aula 02

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PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC) P/ OS TRIBUNAIS Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 02 – ÓRGÃOS AUXILIARES DA JUSTIÇA. JUIZ. Bom dia, boa tarde, boa noite! Vou construir um raciocínio, uma sequência com base na aula demonstrativa (Jurisdição), para introduzir a aula de hoje. Você me acompanhe. Iniciarei pelo “Juiz”, por uma questão lógica. Como assim? Ele dirige a atividade jurisdicional. Você viu na aula sobre a jurisdição que, pelo Princípio da Inércia da Jurisdição (Princípio da Iniciativa das Partes), esta é uma atividade que depende de provocação para que atue na sua função de aplicar a lei (Direito) ao caso concreto: Através do direito subjetivo do indivíduo de provocar a jurisdição visando à solução do seu conflito (lide), cabe a este (parte) a iniciativa da propositura da ação, provocando o exercício da função jurisdicional. Porém, quando a parte exerce seu direito de ação, a partir daí predomina o interesse público, do Estado, em solucionar o litígio. É o chamado Princípio do Impulso Processual, que está contemplado, também, no art. 262: Conclusão: a parte inicia a jurisdição, mas a partir desse momento, esta se desenvolve por impulso oficial, através do Juiz que dirige (poder de direção) e impulsiona a jurisdição, independente da contribuição das partes. A partir da provocação, dentro de determinados critérios previstos em lei, o Juiz dirigirá o processo. Com a provocação, surge para o autor o direito a um pronunciamento jurisdicional, surgindo, também, uma obrigação, um dever para o Estado (Juiz) de solucionar o caso concreto, disso decorrendo poderes, deveres e responsabilidades. Art. 2º. “Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais. Art. 262: ”O processo civil começa por iniciativa da parte (...) Art. 262: ”O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial”.

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PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS – CESPE - FCC)

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AULA 02 – ÓRGÃOS AUXILIARES DA JUSTIÇA. JUIZ.

Bom dia, boa tarde, boa noite!

Vou construir um raciocínio, uma sequência com base na aula

demonstrativa (Jurisdição), para introduzir a aula de hoje. Você me

acompanhe.

Iniciarei pelo “Juiz”, por uma questão lógica. Como assim? Ele dirige

a atividade jurisdicional. Você viu na aula sobre a jurisdição que, pelo

Princípio da Inércia da Jurisdição (Princípio da Iniciativa das

Partes), esta é uma atividade que depende de provocação para que atue na sua função de aplicar a lei (Direito) ao caso concreto:

Através do direito subjetivo do indivíduo de provocar a jurisdição

visando à solução do seu conflito (lide), cabe a este (parte) a

iniciativa da propositura da ação, provocando o exercício da função

jurisdicional.

Porém, quando a parte exerce seu direito de ação, a partir daí

predomina o interesse público, do Estado, em solucionar o litígio. É o

chamado Princípio do Impulso Processual, que está contemplado,

também, no art. 262:

Conclusão: a parte inicia a jurisdição, mas a partir desse

momento, esta se desenvolve por impulso oficial, através do Juiz

que dirige (poder de direção) e impulsiona a jurisdição,

independente da contribuição das partes. A partir da provocação,

dentro de determinados critérios previstos em lei, o Juiz dirigirá o

processo. Com a provocação, surge para o autor o direito a um

pronunciamento jurisdicional, surgindo, também, uma obrigação, um

dever para o Estado (Juiz) de solucionar o caso concreto, disso

decorrendo poderes, deveres e responsabilidades.

Art. 2º. “Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão

quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma

legais”.

Art. 262: ”O processo civil começa por iniciativa da parte (...)

Art. 262: ”O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se

desenvolve por impulso oficial”.

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Assim, a tutela jurisdicional se desenvolve pelo Judiciário, através doJuiz, atuando na solução do conflito. Porém, no desempenho da

função jurisdicional, o Juiz necessita da colaboração e do auxílio de

outras pessoas, de cujas atividades dependem a realização de atos

processuais, bem como a movimentação do processo.

Os auxiliares da justiça são os órgãos (pessoas) a quem a lei atribui

às funções de realizar os serviços complementares à jurisdição, sob a

autoridade do juiz. Os órgãos auxiliares da justiça são responsáveis

pelos demais atos necessários ao desenvolvimento da atividade

jurisdicional. Dito isto, inicio a AULA 02.

JUIZ

Dos Poderes, dos Deveres e da Responsabilidade

O Juiz, dentro do processo, tem poderes/deveres de direção,

instrutórios, ordinatórios e decisórios. Poder de direção: é autoridadesuprema no processo, dirigindo-o; Instrutórios: determinar as provas

que entender necessárias para o seu convencimento; Ordinatórios:

dá andamento ao processo; Decisório: poder decidir, tomar decisões

(sentenças, decisões interlocutórias e despachos).

PODER DE DIREÇÃO: diz respeito às decisões (sentenças, decisões

interlocutórias e despachos), que serão detalhadas nas próximas

aulas.

PODER

DECISÓRIO

ORDINATÓRIO

INSTRUTÓRIO

De DIREÇÃO

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Comentários: Ao Juiz cabe o papel de direção do processo,

fiscalização e controle para que este se desenvolva regularmente e

validamente. O poder de direção traduz-se:

I – Igualdade de tratamento às partes (Isonomia): o Juiz deve

tratar as partes de forma igualitária (tratamento isonômico). As

partes figuram numa posição de igualdade no processo. Aberta a

oportunidade de uma delas se manifestar no processo,

obrigatoriamente deve conceder a outra o mesmo direito

(contraditório).

O símbolo da ciência do Direito é a Deusa da Justiça de olhos

vendados, significando o desejo de nivelar o tratamento jurídico de

todos por igual, sem nenhuma distinção. Tem o propósito da

imparcialidade e da objetividade. É a afirmação de que todos são

iguais perante à lei. Portanto, uma vez que seus olhos estão

vendados distribui a justiça sem olhar a quem, dá a justiça a quem

esteja com a razão. A balança simboliza a equidade, o equilíbrio, a

ponderação, a igualdade das decisões aplicadas pela lei.

Art. 125. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições

deste Código, competindo-lhe:

I - assegurar às partes igualdade de tratamento (Princípio da

isonomia ou igualdade das partes); II - velar pela rápida solução do litígio; (art. 5º CF, LXXVII –

princípio da razoável duração do processo);

III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade

da Justiça; (art. 15 CPC punir a litigância de má-fé)

IV - tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes. (tentativa

de acordo entre as partes).

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II – Rápida solução do litígio: A Constituição Federal dispõe no

art. 5º, inciso LXXVIII: “a todos, no âmbito judicial e administrativo,

são assegurados a razoável duração do processo e os meios que

garantam a celeridade de sua tramitação”. Trata-se do Princípio da

Razoável Duração do Processo, bem como da Celeridade processual.

O art. 125, II do CPC decorre justamente do comando constitucional,

sendo dever do Juiz realizar a celeridade na prestação da tutela jurisdicional. Não deve ensejar o retardamento injusto na prestação

jurisdicional.

III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade

da Justiça: O Juiz deve punir e coibir, prevenindo e reprimindo os

atos atentatórios à dignidade da justiça que sejam praticados no

processo, independente de quem seja o seu autor. Deve punir o

litigante que proceda de má fé; deve obstar que as partes utilizem o

processo para conseguir fins proibido pela lei. São exemplos de má fépraticados no processo pelas partes: alterar a verdade dos fatos, usar

do processo para conseguir objetivo ilegal, (art. 17, CPC).

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IV - tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes: A tentativa deconciliação entre as partes pode ser exercida pelo Juiz a qualquer

tempo durante o curso do processo, podendo ser exercida mais de

uma vez.

Comentários: Você viu acima que quando a parte provoca a

jurisdição, surge para ela o direito a um pronunciamento judicial,

surgindo em contrapartida um dever, uma obrigação para o Juiz

(Estado) de se pronunciar (decidir) sobre o caso que lhe é

apresentado.

Você aprendeu que pelo Princípio da Indeclinabilidade da Jurisdição o

Juiz não pode declinar da sua função; é decorrente do mandamento

constitucional: CF, art. 5°, inciso XXXV: "a lei não excluirá da

apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a direito" – que se

traduz no Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário.

Assim, é garantido o acesso ao Poder Judiciário à todos aqueles que

tiverem seu direito violado ou ameaçado, não sendo possível o

Estado-Juiz eximir-se de prover a tutela jurisdicional àqueles

que o procurem para pedir uma solução baseada em uma

pretensão amparada pelo direito. Consequentemente, se a lei não

pode impedir que o Judiciário aprecie qualquer lesão ou ameaça a

direito, muito menos poderá o Juiz abster-se de apreciá-la, quando

Princípio da Indeclinabilidade da Jurisdição:

Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar

alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide

caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.

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invocado. Em resumo, pelo princípio da indeclinabilidade o juiznão pode subtrair-se da função jurisdicional, sendo que, mesmo

havendo lacuna ou obscuridade na lei, deverá proferir decisão (art.

126, CPC). O Princípio da Indeclinabilidade da Jurisdição é

alusivo ao Juiz e versa que o mesmo não pode abrir mão do seu

poder jurisdicional.

A lei proíbe que o Juiz deixe de prestar a tutela jurisdicional alegando

a não existência de lei, lacuna ou obscuridade da lei. Ele deve sempre

resolver a lide entre as partes, servindo-se de outros meios, sempre

que a lei for omissa ou obscura: a analogia, os costumes e os

princípios gerais do direito. A analogia, os costumes e os

princípios gerais do direito são os chamados “Meios de Integração”

do ordenamento jurídico.

Explico: seria impossível ao legislador (ao elaborar as leis) prever

todas as situações possíveis de ocorrerem na sociedade. Diz-se que a

lei pode apresentar lacunas. Assim, pode ocorrer um caso concreto

que não esteja regulado, disciplinado pela lei. Se o caso concreto for

levado ao Judiciário, este não pode alegar que não vai solucioná-lo

porque não existe lei!

O art. 126 do CPC manda que o Juiz, nesse caso, se utilize dos meios

de integração da ordem jurídica: analogia, costumes e princípios

gerais do direito.

Cuidado: O Juiz, para resolver qualquer lide, se utiliza, nessaordem: lei, analogia, costumes e princípios gerais do direito

(decorar). Note que há uma hierarquia entre eles. O Juiz deve,

obrigatoriamente, usar em primeiro lugar a lei; não existindo lei,

deve necessariamente usar a analogia; se não couber analogia, deve

se servir dos costumes e, não tendo costume a ser aplicado ao caso

concreto, deve resolvê-lo através dos princípios gerais do direito.

Vamos ver cada um deles?

Analogia: aplicação de outra lei prevista para um caso

semelhante.

Veja o desenho:

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? não existe lei

CASO A CASO A1

Acompanhe o raciocínio:

A Lei X regula o CASO concreto A.

Na sociedade aconteceu o CASO A1, mas não há lei que o regule.

Provocada a jurisdição (através do direito de ação), pelo princípio da

indeclinabilidade da jurisdição, o Juiz não pode alegar que não vai julgar, decidir o caso concreto com base na lacuna da lei. Nesse caso,

aplica a analogia. Em que consiste a analogia?

O Juiz vai aplicar a Lei X ao CASO A1!

CASO A1

Exemplo concreto de uso, pelo Juiz, dos meios de integração: a lei

até bem pouco tempo não regulava os casos de “barriga de aluguel”, mas esses casos ocorriam. Apresentado o caso em juízo (antes da

regulamentação): quem era considerada a mãe? Aquela que

emprestava a barriga? Aquela que fez a doação do óvulo? Enfim, o

Juiz tinha que julgar.

Pois bem! Caso não haja a lei; caso não seja possível decidir o caso

concreto pela analogia (não há previsão de norma aplicada a um caso

semelhante), o Juiz decide, então, pelos costumes do lugar.

Costumes: são os usos e as práticas reiteradas numa determinada

sociedade, numa determinada época.

Princípios Gerais do Direito: o ordenamento jurídico possui

inúmeros princípios, tanto explícitos (legalidade, impessoalidade,

boa-fé, moralidade, etc.), como implícitos (proporcionalidade,

razoabilidade, etc.). O Juiz deve, por último, se utilizar dos princípios

gerais para solucionar o caso concreto.

Lei X

Lei X

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Comentários: Equidade significa justiça, que o Juiz confronte a lei e

o fato e aplique a lei atendendo os fins sociais e o bem comum.

Mas ATENÇÃO!

*O Juiz pode se utilizar da equidade? Sim, SÓ nos CASOS

PREVISTO EM LEI. A própria lei vai dizer: “nesse caso, o Juiz pode

usar a equidade” ou “admite equidade”.

**A equidade NÃO É MEIO DE INTEGRAÇÃO do ordenamento

jurídico! São comuns as questões de concursos abordarem: “são

meios de integração: a analogia, os costumes, os princípios gerais do

direito e a equidade” (errado).

Repito a equidade NÃO É MEIO DE INTEGRAÇÃO do ordenamento

jurídico!

Comentários: O artigo comporta duas regras. Primeira: É dever do

Juiz decidir a lide. Mas dentro de quais limites decidirá a lide?

Equidade = justiça. A equidade NÃO É MEIO DE INTEGRAÇÃO do ordenamento jurídico.

Art. 127. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em

lei.

Princípio da Conguência:

Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta,

sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo

respeito a lei exige a iniciativa da parte.

MEIOS DE INTEGRAÇÃO

Analogia

Costumes

Princípios Gerais do Direito

GERAIS DO DIREITOS DE

EQUIDADE

NÃO É MEIO DE

INTEGRAÇÃO

SÓ nos casos previstos em

lei

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Pelo princípio da congruência, o juiz decidirá a lide nos limites emque foi proposta. Explico:

Você aprendeu que o autor propõe a ação (com a propositura da

ação, provoca a jurisdição). Naturalmente que ele, autor, faz um

“pedido” a ser apreciado pelo Juiz. No exemplo da aula 01, o autor

pediu o conserto do carro mais uma indenização.

A sentença do Juiz é uma resposta a esse pedido formulado pelo

autor (e eventualmente pelo réu), acolhendo-o ou rejeitando-o no

todo ou em parte.

Pelo princípio da congruência deve haver uma correlação entre

PEDIDO e SENTENÇA.

É o autor quem fixa, na petição inicial, os limites da lide. É ele quem

deduz pretensão (direitos) em juízo. O réu apenas se defende. Pelo princípio da congruência, deve haver uma relação entre pedido e

sentença (Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do

autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em

quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado).

Ou seja, o Juiz não deve decidir além (sentença ultra petita), aquém

(citra ou infra petita), nem fora (extra petita) do que foi pedido. Não!

Não precisa se preocupar com esses conceitos agora. Na aula “Atos

Processuais” eles serão estudados em detalhes! Apenas estou

adiantando pra mostrar que o Juiz deve decidir nos limites daquilo

que foi pedido. Quer ver um exemplo de uma decisão ultra petita

(além do que foi pedido): é o Juiz conceder ao autor R$ 2.000,00 referente ao conserto e mais uma indenização de R$ 20.000,00!

Segunda regra (do art. 128): “sendo-lhe defeso (proibido)

conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei

exige a iniciativa da parte”.

PETIÇÃO INICIAL

PEDIDO:

Conserto do veículo $ 1.000,00

+

Indenização $ 5.000,00

SENTENÇA

(deve guardar relação com o pedido)

........................

........................

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O vocábulo “defeso”, juridicamente, significa proibido. É proibido ao Juiz conhecer de questões não suscitadas (questões que não estão

“dentro” do processo, questões que não foram trazidas aos autos

pelas partes; questões que a lei exige a iniciativa das partes) pelas

partes.

Exceção: exceção à segunda regra é o “Princípio Dispositivo”: as

questões de ordem pública podem ser conhecidas de ofício (ex

officio) pelo juiz. Questões de ordem pública são matérias que

podem ser conhecida pelo Juiz, independente de pedido da parte

(como por exemplo, prescrição, direitos indisponíveis, tais como

alimento, liberdade). As questões de ordem pública não se submetem

ao princípio da congruência; o Juiz deve decidi-las, ainda que não constem do pedido.

Observe:

Princípio dispositivo: As questões de ordem pública devem ser

conhecidas de ofício pelo juiz, independente de pedido da parte.

