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www.tiparaconcursos.net [email protected] Página 1 de 51 TCE/SP (Cargo: 001 - Informática) – Redes e Segurança da informação – Aula 00 Teoria e Exercícios Professor Leonardo Rangel AULA 00: Cabeamento estruturado. Sumário 1. Apresentação do curso. ...................................................................................................... 3 1.1. A Banca ............................................................................................................................... 3 1.2. Metodologia das aulas ........................................................................................................ 3 2. Conteúdo programático e planejamento das aulas (Cronograma). ................................... 4 3. Projetos de cabeamento estruturado ................................................................................ 5 3.1. Definições ........................................................................................................................... 5 3.2. Materiais utilizados........................................................................................................... 11 3.2.1. Cordões de conexão .................................................................................................. 11 3.2.2. Tomadas de telecomunicações ................................................................................. 11 3.2.3. Dispositivos de conexão ............................................................................................ 14 3.2.4. Cabos ......................................................................................................................... 16 4. Fibra Óptica ....................................................................................................................... 18 4.1. Tipos de Fibra Óptica ........................................................................................................ 20 4.1.1. Multimode ou Multimodo (MM) .............................................................................. 20 4.1.2. Singlemode ou Monomodo (SM) .............................................................................. 21 4.2. Atenuação e limitações das fibras ópticas........................................................................ 22 4.3. Tipos de Conectores ......................................................................................................... 25 4.4. Máquina de Emenda Óptica (Fusão) ................................................................................ 25 4.5. Equipamentos Emissores de Luz....................................................................................... 26 4.6. Infraestrutura para Fibras Ópticas .................................................................................... 27 4.6.1. Rede Aérea ................................................................................................................ 27 4.6.2. Rede Subterrânea...................................................................................................... 28

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TCE/SP (Cargo: 001 - Informática) – Redes e Segurança da informação – Aula 00

Teoria e Exercícios Professor Leonardo Rangel

AULA 00: Cabeamento estruturado.

Sumário

1. Apresentação do curso. ...................................................................................................... 3

1.1. A Banca ............................................................................................................................... 3

1.2. Metodologia das aulas ........................................................................................................ 3

2. Conteúdo programático e planejamento das aulas (Cronograma). ................................... 4

3. Projetos de cabeamento estruturado ................................................................................ 5

3.1. Definições ........................................................................................................................... 5

3.2. Materiais utilizados ........................................................................................................... 11

3.2.1. Cordões de conexão .................................................................................................. 11

3.2.2. Tomadas de telecomunicações ................................................................................. 11

3.2.3. Dispositivos de conexão ............................................................................................ 14

3.2.4. Cabos ......................................................................................................................... 16

4. Fibra Óptica ....................................................................................................................... 18

4.1. Tipos de Fibra Óptica ........................................................................................................ 20

4.1.1. Multimode ou Multimodo (MM) .............................................................................. 20

4.1.2. Singlemode ou Monomodo (SM) .............................................................................. 21

4.2. Atenuação e limitações das fibras ópticas........................................................................ 22

4.3. Tipos de Conectores ......................................................................................................... 25

4.4. Máquina de Emenda Óptica (Fusão) ................................................................................ 25

4.5. Equipamentos Emissores de Luz ....................................................................................... 26

4.6. Infraestrutura para Fibras Ópticas .................................................................................... 27

4.6.1. Rede Aérea ................................................................................................................ 27

4.6.2. Rede Subterrânea ...................................................................................................... 28

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4.7. Infra para Redes ópticas de Longa Distância .................................................................... 30

4.8. Lançamento de Cabos ....................................................................................................... 31

5. Projetos de cabeamento estruturado baseado na Norma TIA/EIA 568-A ....................... 32

5.1. Os Seis Subsistemas de um Sistema de Cabeamento Estruturado .................................. 32

5.2. Especificações de desempenho do hardware de meios de transmissão e conexão ........ 39

5.2.1. Sistemas de Cabeamento de Par Trançado não Blindado (UTP), 100 ohms ............ 39

5.2.2. Sistemas de Cabeamento de Par Trançado Blindado (STP-A), 150 ohms ................. 43

5.2.3. Sistemas de Cabeamento de Fibras Ópticas ............................................................. 45

6. Lista das Questões Utilizadas na Aula. ............................................................................. 48

7. Gabarito. ........................................................................................................................... 51

Caros alunos,

Para iniciarmos nossa aula de demonstração, falarei um pouco sobre mim. Sou

Servidor Público Federal a mais de vinte anos, onde desempenhei várias funções

relacionadas à área de TI. Nos últimos seis anos, trabalho na administração, controle e

segurança de usuários lotados em sessenta e quatro Unidades Gestoras sediadas nos

estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, totalizando mais de cinco mil usuários de

diversos sistemas utilizados pela esfera federal, tais como: SIAFI, SIAFI Web, SIAFI Gerencial,

SIAFI Educacional, SIASG, SIASG Treino, entre outros. Minha formação acadêmica teve início

em 1996 quando terminei a Graduação em Matemática pela UERJ - Universidade Estadual

do Rio de Janeiro, prossegui em 2000, com o Bacharelado em Ciências da Computação pela

UGF - Universidade Gama Filho. Nos últimos doze anos, realizei três cursos de Pós

Graduação: Docência do Ensino Superior pela UFRJ - Universidade Federal do Rio de

Janeiro, Gestão Estratégica e Negócios pela USP - Universidade de São Paulo e Criptografia e

Segurança em Redes pela UFF - Universidade Federal Fluminense. Sou também certificado

PMP, Cobit e Itil.

Venho trabalhando como professor desde 2003 na preparação do profissional de TI

para concursos públicos (BNDES, Petrobras e subsidiárias, BACEN, TCU, SUSEP, Tribunais,

Ministérios Públicos, Receita Federal, entre outros) e na preparação para os cargos de

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Engenharia (BNDES e Petrobras), nos cursos preparatórios para concursos presenciais e

telepresenciais: Academia do Concurso, ACP-SAT, Curso Gabarito, CEAV Concursos, CEGM,

Curso Cefis, Curso Debret, Curso Multiplus, Curso Pla, Canal dos Concursos, Eu vou Passar,

Aprova Concursos, entre outros.

1. Apresentação do curso.

Nosso curso terá como foco atender a necessidade do concurseiro que irá fazer a

prova do TCE/SP (AUXILIAR DA FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA II – INFORMÁTICA (código 001)) e

precisa ter conhecimento sobre o conteúdo referente ao tópico Conhecimentos básicos de

redes de computadores e segurança da informação, conforme abaixo descrito:

Conhecimentos básicos de redes de computadores e segurança da informação:

Cabeamento estruturado, redes sem fio, protocolo TCP/IP e aplicações; Resolução de

problemas comuns em redes: falta de conectividade, rompimento de cabo, configuração de

Proxy, configuração de protocolo TCP/IP; Correio eletrônico, antivírus, Internet e Intranet.

Conhecimentos sobre ferramentas para o gerenciamento remoto de estações de trabalho.

Conhecimentos de ferramentas corporativas para backup e recuperação de informações.

1.1. A Banca

A Vunesp é uma banca sem grande experiência em provas de concursos públicos

que tratem das disciplinas de TI, por isso, além das questões da Vunesp, vamos utilizar

também algumas questões de outras bancas tais como a Cesgranrio, FCC e Cespe/UnB,

desde sejam do mesmo perfil.

1.2. Metodologia das aulas

Teremos aulas expositivas, descritivas e descontraídas com aproximadamente 40

páginas por aula, as quais poderão variar em quantidade, dependendo do assunto tratado e

da abordagem oferecida, mas tentando sempre manter tal média. Fiquem tranquilos,

normalmente acabamos as aulas em muito mais que isso, pois não gosto de economizar no

conteúdo que é cobrado nas provas dos senhores.

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Todas as aulas terão uma introdução teórica, abrangendo os assuntos tratados, e

uma bateria de exercícios comentados, para fixação do conteúdo e aprendizado do estilo da

banca.

