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Aula 02 Controle Externo p/ TCU ? Técnico e Auditor (Tecnologia da Informação e Biblioteconomia) Professor: Erick Alves .

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    Controle Externo p/ TCU ? Tcnico e Auditor (Tecnologia da Informao eBiblioteconomia)Professor: Erick Alves

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    AULA 02

    Ol pessoal!

    Nosso objetivo nesta aula cobrir o seguinte assunto:

    9 Tribunal de Contas da Unio: competncias constitucionais

    As principais competncias do TCU so retiradas diretamente da Constituio. Alm dessas, outras tantas podem ser encontradas na legislao infraconstitucional. Nesta Aula 02, estudaremos as competncias presentes no texto constitucional e na Aula 03 veremos as demais.

    Seguiremos hoje o seguinte sumrio:

    SUMRIO

    Competncias atribudas ao TCU pela Constituio .................................................................................... 3

    Competncias do art. 71 da CF ................................................................................................................................ 3

    Competncia do art. 72, 1 ................................................................................................................................... 54

    Competncia do art. 74, 2 ................................................................................................................................... 55

    Competncia do art. 161, pargrafo nico ...................................................................................................... 57

    Controle de constitucionalidade pelos Tribunais de Contas .................................................................... 61

    RESUMO DA AULA ..................................................................................................................................................... 66

    Questes comentadas na Aula .............................................................................................................................. 68

    Gabarito ............................................................................................................................................................................. 76

    Ao final temos o resumo e as questes que foram comentadas no decorrer do texto, seguidas do gabarito.

    Preparados?! Constituio, LO/TCU e RI/TCU a postos?!

    Ento, aos estudos!

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    COMPETNCIAS ATRIBUDAS AO TCU PELA CONSTITUIO

    Na Constituio Federal, as competncias do TCU esto expressas, fundamentalmente, no art. 71, seus incisos e pargrafos. H, porm, outros dispositivos na Carta Magna que conferem atribuies especficas para a Corte de Contas, como o art. 33, 2, art. 72, 1, art. 74, 2 e art. 161, pargrafo nico.

    Alm disso, o STF reconhece a competncia do TCU para apreciar, no exerccio de suas atribuies, a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Pblico.

    Nesta aula, vamos estudar tudo isso!

    COMPETNCIAS DO ART. 71 DA CF

    O caput do art. 71 da CF dispe:

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete:

    O dispositivo informa que, para auxiliar o exerccio do controle externo a cargo do Congresso Nacional, o TCU possui competncias prprias e privativas, enumeradas nos incisos seguintes, atribuies que, frise-se, no podem ser desempenhadas por nenhum outro rgo ou Poder, nem mesmo pelo Congresso e suas Casas.

    Ento, compete ao TCU:

    Emitir parecer prvio sobre as contas prestadas pelo Presidente da Repblica

    I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica, mediante parecer prvio que dever ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

    O TCU aprecia no julga! - as contas anuais do Presidente da Repblica e emite parecer prvio. O prazo para emisso do parecer

    Leitura obrigatria: CF, art. 71

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    prvio de at 60 dias a contar do recebimento das contas pelo Tribunal. O procedimento o seguinte1:

    1. O Presidente da Repblica apesenta ao Congresso, no prazo de 60 dias aps

    a abertura da sesso legislativa, as contas relativas ao exerccio anterior

    (CF, art. 84, XXIV);

    2. O Congresso envia as contas para anlise do TCU (no h prazo previsto na

    CF);

    3. No prazo de 60 dias a contar da data de seu recebimento, o TCU aprecia as

    contas, na forma de um parecer prvio, aprovado pelo Plenrio do

    Tribunal, que enviado ao Congresso;

    4. No Congresso, as contas e o parecer prvio do TCU so considerados pela

    Comisso Mista de Oramento (CMO) na elaborao do seu parecer, que

    conclui por Projeto de Decreto Legislativo (CF, art. 166, 1, I). O parecer

    prvio do TCU no vincula o parecer da CMO; e

    5. O Plenrio do Congresso Nacional julga as contas do Presidente daRepblica ao deliberar sobre o referido Projeto de Decreto Legislativo (CF,

    art. 49, IX).

    Assim, por fora do art. 49, IX da CF, compete privativamente ao Congresso Nacional o julgamento das contas do Presidente da Repblica. O TCU somente as aprecia e emite parecer prvio, enquanto o parecer para julgamento dado pela CMO, na forma de projeto de Decreto Legislativo. O Plenrio do Congresso Nacional julga as contas do Presidente da Repblica ao deliberar sobre tal projeto de Decreto Legislativo.

    Quem julga as contas do Presidente da Repblica o Congresso Nacional.

    O TCU apenas emite parecer prvio.

    As contas prestadas pelo Presidente da Repblica constituem as chamadas contas de governo, de natureza poltica, que propicia uma viso macro do desempenho da economia e das polticas sociais, em confronto com as normas constitucionais, legais e regulamentares.

    1 Lima (2011), com adaptaes.

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    Contas de governo o conjunto de documentos por meio do qual o chefe do

    Poder Executivo submete os resultados gerais do exerccio financeiro-oramentrio,

    originados dos seus atos de governo ou atos polticos, de sua estrita competncia, a

    julgamento poltico do Poder Legislativo2.

    Segundo o art. 36, pargrafo nico, da Lei Orgnica do TCU, as contas prestadas pelo Presidente da Repblica consistiro nos balanos gerais da Unio e no relatrio do rgo central do sistema de controle interno do Poder Executivo sobre a execuo dos oramentos de que trata o art. 165, 5 da CF, que so os seguintes:

    oramento fiscal referente aos Poderes, seus fundos, rgos eentidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaesinstitudas e mantidas pelo Poder Pblico;

    oramento de investimento das empresas em que o PoderPblico, direta ou indiretamente, detenha maioria do capital socialcom direito a voto;

    oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades ergos a ela vinculados, da administrao direta e indireta, bemcomo os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo PoderPblico.

    Detalhe interessante que as contas de governo no devem trazerapenas informaes sobre a gesto do Poder Executivo, mas tambm dados sobre as atividades administrativas dos demais Poderes, fazendo com que o relatrio elaborado pelo TCU componha um panorama de toda a Administrao Pblica Federal, de modo a subsidiar o julgamento a ser efetuado pelo Congresso Nacional. Isso porque o Presidente da Repblica no presta contas unicamente como chefe de um dos Poderes, e sim como responsvel geral pela execuo oramentria da Unio. Tanto assim que a aprovao poltica das contas presidenciais pelo Congresso Nacional no libera os responsveis diretos pela gesto financeira das inmeras unidades oramentrias do prprio Poder Executivo do julgamento de suas contas especficas por parte do Tribunal de Contas, como veremos adiante.

    2 Aguiar e Aguiar (2008, p. 17)

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    O caput do art. 56 da LRF dispe que as contas

    prestadas pelo Chefe do Poder Executivo incluiro, alm

    das suas, as dos presidentes dos rgos dos Poderes

    Legislativo e Judicirio e do chefe do Ministrio Pblico,

    as quais recebero parecer prvio, separadamente, do Tribunal de Contas. Assim, a

    Lei prev vrios pareceres prvios a serem emitidos pelo TCU, um para o presidente

    de cada rgo.

    Entretanto, o referido dispositivo da LRF encontra-se suspenso, em carter

    liminar, pelo STF (ADIn 2 238-5) Por esse motivo, o TCU, no momento, emite

    parecer prvio exclusivamente em relao s contas do Presidente da Repblica,

    que so julgadas pelo Congresso Nacional, como previsto na Constituio.

    As contas dos presidentes dos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio e do

    Chefe do Ministrio Pblico, ao contrrio, em vez de serem objeto de pareceres

    prvios individuais, so efetivamente julgadas pelo TCU, por fora do art. 71, II da CF

    e em consonncia com a deciso do Supremo.

    No obstante, o relatrio elaborado pelo TCU sobre as contas de governo, que

    acompanha o parecer prvio, contempla informaes sobre os demais Poderes e o

    Ministrio Pblico, compondo assim um panorama de toda a Administrao Pblica

    Federal.

    Na ltima reviso do RI/TCU, em 2012, o texto da norma foi adequado situao

    ora vigente, alterando as referncias que fazia s Contas do Governo da Repblica

    para Contas do Presidente da Repblica (ver Ttulo VI, Captulo II, art. 221 a 229 do

    RI/TCU). Inclusive, foi revogado o 1 do art. 221, que, nos moldes da LRF, dizia que

    as contas de governo incluiriam, alm das contas do Presidente da Repblica, as

    contas dos presidentes dos demais Poderes e do chefe do Ministrio Pblico.

    Dessa forma, o Regimento Interno deixou de referir-se a vrios pareceres e

    passou a considerar apenas um parecer prvio, emitido exclusivamente sobre as

    contas do Presidente da Repblica.

    Segundo o Regimento Interno do TCU, o parecer prvio emitido pelo Tribunal conclusivo no sentido de exprimir se as contas prestadas pelo Presidente da Repblica representam adequadamente as posies financeira, oramentria, contbil e patrimonial em 31 de dezembro, bem como sobre a observncia dos princpios constitucionais e legais que regem a administrao pblica federal. Nesse sentido, o parecer prvio

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    deve conter registros sobre a observncia s normas constitucionais, legais e regulamentares na execuo dos oramentos da Unio e nas demais operaes realizadas com recursos pblicos federais, em especial quanto ao que estabelece a lei oramentaria anual (RI/TCU, art. 228).

    Para cumprir o prazo de 60 dias previsto na Constituio, o RI/TCU determina que o relatrio e o projeto do parecer prvio sobre as Contas do Presidente da Repblica sero apresentados ao Plenrio do TCU pelo relator dentro do prazo de 50 dias a contar do recebimento das contas pelo Tribunal (RI/TCU, art. 223). O relator, no caso, o ministro do TCU encarregado de presidir a anlise das contas. Todo ano, na primeira sesso ordinria do Plenrio do ms de julho, sorteado o ministro relator das Contas do Presidente da Repblica relativas ao exerccio subsequente (RI/TCU, art. 155). Assim, no incio de julho de 2014, foi sorteado o relator das Contas relativas a 2015, que sero apreciadas pelo Tribunal para emisso de parecer prvio em 2016. Vale ressaltar que somente ministros titulares podem relatar as Contas do Presidente da Repblica. Os Auditores (Ministros-Substitutos) no podem.