Comentários: simular significa fingir, declarar uma vontade distinta

da vontade real, havendo a concordância de ambas as partes visando

fugir de obrigações. Exemplo: homem casado não pode doar para a

concubina. Daí, ele doa um imóvel, mas faz escritura pública de

compra e venda para fazer parecer que o negócio foi uma compra e

venda e não doação!

Pois bem! É dever do Juiz proferir sentença que impeça as partes

obterem a finalidade pretendida.

Processo simulado: as partes simulam a existência de lide.

Art. 129. Convencendo-se, pelas circunstâncias da causa, de que

autor e réu se serviram do processo para praticar ato simulado ou

conseguir fim proibido por lei, o juiz proferirá sentença que obste

aos objetivos das partes.

PETIÇÃO INICIAL

PEDIDO:

Conserto do veículo $ 1.000,00

+

Indenização $ 5.000,00

SENTENÇA

(deve guardar relação com o pedido)

........................

Princípio Dispositivo: Questões de

ordem pública: podem ser conhecidas

de ofício pelo Juiz, embora não

incluídas no pedido. Ex: prescrição.

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PODER INSTRUTÓRIO:

PODER DECISÓRIO:

Comentários: observe a sequência:

Princípio do livre convencimento motivado: Art. 131. O juiz

apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e

circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados

pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos quelhe formaram o convencimento.

Poder instrutório do Juiz: pode determinar prova de ofício.

Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,

determinar as provas necessárias à instrução do processo,

indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.

Propositura da ação pelo autor (provocação da jurisdição) – Princípio

da Inércia da Jurisdição.

Processo se desenvolve por impulso oficial - Princípio do Impulso Oficial

Poder Instrutório: Juiz determina de ofício a realização

de provas que entender pertinentes.

Apreciação da prova: O Juiz aprecia livremente as

provas, mas sempre atentando (tendo como parâmetro) aos

FATOS e CIRCUNSTÂNCIAS que constam “dentro” dos

autos – Princípio do livre convencimento (motivado) ou

Princípio da Persuasão Racional.

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O sistema adotado pelo legislador brasileiro é o Sistema da

Persuasão Racional do Juiz, sendo o convencimento do magistrado

livre. Porém, ainda que livre, deve ser racional conforme as provas

descritas nos autos processuais.

A valoração da prova deve se encontrar, necessariamente, contidonos autos do processo, onde o Juiz tem o dever de justificá-los e

motivar sua decisão. Isso permite às partes conferirem que a

convicção foi extraída dos autos e que os motivos que o levaram a

determinada sentença chegam racionalmente à conclusão exposta

pelo magistrado.

É importante lembrar que as provas não possuem valor determinado,

sendo apreciadas no contexto e conjuntamente com as demais

provas, ou seja, seu peso é considerado única e exclusivamente pelo

Juiz.

No sistema da PERSUASÃO RACIONAL, também conhecido como

sistema da LIVRE CONVICÃO MOTIVADA ou da verdade real, "o juiz

forma livremente o seu convencimento, porém dentro de critérios racionais que devem ser indicados".

PROCESSO

SENTENÇA

FUNDAMENTAÇÃO

(Indicar os MOTIVOS

que lhe formaram o

convencimento)

PROCESSO

FATOS E CIRCUNSTÂNCIAS

Ainda que os fatos e

circunstâncias não tenham sido

alegados pelas partes

PROCESSO

Juiz aprecia livremente

as PROVAS

(Princípio do Livre Convencimento

Motivado ou Persuação racional)

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Vamos lá, por partes: Poder Instrutório: O Juiz pode determinar de ofício ou a

requerimento das partes, a produção de prova. Poder de instruir

o processo.

Apreciação das provas: Depois de produzida as provas, o Juiz vai

apreciá-las. O comando é: O juiz deve apreciar as provas sempre

atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos,

ainda que não alegados pelas partes. Ou seja, a prova vai ser

apreciada em consonância com os fatos que estão “dentro” do

processo, mesmo que as partes não tenham alegado esses fatos.

Cuidado! Mesmo que o fato não tenha sido alegado por uma daspartes, o FATO ESTÁ LÁ “DENTRO” DOS AUTOS! O Juiz ao apreciar a

prova vai apreciá-la levando-o em consideração; necessariamente

este fato deve estar dentro do processo. O fato tá lá; as partes não o

alegaram; mas o Juiz viu esse fato no processo! E na apreciação da

prova produzida leva este fato em consideração! Na apreciação da

prova o Juiz é livre, tem liberdade para formar seu convencimento

(de quem, qual das partes está com razão), desde que “tome” as

provas, leve-as em consideração com os fatos que estão nos autos

(Princípio do Livre Convencimento Motivado ou da Persuação Racional).

O Juiz é soberano quanto à análise das provas produzidas nos autos.

A apreciação da prova é livre, podendo ser decidida conforme o seu

convencimento, desde que leve em consideração o confronto dessas provas com os fatos, mesmo que esses fatos não tenham sido

alegados pelas partes.

Princípio da Fundamentação das Decisões: Decisão com

fundamentação motivada: apreciadas as provas em consonância

com os fatos, o Juiz agora vai decidir. Sua decisão deve ser

fundamentada; ele deve indicar na decisão os motivos (fundamentos)

que lhe formaram o convencimento!

Decisão sem fundamento é decisão nula! A fundamentação da

decisão decorre do art. 93, IX da CF: “IX. todos os julgamentos dos

órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade (...). Cumpre ao Juiz dar as

razões do seu convencimento.

O Juiz é livre para apreciar a prova; tem liberdade, mas não

arbitrariedade! Não pode decidir arbitrariamente! Deve decidir de

acordo com o que está nos autos. E mais: deve indicar qual o

dispositivo de lei pela qual procede a pretensão ou pela qual seja

que vedada à pretensão.

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Veja a decisão:

NÃO confundir artigos 128 e 131 CPC

Comentários: o Princípio da Oralidade tem o objetivo de fazer com

que a prova seja colhida oralmente em audiência.

O Princípio da Identidade Física do Juiz consiste no dever que

tem o Juiz que concluiu a audiência de instrução e julgamento de

proferir a sentença de mérito no processo civil. Vincula o Juiz que

Princípio da Identidade Física do Juiz e Princípio da

Oralidade:

Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a

audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado,

licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou

aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor.

Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o juiz que proferir a

sentença, se entender necessário, poderá mandar repetir as

provas já produzidas.

PROCESSO - SENTENÇA

Relatório (resumo dos fatos):

abalroamento

Fundamentação (Direito, lei): arts.

186 e 927 – faz um confronte entre os

fatos ocorridos e os fundamentos (lei,

artigos) que se aplicam ao caso

concreto.

Fatos Fundamentos

abalroamento Arts. 186, 927

Prejuízo, dano

Arts. 186, 927Dever deIndenizar

Dispositivo (decisão): ... decido pela

procedência do pedido do autor ...

concedo $ 1.000,00 pelo conserto do

veículo e mais $ 5.000,00 a título de

indenização... blá blá blá.....

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concluiu a audiência ao julgamento da lide, salvo se ele estiverconvocado, licenciado, afastado, promovido ou aposentado.

Como DECORAR:

O juiz que concluir a audiência julgará a lide, salvo PLACA:

P Promovido

L Licenciado

A Aposentado

C Convocado

A Afastado

Seu sucessor atuará nos autos e poderá mandar repetir as provas já

produzidas.

PODER ORDENATÓRIO: os poderes ordenatórios se traduzem em

poderes “meios”, abrangendo as ordens que dizem respeito ao

“andamento” processual.

RESPONSABILIDADE DO JUIZ

DECORAR: Tabela das Responsabilidades:

Juiz Dolo ou Fraude

MP Dolo ou Fraude

Escrivão Dolo ou culpa

Oficial de Justiça Dolo ou culpa

Perito Dolo ou culpa

Depositário Dolo ou culpa

Administrador Dolo ou culpa

Intérprete Dolo ou culpa

Art. 133. Responderá por perdas e danos o juiz, quando: I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;

II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência

que deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte.

Parágrafo único. Reputar-se-ão verificadas as hipóteses

previstas no no II só depois que a parte, por intermédio do

escrivão, requerer ao juiz que determine a providência e este não

lhe atender o pedido dentro de 10 (dez) dias.

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Comentários: a responsabilidade “pessoal” do Juiz SOMENTE

ocorrerá se ele tiver procedido com DOLO ou FRAUDE. Nesse caso, o Juiz responde pela indenização (perdas e danos). A culpa no

exercício da atividade jurisdicional, não acarreta, para o magistrado,

o dever de indenizar.

Note bem: o ato jurisdicional praticado com culpa pode ensejar a

responsabilidade civil contra o Estado. A regra é que o Estado

responde por perdas e danos (responsabilidade civil objetiva) pelos

danos, que os seus agentes, nessa qualidade (de agente público),

causem a terceiras pessoas, independente de culpa! É que os agentes

públicos praticam ato em “nome” e por conta do Estado; os atos

praticados pelos agentes públicos são imputados ao Estado. Como

este assunto é eminente constitucional, não vou me deter a ele (basta decorar as tabelas).

Responsabilidade do Juiz

DOLO ou FRAUDE

Recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providênciaque deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte. Mas nesse

caso, só depois que a parte, requerer ao juiz e este não lhe

atender o pedido dentro de 10 (dez) dias.

DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Você viu que o Juiz deve tratar as partes com igualdade, de forma

igualitária, com isonomia (tratamento isonômico). As partes figuram

numa posição de igualdade no processo. Para tanto, o Juiz deve ser

imparcial. Ser imparcial significa não privilegiar, não beneficiar

ninguém. Juiz imparcial é aquele justo, reto, equitativo. A

imparcialidade do Juiz é atributo necessário para que possa julgar.

Assim, impõe-se a “imparcialidade”, que constitui um dos

pressupostos processuais (a ser estudado na aula 06).

Ao contrário, Juiz parcial é aquele que privilegia uma das partes, ouque faz presumir que possa privilegiar! A parcialidade do Juiz pode

ser: impedimento e suspeição.

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IMPEDIMENTO: as hipóteses de impedimento são de naturezaobjetiva (aspecto da função jurisdicional; se trata de

obstáculo funcional ao exercício da jurisdição), causam a

parcialidade absoluta (presunção absoluta: presunção iures et

de iure). Não há prazo para a alegação do impedimento (não

há preclusão) e é questão de ordem pública (o Juiz deve

pronunciar de ofício e pode ser alegada a qualquer tempo – em

qualquer fase processual – e em qualquer grau de jurisdição),

afastando-se do processo. Constitui matéria de objeção

processual.

SUSPEIÇÃO: as hipóteses de suspeição são de natureza subjetiva

(aspecto da pessoa do Juiz), causam a parcialidade relativa(presunção relativa: presunção iures tantun, admitindo prova

em contrário). Há prazo para alegar (sob pena de preclusão =

perda do direito de alegar a suspeição).

QUADRO DAS DIFERENÇAS

IMPEDIMENTO SUSPEIÇÃO

Natureza objetiva Natureza subjetiva

Parcialidade absoluta Parcialidade relativa

Não há preclusão Há preclusão

Questão de ordem pública Questão de ordem privada

Matéria de objeção processual

Hipóteses

Impedimento – art. 134 Suspeição – art. 135

É defeso (proibido) ao juiz

exercer as suas funções no

processo contencioso ou

voluntário:

Reputa-se fundada a suspeição

de parcialidade do juiz, quando:

I - de que for parte

I - amigo íntimo ou inimigocapital de qualquer das partes;

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II - em que interveiocomo mandatário da parte,

oficiou como perito, funcionou

como órgão do Ministério

Público, ou prestou depoimento

como testemunha;

II - alguma das partes for credora ou

devedora do juiz, de seu

cônjuge ou de parentes destes,

em linha reta ou na colateral até

o terceiro grau;

III - que conheceuem primeiro grau de

jurisdição, tendo-lhe proferido

sentença ou decisão;

III - herdeiropresuntivo, donatário ou

empregador de alguma das

partes;

IV - quando nele estiver postulando, como

advogado da parte, o seu

cônjuge ou qualquer parente

seu, consanguíneo ou afim,

em linha reta; ou na linha

colateral até o segundo grau;

IV - receber dádivas antes ou depois de

iniciado o processo; aconselhar

alguma das partes acerca do

objeto da causa, ou subministrar

meios para atender às despesas

do litígio;

V - quando cônjuge,

parente, consanguíneo ou

afim, de alguma das partes,

em linha reta ou, na colateral,

até o terceiro grau;

V - interessado nojulgamento da causa em favor

de uma das partes.

VI - quando forórgão de direção ou de

administração de pessoa

jurídica, parte na causa.

Parágrafo único. Poderá ainda o

juiz declarar-se suspeito por

motivo íntimo.

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Parágrafo único. No caso do no

IV, o impedimento só se

verifica quando o advogado já

estava exercendo o patrocínio

da causa; é, porém, vedado ao

advogado pleitear no processo, a

fim de criar o impedimento do juiz.

Vamos às explicações:

Impedimento – art. 134 Suspeição – art. 135

É defeso (proibido) ao juiz

exercer as suas funções no

processo contencioso ou

voluntário:

Reputa-se fundada a suspeição

de parcialidade do juiz, quando:

I - de que for parte: se o Juiz é

parte do processo, está proibido funcionar como Juiz. Ele não

pode julgar a causa de que ele

próprio é parte.

I - amigo íntimo ou inimigo

capital de qualquer das partes: o Juiz é amigo ou inimigo de uma

das partes. Obviamente que, pelo

menos em tese, acredita-se que

julgaria a favor do amigo ou

contra o inimigo.

II - em que interveio como

mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como

órgão do Ministério Público, ou

prestou depoimento como

testemunha: aqui, o Juiz já

participou do processo como

procurador (advogado) da parte

ou como perito ou como

promotor de justiça (MP) ou

testemunha. Ele pode, p. ex.,

ter sido advogado ou perito da

parte e após, ser aprovado no

concurso de Juiz. Pode também ter sido testemunha... enfim,

nesses casos não poderá atuar

como Juiz.

II - alguma das partes for

credora ou devedora do juiz,de seu cônjuge ou de parentes

destes, em linha reta ou na

colateral até o terceiro grau: a

parte é credora ou devedora

do Juiz, do cônjuge do Juiz ou

de parente do Juiz (linha reta

ou colateral até terceiro grau).

III - que conheceu em

primeiro grau de jurisdição,

tendo-lhe proferido sentença ou decisão: nesse caso, o Juiz

III - herdeiro presuntivo,

donatário ou empregador de

alguma das partes: Herdeiro presuntivo, ou presumido, é o

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julgou (sentença) o processo em

primeira instância. Agora ele está

no Tribunal de Justiça (segunda

instância) como desembargador.

Ora, não teria sentido algum para

a parte que interpôs um recurso

(porque inconformada com a decisão) ter um novo julgamento

pelo mesmo Juiz. Ele tenderia a

proferir a mesma decisão

anterior. Não pode o Juiz julgar

em grau de recurso, processo em

que tenha proferido sentença.

que presumivelmente herdará

quando da morte de parente ou

do cônjuge, por estar situado em

primeiro lugar na linha

sucessória, ou se encontrar

expressamente contemplado em

testamento. Juiz donatário é o que foi beneficiado, por qualquer

das partes, por ato de

liberalidade, isto é, por doação de

coisa ou direito economicamente

apreciável.

IV - quando nele estiver

postulando, como advogado

da parte, o seu cônjuge ou

qualquer parente seu,

consanguíneo ou afim, em

linha reta; ou na linha

colateral até o segundo grau:

Parentesco do Juiz com o

advogado da parte (Parente

Advogado): o cônjuge do Juiz é

advogado de uma das parte ou

qualquer parente do Juiz

(parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o

segundo grau) é advogado de

uma das partes. São parentes

em linha reta: a) consanguíneos:

pais, avós, bisavós, trisavós,

filhos, netos, bisnetos, trinetos;

b) afins: sogro, genro, nora,

padrasto, madrasta, enteados. O

parente em linha reta não sofre

limitação de grau.

Cuidado! Quando o parentesco

do Juiz com o advogado da parte é na linha colateral, o

impedimento só se verifica até o

segundo grau.

