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Curso: Legislação Aduaneira p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Guilherme Leal e Carlos Marquette - Aula 00 Prof. Guilherme Leal e Carlos Marquette 1 de 57 www.exponencialconcursos.com.br Aula 00 Curso: Legislação Aduaneira p/ AFRFB – Teoria e questões comentadas Professor: Guilherme Leal e Carlos Marquette

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Curso: Legislação Aduaneira p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas

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Prezados futuros colegas,

É com imensa satisfação que faço parte dessa equipe inovadora e competente do Exponencial Concursos!

Este é um curso de Teoria e Questões comentadas de Legislação Aduaneira para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal. Iremos abordar os principais pontos da disciplina Legislação Aduaneira exigidos pelo Edital ESAF/AFRF/2014, enfatizando os mais abordados em provas anteriores.

Meu nome é Guilherme Leal, sou Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil em exercício na Alfândega do Porto de Manaus. Serei um dos professores deste curso de questões comentadas de Legislação Aduaneira.

Minha trajetória no mundo dos concursos iniciou-se em 2004, quando passava em frente a um cursinho presencial em São Paulo e vi uma enorme faixa, com o salário do Auditor Fiscal da Receita Federal escrito em letras “garrafais”.

O carnaval havia acabado e eu estava desiludido com o mercado da construção civil, onde trabalhei como engenheiro civil desde 1998.

Acabei me inscrevendo num curso intensivo para AFRF, uma vez que o cursinho anunciava a prova para meados de julho de 2004. Calculei meus gastos mensais, separei uma reserva para sustentar a minha família até dezembro de 2004 e me afastei do ramo da construção.

Estudava o dia inteiro em uma biblioteca e assistia aulas noturnas, de forma que, em julho, já estava relativamente confiante em relação ao conteúdo cobrado.

Porém, a profecia do cursinho não se concretizou e o Edital não foi publicado. Foi quando uma colega de estudos da biblioteca, advogada, me chamou a atenção de um Edital que estava sendo publicado para Agente de Polícia Federal. Analisei o mesmo e descobri que grande parte do conteúdo exigido já havia sido estudado, além de que o salário à época era satisfatório.

Estudei com afinco para esta prova, que ocorreu em setembro de 2004, e fui aprovado no concurso.

Acontece que a família cresceu, a política de arrocho salarial praticada pelo governo desvalorizou meu subsídio, então, resolvi retomar os estudos.

Desta vez fui obrigado a estudar, trabalhar e participar da vida social de minha família ao mesmo tempo, desafio imenso.

Após algum tempo de “quase vida” (rsrsrsrs), cá estou, Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil!!!

Finalizando, seguem algumas colocações necessárias à sua aprovação:

APRESENTAÇÃO

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1 – Estude os últimos editais, monte uma estatística de assuntos mais cobrados e os estude com maior profundidade. Neste curso já estamos fazendo isso por você.

2 – Utilize bons materiais de estudo e faça muitas questões focadas nos últimos concursos e revise os principais pontos!

3 – Quando publicarem o Edital de seu concurso, verifique se foi alterado o conteúdo da disciplina estudada. Tais tópicos costumam ser cobrados para pegar os mais desatentos! Estaremos de olho no Edital para informá-los sobre tais mudanças.

4 – Acredite em seus sonhos!! Confie no seu potencial!! Respeite o seu tempo de absorção da matéria!! Seja estrategista!!

5 – Jamais desista!

Dito isso, Passo a palavra ao Prof. Carlos Marquette!!!

Saudações meus amigos! Meu nome é Carlos Marquette, sou Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, sobrevivente do massacre de 2014, e também estou lotado na Alfândega do Porto de Manaus, mais especificamente no SEVIG (Serviço de Vigilância e Controle Aduaneiro).

Minha história no mundo dos concursos começou em 2009, quando me “revoltei” com a falta de oportunidades no setor privado. Estava quase concluindo minha graduação em engenharia de controle e automação e simplesmente não conseguia me colocar no mercado de trabalho. O ápice da história foi quando consegui um estágio não remunerado e tive que aceitar, por desespero mesmo, para concluir o curso. Foi então que percebi que não era o que queria pra mim. Pensei em entrar em um cursinho, e mudar completamente de caminho. Ir por um caminho onde eu não seria mais submetido à subjetividade do setor privado, onde eu seria escolhido não “a dedo”, mas pela minha capacidade para exercer aquela atividade. E, meus amigos, não tem coisa melhor do que você conseguir um trabalho por mostrar a sua capacidade, e não por que alguém “acha” que você é bom, ou, pelo menos, razoável para o trabalho. Sim, sou um “revoltado” com a iniciativa privada e todo aquele subjetivismo, rsrs.

Entrei então em um cursinho de fiscal da receita, sem saber nada de direito ou contabilidade e acabei me maravilhando com todas (quase todas) as disciplinas e com a carreira de Auditor-Fiscal. Era um mundo que eu nem sabia que existia... e, pessoal, posso lhes dizer que aqui do outro lado, dentro da Receita, é tudo o que eu esperava! Me sinto, sim, realizado!

Espero que vocês, assim como eu, mergulhem de cabeça nesse mundo fantástico que é o mundo dos concursos, e mais especificamente o da Receita Federal. Todo o esforço de vocês será recompensado, sem dúvida nenhuma! Vamos lá!

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A Receita Federal do Brasil vem dando crescente importância à disciplina Legislação Aduaneira e Comércio Internacional. Tal fato se deve ao crescente número de Auditores Fiscais novos em Aduanas, principalmente na Região Norte do Brasil.

No último concurso, dos 278 candidatos, tivemos 62 na Alfândega de Manaus, 16 no Aeroporto de Guarulhos, 1 no Aeroporto Eduardo Gomes e 38 em Inspetorias, o que equivale a 42% dos candidatos lotados em unidades aduaneiras. O concurso de remoção ocorreu no mês de junho/2015, carimbando o retorno para casa, ou para mais próximo a ela a todos os candidatos aprovados na primeira fase. Os excedentes do concurso serão nomeados na data provável de 03/07/2015, abrindo a possibilidade de nova autorização para novo concurso.

No Concurso AFRFB/2012, Legislação Aduaneira e Comércio Internacional significaram, juntos, 12,5% do total de pontos das provas objetivas. No Concurso AFRFB/2014, somaram 14,28% dos pontos da prova objetiva, além de 50% dos pontos da prova discursiva.

Quanto à previsão para o próximo concurso, a validade do último expira dia 03/07/2015, ou seja, preparem-se!!!

Quanto à dificuldade, as provas para AFRFB vêm exigindo estudos cada vez mais específicos e profundos dos Regimes Aduaneiros Especiais e dos Tributos Incidentes sobre o Comércio Internacional. A prova de ATRFB mostrou-se menos complexa, porém, isso não garante uma próxima prova com mesmo nível de dificuldade.

Vamos às estatísticas!!!

Na tabela abaixo, procurarei ilustrar quantas vezes cada assunto foi cobrado nas últimas provas:

ASSUNTO AFRFB 2014

AFRFB 2012

ATRFB 2012

TOTAL % TOTAL

Jurisdição aduaneira 1 2 1 4 7,8

Controle aduaneiro de veículos 1 0 1 2 3,9

Tributos incidentes sobre comércio exterior (ii, ie, ipi, pis/confins imp,

4 7 6 17 33,3

Histórico e análise das provas Legislação Aduaneira

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icms, afrmm, cide c. Imp.)

Atividades relacionadas a serviços aduaneiros

1 0 1 2 3,9

Regimes aduaneiros especiais e aplicados em áreas especiais

4 5 3 12 23,5

Bagagem 1 1 0 2 3,9

Mercadoria abandonada 0 0 0 0 0

Avaria, extravio e acréscimo 0 1 0 1 2,0

Termo de responsabilidade 0 0 0 0 0

Infrações e penalidades 1 2 2 4 7,8

Procedimentos especiais de controle aduaneiro

0 0 0 0 0

Destinação de mercadorias 0 0 1 1 2,0

Valoração aduaneira 1 1 0 2 3,9

Legislação aduaneira - Mercosul 0 1 0 1 2,0

Siscoserv e Siscomex 0 0 1 1 2

Jurisprudência STF 0 1 1 2 3,9

Percebe-se claramente uma tendência da ESAF a exigir conhecimentos sobre os tributos incidentes sobre o comércio exterior, Regimes Aduaneiros Especiais e aplicados em áreas especiais, infrações e penalidades e Jurisdição Aduaneira.

Essa tendência pode mudar a qualquer momento e nos surpreender, porém, na falta de tempo, apostaria nesses assuntos.

Procedimentos especiais de controle aduaneiro e valoração aduaneira, apesar de estarem em baixa nas últimas provas, sempre foram bastante cobrados.

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No quadro abaixo consta o programa de nosso curso. As disciplinas serão separadas conforme o último Edital.

Podem haver alterações neste quadro no decorrer do curso, caso haja necessidade de agrupar matérias conexas.

Aula Tópico Data

00 Jurisdição Aduaneira: Território Aduaneiro; Portos Aeroportos e Pontos de Fronteira Alfandegados; Alfandegamento; Recintos Alfandegados; Administração Aduaneira.