    O relatrio elaborado pelo ministro relator, que acompanha o parecer prvio, deve conter informaes sobre o (RI/TCU, art. 228, 2):

    Cumprimento dos programas previstos na lei oramentria anual quanto legitimidade, eficincia e economicidade, bem como o atingimento de metas e

    a consonncia destes com o plano plurianual e com a lei de diretrizes

    oramentrias;

    Reflexo da administrao financeira e oramentria federal nodesenvolvimento econmico e social do Pas.

    Cumprimento dos limites e parmetros estabelecidos pela Lei deResponsabilidade Fiscal.

    O parecer prvio emitido pelo TCU pode ser pela aprovao, com ou sem ressalvas e recomendaes, ou pela rejeio das contas. Todavia, embora o parecer prvio seja conclusivo, meramente opinativo, no vinculando o parecer da CMO e muito menos o julgamento a cargo do Congresso Nacional.

    O parecer prvio emitido pelo TCU sobre as contas do Presidente da Repblica meramente opinativo e, por isso, no vincula o julgamento a cargo do Congresso Nacional.

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    Vale lembrar que, caso o Presidente da Repblica no preste as contas, compete Cmara dos Deputados tom-las (art. 51, II, da CF).

    Para finalizar o assunto, segue um texto bastante elucidativo acerca da natureza e da finalidade do parecer prvio emitido pelo Tribunal de Contas. O texto foca na realidade dos Tribunais de Contas dos Estados, mas suas ideias centrais tambm valem para o TCU:

    O QUE O PARECER PRVIO3

    De acordo com a ordem constitucional, uma das funes dos

    Tribunais de Contas dos Estados analisar as prestaes de contas dos governos

    municipais e estaduais e sobre elas emitir parecer prvio.

    K ? preliminar do rgo de controle externo, a qual dever, ainda, ser apreciada pelos

    Parlamentos ? Cmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas, respectivamente. Assim, os TCEs no julgam as contas de Prefeitos e Governadores, mas, com base em

    um relatrio especfico, contendo a anlise sobre as prestaes de contas dos titulares

    do Poder Executivo, emitem parecer pela aprovao ou rejeio das contas, o qual,

    necessariamente, ser submetido votao dos representantes do povo. No caso dos

    municpios, a posio do TCE expressa pelo parecer prvio s poder ser revertida pela

    Cmara Municipal mediante votao de, no mnimo, 2/3 dos seus membros. Quando se

    tratar de contas estaduais, a reverso poder se dar pela maioria simples dos votos dos

    Deputados Estaduais.

    No caso do exame das contas do Governo do Estado, o Tribunal de Contas elabora,

    primeiramente, um relatrio tcnico com apreciao geral e fundamentada da gesto

    oramentria, patrimonial, financeira, operacional, ambiental, econmica e fiscal do

    exerccio. Esse relatrio, que verifica tambm se as operaes esto de acordo com os

    princpios de contabilidade pblica e se foram atendidos os limites de gastos nas reas

    da educao, sade e pessoal, estabelecidos constitucionalmente, encaminhado ao

    titular do Poder Executivo para sua manifestao.

    Posteriormente, o Plenrio do TCE debate e vota a matria, aprovando o parecer

    prvio que ser encaminhado Assembleia Legislativa. Caber aos Deputados Estaduais,

    ento, a aprovao, com ou sem ressalvas, ou a rejeio das contas anuais do Governo.

    Nesse sentido, a anlise global da gesto pelo TCE, de natureza tcnica e informativa,

    serve de base para o julgamento poltico-administrativo, cuja competncia, conforme

    determina a Constituio do Estado, do Poder Legislativo.

    3 Retirado do Parecer Prvio sobre as contas do Governador do RS, relativo ao exerccio de 2011. Disponvel no site do TCE-RS ou clicando aqui.

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    1. (TCU TEFC 2012 Cespe) Em observncia ao princpio constitucional daindependncia dos poderes, as contas referentes gesto financeira e oramentria dos Poderes Legislativo e Judicirio no so includas nas contas prestadas anualmente pelo presidente da Repblica, sobre as quais cabe ao TCU emitir parecer prvio.

    Comentrio: O erro do quesito est na expresso QmR VmR LQFOXtGDV. Embora o TCU emita parecer prvio exclusivamente em relao s contas do Presidente da Repblica, o relatrio elaborado pelo Tribunal relativo s contas de governo contempla informaes sobre a gesto financeira e oramentria dos demais Poderes e o Ministrio Pblico, compondo assim um panorama de toda a Administrao Pblica Federal. Sobre o assunto, vale apresentar informao presente no relatrio emitido pelo TCU sobre as contas da Presidente da Repblica relativa ao exerccio de 2011, disponvel no site do Tribunal:

    Registro que o TCU emite parecer prvio apenas sobre as contas prestadas pela

    Presidente da Repblica, pois as contas atinentes aos Poderes Legislativo e Judicirio e ao

    Ministrio Pblico no so objeto de pareceres prvios individuais, mas efetivamente

    julgadas por esta Corte de Contas, em consonncia com a deciso do Supremo Tribunal

    Federal, publicada no Dirio da Justia de 21/8/2007, ao deferir Medida Cautelar no

    mbito da Ao Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2.238-5/DF. O Relatrio sobre as

    Contas do Governo da Repblica contempla, no obstante, informaes sobre os demais

    Poderes e o Ministrio Pblico, compondo assim todo um panorama da administrao

    pblica federal.

    Para fins didticos, vamos ver a justificativa que o Cespe apresentou para a manuteno do gabarito aps os recursos:

    Z ? ? ? > ? ? ? ?(Lei de Responsabilidade Fiscal), "As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo

    incluiro, alm das suas prprias, as dos Presidentes dos rgos dos Poderes Legislativo e

    Judicirio e do Chefe do Ministrio Pblico, referidos no art. 20, as quais recebero parecer

    prvio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas". Em Ao Direta de

    Inconstitucionalidade (n 2.238-5), o STF indeferiu liminar relativa ao art. 56 em

    julgamento de 12/02/2003, e indeferiu medida cautelar, por unanimidade, em

    julgamento de 08/08/2007, referente ao dispositivo legal mencionado. Assim sendo, as

    contas do Presidente da Repblica incluem toda a gesto do governo federal, abarcando,

    portanto, os Poderes Legislativo e Judicirio. No por outro motivo que a Lei Orgnica do

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    TCU determina, em seu art. 36, pargrafo nico, que as contas do Presidente consistiro

    nos balanos gerais da Unio e no relatrio sobre as leis de que trata o 5, do art. 165,

    da CF.

    Primeiramente, vale destacar que o art. 56, caput da LRF, encontra-se sim suspenso cautelarmente pelo STF, ao contrrio do que afirma a banca em sua justificativa. s verificar o trecho do relatrio do TCU sobre as contas da Presidente da Repblica reproduzido acima, no qual o Tribunal faz referncia deciso do Supremo que deferiu a medida cautelar no mbito da ADI 2.238-5/DF. Ademais, em consulta ao site do STF, verifica-se que a deciso citada pela banca, proferida em 8/8/2007, que teria indeferido a cautelar, foi retificada no dia seguinte, 9/8/2007, confirmando o deferimento da medida e a consequente suspenso do art. 56, caput da LRF. Veja:

    EMENTA: CONSTITUCIONAL. MEDIDA CAUTELAR EM AO DIRETA DE

    INCONSTITUCIONALIDADE. LEI COMPLEMENTAR N 101, DE 04 DE MAIO DE 2000 (LEI DE

    RESPONSABILIDADE FISCAL). MEDIDA PROVISRIA N 1.980-22/2000. Lei Complementar

    n 101/2000.

    (...)

    XXVI - Art. 56, caput: norma que contraria o inciso II do art. 71 da Carta Magna, tendo

    em vista que apenas as contas do Presidente da Repblica devero ser apreciadas pelo

    Congresso Nacional.

    (...)

    Deciso: O Tribunal, por unanimidade, indeferiu a medida cautelar relativamente ao

    artigo 56, caput, e, por maioria, deferiu a cautelar quanto ao artigo 57, ambos da Lei

    Complementar n 101, de 04 de maio de 2000, vencido o Senhor Ministro Ilmar Galvo

    (Relator), que a indeferia. Votou a Presidente, Ministra Ellen Gracie. Impedido o Senhor

    Ministro Gilmar Mendes. Lavrar o acrdo o sucessor do Ministro Ilmar Galvo, o Senhor

    Ministro Carlos Britto, que no participou da votao. Ausentes, justificadamente, os

    Senhores Ministros Celso de Mello e Eros Grau. Plenrio, 08.08.2007.

    Deciso: Fica retificada a deciso proclamada na assentada anterior para constar que,

    quanto ao artigo 56, caput, da Lei Complementar n 101/2000, o Tribunal,

    unanimidade, deferiu a cautelar, nos termos do voto do Relator. Ausente, nesta

    assentada, o Senhor Ministro Eros Grau. Presidncia da Senhora Ministra Ellen Gracie.

    Plenrio, 09.08.2007.

    Portanto, a ltima deciso do Supremo sobre o assunto confirma a atual suspenso cautelar do art. 56, caput da LRF. No obstante, ressalto que, a meu ver, a questo est mesmo errada, mas pelas razes que expus no incio desse comentrio, e no pela justificativa da banca.

    Gabarito: Errado

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    2. (TCU ACE 2005 Cespe) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete julgar as contas prestadas anualmente pelo presidente da Repblica, em 60 dias a contar de seu recebimento.

