aula 02
TRANSCRIPT
![Page 1: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/1.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 1
AULA 02 – ÓRGÃOS AUXILIARES DA JUSTIÇA. JUIZ.
Bom dia, boa tarde, boa noite!
Vou construir um raciocínio, uma sequência com base na aula
demonstrativa (Jurisdição), para introduzir a aula de hoje. Você me
acompanhe.
Iniciarei pelo “Juiz”, por uma questão lógica. Como assim? Ele dirige
a atividade jurisdicional. Você viu na aula sobre a jurisdição que, pelo
Princípio da Inércia da Jurisdição (Princípio da Iniciativa das
Partes), esta é uma atividade que depende de provocação para que atue na sua função de aplicar a lei (Direito) ao caso concreto:
Através do direito subjetivo do indivíduo de provocar a jurisdição
visando à solução do seu conflito (lide), cabe a este (parte) a
iniciativa da propositura da ação, provocando o exercício da função
jurisdicional.
Porém, quando a parte exerce seu direito de ação, a partir daí
predomina o interesse público, do Estado, em solucionar o litígio. É o
chamado Princípio do Impulso Processual, que está contemplado,
também, no art. 262:
Conclusão: a parte inicia a jurisdição, mas a partir desse
momento, esta se desenvolve por impulso oficial, através do Juiz
que dirige (poder de direção) e impulsiona a jurisdição,
independente da contribuição das partes. A partir da provocação,
dentro de determinados critérios previstos em lei, o Juiz dirigirá o
processo. Com a provocação, surge para o autor o direito a um
pronunciamento jurisdicional, surgindo, também, uma obrigação, um
dever para o Estado (Juiz) de solucionar o caso concreto, disso
decorrendo poderes, deveres e responsabilidades.
Art. 2º. “Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão
quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma
legais”.
Art. 262: ”O processo civil começa por iniciativa da parte (...)
Art. 262: ”O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se
desenvolve por impulso oficial”.
![Page 2: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/2.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 2
Assim, a tutela jurisdicional se desenvolve pelo Judiciário, através doJuiz, atuando na solução do conflito. Porém, no desempenho da
função jurisdicional, o Juiz necessita da colaboração e do auxílio de
outras pessoas, de cujas atividades dependem a realização de atos
processuais, bem como a movimentação do processo.
Os auxiliares da justiça são os órgãos (pessoas) a quem a lei atribui
às funções de realizar os serviços complementares à jurisdição, sob a
autoridade do juiz. Os órgãos auxiliares da justiça são responsáveis
pelos demais atos necessários ao desenvolvimento da atividade
jurisdicional. Dito isto, inicio a AULA 02.
JUIZ
Dos Poderes, dos Deveres e da Responsabilidade
O Juiz, dentro do processo, tem poderes/deveres de direção,
instrutórios, ordinatórios e decisórios. Poder de direção: é autoridadesuprema no processo, dirigindo-o; Instrutórios: determinar as provas
que entender necessárias para o seu convencimento; Ordinatórios:
dá andamento ao processo; Decisório: poder decidir, tomar decisões
(sentenças, decisões interlocutórias e despachos).
PODER DE DIREÇÃO: diz respeito às decisões (sentenças, decisões
interlocutórias e despachos), que serão detalhadas nas próximas
aulas.
PODER
DECISÓRIO
ORDINATÓRIO
INSTRUTÓRIO
De DIREÇÃO
![Page 3: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/3.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 3
Comentários: Ao Juiz cabe o papel de direção do processo,
fiscalização e controle para que este se desenvolva regularmente e
validamente. O poder de direção traduz-se:
I – Igualdade de tratamento às partes (Isonomia): o Juiz deve
tratar as partes de forma igualitária (tratamento isonômico). As
partes figuram numa posição de igualdade no processo. Aberta a
oportunidade de uma delas se manifestar no processo,
obrigatoriamente deve conceder a outra o mesmo direito
(contraditório).
O símbolo da ciência do Direito é a Deusa da Justiça de olhos
vendados, significando o desejo de nivelar o tratamento jurídico de
todos por igual, sem nenhuma distinção. Tem o propósito da
imparcialidade e da objetividade. É a afirmação de que todos são
iguais perante à lei. Portanto, uma vez que seus olhos estão
vendados distribui a justiça sem olhar a quem, dá a justiça a quem
esteja com a razão. A balança simboliza a equidade, o equilíbrio, a
ponderação, a igualdade das decisões aplicadas pela lei.
Art. 125. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições
deste Código, competindo-lhe:
I - assegurar às partes igualdade de tratamento (Princípio da
isonomia ou igualdade das partes); II - velar pela rápida solução do litígio; (art. 5º CF, LXXVII –
princípio da razoável duração do processo);
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade
da Justiça; (art. 15 CPC punir a litigância de má-fé)
IV - tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes. (tentativa
de acordo entre as partes).
![Page 4: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/4.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 4
II – Rápida solução do litígio: A Constituição Federal dispõe no
art. 5º, inciso LXXVIII: “a todos, no âmbito judicial e administrativo,
são assegurados a razoável duração do processo e os meios que
garantam a celeridade de sua tramitação”. Trata-se do Princípio da
Razoável Duração do Processo, bem como da Celeridade processual.
O art. 125, II do CPC decorre justamente do comando constitucional,
sendo dever do Juiz realizar a celeridade na prestação da tutela jurisdicional. Não deve ensejar o retardamento injusto na prestação
jurisdicional.
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade
da Justiça: O Juiz deve punir e coibir, prevenindo e reprimindo os
atos atentatórios à dignidade da justiça que sejam praticados no
processo, independente de quem seja o seu autor. Deve punir o
litigante que proceda de má fé; deve obstar que as partes utilizem o
processo para conseguir fins proibido pela lei. São exemplos de má fépraticados no processo pelas partes: alterar a verdade dos fatos, usar
do processo para conseguir objetivo ilegal, (art. 17, CPC).
![Page 5: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/5.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 5
IV - tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes: A tentativa deconciliação entre as partes pode ser exercida pelo Juiz a qualquer
tempo durante o curso do processo, podendo ser exercida mais de
uma vez.
Comentários: Você viu acima que quando a parte provoca a
jurisdição, surge para ela o direito a um pronunciamento judicial,
surgindo em contrapartida um dever, uma obrigação para o Juiz
(Estado) de se pronunciar (decidir) sobre o caso que lhe é
apresentado.
Você aprendeu que pelo Princípio da Indeclinabilidade da Jurisdição o
Juiz não pode declinar da sua função; é decorrente do mandamento
constitucional: CF, art. 5°, inciso XXXV: "a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a direito" – que se
traduz no Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário.
Assim, é garantido o acesso ao Poder Judiciário à todos aqueles que
tiverem seu direito violado ou ameaçado, não sendo possível o
Estado-Juiz eximir-se de prover a tutela jurisdicional àqueles
que o procurem para pedir uma solução baseada em uma
pretensão amparada pelo direito. Consequentemente, se a lei não
pode impedir que o Judiciário aprecie qualquer lesão ou ameaça a
direito, muito menos poderá o Juiz abster-se de apreciá-la, quando
Princípio da Indeclinabilidade da Jurisdição:
Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar
alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide
caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.
![Page 6: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/6.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 6
invocado. Em resumo, pelo princípio da indeclinabilidade o juiznão pode subtrair-se da função jurisdicional, sendo que, mesmo
havendo lacuna ou obscuridade na lei, deverá proferir decisão (art.
126, CPC). O Princípio da Indeclinabilidade da Jurisdição é
alusivo ao Juiz e versa que o mesmo não pode abrir mão do seu
poder jurisdicional.
A lei proíbe que o Juiz deixe de prestar a tutela jurisdicional alegando
a não existência de lei, lacuna ou obscuridade da lei. Ele deve sempre
resolver a lide entre as partes, servindo-se de outros meios, sempre
que a lei for omissa ou obscura: a analogia, os costumes e os
princípios gerais do direito. A analogia, os costumes e os
princípios gerais do direito são os chamados “Meios de Integração”
do ordenamento jurídico.
Explico: seria impossível ao legislador (ao elaborar as leis) prever
todas as situações possíveis de ocorrerem na sociedade. Diz-se que a
lei pode apresentar lacunas. Assim, pode ocorrer um caso concreto
que não esteja regulado, disciplinado pela lei. Se o caso concreto for
levado ao Judiciário, este não pode alegar que não vai solucioná-lo
porque não existe lei!
O art. 126 do CPC manda que o Juiz, nesse caso, se utilize dos meios
de integração da ordem jurídica: analogia, costumes e princípios
gerais do direito.
Cuidado: O Juiz, para resolver qualquer lide, se utiliza, nessaordem: lei, analogia, costumes e princípios gerais do direito
(decorar). Note que há uma hierarquia entre eles. O Juiz deve,
obrigatoriamente, usar em primeiro lugar a lei; não existindo lei,
deve necessariamente usar a analogia; se não couber analogia, deve
se servir dos costumes e, não tendo costume a ser aplicado ao caso
concreto, deve resolvê-lo através dos princípios gerais do direito.
Vamos ver cada um deles?
Analogia: aplicação de outra lei prevista para um caso
semelhante.
Veja o desenho:
![Page 7: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/7.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 7
? não existe lei
CASO A CASO A1
Acompanhe o raciocínio:
A Lei X regula o CASO concreto A.
Na sociedade aconteceu o CASO A1, mas não há lei que o regule.
Provocada a jurisdição (através do direito de ação), pelo princípio da
indeclinabilidade da jurisdição, o Juiz não pode alegar que não vai julgar, decidir o caso concreto com base na lacuna da lei. Nesse caso,
aplica a analogia. Em que consiste a analogia?
O Juiz vai aplicar a Lei X ao CASO A1!
CASO A1
Exemplo concreto de uso, pelo Juiz, dos meios de integração: a lei
até bem pouco tempo não regulava os casos de “barriga de aluguel”, mas esses casos ocorriam. Apresentado o caso em juízo (antes da
regulamentação): quem era considerada a mãe? Aquela que
emprestava a barriga? Aquela que fez a doação do óvulo? Enfim, o
Juiz tinha que julgar.
Pois bem! Caso não haja a lei; caso não seja possível decidir o caso
concreto pela analogia (não há previsão de norma aplicada a um caso
semelhante), o Juiz decide, então, pelos costumes do lugar.
Costumes: são os usos e as práticas reiteradas numa determinada
sociedade, numa determinada época.
Princípios Gerais do Direito: o ordenamento jurídico possui
inúmeros princípios, tanto explícitos (legalidade, impessoalidade,
boa-fé, moralidade, etc.), como implícitos (proporcionalidade,
razoabilidade, etc.). O Juiz deve, por último, se utilizar dos princípios
gerais para solucionar o caso concreto.
Lei X
Lei X
![Page 8: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/8.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 8
Comentários: Equidade significa justiça, que o Juiz confronte a lei e
o fato e aplique a lei atendendo os fins sociais e o bem comum.
Mas ATENÇÃO!
*O Juiz pode se utilizar da equidade? Sim, SÓ nos CASOS
PREVISTO EM LEI. A própria lei vai dizer: “nesse caso, o Juiz pode
usar a equidade” ou “admite equidade”.
**A equidade NÃO É MEIO DE INTEGRAÇÃO do ordenamento
jurídico! São comuns as questões de concursos abordarem: “são
meios de integração: a analogia, os costumes, os princípios gerais do
direito e a equidade” (errado).
Repito a equidade NÃO É MEIO DE INTEGRAÇÃO do ordenamento
jurídico!
Comentários: O artigo comporta duas regras. Primeira: É dever do
Juiz decidir a lide. Mas dentro de quais limites decidirá a lide?
Equidade = justiça. A equidade NÃO É MEIO DE INTEGRAÇÃO do ordenamento jurídico.
Art. 127. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em
lei.
Princípio da Conguência:
Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta,
sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo
respeito a lei exige a iniciativa da parte.
MEIOS DE INTEGRAÇÃO
Analogia
Costumes
Princípios Gerais do Direito
GERAIS DO DIREITOS DE
EQUIDADE
NÃO É MEIO DE
INTEGRAÇÃO
SÓ nos casos previstos em
lei
![Page 9: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/9.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 9
Pelo princípio da congruência, o juiz decidirá a lide nos limites emque foi proposta. Explico:
Você aprendeu que o autor propõe a ação (com a propositura da
ação, provoca a jurisdição). Naturalmente que ele, autor, faz um
“pedido” a ser apreciado pelo Juiz. No exemplo da aula 01, o autor
pediu o conserto do carro mais uma indenização.
A sentença do Juiz é uma resposta a esse pedido formulado pelo
autor (e eventualmente pelo réu), acolhendo-o ou rejeitando-o no
todo ou em parte.
Pelo princípio da congruência deve haver uma correlação entre
PEDIDO e SENTENÇA.
É o autor quem fixa, na petição inicial, os limites da lide. É ele quem
deduz pretensão (direitos) em juízo. O réu apenas se defende. Pelo princípio da congruência, deve haver uma relação entre pedido e
sentença (Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do
autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em
quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado).
Ou seja, o Juiz não deve decidir além (sentença ultra petita), aquém
(citra ou infra petita), nem fora (extra petita) do que foi pedido. Não!
Não precisa se preocupar com esses conceitos agora. Na aula “Atos
Processuais” eles serão estudados em detalhes! Apenas estou
adiantando pra mostrar que o Juiz deve decidir nos limites daquilo
que foi pedido. Quer ver um exemplo de uma decisão ultra petita
(além do que foi pedido): é o Juiz conceder ao autor R$ 2.000,00 referente ao conserto e mais uma indenização de R$ 20.000,00!
Segunda regra (do art. 128): “sendo-lhe defeso (proibido)
conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei
exige a iniciativa da parte”.
PETIÇÃO INICIAL
PEDIDO:
Conserto do veículo $ 1.000,00
+
Indenização $ 5.000,00
SENTENÇA
(deve guardar relação com o pedido)
........................
........................
![Page 10: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/10.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 10
O vocábulo “defeso”, juridicamente, significa proibido. É proibido ao Juiz conhecer de questões não suscitadas (questões que não estão
“dentro” do processo, questões que não foram trazidas aos autos
pelas partes; questões que a lei exige a iniciativa das partes) pelas
partes.
Exceção: exceção à segunda regra é o “Princípio Dispositivo”: as
questões de ordem pública podem ser conhecidas de ofício (ex
officio) pelo juiz. Questões de ordem pública são matérias que
podem ser conhecida pelo Juiz, independente de pedido da parte
(como por exemplo, prescrição, direitos indisponíveis, tais como
alimento, liberdade). As questões de ordem pública não se submetem
ao princípio da congruência; o Juiz deve decidi-las, ainda que não constem do pedido.
Observe:
Princípio dispositivo: As questões de ordem pública devem ser
conhecidas de ofício pelo juiz, independente de pedido da parte.
Comentários: simular significa fingir, declarar uma vontade distinta
da vontade real, havendo a concordância de ambas as partes visando
fugir de obrigações. Exemplo: homem casado não pode doar para a
concubina. Daí, ele doa um imóvel, mas faz escritura pública de
compra e venda para fazer parecer que o negócio foi uma compra e
venda e não doação!
Pois bem! É dever do Juiz proferir sentença que impeça as partes
obterem a finalidade pretendida.
Processo simulado: as partes simulam a existência de lide.
Art. 129. Convencendo-se, pelas circunstâncias da causa, de que
autor e réu se serviram do processo para praticar ato simulado ou
conseguir fim proibido por lei, o juiz proferirá sentença que obste
aos objetivos das partes.
PETIÇÃO INICIAL
PEDIDO:
Conserto do veículo $ 1.000,00
+
Indenização $ 5.000,00
SENTENÇA
(deve guardar relação com o pedido)
........................
Princípio Dispositivo: Questões de
ordem pública: podem ser conhecidas
de ofício pelo Juiz, embora não
incluídas no pedido. Ex: prescrição.
![Page 11: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/11.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 11
PODER INSTRUTÓRIO:
PODER DECISÓRIO:
Comentários: observe a sequência:
Princípio do livre convencimento motivado: Art. 131. O juiz
apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados
pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos quelhe formaram o convencimento.
Poder instrutório do Juiz: pode determinar prova de ofício.
Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,
determinar as provas necessárias à instrução do processo,
indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Propositura da ação pelo autor (provocação da jurisdição) – Princípio
da Inércia da Jurisdição.