Disponível

01 Controle Aduaneiro de Veículos. Tributos incidentes sobre o comércio exterior: Regramento Constitucional e Legislação específica; Produtos, Bens e Mercadorias; Produtos Estrangeiros, Nacionais, Nacionalizados e Desnacionalizados

15/07/15

02 Imposto de importação: Sujeitos ativo e passivo; Incidência; Fato gerador; Base de cálculo; Alíquotas; Tributação de mercadorias não identificadas

24/07/15

03 Regime de tributação simplificada; regime de tributação especial; regime de tributação unificada: pagamento, restituição e compensação, isenções e reduções do II; imunidades e controle exercido pela SRFB; reimportação; similaridade

05/08/15

04 Imposto de exportação: sujeitos ativo e passivo; incidência; fato gerador; base de cálculo; alíquotas; pagamento; incentivos fiscais na exportação

14/08/15

05 Imposto sobre produtos industrializados (IPI): sujeitos ativo e passivo; incidência e fato gerador; base de cálculo e alíquotas; isenções; imunidades; suspensão

19/08/15

06 PIS/PASEP e COFINS IMPORTAÇÃO: sujeitos ativo e passivo; incidência e fato gerador; base de cálculo; isenções; suspensão do pagamento e redução de alíquotas, ICMS sobre importação: sujeitos ativo e passivo; fato gerador; alíquotas; isenções e imunidades; pagamento e controle pela SRFB; adicional ao frete para a renovação da marinha mercante e taxa

28/08/15

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mercante; Cide combustíveis importação

07 Procedimentos gerais de importação e exportação; atividades relacionadas a serviços aduaneiros; despacho aduaneiro de importação e despacho aduaneiro de exportação; disposições gerais; modalidades; documentos; casos especiais; Siscomex e siscoserv; espécies de DI e DE; declaração de importação; conferência e desembaraço; cancelamento da DI e DE; lançamento dos impostos

09/09/15

08 Regimes aduaneiros especiais e regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais (parte 1)

18/09/15

09 Regimes aduaneiros especiais e regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais (parte 2)

30/09/15

10 Bagagem no Mercosul; mercadoria abandonada; avaria, extravio e acréscimo de mercadorias; termo de responsabilidade; infrações e penalidades; perdimento; aplicação de multas na importação e exportação

09/10/15

11 Intervenientes nas operações de comércio exterior; sanções administrativas aos intervenientes; representação fiscal para fins penais; procedimentos especiais de controle aduaneiro; destinação de mercadorias; subfaturamento e retenção de mercadorias

21/10/15

12 Valoração aduaneira; legislação aduaneira aplicável ao Mercosul; internalização da legislação aplicada ao Mercosul; disposições constitucionais relativas à administração e controle do comércio exterior; contrabando e descaminho: princípio da insignificância

30/10/15

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Assunto Página

1- Jurisdição Aduaneira 08

1.1 – Território Aduaneiro 09

1.2 – Portos, Aeroportos e Pontos de Fronteira 15

1.3 – Alfandegamento 19

1.4 – Recintos Alfandegados

1.4.1 – Portos secos

23

23

1.5 – Administração Aduaneira 25

1.5.1 – Administração Aduaneira (sentido estrito) 25

1.5.2 – Prerrogativas da Autoridade Aduaneira 26

1.5.3 – Obrigações do Contribuinte 29

2- Questões comentadas 30

3- Lista de questões 50

4- Gabarito 57

Começamos nossa aula com uma pergunta básica: O que é Jurisdição Aduaneira?

Consultando a Wikipédia, achei a seguinte definição: “jurisdição aduaneira é o poder atribuído à autoridade aduaneira para que se faça cumprir a administração das atividades e a fiscalização, bem como o controle e a tributação das operações de comércio exterior”

Jurisdição Aduaneira nada mais é que o poder conferido ao Estado de fiscalizar e controlar o comércio exterior, seja esse controle prévio, concomitante ou posterior.

Segundo a Constituição Federal, em seu artigo 237, a fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda.

1 – Jurisdição Aduaneira

Aula 00 – Jurisdição Aduaneira: Território Aduaneiro; Portos Aeroportos e Pontos de Fronteira Alfandegados; Alfandegamento; Recintos Alfandegados; Administração Aduaneira.

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O Artigo 22 de nossa Carta Magna delimita a competência privativa da União para legislar sobre comércio exterior.

Grande parte de nossa matéria é disciplinada pelo Decreto 6759 de 05 de fevereiro de 2009, o famoso “REGULAMENTO ADUANEIRO”. Para que vocês habituem-se com a linguagem do regulamento, transcreverei os artigos em minhas explicações, uma vez que grande parte das questões de prova são cópias fiéis deste decreto. Em nossas aulas converteremos as informações contidas nestes artigos em elementos gráficos de simples compreensão e fácil memorização.

Esse Regulamento Aduaneiro consolida diversas Leis em um único decreto, transformando-o em uma espécie de guia para todos os envolvidos na atividade aduaneira. Porém o mesmo não representa toda a Legislação Aduaneira, que divide-se em diversas outras normas esparsas.

O que seria território aduaneiro? Bom, segundo o art. 2º diz que “O território aduaneiro compreende todo o território nacional. “

Vamos dar uma olhadinha no Art. 3º:

Art. 3o A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange:

I - a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local:

a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados;

b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e

c) a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados; e

II - a zona secundária, que compreende a parte restante do território

Território aduaneiro significa o local onde o Estado, no caso a União, exerce sua Jurisdição aduaneira, representada, por força do artigo 237 da Constituição Federal, pelo Ministério da Fazenda.

1.1 – Território Aduaneiro

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Dizer que o “território aduaneiro compreende todo o território nacional” significa dizer que o Estado possui o poder de Fiscalizar e Controlar o comércio exterior em qualquer local do Território Nacional.

O Território Aduaneiro divide-se em duas zonas:

Não basta ser porto, aeroporto ou um ponto de fronteira para que possamos chamá-los de Zona Primária. Eles precisam ser Alfandegados. Exemplificando, Manaus possui dezenas de Portos, porém, somente dois deles são Alfandegados, ou seja, considerados Zona Primária.

Além disso, nem todos os locais de um porto, aeroporto ou ponto de fronteira são alfandegados. A Receita Federal do Brasil, através de uma comissão de alfandegamento, decide quais locais serão alfandegados, e quais não o serão.

Depois dessa teoria, eu lhe pergunto, meu caro aluno: Todos os locais Alfandegados são considerados Zona Primária? A resposta é NÃO. Muito cuidado!!! Para ser Zona Primária precisa haver uma combinação de: Alfandegados + Portos/Aeroportos/Pontos de Fronteira.

§ 1o Para efeito de controle aduaneiro, as zonas de processamento de

exportação, referidas no art. 534, constituem zona primária

“Art.534. As zonas de processamento de exportação caracterizam-se como áreas de livre comércio de importação e de exportação, destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior, objetivando a redução de desequilíbrios regionais, o fortalecimento do balanço de pagamentos e a promoção da difusão tecnológica e do desenvolvimento econômico e social do País”.

+

Jurisdição

Aduaneira

ACIs

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Muito cuidado com o parágrafo 1º acima transcrito, pois ele afirma que as Zonas de Processamento de exportação constituem Zona Primária, PARA EFEITO DE CONTROLE ADUANEIRO. Portanto, se a questão afirmar que as Zonas de Processamento de exportação constituem Zona Primária, não citando explicitamente “para efeito de controle aduaneiro”, a questão estará ERRADA.

� O que seriam essas Zonas de Processamento de Exportação?

O governo, para manter o famoso superávit primário, adotou uma política de facilitar as exportações, criando alguns regimes especiais, ou aplicados em áreas especiais.

Nas Zonas de Processamento de Exportação, as empresas autorizadas a instalarem-se nessas regiões importam insumos com os tributos incidentes sobre a importação suspensos, industrializando-os dentro de uma região controlada pela Receita Federal do Brasil e os exporta para o exterior, quando a suspensão dos tributos incidentes na entrada transforma-se em isenção.

(ESAF / AFRFB / 2012 - ADAPTADA) No que concerne à Jurisdição Aduaneira, julgue o item a seguir:

I) para efeito de controle aduaneiro, segundo a Lei n. 11.508, de 20 de julho de 2007, as Zonas de Processamento de Exportação constituem zona secundária.

Resolução:

Esse artigo 3º, parágrafo 1º despenca nas provas:

“§ 1o Para efeito de controle aduaneiro, as zonas de processamento de exportação, referidas no art. 534, constituem zona primária”

Muito cuidado com essa afirmação!! As ZPEs, como já disse, não são Zona Primária, porém constituem Zona Primária para fins de controle aduaneiro.

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Alternativa incorreta.

Adiante, temos os parágrafos 2 à 5, conforme cito abaixo:

§ 2o Para a demarcação da zona primária, deverá ser ouvido o órgão ou empresa a que esteja afeta a administração do local a ser alfandegado.

§ 3o A autoridade aduaneira poderá exigir que a zona primária, ou parte dela, seja protegida por obstáculos que impeçam o acesso indiscriminado de veículos, pessoas ou animais.

§ 4o A autoridade aduaneira poderá estabelecer, em locais e recintos alfandegados, restrições à entrada de pessoas que ali não exerçam atividades profissionais, e a veículos não utilizados em serviço.

“§ 5o A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se ainda às Áreas de

Controle Integrado criadas em regiões limítrofes dos países integrantes do

Mercosul com o Brasil”

Esquematizando o §2 à 4, temos que:

No parágrafo 5º, através de um acordo celebrado junto ao Mercosul (acordo de Recife) com os países que mantém fronteira com o Brasil, nasceram as Áreas de Controle Integrado. São áreas situadas nas fronteiras secas entre países signatários do acordo, onde a fiscalização aduaneira, de ambos os países envolvidos, ocorre no mesmo local e simultaneamente.

Exemplificando, uma exportação da Argentina para o Brasil, em condições normais, aguardaria o despacho de exportação das autoridades argentinas. Em seguida, as Mercadorias seriam transportadas para a Zona Primária brasileira, onde aguardariam o despacho das autoridades Brasileiras.

Nessas áreas de controle integrado, ambos os despachos, de exportação e importação, ocorrem no mesmo local, poupando tempo e deslocamentos desnecessários.

� Agora, meus caros alunos, eu lhes pergunto:

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- Pode uma Autoridade Aduaneira Brasileira possuir Jurisdição fora do nosso território nacional?

- Pode uma Autoridade Aduaneira estrangeira possuir Jurisdição dentro de nosso território?

A resposta é sim. Por força do acordo de Recife, ocorreu uma extensão do território Aduaneiro, assim como uma concessão a outros países estenderem seu território aduaneiro para dentro do nosso país.

Quando um outro país ganha jurisdição aduaneira dentro de nosso território, chamamos esse fenômeno de exclave.

Quando o Brasil ganha jurisdição aduaneiro dentro de um terceiro país, chamamos de enclave aduaneiro.

Nunca confunda território aduaneiro com Jurisdição Aduaneira. Os enclaves aduaneiros não fazem parte do nosso território aduaneiro, assim como o exclave aduaneiro faz parte de nosso território aduaneiro.

Para vocês terem uma ideia da importância deste assunto, segue o enunciado da prova discursiva do último concurso para AFRF:

(ESAF/AFRF/2014) – DISSERTATIVA: Em tempos de globalização o comércio internacional adquire importância cada vez maior no cenário econômico mundial. A administração aduaneira deve se manter constantemente atualizada no intuito de não se tornar obstáculo desnecessário ao comércio lícito, tampouco em incentivo a práticas ilícitas. Partindo dessa premissa, nos termos da legislação aduaneira, é possível a atuação do Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil além da linha de fronteira terrestre do Brasil? Justifique e fundamente sua resposta em um mínimo de 20 (vinte) e em um máximo de 40 (quarenta) linhas, a qual deverá abordar, obrigatoriamente, os seguintes tópicos: a) Definição de território aduaneiro; e b) Abrangência da jurisdição dos serviços aduaneiros

Depois de toda essa teoria fica extremamente fácil responder essa questão:

1. O Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, por força do acordo de Recife, exercerá sua autoridade aduaneira nos enclaves aduaneiros, em território estrangeiro.