    Comentrio: O TCU no julga as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica. De acordo com o art. 71, I da CF, o Tribunal deve apreci-las, mediante parecer prvio, em at 60 dias a contar do seu recebimento. O julgamento competncia do Congresso Nacional (CF, art. 49 IX). No mbito do TCU, compete privativamente ao Plenrio do Tribunal deliberar sobre o parecer prvio relativo s Contas do Presidente da Repblica 5,7&8 DUW , D. Tal parecer conclusivo, no sentido da aprovao ou rejeio das contas, porm no vincula o julgamento efetuado pelo Congresso. Observe ainda que, no plano federal, a comisso mista de senadores e deputados (CMO) tambm emite parecer sobre as contas prestadas pelo Presidente da Repblica (CF, art. 166, 1, I).

    Gabarito: Errado

    3. (TCDF ACE 2012 Cespe) De acordo com a Lei Orgnica do TCDF, decompetncia desse tribunal julgar as contas do governador do DF e elaborar relatrio sinttico a esse respeito, emitindo parecer definitivo, no qual o conselheiro relator antes de se pronunciar sobre o mrito das contas ordena a citao dos responsveis.

    Comentrio: Por simetria com o disposto na Constituio Federal, o julgamento das contas dos Chefes do Poder Executivo nas demais esferas de governo compete ao Poder Legislativo local, aps parecer prvio emitido pelo Tribunal de Contas competente. No caso do Distrito Federal, de que trata o comando da questo, o julgamento das contas do governador compete Cmara Legislativa do DF e no ao TCDF, da o erro. O TCDF, a exemplo do TCU, apenas emite parecer prvio.

    Gabarito: Errado

    4. (TCU AUFC 2011 Cespe) Ao julgar irregulares as contas do chefe do PoderExecutivo, o TCU, no exerccio de suas competncias, dever ajuizar as aes civis e penais cabveis.

    Comentrio: O quesito est errado. A competncia para julgar as contas do chefe do Poder Executivo Federal, ou seja, do Presidente da Repblica, do Congresso Nacional, e no do TCU. O TCU apenas emite parecer prvio que subsidia, porm no vincula, o julgamento a cargo do Legislativo (CF, art. 49, IX; art. 71, I).

    Registre-se que o TCU deve representar ao Poder competente quando

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    tiver conhecimento, no exerccio de sua jurisdio, de abusos sujeitos ao civil ou penal (CF, art. 71, XI). A apurao e o julgamento de tais ilcitos so da competncia do Poder Judicirio, estando fora da esfera de atuao do Tribunal de Contas. Portanto, o quesito tambm erra ao afirmar que o TCU GHYHUiajuizar as aes civiVHSHQDLVFDEtYHLV.

    Gabarito: Errado

    5. (TCE/RS OCE 2013 Cespe) Cabe ao TCE/RS julgar as contas a seremprestadas anualmente pelo governador do estado e pelos prefeitos municipais, nos termos da Lei Orgnica do TCE/RS.

    Comentrio: O Tribunal de Contas no julga as contas do Chefe do Poder Executivo. Apenas emite parecer prvio. Quem julga o Poder Legislativo, nas respectivas esferas de governo, ou seja, Congresso Nacional (Presidente da Repblica), Cmara Legislativa (Governador de DF), Assembleias Legislativas (Governadores dos Estados) e Cmaras Municipais (Prefeitos dos Municpios).

    Gabarito: Errado

    6. (TCE/RS OCE 2013 Cespe) O parecer prvio sobre as contas prestadasanualmente pelo governador do DF Cmara Legislativa deve obrigatoriamente incluir recomendao pela aprovao ou pela rejeio das contas, de acordo com a forma prevista em regulamento.

    Comentrio: A assertiva est correta. O parecer prvio emitido pelo Tribunal de Contas a respeito das contas do Governador deve ser conclusivo, isto , deve incluir recomendao objetiva indicando se as contas merecem ser aprovadas ou rejeitadas.

    Gabarito: Certo

    7. (TCU AUFC 2013 Cespe) So competncias do TCU a anlise tcnico-jurdica e o julgamento das contas prestadas anualmente pelo presidente da Repblica e a emisso de pareceres gerais.

    Comentrio: A questo est errada. Como se v, esse um assunto batido nas provas do Cespe. Nos termos do art. 71, I da CF, o TCU no julga as contas do Presidente da Repblica, e sim emite parecer prvio.

    Gabarito: Errado

    8. (TCU AUFC 2011 Cespe) Caso sejam constatadas irregularidades nascontas do presidente da Repblica, o TCU dever emitir parecer prvio pela rejeio dessas contas, o que tornar o chefe do Poder Executivo inelegvel para as eleies que se realizarem nos oito anos subsequentes emisso da referida pea

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    tcnica.

    Comentrio: A primeira parte do quesito est correta (Caso sejam constatadas irregularidades nas contas do presidente da Repblica, o TCU dever emitir parecer prvio pela rejeio dessas contas...), uma vez que, nos termos do RI/TCU (art. 228), o parecer prvio do Tribunal ser conclusivo. Entretanto, o parecer prvio do TCU, por si s, no torna o chefe do Executivo inelegvel, como afirma a parte final do item. A deciso sobre a inelegibilidade compete Justia Eleitoral. O parecer do TCU meramente opinativo.

    Gabarito: Errado

    9. (TCU AUFC 2011 Cespe) O oramento de investimentos das empresasestatais integra a prestao anual de contas do chefe do Poder Executivo federal.

    Comentrio: O quesito est correto. Segundo o art. 36, pargrafo nico da LO/TCU, as contas do Presidente da Repblica consistiro nos balanos gerais da Unio e no relatrio do rgo central do sistema de controle interno do Poder Executivo sobre a execuo dos oramentos de que trata o 5 do art. 165 da CF, dentre os quais se encontra o oramento de investimentos das empresas estatais, juntamente com o oramento fiscal e o oramento da seguridade social.

    Gabarito: Certo

    10. (TCU ACE 2005 Cespe) De acordo com as normas infraconstitucionais, oTCU tem competncia para julgar as contas dos gestores da administrao federal direta e indireta. Mas, em relao s contas de governo da Repblica, o Tribunal deve apenas apreci-las e emitir parecer prvio, pois cabe ao Congresso Nacional julg-las com base nos pareceres emitidos pela Comisso Mista de Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao do Congresso Nacional de que trata o art. 166 da Constituio Federal.

    Comentrio: A competncia para o TCU julgar as contas dos gestores da administrao federal direta e indireta provm da prpria Constituio (CF, art. 71, II) e no da legislao infraconstitucional, da o erro do quesito. Da mesma forma, a Constituio determina que o julgamento das contas prestadas pelo Chefe do Executivo Federal (contas do Presidente da Repblica) de competncia do Congresso Nacional (CF, art. 49, IX), cabendo ao TCU apenas apreci-las e emitir parecer prvio (CF, art. 71, I). Norma infraconstitucional no pode alterar tais competncias do TCU e do Congresso.

    Gabarito: Errado

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    11. (TCU TCE 2007 Cespe) O TCU apreciar as contas prestadas pelopresidente do Supremo Tribunal Federal, consolidadas s contas dos respectivos tribunais, mediante parecer prvio, ao qual caber recurso, inclusive patrimonial, quanto adequao.

    Comentrio: A questo est errada. O TCU emite parecer prvio apenas em relao s contas do Presidente da Repblica. Todas as demais contas submetidas ao TCU, inclusive as do Supremo Tribunal Federal, relativas s atividades administrativas da Suprema Corte, so efetivamente julgadas.

    $GHPDLVREVHUYHTXHDDVVHUWLYDIDODHPUHFXUVRTXDQWRjDGHTXDomRdo parecer prvio. Nas normas de controle externo, no h previso de recurso contra o parecer prvio emitido pelo TCU, haja vista seu carter opinativo, que no lhe confere capacidade de afetar direito subjetivo de terceiros.

    Gabarito: Errado

    12. (TCE/BA Procurador 2010 Cespe) Cabe exclusivamente ao CongressoNacional apreciar e julgar anualmente as contas de governo, consideradas em seu sentido mais amplo.

    Comentrio: A exclusividade conferida pela Constituio ao Congresso Nacional refere-se apenas ao julgamento das contas do Presidente da Repblica (CF, art. 49, IX). Tambm as apreciam o TCU, que emite parecer prvio (CF, art. 71, I), e a Comisso mista de Senadores e Deputados (CMO), que emite parecer, na forma de projeto de Decreto Legislativo (CF, art. 166, 1, I). 3RUWDQWRDSDODYUDDSUHFLDUWRUQDRTXHVLWRLQFRUUHWR

    Gabarito: Errado

    13. (TCU ACE 2004 Cespe) Os tribunais de contas devem emitir parecer prvio,separadamente, sobre as contas prestadas pelos chefes do Poder Executivo, pelos presidentes dos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio e pelo chefe do Ministrio Pblico. J sobre as contas dos tribunais de contas, o parecer deve ser proferido pela comisso mista de oramento ou equivalente das casas legislativas estaduais e municipais.

    Comentrio: A assertiva est de acordo com o texto da LRF. A primeira frase se refere ao caput do art. 56, que foi suspenso liminarmente pelo STF, em consonncia com a deciso publicada no Dirio da Justia de 21/8/2007, no mbito da ADIn 2.238-5/DF. Portanto, poca do certame, era correta a afirmao de que os tribunais de contas devem emitir parecer prvio, separadamente, sobre as contas prestadas pelos chefes do Poder Executivo, pelos presidentes dos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio e pelo chefe do Ministrio Pblico. Contudo, agora, o Tribunal de Contas emite

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    apenas um parecer prvio, relativo s contas do Chefe do Executivo, em consonncia com a deciso do STF, que liminar, diga-se de passagem, mas est em vigor. Para no haver confuso, vamos alterar o gabarito oficial.

    Vale lembrar, contudo, que o relatrio elaborado pelo Tribunal sobre as contas do Chefe do Poder Executivo contempla informaes sobre as atividades administrativas dos Poderes Legislativo e Judicirio e do Ministrio Pblico, compondo um panorama de toda a Administrao Pblica.