IV - receber dádivas antes ou

depois de iniciado o processo;

aconselhar alguma das partes

acerca do objeto da causa, ou

subministrar meios para atender

às despesas do litígio: receber

dádivas significa receber

presentes, doações. Aconselhar a

parte sobre o que deve fazer nos

autos também torna o Juiz

suspeito.

V - quando cônjuge, parente,

consanguíneo ou afim, de

alguma das partes, em linha reta ou, na colateral, até o

V - interessado no julgamento

da causa em favor de uma das

partes: por exemplo, o Juiz que é fiador de uma das partes ou

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terceiro grau: Parentesco do

Juiz com a parte (Parente NÃO

Advogado): aqui o próprio Juiz é

cônjuge, parente

(consanguíneo ou afim, em linha

reta ou colateral até o terceiro

grau) de algumas das partes. Cuidado! O parentesco do Juiz

com a parte na linha colateral é

até o terceiro grau!

Não confundir também o inciso

IV com o inciso V.

Trago abaixo a tabela apenas

para exemplificar. Não vá sair

decorando a tabela não!

uma promessa da parte de

vender o bem, objeto do litígio,

ao Juiz.

VI - quando for órgão de

direção ou de administração

de pessoa jurídica, parte na

causa: o Juiz ocupa órgão de

direção ou administração na

empresa que é parte na causa.

Parágrafo único. Poderá ainda o

juiz declarar-se suspeito por

motivo íntimo. O Juiz, ao

declarar-se suspeito por motivo

íntimo, afasta-se a causa, que

deve ser remetida ao seu

substituto, não sendo necessário

que mencione o motivo íntimo.

Parágrafo único. No caso do no

IV, o impedimento só se

verifica quando o advogado já

estava exercendo o patrocínio

da causa; é, porém, vedado ao

advogado pleitear no processo, a

fim de criar o impedimento do

juiz: fixado o Juiz do processo pela distribuição ou despacho da

petição inicial, é vedado seu

parente ingressar no processo

como advogado.

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Não decorar – Quadro meramente ilustrativo

Linha Reta Linha Colateral

Trisavô 4 grau

Bisavô 3 grau

Avô

2 grau

Tio-avô

4 grau

Pai – sogro

1 grau

Tio

3 grau

Filho do Tio-avô

5 grau

VOCÊ Irmão 2 grau

Primo 4 grau

Neto do tio-avô 6 grau

Filho 1 grau Sobrinho

3 grau

Filho do primo

5 grau

Bisneto do tio-avô

7 grau

Neto 2 grau Neto do irmão

4 grau

Neto do primo

6 grau

Trineto do tio-avô

8 graus

Bisneto 3 grau Bisneto do irmão

5 grau

Bisneto do primo

7 grau

Trineto 4 grau Trineto do irmão 6 grau

Trineto do primo 8 grau

Ufa! Dito tudo isto, você com certeza deve estar dizendo assim: meu

Deus, estava indo tudo tão bem antes desse impedimento e dessa

suspeição! Professora, como vou fazer para decorar tudo isso? E

mais: saber quando o parentesco é de segundo ou terceiro grau?

Bem simples: seguem as tabelas, dicas, bizus, macetes para marcar

o “X” na questão certa:

SUSPEIÇÃO: Primeira dica: decore esta frase:

Veja:

Suspeição

AI AI (Amigo íntimo/Inimigo capital)

CIDA CIDA (Credor/Devedor)

HERDOU HERDOU (Herdeiro)

DADIVAS DADIVAS (receber dádivas)

INTERESSANTES INTERESSANTES (Interesse) DO

(Donatário) EMPREGADOR

Pronto! Simples assim! (rsrs) não vai errar NENHUMA questão!

AI, Suspeito que CIDA HERDOU DÁDIVAS INTERESSANTES

DO EMPREGADOR

AI (Amigo intimo Inimigo capital), Suspeito (suspeição) que CIDA

(Credor Devedor) HERDOU (Herdeiro) DÁDIVAS

INTERESSANTES (interesse) DO (Donatário) EMPREGADOR

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IMPEDIMENTO e SUSPEIÇÃO: Segunda dica:

Terceira dica:

Continuemos:

Turma

Relator Revisor Terceiro julgador

Parentes

O Relator é o primeiro a conhecer a causa; impede que o segundo

(Revisor) participe do julgamento! Nesse caso, o segundo remete o processo ao seu substituto.

PARENTE ADVOGADO = 2º GRAU (inciso IV)

PARENTE NÃO ADVOGADO = 3º GRAU (inciso V)

SUSPEIÇÃO + PARENTESCO = 3º GRAU

Art. 136. Quando dois ou mais juízes forem parentes,

consanguíneos ou afins, em linha reta e no segundo grau na

linha colateral, o primeiro, que conhecer da causa no tribunal,

impede que o outro participe do julgamento; caso em que o

segundo se escusará, remetendo o processo ao seu substituto

legal. Explico:

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Seções Cíveis Seções Criminais

1ª Câmara Cível:

TURMAS

Composta de 3

julgadores

2ª Câmara Cível

1ª Câmara Criminal

2ª Câmara Criminal

Não há IMPEDIMENTO decorrente de relação de AMIZADE.

Não há SUSPEIÇÃO decorrente de relação com ADVOGADO.

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Comentários:

Impedimento e Suspeição

Se aplicam: Não se aplicam:

Ministério Público (Quando

NÃO for parte e, quando for

parte, se aplica somente nas

hipótese I a IV do art. 135)

Assistente Técnico

Serventuário de justiça

Perito

Intérprete

Como alegar o “INCIDENTE” de impedimento/suspeição: Parágrafo

primeiro do art. 138:

Com a alegação de impedimento ou suspeição, forma-se um“incidente processual”. Significa "imprevisto", “acidente". Surge no

curso do processo, devendo ser decidida pelo juiz antes da causa ou

questão principal, sendo acessória em relação à questão principal.

Exemplo: você está indo de carro de Brasília a cidade de

Taguatingua. O pneu do carro fura; surgiu um incidente, acidente.

Você pode prosseguir? Não! primeiro, tem que consertar o pneu,

para, então prosseguir. É a mesma “coisa” no incidente processual.

Art. 137. Aplicam-se os motivos de impedimento e suspeição

aos juízes de todos os tribunais. O juiz que violar o dever de

abstenção, ou não se declarar suspeito, poderá ser recusado por

qualquer das partes (art. 304).

Art. 138. Aplicam-se também os motivos de impedimento e

de suspeição:

I - ao órgão do Ministério Público, quando não for parte, e, sendo

parte, nos casos previstos nos ns. I a IV do art. 135;

II - ao serventuário de justiça;

III - ao perito;

IV - ao intérprete.

§ 1o A parte interessada deverá arguir o impedimento ou a

suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na

primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos; o juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão da

causa, ouvindo o arguido no prazo de 5 (cinco) dias, facultando a

prova quando necessária e julgando o pedido.

§ 2o Nos tribunais caberá ao relator processar e julgar o incidente.

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Observe o desenho:

Parte

(na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos)

Causa principal

“correm”

separados

Não se suspende Ouve o arguido em 5 dias e decide

Repito: Com a alegação de impedimento ou suspeição, forma-se um

“incidente processual”.

Significa "imprevisto", “acidente".

Surge no curso do processo, devendo ser decidida pelo juiz antes da

causa ou questão principal, sendo acessória em relação à questãoprincipal. NÃO SUSPENDE A AÇÃO PRINCIPAL!

Exemplo: você está indo de carro de Brasília a cidade de

Taguatingua. O pneu do carro fura; surgiu um incidente, acidente.

Você pode prosseguir? Não! primeiro, tem que consertar o pneu,

para, então prosseguir. É a mesma “coisa” no incidente processual.

PETIÇÃO

(fundamentada)

Alegando o

Impedimento ou

a Suspeição

Processo

Principal

Processo

INCIDENTE

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ÓRGÃOS AUXILIARES DA JUSTIÇA

Dica, Bizu (decorar):

D Depositário

O Oficial de Justiça

E Escrivão

P Perito

I Intérprete

Á Administrador

AUXILIARES PERMANENTES DA JUSTIÇA: Escrivão e Oficial de

Justiça.

AUXILIARES EVENTUAIS DA JUSTIÇA: Perito, Depositário,

Administrador e Intérprete.

Você já aprendeu que os Juízes e Tribunais são os órgãos

jurisdicionais ou judicantes do Poder Judiciário, que conhecem e

decidem dos conflitos de interesses, por provocação das partes(interessados). Ao desempenhar sua função jurisdicional, necessitam

da colaboração e do auxílio de outras pessoas, cujas atividades

consistem na realização de atos processuais, a sua

documentação, bem como a movimentação do processo para o

fim a que visa, a formação e desenvolvimento do processo.

Os auxiliares da Justiça são os órgãos ou as pessoas a quem a

lei atribui o encargo de realizar os serviços complementares à

jurisdição, sob a autoridade do juiz. Existem auxiliares da Justiça

perante órgãos judiciários de todos os graus, desde as varas, onde os

juízes exercem a jurisdição, até aos tribunais de superposição (STF e

STJ).

DOE, PIÁ

Art. 139. São auxiliares do juízo, além de outros, cujas

atribuições são determinadas pelas normas de organização

judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o

depositário, o administrador e o intérprete.

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Os auxiliares da justiça, ou do juízo, de acordo com o artigo 139 doCódigo de Processo Civil, são responsáveis, portanto, pelos demais

atos necessários ao desfecho da causa que não sejam de

responsabilidade exclusiva do juiz.

Respondem por condutas dolosas ou culposas que pratiquem no

exercício de suas atribuições. Face à necessária imparcialidade com

que devem atuar, sujeitam-se à arguição de impedimento ou

suspeição, conforme artigo 138.

Do Serventuário e do Oficial de Justiça

Serventuário: Aquele que serve em emprego ou ofício, funcionário dajustiça (escrivães, oficiais de registros públicos etc.).

O Escrivão: Depois do juiz, o escrivão é o mais importante dos

órgãos que compõe o juízo. Sua função recebe o nome de Ofício de

Justiça, consoante artigo 140 do Código de Processo Civil.

O Cartório (Secretaria) é o estabelecimento por ele dirigido no qual

podem servir outros funcionários subalternos, como os escreventes,

cuja função é regulada pelas normas de organização judiciária.

Atribuições do escrivão:

São várias as funções do escrivão. Algumas autônomas: a

documentação, certificação, movimentação dos autos etc.; outras são vinculadas à ordem judicial: citações e intimações.

O artigo 141 enumera suas atribuições de forma exemplificativa (não

exaustiva), prevendo seu inciso II outras funções.

O inciso I estabelece que o escrivão possui atribuição de redigir, na

forma da lei, os ofícios, os mandados, as cartas precatórias e demais

Art. 140. Em cada juízo haverá um ou mais ofícios de justiça, cujas

atribuições são determinadas pelas normas de organização

judiciária.

Art. 141. Incumbe ao escrivão:

I - redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas

precatórias e mais atos que pertencem ao seu ofício;

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atos que pertençam ao seu ofício (p. ex., redigir depoimento pessoaldas partes, testemunhas e dos termos). Todos esses atos serão

estudados em detalhes na aula “Atos Processuais”.

O inciso II trata da incumbência de atender às ordens do Juiz,

promovendo citações e intimações que não sejam realizadas,

pessoalmente, mediante oficial de justiça.

Prevê ainda, conforme antes referido, a prática pelo escrivão de

outros atos que as normas de organização judiciária lhe atribuam.

O inciso III dispõe sobre a obrigação de comparecimento do escrivão

em audiência, documentando todo o trabalho nela realizado, com a

posterior lavratura do respectivo termo. Na hipótese de

impossibilidade de comparecimento, designará escrevente

juramentado, preferencialmente datilógrafo ou taquígrafo.

II - executar as ordens judiciais, promovendo citações e

intimações, bem como praticando todos os demais atos, que lhe

forem atribuídos pelas normas de organização judiciária;

III - comparecer às audiências, ou, não podendo fazê-lo, designar

para substituí-lo escrevente juramentado, de preferência

datilógrafo ou taquígrafo;

IV - ter, sob sua guarda e responsabilidade, os autos, não

permitindo que saiam de cartório, exceto:

a) quando tenham de subir à conclusão do juiz;

b) com vista aos procuradores, ao Ministério Público ou à Fazenda

Pública;

c) quando devam ser remetidos ao contador ou ao partidor;

d) quando, modificando-se a competência, forem transferidos a

outro juízo;

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A guarda e a responsabilidade pelos autos são tratadas no inciso IV,não devendo o escrivão permitir sua saída do cartório, salvo: a)

quando tenham de subir à conclusão; b) com vistas aos

procuradores, ao Ministério Público, ou à Fazenda Pública; c) quando

devam ser remetidos ao contador ou ao partidor; d) quando,

modificando-se a competência, forem transferidos a outro juízo,

hipótese esta distinta das demais, por tratar-se de saída definitiva

dos autos. Observa-se, no entanto, que a disposição do inciso é

incompleta, carecendo de referência a outras hipóteses de saída dos

autos, como a remessa à superior instância, ao distribuidor, para

exame pericial etc.

O inciso V atribuiu ao escrivão a função de certificar, independente de

despacho, qualquer ato ou termo do processo, observando sempre o

no artigo 155 do CPC, independentemente de determinação judicial,

bastando para tanto que simples solicitação, verbal ou escrita, de

qualquer cidadão. Os processos que tramitam em segredo de justiça

são exceção à regra, necessitando de autorização judicial. As

afirmações que o escrivão, e demais auxiliares da justiça, fizerem no

exercício de suas respectivas atividades presumem-se verdadeiras,

pois, eles gozam de fé pública.

O escrivão pode ser substituído no caso de impedimento para prática

de algum ato. A substituição, em qualquer das hipóteses, deverá ser

por escrevente juramentado, escrivão substituto ou ad hoc

(nomeação, pelo juiz, de pessoa idônea para prática daquele ato em

específico).

Oficial de Justiça: responsável pela execução dos

procedimentos que tenham repercussão externa ao juízo. Os

oficiais de justiça são os mensageiros e executores de ordens

judiciais. Suas tarefas estão previstas no artigo 143 do Código de

Processo Civil.

V - dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer

ato ou termo do processo, observado o disposto no art. 155.

Art. 142. No impedimento do escrivão, o juiz convocar-lhe-á o

substituto, e, não o havendo, nomeará pessoa idônea para o

ato.

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O inciso I elenca as atribuições de citações, prisões, penhoras,

arrestos e outras diligências próprias do ofício, incluindo os

sequestros, buscas e apreensões etc. Deverá, em todas elas,

certificar no respectivo mandado, o lugar, dia e hora do ocorrido. Estas medidas, sempre que possível, devem ser praticadas na

presença de duas testemunhas.

Pelo inciso II, o oficial de justiça deve atender as ordens do juiz a que

estiver subordinado.

O inciso III dispões sobre a obrigatoriedade da entrega em cartório

do mandado cumprido após realizadas as diligências.

Muito comum as “pegadinhas” em concurso: O oficial de justiça deve entregar, em cartório, em 5 dias (ou em 10 dias, etc.) o mandado

cumprido (errado). Veja que ele deve entregar logo após o cumprimento.

O inciso IV trata da presença do oficial de justiça em audiência para

auxiliar o juiz na manutenção da ordem, devendo, por exemplo, fazer a retirada de alguém da sala de audiência que porventura esteja

perturbando a ordem pública.

Da mesma forma que o escrivão, o oficial de justiça goza de fé

pública e responde civilmente por seu atos na forma do artigo 144 do

CPC.

Art. 143. Incumbe ao oficial de justiça: atribuições:

I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras,

arrestos e mais diligências próprias do seu ofício, certificando no

mandado o ocorrido, com menção de lugar, dia e hora. A

diligência, sempre que possível, realizar-se-á na presença de

duas testemunhas;

II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;

III - entregar, em cartório, o mandado, logo depois de

cumprido;

IV - estar presente às audiências e coadjuvar o juiz namanutenção da ordem.

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Responsabilidade do Escrivão e do Oficial de Justiça:

O escrivão e seus auxiliares estão sujeitos à responsabilidade civil

quando, sem justo motivo, se recusarem a cumprir, dentro do prazo,

os atos legalmente a eles impostos ou que o juiz os tenham

incumbido ou, ainda, quando praticarem atos nulos com dolo ou

culpa.