2. Território aduaneiro é todo o território submetido às normas aduaneiras do Estado. Subdivide-se zona primária e zona secundária.

3. A Jurisdição dos serviços aduaneiros abrange todo o território aduaneiro. Eu complementaria a questão citando os enclaves aduaneiros, pontos situados fora do território nacional, para onde estende-se a jurisdição dos serviços aduaneiros.

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O restante é blá, blá, blá. Aliás, uma dica: Jamais afirme que os enclaves aduaneiros fazem parte do Território aduaneiro, pois isso será considerado errado. Isso significaria uma invasão à soberania alheia.

Para encerrar suas disposições sobre território aduaneiro, o RA versa em seu artigo 4o sobre mais uma prerrogativa atribuída ao Ministro de Estado da Fazenda, com o intuito de também tornar as atividades de controle e fiscalização aduaneiro mais efetivas, conforme cito abaixo:

Art. 4o O Ministro de Estado da Fazenda poderá demarcar, na orla marítima ou na faixa de fronteira, zonas de vigilância aduaneira, nas quais a permanência de mercadorias ou a sua circulação e a de veículos, pessoas ou animais ficarão sujeitas às exigências fiscais, proibições e restrições que forem estabelecidas

§ 1o O ato que demarcar a zona de vigilância aduaneira poderá:

I - ser geral em relação à orla marítima ou à faixa de fronteira, ou específico em relação a determinados segmentos delas;

II - estabelecer medidas específicas para determinado local; e

III - ter vigência temporária.

§ 2o Na orla marítima, a demarcação da zona de vigilância aduaneira levará em conta, além de outras circunstâncias de interesse fiscal, a existência de portos ou ancoradouros naturais, propícios à realização de operações clandestinas de carga e descarga de mercadorias.

§ 3o Compreende-se na zona de vigilância aduaneira a totalidade do Município atravessado pela linha de demarcação, ainda que parte dele fique fora da área demarcada.

Enclave Não faz parte do território aduaneiro

Exclave Território aduaneiro

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Estou incluindo em quadros a Legislação Aduaneira sobre o assunto em pauta. Aconselho aos alunos uma leitura atenta dos mesmos, porém, sem perder tempo com memorizações desnecessárias!

Zonas de vigilância aduaneira são demarcadas em regiões de fronteira ou orla marítima com maior potencial de ocorrer o contrabando ou descaminho. O ato normativo, do Ministro da Fazenda, que instituí-la definirá o local, extensão, o período e as medidas de salvaguarda necessárias.

Se a zona de vigilância aduaneira instituída compreender parte de um município, por força do regulamento aduaneiro, toda a sua extensão territorial fará parte dela.

Vamos esquematizar!

Conforme definido no artigo 3o, a zona primária do território aduaneiro é composta por áreas em portos, aeroportos e pontos de fronteira, demarcadas pela autoridade aduaneira.

Reparem que há a necessidade da demarcação das áreas pela autoridade aduaneira, procedimento esse que se chama de alfandegamento.

Os artigos 5o, 6o e 7o do RA estabelecem sua finalidade, um de seus requisitos, e como esse alfandegamento é realizado por ato declaratório da autoridade aduaneira competente.

1.2 – Portos, Aeroportos e Pontos de Fronteira

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No que tange à finalidade, o artigo 5o preconiza:

Art. 5o Os portos, aeroportos e pontos de fronteira serão alfandegados por ato declaratório da autoridade aduaneira competente, para que neles possam, sob controle aduaneiro:

I - estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior ou a ele destinados;

II - ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; e

III - embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados.

Sem esse alfandegamento, uma série de operações e movimentações internacionais de pessoas, veículos e mercadorias, não podem ser realizadas.

Em relação a um dos seus requisitos, o artigo 6o determina:

Art. 6o O alfandegamento de portos, aeroportos ou pontos de fronteira será precedido da respectiva habilitação ao tráfego internacional pelas autoridades competentes em matéria de transporte.

Parágrafo único. Ao iniciar o processo de habilitação de que trata o caput, a autoridade competente notificará a Secretaria da Receita Federal do Brasil.

DO ou

PARA o

exterior

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O artigo 7o especifica o conteúdo do ato declaratório de alfandegamento:

Art. 7o O ato que declarar o alfandegamento estabelecerá as operações aduaneiras autorizadas e os termos, limites e condições para sua execução.

Por fim, temos no artigo 8 as regras sobre a entrada e saída de mercadorias:

Art. 8o Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:

I - à importação e à exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; e

II - a outros casos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

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Na verdade eu não considero o artigo I uma exceção à regra, mas uma adaptação necessária para possibilitar a entrada de mercadorias peculiares no território nacional, como a Energia Elétrica.

No caso do parágrafo 2º, dá-se à RFB a discricionariedade de mitigar a regra, conforme as circunstâncias possam exigir. Mas fica claro que a RFB deve efetuar controlar essa entrada.

(ESAF / ADA / ESAF 2014) São locais onde podem ser efetuadas a entrada ou a saída de veículos e mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas:

a) quaisquer aeroportos sob controle da Infraero, independentemente de processo de alfandegamento.

b) portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados.

c) recintos alfandegados de zona secundária.

d) Portos Secos.

e) quaisquer pontos de fronteira

Resolução:

Questão direta. A entrada ou a saída de veículos e mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, conforme art. 8º do RA, ocorrerá através de Portos, Aeroportos ou Pontos de fronteira Alfandegados. Não esquecer das duas exceções, tratadas no esquema acima.

Gabarito “b”

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Pessoal, o alfandegamento está previsto em nosso querido Decreto n 6.759 de 5 de fevereiro de 2009, mais especificamente em seu art. 13.

Porém, antes de irmos ao Regulamento Aduaneiro (RA), vou transcrever aqui o art. 2º da Portaria RFB n 3.518, que traz os requisitos e procedimentos para o alfandegamento de recintos. Lembrando, que para a prova de legislação aduaneira, somente o RA é necessário (por enquanto! rsrs).

Então, não se preocupem com essa portaria, só estou transcrevendo este artigo por que ele traz uma boa ideia do que é o alfandegamento:

Art. 2º Entende-se por alfandegamento a autorização, por parte da

Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), para estacionamento ou

trânsito de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados, embarque,

desembarque ou trânsito de viajantes procedentes do exterior ou a ele

destinados, movimentação, armazenagem e submissão a despacho aduaneiro

de mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob

regime aduaneiro especial, bens de viajantes procedentes do exterior, ou a ele

destinados e remessas postais internacionais, nos locais e recintos onde tais

atividades ocorram sob controle aduaneiro.

Bom, acho que não tem muito o que falar sobre este art. 2 da portaria RFB n 3.518. Ele explica muito bem o que é o alfandegamento! Agora, vamos voltar para o nosso querido RA, art. 13 (se houver mais alguma coisa interessante da portaria, trarei mais à frente):

Art. 13 O alfandegamento de portos, aeroportos e pontos de fronteira somente poderá ser efetivado:

I - depois de atendidas as condições de instalação do órgão de fiscalização aduaneira e de infraestrutura indispensável à segurança fiscal;

II - se atestada a regularidade fiscal do interessado;

III - se houver disponibilidade de recursos humanos e materiais; e

IV - se o interessado assumir a condição de fiel depositário da mercadoria sob sua guarda.

§1o O disposto no caput aplica-se, no que couber, ao alfandegamento de recintos de zona primária e de zona secundária.

(...)

§ 3o O alfandegamento poderá abranger a totalidade ou parte da área dos portos e dos aeroportos.

1.3 – Alfandegamento

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Este artigo traz alguns requisitos para o alfandegamento de portos, aeroportos e pontos de fronteira. São requisitos meio que óbvios, pois não seria prudente por parte da Receita Federal alfandegar um recinto em que, por exemplo, não houvesse condições de instalação ou disponibilidade de recursos humanos ou materiais.

O § 3 nos diz ainda que o alfandegamento pode abranger toda a área ou parte da área do porto ou aeroporto a ser alfandegada, não é necessário que toda a instalação seja alfandegada.

Mas, e aí?! Somente os portos, aeroportos e pontos de fronteira podem ser alfandegados?! A resposta é... não! Claro que não! Senão seria mais fácil do que já é estudar o alfandegamento, rsrs. O nosso § 4 nos traz mais uma informação:

§ 4o Poderão, ainda, ser alfandegados silos ou tanques, para armazenamento de produtos a granel, localizados em áreas contíguas a porto organizado ou instalações portuárias, ligados a estes por tubulações, esteiras rolantes ou similares, instaladas em caráter permanente.

O alfandegamento de recintos como Portos, Aeroportos e Pontos de fronteira (zona primária) ou portos secos, depósitos alfandegados. (zona secundária) é uma competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil, e, só pode ser autorizado por autoridade fiscal competente, após ouvida uma comissão de alfandegamento composta por servidores da Receita Federal do Brasil, que farão diversas exigências constantes no Regulamento Aduaneiro, artigo 13-A.

No caso dos recintos de zona primária, o alfandegamento deve ser precedido da respectiva habilitação ao tráfego internacional pelas autoridades competentes em matéria de transporte.

O alfandegamento poderá abranger a totalidade ou parte da área dos portos e dos aeroportos. Poderão, ainda, ser alfandegados silos ou tanques,

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para armazenamento de produtos a granel, localizados em áreas contíguas a porto organizado ou instalações portuárias, ligados a estes por tubulações, esteiras rolantes ou similares, instaladas em caráter permanente.

Uma parte da resposta para essa pergunta já foi dada (quando citei a portaria de alfandegamento), mas, para não ignorar o que diz nosso ilustríssimo RA e aproveitar tudo o que ele tem a nos oferecer (de útil, claro), aqui vai:

� A quem compete regulamentar os requisitos para o alfandegamento e concede-lo ao interessado?!

Bom, quem concede o alfandegamento é a Secretaria Receita Federal do Brasil, já sabemos, e quem regulamenta?! Adivinha... § 6o do art. 13 do RA:

§ 6o Compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil declarar o alfandegamento a que se refere este artigo e editar, no âmbito de sua competência, atos normativos para a implementação do disposto neste Capítulo.

Para complementar e para deixar claro a quem compete regulamentar o alfandegamento, o Decreto n 8.010/2013 incluiu o art. 13-A:

Art. 13-A. Compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil definir os requisitos técnicos e operacionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados, e remessas postais internacionais.