    J a segunda frase, se refere ao 2 do art. 56 da LRF, que no foi suspenso na referida ADIn. O Supremo somente suspendeu o caput do art. 56. Portanto, permanece correto que, sobre as contas dos tribunais de contas, o parecer deve ser proferido pela comisso mista de oramento (CMO) ou equivalente das casas legislativas estaduais e municipais, segundo o art. 56, 2 da LRF.

    Gabarito: Errado

    14. (TCU AUFC 2009 Cespe) No exame das contas prestadas anualmente pelopresidente da Repblica, o TCU, ao verificar irregularidades graves, poder impor sanes ao chefe do Poder Executivo, sem prejuzo da apreciao dessas mesmas contas pelo Congresso Nacional.

    Comentrio: O TCU exerce sua funo opinativa ou consultiva ao emitir parecer prvio sobre as contas do Presidente da Repblica, mas no a sancionatria. O julgamento competncia do Congresso Nacional, na qualidade de representante do povo, e possui carter poltico. Busca verificar, entre outros aspectos, se o Chefe do Executivo cumpriu ou no o programa de governo aprovado pelo Legislativo nos planos plurianuais. Em tese, a sano no caso de rejeio das contas deveria ser imposta pelo povo, nas eleies subsequentes. Alm disso, a rejeio das contas pode ensejar:

    Abertura de processo de impeachment, nos termos do art. 85 da CF; Inelegibilidade do gestor, na forma da Lei Complementar 64/1990; Consequncias legais no que concerne prtica de atos de improbidade

    administrativa (Lei 1.079/50).Todavia, nenhuma dessas sanes imposta pelo Tribunal de Contas.

    No parecer prvio emitido pelo Tribunal apenas so formuladas recomendaes, se for o caso.

    Registre-se que os Tribunais de Contas podem impor sano aos Chefes do Poder Executivo em outros processos de controle externo que no as contas de governo. Por exemplo, se o Chefe do Executivo deixar de divulgar ou de enviar ao Poder Legislativo e ao Tribunal de Contas o Relatrio de

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    Gesto Fiscal (RGF) nos prazos previstos, o Tribunal poder mult-lo, por fora do art. 5, I, 1 e 2 da Lei 10.028/20004, j que a emisso do RGF de responsabilidade desse Chefe de Poder, conforme art. 54, I da LRF. Contudo, a sano ser aplicada em processo especfico, de auditoria ou representao, por exemplo, e no no processo que examina as contas de governo para emisso do parecer prvio.

    Outro exemplo so os convnios firmados com a Unio em que o Chefe do Executivo local (Governador e Prefeito) signatrio do ajuste e, nessa condio, contribui, por ao ou omisso, para a ocorrncia de prejuzo ao errio. No caso, seria instaurado um processo de tomada de contas especial, a ser julgado pelo TCU (considerando que os recursos do convnio tenham origem federal), no qual o Chefe do Executivo local poder ser condenado a ressarcir o prejuzo, alm de sofrer alguma sano.

    Gabarito: Errado

    15. (TCE/AC ACE 2008 Cespe) As contas anuais do presidente da Repblicaso consolidadas e julgadas primeiramente pela Cmara dos Deputados e depois pelo Senado Federal. Caso sejam rejeitadas, podero implicar processo de impeachment.

    Comentrio: As contas anuais do Presidente da Repblica so julgadas pelo Congresso Nacional, e no por suas Casas, separadamente (CF, 49, IX) da o erro do quesito. No obstante, correto que, caso as contas sejam rejeitadas pelo Congresso Nacional, podero implicar processo de impeachment (CF, art. 85).

    Gabarito: Errado

    16. (TCE/PE Procurador Consultivo 2004 Cespe) Se o TCE/PE considerasseirregulares as contas de um governador, tal fato, por si s, no produziria qualquer consequncia direta, nem sano direta.

    Comentrio: O parecer prvio emitido pelo Tribunal de Contas em relao s contas do chefe do Poder Executivo, apesar de ser um subsdio importante, possui natureza consultiva, opinativa, isto , no vincula o julgamento a ser efetuado pelo Poder Legislativo. Tampouco resulta em sano direta. Portanto, o quesito est correto.

    Gabarito: Certo 17. (TCU ACE 2008 Cespe) As contas dos dirigentes dos Poderes e rgos daadministrao pblica federal devero ser encaminhadas, anualmente, ao TCU, dentro de 60 dias aps a abertura da sesso legislativa.

    4 Lei 10.028/2000 Lei de Crimes Fiscais: http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/Leis/L10028.htm .

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    Comentrio: As contas dos dirigentes dos Poderes e rgos da administrao pblica federal devero ser encaminhadas ao TCU dentro dos prazos definidos em ato normativo do Tribunal (RI/TCU, art. 192). A questo procurou confundir o candidato, pois o prazo de 60 dias aps a abertura da sesso legislativa o prazo de que dispe o Presidente da Repblica para, anualmente, apresentar suas contas referentes ao exerccio anterior ao Congresso Nacional (CF, art. 84, XXIV).

    Gabarito: Errado

    18. (TCU ACE 2008 Cespe) Na sua misso de apreciao das contas anuaisdos dirigentes da Repblica, o TCU emitir parecer prvio especfico para cada Poder, inclusive para o Ministrio Pblico Federal, impreterivelmente at a data do recesso subsequente ao do recebimento dessas contas.

    Comentrio: Como j comentado, face suspenso cautelar do caput do art. 56 da LRF, o TCU, assim como os demais Tribunais de Contas, emite parecer prvio exclusivamente em relao s contas do Chefe do Poder Executivo. Portanto, em relao s contas anuais dos demais dirigentes da Repblica, o TCU no emite parecer prvio, e sim julga. Assim, as contas do dirigente responsvel pela gesto administrativa do Ministrio Pblico Federal so julgadas pelo TCU e no somente objeto de parecer prvio. Ademais, o prazo para o TCU emitir o parecer prvio de 60 dias a contar de seu recebimento pelo Tribunal, e no at a data do recesso subsequente.

    Gabarito: Errado

    19. (TCE/BA Procurador 2010 Cespe) Os tribunais de contas se revestem dacondio de juiz natural das contas anuais prestadas pelos chefes do Poder Executivo, cabendo-lhes processar e julgar as autoridades competentes.

    Comentrio: Quem julga as contas dos chefes do Poder Executivo, nas esferas federal, estadual e municipal, o Poder Legislativo, representado pelo Congresso Nacional, pelas Assembleias Legislativas e pelas Cmaras Municipais, respectivamente. No competncia dos tribunais de contas, que DSHQDV HPLWHP SDUHFHU SUpYLR $VVLP D H[SUHVVmR SURFHVVDU H julgarmacula o quesito.

    Gabarito: Errado

    20. (TCU ACE 2005 Cespe) A Cmara dos Deputados no detm competnciaprivativa prpria no exerccio do controle externo.

    Comentrio: O quesito est errado, pois compete privativamente Cmara dos Deputados proceder tomada de contas do Presidente da Repblica quando no apresentadas ao Congresso Nacional dentro de 60 dias

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    aps a abertura da sesso legislativa (CF, art. 51, II). Gabarito: Errado

    21. (TCU ACE 2005 Cespe) Nos termos da Constituio Federal de 1988, oTCU pode apreciar contas de governo de autarquia territorial e emitir parecer prvio.

    Comentrio: Segundo o art. 33, 2 da CF, as contas do Governo do Territrio sero submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prvio do TCU. Portanto, a emisso de parecer prvio sobre as contas do Governo do Territrio uma competncia do TCU somente, no extensvel aos demais tribunais de contas. O procedimento o mesmo que o das contas do Presidente da Repblica. O TCU emite parecer prvio, no prazo de 60 dias a contar de seu recebimento. O julgamento fica a cargo do Congresso Nacional, aps parecer da CMO.

    Gabarito: Certo

    22. (TCE/ES Auditor 2012 Cespe) Uma das incumbncias do tribunal de contasdo estado a emisso de parecer prvio sobre as contas de prefeito municipal, que dever ser aprovado ou rejeitado pela cmara municipal, sempre por maioria absoluta. Sendo divergente a posio dos vereadores, o parecer do tribunal deixar de prevalecer por deciso de trs quartos dos membros da cmara municipal.

    Comentrio: Primeiramente, cabe enfatizar que a competncia para emitir o parecer prvio sobre as contas de prefeito municipal do Tribunal deContas responsvel pelo controle externo do Municpio, o qual, na maior parte dos casos, o Tribunal de Contas do Estado. Nos Estados da Bahia, Cear, Gois e Par, todavia, esse parecer compete ao respectivo Tribunal de Contas dos Municpios (rgo de controle externo estadual responsvel pelo controle externo de todos os Municpios do Estado), enquanto que nos Municpios do Rio de Janeiro e de So Paulo, o parecer prvio sobre as contas do Prefeito compete ao respectivo Tribunal de Contas Municipal. Em todos os casos, o julgamento das contas compete respectiva Cmara de Vereadores.

    Quanto assertiva, o erro est na expresso DSURYDGRRXrejeitado pelacmara municipal, sempre por maioria absoluta, eis que o parecer prvio s poder ser rejeitado por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal, nos termos do art. 31, 2 da CF:

    2 - O parecer prvio, emitido pelo rgo competente sobre as contas que o Prefeitodeve anualmente prestar, s deixar de prevalecer por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal.

    Gabarito: Errado

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    Julgar as contas dos responsveis por recursos pblicos e dos causadores de prejuzo ao errio

    II - julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo Poder Pblico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio pblico;

    Pelo dispositivo acima, o TCU julga as contas:

    9 dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bense valores pblicos, da administrao direta e indireta; e

    9 dos que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidadede que resulte dano ao errio.

