aula 02 - auditoria - provas comentadas - afrfb (1)

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Ponto dos Concursos www.pontodosconcursos.com.br Atenção. O conteúdo deste curso é de uso exclusivo do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam do texto apresentado, sendo vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição. É vedado, também, o fornecimento de informações cadastrais inexatas ou incompletas nome, endereço, CPF, e-mail - no ato da matrícula. O descumprimento dessas vedações implicará o imediato cancelamento da matrícula, sem prévio aviso e sem devolução de valores pagos - sem prejuízo da responsabilização civil e criminal do infrator. Em razão da presença da marca d’ água, identificadora do nome e CPF do aluno matriculado, em todas as páginas deste material, recomenda-se a sua impressão no modo econômico da impressora.

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Atenção.

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nome e CPF constam do texto apresentado, sendo vedada, por

quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,

divulgação e distribuição.

É vedado, também, o fornecimento de informações cadastrais

inexatas ou incompletas – nome, endereço, CPF, e-mail - no ato da

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O descumprimento dessas vedações implicará o imediato

cancelamento da matrícula, sem prévio aviso e sem devolução de

valores pagos - sem prejuízo da responsabilização civil e criminal do

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Em razão da presença da marca d’ água, identificadora do nome e

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Bom, pessoal, estamos de volta, para comentarmos mais algumas provas de auditoria

Nesta aula, abordaremos as questões objetivas das seguintes provas:

ƒ AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO (TCE/SC – 2006) – FEPESE; ƒ ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE (CGU – 2008) – ESAF; ƒ ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE (TST – 2008); ƒ ANALISTA TÉCNICO UAUD (SEBRAE – 2008) – CESPE; ƒ AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS – CGE/PB – 2008 (CESPE);

Além das questões objetivas, comentaremos ainda uma questão da prova subjetiva de

ANALISTA TÉCNICO DO SEBRAE, Área de Auditoria, 2008 – CESPE, sobre uma dissertação relativa a procedimentos de auditoria em contas a receber.

No final da aula, registramos as questões sem os comentários, para aqueles que

preferem resolvê-las antes de observar o gabarito e os comentários.

AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO (TCE/SC – 2006) – FEPESE

86. Assinale a alternativa correta, quanto ao processo de auditoria:

a) Afirmações sobre integridade referem-se a se ativos são direitos da entidade e passivos são as obrigações da entidade em determinada data.

b) Afirmações sobre direitos e obrigações referem-se a se todas as transações e contas que deveriam ser apresentadas nas demonstrações contábeis realmente o foram.

c) Afirmações sobre avaliação ou alocação referem-se a se determinados componentes das demonstrações contábeis encontram-se adequadamente classificados, descritos e evidenciados.

d) Afirmações sobre apresentação e divulgação referem-se a se são adequadas as quantias pelas quais componentes de ativos, passivos, receitas e despesas aparecem nas demonstrações contábeis.

e) Afirmações sobre a existência ou ocorrência tratam das seguintes questões: ( 1 ) ativos ou passivos da entidade existem em determinada data? ( 2 ) transações contabilizadas em determinado período ocorreram?

Gabarito oficial: e

Conforme dispõem Boynton e outros autores, no livro Auditoria, da Atlas, o objetivo global de uma auditoria de demonstrações contábeis é emitir uma opinião se as demonstrações da entidade auditada encontram-se apresentadas adequadamente, em todos os aspectos materiais, de acordo com os princípios contábeis. Para atingi-lo, o auditor geralmente identifica vários objetivos de auditoria específicos para cada conta que aparece nas demonstrações. Esses objetivos específicos derivam-se das afirmações que a administração faz e que se encontram nas demonstrações contábeis e essas afirmações são importantes para o auditor porque orientam a coleta de evidências sobre a adequação de sua apresentação.

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As normas de auditoria reconhecem cinco categorias amplas de afirmações em demonstrações contábeis, que estão resumidas no quadro a seguir:

Categoria de afirmação Natureza Existência ou Ocorrência Ativos e passivos da entidade existem em determinada data

e transações de receitas e despesas ocorreram durante determinado período.

Integridade Todas as transações e contas que deveriam ser incluídas

nas demonstrações contábeis realmente o foram.

Direitos e Obrigações Ativos são os direitos da entidade e passivos são suas obrigações em determinada data.

Avaliação ou Alocação Quantias pelas quais os componentes de ativos, passivos,

receitas e despesas foram incluídos nas demonstrações contábeis são adequadas.

Apresentação e Divulgação

Componentes particulares das demonstrações contábeis encontram-se adequadamente classificados, descritos e evidenciados.

Assim, a única opção correta é o item “e”. O item “a” refere-se à afirmação sobre direitos e obrigações; o item “b” refere-se à integridade; o item “c” representa uma afirmação de apresentação e divulgação; o item “d” corresponde a uma afirmação de avaliação.

87. O conceito de risco de auditoria é importante como forma de expressão da idéia de segurança razoável. Quanto mais certo o auditor desejar estar de que está expressando uma opinião correta, mais baixo será o risco de auditoria que estará inclinado.

I - Risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a um erro ou uma classificação indevida relevante, supondo que não haja controles internos que com ela se relacionem.

II - Risco de controle é o risco de que um erro ou classificação indevida de materiais que possam constar de uma afirmação não sejam evitados ou detectados tempestivamente pelos controles internos da entidade.

III - Risco de detecção é o risco de que o auditor possa não modificar adequadamente seu parecer sobre demonstrações contábeis que contêm erros ou classificações indevidas relevantes.

IV - Risco de auditoria é o risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação indevida relevante que existe em uma afirmação.

Com base nas definições acima, assinale a alternativa correta:

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a) Todas as opções estão corretas. b) Apenas as opções I e II estão corretas. c) Apenas as opções III e IV estão corretas. d) Apenas as opções I, II e IV estão corretas. e) Apenas as opções II e III e IV estão corretas.

Gabarito oficial: b

Conforme já apontado na aula 01, quando comentamos uma questão da prova para Fiscal de Rendas da Secretaria de Fazenda do Rio de Janeiro (SEFAZ/FGV/2007), o risco de auditoria divide-se em risco inerente, risco de controle e risco de detecção, cujos conceitos são os seguintes:

Risco de Auditoria significa o risco de que o auditor possa inadvertidamente não modificar adequadamente seu parecer sobre as demonstrações financeiras que contenham distorções relevantes (no caso de auditoria contábil) ou sobre o objeto avaliado que contém erros ou não– conformidades relevantes. O risco de auditoria compreende três componentes: risco inerente, risco de controle e risco de detecção.

Risco in e rente é a suscetibilidade do saldo de uma conta ou classe de transações a uma distorção que poderia ser relevante, individualmente ou quando considerada em conjunto com distorções em outros saldos ou classes, presumindo que não houvesse controles internos correlatos.

Risco de controle é o risco de que os sistemas contábeis e de controles internos deixem de prevenir ou detectar, e corrigir em tempo hábil, uma distorção relevante no saldo de uma conta ou classe de transações.

Risco de detecção é o risco de que o auditor não detecte uma distorção ou erro de classificação indevida relevante que existe em uma afirmação nas demonstrações contábeis, seja em um saldo de uma conta ou classe de transações. Assim, o risco de detecção é aquele relacionado ao próprio trabalho do auditor e à possibilidade de que os testes substantivos aplicados não detectem erros, omissões ou irregularidades existentes.

Assim, os itens I e II estão corretos e os itens III e IV apresentam os conceitos de risco de detecção e de auditoria de forma invertida.

88. Assinale apenas a resposta correta quanto à amostragem de auditoria em testes substantivos.

a) O risco de rejeição incorreta (algumas vezes denominado risco alfa) é o risco de que a amostra não dê suporte à conclusão de que o saldo de conta registrado contém erros ou irregularidades relevantes, quando de fato ele não contém.

b) Amostragem em auditoria em testes substantivos está sujeita apenas ao risco de amostragem.

c) Erro aceitável é o erro mínimo que pode existir em uma conta antes de se considerar que ela contém erros ou irregularidades relevantes.

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d) O auditor nunca utiliza seu julgamento profissional para combinar evidencias de várias fontes e chegar a uma conclusão geral a respeito de o saldo de conta em exame conter, ou não, erros ou irregularidades materiais.

e) O risco de aceitação incorreta (algumas vezes denominado de risco beta) é o risco de que a amostra dê suporte à conclusão de que o saldo de conta registrado não contenha erros ou irregularidades relevantes, quando na realidade ele contém.

Gabarito oficial: e

Conforme estabelece a NBCT 11.11 sobre amostragem, o auditor, ao determinar o tamanho da amostra, deve considerar o risco de amostragem, o erro tolerável e o erro esperado.

O risco da amostragem surge da possibilidade de que a conclusão do auditor, com base em uma amostra, possa ser diferente da conclusão que seria alcançada se toda a população estivesse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.

O auditor está sujeito ao risco de amostragem nos testes de observância (risco de subavaliação e superavaliação da confiabilidade) e testes substantivos (risco de rejeição incorreta e aceitação incorreta).

Nos Testes Substantivos ou Procedimentos de Comprovação os riscos são os seguintes:

ƒ Risco de Rejeição Incorreta: o risco de que, embora o resultado da amostra dê suporte à conclusão de uma conta ou classe de transações registradas estejam relevantemente distorcidos, não estão, de fato, relevantemente distorcidos; e

ƒ Risco de Aceitação Incorreta: o risco de que, embora o resultado da amostra dê suporte à

conclusão de que o saldo de uma conta ou classe de transações registrados não estão relevantemente distorcidos, estão, de fato, relevantemente distorcidos.

O tamanho da amostra é afetado pelo nível do risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar dos resultados da amostra. Quanto mais baixo o risco que o auditor estiver disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.

O erro tolerável é o erro máximo na população que o auditor está disposto a aceitar e, ainda assim, concluir que o resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria. O erro tolerável é considerado durante o estágio de planejamento e, para os testes substantivos, está relacionado com o julgamento do auditor sobre relevância. Quanto menor o erro tolerável, maior deve ser o tamanho da amostra.

O erro esperado corresponde ao fato de que, se o auditor espera que a população contenha erro, é necessário examinar uma amostra maior do que quando não se espera erro, para concluir que o erro real da população não excede o erro tolerável planejado. Tamanhos menores de amostra justificam-se quando se espera que a população esteja isenta de erros. Ao determinar o erro esperado em uma população, o auditor deve considerar aspectos como, por

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exemplo, os níveis de erros identificados em auditorias anteriores, mudança nos procedimentos da entidade e evidência obtida na aplicação de outros procedimentos de auditoria.

Portanto, o item “a” está incorreto, posto que, no risco de rejeição incorreta, o resultado da amostra dá suporte à conclusão de que uma conta ou classe de transações está distorcida, porém, o que ocorre, de fato, é que ela não está distorcida. Esse é o risco.

O item “b” está incorreto, pois os testes seletivos ou de amostragem estão sujeitos aos objetivos da auditoria, população objeto da amostra, possível estratificação da amostra, tamanho da amostra, risco da amostragem, erro tolerável e erro esperado.

O item “c” está incorreto, uma vez que o erro tolerável ou aceitável é o erro máximo na população que o auditor está disposto a aceitar e, ainda assim, concluir que o resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria.

O item “d” está incorreto, uma vez que o auditor utiliza o seu julgamento profissional para selecionar a amostra e para concluir quanto a erros e distorções relevantes em saldos de conta ou classe de transação, levando-se em consideração as evidências obtidas de diversas fontes. Quando o auditor utiliza o julgamento profissional na seleção da amostra, ele está realizando uma amostragem não-probabilística, casual ou direcionada, fruto de sua experiência profissional.

O item “e” é a alternativa correta, pois apresenta o conceito correto para o risco de aceitação incorreta, que é aquele em que o auditor aceita um saldo de conta como correto, quando na verdade apresenta erro ou distorção relevante.

89. Os procedimentos de revisão analítica compreendem o estudo e a comparação de relações entre dados. Envolvem o cálculo e a utilização de índices financeiros. Procedimentos de revisão analítica muitas vezes implicam a mensuração das atividades subjacentes às operações e a comparação de medidas dos direcionadores econômicos do negócio com os correspondentes resultados financeiros.

I - Inspeção envolve escrutínio cuidadoso e exame detalhado de documentos e registros, e exame físico de recursos tangíveis. Inspeções são utilizadas intensamente em auditoria e, muitas vezes, resultam na coleta e na avaliação tanto de evidência ascendente como de evidencia descendente.

II - Confirmação é uma forma de investigação que capacita o auditor a obter informações diretamente com uma fonte externa ao cliente. Geralmente, o cliente faz a solicitação à parte externa, por escrito, mas o auditor controla a quem a solicitação deve ser dirigida.

III - Questionamentos envolvem a colocação de questões pelo auditor, verbalmente ou por escrito. Geralmente, dirigem-se à administração ou a empregados, como no caso de questões de acompanhamento de problemas identificados na realização de procedimentos de revisão analítica ou de obsolescência de estoques.

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IV - As duas aplicações mais usuais de contagem são (1) contagem física de recursos tangíveis, tais como o caixa em tesouraria ou o estoque em mãos e (2) localização de todos os documentos pré-numerados.

V - Um importante procedimento de auditoria é a repetição, pelo auditor, de conciliações e cálculos realizados pelo cliente – totais de lançamentos contábeis, cálculos de depreciação, de juros, de ágios ou deságios, de quantidades vezes preços unitários de itens, etc.

VI - Observação relaciona-se a acompanhar a realização de alguma atividade ou processo. A atividade pode ser o processamento rotineiro de determinado tipo de transação, tal como o recebimento de caixa, para verificar se empregados estão seguindo as políticas e os procedimentos, na realização das tarefas.

Com base no que foi descrito acima sobre os procedimentos de revisão analítica, assinale a alternativa correta:

a) Todas as opções estão corretas. b) Apenas as opções I está correta. c) Apenas as opções II e IV estão corretas. d) Apenas as opções II, V e VI estão corretas. e) Apenas as opções I, II, IV e VI estão corretas.

Gabarito oficial: a

Todos os conceitos relacionados às técnicas de auditoria adotados pela banca na questão foram extraídos do livro Auditoria de William C. Boynton e outros, da Atlas. Segundo esses autores, procedimentos de auditoria são os métodos ou técnicas que o auditor utiliza para coletar e avaliar material de evidência suficiente e competente. Esses procedimentos podem ser utilizados para obtenção de evidências descendentes e ascendentes.

A evidência descendente focaliza a atenção do auditor no entendimento do negócio, nos objetivos e nas metas da administração, em como a administração utiliza seus recursos para atingir tais objetivos e metas, na vantagem competitiva que a organização tem no mercado em que atua, em seus principais processos e em seu livro e fluxo de caixa. Com base nessas informações o auditor desenvolve expectativas sobre as demonstrações contábeis da companhia. Procedimentos descendentes também ajudam o auditor a diagnosticar áreas de auditoria que necessitam de atenção adicional.

A evidência ascendente focaliza diretamente a realização de testes de transações e de saldos de contas e dos sistemas que registram as transações e apuram os saldos. Evidência ascendente muitas vezes envolve alguma forma de amostragem de transações individuais ou de detalhes que fundamentam um saldo de conta (itens individuais de estoque, por exemplo), e a avaliação da apresentação adequada do detalhe que se encontra acumulado nas demonstrações contábeis.

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Boynton e outros apresentam os 10 tipos de procedimentos de auditoria, conforme a seguir: Procedimentos de revisão analítica: compreendem estudo e comparação de relações entre dados. Envolvem o cálculo e a utilização de índices financeiros simples, inclusive análise vertical de demonstrações, comparação de quantias reais com dados históricos ou orçados e utilização de modelos matemáticos e estatísticos, tal como análise de regressão. Geralmente são utilizados em auditoria descendente, para desenvolver expectativas sobre determinada conta das demonstrações contábeis, dadas as circunstâncias então presentes.

Inspeção: envolve escrutínio cuidadoso e exame detalhado de documentos e registros, e exame físico de recursos tangíveis. Inspeções são utilizadas intensamente em auditoria. Muitas vezes, resultam na coleta e na avaliação tanto de evidência ascendente como de evidência descendente como, por exemplo, quando inspeciona um contrato de arrendamento mercantil (inspeção documental), o auditor avalia não somente a adequação da correspondente contabilização, mas também como o arrendamento afetará as atividades de financiamento e investimento, a capacidade de geração de receitas adicionais e a estrutura de custos fixos da entidade.

Confirmação: é uma forma de investigação que capacita o auditor a obter informações diretamente com uma fonte externa ao cliente. Geralmente, o cliente faz a solicitação à parte externa, por escrito, mas o auditor controla a quem a solicitação deve ser dirigida. Confirmações fornecem importante evidência ascendente e são utilizadas em auditoria, porque a evidência assim obtida geralmente é objetiva e provém de fonte independente.

Questionamentos: envolvem a colocação de questões pelo auditor, verbalmente ou por escrito. Geralmente, dirigem-se à administração ou a empregados, como no caso de questões de acompanhamento de problemas identificados na realização de procedimentos de revisão analítica ou de obsolescência de estoques ou possibilidade de cobrança de contas a receber. Questionamentos produzem evidência verbal ou sob a forma de representação escrita, e podem fundamentar tanto evidência descendente como ascendente.

Contagem: as duas implicações mais usuais de contagem são (1) a contagem física de recursos tangíveis, tais como caixa em tesouraria ou o estoque em mãos, e (2) localização de todos os documentos pré-numerados. A primeira constitui uma forma de avaliação da evidência física, enquanto a segunda pode ser vista como uma forma de avaliação dos controles internos da companhia, mediante evidência objetiva da integridade dos registros contábeis. Contagem proporciona evidência ascendente, cujo contexto econômico deve inicialmente ser buscado, via evidência descendente.

Rastreamento: o auditor seleciona documentos criados quando transações são executadas e determina quais informações daqueles documentos encontram-se adequadamente registradas nos livros contábeis (diários e razões). A direção dos testes é dos documentos para os registros contábeis, refazendo o fluxo original dos dados do sistema contábil. Assim, constitui importante procedimento para obtenção de evidências relacionadas com afirmações de integridade. Sua eficácia aumenta quando o cliente utiliza documentos pré-numerados. Rastreamento fornece

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evidência ascendente, inicialmente, para dispor do contexto econômico para rastreamento e teste de afirmações de integridade.

Vouching: envolve (1) seleção de lançamentos nos registros contábeis e (2) obtenção e inspeção da documentação com base na qual os lançamentos foram efetuados, para determinação da validade e exatidão das transações contabilizadas. A direção do teste é oposta à do rastreamento. É um procedimento muito utilizado para detectar lançamentos a maior nos registros contábeis. Assim, constitui procedimento importante para obtenção de evidências sobre afirmações de existência ou ocorrência. Vouching fornece evidência ascendente e como acontece com rastreamento e contagem, geralmente é precedido pela realização de procedimentos descendentes com os quais se obtêm evidências do contexto econômico com base no qual o vouching deve ser realizado.