Dentre os requisitos técnicos para alfandegamento, foram estabelecidos pelo DECRETO 8010 DE 2013 e seu artigo 13-A, os seguintes:

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Para encerrar este tópico, cito art. 14 do RA, para complementar nosso conhecimento sobre alfandegamento:

Art. 14 Nas cidades fronteiriças, poderão ser alfandegados pontos de fronteira para o tráfego local e exclusivo de veículos matriculados nessas cidades.

§ 1o Os pontos de fronteira de que trata o caput serão alfandegados pela autoridade aduaneira regional, que poderá fixar as restrições que julgar convenientes.

§ 2o As autoridades aduaneiras locais com jurisdição sobre as cidades fronteiriças poderão instituir, no interesse do controle aduaneiro, cadastros de pessoas que habitualmente cruzam a fronteira (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 34, inciso I).

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Os recintos alfandegados são tratados no art 9º do RA. Ele nos diz, de uma forma mais simples, o mesmo que o art.2º da portaria 3.518: que a autoridade aduaneira declarará os recintos como alfandegados para que neles possam ocorrer, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial. Além disso permite que neles possam ocorrer também a movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de bagagens e de remessas postais internacionais.

Nem todos os recintos de um porto, por exemplo, precisam ser alfandegados. Somente necessitam de alfandegamento os recintos onde irão ocorrer alguma das operações já citadas: movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias, bagagens ou remessas postais internacionais

O parágrafo único do art. 9 ainda nos traz a informação de que ainda poderão ser alfandegados, em zona primária, recintos destinados à instalação de lojas francas. Estudaremos as lojas francas com mais propriedade em aula futura.

Os portos secos são um tipo de recinto alfandegado e estão previstos no art. 11 do RA. E o que vem a ser um porto seco?! Para que serve?!

Bom, uma das utilidades do porto seco é a de “desafogar” os portos e aeroportos alfandegados. Eles são recintos alfandegados que ficam longe dos portos e aeroportos que permitem também a realização de operações com mercadorias e bagagens.

1.4.1 – Portos Secos

1.4 – Recintos Alfandegados – Portos Secos

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Outra utilidade do porto seco é facilitar a logística de quem realiza operações de importação e exportação. Muitos operadores de importação e de exportação possuem sedes em locais distantes de portos e de aeroportos. Imagina só o custo que não seria para uma empresa com sede no Mato Grosso que quisesse importar algo por por navio?! Com certeza seria um custo gigantesco! Com um porto seco localizado em seu estado, por exemplo, ele pode pedir que a mercadoria seja entregue no porto seco, ao invés de ter que ir até um porto busca-la.

Vamos ver o que diz o art. 11:

Art. 11. Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro.

§ 1o Os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos alfandegados.

§ 2o Os portos secos poderão ser autorizados a operar com carga de importação, de exportação ou ambas, tendo em vista as necessidades e condições locais.

Especial atenção para o parágrafo 1 do art. 11. Ele diz que os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos alfandegados! Ele não disse nada sobre pontos de fronteira!!

Os portos secos são recintos alfandegados localizados em zona secundária ou em pontos de fronteira alfandegados (zona primária). Jamais existirão dentro de portos e aeroportos alfandegados.

O art. 12 nos diz ainda que as operações de movimentação e de armazenagem a serem realizadas sob controle aduaneiro em porto seco sujeitam-se ao regime de concessão ou de permissão.

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Queridos alunos, este é o último tópico teórico de nossa aula! Finalizado, passaremos à resolução de exercícios.

Para fins didáticos, dividirei o tópico em 3 sub-tópicos, quais sejam:

• Administração Aduaneira

• Prerrogativas da autoridade aduaneira

• Obrigações do Contribuinte

Comecemos com a análise do Art. 15. do RA:

Art. 15. O exercício da administração aduaneira compreende a fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, em todo o território aduaneiro

Adiante, temos no Art.16 considerações pertinentes ao funcionamento da fiscalização, conforme cito:

Art. 16. A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nos portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados.

§ 1o A administração aduaneira determinará os horários e as condições de realização dos serviços aduaneiros, nos locais referidos no caput

§ 2o O atendimento em dias e horas fora do expediente normal da unidade aduaneira é considerado serviço extraordinário, devendo os interessados, na forma estabelecida em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil, ressarcir a administração das despesas decorrentes dos serviços a eles efetivamente prestados.

A administração aduaneira divide-se em duas tarefas complementares:

• Fiscalização

• Controle sobre o comércio exterior

1.5.1 – Administração Aduaneira (sentido estrito)

1.5 – Administração Aduaneira

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A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta ou eventual. A fiscalização de tributos sobre operações de comércio exterior é atividade exclusiva da carreira de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil.

A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados ou eventual, mas nunca o controle aduaneiro. Este será sempre realizado de forma ininterrupta.

Posso falar pelo serviço de vigilância aqui da alfândega do porto de Manaus. Nele, temos acesso, do prédio da alfândega, às câmeras dos portos aqui presentes, e, assim, manter o controle aduaneiro dos recintos alfandegados. Temos, assim, como visualizar o controle de acesso dos veículos e das pessoas aos recintos alfandegados. Podemos ver qual veículo entrou, que horas ele entrou e que horas ele saiu do recinto. Isso vale também para as pessoas... dá para saber quem está dentro do armazém, que horas entrou, que horas saiu...

Já a fiscalização dos recintos é diferente. Podemos definir em quais horários iremos aos portos para fazer a fiscalização de mercadorias ou para verificar se o porto continua atendendo os requisitos para o alfandegamento. Esses horários poderão ser diferentes para cada local, de acordo com o parágrafo 1º do art. 16.

As prerrogativas da Autoridade Aduaneira podem ser vistas em 4 artigos, conforme estruturação abaixo:

1.5.2 – Prerrogativas da Autoridade Aduaneira

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Vamos dar uma olhadinha na literalidade?

Art.15. ...

Parágrafo único. As atividades de fiscalização de tributos incidentes sobre as operações de comércio exterior serão supervisionadas e executadas por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil.

Avançando, falando agora sobre a precedência, esquematizo abaixo os casos em que se aplicam, com base no Art. 17. e §2:

Avançando, veremos agora o que diz o Art. 22 e §1 sobre o fornecimento de informação à autoridade fiscal:

Art. 22. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade fiscal todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:

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I - os tabeliães, os escrivães e demais serventuários de ofício;

II - os bancos, as casas bancárias, as caixas econômicas e demais instituições financeiras;

III - as empresas de administração de bens;

IV - os corretores, os leiloeiros e os despachantes oficiais;

V - os inventariantes;

VI - os síndicos, os comissários e os liquidatários; e

VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

Parágrafo único. A obrigação prevista no caput não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, nos termos da legislação específica

O Art. 24 traz as previsões a respeito do livre acesso da autoridade aduaneira, reproduzida na esquematização abaixo:

Essa é a parte mais gostosa da administração aduaneira. Você, futuramente, exercendo esse papel, terá uma série de prerrogativas, aliás, será o responsável pelo despacho aduaneiro, ato exclusivo de nossa carreira, que autoriza a liberação da carga. Claro que todas essas prerrogativas vêm acompanhadas de muitas responsabilidades!

Segue abaixo um quadro com nossas principais prerrogativas. A maioria delas são óbvias e inerentes à atividade.

Atenção especial para o fato que precedência sobre as demais autoridades ocorre somente em recintos alfandegados ou previamente autorizado o transbordo de passageiros e/ou cargas.

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• Fiscalização de tributos aduaneiros

• Precedência sobre as demais autoridades em áreas alfandegadas e em zonas de vigilância aduaneira

• Requisitar auxílio de outras autoridades, inclusive de forças policiais

• Como o despacho aduaneiro é competência do AFRFB, ele decide a liberação da carga com precedência sobre as demais autoridades

• Intimar quaisquer pessoas ou profissionais que, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, possam auxiliar no levantamento do crédito tributário (exceto se o informante estiver legalmente obrigado a guardar segredo)

• Requisitar papéis, documentos, livros...

• Ter livre acesso ao local onde se encontram as mercadorias

Os artigos 18 e 19 do Decreto 6759 detalham essas obrigações. São bastante extensas, e, pouco cobradas em provas até o momento.

Os pontos mais significativos são os seguintes:

Perfeito, pessoal!!! Chega de teoria e vamos à prática!!!

1.5.3 – Obrigações do Contribuinte

AU

DIT

OR F

ISCAL

DA R

ECEIT

A

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ERAL

DO

BRASIL

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01. (ESAF / ATRFB / 2012) (ADAPTADA) Sobre território aduaneiro, portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados, recintos alfandegados, e administração aduaneira, é incorreto afirmar que:

a) o território aduaneiro compreende todo o território nacional.

b) compreende-se na Zona de Vigilância Aduaneira a totalidade do Estado atravessado pela linha de demarcação, ainda que parte dele fique fora da área demarcada.

c) com exceção da importação e exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e a outros casos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil, somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas.

d) portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro.

e) a fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nos portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados.

Resolução:

a) Fiel reprodução do artigo 2º de nosso querido Regulamento Aduaneiro:

“Art. 2o O território aduaneiro compreende todo o território nacional.”

Alternativa correta.

b) Nesta alternativa, o examinador copiou o parágrafo 3º do artigo 4º e trocou a palavra “Município” pela palavra “Estado”.

“§3o Compreende-se na zona de vigilância aduaneira a totalidade do Município atravessado pela linha de demarcação, ainda que parte dele fique fora da área demarcada.”

Imagine se a Receita Federal tivesse que manter todo o Estado do Amazonas como uma Zona de Vigilância Aduaneira. Seria necessário um novo concurso com alguns milhares de vagas...

Alternativa incorreta.

c) É o que diz o artigo 8º do nosso Regulamento Aduaneiro.

“Art. 8o Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas”

2- Questões Comentadas

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“Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:

I - à importação e à exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; e

II - a outros casos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil.”

Alternativa correta.

d) Reproduzindo o artigo 11:

“Art. 11. Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro. “

Alternativa correta.

e) Mais uma cópia fiel do nosso Regulamento:

“Art. 16. A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nos portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados.”

Alternativa correta.

Gabarito B.