Processo se desenvolve por impulso oficial - Princípio do Impulso Oficial
Poder Instrutório: Juiz determina de ofício a realização
de provas que entender pertinentes.
Apreciação da prova: O Juiz aprecia livremente as
provas, mas sempre atentando (tendo como parâmetro) aos
FATOS e CIRCUNSTÂNCIAS que constam “dentro” dos
autos – Princípio do livre convencimento (motivado) ou
Princípio da Persuasão Racional.
![Page 12: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/12.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 12
O sistema adotado pelo legislador brasileiro é o Sistema da
Persuasão Racional do Juiz, sendo o convencimento do magistrado
livre. Porém, ainda que livre, deve ser racional conforme as provas
descritas nos autos processuais.
A valoração da prova deve se encontrar, necessariamente, contidonos autos do processo, onde o Juiz tem o dever de justificá-los e
motivar sua decisão. Isso permite às partes conferirem que a
convicção foi extraída dos autos e que os motivos que o levaram a
determinada sentença chegam racionalmente à conclusão exposta
pelo magistrado.
É importante lembrar que as provas não possuem valor determinado,
sendo apreciadas no contexto e conjuntamente com as demais
provas, ou seja, seu peso é considerado única e exclusivamente pelo
Juiz.
No sistema da PERSUASÃO RACIONAL, também conhecido como
sistema da LIVRE CONVICÃO MOTIVADA ou da verdade real, "o juiz
forma livremente o seu convencimento, porém dentro de critérios racionais que devem ser indicados".
PROCESSO
SENTENÇA
FUNDAMENTAÇÃO
(Indicar os MOTIVOS
que lhe formaram o
convencimento)
PROCESSO
FATOS E CIRCUNSTÂNCIAS
Ainda que os fatos e
circunstâncias não tenham sido
alegados pelas partes
PROCESSO
Juiz aprecia livremente
as PROVAS
(Princípio do Livre Convencimento
Motivado ou Persuação racional)
![Page 13: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/13.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 13
Vamos lá, por partes: Poder Instrutório: O Juiz pode determinar de ofício ou a
requerimento das partes, a produção de prova. Poder de instruir
o processo.
Apreciação das provas: Depois de produzida as provas, o Juiz vai
apreciá-las. O comando é: O juiz deve apreciar as provas sempre
atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos,
ainda que não alegados pelas partes. Ou seja, a prova vai ser
apreciada em consonância com os fatos que estão “dentro” do
processo, mesmo que as partes não tenham alegado esses fatos.
Cuidado! Mesmo que o fato não tenha sido alegado por uma daspartes, o FATO ESTÁ LÁ “DENTRO” DOS AUTOS! O Juiz ao apreciar a
prova vai apreciá-la levando-o em consideração; necessariamente
este fato deve estar dentro do processo. O fato tá lá; as partes não o
alegaram; mas o Juiz viu esse fato no processo! E na apreciação da
prova produzida leva este fato em consideração! Na apreciação da
prova o Juiz é livre, tem liberdade para formar seu convencimento
(de quem, qual das partes está com razão), desde que “tome” as
provas, leve-as em consideração com os fatos que estão nos autos
(Princípio do Livre Convencimento Motivado ou da Persuação Racional).
O Juiz é soberano quanto à análise das provas produzidas nos autos.
A apreciação da prova é livre, podendo ser decidida conforme o seu
convencimento, desde que leve em consideração o confronto dessas provas com os fatos, mesmo que esses fatos não tenham sido
alegados pelas partes.
Princípio da Fundamentação das Decisões: Decisão com
fundamentação motivada: apreciadas as provas em consonância
com os fatos, o Juiz agora vai decidir. Sua decisão deve ser
fundamentada; ele deve indicar na decisão os motivos (fundamentos)
que lhe formaram o convencimento!
Decisão sem fundamento é decisão nula! A fundamentação da
decisão decorre do art. 93, IX da CF: “IX. todos os julgamentos dos
órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade (...). Cumpre ao Juiz dar as
razões do seu convencimento.
O Juiz é livre para apreciar a prova; tem liberdade, mas não
arbitrariedade! Não pode decidir arbitrariamente! Deve decidir de
acordo com o que está nos autos. E mais: deve indicar qual o
dispositivo de lei pela qual procede a pretensão ou pela qual seja
que vedada à pretensão.
![Page 14: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/14.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 14
Veja a decisão:
NÃO confundir artigos 128 e 131 CPC
Comentários: o Princípio da Oralidade tem o objetivo de fazer com
que a prova seja colhida oralmente em audiência.
O Princípio da Identidade Física do Juiz consiste no dever que
tem o Juiz que concluiu a audiência de instrução e julgamento de
proferir a sentença de mérito no processo civil. Vincula o Juiz que
Princípio da Identidade Física do Juiz e Princípio da
Oralidade:
Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a
audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado,
licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou
aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o juiz que proferir a
sentença, se entender necessário, poderá mandar repetir as
provas já produzidas.
PROCESSO - SENTENÇA
Relatório (resumo dos fatos):
abalroamento
Fundamentação (Direito, lei): arts.
186 e 927 – faz um confronte entre os
fatos ocorridos e os fundamentos (lei,
artigos) que se aplicam ao caso
concreto.
Fatos Fundamentos
abalroamento Arts. 186, 927
Prejuízo, dano
Arts. 186, 927Dever deIndenizar
Dispositivo (decisão): ... decido pela
procedência do pedido do autor ...
concedo $ 1.000,00 pelo conserto do
veículo e mais $ 5.000,00 a título de
indenização... blá blá blá.....
![Page 15: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/15.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 15
concluiu a audiência ao julgamento da lide, salvo se ele estiverconvocado, licenciado, afastado, promovido ou aposentado.
Como DECORAR:
O juiz que concluir a audiência julgará a lide, salvo PLACA:
P Promovido
L Licenciado
A Aposentado
C Convocado
A Afastado
Seu sucessor atuará nos autos e poderá mandar repetir as provas já
produzidas.
PODER ORDENATÓRIO: os poderes ordenatórios se traduzem em
poderes “meios”, abrangendo as ordens que dizem respeito ao
“andamento” processual.
RESPONSABILIDADE DO JUIZ
DECORAR: Tabela das Responsabilidades:
Juiz Dolo ou Fraude
MP Dolo ou Fraude
Escrivão Dolo ou culpa
Oficial de Justiça Dolo ou culpa
Perito Dolo ou culpa
Depositário Dolo ou culpa
Administrador Dolo ou culpa
Intérprete Dolo ou culpa
Art. 133. Responderá por perdas e danos o juiz, quando: I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;
II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência
que deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte.
Parágrafo único. Reputar-se-ão verificadas as hipóteses
previstas no no II só depois que a parte, por intermédio do
escrivão, requerer ao juiz que determine a providência e este não
lhe atender o pedido dentro de 10 (dez) dias.
![Page 16: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/16.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 16
Comentários: a responsabilidade “pessoal” do Juiz SOMENTE
ocorrerá se ele tiver procedido com DOLO ou FRAUDE. Nesse caso, o Juiz responde pela indenização (perdas e danos). A culpa no
exercício da atividade jurisdicional, não acarreta, para o magistrado,
o dever de indenizar.
Note bem: o ato jurisdicional praticado com culpa pode ensejar a
responsabilidade civil contra o Estado. A regra é que o Estado
responde por perdas e danos (responsabilidade civil objetiva) pelos
danos, que os seus agentes, nessa qualidade (de agente público),
causem a terceiras pessoas, independente de culpa! É que os agentes
públicos praticam ato em “nome” e por conta do Estado; os atos
praticados pelos agentes públicos são imputados ao Estado. Como
este assunto é eminente constitucional, não vou me deter a ele (basta decorar as tabelas).
Responsabilidade do Juiz
DOLO ou FRAUDE
Recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providênciaque deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte. Mas nesse
caso, só depois que a parte, requerer ao juiz e este não lhe
atender o pedido dentro de 10 (dez) dias.
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
Você viu que o Juiz deve tratar as partes com igualdade, de forma
igualitária, com isonomia (tratamento isonômico). As partes figuram
numa posição de igualdade no processo. Para tanto, o Juiz deve ser
imparcial. Ser imparcial significa não privilegiar, não beneficiar
ninguém. Juiz imparcial é aquele justo, reto, equitativo. A
imparcialidade do Juiz é atributo necessário para que possa julgar.
Assim, impõe-se a “imparcialidade”, que constitui um dos
pressupostos processuais (a ser estudado na aula 06).
Ao contrário, Juiz parcial é aquele que privilegia uma das partes, ouque faz presumir que possa privilegiar! A parcialidade do Juiz pode
ser: impedimento e suspeição.
![Page 17: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/17.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 17
IMPEDIMENTO: as hipóteses de impedimento são de naturezaobjetiva (aspecto da função jurisdicional; se trata de
obstáculo funcional ao exercício da jurisdição), causam a
parcialidade absoluta (presunção absoluta: presunção iures et
de iure). Não há prazo para a alegação do impedimento (não
há preclusão) e é questão de ordem pública (o Juiz deve
pronunciar de ofício e pode ser alegada a qualquer tempo – em
qualquer fase processual – e em qualquer grau de jurisdição),
afastando-se do processo. Constitui matéria de objeção
processual.
SUSPEIÇÃO: as hipóteses de suspeição são de natureza subjetiva
(aspecto da pessoa do Juiz), causam a parcialidade relativa(presunção relativa: presunção iures tantun, admitindo prova
em contrário). Há prazo para alegar (sob pena de preclusão =
perda do direito de alegar a suspeição).
QUADRO DAS DIFERENÇAS
IMPEDIMENTO SUSPEIÇÃO
Natureza objetiva Natureza subjetiva
Parcialidade absoluta Parcialidade relativa
Não há preclusão Há preclusão
Questão de ordem pública Questão de ordem privada
Matéria de objeção processual
Hipóteses
Impedimento – art. 134 Suspeição – art. 135
É defeso (proibido) ao juiz
exercer as suas funções no
processo contencioso ou
voluntário:
Reputa-se fundada a suspeição
de parcialidade do juiz, quando:
I - de que for parte
I - amigo íntimo ou inimigocapital de qualquer das partes;
![Page 18: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/18.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 18
II - em que interveiocomo mandatário da parte,
oficiou como perito, funcionou
como órgão do Ministério
Público, ou prestou depoimento
como testemunha;
II - alguma das partes for credora ou
devedora do juiz, de seu
cônjuge ou de parentes destes,
em linha reta ou na colateral até
o terceiro grau;
III - que conheceuem primeiro grau de
jurisdição, tendo-lhe proferido
sentença ou decisão;
III - herdeiropresuntivo, donatário ou
empregador de alguma das
partes;
IV - quando nele estiver postulando, como
advogado da parte, o seu
cônjuge ou qualquer parente
seu, consanguíneo ou afim,
em linha reta; ou na linha
colateral até o segundo grau;
IV - receber dádivas antes ou depois de
iniciado o processo; aconselhar
alguma das partes acerca do
objeto da causa, ou subministrar
meios para atender às despesas
do litígio;
V - quando cônjuge,
parente, consanguíneo ou
afim, de alguma das partes,
em linha reta ou, na colateral,
até o terceiro grau;
V - interessado nojulgamento da causa em favor
de uma das partes.
VI - quando forórgão de direção ou de
administração de pessoa
jurídica, parte na causa.
Parágrafo único. Poderá ainda o
juiz declarar-se suspeito por
motivo íntimo.
![Page 19: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/19.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 19
Parágrafo único. No caso do no
IV, o impedimento só se
verifica quando o advogado já
estava exercendo o patrocínio
da causa; é, porém, vedado ao
advogado pleitear no processo, a
fim de criar o impedimento do juiz.
Vamos às explicações:
Impedimento – art. 134 Suspeição – art. 135
É defeso (proibido) ao juiz
exercer as suas funções no
processo contencioso ou
voluntário:
Reputa-se fundada a suspeição
de parcialidade do juiz, quando:
I - de que for parte: se o Juiz é
parte do processo, está proibido funcionar como Juiz. Ele não
pode julgar a causa de que ele
próprio é parte.
I - amigo íntimo ou inimigo
capital de qualquer das partes: o Juiz é amigo ou inimigo de uma
das partes. Obviamente que, pelo
menos em tese, acredita-se que
julgaria a favor do amigo ou
contra o inimigo.
II - em que interveio como
mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como
órgão do Ministério Público, ou
prestou depoimento como
testemunha: aqui, o Juiz já
participou do processo como
procurador (advogado) da parte
ou como perito ou como
promotor de justiça (MP) ou
testemunha. Ele pode, p. ex.,
ter sido advogado ou perito da
parte e após, ser aprovado no
concurso de Juiz. Pode também ter sido testemunha... enfim,
nesses casos não poderá atuar
como Juiz.
II - alguma das partes for
credora ou devedora do juiz,de seu cônjuge ou de parentes
destes, em linha reta ou na
colateral até o terceiro grau: a
parte é credora ou devedora
do Juiz, do cônjuge do Juiz ou
de parente do Juiz (linha reta
ou colateral até terceiro grau).
III - que conheceu em
primeiro grau de jurisdição,
tendo-lhe proferido sentença ou decisão: nesse caso, o Juiz
III - herdeiro presuntivo,
donatário ou empregador de
alguma das partes: Herdeiro presuntivo, ou presumido, é o
![Page 20: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/20.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 20
julgou (sentença) o processo em
primeira instância. Agora ele está
no Tribunal de Justiça (segunda
instância) como desembargador.
Ora, não teria sentido algum para
a parte que interpôs um recurso
(porque inconformada com a decisão) ter um novo julgamento
pelo mesmo Juiz. Ele tenderia a
proferir a mesma decisão
anterior. Não pode o Juiz julgar
em grau de recurso, processo em
que tenha proferido sentença.
que presumivelmente herdará
quando da morte de parente ou
do cônjuge, por estar situado em
primeiro lugar na linha
sucessória, ou se encontrar
expressamente contemplado em
testamento. Juiz donatário é o que foi beneficiado, por qualquer
das partes, por ato de
liberalidade, isto é, por doação de
coisa ou direito economicamente
apreciável.
IV - quando nele estiver
postulando, como advogado
da parte, o seu cônjuge ou
qualquer parente seu,
consanguíneo ou afim, em
linha reta; ou na linha
colateral até o segundo grau:
Parentesco do Juiz com o
advogado da parte (Parente
Advogado): o cônjuge do Juiz é
advogado de uma das parte ou
qualquer parente do Juiz
(parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o
segundo grau) é advogado de
uma das partes. São parentes
em linha reta: a) consanguíneos:
pais, avós, bisavós, trisavós,
filhos, netos, bisnetos, trinetos;
b) afins: sogro, genro, nora,
padrasto, madrasta, enteados. O
parente em linha reta não sofre
limitação de grau.
Cuidado! Quando o parentesco
do Juiz com o advogado da parte é na linha colateral, o
impedimento só se verifica até o
segundo grau.
IV - receber dádivas antes ou
depois de iniciado o processo;
aconselhar alguma das partes
acerca do objeto da causa, ou
subministrar meios para atender
às despesas do litígio: receber
dádivas significa receber
presentes, doações. Aconselhar a
parte sobre o que deve fazer nos
autos também torna o Juiz
suspeito.
V - quando cônjuge, parente,
consanguíneo ou afim, de
alguma das partes, em linha reta ou, na colateral, até o
V - interessado no julgamento
da causa em favor de uma das
partes: por exemplo, o Juiz que é fiador de uma das partes ou
![Page 21: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/21.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 21
terceiro grau: Parentesco do
Juiz com a parte (Parente NÃO
Advogado): aqui o próprio Juiz é
cônjuge, parente
(consanguíneo ou afim, em linha
reta ou colateral até o terceiro
grau) de algumas das partes. Cuidado! O parentesco do Juiz
com a parte na linha colateral é
até o terceiro grau!
Não confundir também o inciso
IV com o inciso V.
Trago abaixo a tabela apenas
para exemplificar. Não vá sair
decorando a tabela não!
uma promessa da parte de
vender o bem, objeto do litígio,
ao Juiz.
VI - quando for órgão de
direção ou de administração
de pessoa jurídica, parte na
causa: o Juiz ocupa órgão de
direção ou administração na
empresa que é parte na causa.
