adm financ e orc - comentario_01_1

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Comentário 01 Administração Financeira e Orçamentária Profº José Carlos Curso: Fiscal Avançado www.lfg.com.br/ www.cursoparaconcursos.com.br 1 QUESTÕES DE CONCURSOS No decorrer dos exercícios foram realizados comentários pertinentes ao assunto em questão. Bons estudos e boa sorte! 1. (ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE CGU ESAF 2008) No Brasil, para que o controle orçamentário se tornasse mais eficaz, ao longo dos anos, tornou-se necessário estabelecer alguns princípios que orientassem a elaboração e a execução do orçamento. Assim, foram estabelecidos os chamados ―Princípios Orçamentários‖, que visam estabelecer regras para elaboração e controle do Orçamento. No tocante aos Princípios Orçamentários, indique a opção correta. a) O orçamento deve ser uno, ou seja, no âmbito de cada esfera de Poder deve existir apenas um só orçamento para um exercício financeiro. b) O princípio da exclusividade veda a inclusão, na lei orçamentária anual, de autorização para aumento da alíquota de contribuição social, mesmo respeitando-se o prazo de vigência previsto na Constituição. c) A vinculação de receitas de taxas a fundos legalmente constituídos é incompatível com o princípio da não-afetação, definido na Constituição Federal. d) O princípio da especificação estabelece que a lei orçamentária anual deverá especificar a margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. e) O princípio do equilíbrio é constitucionalmente fixado e garante que o montante das receitas correntes será igual ao total das despesas correntes. O orçamento conterá apenas previsão de receita e fixação de despesa para o próximo exercício, salvo autorização para abertura de créditos adicionais suplementares e para a contratação de operações de crédito, inclusive Antecipação de Receita Orçamentária ARO. Dessa forma, o texto legal estabelece que o orçamento conterá, apenas, matéria financeira, intentando que matérias estranhas não sejam nele insertas. Esse princípio foi citado por Rui Barbosa, ao comentar a existência das chamadas ―caudas orçamentárias‖. 1 Atualmente, o fato de poderem constar na LOA apenas receitas e despesas nos dá a absoluta convicção (?) de que estas práticas não mais ocorrem... De qualquer forma, dois assuntos podem estar contidos na LOA, constituindo verdadeiras exceções ao princípio da exclusividade. São elas: a autorização para contratar operação de crédito (realizar empréstimos); a autorização para o Poder Executivo abrir crédito adicional suplementar até um determinado montante (normalmente, de 20%). A priori, tais autorizações objetivam dar mais flexibilidade à execução orçamentária, de forma a evitar que toda solicitação de alteração da LOA tenha que ser encaminhada 1 Para aprovar o orçamento, os parlamentares exigiam nomeações de familiares e amigos para determinados cargos-chave no Executivo. Assim, o final da LOA continha um rol (cauda orçamentária) de apadrinhados, fruto de negociações entre o Executivo e o Legislativo.

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  • Comentrio 01 Administrao Financeira e

    Oramentria Prof Jos Carlos

    Curso: Fiscal Avanado www.lfg.com.br/

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    1

    QUESTES DE CONCURSOS

    No decorrer dos exerccios foram realizados comentrios pertinentes ao assunto em questo. Bons estudos e boa sorte!

    1. (ANALISTA DE FINANAS E CONTROLE CGU ESAF 2008) No Brasil, para

    que o controle oramentrio se tornasse mais eficaz, ao longo dos anos, tornou-se necessrio estabelecer alguns princpios que orientassem a elaborao e a execuo do oramento. Assim, foram estabelecidos os chamados Princpios Oramentrios, que visam estabelecer regras para elaborao e controle do Oramento. No tocante aos Princpios Oramentrios, indique a opo correta.

    a) O oramento deve ser uno, ou seja, no mbito de cada esfera de Poder deve existir apenas um s oramento para um exerccio financeiro. b) O princpio da exclusividade veda a incluso, na lei oramentria anual, de autorizao para aumento da alquota de contribuio social, mesmo respeitando-se o prazo de vigncia previsto na Constituio. c) A vinculao de receitas de taxas a fundos legalmente constitudos incompatvel com o princpio da no-afetao, definido na Constituio Federal. d) O princpio da especificao estabelece que a lei oramentria anual dever especificar a margem de expanso das despesas obrigatrias de carter continuado, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. e) O princpio do equilbrio constitucionalmente fixado e garante que o montante das receitas correntes ser igual ao total das despesas correntes.

    O oramento conter apenas previso de receita e fixao de despesa para o

    prximo exerccio, salvo autorizao para abertura de crditos adicionais

    suplementares e para a contratao de operaes de crdito, inclusive

    Antecipao de Receita Oramentria ARO.

    Dessa forma, o texto legal estabelece que o oramento conter, apenas, matria financeira, intentando que matrias estranhas no sejam nele insertas. Esse princpio foi citado por Rui Barbosa, ao comentar a existncia das chamadas caudas oramentrias.1 Atualmente, o fato de poderem constar na LOA apenas receitas e despesas nos d a absoluta convico (?) de que estas prticas no mais ocorrem...

    De qualquer forma, dois assuntos podem estar contidos na LOA, constituindo verdadeiras

    excees ao princpio da exclusividade. So elas:

    a autorizao para contratar operao de crdito (realizar emprstimos);

    a autorizao para o Poder Executivo abrir crdito adicional suplementar at um

    determinado montante (normalmente, de 20%).

    A priori, tais autorizaes objetivam dar mais flexibilidade execuo oramentria, de

    forma a evitar que toda solicitao de alterao da LOA tenha que ser encaminhada

    1 Para aprovar o oramento, os parlamentares exigiam nomeaes de familiares e amigos para determinados

    cargos-chave no Executivo. Assim, o final da LOA continha um rol (cauda oramentria) de apadrinhados,

    fruto de negociaes entre o Executivo e o Legislativo.

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    individualmente ao Congresso Nacional, o que poderia inviabilizar os trabalhos do Poder

    Legislativo, assoberbando-o de leis oramentrias e prejudicando/retardando a

    apreciao de outros assuntos. Na prtica, essas autorizaes prvias permitem que o

    Poder Executivo proceda s alteraes que julgar convenientes (inclusive politicamente),

    fazendo quase tudo aquilo que queira.

    Quanto opo A, A LEI ORAMENTRIA DEVE SER UNA POR ESFERA. A banca

    trouxe uma pegadinha: h TRS oramentos em cada LOA: o oramento fiscal, o da seguridade e o de investimentos. No que diz respeito opo C, a no-afetao diz respeito aos IMPOSTOS, e somente a esta modalidade tributria. Os demais tributos podem ser vinculados, como as taxas e as contribuies de melhoria. Na opo D, a especificidade diz respeito ao nvel de detalhamento das despesas, atualmente at o nvel elemento de despesa, a fim de permitir o acompanhamento e compreenso pela sociedade. Na opo E, o princpio do equilbrio prev que no possvel fixar-se despesas em montante superior s receitas. Como algum poderia gastas mais do que se tem? No h princpio que exija que as receitas correntes sejam iguais s despesas correntes. 2. (ANALISTA TRIBUTRIO RECEITA FEDERAL DO BRASIL ESAF 2009)

    Constata-se que os princpios oramentrios do equilbrio e da unidade foram respeitados quando ocorrem, respectivamente:

    a) as despesas correntes liquidadas no ultrapassam as receitas correntes arrecadadas e a Lei Oramentria Anual disciplinou todas modificaes na legislao tributria necessrias execuo do oramento. b) as despesas correntes foram pagas sem a realizao de operaes de crdito e as despesas de capital foram cobertas com receitas correntes. c) a arrecadao total foi suficiente para cobrir todas as despesas liquidadas e a distribuio dos gastos durante os meses do exerccio manteve-se bem distribuda. d) as receitas de capital no ultrapassaram as despesas de capital e todas as despesas realizadas foram autorizadas em lei. e) todas as despesas autorizadas no exerccio no ultrapassam o valor das receitas estimadas e cada ente da federao apresenta um nico oramento no exerccio. O equilbrio pressupe que a receita prevista na LOA deve ser igual despesa nela fixada.

    Trata-se do equilbrio formal. A priori, s recomendvel que se gaste aquilo que se tem. Assim, o oramento deve funcionar como uma ferramenta de planejamento real, contemplando gastos que sero realizados em funo das receitas que sero arrecadadas. Por isso, no se deve prever mais despesas que receitas.

    Uma outra leitura do princpio do equilbrio tem relao com o equilbrio de contas pblicas. Dada a alta participao dos gastos com dvida na LOA (juros e principal), a LRF houve por bem, ao (tentar) regulamentar as finanas pblicas em nosso Pas, estabelecer metas fiscais em termos de resultado nominal (diferena entre todas as receitas e despesas) e primrio (diferena entre receitas e despesas, descontados os elementos de natureza financeira receita e despesa com juros) na Lei de Diretrizes Oramentrias, alm de limites para endividamento.2 Intenta-se, dessa forma, que sejam

    2 Atualmente, os limites para a dvida consolidada lquida esto em 200% e 120% da receita corrente lquida

    para Estados e Municpios, respectivamente.

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    comprometidos menos recursos com dvida pblica em mdio/longo prazo. preciso ressaltar que, em alguns entes, os gastos com pessoal e dvida chegam a 80% do oramento, sobrando, apenas, 20% para as demais despesas (obras, aquisio de equipamentos, material de consumo etc.). Uma outra interpretao dada ao princpio do equilbrio e que tem sido cobrada em concursos mais recentes (2005 e 2006) que este preconiza que o governo no absorva da coletividade mais do que o necessrio para o financiamento das atividades a seu cargo, condicionando-se a realizao de dispndios capacidade efetiva de obteno dos ingressos capazes de financi-los.

    Pelo princpio da unidade, os oramentos de cada esfera governamental precisam estar

    consubstanciados em uma nica LOA (por esfera). Assim, a Unio tem sua LOA, da

    mesma forma que cada Estado e Municpio, o que implica afirmar que, no Pas, vigem

    cerca de 6 mil leis anualmente. Vale ressaltar que a unidade refere-se LOA (ateno

    expresso), uma vez que, oramento, cada lei contm trs, a saber: fiscal, da Seguridade

    Social e de investimentos.

    Regra geral, o principal oramento o fiscal, em termos quantitativos (possui as maiores

    receitas e despesas), podendo, a priori, seus recursos ser aplicados em qualquer objeto.