02. (ESAF / AFRFB / 2014) Sobre Jurisdição Aduaneira e Controle Aduaneiro de Veículos, é correto afirmar:

a) o território aduaneiro compreende todo o território nacional, exceto as Áreas de Livre Comércio, sujeitas à legislação específica.

b) somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas, mas isso não se aplica à importação e à exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e a outros casos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

c) compete ao Ministro de Estado da Fazenda definir os requisitos técnicos e operacionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados, e remessas postais internacionais.

d) relativamente à mercadoria descarregada de veículo procedente do exterior, o volume que, ao ser descarregado, apresentar-se quebrado, com

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diferença de peso, com indícios de violação ou de qualquer modo avariado, deverá ser objeto de conserto e pesagem, fazendo-se, ato contínuo, a devida anotação no registro de descarga, pelo depositário. A autoridade aduaneira poderá determinar a aplicação de cautelas fiscais e o isolamento dos volumes em local próprio do recinto alfandegado, exceto nos casos de extravio ou avaria, dado o estado já verificado dos volumes, os quais não poderão permanecer no recinto alfandegado.

e) o transportador deve prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil, na forma e no prazo por ela estabelecidos, as informações sobre as cargas transportadas, bem como sobre a chegada de veículo procedente do exterior ou a ele destinado. A autoridade aduaneira poderá proceder às buscas em veículos necessárias para prevenir e reprimir a ocorrência de infração à legislação, mas, em respeito à ampla defesa e ao contraditório, as buscas poderão ocorrer apenas em momento ulterior à apresentação das referidas informações pelo transportador.

Resolução:

Prezados e queridos alunos,

Esta questão representa perfeitamente a típica questão da ESAF para as provas de AFRFB atuais. Questões longas, com muitas palavras, muitas informações. Questão de “cara feia”, assustadora...

Essa é a hora. Como diz o capitão Nascimento:

- Pede para sair.

Brincadeiras à parte, não se assustem!!

Com a pouca teoria passada na questão 1, resolveremos esta questão com as mãos atadas, mesmo desconhecendo o assunto “Controle de Veículos”, que será lecionado na aula 01.

a) Meus caros, o Território Aduaneiro compreende todo o território nacional, sem exceções. As áreas de livre comércio são Regimes Aduaneiros aplicados em áreas especiais, conforme artigo 524 do CA, destinados a promover o desenvolvimento de áreas fronteiriças da Região Norte. Estudaremos todos esses regimes em aula futura.

“Art. 524. Constituem áreas de livre comércio de importação e de exportação as que, sob regime fiscal especial, são estabelecidas com a finalidade de promover o desenvolvimento de áreas fronteiriças específicas da Região Norte do País e de incrementar as relações bilaterais com os países vizinhos, segundo a política de integração latino-americana.”

Alternativa incorreta.

b) Como a ESAF gosta deste artigo 8º do RA. Questão literal:

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“Art. 8o Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:

I - à importação e à exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; e

II - a outros casos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil.”

Alternativa correta

c) Coitado do chefe!! Tantas atribuições, acumulará mais esta!! Copiaram parte do artigo 13-A e trocaram “Secretaria da Receita Federal do Brasil” por “Ministro da Fazenda”.

Art. 13-A Compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil definir os requisitos técnicos e operacionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagem de viajante procedente do exterior, ou a ele destinados, e remessas postais internacionais

Alternativa incorreta.

d) Seguem os parágrafos 1º e 2º do art. 63 do CA. Esse final da frase, onde a Autoridade Aduaneira fica desautorizada a aplicar cautelas em caso de extravio ficou “sem pé nem cabeça”. Veremos isso na próxima aula.

“§1º O volume que, ao ser descarregado, apresenta-se quebrado, com diferença de peso, com indícios de violação ou que de qualquer modo avariado, deverá ser objeto de conserto e pesagem, fazendo-se, ato contínuo, a devida anotação no registro de descarga, pelo depositário

§2º A autoridade aduaneira poderá determinar a aplicação de cautelas fiscais e o isolamento dos volumes em local próprio do recinto alfandegado, inclusive nos casos de extravio ou avaria.”

Alternativa incorreta

e) A 1ª frase da assertiva está correta, conforme artigo 31 do CA. Já a segunda frase está errada, pois as buscas podem ocorrer em qualquer momento, conforme art. 34. Veremos isso na próxima aula.

Art. 31. O transportador deve prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil, na forma e no prazo por ela estabelecidos, as informações sobre as cargas transportadas, bem como sobre a chegada de veículos procedentes do exterior ou a ele destinado.”

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Art. 34. A autoridade aduaneira poderá proceder a buscas em qualquer veículo para prevenir e reprimir a ocorrência de infração à legislação aduaneira, inclusive em momento anterior à prestação das informações referidas no art. 3

Alternativa incorreta.

Gabarito B

03. (ESAF / AFRFB / 2012) Sobre os regimes aduaneiros, é incorreto afirmar que:

a) os regimes aduaneiros especiais se distinguem do regime comum pela suspensão ou isenção de tributos incidentes nas operações de comércio exterior.

b) de acordo com a legislação em vigor, as empresas instaladas em Zonas de Processamento de Exportação (ZPE), caracterizadas como áreas de livre comércio com o exterior, não podem vender produtos para o mercado interno.

c) o regime aduaneiro especial de drawback objetiva desonerar de tributos os insumos utilizados na produção de bens destinados à exportação.

d) o regime de admissão temporária permite a entrada no País de certas mercadorias, com uma finalidade e por período de tempo determinados, com a suspensão total ou parcial do pagamento de tributos aduaneiros incidentes na sua importação, com o compromisso de serem reexportadas.

e) o regime de trânsito aduaneiro permite o transporte de mercadorias, sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão de tributos.

Resolução:

Coloquei esta questão propositadamente nesta aula.

Esta questão relaciona-se a Regimes Especiais, que serão apresentados a vocês em aula futura. Porém, a alternativa b) discorre sobre Zonas de Processamento de Exportação.

Sabemos que as ZPE importam insumos com suspensão e, ao exportar os produtos industrializados, a suspensão vira isenção. Caso essa empresa situada nas ZPE resolva vender n mercado interno parte de sua produção, basta recolher os tributos suspensos, com multa de mora, juros e correção.

Portanto é claro que podem vender para o mercado interno, respeitando um percentual máximo.

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Alternativa incorreta e gabarito da questão: B

04. (ESAF / AFRFB / 2012) No que concerne à Jurisdição Aduaneira, é incorreto afirmar que:

a) o recolhimento da multa de que trata o caput do art. 38 da Lei n. 12.350, de 20 de dezembro de 2010, não garante o direito à operação regular do local ou recinto alfandegado nem prejudica a aplicação das sanções estabelecidas no art. 37 da referida Lei e de outras penalidades cabíveis ou a representação fiscal para fins penais, quando for o caso.

b) a Jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se às Áreas de Controle Integrado criadas em regiões limítrofes dos países integrantes do MERCOSUL com o Brasil.

c) poderão ser demarcadas, na orla marítima e na faixa de fronteira, Zonas de Vigilância Aduaneira.

d) os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos alfandegados.

e) para efeito de controle aduaneiro, segundo a Lei n. 11.508, de 20 de julho de 2007, as Zonas de Processamento de Exportação constituem zona secundária.

Resolução:

a) Este tipo de assertiva deve ser pulada, na hora da prova. Ninguém, em sã consciência, decoraria o artigo 38 da Lei.... Mas ele é bastante lógico, pois o simples pagamento de uma multa jamais garantiria o direito à operação regular do local ou recinto alfandegado. Claro que não impediria uma representação fiscal para fins penais. A autoridade tributária tem a obrigação de representar ao Ministério Público quando constatar conduta criminosa.

Somente para ilustrar, segue o Art. 38 da Lei 12350:

“Art. 38. Será aplicada a multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais), por dia, pelo descumprimento de requisito estabelecido no art. 34 ou pelo seu cumprimento fora do prazo fixado com base no art. 36.

Parágrafo único. O recolhimento da multa prevista no caput não garante o direito à operação regular do local ou recinto nem prejudica a aplicação das sanções estabelecidas no art. 37 e de outras penalidades cabíveis ou a representação fiscal para fins penais, quando for o caso.”

Os requisitos técnicos de alfandegamento estabelecidos no art. 34 são os seguintes:

I - segregação e proteção física da área do local ou recinto

II - disponibilização de edifícios e instalações, aparelhos de informática, mobiliário e materiais para o exercício de suas

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atividades e, quando necessário, de outros órgãos ou agências da administração pública federal;

III - disponibilização e manutenção de balanças e outros instrumentos necessários à fiscalização e ao controle aduaneiros;

IV - disponibilização e manutenção de instrumentos e aparelhos de inspeção não invasiva de cargas e veículos, como os aparelhos de raios-X ou gama;

V - disponibilização de edifícios e instalações, equipamentos, instrumentos e aparelhos especiais para a verificação de mercadorias frigorificadas

VI - disponibilização de sistemas, com acesso remoto pela fiscalização aduaneira.”

Portanto, alternativa correta.

b) a Jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se às Áreas de Controle Integrado criadas em regiões limítrofes dos países integrantes do MERCOSUL com o Brasil.

Alternativa correta, conforme artigo 3º, parágrafo 5º do RA:

“§ 5o A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se ainda às Áreas de Controle Integrado criadas em regiões limítrofes dos países integrantes do Mercosul com o Brasil”

c) poderão ser demarcadas, na orla marítima e na faixa de fronteira, Zonas de Vigilância Aduaneira

Alternativa correta, conforme artigo 4º do RA.

“Art. 4o O Ministro de Estado da Fazenda poderá demarcar, na orla marítima ou na faixa de fronteira, zonas de vigilância aduaneira, (...)”

d) os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos alfandegados.

Alternativa correta, conforme artigo 11, parágrafo 1º do RA:

“§ 1o Os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos alfandegados. “

e) para efeito de controle aduaneiro, segundo a Lei n. 11.508, de 20 de julho de 2007, as Zonas de Processamento de Exportação constituem zona secundária.

Esse artigo 3º, parágrafo 1º despenca nas provas:

“§ 1o Para efeito de controle aduaneiro, as zonas de processamento de exportação, referidas no art. 534, constituem zona primária”

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Muito cuidado com essa afirmação!!

As ZPEs, como já disse, não são Zona Primária, porém constituem Zona Primária para fins de controle aduaneiro.

Alternativa incorreta.

Gabarito E.

05. (ESAF / AFRFB / 2012) Sobre mercadorias avariadas e extraviadas; alfandegamento; e sobre infrações e penalidades dispostas na legislação aduaneira, é correto afirmar:

Compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil definir os requisitos técnicos e operacionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, com exceção daquelas sob regime aduaneiro especial, bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados, e remessas postais internacionais.