DECORAR: Tabela das Responsabilidades:

Juiz Dolo ou Fraude

MP Dolo ou Fraude

Escrivão Dolo ou culpa

Oficial de Justiça Dolo ou culpa

Perito Dolo ou culpa

Depositário Dolo ou culpa

Administrador Dolo ou culpa

Intérprete Dolo ou culpa

Responsabilidade do Escrivão e do Oficial de Justiça

DOLO ou CULPA

sem justo motivo, se recusarem a cumprir, dentro do prazo, os

atos que lhes impõe a lei, ou os que o juiz, a que estão

subordinados, lhes comete;

Do Perito

PERITO: O perito é o profissional que possui conhecimentos

técnicos e científicos, e, por isso, auxilia o juiz no descobrimento

da verdade sobre determinado fato.

Art. 144. O escrivão e o oficial de justiça são civilmente

responsáveis:

I - quando, sem justo motivo, se recusarem a cumprir, dentro

do prazo, os atos que lhes impõe a lei, ou os que o juiz, a que

estão subordinados, lhes comete;

II - quando praticarem ato nulo com dolo ou culpa.

Page 32: Aula 02

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O perito é pessoa estranha ao quadro de funcionários permanentesda justiça, escolhido pelo juiz para atuar, mediante remuneração

paga pelas partes (artigo 33, CPC).

Como auxiliar do juízo, ao perito aplicam-se os motivos de

impedimento e suspeição previstos no artigo 138 do Código de

Processo Civil.

Nomeado pelo juízo, a regra é que o perito investe-se de função

pública, devendo cumprir seu ofício dentro do prazo legal.

No entanto, poderá não aceitar o encargo, a atribuição, alegando

motivo legítimo, que deverá ser apresentado no prazo máximo de

cinco dias contados da intimação ou do impedimento superveniente.A escusa significa desculpa, razão pela qual uma pessoa alega para

desculpar-se ou desculpar alguém: apresentar uma escusa, razão ou

Art. 146. O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo

que lhe assina a lei, empregando toda a sua diligência; pode,

todavia, escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.

Parágrafo único. A escusa será apresentada dentro de 5 (cinco)

dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob

pena de se reputar renunciado o direito a alegá-la (art. 423).

Art. 145. Quando a prova do fato depender de conhecimento

técnico ou científico, o juiz será assistido por perito, segundo

o disposto no art. 421.

§ 1o Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível

universitário, devidamente inscritos no órgão de classe

competente, respeitado o disposto no Capítulo Vl, seção Vll, deste

Código.

§ 2o Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria

sobre que deverão opinar, mediante certidão do órgão

profissional em que estiverem inscritos.

§ 3o Nas localidades onde não houver profissionais

qualificados que preencham os requisitos dos parágrafos

anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha do

juiz.

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pretexto invocado para se eximir de uma obrigação, negando suacolaboração.

DICA, BIZU:

Responsabilidade do Perito:

Art. 147. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações

inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará

inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras perícias e

incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.

DECORAR: Tabela das Responsabilidades:

Juiz Dolo ou Fraude

MP Dolo ou Fraude

Escrivão Dolo ou culpa

Oficial de Justiça Dolo ou culpa

Perito Dolo ou culpa

Depositário Dolo ou culpa

Administrador Dolo ou culpa

Intérprete Dolo ou culpa

Responsabilidade do Perito

DOLO ou CULPA

Prestar informações inverídicas

Sanção Civil: Responderá pelos prejuízos que causar à parte.

Sanção Administrativa: Ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, a

funcionar em outras perícias.

Sanção Penal: Incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.

ART. 146: A ESCUSA DO PERITO: SERÁ APRESENTADA

DENTRO DE CINCO DIAS

Dica: A ESCUSA DO PERITO TEM UM PIRCING

Pircing: P, de Perito e cin (de cinco).

Page 34: Aula 02

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Do Depositário e do Administrador

O artigo 148 do CPC dispõe que a guarda e a conservação dos bens

penhorados, arrestados, sequestrados ou arrecadados serão

confiados ao depositário ou administrador, que deverá zelar por sua

guarda e conservação, evitando que se extraviem ou se deteriorem.

O Depositário possui uma função preponderantemente deguarda e conservação. O Administrador, além das

responsabilidades de depositário, tem a incumbência

complementar de manter em atividade e produção o

estabelecimento penhorado.

Ambos são remunerados. O valor da remuneração será fixado pelo

Juiz, levando em consideração à situação do bem, ao tempo do

serviço e às dificuldades de sua execução.

No artigo 150 está prevista a responsabilidade do depositário e do

administrador pelos prejuízos causados à(s) parte(s) decorrentes de

dolo ou culpa no exercício de suas funções, estabelecendo, inclusive, a perda da remuneração que lhe fora arbitrada pelo juízo, ressalvado,

todavia, o direito de haver eventuais despesas por ele despendidas

no exercício do cargo.

Art. 148. A guarda e conservação de bens penhorados,

arrestados, sequestrados ou arrecadados serão confiadas a

depositário ou a administrador, não dispondo a lei de outro

modo.

Art. 149. O depositário ou administrador perceberá, por seu

trabalho, remuneração que o juiz fixará, atendendo à situação

dos bens, ao tempo do serviço e às dificuldades de sua execução.

Parágrafo único. O juiz poderá nomear, por indicação do depositário ou do administrador, um ou mais prepostos.

Art. 150. O depositário ou o administrador responde pelos

prejuízos que, por dolo ou culpa, causar à parte, perdendo a

remuneração que lhe foi arbitrada; mas tem o direito a haver o

que legitimamente despendeu no exercício do encargo.

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DECORAR: Tabela das Responsabilidades:

Juiz Dolo ou Fraude

MP Dolo ou Fraude

Escrivão Dolo ou culpa

Oficial de Justiça Dolo ou culpa

Perito Dolo ou culpa

Depositário Dolo ou culpa

Administrador Dolo ou culpa

Intérprete Dolo ou culpa

Responsabilidade do Depositário e Administrador

DOLO ou CULPA

Pelos prejuízos que causar

Perde a remuneração

Do Intérprete

Intérprete é o profissional que traduz para o vernáculo, de modo que

todos os interessados no pleito entendam, o que a parte, assistente,

testemunha ou outra pessoa exprimiu no processo.

Vernáculo é o nome que se dá à língua nativa de um país ou de uma

localidade. Não raras vezes é necessário colher o depoimento pessoal

de um estrangeiro. O Juiz não conhece todas as línguas, por isso se

Art. 151. O juiz nomeará intérprete toda vez que o repute necessário para:

I - analisar documento de entendimento duvidoso, redigido

em língua estrangeira;

II - verter em português as declarações das partes e das

testemunhas que não conhecerem o idioma nacional;

III - traduzir a linguagem mímica dos surdos-mudos, que

não puderem transmitir a sua vontade por escrito.

Page 36: Aula 02

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utiliza de um tradutor juramentado. E em caso de dúvida no texto játraduzido, se serve do intérprete. A atribuição do intérprete é

semelhante à do perito no auxílio ao Juiz, sempre que este necessite.

São três hipóteses de nomeação de intérprete:

No inciso I: para análise de documento redigido em língua

estrangeira, não se confundindo com o tradutor juramentado (art.

157). A diferença é que o intérprete deverá analisar dúvidas (se

houver), em alguma parte do texto, do documento já traduzido pelo

tradutor juramentado. O intérprete não realiza a tradução integral do

documento. O inciso II prevê a versão para o português de

declarações das partes ou testemunhas que não conheçam o idioma.

Abrange também, por consequência, a tradução das perguntas do

juiz e das partes para a língua do depoente de modo que este possa respondê-las. O inciso III prevê a tradução da linguagem dos surdos-

mudos que não puderem manifestar sua vontade por escrito.

O artigo 152 dispõe sobre as hipóteses de impedimento do exercício

da função. O inciso I exclui aqueles que não tiverem a livre

administração de seus bens (p. ex., absolutamente incapazes: osmenores de 18 anos não emancipados).

O inciso II afasta aqueles que foram arrolados como testemunhas, ou

servem como perito no processo por terem algum tipo de contato

prévio com o processo. O inciso III exclui os que estiverem

inabilitados ao exercício da função mediante sentença penal

condenatória, enquanto durar a condenação.

Art. 152. Não pode ser intérprete quem:

I - não tiver a livre administração dos seus bens;

II - for arrolado como testemunha ou serve como perito no

processo;

III - estiver inabilitado ao exercício da profissão por sentença penal

condenatória, enquanto durar o seu efeito.

Art. 153. O intérprete, oficial ou não, é obrigado a prestar o

seu ofício, aplicando-se-lhe o disposto nos arts. 146 e 147.

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A mesma obrigatoriedade, por parte do interprete, de auxiliar ajustiça quando chamado pelo magistrado, aplicando-lhe o mesmo

regramento ao qual se sujeita o perito, consoante o quanto disposto

no artigo 146 e 147.

Responsabilidade do Intérprete:

DECORAR: Tabela das Responsabilidades:

Juiz Dolo ou Fraude

MP Dolo ou Fraude

Escrivão Dolo ou culpa

Oficial de Justiça Dolo ou culpa

Perito Dolo ou culpa

Depositário Dolo ou culpa

Administrador Dolo ou culpa

Intérprete Dolo ou culpa

Responsabilidade do Intérprete

DOLO ou CULPA

Prestar informações inverídicas

Vamos às questões? Então mãos à obra:

QUESTÕES

01. (TRF2ªregião/FCC/2012/Técnico Judiciário/Área Administrativa)

NÃO se inclui dentre os auxiliares da justiça o

a) perito.

b) intérprete.

c) administrador.

d) oficial de justiça.

e) advogado.

Comentários: Dica, Bizu (decorar):

D Depositário

O Oficial de Justiça

E Escrivão

P Perito

I Intérprete

Á Administrador

DOE, PIÁ

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Auxiliares Permanentes da justiça: Escrivão e Oficial de Justiça.

Auxiliares eventuais da justiça: Perito, Depositário, Administrador

e Intérprete.

Gabarito: e

02. (FAURGS/2010/TJ-RS/Oficial Escrevente) Conforme o artigo 143

do Código de Processo Civil, incumbe ao oficial de justiça

a) designar pessoa para efetuar as citações, prisões, penhoras,

arrestos. b) realizar diligências, sempre na presença de testemunhas.

c) entregar o mandado em cartório no prazo de até 15 (quinze)

dias após seu cumprimento.

d) executar as ordens do juiz a que estiver subordinado.

e) redigir, em forma legal, os ofícios, mandados e cartas

precatórias. Comentários:

Gabarito: d

03. (FCC/2012/TRF/2ªregião/Técnico Judiciário/Área Administrativa)

O juiz

a) apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias

constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes.

Art. 139. São auxiliares do juízo, além de outros, cujas

atribuições são determinadas pelas normas de organização

judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o

depositário, o administrador e o intérprete.

Art. 143. Incumbe ao oficial de justiça: atribuições:

I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e maisdiligências próprias do seu ofício, certificando no mandado o ocorrido, com

menção de lugar, dia e hora. A diligência, sempre que possível, realizar-se-á

na presença de duas testemunhas;

II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;

III - entregar, em cartório, o mandado, logo depois de cumprido;

IV - estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.

V - efetuar avaliações.

Page 39: Aula 02

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b) só poderá tentar conciliar as partes na audiência de conciliaçãoespecialmente designada para esse fim.

c) poderá decidir a lide fora dos limites em que foi proposta,

conhecendo de questões não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a

iniciativa da parte.

d) não poderá ordenar a produção de provas necessárias à instrução

do processo sem expresso requerimento das partes.

e) poderá deixar de sentenciar alegando lacuna ou obscuridade da lei.

Comentários:

A alternativa “a” (apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos

e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas

partes) está correta. As bancas de concursos adoram esta questão.

Art. 131 do CPC. É o princípio do livre convencimento motivado/persuasão racional.

Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e

circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas

partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe

formaram o convencimento.

A alternativa “b” (SÓ poderá tentar conciliar as partes NA

AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO especialmente designada para esse

fim) está errada: Art. 125, IV. Art. 125. O juiz dirigirá o processo

conforme as disposições deste Código, competindo-lhe: IV - tentar, a

QUALQUER TEMPO, conciliar as partes.

A alternativa “c” (PODERÁ decidir a lide FORA dos limites em que foi

proposta, conhecendo de questões não suscitadas, a cujo respeito a

lei exige a iniciativa da parte) está errada: Trata-se do Princípio da Congruência ou Adstrição: Art. 128. O juiz decidirá a lide NOS

LIMITES em que foi proposta, sendo-lhe DEFESO conhecer de

questões, NÃO SUSCITADAS, a cujo respeito a lei exige a iniciativa

da parte.

A alternativa “d” (NÃO poderá ordenar a produção de provas

necessárias à instrução do processo SEM EXPRESSO

REQUERIMENTO das partes) está errada: PODER INSTRUTÓRIO:

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A alternativa “e” (poderá deixar de sentenciar alegando lacuna ou

obscuridade da lei), está errada:

Gabarito: a

04. (FCC/2006/TRT/6ªregião(PE)/Técnico Judiciário/ Área

Administrativa) É certo que o juiz

a) apreciará a prova, atendendo aos fatos e às circunstâncias

constantes dos autos, somente se forem alegadas pelas partes.

b) pode se eximir de sentenciar ou de despachar, alegando lacuna

ou obscuridade da lei.

c) não precisa indicar na sentença os motivos que lhe formaram o

convencimento.

d) responderá por perdas e danos quando, no exercício de suas

funções, proceder com dolo.

e) não poderá, de ofício, determinar as provas necessárias à

instrução do processo.

Comentários: O juiz é o destinatário da prova.

É ele a pessoa que deverá se convencer das provas e motivar seu

convencimento. Poderá, para tanto, definir se há e quais são as provas necessárias, atuando de ofício ou a pedido das partes.

Alternativas “a” e “c” erradas: NUNCA CONFUNDIR o art. 128 com

o art. 131:

Poder instrutório do Juiz: pode determinar prova de ofício.

Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,

determinar as provas necessárias à instrução do processo,

indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.

Princípio da Inclinabilidade da Jurisdição:

Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar

alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide

caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.

Princípio da Conguência:

Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta,

sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo

respeito a lei exige a iniciativa da parte.

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Regra da apreciação da prova: O Juiz apreciará livremente a prova

(sempre atentando aos fatos e circunstâncias do processo, mesmo

que esses fatos não tenham sido alegados pelas partes); mas note

que os fatos estão lá dentro do processo. Mesmo apreciando

livremente a prova, deverá indicar, na sentença (regra de

decisão), os motivos que lhe formaram o convencimento.

Regra de decisão: E no momento de proferir a decisão, esta deve

ter como limite do que foi proposto, sendo vedado conhecer de

questões não abordadas pelas partes, questões essas que a lei exige a iniciativa das partes.

Alternativa “b”: Art. 126. O juiz NÃO SE EXIME de sentenciar ou

despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da

lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá

à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.

A Alternativa “e” está errada: Art. 130. Caberá AO JUIZ, DE OFÍCIO

ou a requerimento da parte, DETERMINAR AS PROVAS NECESSÁRIASÀ INSTRUÇÃO DO PROCESSO, indeferindo as diligências inúteis ou

meramente protelatórias.

Princípio do livre convencimento motivado: Art. 131. O juiz

apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e

circunstâncias constantes dos autos, ainda que não

alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os

motivos que lhe formaram o convencimento.

MEIOS DE INTEGRAÇÃO

Analogia

Costumes

Princípios Gerais do Direito

GERAIS DO DIREITOS DE

EQUIDADE

NÃO É MEIO DE

INTEGRAÇÃO

SÓ nos casos previstos em

lei

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A Alternativa “d” está correta: Art. 133:

DECORAR: Tabela das Responsabilidades:

Juiz Dolo ou Fraude

MP Dolo ou Fraude

Escrivão Dolo ou culpa

Oficial de Justiça Dolo ou culpa

Perito Dolo ou culpa

Depositário Dolo ou culpa

Administrador Dolo ou culpa

Intérprete Dolo ou culpa

Responsabilidade do Juiz

DOLO ou FRAUDE

Recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência

que deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte. Mas nesse

caso, só depois que a parte, requerer ao juiz e este não lhe

atender o pedido dentro de 10 (dez) dias.