    O oramento da seguridade contempla receitas e despesas vinculadas previdncia

    social, (sade, aposentadoria, penses e assistncia social). A ttulo de exemplo,

    possvel citar as contribuies incidentes sobre a folha de pagamento, sobre o

    faturamento e sobre o lucro. preciso destacar que as receitas deste oramento s

    podem ser utilizadas para gastos vinculados previdncia social, ou aplicadas

    financeiramente, respeitando as normas de aplicao referentes ao servio pblico

    (risco/retorno).

    O oramento de investimento o oramento das estatais (empresas onde a Unio tem

    a maioria do capital votante empresas pblicas e sociedades de economia mista).

    A idia de segregar a LOA em trs oramentos separados objetiva garantir mais

    transparncia e independncia a cada um deles, evitando a aplicao de recursos com

    desvio de finalidade. Exemplificando, possvel citar o caso da Seguridade Social, que,

    durante alguns anos, foi superavitrio (receita arrecadada maior que despesa realizada),

    tendo sido seus recursos desviados para atender a programas de trabalho no-

    vinculados essencialmente a seu objeto. Como no foram feitos (ou respeitados) os

    clculos atuariais (era superavitrio porque as contribuies superavam os gastos em

    funo do nmero de contribuintes, mas um dia os contribuintes iriam aposentar-se...),

    foram realizadas despesas de maneira imprudente. Atualmente, necessrio o

    remanejamento de dotaes do oramento fiscal para o oramento da Seguridade, de

    modo que o caixa feche, equilibrando as contas. Com a separao das receitas e

    despesas por objeto, pretende-se evitar que situaes como essas ocorram novamente.

    Uma outra interpretao do princpio da unidade diz respeito unidade de caixa, que

    prev o Caixa nico do Tesouro, regulamentado pelo Decreto no 93.872/1986. Ou seja,

    os valores arrecadados pelo governo devem ser contabilizados em uma nica conta

    caixa, evitando-se, dessa forma, a existncia de caixas paralelos, fracionados. No se

    quer afirmar com isso que exista apenas uma conta-corrente (bancria). O que se deseja

    uma nica conta contbil! Como exceo ao princpio da unidade de caixa, possvel

    citar os chamados fundos especiais, que possuem, dada a sua prpria natureza, gesto

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    descentralizada, tais como o Fundef, FMDCA, Fundet e outros, que sero comentados

    em captulo prprio.

    A opo A traz uma regra de ouro na primeira parte, que pode, inclusive, ser tratada como uma vertente do princpio do equilbrio, e uma violao da CR/88: quem dispe sobre alteraes na legislao tributria a LDO;

    A opo B no traz princpios; A opo C traz uma acepo do princpio do equilbrio na primeira parte. A segunda

    parte no diz respeito a princpio; A opo D trata da regra de ouro, que em certa acepo pode ser entendida como o

    princpio do equilbrio (de contas pblicas). A segunda parte refere-se ao princpio da legalidade. 3. (TCU/2002) Assinale a opo correta referente aplicao dos princpios

    oramentrios.

    a) De acordo com o princpio da unidade, os oramentos das trs esferas da Administrao devero ser unificados em um oramento nacional.

    b) Em consonncia com o princpio do oramento bruto, as transferncias do mbito interno de cada esfera da administrao se anulam.

    c) A existncia da conta nica encontra respaldo no princpio da unidade de caixa. d) A destinao dos recursos das taxas para o custeio de servios especficos

    contraria o princpio da no-afetao de receitas. e) A adoo do princpio da exclusividade condiciona a criao ou aumento de

    impostos sua incluso no oramento.

    Considerando os comentrios anteriores, faltou discorrermos sobre dois princpios ainda no comentados: o do oramento bruto e o da no-afetao de receita de impostos.

    Com base no princpio do oramento bruto, os valores na proposta oramentria devem constar pelos seus totais, sendo vedadas as dedues a ttulo de ajuste ou compensao. Se no fosse desta forma, ao elaborar a proposta oramentria, um determinado Municpio, credor e devedor da Unio, poderia elaborar seu budget pelo valor lquido, o que dificultaria sobremaneira o entendimento e a execuo oramentria. Vale ressaltar que a situao credor/devedor simultaneamente bastante comum, visto que, dada a repartio dos tributos constitucionais, os municpios tm direito a receber parte da arrecadao do IR e do IPI pela Unio (22,5%), sendo, contudo, devedores, no que tange ao pagamento dos juros decorrentes de emprstimos tomados.

    O da no-afetao prev que os impostos, regra geral, no podem ser vinculados a rgos, entidades, fundos ou despesas. O imposto (espcie) um tributo (gnero) que tem como fato gerador uma situao independente de qualquer contraprestao estatal. Ou seja, o sujeito paga imposto em funo de ter capacidade contributiva. O IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veculos Automotores) pago em funo da capacidade que tem o contribuinte de possuir um automvel. O IR (Imposto sobre a Renda) pago em funo da capacidade de auferir renda. O IPTU (Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana) pago em funo de ser algum proprietrio de um imvel situado em rea no-rural. Por isso, no cabem afirmaes do tipo: eu pago o IPVA e a rua est esburacada ou eu pago o IR e a distribuio da renda no pas uma das piores do mundo). Depois de arrecadado, o imposto pode ser aplicado em qualquer coisa, no estando relacionado a nada. O Estado no obrigado a devolver o imposto (sob a forma de servios) diretamente a quem pagou. Assim, os beneficirios dos impostos podem ser (e normalmente o so) terceiros, via de regra, menos abastados, que no tm condies de

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    pagar por sade, educao, lazer etc. Assim, o Estado desempenha um papel tipo Robin Hood, tirando de quem tem e repassando a quem no tem (pelo menos em tese).

    importante destacar que a modalidade tributria supramencionada (impostos) no pode ser vinculada. Quanto s outras (taxas, contribuies etc.), no h essa proibio. Por essa razo, a CPMF (Contribuio Permanente, digo, Provisria sobre Movimentao Financeira) pode ser vinculada Sade. As taxas pressupem que o Estado prestar um servio ao contribuinte ou ficar disposio deste.

    Alm das excees retro mencionadas, possvel ressaltar, mais uma vez, os chamados fundos especiais que, alm de no seguirem o princpio da unidade de caixa, recebem, em boa parte dos casos, dotaes oriundas de impostos para aplicao em finalidades especficas. So destinados ao Fundef, por exemplo, 15% de tudo (inclusive impostos) o que arrecadado para aplicao na Educao. Ao fundo da Sade so destinados, igualmente, 15% do total da arrecadao, para aplicao na referida rea. Ao Fundo de Combate e Erradicao da Pobreza pode ser destinada parte da arrecadao do ICMS. Mas, apesar das excees, o princpio continua vigendo.

    4. (Analista Judicirio FCC TRF 4a Regio/2006) O princpio da anualidade estabelece que as autorizaes oramentrias e, conseqentemente, o exerccio financeiro no Brasil deve corresponder a doze meses e coincidir com o ano civil. Contudo, constitui exceo ao princpio mencionado:

    a) o processo dos fundos especiais; b) os restos a pagar no processados; c) a autorizao para os crditos reabertos; d) as receitas vinculadas; e) o processamento das despesas oramentrias de exerccios anteriores.

    A questo exige habilidade e perspiccia para ser respondida, uma vez que est incompleta. Pela leitura das demais, possvel perceber que a nica que cabe, mas ficaria melhor se a opo mencionasse o PAGAMENTO dos restos a pagar no-processados. Em relao ao RP, a inscrio oramentria, uma vez que ocorre durante a vigncia do oramento ao qual a despesa est vinculada. Ela acontece no dia 31 de dezembro de cada ano, ltimo dia da execuo oramentria, consoante a Lei n. 4.320 de 1964. O pagamento do RP extra-oramentrio, ocorrendo, portanto, como regra geral, no ano seguinte ao da inscrio. Por isso exceo ao princpio da anualidade: ocorre no ano seguinte, ultrapassando o dia 31 de dezembro do ano em que foi inscrito e, portanto, o oramento ao qual vincula-se.

    Quanto opo A, os fundos especiais correspondem a recursos vinculados (carimbados) a necessidades especficas e SEGUEM a Lei n. 4.320/64 e alteraes.

    No que diz respeito opo C, os crditos reabertos incorporam-se ao oramento do ano seguinte. So, portanto, oramentrios. A melhor maneira de entender se algo oramentrio ou no perceber se ELE (O FATO SOB ANLISE) SE VINCULA AO ORAMENTO QUE SE ENCONTRA EM VIGOR QUANDO DE SUA OCORRNCIA. Essa questo tambm induz o candidato ao erro: a autorizao para reabertura do crdito tambm concedida no ano anterior, sendo, portanto, extra-oramentria quando da reabertura, no ano seguinte, ultrapassando, ento, o exerccio financeiro. Por esse motivo, entendemos que essa opo tambm deveria ser considerada como correta. A reabertura em si oramentria, vez que dever ser materializada por meio de Decreto ou MP, no exerccio em que a LOA estiver vigendo. A autorizao para reabertura, no ano anterior.

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    5. Desde seus primrdios, a instituio oramentria foi cercada por uma srie de regras, com a finalidade de aumentar-lhe a consistncia no cumprimento de sua principal tarefa, que auxiliar o controle parlamentar sobre os executivos. No Brasil, a prtica oramentria, que fundamentada nessas regras, tambm chamadas princpios oramentrios. Marque a opo falsa:

    a) Respeita o princpio da unidade, a despeito da existncia do oramento fiscal, do

    oramento das estatais e do oramento da seguridade social; b) respeita o princpio da universalidade, mesmo no havendo a exigncia de

    incluso das receitas e das despesas operacionais das empresas estatais; c) no respeita o princpio do oramento bruto, porquanto permite que algumas

    despesas sejam deduzidas de certas receitas; d) respeita o princpio da anualidade, mesmo havendo a exigncia de elaborao

    de planos plurianuais; e) respeita o princpio da exclusividade, mesmo havendo a possibilidade de o

    oramento conter autorizaes para a abertura de crditos suplementares. O oramento no Brasil respeita o oramento bruto, sim. Os valores da receita e despesa

    devero constar na LOA pelo total. 6. O anexo de metas fiscais conter:

    a) a evoluo do patrimnio lquido dos ltimos cinco exerccios, destacando origem, aplicao dos recursos obtidos com alienao de ativos;

    b) a avaliao da situao financeira, contbil, econmica e atuarial; c) a avaliao do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; d) demonstrativo das metas anuais, sem dispor sobre memria de clculo e sem

    necessidade de comparao com os exerccios anteriores; e) demonstrativo de despesa com pessoal.

    Quanto s outras opes, no h previso da avaliao atuarial no Anexo de Metas,

    bem como do demonstrativo de despesa com pessoal. No demonstrativo das metas,

    dever constar um comparativo com os anos anteriores.