Parágrafo único. Poderá ainda o
juiz declarar-se suspeito por
motivo íntimo. O Juiz, ao
declarar-se suspeito por motivo
íntimo, afasta-se a causa, que
deve ser remetida ao seu
substituto, não sendo necessário
que mencione o motivo íntimo.
Parágrafo único. No caso do no
IV, o impedimento só se
verifica quando o advogado já
estava exercendo o patrocínio
da causa; é, porém, vedado ao
advogado pleitear no processo, a
fim de criar o impedimento do
juiz: fixado o Juiz do processo pela distribuição ou despacho da
petição inicial, é vedado seu
parente ingressar no processo
como advogado.
![Page 22: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/22.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 22
Não decorar – Quadro meramente ilustrativo
Linha Reta Linha Colateral
Trisavô 4 grau
Bisavô 3 grau
Avô
2 grau
Tio-avô
4 grau
Pai – sogro
1 grau
Tio
3 grau
Filho do Tio-avô
5 grau
VOCÊ Irmão 2 grau
Primo 4 grau
Neto do tio-avô 6 grau
Filho 1 grau Sobrinho
3 grau
Filho do primo
5 grau
Bisneto do tio-avô
7 grau
Neto 2 grau Neto do irmão
4 grau
Neto do primo
6 grau
Trineto do tio-avô
8 graus
Bisneto 3 grau Bisneto do irmão
5 grau
Bisneto do primo
7 grau
Trineto 4 grau Trineto do irmão 6 grau
Trineto do primo 8 grau
Ufa! Dito tudo isto, você com certeza deve estar dizendo assim: meu
Deus, estava indo tudo tão bem antes desse impedimento e dessa
suspeição! Professora, como vou fazer para decorar tudo isso? E
mais: saber quando o parentesco é de segundo ou terceiro grau?
Bem simples: seguem as tabelas, dicas, bizus, macetes para marcar
o “X” na questão certa:
SUSPEIÇÃO: Primeira dica: decore esta frase:
Veja:
Suspeição
AI AI (Amigo íntimo/Inimigo capital)
CIDA CIDA (Credor/Devedor)
HERDOU HERDOU (Herdeiro)
DADIVAS DADIVAS (receber dádivas)
INTERESSANTES INTERESSANTES (Interesse) DO
(Donatário) EMPREGADOR
Pronto! Simples assim! (rsrs) não vai errar NENHUMA questão!
AI, Suspeito que CIDA HERDOU DÁDIVAS INTERESSANTES
DO EMPREGADOR
AI (Amigo intimo Inimigo capital), Suspeito (suspeição) que CIDA
(Credor Devedor) HERDOU (Herdeiro) DÁDIVAS
INTERESSANTES (interesse) DO (Donatário) EMPREGADOR
![Page 23: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/23.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 23
IMPEDIMENTO e SUSPEIÇÃO: Segunda dica:
Terceira dica:
Continuemos:
Turma
Relator Revisor Terceiro julgador
Parentes
O Relator é o primeiro a conhecer a causa; impede que o segundo
(Revisor) participe do julgamento! Nesse caso, o segundo remete o processo ao seu substituto.
PARENTE ADVOGADO = 2º GRAU (inciso IV)
PARENTE NÃO ADVOGADO = 3º GRAU (inciso V)
SUSPEIÇÃO + PARENTESCO = 3º GRAU
Art. 136. Quando dois ou mais juízes forem parentes,
consanguíneos ou afins, em linha reta e no segundo grau na
linha colateral, o primeiro, que conhecer da causa no tribunal,
impede que o outro participe do julgamento; caso em que o
segundo se escusará, remetendo o processo ao seu substituto
legal. Explico:
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Seções Cíveis Seções Criminais
1ª Câmara Cível:
TURMAS
Composta de 3
julgadores
2ª Câmara Cível
1ª Câmara Criminal
2ª Câmara Criminal
Não há IMPEDIMENTO decorrente de relação de AMIZADE.
Não há SUSPEIÇÃO decorrente de relação com ADVOGADO.
![Page 24: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/24.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 24
Comentários:
Impedimento e Suspeição
Se aplicam: Não se aplicam:
Ministério Público (Quando
NÃO for parte e, quando for
parte, se aplica somente nas
hipótese I a IV do art. 135)
Assistente Técnico
Serventuário de justiça
Perito
Intérprete
Como alegar o “INCIDENTE” de impedimento/suspeição: Parágrafo
primeiro do art. 138:
Com a alegação de impedimento ou suspeição, forma-se um“incidente processual”. Significa "imprevisto", “acidente". Surge no
curso do processo, devendo ser decidida pelo juiz antes da causa ou
questão principal, sendo acessória em relação à questão principal.
Exemplo: você está indo de carro de Brasília a cidade de
Taguatingua. O pneu do carro fura; surgiu um incidente, acidente.
Você pode prosseguir? Não! primeiro, tem que consertar o pneu,
para, então prosseguir. É a mesma “coisa” no incidente processual.
Art. 137. Aplicam-se os motivos de impedimento e suspeição
aos juízes de todos os tribunais. O juiz que violar o dever de
abstenção, ou não se declarar suspeito, poderá ser recusado por
qualquer das partes (art. 304).
Art. 138. Aplicam-se também os motivos de impedimento e
de suspeição:
I - ao órgão do Ministério Público, quando não for parte, e, sendo
parte, nos casos previstos nos ns. I a IV do art. 135;
II - ao serventuário de justiça;
III - ao perito;
IV - ao intérprete.
§ 1o A parte interessada deverá arguir o impedimento ou a
suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na
primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos; o juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão da
causa, ouvindo o arguido no prazo de 5 (cinco) dias, facultando a
prova quando necessária e julgando o pedido.
§ 2o Nos tribunais caberá ao relator processar e julgar o incidente.
![Page 25: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/25.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 25
Observe o desenho:
Parte
(na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos)
Causa principal
“correm”
separados
Não se suspende Ouve o arguido em 5 dias e decide
Repito: Com a alegação de impedimento ou suspeição, forma-se um
“incidente processual”.
Significa "imprevisto", “acidente".
Surge no curso do processo, devendo ser decidida pelo juiz antes da
causa ou questão principal, sendo acessória em relação à questãoprincipal. NÃO SUSPENDE A AÇÃO PRINCIPAL!
Exemplo: você está indo de carro de Brasília a cidade de
Taguatingua. O pneu do carro fura; surgiu um incidente, acidente.
Você pode prosseguir? Não! primeiro, tem que consertar o pneu,
para, então prosseguir. É a mesma “coisa” no incidente processual.
PETIÇÃO
(fundamentada)
Alegando o
Impedimento ou
a Suspeição
Processo
Principal
Processo
INCIDENTE
![Page 26: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/26.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 26
ÓRGÃOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
Dica, Bizu (decorar):
D Depositário
O Oficial de Justiça
E Escrivão
P Perito
I Intérprete
Á Administrador
AUXILIARES PERMANENTES DA JUSTIÇA: Escrivão e Oficial de
Justiça.
AUXILIARES EVENTUAIS DA JUSTIÇA: Perito, Depositário,
Administrador e Intérprete.
Você já aprendeu que os Juízes e Tribunais são os órgãos
jurisdicionais ou judicantes do Poder Judiciário, que conhecem e
decidem dos conflitos de interesses, por provocação das partes(interessados). Ao desempenhar sua função jurisdicional, necessitam
da colaboração e do auxílio de outras pessoas, cujas atividades
consistem na realização de atos processuais, a sua
documentação, bem como a movimentação do processo para o
fim a que visa, a formação e desenvolvimento do processo.
Os auxiliares da Justiça são os órgãos ou as pessoas a quem a
lei atribui o encargo de realizar os serviços complementares à
jurisdição, sob a autoridade do juiz. Existem auxiliares da Justiça
perante órgãos judiciários de todos os graus, desde as varas, onde os
juízes exercem a jurisdição, até aos tribunais de superposição (STF e
STJ).
DOE, PIÁ
Art. 139. São auxiliares do juízo, além de outros, cujas
atribuições são determinadas pelas normas de organização
judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o
depositário, o administrador e o intérprete.
![Page 27: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/27.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 27
Os auxiliares da justiça, ou do juízo, de acordo com o artigo 139 doCódigo de Processo Civil, são responsáveis, portanto, pelos demais
atos necessários ao desfecho da causa que não sejam de
responsabilidade exclusiva do juiz.
Respondem por condutas dolosas ou culposas que pratiquem no
exercício de suas atribuições. Face à necessária imparcialidade com
que devem atuar, sujeitam-se à arguição de impedimento ou
suspeição, conforme artigo 138.
Do Serventuário e do Oficial de Justiça
Serventuário: Aquele que serve em emprego ou ofício, funcionário dajustiça (escrivães, oficiais de registros públicos etc.).
O Escrivão: Depois do juiz, o escrivão é o mais importante dos
órgãos que compõe o juízo. Sua função recebe o nome de Ofício de
Justiça, consoante artigo 140 do Código de Processo Civil.
O Cartório (Secretaria) é o estabelecimento por ele dirigido no qual
podem servir outros funcionários subalternos, como os escreventes,
cuja função é regulada pelas normas de organização judiciária.
Atribuições do escrivão:
São várias as funções do escrivão. Algumas autônomas: a
documentação, certificação, movimentação dos autos etc.; outras são vinculadas à ordem judicial: citações e intimações.
O artigo 141 enumera suas atribuições de forma exemplificativa (não
exaustiva), prevendo seu inciso II outras funções.
O inciso I estabelece que o escrivão possui atribuição de redigir, na
forma da lei, os ofícios, os mandados, as cartas precatórias e demais
Art. 140. Em cada juízo haverá um ou mais ofícios de justiça, cujas
atribuições são determinadas pelas normas de organização
judiciária.
Art. 141. Incumbe ao escrivão:
I - redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas
precatórias e mais atos que pertencem ao seu ofício;
![Page 28: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/28.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 28
atos que pertençam ao seu ofício (p. ex., redigir depoimento pessoaldas partes, testemunhas e dos termos). Todos esses atos serão
estudados em detalhes na aula “Atos Processuais”.
O inciso II trata da incumbência de atender às ordens do Juiz,
promovendo citações e intimações que não sejam realizadas,
pessoalmente, mediante oficial de justiça.
Prevê ainda, conforme antes referido, a prática pelo escrivão de
outros atos que as normas de organização judiciária lhe atribuam.
O inciso III dispõe sobre a obrigação de comparecimento do escrivão
em audiência, documentando todo o trabalho nela realizado, com a
posterior lavratura do respectivo termo. Na hipótese de
impossibilidade de comparecimento, designará escrevente
juramentado, preferencialmente datilógrafo ou taquígrafo.
II - executar as ordens judiciais, promovendo citações e
intimações, bem como praticando todos os demais atos, que lhe
forem atribuídos pelas normas de organização judiciária;
III - comparecer às audiências, ou, não podendo fazê-lo, designar
para substituí-lo escrevente juramentado, de preferência
datilógrafo ou taquígrafo;
IV - ter, sob sua guarda e responsabilidade, os autos, não
permitindo que saiam de cartório, exceto:
a) quando tenham de subir à conclusão do juiz;
b) com vista aos procuradores, ao Ministério Público ou à Fazenda
Pública;
c) quando devam ser remetidos ao contador ou ao partidor;
d) quando, modificando-se a competência, forem transferidos a
outro juízo;
![Page 29: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/29.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 29
A guarda e a responsabilidade pelos autos são tratadas no inciso IV,não devendo o escrivão permitir sua saída do cartório, salvo: a)
quando tenham de subir à conclusão; b) com vistas aos
procuradores, ao Ministério Público, ou à Fazenda Pública; c) quando
devam ser remetidos ao contador ou ao partidor; d) quando,
modificando-se a competência, forem transferidos a outro juízo,
hipótese esta distinta das demais, por tratar-se de saída definitiva
dos autos. Observa-se, no entanto, que a disposição do inciso é
incompleta, carecendo de referência a outras hipóteses de saída dos
autos, como a remessa à superior instância, ao distribuidor, para
exame pericial etc.
O inciso V atribuiu ao escrivão a função de certificar, independente de
despacho, qualquer ato ou termo do processo, observando sempre o
no artigo 155 do CPC, independentemente de determinação judicial,
bastando para tanto que simples solicitação, verbal ou escrita, de
qualquer cidadão. Os processos que tramitam em segredo de justiça
são exceção à regra, necessitando de autorização judicial. As
afirmações que o escrivão, e demais auxiliares da justiça, fizerem no
exercício de suas respectivas atividades presumem-se verdadeiras,
pois, eles gozam de fé pública.
O escrivão pode ser substituído no caso de impedimento para prática
de algum ato. A substituição, em qualquer das hipóteses, deverá ser
por escrevente juramentado, escrivão substituto ou ad hoc
(nomeação, pelo juiz, de pessoa idônea para prática daquele ato em
específico).
Oficial de Justiça: responsável pela execução dos
procedimentos que tenham repercussão externa ao juízo. Os
oficiais de justiça são os mensageiros e executores de ordens
judiciais. Suas tarefas estão previstas no artigo 143 do Código de
Processo Civil.
V - dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer
ato ou termo do processo, observado o disposto no art. 155.
Art. 142. No impedimento do escrivão, o juiz convocar-lhe-á o
substituto, e, não o havendo, nomeará pessoa idônea para o
ato.
![Page 30: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/30.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 30
O inciso I elenca as atribuições de citações, prisões, penhoras,
arrestos e outras diligências próprias do ofício, incluindo os
sequestros, buscas e apreensões etc. Deverá, em todas elas,
certificar no respectivo mandado, o lugar, dia e hora do ocorrido. Estas medidas, sempre que possível, devem ser praticadas na
presença de duas testemunhas.
Pelo inciso II, o oficial de justiça deve atender as ordens do juiz a que
estiver subordinado.
O inciso III dispões sobre a obrigatoriedade da entrega em cartório
do mandado cumprido após realizadas as diligências.
Muito comum as “pegadinhas” em concurso: O oficial de justiça deve entregar, em cartório, em 5 dias (ou em 10 dias, etc.) o mandado
cumprido (errado). Veja que ele deve entregar logo após o cumprimento.
O inciso IV trata da presença do oficial de justiça em audiência para
auxiliar o juiz na manutenção da ordem, devendo, por exemplo, fazer a retirada de alguém da sala de audiência que porventura esteja
perturbando a ordem pública.
Da mesma forma que o escrivão, o oficial de justiça goza de fé
pública e responde civilmente por seu atos na forma do artigo 144 do
CPC.
Art. 143. Incumbe ao oficial de justiça: atribuições:
I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras,
arrestos e mais diligências próprias do seu ofício, certificando no
mandado o ocorrido, com menção de lugar, dia e hora. A
diligência, sempre que possível, realizar-se-á na presença de
duas testemunhas;
II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;
III - entregar, em cartório, o mandado, logo depois de
cumprido;
IV - estar presente às audiências e coadjuvar o juiz namanutenção da ordem.
![Page 31: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/31.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 31
Responsabilidade do Escrivão e do Oficial de Justiça:
O escrivão e seus auxiliares estão sujeitos à responsabilidade civil
quando, sem justo motivo, se recusarem a cumprir, dentro do prazo,
os atos legalmente a eles impostos ou que o juiz os tenham
incumbido ou, ainda, quando praticarem atos nulos com dolo ou
culpa.
DECORAR: Tabela das Responsabilidades:
Juiz Dolo ou Fraude
MP Dolo ou Fraude
Escrivão Dolo ou culpa
Oficial de Justiça Dolo ou culpa
Perito Dolo ou culpa
Depositário Dolo ou culpa
Administrador Dolo ou culpa
Intérprete Dolo ou culpa
Responsabilidade do Escrivão e do Oficial de Justiça
DOLO ou CULPA
sem justo motivo, se recusarem a cumprir, dentro do prazo, os
atos que lhes impõe a lei, ou os que o juiz, a que estão
subordinados, lhes comete;
Do Perito
PERITO: O perito é o profissional que possui conhecimentos
técnicos e científicos, e, por isso, auxilia o juiz no descobrimento
da verdade sobre determinado fato.
Art. 144. O escrivão e o oficial de justiça são civilmente
responsáveis:
I - quando, sem justo motivo, se recusarem a cumprir, dentro
do prazo, os atos que lhes impõe a lei, ou os que o juiz, a que
estão subordinados, lhes comete;
II - quando praticarem ato nulo com dolo ou culpa.