Gabarito: d

05. (FCC/2009/TJ-PI/Técnico Judiciário/Área Administrativa) O juiz,

na condução do processo,

a) pode recusar-se a proferir sentença sempre que não houver

norma legal que discipline o assunto. b) deve assegurar igualdade de tratamento às partes e velar pela

rápida solução do litígio.

c) deve evitar acordo entre as partes, para assegurar o império da

lei.

d) pode sempre decidir por equidade.

e) por iniciativa própria, não pode determinar a realização de

provas.

Comentários: A alternativa “a” está incorreta: art. 126. O juiz não se

exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da

lei.

A alternativa “a” está correta: art. 125. O juiz dirigirá o processo

conforme as disposições deste Código, competindo-lhe: I - asseguraràs partes igualdade de tratamento; II - velar pela rápida solução do

litígio;

A alternativa “a” está incorreta: art. 125, IV. tentar, a qualquer

tempo, conciliar as partes.

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A alternativa “a” está incorreta: art. 127. O juiz só decidirá porequidade nos casos previstos em lei;

A alternativa “a” está incorreta: art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou

a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à

instrução do processo.

Gabarito: b

06. (FCC/2009/TJ-PA/Analista Judiciário/Oficial de Justiça) O juiz

a) pode conhecer de questões não suscitadas, a cujo respeito a lei

exige a iniciativa da parte.

b) não poderá determinar de ofício a produção de provas

necessárias à instrução do processo.

c) apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos ecircunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas

partes.

d) não poderá indeferir diligências inúteis ou meramente

protelatórias, se formuladas dentro do prazo legal.

e) pode deixar de sentenciar ou despachar, alegando lacuna ou

obscuridade da lei.

Comentários: veja a quantidade questões repetidas (rsrs), graças à

Deus! Para verificar o que está errado nessa questão, reler alguns

artigos do CPC, na parte "Dos Poderes, dos Deveres e da

responsabilidade do Juiz":

Art. 126. O juiz NÃO se exime de sentenciar ou despachar alegando

lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á

aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.

Art. 130. CABERÁ ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,

determinar as provas necessárias à instrução do processo,

indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.

NÃO confundir artigos 128 e 131 CPC

Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta,

sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.

Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos

fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não

alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, osmotivos que lhe formaram o convencimento.

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Gabarito: c

07. (FCC/2007/TJ-PE/Técnico Judiciário/Área Administrativa) Reputa-

se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando

a) interveio no processo como mandatário da parte, oficiou como

perito ou funcionou como órgão do Ministério Público.

b) alguma das partes for credora ou devedora de seu cônjuge ou

de parentes deste, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau.

c) conheceu do processo em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe

proferido sentença ou decisão.

d) no processo estiver postulando, como advogado da parte, o seu

cônjuge ou qualquer parente seu consanguíneo.

e) for cônjuge, parente, consanguíneo ou afim, de alguma das

partes, em linha reta ou, colateral, até o terceiro grau.

Comentários: como foi que ensinei? como foi, como foi? (rsrs): ei,

essa vamos resolver por EXCLUSÃO. Técnica de marcar a resposta

correta: não procure a certa; por exclusão, vá excluindo as erradas:

SUSPEIÇÃO: Primeira dica: decore esta frase:

Suspeição

AI AI (Amigo íntimo/Inimigo capital)

CIDA CIDA (Credor/Devedor)

HERDOU HERDOU (Herdeiro)

DADIVAS DADIVAS (receber dádivas)

INTERESSANTES INTERESSANTES (Interesse) DO

(Donatário) EMPREGADOR

Pronto! Simples assim! (rsrs) não vai errar NENHUMA questão!

AI, Suspeito que CIDA HERDOU DÁDIVAS INTERESSANTES

DO EMPREGADOR

AI (Amigo intimo Inimigo capital), Suspeito (suspeição) que CIDA

(Credor Devedor) HERDOU (Herdeiro) DÁDIVAS

INTERESSANTES (interesse) DO (Donatário) EMPREGADOR

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IMPEDIMENTOe SUSPEIÇÃO: Segunda dica:

Terceira dica:

E aí? Qual a alternativa correta? Reputa-se fundada a suspeição de

parcialidade do juiz, quando

A alternativa “a”: interveio no processo como mandatário da parte,

oficiou como perito ou funcionou como órgão do Ministério Público.

(IMPEDIMENTO)

A alternativa “b”: alguma das partes for credora ou devedora de seu

cônjuge ou de parentes deste, em linha reta ou na colateral até o

terceiro grau. (CORRETO - SUSPEIÇÃO)

A alternativa “c”: conheceu do processo em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou decisão. (IMPEDIMENTO)

A alternativa “d”: no processo estiver postulando, como advogado da

parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu consanguíneo.

(IMPEDIMENTO)

A alternativa “e”: for cônjuge, parente, consanguíneo ou afim, de

alguma das partes, em linha reta ou, colateral, até o terceiro grau.

(IMPEDIMENTO)

Gabarito: b (rsrs, não perde uma)! É tiro e queda!

08. (FCC/2012/TJ-RJ/Analista Judiciário/Execução de Mandados) O

juiz responderá por perdas e danos quando

a) recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que

deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte.

PARENTE ADVOGADO = 2º GRAU (inciso IV) PARENTE NÃO ADVOGADO = 3º GRAU (inciso V)

SUSPEIÇÃO + PARENTESCO = 3º GRAU

Não há IMPEDIMENTO decorrente de relação de AMIZADE.

Não há SUSPEIÇÃO decorrente de relação com ADVOGADO.

Page 46: Aula 02

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b) sua sentença for alterada pelos tribunais.

c) exceder o prazo de noventa dias para término de qualquer

processo.

d) determinar provas que os tribunais entendam desnecessárias.

e) retardar, em qualquer situação, providência inerente ao exercício

de suas funções.

Comentários: essa não tem mais nem graça, né?

DECORAR: Tabela das Responsabilidades:

Juiz Dolo ou Fraude

MP Dolo ou Fraude

Escrivão Dolo ou culpa

Oficial de Justiça Dolo ou culpa

Perito Dolo ou culpa

Depositário Dolo ou culpa

Administrador Dolo ou culpa

Intérprete Dolo ou culpa

Responsabilidade do Juiz

DOLO ou FRAUDE

Recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência

que deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte. Mas nesse

caso, só depois que a parte, requerer ao juiz e este não lhe

atender o pedido dentro de 10 (dez) dias.

Repito o quadro sim! O método é repetitivo + associativo! Seus olhosfotografam, não vai errar NADA!

Gabarito: a

09. (CONSULPLAN/2012/TSE/Analista Judiciário/Área Judiciária)

Analise as seguintes proposições:

I. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição ao

intérprete.

II. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando for

herdeiro presuntivo de alguma das partes.

III. O juiz não pode se declarar suspeito por motivo íntimo.

IV. É defeso ao juiz exercer as suas funções apenas em processos

contenciosos de que for parte.

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Assinale:

a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

b) se apenas a afirmativa IV estiver correta.

c) se apenas a afirmativa II estiver correta.

d) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários:

Item I) Certo. O art. 138, IV do CPC determina que aplicam-se

também os motivos de impedimento e de suspeição ao intérprete.

Item II) Certo. O art. 135, III do CPC determina que reputa-se

fundada a suspeição de parcialidade do juiz quando herdeiro

presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes.

Item III) Errado. O parágrafo único do art. 135 determina que poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo íntimo.

Item IV) Errado. O art. 134, I do CPC determina que é defeso ao juiz

exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário de

que for parte.

Gabarito: a

10. (MPE/SP/2011/MPE-SP/Promotor de Justiça) O poder instrutório

do Juiz no processo civil

a) depende de requerimento e iniciativa da parte, exclusivamente.

b) é restrito à prova de fatos afirmados por uma parte e

confessados pela parte contrária.

c) é limitado à prova de fatos a cujo favor milita presunção legal

de existência e de veracidade. d) está adstrito à prova de fatos admitidos, no processo, como

incontroversos.

e) é amplo, cabendo-lhe determinar de ofício as provas

necessárias à instrução do processo.

Comentários: Coloquei essa questão, mesmo tendo sido para o

concurso de promotor de justiça (Ministério Público), primeiro porque

aborda o poder instrutório do Juiz, serve para a gente trabalhar o

conceito; segundo, porque você é plenamente capaz de resolver.

Poder instrutório do juiz: No art. 130 do CPC há previsão, do

poder do juiz, determinar de ofício, a produção de provas. Trata-se

de um poder paralelo às partes, visto que em matéria de produção de provas o juiz é sujeito ativo, dando ao processo civil brasileiro um

aspecto inquisitivo, já que o juiz tem AMPLO poder instrutório em

qualquer demanda cível.

Gabarito: e

11. (FCC/2011/TRE-AP/Analista Judiciário/Área Judiciária) Fábio é juiz

de direito na comarca de Barra de Ouro onde tramitam os processos

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Prata, Bronze e Cobre. No processo Prata ele é herdeiro presuntivo doautor, no processo Bronze ele é amigo intimo do réu e no processo

Cobre ele é cunhado do advogado do autor. Nestes casos, é defeso a

Fábio exercer as suas funções

a) nos processos Bronze e Cobre, somente.

b) no processo Prata, somente.

c) nos processos Prata, Bronze e Cobre.

d) nos processos Prata e Bronze, somente.

e) no processo Cobre, somente.

Comentários: Note que a questão diz: “é defeso” (...) – art. 134. É

“defeso” (casos de impedimento); se a questão tratasse de

suspeição, diria “reputa-se suspeito o Juiz ....”. A questão quer o

impedimento do Juiz. Vamos acertar por exclusão?

Juiz Fábio – Comarca Barra de Ouro

Processo Prata Processo Bronze Processo Cobre

Herdeiro do autor Amigo íntimo do réu Cunhado do

advogado do autor

SUSPEIÇÃO: Primeira dica: decore esta frase:

Suspeição

AI AI (Amigo íntimo/Inimigo capital)

CIDA CIDA (Credor/Devedor)

HERDOU HERDOU (Herdeiro)

DADIVAS DADIVAS (receber dádivas)

INTERESSANTES INTERESSANTES (Interesse) DO

(Donatário) EMPREGADOR

AI, Suspeito que CIDA HERDOU DÁDIVAS INTERESSANTES

DO EMPREGADOR

AI (Amigo intimo Inimigo capital), Suspeito (suspeição) que CIDA

(Credor Devedor) HERDOU (Herdeiro) DÁDIVAS

INTERESSANTES (interesse) DO (Donatário) EMPREGADOR

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Gabarito: e

12. (FCC/2011/TRE-TO/Analista Judiciário/Área Judiciária) Mara é

juíza de direito. Neste mês recebeu através da distribuição três

processos: A, B e C. No processo A o advogado do autor é o marido

de Mara. No processo B uma das partes é inimiga capital de Mara e

no processo C a autora é empregada de Mara. Nestes casos, Mara

está impedida de exercer as suas funções

a) no processo A.

b) no processo B

c) no processo C. d) nos processos A e B.

e) nos processos A e C.

Comentários:

Mara

Processo A Processo B Processo C

Advogado do autor(marido de Mara)

Inimigo Empregador (Juiz)Empregada (autora)

O único caso de impedimento é o A:

No processo A o advogado do autor é o marido de Mara.

Gabarito: a

13. (TRT/2010/TRT/6ªRegião(PE)Juiz/Prova O Impedimento e a

suspeição:

a) Somente se aplicam ao Juiz.

b) Podem implicar mudança de Juiz, mas não de Juízo.

c) Podem implicar mudança de Juízo, mas não de Juiz.

d) Podem implicar mudança de Juiz e de Juízo.

e) Aplicam-se ao Juiz e ao Juízo.

Comentários: As exceções de impedimento e suspeição dizem

respeito à imparcialidade do Juiz no exercício de sua função. Ora,

juízo significa instância. Não pode haver mudança instância, do grau

de jurisdição. Verificada a hipótese, o Juiz remete os autos ao seu

substituto.

Não há IMPEDIMENTO decorrente de relação de AMIZADE.

Não há SUSPEIÇÃO decorrente de relação com ADVOGADO.

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Gabarito: b

14. (FCC/2006/TRF/1ªregião/Analista Judiciário/Área Judiciária) O

juiz NÃO está impedido para exercer suas funções no processo

contencioso ou voluntário

a) em que funcionou como órgão do Ministério Público.

b) que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lheproferido sentença ou decisão.

c) quando for órgão de direção ou de administração de pessoa

jurídica, parte na causa.

d) quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de

alguma das partes.

e) quando for parente consanguíneo, de alguma das partes, em

linha colateral até o terceiro grau.

Comentários: A questão quer a hipótese que o Juiz NÃO está

impedido. Dá pra resolver por exclusão: herdeiro, donatário e

empregador são casos de suspeição (ver na tabela da suspeição). Os

casos de impedimento estão no art. 134. É defeso ao juiz exercer as

suas funções no processo contencioso ou voluntário:

I - de que for parte;

II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito,

funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento

como testemunha;

III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe

proferido sentença ou decisão;

IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu

cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha

reta; ou na linha colateral até o segundo grau;

V - quando cônjuge, parente, consanguíneo ou afim, de alguma das

partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau;

VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa

jurídica, parte na causa.

Parágrafo único. No caso do no IV, o impedimento só se verifica

quando o advogado já estava exercendo o patrocínio da causa; é,

porém, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o

impedimento do juiz.

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Gabarito: d

15. (FCC/2006/TRE-AP/Analista Judiciário/Área Judiciária) É certo que

o juiz

a) somente poderá tentar conciliar as partes em audiência para

esse fim especialmente designada, não podendo fazê-lo em outra

fase do processo. b) deverá eximir-se de sentenciar ou despachar se houver lacuna

ou obscuridade da lei.

c) decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe

defeso conhecer de questões não suscitadas, a cujo respeito a lei

exige a iniciativa da parte.

d) não poderá determinar a produção de provas necessárias à

instrução do processo se não houver requerimento das partes a

respeito.

e) apreciará a prova se atende apenas aos fatos e circunstâncias

alegados pelas partes.

Comentários: A alternativa “a” está errada: Art. 125. O juiz dirigirá o

processo conforme as disposições deste Código, competindo-lhe: IV -

tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes.

A alternativa “b” está errada: Art. 126. O juiz não se exime de

sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No

julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as

havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais

de direito.

A alternativa “c” está correta: Art. 128. O juiz decidirá a lide nos

limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões,

não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.

A alternativa “d” está errada: Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a

requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução

do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente

protelatórias.

A alternativa “e” está errada: Art. 131. O juiz apreciará livremente a

prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos,

ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar, na

sentença, os motivos que lhe formaram o convencimento.

Gabarito: c

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16. (FCC/2009/TRT/7ªregião(CE)/Analista Judiciário/Área Judiciária)O Juiz, de conformidade com o Código de Processo Civil,

a) sempre poderá decidir um litígio por equidade.

b) está proibido de exercer as suas funções no processo

contencioso ou voluntário quando nele estiver postulando, como

advogado da parte, qualquer parente seu, consanguíneo ou afim na

linha colateral até o segundo grau.

c) poderá se eximir de sentenciar ou despachar alegando lacuna

ou obscuridade da lei.

d) é considerado suspeito para exercer as suas funções no

processo contencioso ou voluntário quando for órgão de direção ou de

administração de pessoa jurídica, parte na causa.

e) é considerado suspeito para exercer as suas funções noprocesso contencioso ou voluntário em que funcionou como órgão do

Ministério Público.

Comentários: A alternativa “a” está errada, art. 127. O juiz só

decidirá por equidade nos casos previstos em lei.

A alternativa “b” está correta, art. 134, IV. Art. 134. É defeso ao juiz

exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário: IV -

quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu

cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha

reta; ou na linha colateral até o segundo grau.

A alternativa “c” está errada (causa de impedimento e não de

suspeição, art. 134, VI. Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas

funções no processo contencioso ou voluntário: VI - quando for órgão

de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa.

A alternativa “d” está errada (causa de impedimento - art. 134, II.

Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo

contencioso ou voluntário: II - em que interveio como mandatário da

parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do Ministério

Público, ou prestou depoimento como testemunha.