Abordarei os assuntos desde o básico até o avançado, para que o aluno iniciante

tenha conhecimento e contato inicial com os tópicos tratados, e o aluno mais experiente

possa se aprofundar através da resolução de questões.

A aplicação dos exercícios poderá variar de aula pra aula, de acordo com a

proporção dos assuntos cobrados em questões de provas anteriores.

2. Conteúdo programático e planejamento das aulas (Cronograma).

O Conteúdo programático está distribuído de forma que, mesmo quem nunca teve

contato com o assunto, possa compreender o contexto da disciplina e a forma com que ela

é abordada pela banca.

Pretendo sempre trabalhar os assuntos conforme o nível da banca, por isso, tudo

que coloco nas aulas cai ou que pode cair na prova.

Aula Conteúdo a ser trabalhado

Aula 00

Demonstrativa

00/00/2014

Cabeamento estruturado.

Aula 1

00/00/2014

Redes sem fio; e

Internet e Intranet.

Aula 2

00/00/2014 Protocolo TCP/IP e aplicações (Parte 1)

Aula 3

00/00/2014 Protocolo TCP/IP e aplicações (Parte 2)

Aula 4

00/00/2014 Protocolo TCP/IP e aplicações (Parte 3)

Aula 5

00/00/2014 Protocolo TCP/IP e aplicações (Parte 4)

Aula 6 Conhecimentos de ferramentas corporativas para backup e

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00/00/2014 recuperação de informações.

Aula 7

00/00/2014

Resolução de problemas comuns em redes: falta de conectividade,

rompimento de cabo, configuração de Proxy, configuração de

protocolo TCP/IP;

Correio eletrônico;

Antivírus;

3. Projetos de cabeamento estruturado

Entende-se por rede interna estruturada aquela que é projetada de modo a prover

uma infraestrutura que permita evolução e flexibilidade para serviços de telecomunicações,

sejam de voz, dados, imagens sonorização, controle de iluminação, sensores de fumaça,

controle de acesso, sistema de segurança, controles ambientais (ar-condicionado e

ventilação) e outros.

Considerando-se a quantidade e a complexidade destes sistemas, é imprescindível

a implementação de um sistema que satisfaça às necessidades iniciais e futuras em

telecomunicações e que garanta a possibilidade de reconfiguração ou mudanças imediatas,

sem a necessidade de obras civis adicionais.

Esse assunto está baseado na NBR 14565.

3.1. Definições

As definições a seguir podem ser observadas na figura 1, logo abaixo.

Área de trabalho (ATR): Área interna de uma edificação que possui pontos de

telecomunicações energia elétrica onde estão conectados os equipamentos dos usuários.

Área útil de escritório: Área de piso efetivamente utilizada como escritório em

uma edificação.

Áreas como banheiros, escadas, corredores, hall de circulação, etc. não

são computadas como áreas de piso útil de escritório.

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Armário de telecomunicações (AT): Espaço destinado à transição entre o

caminho primário e o secundário, com conexão cruzada, podendo abrigar equipamento

ativo.

Cabeamento centralizado: Configuração de cabeamento da ATR ao dispositivo

de conexão centralizado, usando a passagem de cabos contínuos (modo direto), ou

dispositivos de interconexão intermediários ou emendas nos AT.

Cabeamento estruturado: Instalação de cabos seguindo o conceito de redes

estruturadas.

Cabo de interligação externa: Cabo que interliga o distribuidor geral de

telecomunicações (DGT) aos distribuidores de intermediários (DI) de edificações

independentes que fazem parte do mesmo sistema (campus).

Cabo de interligação interna: Cabo que interliga o ponto de terminação de rede

(PTR) ao DGT de uma edificação.

Cabo primário de primeiro nível: Cabo que interliga o DGT aos distribuidores

secundários (DS), ou DI.

Cabo primário de segundo nível: Cabo que interliga o DI ao DS.

Cabo secundário: Cabo que interliga os DS à ATR.

Campus: Área que contém um ou mais edifícios em um mesmo terreno.

Categoria 03: Componentes usados para transmissão de sinais até 16 MHz.

Categoria 04: Componentes, usados para transmissão de sinais até 20 MHz.

Categoria 05: Componentes usados para transmissão de sinais até 100 MHz.

1. (CESPE - 2013 - INPI) Acerca de cabeamento estruturado, julgue os itens a seguir.

Segundo a norma NBR 14.565, os cabos de rede de categoria 5 podem ser utilizados para a

transmissão de sinais de até 100 MHz.

( ) Certo ( ) Errado

Comentário:

Conforme mostrado acima:

Categoria 05: Componentes usados para transmissão de sinais até 100 MHz.

Gabarito: CERTO

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Comprimento do lance de cabo (CL): Comprimento de cabo correspondente à

distância entre dois pontos de conexão.

Conector modular 8 vias (CM8V): Dispositivo usado para estabelecer a

terminação mecânica de cabos, permitindo o acesso dos terminais à rede.

Conector óptico (plugue): Dispositivo que possibilita a conexão óptica,

terminando duas fibras ópticas e que encaixa em um receptáculo (soquete) óptico também

duplo.

Conexão óptica: Conjunto constituído pela união de cordão/cabo óptico de

terminação ou de manobra com adaptador óptico, podendo este último estar interligado ao

conector óptico.

Conexão de engate rápido (CER): Conexão por deslocamento da isolação do

condutor.

Cordão de conexão: Cordão formado de um cabo flexível com conectores nas

pontas, com a finalidade de interligar os dispositivos de conexão entre si e/ou a

equipamentos.

Dispositivos de conexão: Dispositivo que provê terminações mecânicas entre os

meios de transmissão.

Dispositivos de proteção elétrica: Dispositivo cuja função é fornecer proteção

contra surtos, sobrecorrentes e/ou sobretensões.

Distribuidor intermediário (DI): Distribuidor que interliga cabos primários de

primeiro nível e cabos primários de segundo nível.

Distribuidor secundário (DS): Distribuidor que interliga cabos primários de

primeiro ou segundo nível e cabos secundários.

Distribuidor geral de telecomunicações (DGT): Distribuidor que interliga todos

os cabos primários de primeiro nível.

Meio de transmissão: Meio físico utilizado para o transporte de sinais de

telecomunicações.

Ponto de consolidação de cabos (PCC): Local no cabeamento secundário, sem

conexão cruzada, onde poderá ocorrer mudança da capacidade do cabo, visando

flexibilidade.

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Ponto de telecomunicações (PT): Dispositivo onde estão terminadas as

facilidades de telecomunicações que atendem aos equipamentos de uma ATR.

Ponto de terminação de rede (PTR): Ponto de conexão física à rede de

telecomunicações pública, que se localiza na propriedade imóvel do usuário e que atende as

especificações técnicas necessárias para permitir por seu intermédio o acesso individual a

serviços de telecomunicações públicas.

Ponto de transição de cabos (PTC): Local no cabeamento secundário onde

poderá ocorrer mudança no tipo de cabo, ou seja um cabo redondo é conectado a um cabo

chato, com o objetivo de facilitar sua instalação em ambientes que exijam a instalação de

cabo chato.

Rede interna estruturada: Rede projetada de modo a prover uma infraestrutura

que permita evolução e flexibilidade para os serviços de telecomunicações, sejam de voz,

dados, imagens, sonorização, controle de iluminação, sensores de fumaça, controle de

acesso, sistema de segurança, controles ambientais (ar-condicionado e ventilação) e outros.

Sala de entrada de telecomunicações (SET): Espaço destinado a receber o cabo

de entrada da operadora onde são ligados as facilidades da rede primária intra e inter

edifícios, podendo também acomodar equipamentos eletrônicos com alguma função de

telecomunicações.

Sala de equipamento (SEQ): Espaço necessário para equipamentos de

telecomunicações, sendo frequentemente salas com finalidades especiais.

A SQE é conectada à facilidade da rede primária e à rede de entrada da

operadora.