    7. No que tange a reservas para contingncias:

    a) a Lei de Diretrizes Oramentrias estabelecer o percentual em funo da receita corrente lquida;

    b) ser utilizada para abertura de crdito adicional, no podendo ser utilizada funo de passivos contingentes;

    c) no contraria o princpio da especificidade;

    d) segundo o Decreto no 200/1967, no pode ser utilizada para abertura de crdito adicional;

    e) a Lei Oramentria Anual fixar a reserva de contingncia baseado em percentual definido na LDO no estimando um valor em reais para a mesma.

    A LDO determina o percentual e a LOA explicita o montante (em reais). A negao

    presente nas demais opes torna-as incorretas.

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    8. No tocante s despesas com pessoal:

    a) os valores referentes aos contratos de terceirizao de mo-de-obra, que dizem respeito substituio de servidores e empregados pblicos, sero contabilizados como outras despesas de pessoal;

    b) a receita corrente lquida deve ser apurada somando o ms em referncia com os 12 meses imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competncia;

    c) os percentuais de despesa com pessoal no podero exceder, no caso da Unio, 50% no caso dos Estados e Municpios, 60% da receita corrente bruta;

    d) na apurao dos limites, no sero computadas as despesas com demisso voluntria, indenizao ou demisso de servidores do Poder Judicirio, Ministrio Pblico e Defensoria Pblica no Distrito Federal, Amap, Roraima e Rio Grande do Norte;

    e) os limites para despesa com pessoal, em funo da receita corrente lquida, so, no Municpio, 6% para o Poder Legislativo, excludo o Tribunal de Contas, e 54% para o Poder Executivo.

    A RCL considera o ms em referncia e os 11 anteriores, sendo os limites de

    despesa com pessoal calculados em funo dela (RCLquida). Na apurao dos limites

    da Unio, no sero computados os gastos com o DF e com os antigos territrios; Rio

    Grande do Norte no est inserto. No que diz respeito ao Legislativo, nos 6% est

    includo o TC.

    9. No tocante despesa total com pessoal:

    a) nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento de despesa com pessoal expedido no ltimo ano do mandato do titular do respectivo poder;

    b) a verificao do cumprimento dos limites e despesas total de pessoal, ser realizada ao final de cada bimestre nos termos da LRF;

    c) se a despesa total com pessoal exceder a 90% do limite, est vedada a concesso de vantagem, aumento ou reajuste da remunerao a qualquer ttulo, salvo os derivados de sentena judicial ou determinao legal ou contratual;

    d) no caso da despesa total com pessoal exceder a 90% do limite, o Tribunal de Contas exercer sua funo cautelar alertando o chefe do respectivo Poder;

    e) Quando a despesa total com o pessoal exceder a 95% do limite, est vedada a contratao de hora extra em qualquer caso.

    A vedao da LRF impede que seja concedido aumento aos servidores nos ltimos

    180 dias do mandato, sendo os limites acompanhados ao final de cada quadrimestre. O

    limite prudencial (que impede aumento de gastos com pessoal) de 95%, salvo no caso

    de horas extras do Legislativo.

    10. No tocante a LRF, marque a opo errada.

    a) Lei municipal poder fixar limites inferiores aos previstos na LRF para as dvidas consolidadas e mobilirias

    b) Os ttulos da dvida pblica, desde que devidamente escriturados em sistema centralizado de liquidao e custdia, podero ser oferecidos em cauo para garantias de emprstimos.

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    c) facultado aos Municpios com populao inferior a 30 mil habitantes optar por divulgar semestralmente o relatrio de gesto fiscal.

    d) facultado ao Municpio com populao inferior a 50 mil habitantes elaborar o anexo de poltica fiscal plurianual, a partir do quinto exerccio seguinte ao da publicao da LRF.

    e) Caso o Municpio opte por divulgar semestralmente o relatrio de gesto fiscal, tal divulgao dever ocorrer em at 30 dias aps o encerramento do semestre.

    O benefcio era aplicvel aos Municpios com populao inferior a 50 mil habitantes. 11. (TCDF AFCE/2002) Considerando a disciplina constitucional, acerca de

    fiscalizao oramentria atribuda ao Poder Legislativo e exercida com o auxlio de Tribunais de Contas, os quais exercem controle externo da Administrao Pblica, julgue os itens que se seguem.

    a) Constatando o TCDF que as despesas com pessoal do Poder Executivo

    ultrapassam os limites definidos em lei, ento, para efeito de dar cumprimento Lei de Responsabilidade Fiscal, o Tribunal poder ordenar que, at que a adequao oramentria seja alcanada, sejam adotadas a reduo temporria da jornada de trabalho dos respectivos servidores, ajustando-se os vencimentos nova carga horria, e a reduo dos valores atribudos remunerao dos cargos em comisso e funes de confiana.

    b) A exemplo do que ocorre em mbito federal, caso o governador do DF que venha a ser empossado em 1/1/2003 discorde da proposta oramentria elaborada pelo governador sucedido, poder, ento, enviar mensagem Cmara Legislativa, propondo alteraes, as quais s no sero examinadas se a votao do projeto de lei oramentria j estiver concluda.

    c) A deciso do TCDF que condenar determinado gestor a ressarcir o Errio, em razo de realizao de despesa no-autorizada na lei oramentria ter eficcia de ttulo executivo.

    d) Pelo princpio da exclusividade oramentria, consagrado no texto constitucional vigente, as receitas e as despesas pblicas s podem ser previstas e fixadas na lei oramentria. Constatada a inobservncia dessa regra, o TCDF dever representar a Cmara Legislativa para que a Mesa daquele rgo ajuze a necessria ao direta de inconstitucionalidade.

    e) A aplicao das sanes definidas em lei, para a prtica de ato de improbidade, consiste na realizao de despesa no-autorizada na lei oramentria est condicionada a apurao de efetiva ocorrncia de dano ao patrimnio pblico e rejeio das contas pelo TCDF isto na hiptese de o gestor estar sujeito apresentao de contas e ao respectivo julgamento destas por aquela Corte.

    Gabarito

    a) Falso. O TC no ordenar a reduo da jornada de trabalho com conseqente

    reduo dos vencimentos, pelo fato de estes serem irredutveis, nos termos da CR

    de 1988. Contudo, caso os atos sejam nulos, poder o TCDF sust-los.

    b) Falso. As alteraes no sero apreciadas se a votao do projeto j tiver sido

    iniciada.

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    c) Verdadeiro. As decises dos TC gozam de presuno relativa de certeza e liquidez e

    tm eficcia de ttulo executivo, o que significa poder ser a pertinente ao de

    execuo fundamentada com base nesse papel.

    d) Falso. Pela exclusividade, a LOA conter, apenas, matria oramentria.

    e) Falso. A aplicao de sanes independe da efetiva ocorrncia de dano e da

    rejeio das contas. Ou seja, mesmo que estas sejam aprovadas, poder o gestor

    sofrer sanes, nos termos da Lei no 8.429, de 1991. Vale ressaltar que o art. 11

    desse Diploma Legal prev uma srie de cominaes no caso de atos praticados

    simplesmente com inobservncia dos princpios da Administrao Pblica.

    12. A Lei de Responsabilidade Fiscal adotou regras referentes dvida pblica

    fundada. Entre as opes abaixo, identifique qual a opo correta com relao dvida pblica consolidada e a LRF.

    a) Integra a dvida pblica consolidada da Unio a dvida relativa emisso de

    ttulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil. b) Integram a dvida pblica consolidada os depsitos e os servios da dvida a

    pagar. c) Integra a dvida pblica fundada o refinanciamento da dvida pblica imobiliria. d) Integram a dvida pblica fundada as dvidas de curto prazo, como os restos a

    pagar processados. e) Integra a dvida fundada o resultado de operaes de carter financeiro que se

    refletem no patrimnio financeiro.

    A dvida consolidada compreende os compromissos com exigibilidade superior a 12

    meses e que carecem de autorizao legislativa para pagamento, dentre os quais se

    enquadram os ttulos emitidos sob a responsabilidade do Bacen (dvida mobiliria, isto ,

    lastreada em ttulos, e no em contratos). As demais opes tratam de compromissos

    classificados como dvida flutuante, de carter transitrio, com prazo de pagamento

    inferior a 12 meses. Excepcionalmente, vale ressaltar que, por determinao da LRF, a

    dvida decorrente de operao de crdito com prazo de resgate inferior a 12 meses, cuja

    receita tenha sido includa na LOA, ser computada na dvida consolidada, para fins de

    limite, bem como os precatrios no-pagos durante o exerccio.

    13. A Lei de Responsabilidade Fiscal dispe que a destinao de recursos, para, direta

    ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas fsicas ou de pessoas jurdicas dever ser autorizada por lei especfica, atender s condies estabelecidas na Lei de Diretrizes Oramentrias, estar prevista no oramento e nos crditos adicionais. Aponte a opo que no pertence a essa regra. a) A concesso de emprstimos. b) Os financiamentos ou refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogaes e

    a composio de dvidas. c) A concesso de subvenes. d) A concesso de garantias. e) A participao em constituio ou aumento de capital.

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    A regra encontra-se no art. 26, no abrangendo garantias bem como as operaes de

    redesconto do Bacen (emprstimos realizados s instituies financeiras para

    fechamento do caixa). Cumpre ressaltar que a garantia, no momento da oferta, to

    somente um compromisso de adimplncia, no correspondendo a um desembolso efetivo

    e no estando enquadrada, portanto, como uma operao de crdito nos termos da LRF.

    Para que possa ser concedida, contudo, necessrio que o ente esteja em dia quanto ao

    cumprimento dos limites de despesa com pessoal e da dvida consolidada lquida.

    14. A Lei de Responsabilidade Fiscal LRF (Lei Complementar no 101/00) estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal. Com base nas normas da LRF, aponte a nica norma no pertinente.

    a) Oramento pblico rigoroso equilbrio entre receita e despesa. b) Receita pblica previso e arrecadao. c) Despesa pblica definies e limites. d) Gesto patrimonial. e) Poupana pblica definies, limites e fiscalizao.