Resolução:

A assertiva estava indo muito bem, até excepcionar os regimes aduaneiros especiais, bagagens de viajantes e remessas postais.

Segue o artigo 13-A do RA:

“Art. 13-A. Compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil definir os requisitos técnicos e operacionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados, e remessas postais internacionais.”

Gabarito: Alternativa errada

06. (ESAF / ADA / 2013) Assinale a opção correta. Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira competente, na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possam ocorrer, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de:

a) mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial.

b) bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados e de viajantes em voos domésticos.

c) remessas postais internacionais e nacionais.

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d) mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior.

e) mercadorias admitidas no RECOF.

Resolução:

a) Questão básica e literal. Reproduz o artigo 9º Inciso I do RA. Note que Mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, são operações de importação e exportação, respectivamente.

“Art. 9o Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira competente, na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possam ocorrer, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de:

I - mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial;

II - bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e

III - remessas postais internacionais.

Parágrafo único. Poderão ainda ser alfandegados, em zona primária, recintos destinados à instalação de lojas francas.”

Alternativa correta.

b) Estava correta até citar a bagagem de passageiros domésticos (alternativa errada)

c) Estava correta até citar as remessas postais nacionais. (alternativa errada)

d) Nessa alternativa eles misturaram tudo! Essa é uma das exceções à entrada de mercadorias por portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados.

Em minha opinião, não é bem uma exceção, mas uma adaptação da legislação a essa operação. O Brasil importa Gás da Bolívia, por gasodutos, e energia elétrica do Paraguai, por Itaipu. Não faria sentido montar um ponto de fronteira alfandegado, na região onde os mesmos cruzam as divisas entre os países.

A Receita Federal acompanha as medições de energia elétrica e gás, assim como fiscaliza as empresas distribuidoras, verificando as notas fiscais de entrada.

e) RECOF é um regime especial que será estudado mais adiante.

O regime de entreposto industrial sob controle aduaneiro informatizado - RECOF é o que permite a empresa importar, com ou sem cobertura cambial, e com suspensão do pagamento de tributos, sob controle aduaneiro informatizado, mercadorias que, depois de submetidas a operação de industrialização, sejam destinadas à exportação

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Nesse regime, a indústria importa as mercadorias com suspensão dos tributos, industrializa-as e exporta o produto dessa industrialização. O ato da exportação transforma a suspensão em isenção.

Tais mercadorias necessitam de controle aduaneiro, e sofrem despacho aduaneiro para entrarem no país, assim como qualquer outra mercadoria. Sendo assim, me parece que o examinador “pisou na bola” nesta questão, dando margem a recursos.

Gabarito: Alternativa A

07. (ESAF / ADA / 2013) O importador, o exportador ou o adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem têm a obrigação de manter, em boa guarda e ordem, os documentos relativos às transações que realizarem, pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária a que estão submetidos, e de apresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigidos. Em relação a guarda de documentos, podemos afirmar que:

a) os documentos relativos às transações compreendem aqueles de instrução das declarações aduaneiras, a correspondência comercial, incluídos os documentos de negociação e cotação de preços, os instrumentos de contrato comercial, financeiro e cambial, de transporte e seguro das mercadorias, os registros contábeis e os correspondentes documentos fiscais, escrituras de imóveis, certidões negativas e alvarás de funcionamento, bem como outros que a Secretaria da Receita Federal do Brasil venha a exigir em ato normativo.

b) nas hipóteses de incêndio, furto, roubo, extravio ou qualquer outro sinistro que provoque a perda ou deterioração dos documentos, deverá ser feita comunicação, por escrito, no prazo de uma semana do sinistro, à unidade de fiscalização aduaneira da Secretaria da Receita Federal do Brasil que jurisdicione o domicílio matriz do sujeito passivo, instruída com os documentos que comprovem o registro da ocorrência junto à autoridade competente para apurar o fato.

c) no caso de encerramento das atividades da pessoa jurídica, a guarda dos documentos será atribuída ao legatário ou herdeiro residente no País, nos termos da legislação específica.

d) o descumprimento da obrigação da guarda de documentos implicará o não-reconhecimento de tratamento mais benéfico de natureza tarifária, tributária ou aduaneira eventualmente concedido, com efeitos retroativos à data da ocorrência do fato gerador, mesmo sendo apresentadas provas do regular cumprimento das condições previstas na legislação específica para obtê-lo.

e) a obrigação aplica-se também ao despachante aduaneiro, ao transportador, ao agente de carga, ao depositário e aos demais intervenientes em operação de comércio exterior quanto aos documentos e registros relativos às transações em que intervierem, na forma e nos prazos estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

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Resolução:

a) Mesmo que você desconheça o artigo 18, parágrafo I do RA, Escrituras de imóveis estão completamente fora de contesto!

Seguem os documentos necessários listados pelo artigo 18:

• documentos de instrução das declarações aduaneiras

• correspondência comercial, incluídos os documentos de negociação e cotação de preços

• instrumentos de contrato comercial, financeiro e cambial, de transporte e seguro das mercadorias

• os registros contábeis e os correspondentes documentos fiscais

• outros que a Secretaria da Receita Federal do Brasil venha a exigir em ato normativo

Não é necessário decorá-los. Saiba apenas que são documentos necessários para que o fiscal possa confirmar o valor da transação, valor do seguro, valor do frete e registros contábeis (notas fiscais).

Alternativa errada

b) O prazo para comunicar a Secretaria da Receita Federal do Brasil é de 48hs da ocorrência do sinistro.

Alternativa errada

c) Outra alternativa absurda. Claro que a guarda dos documentos caberá aos responsáveis legais pela pessoa jurídica.

Alternativa errada.

d) A alternativa estava perfeita até condenar o contribuinte que comprovou ter efetuado uma operação regular.

Segue o parágrafo 4 do artigo 8º:

“§ 4o O descumprimento de obrigação referida no caput implicará o não-reconhecimento de tratamento mais benéfico de natureza tarifária, tributária ou aduaneira eventualmente concedido, com efeitos retroativos à data da ocorrência do fato gerador, caso não sejam apresentadas provas do regular cumprimento das condições previstas na legislação específica para obtê-lo”

Alternativa errada.

e) Alternativa correta e perfeita. Todos os envolvidos numa operação que envolva créditos tributários deverá guardar os documentos que lhe caibam pelo prazo decadencial. Todos os envolvidos na operação são responsáveis solidários pelo crédito tributário.

Gabarito: alternativa E

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08. (ESAF / ADA / 2013) A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange, nas áreas abaixo, exceto:

a) na zona primária, a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados.

b) na zona secundária, as águas territoriais.

c) na zona primária, a área terrestre, nos aeroportos alfandegados.

d) as Áreas de Controle Integrado criadas em regiões limítrofes dos países integrantes do Mercosul com o Brasil.

e) na zona secundária, as filiais das empresas brasileiras localizadas no exterior.

Resolução:

Alternativas a, b, c são áreas situadas dentro do território aduaneiro, não havendo dúvidas sobre a jurisdição aduaneira. Portanto, alternativas corretas.

d) A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se ainda às Áreas de Controle Integrado criadas em regiões limítrofes dos países integrantes do Mercosul com o Brasil.

Muito cuidado com as áreas de controle integrado, que não fazem parte do território aduaneiro, porém estão dentro de nossa jurisdição aduaneira.

Alternativa correta.

e) Redação péssima dessa questão. Acredito que o examinador refere-se a uma filial de empresa brasileira situada no exterior, mas não em zona secundária brasileira. Nesse caso, a filial no exterior não está dentro de nosso território aduaneiro, não fazendo parte de nossa jurisdição.

Sendo assim, o gabarito da questão só pode ser alternativa E, porém, cabe recurso.

Gabarito E

09. (ESAF / TTN / 1997) A zona primária aduaneira compreende:

a) a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados, incluindo o espaço aéreo correspondente, a área terrestre ocupada pelos portos alfandegados e a área contígua aos pontos de fronteira alfandegados

b) a área terrestre e aquática ocupada pelos portos alfandegados, as ilhas fluviais ou lacustres de domínio da União, a área interna dos aeroportos alfandegados e a faixa de fronteira demarcada pela União

c) a área terrestre ou aquática ocupada pelos portos alfandegados, a área descontínua ocupada pelas ilhas marítimas, fluviais ou lacustres, a área

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terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados e a área adjacente aos pontos de fronteira alfandegados

d) a área terrestre ou aquática contínua ou descontínua, ocupada pelos portos alfandegados, a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados e a área adjacente aos pontos de fronteira alfandegados

e) as faixas internas e externas ocupadas pelos portos e aeroportos alfandegados, terrestres ou aquáticas, os armazéns alfandegados situados na hinterlândia de portos e aeroportos e a área contígua aos pontos de fronteira alfandegados desde que situada na faixa de fronteira

Resolução:

Questão básica, tenta confundir o candidato:

I - a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local:

a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados;

b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e

c) a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira

A alternativa “a” inclui o espaço aéreo dos aeroportos, que não faz parte da zona primária, assim como a área contígua aos pontos de fronteira alfandegados.

A alternativa “b” pode ser eliminada de uma vez ao citar ilhas fluviais ou lacustres...

Mais adiante ele cita a área interna de aeroportos alfandegados, o que está errado. Seria a área terrestre alfandegada.

A faixa de fronteira demarcada pela união pode fazer parte, se for alfandegada.

Na alternativa “c” vieram com esse papo de ilhas marítimas... de novo!

A alternativa “e” é quase imoral!! Armazéns alfandegados situados na hinterlândia de portos!!

Resta a alternativa “d”, que cita:

• a área terrestre ou aquática contínua ou descontínua, ocupada pelos portos alfandegados

• a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados

• a área adjacente aos pontos de fronteira alfandegados

Apesar dessa alternativa ser considerada o gabarito da questão, eu questionaria o sentido de área adjacente:

“ad.ja.cen.te masculino e feminino [Datação: 1552]

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1.que está contíguo, junto, próximo

2.ao lado”

Nosso regulamento, no artigo 3º, define como zona primária “a área

terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados”; em minha opinião, a palavra “área adjacente” está longe de ser sinônima de “área compreendida”.

Gabarito “D”

10. (ESAF /TRF / 2003) Avalie a correção das afirmações abaixo. Assinale com a letra V as verdadeiras e com a letra F as falsas.

( ) Pode ser autorizada, justificadamente, por ato conjunto da SRF e do Ministério dos Transportes, a entrada de veículos procedentes do exterior por local não alfandegado

Resolução:

Questão errada. No ano de 2003, a única exceção à entrada de veículos por portos, aeroportos ou pontos de fronteira, todos alfandegados, era a importação ou exportação por dutos ou linhas de transmissão.