Sistema campus (SC): Interligação entre diferentes prédios da instalação.

STP (shielded twisted pair): Par trançado blindado.

UTP (unshielded twisted pair): Par trançado não blindado, em configuração que

atenua ou auxilia no cancelamento de ruído em circuitos balanceados. Um cabo de par

trançado não blindado contém usualmente quatro pares de fios conformados em um único

cabo.

Vinculação: Ligação elétrica rígida e permanente entre as partes metálicas.

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Os números 1 a 7 identificam os sete subsistemas de um sistema de

Cabeamento Estruturado de Telecomunicações.

1 - Área de trabalho

2 - Rede secundária

3 - Armário de telecomunicações

5 - Sala de equipamento

4 - Rede primária nível 1

6 - Sala de entrada de telecomunicações

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7 - Cabo de interligação externo

Figura 1 - Representação esquemática dos elementos principais de um sistema

estruturado

2. (FCC - 2013 - TRT - 12ª Região/SC) Cabos de par trançado usam condutores metálicos

que aceitam e transportam sinais na forma de corrente elétrica. Sobre esse tipo de cabo é

INCORRETO afirmar que

a) o mais comumente usado em comunicação é chamado UTP (cabo de par trançado

blindado).

b) são usados em linhas telefônicas para a transmissão de voz e de dados.

c) são usados em redes locais, como 10Base -T e 100Base -T.

d) uma maneira de medir seu desempenho é comparar sua atenuação versus frequência e

distância.

e) o conector UTP mais comum é o RJ45 (em que RJ significa Registered Jack) que é um

conector chavetado, ou seja, que só pode ser inserido de uma única forma.

Comentário:

A opção INCORRETA é a letra A, pois o cabo Par Trançado do tipo UTP não dispõe de

blindagem. O que fornece blindagem é o STP.

Seria assim:

- Cabo Par Trançado Tipo UTP:

1. Baixo custo;

2. S/ blindagem;

3. Mais comum em Redes de Computadores devido ao baixo custo.

- Cabo Par Trançado Tipo STP:

1. Alto custo;

2. C/ blindagem;

3. Mais raro em Redes de Computadores devido ao alto custo.

Gabarito: A

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3.2. Materiais utilizados

Os materiais utilizados na execução do cabeamento de telecomunicações devem

ser rigorosamente adequados às finalidades a que se destinam e devem satisfazer às

normas vigentes.

3.2.1. Cordões de conexão

Os cordões de conexão são utilizados para fazer as conexões entre os terminais da

rede secundária com os terminais da rede primária e equipamentos ativos instalados no AT.

Também são utilizados para fazer a conexão entre as tomadas de telecomunicações e os

equipamentos nas ATR.

Os cordões devem ser flexíveis e atender aos mesmos requisitos e características

em todo circuito.

O somatório dos comprimentos dos cordões de conexões usados em um mesmo AT

para conexão da rede secundária com a primária não deve ultrapassar 7,00 m e para o

cordão de conexão da tomada de telecomunicações para os equipamentos (telefones,

microcomputadores, TV, vídeos e outros), ele não deve ultrapassar 3,00 m, conforme a

figura 7.

Os comprimentos referidos na subseção anterior poderão ser alterados, desde que

mantenham os parâmetros de testes.

3.2.2. Tomadas de telecomunicações

As tomadas de telecomunicações são elementos usados para estabelecer o acesso

dos equipamentos aos terminais do cliente, no PT.

Quando são usados cabos metálicos, as tomadas usadas são as de oito

vias/contatos, compatíveis com os conectores modulares também de oito vias/contatos.

Estas tomadas devem ser instaladas em local protegido e, quando não utilizadas,

podem ser resguardadas com a colocação de tampões contra a contaminação dos contatos.

Conecta-se cada fio do cabo a uma via/contato correspondente da tomada.

Quando opta-se por usar um cabo óptico, no lugar de tomada de telecomunicações

deve-se utilizar um conector óptico adequado à sua aplicação, conforme as figuras 2 a) e 2

b).

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a) Cabeamento secundário - Cabo de quatro pares trançados sem blindagem com

diâmetro de 0,50 mm (24 AWG) a 0,63 mm (22 AWG) com fio sólido ou flexível

b) Conectores ópticos

Figura 2 - Cabos secundários e conectores ópticos

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A ligação dos condutores às vias/contatos da tomada deve ser distribuída conforme

mostra a figura 3.

Figura 3 - Distribuição das ligações às vias/contatos das tomadas

3. (CESGRANRIO - 2011 - Petrobras) No que diz respeito ao cabeamento estruturado,

observe a figura e o quadro abaixo, referentes, respectivamente, à sequência de cores no

conector RJ-45, denominado CM8V pela Norma NBR 14565, e às cores correspondentes a

cada borne.

De acordo com a NBR 14565 e o padrão T568-B, as cores identificadas no quadro acima

como I, II, III e IV, referentes aos pares de transmissão (2) e de recepção (3), são,

respectivamente,

a) Branco Laranja (B-L) - Laranja (L) - Branco Verde (B-V) - Verde (V)

b) Branco Laranja (B-L) - Laranja (L) - Branco Azul (B-A) - Azul (A)

c) Branco Azul (B-A) - Azul (A) - Branco Laranja (B-L) - Laranja (L)

d) Branco Verde (B-V) - Verde (V) - Branco Laranja (B-L) - Laranja (L)

e) Branco Verde (B-V) - Verde (V) - Branco Azul (B-A) - Azul (A)

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Comentário:

Observe a figura abaixo:

A sequência certa é equivalente aos bornes 1, 2, 3 e 6, ou seja, Branco Laranja (B-L), Laranja

(L), Branco Verde (B-V) e Verde (V).

Gabarito: A

3.2.3. Dispositivos de conexão

São instalados na SEQ, no AT e PCC. Eles têm a finalidade de estabelecer a conexão

eficiente, segura e perfeita, do ponto de vista elétrico, mecânico e óptico, e atender os

critérios para transmissão de informação na velocidade para a qual está dimensionada. A

figura 4 mostra exemplos de blocos e painéis de conexão.

Existem diversos tipos de dispositivo de conexão e cada um tem dimensões e

formas variadas. Cada um tem sua aplicação específica, podendo se destacar:

a) painel de conexão de 12, 16, 24, 32, 48, 64, 96 portas/tomadas CM8V;

b) blocos de conexão 8 pares;

c) blocos de conexão 10 pares;

d) blocos de conexão 25 pares;

e) blocos de conexão 50 pares;

f) blocos de conexão 100 pares;

g) blocos de conexão 300 pares;

h) blocos de conexão 900 pares;

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i) caixas para montagem de superfícies com duas, quatro, seis e 12 tomadas CM8V;

j) painéis de conexão óptica.

Os blocos podem ser montados em painéis de madeira tratada, em bastidores

metálicos, ou ainda fixados diretamente na parede. São utilizados para estabelecer a

conexão entre os seguintes elementos da rede:

a) entre uma rede primária e uma rede secundária;

b) entre um equipamento ativo e uma rede primária;

c) entre uma rede primária e uma rede de interligação de outra edificação;

d) entre uma tomada de telecomunicação e uma rede secundária;

e) conectar um PTC ou PCC;

f) entre um equipamento ativo e uma rede secundária;

g) entre o PTR e a rede primária.

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Figura 4 - Exemplos de blocos e painéis de conexão

3.2.4. Cabos

O cabo é o meio de transmissão responsável pela transferência da informação de

um ponto para outro.

Na rede estruturada utilizam-se tanto cabos metálicos como ópticos. A opção pelo

uso de um ou outro, é feita em função de: topologia, interferências ou desempenho dos

pontos a que se pretende comunicar.

Estes fatores interferem diretamente na eficiência dos meios de transmissão, já

que influenciam os parâmetros de uma rede.

A tabela 1 estabelece os limites de utilização para cada meio de transmissão.