    A LRF foi promulgada em atendimento ao disposto no art. 163 da Carta Magna

    (Finanas Pblicas), no dispondo sobre poupana e funcionamento do mercado

    financeiro. 15. (PROCURADOR TCDF/CESPE/2002) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)

    Lei Complementar no 101/00, ao introduzir o princpio da responsabilidade fiscal, considerado por muitos doutrinados uma aproximao do conceito anglo-saxo de accountability, est operando uma relevante mudana na cultura, nas prticas administrativas brasileiras, revelando-se um poderoso instrumento na busca do equilbrio fiscal das contas pblicas. Com relao a esse tema, julgue os itens subseqentes.

    a) A expresso responsabilidade fiscal traduz a obrigao que devem ter os

    responsveis pela guarda ou gesto de bens, dinheiro ou recursos pblicos de prestar contas de seus atos de gesto sociedade, enfatizando-se os aspectos estritamente contbeis dessa obrigao.

    b) Com relao ao Tribunal de Contas, dentre as inovaes introduzidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), encontra-se a instituio da funo cautelar de alertar os demais Poderes ou rgos nas situaes que especifique.

    c) O ente da Federao que descumprir o prazo previsto para a publicao do relatrio de gesto fiscal ficar impedido, at que a situao seja regularizada, de receber transferncias compulsrias e contratar operaes de crdito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dvida mobiliria.

    d) Em julgamento de Ao Direta de Inconstitucionalidade, o STF suspendeu a eficcia de dispositivo que autorizava o Poder Executivo a liminar o empenho e a movimentao financeira do Poder Legislativo e Judicirio e do Ministrio Pblico, segundo os critrios fixados pela Lei de Diretrizes Oramentrias.

    e) A receita de capital derivada da alienao de bens e direitos que integram o patrimnio pblico no poder ser realizada para o financiamento de despesas correntes, salvo se destinadas por lei assistncia sade dos servidores pblicos.

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    Gabarito

    a) Falso. No h que se enfatizar os aspectos estritamente contbeis.

    b) Verdadeiro. Se determinado ente atingir 90% do teto estabelecido na LRF (limite de

    alerta), o TC comunicar formalmente o chefe de Poder.

    c) Falso. A sano diz respeito s transferncias voluntrias.

    d) Verdadeiro. Houve entendimento no sentido de que, da maneira como o artigo foi

    promulgado, estaria havendo interferncia de um Poder em outro, ferindo a

    autonomia oramentrio-financeira prevista na Carta Magna.

    e) Verdadeiro. Trata-se de uma regra de ouro. No desejvel que os bens sejam

    alienados para cobertura de despesa corrente. A continuidade deste procedimento

    poderia gerar a dilapidao do patrimnio pblico. A exceo fica por conta da

    Seguridade Social, nos termos da LRF. 16. (Auditor do Estado do Mato Grosso NCE/UFRJ AGE/2004) Dos demonstrativos

    listados a seguir, o nico que no figura como anexo do Relatrio Resumido de Execuo Oramentria RREO o:

    a) da receita corrente lquida RCL; b) das receitas e despesas previdencirias do regime prprio dos servidores

    pblicos; c) da dvida consolidada lquida; d) do resultado nominal; e) das receitas e despesas com manuteno e desenvolvimento do ensino.

    A melhor maneira de entender o contedo do RREO perceber que ele trata de receitas e despesas sob vrias denominaes diferentes, mas sempre RECEITAS E DESPESAS. As opes de A e E, excetuando-se o gabarito necessariamente falam disso: RCL, receitas e despesas previdencirias, resultado (confronto entre elas) e entradas e sadas com mnt e desenvolvimento de ensino.

    17. De acordo com os tipos de crditos oramentrios, assinale a nica opo falsa.

    a) O crdito extraordinrio autorizado por lei e aberto por decreto do Poder Executivo.

    b) O crdito especial destina-se despesa para o qual no haja previso oramentria especfica.

    c) O crdito suplementar destinado ao reforo de dotao j existente no oramento em vigor.

    d) Os crditos adicionais so autorizaes de despesa no-computadas ou insuficientemente dotadas na lei de oramento.

    e) A abertura dos crditos suplementares e especiais depende da existncia de recursos disponveis para acorrer despesa e ser precedida de exposio justificada.

    O crdito extraordinrio no carece de autorizao especfica prvia (at porque no

    possvel saber de antemo quais so as situaes emergenciais que iro ocorrer, posto

    que so imprevisveis) e aberto, na esfera federal, via medida provisria. Em mbito

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    estadual e municipal, poder ser aberto via decreto, no havendo outra espcie

    normativa mais adequada na Constituio Estadual ou na Lei Orgnica. 18. A reabertura de crditos adicionais abrange, no seu todo:

    a) os suplementos especiais; b) os especiais; c) os suplementares; d) os especiais e os extraordinrios; e) os extraordinrios.

    Os crditos suplementares no admitem prorrogao. Os crditos adicionais so autorizaes concedidas ao chefe de Poder para que ele realize despesas alm (ou de forma diferente) do que estava previsto no oramento. Na prtica, corresponde a uma autorizao concedida pelo Poder Legislativo ao Poder Executivo. necessrio que essa autorizao seja concedida por meio de lei, uma vez que o oramento no Brasil uma lei (LOA) e, para modific-la, preciso outra lei.

    Nesse diapaso, caso o Poder Executivo arrecade um valor maior do que o previsto (supervit na arrecadao), solicitar que o oramento seja alterado, aumentando-se o poder de gasto. Assim, encaminhar ao Parlamento um projeto de lei pleiteando autorizao para gastar um valor a maior em determinado programa de trabalho. Uma vez que a iniciativa no processo oramentrio compete ao Poder Executivo, somente ele poder fazer esse encaminhamento. Ou seja, caso outro chefe de Poder (Judicirio ou Ministrio Pblico) queira aumentar seu poder de gasto, dever negociar sua solicitao junto ao Executivo.

    De acordo com a Lei no 4.320/1964, os crditos adicionais compreendem trs espcies, que alteram os valores originais constantes na LOA (crditos ordinrios) :

    suplementares;

    especiais;

    extraordinrios.

    Os primeiros objetivam reforar a dotao (montante destinado na LOA) inicialmente prevista no oramento, cujos valores foram insuficientemente previstos para contemplar os gastos do exerccio. O programa de trabalho est contemplado no oramento, mas o valor previsto foi insuficiente para sua concluso. Ex.: acrscimo de despesa com pessoal, por aumento dos vencimentos ou subestimativa da previso.

    Os especiais destinam-se a atender programas de trabalhos novos, que no estavam inicialmente previstos no oramento. Ex.: criao de um novo rgo.

    Os extraordinrios contemplam gastos dirigidos para situaes emergenciais (guerra, calamidade ou comoo). Ex.: decretao de estado de calamidade pblica.

    Uma vez autorizados pelo Poder Legislativo, Presidente, Governadores e Prefeitos podem empenhar as despesas correspondentes. Para isso, devero abrir os crditos adicionais por meio de decretos (suplementares ou especiais) ou MP (caso da Unio e dos Estados e Municpios que possurem essa modalidade de diploma legal), na hiptese de crdito adicional extraordinrio. Assim, possvel inferir que a utilizao desses valores complexa, tendo em vista que depende de lei (autorizativa) e de decreto (abertura).

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    Vale ressaltar que, a fim de no prejudicar os trabalhos do Poder Legislativo, inflando a pauta com dezenas de projetos de lei de crditos adicionais, comum a LOA j trazer, de plano, uma autorizao para o Executivo abrir crditos adicionais at um determinado limite (normalmente 20%), em caso de excesso de arrecadao ou remanejamento, por exemplo. Assim, fica previamente autorizado o chefe do Poder a movimentar e ajustar os crditos para atender adequadamente s necessidades da populao. Vale ressaltar que esse percentual de autorizao pode variar de ano a ano, nos termos da Lei de Diretrizes Oramentrias LDO.

    Uma vez autorizado, o crdito dever ser realizado no exerccio da abertura (vigncia), pelo princpio da anualidade. Contudo, caso o ato de autorizao tenha sido concedido nos ltimos quatro meses do ano, o mesmo poder ser reaberto pelo saldo remanescente no exerccio seguinte, por meio de novo decreto. Essa prorrogao vale para os crditos especiais e extraordinrios, somente.

    As origens para abertura dos crditos supra so elencadas a seguir:

    a) Excesso de arrecadao do exerccio corrente Corresponde diferena entre o valor estimado da arrecadao e o efetivamente realizado (recebido). Vale ressaltar que, em virtude do princpio do equilbrio, a receita prevista no oramento equivale despesa fixada. Dessa forma, caso os ingressos estimados tenham totalizado R$ 100,00 e o ente tenha arrecadado R$ 120,00, possvel abrir crditos adicionais de R$ 20,00. preciso destacar que o excesso de arrecadao deve considerar a tendncia do exerccio. Exemplificando: a receita prevista na LOA de determinado Municpio projetou a receita anual de R$ 240,00. Em funo do disposto na Constituio da Repblica e na Lei de Responsabilidade Fiscal, a projeo anual deve ser desdobrada em metas bimestrais de arrecadao. Assim, desconsiderando a sazonalidade, ao final do perodo janeiro/fevereiro, foram previstos ingressos de R$ 40,00. Uma vez que tenham sido arrecadados R$ 58,00, podem-se abrir crditos adicionais de R$ 18,00, desde que a perspectiva de arrecadao dos prximos meses mantenha-se a mesma, ou seja, no haja uma nova previso estimando queda da arrecadao.

    b) Supervit financeiro apurado no balano patrimonial do exerccio anterior Corresponde diferena (saldo positivo) entre as contas de ativo financeiro (equivalente ao ativo circulante da contabilidade societria) e o passivo financeiro (correspondente ao

    passivo circulante previsto na Lei no 6.404/1976). Explicitado de outra forma: ser deduzido do disponvel em caixa e dos crditos a serem percebidos no exerccio seguinte todas as obrigaes de curto prazo. Assim, caso haja sobra, poder esta ser utilizada como fonte de crditos adicionais.

    c) Operaes de crdito So materializadas, por exemplo, por meio de emprstimos, cujo montante no foi previsto na LOA. Dessa forma, caso os valores sejam arrecadados no exerccio, uma vez que no se estava contando com eles, propiciam a abertura dos crditos. preciso destacar que tais operaes de crdito poderiam estar autorizadas na LOA (fica o Poder Executivo autorizado a contratar operaes), no estando, contudo, seu valor considerado no total da arrecadao prevista.

    d) Anulao de despesa Diz respeito ao cancelamento total ou parcial da dotao alocada a um PT e remanejada

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    para outro.

    e) Reserva para contingncia A reserva para contingncias funciona como uma espcie de poupana. Assim, materializada por meio de um PT com dotao destinada a enfrentar situaes que possam comprometer a execuo oramentria e as metas fiscais estabelecidas na LDO, comentadas mais frente. Uma vez aprovado o oramento, no h garantias de que a previso de receitas l constante ser efetivada, ou seja, a arrecadao real pode ser menor do que a prevista. Assim, para que determinadas despesas no deixem de ser executadas, o prprio oramento, por meio dessa reserva, contempla um determinado valor, sem finalidade especfica, que dever ser sacrificada em caso de dficit de arrecadao. Se, porventura, no for necessrio utiliz-la, pode ela ser cancelada, total ou parcialmente, e ter seu saldo transferido para outro PT, via crditos adicionais. Cumpre ressaltar que, esse procedimento, no Brasil, foi estabelecido por meio do Decreto

    no 200/1967, utilizado at os dias de hoje. preciso destacar, ainda, que constitui uma exceo legal ao princpio da especificidade ou especializao, em virtude de no ter seu objeto de aplicao detalhado no oramento. Isso se d em funo de no ser possvel mencionar em que ser aplicada, visto as situaes que demandariam sua utilizao no terem ocorrido no momento de sua criao.