Após o Decreto 8010 de 2013, a SRF pode, por Ato Normativo, autorizar a entrada.

Gabarito: Falso

11. (ESAF / TRF / 2002) Avalie a correção das afirmações abaixo. Atribua a letra V para as verdadeiras e F para as falsas.

( ) Nas zonas de vigilância aduaneira demarcadas na faixa de fronteira terrestre é proibida a presença ou circulação de mercadorias, animais e veículos em viagem internacional.

( ) As operações de despacho aduaneiro nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados a título permanente serão efetuados nos horários, locais e condições determinados pela autoridade aduaneira.

Resolução:

As Zonas de vigilância aduaneira são demarcadas em regiões de fronteira ou orla marítima com maior potencial de ocorrer o contrabando ou descaminho. O ato normativo, do Ministro da Fazenda, que instituí-la definirá o local, extensão, o período e as medidas de salvaguarda necessárias.

Ou seja, a permanência de mercadorias ou a sua circulação e a de veículos, pessoas ou animais ficarão sujeitas às exigências fiscais, proibições e restrições que forem estabelecidas neste ato do Ministro da Fazenda.

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Alternativa “falsa”

Perfeita a segunda afirmativa. As operações de despacho poderão ser contínuas, ou não, independente do alfandegamento ser permanente, ou por prazo determinado.

Alternativa “verdadeira”

12. (ESAF / TRF / 2002.1) Identifique a razão que leva o legislador aduaneiro a "alfandegar" determinados portos, aeroportos ou pontos da fronteira terrestre, fixando os locais servidos por repartições aduaneiras onde possam:

a) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados.

b) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; ser efetuadas operações de descarga e pesagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados.

c) estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior; ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados.

d) estacionar ou transitar veículos destinados ao exterior; ser efetuadas operações de carga, ou passagem de mercadorias destinados ao exterior; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados.

e) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior.

Resolução:

Bastava encontrar a alternativa mais completa, no caso a alternativa “a”.

“Segue o artigo 5º do CA:

Art. 5o Os portos, aeroportos e pontos de fronteira serão alfandegados por ato declaratório da autoridade aduaneira competente, para que neles possam, sob controle aduaneiro:

I - estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior ou a ele destinados;

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II - ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; e

III - embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados”

Gabarito “A”

13. (ESAF / AFRFB / 2002.1) A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda. (Constituição Federal 1988, art.237). Com base no enunciado acima, assinale a opção correta.

a) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle somente quando as operações de comércio exterior sejam definidas como essenciais aos interesses fazendários nacionais.

b) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior, atividades administrativas consideradas essenciais aos interesses fazendários nacionais.

c) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior relativas a bens ingressados no país, tendo em vista serem as importações essenciais aos interesses fazendários nacionais.

d) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior relativas a bens saídos do país, tendo em vista serem as exportações essenciais aos interesses fazendários nacionais.

e) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior relativamente às obrigações do País frente aos seus compromissos internacionais.

Resolução: Questão fácil, bastando escolher, dentre as alternativas, a mais completa e coerente:

a) As operações de comércio exterior sempre serão essenciais aos interesses fazendários, pois o controle de nosso Balanço de Pagamentos depende dela.

b) Boa definição! Nosso gabarito!

c) Incompleta. As importações e exportações devem estar equilibradas conforme a política econômica adotada pela equipe econômica.

d) Incompleta. As importações e exportações devem estar equilibradas conforme a política econômica adotada pela equipe econômica.

e) A competência abrange todas as obrigações, não somente às relativas aos compromissos internacionais.

Gabarito “b”

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14. (ESAF / TRF / 2002.2) A jurisdição dos serviços aduaneiros, exercida atualmente, compreende:

a) os portos, os aeroportos e os pontos de fronteira.

b) a zona primária e a zona secundária

c) a Zona Franca de Manaus, as Zonas de Processamento de Exportações e o restante do território nacional.

d) os enclaves e os exclaves aduaneiros.

e) os recintos alfandegados situados nas zonas de vigilância aduaneira.

Resolução:

Mais uma questão que caberia recurso em minha opinião.

A intenção do examinador foi tentar cobrar o artigo 3º, em sua literalidade:

“Art.3o A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange:

I - a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local:

a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados;

b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e

c) a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados; e

II - a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo.

a) os portos, os aeroportos e os pontos de fronteira.

b) a zona primária e a zona secundária

c) a Zona Franca de Manaus, as Zonas de Processamento de Exportações e o restante do território nacional.

d) os enclaves e os exclaves aduaneiros.

e) os recintos alfandegados situados nas zonas de vigilância aduaneira.

A alternativa mais completa, que reproduz o artigo 3º do RA é a alternativa b.

Tanto os portos, aeroportos, pontos de fronteira (alternativa a), quanto a Zona Franca de Manaus, as Zonas de Processamento de Exportações e o restante do território nacional (alternativa c) fazem parte do território

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aduaneiro, por onde estende-se a jurisdição dos serviços aduaneiros. Portanto, tecnicamente, essas alternativas a e c estão corretas.

Os recintos alfandegados, independentemente de estarem em zonas de vigilância aduaneira, também fazem parte de nosso território aduaneiro. A alternativa e também está tecnicamente correta.

Os enclaves aduaneiros são áreas situadas nas fronteiras secas entre países signatários de um acordo internacional, onde a fiscalização aduaneira, de ambos os países envolvidos, ocorre no mesmo local e simultaneamente. Já os exclaves aduaneiros situam-se dentro de nosso próprio território aduaneiro. Em ambos, as autoridades aduaneiras possuem jurisdição. Portanto, esta alternativa está tecnicamente correta.

Apesar de tudo isso, na prova eu marcaria a alternativa b, pois é a mais completa e a que reproduz o texto do artigo 3º do RA.

Gabarito “B”

15. (ESAF / AFRFB / 2012 - ADAPTADA) No que concerne à Jurisdição Aduaneira, julgue o item a seguir:

I) para efeito de controle aduaneiro, segundo a Lei n. 11.508, de 20 de julho de 2007, as Zonas de Processamento de Exportação constituem zona secundária.

Resolução:

Esse artigo 3º, parágrafo 1º despenca nas provas:

“§ 1o Para efeito de controle aduaneiro, as zonas de processamento de exportação, referidas no art. 534, constituem zona primária”

Muito cuidado com essa afirmação!! As ZPEs, como já disse, não são Zona Primária, porém constituem Zona Primária para fins de controle aduaneiro.

Alternativa incorreta.

16. (ESAF/AFRF/2014) – DISSERTATIVA: Em tempos de globalização o comércio internacional adquire importância cada vez maior no cenário econômico mundial. A administração aduaneira deve se manter constantemente atualizada no intuito de não se tornar obstáculo desnecessário ao comércio lícito, tampouco em incentivo a práticas ilícitas. Partindo dessa premissa, nos termos da legislação aduaneira, é possível a atuação do Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil além da linha de fronteira terrestre do Brasil? Justifique e fundamente sua resposta em um mínimo de 20 (vinte) e em um máximo de 40 (quarenta) linhas, a qual deverá abordar,

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obrigatoriamente, os seguintes tópicos: a) Definição de território aduaneiro; e b) Abrangência da jurisdição dos serviços aduaneiros

Depois de toda essa teoria fica extremamente fácil responder essa questão:

1. O Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, por força do acordo de Recife, exercerá sua autoridade aduaneira nos enclaves aduaneiros, em território estrangeiro.

2. Território aduaneiro é todo o território submetido às normas aduaneiras do Estado. Subdivide-se zona primária e zona secundária.

3. A Jurisdição dos serviços aduaneiros abrange todo o território aduaneiro. Eu complementaria a questão citando os enclaves aduaneiros, pontos situados fora do território nacional, para onde estende-se a jurisdição dos serviços aduaneiros.

O restante é blá, blá, blá. Aliás, uma dica: Jamais afirme que os enclaves aduaneiros fazem parte do Território aduaneiro, pois isso será considerado errado. Isso significaria uma invasão à soberania alheia.

17. (ESAF / ADA / ESAF 2014) São locais onde podem ser efetuadas a entrada ou a saída de veículos e mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas:

a) quaisquer aeroportos sob controle da Infraero, independentemente de processo de alfandegamento.

b) portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados.

c) recintos alfandegados de zona secundária.

d) Portos Secos.

Enclave

Não faz parte do

território

aduaneiro

Exclave Território aduaneiro

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e) quaisquer pontos de fronteira

Resolução:

Questão direta. A entrada ou a saída de veículos e mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, conforme art. 8º do RA, ocorrerá através de Portos, Aeroportos ou Pontos de fronteira Alfandegados.

Não esquecer das duas exceções, quais sejam:

“I - à importação e à exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; e

II - a outros casos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil.”

Gabarito “B”

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01. (ESAF / ATRFB / 2012) (ADAPTADA) Sobre território aduaneiro, portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados, recintos alfandegados, e administração aduaneira, é incorreto afirmar que:

a) o território aduaneiro compreende todo o território nacional.

b) compreende-se na Zona de Vigilância Aduaneira a totalidade do Estado atravessado pela linha de demarcação, ainda que parte dele fique fora da área demarcada.

c) com exceção da importação e exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e a outros casos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil, somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas.

d) portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro.

e) a fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nos portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados.

02. (ESAF / AFRFB / 2014) Sobre Jurisdição Aduaneira e Controle Aduaneiro de Veículos, é correto afirmar:

a) o território aduaneiro compreende todo o território nacional, exceto as Áreas de Livre Comércio, sujeitas à legislação específica.

b) somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas, mas isso não se aplica à importação e à exportação de mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e a outros casos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

c) compete ao Ministro de Estado da Fazenda definir os requisitos técnicos e operacionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados, e remessas postais internacionais.

3- Lista de Exercícios

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d) relativamente à mercadoria descarregada de veículo procedente do exterior, o volume que, ao ser descarregado, apresentar-se quebrado, com diferença de peso, com indícios de violação ou de qualquer modo avariado, deverá ser objeto de conserto e pesagem, fazendo-se, ato contínuo, a devida anotação no registro de descarga, pelo depositário. A autoridade aduaneira poderá determinar a aplicação de cautelas fiscais e o isolamento dos volumes em local próprio do recinto alfandegado, exceto nos casos de extravio ou avaria, dado o estado já verificado dos volumes, os quais não poderão permanecer no recinto alfandegado.

e) o transportador deve prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil, na forma e no prazo por ela estabelecidos, as informações sobre as cargas transportadas, bem como sobre a chegada de veículo procedente do exterior ou a ele destinado. A autoridade aduaneira poderá proceder às buscas em veículos necessárias para prevenir e reprimir a ocorrência de infração à legislação, mas, em respeito à ampla defesa e ao contraditório, as buscas poderão ocorrer apenas em momento ulterior à apresentação das referidas informações pelo transportador.