    Aqui no se trata apenas de elaborar relatrios ou emitir parecer. Em relao s contas prestadas pelos administradores pblicos ou pelos que causam dano ao errio, o TCU efetivamente profere um julgamento, decidindo se as contas so regulares, regulares com ressalva ou irregulares, com base nos elementos apresentados. Nenhum outro rgo ou Poder possui competncia para avaliar e julgar a gesto daqueles que administram o patrimnio pblico federal.

    As contas submetidas pelos administradores pblicos a cada exerccio financeiro para exame e julgamento do TCU constituem as chamadas contas de gesto, que proporcionam uma viso pontual da gesto levada a efeito pelos responsveis. Possui carter estritamente tcnico.

    Contas de gesto o conjunto de documentos pelo qual os gestores pblicos

    submetem os resultados especficos da administrao financeira, posta em prtica

    mediante seus atos administrativos de gesto oramentria, financeira, patrimonial e

    operacional, a exame e julgamento do Tribunal de Contas5.

    Importante ressaltar que se submetem ao julgamento ordinrio anual do TCU as contas dos responsveis de toda a Administrao Pblica Federal, direta e indireta, de qualquer Poder.

    Por sua vez, as contas dos causadores de prejuzo ao errio so ditas contas especiais, de carter eventual, prestadas para apurao de

    5 Aguiar e Aguiar (2008, p. 19).

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    determinado fato que provocou dano ao patrimnio pblico, identificao dos responsveis e quantificao do prejuzo. Nos casos de contas especiais, alm das contas dos gestores pblicos, tambm se submetem ao julgamento eventual do Tribunal as contas de entidades privadas e de pessoas no vinculadas Administrao Pblica que tenham concorrido para dar causa a prejuzo ao errio. o caso, por exemplo, de uma Organizao No-Governamental que receba repasse do Poder Pblico Federal e no destina os recursos para os fins devidos.

    Repare que o TCU julga as contas das pessoas (responsveis), no as contas do rgo/entidade, nem as pessoas em si. As pessoas, por seu turno, so responsveis pela gesto e pela prestao de contas, respondendo pessoalmente por eventuais desvios ou irregularidades e, por isso, podem ser penalizadas pelo Tribunal e, ainda, serem chamadas a recompor o prejuzo causado. Com efeito, a responsabilidade do administrador relativamente aos atos e fatos de sua gesto estritamente pessoal, s recebendo quitao aps o julgamento do Tribunal.

    O conceito de responsveis que podem ter as contas julgadas bastante amplo, conforme vemos no pargrafo nico do art. 70 da CF:

    Pargrafo nico. Prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou

    privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e

    valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou que, em nome desta, assuma

    obrigaes de natureza pecuniria.

    Assim, responsvel qualquer agente pblico que tenha atribuio de administrar recursos financeiros e patrimoniais de rgo ou entidade; por exemplo: membros de comisso de licitao, membros de rgo colegiado que, por determinao normativa, seja responsvel por atos de gesto; dirigente de unidade administrativa; gerente responsvel pela gesto patrimonial; ordenador de despesas etc.

    O conceito compreende, ainda, aqueles que, mesmo no sendo administradores ou responsveis diretos por atos de gesto, possam ter contribudo, por ao ou omisso, para a ocorrncia de perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio. Inclui-se a, alm de agentes pblicos, qualquer pessoa fsica ou jurdica de natureza privada.

    Portanto, todos os administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos tm o dever de prestar contas, isto , precisam demonstrar se a aplicao dos recursos pblicos que tiveram sob sua responsabilidade foi boa e regular.

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    Aqui, pode ser feito um link com a jurisdio do TCU que estudamos na aula passada. As pessoas que esto sob a jurisdio do TCU esto sujeitas a ter suas contas apreciadas e julgadas pelo Tribunal, mediante a constituio de processos de contas ordinrias, extraordinrias ou especiais, conforme o caso.

    Por fim, vale mencionar a Smula TCU n 90, pela qual o parecer prvio, emitido pelo TCU, e a aprovao pelo Congresso Nacional das contas anuais do Presidente da Repblica no isentam os responsveis por bens, valores e dinheiros pblicos de apresentarem ao TCU as respectivas prestaes de contas para julgamento pelo Tribunal. Assim, por exemplo, as contas do responsvel pelo DNIT esto sujeitas ao julgamento do TCU mesmo se as contas do Presidente da Repblica, nas quais foram apresentados e avaliados aspectos relacionados infraestrutura rodoviria do pas, j tenham sido aprovadas pelo Congresso.

    A lgica aqui a seguinte: ao julgar as contas de governo, o Poder Legislativo faz uma anlise poltica, verificando, basicamente, se o Chefe do Executivo cumpriu o plano de governo aprovado pelo Legislativo nos planos plurianuais, leis oramentrias e demais normas legais. O Executivo que faz a gesto geral do oramento, descentralizando crditos e recursos financeiros, inclusive para os demais Poderes. Por isso que as contas de governo apresentam informaes sobre toda a Administrao Pblica, mas o julgamento efetuado pelo Legislativo recai apenas sobre o Chefe do Executivo.

    Enquanto o julgamento poltico das contas de governo est a cargo do Poder Legislativo, o julgamento tcnico da gesto administrativa de todos os Poderes (inclusive o Executivo), objeto das contas de gesto, atribuio do Tribunal de Contas.

    Assim, por exemplo, o TCU julga as contas do gestor responsvel pelo Ministrio da Educao, integrante do Poder Executivo, assim como julga as contas do gestor responsvel pela administrao da Cmara dos Deputados, independentemente do resultado do julgamento das contas de governo.

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    As contas de governo tm como responsvel apenas o

    Chefe do Executivo e possuem carter poltico, sendo

    julgadas pelo Poder Legislativo. J as contas de gesto

    possuem carter tcnico e tm como responsveis todos os servidores com

    atribuies administrativas nas unidades da Administrao Pblica, de todos os

    Poderes, sendo julgadas pelo Tribunal de Contas.

    Os procedimentos e demais caractersticas do julgamento de contas no mbito do TCU ser nosso objeto de estudo na Aula 05.

    23. (TCE/PE Auditor de Contas Pblicas 2004 Cespe) Se determinadapessoa, ainda que no seja servidora pblica, encontra-se na administrao de bens da Unio, compete ao TCU julgar atos por ela praticados de que resulte prejuzo ao errio pblico.

    Comentrio: A interpretao da parte final do art. 71, II da CF, referente ao julgamento das contas dos causadores de dano ao errio, deve ser feita em conjunto com o pargrafo nico do art. 70, da seguinte maneira:

    Compete ao TCU julgar as contas de qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou que, em nome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria e que, satisfazendo essas condies, der causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio.

    Portanto, conforme a interpretao acima, se determinada pessoa, ainda que no seja servidora pblica, encontra-se na administrao de bens da Unio, certo que compete ao TCU julgar os atos por ela praticados de que resulte prejuzo ao errio. Perceba que, nesse caso, os fatos determinantes para que a pessoa no vinculada Administrao Pblica se submeta ao julgamento do TCU so: (i) administrar bens da Unio; e (ii) causar prejuzo ao errio.

    Caso somente a condio (i) fosse satisfeita, a pessoa ainda estaria obrigada a prestar contas dos recursos pblicos administrados.

    Nesse caso, porm, a prestao de contas ao TCU seria indireta, por intermdio das contas ordinrias do rgo da Unio que lhe repassou os recursos, o qual responsvel por assegurar a boa e regular aplicao das verbas repassadas. O TCU no julgaria as contas da pessoa diretamente, pois no havendo dano ao errio, no seria instaurado um processo de tomada de

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    contas especial; o Tribunal julgaria apenas as contas ordinrias do rgo que transferiu as verbas.

    Gabarito: Certo

    24 (TCU TCE 2007 Cespe) Entre as atribuies do TCU, destaca se o julgamento das contas prestadas pelos administradores pblicos e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos federais, que demonstrem prejuzo ao errio. Conforme o entendimento doutrinrio e jurisprudencial, essas decises vinculam a administrao pblica.

    Comentrio: A questo est correta. O julgamento das contas dos administradores e demais responsveis que demonstrem prejuzo ao errio (tomadas de contas especiais) competncia prpria e privativa do TCU (CF, art. 71, II). Nem mesmo o Poder Judicirio pode reformar um julgamento de FRQWDVSURIHULGRSHOR7&8(VVDpMXULVSUXGrQFLDGR67)No julgamento dascontas de responsveis por haveres pblicos, a competncia exclusiva dos Tribunais de Contas, salvo nulidade por irregularidade formal grave ou manifesta ilegalidade.3RU LVVRpFRUUHWRDILUPDUTXHDGHFLVmRGR7ULEXQDOno julgamento de contas vincula a Administrao Pblica.

    Gabarito: Certo

    25. (TCE/AC ACE 2008 Cespe) Considerando que competncia exclusiva doCongresso Nacional julgar as contas dos poderes da Unio, correto afirmar que as contas do Poder Legislativo, referentes atividade financeira desse poder, devem ser julgadas pelo prprio Poder Legislativo, com parecer prvio do TCU.

    Comentrio: Ao falar em contas referentes atividade financeira, a questo se refere s contas de gesto, cujo julgamento compete ao TCU, e no ao Congresso Nacional (CF, art. 71, II). Ademais, diante da suspenso cautelar do caput do art. 56 da LRF, somente as contas de governo apresentadas pelo chefe do Poder Executivo sero julgadas pelo Poder Legislativo. Alis, vale ressaltar que no existem outras contas de governo SRUH[HPSORFRQWDVGHJRYHUQRGR/HJLVODWLYRRXFRQWDVde governo do -XGLFLiULR FRQWDV GH JRYHUQR VmR Vy DV DSUHVHQWDGDV SHOR &KHIH GRExecutivo. As contas dos demais rgos e autoridades de todos os Poderes (que so contas de gesto) sero julgadas pelo Tribunal de Contas.

    Gabarito: Errado

    26. (TCU AUFC 2011 Cespe) O julgamento das contas prestadas pelosadministradores pblicos federais de competncia exclusiva do Congresso Nacional.