    No que tange ao seu montante, corresponde a um percentual da receita corrente lquida RCL estabelecida na LDO, sendo seu valor especificado na LOA. A ttulo de curiosidade, no raro o encaminhamento da LDO pelo Executivo ao Parlamento, contendo uma estimativa da reserva de X% da RCL, a ser apresentada no projeto da LOA, alguns meses frente (vez que a LOA deve ser apresentada aps a LDO, que orienta sua elaborao) e destacando que essa mesma LOA, ao ser aprovada pelo Legislativo e encaminhada para sano pelo Executivo, dever contemplar X-Y% da RCL! A despeito de parecer uma inconsistncia serem estipulados dois percentuais (um no projeto e outro na LOA), essa prtica ocorre em funo de nosso sistema poltico-jurdico, que permite emendas parlamentares no que concerne matria oramentria. Dessa maneira, a sobra do percentual inicialmente previsto no projeto utilizada pelos parlamentares nas diversas esferas para insero dos PTs de seus interesses. Ou seja, estima-se a reserva de forma majorada para que a gordura possa atender aos interesses dos parlamentares, sem prejudicar os PTs estabelecidos pelo Executivo.

    Obs.: todos os crditos adicionais so de iniciativa do Poder Executivo, mesmo

    aqueles que iro complementar os oramentos do Poder Legislativo, Poder

    Judicirio e Ministrio Pblico. 19. (ANALISTA TRIBUTRIO RECEITA FEDERAL DO BRASIL ESAF 2009)

    Assinale a opo falsa a respeito dos crditos adicionais.

    a) A abertura de crdito suplementar est condicionada existncia de despesa j pr-empenhada no exerccio. b) A abertura de crditos especiais exige a indicao da fonte dos recursos. c) Os crditos adicionais aumentam a disponibilidade de crdito para a emisso de empenho ou descentralizao. d) permitida a reabertura de crditos especiais e extraordinrios no exerccio seguinte ao da abertura. e) Crditos extraordinrios tm sua abertura submetida a restries de natureza constitucional.

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    A observao constante na opo A no encontra amparo na legislao e no faz sentido. Os crditos adicionais representam autorizaes para gastar-se mais. Eles que permitiro o (pr) empenho. So, portanto, causa, e no conseqncia. A abertura deles est condicionada autorizao prvia, via MP ou Decreto.

    20. (Analista Judicirio FCC TRT 24a Regio/2006) Em relao aos crditos adicionais, correto afirmar.

    a) A abertura de crdito especial independe da existncia de recursos disponveis

    para ocorrer a despesa, porm ser precedida de exposio justificada. b) Os crditos extraordinrios so destinados a despesas para as quais no haja

    dotao oramentria especfica, sendo aberto por lei especfica. c) So classificados como suplementares quando destinados a reforo de dotao

    oramentria e especiais quando destinados a atender despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra ou calamidade pblica.

    d) Os crditos extraordinrios sero autorizados por lei e abertos por decreto, desti-nando-se s despesas urgentes e imprevistas em caso de guerra e comoo intestina.

    e) Somente os crditos suplementares e especiais dependem da existncia de recursos disponveis para a ocorrncia de despesa pblica.

    Os crditos extraordinrios, por sua natureza (decorrentes de guerra ou calamidade)

    no carecem de indicao de recursos para serem abertos.

    21. (Analista Judicirio FCC TRT 24a Regio/2006) A autorizao, na lei de oramento, para abertura de crditos suplementares exceo ao princpio oramentrio:

    a) da no afetao da receita; d) da exclusividade; b) da unidade; e) do oramento bruto. c) da universalidade;

    O oramento dever conter apenas matria oramentria, financeira, de acordo com o princpio da exclusividade. A exceo fica por conta da autorizao para abertura crditos adicionais e para a contratao de operaes de crdito.

    22. (Analista Judicirio FCC TRF 4a Regio/2006) recurso de cobertura de crditos suplementares ou especiais, decorrente de receitas no gastas em perodos anteriores: a) o saldo do oramento; b) o supervit financeiro; c) o excesso de arrecadao; d) a anulao de crdito; e) as operaes de crdito com amortizao e encargos a serem pagos em

    exerccios financeiros subseqentes.

    A diferena entre o ativo financeiro e o passivo financeiro evidenciado em BP do ano anterior compreende receitas no gastas anteriormente.

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    23. (Analista Judicirio FCC TRF 1a Regio/2006) A origem dos recursos para o atendimento de Crditos Adicionais:

    a) dever constar obrigatoriamente da Lei Oramentria Anual, vedada qualquer

    exceo; b) deriva exclusivamente de eventual excesso de arrecadao; c) deriva de anulao de Crditos Oramentrios, dentre outras; d) ser obtida sempre que as Disponibilidades superem os Restos a Pagar; e) deve sempre e sob qualquer situao ser plenamente identificada para sua

    regular autorizao.

    No que pertine opo A, PODER constar na LOA; quanto B, o excesso de arrecadao uma das possibiildades, e no nica; no que diz respeito D, a comparao deve ser feita entre o ativo financeiro e o passivo financeiro; no que tange D, a exceo fica por conta dos crditos extraordinrios.

    24. (Administrador NCE/UFRJ UFRJ/2004) A Lei de Oramento do Municpio de Mikonos concede autorizao ao Poder Executivo para a abertura de crditos adicionais suplementares, at o limite de 20% do total do oramento. A esse respeito, pode-se afirmar que:

    a) a abertura de crditos adicionais suplementares por anulao de dotao no

    deve ser considerada para efeito de verificao do atendimento de tal limite; b) tal autorizao significa que o oramento s pode ser modificado atravs de

    crditos adicionais suplementares; c) tal autorizao inconstitucional; d) excluem-se de tal percentual eventuais alteraes decorrentes de excesso de

    arrecadao; e) as alteraes oramentrias com base em tal autorizao devem se dar,

    portanto, em dotaes oramentrias j existentes.

    Quanto s demais, violam expressamente a Lei 4.320/64 a Carta Magna.

    25. (TCDF AFCE/2002) Julgue os itens que se seguem, relativos programao da

    execuo financeira e aos crditos adicionais.

    De acordo com a Lei no 4.320/1964, imediatamente aps a promulgao da lei de oramento, o Poder Executivo aprovar um quadro de cotas mensais da despesa que cada unidade oramentria ficar autorizada a utilizar. Por outro lado, a Lei de Responsabilidade Fiscal deu novo entendimento programao financeira, determinando que esta ser estabelecida por meio de cronograma de cotas trimestrais.

    Considerando que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou recentemente que o Tribunal entende os cortes oramentrios anunciados em julho de 2002 como um novo contingenciamento e que, de acordo com o presidente, foi recebida mensagem do Poder Executivo que tratava da necessidade de uma limitao de despesas na ordem R$ 41,04 milhes para o Poder Judicirio, correto afirmar que a limitao de despesas mencionada diz respeito necessidade de limitar empenhos no caso de a realizao da receita no comportar o cumprimento das metas fiscais estabelecidas na LDO.

    Considere a seguinte situao hipottica. Com vistas a atender a despesas insuficientemente dotadas na lei oramentria, o presidente do Tribunal de

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    Justia de determinado Estado encaminhou Assemblia Legislativa projeto de lei em que solicitava autorizao para a abertura de crditos suplementares ao oramento do Tribunal. Em ateno s normas que disciplinam a matria, esto indicadas no processo dotaes para cancelamento. Nessas condies, o encaminhamento feito pelo presidente do Tribunal tem amparo legal.

    Considere a seguinte situao hipottica. Por meio de decreto, um prefeito municipal estabeleceu que crditos especiais autorizados nos ltimos quatro meses do exerccio podero ser reabertos no exerccio seguinte, nos limites de seus saldos apurados em 31/12, na hiptese de existir supervit financeiro suficiente apurado em balano patrimonial. Nessa situao, a medida tem amparo legal.

    Considere a seguinte situao hipottica. Um prefeito municipal encaminhou um projeto de lei Cmara de Vereadores, no qual solicitava autorizao para abertura de crdito especial destinado aquisio de computadores para as escolas municipais. Para ocorrer a despesa, foi indicada a arrecadao de nova taxa, cuja criao est sendo solicitada Cmara Municipal por meio de outro projeto de lei. Apreciado preliminarmente, o projeto de lei deve, com base na legalidade, ser aprovado.

    F: a LRF no fala em cotas trimestrais; V; F: h vicio de iniciativa; V; F: a origem no regular, no constituindo uma das hipteses previstas na Lei n.

    4.320/64.

    26. A forma de alterar a lei oramentria vigente d-se mediante a abertura de crditos

    adicionais. A Lei no 4.320/1964 j dispunha a respeito do assunto, mas sofreu alteraes ante o texto constitucional em vigor. Com base nesse contexto, julgue os itens a seguir.

    Os crditos especiais e extraordinrios tero vigncia no exerccio financeiro em que forem abertos, salvo se o ato de abertura for publicado nos ltimos quatro meses daquele exerccio, caso em que, reabertos no limite de seus saldos, sero incorporados ao oramento do exerccio subseqente.

    A abertura de credito extraordinrio somente ser admitida para atender a despesas decorrentes de guerra, comoo interna ou calamidade pblica, por meio da edio de medida provisria.

    Consideram-se recursos disponveis, para fins de abertura de crditos suplementares e especiais, os provenientes do excesso de arrecadao, ou seja, do saldo positivo das diferenas, acumuladas ms a ms entre a arrecadao prevista e realizada, considerando-se, ainda, a tendncia do exerccio.

    Embora haja dvida acerca da adequao constitucional, os crditos, extraordinrios, por serem autorizados mediante medidas provisrias, no tm sido deliberados na comisso mista que se refere Constituio Federal.

    As emendas parlamentares aos projetos de lei de crditos adicionais devem ser compatveis com o que dispe a LDO.

    F: os crditos tero vigncia no exerccio financeiro em que forem AUTORIZADOS.

