G dimensão eleitoral, o Iue si'niicapremiar ou punir um 'o%ernante nas eleiçMes#

QR A accountabilit+ ForiLontal implica a eNist.ncia de a'.ncias e instituiçMesestatais possuidoras de poder le'al e de ato para realiLar açMes Iue %ão desdea super%isão de rotina até sançMes le'ais contra atos delituosos de seus con&'.neres do Estado#

Q3R A %isão de administração pública, em accountabilit+, está indiretamente

li'ada G descentraliLação de responsabilidades#QER A accountabilit+ não reIuer o acesso do cidadão G inormação e G docu&mentação relati%as aos atos públicos#

20#  QT*P&PT200DR *o%ernança e 'o%ernabilidade são conceitos imbrica&dos, porém não coincidentes, a respeito dos Iuais é correto airmar(

aR correspondem, ambos, G orma de atuação do Estado e da administraçãopara consecução dos obeti%os públicos, sendo 'o%ernança, contudo, um con&

ceito mais restrito, na medida em Iue não diL respeito ao aparelFo administra&ti%o#

bR a crise de 'o%ernabilidade esta li'ada com a ideia de reorma do aparelFodo Estado, enIuanto a crise de 'o%ernança com a ideia de reorma do prHprioEstado#

cR correspondem, ambos, Gs condiçMes polJticas para atuação administrati%a,porém 'o%ernança é um conceito mais amplo, Iue en'loba também o papel doEstado de re'ulação da ati%idade econ-mica#

dR 'o%ernança diL respeito aos pré&reIuisitos institucionais para a otimiLaçãodo desempenFo administrati%o, enIuanto a 'o%ernabilidade diL respeito GscondiçMes polJticas em Iue se eeti%am as açMes administrati%as, tais comole'itimidade e credibilidade#

eR 'o%ernabilidade é a orma como o aparelFo estatal implementa as polJticaspúblicas pelo *o%erno e 'o%ernança, por seu turno, corresponde ao alinFa&mento desta atuação com as condiçMes polJticas %i'entes#

2/#  QT"AV1A*T20/0R Accountabilit+ é

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QAR a relação de le'itimidade e autoridade do Estado e do seu 'o%erno com asociedade#

Q"R o reconFecimento Iue tem uma ordem polJtica, dependente das crenças e

das opiniMes subeti%as, e seus princJpios são ustiicaçMes do direito de man&dar#

QR o conunto de mecanismos e procedimentos Iue le%am os decisores 'o%er&namentais a prestarem contas dos resultados de suas açMes, 'arantindo&semaior transpar.ncia e a eNposição das polJticas públicas#

Q3R a capacidade do 'o%erno de representar os interesses de suas prHpriasinstituiçMes#

QER a aIuisição e centraliLação de poder do setor público na administração das

a'.ncias, por meio dos princJpios de 'o%ernança corporati%a do setor pri%ado#

22#  QT?>9!O&PT20/0R onunto de polJticas, unçMes, responsabilidades eprocessos Iue são estabelecidos em uma empresa para orientar, direcionar econtrolar como a or'aniLação usa tecnolo'ias para atin'ir as metas corporati&%as# Z a deinição de

QAR ontin'.ncia#

Q"R e'urança de 91#

QR Estraté'ia#

Q3R *o%ernabilidade#

QER *o%ernança#

2;#  QT?PE&ET200DR O conceito de accountabilit+ li'a&se a

QAR prestação de contas da Administração e dos uncionários públicos perantea sociedade#

Q"R mecanismos contemporSneos de elaboração das contas públicas#

QR ormas de elaboração do orçamento público pautadas pela responsabilida&de iscal#

Q3R sistema 'erencial de controle dos 'astos públicos#

QER metodolo'ia 'erencial norte&americana Iue inspirou a !eorma Administra&ti%a implementada nos anos D0 pelo ?inistério da Administração ederal e!eorma do Estado Q?A!ER#

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26#  Q47$EPT20/0R Pode ser considerado como o conunto de mecanismos eprocedimentos Iue le%am os diri'entes 'o%ernamentais a prestarem contasdos resultados de suas açMes, 'arantindo&se a maior transpar.ncia e a eNposi&

ção das polJticas públicas(QAR *o%ernança#

Q"R $e\ Public ?ana'ement#

QR Accountabilit+#

Q3R *estão por obeti%os#

QER Administração Pública "urocrática#

2#  Q47$EPTEPT200DR Vá uma corrente nos estudos da 'o%ernança públi&ca Iue percebe uma diminuição do prota'onista estatal no processo de elabo&ração de polJticas públicas# Outra corrente diL Iue a 'o%ernança pública criainstrumentos de

QAR discordSncia#

Q"R ar'umentação#

QR eNperimentação#

Q3R unilateralismo#QER colaboração#

2)#  QEPE!TE37T20//R 7m diretor de escola reúne seus proessores men&salmente para eeito de a%aliação do trabalFo na unidade# $essas oportunida&des, são tratados assuntos relati%os a métodos e técnicas, erramentas eprocedimentos 'erenciais para melFor desen%ol%er as ati%idades# endo assim,na lin'ua'em contemporSnea da administração pública, pode&se diLer Iue o

diretor está preocupado com(AR a escolFa pública

"R a 'o%ernabilidade

R o accountabilit+

3R o e&'o%ern

ER a 'o%ernança

2#  Q7?9T20/0R O controle social não pode eNistir sem accountabilit+, pois

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AR sempre Iue al'uém dele'a parte de seu poder ou direito a outrem, esteassume a responsabilidade, em nome daIuele, de a'ir de maneira correta emrelação ao obeto de dele'ação e, periodicamente, até o inal do mandato,prestar contas de seus desempenFos e resultados#

"R se al'uém dele'a parte de seu poder ou direito a outrem, este assume au&tonomia, em nome daIuele, de a'ir de maneira correta em relação ao obetode dele'ação e, periodicamente, até o inal do mandato, apontar o crescimento%i'oroso ocorrido no perJodo#

R todas as %eLes Iue al'uém dele'a parte de seu poder ou direito a outrem,este assume a liberdade, em nome daIuele, de a'ir por ele e, periodicamente,aLer conFecer as lutas de interesse Iue caracteriLam a arena pública, reletin&do atores polJticos nacionais e locais#

3R sempre Iue al'uém dele'a parte de seu poder ou direito a outrem, esteassume a tend.ncia, em nome daIuele, de a'ir em seu nome, prestando con&tas periodicamente da alocação de prioridades e de %alores imateriais e intan&'J%eis#

ER Iuando al'uém dele'a parte de seu poder a outrem, este assume a consci&.ncia, em nome daIuele, de a'ir dentro de padrMes de eNcel.ncia de modoIue, periodicamente, até o inal do mandato, imprima Iualidade internacionalnas açMes públicas#

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55eeiittuurraa uu''eerriiddaa 4inJcius de ar%alFo Araúo# “A conceituação de 'o%ernabilidade e 'o%ernança,da sua relação entre si e com o conunto da reorma do Estado e do seu apare&lFo”#\\\#enap#'o%#brTindeN#pFpYoptionfcomgdocmanhtasXfdocgdo\nloadh'idf/)6D