Observação: relaciona-se a acompanhar a realização de alguma atividade ou processo. A atividade pode ser o processamento rotineiro de determinado tipo de transação, tal como o recebimento de caixa, para verificar se empregados estão seguindo as políticas e os procedimentos, na realização das tarefas. Observação é particularmente importante na obtenção de entendimento de controles internos. O objeto de observação são as pessoas, procedimentos e processos; com base em observações, o auditor obtém conhecimento pessoal e direto relacionado com o objetivo da auditoria. Observação geralmente fornece evidência ascendente; como acontece com outras evidências ascendentes, é importante que o auditor primeiramente entenda o contexto econômico que a justifica.

Repetição: Um importante procedimento de auditoria é a repetição, pelo auditor, de conciliações e cálculos realizados pelo cliente – totais de lançamentos contábeis, cálculos de depreciação, de juros, de ágios ou deságios, de quantidades vezes preços unitários de itens, etc. O auditor também pode recalcular aspectos selecionados do processamento de determinadas transações, para verificar se o processamento original atende aos controles internos estabelecidos pela companhia. Repetição geralmente representa evidência ascendente: como acontece com outras evidências ascendentes, é importante que o auditor primeiramente entenda o contexto econômico de acordo com o qual o teste será realizado.

Técnicas de auditoria computadorizada: quando os registros contábeis do cliente são mantidos em meio eletrônico, o auditor pode utilizar técnicas de auditoria computadorizada como ajuda na realização de vários procedimentos descritos anteriormente. Por exemplo, o auditor pode utilizar software de auditoria para realizar cálculos e comparações utilizados em procedimentos de revisão analítica; selecionar uma amostra de contas a receber para confirmação; e analisar um arquivo para determinar se nele há referências a todos os documentos em determinada série, etc. Técnicas de auditoria computadorizadas podem ser utilizadas para obter tanto evidência descendente como ascendente. As técnicas em questão podem ser utilizadas como procedimentos de revisão analítica para desenvolvimento de expectativas sobre um saldo de conta ou classe de transações, ou podem ser utilizadas para realização de testes que confirmem as expectativas do auditor.

Portanto, verifica-se que todas as opções ou itens apresentados no enunciado da questão estão corretos.

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ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE (CGU – 2008) – ESAF

ATENÇÃO: COMENTAREI AS QUESTÕES A SEGUIR APENAS COM BASE NO GABARITO PRELIMINAR, POIS NÃO LOCALIZEI NA REDE DE COMPUTADORES O GABARITO DEFINITIVO. LOGO QUE EU CONSIGA, APRESENTAREI UM COMENTÁRIO COMPLEMENTAR.

46- Sobre o tema ‘controle externo’, nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que: a) é exercido, no âmbito federal, pelo Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de Contas da União. b) é exercido, no âmbito federal, pelo Senado Federal com o auxílio do sistema de controle interno dos demais Poderes. c) é exercido, no âmbito estadual, pelo Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de Contas da União. d) é exercido, no âmbito federal, pelo Congresso Nacional e pelo Tribunal de Contas da União e, no âmbito estadual e municipal, exclusivamente pelas respectivas Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores. e) é exercido, no âmbito federal, exclusivamente pelo Tribunal de Contas da União e, no âmbito estadual e municipal, exclusivamente pelos Tribunais de Contas Estaduais e Municipais.

Gabarito: a

Conforme dispõe o caput do art. 71 da CF, o controle externo, a cargo do Congresso Nacional - CN, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União - TCU. O controle externo compete ao CN que o exerce com a participação do TCU, que detém e exerce algumas funções de controle que lhe são próprias e privativas. Assim, também seria correto afirmar que, no âmbito federal, o controle externo é exercido pelo CN e pelo TCU.

No âmbito estadual, o controle externo é exercido pela Assembléia Legislativa, com o auxílio do Tribunal de Contas do estado e, no âmbito municipal, o controle externo é exercido pela Câmara de Vereadores, com o auxílio do Tribunal de Contas dos Municípios ou Tribunal de Contas do Município, quando existente (caso dos Municípios de São Paulo e do Rio de Janeiro).

Portanto, a opção correta é a assertiva do item “a”.

47- Acerca da natureza, competência e jurisdição do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo sua Lei Orgânica, é correto afirmar que: a) compete ao TCU julgar as contas do Governo de Território Federal, no prazo de sessenta dias a contar de seu recebimento, na forma estabelecida em seu Regimento Interno.

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b) compete ao TCU apreciar, para fins de registro, a arrecadação da receita a cargo da União, mediante inspeções e auditorias, ou por meio de demonstrativos próprios, na forma estabelecida em seu Regimento Interno. c) a jurisdição do TCU abrange os responsáveis por entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado que recebam contribuições parafiscais e prestem serviço de interesse público ou social. d) ao Tribunal de Contas da União, no âmbito de sua competência e jurisdição, assiste o poder de polícia, podendo, em conseqüência desse poder, expedir atos e instruções normativas sobre matéria de suas atribuições e sobre a organização dos processos que lhe devam ser submetidos, obrigando ao seu cumprimento, sob pena de responsabilidade. e) a resposta sobre consulta que lhe seja formulada por autoridade competente, a respeito de dúvida suscitada na aplicação de dispositivos legais e regulamentares concernentes a matéria de sua competência, tem caráter normativo e constitui prejulgamento do fato ou caso concreto.

Gabarito: c

Item a – nos termos do inciso VII do art. 1º da Lei nº 8.443/92 (LOATCU), cabe ao TCU emitir parecer prévio sobre essas contas. Todavia, conforme o art. 33, § 2º da CF, quem julga as contas dos Governos dos Territórios é o Congresso Nacional. Item incorreto.

Item b – nos termos do inciso IV do art. 1º da LOATCU, compete ao TCU acompanhar a arrecadação da receita da União. Acompanhar é diferente de apreciar a legalidade, para fins de registro, como acontece nos atos de admissão, desligamento, aposentadoria, etc. Incorreto.

Item c – correto. É a reprodução literal do disposto no inciso V c/c o caput do art. 4º da LOATCU. É o caso dos órgãos que compõem o sistema “S” – Sesc, Sebrae, Senac, etc, que estão sujeitos à atuação fiscalizadora do TCU.

Item d - nos termos do art. 3º da LOATCU, ao TCU assiste o poder regulamentar. A assertiva reproduz o art. 3º da LOATCU trocando o poder regulamentar pelo poder de polícia. Incorreto.

Item e – conforme disposto no § 2º do art. 1º da LOATCU, a resposta à consulta tem caráter normativo e constitui prejulgamento da tese, mas não do fato ou caso concreto. Caso constituísse prejulgamento do ato/caso concreto, o TCU ficaria impedido de julgar posteriormente o ato em processo de contas. Incorreto.

48- Nos termos da Lei Orgânica do TCU, a autoridade administrativa competente, sob pena de responsabilidade solidária, visando à apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano, deverá imediatamente adotar providências com vistas à instauração da Tomada de Contas Especial diante dos seguintes casos, exceto: a) omissão no dever de prestar contas. b) descumprimento de recomendações exaradas pelo Tribunal em julgamento de contas de exercícios anteriores.

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c) não comprovação da aplicação dos recursos repassados pela União, na forma prevista no art. 5º, inciso VII, da citada lei. d) ocorrência de desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos. e) prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao erário.

Gabarito: b

Itens a, c, d, e – constituem hipóteses de instauração de TCE pela autoridade administrativa, nos termos do art. 8º da LOATCU. Note que todas as hipóteses pressupõem a ocorrência de um dano ao erário.

Item b – não constitui hipótese de TCE. O descumprimento de determinações exaradas pelo Tribunal, em julgamento de contas de exercícios anteriores (reincidência), constitui hipótese em que o TCU poderá julgar as contas irregulares.

49- De acordo com a Lei n. 10.180/01, são de competência dos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal as seguintes ações, exceto: a) avaliar o cumprimento das metas estabelecidas no plano plurianual. b) avaliar a execução dos orçamentos da União. c) realizar auditoria sobre a gestão dos recursos públicos federais sob a responsabilidade de órgãos e entidades públicos e privados. d) realizar auditorias nos sistemas contábil, financeiro, orçamentário e de pessoal das entidades privadas que guardem ou gerenciem recursos públicos federais. e) avaliar o desempenho da auditoria interna das entidades da administração indireta federal.

Gabarito: d

Os itens “a”, “b”, “c” e “e” referem-se a competências dos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal - SCI previstas no art. 24 da Lei 10.180/01.

O item “d” refere-se a auditorias nos sistemas contábil, financeiro, orçamentário e de pessoal, que são sistemas de gestão pública, e geralmente são realizadas no âmbito dos órgãos e entidades públicos federais. A auditoria realizada nas entidades privadas tem o foco voltado para a aplicação dos recursos públicos federais repassados e visa à verificação do cumprimento do objeto avençado, que é o caso, por exemplo, de organizações não- governamentais que recebem recursos mediante convênio para a execução de um objeto de programa de governo, em parceria com a administração pública.

Porém, é de se notar que a assertiva se refere a entidades privadas que gestam recursos públicos, como seria o caso das entidades privadas que arrecadam contribuições parafiscais para aplicação em atividades de interesse público (Sesc, Senac, Sebrae, etc). Assim, compete aos órgãos de controle interno realizar auditorias nos sistemas contábil, financeiro, orçamentário e de pessoal dessas entidades, com o intuito de verificar além de outros aspectos, a conformidade e a economicidade dos atos de gestão dos recursos arrecadados e aplicados.

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Sob esta ótica, todos os itens correspondem a competências dos órgãos do SCI, devendo a questão ser anulada, por não apresentar opção que satisfaça o seu enunciado.

50- Nos termos do Decreto n. 3.591/00, as atividades a cargo do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal destinam-se, preferencialmente, a subsidiar: a) o exercício do controle externo, a cargo do Congresso Nacional. b) a supervisão ministerial. c) o aperfeiçoamento da gestão pública, nos aspectos de formulação, planejamento, coordenação, execução e monitoramento das políticas públicas. d) os órgãos responsáveis pelo ciclo da gestão governamental, quais sejam, planejamento, orçamento, finanças, contabilidade e administração federal. e) o exercício da direção superior da Administração Pública Federal, a cargo do Presidente da República.

Gabarito: a

O art. 7º do Decreto 3.591/00 define que as atividades a cargo do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal destinam-se, preferencialmente, a subsidiar:

I - o exercício da direção superior da Administração Pública Federal, a cargo do Presidente da República;

II - a supervisão ministerial; III - o aperfeiçoamento da gestão pública, nos aspectos de formulação, planejamento,

coordenação, execução e monitoramento das políticas públicas; IV - os órgãos responsáveis pelo ciclo da gestão governamental, quais sejam,

planejamento, orçamento, finanças, contabilidade e administração federal.

Portanto, as opções “b”, “c”, “d” e “e” referem-se a atividades subsidiárias.

A opção “a”, apesar de representar uma finalidade e atividade de apoio ao controle externo, não constitui uma atividade subsidiária, prevista no decreto e na IN SFC nº 01/01.

Porém, a questão contém erro na formulação do enunciado, deixando de apresentar a expressão exceto, fazendo com que existam quatro opções corretas. Esta questão deve ter sido anulada pela Banca.

51- De acordo com a IN SFC/MF n. 001/2001, tem-se como correto que a circularização de informações confere suporte básico ao procedimento da seguinte técnica de auditoria: a) Cut-Off. b) Correlação das Informações Obtidas. c) Confirmação Interna. d) Rastreamento. e) Confirmação Externa.

Gabarito: e

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Nos termos da IN SFC nº 01/01, a Confirmação Externa consiste na verificação junto a fontes externas ao auditado, da fidedignidade das informações obtidas internamente e uma das técnicas consiste na circularização das informações com a finalidade de obter confirmações em fonte diversa da origem dos dados. O correto é o item e.

Item a - Corte das Operações ou “Cut-Off” é corte interruptivo das operações ou transações para apurar, de forma seccionada, a dinâmica de um procedimento. Representa a “fotografia” do momento-chave de um processo.

Item b - Correlação das Informações Obtidas refere-se ao cotejamento de informações obtidas de fontes independentes, autônomas e distintas, no interior da própria organização. Essa técnica procura a consistência mútua entre diferentes amostras de evidência.

Item c – A IN SFC 01/01 não prevê expressamente a confirmação interna.

Item d - Rastreamento consiste na investigação minuciosa, com exame de documentos, setores, unidades, órgãos e procedimentos interligados, visando dar segurança à opinião do responsável pela execução do trabalho sobre o fato observado.

52- Nos termos da IN SFC/MF n. 001/2001, assim como as auditorias, as fiscalizações podem ser realizadas sob as seguintes formas, exceto: a) centralizada. b) integrada. c) compartilhada. d) simplificada. e) terceirizada.

Gabarito: d

A IN SFC nº 01/01 estabelece que as fiscalizações podem ser realizadas sob a forma direta ou indireta.

A direta divide-se em: a) centralizada - executada exclusivamente por servidores em exercício nos Órgão Central ou setoriais do SCI; b) descentralizada – executada exclusivamente por servidores em exercício nas unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal; e c) integrada – executada conjuntamente por servidores em exercício nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais e/ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

A indireta trata das atividades de fiscalização executadas com a participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, que desempenham atividades de fiscalização em quaisquer instituições da Administração Pública Federal ou entidade privada. Divide-se em: a) compartilhada – coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou privadas; e b) terceirizada – executada por ONGs ou por empresas privadas que desenvolvam atividades de fiscalização.

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Assim, a única forma não compatível com a fiscalização é a simplificada, que é uma forma específica da auditoria, que é a chamada “auditoria de mesa” ou “à distância”, por meio de exames de processos e por meio eletrônico, cujo custo-benefício não justifica o deslocamento de uma equipe para o órgão a fim de realização da auditoria in loco.

53- O servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, no decorrer de qualquer atividade, deve prestar especial atenção àquelas transações ou situações que denotem indícios de irregularidades. Acerca do tema ‘impropriedades e irregularidades’, nos termos da IN SFC/MF n. 001/2001, é correto afirmar que: a) a irregularidade consiste em falhas de natureza formal de que não resulte dano ao erário, porém evidencia-se a não-observância aos princípios de legalidade, legitimidade, eficiência, eficácia e economicidade. b) o objetivo primordial das atividades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal não é a busca de impropriedades ou de irregularidades. c) ao verificar a ocorrência de impropriedades, o servidor deve registrar o assunto e aguardar pela finalização dos trabalhos de campo, quando só então será solicitado ao dirigente da unidade ou entidade examinada prestar os esclarecimentos e justificativas pertinentes. d) a impropriedade é caracterizada pela não-observância aos princípios de legalidade, legitimidade, eficiência, eficácia e economicidade, constatando a existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável para o Erário. e) ao verificar a ocorrência de irregularidades, o servidor deve registrar o assunto e aguardar pela finalização dos trabalhos de campo, quando só então será solicitado ao dirigente da unidade ou entidade examinada prestar os esclarecimentos e justificativas pertinentes.

Gabarito: b

Item a – trata-se do conceito de impropriedade (falha ou ilegalidade sem prejuízo). Item incorreto.

Item b – nos termos da IN SFC nº 01/01 (Normas Relativas à Execução), apesar de não ser o objetivo primordial das atividades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal a busca de impropriedades ou de irregularidades, o servidor deve estar consciente da probabilidade de, no decorrer dos exames, defrontar-se com tais ocorrências. Item correto.

Item c – A IN SFC nº 01/01 (Normas Relativas à Execução), estabelece que o servidor do SCI, ao verificar a ocorrência de irregularidades, deve levar o assunto, por escrito, ao conhecimento do dirigente da unidade ou entidade examinada, solicitando os esclarecimentos e justificativas pertinentes, quando isso não implicar risco pessoal. As Normas relativas à audiência do auditado definem ainda que durante a execução dos trabalhos de campo cabe ao servidor do SCI levar as impropriedades e irregularidades ao conhecimento dos responsáveis pelas áreas auditadas solicitando esclarecimentos e justificativas. Portanto, não se deve esperar o final dos

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trabalhos de campo, para só então solicitar ao dirigente da unidade ou entidade examinada que preste os esclarecimentos e justificativas pertinentes. Item incorreto.

Item d – Trata-se do conceito de irregularidade (prejuízo ao erário). Item incorreto.

Item e - Idem ao comentário do item c.

54- No âmbito do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, segundo a IN SFC/MF n. 001/2001, a mensuração de indicativos e indicadores que expressam a variação positiva da relação custo/benefício, na qual se busca a otimização dos resultados na escolha dos menores custos em relação aos maiores benefícios, revelando a atenção da gestão com o bom uso qualitativo dos recursos financeiros, desde a adequação da proposta orçamentária das metas a serem atingidas, passando pela coerência com respeito aos preços de mercado, o desenvolvimento de fontes alternativas de receita e a obtenção dos menores custos por produto gerado, permite aferir a a) legalidade da ação avaliada. b) eficácia da ação avaliada. c) economicidade da ação avaliada. d) eficiência da ação avaliada. e) efetividade da ação avaliada.

Gabarito: c

A questão refere-se a aspectos ou dimensões de uma ação ou gestão que são aferidos por indicadores ou indicativos descritos na Seção IV do Capítulo III da IN SFC nº 01/01, relativa ao planejamento das ações de controle. O enunciado refere-se ao indicador de economicidade de uma ação avaliada. O correto é o item c.

Legalidade consiste na aderência dos atos e fatos de gestão praticados aos normativos legais e técnicos que regem os mesmos.

Eficácia é o grau de atingimento das metas e objetivos fixados para um determinado período. Eficiência é a medida da relação entre os recursos efetivamente utilizados para realização de uma meta, frente a padrões estabelecidos, estando associada à otimização dos recursos disponíveis para a produção de bens e serviços.

Efetividade não está prevista na IN SFC 01/01 e consiste no efeito ou impacto da ação avaliada em termos de alcance de objetivos estratégicos e/ou de longo prazo.

55- Para a IN SFC/MF n. 001/2001, no decorrer do processo de planificação dos trabalhos de controle, o conceito de materialidade refere-se a) à importância relativa ou papel desempenhado por uma determinada questão, situação ou unidade, existentes em um dado contexto.

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b) à obrigatoriedade de, em uma Amostra Aleatória Simples, cada elemento da população ter a mesma chance de pertencer à amostra. c) ao quadro de situações críticas efetivas ou potenciais a auditar ou fiscalizar, identificadas em uma determinada unidade ou programa. Trata-se, portanto, da composição dos elementos referenciais de vulnerabilidade, das fraquezas, dos pontos de controle com riscos latentes, das trilhas de auditoria ou fiscalização. d) ao montante de recursos orçamentários ou financeiros alocados por uma gestão, em um específico ponto de controle (unidade, sistema, área, processo, programa ou ação), objeto dos exames de auditoria ou fiscalização. e) à obrigatoriedade de, face a uma população pequena, o auditor lançar mão de uma abordagem censitária e não por amostragem.

Gabarito: d

Item a – refere-se ao critério de relevância. Incorreto.

Item b – trata-se de um atributo ou característica do método da amostragem aleatória simples. Incorreto.

Item c – refere-se ao critério de criticidade. Incorreto.

Item d – refere-se ao critério de materialidade (montante de recursos). Item correto.

Item e – refere-se à hipótese na qual não se justifica ou se recomenda o uso da amostragem. Incorreto.