![Page 32: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/32.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 32
O perito é pessoa estranha ao quadro de funcionários permanentesda justiça, escolhido pelo juiz para atuar, mediante remuneração
paga pelas partes (artigo 33, CPC).
Como auxiliar do juízo, ao perito aplicam-se os motivos de
impedimento e suspeição previstos no artigo 138 do Código de
Processo Civil.
Nomeado pelo juízo, a regra é que o perito investe-se de função
pública, devendo cumprir seu ofício dentro do prazo legal.
No entanto, poderá não aceitar o encargo, a atribuição, alegando
motivo legítimo, que deverá ser apresentado no prazo máximo de
cinco dias contados da intimação ou do impedimento superveniente.A escusa significa desculpa, razão pela qual uma pessoa alega para
desculpar-se ou desculpar alguém: apresentar uma escusa, razão ou
Art. 146. O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo
que lhe assina a lei, empregando toda a sua diligência; pode,
todavia, escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.
Parágrafo único. A escusa será apresentada dentro de 5 (cinco)
dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob
pena de se reputar renunciado o direito a alegá-la (art. 423).
Art. 145. Quando a prova do fato depender de conhecimento
técnico ou científico, o juiz será assistido por perito, segundo
o disposto no art. 421.
§ 1o Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível
universitário, devidamente inscritos no órgão de classe
competente, respeitado o disposto no Capítulo Vl, seção Vll, deste
Código.
§ 2o Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria
sobre que deverão opinar, mediante certidão do órgão
profissional em que estiverem inscritos.
§ 3o Nas localidades onde não houver profissionais
qualificados que preencham os requisitos dos parágrafos
anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha do
juiz.
![Page 33: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/33.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 33
pretexto invocado para se eximir de uma obrigação, negando suacolaboração.
DICA, BIZU:
Responsabilidade do Perito:
Art. 147. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações
inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará
inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras perícias e
incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.
DECORAR: Tabela das Responsabilidades:
Juiz Dolo ou Fraude
MP Dolo ou Fraude
Escrivão Dolo ou culpa
Oficial de Justiça Dolo ou culpa
Perito Dolo ou culpa
Depositário Dolo ou culpa
Administrador Dolo ou culpa
Intérprete Dolo ou culpa
Responsabilidade do Perito
DOLO ou CULPA
Prestar informações inverídicas
Sanção Civil: Responderá pelos prejuízos que causar à parte.
Sanção Administrativa: Ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, a
funcionar em outras perícias.
Sanção Penal: Incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.
ART. 146: A ESCUSA DO PERITO: SERÁ APRESENTADA
DENTRO DE CINCO DIAS
Dica: A ESCUSA DO PERITO TEM UM PIRCING
Pircing: P, de Perito e cin (de cinco).
![Page 34: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/34.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 34
Do Depositário e do Administrador
O artigo 148 do CPC dispõe que a guarda e a conservação dos bens
penhorados, arrestados, sequestrados ou arrecadados serão
confiados ao depositário ou administrador, que deverá zelar por sua
guarda e conservação, evitando que se extraviem ou se deteriorem.
O Depositário possui uma função preponderantemente deguarda e conservação. O Administrador, além das
responsabilidades de depositário, tem a incumbência
complementar de manter em atividade e produção o
estabelecimento penhorado.
Ambos são remunerados. O valor da remuneração será fixado pelo
Juiz, levando em consideração à situação do bem, ao tempo do
serviço e às dificuldades de sua execução.
No artigo 150 está prevista a responsabilidade do depositário e do
administrador pelos prejuízos causados à(s) parte(s) decorrentes de
dolo ou culpa no exercício de suas funções, estabelecendo, inclusive, a perda da remuneração que lhe fora arbitrada pelo juízo, ressalvado,
todavia, o direito de haver eventuais despesas por ele despendidas
no exercício do cargo.
Art. 148. A guarda e conservação de bens penhorados,
arrestados, sequestrados ou arrecadados serão confiadas a
depositário ou a administrador, não dispondo a lei de outro
modo.
Art. 149. O depositário ou administrador perceberá, por seu
trabalho, remuneração que o juiz fixará, atendendo à situação
dos bens, ao tempo do serviço e às dificuldades de sua execução.
Parágrafo único. O juiz poderá nomear, por indicação do depositário ou do administrador, um ou mais prepostos.
Art. 150. O depositário ou o administrador responde pelos
prejuízos que, por dolo ou culpa, causar à parte, perdendo a
remuneração que lhe foi arbitrada; mas tem o direito a haver o
que legitimamente despendeu no exercício do encargo.
![Page 35: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/35.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 35
DECORAR: Tabela das Responsabilidades:
Juiz Dolo ou Fraude
MP Dolo ou Fraude
Escrivão Dolo ou culpa
Oficial de Justiça Dolo ou culpa
Perito Dolo ou culpa
Depositário Dolo ou culpa
Administrador Dolo ou culpa
Intérprete Dolo ou culpa
Responsabilidade do Depositário e Administrador
DOLO ou CULPA
Pelos prejuízos que causar
Perde a remuneração
Do Intérprete
Intérprete é o profissional que traduz para o vernáculo, de modo que
todos os interessados no pleito entendam, o que a parte, assistente,
testemunha ou outra pessoa exprimiu no processo.
Vernáculo é o nome que se dá à língua nativa de um país ou de uma
localidade. Não raras vezes é necessário colher o depoimento pessoal
de um estrangeiro. O Juiz não conhece todas as línguas, por isso se
Art. 151. O juiz nomeará intérprete toda vez que o repute necessário para:
I - analisar documento de entendimento duvidoso, redigido
em língua estrangeira;
II - verter em português as declarações das partes e das
testemunhas que não conhecerem o idioma nacional;
III - traduzir a linguagem mímica dos surdos-mudos, que
não puderem transmitir a sua vontade por escrito.
![Page 36: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/36.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 36
utiliza de um tradutor juramentado. E em caso de dúvida no texto játraduzido, se serve do intérprete. A atribuição do intérprete é
semelhante à do perito no auxílio ao Juiz, sempre que este necessite.
São três hipóteses de nomeação de intérprete:
No inciso I: para análise de documento redigido em língua
estrangeira, não se confundindo com o tradutor juramentado (art.
157). A diferença é que o intérprete deverá analisar dúvidas (se
houver), em alguma parte do texto, do documento já traduzido pelo
tradutor juramentado. O intérprete não realiza a tradução integral do
documento. O inciso II prevê a versão para o português de
declarações das partes ou testemunhas que não conheçam o idioma.
Abrange também, por consequência, a tradução das perguntas do
juiz e das partes para a língua do depoente de modo que este possa respondê-las. O inciso III prevê a tradução da linguagem dos surdos-
mudos que não puderem manifestar sua vontade por escrito.
O artigo 152 dispõe sobre as hipóteses de impedimento do exercício
da função. O inciso I exclui aqueles que não tiverem a livre
administração de seus bens (p. ex., absolutamente incapazes: osmenores de 18 anos não emancipados).
O inciso II afasta aqueles que foram arrolados como testemunhas, ou
servem como perito no processo por terem algum tipo de contato
prévio com o processo. O inciso III exclui os que estiverem
inabilitados ao exercício da função mediante sentença penal
condenatória, enquanto durar a condenação.
Art. 152. Não pode ser intérprete quem:
I - não tiver a livre administração dos seus bens;
II - for arrolado como testemunha ou serve como perito no
processo;
III - estiver inabilitado ao exercício da profissão por sentença penal
condenatória, enquanto durar o seu efeito.
Art. 153. O intérprete, oficial ou não, é obrigado a prestar o
seu ofício, aplicando-se-lhe o disposto nos arts. 146 e 147.
![Page 37: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/37.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 37
A mesma obrigatoriedade, por parte do interprete, de auxiliar ajustiça quando chamado pelo magistrado, aplicando-lhe o mesmo
regramento ao qual se sujeita o perito, consoante o quanto disposto
no artigo 146 e 147.
Responsabilidade do Intérprete:
DECORAR: Tabela das Responsabilidades:
Juiz Dolo ou Fraude
MP Dolo ou Fraude
Escrivão Dolo ou culpa
Oficial de Justiça Dolo ou culpa
Perito Dolo ou culpa
Depositário Dolo ou culpa
Administrador Dolo ou culpa
Intérprete Dolo ou culpa
Responsabilidade do Intérprete
DOLO ou CULPA
Prestar informações inverídicas
Vamos às questões? Então mãos à obra:
QUESTÕES
01. (TRF2ªregião/FCC/2012/Técnico Judiciário/Área Administrativa)
NÃO se inclui dentre os auxiliares da justiça o
a) perito.
b) intérprete.
c) administrador.
d) oficial de justiça.
e) advogado.
Comentários: Dica, Bizu (decorar):
D Depositário
O Oficial de Justiça
E Escrivão
P Perito
I Intérprete
Á Administrador
DOE, PIÁ
![Page 38: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/38.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 38
Auxiliares Permanentes da justiça: Escrivão e Oficial de Justiça.
Auxiliares eventuais da justiça: Perito, Depositário, Administrador
e Intérprete.
Gabarito: e
02. (FAURGS/2010/TJ-RS/Oficial Escrevente) Conforme o artigo 143
do Código de Processo Civil, incumbe ao oficial de justiça
a) designar pessoa para efetuar as citações, prisões, penhoras,
arrestos. b) realizar diligências, sempre na presença de testemunhas.
c) entregar o mandado em cartório no prazo de até 15 (quinze)
dias após seu cumprimento.
d) executar as ordens do juiz a que estiver subordinado.
e) redigir, em forma legal, os ofícios, mandados e cartas
precatórias. Comentários:
Gabarito: d
03. (FCC/2012/TRF/2ªregião/Técnico Judiciário/Área Administrativa)
O juiz
a) apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias
constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes.
Art. 139. São auxiliares do juízo, além de outros, cujas
atribuições são determinadas pelas normas de organização
judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o
depositário, o administrador e o intérprete.
Art. 143. Incumbe ao oficial de justiça: atribuições:
I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e maisdiligências próprias do seu ofício, certificando no mandado o ocorrido, com
menção de lugar, dia e hora. A diligência, sempre que possível, realizar-se-á
na presença de duas testemunhas;
II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;
III - entregar, em cartório, o mandado, logo depois de cumprido;
IV - estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.
V - efetuar avaliações.
![Page 39: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/39.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 39
b) só poderá tentar conciliar as partes na audiência de conciliaçãoespecialmente designada para esse fim.
c) poderá decidir a lide fora dos limites em que foi proposta,
conhecendo de questões não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a
iniciativa da parte.
d) não poderá ordenar a produção de provas necessárias à instrução
do processo sem expresso requerimento das partes.
e) poderá deixar de sentenciar alegando lacuna ou obscuridade da lei.
Comentários:
A alternativa “a” (apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos
e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas
partes) está correta. As bancas de concursos adoram esta questão.
Art. 131 do CPC. É o princípio do livre convencimento motivado/persuasão racional.
Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas
partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe
formaram o convencimento.
A alternativa “b” (SÓ poderá tentar conciliar as partes NA
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO especialmente designada para esse
fim) está errada: Art. 125, IV. Art. 125. O juiz dirigirá o processo
conforme as disposições deste Código, competindo-lhe: IV - tentar, a
QUALQUER TEMPO, conciliar as partes.
A alternativa “c” (PODERÁ decidir a lide FORA dos limites em que foi
proposta, conhecendo de questões não suscitadas, a cujo respeito a
lei exige a iniciativa da parte) está errada: Trata-se do Princípio da Congruência ou Adstrição: Art. 128. O juiz decidirá a lide NOS
LIMITES em que foi proposta, sendo-lhe DEFESO conhecer de
questões, NÃO SUSCITADAS, a cujo respeito a lei exige a iniciativa
da parte.
A alternativa “d” (NÃO poderá ordenar a produção de provas
necessárias à instrução do processo SEM EXPRESSO
REQUERIMENTO das partes) está errada: PODER INSTRUTÓRIO:
![Page 40: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/40.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 40
A alternativa “e” (poderá deixar de sentenciar alegando lacuna ou
obscuridade da lei), está errada:
Gabarito: a
04. (FCC/2006/TRT/6ªregião(PE)/Técnico Judiciário/ Área
Administrativa) É certo que o juiz
a) apreciará a prova, atendendo aos fatos e às circunstâncias
constantes dos autos, somente se forem alegadas pelas partes.
b) pode se eximir de sentenciar ou de despachar, alegando lacuna
ou obscuridade da lei.
c) não precisa indicar na sentença os motivos que lhe formaram o
convencimento.
d) responderá por perdas e danos quando, no exercício de suas
funções, proceder com dolo.
e) não poderá, de ofício, determinar as provas necessárias à
instrução do processo.
Comentários: O juiz é o destinatário da prova.
É ele a pessoa que deverá se convencer das provas e motivar seu
convencimento. Poderá, para tanto, definir se há e quais são as provas necessárias, atuando de ofício ou a pedido das partes.
Alternativas “a” e “c” erradas: NUNCA CONFUNDIR o art. 128 com
o art. 131:
Poder instrutório do Juiz: pode determinar prova de ofício.
Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,
determinar as provas necessárias à instrução do processo,
indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Princípio da Inclinabilidade da Jurisdição:
Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar
alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide
caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.
Princípio da Conguência:
Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta,
sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo
respeito a lei exige a iniciativa da parte.
![Page 41: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/41.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 41
Regra da apreciação da prova: O Juiz apreciará livremente a prova
(sempre atentando aos fatos e circunstâncias do processo, mesmo
que esses fatos não tenham sido alegados pelas partes); mas note
que os fatos estão lá dentro do processo. Mesmo apreciando
livremente a prova, deverá indicar, na sentença (regra de
decisão), os motivos que lhe formaram o convencimento.
Regra de decisão: E no momento de proferir a decisão, esta deve
ter como limite do que foi proposto, sendo vedado conhecer de
questões não abordadas pelas partes, questões essas que a lei exige a iniciativa das partes.
Alternativa “b”: Art. 126. O juiz NÃO SE EXIME de sentenciar ou
despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da
lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá
à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.
A Alternativa “e” está errada: Art. 130. Caberá AO JUIZ, DE OFÍCIO
ou a requerimento da parte, DETERMINAR AS PROVAS NECESSÁRIASÀ INSTRUÇÃO DO PROCESSO, indeferindo as diligências inúteis ou
meramente protelatórias.
Princípio do livre convencimento motivado: Art. 131. O juiz
apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não
alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os
motivos que lhe formaram o convencimento.
MEIOS DE INTEGRAÇÃO
Analogia
Costumes
Princípios Gerais do Direito
GERAIS DO DIREITOS DE
EQUIDADE
NÃO É MEIO DE
INTEGRAÇÃO
SÓ nos casos previstos em
lei
![Page 42: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/42.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 42
A Alternativa “d” está correta: Art. 133:
DECORAR: Tabela das Responsabilidades:
Juiz Dolo ou Fraude
MP Dolo ou Fraude
Escrivão Dolo ou culpa
Oficial de Justiça Dolo ou culpa
Perito Dolo ou culpa
Depositário Dolo ou culpa
Administrador Dolo ou culpa
Intérprete Dolo ou culpa
Responsabilidade do Juiz
DOLO ou FRAUDE
Recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência
que deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte. Mas nesse
caso, só depois que a parte, requerer ao juiz e este não lhe
atender o pedido dentro de 10 (dez) dias.
Gabarito: d
05. (FCC/2009/TJ-PI/Técnico Judiciário/Área Administrativa) O juiz,
na condução do processo,
a) pode recusar-se a proferir sentença sempre que não houver
norma legal que discipline o assunto. b) deve assegurar igualdade de tratamento às partes e velar pela
rápida solução do litígio.
c) deve evitar acordo entre as partes, para assegurar o império da
lei.
d) pode sempre decidir por equidade.
e) por iniciativa própria, não pode determinar a realização de
provas.
Comentários: A alternativa “a” está incorreta: art. 126. O juiz não se
exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da
lei.
A alternativa “a” está correta: art. 125. O juiz dirigirá o processo
conforme as disposições deste Código, competindo-lhe: I - asseguraràs partes igualdade de tratamento; II - velar pela rápida solução do
litígio;
A alternativa “a” está incorreta: art. 125, IV. tentar, a qualquer
tempo, conciliar as partes.