    So atos distintos. F: A legislao prev a utilizao em situaes emergenciais, especificando a abertura

    por meio de MP ou Decreto (no caso dos municpios que no dispem de MP); V;

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    V; V.

    27. (CONSULTOR DE ORAMENTO SENADO/1996) A propsito dos crditos adicionais, julgue os itens abaixo.

    a) Sua existncia deveria ser de carter meramente excepcional, haja vista o

    processo integrado de planejado e oramento. b) So tambm denominados crditos suplementares e classificam-se em especiais

    e extraordinrios. c) Crditos especiais so aqueles destinados a despesas urgentes e imprevistas

    em caso de guerra, comoes intestinas ou calamidades pblicas, para os quais no haja dotao oramentria sequer na reserva de contingncia.

    d) Crditos extraordinrios so aqueles destinados ao reforo de dotaes oramentrias.

    e) Os crditos adicionais tero vigncia no exerccio financeiro em que forem autorizados, salvo quando a autorizao for promulgada nos quatro ltimos meses daquele exerccio, caso em que podero ser reabertos, at o limite de seus saldos, para incorporao ao oramento do exerccio financeiro subseqente.

    Gabarito

    a) Verdadeiro. No oramento-programa, utilizado em nosso Pas, h integrao do

    planejamento (o que se pretende fazer) com o oramento (quanto custar realiz-lo).

    b) Falso. O gnero denomina-se crditos adicionais, dividindo-se em suplementares,

    especiais e extraordinrios.

    c) Falso. Para as situaes emergenciais acima descritas, usa-se o crdito

    extraordinrio.

    d) Falso. Para reforo, usa-se o crdito suplementar.

    e) Verdadeiro. permitida a prorrogao dos crditos especiais e extraordinrios, caso

    no tenham sido utilizados integralmente no exerccio em que forem autorizados. 28. (FCC ISS/SP 2007) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, para o

    equilbrio das contas pblicas, dentre outras aes, inclui-se:

    a) o impedimento absoluto de renncia de receita; b) o impedimento absoluto da existncia de restos a pagar; c) o aumento da carga tributria por meio de tributao regressiva; d) a fixao de limites e condies na gerao de despesas com pessoal; e) a vedao de operaes de crditos.

    Na opo A, a renncia de receita e permitida desde que haja compensao ou que seja prevista na LOA;

    Na opo B, inexiste impedimento para existncia de RP; Quanto opo C, igualmente inexiste previso legal para o descrito no item; Em relao a E, as operaes de crdito so permitidas.

    29. (Analista Judicirio FCC TRF 1a Regio/2006) O Balano Oramentrio permite destacar:

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    a) o total de receitas arrecadas em confronto com as despesas pagas; b) a soma de todos os Crditos Oramentrios subtrados os Suplementares,

    Especiais e Extraordinrios; c) as variaes passivas e ativas decorrentes da arrecadao do exerccio; d) a resultante do confronto entre as previses de receitas e a fixao de despesas

    com as respectivas realizaes; e) as movimentaes de recursos que incidem sobre o Tesouro Pblico.

    O BO evidencia as receitas e despesas previstas e fixadas na LOA, em confronto com as realizadas, no contemplando pagamentos, que so evidenciados no BF. Nele, em relao s despesas, so considerados os crditos aprovados na LOA, bem como os adicionais, que so somados aos ordinrios (iniciais).

    30. (Auditor FCC TCM/CE/2006) Um demonstrativo que exigido apenas no Relatrio Resumido da Execuo Oramentria referente ao ltimo bimestre do ano o relativo:

    a) apurao da receita corrente liquida, tal como definida pela Lei de

    Responsabilidade Fiscal; b aos resultados nominal e primrio; c) variao patrimonial, evidenciando a alienao de ativos e a decorrente

    aplicao dos recursos; d) aos Restos a Pagar, detalhando os valores inscritos, os pagamentos realizados

    e o montante a pagar; e) s receitas e despesas previdencirias. As opes A, B, D e E devem ser evidenciadas em todos os bimestres.

    31. (Analista Judicirio FCC TRT/2006) Na administrao financeira de entidades pblicas, INCORRETO afirmar:

    a) as fundaes e autarquias que se mantm unicamente de suas prprias receitas,

    no dependendo de quaisquer repasses vindos do Tesouro Central, esto obrigadas aos ditames da Lei de responsabilidade Fiscal, sendo que desta Lei s se ressalvam as empresas pblicas e as sociedades de economia mistas que gerem os recursos necessrios sua operao econmica;

    b) a Lei no 4320/1964 possui objeto distinto do da Lei de Responsabilidade Fiscal. Enquanto quela refere-se a normas gerais para elaborao e controle dos oramentos e balanos, a Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal;

    c) os fundos especiais de despesa no se valem das dotaes aprovadas no oramento geral;

    d) a Receita Corrente Lquida o denominador comum de todos os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, de pessoal, despesas previdencirias, reserva de contingncia ou Dvida Fundada;

    e) a Receita Corrente Lquida a soma dos doze meses de receita, a do ms de apurao e a dos onze meses anteriores.

    O oramento dos fundos integra o oramento geral. Apenas a gesto

    descentralizada, assim como aplicao vinculada.

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    32. (Analista Judicirio FCC TRT/2006) Relativamente Lei de Responsabilidade

    Fiscal, incorreto afirmar que:

    a) se for verificado ao final de um bimestre que a realizao de receita no ir comportar o cumprimento das metas de resultado primrio ou nominal, os Poderes promovero limitao de empenho;

    b) caso haja renncia de receita, dever haver demonstrao de que no afetar as metas de resultados fiscais previstas no Anexo de Metas, ou estar acompanhada de medidas de compensao por meio de aumento da receita;

    c) em relao receita corrente lquida, os percentuais de gastos com pessoal nos estados sero de 3% para o Legislativo, 6% para o Judicirio, 49% para o executivo e 2% para o Ministrio Pblico;

    d) desnecessria a realizao de audincias pblicas para debater os instrumentos do processo oramentrio nacional;

    e) os percentuais de gastos com pessoal em relao Receita Corrente Lquida nos Municpios sero de 54% para o Executivo e 6% para o Legislativo.

    As audincias constituem um dos mecanismos de transparncia da gesto, assim como as prestaes de contas e os relatrios. 33. (Auditor Fiscal FCC ISS/SP/2007) Analise as afirmaes abaixo.

    I. Dispe o art. 163, inciso I, da Constituio Federal, que a lei ordinria dispor sobre finanas pblicas.

    II. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/00) estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal.

    III. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/00) se refere responsabilidade na gesto fiscal e no dispe sobre finanas pblicas.

    Est correto o que se afirma apenas em: a) I; d) I e III; b) II; e) II e III. c) III;

    Quanto ao item I, lei COMPLEMENTAR dispor sobre finanas. Esta Lei a LRF.

    34. (Analista Judicirio FCC TRT 24a Regio/2006) O anexo de metas exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal dever integrar

    a) o Plano Plurianual (PPA), estabelecendo metas de receita, de despesas e de

    resultados para o seu perodo de vigncia; b) o projeto de Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO), estabelecendo em valores

    correntes e constantes a meta para o montante da dvida pblica para o exerccio a que se referir e para os dois seguintes;

    c) a Lei Oramentria Anual (LOA), estabelecendo as metas de resultado primrio e nominal para o exerccio a que se referir e para os dois seguintes;

    d) a Lei Oramentria Anual (LOA), estabelecendo as metas de receitas, despesas, resultado primrio e nominal e montante da dvida somente para o exerccio a que se referir;

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    e) o Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) e Lei Oramentria Anual (LOA), estabelecendo o equilbrio das contas pblicas atravs das metas anuais de resultados primrio e nominal.

    Quanto s opes A, C, D e E, o anexo integra a LDO, ao invs do PPA e LOA;

    35. (Analista Judicirio FCC TRT 24a Regio/2006) Em vista de Lei de Responsabilidade Fiscal, o Senado ops os seguintes limites dvida pblica consolidada:

    a) 120% para Estados; 200% para os Municpios, calculados sobre a receita

    corrente lquida; b) 120% para os estados; 200% para os municpios, calculados sobre a despesa

    total; c) 200% para os Estados; 120% para os Municpios, calculados sobre a receita

    corrente lquida; d) 200% para os Estados; 120% para os Municpios, calculados sobre a despesa

    total; e) 320% para os Estados; 120% para os Municpios, calculados sobre a receita

    corrente lquida. Os limites decorrem do previsto na CR/88, na LRF e nas Resolues do Senado.

    36. (Cesgranrio ANP Analista Administrativo 2005) Um dos aspectos mais

    importantes da Lei de Responsabilidade Fiscal, previsto no inciso I do art. 4o, :

    a) arrecadar todos os tributos de competncia constitucional do ente da Federao; b) limitar os valores financeiros aos critrios adotados pela Lei de Diretrizes

    Oramentrias LDO; c) manter a compatibilidade entre os programas de trabalho e os oramentos; d) manter o equilbrio entre receitas e despesas; e) comprometer, no mximo, 40,9% das receitas com despesas de custeio.

    Essa questo foi, salvo melhor juzo, pouco inteligente, obrigando o candidato a decorar o contido na legislao, inclusive o artigo e Pargrafo.

    Na opo A, O ente deve INSTITUIR todos os tributos de sua competncia; Na opo B, os entes devem limitar os EMPENHOS, NOS TERMOS DA LDO; Quanto opo C, a LRF especifica que os gastos devem ser compatveis com a LDO

    e com o PPA; Em relao a E, o limite estabelecido para as despesas com pessoal em relao

    RCL;

    37. (Profissional Bsico NCE/UFRJ BNDES/2005) De acordo com a Lei

    Complementar no 101/00, que estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal, correto afirmar que:

    a) so consideradas como despesas obrigatrias de carter continuado, as

    despesas correntes e de capital derivadas de lei, medida provisria ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigao legal de sua execuo por um perodo superior a dois exerccios;

    b) na apurao da despesa com pessoal, devem ser computadas as despesas com pessoal da Administrao Direta e Indireta, inclusive das empresas estatais

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    dependentes, devendo ser excludas as despesas com pessoal decorrentes de indenizao por demisso, de incentivos demisso voluntria e de sentena judicial ocorridas a qualquer tempo;

    c) no se equiparam as operaes de crdito, assuno de obrigao, sem autorizao oramentria, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e servios;

    d) a realizao de operaes de crdito por antecipao de receita depende de verificao pelo Ministrio da Fazenda dos limites e condies para realizao;

    e) os atos que criarem ou aumentarem despesa de carter continuado, includos as que se refiram a despesas destinadas ao servio da dvida, devero ser instrudos com a estimativa do impacto oramentrio-financeiro no exerccio em que deva entrar em vigor e nos dois subseqentes e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.