56- Em suas incursões sobre o controle interno administrativo, segundo a IN SFC/MF n. 001/2001, o servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve ter em mente que: a) em decorrência do rodízio de funções, a estrutura das unidades/entidades deve prever a separação entre as funções de autorização/aprovação de operações, execução, controle e contabilização, de tal forma que nenhuma pessoa detenha competências e atribuições em desacordo com este princípio. b) os controles internos administrativos implementados em uma organização devem, prioritariamente, ter caráter repressivo, sendo de sua responsabilidade instaurar e conduzir o devido processo administrativo disciplinar, no caso de desvio ou alcance de recursos públicos. c) o objetivo geral dos controles internos administrativos é evitar a ocorrência de impropriedades e irregularidades, por meio dos princípios e instrumentos que lhe são próprios. d) a delegação de competência, conforme previsto em lei, será utilizada como instrumento de centralização administrativa e apenas nos casos em que seja imprescindível assegurar maior rapidez e objetividade às decisões. e) é finalidade do órgão de Contabilidade (e não, conseqüentemente, do controle interno administrativo) assegurar, nas informações contábeis, sua exatidão, confiabilidade, integridade e oportunidade.

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Gabarito: c

A questão refere-se às normas relativas aos controles internos administrativos, contidas na IN SFC nº 01/01.

Item a – O enunciado refere-se ao princípio da segregação ou separação de funções. Incorreto. Item b - Os controles internos administrativos implementados em uma organização devem, prioritariamente, ter caráter preventivo. Item incorreto.

Item c - O objetivo geral dos controles internos administrativos é evitar a ocorrência de impropriedades e irregularidades, por meio dos princípios e instrumentos que lhe são próprios. Item correto, que reproduz na íntegra um comando normativo contido na referida IN.

Item d - A delegação de competência, conforme previsto em lei, será utilizada como instrumento de descentralização administrativa, com vistas a assegurar maior rapidez e objetividade às decisões. Item incorreto.

Item e - Assegurar, nas informações contábeis, sua exatidão, confiabilidade, integridade e oportunidade constitui um dos objetivos específicos do controle interno administrativo. Item incorreto.

57- De acordo com a IN SFC/MF n. 001/2001, é correto afirmar que estão sujeitos à a) Prestação de Contas as pessoas físicas que recebam recursos da União, para atender necessidades previstas em lei específica. b) Tomada de Contas os dirigentes das entidades supervisionadas da Administração Indireta Federal. c) Prestação de Contas aqueles que arrecadem, gerenciem ou guardem dinheiros, valores e bens da União, ou que por eles respondam. d) Tomada de Contas os responsáveis por entidades ou organizações, de direito público ou privado, que se utilizem de contribuições para fins sociais, recebam subvenções ou transferências à conta do Tesouro. e) Prestação de Contas os ordenadores de despesas das unidades da Administração Direta Federal.

Gabarito: a

A questão refere-se ao capítulo II – Objetos e abrangência do SCI – da IN SFC 01/01, que define o alcance da atuação do Sistema sobre as pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, por meio de processos de tomada ou prestação de contas.

Item a – correto. As pessoas físicas que recebam recursos da União, para atender necessidades previstas em lei específica, sujeitam-se à prestação de contas.

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Item b – incorreto. Os dirigentes das entidades supervisionadas da Administração Indireta Federal sujeitam-se à prestação de contas.

Item c – incorreto. Aqueles que arrecadem, gerenciem ou guardem dinheiros, valores e bens da União, ou que por eles respondam sujeitam-se à tomada de contas.

Item d – incorreto. Os responsáveis por entidades ou organizações, de direito público ou privado, que se utilizem de contribuições para fins sociais, recebam subvenções ou transferências à conta do Tesouro sujeitam-se à prestação de contas.

Item e – incorreto. Ordenadores de despesas da administração direta sujeitam-se à tomada de contas.

58- Segundo a IN SFC/MF n. 001/2001, o planejamento das ações de controle adotado no Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal divide-se em quatro grandes tópicos, com a seguinte estrutura, exceto: a) ações sob controle. b) orçamento global do Ministério. c) programas e programações sob controle. d) hierarquização. e) decisões do TCU.

Gabarito: e

Nos termos da IN SFC nº 01/01 (Seção II do Capítulo III), o planejamento das ações de controle adotado no Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal divide-se em quatro grandes tópicos, com a seguinte estrutura:

I – Orçamento Global do Ministério (conhecimento dos recursos e programas da Pasta) II – Hierarquização (classificação por critérios de risco dos programas a serem avaliados) III – Programas e Programações sob controle (levantamento e documentação das ações e programações sob controle) IV – Ações sob controle (definição da estratégia e realização das ações de controle, mediante os instrumentos de auditoria e fiscalização)

Portanto, o item “e” não se refere a um tópico ou fase do planejamento. Opção que satisfaz a questão.

59- De acordo com a IN SFC/MF n. 001/2001, a opinião do Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve ser expressa por meio dos seguintes instrumentos, exceto: a) Certificado. b) Auto de Infração. c) Nota. d) Parecer. e) Relatório.

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Gabarito: b

A opinião do órgão de controle interno pode ser expressa por relatório de auditoria (todos os trabalhos), certificado de auditoria (opinião quanto à regularidade ou não da gestão e adequação das peças), parecer (opinião conclusiva sobre a gestão emitida pelo dirigente de controle interno) e nota de auditoria (destinada a dar conhecimento de impropriedades e irregularidades ao auditado, em campo).

O auto de infração é um instrumento da fiscalização tributária e não do Controle Interno. Opção que satisfaz a questão.

60- Segundo a IN SFC/MF n. 001/2001, o documento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e regularidade, ou não, da gestão e a adequacidade, ou não, das peças examinadas, devendo ser assinado pelo Coordenador-Geral ou Gerente Regional de Controle Interno, ou ainda, por autoridades de nível hierárquico equivalentes nos órgãos e unidades setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, denomina-se: a) Certificado. b) Relatório. c) Parecer do Dirigente do Órgão de Controle Interno. d) Registro das Constatações. e) Solicitação de Auditoria.

Gabarito: a

O Certificado é o documento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e regularidade, ou não, da gestão e a adequacidade, ou não, das peças examinadas, devendo ser assinado pelo Coordenador-Geral ou Gerente Regional de Controle Interno, ou ainda, autoridades de nível hierárquico equivalentes nos órgãos e unidades setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Opção correta: “a”.

O Relatório constitui a forma pela qual os resultados dos trabalhos realizados são levados ao conhecimento das autoridades competentes.

O Parecer do Dirigente do Órgão de Controle Interno constitui-se na peça documental que externaliza a avaliação conclusiva do Sistema de Controle Interno sobre a gestão examinada, para que os autos sejam submetidos à autoridade ministerial que se pronunciará na forma prevista no artigo 52, da Lei n.º 8.443/92. O parecer consignará qualquer irregularidade ou ilegalidade constatada, indicando as medidas adotadas para corrigir as falhas identificadas, bem como avaliará a eficiência e a eficácia da gestão, inclusive quanto à economia na utilização dos recursos públicos.

O Registro das Constatações é o documento destinado ao registro das verificações significativas detectadas pela auditoria, a ser elaborado de forma concisa, com base em cada relatório.

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A Solicitação de Auditoria é o documento utilizado para formalizar pedido de documentos, informações, justificativas e outros assuntos relevantes, emitida antes ou durante os trabalhos de campo.

ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE (TST – 2008) - CESPE

Com relação às normas brasileiras para o exercício da auditoria interna, julgue os próximos itens.

86 Os papéis de trabalho dos auditores internos são aqueles elaborados com vistas a evidenciarem, perante a auditoria independente, a adequação e a suficiência das tarefas realizadas e a avaliação das recomendações formuladas.

87 É da competência da direção da entidade definir a natureza, a extensão, a profundidade e a oportunidade dos trabalhos a serem realizados pela auditoria, de acordo com os objetivos e diretrizes previamente estabelecidos.

88 Caso a auditoria interna, durante a realização de seus trabalhos, constate que estão ocorrendo fraudes por descumprimento de normas legais em determinada área, deverá comunicá-las imediatamente à administração da entidade, por escrito e de forma reservada.

89 É vedado ao auditor, no desempenho de suas funções, emitir referência que identifique o empregador, o que configura quebra de sigilo profissional, exceto em publicação em que haja menção a trabalho que tenha realizado ou orientado, independentemente de autorização prévia.

90 O auditor interno deverá mencionar obrigatoriamente fatos que lhe cheguem ao conhecimento e que considere em condições de provocar efeito sobre demonstrações contábeis objeto de seu trabalho, respeitado o dever de guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito.

Gabarito oficial: E – E – C – C - C

86. Os papéis de trabalho dos auditores internos são o conjunto de documentos e apontamentos com informações e provas coligidas pelo auditor interno que consubstanciam o trabalho executado. As evidências contidas nos papéis de trabalho dos auditores internos objetivam fundamentar os resultados da auditoria interna e fornecer base sólida para as conclusões e recomendações. O item apresenta erro ao afirmar que os papéis de trabalho são elaborados com vistas a evidenciarem os trabalhos e recomendações perante a auditoria independente.

87. Compete ao chefe da auditoria interna definir o plano de auditoria, que compreende a natureza, a extensão, a profundidade e a oportunidade dos trabalhos a serem realizados. A

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direção da entidade pode apresentar informações úteis para o processo de planejamento e a alta administração ou conselho revisar e aprovar o plano. Item errado.

88. Segundo a NBCT-12, a Auditoria Interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho. Item certo.

89. O Código de Ética do Contabilista, aprovado pela Resolução CFC nº 803/96, de 10 de outubro de 1996, define que é vedado ao contabilista (também na qualidade de auditor) emitir referência que identifique o cliente ou empregador, com quebra de sigilo profissional, em publicação em que haja menção a trabalho que tenha realizado ou orientado, salvo quando autorizado por eles. Portanto, o item apresenta erro ao afirmar que o auditor pode identificar o empregador em publicação em que haja menção a trabalho que tenha realizado, razão pela qual, discordamos do gabarito oficial.

90. O Código de Ética do Contabilista estabelece em seu artigo 5º que o contador, quando perito, assistente técnico, auditor ou árbitro, deverá;

I – recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da

especialização requerida;

II – abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto de perícia, mantendo absoluta independência moral e técnica na elaboração do respectivo laudo;

III – abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua convicção pessoal

sobre os direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da causa em que estiver servindo, mantendo seu laudo no âmbito técnico e limitado aos quesitos propostos;

IV – considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo submetido à

sua apreciação;

V – mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em condições de exercer efeito sobre peças contábeis objeto de seu trabalho, respeitado o disposto no inciso II do art. 2º;

VI – abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente

informado e munido de documentos;

VII – assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que concerne à aplicação dos Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo CFC;

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VIII – considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos sobre peças contábeis, observando as restrições contidas nas Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;

IX – atender à Fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade e Conselho

Federal de Contabilidade no sentido de colocar à disposição desses, sempre que solicitado, papéis de trabalho, relatórios e outros documentos que deram origem e orientaram a execução do seu trabalho.

No caso do inciso V, a ressalva diz respeito a um dos deveres do contabilista quanto a guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade. Item certo.

A respeito da auditoria no setor público federal, julgue os itens a seguir.

91 O Tribunal de Contas da União é competente para realizar auditoria de natureza operacional em qualquer unidade administrativa do Poder Judiciário, por iniciativa de comissão técnica da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.

92 No apoio ao controle externo, os órgãos de controle interno do Poder Judiciário devem alertar a autoridade administrativa competente para que instaure tomada de contas especial, se tomarem conhecimento de prática de ato antieconômico de que resulte dano ao erário.

93 Os servidores designados para a realização dos trabalhos de auditoria não poderão, durante os trabalhos de campo, dar conhecimento das ocorrências identificadas aos responsáveis pelas áreas auditadas, devendo comunicar previamente às autoridades superiores quaisquer indícios ou suspeitas de irregularidades.

94 Quando houver utilização de recursos externos, e os registros e a documentação do órgão examinado não forem considerados suficientes e adequados, a unidade de controle interno emitirá circunstanciado relatório justificando a expedição de certificado de irregularidade.

95 As contas nacionais das empresas supranacionais estão sujeitas ao controle governamental, mesmo quando a participação brasileira é minoritária.

Gabarito oficial: C – C – E – E - C

91. Conforme o caput do art. 71 c/c o inciso IV do mesmo artigo, ambos da CF, compete privativamente ao TCU realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades públicas. Item certo.

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92. O art. 50 da Lei 8.443/92 (LOATCU) define que, no apoio ao controle externo, os órgãos integrantes do sistema de controle interno deverão exercer, dentre outras, as seguintes atividades:

¾ realizar auditorias nas contas dos responsáveis sob seu controle, emitindo relatório, certificado de auditoria e parecer;

¾ alertar formalmente a autoridade administrativa competente para que instaure tomada de contas especial, sempre que tiver conhecimento de qualquer das ocorrências referidas no caput do art. 8° da Lei.

O artigo 8º da Lei Orgânica do TCU tem a seguinte redação: Art. 8° Diante da omissão no dever de prestar contas, da não comprovação da aplicação dos recursos repassados pela União, na forma prevista no inciso VII do art. 5° desta lei, da ocorrência de desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos, ou, ainda, da prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao erário, a autoridade administrativa competente, sob pena de responsabilidade solidária, deverá imediatamente adotar providências com vistas à instauração da tomada de contas especial para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano.

Portanto, quando os responsáveis pelos órgãos de controle interno, no âmbito de cada Poder, tomarem conhecimento de irregularidade que resulte em dano ao Erário, devem alertar formalmente a autoridade administrativa competente para que instaure tomada de contas especial. Item certo.

93. Item errado, pois os servidores do SCI devem dar conhecimento aos auditados das irregularidades e falhas constatadas em campo, mediante a emissão de documento denominado Nota de Auditoria. Nos termos da IN SFC nº 01, de 2001 (Normas Relativas à Audiência do Auditado), os servidores designados para a realização dos trabalhos de auditoria interna deverão, obrigatoriamente, durante os trabalhos de campo, dar conhecimento das ocorrências identificadas aos responsáveis pelas áreas auditadas, solicitando destes os devidos esclarecimentos e manifestações formais sobre as constatações preliminares, considerando a necessidade dos gestores públicos de ter assegurada, em tempo hábil, a oportunidade de apresentar esclarecimentos adicionais ou justificativas a respeito dos atos e fatos administrativos sob sua responsabilidade, no pleno exercício de seu direito de defesa. (Redação dada pela Instrução Normativa CGU nº 01, de 13 de março de 2003).

94. O item trata das auditorias realizadas pela Secretaria Federal de Controle Interno em projetos financiados por organismos internacionais, tais como o Banco Mundial – BIRD e o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID. Essas auditorias do tipo contábil são também denominadas de auditorias de recursos externos.

Conforme estabelece a IN SFC nº 01/2001, quando o Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal não puder opinar, conclusivamente, sobre o estado das contas, em virtude de o órgão ou a entidade examinada não ter apresentado ou não possuir registros contábeis e demonstrações financeiras compatíveis ou em razão da ocorrência de outros fatores determinantes, será emitido circunstanciado relatório abordando objetivamente as razões impeditivas e manifestando a negativa de opinião. Item errado.

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95. O art. 71 da CF estabelece como competência do TCU fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo. No caso das contas nacionais dessas empresas, a fiscalização será exercida pelo TCU, independente da participação brasileira ser majoritária ou minoritária, em relação à de outro país. Item certo.

Com referência a conceitos e aplicações da auditoria em geral, julgue os itens a seguir.

96 Suponha que, por meio de testes, o auditor tenha verificado que a empresa vem lançando como sendo de manutenção dispêndios que asseguram o aumento da vida útil de máquinas e equipamentos. Nesse caso, é correto concluir que se trata de um teste principal de despesa para superavaliação e secundário de ativo para subavaliação.

97 Adotar procedimentos para proteger o acesso e não permitir a manipulação dos papéis de trabalho evita possíveis modificações em seu conteúdo, resguarda as técnicas específicas desenvolvidas pela empresa de auditoria e impede a divulgação de assuntos confidenciais da empresa auditada.

99 Na auditoria para apuração do valor real do patrimônio líquido, é comum o auditor contar com o concurso de avaliadores especializados. Esse trabalho deve incluir também a avaliação dos intangíveis, como, por exemplo, o fundo de comércio.

100 É recomendável que o inventário seja realizado posteriormente à data de levantamento do balanço, para permitir ao auditor realizar o maior número possível de procedimentos antes da apuração do resultado e do encerramento do exercício.

Gabarito oficial: C – C – C - E

96. Marcelo Cavalcanti Almeida, em seu livro Auditoria – Um Curso Moderno e Completo, Editora Atlas, 2007, ao abordar sobre a direção dos testes aplicados pelo auditor, destaca que o saldo de uma conta do balanço patrimonial ou da demonstração do resultado do exercício pode estar errado para mais (superavaliado) ou para menos (subavaliação). Devido a esse risco, todas as contas da contabilidade devem ser testadas para superavaliação e para subavaliação. Segundo o autor, a experiência tem demonstrado que é mais prático dirigir os testes principais de superavaliação para as contas devedoras (normalmente, as contas de ativo e despesas) e os de subavaliação para as contas credoras (geralmente, contas de passivo e receitas).

Por exemplo, se durante o exame das demonstrações contábeis de uma empresa, para o ano findo em 31-12-20x0, o auditor descobre que as despesas de pessoal estão superavaliadas em função de os salários do mês de janeiro de 20X1 terem sido provisionados indevidamente em 20X0, é evidente que a conta credora de salários a pagar, classificada no passivo circulante, também está superavaliada.

No item em questão, foi apropriada uma despesa, quando deveria o gasto ser lançado em conta de ativo de máquinas e equipamentos, por aumentar a sua vida útil. Assim, trata-se de

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um teste principal de uma conta de despesas para superavaliação e teste secundário de ativo para subavaliação. Item certo.

97. Marcelo C. Almeida, ao abordar em seu livro o controle físico dos papéis de trabalho (PTs), ensina que os PTs são de propriedade dos auditores e representam o registro do trabalho executado e a base para emissão do parecer; portanto, eles devem se adequadamente controlados, no sentido de evitar que terceiros não autorizados tenham acesso aos PTs. Esse fato exige que os papéis de trabalho, durante sua permanência no escritório do cliente, sejam guardados em malas com fechaduras, por ocasião do almoço e à noite. Na empresa de auditoria, os PTs devem ser arquivados em local fechado, com controle de entrada e saída e protegidos contra incêndio. Esses procedimentos de controle são para evitar modificações em seu conteúdo, resguardar as técnicas específicas desenvolvidas pela empresa de auditoria e impedir a divulgação de assuntos confidenciais da empresa auditada. Item certo.

99. Segundo Franco e Marra, Auditoria Contábil, Editora Atlas, uma das formas de realização de auditoria, de acordo com os fins a que se destina, é a auditoria para apurar o valor real do patrimônio líquido da empresa, que se destina à determinação do valor do PL, para efeito de: a) retirada ou admissão de sócio ou acionista; b) colocação de ações no mercado, com ágio; c) venda da empresa ou de seu controle acionário; d) fusão ou incorporação à outra empresa; e) cisão da sociedade; f) liquidação da sociedade.