Repetindo: a) sempre poderá decidir um litígio por equidade.

Somente em casos previstos em lei.

b) está proibido de exercer as suas funções no processo contencioso

ou voluntário quando nele estiver postulando, como advogado da

parte, qualquer parente seu, consanguíneo ou afim na linha colateral

até o segundo grau. Certo. Impedimento.

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c) poderá se eximir de sentenciar ou despachar alegando lacuna ouobscuridade da lei. Não pode.

d) é considerado suspeito para exercer as suas funções no processo

contencioso ou voluntário quando for órgão de direção ou de

administração de pessoa jurídica, parte na causa. Impedimento

e) é considerado suspeito para exercer as suas funções no processo

contencioso ou voluntário em que funcionou como órgão do Ministério

Público. Impedimento.

Gabarito: b

17. (FCC/2010/TRE-AM/Analista Judiciário/Área Administrativa) É

defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou

voluntário quando

a) for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes. b) for parente afim, de alguma das partes, em linha reta ou, na

colateral, até o terceiro grau.

c) alguma das partes for sua credora ou devedora ou de seu

cônjuge.

d) for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma

das partes.

e) aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou

subministrar meios para atender às despesas do litígio.

Comentários: É importante perceber que a questão procura a

hipótese de impedimento do juiz. As demais alternativas constituem o

rol das suspeições.

Gabarito: b

AI, Suspeito que CIDA HERDOU DÁDIVAS INTERESSANTES

DO EMPREGADOR

AI (Amigo intimo Inimigo capital), Suspeito (suspeição) que CIDA

(Credor Devedor) HERDOU (Herdeiro) DÁDIVAS

INTERESSANTES (interesse) DO (Donatário) EMPREGADOR

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18. (FCC/2009/TJ-PI/Analista Judiciário/Área Administrativa) Emmatéria de valoração da prova pelo juiz, o Código de Processo Civil

adota o princípio da

a) persuasão racional.

b) prova legal.

c) livre convicção.

d) proporcionalidade.

e) oralidade.

Comentários: O sistema adotado pelo legislador brasileiro é o

Sistema da Persuasão Racional do juiz. Sendo o convencimento do

magistrado livre. Porém, ainda que livre, deve ser racional conforme

as provas descritas nos autos processuais.

A valoração da prova deve encontrar-se, necessariamente, contidonos autos do processo, onde o juiz tem o dever de justificá-los e

motivar sua decisão. Isso permite às partes conferirem que a

convicção foi extraída dos autos e que os motivos que o levaram a

determinada sentença chegam racionalmente à conclusão exposta

pelo magistrado.

É importante lembrar que as provas não possuem valor determinado,

sendo apreciadas no contexto e conjuntamente com as demais

provas, ou seja, seu peso é considerado única e exclusivamente pelo

juiz.

No sistema da PERSUASÃO RACIONAL, também conhecido como

sistema da LIVRE CONVICÃO MOTIVADA ou da verdade real, "o juiz

forma livremente o seu convencimento, porém dentro de critérios

racionais que devem ser indicados".

Este princípio está disposto no artigo 131: “Art. 131. O juiz apreciará

livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes

dos autos, ainda que não alegado pelas partes; mas deverá indicar,

na sentença, os motivos que lhe formaram o convencimento.”

Gabarito: a

19. (FCC/2008/TRT/18ªregião(GO)/Analista Judiciário/Área

Administrativa) O juiz

a) não poderá ordenar a produção de provas de ofício, mas

somente a requerimentos das partes.

b) não poderá fundamentar sua decisão em fatos e circunstâncias

constantes dos autos mas não alegados pelas partes.

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c) que tiver de proferir a sentença em razão de aposentadoria doque concluiu a audiência de instrução, se entender necessário, poderá

mandar repetir as provas já produzidas.

d) não pode exercer suas funções em processo voluntário em que

estiver postulando como advogado da parte parente seu, na linha

colateral em terceiro grau.

e) deve declarar os motivos de sua suspeição, não podendo

declarar-se suspeito por motivo íntimo.

Comentários:

O Princípio da Identidade Física do Juiz consiste no dever que

tem o Juiz que concluiu a audiência de instrução e julgamento de

proferir a sentença de mérito no processo civil. Vincula o Juiz que

concluiu a audiência ao julgamento da lide, salvo se ele estiver

convocado, licenciado, afastado, promovido ou aposentado.

Como DECORAR:

O juiz que concluir a audiência julgará a lide, salvo PLACA:

P Promovido

L Licenciado

A Aposentado

C Convocado

A Afastado

Seu sucessor atuará nos autos e poderá mandar repetir as provas já

produzidas.

Alternativa “a”: não poderá ordenar a produção de provas de ofício,

mas somente a requerimentos das partes. Incorreta!

Princípio da Identidade Física do Juiz e Princípio da

Oralidade:

Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a

audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado,

licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou

aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor.

Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o juiz que proferir a

sentença, se entender necessário, poderá mandar repetir as

provas já produzidas.

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Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,determinar as provas necessárias à instrução do processo,

indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.

Alternativa “b”: não poderá fundamentar sua decisão em fatos e

circunstâncias constantes dos autos mas não alegados pelas partes.

Incorreta!

Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e

circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas

partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe

formaram o convencimento.

Alternativa “e”: deve declarar os motivos de sua suspeição, não

podendo declarar-se suspeito por motivo íntimo. Incorreta!

Art. 135,Parágrafo único. Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito pormotivo íntimo.

Gabarito: c

20. (FCC/2009/TRT/7ªregião(CE)/Analista Judiciário/Área

Administrativa) Considere as assertivas abaixo sobre o Juiz.

I. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais e, não

as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios

gerais de direito.

II. O juiz poderá indeferir deligências requeridas pelas partes, quando

inúteis ou meramente protelatórias.

III. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe

defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei

exige a iniciativa da parte.

IV. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência, ainda que

estiver promovido, julgará a lide.

É correto o que se afirma APENAS em

a) II e IV.

b) II, III e IV.

c) I, II e IV.

d) I, II e III.

e) I, III e IV.

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Comentários:

Item I) CORRETA. Art. 126, 2ª parte: No julgamento da lide caber-

lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia,

aos costumes e aos princípios gerais do direito.

Item II) CORRETA. Art. 130: Caberá ao juiz, de ofício ou a

requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução

do processo, INDEFERINDO as diligências inúteis ou meramente

protelatórias.

Item III) CORRETA. Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que

foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas,

a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.

Item IV) INCORRETA. Art. 132. O juiz titular ou substituto, queconcluir a audiência julgará a lide, SALVO se estiver convocado,

licenciado, afastado por qualquer motivo, PROMOVIDO ou

aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor.

O juiz que concluir a audiência julga a lide, salvo se estiver

convocado, aposentado, promovido, licenciado ou afastado, casos em

que passará os autos ao substituto, que poderá determinar a

reprodução ou produção de provas que entender necessárias.

“PLACA”: Promovido, licenciado, afastado, convocado, aposentado.

Gabarito: d

21. (FCC/2009/TRT/15ªregião/Analista Judiciário/Área

Administrativa) Segundo o Código de Processo Civil, o Juiz

a) titular que estiver convocado deverá julgar a lide se concluiu a

audiência. b) poderá se eximir de sentenciar ou despachar alegando lacuna

da lei.

c) poderá decidir por equidade, mesmo nos casos não previstos

em lei.

d) será considerado impedido para exercer suas funções em

processo de jurisdição contenciosa se alguma das partes for credor de

seu cônjuge.

e) poderá de ofício determinar as provas necessárias à instrução

do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente

protelatórias.

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Comentários: Alternativa “a”: titular que estiver convocado deverájulgar a lide se concluiu a audiência, salvo (...) - art. 132.

Alternativa “b”: poderá se eximir de sentenciar ou despachar

alegando lacuna da lei - não pode - art. 126.

Alternativa “c”: poderá decidir por equidade, mesmo nos casos não

previstos em lei - só decide nos casos previstos em lei - art. 127.

Alternativa “d”: será considerado impedido para exercer suas

funções em processo de jurisdição contenciosa se alguma das partes

for credor de seu cônjuge - suspeito - art. 135.

Alternativa “e”: poderá de ofício determinar as provas necessárias à

instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou

meramente protelatórias. – correta, de oficio ou a requerimento -

art. 130.

Gabarito: e

22. (FCC/2008/MPE-PE/Promotor de Justiça) O juiz está legalmente

impedido de exercer as suas funções no processo contencioso em que

a) for cliente do advogado de uma das partes.

b) for amigo íntimo do advogado de uma das partes.

c) seu cunhado estiver postulando, como advogado de uma das

partes.

d) tiver aconselhado o advogado de uma das partes.

e) tiver recebido dádivas do advogado de uma das partes.

Comentários: aplicar as dicas da suspeição. Alternativa “a”:

SUSPEIÇÃO.

Alternativa “b”: SUSPEIÇÃO.

Alternativa “c”: CORRETO – IMPEDIMENTO.

Alternativa “d”: SUSPEIÇÃO.

Alternativa “e”: SUSPEIÇÃO.

Gabarito: c

23. (FCC/2007/TRE-SE/Analista Judiciário/Área Judiciária) Paulo,

juiz de direito, funcionou como órgão do Ministério Público no

processo M; é inimigo capital do réu do processo N e é parente afim

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de 2o grau do autor do processo P. Nestes casos, Paulo estáimpedido, sendo defeso exercer as suas funções em

a) P, apenas.

b) M, apenas.

c) M e N.

d) N e P.

e) M e P.

Comentários: aplicar a dica da suspeição.

Paulo

Processo M Processo N Processo P

Ministério Público Inimigo Parente

E aí? Qual o gabarito? Paulo, Juiz, funcionou como órgão do Ministério

Público no Processo M (impedimento); é inimigo capital do réu

(parte) do processo N (suspeição) e é parente afim de 2º. grau do

autor do processo P (impedimento). Nestes casos, Paulo está

impedido, sendo defeso exercer as suas funções em M e P.

Gabarito: e

24. (FCC/2007/TRE-PB/Analista Judiciário/Área Administrativa) Sobre

o Juiz, considere:

I. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz quando for

órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na

causa.

II. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.

III. Responderá por perdas e danos o juiz quando retardar, sem justo

motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da

parte.

IV. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna

ou obscuridade da lei.

De acordo com o Código de Processo Civil está correto o que seafirma APENAS em:

a) I, II e III.

b) I e III.

c) III e IV.

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d) I, III e IV. e) II, III e IV.

Comentários: Item "I" está incorreta porque quando o juiz for órgão

de direção ou administração de pessoa jurídica, parte na causa, ele

será impedido e não suspeito, conforme o art. 134, VI do CPC.

Item "II" traz o texto do art. 127 do CPC e por esta razão está

correta.

Item "III" está correta conforme o art. 133, II do CPC

O Item "IV" também está correta pois traz o texto do art. 126,

primeira parte, do CPC.

Art 134 - É defeso (proibido) ao juiz exercer as suas funções no

processo contencioso ou voluntário: VI - quando for órgão de direção

ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa. Os casos de suspeição de parcialidade do juiz encontram-se no art. 135.

Gabarito: e

25. (FCC/2006/TRT-20R/Analista Judiciário/Área Judiciária/

Execução de Mandados) Reputa-se fundada a suspeição de

parcialidade do juiz quando

a) ele interveio como mandatário da parte.

b) alguma das partes for sua credora ou devedora.

c) ele for parente, consanguíneo ou afim de alguma das partes,

em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau.

d) seu cônjuge estiver postulando no processo como advogado da

parte.

e) ele funcionou no processo como órgão do Ministério Público.

Comentários: Aplicar a dica da suspeição: Alternativa “a”: IMPEDIMENTO.

Alternativa “b”: CORRETO – SUSPEIÇÃO.

Alternativa “c”: IMPEDIMENTO.

Alternativa “d”: IMPEDIMENTO.

Alternativa “e”: IMPEDIMENTO.

Gabarito: b

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26. (FCC/2007/TJ-PE/Analista Judiciário/Área Administrativa) Édefeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou

voluntário

a) quando nele estiver postulando, como advogado da parte,

qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, na linha colateral até o

segundo grau.

b) em que for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das

partes ou de representante do Ministério Público.

c) quando alguma das partes for credora de seu cônjuge ou de

parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau.

d) quando alguma das partes for devedora de seu cônjuge ou de

parentes destes, em linha reta ou na colateral até o segundo grau.

e) quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador dealguma das partes ou de perito judicial.

Comentários: a) quando nele estiver postulando, como advogado da

parte, qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, na linha colateral

até o segundo grau. (CORRETO - IMPEDIMENTO)

b) em que for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes

ou de representante do Ministério Público. (SUSPEIÇÃO)

c) quando alguma das partes for credora de seu cônjuge ou de

parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau.

(SUSPEIÇÃO)

d) quando alguma das partes for devedora de seu cônjuge ou de

parentes destes, em linha reta ou na colateral até o segundo grau.

(SUSPEIÇÃO)

e) quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de

alguma das partes ou de perito judicial. (SUSPEIÇÃO)

Gabarito: a

27. (FCC/2011/TRE-RN/Analista Judiciário/Área Administrativa)

João é perito judicial e recebeu ofício para proceder à perícia no

processo A. Porém, João pretende escusar-se do encargo. Neste caso,

ele deverá

a) apresentar a escusa dentro de 15 dias, contados da intimação,

independentemente de fundamentação.

b) cumprir o ofício, tratando-se de ordem judicial inescusável.

c) apresentar a escusa dentro de 15 dias, contados da intimação,

alegando motivo legítimo.

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d) apresentar a escusa dentro de 5 dias, contados da intimação,alegando motivo legítimo.

e) apresentar a escusa dentro de 10 dias, contados da intimação,

alegando motivo legítimo.

Comentários:

Nomeado pelo juízo, a regra é que o perito investe-se de função

pública, devendo cumprir seu ofício dentro do prazo legal.

No entanto, poderá não aceitar o encargo, a atribuição, alegando

motivo legítimo, que deverá ser apresentado no prazo máximo de

cinco dias contados da intimação ou do impedimento superveniente.

A escusa significa desculpa, razão pela qual uma pessoa alega para

desculpar-se ou desculpar alguém: apresentar uma escusa, razão ou

pretexto invocado para se eximir de uma obrigação, negando sua

colaboração.

DICA, BIZU:

Gabarito: d

28. (FCC/2006/TRE-AP/Analista Judiciário/Área Judiciária) Com

relação aos auxiliares da justiça é correto afirmar:

a) O perito e o intérprete, em razão das peculiaridades de sua

atuação, não podem ser considerados auxiliares da justiça.

ART. 146: A ESCUSA DO PERITO: SERÁ APRESENTADA

DENTRO DE CINCO DIAS

Dica: A ESCUSA DO PERITO TEM UM PIRCING

Pircing: P, de Perito e cin (de cinco).

Art. 146. O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo

que lhe assina a lei, empregando toda a sua diligência; pode,

todavia, escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.

Parágrafo único. A escusa será apresentada dentro de 5 (cinco)

dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob

pena de se reputar renunciado o direito a alegá-la (art. 423).

Page 63: Aula 02

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b) O escrivão e o oficial de justiça serão civilmente responsáveisquando praticarem ato nulo com dolo, mas não com culpa.

c) Incumbe ao oficial de justiça redigir, em forma legal, os ofícios,

mandados, cartas precatórias e mais atos que pertencem ao seu

ofício.

d) Em cada juízo haverá apenas um oficial de justiça, cujas

atribuições são determinadas pelas normas de organização judiciária.

e) No impedimento do escrivão, o juiz convocar-lhe-á o substituto,

e, não o havendo, nomeará pessoa idônea para o ato.

Comentários:

Alternativa “a”: INCORRETA, POIS DIZ O Art. 139. São auxiliares do

juízo, além de outros, cujas atribuições são determinadas pelas

normas de organização judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete.

Alternativa “b”: INCORRETA. Art. 144. O escrivão e o oficial de justiça

são civilmente responsáveis: I - quando, sem justo motivo, se

recusarem a cumprir, dentro do prazo, os atos que lhes impõe a lei,

ou os que o juiz, a que estão subordinados, lhes comete; II - quando

praticarem ato nulo com dolo ou culpa.

Alternativa “c”: INCORRETA. Esta atribuição é só do escrivão: Art.