![Page 43: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/43.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 43
A alternativa “a” está incorreta: art. 127. O juiz só decidirá porequidade nos casos previstos em lei;
A alternativa “a” está incorreta: art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou
a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à
instrução do processo.
Gabarito: b
06. (FCC/2009/TJ-PA/Analista Judiciário/Oficial de Justiça) O juiz
a) pode conhecer de questões não suscitadas, a cujo respeito a lei
exige a iniciativa da parte.
b) não poderá determinar de ofício a produção de provas
necessárias à instrução do processo.
c) apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos ecircunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas
partes.
d) não poderá indeferir diligências inúteis ou meramente
protelatórias, se formuladas dentro do prazo legal.
e) pode deixar de sentenciar ou despachar, alegando lacuna ou
obscuridade da lei.
Comentários: veja a quantidade questões repetidas (rsrs), graças à
Deus! Para verificar o que está errado nessa questão, reler alguns
artigos do CPC, na parte "Dos Poderes, dos Deveres e da
responsabilidade do Juiz":
Art. 126. O juiz NÃO se exime de sentenciar ou despachar alegando
lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á
aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.
Art. 130. CABERÁ ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,
determinar as provas necessárias à instrução do processo,
indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
NÃO confundir artigos 128 e 131 CPC
Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta,
sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.
Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos
fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não
alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, osmotivos que lhe formaram o convencimento.
![Page 44: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/44.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 44
Gabarito: c
07. (FCC/2007/TJ-PE/Técnico Judiciário/Área Administrativa) Reputa-
se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando
a) interveio no processo como mandatário da parte, oficiou como
perito ou funcionou como órgão do Ministério Público.
b) alguma das partes for credora ou devedora de seu cônjuge ou
de parentes deste, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau.
c) conheceu do processo em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe
proferido sentença ou decisão.
d) no processo estiver postulando, como advogado da parte, o seu
cônjuge ou qualquer parente seu consanguíneo.
e) for cônjuge, parente, consanguíneo ou afim, de alguma das
partes, em linha reta ou, colateral, até o terceiro grau.
Comentários: como foi que ensinei? como foi, como foi? (rsrs): ei,
essa vamos resolver por EXCLUSÃO. Técnica de marcar a resposta
correta: não procure a certa; por exclusão, vá excluindo as erradas:
SUSPEIÇÃO: Primeira dica: decore esta frase:
Suspeição
AI AI (Amigo íntimo/Inimigo capital)
CIDA CIDA (Credor/Devedor)
HERDOU HERDOU (Herdeiro)
DADIVAS DADIVAS (receber dádivas)
INTERESSANTES INTERESSANTES (Interesse) DO
(Donatário) EMPREGADOR
Pronto! Simples assim! (rsrs) não vai errar NENHUMA questão!
AI, Suspeito que CIDA HERDOU DÁDIVAS INTERESSANTES
DO EMPREGADOR
AI (Amigo intimo Inimigo capital), Suspeito (suspeição) que CIDA
(Credor Devedor) HERDOU (Herdeiro) DÁDIVAS
INTERESSANTES (interesse) DO (Donatário) EMPREGADOR
![Page 45: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/45.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 45
IMPEDIMENTOe SUSPEIÇÃO: Segunda dica:
Terceira dica:
E aí? Qual a alternativa correta? Reputa-se fundada a suspeição de
parcialidade do juiz, quando
A alternativa “a”: interveio no processo como mandatário da parte,
oficiou como perito ou funcionou como órgão do Ministério Público.
(IMPEDIMENTO)
A alternativa “b”: alguma das partes for credora ou devedora de seu
cônjuge ou de parentes deste, em linha reta ou na colateral até o
terceiro grau. (CORRETO - SUSPEIÇÃO)
A alternativa “c”: conheceu do processo em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou decisão. (IMPEDIMENTO)
A alternativa “d”: no processo estiver postulando, como advogado da
parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu consanguíneo.
(IMPEDIMENTO)
A alternativa “e”: for cônjuge, parente, consanguíneo ou afim, de
alguma das partes, em linha reta ou, colateral, até o terceiro grau.
(IMPEDIMENTO)
Gabarito: b (rsrs, não perde uma)! É tiro e queda!
08. (FCC/2012/TJ-RJ/Analista Judiciário/Execução de Mandados) O
juiz responderá por perdas e danos quando
a) recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que
deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte.
PARENTE ADVOGADO = 2º GRAU (inciso IV) PARENTE NÃO ADVOGADO = 3º GRAU (inciso V)
SUSPEIÇÃO + PARENTESCO = 3º GRAU
Não há IMPEDIMENTO decorrente de relação de AMIZADE.
Não há SUSPEIÇÃO decorrente de relação com ADVOGADO.
![Page 46: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/46.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 46
b) sua sentença for alterada pelos tribunais.
c) exceder o prazo de noventa dias para término de qualquer
processo.
d) determinar provas que os tribunais entendam desnecessárias.
e) retardar, em qualquer situação, providência inerente ao exercício
de suas funções.
Comentários: essa não tem mais nem graça, né?
DECORAR: Tabela das Responsabilidades:
Juiz Dolo ou Fraude
MP Dolo ou Fraude
Escrivão Dolo ou culpa
Oficial de Justiça Dolo ou culpa
Perito Dolo ou culpa
Depositário Dolo ou culpa
Administrador Dolo ou culpa
Intérprete Dolo ou culpa
Responsabilidade do Juiz
DOLO ou FRAUDE
Recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência
que deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte. Mas nesse
caso, só depois que a parte, requerer ao juiz e este não lhe
atender o pedido dentro de 10 (dez) dias.
Repito o quadro sim! O método é repetitivo + associativo! Seus olhosfotografam, não vai errar NADA!
Gabarito: a
09. (CONSULPLAN/2012/TSE/Analista Judiciário/Área Judiciária)
Analise as seguintes proposições:
I. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição ao
intérprete.
II. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando for
herdeiro presuntivo de alguma das partes.
III. O juiz não pode se declarar suspeito por motivo íntimo.
IV. É defeso ao juiz exercer as suas funções apenas em processos
contenciosos de que for parte.
![Page 47: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/47.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 47
Assinale:
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas a afirmativa IV estiver correta.
c) se apenas a afirmativa II estiver correta.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentários:
Item I) Certo. O art. 138, IV do CPC determina que aplicam-se
também os motivos de impedimento e de suspeição ao intérprete.
Item II) Certo. O art. 135, III do CPC determina que reputa-se
fundada a suspeição de parcialidade do juiz quando herdeiro
presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes.
Item III) Errado. O parágrafo único do art. 135 determina que poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo íntimo.
Item IV) Errado. O art. 134, I do CPC determina que é defeso ao juiz
exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário de
que for parte.
Gabarito: a
10. (MPE/SP/2011/MPE-SP/Promotor de Justiça) O poder instrutório
do Juiz no processo civil
a) depende de requerimento e iniciativa da parte, exclusivamente.
b) é restrito à prova de fatos afirmados por uma parte e
confessados pela parte contrária.
c) é limitado à prova de fatos a cujo favor milita presunção legal
de existência e de veracidade. d) está adstrito à prova de fatos admitidos, no processo, como
incontroversos.
e) é amplo, cabendo-lhe determinar de ofício as provas
necessárias à instrução do processo.
Comentários: Coloquei essa questão, mesmo tendo sido para o
concurso de promotor de justiça (Ministério Público), primeiro porque
aborda o poder instrutório do Juiz, serve para a gente trabalhar o
conceito; segundo, porque você é plenamente capaz de resolver.
Poder instrutório do juiz: No art. 130 do CPC há previsão, do
poder do juiz, determinar de ofício, a produção de provas. Trata-se
de um poder paralelo às partes, visto que em matéria de produção de provas o juiz é sujeito ativo, dando ao processo civil brasileiro um
aspecto inquisitivo, já que o juiz tem AMPLO poder instrutório em
qualquer demanda cível.
Gabarito: e
11. (FCC/2011/TRE-AP/Analista Judiciário/Área Judiciária) Fábio é juiz
de direito na comarca de Barra de Ouro onde tramitam os processos
![Page 48: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/48.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 48
Prata, Bronze e Cobre. No processo Prata ele é herdeiro presuntivo doautor, no processo Bronze ele é amigo intimo do réu e no processo
Cobre ele é cunhado do advogado do autor. Nestes casos, é defeso a
Fábio exercer as suas funções
a) nos processos Bronze e Cobre, somente.
b) no processo Prata, somente.
c) nos processos Prata, Bronze e Cobre.
d) nos processos Prata e Bronze, somente.
e) no processo Cobre, somente.
Comentários: Note que a questão diz: “é defeso” (...) – art. 134. É
“defeso” (casos de impedimento); se a questão tratasse de
suspeição, diria “reputa-se suspeito o Juiz ....”. A questão quer o
impedimento do Juiz. Vamos acertar por exclusão?
Juiz Fábio – Comarca Barra de Ouro
Processo Prata Processo Bronze Processo Cobre
Herdeiro do autor Amigo íntimo do réu Cunhado do
advogado do autor
SUSPEIÇÃO: Primeira dica: decore esta frase:
Suspeição
AI AI (Amigo íntimo/Inimigo capital)
CIDA CIDA (Credor/Devedor)
HERDOU HERDOU (Herdeiro)
DADIVAS DADIVAS (receber dádivas)
INTERESSANTES INTERESSANTES (Interesse) DO
(Donatário) EMPREGADOR
AI, Suspeito que CIDA HERDOU DÁDIVAS INTERESSANTES
DO EMPREGADOR
AI (Amigo intimo Inimigo capital), Suspeito (suspeição) que CIDA
(Credor Devedor) HERDOU (Herdeiro) DÁDIVAS
INTERESSANTES (interesse) DO (Donatário) EMPREGADOR
![Page 49: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/49.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 49
Gabarito: e
12. (FCC/2011/TRE-TO/Analista Judiciário/Área Judiciária) Mara é
juíza de direito. Neste mês recebeu através da distribuição três
processos: A, B e C. No processo A o advogado do autor é o marido
de Mara. No processo B uma das partes é inimiga capital de Mara e
no processo C a autora é empregada de Mara. Nestes casos, Mara
está impedida de exercer as suas funções
a) no processo A.
b) no processo B
c) no processo C. d) nos processos A e B.
e) nos processos A e C.
Comentários:
Mara
Processo A Processo B Processo C
Advogado do autor(marido de Mara)
Inimigo Empregador (Juiz)Empregada (autora)
O único caso de impedimento é o A:
No processo A o advogado do autor é o marido de Mara.
Gabarito: a
13. (TRT/2010/TRT/6ªRegião(PE)Juiz/Prova O Impedimento e a
suspeição:
a) Somente se aplicam ao Juiz.
b) Podem implicar mudança de Juiz, mas não de Juízo.
c) Podem implicar mudança de Juízo, mas não de Juiz.
d) Podem implicar mudança de Juiz e de Juízo.
e) Aplicam-se ao Juiz e ao Juízo.
Comentários: As exceções de impedimento e suspeição dizem
respeito à imparcialidade do Juiz no exercício de sua função. Ora,
juízo significa instância. Não pode haver mudança instância, do grau
de jurisdição. Verificada a hipótese, o Juiz remete os autos ao seu
substituto.
Não há IMPEDIMENTO decorrente de relação de AMIZADE.
Não há SUSPEIÇÃO decorrente de relação com ADVOGADO.
![Page 50: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/50.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 50
Gabarito: b
14. (FCC/2006/TRF/1ªregião/Analista Judiciário/Área Judiciária) O
juiz NÃO está impedido para exercer suas funções no processo
contencioso ou voluntário
a) em que funcionou como órgão do Ministério Público.
b) que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lheproferido sentença ou decisão.
c) quando for órgão de direção ou de administração de pessoa
jurídica, parte na causa.
d) quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de
alguma das partes.
e) quando for parente consanguíneo, de alguma das partes, em
linha colateral até o terceiro grau.
Comentários: A questão quer a hipótese que o Juiz NÃO está
impedido. Dá pra resolver por exclusão: herdeiro, donatário e
empregador são casos de suspeição (ver na tabela da suspeição). Os
casos de impedimento estão no art. 134. É defeso ao juiz exercer as
suas funções no processo contencioso ou voluntário:
I - de que for parte;
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito,
funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento
como testemunha;
III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe
proferido sentença ou decisão;
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu
cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha
reta; ou na linha colateral até o segundo grau;
V - quando cônjuge, parente, consanguíneo ou afim, de alguma das
partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau;
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa
jurídica, parte na causa.
Parágrafo único. No caso do no IV, o impedimento só se verifica
quando o advogado já estava exercendo o patrocínio da causa; é,
porém, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o
impedimento do juiz.
![Page 51: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/51.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 51
Gabarito: d
15. (FCC/2006/TRE-AP/Analista Judiciário/Área Judiciária) É certo que
o juiz
a) somente poderá tentar conciliar as partes em audiência para
esse fim especialmente designada, não podendo fazê-lo em outra
fase do processo. b) deverá eximir-se de sentenciar ou despachar se houver lacuna
ou obscuridade da lei.
c) decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe
defeso conhecer de questões não suscitadas, a cujo respeito a lei
exige a iniciativa da parte.
d) não poderá determinar a produção de provas necessárias à
instrução do processo se não houver requerimento das partes a
respeito.
e) apreciará a prova se atende apenas aos fatos e circunstâncias
alegados pelas partes.
Comentários: A alternativa “a” está errada: Art. 125. O juiz dirigirá o
processo conforme as disposições deste Código, competindo-lhe: IV -
tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes.
A alternativa “b” está errada: Art. 126. O juiz não se exime de
sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No
julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as
havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais
de direito.
A alternativa “c” está correta: Art. 128. O juiz decidirá a lide nos
limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões,
não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.
A alternativa “d” está errada: Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a
requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução
do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente
protelatórias.
A alternativa “e” está errada: Art. 131. O juiz apreciará livremente a
prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos,
ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar, na
sentença, os motivos que lhe formaram o convencimento.
Gabarito: c
![Page 52: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/52.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 52
16. (FCC/2009/TRT/7ªregião(CE)/Analista Judiciário/Área Judiciária)O Juiz, de conformidade com o Código de Processo Civil,
a) sempre poderá decidir um litígio por equidade.
b) está proibido de exercer as suas funções no processo
contencioso ou voluntário quando nele estiver postulando, como
advogado da parte, qualquer parente seu, consanguíneo ou afim na
linha colateral até o segundo grau.
c) poderá se eximir de sentenciar ou despachar alegando lacuna
ou obscuridade da lei.
d) é considerado suspeito para exercer as suas funções no
processo contencioso ou voluntário quando for órgão de direção ou de
administração de pessoa jurídica, parte na causa.
e) é considerado suspeito para exercer as suas funções noprocesso contencioso ou voluntário em que funcionou como órgão do
Ministério Público.
Comentários: A alternativa “a” está errada, art. 127. O juiz só
decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
A alternativa “b” está correta, art. 134, IV. Art. 134. É defeso ao juiz
exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário: IV -
quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu
cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha
reta; ou na linha colateral até o segundo grau.
A alternativa “c” está errada (causa de impedimento e não de
suspeição, art. 134, VI. Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas
funções no processo contencioso ou voluntário: VI - quando for órgão
de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa.
A alternativa “d” está errada (causa de impedimento - art. 134, II.
Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo
contencioso ou voluntário: II - em que interveio como mandatário da
parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do Ministério
Público, ou prestou depoimento como testemunha.
Repetindo: a) sempre poderá decidir um litígio por equidade.
Somente em casos previstos em lei.
b) está proibido de exercer as suas funções no processo contencioso
ou voluntário quando nele estiver postulando, como advogado da
parte, qualquer parente seu, consanguíneo ou afim na linha colateral
até o segundo grau. Certo. Impedimento.
![Page 53: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/53.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 53
c) poderá se eximir de sentenciar ou despachar alegando lacuna ouobscuridade da lei. Não pode.
d) é considerado suspeito para exercer as suas funções no processo
contencioso ou voluntário quando for órgão de direção ou de
administração de pessoa jurídica, parte na causa. Impedimento
e) é considerado suspeito para exercer as suas funções no processo
contencioso ou voluntário em que funcionou como órgão do Ministério
Público. Impedimento.