Considerando os limites mostrados na tabela 1, os projetistas de rede devem

considerar as seguintes alternativas de projeto, quando se depararem com trechos extensos

de rede que ultrapassem aqueles limites ali estabelecidos, e preferencialmente optar pelo

uso de cabos ópticos.

Tabela 1 - Comprimento máximo dos cabos

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4. (CESGRANRIO - 2011 - FINEP) Com o objetivo de criar uma referência técnica para a

elaboração de projetos de cabeamento estruturado para redes de voz e dados, a ABNT

(Associação Brasileira de Normas Técnicas) desenvolveu a NBR 14565. Com base nessa

Norma, a distância máxima, em metros, para cabos UTP, categoria 5, na rede secundária, é

a) 120

b) 110

c) 100

d) 90

e) 80

Comentário:

Conforme NBR 14565, o comprimento máximo admitido para o cabeamento metálico é de

100 metros, sendo que o comprimento máximo do cabo contando desde o dispositivo de

terminação do cabeamento secundário, instalado no Armário de Telecomunicações até o

Ponto de telecomunicações instalado na área de trabalho, deve ser de 90 metros.

Observe a tabela abaixo.

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Gabarito: D

4. Fibra Óptica

É um filamento de vidro ou de materiais poliméricos com capacidade de transmitir

luz. Tal filamento pode apresentar diâmetros variáveis, dependendo da aplicação, indo

desde diâmetros ínfimos, da ordem de micrômetros (mais finos que um fio de cabelo) até

vários milímetros. O vidro é o material mais utilizado na fabricação das fibras, pois ele

absorve menos as ondas eletromagnéticas.

Foi inventada pelo físico indiano Narinder Singh Kapany em 1952. Em seus estudos,

Kapany verificou que a luz poderia descrever uma trajetória curva dentro de um material

(no experimento de Tyndall em 1870, esse material era a água).

O princípio fundamental que rege o seu funcionamento é o fenômeno físico

denominado reflexão total da luz. A transmissão da luz pela fibra segue um princípio único,

independentemente do material usado ou da aplicação. É lançado um feixe de luz numa

extremidade da fibra e, pelas características ópticas do meio (fibra), esse feixe percorre a

fibra por meio de reflexões sucessivas. Observe as características abaixo:

Imunidade às Interferências Eletromagnéticas e Características Dielétricas:

Por serem feitas de materiais dielétricos como vidro e plástico, uma fibra óptica é

totalmente imune as Interferências Eletromagnéticas, além de serem isolantes à passagem

da corrente elétrica.

Segurança no tráfego de informações:

As fibras ópticas trabalham com sinais de luz, o que dificulta muito o uso de

“grampos”. Para que possamos executar um grampo em uma fibra óptica, necessitamos de

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aparelhos complexos e caros, capazes de decifrar os sinais de luz.

Maior Banda de Transmissão:

A capacidade de transmissão de um sistema de telemática está limitada à

frequência (MHz) da portadora, como a fibra óptica trabalha com sinais de luz, nos sistemas

de transmissão mais modernos, chegamos à Banda de Transmissão da ordem de THz.

5. (FCC - 2010 - TRE/RS) O meio de transmissão a ser expressivamente considerado,

quando a interferência se constituir num problema crítico de um projeto de rede, é

a) cabo coaxial.

b) par trançado CAT5e.

c) par trançado CAT6.

d) fibra óptica.

e) cabo STP.

Comentário:

Vamos relembrar uma das características da fibra óptica, que vimos em nossa aula de

hoje:

Imunidade às Interferências Eletromagnéticas e Características Dielétricas:

Por serem feitas de materiais dielétricos como vidro e plástico, uma fibra

óptica é totalmente imune as Interferências Eletromagnéticas, além de serem isolantes

à passagem da corrente elétrica.

Quando um dos problemas é a interferência, como mostra o objeto desta

questão, devemos utilizar a fibra óptica.

Gabarito: D

6. (FGV - 2009 - MEC) Na implementação de uma rede de computadores, um dos

fatores que influencia o desempenho é o meio de transmissão utilizado.

Nesse contexto, a fibra óptica tem sido bastante utilizada considerando suas inúmeras

vantagens, sendo a principal delas:

a) a baixa isolação elétrica.

b) a imunidade à interferência eletromagnética.

c) a elevada robustez da fibra nua a esforços de tração.

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d) a facilidade de implementação em ligações multiponto.

e) a alta banda passante na faixa de 10 GBps no tipo multimodo.

Comentário:

Mais uma questão trazendo a mesma característica da fibra:

Imunidade às Interferências Eletromagnéticas e Características Dielétricas:

Por serem feitas de materiais dielétricos como vidro e plástico, uma fibra

óptica é totalmente imune as Interferências Eletromagnéticas, além de serem isolantes

à passagem da corrente elétrica.

Quando um dos problemas é a interferência, como mostra o objeto desta

questão, devemos utilizar a fibra óptica.

Gabarito: B

4.1. Tipos de Fibra Óptica

Para melhor compreender as características dos tipos de fibra óptica, observe a

figura abaixo:

Figura: A fibra óptica e suas partes

4.1.1. Multimode ou Multimodo (MM)

São fibras que possuem vários modos de propagação, o que faz com que os raios de

luz percorram por diversos caminhos o interior da fibra. Devido a esta característica, elas se

classificam de duas formas: fibras multimodo de índice degrau ou de índice gradual.

Multimodo de Índice Degrau:

Possuem um núcleo composto por um material homogêneo de índice de refração

constante e sempre superior ao da casca. As fibras de índice degrau possuem mais

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simplicidade em sua fabricação e, por isto, possuem características inferiores aos outros

tipos de fibras, sendo que uma das deficiências que podemos enumerar é a banda passante

que é muito estreita, o que restringe a capacidade de transmissão da fibra. A atenuação é

bastante alta quando comparada com as fibras monomodo, o que restringe as aplicações

com fibras multimodo com relação à distância e à capacidade de transmissão.

Multimodo de Índice Gradual:

Possuem um núcleo composto de um índice de refração variável. Esta variação

permite a redução do alargamento do impulso luminoso. São fibras mais utilizadas que as

de índice degrau. Sua fabricação é mais complexa porque somente conseguimos o índice de

refração gradual dopando com doses diferentes o núcleo da fibra, o que faz com que o

índice de refração diminua gradualmente do centro do núcleo até a casca. Mas, na prática,

esse índice faz com que os raios de luz percorram caminhos diferentes, com velocidades

diferentes, e cheguem à outra extremidade da fibra ao mesmo tempo praticamente,

aumentando a banda passante e, consequentemente, a capacidade de transmissão da fibra

óptica.

Características:

Núcleo 50 ou 62,5 µm (micrômetros);

Casca 125 µm.

Vários caminhos, desordenado;

Vários pontos de reflexão;

Até 2 km à 100 Mbps;

Até 550 m à 1 Gigabit (Núcleo 50);

Até 250 m à 1 Gigabit (Núcleo 62,5);

Utiliza LED como fonte de luz.

4.1.2. Singlemode ou Monomodo (SM)

As fibras monomodo possuem um único modo de propagação, ou seja, os raios de

luz percorrem o interior da fibra por um só caminho. Também se diferenciam pela variação

do índice de refração do núcleo em relação à casca, e se classificam em índice

degrau standard, dispersão deslocada (dispersion shifted) ou non-zero dispersion.

Por possuírem suas dimensões mais reduzidas que as fibras multimodos, as fibras

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monomodais têm a fabricação mais complexa. Contudo, as características destas fibras são

muito superiores às multimodos, principalmente no que diz respeito à banda passante, mais

larga, o que aumenta a capacidade de transmissão. Apresentam atenuação mais baixa,

aumentando, com isto, a distância entre as transmissões sem o uso de repetidores. Os

enlaces com fibras monomodo, geralmente, ultrapassam 50 km entre os repetidores,

dependendo da qualidade da fibra óptica.