Nesse tipo de trabalho, caberá ao auditor apenas a apuração e a atualização dos valores contábeis constantes dos balanços da empresa. A avaliação atualizada dos bens tangíveis e intangíveis (fundos de comércio, marcas, valor da clientela, etc.) constantes do patrimônio deve ser feita por avaliadores especializados. Item certo.

100. Segundo Franco e Marra, a auditoria de estoques compreende a realização do inventário físico, para contagem e inspeção de todos os estoques existentes. Segundo esses autores, é muito comum que o inventário seja realizado com antecipação à da ta do balanço. Isso é desejável, também, porque o auditor preferirá realizar o maior número possível de procedimentos antes do fechamento do balanço. Item errado.

ANALISTA TÉCNICO UAUD (SEBRAE – 2008) – CESPE

Acerca de fraudes e erros em auditorias, julgue os itens a seguir.

1 A responsabilidade primeira na prevenção e identificação de fraudes e(ou) erros é da auditoria interna da entidade, mediante sistema de controle interno.

2 Por apresentar fatores que representam aumento de risco de fraude e(ou) erro, fatores específicos no ambiente de sistemas de informação computadorizados merecem especial atenção do auditor na avaliação crítica do sistema de controle interno.

3 Considera-se fraude a utilização, pela entidade, de práticas contábeis indevidas.

Gabarito oficial: E – C - C

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1. Conforme a Resolução CFC n.º 836/99 sobre Fraude e Erro, a responsabilidade primeira na prevenção e identificação de fraudes e/ou erros é da administração da entidade, mediante a manutenção de adequado sistema de controle interno, que, entretanto, não elimina o risco de sua ocorrência. O auditor não é responsável nem pode ser responsabilizado pela prevenção de fraudes ou erros. Entretanto, deve planejar seu trabalho avaliando o risco de sua ocorrência, de forma a ter grande probabilidade de detectar aqueles que impliquem efeitos relevantes nas demonstrações contábeis. Item errado.

2. Nos termos da Resolução CFC n.º 836/99 sobre Fraude e Erro, o auditor deverá avaliar criticamente o sistema contábil, incluindo o controle interno, tanto em termos de concepção quanto de funcionamento efetivo, concedendo especial atenção às condições ou eventos que representem aumento de risco de fraude ou erro, que incluem:

a) estrutura ou atuação inadequada da administração da entidade auditada ou de algum dos seus membros;

b) pressões internas e externas; c) transações que pareçam anormais; d) problemas internos no cumprimento dos trabalhos de auditoria; e) fatores específicos no ambiente de sistemas de informação computadorizados. (grifo

nosso). Item certo.

3. O termo fraude refere-se a ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis. A fraude pode ser caracterizada por:

a) manipulação, falsificação ou alteração de registros ou documentos, de modo a modificar os registros de ativos, passivos e resultados;

b) apropriação indébita de ativos; c) supressão ou omissão de transações nos registros contábeis; d) registro de transações sem comprovação; e e) aplicação de práticas contábeis indevidas. (grifo nosso). Item certo.

Os procedimentos de auditoria constituem um conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião acerca das demonstrações contábeis auditadas e abrangem testes de observância e testes substantivos. Com relação a esse assunto, julgue os itens seguintes.

4 O auditor, ao verificar se o encarregado de contas a pagar aprovou cada fatura para codificação de contas, realiza um teste substantivo.

5 As técnicas de análise de flutuação de índices financeiros e de tendências, e outras análogas, constituem testes de observância.

Gabarito oficial: E – E

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4. O auditor, ao verificar se o encarregado de contas a pagar aprovou cada fatura para codificação de contas, realiza um teste de observância ou de procedimentos, visando a testar o funcionamento e a eficácia dos procedimentos de controles internos. Item errado.

5. As técnicas de análise de flutuação de índices financeiros e de tendências, e outras análogas, constituem testes substantivos, pois visam a analisar tendências ou anormalidades no processamento das transações e no saldo de contas ou classe de transações, constituindo a denominada revisão analítica. Item errado.

A respeito das técnicas de auditoria, julgue os itens de 6 a 10.

6 Antes de iniciar o trabalho, o auditor deve proceder ao corte, que consiste em verificar os controles sobre os estoques que vão ser inventariados, anotando as últimas entradas e as últimas saídas. Esse processo tem por finalidade assegurar que a movimentação de última hora dos estoques não afete a integridade do inventário.

7 A inspeção física garante que o bem examinado é de propriedade da empresa auditada.

8 A investigação minuciosa consiste no exame em profundidade da matéria auditada, podendo ser feita por meio de documento, análise ou informação obtida.

9 A circularização compreende a verificação, em primeiro lugar, da legitimidade do documento e, conseqüentemente, da transação. É na circularização que o auditor confirma se a transação foi autorizada, o que pode ser constatado por assinatura ou rubrica da pessoa encarregada, no próprio documento.

10 A conferência de cálculos é o procedimento de auditoria voltado para a constatação da adequação de operações aritméticas e financeiras. Esse é o procedimento mais simples e completo por si mesmo e é a única forma de verificação das várias operações que envolvam cálculos.

Gabarito oficial: C – E – C – E - C

6. Segundo Franco e Marra, em Auditoria Contábil, Editora Atlas, 2007, antes de iniciar o trabalho de contagem dos itens físicos, o auditor deve proceder ao “corte”. Isto consiste em verificar os controles sobre os estoques que vão ser inventariados, anotando as últimas entradas e as últimas saídas. Eventualmente, são examinadas as notas fiscais correspondentes. O processo tem por finalidade assegurar-se de que a movimentação de última hora dos estoques não afeta a integridade do inventário. Item certo.

7. Segundo Franco e Marra, quando os bens estão em poder da empresa, cabe ao auditor inspecioná-los para assegurar-se da real existência, comprovar sua localização e utilização, bem como sua permanência na empresa. Isso implica que o auditor deverá possuir razoáveis conhecimentos da natureza do bem examinado ou, em alguns casos especiais, socorrer-se de outros profissionais especializados na matéria que suscitou dúvidas. A inspeção física, contudo, não garante que o bem examinado seja de propriedade da empresa auditada. O exame dos

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documentos da contabilidade, em confronto com a identificação do bem, na maioria dos casos, esclarece as dúvidas quanto à propriedade. Item errado.

8. A técnica da investigação minuciosa é destacada por William Attie, em seu livro Auditoria Conceitos e Aplicações, da Editora Atlas, 2006. Segundo o autor, a investigação minuciosa nada mais é que o exame em profundidade da matéria auditada, que pode ser um documento, uma análise, uma informação obtida, entre outras. Quando essa técnica é colocada em prática, tem por objetivo certificar que o objetivo auditado, no momento, realmente é fidedigno, devendo o auditor, para tanto, ter os conhecimentos necessários para detectar a existência de quaisquer anomalias. Item certo.

9. Segundo Silvio Aparecido Crepaldi, em seu livro intitulado Auditoria Contábil, da Atlas, 2007, inspeção de documentos é a técnica de auditoria de que o auditor se utiliza para examinar a comprovação documental das transações. Basicamente, as transações entre as empresas envolvem algum tipo de documento, que serve de explicação para os detalhes sobre o que foi feito e que conseqüências se esperam do fato. A inspeção compreende a verificação da legitimidade do documento em primeiro lugar, e, conseqüentemente, da transação. É quando o auditor confirma se a transação foi autorizada, o que pode ser constatado por assinatura ou rubricas da pessoa encarregada, no próprio documento.

Portanto, os objetivos do procedimento ou técnica descritos no item referem-se à inspeção documental. Item errado.

10. O item transcreve literalmente um trecho do livro de William Attie: Auditoria Conceitos e Aplicações, da Editora Atlas, 2006, sobre a definição da técnica de conferência de cálculos. Segundo o autor, a conferência de cálculos é o procedimento de auditoria voltado para a constatação da adequação de operações aritméticas e financeiras. Esse é o procedimento mais simples e completo por si mesmo e é a única forma de verificação das várias operações que envolvam somas e cálculos. Item certo.

Quanto aos riscos de auditoria, julgue os itens a seguir.

11 A determinação do risco de auditoria independe da avaliação das políticas de pessoal e da segregação de funções.

12 O risco de auditoria pode ser considerado relativo, dado que ele não pode ser padronizado, pois não se manifesta de forma idêntica em todas as entidades ou em todas as demonstrações contábeis.

Gabarito oficial: E - C

11. Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas.

A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos, considerando a relevância em dois níveis:

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a) em nível geral, considerando as demonstrações contábeis tomadas no seu conjunto, bem como as atividades, qualidade da administração, avaliação do sistema contábil e de controles internos e situação econômica e financeira da entidade; e

b) em níveis específicos, relativos ao saldo das contas ou natureza e volume das

transações.

Para determinar o risco da auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de controle da entidade, compreendendo:

a) a função e o envolvimento dos administradores nas atividades da entidade;

b) a estrutura organizacional e os métodos de administração adotados, especialmente quanto a limites de autoridade e responsabilidade;

c) as políticas de pessoal e a segregação de funções; (grifo nosso).

d) a fixação, pela administração, de normas para inventário, para conciliação de contas, preparação de demonstrações contábeis e demais informes adicionais;

e) as implantações, as modificações e o acesso aos sistemas de informação

computadorizada, bem como acesso a arquivos de dados e possibilidade de inclusão ou exclusão de dados;

f) o sistema de aprovação e o registro de transações;

g) as limitações de acesso físico a ativos e registros contábeis e/ou administrativos; e

h) as comparações e as análises dos resultados financeiros com dados históricos e/ou projetados.

Portanto, item errado, posto que a determinação do risco de auditoria considera ou depende da avaliação das políticas de pessoal e da segregação de funções.

12. De acordo com Marra e Ernesto, o risco de auditoria pode ser considerado relativo, dado o fato de que ele não pode ser padronizado, pois não se manifesta de forma idêntica em todas as entidades ou em todas as demonstrações contábeis. Além disso, ele pode manifestar-se também de diferentes formas nos variados trâmites do procedimento auditorial. Item certo.

O gerenciamento de riscos corporativos, constituído de oito componentes que se inter- relacionam, origina-se na forma como a administração gerencia a organização e integra- se ao processo de gestão. Acerca de gerenciamento de riscos, julgue os itens de 13 a 20.

13 Duas organizações podem gerenciar seus riscos corporativos de forma idêntica, mesmo que possuam culturas administrativas diferentes.

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14 A aquisição de produtos de seguro e a terceirização de atividades dizem respeito ao componente denominado resposta a riscos, que se caracteriza pela redução da probabilidade de ocorrência ou do impacto dos riscos pela transferência ou pelo compartilhamento de uma porção de risco.

15 Os componentes do gerenciamento de riscos corporativos somente são aplicados em organizações de pequeno e de médio porte.

16 O monitoramento é a base para todos os outros componentes do gerenciamento de riscos corporativos, o que propicia disciplina e estrutura.

17 Caso uma companhia seguradora que opera uma grande frota de automóveis mantenha uma base de dados de reclamações de acidentes e, mediante análise, constate que uma porcentagem desproporcional de acidentes está associada a motoristas de determinada unidade, área geográfica e faixa etária, nessa situação, a referida análise estará relacionada ao componente informações e comunicações.

18 A segregação de funções é um tipo do componente denominado atividades de controle e pode ser observada quando se constata que o gerente que autoriza vendas a crédito não é o responsável por manter o registro de contas a pagar nem pela distribuição de recibos de pagamentos.

19 Constitui atividade de monitoramento a realização de seminários de treinamento, de sessões de planejamento e de outras reuniões que forneçam à administração retorno que lhe permita determinar se o gerenciamento de riscos corporativos permanece eficaz.

20 As respostas a riscos classificam-se nas seguintes categorias: evitar, reduzir, compartilhar e aceitar.

Gabarito oficial: E – C – E – E – E – C – C - C

13. Nos termos do documento do Coso – Gerenciamento de Riscos – Estrutura Integrada, comumente denominado de COSO 2, é praticamente impossível que duas organizações venham ou devam aplicar o gerenciamento de riscos de uma forma idêntica. As organizações e suas características e necessidades de administração de riscos diferem amplamente de acordo com o setor e o porte, e segundo a filosofia e cultura administrativa. Desse modo, embora todas as organizações devam ter cada um dos componentes implementados e funcionando efetivamente, a aplicação do gerenciamento de riscos corporativos, inclusive com o emprego de ferramentas e técnicas e a atribuição de funções e responsabilidades, geralmente serão muito específicas. Item errado.

14. Segundo o Coso 2, após ter conduzido uma avaliação dos riscos pertinentes, a administração determina como responderá aos riscos. As respostas incluem evitar, reduzir, compartilhar ou aceitar os riscos. Ao considerar a própria resposta, a administração avalia o efeito sobre a probabilidade de ocorrência e o impacto do risco, assim como os custos e

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benefícios, selecionando, dessa forma, uma resposta que mantenha os riscos residuais dentro das tolerâncias a risco desejadas. A administração identifica as oportunidades que possam existir e obtêm, assim, uma visão dos riscos em toda organização ou de portifólio, determinando se os riscos residuais gerais são compatíveis com o apetite a riscos da organização.

As respostas a riscos classificam-se nas seguintes categorias:

Evitar – Descontinuação das atividades que geram os riscos. Evitar riscos pode implicar a descontinuação de uma linha de produtos, o declínio da expansão em um novo mercado geográfico ou a venda de uma divisão.

Reduzir – São adotadas medidas para reduzir a probabilidade ou o impacto dos riscos, ou, até mesmo, ambos. Tipicamente, esse procedimento abrange qualquer uma das centenas de decisões do negócio no dia-a-dia.

Compartilhar – Redução da probabilidade ou do impacto dos riscos pela transferência ou pelo compartilhamento de uma porção do risco. As técnicas comuns compreendem a aquisição de produtos de seguro, a realização de transações de headging ou a terceirização de uma atividade.

Aceitar – Nenhuma medida é adotada para afetar a probabilidade ou o grau de impacto dos riscos.

Portanto, uma das formas de resposta ao risco é compartilhar o risco com terceiros, como, por exemplo, contratar seguro de bens e instalações. Item certo.

15. Nos termos do documento do Coso 2, os oito componentes não funcionarão de forma idêntica em todas as organizações. A sua aplicação em organizações de pequeno e médio portes, por exemplo, poderá ser menos formal e menos estruturada. Não obstante, as pequenas organizações podem apresentar um gerenciamento de riscos eficaz, desde que cada um de seus componentes esteja presente e funcionando adequadamente. Item errado.

16. Na estrutura de gerenciamento de riscos do Coso, o ambiente interno é a base para todos os outros componentes do gerenciamento de riscos corporativos, o que propicia disciplina e estrutura. Esse ambiente influencia o modo pelo qual as estratégias e os objetivos são estabelecidos, os negócios são estruturados, e os riscos são identificados, avaliados e geridos. Item errado.

17. Conforme o documento do Coso sobre gerenciamento de riscos corporativos, uma das técnicas de identificação de eventos é o uso de metodologias de dados sobre eventos de perda. As bases de dados sobre eventos individuais de perdas passados representam uma fonte útil de informações para identificar as tendências e a raiz dos problemas. Após ter identificado uma raiz, a administração poderá decidir que é mais eficaz avaliá-la e tratá-la do que abordar eventos individuais. Por exemplo, uma Companhia que opera uma grande frota de automóveis mantém uma base de dados de reclamações de acidentes e, mediante análise, constata que uma porcentagem desproporcional de acidentes, em número e valor monetário, está associada

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a motoristas de determinadas unidades, área geográfica e faixas etárias. Essa análise permite que a direção identifique as causas dos eventos e adote as medidas necessárias. Assim, o exemplo dado no item refere-se ao componente de identificação de eventos. Item errado.

18. A segregação de funções é uma importante atividade de controle. A segregação de funções requer que as obrigações sejam atribuídas ou divididas entre pessoas diferentes com a finalidade de reduzir o risco de erro ou de fraude. Por exemplo, as responsabilidades de autorização de transações, do registro da entrega do bem em questão são divididas. O gerente que autoriza vendas a crédito não deve ser responsável por manter os registros de contas a pagar nem pela distribuição de recibos de pagamentos. Da mesma forma, os vendedores não devem modificar arquivos de preços de produtos nem as taxas de comissão. Item certo.

19. O gerenciamento de riscos corporativos é monitorado, avaliando-se a presença e o funcionamento de seus componentes ao longo do tempo. Essa tarefa é realizada mediante atividades contínuas de monitoramento, avaliações independentes ou uma combinação de ambas. O monitoramento contínuo ocorre no decurso normal das atividades de administração. O alcance e a freqüência das avaliações independentes dependerá basicamente de uma avaliação dos riscos e da eficácia dos procedimentos contínuos de monitoramento. As deficiências no gerenciamento de riscos corporativos são relatadas aos superiores, sendo as questões mais graves relatadas ao Conselho de administração e à diretoria executiva.

Segundo o Coso, seminários de treinamento, sessões de planejamento e outras reuniões fornecem à administração importante feedback que lhe permite determinar se o gerenciamento de riscos corporativos permanece eficaz. Além dos problemas específicos que podem indicar condições de risco, a consciência de risco e de controle dos participantes geralmente é uma condição aparente. Item certo.

20. Como visto anteriormente, as quatro formas de resposta ao risco são evitar (prevenção), reduzir, compartilhar e aceitar. Item certo.

A auditoria interna é uma atividade independente de fornecimento de segurança objetiva e de consultoria, visando acrescentar valor à organização e melhorar suas operações. A respeito das normas internacionais de auditoria, julgue os itens de 21 a 27.

21 Os auditores internos devem utilizar cuidados e habilidades esperados de um profissional prudente e competente. Entretanto, procedimentos de auditoria, por si só, mesmo quando desenvolvidos com o cuidado profissional devido, não garantem que todos os riscos significativos serão identificados.

22 A auditoria interna deve monitorar e avaliar a eficácia geral do programa de qualidade, e as avaliações externas devem ser conduzidas ao menos uma vez a cada dois anos, por revisor qualificado e independente, ou por equipe de revisão externa à organização.

23 A auditoria interna deve avaliar o desenho, a implantação e a eficácia dos objetivos, programas e atividades da organização no que se refere à ética.

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24 O ambiente do trabalho de auditoria deve considerar sistemas relevantes, registros, pessoal e propriedades físicas, incluindo-se aquelas sob o controle de terceiros.

25 Os auditores internos são exigidos a aplicar e a manter os princípios da integridade, da objetividade, da confidencialidade e da competência.

26 Ao observar a regra de conduta de publicidade, o auditor interno deve divulgar todos os fatos materiais de seu conhecimento que, se não divulgados, podem distorcer relatórios das atividades sob sua responsabilidade.

27 As políticas e práticas de recursos humanos, bem como a competência do pessoal, não constituem elementos do ambiente de controle.

Gabarito oficial: C – E – C – C – C – E – E

21. As normas do Institute of Internal Auditors - IIA, relativas ao zelo profissional devido, estabelecem que o auditor interno deve estar alerta aos riscos significativos que poderiam afetar os objetivos, operações ou recursos. Entretanto, procedimentos de auditoria, por si só, mesmo quando desenvolvidos com o cuidado profissional devido, não garantem que todos os riscos significativos serão identificados. Item certo.