    Na opo A, so despesas de carter continuado as CORRENTES que ultrapassam

    dois exerccios financeiro. Na opo B, so excludos os gastos decorrentes de sentenas judiciais referentes a

    perodos ANTERIORES ao perodo de apurao (12 ltimos meses); Quanto opo C, EQUIPARAM-SE s operaes de crdito as compras a termo. Em relao a E, o servio da dvida uma das excees, assim como o reajuste anual

    dos servidores a que se refere a CR.

    38. (Profissional Bsico NCE/UFRJ BNDES/2005) Dentre as alternativas a seguir,

    indique aquela que no est prevista no texto da Lei Complementar no 101/00.

    a) A forma de utilizao e o montante da reserva de contingncia sero estabelecidos na Lei de Diretrizes Oramentrias, e definidos com base na receita corrente lquida.

    b) vedada a aplicao da receita de capital derivada da alienao de bens e direitos que integram o patrimnio pblico para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdncia social, geral e prprio dos servidores pblicos.

    c) A elaborao do balano oramentrio que especificar, por categoria econmica, as receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previso atualizada, as despesas por grupo de natureza, discriminando a dotao para o exerccio, a despesa liquidada e o saldo.

    d) O relatrio resumido da execuo oramentria abranger todos os Poderes e o Ministrio Pblico, e ser publicado at 30 dias aps o encerramento de cada bimestre.

    e) O demonstrativo das receitas e despesas com manuteno e desenvolvimento

    do ensino est previsto no texto da Lei Complementar no 101/00, devendo sua publicao ser realizada juntamente com o Relatrio Resumido de Execuo Oramentria.

    No h previso da demonstrao das receitas e despesas mencionadas no RREO.

    39. (CESPE/UnB ANS Analista Administrativo/2005) Na busca de uma gesto mais

    eficiente no uso dos recursos pblicos, foi editada a Lei no 101/20, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Acerca da LRF, julgue os itens que se seguem.

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    Para que um ente da Federao possa realizar uma transferncia voluntria, necessrio, entre outras exigncias, que o beneficirio comprove o cumprimento dos limites constitucionais relativos Educao e Sade.

    O relatrio resumido da execuo oramentria deve conter indicao das medidas corretivas adotadas ou a serem adotadas, se for ultrapassado o limite da despesa total com pessoal.

    No clculo da receita corrente lquida dos Estados, so deduzidas, entre outras, as parcelas entregues aos Municpios por determinao constitucional, a contribuio dos servidores para custeio do seu sistema de previdncia e assistncia social e a compensao financeira paga pela Unio por conta do tempo de servio de servidores pblicos que contriburam para o regime geral de previdncia.

    V; F: O relatrio que conter essas informaes o de gesto fiscal RGF; V.

    40. (Profissional Bsico NCE/UFRJ BNDES/2005) Identifique, dentre as alternativas

    a seguir, aquela que no atende ao disposto no texto da Lei Complementar no 101/00, em relao ao Anexo de Metas Fiscais.

    a) O Anexo de Metas Fiscais integra o projeto de Lei de Diretrizes Oramentrias. b) O Anexo de Metas Fiscais dever ser elaborado pelo Poder Executivo da Unio,

    dos Estados, Distrito Federal e Municpios, abrangendo tanto o Poder Executivo quanto os Poderes Legislativo e Judicirio.

    c) No Anexo de Metas Fiscais, sero estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primrio, e montante da dvida pblica, para o exerccio a que se referirem e para os dois seguintes.

    d) O Anexo de Metas Fiscais conter a avaliao do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; demonstrativo das metas anuais, instrudo com memria e metodologia de clculos; evoluo do patrimnio lquido dos ltimos trs exerccios; avaliao da situao financeira e atuarial e demonstrativo da estimativa e compensao da renncia de receita e da margem de expanso das despesas obrigatrias de carter continuado.

    e) Se verificado, ao final de um bimestre, que a realizao da receita poder no comportar o cumprimento das metas de resultado primrio ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministrio Pblico promovero, por ato prprio e nos montantes necessrios, nos trinta dias subseqentes, limitao de empenho e movimentao financeira, segundo os critrios fixados na Lei Oramentria Anual.

    Os critrios sero fixados na LDO, e no na LOA.

    41. (Profissional Bsico NCE/UFRJ BNDES/2005) Observe as afirmativas a seguir, a respeito da LRF Lei de Responsabilidade Fiscal. I O objetivo da LRF melhorar a administrao das contas pblicas no Brasil. II A LRF fixa limites para despesas com pessoal, para a dvida pblica e ainda

    determina que sejam criadas metas para controlar despesas e receitas. III Segundo a LRF, nenhum governante pode criar uma nova despesa

    continuada (por mais de dois anos) sem indicar sua fonte de receita ou sem reduzir outras despesas j existentes.

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    IV Quando os administradores de recursos pblicos seguem a LRF, o contribuinte deixa de pagar a conta, seja por meio de aumento de impostos, seja por reduo nos investimentos, ou, ainda, por cortes em programas de interesse social.

    O nmero de afirmativas corretas, entre as listadas, : a) 0; d) 3; b) 1; e) 4. c) 2;

    42. (MPOG/2003) A Lei de Diretrizes Oramentrias institudas pela Constituio de

    1988, o instrumento norteador da Lei Oramentria Anual (LOA). A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 4/5/2000, atribuiu LDO a responsabilidade de tratar tambm de outras matrias. Indique qual opo no representou uma responsabilidade adicional s criadas pela LRF. a) A avaliao de riscos fiscais. b) A fixao de critrios para a limitao de empenho e movimentao financeira. c) A publicao da avaliao financeira e atuarial dos regimes gerais de

    previdncia. social e prprio dos servidores civis e militares. d) Estabelecimento de prioridades e metas da Administrao Pblica Federal. e) O estabelecimento de metas fiscais data do incio dos anos 40.

    A matria contida na opo D j constava na CR de 1988. 43. Com relao ao histrico das atividades oramentrias no Brasil, identifique a

    opo falsa.

    a) As primeiras Constituies Federais, de 1824 e 1891, no tratavam diretamente da questo oramentria.

    b) Em 1926, por meio de uma reforma na Constituio, foi realizada a transferncia da elaborao da proposta oramentria para o Poder Executivo.

    c) Foi criado em 1964, o cargo de Ministro Extraordinrio do Planejamento e Coordenao Econmica, com atribuio, entre outras, de coordenar a elaborao e execuo do oramento geral da Unio e dos oramentos dos rgos e entidades subvencionadas, harmonizando-os com o plano nacional de desenvolvimento econmico.

    d) de 1964 a Lei no 4.320, que traou os princpios oramentrios no Brasil e , ainda hoje, a principal diretriz para a elaborao do oramento geral da Unio.

    e) Foi a Lei de Responsabilidade Fiscal, de 4/5/2000, que estabeleceu, pela primeira vez, os princpios de transparncia oramentria.

    A transparncia j existe desde a Lei no 4.320, de 1964. A obrigatoriedade de as

    despesas serem detalhadas, especificadas na LOA (princpio da especificidade) decorre

    da necessidade de dar visibilidade acerca de como os gastos pblicos sero realizados.

    A Constituio da Repblica recepcionou a lei supramencionada ratificando o acesso do

    cidado res publica por meio, por exemplo, de outros instrumentos, tais como o habeas

    data. A LRF enumerou, sim, os instrumentos de transparncia. O princpio j existia.

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    44. O oramento-programa entendido como o plano de trabalho do governo no qual so especificadas as proposies concretas que se pretende realizar durante o ano financeiro. Assinale a nica opo incorreta em relao a oramento-programa.

    a) A integrao planejamento-oramento caracterstica do oramento-programa. b) O oramento-programa o processo de elaborao do oramento em que

    enfatizado o objeto de gasto. c) O oramento-programa identifica programas de trabalho, objetivos e metas,

    compatibilizando-os com os planos de mdio e longo prazos. d) Oramento-programa informa, em relao a cada atividade ou projeto, quanto

    vai gastar, para que vai gastar e por que vai gastar. e) Processo de elaborao do oramento-programa tcnico e baseia-se em

    diretrizes e prioridades, estimativa real de recursos e clculo real das necessidades.

    A nfase no objeto de gasto caracterstica tpica dos oramentos tradicionais, que

    evidenciavam o que seria feito com os recursos pblicos. Algo do tipo: sero adquiridos

    tantos automveis, sero contratados tantos professores e sero construdas n casas.

    O oramento-programa tem como foco principal o objetivo nele demonstrado, a situao

    que se pretende mudar, nos termos do Decreto no 2.829, de 1998.

    45. No Brasil, o Plano Plurianual (PPA) componente bsico do planejamento estratgico governamental. Na definio do objetivo e da natureza especficos da planificao estratgica, o governo deve por em realce quatro elementos principais. Identifique a opo que no pertinente.

    a) A importncia da reflexo, essencialmente qualitativa, no futuro em longo prazo. b) A concentrao da anlise dos fatores essenciais das atividades-fins da

    Administrao Pblica. c) O melhoramento do desempenho gerencial da Administrao Pblica. d) A natureza estratgica das decises a tomar, decises que comprometem de

    modo quase irreversvel o futuro da Nao. e) O predomnio do processo sobre os planos que dele derivam.

    Os quatros elementos constantes das outras opes podem ser obtidos por meio da

    leitura do PPA em vigor (Brasil s meu!, digo, Brasil para todos!). A informao de que

    as decises estratgicas comprometem de modo quase irreversvel o futuro da Nao

    no adequada sob a tica da banca. H de ressaltar, contudo, que decises imprprias

    dessa natureza tm impacto significativo sobre diversos exerccios, passveis de

    alterao em longo prazo, com bastante esforo. Por isso, o Plano Diretor da Reforma do

    Aparelho do Estado de 1995 destacou que, no ncleo estratgico (um dos setores do

    modelo de Estado preconizado), responsvel pela definio de polticas pblicas, o mais

    importante que sejam tomadas decises eficazes. A questo envolve, dessa forma,

    alm de bom senso e de conhecimentos oramentrios, rudimentos sobre Administrao

    Pblica em geral.