03. (ESAF / AFRFB / 2012) Sobre os regimes aduaneiros, é incorreto afirmar que:

a) os regimes aduaneiros especiais se distinguem do regime comum pela suspensão ou isenção de tributos incidentes nas operações de comércio exterior.

b) de acordo com a legislação em vigor, as empresas instaladas em Zonas de Processamento de Exportação (ZPE), caracterizadas como áreas de livre comércio com o exterior, não podem vender produtos para o mercado interno.

c) o regime aduaneiro especial de drawback objetiva desonerar de tributos os insumos utilizados na produção de bens destinados à exportação.

d) o regime de admissão temporária permite a entrada no País de certas mercadorias, com uma finalidade e por período de tempo determinados, com a suspensão total ou parcial do pagamento de tributos aduaneiros incidentes na sua importação, com o compromisso de serem reexportadas.

e) o regime de trânsito aduaneiro permite o transporte de mercadorias, sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão de tributos.

04. (ESAF / AFRFB / 2014) No que concerne à Jurisdição Aduaneira, é incorreto afirmar que:

a) o recolhimento da multa de que trata o caput do art. 38 da Lei n. 12.350, de 20 de dezembro de 2010, não garante o direito à operação regular do local ou recinto alfandegado nem prejudica a aplicação das sanções estabelecidas

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no art. 37 da referida Lei e de outras penalidades cabíveis ou a representação fiscal para fins penais, quando for o caso.

b) a Jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se às Áreas de Controle Integrado criadas em regiões limítrofes dos países integrantes do MERCOSUL com o Brasil.

c) poderão ser demarcadas, na orla marítima e na faixa de fronteira, Zonas de Vigilância Aduaneira.

d) os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos alfandegados.

e) para efeito de controle aduaneiro, segundo a Lei n. 11.508, de 20 de julho de 2007, as Zonas de Processamento de Exportação constituem zona secundária.

05. (ESAF / AFRFB / 2012) Sobre mercadorias avariadas e extraviadas; alfandegamento; e sobre infrações e penalidades dispostas na legislação aduaneira, é correto afirmar:

Compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil definir os requisitos técnicos e operacionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, com exceção daquelas sob regime aduaneiro especial, bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados, e remessas postais internacionais.

06. (ESAF / ADA / 2013) Assinale a opção correta. Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira competente, na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possam ocorrer, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de:

a) mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial.

b) bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados e de viajantes em voos domésticos.

c) remessas postais internacionais e nacionais.

d) mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior.

e) mercadorias admitidas no RECOF.

07. (ESAF / ADA / 2013) O importador, o exportador ou o adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem têm a obrigação de manter, em

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boa guarda e ordem, os documentos relativos às transações que realizarem, pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária a que estão submetidos, e de apresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigidos. Em relação a guarda de documentos, podemos afirmar que:

a) os documentos relativos às transações compreendem aqueles de instrução das declarações aduaneiras, a correspondência comercial, incluídos os documentos de negociação e cotação de preços, os instrumentos de contrato comercial, financeiro e cambial, de transporte e seguro das mercadorias, os registros contábeis e os correspondentes documentos fiscais, escrituras de imóveis, certidões negativas e alvarás de funcionamento, bem como outros que a Secretaria da Receita Federal do Brasil venha a exigir em ato normativo.

b) nas hipóteses de incêndio, furto, roubo, extravio ou qualquer outro sinistro que provoque a perda ou deterioração dos documentos, deverá ser feita comunicação, por escrito, no prazo de uma semana do sinistro, à unidade de fiscalização aduaneira da Secretaria da Receita Federal do Brasil que jurisdicione o domicílio matriz do sujeito passivo, instruída com os documentos que comprovem o registro da ocorrência junto à autoridade competente para apurar o fato.

c) no caso de encerramento das atividades da pessoa jurídica, a guarda dos documentos será atribuída ao legatário ou herdeiro residente no País, nos termos da legislação específica.

d) o descumprimento da obrigação da guarda de documentos implicará o não-reconhecimento de tratamento mais benéfico de natureza tarifária, tributária ou aduaneira eventualmente concedido, com efeitos retroativos à data da ocorrência do fato gerador, mesmo sendo apresentadas provas do regular cumprimento das condições previstas na legislação específica para obtê-lo.

e) a obrigação aplica-se também ao despachante aduaneiro, ao transportador, ao agente de carga, ao depositário e aos demais intervenientes em operação de comércio exterior quanto aos documentos e registros relativos às transações em que intervierem, na forma e nos prazos estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

08. (ESAF / ADA / 2013) A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange, nas áreas abaixo, exceto:

a) na zona primária, a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados.

b) na zona secundária, as águas territoriais.

c) na zona primária, a área terrestre, nos aeroportos alfandegados.

d) as Áreas de Controle Integrado criadas em regiões limítrofes dos países integrantes do Mercosul com o Brasil.

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e) na zona secundária, as filiais das empresas brasileiras localizadas no exterior.

09. (ESAF / TTN / 1997) A zona primária aduaneira compreende:

a) a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados, incluindo o espaço aéreo correspondente, a área terrestre ocupada pelos portos alfandegados e a área contígua aos pontos de fronteira alfandegados

b) a área terrestre e aquática ocupada pelos portos alfandegados, as ilhas fluviais ou lacustres de domínio da União, a área interna dos aeroportos alfandegados e a faixa de fronteira demarcada pela União

c) a área terrestre ou aquática ocupada pelos portos alfandegados, a área descontínua ocupada pelas ilhas marítimas, fluviais ou lacustres, a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados e a área adjacente aos pontos de fronteira alfandegados

d) a área terrestre ou aquática contínua ou descontínua, ocupada pelos portos alfandegados, a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados e a área adjacente aos pontos de fronteira alfandegados

e) as faixas internas e externas ocupadas pelos portos e aeroportos alfandegados, terrestres ou aquáticas, os armazéns alfandegados situados na hinterlândia de portos e aeroportos e a área contígua aos pontos de fronteira alfandegados desde que situada na faixa de fronteira

10. (ESAF / TRF / 2003) Avalie a correção das afirmações abaixo. Assinale com a letra V as verdadeiras e com a letra F as falsas.

( ) Pode ser autorizada, justificadamente, por ato conjunto da SRF e do Ministério dos Transportes, a entrada de veículos procedentes do exterior por local não alfandegado

11. (ESAF / TRF / 2002) Avalie a correção das afirmações abaixo. Atribua a letra V para as verdadeiras e F para as falsas.

( ) Nas zonas de vigilância aduaneira demarcadas na faixa de fronteira terrestre é proibida a presença ou circulação de mercadorias, animais e veículos em viagem internacional.

( ) As operações de despacho aduaneiro nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados a título permanente serão efetuados nos horários, locais e condições determinados pela autoridade aduaneira.

12. (ESAF / TRF / 2002.1) Identifique a razão que leva o legislador aduaneiro a "alfandegar" determinados portos, aeroportos ou pontos da

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fronteira terrestre, fixando os locais servidos por repartições aduaneiras onde possam:

a) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados.

b) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; ser efetuadas operações de descarga e pesagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados.

c) estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior; ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados.

d) estacionar ou transitar veículos destinados ao exterior; ser efetuadas operações de carga, ou passagem de mercadorias destinados ao exterior; embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados.

e) estacionar ou transitar veículos procedentes ou destinados ao exterior; ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior.

13. (ESAF / AFRF / 2002.1) A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda. (Constituição Federal 1988, art.237). Com base no enunciado acima, assinale a opção correta.

a) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle somente quando as operações de comércio exterior sejam definidas como essenciais aos interesses fazendários nacionais.

b) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior, atividades administrativas consideradas essenciais aos interesses fazendários nacionais.

c) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior relativas a bens ingressados no país, tendo em vista serem as importações essenciais aos interesses fazendários nacionais.

d) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior relativas a bens saídos do país, tendo em vista serem as exportações essenciais aos interesses fazendários nacionais.

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e) Compete ao Ministério da Fazenda a fiscalização e o controle das operações de comércio exterior relativamente às obrigações do País frente aos seus compromissos internacionais.

14. (ESAF / TRF / 2002.2) A jurisdição dos serviços aduaneiros, exercida atualmente, compreende:

a) os portos, os aeroportos e os pontos de fronteira.

b) a zona primária e a zona secundária

c) a Zona Franca de Manaus, as Zonas de Processamento de Exportações e o restante do território nacional.

d) os enclaves e os exclaves aduaneiros.

e) os recintos alfandegados situados nas zonas de vigilância aduaneira.

15. (ESAF / AFRFB / 2012 - ADAPTADA) No que concerne à Jurisdição Aduaneira, julgue o item a seguir:

I) para efeito de controle aduaneiro, segundo a Lei n. 11.508, de 20 de julho de 2007, as Zonas de Processamento de Exportação constituem zona secundária.

16. (ESAF/AFRF/2014) – DISSERTATIVA: Em tempos de globalização o comércio internacional adquire importância cada vez maior no cenário econômico mundial. A administração aduaneira deve se manter constantemente atualizada no intuito de não se tornar obstáculo desnecessário ao comércio lícito, tampouco em incentivo a práticas ilícitas. Partindo dessa premissa, nos termos da legislação aduaneira, é possível a atuação do Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil além da linha de fronteira terrestre do Brasil? Justifique e fundamente sua resposta em um mínimo de 20 (vinte) e em um máximo de 40 (quarenta) linhas, a qual deverá abordar, obrigatoriamente, os seguintes tópicos: a) Definição de território aduaneiro; e b) Abrangência da jurisdição dos serviços aduaneiros

17. (ESAF / ADA / ESAF 2014) São locais onde podem ser efetuadas a entrada ou a saída de veículos e mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas:

a) quaisquer aeroportos sob controle da Infraero, independentemente de processo de alfandegamento.

b) portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados.

c) recintos alfandegados de zona secundária.

d) Portos Secos.

e) quaisquer pontos de fronteira

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1. B 7. E 13. B

2. B 8. E 14. B

3. B 9. D 15. Incorreta

4. E 10. FALSO 16. Dissertativa

5. FALSO 11. F/V 17. B

6. A 12. A

4- Gabarito