    Comentrio: O item est errado, pois o julgamento das contas dos

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    administradores pblicos, as chamadas contas de gesto, competncia prpria e privativa do Tribunal de Contas, nos termos da CF, art. 71, II, no podendo ser exercida por nenhum outro rgo ou Poder.

    A nica exceo consiste nas contas de gesto de alguns Tribunais de Contas Estaduais, as quais so julgadas pelo Poder Legislativo local, nos termos da respectiva Constituio. Um exemplo conhecido o TCDF, cujas contas so julgadas pela Cmara Legislativa do DF. Cabe ressaltar que essa sistemtica (Legislativo julga as contas do TC) no segue o modelo estabelecido na CF (TC julga suas prprias contas), mas sua legitimidade e constitucionalidade foram reconhecidas pelo Supremo Tribunal Federal6.

    Gabarito: Errado

    27. (Cmara dos Deputados Analista 2012 Cespe) Cabe ao CongressoNacional, como rgo titular do controle externo, julgar, em carter definitivo, as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos.

    Comentrio: O quesito est errado, pois a competncia para julgar, em carter definitivo, as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos exclusiva do Tribunal de Contas da Unio, nos termos do art. 71, II, da CF. O Congresso Nacional, embora titular do controle externo, no pode substituir a Corte de Contas nesse mister.

    Gabarito: Errado

    28. (TRF/5 Juiz Substituto 2007 Cespe) O controle externo da AdministraoPblica contbil, financeiro, oramentrio, operacional e patrimonial tarefa atribuda ao Poder legislativo e ao tribunal de contas. O primeiro, quando atua nessa seara, o faz com o auxlio do segundo, que, por sua vez, detm competncias que lhe so prprias e exclusivas e que, para serem exercidas, independem da intervenincia do Poder legislativo. Como os prefeitos municipais assumem dupla funo, poltica e administrativa, ou seja, a tarefa de executar oramento e o encargo de captar receitas e ordenar despesas, submetem-se a duplo julgamento: um poltico, perante o parlamento, precedido de parecer prvio; o outro, tcnico, a cargo da corte de contas e que pode gerar um julgamento direto com imputao de dbito e multa.

    Comentrio: Essa questo um resumo do que vimos at aqui sobre controle externo da administrao pblica no Brasil e o julgamento de contas. O detalhe em relao aos prefeitos, que so julgados duplamente, pelas Cmaras Municipais (julgamento poltico) e pelos Tribunais de Contas (julgamento tcnico). Diferentemente, na esfera federal e na estadual, o

    6 Ver ADI 1.178-8/DF

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    Presidente da Repblica e os governadores somente so submetidos ao julgamento poltico do respectivo Poder Legislativo.

    Com efeito, os prefeitos, diferentemente dos governadores e do Presidente da Repblica, tambm so responsveis diretos por atos de gesto, ou seja, so ordenadores de despesa. Numa linguagem mais clara, eles tambm "assinam cheques". Veja, por exemplo, uma das competncias do prefeito de So Paulo, expressa na LO do Municpio:

    Art. 70 Compete ainda ao Prefeito:

    VI - administrar os bens, a receita e as rendas do Municpio, promover o lanamento, a fiscalizao e arrecadao de tributos, autorizar as despesas e os pagamentos dentro dos recursos oramentrios e dos crditos aprovados pela Cmara Municipal;

    Esse tipo de atribuio no faz parte do rol de competncias dos governadores e do Presidente da Repblica. Estes ltimos apenas exercem a funo de direo superior da administrao (assim como os prefeitos), consubstanciada na elaborao e coordenao da execuo das polticas pblicas e programas governamentais, cuja prestao de contas feita mediante as contas de governo, julgadas pelo Legislativo. Os prefeitos, por sua vez, alm da direo superior da administrao municipal, tambm so responsveis diretos por atos de gesto, como visto acima, cuja prestao de contas feita mediante as contas de gesto, julgadas pelo Tribunal de Contas. Da o duplo julgamento a que so submetidos. O gabarito da questo, portanto, certo.

    Ressalte-se, porm, que esse entendimento, perfilhado pela doutrina e pelos prprios Tribunais de Contas, no pacfico no STF. Existem decises nas quais a Suprema Corte no reconheceu a competncia do Tribunal de Contas para julgar as contas de gesto do Prefeito. A ttulo de exemplo, veja trecho de notcia do site do STF7:

    ^ Cmara de Vereadores ? e no ao Tribunal de Contas ? assiste aindelegvel prerrogativa de apreciar, mediante parecer prvio daquele rgo tcnico, as

    contas prestadas pelo prefeito municipal. No se subsume, em consequncia, noo

    constitucional de julgamento das contas pblicas, o pronunciamento tcnico-

    administrativo do Tribunal de Contas, quanto a contratos e a outros atos de carter

    negocial celebrados pelo chefe do Poder Executivo ?Segundo o relator, o procedimento do Tribunal de Contas, referente anlise

    individualizada de determinadas operaes negociais efetuadas pelo chefe do Poder

    Executivo, tem o claro sentido de instruir o exame oportuno, pelo prprio Poder Legislativo

    e exclusivamente por este ?, das contas anuais submetidas sua exclusiva apreciao.

    7 Referente RCL 13.890, RCL 13.921 e RCL 13.956.

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    Ed^Eleitoral, cujas sucessivas decises sobre o tema ora em anlise ajustam-se a esse

    ? ? Recentemente, o STF se manifestou novamente sobre o assunto.

    Vejamos excerto da notcia publicada no site da Corte em 9/7/2014: Nelas [ADI 849, 1779 e 3715], o Supremo decidiu que, em analogia ao que dispe a

    Constituio Federal em seu artigo 71, inciso I, sobre a apreciao das contas do chefe do

    Poder Executivo Federal, ? ? W estadual ou municipal, cabendo ao respectivo Legislativo (Assembleia Legislativa ou

    D ? ?.Portanto, a jurisprudncia atual do STF no sentido de que o Tribunal de

    Contas no tem competncia para julgar as contas dos Prefeitos, em nenhuma hiptese, muito embora alguns atos praticados pelo chefe do Executivo Municipal tenham a natureza de atos de gesto. Na viso da Suprema Corte, por simetria com a norma constitucional aplicvel ao plano federal, o Tribunal de Contas apenas emite parecer prvio em relao s contas do Prefeito; o julgamento competncia privativa da Cmara Municipal.

    Penso ser difcil (no impossvel) a banca cobrar essa peculiaridade da esfera municipal na prova do TCU. De qualquer forma, vale o conhecimento!

    Gabarito: Certo

    29. (CGU AFC 2012 ESAF) As contas de gesto do TCU so julgadas pela(o)a) Congresso Nacional.b) Cmara dos Deputados.c) Tribunal de Contas da Unio.d) Senado Federal.e) Supremo Tribunal Federal.

    Comentrio: O art. 71, II da CF, que trata do julgamento das contas de gesto, preceitua:

    Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete:

    II - julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo poder pblico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio pblico;

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    Portanto, quaisquer contas de gesto que envolvam recursos pblicos federais so julgadas pelo TCU, inclusive as dele prprio, referentes s suas atividades administrativas (contratao de pessoal, aquisio de bens etc), cujos responsveis so os servidores da Secretaria e o Presidente do Tribunal. 3RULVVRFRUUHWDDSHQDVDDOWHUQDWLYDF

    Vale ressaltar que o 2 do art. 56 da LRF, que no foi suspenso pelo STF, determina que a CMO emita parecer sobre as contas do TCU.

    2o O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas ser proferido no prazoprevisto no art. 57 pela comisso mista permanente referida no 1o do art. 166 da Constituio ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais.

    Perceba que o Poder Legislativo no julga as contas do Tribunal. A CMO apenas emite um parecer. Os gestores do TCU recebem quitao do prprio Tribunal e no do Congresso Nacional. E o TCU no precisa aguardar o parecer da CMO para julgar suas prprias contas, pois esse parecer no vincula o julgamento. Na verdade, ante a suspenso do caput do art. 56, no tem qualquer funo prtica. O que acaba acontecendo que o TCU envia suas contas para a CMO quase que a "ttulo de conhecimento".

    Por fim, saliente-se que essa sistemtica (TC julga suas prprias contas) no necessariamente replicada nas demais esferas de governo. No DF, por exemplo, as contas do TCDF so julgadas pela Cmara Legislativa, conforme disposto na Lei Orgnica distrital. Nesse caso, o TCDF no se pronuncia sobre suas prprias contas. Seus gestores recebem quitao da Cmara Legislativa. E o parecer emitido pela comisso equivalente CMO possui uma funo mais efetiva, que subsidiar o julgamento a cargo do Parlamento. Como vimos, o STF j apreciou o assunto e no viu problemas.

    H ainda o caso dos Tribunais de Contas dos Municpios, responsveis pelo controle externo dos municpios do Estado (existentes na BA, CE, GO e PA). Segundo entendimento do STF na ADI 687, tais tribunais, por serem rgos estaduais, devem prestar contas perante o Tribunal de Contas do Estado, e no perante a Assembleia Legislativa. Dessa forma, por exemplo, os gestores do TC dos Municpios da Bahia devem prestar contas perante o TCE/BA, e no perante o prprio TC dos Municpios da Bahia ou Assembleia Legislativa, e assim sucessivamente.

    Gabarito: DOWHUQDWLYDc

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    Apreciar, para fins de registro, a legalidade de atos de pessoal

    III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio;

    Os atos de pessoal praticados no mbito da administrao direta ou indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo Poder Pblico, esto sujeitos a registro, implicando a apreciao de sua legalidade pelo Tribunal de Contas, da seguinte forma:

    O TCU aprecia a legalidade, para fins de registro:

    9 dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, naadministrao direta e indireta.

    9 das concesses de aposentadorias, reformas e penses.

    Porm, o TCU no aprecia a legalidade, para fins de registro:

    9 das nomeaes para cargo de provimento em comisso.9 das melhorias posteriores das aposentadorias, reformas e

    penses que no alterem o fundamento legal do atoconcessrio.