22. De acordo com as normas do IIA sobre Programa de Qualidade e Melhoria da Auditoria Interna, a atividade da auditoria interna deve adotar um projeto para monitorar e avaliar a eficácia geral do programa de qualidade. O processo deve incluir tanto avaliações internas como externas. As Avaliações Internas devem incluir: a) Revisões contínuas do desempenho da atividade de auditoria interna; e b) Revisões periódicas executadas através de auto – avaliação ou por outras pessoas da organização, com conhecimento das práticas internas de auditoria e das Normas. As Avaliações Externas, tais como revisões de qualidade do trabalho de auditoria, devem ser conduzidas ao menos uma vez a cada cinco anos por revisor qualificado e independente ou por equipe de revisão externa à organização. Item errado.

23. O âmbito de atuação da auditoria interna abrange a Governança Corporativa. Nesse sentido, a atividade de auditoria interna deve avaliar e fazer recomendações apropriadas para a melhoria do processo de governança corporativa no cumprimento dos seguintes objetivos: a) Promoção da ética e valores apropriados dentro da organização. b) Assegurar a gestão do desempenho eficaz da organização e a responsabilidade por prestação de contas. c) Comunicar de forma eficaz às áreas apropriadas da organização, as informações relacionadas a risco e controle. d) Coordenar de forma eficaz as atividades e comunicar a informação entre o conselho, os auditores externos e internos e administração.

A atividade de auditoria interna deve avaliar o desenho, a implantação e a eficácia dos objetivos, programas e atividades da organização relacionados à ética. Item certo.

24. As normas do IIA relativas ao Escopo do Trabalho de auditoria definem que o escopo estabelecido deve ser suficiente para satisfazer os objetivos do trabalho de auditoria. O

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ambiente do trabalho de auditoria deve incluir a consideração de sistemas relevantes, registros, pessoal e propriedades físicas, incluindo aquelas sob controle de terceiros. Item certo.

25. Princípios contidos no Código de ética do IIA são:

Integridade - A integridade dos auditores internos exige confiança e assim, representa a base para a confiabilidade em seu julgamento.

Objetividade - Auditores internos apresentam o mais alto grau de objetividade profissional na coleta, avaliação, comunicação de informações sobre a atividade ou processo em exame. Auditores internos geram uma avaliação equilibrada de todas as circunstâncias relevantes e não são influenciados de forma indevida pelos seus próprios interesses ou por outros, na formulação de julgamentos (opiniões).

Confidencialidade - Os auditores internos respeitam o valor e a propriedade das informações a que têm acesso e não as divulgam sem a autorização apropriada a não ser em caso de obrigação legal ou profissional.

Competência - Auditores internos aplicam o conhecimento, habilidades e experiência necessários na realização de serviços de auditoria interna.

Portanto, item certo.

26. O auditor interno deve divulgar todos os fatos materiais de seu conhecimento que, se não divulgados, podem distorcer relatórios das atividades sob sua responsabilidade. Essa obrigação ou dever refere-se a uma norma ética de objetividade e não de publicidade. Item errado.

27. Item errado. O ambiente de controle é um componente da estrutura de controles internos do Coso e os seus principais elementos são:

ƒ a integridade pessoal e profissional e os valores éticos da direção e do quadro de

pessoal, incluindo uma atitude de apoio ao controle interno, durante todo o tempo e por toda a organização;

ƒ o comprometimento com a competência - A competência dos empregados da

organização reflete o conhecimento e as habilidades necessárias para a execução das tarefas designadas. A administração alinha competência ao custo;

ƒ o perfil dos superiores (ou seja, a filosofia da direção e o estilo gerencial);

ƒ a estrutura organizacional da entidade que fornece o arcabouço para planejamento, execução, controle e monitoração das atividades de uma entidade. Sua estrutura contribui para que atinja seus objetivos. A estrutura organizacional define as áreas fundamentais de responsabilidade. Estabelece as linhas de comunicação e a definição de autoridade e responsabilidade;

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ƒ a atribuição de autoridade e responsabilidade que representa uma extensão do desenvolvimento de uma estrutura organizacional e envolve aspectos específicos de como e a quem autoridade e responsabilidade por todas as atividades da entidade serão atribuídas;

ƒ as políticas e práticas de recursos humanos, cujas normas tratam de admissão,

orientação, treinamento, avaliação, aconselhamento, promoção, compensação e medidas corretivas, conduzindo os níveis previstos de integridade, de comportamento ético e de competência. As medidas disciplinares transmitem a mensagem de que as infrações ao comportamento esperado não serão toleradas.

AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS – CGE/PB – 2008 (CESPE)

Questão 61. Apesar das limitações de recursos, as empresas menores enfrentam o desafio de manter um controle interno, a custo razoável, de várias maneiras, entre as quais se inclui A o exercício do controle de forma diluída e pelos diversos níveis da organização. B a existência de estruturas menos complexas, por permitirem que os dirigentes tenham amplo conhecimento das atividades e um vínculo mais estreito com a organização. C a conjugação de funções, resultante de um menor número de trabalhadores. D o desenvolvimento interno de sistemas de informação. E a desconsideração da abrangência das atividades de supervisão.

Gabarito oficial: B. Em empresas menores, a ausência de manuais, de unidade de auditoria interna e de pessoas para segregação de funções, pode ser compensada com uma estrutura menos complexa e que permita ao proprietário ou dirigente controlar diretamente as operações e atividades.

A questão se refere a maneiras ou formas que organizações pequenas têm para superar a dificuldade de controle. Portanto, a assertiva A está errada, pois o exercício do controle em empresas menores é concentrado e não de forma diluída pelos diversos níveis. Na realidade, não existem diversos níveis em organizações menores.

A assertiva C refere-se a um problema que existe nas empresas pequenas e não uma saída ou alternativa de compensação, portanto, está errada.

A assertiva D está errada, posto que em empresas menores não há a possibilidade de desenvolver sistemas de informação, até em função do custo/benefício do controle.

A assertiva E está errada, pois não se desconsidera a abrangência da supervisão. Ela é apenas menor em função do tamanho e da menor complexidade da entidade.

Questão 62. O gerenciamento de riscos corporativos é constituído de vários componentes inter-relacionados, que se originam com base na maneira como a administração gerencia a organização e que se integram ao processo de gestão. Entre esses componentes, destaca-se

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A o ambiente externo, que determina a forma como os riscos e os controles serão percebidos pelos empregados da organização. B a escolha dos objetivos, condicionada à identificação das situações de risco, aos quais a missão da organização deve alinhar-se. C a avaliação de riscos, que devem ser identificados, administrados e associados aos objetivos passíveis de ser influenciados e seus respectivos impactos. D a resposta aos riscos, que a administração tratará de compartilhar com os clientes e usuários, ou, sendo o caso, transferir para os empregados. E a comunicação, que deve fluir sempre de baixo para cima, mantendo informados os dirigentes dos níveis hierárquicos superiores.

Gabarito oficial: C. Avaliar riscos significa identificar a sua probabilidade e o seu possível impacto no alcance dos objetivos da organização.

A assertiva A está errada, pois o ambiente externo não é um componente de gerenciamento de risco. O ambiente interno é que determina a forma como os riscos e os controles serão percebidos pelas empregados da organização.

A assertiva B está errada, pois inverteu a ordem. Primeiro escolhe-se os objetivos que devem alinhar-se à missão da organização e depois identifica-se os riscos que irão impactar esses objetivos.

A assertiva D está errada porque não cabe compartilhar riscos com os clientes e/ou transferi-los para os empregados.

A assertiva E está errada, pois a comunicação deve fluir de cima para baixo, mediante atitude da administração de bem comunicar a todos os empregados, de baixo para cima, e em toda a organização.

Questão 63. Controles desenhados unicamente para reduzir o risco de más decisões operacionais, especialmente relacionados à eficiência e à eficácia, geralmente não são considerados relevantes para uma auditoria de demonstração contábil, o que não os torna menos relevantes para avaliar a continuidade das atividades ou a agregação de benefício para o usuário, entre outros aspectos. Pode ser considerado um exemplo de má decisão operacional a

A compra de um produto por preço excessivamente baixo. B manutenção da oferta de serviços prestados diretamente a custos inferiores aos de prestação terceirizada. C contratação de serviços de terceiros por valores inferiores aos dos prestados diretamente pela própria entidade. D terceirização de serviços por impossibilidade de contratação de novos empregados ou servidores. E incorrência de gastos não-produtivos com pesquisa e desenvolvimento. QUESTÃO 64

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Resposta: E. Más decisões afetam os objetivos de eficiência e eficácia das operações e a continuidade do negócio e a única alternativa que constitui uma má decisão operacional é a assertiva E. Para resolver essa questão nem precisaria que o candidato conhecesse as definições do Coso, pois pela lógica poder-se-ia apontar a alternativa que satisfaz o enunciado.

Questão 64. Entre os fatores que compõem o ambiente de controle de uma entidade, destacam-se a integridade e os valores éticos. Para se alcançar essas qualidades, os mais altos dirigentes devem reduzir ou eliminar incentivos e tentações que possam levar indivíduos a praticar atos desonestos, ilegais ou não-éticos. Desse modo, recomenda-se que a organização dê ênfase A à obtenção de elevados lucros e benefícios a curto prazo. B à consecução de metas ambiciosas, ainda que irrealistas. C à participação nos resultados, baseada em relatórios financeiros elaborados segundo critérios definidos por setores internos. D à clara definição das atribuições de autoridade e responsabilidade. E ao funcionamento do conselho fiscal apenas quando convocado expressamente. Gabarito oficial: D. Essa é a única alternativa que pode reduzir incentivos e tentações que levam indivíduos a praticar atos desonestos, ilegais ou não-éticos. As assertivas A, B e C constituem práticas que acabam incentivando a fraude e atos ilícitos em busca de se alcançar a qualquer custo as metas de resultado e a participação nos lucros. A assertiva E está errada, pois a atuação eficaz e permanente dos Conselhos de Administração e Fiscal constitui um bom ambiente de controle. QO 65 Questão 65. O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa define as linhas mestras das boas práticas de governança corporativa, relacionando-as em quatro vertentes. Assinale a opção que não corresponde a essas quatro vertentes. A entidade (entity) B prestação de contas (accountability) C transparência (disclosure) D eqüidade (fairness) E responsabilidade corporativa na conformidade com as regras (compliance) QUESTÃO 66 Gabarito oficial: A

No Brasil, existe farta bibliografia sobre a governança corporativa, que é aquela praticada nas empresas e nas organizações de uma forma geral. O foco da governança corporativa é a gestão e o controle das organizações do setor privado. Nesse sentido, existem diferentes conceitos e definições sobre Governança Corporativa, dependendo dos seus autores. Segundo o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC (www.ibgc.org.br):

Governança Corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre Acionistas / Cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de Governança Corporativa têm a finalidade de

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aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade.

O Código de Boas práticas de governança corporativa define os seguintes princípios da boa governança:

ƒ Transparência (disclosure): Mais do que “a obrigação de informar”, a administração

deve cultivar o “desejo de informar”, sabendo que da boa comunicação interna e externa, particularmente quando espontânea franca e rápida, resultam um clima de confiança, tanto internamente, quando nas relações da empresa com terceiros. A comunicação não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, mas deve contemplar também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação empresarial e que conduzem a criação valor.

ƒ Equidade (fairness): Caracteriza-se elo tratamento justo e igualitário de todos os

grupos minoritários, sejam do capital ou das demais “partes interessadas” (stakeholders), colaboradores, clientes, fornecedores ou credores. Atitudes ou políticas discriminatórias, sob qualquer pretexto, são totalmente inaceitáveis. A governança busca a implementação de controle em um ambiente de poder equilibrado entre todas as partes interessadas na organização.

ƒ Prestação de Contas (accountability): Os agentes de Governança corporativa devem

prestar contas de sua atuação a quem os elegeu e respondem integralmente por todos os atos que praticarem o exercício de seus mandatos.

ƒ Responsabilidade Corporativa: Conselheiros e executivos devem zelar pela

perenidade das organizações (visão de longo prazo, sustentabilidade) e, portanto, devem incorporar considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações. Responsabilidade Corporativa é uma visão mais ampla da estratégia empresarial, contemplando todos os relacionamentos com a comunidade em que a sociedade atua. A ”função social” da empresa deve incluir a criação de riquezas e de oportunidades de emprego, qualificação e diversidade da força de trabalho, estimulo ao desenvolvimento cientifico por intermédio de tecnologia, e melhoria da qualidade de vida por meio de ações educativas culturais, assistenciais e de defesa do meio ambiente. Inclui-se neste princípio a contratação preferencial de recursos (trabalhos e insumos) oferecidos pela própria comunidade.

Questão 66. O gerenciamento de riscos corporativos trata de riscos e oportunidades que afetam a criação ou a preservação do valor, refletindo certos conceitos fundamentais. Desse modo, o gerenciamento corporativo é A conduzido por um grupo especializado de profissionais que constitui um setor autônomo da organização. B um modo de atuação que trata dos eventos cuja ocorrência afetou a organização, mas cujos efeitos ainda não foram completamente avaliados. C um processo destinado a compatibilizar os riscos de eventos em potencial aos riscos admitidos pela organização, sem maiores prejuízos ao cumprimento de seus objetivos.

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D orientado para a realização de objetivos distintos e independentes. E um processo que se desencadeia sempre que a organização se sinta ameaçada pela ocorrência de eventos externos. QUESTÃO 67 Gabarito oficial: C

Gerenciamento de risco é identificar e tratar os riscos de forma a tornar sua probabilidade de ocorrência e seu impacto compatíveis com o apetite a risco da organização. O risco tem que se situar em uma faixa de tolerância definida pela organização, de acordo com o seu apetite a risco. O que se pretende é que não haja maiores prejuízos ao cumprimento dos objetivos.

Por exemplo, se uma companhia aérea define como objetivo que pelo menos 85% de seus vôos saiam no horário correto, ela poderia aceitar, dependendo do seu apetite, que de 75 a 90 % dos vôos decolem no horário. Essa é a faixa de tolerância. Em função disso, qualquer evento que possa acontecer que impacte esse objetivo e faça com que menos de 75% dos vôos saiam no horário, devem ser tratados a administrados adequadamente, para redução de sua probabilidade e impacto no objetivo.

A assertiva A está errada, porque todas as pessoas têm responsabilidade na condução de gestão de riscos.

A assertiva B está errada, pois não se pode esperar que os eventos afetem a organização. Deve-se prevê-los e tratá-los preventivamente.

A assertiva D está errada, pois os objetivos são distintos mas integrados e interdependentes. Por exemplo, objetivos de conformidade podem afetar os de comunicação e vice-versa.

A assertiva E está errada, também em função do propósito de previsão dos eventos. Não se pode esperar uma ameaça para então tratá-la. Pode ser tarde demais. Deve-se, na medida do possível, prever o evento.

Questão 67. Os sistemas de tecnologia da informação apresentam benefícios e riscos em comparação com sistemas manuais. Em um ambiente computadorizado, os controles internos têm de levar em conta esses riscos, entre os quais menciona-se A os arquivos e registros que se encontram em linguagem que não permite a leitura em computador. B a diminuição do envolvimento humano, facilitando o obscurecimento de erros. C as diversas funções que estão dispersas, sem uma visão integrada e coesa. D as alterações que são implementadas com muita facilidade, com perda de registro e memória. E a coerência que é menor em razão de as transações estarem submetidas a controles distintos, heterogêneos.

Gabarito oficial: B. William Boynton e outros no livro Auditoria apontam os benefícios que sistemas de TI apresentam, em comparação com sistemas manuais:

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ƒ Sistemas de tecnologia da informação podem proporcionar maior coerência de

processamento que sistemas manuais, pois submetem todas as transações aos mesmos controles, uniformemente.

ƒ Relatórios contábeis mais tempestivos podem fornecer à administração meios

mais eficazes de análise, supervisão e revisão das operações da empresa.

Porém, percebam quantos riscos existem em sistemas de TI, também em comparação com sistemas manuais:

ƒ O sistema de TI produz uma trilha de transação que é disponível para auditoria

apenas por um curto período de tempo.

ƒ Muitas vezes, existe menos evidência documentária do desempenho de procedimentos em sistemas de TI.

ƒ Arquivos e registros em sistemas de TI, geralmente, encontram-se em linguagem

de máquina e não podem ser lidos sem um computador.

ƒ A diminuição do envolvimento humano em processamento de dados pode obscurecer erros que poderiam ser observados em sistemas manuais.

ƒ Sistemas de TI podem ser mais vulneráveis a desastres, movimentação não-

autorizada e falhas mecânicas que sistemas manuais.

ƒ Várias funções podem ser concentradas em sistemas de TI, com uma correspondente redução na segregação de funções a que se obedece em sistemas manuais.

ƒ Alterações no sistema, muitas vezes, são mais difíceis de ser implantadas e

controladas em sistemas de TI que em sistemas manuais.

Assim, a assertiva A da questão está errada, pois os arquivos e registros que se encontram em linguagem de máquina podem ser lidos com o auxílio de um computador. O risco decorre da necessidade de um computador e do conhecimento especializado.

A assertiva B refere-se a um dos riscos de ambiente de TI. Em função da diminuição do envolvimento de pessoas no registro e processamento das informações, torna-se mais difícil identificar os erros.

A assertiva C está errada, pois as funções em ambiente de TI estão concentradas e, portanto, há prejuízos à segregação de funções.

A assertiva D está errada, pois apesar da possibilidade de alterações serem implementadas com muita facilidade, não há perda de registro e memória.

Por fim, a assertiva E está errada, pois sistemas de TI submetem as transações aos mesmos controles, uniformemente e, portanto, propiciam maior coerência de processamento que sistemas manuais.

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Questão 68. Considerando que o objetivo principal de uma informação é influenciar decisões e que informação é um tratamento especial que se dá a um dado ou a um conjunto de dados à disposição do respectivo usuário, assinale a opção correta. A A capacidade de a informação reduzir incertezas está associada com a oportunidade de sua distribuição e, portanto, com uma relação benefício/custo maior do que um. B Em razão da multiplicidade e diversidade de usuários das informações de uma entidade, cada interessado deverá buscar a apreensão do conteúdo e da forma da mensagem. C Os dados coletados de fontes internas são sempre mais confiáveis que os obtidos de fontes externas. D Os dados disponíveis não devem passar por processos de filtragem, para permitir ao usuário da informação que faça as suas próprias escolhas. E As informações geradas no âmbito da entidade devem ser disponibilizadas indistintamente a todos os níveis e setores, de acordo com o princípio de que é ao usuário que cabe a seleção das informações que lhe possam interessar.

Gabarito oficial: A

A obtenção e a distribuição da informação têm que ser oportunas e os benefícios devem superar os custos, portanto, a relação benefício/custo tem que ser maior do que um.

As assertivas B, D, e E estão erradas, pois a organização deve filtrar e organizar a informação de acordo com a motivação, interesse e perfil do usuário da informação.

A assertiva C está errada, pois os dados coletados tanto de fontes internas quanto externas são importantes para a estrutura e eficácia de gerenciamento de riscos.