Gabarito: b
17. (FCC/2010/TRE-AM/Analista Judiciário/Área Administrativa) É
defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou
voluntário quando
a) for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes. b) for parente afim, de alguma das partes, em linha reta ou, na
colateral, até o terceiro grau.
c) alguma das partes for sua credora ou devedora ou de seu
cônjuge.
d) for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma
das partes.
e) aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou
subministrar meios para atender às despesas do litígio.
Comentários: É importante perceber que a questão procura a
hipótese de impedimento do juiz. As demais alternativas constituem o
rol das suspeições.
Gabarito: b
AI, Suspeito que CIDA HERDOU DÁDIVAS INTERESSANTES
DO EMPREGADOR
AI (Amigo intimo Inimigo capital), Suspeito (suspeição) que CIDA
(Credor Devedor) HERDOU (Herdeiro) DÁDIVAS
INTERESSANTES (interesse) DO (Donatário) EMPREGADOR
![Page 54: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/54.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 54
18. (FCC/2009/TJ-PI/Analista Judiciário/Área Administrativa) Emmatéria de valoração da prova pelo juiz, o Código de Processo Civil
adota o princípio da
a) persuasão racional.
b) prova legal.
c) livre convicção.
d) proporcionalidade.
e) oralidade.
Comentários: O sistema adotado pelo legislador brasileiro é o
Sistema da Persuasão Racional do juiz. Sendo o convencimento do
magistrado livre. Porém, ainda que livre, deve ser racional conforme
as provas descritas nos autos processuais.
A valoração da prova deve encontrar-se, necessariamente, contidonos autos do processo, onde o juiz tem o dever de justificá-los e
motivar sua decisão. Isso permite às partes conferirem que a
convicção foi extraída dos autos e que os motivos que o levaram a
determinada sentença chegam racionalmente à conclusão exposta
pelo magistrado.
É importante lembrar que as provas não possuem valor determinado,
sendo apreciadas no contexto e conjuntamente com as demais
provas, ou seja, seu peso é considerado única e exclusivamente pelo
juiz.
No sistema da PERSUASÃO RACIONAL, também conhecido como
sistema da LIVRE CONVICÃO MOTIVADA ou da verdade real, "o juiz
forma livremente o seu convencimento, porém dentro de critérios
racionais que devem ser indicados".
Este princípio está disposto no artigo 131: “Art. 131. O juiz apreciará
livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes
dos autos, ainda que não alegado pelas partes; mas deverá indicar,
na sentença, os motivos que lhe formaram o convencimento.”
Gabarito: a
19. (FCC/2008/TRT/18ªregião(GO)/Analista Judiciário/Área
Administrativa) O juiz
a) não poderá ordenar a produção de provas de ofício, mas
somente a requerimentos das partes.
b) não poderá fundamentar sua decisão em fatos e circunstâncias
constantes dos autos mas não alegados pelas partes.
![Page 55: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/55.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 55
c) que tiver de proferir a sentença em razão de aposentadoria doque concluiu a audiência de instrução, se entender necessário, poderá
mandar repetir as provas já produzidas.
d) não pode exercer suas funções em processo voluntário em que
estiver postulando como advogado da parte parente seu, na linha
colateral em terceiro grau.
e) deve declarar os motivos de sua suspeição, não podendo
declarar-se suspeito por motivo íntimo.
Comentários:
O Princípio da Identidade Física do Juiz consiste no dever que
tem o Juiz que concluiu a audiência de instrução e julgamento de
proferir a sentença de mérito no processo civil. Vincula o Juiz que
concluiu a audiência ao julgamento da lide, salvo se ele estiver
convocado, licenciado, afastado, promovido ou aposentado.
Como DECORAR:
O juiz que concluir a audiência julgará a lide, salvo PLACA:
P Promovido
L Licenciado
A Aposentado
C Convocado
A Afastado
Seu sucessor atuará nos autos e poderá mandar repetir as provas já
produzidas.
Alternativa “a”: não poderá ordenar a produção de provas de ofício,
mas somente a requerimentos das partes. Incorreta!
Princípio da Identidade Física do Juiz e Princípio da
Oralidade:
Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a
audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado,
licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou
aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o juiz que proferir a
sentença, se entender necessário, poderá mandar repetir as
provas já produzidas.
![Page 56: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/56.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 56
Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,determinar as provas necessárias à instrução do processo,
indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Alternativa “b”: não poderá fundamentar sua decisão em fatos e
circunstâncias constantes dos autos mas não alegados pelas partes.
Incorreta!
Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas
partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe
formaram o convencimento.
Alternativa “e”: deve declarar os motivos de sua suspeição, não
podendo declarar-se suspeito por motivo íntimo. Incorreta!
Art. 135,Parágrafo único. Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito pormotivo íntimo.
Gabarito: c
20. (FCC/2009/TRT/7ªregião(CE)/Analista Judiciário/Área
Administrativa) Considere as assertivas abaixo sobre o Juiz.
I. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais e, não
as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios
gerais de direito.
II. O juiz poderá indeferir deligências requeridas pelas partes, quando
inúteis ou meramente protelatórias.
III. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe
defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei
exige a iniciativa da parte.
IV. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência, ainda que
estiver promovido, julgará a lide.
É correto o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) II, III e IV.
c) I, II e IV.
d) I, II e III.
e) I, III e IV.
![Page 57: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/57.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 57
Comentários:
Item I) CORRETA. Art. 126, 2ª parte: No julgamento da lide caber-
lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia,
aos costumes e aos princípios gerais do direito.
Item II) CORRETA. Art. 130: Caberá ao juiz, de ofício ou a
requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução
do processo, INDEFERINDO as diligências inúteis ou meramente
protelatórias.
Item III) CORRETA. Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que
foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas,
a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.
Item IV) INCORRETA. Art. 132. O juiz titular ou substituto, queconcluir a audiência julgará a lide, SALVO se estiver convocado,
licenciado, afastado por qualquer motivo, PROMOVIDO ou
aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor.
O juiz que concluir a audiência julga a lide, salvo se estiver
convocado, aposentado, promovido, licenciado ou afastado, casos em
que passará os autos ao substituto, que poderá determinar a
reprodução ou produção de provas que entender necessárias.
“PLACA”: Promovido, licenciado, afastado, convocado, aposentado.
Gabarito: d
21. (FCC/2009/TRT/15ªregião/Analista Judiciário/Área
Administrativa) Segundo o Código de Processo Civil, o Juiz
a) titular que estiver convocado deverá julgar a lide se concluiu a
audiência. b) poderá se eximir de sentenciar ou despachar alegando lacuna
da lei.
c) poderá decidir por equidade, mesmo nos casos não previstos
em lei.
d) será considerado impedido para exercer suas funções em
processo de jurisdição contenciosa se alguma das partes for credor de
seu cônjuge.
e) poderá de ofício determinar as provas necessárias à instrução
do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente
protelatórias.
![Page 58: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/58.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 58
Comentários: Alternativa “a”: titular que estiver convocado deverájulgar a lide se concluiu a audiência, salvo (...) - art. 132.
Alternativa “b”: poderá se eximir de sentenciar ou despachar
alegando lacuna da lei - não pode - art. 126.
Alternativa “c”: poderá decidir por equidade, mesmo nos casos não
previstos em lei - só decide nos casos previstos em lei - art. 127.
Alternativa “d”: será considerado impedido para exercer suas
funções em processo de jurisdição contenciosa se alguma das partes
for credor de seu cônjuge - suspeito - art. 135.
Alternativa “e”: poderá de ofício determinar as provas necessárias à
instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou
meramente protelatórias. – correta, de oficio ou a requerimento -
art. 130.
Gabarito: e
22. (FCC/2008/MPE-PE/Promotor de Justiça) O juiz está legalmente
impedido de exercer as suas funções no processo contencioso em que
a) for cliente do advogado de uma das partes.
b) for amigo íntimo do advogado de uma das partes.
c) seu cunhado estiver postulando, como advogado de uma das
partes.
d) tiver aconselhado o advogado de uma das partes.
e) tiver recebido dádivas do advogado de uma das partes.
Comentários: aplicar as dicas da suspeição. Alternativa “a”:
SUSPEIÇÃO.
Alternativa “b”: SUSPEIÇÃO.
Alternativa “c”: CORRETO – IMPEDIMENTO.
Alternativa “d”: SUSPEIÇÃO.
Alternativa “e”: SUSPEIÇÃO.
Gabarito: c
23. (FCC/2007/TRE-SE/Analista Judiciário/Área Judiciária) Paulo,
juiz de direito, funcionou como órgão do Ministério Público no
processo M; é inimigo capital do réu do processo N e é parente afim
![Page 59: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/59.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 59
de 2o grau do autor do processo P. Nestes casos, Paulo estáimpedido, sendo defeso exercer as suas funções em
a) P, apenas.
b) M, apenas.
c) M e N.
d) N e P.
e) M e P.
Comentários: aplicar a dica da suspeição.
Paulo
Processo M Processo N Processo P
Ministério Público Inimigo Parente
E aí? Qual o gabarito? Paulo, Juiz, funcionou como órgão do Ministério
Público no Processo M (impedimento); é inimigo capital do réu
(parte) do processo N (suspeição) e é parente afim de 2º. grau do
autor do processo P (impedimento). Nestes casos, Paulo está
impedido, sendo defeso exercer as suas funções em M e P.
Gabarito: e
24. (FCC/2007/TRE-PB/Analista Judiciário/Área Administrativa) Sobre
o Juiz, considere:
I. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz quando for
órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na
causa.
II. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
III. Responderá por perdas e danos o juiz quando retardar, sem justo
motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da
parte.
IV. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna
ou obscuridade da lei.
De acordo com o Código de Processo Civil está correto o que seafirma APENAS em:
a) I, II e III.
b) I e III.
c) III e IV.
![Page 60: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/60.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 60
d) I, III e IV. e) II, III e IV.
Comentários: Item "I" está incorreta porque quando o juiz for órgão
de direção ou administração de pessoa jurídica, parte na causa, ele
será impedido e não suspeito, conforme o art. 134, VI do CPC.
Item "II" traz o texto do art. 127 do CPC e por esta razão está
correta.
Item "III" está correta conforme o art. 133, II do CPC
O Item "IV" também está correta pois traz o texto do art. 126,
primeira parte, do CPC.
Art 134 - É defeso (proibido) ao juiz exercer as suas funções no
processo contencioso ou voluntário: VI - quando for órgão de direção
ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa. Os casos de suspeição de parcialidade do juiz encontram-se no art. 135.
Gabarito: e
25. (FCC/2006/TRT-20R/Analista Judiciário/Área Judiciária/
Execução de Mandados) Reputa-se fundada a suspeição de
parcialidade do juiz quando
a) ele interveio como mandatário da parte.
b) alguma das partes for sua credora ou devedora.
c) ele for parente, consanguíneo ou afim de alguma das partes,
em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau.
d) seu cônjuge estiver postulando no processo como advogado da
parte.
e) ele funcionou no processo como órgão do Ministério Público.
Comentários: Aplicar a dica da suspeição: Alternativa “a”: IMPEDIMENTO.
Alternativa “b”: CORRETO – SUSPEIÇÃO.
Alternativa “c”: IMPEDIMENTO.
Alternativa “d”: IMPEDIMENTO.
Alternativa “e”: IMPEDIMENTO.
Gabarito: b
![Page 61: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/61.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 61
26. (FCC/2007/TJ-PE/Analista Judiciário/Área Administrativa) Édefeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou
voluntário
a) quando nele estiver postulando, como advogado da parte,
qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, na linha colateral até o
segundo grau.
b) em que for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das
partes ou de representante do Ministério Público.
c) quando alguma das partes for credora de seu cônjuge ou de
parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau.
d) quando alguma das partes for devedora de seu cônjuge ou de
parentes destes, em linha reta ou na colateral até o segundo grau.
e) quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador dealguma das partes ou de perito judicial.
Comentários: a) quando nele estiver postulando, como advogado da
parte, qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, na linha colateral
até o segundo grau. (CORRETO - IMPEDIMENTO)
b) em que for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes
ou de representante do Ministério Público. (SUSPEIÇÃO)
c) quando alguma das partes for credora de seu cônjuge ou de
parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau.
(SUSPEIÇÃO)
d) quando alguma das partes for devedora de seu cônjuge ou de
parentes destes, em linha reta ou na colateral até o segundo grau.
(SUSPEIÇÃO)
e) quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de
alguma das partes ou de perito judicial. (SUSPEIÇÃO)
Gabarito: a
27. (FCC/2011/TRE-RN/Analista Judiciário/Área Administrativa)
João é perito judicial e recebeu ofício para proceder à perícia no
processo A. Porém, João pretende escusar-se do encargo. Neste caso,
ele deverá
a) apresentar a escusa dentro de 15 dias, contados da intimação,
independentemente de fundamentação.
b) cumprir o ofício, tratando-se de ordem judicial inescusável.
c) apresentar a escusa dentro de 15 dias, contados da intimação,
alegando motivo legítimo.
![Page 62: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/62.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 62
d) apresentar a escusa dentro de 5 dias, contados da intimação,alegando motivo legítimo.
e) apresentar a escusa dentro de 10 dias, contados da intimação,
alegando motivo legítimo.
Comentários:
Nomeado pelo juízo, a regra é que o perito investe-se de função
pública, devendo cumprir seu ofício dentro do prazo legal.
No entanto, poderá não aceitar o encargo, a atribuição, alegando
motivo legítimo, que deverá ser apresentado no prazo máximo de
cinco dias contados da intimação ou do impedimento superveniente.
A escusa significa desculpa, razão pela qual uma pessoa alega para
desculpar-se ou desculpar alguém: apresentar uma escusa, razão ou
pretexto invocado para se eximir de uma obrigação, negando sua
colaboração.
DICA, BIZU:
Gabarito: d
28. (FCC/2006/TRE-AP/Analista Judiciário/Área Judiciária) Com
relação aos auxiliares da justiça é correto afirmar:
a) O perito e o intérprete, em razão das peculiaridades de sua
atuação, não podem ser considerados auxiliares da justiça.
ART. 146: A ESCUSA DO PERITO: SERÁ APRESENTADA
DENTRO DE CINCO DIAS
Dica: A ESCUSA DO PERITO TEM UM PIRCING
Pircing: P, de Perito e cin (de cinco).
Art. 146. O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo
que lhe assina a lei, empregando toda a sua diligência; pode,
todavia, escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.
Parágrafo único. A escusa será apresentada dentro de 5 (cinco)
dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob
pena de se reputar renunciado o direito a alegá-la (art. 423).
![Page 63: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/63.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 63
b) O escrivão e o oficial de justiça serão civilmente responsáveisquando praticarem ato nulo com dolo, mas não com culpa.
c) Incumbe ao oficial de justiça redigir, em forma legal, os ofícios,
mandados, cartas precatórias e mais atos que pertencem ao seu
ofício.
d) Em cada juízo haverá apenas um oficial de justiça, cujas
atribuições são determinadas pelas normas de organização judiciária.
e) No impedimento do escrivão, o juiz convocar-lhe-á o substituto,
e, não o havendo, nomeará pessoa idônea para o ato.
Comentários:
Alternativa “a”: INCORRETA, POIS DIZ O Art. 139. São auxiliares do
juízo, além de outros, cujas atribuições são determinadas pelas
normas de organização judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete.
Alternativa “b”: INCORRETA. Art. 144. O escrivão e o oficial de justiça
são civilmente responsáveis: I - quando, sem justo motivo, se
recusarem a cumprir, dentro do prazo, os atos que lhes impõe a lei,
ou os que o juiz, a que estão subordinados, lhes comete; II - quando
praticarem ato nulo com dolo ou culpa.
Alternativa “c”: INCORRETA. Esta atribuição é só do escrivão: Art.
141. Incumbe ao escrivão: I - redigir, em forma legal, os ofícios,
mandados, cartas precatórias e mais atos que pertencem ao seu
ofício;
Alternativa “d”: INCORRETA. Art. 140. Em cada juízo haverá um ou
mais oficiais de justiça, cujas atribuições são determinadas pelas
normas de organização judiciária.
Alternativa “e”: CORRETA: Art. 142. No impedimento do escrivão, o
juiz convocar-lhe-á o substituto, e, não o havendo, nomeará pessoa
idônea para o ato.