    Apreciar para fins de registro significa que todo ato de admisso de pessoal ou de concesso de aposentadorias, reformas e penses somente se completar com o respectivo registro pelo TCU. Efetuado o registro, o ato confirmado; caso contrrio, o ato desconstitudo. Assim, se o Tribunal considerar ilegal a aposentadoria concedida a um servidor, por no preencher os requisitos de tempo de servio, por exemplo, o registro do ato ser negado e o rgo de origem dever cessar o pagamento dos proventos.

    Segundo a jurisprudncia do STF, os atos sujeitos a registro possuem natureza de atos administrativos complexos, que somente se aperfeioam com o registro no Tribunal de Contas. J para parte da doutrina, ato composto, visto que opera efeitos imediatos quando de sua concesso pelo respectivo rgo, devendo o Tribunal de Contas

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    apenas ratific-lo ou no. Porm, o entendimento que prevalece o do STF.

    O TCU aprecia, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, compreendendo as admisses de empregados pblicos, regidos pela Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), da mesma forma que os servidores estatutrios, regidos pela Lei 8.112/1990. Aprecia tambm as admisses em carter temporrio, geralmente realizadas por empresas pblicas e sociedades de economia mista. As nomeaes para cargo em comisso e funo de confiana constituem a nica exceo, sendo dispensadas da apreciao pelo TCU para fins de registro em vista da precariedade do vnculo com a Administrao, pois so de livre nomeao e exonerao. Vale ressaltar, contudo, que tais nomeaes somente no so submetidas a registro, mas continuam sujeitas s demais formas de fiscalizao do Tribunal, como auditorias e inspees, pois, apesar de serem de livre nomeao e exonerao, devem observncia aos ditames constitucionais e legais. Na apreciao da legalidade dos atos de admisso de pessoal, o TCU avalia, fundamentalmente, se foi obedecido o princpio do concurso pblico e se no est havendo acumulao ilegal de cargos.

    Quanto s concesses de aposentadorias, reformas e penses, o dispositivo somente alcana os benefcios que so pagos com recursosdo Tesouro Nacional aos servidores pblicos federais, civis e militares ou seus beneficirios. Assim, o TCU no aprecia as aposentadorias dos empregados pblicos das empresas pblicas e sociedades de economia mista, integrantes da administrao indireta, concedidas conta do Regime Geral de Previdncia Social (RGPS), que obedece a regime especfico.

    desnecessrio novo registro se houver melhoria posterior que no altere o fundamento legal da concesso do benefcio como, por exemplo, se houver aumento dos proventos do aposentado por conta da reviso geral de remunerao prevista no art. 37, X da CF, ou por conta da extenso de alguma gratificao concedida aos servidores ativos. Entretanto, se, por exemplo, esse mesmo aposentado for beneficirio de deciso judicial determinando a reviso do seu tempo de servio e o consequente reclculo de proventos, houve alterao do fundamento do ato concessrio, de modo que a renovao do registro torna-se necessria.

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    30. (TCU ACE 2005 Cespe) O controle externo, a cargo do CongressoNacional, exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio.

    Comentrio: Comentrio: A assertiva est correta, pois reproduz literalmente o art. 71, III da Constituio. Por isso importante que os principais dispositivos da legislao sejam lidos durante o estudo, pois no VmRUDUDVDVTXHVW}HVHPTXHDEDQFDH[LJHRWH[WRVHFRGD/HL

    Gabarito: Certo

    31. (TCU ACE 2005 Cespe) Compete ao TCU apreciar, para fins de registro, alegalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, mas essa atribuio no se estende s nomeaes para cargo de provimento em comisso.

    Comentrio: De acordo com o art. 71, III da Constituio Federal, todo ato de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, da administrao direta e indireta, deve ser submetido ao TCU, a fim de que o Tribunal aprecie a legalidade para fins de registro. A nica exceo refere-se s nomeaes para cargos de provimento em comisso, que so de livre nomeao e exonerao, e no se sujeitam a registro.

    Gabarito: Certo

    32. (TCE/RO ACE 2013 Cespe) O ato inicial de concesso de aposentadoria deservidor do estado de Rondnia estar sujeito apreciao do TCE/RO, para fins de registro ou exame.

    Comentrio: O quesito est correto. O Tribunal de Contas aprecia a legalidade, para fins de registro, das concesses iniciais de aposentadorias, reformas e penses na administrao direta, autrquica e fundacional, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio inicial. No que tange s concesses iniciais, apenas no so submetidas a registro as aposentadorias dos empregados pblicos da administrao indireta concedidas conta do Regime Geral de Previdncia Social (empresas pblicas e sociedades de economia mista). Como o HQXQFLDGR IDOD HP VHUYLGRU GR HVWDGR SRGH-se entender que se trata de

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    servidor da administrao direta, cuja aposentadoria, portanto, est sujeita apreciao do Tribunal de Contas para fins de registro.

    Gabarito: Certo

    33. (TCU ACE 2007 Cespe) O Tribunal de Contas da Unio (TCU) aprecia alegalidade do ato concessivo de aposentadoria e, encontrando-se este em conformidade com a lei, procede a seu registro. Essa apreciao competncia exclusiva do TCU e visa ordenar o registro do ato, o que torna definitiva a aposentadoria, nos termos da lei. Entretanto, se, na apreciao do ato, detectar-se ilegalidade, no compete ao TCU cancelar o pagamento da aposentadoria, inclusive para respeitar o princpio da segregao.

    Comentrio: O quesito est correto. Nos termos do art. 71, III da CF, a competncia para conceder ou negar registro ao ato concessivo de aposentadoria exclusiva dos Tribunais de Contas, dentro da respectiva jurisdio. Para tanto, o Tribunal aprecia se a concesso seguiu ou no os requisitos legais e regulamentares, como tempo de servio, tempo de contribuio etc. Segundo a jurisprudncia do STF, o registro pelo TCU aperfeioa o ato ou, em outras palavras, torna a aposentadoria definitiva. Entretanto, conforme o art. 262 do RI/TCU, quando o ato de aposentadoria, reforma ou penso for considerado ilegal pelo Tribunal, o rgo de origem responsvel por cessar o pagamento dos proventos ou benefcios no prazo de 15 dias contados da cincia da deciso que negou o registro, sob pena de responsabilidade solidria da autoridade administrativa omissa.

    Gabarito: Certo

    34. (TCU Auditor 2006 Cespe) No ano de 2006, foram encaminhados ao TCU,para fins de registro, atos de admisso de pessoal e aposentadoria de magistrados e servidores de um tribunal regional, integrante do Poder Judicirio federal. Considerando essa situao hipottica, julgue os itens subsequentes. Os atos de admisso de pessoal, bem como os atos de concesso de aposentadorias, inclusive de magistrados, praticados no mbito do tribunal regional em questo, devem ser encaminhados ao TCU para fins de registro. Entretanto, fogem a qualquer controle exercido pelo TCU as nomeaes para cargos de provimento em comisso, bem assim as alteraes de aposentadoria que no alterem o fundamento legal do ato concessrio.

    Comentrio: O TCU aprecia a legalidade para fins de registro de qualquer admisso de pessoal efetuada no mbito da administrao pblica, direta ou indireta, de todos os Poderes, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso (CF, art. 71, III). Assim, os atos de admisso de magistrados devem ser encaminhados ao TCU para fins de registro, uma vez que so precedidos de concurso pblico, no se tratando de cargo de livre

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    nomeao e exonerao (CF, art. 93, I). Entretanto, errado dizer que as nomeaes para cargos de provimento

    em comisso fogem de qualquer controle exercido pelo TCU. Tais nomeaes apenas no so submetidas a registro, mas, apesar de serem de livre nomeao e exonerao, esto sujeitas a algumas regras, como por exemplo, a impossibilidade de nomeao de parentes at 3 grau da autoridade nomeante (Smula Vinculante n 13 do STF) ou a observncia dos limites da LRF para gastos com pessoal. Assim, o TCU pode realizar uma auditoria em determinado rgo e verificar se as nomeaes para cargos de provimento em comisso esto ou no de acordo com a lei. Veja, por exemplo, a recente fiscalizao do TCU8 na folha de pagamento do Senado Federal e da Cmara dos Deputados que determinou a suspenso de parcelas acima do teto constitucional recebidas por ocupantes de cargos em comisso ou funes de confiana.

    Por fim, quanto impossibilidade de o TCU exercer qualquer controle sobre as alteraes de aposentadoria que no alterem o fundamento legal do ato concessrio, vale mencionar que o Tribunal pode rever sua deciso que determinou o registro, dentro do prazo de 5 anos, se verificado que o ato viola a ordem jurdica, ou a qualquer tempo, no caso de comprovada m-f (RI/TCU, art. 260, 2). Assim, por exemplo, se for verificada m-f, mesmo no havendo alterao no fundamento legal da concesso, o TCU poder, dentre outras medidas, cancelar o registro e aplicar alguma sano ao responsvel.

    Gabarito: Errado

    35. (TCE/AC ACE 2009 Cespe) Em conformidade com a CF, os atosrelacionados a pessoal que so apreciados pelo TCU para fins de registro ou reexame no incluem:

    a) a admisso de pessoal nas empresas pblicas.b) a admisso de pessoal nas fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico.c) as nomeaes para cargo de provimento em comisso na administrao direta.d) a concesso inicial de penso.e) as melhorias posteriores em aposentadorias que tenham alterado o fundamentolegal da concesso inicial.