141. Incumbe ao escrivão: I - redigir, em forma legal, os ofícios,

mandados, cartas precatórias e mais atos que pertencem ao seu

ofício;

Alternativa “d”: INCORRETA. Art. 140. Em cada juízo haverá um ou

mais oficiais de justiça, cujas atribuições são determinadas pelas

normas de organização judiciária.

Alternativa “e”: CORRETA: Art. 142. No impedimento do escrivão, o

juiz convocar-lhe-á o substituto, e, não o havendo, nomeará pessoa

idônea para o ato.

Gabarito: e

29. (EJEF/2005/TJ-MG/Oficial Judiciário) Considerando-se o que

determina o Código de Processo Civil, é INCORRETO afirmar que,

entre as funções do Oficial de Justiça, se inclui

a) devolver o mandado cumprido no prazo de 10 dias, contados da

ultimação do cumprimento.

b) executar as ordens do Juiz a que estiver subordinado.

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c) fazer, pessoalmente, citações, prisões, arrestos, penhoras e demais diligências próprias do ofício.

d) realizar a diligência, sempre que possível, na presença de duas

testemunhas.

Comentários:

Alternativa “a”: Incorreta. Art. 143, III - entregar, em cartório, o

mandado, logo depois de cumprido.

As demais alternativas são cópias literais do art. 143: Art. 143.

Incumbe ao oficial de justiça:

I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e mais

diligências próprias do seu ofício, certificando no mandado o ocorrido,

com menção de lugar, dia e hora. A diligência, sempre que possível,

realizar-se-á na presença de duas testemunhas;

II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;

III - entregar, em cartório, o mandado, logo depois de

cumprido; alternativa “a” errada.

IV - estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção

da ordem. V - efetuar avaliações.

Gabarito: a

30. (FCC/2010/TRE-AM/Analista Judiciário/Área Administrativa) O

perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas

a) ficará inabilitado, por dois anos, a funcionar em outras perícias.

b) ficará inabilitado, por um ano, a funcionar em outras perícias.

c) ficará inabilitado, por cinco anos, a funcionar em outras

perícias.

d) ficará inabilitado a funcionar em qualquer perícia por prazoindeterminado.

e) não ficará inabilitado a funcionar em outras perícias.

Comentários: Art. 147. O perito que, por dolo ou culpa, prestar

informações inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à

parte, ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras

perícias e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.

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DECORAR: Tabela das

Responsabilidades:

Juiz Dolo ou Fraude

MP Dolo ou Fraude

Escrivão Dolo ou culpa

Oficial de Justiça Dolo ou culpa

Perito Dolo ou culpa

Depositário Dolo ou culpa

Administrador Dolo ou culpa

Intérprete Dolo ou culpa

Responsabilidade do Perito

DOLO ou CULPA

Prestar informações inverídicas

Sanção Civil: Responderá pelos

prejuízos que causar à parte.

Sanção Administrativa: Ficará

inabilitado, por 2 (dois) anos, a

funcionar em outras perícias.

Sanção Penal: Incorrerá na sanção

que a lei penal estabelecer.

Gabarito: a

31. (FCC/2007/TRF-2região/Analista Judiciário/Área Judiciária/

Execução de Mandados) O Código de Processo Civil estabelece

hipóteses de suspeição e impedimento. Dentre outras situações, está

impedido de atuar no processo o perito que

a) tiver interesse no julgamento da causa em favor de uma das

partes.

b) for inimigo capital de qualquer das partes. c) for credor de qualquer das partes.

d) for parente afim, na linha colateral, em segundo grau, do

advogado de qualquer das partes.

e) for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma

das partes.

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Comentários: Aplicar bizu da suspeição:

Alternativa “a”: SUSPEIÇÃO.

Alternativa “b”: SUSPEIÇÃO.

Alternativa “c”: SUSPEIÇÃO.

Alternativa “d”: IMPEDIMENTO.

Alternativa “e”: SUSPEIÇÃO.

MACETE:

Não há IMPEDIMENTO decorrente de relação de AMIZADE.

Não há SUSPEIÇÃO decorrente de relação com ADVOGADO.

Gabarito: d

32. (FCC/2007/TRF-4R/Analista Judiciário/Área Judiciária) Sobre os

auxiliares da Justiça analise:

I. Incumbe ao Oficial de Justiça, dentre outras atribuições, estarpresente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.

II. A prática de ato nulo com dolo ou culpa caracteriza uma das

hipóteses através da qual o escrivão e o oficial de justiça são

civilmente responsáveis.

III. O perito nomeado poderá escusar-se do encargo alegando

motivo legítimo, recusa esta que deverá ser apresentada dentro de

10 dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente.

IV. Incumbe ao escrivão, dentre outras atribuições, dar

independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo

do processo, respeitando as restrições previstas em lei.

De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que seafirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I, II e IV.

c) I e IV.

d) II, III e IV.

e) II e IV.

Comentários:

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Item I: Incumbe ao Oficial de Justiça, dentre outras atribuições, estarpresente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.

CORRETO. ART. 143, IV, CPC.

Item II: A prática de ato nulo com dolo ou culpa caracteriza uma das

hipóteses através da qual o escrivão e o oficial de justiça são

civilmente responsáveis. CORRETO. ART. 144, II, CPC.

Item III. O perito nomeado poderá escusar-se do encargo alegando

motivo legítimo, recusa esta que deverá ser apresentada dentro de

10 dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente.

FALSO. PRAZO DE 5 DIAS. ART. 146, § ÚNICO, CPC.

Item IV. Incumbe ao escrivão, dentre outras atribuições, dar

independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo

do processo, respeitando as restrições previstas em lei. CORRETO. ART. 141, V, CPC.

A ESCUSA DO PERITO: SERÁ APRESENTADA DENTRO DE CINCO DIAS

Dica: A ESCUSA DO PERITO TEM UM PIRCING

Pircing – p (de perito) e cin (de cinco).

Gabarito: b

33. (FCC/2007/TJ-PE/Analista Judiciário/Área Administrativa)

Dentre outras sanções, em regra, o perito que, por

a) dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá

pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado, por 3 anos, a

funcionar em outras perícias.

b) culpa, prestar informações inverídicas, não responderá pelos

prejuízos que causar à parte, mas ficará inabilitado, por 1 ano, a funcionar em outras perícias.

c) culpa, prestar informações inverídicas, responderá pelos

prejuízos que causar à parte, mas não ficará inabilitado a funcionar

em outras perícias.

d) dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá

pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado, por 2 anos, a

funcionar em outras perícias.

e) dolo, prestar informações inverídicas, responderá pelos

prejuízos que causar à parte, e ficará inabilitado, por 5 anos, a

funcionar em outras perícias.

Comentários:

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Art. 147 - O perito que, por dolo ou culpa, prestar informaçõesinverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará

inabilitado por 2 (dois) anos, a funcionar em outras perícias e

incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.

Gabarito: d

Questão 34. (CESPE/2008/Analista Judiciário/Execução de

Mandados/TRT/RJ) Francisco, Juiz de Direito, presenciou determinado

fato que ocorreu na ante sala de seu dentista. Pouco tempo depois,

no exercício de sua profissão, recebeu ação em que aquele fato

constava como importante para a solução da questão posta. Acontece

que, no prazo legal que antecede à audiência de instrução e

julgamento, uma das partes o arrolou como testemunha. Nessa

situação, Francisco estaria impedido de atuar no feito.

Comentários: Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no

processo contencioso ou voluntário: II - em que interveio como

mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do

Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha.

Gabarito: correto

Questão 35. (CESPE/2010/Técnico Judiciário/TRE/SE) O CPC proíbe o

juiz de exercer suas funções no processo em que prestou depoimento

como testemunha; todavia, esse caso de suspeição não se aplica ao

serventuário de justiça.

Comentários: Primeiro: Não é caso de suspeição, mas de

impedimento: Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no

processo contencioso ou voluntário: II - em que interveio como

mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha.

Segundo: se aplica aos serventuários: Art. 137. Aplicam-se os

motivos de impedimento e suspeição aos juízes de todos os tribunais.

O juiz que violar o dever de abstenção, ou não se declarar suspeito,

poderá ser recusado por qualquer das partes (art. 304). Art. 138.

Aplicam-se também os motivos de impedimento e de suspeição: I -

ao órgão do Ministério Público, quando não for parte, e, sendo parte,

nos casos previstos nos ns. I a IV do art. 135; II - ao serventuário de

justiça; III - ao perito; IV - ao intérprete.

Gabarito: errado

Questão 36. (CESPE/2008/ Técnico Judiciário/TRT/BA) Reputa-sefundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando seu cônjuge

estiver postulando, como advogado da parte.

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Comentários: O caso é de impedimento e não suspeição: Art. 134. Édefeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou

voluntário: IV - quando nele estiver postulando, como advogado da

parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim,

em linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau.

Gabarito: errado

Questão 37. (CESPE/2009/Analista Judiciário/TRE/MA) Tem-se como

defeso de atuar no processo de jurisdição voluntária o juiz que for

interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.

Comentários: o caso é de suspeição: Art. 135. Reputa-se fundada a

suspeição de parcialidade do juiz, quando: V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.

Gabarito: errado

Questão 38. (CESPE/2008/Analista Judiciário/TRT/RJ) Márcio,

advogado legalmente constituído nos autos mediante procuração

geral para o foro, requereu a um escrivão certidão de ato do processo

em que atuava e teve o seu pedido rejeitado pelo serventuário,

embora não se tratasse de questão de segredo de justiça.

Considerando essa situação hipotética à luz das disposições do CPC

relativas aos procuradores e auxiliares de justiça, visto que compete

ao escrivão fornecer certidão de qualquer ato do processo,

independentemente de despacho do juiz, ele deveria ter atendido ao

pedido do advogado.

Comentário: Art. 141. Incumbe ao escrivão: I - redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas precatórias e

mais atos que pertencem ao seu ofício;

II - executar as ordens judiciais, promovendo citações e intimações,

bem como praticando todos os demais atos, que Ihe forem atribuídos

pelas normas de organização judiciária;

III - comparecer às audiências, ou, não podendo fazê-lo, designar

para substituí-lo escrevente juramentado, de preferência datilógrafo

ou taquígrafo;

IV - ter, sob sua guarda e responsabilidade, os autos, não permitindo

que saiam de cartório, exceto:

a) quando tenham de subir à conclusão do juiz;

b) com vista aos procuradores, ao Ministério Público ou à FazendaPública;

c) quando devam ser remetidos ao contador ou ao partidor;

d) quando, modificando-se a competência, forem transferidos a outro

juízo;

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V - dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do processo, observado o disposto no art.

155.

Gabarito: correto

Questão 39. (CESPE/2008/Analista Judiciário/TRT/RJ) Márcio,

advogado legalmente constituído nos autos mediante procuração

geral para o foro, requereu a um escrivão certidão de ato do processo

em que atuava e teve o seu pedido rejeitado pelo serventuário,

embora não se tratasse de questão de segredo de justiça.

Considerando essa situação hipotética à luz das disposições do CPC

relativas aos procuradores e auxiliares de justiça, o indeferimento foi

correto, já que tal pedido deveria ter sido dirigido ao juiz condutor do

feito.

Comentários: Art. 141. Incumbe ao escrivão: V - dar,

independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do processo, observado o disposto no art. 155.

Gabarito: errado

Questão 40. (CESPE/2010/ Técnico Judiciário/TRE/BA) O perito deve

ser nomeado pelo juiz para exercer suas funções no processo.

Comentários: Art. 145. Quando a prova do fato depender de

conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por perito. §

1o Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível

universitário, devidamente inscritos no órgão de classe competente. §

2o Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que

deverão opinar, mediante certidão do órgão profissional em que

estiverem inscritos. § 3o Nas localidades onde não houverprofissionais qualificados que preencham os requisitos dos parágrafos

anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha do juiz.

Gabarito: correto

LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS

01. (TRF2ªregião/FCC/2012/Técnico Judiciário/Área Administrativa)

NÃO se inclui dentre os auxiliares da justiça o

a) perito.

b) intérprete.

c) administrador.

d) oficial de justiça.

e) advogado.

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02. (FAURGS/2010/TJ-RS/Oficial Escrevente) Conforme o artigo 143do Código de Processo Civil, incumbe ao oficial de justiça

a) designar pessoa para efetuar as citações, prisões, penhoras,

arrestos.

b) realizar diligências, sempre na presença de testemunhas.

c) entregar o mandado em cartório no prazo de até 15 (quinze)

dias após seu cumprimento.

d) executar as ordens do juiz a que estiver subordinado.

e) redigir, em forma legal, os ofícios, mandados e cartas

precatórias.

03. (FCC/2012/TRF/2ªregião/Técnico Judiciário/Área Administrativa)

O juiz a) apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias

constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes.

b) só poderá tentar conciliar as partes na audiência de conciliação

especialmente designada para esse fim.

c) poderá decidir a lide fora dos limites em que foi proposta,

conhecendo de questões não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a

iniciativa da parte.

d) não poderá ordenar a produção de provas necessárias à instrução

do processo sem expresso requerimento das partes.

e) poderá deixar de sentenciar alegando lacuna ou obscuridade da lei.

04. (FCC/2006/TRT/6ªregião(PE)/Técnico Judiciário/ Área

Administrativa) É certo que o juiz

a) apreciará a prova, atendendo aos fatos e às circunstânciasconstantes dos autos, somente se forem alegadas pelas partes.

b) pode se eximir de sentenciar ou de despachar, alegando lacuna

ou obscuridade da lei.

c) não precisa indicar na sentença os motivos que lhe formaram o

convencimento.

d) responderá por perdas e danos quando, no exercício de suas

funções, proceder com dolo.

e) não poderá, de ofício, determinar as provas necessárias à

instrução do processo.

05. (FCC/2009/TJ-PI/Técnico Judiciário/Área Administrativa) O juiz,

na condução do processo,

a) pode recusar-se a proferir sentença sempre que não houvernorma legal que discipline o assunto.

b) deve assegurar igualdade de tratamento às partes e velar pela

rápida solução do litígio.

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c) deve evitar acordo entre as partes, para assegurar o império dalei.

d) pode sempre decidir por equidade.

e) por iniciativa própria, não pode determinar a realização de

provas.

06. (FCC/2009/TJ-PA/Analista Judiciário/Oficial de Justiça) O juiz

a) pode conhecer de questões não suscitadas, a cujo respeito a lei

exige a iniciativa da parte.

b) não poderá determinar de ofício a produção de provas

necessárias à instrução do processo.

c) apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e

circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes.

d) não poderá indeferir diligências inúteis ou meramente

protelatórias, se formuladas dentro do prazo legal.

e) pode deixar de sentenciar ou despachar, alegando lacuna ou

obscuridade da lei.

07. (FCC/2007/TJ-PE/Técnico Judiciário/Área Administrativa) Reputa-

se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando

a) interveio no processo como mandatário da parte, oficiou como

perito ou funcionou como órgão do Ministério Público.

b) alguma das partes for credora ou devedora de seu cônjuge ou

de parentes deste, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau.

c) conheceu do processo em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe

proferido sentença ou decisão. d) no processo estiver postulando, como advogado da parte, o seu

cônjuge ou qualquer parente seu consanguíneo.

e) for cônjuge, parente, consanguíneo ou afim, de alguma das

partes, em linha reta ou, colateral, até o terceiro grau.

08. (FCC/2012/TJ-RJ/Analista Judiciário/Execução de Mandados) O

juiz responderá por perdas e danos quando

a) recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que

deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte.

b) sua sentença for alterada pelos tribunais.

c) exceder o prazo de noventa dias para término de qualquer

processo.

d) determinar provas que os tribunais entendam desnecessárias. e) retardar, em qualquer situação, providência inerente ao exercício

de suas funções.

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09. (CONSULPLAN/2012/TSE/Analista Judiciário/Área Judiciária)Analise as seguintes proposições:

I. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição ao

intérprete.

II. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando for

herdeiro presuntivo de alguma das partes.

III. O juiz não pode se declarar suspeito por motivo íntimo.

IV. É defeso ao juiz exercer as suas funções apenas em processos

contenciosos de que for parte.

Assinale:

a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

b) se apenas a afirmativa IV estiver correta.

c) se apenas a afirmativa II estiver correta. d) se todas as afirmativas estiverem corretas.