Gabarito: e
29. (EJEF/2005/TJ-MG/Oficial Judiciário) Considerando-se o que
determina o Código de Processo Civil, é INCORRETO afirmar que,
entre as funções do Oficial de Justiça, se inclui
a) devolver o mandado cumprido no prazo de 10 dias, contados da
ultimação do cumprimento.
b) executar as ordens do Juiz a que estiver subordinado.
![Page 64: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/64.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 64
c) fazer, pessoalmente, citações, prisões, arrestos, penhoras e demais diligências próprias do ofício.
d) realizar a diligência, sempre que possível, na presença de duas
testemunhas.
Comentários:
Alternativa “a”: Incorreta. Art. 143, III - entregar, em cartório, o
mandado, logo depois de cumprido.
As demais alternativas são cópias literais do art. 143: Art. 143.
Incumbe ao oficial de justiça:
I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e mais
diligências próprias do seu ofício, certificando no mandado o ocorrido,
com menção de lugar, dia e hora. A diligência, sempre que possível,
realizar-se-á na presença de duas testemunhas;
II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;
III - entregar, em cartório, o mandado, logo depois de
cumprido; alternativa “a” errada.
IV - estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção
da ordem. V - efetuar avaliações.
Gabarito: a
30. (FCC/2010/TRE-AM/Analista Judiciário/Área Administrativa) O
perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas
a) ficará inabilitado, por dois anos, a funcionar em outras perícias.
b) ficará inabilitado, por um ano, a funcionar em outras perícias.
c) ficará inabilitado, por cinco anos, a funcionar em outras
perícias.
d) ficará inabilitado a funcionar em qualquer perícia por prazoindeterminado.
e) não ficará inabilitado a funcionar em outras perícias.
Comentários: Art. 147. O perito que, por dolo ou culpa, prestar
informações inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à
parte, ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras
perícias e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.
![Page 65: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/65.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 65
DECORAR: Tabela das
Responsabilidades:
Juiz Dolo ou Fraude
MP Dolo ou Fraude
Escrivão Dolo ou culpa
Oficial de Justiça Dolo ou culpa
Perito Dolo ou culpa
Depositário Dolo ou culpa
Administrador Dolo ou culpa
Intérprete Dolo ou culpa
Responsabilidade do Perito
DOLO ou CULPA
Prestar informações inverídicas
Sanção Civil: Responderá pelos
prejuízos que causar à parte.
Sanção Administrativa: Ficará
inabilitado, por 2 (dois) anos, a
funcionar em outras perícias.
Sanção Penal: Incorrerá na sanção
que a lei penal estabelecer.
Gabarito: a
31. (FCC/2007/TRF-2região/Analista Judiciário/Área Judiciária/
Execução de Mandados) O Código de Processo Civil estabelece
hipóteses de suspeição e impedimento. Dentre outras situações, está
impedido de atuar no processo o perito que
a) tiver interesse no julgamento da causa em favor de uma das
partes.
b) for inimigo capital de qualquer das partes. c) for credor de qualquer das partes.
d) for parente afim, na linha colateral, em segundo grau, do
advogado de qualquer das partes.
e) for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma
das partes.
![Page 66: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/66.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 66
Comentários: Aplicar bizu da suspeição:
Alternativa “a”: SUSPEIÇÃO.
Alternativa “b”: SUSPEIÇÃO.
Alternativa “c”: SUSPEIÇÃO.
Alternativa “d”: IMPEDIMENTO.
Alternativa “e”: SUSPEIÇÃO.
MACETE:
Não há IMPEDIMENTO decorrente de relação de AMIZADE.
Não há SUSPEIÇÃO decorrente de relação com ADVOGADO.
Gabarito: d
32. (FCC/2007/TRF-4R/Analista Judiciário/Área Judiciária) Sobre os
auxiliares da Justiça analise:
I. Incumbe ao Oficial de Justiça, dentre outras atribuições, estarpresente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.
II. A prática de ato nulo com dolo ou culpa caracteriza uma das
hipóteses através da qual o escrivão e o oficial de justiça são
civilmente responsáveis.
III. O perito nomeado poderá escusar-se do encargo alegando
motivo legítimo, recusa esta que deverá ser apresentada dentro de
10 dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente.
IV. Incumbe ao escrivão, dentre outras atribuições, dar
independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo
do processo, respeitando as restrições previstas em lei.
De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que seafirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I e IV.
d) II, III e IV.
e) II e IV.
Comentários:
![Page 67: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/67.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 67
Item I: Incumbe ao Oficial de Justiça, dentre outras atribuições, estarpresente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.
CORRETO. ART. 143, IV, CPC.
Item II: A prática de ato nulo com dolo ou culpa caracteriza uma das
hipóteses através da qual o escrivão e o oficial de justiça são
civilmente responsáveis. CORRETO. ART. 144, II, CPC.
Item III. O perito nomeado poderá escusar-se do encargo alegando
motivo legítimo, recusa esta que deverá ser apresentada dentro de
10 dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente.
FALSO. PRAZO DE 5 DIAS. ART. 146, § ÚNICO, CPC.
Item IV. Incumbe ao escrivão, dentre outras atribuições, dar
independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo
do processo, respeitando as restrições previstas em lei. CORRETO. ART. 141, V, CPC.
A ESCUSA DO PERITO: SERÁ APRESENTADA DENTRO DE CINCO DIAS
Dica: A ESCUSA DO PERITO TEM UM PIRCING
Pircing – p (de perito) e cin (de cinco).
Gabarito: b
33. (FCC/2007/TJ-PE/Analista Judiciário/Área Administrativa)
Dentre outras sanções, em regra, o perito que, por
a) dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá
pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado, por 3 anos, a
funcionar em outras perícias.
b) culpa, prestar informações inverídicas, não responderá pelos
prejuízos que causar à parte, mas ficará inabilitado, por 1 ano, a funcionar em outras perícias.
c) culpa, prestar informações inverídicas, responderá pelos
prejuízos que causar à parte, mas não ficará inabilitado a funcionar
em outras perícias.
d) dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá
pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado, por 2 anos, a
funcionar em outras perícias.
e) dolo, prestar informações inverídicas, responderá pelos
prejuízos que causar à parte, e ficará inabilitado, por 5 anos, a
funcionar em outras perícias.
Comentários:
![Page 68: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/68.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 68
Art. 147 - O perito que, por dolo ou culpa, prestar informaçõesinverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará
inabilitado por 2 (dois) anos, a funcionar em outras perícias e
incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.
Gabarito: d
Questão 34. (CESPE/2008/Analista Judiciário/Execução de
Mandados/TRT/RJ) Francisco, Juiz de Direito, presenciou determinado
fato que ocorreu na ante sala de seu dentista. Pouco tempo depois,
no exercício de sua profissão, recebeu ação em que aquele fato
constava como importante para a solução da questão posta. Acontece
que, no prazo legal que antecede à audiência de instrução e
julgamento, uma das partes o arrolou como testemunha. Nessa
situação, Francisco estaria impedido de atuar no feito.
Comentários: Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no
processo contencioso ou voluntário: II - em que interveio como
mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do
Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha.
Gabarito: correto
Questão 35. (CESPE/2010/Técnico Judiciário/TRE/SE) O CPC proíbe o
juiz de exercer suas funções no processo em que prestou depoimento
como testemunha; todavia, esse caso de suspeição não se aplica ao
serventuário de justiça.
Comentários: Primeiro: Não é caso de suspeição, mas de
impedimento: Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no
processo contencioso ou voluntário: II - em que interveio como
mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha.
Segundo: se aplica aos serventuários: Art. 137. Aplicam-se os
motivos de impedimento e suspeição aos juízes de todos os tribunais.
O juiz que violar o dever de abstenção, ou não se declarar suspeito,
poderá ser recusado por qualquer das partes (art. 304). Art. 138.
Aplicam-se também os motivos de impedimento e de suspeição: I -
ao órgão do Ministério Público, quando não for parte, e, sendo parte,
nos casos previstos nos ns. I a IV do art. 135; II - ao serventuário de
justiça; III - ao perito; IV - ao intérprete.
Gabarito: errado
Questão 36. (CESPE/2008/ Técnico Judiciário/TRT/BA) Reputa-sefundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando seu cônjuge
estiver postulando, como advogado da parte.
![Page 69: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/69.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 69
Comentários: O caso é de impedimento e não suspeição: Art. 134. Édefeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou
voluntário: IV - quando nele estiver postulando, como advogado da
parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim,
em linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau.
Gabarito: errado
Questão 37. (CESPE/2009/Analista Judiciário/TRE/MA) Tem-se como
defeso de atuar no processo de jurisdição voluntária o juiz que for
interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
Comentários: o caso é de suspeição: Art. 135. Reputa-se fundada a
suspeição de parcialidade do juiz, quando: V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
Gabarito: errado
Questão 38. (CESPE/2008/Analista Judiciário/TRT/RJ) Márcio,
advogado legalmente constituído nos autos mediante procuração
geral para o foro, requereu a um escrivão certidão de ato do processo
em que atuava e teve o seu pedido rejeitado pelo serventuário,
embora não se tratasse de questão de segredo de justiça.
Considerando essa situação hipotética à luz das disposições do CPC
relativas aos procuradores e auxiliares de justiça, visto que compete
ao escrivão fornecer certidão de qualquer ato do processo,
independentemente de despacho do juiz, ele deveria ter atendido ao
pedido do advogado.
Comentário: Art. 141. Incumbe ao escrivão: I - redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas precatórias e
mais atos que pertencem ao seu ofício;
II - executar as ordens judiciais, promovendo citações e intimações,
bem como praticando todos os demais atos, que Ihe forem atribuídos
pelas normas de organização judiciária;
III - comparecer às audiências, ou, não podendo fazê-lo, designar
para substituí-lo escrevente juramentado, de preferência datilógrafo
ou taquígrafo;
IV - ter, sob sua guarda e responsabilidade, os autos, não permitindo
que saiam de cartório, exceto:
a) quando tenham de subir à conclusão do juiz;
b) com vista aos procuradores, ao Ministério Público ou à FazendaPública;
c) quando devam ser remetidos ao contador ou ao partidor;
d) quando, modificando-se a competência, forem transferidos a outro
juízo;
![Page 70: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/70.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 70
V - dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do processo, observado o disposto no art.
155.
Gabarito: correto
Questão 39. (CESPE/2008/Analista Judiciário/TRT/RJ) Márcio,
advogado legalmente constituído nos autos mediante procuração
geral para o foro, requereu a um escrivão certidão de ato do processo
em que atuava e teve o seu pedido rejeitado pelo serventuário,
embora não se tratasse de questão de segredo de justiça.
Considerando essa situação hipotética à luz das disposições do CPC
relativas aos procuradores e auxiliares de justiça, o indeferimento foi
correto, já que tal pedido deveria ter sido dirigido ao juiz condutor do
feito.
Comentários: Art. 141. Incumbe ao escrivão: V - dar,
independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do processo, observado o disposto no art. 155.
Gabarito: errado
Questão 40. (CESPE/2010/ Técnico Judiciário/TRE/BA) O perito deve
ser nomeado pelo juiz para exercer suas funções no processo.
Comentários: Art. 145. Quando a prova do fato depender de
conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por perito. §
1o Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível
universitário, devidamente inscritos no órgão de classe competente. §
2o Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que
deverão opinar, mediante certidão do órgão profissional em que
estiverem inscritos. § 3o Nas localidades onde não houverprofissionais qualificados que preencham os requisitos dos parágrafos
anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha do juiz.
Gabarito: correto
LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS
01. (TRF2ªregião/FCC/2012/Técnico Judiciário/Área Administrativa)
NÃO se inclui dentre os auxiliares da justiça o
a) perito.
b) intérprete.
c) administrador.
d) oficial de justiça.
e) advogado.
![Page 71: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/71.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 71
02. (FAURGS/2010/TJ-RS/Oficial Escrevente) Conforme o artigo 143do Código de Processo Civil, incumbe ao oficial de justiça
a) designar pessoa para efetuar as citações, prisões, penhoras,
arrestos.
b) realizar diligências, sempre na presença de testemunhas.
c) entregar o mandado em cartório no prazo de até 15 (quinze)
dias após seu cumprimento.
d) executar as ordens do juiz a que estiver subordinado.
e) redigir, em forma legal, os ofícios, mandados e cartas
precatórias.
03. (FCC/2012/TRF/2ªregião/Técnico Judiciário/Área Administrativa)
O juiz a) apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias
constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes.
b) só poderá tentar conciliar as partes na audiência de conciliação
especialmente designada para esse fim.
c) poderá decidir a lide fora dos limites em que foi proposta,
conhecendo de questões não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a
iniciativa da parte.
d) não poderá ordenar a produção de provas necessárias à instrução
do processo sem expresso requerimento das partes.
e) poderá deixar de sentenciar alegando lacuna ou obscuridade da lei.
04. (FCC/2006/TRT/6ªregião(PE)/Técnico Judiciário/ Área
Administrativa) É certo que o juiz
a) apreciará a prova, atendendo aos fatos e às circunstânciasconstantes dos autos, somente se forem alegadas pelas partes.
b) pode se eximir de sentenciar ou de despachar, alegando lacuna
ou obscuridade da lei.
c) não precisa indicar na sentença os motivos que lhe formaram o
convencimento.
d) responderá por perdas e danos quando, no exercício de suas
funções, proceder com dolo.
e) não poderá, de ofício, determinar as provas necessárias à
instrução do processo.
05. (FCC/2009/TJ-PI/Técnico Judiciário/Área Administrativa) O juiz,
na condução do processo,
a) pode recusar-se a proferir sentença sempre que não houvernorma legal que discipline o assunto.
b) deve assegurar igualdade de tratamento às partes e velar pela
rápida solução do litígio.
![Page 72: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/72.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 72
c) deve evitar acordo entre as partes, para assegurar o império dalei.
d) pode sempre decidir por equidade.
e) por iniciativa própria, não pode determinar a realização de
provas.
06. (FCC/2009/TJ-PA/Analista Judiciário/Oficial de Justiça) O juiz
a) pode conhecer de questões não suscitadas, a cujo respeito a lei
exige a iniciativa da parte.
b) não poderá determinar de ofício a produção de provas
necessárias à instrução do processo.
c) apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes.
d) não poderá indeferir diligências inúteis ou meramente
protelatórias, se formuladas dentro do prazo legal.
e) pode deixar de sentenciar ou despachar, alegando lacuna ou
obscuridade da lei.
07. (FCC/2007/TJ-PE/Técnico Judiciário/Área Administrativa) Reputa-
se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando
a) interveio no processo como mandatário da parte, oficiou como
perito ou funcionou como órgão do Ministério Público.
b) alguma das partes for credora ou devedora de seu cônjuge ou
de parentes deste, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau.
c) conheceu do processo em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe
proferido sentença ou decisão. d) no processo estiver postulando, como advogado da parte, o seu
cônjuge ou qualquer parente seu consanguíneo.
e) for cônjuge, parente, consanguíneo ou afim, de alguma das
partes, em linha reta ou, colateral, até o terceiro grau.
08. (FCC/2012/TJ-RJ/Analista Judiciário/Execução de Mandados) O
juiz responderá por perdas e danos quando
a) recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que
deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte.
b) sua sentença for alterada pelos tribunais.
c) exceder o prazo de noventa dias para término de qualquer
processo.
d) determinar provas que os tribunais entendam desnecessárias. e) retardar, em qualquer situação, providência inerente ao exercício
de suas funções.
![Page 73: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/73.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 73
09. (CONSULPLAN/2012/TSE/Analista Judiciário/Área Judiciária)Analise as seguintes proposições:
I. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição ao
intérprete.
II. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando for
herdeiro presuntivo de alguma das partes.
III. O juiz não pode se declarar suspeito por motivo íntimo.
IV. É defeso ao juiz exercer as suas funções apenas em processos
contenciosos de que for parte.
Assinale:
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas a afirmativa IV estiver correta.
c) se apenas a afirmativa II estiver correta. d) se todas as afirmativas estiverem corretas.