    46. No que se refere matria oramentria, a Constituio de 1988, em seu art. 165,

    determina que leis de iniciativa do Poder Executivo estabeleam o Plano Plurianual,

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    as diretrizes oramentrias e os oramentos anuais. Identifique a opo falsa com relao ao tema.

    a) A Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) consiste na lei que norteia a elaborao

    dos oramentos anuais, compreendidos o oramento fiscal, o oramento de investimento das empresas estatais e o oramento da Seguridade Social.

    b) O Plano Plurianual corresponde a um plano, por meio do qual se procura ordenar as aes do governo que levem ao alcance dos objetivos e das metas fixados para um perodo de trs anos.

    c) A Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO), sob forma de projeto, deve ser encaminhada pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo, na esfera federal, at oito meses e meio antes do encerramento do exerccio financeiro (15 de abril), e devolvida para sano at o final do primeiro perodo da sesso legislativa (30 de junho).

    d) A Lei Oramentria Anual (LOA) objetiva viabilizar a realizao das aes planejadas no Plano Plurianual e transform-las em realidade.

    e) A Lei do Oramento, sob forma de projeto, deve ser encaminhada, no mbito federal, at quatro meses antes do encerramento do exerccio financeiro (31 de agosto) e devolvida para sano at o final da sesso legislativa.

    O antigo Plano Plurianual de investimentos contemplava o perodo de trs anos. O

    PPA, da forma como est estruturado hoje, abrange o perodo de quatro anos, sendo

    executado a partir do segundo ano do mandato do chefe do Poder Executivo.

    47. Para cumprir seu objetivo, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) atribuiu novas e

    importantes funes Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) e Lei Oramentria Anual (LOA). Identifique a opo falsa em relao s exigncias da LRF no tocante LOA. a) Demonstrativo da compatibilidade do oramento com as metas da LDO previstas

    no respectivo Anexo de Metas Fiscais. b) Previso de reserva de contingncia, em percentual da receita corrente lquida

    (RCL), destinada ao pagamento de passivos contingentes, alm de outros imprevistos fiscais.

    c) Quantificao do resultado primrio a ser obtido com vistas reduo do montante da dvida e das despesas com juros.

    d) Demonstrativo de efeitos sobre receitas e despesas decorrentes de anistias, isenes e subsdios.

    e) Destaque do servio da dvida (encargos mais amortizaes), previsto contratualmente, e as receitas para esse fim.

    As metas de resultado nominal e primrio devero figurar no Anexo de Metas Fiscais

    da LDO. O que a LOA dever apresentar um demonstrativo de compatibilidade com as

    metas previstas na Lei de Diretrizes.

    48. Consoante o disposto na Lei Federal no 4.320/1964, a receita classificar-se- nas seguintes categorias econmicas: receitas correntes e receitas de capital. Aponte a opo falsa com relao a esse tema.

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    a) Conceitua-se como receita tributria a resultante da cobrana de tributos pagos pelos contribuintes em razo de suas atividades, suas rendas e suas propriedades.

    b) So receitas correntes as receitas tributrias, patrimonial, agropecuria, industrial, de contribuies, de servios e diversas e, ainda, as transferncias correntes.

    c) Os tributos so receitas que a doutrina classifica como derivadas. d) As receitas de capital so as provenientes de operaes de crdito, cobrana de

    multas e juros de mora, alienao de bens, de amortizao de emprstimos concedidos, de indenizaes e restituies, de transferncias de capital e de outras receitas de capital.

    e) Ser considerado receita de capital o supervit do oramento corrente, segundo

    disposio da Lei Federal no 4.320/1964.

    A cobrana de multa e juros de mora no constituem receitas de capital, mas

    correntes. Da mesma forma, as entradas decorrentes de indenizaes e restituies no

    constam expressamente na Lei no 4.320, de 1964, e sua natureza poder variar. No que

    concerne opo E, o fato do supervit do oramento corrente ser considerado

    contabilmente como receita de capital objetiva evitar que essa receita seja considerada

    em duplicidade. Em termos prticos: quando a receita corrente supera as despesas

    correntes, isso no significa que o excedente esteja disponvel para gasto (via, por

    exemplo, abertura de crditos adicionais). A sobra pode ter sido aplicada em despesas

    de capital. Aplicada dessa forma, convm oramentariamente trat-la como receita de

    capital.

    49. (ESAF CGU 2008 AUDITORIA E FISCALIZAO / CONTROLE INTERNO)

    medida que as tcnicas de planejamento e oramento foram evoluindo, diferentes

    tipos de oramento foram experimentados, cada um com caractersticas especficas.

    Com relao a esse assunto, marque a opo incorreta.

    a) No oramento tradicional, a nfase se d no objeto do gasto, sem preocupao com os objetivos da ao governamental. b) O oramento Base Zero foi um contraponto ao oramento incremental, e tem como caracterstica principal a inexistncia de direitos adquiridos sobre as dotaes aprovadas no oramento anterior. c) A grande diferena entre o oramento de desempenho e o oramento-programa que o oramento de desempenho no se relaciona com um sistema de planejamento das polticas pblicas. d) O oramento-programa se traduz no plano de trabalho do governo, com a indicao dos programas e das aes a serem realizados e seus montantes. e) O oramento de Desempenho representou uma evoluo do oramento incremental, na busca de mecanismos de avaliar o custo dos programas de governo e de cada ao integrada ao planejamento.

    O oramento de desempenho no faz o link entre o planejamento e custos associados. Ele (o link) apareceu com o oramento-programa.

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    28

    50. (ESAF CGU 2008 AUDITORIA E FISCALIZAO / CONTROLE INTERNO) A 4

    edio do Manual de Receitas Pblicas, institudo pela Portaria STN/SOF n. 2, de 08

    de agosto de 2007, estabelece para todos os entes da federao a classificao por

    Destinao da Receita, que tem uma correlao com a classificao por fonte de

    recursos. No que se refere classificao estabelecida pelo Manual, indique a opo

    incorreta.

    a) O indicador de Grupo de Destinao de Recursos separa os recursos em destinaes primrias e destinaes financeiras e d indicao sobre o exerccio no qual ocorreu a arrecadao se corrente ou anterior. b) O cdigo de destinao de recursos compe-se de quatro (04) dgitos, sendo que o primeiro dgito determina o Identificador de Uso, o segundo dgito o Grupo de Destinao de Recursos e os dois seguintes a Especificao da Destinao de Recursos. c) A diviso das destinaes de recursos em Destinaes Primrias ou No-Financeiras e Destinaes No-Primrias ou Financeiras importante para elaborao do Demonstrativo do Resultado Primrio exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. d) O Identificador de Uso destina-se a indicar se os recursos compem contrapartida nacional de emprstimos ou de doaes ou a outras aplicaes. e) A classificao da receita por destinao agrupa os recursos arrecadados de acordo com a sua destinao legal.

    51. (ESAF CGU 2008 AUDITORIA E FISCALIZAO / CONTROLE INTERNO)

    Suponha os seguintes dados extrados do Anexo de Metas Fiscais-AMF do Governo

    Federal:

    Discriminao 20X1 20X2 20X3 Resultado Primrio 4% do PIB 4,5% do PIB 5% do PIB Dvida Lquida 45% do PIB 43% do PIB 39% do PIB Resultado Nominal 1% do PIB 0% do PIB 1,5% do PIB Receitas No-Financeiras 25% do PIB 30% do PIB 35% do PIB

    Os dados consideram a metodologia de apurao de Resultados Fiscais, sob a tica acima da linha, utilizada no Brasil. De acordo com os dados e a metodologia de apurao das Necessidades de Financiamento do Setor Pblico, marque a opo correta. a) Quando da elaborao da Proposta Oramentria para o ano de 20X1, as despesas primrias estaro limitadas a 22% do PIB. b) A previso de que, em 20X2, os juros nominais sejam de 5% do PIB. c) Somente em 20X3 o Supervit Primrio ser maior do que os juros nominais do exerccio. d) O Resultado Nominal nulo, em 20X2, indica que o pas conseguir pagar toda a sua dvida. e) A reduo da dvida lquida ao longo dos trs exerccios em parte decorrente da diminuio das despesas primrias ao longo dos trs exerccios. Quanto opo A, se resultado primrio (RNF DNF) = 4, e RNF = 25, ento DNF (primrias) = 21;

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    Quanto opo B, os juros so calculados sobre a dvida (DF/Div); logo,

    52. (ESAF CGU 2008 AUDITORIA E FISCALIZAO / CONTROLE INTERNO)

    Considere os seguintes dados de receitas e despesas constantes da proposta

    oramentria de um determinado ente da federao (valores em mil):

    Receitas: Previso de Arrecadao Receitas de Servios 2.000 Receitas de Alienao de Bens 3.400 Receitas de Juros 2.300 Receitas Tributrias 15.300 Receitas de Operaes de Crdito - Contratual 15.500 Receitas de Contribuies 12.500 Receitas de Operaes de Crdito Refinanciamento da Dvida 20.000 Receitas de Dvida Ativa 2.000

    Despesas: Dotao Despesa de Pessoal 21.000 Despesa de Inverso Financeira 13.000 Despesa de Juros 2.500 Despesa de Investimentos 7.500 Despesa de Amortizao 20.000 Outras Despesas Correntes 9.000

    Com base nos dados apresentados, marque a opo correta. a) A proposta respeita o princpio oramentrio do equilbrio, mas apresenta um dficit no oramento corrente. b) O ente ainda poder incorporar na proposta oramentria novas operaes de crdito com a finalidade de realizar despesas correntes, at o montante de 5.000, sem desrespeitar a regra de ouro estabelecida na Constituio Federal. c) O supervit do oramento de capital foi de 1.600. d) A aprovao de crdito suplementar no montante de 10.000 para pagamento de juros referente ao refinanciamento da dvida, tendo como fonte de recursos receitas de operaes de crdito, precisar de aprovao do legislativo por maioria simples. e) O ente poder destinar a totalidade ou parte da Receita de Alienao de Bens para pagamento de juros da dvida. No que pertine opo A: o oramento respeita o equilbrio (R$ 73.000) e H SUPERVIT CORRENTE DE R$ 1.600 (R$ 34.100 R$ 32.500); No que diz respeito opo B, as receitas de capital oriundas de operaes de crdito no podem ser superiores s despesas de capital. A diferena entre elas de R$ 5.000; Quanto opo C, o dficit de capital foi de R$ 1.600; Em relao opo D, no poder ser contratada operao de crdito para financiamento de despesas correntes nesse valor, ou a CR no fala em maioria simples na aprovao dos crditos adicionais; Quanto opo E, NO poder.

    53. (ESAF CGU 2008 AUDITORIA E FISCALIZAO / CONTROLE INTERNO) A

    Administrao Pblica necessita, em determinadas situaes, utilizar-se de

    sistemtica especial, conhecida como Suprimento de Fundos, para realizar despesas

    que, por sua natureza ou urgncia, no possam aguardar o processamento normal da

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    execuo oramentria. No que diz respeito a esse assunto, julgue os itens que se

    seguem e marque, com V para os verdadeiros e F para os falsos, a opo que

    corresponde seqncia correta.

    I. O servidor que receber suprimento de fundos fica obri