Questão 69. A comunicação, por ser a troca de informações entre os indivíduos, é uma atividade administrativa que visa tornar comum uma mensagem ou informação. Com relação à comunicação em uma entidade, é correto afirmar que A o fluxo ascendente — dos subordinados aos dirigentes — é menos confiável que o descendente — dos dirigentes aos subordinados. B o entendimento sobre a forma de realização das tarefas deve ser necessariamente diferente entre chefias e servidores. C as informações que visam à compreensão das tarefas a realizar são independentes e incompatíveis com o grau de motivação que se possa transmitir aos responsáveis pela execução dessas tarefas. D as tarefas serão executadas com mais eficiência sempre que os padrões de desempenho forem estabelecidos segundo um entendimento comum entre chefias e subordinados. E os subordinados só devem receber informações dos superiores por iniciativa própria, à medida que as julgarem necessárias. QUESTÃO 70 Gabarito oficial: D

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Haverá melhor desempenho se houver um entendimento comum entre chefias e subordinados. A assertiva A está errada, pois tanto o fluxo descendente quanto o fluxo ascendente têm a mesma importância para controles internos e gestão de riscos.

As demais alternativas estão erradas, pois se referem a falhas no processo de comunicação que podem prejudicar as atividades, os procedimentos e os objetivos da organização.

Questão 70. Monitoração é um processo que avalia a qualidade do desempenho dos controles internos ao longo do tempo. Problemas com controles internos dos órgãos e entidades da administração estadual poderiam chegar ao conhecimento da Controladoria Geral do Estado por meio de informações, reclamações ou denúncias provenientes de vias diversas, independentes, entre as quais a menos confiável seria a(s) A ouvidoria-geral do Estado. B auditoria externa das entidades. C agências reguladoras. D imprensa. E administração do órgão ou entidade. QUESTÃO 71 Gabarito oficial: E. O monitoramento da qualidade do desempenho dos controles internos ao longo do tempo, dado como exemplo na questão, é um monitoramento de um órgão de controle sobre entidades públicas, mediante informações, denúncias e reclamações de diversas fontes. A informação ou denúncia vinda da própria administração da entidade monitorada é menos confiável do que as denúncias e informações oriundas de terceiros, externos à organização.

Questão 71. Com relação às origens da auditoria e seus tipos, assinale a opção correta. A O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das empresas de captarem recursos de terceiros. B Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior necessidade de recorrer aos auditores independentes para aferir a segurança, liquidez e rentabilidade de seus investimentos na empresa. C A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um acompanhamento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa. D A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do exame das transações da empresa em relação aos seus dirigentes. E Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as demonstrações contábeis que a empresa é obrigada a publicar. QUESTÃO 72 Gabarito oficial: A

A questão obriga o candidato a distinguir os fatores que levaram ao surgimento da auditoria externa, comparados com a auditoria interna, além dos objetivos de cada tipo de auditoria.

O item “A” está certo. Como visto em nosso estudo, na medida em que as empresas passam a captar recursos de terceiros, em forma de investimentos, empréstimos, fornecimentos, etc,

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surge a necessidade de uma auditoria externa, independente dos administradores, para atestar a situação financeira e patrimonial dessas entidades.

O item “B” está errado, uma vez que aqueles mais distantes da administração das empresas são os que apresentam maior necessidade de recorrer aos auditores independentes para aferir a segurança e liquidez de seus investimentos na empresa.

O item “C” está errado, pois foi a auditoria interna que surgiu como decorrência da necessidade de um acompanhamento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa.

O item “D” está errado, pois a auditoria externa é que constitui uma resposta à necessidade de independência do exame das transações da empresa em relação aos seus dirigentes. A auditoria interna surge para dar uma resposta mais gerencial, de controle, assessoria e administração aos dirigentes das organizações.

Questão 72. Sabe-se que os papéis de trabalho integram um processo organizado de registro de evidências da auditoria, com relação à confiabilidade, custódia e propriedade destes. Com relação aos papéis de trabalho, é correto afirmar que A são de responsabilidade do auditor, mas de propriedade do auditado. B devem ser disponibilizados para o auditor que assumir o trabalho quando houver rescisão de contrato. C o auditor deve manter sua custódia até 5 anos após a emissão do parecer. D só podem ser fornecidos quando solicitados diretamente à entidade auditada. E o Conselho Regional de Contabilidade pode exigir, para fins de cadastramento, cópia de papéis de trabalho. QUESTÃO 73 Gabarito oficial: C

A assertiva A está incorreta, pois os papéis de trabalho são de responsabilidade e propriedade do auditor.

A assertiva B está incorreta, pois o auditor não é obrigado a disponibilizar os papéis de trabalho a outro que assumir quando houver rescisão.

A assertiva C é a que satisfaz o enunciado da questão. O auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter a custódia dos papéis de trabalho pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do seu parecer.

A assertiva D está incorreta, pois os papéis de trabalho quando solicitados por terceiros, ao auditor, somente podem ser disponibilizados após autorização formal da entidade auditada.

A assertiva E está também incorreta, pois a exigência de cópia de papéis de trabalho não constitui exigência ou condição para fins de cadastramento do auditor independente junto ao Conselho Regional de Contabilidade.

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Questão 73. Os procedimentos adotados para colher evidências sobre os valores constantes das demonstrações contábeis, incluem, no caso de atualização e capitalização do saldo devedor de uma obrigação de longo prazo, a A confirmação com terceiros. B inspeção dos documentos concernentes à autorização da transação. C aplicação de questionários. D realização de entrevistas com os responsáveis pelo setor competente. E conferência de cálculos.

Gabarito oficial: E. Para que o auditor se certifique da exatidão e validade do saldo de uma conta, em particular no caso de uma atualização e capitalização do saldo devedor de uma obrigação de longo prazo, ele deve proceder à conferência desses cálculos, na base de teste. As demais técnicas apontados nos outros itens não permitem a obtenção de evidências sobre os valores em decorrência de uma capitalização ou variação monetária e/ou por juros de uma obrigação.

Questão 75. A normatização do exercício profissional pressupõe o estabelecimento de procedimentos e critérios para planejar e selecionar amostras de itens a serem examinados pelo auditor. A respeito do assunto, é correto afirmar que A população é o conjunto de dados selecionados para exame do auditor. B amostragem não-estatística é aquela em que o auditor seleciona itens para verificação segundo sua intuição, experiência pessoal e conhecimento da situação e da entidade. C o volume e o valor das transações são irrelevantes para definição das amostras. D estratificar uma população significa excluir previamente determinados itens para efeito de verificação pela auditoria. E cada estrato selecionado deve ter a mesma quantidade de itens selecionados. QUESTÃO 76 Gabarito oficial: B. A amostragem não-probabilística é aquela em que o auditor seleciona itens para verificação segundo sua intuição, experiência pessoal e conhecimento da situação e da entidade. É também denominada de amostragem por julgamento, casual ou por cotas.

A assertiva A está incorreta, pois a população representa o universo a ser auditado. O conjunto de dados selecionados para exame representa a amostra.

A assertiva C está incorreta, pois a amostra selecionada pelo auditor deve ter relação direta com o volume de transações realizadas pela entidade na área ou na transação objeto de exame, como também com os efeitos nas posições patrimonial e financeira da entidade e o resultado por ela obtido no período.

A assertiva D está incorreta, pois estratificar é o processo de dividir uma população em sub- populações, cada qual contendo um grupo de unidades de amostragem com características homogêneas ou similares. Não significa excluir determinados itens.

A assertiva E está incorreta, pois cada estrato pode ter um número variado de itens selecionados por característica semelhantes. O que não pode na estratificação é um elemento que pertença a um estrato também constar de outro, ou seja, não pode haver interseções.

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Questão 76. Entre os tipos de auditoria, a operacional é aquela que A objetiva avaliar a execução de programas e projetos governamentais específicos. B visa avaliar a eficácia dos resultados em relação aos recursos disponíveis e utilizados. C visa evidenciar a adequação e pertinência das demonstrações à situação patrimonial. D objetiva aferir a regularidade da execução dos contratos, convênios e instrumentos afins. E trata do acompanhamento físico-financeiro das atividades e projetos prioritários nos termos do PPA.

Gabarito oficial: B. A questão refere-se a conceitos relativos aos trabalhos da CGU, conforme disposto na IN SFC nº 01, de 2001. A auditoria operacional visa avaliar a economicidade, a eficiência e a eficácia dos resultados de uma gestão em relação aos recursos disponíveis e utilizados. Os demais itens ou se referem a outros tipos de auditoria, como, por exemplo, auditoria contábil e auditoria de gestão (itens C e D) ou a atividades de acompanhamento e avaliação de programas, mediante o instrumento da fiscalização (itens A e E). QUESTÃO 77 Questão 77. Entre as características de qualquer sistema de controle interno satisfatório, não é passível de determinação pelos fluxogramas A o emprego de pessoal com aptidão e treinamento compatíveis com a sua responsabilidade. B a divisão da escrituração dos registros, de modo que um registro seja controlado por outro, escriturado independentemente. C a delegação de poderes a indivíduos específicos para aprovação das transações e a instituições de controles para garantir que as transações sejam aprovadas pelas pessoas autorizadas. D a verificação periódica da existência dos ativos registrados. E a separação da custódia dos ativos do registro destes mesmos ativos e das respectivas transações.

Gabarito oficial: “A”. Fluxogramas são diagramas esquemáticos que ilustram os passos envolvidos no processamento de informação ao longo do sistema contábil. Os fluxogramas permitem obter entendimento sobre o funcionamento dos procedimentos de controle. O único item na questão que não se refere a um procedimento ou princípio de controle interno que pode ser devidamente identificado em um fluxograma é o que se refere ao emprego de pessoal com qualidade e responsabilidade.

Questão 78. Com relação ao campo de atuação da auditoria interna e à ocorrência de erros e de fraudes, é correto afirmar que A quando a falha puder ser reparada no âmbito do próprio órgão auditado e com os seus responsáveis, não será necessário comunicar às autoridades superiores a respeito do fato. B sempre que houver repercussões que afetem as finanças públicas, o auditor deve comunicar o fato previamente às autoridades externas. C a interpretação equivocada da legislação pelo responsável, de que resultar prejuízo mensurável à entidade, acarreta as mesmas conseqüências da fraude.

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D a adulteração de demonstrações contábeis, tanto em termos físicos quanto monetários, constitui uma das hipóteses de fraude. E diante de indícios de irregularidades, a auditoria interna deve informar à administração da entidade verbalmente, de maneira reservada; se elas forem confirmadas, a informação deverá ser feita por escrito e não precisará ser reservada. QUESTÃO 79 Gabarito oficial: D

A assertiva A está incorreta, pois mesmo que a falha possa ser reparada, o auditor interno tem a obrigação de comunicar os fatos, por escrito, à administração da entidade auditada.

A assertiva B está incorreta, pois o auditor interno só pode comunicar informações a terceiros, com autorização da administração.

A assertiva C está incorreta, pois as repercussões são mais graves no caso de fraude.

A assertiva E está incorreta, pois a auditoria interna, diante de indícios de irregularidades ou de confirmações e evidências, deve informar à administração da entidade, sempre por escrito e de maneira reservada.

Questão 79. Entre as normas de atributos, deve-se considerar que, se a independência ou objetividade forem prejudicadas de fato ou na aparência, os detalhes de tal prejuízo devem ser informados às partes apropriadas. Neste sentido, é correto afirmar que A trabalhos de auditoria relacionados a funções sob responsabilidade do dirigente de auditoria não devem ser realizados enquanto perdurar a situação. B caso se constatem potenciais prejuízos à independência ou objetividade, relacionados a serviços de consultoria propostos, o cliente deve ser informado na conclusão do trabalho. C os auditores internos podem prestar serviços de consultoria relacionados às operações pelas quais tenham sido responsáveis anteriormente. D auditores que tenham sido responsáveis pela avaliação de operações específicas devem manifestar expressamente essa condição. E os auditores internos que tenham prestado serviços de consultoria não poderão assumir responsabilidade sobre as respectivas operações.

Gabarito oficial: C

A assertiva A está errada, pois trabalhos de auditoria relacionados a funções sob responsabilidade do dirigente de auditoria podem ser realizados desde que supervisionados por pessoa externa à unidade de auditora.

A assertiva B está errada, pois o cliente deve ser informado antes da realização dos trabalhos.

A assertiva C está correta. As normas permitem a prestação de consultoria relacionada a operações pelas quais o auditor tenha sido responsável anteriormente, fazendo restrição, nesse particular, apenas para os trabalhos de avaliação ou segurança objetiva.

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A assertiva D está errada, pois nesses casos, o auditor interno deve abster-se de realizar os trabalhos, não resolvendo caso declare essa condição.

A assertiva E está errada, pois não prejudica a objetividade o fato de prestar consultoria e assumir futuramente uma responsabilidade sobre as respectivas operações. Porém, essa questão ficou no limite ou próxima de ser considerada errada, pois fere a objetividade o auditor assumir responsabilidade gerencial pela implementação do produto da consultoria.

Questão 80. No tocante às normas de desempenho, o gerenciamento da atividade de auditoria interna deve assegurar que se adicione valor à organização. Com relação a esse assunto, é correto afirmar que A a aprovação dos planos de atividades de auditoria é de responsabilidade exclusiva do diretor executivo de auditoria. B as políticas para orientar a atividade de auditoria interna são de responsabilidade da alta administração e, em particular, do conselho de administração. C o diretor executivo de auditoria deve coordenar atividades com outros prestadores — internos e externos — de serviços relevantes de auditoria. D o plano aprovado deve ser adaptado aos recursos que foram previamente destinados à auditoria interna. E a avaliação de risco, para efeito de estabelecimento do plano de trabalho de auditoria, não deve levar em conta propostas formuladas por consultorias externas.

Gabarito oficial: C

A assertiva A está errada, pois quem revisam e aprovam os planos são a alta administração e o conselho.

A assertiva B está errada, pois as políticas para orientar as atividades são de responsabilidade do diretor da auditoria.

A assertiva C está certa, por destacar uma competência do diretor da auditoria. Ele coordena todos os serviços de auditoria prestados internamente ou por pessoas externas à organização.

A assertiva D está errada, pois o diretor executivo deve assegurar os recursos para cumprir o plano.

A assertiva E está errada, pois as propostas formuladas por consultorias externas devem ser levadas em consideração na avaliação de risco, para definição do plano de trabalho da auditoria.

DISSERTAÇÃO – PROVA ANALISTA TÉCNICO DO SEBRAE (AUDITORIA) - 2008

Um auditor, designado para auditar a empresa Alfa, está na fase de planejamento do trabalho, cujo objetivo principal será o exame das contas a receber do exercício encerrado em 2007. Em razão do grande volume de transações, somente parte dessas

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contas será analisada. A escolha dessas contas será feita com base na experiência do referido auditor e nos papéis de trabalho da auditoria realizada em 2006, que evidenciaram a inadequação dos controles internos existentes na empresa.

Na condição de auditor que realizará o trabalho de auditoria descrito na situação hipotética apresentada acima, redija um texto dissertativo que aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:

¾ técnica de auditoria e procedimento a serem empregados para certificação apropriada dos saldos das contas a receber;

¾ técnica de auditoria a ser empregada para a execução do trabalho em razão do volume de transações a serem auditadas;

¾ existência ou não de algum tipo de risco de auditoria e seu nível de relevância.

A questão refere-se a uma auditoria cujo principal objetivo será o exame das contas a receber de uma empresa. Entre os objetivos visados na auditoria de contas a receber, há a verificação da propriedade; existência real e exatidão dos valores; determinação da rentabilidade da cobrança; descoberta de quaisquer ônus referentes às contas a receber e determinação da melhor forma de apresentação das demonstrações financeiras. Uma vez que as transações que dão origem a contas a receber são as vendas, em geral, vários objetivos da auditoria de vendas podem ser alcançados durante o exame de contas a receber. As transações que reduzem as contas a receber, normalmente envolvem recebimentos de Caixa e Bancos e certos aspectos das auditorias de recebimentos de caixa, bancos e contas a receber podem ser feitos em conjunto.

Um dos mais importantes procedimentos de auditoria, no tocante a contas a receber, é a

confirmação direta do débito com o devedor ou circularização. Depois de obter uma listagem analítica de todas as contas a receber, em determinada data, e verificar a sua conformidade com as respectivas contas do razão, o auditor fará as competentes análises, para obter a amostragem adequada a ser confirmada. Hilário Franco e Ernesto Marra, no livro Auditoria Contábil, ensinam que o uso corrente recomenda que a amostragem não seja inferior a 10% do volume físico dos títulos, nem a 80% do valor pecuniário de todas as contas a receber. Os testes nos controles internos da área orientarão, também, quanto à profundidade da amostragem. Para algumas contas, com faturamento muito alto no fim do exercício, cujos devedores se encontram em má situação financeira, contas canceladas e com saldos credores, recomenda-se a circularização integral e reiteração dos pedidos, no caso de falta de resposta.

Para definição da amostra, o auditor pode utilizar a amostragem probabilística para

poder expressar uma opinião sobre as transações como um todo ou não probabilística, como apontado na questão, cuja seleção das contas a receber ocorre de acordo com a experiência e o julgamento profissional do auditor.

A confirmação direta ou circularização consiste na expedição de cartas a entidade

auditada, assinadas pela administração, mas dirigidas e recebidas pelo próprio auditor. A falta de resposta enseja um novo pedido. Para cartas não respondidas, deve-se obter confirmação pessoalmente.

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Além da circularização junto aos clientes e obtenção de evidência de existência e exatidão de contas a receber, o auditor deve reunir e examinar evidências internas da empresa, examinando os registros contábeis e a documentação hábil. À parte da evidência obtida por meio da confirmação e testes de transações, o auditor pode ainda se certificar a respeito de contas a receber, aplicando certos procedimentos analíticos. Um deles consiste em analisar, pelos vencimentos, os saldos de conta a receber, o que pode ser feito pelo cliente e conferido pelo auditor, e fornece dados sobre o vencimento de contas a receber.

O enunciado solicita ao candidato que identifique a existência ou não de algum tipo de

risco de auditoria e seu nível de relevância. Como foi apontado que os controles internos foram considerados inadequados, com base nos papéis de trabalho anteriores, o risco de controle, ou seja, de que os controles internos não previnam e detectem erros, fraudes e distorções relevantes é alto, portanto, o auditor deve estabelecer um nível de relevância para as contas a receber mais baixo e modificar a natureza, oportunidade e extensão dos testes substantivos, como por exemplo, as confirmações diretas, para obter maior quantidade de evidência e reduzir o risco de detecção. Assim, o risco de auditoria, que é o risco do auditor emitir uma opinião ou parecer inadequado sobre as contas a receber ou as demonstrações que apresentam erros e distorções relevantes, não revelados pela auditoria, estará em um nível aceitável ou razoável, dadas as circunstâncias.

SOLUÇÃO PROPOSTA:

A auditoria realizada na empresa Alfa, cujo objetivo principal será o exame das contas a receber do exercício encerrado em 2007, está na fase de planejamento do trabalho. Para certificar-se da propriedade, existência real e exatidão dos valores registrados em contas a receber, o auditor deve planejar a adoção do procedimento de confirmação direta dos débitos junto aos devedores ou clientes da empresa auditada.