10. (MPE/SP/2011/MPE-SP/Promotor de Justiça) O poder instrutório

do Juiz no processo civil

a) depende de requerimento e iniciativa da parte, exclusivamente.

b) é restrito à prova de fatos afirmados por uma parte e

confessados pela parte contrária.

c) é limitado à prova de fatos a cujo favor milita presunção legal

de existência e de veracidade.

d) está adstrito à prova de fatos admitidos, no processo, como

incontroversos.

e) é amplo, cabendo-lhe determinar de ofício as provasnecessárias à instrução do processo.

11. (FCC/2011/TRE-AP/Analista Judiciário/Área Judiciária) Fábio é juiz

de direito na comarca de Barra de Ouro onde tramitam os processos

Prata, Bronze e Cobre. No processo Prata ele é herdeiro presuntivo do

autor, no processo Bronze ele é amigo intimo do réu e no processo

Cobre ele é cunhado do advogado do autor. Nestes casos, é defeso a

Fábio exercer as suas funções

a) nos processos Bronze e Cobre, somente.

b) no processo Prata, somente.

c) nos processos Prata, Bronze e Cobre.

d) nos processos Prata e Bronze, somente. e) no processo Cobre, somente.

12. (FCC/2011/TRE-TO/Analista Judiciário/Área Judiciária) Mara é

juíza de direito. Neste mês recebeu através da distribuição três

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processos: A, B e C. No processo A o advogado do autor é o maridode Mara. No processo B uma das partes é inimiga capital de Mara e

no processo C a autora é empregada de Mara. Nestes casos, Mara

está impedida de exercer as suas funções

a) no processo A.

b) no processo B

c) no processo C.

d) nos processos A e B.

e) nos processos A e C.

13. (TRT/2010/TRT/6ªRegião(PE)Juiz/Prova) O Impedimento e a

suspeição:

a) Somente se aplicam ao Juiz.

b) Podem implicar mudança de Juiz, mas não de Juízo. c) Podem implicar mudança de Juízo, mas não de Juiz.

d) Podem implicar mudança de Juiz e de Juízo.

e) Aplicam-se ao Juiz e ao Juízo.

14. (FCC/2006/TRF/1ªregião/Analista Judiciário/Área Judiciária) O

juiz NÃO está impedido para exercer suas funções no processo

contencioso ou voluntário

a) em que funcionou como órgão do Ministério Público.

b) que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe

proferido sentença ou decisão.

c) quando for órgão de direção ou de administração de pessoa

jurídica, parte na causa.

d) quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de

alguma das partes. e) quando for parente consanguíneo, de alguma das partes, em

linha colateral até o terceiro grau.

15. (FCC/2006/TRE-AP/Analista Judiciário/Área Judiciária) É certo que

o juiz

a) somente poderá tentar conciliar as partes em audiência para

esse fim especialmente designada, não podendo fazê-lo em outra

fase do processo.

b) deverá eximir-se de sentenciar ou despachar se houver lacuna

ou obscuridade da lei.

c) decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe

defeso conhecer de questões não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.

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d) não poderá determinar a produção de provas necessárias àinstrução do processo se não houver requerimento das partes a

respeito.

e) apreciará a prova se atende apenas aos fatos e circunstâncias

alegados pelas partes.

16. (FCC/2009/TRT/7ªregião(CE)/Analista Judiciário/Área Judiciária)

O Juiz, de conformidade com o Código de Processo Civil,

a) sempre poderá decidir um litígio por equidade.

b) está proibido de exercer as suas funções no processo

contencioso ou voluntário quando nele estiver postulando, como

advogado da parte, qualquer parente seu, consanguíneo ou afim na

linha colateral até o segundo grau.

c) poderá se eximir de sentenciar ou despachar alegando lacunaou obscuridade da lei.

d) é considerado suspeito para exercer as suas funções no

processo contencioso ou voluntário quando for órgão de direção ou

de administração de pessoa jurídica, parte na causa.

e) é considerado suspeito para exercer as suas funções no

processo contencioso ou voluntário em que funcionou como órgão

do Ministério Público.

17. (FCC/2010/TRE-AM/Analista Judiciário/Área Administrativa) É

defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou

voluntário quando

a) for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes.

b) for parente afim, de alguma das partes, em linha reta ou, na

colateral, até o terceiro grau. c) alguma das partes for sua credora ou devedora ou de seu

cônjuge.

d) for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das

partes.

e) aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou

subministrar meios para atender às despesas do litígio.

18. (FCC/2009/TJ-PI/Analista Judiciário/Área Administrativa) Em

matéria de valoração da prova pelo juiz, o Código de Processo Civil

adota o princípio da

a) persuasão racional.

b) prova legal.

c) livre convicção.

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d) proporcionalidade. e) oralidade.

19. (FCC/2008/TRT/18ªregião(GO)/Analista Judiciário/Área

Administrativa) O juiz

a) não poderá ordenar a produção de provas de ofício, mas

somente a requerimentos das partes.

b) não poderá fundamentar sua decisão em fatos e circunstâncias

constantes dos autos mas não alegados pelas partes.

c) que tiver de proferir a sentença em razão de aposentadoria do

que concluiu a audiência de instrução, se entender necessário, poderá

mandar repetir as provas já produzidas.

d) não pode exercer suas funções em processo voluntário em que

estiver postulando como advogado da parte parente seu, na linha colateral em terceiro grau.

e) deve declarar os motivos de sua suspeição, não podendo

declarar-se suspeito por motivo íntimo.

20. (FCC/2009/TRT/7ªregião(CE)/Analista Judiciário/Área

Administrativa) Considere as assertivas abaixo sobre o Juiz.

I. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais e, não

as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios

gerais de direito.

II. O juiz poderá indeferir deligências requeridas pelas partes, quando

inúteis ou meramente protelatórias.

III. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe

defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.

IV. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência, ainda que

estiver promovido, julgará a lide.

É correto o que se afirma APENAS em

a) II e IV.

b) II, III e IV.

c) I, II e IV.

d) I, II e III.

e) I, III e IV.

21. (FCC/2009/TRT/15ªregião/Analista Judiciário/Área

Administrativa) Segundo o Código de Processo Civil, o Juiz

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a) titular que estiver convocado deverá julgar a lide se concluiu aaudiência.

b) poderá se eximir de sentenciar ou despachar alegando lacuna

da lei.

c) poderá decidir por equidade, mesmo nos casos não previstos

em lei.

d) será considerado impedido para exercer suas funções em

processo de jurisdição contenciosa se alguma das partes for credor de

seu cônjuge.

e) poderá de ofício determinar as provas necessárias à instrução

do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente

protelatórias.

22. (FCC/2008/MPE-PE/Promotor de Justiça) O juiz está legalmenteimpedido de exercer as suas funções no processo contencioso em que

a) for cliente do advogado de uma das partes.

b) for amigo íntimo do advogado de uma das partes.

c) seu cunhado estiver postulando, como advogado de uma das

partes.

d) tiver aconselhado o advogado de uma das partes.

e) tiver recebido dádivas do advogado de uma das partes.

23. (FCC/2007/TRE-SE/Analista Judiciário/Área Judiciária) Paulo, juiz

de direito, funcionou como órgão do Ministério Público no processo M;

é inimigo capital do réu do processo N e é parente afim de 2o grau do

autor do processo P. Nestes casos, Paulo está impedido, sendo defeso

exercer as suas funções em

a) P, apenas. b) M, apenas.

c) M e N.

d) N e P.

e) M e P.

24. (FCC/2007/TRE-PB/Analista Judiciário/Área Administrativa) Sobre

o Juiz, considere:

I. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz quando for

órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na

causa.

II. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.

III. Responderá por perdas e danos o juiz quando retardar, sem justo

motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da

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parte.

IV. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna

ou obscuridade da lei.

De acordo com o Código de Processo Civil está correto o que se

afirma APENAS em:

a) I, II e III.

b) I e III.

c) III e IV.

d) I, III e IV.

e) II, III e IV.

25. (FCC/2006/TRT-20R/Analista Judiciário/Área Judiciária/ Execução

de Mandados) Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz quando

a) ele interveio como mandatário da parte.

b) alguma das partes for sua credora ou devedora.

c) ele for parente, consanguíneo ou afim de alguma das partes,

em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau.

d) seu cônjuge estiver postulando no processo como advogado da

parte.

e) ele funcionou no processo como órgão do Ministério Público.

26. (FCC/2007/TJ-PE/Analista Judiciário/Área Administrativa) É

defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou

voluntário

a) quando nele estiver postulando, como advogado da parte,

qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, na linha colateral até o segundo grau.

b) em que for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das

partes ou de representante do Ministério Público.

c) quando alguma das partes for credora de seu cônjuge ou de

parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau.

d) quando alguma das partes for devedora de seu cônjuge ou de

parentes destes, em linha reta ou na colateral até o segundo grau.

e) quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de

alguma das partes ou de perito judicial.

27. (FCC/2011/TRE-RN/Analista Judiciário/Área Administrativa) João

é perito judicial e recebeu ofício para proceder à perícia no processo

A. Porém, João pretende escusar-se do encargo. Neste caso, eledeverá

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a) apresentar a escusa dentro de 15 dias, contados da intimação,independentemente de fundamentação.

b) cumprir o ofício, tratando-se de ordem judicial inescusável.

c) apresentar a escusa dentro de 15 dias, contados da intimação,

alegando motivo legítimo.

d) apresentar a escusa dentro de 5 dias, contados da intimação,

alegando motivo legítimo.

e) apresentar a escusa dentro de 10 dias, contados da intimação,

alegando motivo legítimo

28. (FCC/2006/TRE-AP/Analista Judiciário/Área Judiciária) Com

relação aos auxiliares da justiça é correto afirmar:

a) O perito e o intérprete, em razão das peculiaridades de sua

atuação, não podem ser considerados auxiliares da justiça. b) O escrivão e o oficial de justiça serão civilmente responsáveis

quando praticarem ato nulo com dolo, mas não com culpa.

c) Incumbe ao oficial de justiça redigir, em forma legal, os ofícios,

mandados, cartas precatórias e mais atos que pertencem ao seu

ofício.

d) Em cada juízo haverá apenas um oficial de justiça, cujas

atribuições são determinadas pelas normas de organização judiciária.

e) No impedimento do escrivão, o juiz convocar-lhe-á o substituto,

e, não o havendo, nomeará pessoa idônea para o ato.

29. (EJEF/2005/TJ-MG/Oficial Judiciário) Considerando-se o que

determina o Código de Processo Civil, é INCORRETO afirmar que,

entre as funções do Oficial de Justiça, se inclui

a) devolver o mandado cumprido no prazo de 10 dias, contados daultimação do cumprimento.

b) executar as ordens do Juiz a que estiver subordinado.

c) fazer, pessoalmente, citações, prisões, arrestos, penhoras e

demais diligências próprias do ofício.

d) realizar a diligência, sempre que possível, na presença de duas

testemunhas.

30. (FCC/2010/TRE-AM/Analista Judiciário/Área Administrativa) O

perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas

a) ficará inabilitado, por dois anos, a funcionar em outras perícias.

b) ficará inabilitado, por um ano, a funcionar em outras perícias.

c) ficará inabilitado, por cinco anos, a funcionar em outras

perícias. d) ficará inabilitado a funcionar em qualquer perícia por prazo

indeterminado.

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e) não ficará inabilitado a funcionar em outras perícias.

31. (FCC/2007/TRF-2região/Analista Judiciário/Área Judiciária/

Execução de Mandados) O Código de Processo Civil estabelece

hipóteses de suspeição e impedimento. Dentre outras situações, está

impedido de atuar no processo o perito que

a) tiver interesse no julgamento da causa em favor de uma das

partes.

b) for inimigo capital de qualquer das partes.

c) for credor de qualquer das partes.

d) for parente afim, na linha colateral, em segundo grau, do

advogado de qualquer das partes.

e) for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma

das partes.

32. (FCC/2007/TRF-4R/Analista Judiciário/Área Judiciária) Sobre os

auxiliares da Justiça analise:

II. Incumbe ao Oficial de Justiça, dentre outras atribuições, estar

presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.

II. A prática de ato nulo com dolo ou culpa caracteriza uma das

hipóteses através da qual o escrivão e o oficial de justiça são

civilmente responsáveis.

IV. O perito nomeado poderá escusar-se do encargo alegando

motivo legítimo, recusa esta que deverá ser apresentada dentro de

10 dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente.

IV. Incumbe ao escrivão, dentre outras atribuições, dar

independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do processo, respeitando as restrições previstas em lei.

De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que se

afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I, II e IV.

c) I e IV.

d) II, III e IV.

e) II e IV.

33. (FCC/2007/TJ-PE/Analista Judiciário/Área Administrativa)

Dentre outras sanções, em regra, o perito que, por

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a) dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderápelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado, por 3 anos, a

funcionar em outras perícias.

b) culpa, prestar informações inverídicas, não responderá pelos

prejuízos que causar à parte, mas ficará inabilitado, por 1 ano, a

funcionar em outras perícias.

c) culpa, prestar informações inverídicas, responderá pelos

prejuízos que causar à parte, mas não ficará inabilitado a funcionar

em outras perícias.

d) dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá

pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado, por 2 anos, a

funcionar em outras perícias.

e) dolo, prestar informações inverídicas, responderá pelosprejuízos que causar à parte, e ficará inabilitado, por 5 anos, a

funcionar em outras perícias.

Questão 34. (CESPE/2008/Analista Judiciário/Execução de

Mandados/TRT/RJ) Francisco, Juiz de Direito, presenciou determinado

fato que ocorreu na ante sala de seu dentista. Pouco tempo depois,

no exercício de sua profissão, recebeu ação em que aquele fato

constava como importante para a solução da questão posta. Acontece

que, no prazo legal que antecede à audiência de instrução e

julgamento, uma das partes o arrolou como testemunha. Nessa

situação, Francisco estaria impedido de atuar no feito.

Questão 35. (CESPE/2010/Técnico Judiciário/TRE/SE) O CPC proíbe o

juiz de exercer suas funções no processo em que prestou depoimento

como testemunha; todavia, esse caso de suspeição não se aplica aoserventuário de justiça.

Questão 36. (CESPE/2008/ Técnico Judiciário/TRT/BA) Reputa-se

fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando seu cônjuge

estiver postulando, como advogado da parte.

Questão 37. (CESPE/2009/Analista Judiciário/TRE/MA) Tem-se como

defeso de atuar no processo de jurisdição voluntária o juiz que for

interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.

Questão 38. (CESPE/2008/Analista Judiciário/TRT/RJ) Márcio,

advogado legalmente constituído nos autos mediante procuração

geral para o foro, requereu a um escrivão certidão de ato do processo em que atuava e teve o seu pedido rejeitado pelo serventuário,

embora não se tratasse de questão de segredo de justiça.

Considerando essa situação hipotética à luz das disposições do CPC

relativas aos procuradores e auxiliares de justiça, visto que compete

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ao escrivão fornecer certidão de qualquer ato do processo,independentemente de despacho do juiz, ele deveria ter atendido ao

pedido do advogado.

Questão 39. (CESPE/2008/Analista Judiciário/TRT/RJ) Márcio,

advogado legalmente constituído nos autos mediante procuração

geral para o foro, requereu a um escrivão certidão de ato do processo

em que atuava e teve o seu pedido rejeitado pelo serventuário,

embora não se tratasse de questão de segredo de justiça.

Considerando essa situação hipotética à luz das disposições do CPC

relativas aos procuradores e auxiliares de justiça, o indeferimento foi

correto, já que tal pedido deveria ter sido dirigido ao juiz condutor do

feito.

Questão 40. (CESPE/2010/ Técnico Judiciário/TRE/BA) O perito deveser nomeado pelo juiz para exercer suas funções no processo.

Gabarito:

01.E 02.D 03.A 04.D 05.B 06C 07.B 08.A 09.A 10.E

11.E 12.A 13.B 14.D 15.C 16.B 17.B 18.A 19.C 20.D

21.E 22.C 23.E 24.E 25B 26.A 27.D 28.E 29.A 30.A

31.D 32.B 33.D 34. c 35.e 36.e 37.e 38.c 39.e 40.c

Abraços,

Prof. Márcia Albuquerque