10. (MPE/SP/2011/MPE-SP/Promotor de Justiça) O poder instrutório
do Juiz no processo civil
a) depende de requerimento e iniciativa da parte, exclusivamente.
b) é restrito à prova de fatos afirmados por uma parte e
confessados pela parte contrária.
c) é limitado à prova de fatos a cujo favor milita presunção legal
de existência e de veracidade.
d) está adstrito à prova de fatos admitidos, no processo, como
incontroversos.
e) é amplo, cabendo-lhe determinar de ofício as provasnecessárias à instrução do processo.
11. (FCC/2011/TRE-AP/Analista Judiciário/Área Judiciária) Fábio é juiz
de direito na comarca de Barra de Ouro onde tramitam os processos
Prata, Bronze e Cobre. No processo Prata ele é herdeiro presuntivo do
autor, no processo Bronze ele é amigo intimo do réu e no processo
Cobre ele é cunhado do advogado do autor. Nestes casos, é defeso a
Fábio exercer as suas funções
a) nos processos Bronze e Cobre, somente.
b) no processo Prata, somente.
c) nos processos Prata, Bronze e Cobre.
d) nos processos Prata e Bronze, somente. e) no processo Cobre, somente.
12. (FCC/2011/TRE-TO/Analista Judiciário/Área Judiciária) Mara é
juíza de direito. Neste mês recebeu através da distribuição três
![Page 74: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/74.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 74
processos: A, B e C. No processo A o advogado do autor é o maridode Mara. No processo B uma das partes é inimiga capital de Mara e
no processo C a autora é empregada de Mara. Nestes casos, Mara
está impedida de exercer as suas funções
a) no processo A.
b) no processo B
c) no processo C.
d) nos processos A e B.
e) nos processos A e C.
13. (TRT/2010/TRT/6ªRegião(PE)Juiz/Prova) O Impedimento e a
suspeição:
a) Somente se aplicam ao Juiz.
b) Podem implicar mudança de Juiz, mas não de Juízo. c) Podem implicar mudança de Juízo, mas não de Juiz.
d) Podem implicar mudança de Juiz e de Juízo.
e) Aplicam-se ao Juiz e ao Juízo.
14. (FCC/2006/TRF/1ªregião/Analista Judiciário/Área Judiciária) O
juiz NÃO está impedido para exercer suas funções no processo
contencioso ou voluntário
a) em que funcionou como órgão do Ministério Público.
b) que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe
proferido sentença ou decisão.
c) quando for órgão de direção ou de administração de pessoa
jurídica, parte na causa.
d) quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de
alguma das partes. e) quando for parente consanguíneo, de alguma das partes, em
linha colateral até o terceiro grau.
15. (FCC/2006/TRE-AP/Analista Judiciário/Área Judiciária) É certo que
o juiz
a) somente poderá tentar conciliar as partes em audiência para
esse fim especialmente designada, não podendo fazê-lo em outra
fase do processo.
b) deverá eximir-se de sentenciar ou despachar se houver lacuna
ou obscuridade da lei.
c) decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe
defeso conhecer de questões não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.
![Page 75: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/75.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 75
d) não poderá determinar a produção de provas necessárias àinstrução do processo se não houver requerimento das partes a
respeito.
e) apreciará a prova se atende apenas aos fatos e circunstâncias
alegados pelas partes.
16. (FCC/2009/TRT/7ªregião(CE)/Analista Judiciário/Área Judiciária)
O Juiz, de conformidade com o Código de Processo Civil,
a) sempre poderá decidir um litígio por equidade.
b) está proibido de exercer as suas funções no processo
contencioso ou voluntário quando nele estiver postulando, como
advogado da parte, qualquer parente seu, consanguíneo ou afim na
linha colateral até o segundo grau.
c) poderá se eximir de sentenciar ou despachar alegando lacunaou obscuridade da lei.
d) é considerado suspeito para exercer as suas funções no
processo contencioso ou voluntário quando for órgão de direção ou
de administração de pessoa jurídica, parte na causa.
e) é considerado suspeito para exercer as suas funções no
processo contencioso ou voluntário em que funcionou como órgão
do Ministério Público.
17. (FCC/2010/TRE-AM/Analista Judiciário/Área Administrativa) É
defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou
voluntário quando
a) for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes.
b) for parente afim, de alguma das partes, em linha reta ou, na
colateral, até o terceiro grau. c) alguma das partes for sua credora ou devedora ou de seu
cônjuge.
d) for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das
partes.
e) aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou
subministrar meios para atender às despesas do litígio.
18. (FCC/2009/TJ-PI/Analista Judiciário/Área Administrativa) Em
matéria de valoração da prova pelo juiz, o Código de Processo Civil
adota o princípio da
a) persuasão racional.
b) prova legal.
c) livre convicção.
![Page 76: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/76.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 76
d) proporcionalidade. e) oralidade.
19. (FCC/2008/TRT/18ªregião(GO)/Analista Judiciário/Área
Administrativa) O juiz
a) não poderá ordenar a produção de provas de ofício, mas
somente a requerimentos das partes.
b) não poderá fundamentar sua decisão em fatos e circunstâncias
constantes dos autos mas não alegados pelas partes.
c) que tiver de proferir a sentença em razão de aposentadoria do
que concluiu a audiência de instrução, se entender necessário, poderá
mandar repetir as provas já produzidas.
d) não pode exercer suas funções em processo voluntário em que
estiver postulando como advogado da parte parente seu, na linha colateral em terceiro grau.
e) deve declarar os motivos de sua suspeição, não podendo
declarar-se suspeito por motivo íntimo.
20. (FCC/2009/TRT/7ªregião(CE)/Analista Judiciário/Área
Administrativa) Considere as assertivas abaixo sobre o Juiz.
I. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais e, não
as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios
gerais de direito.
II. O juiz poderá indeferir deligências requeridas pelas partes, quando
inúteis ou meramente protelatórias.
III. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe
defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.
IV. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência, ainda que
estiver promovido, julgará a lide.
É correto o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) II, III e IV.
c) I, II e IV.
d) I, II e III.
e) I, III e IV.
21. (FCC/2009/TRT/15ªregião/Analista Judiciário/Área
Administrativa) Segundo o Código de Processo Civil, o Juiz
![Page 77: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/77.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 77
a) titular que estiver convocado deverá julgar a lide se concluiu aaudiência.
b) poderá se eximir de sentenciar ou despachar alegando lacuna
da lei.
c) poderá decidir por equidade, mesmo nos casos não previstos
em lei.
d) será considerado impedido para exercer suas funções em
processo de jurisdição contenciosa se alguma das partes for credor de
seu cônjuge.
e) poderá de ofício determinar as provas necessárias à instrução
do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente
protelatórias.
22. (FCC/2008/MPE-PE/Promotor de Justiça) O juiz está legalmenteimpedido de exercer as suas funções no processo contencioso em que
a) for cliente do advogado de uma das partes.
b) for amigo íntimo do advogado de uma das partes.
c) seu cunhado estiver postulando, como advogado de uma das
partes.
d) tiver aconselhado o advogado de uma das partes.
e) tiver recebido dádivas do advogado de uma das partes.
23. (FCC/2007/TRE-SE/Analista Judiciário/Área Judiciária) Paulo, juiz
de direito, funcionou como órgão do Ministério Público no processo M;
é inimigo capital do réu do processo N e é parente afim de 2o grau do
autor do processo P. Nestes casos, Paulo está impedido, sendo defeso
exercer as suas funções em
a) P, apenas. b) M, apenas.
c) M e N.
d) N e P.
e) M e P.
24. (FCC/2007/TRE-PB/Analista Judiciário/Área Administrativa) Sobre
o Juiz, considere:
I. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz quando for
órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na
causa.
II. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
III. Responderá por perdas e danos o juiz quando retardar, sem justo
motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da
![Page 78: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/78.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 78
parte.
IV. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna
ou obscuridade da lei.
De acordo com o Código de Processo Civil está correto o que se
afirma APENAS em:
a) I, II e III.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
25. (FCC/2006/TRT-20R/Analista Judiciário/Área Judiciária/ Execução
de Mandados) Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz quando
a) ele interveio como mandatário da parte.
b) alguma das partes for sua credora ou devedora.
c) ele for parente, consanguíneo ou afim de alguma das partes,
em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau.
d) seu cônjuge estiver postulando no processo como advogado da
parte.
e) ele funcionou no processo como órgão do Ministério Público.
26. (FCC/2007/TJ-PE/Analista Judiciário/Área Administrativa) É
defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou
voluntário
a) quando nele estiver postulando, como advogado da parte,
qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, na linha colateral até o segundo grau.
b) em que for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das
partes ou de representante do Ministério Público.
c) quando alguma das partes for credora de seu cônjuge ou de
parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau.
d) quando alguma das partes for devedora de seu cônjuge ou de
parentes destes, em linha reta ou na colateral até o segundo grau.
e) quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de
alguma das partes ou de perito judicial.
27. (FCC/2011/TRE-RN/Analista Judiciário/Área Administrativa) João
é perito judicial e recebeu ofício para proceder à perícia no processo
A. Porém, João pretende escusar-se do encargo. Neste caso, eledeverá
![Page 79: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/79.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 79
a) apresentar a escusa dentro de 15 dias, contados da intimação,independentemente de fundamentação.
b) cumprir o ofício, tratando-se de ordem judicial inescusável.
c) apresentar a escusa dentro de 15 dias, contados da intimação,
alegando motivo legítimo.
d) apresentar a escusa dentro de 5 dias, contados da intimação,
alegando motivo legítimo.
e) apresentar a escusa dentro de 10 dias, contados da intimação,
alegando motivo legítimo
28. (FCC/2006/TRE-AP/Analista Judiciário/Área Judiciária) Com
relação aos auxiliares da justiça é correto afirmar:
a) O perito e o intérprete, em razão das peculiaridades de sua
atuação, não podem ser considerados auxiliares da justiça. b) O escrivão e o oficial de justiça serão civilmente responsáveis
quando praticarem ato nulo com dolo, mas não com culpa.
c) Incumbe ao oficial de justiça redigir, em forma legal, os ofícios,
mandados, cartas precatórias e mais atos que pertencem ao seu
ofício.
d) Em cada juízo haverá apenas um oficial de justiça, cujas
atribuições são determinadas pelas normas de organização judiciária.
e) No impedimento do escrivão, o juiz convocar-lhe-á o substituto,
e, não o havendo, nomeará pessoa idônea para o ato.
29. (EJEF/2005/TJ-MG/Oficial Judiciário) Considerando-se o que
determina o Código de Processo Civil, é INCORRETO afirmar que,
entre as funções do Oficial de Justiça, se inclui
a) devolver o mandado cumprido no prazo de 10 dias, contados daultimação do cumprimento.
b) executar as ordens do Juiz a que estiver subordinado.
c) fazer, pessoalmente, citações, prisões, arrestos, penhoras e
demais diligências próprias do ofício.
d) realizar a diligência, sempre que possível, na presença de duas
testemunhas.
30. (FCC/2010/TRE-AM/Analista Judiciário/Área Administrativa) O
perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas
a) ficará inabilitado, por dois anos, a funcionar em outras perícias.
b) ficará inabilitado, por um ano, a funcionar em outras perícias.
c) ficará inabilitado, por cinco anos, a funcionar em outras
perícias. d) ficará inabilitado a funcionar em qualquer perícia por prazo
indeterminado.
![Page 80: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/80.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 80
e) não ficará inabilitado a funcionar em outras perícias.
31. (FCC/2007/TRF-2região/Analista Judiciário/Área Judiciária/
Execução de Mandados) O Código de Processo Civil estabelece
hipóteses de suspeição e impedimento. Dentre outras situações, está
impedido de atuar no processo o perito que
a) tiver interesse no julgamento da causa em favor de uma das
partes.
b) for inimigo capital de qualquer das partes.
c) for credor de qualquer das partes.
d) for parente afim, na linha colateral, em segundo grau, do
advogado de qualquer das partes.
e) for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma
das partes.
32. (FCC/2007/TRF-4R/Analista Judiciário/Área Judiciária) Sobre os
auxiliares da Justiça analise:
II. Incumbe ao Oficial de Justiça, dentre outras atribuições, estar
presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.
II. A prática de ato nulo com dolo ou culpa caracteriza uma das
hipóteses através da qual o escrivão e o oficial de justiça são
civilmente responsáveis.
IV. O perito nomeado poderá escusar-se do encargo alegando
motivo legítimo, recusa esta que deverá ser apresentada dentro de
10 dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente.
IV. Incumbe ao escrivão, dentre outras atribuições, dar
independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do processo, respeitando as restrições previstas em lei.
De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que se
afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I e IV.
d) II, III e IV.
e) II e IV.
33. (FCC/2007/TJ-PE/Analista Judiciário/Área Administrativa)
Dentre outras sanções, em regra, o perito que, por
![Page 81: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/81.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 81
a) dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderápelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado, por 3 anos, a
funcionar em outras perícias.
b) culpa, prestar informações inverídicas, não responderá pelos
prejuízos que causar à parte, mas ficará inabilitado, por 1 ano, a
funcionar em outras perícias.
c) culpa, prestar informações inverídicas, responderá pelos
prejuízos que causar à parte, mas não ficará inabilitado a funcionar
em outras perícias.
d) dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá
pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado, por 2 anos, a
funcionar em outras perícias.
e) dolo, prestar informações inverídicas, responderá pelosprejuízos que causar à parte, e ficará inabilitado, por 5 anos, a
funcionar em outras perícias.
Questão 34. (CESPE/2008/Analista Judiciário/Execução de
Mandados/TRT/RJ) Francisco, Juiz de Direito, presenciou determinado
fato que ocorreu na ante sala de seu dentista. Pouco tempo depois,
no exercício de sua profissão, recebeu ação em que aquele fato
constava como importante para a solução da questão posta. Acontece
que, no prazo legal que antecede à audiência de instrução e
julgamento, uma das partes o arrolou como testemunha. Nessa
situação, Francisco estaria impedido de atuar no feito.
Questão 35. (CESPE/2010/Técnico Judiciário/TRE/SE) O CPC proíbe o
juiz de exercer suas funções no processo em que prestou depoimento
como testemunha; todavia, esse caso de suspeição não se aplica aoserventuário de justiça.
Questão 36. (CESPE/2008/ Técnico Judiciário/TRT/BA) Reputa-se
fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando seu cônjuge
estiver postulando, como advogado da parte.
Questão 37. (CESPE/2009/Analista Judiciário/TRE/MA) Tem-se como
defeso de atuar no processo de jurisdição voluntária o juiz que for
interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
Questão 38. (CESPE/2008/Analista Judiciário/TRT/RJ) Márcio,
advogado legalmente constituído nos autos mediante procuração
geral para o foro, requereu a um escrivão certidão de ato do processo em que atuava e teve o seu pedido rejeitado pelo serventuário,
embora não se tratasse de questão de segredo de justiça.
Considerando essa situação hipotética à luz das disposições do CPC
relativas aos procuradores e auxiliares de justiça, visto que compete
![Page 82: Aula 02](https://reader033.vdocuments.com.br/reader033/viewer/2022051412/5483f883b4af9f31438b464a/html5/thumbnails/82.jpg)
PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)
P/ OS TRIBUNAIS
Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 82
ao escrivão fornecer certidão de qualquer ato do processo,independentemente de despacho do juiz, ele deveria ter atendido ao
pedido do advogado.
Questão 39. (CESPE/2008/Analista Judiciário/TRT/RJ) Márcio,
advogado legalmente constituído nos autos mediante procuração
geral para o foro, requereu a um escrivão certidão de ato do processo
em que atuava e teve o seu pedido rejeitado pelo serventuário,
embora não se tratasse de questão de segredo de justiça.
Considerando essa situação hipotética à luz das disposições do CPC
relativas aos procuradores e auxiliares de justiça, o indeferimento foi
correto, já que tal pedido deveria ter sido dirigido ao juiz condutor do
feito.
Questão 40. (CESPE/2010/ Técnico Judiciário/TRE/BA) O perito deveser nomeado pelo juiz para exercer suas funções no processo.
Gabarito:
01.E 02.D 03.A 04.D 05.B 06C 07.B 08.A 09.A 10.E
11.E 12.A 13.B 14.D 15.C 16.B 17.B 18.A 19.C 20.D
21.E 22.C 23.E 24.E 25B 26.A 27.D 28.E 29.A 30.A
31.D 32.B 33.D 34. c 35.e 36.e 37.e 38.c 39.e 40.c
Abraços,
Prof. Márcia Albuquerque