A confirmação direta ou circularização consiste na expedição de cartas a entidade

auditada, assinadas pela administração, mas dirigidas e recebidas pelo próprio auditor. A falta de resposta enseja um novo pedido. Para cartas não respondidas, deve-se obter confirmação pessoalmente. A técnica utilizada é denominada de circularização ou confirmação externa.

Em razão do grande volume de transações, somente parte dessas contas será analisada

mediante testes seletivos e a técnica da amostragem. A seleção das contas a receber ocorrerá de acordo com a experiência e o julgamento profissional do auditor, mediante a amostragem não-probabilística.

Como os controles internos foram considerados inadequados, com base nos papéis de

trabalho anteriores, o risco de controle, ou seja, de que os controles internos não previnam ou detectem erros, fraudes e distorções relevantes é alto. Nesse caso, o auditor deve estabelecer um nível de relevância para as contas a receber mais baixo e modificar a natureza, oportunidade e extensão dos testes substantivos, para obter maior quantidade de evidência e reduzir o risco de detecção.

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Assim, o risco de auditoria, que é o risco do auditor emitir uma opinião ou parecer inadequado sobre as contas a receber ou as demonstrações, estará em um nível aceitável ou razoável, dadas as circunstâncias. O planejamento adequado da auditoria a ser realizada na empresa Alfa aumentará as chances de alcance do seu objetivo principal acerca dos exames das contas a receber do exercício encerrado em 2007.

QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO (TCE/SC – 2006) – FEPESE

86. Assinale a alternativa correta, quanto ao processo de auditoria:

f) Afirmações sobre integridade referem-se a se ativos são direitos da entidade e passivos são as obrigações da entidade em determinada data.

g) Afirmações sobre direitos e obrigações referem-se a se todas as transações e contas que deveriam ser apresentadas nas demonstrações contábeis realmente o foram.

h) Afirmações sobre avaliação ou alocação referem-se a se determinados componentes das demonstrações contábeis encontram-se adequadamente classificados, descritos e evidenciados.

i) Afirmações sobre apresentação e divulgação referem-se a se são adequadas as quantias pelas quais componentes de ativos, passivos, receitas e despesas aparecem nas demonstrações contábeis.

j) Afirmações sobre a existência ou ocorrência tratam das seguintes questões: ( 1 ) ativos ou passivos da entidade existem em determinada data? ( 2 ) transações contabilizadas em determinado período ocorreram?

87. O conceito de risco de auditoria é importante como forma de expressão da idéia de segurança razoável. Quanto mais certo o auditor desejar estar de que está expressando uma opinião correta, mais baixo será o risco de auditoria que estará inclinado.

I - Risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a um erro ou uma classificação indevida relevante, supondo que não haja controles internos que com ela se relacionem.

II - Risco de controle é o risco de que um erro ou classificação indevida de materiais que possam constar de uma afirmação não sejam evitados ou detectados tempestivamente pelos controles internos da entidade.

III - Risco de detecção é o risco de que o auditor possa não modificar adequadamente seu parecer sobre demonstrações contábeis que contêm erros ou classificações indevidas relevantes.

IV - Risco de auditoria é o risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação indevida relevante que existe em uma afirmação.

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Com base nas definições acima, assinale a alternativa correta:

f) Todas as opções estão corretas. g) Apenas as opções I e II estão corretas. h) Apenas as opções III e IV estão corretas. i) Apenas as opções I, II e IV estão corretas. j) Apenas as opções II e III e IV estão corretas.

88. Assinale apenas a resposta correta quanto a amostragem de auditoria em testes substantivos.

f) O risco de rejeição incorreta (algumas vezes denominado risco alfa) é o risco de que a amostra não dê suporte à conclusão de que o saldo de conta registrado contém erros ou irregularidades relevantes, quando de fato ele não contém.

g) Amostragem em auditoria em testes substantivos está sujeita apenas ao risco de amostragem.

h) Erro aceitável é o erro mínimo que pode existir em uma conta antes de se considerar que ela contém erros ou irregularidades relevantes.

i) O auditor nunca utiliza seu julgamento profissional para combinar evidencias de várias fontes e chegar a uma conclusão geral a respeito de o saldo de conta em exame conter, ou não, erros ou irregularidades materiais.

j) O risco de aceitação incorreta (algumas vezes denominado de risco beta) é o risco de que a amostra dê suporte à conclusão de que o saldo de conta registrado não contenha erros ou irregularidades relevantes, quando na realidade ele contém.

89. Os procedimentos de revisão analítica compreendem o estudo e a comparação de relações entre dados. Envolvem o cálculo e a utilização de índices financeiros. Procedimentos de revisão analítica muitas vezes implicam a mensuração das atividades subjacentes às operações e a comparação de medidas dos direcionadores econômicos do negócio com os correspondentes resultados financeiros.

I - Inspeção envolve escrutínio cuidadoso e exame detalhado de documentos e registros, e exame físico de recursos tangíveis. Inspeções são utilizadas intensamente em auditoria e, muitas vezes, resultam na coleta e na avaliação tanto de evidência ascendente como de evidencia descendente.

II - Confirmação é uma forma de investigação que capacita o auditor a obter informações diretamente com uma fonte externa ao cliente. Geralmente, o cliente faz a solicitação à parte externa, por escrito, mas o auditor controla a quem a solicitação deve ser dirigida.

III - Questionamentos envolvem a colocação de questões pelo auditor, verbalmente ou por escrito. Geralmente, dirigem-se à administração ou a empregados, como no caso de questões de acompanhamento de problemas identificados na realização de procedimentos de revisão analítica ou de obsolescência de estoques.

IV - As duas aplicações mais usuais de contagem são (1) contagem física de recursos tangíveis, tais como o caixa em tesouraria ou o estoque em mãos e (2) localização de todos os documentos pré-numerados.

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V - Um importante procedimento de auditoria é a repetição, pelo auditor, de conciliações e cálculos realizados pelo cliente – totais de lançamentos contábeis, cálculos de depreciação, de juros, de ágios ou deságios, de quantidades vezes preços unitários de itens, etc.

VI - Observação relaciona-se a acompanhar a realização de alguma atividade ou processo. A atividade pode ser o processamento rotineiro de determinado tipo de transação, tal como o recebimento de caixa, para verificar se empregados estão seguindo as políticas e os procedimentos, na realização das tarefas.

Com base no que foi descrito acima sobre os procedimentos de revisão analítica, assinale a alternativa correta:

a) Todas as opções estão corretas. b) Apenas as opções I está correta. c) Apenas as opções II e IV estão corretas. d) Apenas as opções II, V e VI estão corretas. e) Apenas as opções I, II, IV e VI estão corretas.

ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE (CGU – 2008) – ESAF

46- Sobre o tema ‘controle externo’, nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que: a) é exercido, no âmbito federal, pelo Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de Contas da União. b) é exercido, no âmbito federal, pelo Senado Federal com o auxílio do sistema de controle interno dos demais Poderes. c) é exercido, no âmbito estadual, pelo Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de Contas da União. d) é exercido, no âmbito federal, pelo Congresso Nacional e pelo Tribunal de Contas da União e, no âmbito estadual e municipal, exclusivamente pelas respectivas Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores. e) é exercido, no âmbito federal, exclusivamente pelo Tribunal de Contas da União e, no âmbito estadual e municipal, exclusivamente pelos Tribunais de Contas Estaduais e Municipais.

47- Acerca da natureza, competência e jurisdição do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo sua Lei Orgânica, é correto afirmar que: a) compete ao TCU julgar as contas do Governo de Território Federal, no prazo de sessenta dias a contar de seu recebimento, na forma estabelecida em seu Regimento Interno. b) compete ao TCU apreciar, para fins de registro, a arrecadação da receita a cargo da União, mediante inspeções e auditorias, ou por meio de demonstrativos próprios, na forma estabelecida em seu Regimento Interno.

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c) a jurisdição do TCU abrange os responsáveis por entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado que recebam contribuições parafiscais e prestem serviço de interesse público ou social. d) ao Tribunal de Contas da União, no âmbito de sua competência e jurisdição, assiste o poder de polícia, podendo, em conseqüência desse poder, expedir atos e instruções normativas sobre matéria de suas atribuições e sobre a organização dos processos que lhe devam ser submetidos, obrigando ao seu cumprimento, sob pena de responsabilidade. e) a resposta sobre consulta que lhe seja formulada por autoridade competente, a respeito de dúvida suscitada na aplicação de dispositivos legais e regulamentares concernentes a matéria de sua competência, tem caráter normativo e constitui prejulgamento do fato ou caso concreto.

48- Nos termos da Lei Orgânica do TCU, a autoridade administrativa competente, sob pena de responsabilidade solidária, visando à apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano, deverá imediatamente adotar providências com vistas à instauração da Tomada de Contas Especial diante dos seguintes casos, exceto: a) omissão no dever de prestar contas. b) descumprimento de recomendações exaradas pelo Tribunal em julgamento de contas de exercícios anteriores. c) não comprovação da aplicação dos recursos repassados pela União, na forma prevista no art. 5º, inciso VII, da citada lei. d) ocorrência de desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos. e) prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao erário.

49- De acordo com a Lei n. 10.180/01, são de competência dos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal as seguintes ações, exceto: a) avaliar o cumprimento das metas estabelecidas no plano plurianual. b) avaliar a execução dos orçamentos da União. c) realizar auditoria sobre a gestão dos recursos públicos federais sob a responsabilidade de órgãos e entidades públicos e privados. d) realizar auditorias nos sistemas contábil, financeiro, orçamentário e de pessoal das entidades privadas que guardem ou gerenciem recursos públicos federais. e) avaliar o desempenho da auditoria interna das entidades da administração indireta federal.

50- Nos termos do Decreto n. 3.591/00, as atividades a cargo do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal destinam-se, preferencialmente, a subsidiar: a) o exercício do controle externo, a cargo do Congresso Nacional. b) a supervisão ministerial. c) o aperfeiçoamento da gestão pública, nos aspectos de formulação, planejamento, coordenação, execução e monitoramento das políticas públicas. d) os órgãos responsáveis pelo ciclo da gestão governamental, quais sejam, planejamento, orçamento, finanças, contabilidade e administração federal.

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e) o exercício da direção superior da Administração Pública Federal, a cargo do Presidente da República.

51- De acordo com a IN SFC/MF n. 001/2001, tem-se como correto que a circularização de informações confere suporte básico ao procedimento da seguinte técnica de auditoria: a) Cut-Off. b) Correlação das Informações Obtidas. c) Confirmação Interna. d) Rastreamento. e) Confirmação Externa.

52- Nos termos da IN SFC/MF n. 001/2001, assim como as auditorias, as fiscalizações podem ser realizadas sob as seguintes formas, exceto: a) centralizada. b) integrada. c) compartilhada. d) simplificada. e) terceirizada.

53- O servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, no decorrer de qualquer atividade, deve prestar especial atenção àquelas transações ou situações que denotem indícios de irregularidades. Acerca do tema ‘impropriedades e irregularidades’, nos termos da IN SFC/MF n. 001/2001, é correto afirmar que: a) a irregularidade consiste em falhas de natureza formal de que não resulte dano ao erário, porém evidencia-se a não-observância aos princípios de legalidade, legitimidade, eficiência, eficácia e economicidade. b) o objetivo primordial das atividades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal não é a busca de impropriedades ou de irregularidades. c) ao verificar a ocorrência de impropriedades, o servidor deve registrar o assunto e aguardar pela finalização dos trabalhos de campo, quando só então será solicitado ao dirigente da unidade ou entidade examinada prestar os esclarecimentos e justificativas pertinentes. d) a impropriedade é caracterizada pela não-observância aos princípios de legalidade, legitimidade, eficiência, eficácia e economicidade, constatando a existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável para o Erário. e) ao verificar a ocorrência de irregularidades, o servidor deve registrar o assunto e aguardar pela finalização dos trabalhos de campo, quando só então será solicitado ao dirigente da unidade ou entidade examinada prestar os esclarecimentos e justificativas pertinentes.

54- No âmbito do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, segundo a IN SFC/MF n. 001/2001, a mensuração de indicativos e indicadores que expressam a variação positiva da relação custo/benefício, na qual se busca a otimização dos resultados na escolha dos menores custos em relação aos maiores benefícios, revelando a atenção da gestão com o bom uso qualitativo dos recursos financeiros, desde a

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adequação da proposta orçamentária das metas a serem atingidas, passando pela coerência com respeito aos preços de mercado, o desenvolvimento de fontes alternativas de receita e a obtenção dos menores custos por produto gerado, permite aferir a a) legalidade da ação avaliada. b) eficácia da ação avaliada. c) economicidade da ação avaliada. d) eficiência da ação avaliada. e) efetividade da ação avaliada.

55- Para a IN SFC/MF n. 001/2001, no decorrer do processo de planificação dos trabalhos de controle, o conceito de materialidade refere-se a) à importância relativa ou papel desempenhado por uma determinada questão, situação ou unidade, existentes em um dado contexto. b) à obrigatoriedade de, em uma Amostra Aleatória Simples, cada elemento da população ter a mesma chance de pertencer à amostra. c) ao quadro de situações críticas efetivas ou potenciais a auditar ou fiscalizar, identificadas em uma determinada unidade ou programa. Trata-se, portanto, da composição dos elementos referenciais de vulnerabilidade, das fraquezas, dos pontos de controle com riscos latentes, das trilhas de auditoria ou fiscalização. d) ao montante de recursos orçamentários ou financeiros alocados por uma gestão, em um específico ponto de controle (unidade, sistema, área, processo, programa ou ação), objeto dos exames de auditoria ou fiscalização. e) à obrigatoriedade de, face a uma população pequena, o auditor lançar mão de uma abordagem censitária e não por amostragem.

56- Em suas incursões sobre o controle interno administrativo, segundo a IN SFC/MF n. 001/2001, o servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve ter em mente que: a) em decorrência do rodízio de funções, a estrutura das unidades/entidades deve prever a separação entre as funções de autorização/aprovação de operações, execução, controle e contabilização, de tal forma que nenhuma pessoa detenha competências e atribuições em desacordo com este princípio. b) os controles internos administrativos implementados em uma organização devem, prioritariamente, ter caráter repressivo, sendo de sua responsabilidade instaurar e conduzir o devido processo administrativo disciplinar, no caso de desvio ou alcance de recursos públicos. c) o objetivo geral dos controles internos administrativos é evitar a ocorrência de impropriedades e irregularidades, por meio dos princípios e instrumentos que lhe são próprios. d) a delegação de competência, conforme previsto em lei, será utilizada como instrumento de centralização administrativa e apenas nos casos em que seja imprescindível assegurar maior rapidez e objetividade às decisões. e) é finalidade do órgão de Contabilidade (e não, conseqüentemente, do controle interno administrativo) assegurar, nas informações contábeis, sua exatidão, confiabilidade, integridade e oportunidade.

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57- De acordo com a IN SFC/MF n. 001/2001, é correto afirmar que estão sujeitos à a) Prestação de Contas as pessoas físicas que recebam recursos da União, para atender necessidades previstas em lei específica. b) Tomada de Contas os dirigentes das entidades supervisionadas da Administração Indireta Federal. c) Prestação de Contas aqueles que arrecadem, gerenciem ou guardem dinheiros, valores e bens da União, ou que por eles respondam. d) Tomada de Contas os responsáveis por entidades ou organizações, de direito público ou privado, que se utilizem de contribuições para fins sociais, recebam subvenções ou transferências à conta do Tesouro. e) Prestação de Contas os ordenadores de despesas das unidades da Administração Direta Federal.

58- Segundo a IN SFC/MF n. 001/2001, o planejamento das ações de controle adotado no Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal divide-se em quatro grandes tópicos, com a seguinte estrutura, exceto: a) ações sob controle. b) orçamento global do Ministério. c) programas e programações sob controle. d) hierarquização. e) decisões do TCU.

59- De acordo com a IN SFC/MF n. 001/2001, a opinião do Órgão ou Unidade de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve ser expressa por meio dos seguintes instrumentos, exceto: a) Certificado. b) Auto de Infração. c) Nota. d) Parecer. e) Relatório.

60- Segundo a IN SFC/MF n. 001/2001, o documento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e regularidade, ou não, da gestão e a adequacidade, ou não, das peças examinadas, devendo ser assinado pelo Coordenador-Geral ou Gerente Regional de Controle Interno, ou ainda, por autoridades de nível hierárquico equivalentes nos órgãos e unidades setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, denomina-se: a) Certificado. b) Relatório. c) Parecer do Dirigente do Órgão de Controle Interno. d) Registro das Constatações. e) Solicitação de Auditoria.

ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE (TST – 2008) - CESPE

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Com relação às normas brasileiras para o exercício da auditoria interna, julgue os próximos itens.

86 Os papéis de trabalho dos auditores internos são aqueles elaborados com vistas a evidenciarem, perante a auditoria independente, a adequação e a suficiência das tarefas realizadas e a avaliação das recomendações formuladas.

87 É da competência da direção da entidade definir a natureza, a extensão, a profundidade e a oportunidade dos trabalhos a serem realizados pela auditoria, de acordo com os objetivos e diretrizes previamente estabelecidos.

88 Caso a auditoria interna, durante a realização de seus trabalhos, constate que estão ocorrendo fraudes por descumprimento de normas legais em determinada área, deverá comunicá-las imediatamente à administração da entidade, por escrito e de forma reservada.

89 É vedado ao auditor, no desempenho de suas funções, emitir referência que identifique o empregador, o que configura quebra de sigilo profissional, exceto em publicação em que haja menção a trabalho que tenha realizado ou orientado, independentemente de autorização prévia.

90 O auditor interno deverá mencionar obrigatoriamente fatos que lhe cheguem ao conhecimento e que considere em condições de provocar efeito sobre demonstrações contábeis objeto de seu trabalho, respeitado o dever de guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito.

A respeito da auditoria no setor público federal, julgue os itens a seguir.

91 O Tribunal de Contas da União é competente para realizar auditoria de natureza operacional em qualquer unidade administrativa do Poder Judiciário, por iniciativa de comissão técnica da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.

92 No apoio ao controle externo, os órgãos de controle interno do Poder Judiciário devem alertar a autoridade administrativa competente para que instaure tomada de contas especial, se tomarem conhecimento de prática de ato antieconômico de que resulte dano ao erário.

93 Os servidores designados para a realização dos trabalhos de auditoria não poderão, durante os trabalhos de campo, dar conhecimento das ocorrências identificadas aos responsáveis pelas áreas auditadas, devendo comunicar previamente às autoridades superiores quaisquer indícios ou suspeitas de irregularidades.

94 Quando houver utilização de recursos externos, e os registros e a documentação do órgão examinado não forem considerados suficientes e adequados, a unidade de controle interno emitirá circunstanciado relatório justificando a expedição de certificado de irregularidade.

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95 As contas nacionais das empresas supranacionais estão sujeitas ao controle governamental, mesmo quando a participação brasileira é minoritária.

Com referência a conceitos e aplicações da auditoria em geral, julgue os itens a seguir.

96 Suponha que, por meio de testes, o auditor tenha verificado que a empresa vem lançando como sendo de manutenção dispêndios que asseguram o aumento da vida útil de máquinas e equipamentos. Nesse caso, é correto concluir que se trata de um teste principal de despesa para superavaliação e secundário de ativo para subavaliação.