    Comentrio: A CF atribuiu ao TCU a competncia para apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta (CF, art. 71, III), includas ento as empresas S~EOLFDVOHWUDDHDVIXQGDo}HVLQVWLWXtGDVHPDQWLGDVSHORSRGHUS~EOLFR

    8 http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-09-25/senado-tcu-manda-suspender-salarios-acima-do-teto-e-devolucao-de-valores-pagos-mais

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    OHWUDE$LQGDTXHRVVHUYLGRUHVGHVVDVHQWLGDGHVVHVXEPHWDPDRUHJLPHceletista, somente podem ser admitidos mediante concurso pblico. A nica exceo em relao aos atos de admisso refere-se s nomeaes para cargo de provimento em comisso OHWUD F TXH VmR GH OLYUH QRPHDomR HH[RQHUDomR3RUWDQWRDDOWHUQDWLYDFpDUHVSRVWDGDTXHVWmR

    Em relao s concesses de aposentadorias, reformas e penses, os atos apreciados pelo TCU para fins de registro compreendem as concesses iniciais OHWUDGDVVLPFRPRDVPHOKRULDVSRVWHULRUHVTXHtenham alterado o fundamento legal da concesso iniciaO OHWUDH$H[FHomRQRFDVRVmRas melhorias posteriores que no tenham alterado o fundamento legal, assim como as concesses que se submetem ao Regime Geral de Previdncia Social (empregados pblicos).

    Gabarito: alternativa c 36. (TCE/RS OCE 2013 Cespe) Considere que o titular de um rgo do governoestadual tenha nomeado determinado cidado para o cargo de chefe do seu gabinete. Nesse caso, o TCE/RS no precisa apreciar, para fins de registro, a referida nomeao.

    Comentrio: O cargo de chefe de gabinete, embora no especificado no enunciado, geralmente de provimento em comisso, hiptese que se enquadra na exceo apreciao para fins de registro dos atos de admisso de pessoal. Dessa forma, correto afirmar que o Tribunal de Contas no precisa apreciar, para fins de registro, a referida nomeao. Lembre-se, contudo, de que a nomeao do chefe de gabinete poder ser objeto das demais aes de controle empreendidas pelo Tribunal, como auditorias e inspees, pois, embora no sujeita a registro, deve observar uma srie de ditames constitucionais e legais, a exemplo do teto constitucional, limites com gastos de pessoal e proibio ao nepotismo.

    Gabarito: Certo

    37. (TCE/ES Auditor 2012 Cespe) De acordo com o entendimento do STF,seria constitucional lei ordinria estadual que determinasse que todos os contratos celebrados entre o governo do estado e as empresas particulares dependessem de registro prvio no tribunal de contas estadual.

    Comentrio: O quesito est errado. Como vimos, o TCU s aprecia, para fins de registro, atos de admisso de pessoal e de concesso de aposentadoria. Assim, em observncia ao princpio de simetria, lei estadual no pode prever o registro prvio de contratos pelo Tribunal de Contas Estadual, visto que tal competncia no est prevista na Constituio Federal para o Tribunal de Contas da Unio. o que disse o STF na ADI 916, cuja

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    ementa a seguinte: EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO. TRIBUNAL DE CONTAS. NORMA LOCAL QUE OBRIGA O TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL A EXAMINAR PREVIAMENTE A VALIDADE DE CONTRATOS FIRMADOS PELA ADMINISTRAO. REGRA DA SIMETRIA. INEXISTNCIA DE OBRIGAO SEMELHANTE IMPOSTA AO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO. 1. Nos termos do art 75 da Con tituio, a norma relativa organizao e fi calizao do Tribunal de Conta da Unio e aplicam ao demai tribunai de conta 2 O art 71 da Constituio no insere na competncia do TCU a aptido para examinar, previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo Poder Pblico. Atividade que se insere no acervo de competncia da Funo Executiva. 3. inconstitucional norma local que estabelea a competncia do tribunal de contas para realizar exame prvio de validade de contratos firmados com o Poder Pblico. Ao Direta de Inconstitucionalidade conhecida e julgada procedente. Medida liminar confirmada.

    Gabarito: Errado

    38. (TCDF Analista 2014 Cespe, adaptada) Caso um Ministro de Estadonomeie seu primo para cargo em comisso na respectiva secretaria, caber ao TCU apreciar, para fins de registro, a legalidade desse ato de admisso.

    Comentrio: O item est errado, visto que as nomeaes para cargo em comisso constituem exceo apreciao para fins de registro pelo TCU, nos termos do art. 71, III da LO/TCU:

    III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio

    Todavia, ressalte-se que a legalidade e a legitimidade dessa nomeao no escapam s demais formas de fiscalizao do Tribunal de Contas, podendo ser apreciada em processos de denncia, representao ou auditoria, por exemplo.

    Gabarito: Errado

    39. (TCDF Auditor 2014 Cespe) As competncias constitucionais dos tribunaisde contas incluem a apreciao da legalidade dos atos de admisso de pessoal, para fins de registro, e as nomeaes para cargos de provimento em comisso.

    Comentrio: A redao do enunciado est um pouco confusa. Parece que a parte final (e as nomeaes para cargos de provimento em comisso) est desconectada do restante da frase. Porm, a meu ver, o quesito est mesmo errado, visto que as nomeaes para cargos de provimento em comisso

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    constituem exceo apreciao para fins de registro. Gabarito: Errado

    40. (TCDF Tcnico 2014 Cespe, adaptada) Caso um cidado seja nomeadopara determinado cargo em comisso no Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, do governo federal, caber ao TCU apreciar, para fins de registro, a legalidade da nomeao.

    Comentrio: Nos termos do art. 71, III da CF, os atos de nomeao para cargo em comisso no so apreciados pelo Tribunal de Contas para fins de registro, da o erro.

    Gabarito: Errado

    Realizar inspees e auditorias, por iniciativa prpria ou por solicitao do Congresso Nacional

    IV - realizar, por iniciativa prpria, da Cmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comisso tcnica ou de inqurito, inspees e auditorias de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio, e demais entidades referidas no inciso II;

    O TCU possui competncia para realizar auditorias e inspees em qualquer unidade da Administrao Pblica Federal, direta ou indireta, de todos os Poderes e do Ministrio Pblico. No h exceo em relao ao fiscalizatria do Tribunal de Contas.

    As fiscalizaes realizadas pelo TCU podem ser de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial.

    Embora o inciso faa meno apenas a inspees e auditorias, so instrumentos da fiscalizao exercida pelo TCU: auditorias, inspees, levantamentos, acompanhamentos e monitoramentos (RI/TCU, art. 238 a 243). Dependendo do objetivo da fiscalizao, o Tribunal adota um outro instrumento. Veremos as caractersticas de cada um deles na Aula 06.

    O TCU realiza fiscalizao por iniciativa prpria ou por solicitao do Congresso Nacional, por intermdio de suas Casas ou de alguma de suas comisses tcnicas ou de inqurito.

    A possibilidade de o Tribunal realizar fiscalizaes por iniciativa prpria, sem provocao externa, em qualquer rgo ou entidade da

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    Administrao Pblica sujeito sua jurisdio, uma garantia de independncia conferida Corte de Contas.

    Quanto s fiscalizaes realizadas por iniciativa do Parlamento, perceba que o Congresso Nacional no consta expressamente no inciso IV do art. 71 - que se refere apenas Cmara dos Deputados e ao Senado Federal, separadamente -, mas aparece ao lado de suas Casas e respectivas comisses no art. 1, II da LO/TCU, que trata do mesmo assunto. De forma semelhante, embora a Constituio fale apenas em comisses tcnicas e de inqurito, o art. 1, II da LO/TCU estende a todas as comisses do Congresso Nacional e suas Casas a legitimidade para solicitar fiscalizaes ao TCU.

    Especificamente, so legitimados para solicitar fiscalizao ao TCU no mbito do Congresso Nacional (RI/TCU, art. 232):

    9 Presidentes do Congresso Nacional, do Senado Federal ou daCmara dos Deputados;

    9 Presidentes de comisses todas - do Congresso Nacional, doSenado Federal ou da Cmara dos Deputados, quando porelas aprovadas.

    Repare que um deputado ou senador que no seja o presidente de uma das Casas ou de comisso tcnica ou de inqurito no competente para, por si s, enviar uma solicitao de fiscalizao ao TCU. Caso queira comunicar alguma irregularidade ao Tribunal, em nome do Parlamento, o deputado ou senador deve enviar sua requisio ao Presidente da respectiva Casa ou comisso. Alternativamente, o parlamentar pode tambm se valer de outros institutos, como a representao (RI/TCU, art. 237), encaminhada por ele prprio, mas que possui rito diferente (com menor prioridade) que o de uma solicitao do Congresso encaminhada por um dos legitimados acima.

    Outro detalhe que as solicitaes encaminhadas pelos Presidentes de comisses, para serem vlidas, devem ser previamente aprovadas no mbito das respectivas comisses.

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    41. (TCU TEFC 2009 Cespe) Apesar de ser rgo que auxilia o PoderLegislativo no controle externo, o TCU pode realizar, por iniciativa prpria, inspees e auditorias de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio.

    Comentrio: O item est perfeito. O auxlio ao Congresso Nacional no exerccio do controle externo no significa subordinao da Corte de Contas. Prova disso que o TCU pode, por iniciativa prpria, sem provocao externa, realizar fiscalizaes de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial em qualquer rgo ou entidade da Administrao Pblica, seja do Executivo, do Judicirio e mesmo do Legislativo (CF, art. 71, IV). Assim, pode o TCU, por exemplo, a partir de deciso tomada com base em critrios prprios, realizar uma auditoria no Senado Federal para verificar a eventual existncia de servidores recebendo salrios acima do teto constitucional ou para verificar a legalidade das licitaes promovidas pelo rgo.

    Gabarito: Certo

    42. (TCE/BA Procurador 2010 Cespe) O papel dos tribunais de contas, noexerccio do controle externo, deve restringir-se funo especializada jurisdicional ou contenciosa.

    Comentrio: Recorde-se que o Tribunal de Contas no exerce atividade jurisdicional FRQWHQFLRVD ou seja, no soluciona conflitos entre partes, tarefa que reservada ao Poder Judicirio, quando provocado. Alguns, inclusive, apoiam-se nesse fato para negar a existncia de uma jurisdio prpria e privativa do TCU, como vimos na Aula 01. No obstante, a &RQVWLWXLomRFRQIHULXj&RUWHGH&RQWDVFRPSHWrQFLDSDUDMXOJD