As fibras monomodo do tipo dispersão deslocada (dispersion shifted) têm

concepção mais moderna que as anteriores e apresentam características com muitas

vantagens, como baixíssima atenuação e largura de banda bastante larga. Contudo,

apresentam desvantagem quanto à fabricação, que exige técnicas avançadas e de difícil

manuseio (instalação, emendas), com custo muito superior quando comparadas com as

fibras do tipo multimodo.

Características:

Núcleo 9 µm;

Casca 125 µm.

Único caminho, reto;

Quase não há pontos de reflexão;

Aplicações a 5, 15, 40, 70 km dependendo do emissor de luz;

Utiliza Laser como fonte de luz.

4.2. Atenuação e limitações das fibras ópticas

A atenuação define a distância máxima (alcance) que um sistema de transmissão

óptico pode ter entre o emissor e receptor.

As atenuações em fibras ópticas são causadas, basicamente, por 4 razões:

Absorção:

Como nenhum material é perfeitamente transparente, sempre ocorre uma

absorção parcial de luz quando esta é forçada a atravessar um meio (absorção intrínseca).

Em uma fibra, além da absorção do material que compõe seu núcleo, pode haver variações

de densidade, imperfeições na fabricação (absorção por defeitos estruturais), impurezas

(absorção extrínseca) e outros fatores que aumentam ainda mais as perdas por absorção.

Diversas impurezas podem contaminar uma fibra. O principal motivo de

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atenuações em alguns tipos de fibra é a contaminação por íons metálicos, que pode gerar

perdas superiores a 1 dB/km, mas que atualmente já é controlada através de tecnologias

utilizadas na fabricação de semicondutores.

Há também a contaminação por íons hidroxila (OH -), causada por água dissolvida

no vidro (também chamada de atenuação por pico de água,Water Peak Atenuation , WPA),

que, por sua relevância nas tecnologias pioneiras de fibra óptica, definiram intervalos de

frequências onde essa atenuação era mínima, as chamadas janelas ópticas ou janelas de

transmissão. As janelas ópticas são as regiões onde não há picos de atenuação devido ao íon

OH -.

Embora, graças ao avanço das tecnologias, essa barreira já tenha sido superada, as

janelas ópticas continuam a servir como referência para os sistemas ópticos, sendo cada

uma delas associada a um tipo de aplicação específico.

Existem três janelas ópticas: ao redor de 850nm, 1300nm e 1550nm, sendo que a

última foi subdividida em duas menores (Banda C e Banda L) visando o melhor

aproveitamento dessa região de baixas atenuações. A primeira é utilizada para sistemas a

curta distância, de baixo custo e utilizando fontes e detectores simples. A segunda, por sua

vez, permite enormes capacidades de transmissão, sendo utilizada geralmente pelas fibras

comerciais. Finalmente, a terceira é utilizada por fibras de sílica, por constituir uma região

de atenuação mínima para esse material. Nessa janela já se fabricam fibras monomodo de

atenuações da ordem de 0,2dB/km, o que já é praticamente o limite teórico para tal

comprimento de onda.

Espalhamento:

Espalhamento é o fenômeno de transferência de potência de um dos modos

guiados pela guia para si mesmo ou para outros modos. O principal é o espalhamento de

Rayleigh, causado por variações aleatórias na densidade do material da fibra, advindas do

processo de fabricação. Outros espalhamentos são causados por imperfeições na estrutura

cilíndrica da fibra, vibrações moleculares térmicas e outros fatores, sempre causando perda

na potência de luz transmitida.

Curvaturas:

Quando a luz na fibra óptica encontra curvas, sejam elas macroscópicas (curva de

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uma fibra em uma quina, por exemplo) ou microscópicas (pequenas ondulações na interface

entre a casca e o núcleo), alguns raios de luz podem formar um ângulo inferior ao ângulo

crítico e saírem da fibra, causando perda de potência.

Características do guia de onda:

Na prática, a potência numa fibra óptica não está totalmente presa ao núcleo.

Parte da potência pode viajar pela casca da fibra óptica, de forma que passa a sofrer com as

atenuações do material do qual a casca é composta (maiores que as do núcleo), o que pode

diminuir a capacidade de transmissão da fibra.

Além desses fatores, ainda há a dispersão, que é um fenômeno resultante da

diferença de velocidades de propagação que causa o “espalhamento” de um sinal no tempo

(NÃO tem a ver com o espalhamento descrito acima, apesar do uso da mesma palavra), o

que limita a taxa de transmissão através das fibras e colabora com sua atenuação.

Há três tipos de dispersão:

Dispersão Modal ou Intermodal:

Esta dispersão ocorre nas fibras multímodo, tanto nas de índice gradual, quanto

nas de índice degrau. Ressalta-se que nas últimas, sua atuação é mais significativa.

Dispersão Material:

A dispersão material e a dispersão do guia de onda compõem um tipo de dispersão

chamado de dispersão intramodal ou dispersão cromática.

A dispersão material caracteriza-se pelos diferentes atrasos causados pelos vários

índices de refração, que variam não-linearmente de acordo com os comprimentos de onda,

causando a diferença de velocidades que caracteriza a dispersão.

Dispersão do Guia de onda.

Este tipo de dispersão resulta da dependência do número V característico do guia

de onda em relação a cada comprimento de onda da luz transmitida. Sabe-se que o atraso

de um modo varia não-linearmente com o número V.

No caso de fibras multímodo, as dispersões que mais influenciam são a dispersão

modal e a dispersão material. Na fibra monomodo, por outro lado, pesam mais a dispersão

material e a dispersão do guia de onda.

Atualmente, a maior parte dessas barreiras já foi superada, sendo o fator limitante

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o custo para tal.

7. (CESPE - 2013 - MPU) Com relação às tecnologias de rede, julgue os itens que se

seguem.

As fibras óticas do tipo monomodo apresentam menor atenuação devido à dispersão

modal.

( ) Certo ( ) Errado

Comentário:

DISPERSÃO MODAL

Este tipo de dispersão só existe em fibras do tipo multimodo (degrau e gradual) e é

provocada basicamente pelos vários caminhos possíveis de propagação (modos) que a

luz pode ter no núcleo.

A dispersão modal inexiste em fibras monomodo, pois apenas um modo será guiado.

Gabarito: ERRADO

4.3. Tipos de Conectores

4.4. Máquina de Emenda Óptica (Fusão)

É o equipamento que realiza a emenda do cabo externo ao interno e/ou emendas

em caso de rompimento.

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Ela “derrete” o cabo e o funde novamente mantendo seu núcleo (onde trafega luz)

intacto.

4.5. Equipamentos Emissores de Luz

Conversores de Mídia:

Convertem o sinal óptico (luz) para impulsos elétricos (Cabo UTP) para enviar ao

Switch.

Módulos Ópticos:

Convertem o sinal óptico (Luz) diretamente para o Switch, pois está instalado direto

nele.

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4.6. Infraestrutura para Fibras Ópticas

As Redes ópticas se espalharam pelo mundo interligando países e diminuído as

distâncias devido a grande capacidade de transporte de dados da fibra óptica. A

implantação de redes ópticas envolve, no entanto a construção de uma infraestrutura para

suporte destes cabos.

Damos o nome de infraestrutura ao conjunto da construção que recebe, acomoda

e distribui o cabo óptico ao longo de seu trajeto (também conhecido como Rota ou Enlace).

As Redes Ópticas podem ser aéreas, subterrâneas, submarinas ou uma combinação

delas.

4.6.1. Rede Aérea

Nas redes aéreas são aproveitadas as estruturas das concessionárias de energia

elétrica presentes no local ou, quando não há possibilidade, é implantada uma

infraestrutura nova para instalação da Rede Óptica.

Esta infraestrutura é composta de:

Postes:

Devem atender as exigências de altura para cruzamentos, esforço cortante para

casos de término de rede (encabeçamento) e mudança de direção com ângulo.

Cordoalha:

Cabo de aço que interliga os postes. É na cordoalha que o cabo óptico será preso

ou espinado (enrolado) com o auxílio de um arame de aço.