97 Adotar procedimentos para proteger o acesso e não permitir a manipulação dos papéis de trabalho evita possíveis modificações em seu conteúdo, resguarda as técnicas específicas desenvolvidas pela empresa de auditoria e impede a divulgação de assuntos confidenciais da empresa auditada.

99 Na auditoria para apuração do valor real do patrimônio líquido, é comum o auditor contar com o concurso de avaliadores especializados. Esse trabalho deve incluir também a avaliação dos intangíveis, como, por exemplo, o fundo de comércio.

100 É recomendável que o inventário seja realizado posteriormente à data de levantamento do balanço, para permitir ao auditor realizar o maior número possível de procedimentos antes da apuração do resultado e do encerramento do exercício.

ANALISTA TÉCNICO UAUD (SEBRAE – 2008) – CESPE

Acerca de fraudes e erros em auditorias, julgue os itens a seguir.

1 A responsabilidade primeira na prevenção e identificação de fraudes e(ou) erros é da auditoria interna da entidade, mediante sistema de controle interno.

2 Por apresentar fatores que representam aumento de risco de fraude e(ou) erro, fatores específicos no ambiente de sistemas de informação computadorizados merecem especial atenção do auditor na avaliação crítica do sistema de controle interno.

3 Considera-se fraude a utilização, pela entidade, de práticas contábeis indevidas.

Os procedimentos de auditoria constituem um conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião acerca das demonstrações contábeis auditadas e abrangem testes de observância e testes substantivos. Com relação a esse assunto, julgue os itens seguintes.

4 O auditor, ao verificar se o encarregado de contas a pagar aprovou cada fatura para codificação de contas, realiza um teste substantivo.

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5 As técnicas de análise de flutuação de índices financeiros e de tendências, e outras análogas, constituem testes de observância.

A respeito das técnicas de auditoria, julgue os itens de 6 a 10.

6 Antes de iniciar o trabalho, o auditor deve proceder ao corte, que consiste em verificar os controles sobre os estoques que vão ser inventariados, anotando as últimas entradas e as últimas saídas. Esse processo tem por finalidade assegurar que a movimentação de última hora dos estoques não afete a integridade do inventário.

7 A inspeção física garante que o bem examinado é de propriedade da empresa auditada.

8 A investigação minuciosa consiste no exame em profundidade da matéria auditada, podendo ser feita por meio de documento, análise ou informação obtida.

9 A circularização compreende a verificação, em primeiro lugar, da legitimidade do documento e, conseqüentemente, da transação. É na circularização que o auditor confirma se a transação foi autorizada, o que pode ser constatado por assinatura ou rubrica da pessoa encarregada, no próprio documento.

10 A conferência de cálculos é o procedimento de auditoria voltado para a constatação da adequação de operações aritméticas e financeiras. Esse é o procedimento mais simples e completo por si mesmo e é a única forma de verificação das várias operações que envolvam cálculos.

Quanto aos riscos de auditoria, julgue os itens a seguir.

11 A determinação do risco de auditoria independe da avaliação das políticas de pessoal e da segregação de funções.

12 O risco de auditoria pode ser considerado relativo, dado que ele não pode ser padronizado, pois não se manifesta de forma idêntica em todas as entidades ou em todas as demonstrações contábeis.

O gerenciamento de riscos corporativos, constituído de oito componentes que se inter- relacionam, origina-se na forma como a administração gerencia a organização e integra- se ao processo de gestão. Acerca de gerenciamento de riscos, julgue os itens de 13 a 20.

13 Duas organizações podem gerenciar seus riscos corporativos de forma idêntica, mesmo que possuam culturas administrativas diferentes.

14 A aquisição de produtos de seguro e a terceirização de atividades dizem respeito ao componente denominado resposta a riscos, que se caracteriza pela redução da probabilidade de ocorrência ou do impacto dos riscos pela transferência ou pelo compartilhamento de uma porção de risco.

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15 Os componentes do gerenciamento de riscos corporativos somente são aplicados em organizações de pequeno e de médio porte.

16 O monitoramento é a base para todos os outros componentes do gerenciamento de riscos corporativos, o que propicia disciplina e estrutura.

17 Caso uma companhia seguradora que opera uma grande frota de automóveis mantenha uma base de dados de reclamações de acidentes e, mediante análise, constate que uma porcentagem desproporcional de acidentes está associada a motoristas de determinada unidade, área geográfica e faixa etária, nessa situação, a referida análise estará relacionada ao componente informações e comunicações.

18 A segregação de funções é um tipo do componente denominado atividades de controle e pode ser observada quando se constata que o gerente que autoriza vendas a crédito não é o responsável por manter o registro de contas a pagar nem pela distribuição de recibos de pagamentos.

19 Constitui atividade de monitoramento a realização de seminários de treinamento, de sessões de planejamento e de outras reuniões que forneçam à administração retorno que lhe permita determinar se o gerenciamento de riscos corporativos permanece eficaz.

20 As respostas a riscos classificam-se nas seguintes categorias: evitar, reduzir, compartilhar e aceitar.

A auditoria interna é uma atividade independente de fornecimento de segurança objetiva e de consultoria, visando acrescentar valor à organização e melhorar suas operações. A respeito das normas internacionais de auditoria, julgue os itens de 21 a 27.

21 Os auditores internos devem utilizar cuidados e habilidades esperados de um profissional prudente e competente. Entretanto, procedimentos de auditoria, por si só, mesmo quando desenvolvidos com o cuidado profissional devido, não garantem que todos os riscos significativos serão identificados.

22 A auditoria interna deve monitorar e avaliar a eficácia geral do programa de qualidade, e as avaliações externas devem ser conduzidas ao menos uma vez a cada dois anos, por revisor qualificado e independente, ou por equipe de revisão externa à organização.

23 A auditoria interna deve avaliar o desenho, a implantação e a eficácia dos objetivos, programas e atividades da organização no que se refere à ética.

24 O ambiente do trabalho de auditoria deve considerar sistemas relevantes, registros, pessoal e propriedades físicas, incluindo-se aquelas sob o controle de terceiros.

25 Os auditores internos são exigidos a aplicar e a manter os princípios da integridade, da objetividade, da confidencialidade e da competência.

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26 Ao observar a regra de conduta de publicidade, o auditor interno deve divulgar todos os fatos materiais de seu conhecimento que, se não divulgados, podem distorcer relatórios das atividades sob sua responsabilidade.

27 As políticas e práticas de recursos humanos, bem como a competência do pessoal, não constituem elementos do ambiente de controle.

AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS – CGE/PB – 2008 (CESPE)

Questão 61. Apesar das limitações de recursos, as empresas menores enfrentam o desafio de manter um controle interno, a custo razoável, de várias maneiras, entre as quais se inclui A o exercício do controle de forma diluída e pelos diversos níveis da organização. B a existência de estruturas menos complexas, por permitirem que os dirigentes tenham amplo conhecimento das atividades e um vínculo mais estreito com a organização. C a conjugação de funções, resultante de um menor número de trabalhadores. D o desenvolvimento interno de sistemas de informação. E a desconsideração da abrangência das atividades de supervisão.

Questão 62. O gerenciamento de riscos corporativos é constituído de vários componentes inter-relacionados, que se originam com base na maneira como a administração gerencia a organização e que se integram ao processo de gestão. Entre esses componentes, destaca-se A o ambiente externo, que determina a forma como os riscos e os controles serão percebidos pelos empregados da organização. B a escolha dos objetivos, condicionada à identificação das situações de risco, aos quais a missão da organização deve alinhar-se. C a avaliação de riscos, que devem ser identificados, administrados e associados aos objetivos passíveis de ser influenciados e seus respectivos impactos. D a resposta aos riscos, que a administração tratará de compartilhar com os clientes e usuários, ou, sendo o caso, transferir para os empregados. E a comunicação, que deve fluir sempre de baixo para cima, mantendo informados os dirigentes dos níveis hierárquicos superiores.

Questão 63. Controles desenhados unicamente para reduzir o risco de más decisões operacionais, especialmente relacionados à eficiência e à eficácia, geralmente não são considerados relevantes para uma auditoria de demonstração contábil, o que não os torna menos relevantes para avaliar a continuidade das atividades ou a agregação de benefício para o usuário, entre outros aspectos. Pode ser considerado um exemplo de má decisão operacional a

A compra de um produto por preço excessivamente baixo. B manutenção da oferta de serviços prestados diretamente a custos inferiores aos de prestação terceirizada. C contratação de serviços de terceiros por valores inferiores aos dos prestados diretamente pela própria entidade.

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D terceirização de serviços por impossibilidade de contratação de novos empregados ou servidores. E incorrência de gastos não-produtivos com pesquisa e desenvolvimento. QUESTÃO 64 Questão 64. Entre os fatores que compõem o ambiente de controle de uma entidade, destacam-se a integridade e os valores éticos. Para se alcançar essas qualidades, os mais altos dirigentes devem reduzir ou eliminar incentivos e tentações que possam levar indivíduos a praticar atos desonestos, ilegais ou não-éticos. Desse modo, recomenda-se que a organização dê ênfase A à obtenção de elevados lucros e benefícios a curto prazo. B à consecução de metas ambiciosas, ainda que irrealistas. C à participação nos resultados, baseada em relatórios financeiros elaborados segundo critérios definidos por setores internos. D à clara definição das atribuições de autoridade e responsabilidade. E ao funcionamento do conselho fiscal apenas quando convocado expressamente. Questão 65. O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa define as linhas mestras das boas práticas de governança corporativa, relacionando-as em quatro vertentes. Assinale a opção que não corresponde a essas quatro vertentes. A entidade (entity) B prestação de contas (accountability) C transparência (disclosure) D eqüidade (fairness) E responsabilidade corporativa na conformidade com as regras (compliance) QUESTÃO 66 Questão 66. O gerenciamento de riscos corporativos trata de riscos e oportunidades que afetam a criação ou a preservação do valor, refletindo certos conceitos fundamentais. Desse modo, o gerenciamento corporativo é A conduzido por um grupo especializado de profissionais que constitui um setor autônomo da organização. B um modo de atuação que trata dos eventos cuja ocorrência afetou a organização, mas cujos efeitos ainda não foram completamente avaliados. C um processo destinado a compatibilizar os riscos de eventos em potencial aos riscos admitidos pela organização, sem maiores prejuízos ao cumprimento de seus objetivos. D orientado para a realização de objetivos distintos e independentes. E um processo que se desencadeia sempre que a organização se sinta ameaçada pela ocorrência de eventos externos. QUESTÃO 67 Questão 67. Os sistemas de tecnologia da informação apresentam benefícios e riscos em comparação com sistemas manuais. Em um ambiente computadorizado, os controles internos têm de levar em conta esses riscos, entre os quais menciona-se A os arquivos e registros que se encontram em linguagem que não permite a leitura em computador. B a diminuição do envolvimento humano, facilitando o obscurecimento de erros. C as diversas funções que estão dispersas, sem uma visão integrada e coesa.

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D as alterações que são implementadas com muita facilidade, com perda de registro e memória. E a coerência que é menor em razão de as transações estarem submetidas a controles distintos, heterogêneos.

Questão 68. Considerando que o objetivo principal de uma informação é influenciar decisões e que informação é um tratamento especial que se dá a um dado ou a um conjunto de dados à disposição do respectivo usuário, assinale a opção correta. A A capacidade de a informação reduzir incertezas está associada com a oportunidade de sua distribuição e, portanto, com uma relação benefício/custo maior do que um. B Em razão da multiplicidade e diversidade de usuários das informações de uma entidade, cada interessado deverá buscar a apreensão do conteúdo e da forma da mensagem. C Os dados coletados de fontes internas são sempre mais confiáveis que os obtidos de fontes externas. D Os dados disponíveis não devem passar por processos de filtragem, para permitir ao usuário da informação que faça as suas próprias escolhas. E As informações geradas no âmbito da entidade devem ser disponibilizadas indistintamente a todos os níveis e setores, de acordo com o princípio de que é ao usuário que cabe a seleção das informações que lhe possam interessar.

Questão 69. A comunicação, por ser a troca de informações entre os indivíduos, é uma atividade administrativa que visa tornar comum uma mensagem ou informação. Com relação à comunicação em uma entidade, é correto afirmar que A o fluxo ascendente — dos subordinados aos dirigentes — é menos confiável que o descendente — dos dirigentes aos subordinados. B o entendimento sobre a forma de realização das tarefas deve ser necessariamente diferente entre chefias e servidores. C as informações que visam à compreensão das tarefas a realizar são independentes e incompatíveis com o grau de motivação que se possa transmitir aos responsáveis pela execução dessas tarefas. D as tarefas serão executadas com mais eficiência sempre que os padrões de desempenho forem estabelecidos segundo um entendimento comum entre chefias e subordinados. E os subordinados só devem receber informações dos superiores por iniciativa própria, à medida que as julgarem necessárias.

Questão 70. Monitoração é um processo que avalia a qualidade do desempenho dos controles internos ao longo do tempo. Problemas com controles internos dos órgãos e entidades da administração estadual poderiam chegar ao conhecimento da Controladoria Geral do Estado por meio de informações, reclamações ou denúncias provenientes de vias diversas, independentes, entre as quais a menos confiável seria a(s) A ouvidoria-geral do Estado. B auditoria externa das entidades. C agências reguladoras. D imprensa.

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E administração do órgão ou entidade. QUESTÃO 71 Questão 71. Com relação às origens da auditoria e seus tipos, assinale a opção correta. A O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das empresas de captarem recursos de terceiros. B Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior necessidade de recorrer aos auditores independentes para aferir a segurança, liquidez e rentabilidade de seus investimentos na empresa. C A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um acompanhamento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa. D A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do exame das transações da empresa em relação aos seus dirigentes. E Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as demonstrações contábeis que a empresa é obrigada a publicar. QUESTÃO 72 Questão 72. Sabe-se que os papéis de trabalho integram um processo organizado de registro de evidências da auditoria, com relação à confiabilidade, custódia e propriedade destes. Com relação aos papéis de trabalho, é correto afirmar que A são de responsabilidade do auditor, mas de propriedade do auditado. B devem ser disponibilizados para o auditor que assumir o trabalho quando houver rescisão de contrato. C o auditor deve manter sua custódia até 5 anos após a emissão do parecer. D só podem ser fornecidos quando solicitados diretamente à entidade auditada. E o Conselho Regional de Contabilidade pode exigir, para fins de cadastramento, cópia de papéis de trabalho. QUESTÃO 73 Questão 73. Os procedimentos adotados para colher evidências sobre os valores constantes das demonstrações contábeis, incluem, no caso de atualização e capitalização do saldo devedor de uma obrigação de longo prazo, a A confirmação com terceiros. B inspeção dos documentos concernentes à autorização da transação. C aplicação de questionários. D realização de entrevistas com os responsáveis pelo setor competente. E conferência de cálculos.

Questão 75. A normatização do exercício profissional pressupõe o estabelecimento de procedimentos e critérios para planejar e selecionar amostras de itens a serem examinados pelo auditor. A respeito do assunto, é correto afirmar que A população é o conjunto de dados selecionados para exame do auditor. B amostragem não-estatística é aquela em que o auditor seleciona itens para verificação segundo sua intuição, experiência pessoal e conhecimento da situação e da entidade. C o volume e o valor das transações são irrelevantes para definição das amostras. D estratificar uma população significa excluir previamente determinados itens para efeito de verificação pela auditoria. E cada estrato selecionado deve ter a mesma quantidade de itens selecionados.

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Questão 76. Entre os tipos de auditoria, a operacional é aquela que A objetiva avaliar a execução de programas e projetos governamentais específicos. B visa avaliar a eficácia dos resultados em relação aos recursos disponíveis e utilizados. C visa evidenciar a adequação e pertinência das demonstrações à situação patrimonial. D objetiva aferir a regularidade da execução dos contratos, convênios e instrumentos afins. E trata do acompanhamento físico-financeiro das atividades e projetos prioritários nos termos do PPA.

Questão 77. Entre as características de qualquer sistema de controle interno satisfatório, não é passível de determinação pelos fluxogramas A o emprego de pessoal com aptidão e treinamento compatíveis com a sua responsabilidade. B a divisão da escrituração dos registros, de modo que um registro seja controlado por outro, escriturado independentemente. C a delegação de poderes a indivíduos específicos para aprovação das transações e a instituições de controles para garantir que as transações sejam aprovadas pelas pessoas autorizadas. D a verificação periódica da existência dos ativos registrados. E a separação da custódia dos ativos do registro destes mesmos ativos e das respectivas transações.

Questão 78. Com relação ao campo de atuação da auditoria interna e à ocorrência de erros e de fraudes, é correto afirmar que A quando a falha puder ser reparada no âmbito do próprio órgão auditado e com os seus responsáveis, não será necessário comunicar às autoridades superiores a respeito do fato. B sempre que houver repercussões que afetem as finanças públicas, o auditor deve comunicar o fato previamente às autoridades externas. C a interpretação equivocada da legislação pelo responsável, de que resultar prejuízo mensurável à entidade, acarreta as mesmas conseqüências da fraude. D a adulteração de demonstrações contábeis, tanto em termos físicos quanto monetários, constitui uma das hipóteses de fraude. E diante de indícios de irregularidades, a auditoria interna deve informar à administração da entidade verbalmente, de maneira reservada; se elas forem confirmadas, a informação deverá ser feita por escrito e não precisará ser reservada. QUESTÃO 79 Questão 79. Entre as normas de atributos, deve-se considerar que, se a independência ou objetividade forem prejudicadas de fato ou na aparência, os detalhes de tal prejuízo devem ser informados às partes apropriadas. Neste sentido, é correto afirmar que A trabalhos de auditoria relacionados a funções sob responsabilidade do dirigente de auditoria não devem ser realizados enquanto perdurar a situação. B caso se constatem potenciais prejuízos à independência ou objetividade, relacionados a serviços de consultoria propostos, o cliente deve ser informado na conclusão do trabalho.

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C os auditores internos podem prestar serviços de consultoria relacionados às operações pelas quais tenham sido responsáveis anteriormente. D auditores que tenham sido responsáveis pela avaliação de operações específicas devem manifestar expressamente essa condição. E os auditores internos que tenham prestado serviços de consultoria não poderão assumir responsabilidade sobre as respectivas operações.

Questão 80. No tocante às normas de desempenho, o gerenciamento da atividade de auditoria interna deve assegurar que se adicione valor à organização. Com relação a esse assunto, é correto afirmar que A a aprovação dos planos de atividades de auditoria é de responsabilidade exclusiva do diretor executivo de auditoria. B as políticas para orientar a atividade de auditoria interna são de responsabilidade da alta administração e, em particular, do conselho de administração. C o diretor executivo de auditoria deve coordenar atividades com outros prestadores — internos e externos — de serviços relevantes de auditoria. D o plano aprovado deve ser adaptado aos recursos que foram previamente destinados à auditoria interna. E a avaliação de risco, para efeito de estabelecimento do plano de trabalho de auditoria, não deve levar em conta propostas formuladas por consultorias externas.

ATÉ A PRÓXIMA AULA. UM ABRAÇO A TODOS!

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