Caixa de Emenda:

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Na rede aérea, em geral as caixas de emenda óptica são acomodadas junto aos

postes, onde também ficam as sobras de cabo, conhecidas como “Figura Oito“.

4.6.2. Rede Subterrânea

A implantação de uma rede subterrânea requer um maior investimento, pois

necessita de mais tempo e recursos.

Vamos sua composição:

Duto:

Tubulação em PVC, corrugado ou liso com diâmetro geralmente de 100 mm.

Sub-duto:

Dado ao fato de o cabo óptico não necessitar da área total do duto, criou-se então

outro duto de menor diâmetro (40 mm externo) em Polietileno, recebendo este o nome de

sub-duto. Inicialmente era instalado (dentro do duto) em redes urbanas, aumentando assim

a capacidade da rede de dutos existentes. Posteriormente começou a ser utilizado nas redes

de longa distância.

Podemos encontrar vários tipos de sub-dutos. Veremos os mais comuns:

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Destacamos que, para redes com número maior de dutos, a formação pode

acompanhar aquela descrita acima para o sub-duto quádruplo.

Por exemplo: Rede de Seis dutos.

Veja abaixo mais alguns componentes:

Caixas de passagem:

São receptáculos implantados abaixo do nível do solo, com a função de armazenar

as sobras técnicas dos cabos.

Sobra Técnica ou Reserva:

Como o próprio nome diz, é uma folga ou reserva de cabo, que será utilizada caso

haja um acidente no cabo (ruptura) ou para atender um acesso futuro, exigindo assim cabo

para emenda ou para deslocamento do trajeto original.

Caixa de Emenda Subterrânea:

Observe com atenção este componente, para não confundi-lo com a caixa de

emenda óptica. A Caixa de Emenda Subterrânea é um receptáculo igual à caixa de

passagem, mudando apenas a função básica, que neste caso é acomodar a caixa de emenda

óptica. Portanto, quando falamos em redes subterrâneas, devemos procurar não fazer

simplificações, dizendo apenas “caixa de emenda”, pois desta forma estaremos evitando

erros de interpretação.

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4.7. Infra para Redes ópticas de Longa Distância

São redes que ligam pontos equidistantes geograficamente. Sua função básica é

possibilitar o tráfego de dados, voz e imagem em altas velocidades através dos cabos de

fibra óptica, interligando vários pontos.

Quando falamos em Redes de Longa Distância, devemos imaginar uma vasta

composição de elementos, pois dependendo da característica (necessidade) do projeto,

poderemos ter uma rede aérea, uma rede subterrânea ou até mesmo uma rede submarina.

As redes aéreas podem estar presentes tanto para conexão de cidades como em

um projeto que utilize as linhas de alta tensão como meio de instalação ou elo de ligação

entre os pontos de interesse. Neste caso o cabo utilizado será o OPGW (também chamado

de Guarda com fibra óptica).

Uma ligação subterrânea, dependendo do interesse financeiro (custo benefício),

pode ser feita de uma das formas abaixo:

Implantação ao Longo de Rodovias: A rede é construída ao lado de rodovias

(dentro da faixa de domínio da concessionária) ou no canteiro central (quando a rodovia

tiver este local para separação das vias). A definição do local exato será dada pelo órgão

com jurisdição sobre a via.

Implantação ao Longo de Ferrovias.

Implantação ao Longo de Oleodutos ou Gasodutos.

A avaliação do método ou traçado utilizado levará em conta o custo da construção,

mas principalmente o valor cobrado pela concessionária pelo direito de passagem em sua

faixa de domínio, bem como a área de interesse do empreendedor.

O custo e o prazo da construção serão função direta do grau de complexidade da

instalação, ou seja, dependerão dos seguintes fatores:

Profundidade de vala;

Tipo de Solo;

Distância entre caixas;

Interferências;

Acessos.

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4.8. Lançamento de Cabos

Após a construção da rede, devemos providenciar o lançamento dos cabos ópticos.

Assim começaremos as definições do sistema de lançamento.

Definições das características do sistema de instalação pneumática:

Distância:

A instalação de cabos em uma distância entre 500 a 2000 m ou mais, depende das

condições dos dutos, do cabo, do solo e da temperatura.

Velocidade:

Velocidade máxima de instalação de 60 m/min, sendo a velocidade usual de 40 m/

min.

Mão de obra:

São necessárias duas pessoas treinadas e mais um operário para acessórios

complementares.

Equipamento:

É um conjunto de instalação de pequenas dimensões, seu peso não chega a 120 kg

(com o resfriador). O alimentador integrado é composto de um conjunto de esteiras de

borracha, acionada por dois motores hidráulicos. O sistema é fornecido com todos os

adaptadores para os cabos e tubos. Possui um dispositivo de medição que indica a distância

percorrida pelo cabo e a velocidade de instalação. Em caso de parada da operação por

alguma obstrução, a distância visualizada permite determinar a localização da ponta do

cabo.

O alimentador mecânico empurra o cabo de fibra óptica através do duto em que se

estabelece uma forte corrente de ar com um compressor. O ar, que circula a grande

velocidade, exerce pressão sobre toda a superfície do cabo e facilita seu movimento.

Podemos dizer que o cabo é empurrado e transportado não é puxado. O cabo desta

maneira percorre o duto, seguindo as ondulações ou mudanças de direção em seu percurso.

Como não existe esforço de tração na cabeça, o cabo está livre das tensões inerentes aos

métodos convencionais de colocação com anel ou cabo de aço de tração. O cabo uma vez

instalado, repousa no fundo do duto sem nenhuma tração residual.

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5. Projetos de cabeamento estruturado baseado na Norma TIA/EIA 568-A

5.1. Os Seis Subsistemas de um Sistema de Cabeamento Estruturado

Entrada do Edifício

Sala de Equipamentos

Cabeamento Backbone

Armário de Telecomunicações

Cabeamento Horizontal

Área de Trabalho

8. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO/PR) Quanto aos subsistemas, o cabeamento estruturado é

baseado em

I. Entrada do prédio (local) (entrance facilities) e salas (ou armários) de telecomunicações

(telecommunications closet).

II. Salas de equipamentos (equipments room) e cabeamento vertical (backbone).

III. Cabeamento horizontal (horizontal cabling) e componentes da área de trabalho (work

area).

É correto o que consta em

a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.

c) II e III, apenas.

d) III, apenas.

e) I, II e III.

Comentário:

Observe o que vimos em nossa aula de hoje:

Entrada do Edifício

Sala de Equipamentos

Cabeamento Backbone

Armário de Telecomunicações

Cabeamento Horizontal

Área de Trabalho

Gabarito: E

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Vamos à descrição de cada um deles.

Entrada no Edifício

As instalações de entrada no edifício fornecem o ponto no qual é feita a interface

entre o cabeamento externo e o cabeamento backbone intra-edifício. Os requisitos físicos

da interface de rede estão definidos na Norma EIA/TIA-569.

Sala de Equipamentos

Os aspectos de projeto da sala de equipamentos são especificados na Norma

EIA/TIA 569. As salas de equipamento geralmente alojam equipamentos de maior

complexidade que os do armário de telecomunicações. Qualquer uma ou todas das funções

de um armário de telecomunicações podem ser atendidas por uma sala de equipamentos.

Cabeamento Backbone (Topologia Especificada: Estrela com Hierarquia)

O cabeamento backbone propicia a interligação entre os armários de

telecomunicações, salas de equipamento e instalações de entrada. Ele consiste dos cabos de

Backbone, cross-connects intermediário e principal, terminações mecânicas e cabos de

conexão ou de jumper utilizados para a ligação de backbone para backbone. Isto inclui:

Ligação vertical entre os pisos (subidas ou risers)

Cabos entre a sala de equipamentos e o local das instalações de entrada dos

cabos no prédio

Cabos entre os prédios (inter-prédios)

Os tipos de cabeamento homologados e as respectivas distâncias máximas para

backbones:

O alcance do Backbone depende da aplicação. As distâncias máximas

especificadas acima são baseadas na transmissão de voz em UTP e de

dados em STP e fibras ópticas. A distância de 90 metros para STP dá-se

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para aplicações com um espectro de largura de banda de transmissão

de 20 a 300 MHz. Esta mesma distância também se aplica ao UTP para

espectros com largura de banda de 5 a 16 MHz para Cat 3, 10 a 20 MHz

para Cat 4 e de 20 a 100 MHz para Cat 5.

Sistemas de dados com baixa velocidade como IBM 3270, sistemas IBM 36, 38, AS

400 e assíncrono (RS232, 422, 423 etc.) podem operar sobre UTP (ou STP) em distâncias

consideravelmente maiores - tipicamente de algumas dezenas de metros até

aproximadamente 300 metros. As distâncias reais são função do tipo de sistema, velocidade

de transmissão dos dados e das especificações do fabricante para os sistemas eletrônicos e

demais componentes utilizados (ex.: baluns, placas de comunicação etc.). Hoje as

instalações ditas estado-da-arte envolvem cabos de cobre e de fibra óptica no backbone.

Outros requisitos de projeto:

Topologia em estrela

Não possuir mais do que dois níveis hierárquicos de cross-connects

Não são permitidos Bridge Taps

Os cabos de conexão ou de jumper no cross-connect principal ou

intermediário não podem exceder 20 metros (66 pés)

Evitar a instalação em áreas onde existam fontes de interferências

eletromagnéticas ou de rádio frequência.

O aterramento deve atender os requisitos determinados pela respectiva

norma (EIA/TIA 607).

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Armário de Telecomunicações

O armário de telecomunicações é a área dentro de um edifício que aloja o

equipamento do sistema de cabeamento de telecomunicações. Inclui as terminações

mecânicas e/ou cross-connects para o sistema de cabeamento horizontal e backbone.

Consulte a EIA/TIA-569 quanto às especificações do armário de telecomunicações.

Cabeamento Horizontal (Topologia Específica: Estrela)

O sistema de cabeamento horizontal estende-se da saída de telecomunicações

(informação) da área de trabalho até o armário de telecomunicações e é formado por:

Cabeamento Horizontal

Saída de Telecomunicações

Terminações de Cabo

Cross-Connections

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Existem três tipos de meios de transmissão a serem considerados (*) como opções

para o cabeamento horizontal, todos para a distância máxima de 90 metros:

1) Cabo UTP de 4-pares, 100 ohms (condutores sólidos de 24 AWG)

2) Cabo STP de 2-pares, 150 ohms

3) Cabo de Fibra Óptica de 2-fibras, 62,5/125μm

(*) Atualmente o cabo coaxial de 50 ohms é reconhecido como um meio de

transmissão. Entretanto, não recomenda-se a sua utilização em instalações novas.

Além dos 90 metros de cabo horizontal, um total de 10 metros é incluído, para

cabos de ligação e jumper da área de trabalho e do armário de telecomunicações.

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Cada área de trabalho deve ter no mínimo DUAS posições de saída de informação:

uma para voz e outra para dados. As possibilidades são mostradas acima.

9. (FGV - 2010 - BADESC) A figura a seguir destaca as guias do conector RJ-45, utilizado na

implementação de redes de computadores 10/100 Mbps.

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Conforme a NBR 14565 da ABNT e o padrão EIA/TIA 568A, os fios nas cores branco/verde,

verde, branco/laranja e laranja são padronizados para uso nos pares de guias de

transmissão e de recepção, respectivamente, identificados na figura por:

a) 1 - 2 / 3 - 4.

b) 1 - 2 / 3 - 6.

c) 1 - 3 / 5 - 7.

d) 2 - 4 / 5 - 7.

e) 2 - 4 / 6 - 8.

Comentário:

O objeto da questão é a sequência:

Branco/verde, verde

Branco/laranja e laranja

Observando a figura acima temos: white-green (1), green (2) e white-orange (3), orange (6).

Então a sequência ficou: 1-2 / 3-6.

Gabarito: B

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Área de Trabalho

Os componentes da área de trabalho estendem-se da saída de telecomunicações

(informações) até o equipamento da estação.

A fiação da área de trabalho é projetada para ser de interconexão relativamente

simples, de forma que deslocamentos, expansões e alterações possam ser efetuadas com

facilidade.

Componentes da Área de Trabalho:

Equipamento da Estação - computadores, terminais de dados, telefones,

etc.

Cabos de Ligação - cordões modulares, cabos de adaptação de PC, jumpers

de fibra, etc.

Adaptadores - Baluns, etc. - estes devem ser externos à saída de

telecomunicações.

5.2. Especificações de desempenho do hardware de meios de transmissão

e conexão

5.2.1. Sistemas de Cabeamento de Par Trançado não Blindado (UTP),

100 ohms

Cabo Horizontal

Com o aumento das taxas de transmissão, o cabeamento UTP de alto desempenho

tornou-se uma necessidade. Além disso, foi necessário estabelecer alguns modos de

classificação de cabos UTP horizontais e hardware de conexão por capacidade de

desempenho. Criou-se a subdivisão em uma série de categorias, por capacidade, como

mostrado abaixo:

Categoria 3: Cabos/hardware de conexão com características de

transmissão para até 16 MHz.

Categoria 4: Cabos/hardware de conexão com características de

transmissão para até 20 MHz.

Categoria 5: Cabos/hardware de conexão com características de

transmissão para até 100 Mhz.

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Impedância Característica de cabos classificados como horizontais = 100 ohms ±

15% de 1 MHz até a maior frequência referenciada na categoria em questão (16, 20 ou 100

MHz).

Cabo Backbone

Impedância Característica do cabeamento backbone=100 ohms ± 15% de 1MHz até

a maior frequência referenciada na categoria em questão (16, 20 ou 100 MHz).

Cabo UTP Backbone

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Cordões e Hardware de Conexão UTP Para garantir que o hardware de conexão

(saídas de telecomunicações, cordões e painéis de conexão, conectores, blocos de cross-

connect etc.) instalado apresente uma influência mínima sobre o desempenho do sistema

de cabeamento como um todo, as características e parâmetros de desempenho

apresentados nesta seção deverão ser atendidos.

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O método de terminação preferencial para todo o hardware de conexão UTP utiliza

o contato por deslocamento do isolador (IDC).

Os requisitos abaixo somente se aplicam a fios e cabos utilizados para cordões de

ligação e jumpers de cross-connect.

Limite máximo de comprimento para jumper/cordões de ligação:

o 20 metros (66 pés) para o cross-connect principal

o 20 metros (66 pés) para cross-connect intermediário

o 6 metros (20 pés) no armário de telecomunicações

o 3 metros (10 pés) na estação de trabalho

Montagem de cordões de ligação (patch-cords):

o condutores não rígidos para uma maior duração e flexibilidade

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Para garantir a integridade do sistema como um todo, a terminação dos cabos

horizontais deverá ser feita com hardware de conexão da mesma categoria ou superior.

Além disso, os cabos utilizados para cordões de ligação e jumpers de cross-connect devem

pertencer à mesma categoria de desempenho ou superior dos cabos horizontais aos quais

estes são conectados. Finalmente, os sistemas de cabeamento UTP somente poderão ser

classificados como pertencentes às Categorias 3, 4 ou 5 se todos os componentes do

sistema atenderem os requisitos da respectiva categoria.

5.2.2. Sistemas de Cabeamento de Par Trançado Blindado (STP-A), 150

ohms

Os cabos de Par Trançado Blindado (STP) reconhecidos são o tipo 1A da IBM para

backbone e distribuição horizontal e o tipo 6A da IBM para cabos de conexão.

Cabos STP-A Backbone e Horizontal

2 pares, 22 AWG rígido Impedância Característica = 150 ohms ± 10% (3 MHz - 300

MHz)

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Conector de Dados STP-A de 150 ohms

Conector de Dados STP-A de 150 Ohms Atenuação/Perda por NEXT

Impedância Característica = 150 ohms ± 10% (3 MHz - 300 MHz)

Atenuação Balanceada do Cabo de Ligação STP-A de 150 ohms = aproximadamente

1,5 x aquela do cabo STP-A horizontal ou backbone (4 MHz - 300 MHz)

O desempenho do NEXT do Cabo de Ligação STP-A mede aproximadamente menos

6 dB (pior situação) que o cabo STP-A horizontal ou backbone (5 MHz - 300 MHz).

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5.2.3. Sistemas de Cabeamento de Fibras Ópticas

Meios de Transmissão de Fibras Ópticas

Horizontal - Fibra óptica multimodo de 62,5/125 μm (mínimo de duas fibras)

Backbone - Fibra óptica multimodo de 62,5/125 μm e fibra óptica

monomodo

Conector de Fibra Óptica

Conector Especificado: 568SC

Cores de Identificação:

o bege - conector/acoplamento multimodo, 62,5/125μm

o azul - conector/acoplamento monomodo, 8.3/125μm

Observação 1: Aplicações com base instalada com conectores de fibra tipo ST

poderão continuar sendo utilizadas juntamente com os upgrades atuais e futuros dos

sistemas de fibra óptica existentes.

Observação 2: O principal motivo para que seja especificado atualmente o conector

de fibra óptica tipo 568SC é a harmonização com a interface especificada pela IEC,

atualmente em uso na Europa.

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Saída de Telecomunicações de Fibra Óptica

Características Funcionais Necessárias:

o Caixa de montagem em superfície, afixada diretamente sobre caixa

elétrica padrão 4"x 4".

o Capacidade de terminação para um mínimo de duas fibras, por

acoplamento 568SC.

o Recursos para segurar a fibra e mantê-la com um raio de curvatura

mínimo de 30 mm.

o Possibilidade de armazenar um mínimo de 1 metro de um cabo de

duas fibras.

TSB-67 Especificação de Desempenho de Transmissão para Testes em Campo

de Sistemas de Cabemento de Par Trançado Não Blindado (UTP).

Para testar-se sistemas não-blindados de cabeamento UTP, assume-se que o link

horizontal engloba o conector da saída de telecomunicações, um ponto de transição, 90

metros de cabo UTP (Categoria 3 a 5), um cross-connect composto de dois blocos ou painéis

e um total de 10 metros de cordão de ligação. A figura abaixo mostra o relacionamento

destes componentes.

Para efeito de testes definem-se duas configurações de link. O Link-Básico inclui o

cabo de distribuição, a saída/conector de telecomunicações ou ponto de transição e um

componente de cross-connect horizontal. Assume-se que esta é a parte permanente do link.

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O Link-Canal compreende o Link-Básico mais o equipamento instalado e o cabo de ligação

no crossconnect e na área de trabalho.

A TSB-67 define o pior caso admissível de Atenuação e NEXT para o link instalado. A

tabela a seguir mostra os limites para Atenuação e NEXT respectivamente para os Links

Básico e de Canal.

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Ficamos por aqui nesta aula de hoje, espero que estes conteúdos os ajudem a

realizar a prova com tranquilidade.

Bons estudos e até a próxima!

6. Lista das Questões Utilizadas na Aula.

1. (CESPE - 2013 - INPI) Acerca de cabeamento estruturado, julgue os itens a seguir.

Segundo a norma NBR 14.565, os cabos de rede de categoria 5 podem ser utilizados para a

transmissão de sinais de até 100 MHz.

( ) Certo ( ) Errado

2. (FCC - 2013 - TRT - 12ª Região/SC) Cabos de par trançado usam condutores metálicos que

aceitam e transportam sinais na forma de corrente elétrica. Sobre esse tipo de cabo é

INCORRETO afirmar que

a) o mais comumente usado em comunicação é chamado UTP (cabo de par trançado

blindado).

b) são usados em linhas telefônicas para a transmissão de voz e de dados.

c) são usados em redes locais, como 10Base -T e 100Base -T.

d) uma maneira de medir seu desempenho é comparar sua atenuação versus frequência e

distância.

e) o conector UTP mais comum é o RJ45 (em que RJ significa Registered Jack) que é um

conector chavetado, ou seja, que só pode ser inserido de uma única forma.

3. (CESGRANRIO - 2011 - Petrobras) No que diz respeito ao cabeamento estruturado,

observe a figura e o quadro abaixo, referentes, respectivamente, à sequência de cores no

conector RJ-45, denominado CM8V pela Norma NBR 14565, e às cores correspondentes a

cada borne.

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De acordo com a NBR 14565 e o padrão T568-B, as cores identificadas no quadro acima

como I, II, III e IV, referentes aos pares de transmissão (2) e de recepção (3), são,

respectivamente,

a) Branco Laranja (B-L) - Laranja (L) - Branco Verde (B-V) - Verde (V)

b) Branco Laranja (B-L) - Laranja (L) - Branco Azul (B-A) - Azul (A)

c) Branco Azul (B-A) - Azul (A) - Branco Laranja (B-L) - Laranja (L)

d) Branco Verde (B-V) - Verde (V) - Branco Laranja (B-L) - Laranja (L)

e) Branco Verde (B-V) - Verde (V) - Branco Azul (B-A) - Azul (A)

4. (CESGRANRIO - 2011 - FINEP) Com o objetivo de criar uma referência técnica para a

elaboração de projetos de cabeamento estruturado para redes de voz e dados, a ABNT

(Associação Brasileira de Normas Técnicas) desenvolveu a NBR 14565. Com base nessa

Norma, a distância máxima, em metros, para cabos UTP, categoria 5, na rede secundária, é

a) 120

b) 110

c) 100

d) 90

e) 80

5. (FCC - 2010 - TRE/RS) O meio de transmissão a ser expressivamente considerado, quando

a interferência se constituir num problema crítico de um projeto de rede, é

a) cabo coaxial.

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b) par trançado CAT5e.

c) par trançado CAT6.

d) fibra óptica.

e) cabo STP.

6. (FGV - 2009 - MEC) Na implementação de uma rede de computadores, um dos fatores

que influencia o desempenho é o meio de transmissão utilizado.

Nesse contexto, a fibra óptica tem sido bastante utilizada considerando suas inúmeras

vantagens, sendo a principal delas:

a) a baixa isolação elétrica.

b) a imunidade à interferência eletromagnética.

c) a elevada robustez da fibra nua a esforços de tração.

d) a facilidade de implementação em ligações multiponto.

e) a alta banda passante na faixa de 10 GBps no tipo multimodo.

7. (CESPE - 2013 - MPU) Com relação às tecnologias de rede, julgue os itens que se seguem.

As fibras óticas do tipo monomodo apresentam menor atenuação devido à dispersão modal.

( ) Certo ( ) Errado

8. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO/PR) Quanto aos subsistemas, o cabeamento estruturado é

baseado em

I. Entrada do prédio (local) (entrance facilities) e salas (ou armários) de telecomunicações

(telecommunications closet).

II. Salas de equipamentos (equipments room) e cabeamento vertical (backbone).

III. Cabeamento horizontal (horizontal cabling) e componentes da área de trabalho (work

area).

É correto o que consta em

a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.

c) II e III, apenas.

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d) III, apenas.

e) I, II e III.

9. (FGV - 2010 - BADESC) A figura a seguir destaca as guias do conector RJ-45, utilizado na

implementação de redes de computadores 10/100 Mbps.

Conforme a NBR 14565 da ABNT e o padrão EIA/TIA 568A, os fios nas cores branco/verde,

verde, branco/laranja e laranja são padronizados para uso nos pares de guias de

transmissão e de recepção, respectivamente, identificados na figura por:

a) 1 - 2 / 3 - 4.

b) 1 - 2 / 3 - 6.

c) 1 - 3 / 5 - 7.

d) 2 - 4 / 5 - 7.

e) 2 - 4 / 6 - 8.

7. Gabarito.

1. CERTO

2. A

3. A

4. D

5. D

6. B

7. ERRADO

8. E

9. B