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Auditoria em Teoria+Exercícios para o Cargo de Analista de Administração Pública do TCDF Professores: Davi Barreto e Fernando Graeff Aula Demonstrativa www.pontodosconcursos.com.br 1 Introdução ............................................................................................ 01 Auditoria no setor público federal: finalidades e objetivos da auditoria governamental, abrangência de atuação, formas e tipos ............................. 04 Questões comentadas ............................................................................. 18 Lista de questões resolvidas na aula ......................................................... 28 Bibliografia ............................................................................................ 32 Introdução Prezado Aluno, É com muita satisfação que ministraremos o curso de Auditoria – Teoria e Exercícios para o cargo de Analista de Administração Pública do TCDF. Mas antes de falarmos sobre o curso que propomos, pedimos licença para falar um pouco sobre nós: Meu nome é Davi Barreto, sou cearense, engenheiro eletrônico graduado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e mestre em Regulação pela Universidade de Brasília (UnB). Atualmente, sou Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), tendo obtido o 1° lugar no concurso de 2007, e professor de auditoria em cursos presenciais, telepresenciais e on-line. Meu nome é Fernando Graeff, sou Gaúcho de Caxias do Sul. Sou formado em Administração de Empresas e, antes de entrar no serviço público, trabalhei mais de 15 anos na iniciativa privada. Sou ex-Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, trabalhei nas Unidades Centrais deste Órgão. Atualmente, exerço o cargo de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União. No serviço público, exerci ainda os cargos de Analista de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional - área contábil – em Brasília e de Analista de Orçamento do Ministério Público Federal em São Paulo. Além disso, somos autores dos livros “Auditoria - Teoria e Exercícios Comentados” e “Auditoria ESAF – Série Questões Comentadas”, ambos publicado pela Editora Método.1 Feitas as apresentações, vamos falar um pouco sobre nosso curso. Com certeza não precisamos falar para você sobre a concorrência que irão enfrentar nesse concurso, seja pelo excelente salário, pelas atribuições e relevância da profissão ou pelos inúmeros benefícios que o órgão oferece.

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Introdução ............................................................................................ 01 Auditoria no setor público federal: finalidades e objetivos da auditoria governamental, abrangência de atuação, formas e tipos ............................. 04 Questões comentadas ............................................................................. 18 Lista de questões resolvidas na aula ......................................................... 28 Bibliografia ............................................................................................ 32

Introdução

Prezado Aluno, É com muita satisfação que ministraremos o curso de Auditoria – Teoria e Exercícios para o cargo de Analista de Administração Pública do TCDF. Mas antes de falarmos sobre o curso que propomos, pedimos licença para falar um pouco sobre nós: Meu nome é Davi Barreto, sou cearense, engenheiro eletrônico graduado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e mestre em Regulação pela Universidade de Brasília (UnB). Atualmente, sou Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), tendo obtido o 1° lugar no concurso de 2007, e professor de auditoria em cursos presenciais, telepresenciais e on-line. Meu nome é Fernando Graeff, sou Gaúcho de Caxias do Sul. Sou formado em Administração de Empresas e, antes de entrar no serviço público, trabalhei mais de 15 anos na iniciativa privada. Sou ex-Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, trabalhei nas Unidades Centrais deste Órgão. Atualmente, exerço o cargo de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União. No serviço público, exerci ainda os cargos de Analista de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional - área contábil – em Brasília e de Analista de Orçamento do Ministério Público Federal em São Paulo. Além disso, somos autores dos livros “Auditoria - Teoria e Exercícios Comentados” e “Auditoria ESAF – Série Questões Comentadas”, ambos publicado pela Editora Método.1 Feitas as apresentações, vamos falar um pouco sobre nosso curso. Com certeza não precisamos falar para você sobre a concorrência que irão enfrentar nesse concurso, seja pelo excelente salário, pelas atribuições e relevância da profissão ou pelos inúmeros benefícios que o órgão oferece.

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A matéria Auditoria faz parte dos conhecimentos específicos e, em virtude de sua futura atuação no TCDF, com certeza terá um peso significativo nas 90 questões que serão cobradas nessa parte da prova. Bom, muitas vezes, notamos que os alunos se esforçam muito tentando decorar as diferentes normas de auditoria (INTOSAI, COSO, Normas de Auditoria Governamental - NAG, Normativos do TCU, NBC TAs1 etc.), sem entender os conceitos e a lógica que envolvem essa disciplina. Você verá que auditoria é uma ciência muito intuitiva e, se conseguir entender os diferentes conceitos envolvidos e compreender como as coisas se relacionam, não será difícil ter sucesso na hora da prova. Mas, cuidado! Não estamos dizendo para você menosprezar a disciplina, afinal de contas, o conteúdo programático é muito extenso, são muitos normativos, muitas regras e definições. Contudo, não se trata de nenhum “bicho papão” e espero que, com nossa ajuda, você consiga entender a matéria e, mais importante, entender como acertar as questões que envolvem essa disciplina. Dessa forma, tendo em vista a concorrência que vai enfrentar e a importância dessa disciplina para as provas objetivas e discursivas, optamos por um curso especialmente desenvolvido para que você, na medida em que aprende a matéria, treine para o dia da prova. Toda a exposição teórica será feita de forma bastante objetiva e didática, indo “direto ao ponto”, de forma que possamos focar naquilo que realmente é importante para a prova. Além disso, como você já deve estar saber muito bem, exercícios são fundamentais para consolidar o conhecimento e treinar para o dia da prova. Após a exposição teórica, ilustraremos o assunto com algumas questões de provas passadas, preferencialmente do CESPE. Às vezes, se necessário, utilizaremos questões de outras bancas. Nosso curso será dividido em 08 aulas (contando com esta aula demonstrativa), que será menor que as demais, destinada para você conhecer a nossa didática. As demais aulas terão entre 40 e 50 páginas, variando de acordo com a complexidade do assunto tratado. O quadro abaixo resume como será distribuído nosso cronograma de aulas:

1 No final do ano de 2009, o Conselho Federal de Contabilidade – CFC promoveu uma profunda modificação na

estrutura das Normas Brasileiras de Auditoria e publicou 38 novas resoluções, no intuito de alinhar as disposições

brasileiras com os padrões internacionais ditados pela International Federation of Accounting – IFAC. As novas

normas (NBC TAs) serão aplicáveis aos balanços com exercícios iniciados a partir do dia 1º de janeiro de 2010, bem

como passarão a ser cobradas em provas de concursos públicos, em substituição à NBC T 11 e seus complementos.

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Aula Data Tópicos abordados

Aula 00 Auditoria no setor público federal. Finalidades e objetivos da auditoria governamental. Abrangência de atuação. Formas e tipos. Tipos de Auditoria (manual TCDF).

Aula 01 15.01.14

Objetivos, técnicas e procedimentos de auditoria: Planejamento dos trabalhos. Programas de auditoria. Planejamento de auditoria (manual TCDF). Papéis de trabalho. Documentos de auditoria (manual TCDF). Normas de conduta dos auditores de controle externo (manual TCDF). Prerrogativas dos auditores de controle externo (manual TCDF). Equipe de auditoria (manual TCDF).

Aula 02 29.01.14

Testes de auditoria. Revisão analítica. Entrevista. Conferência de cálculo. Confirmação. Interpretação das informações. Observações. Execução de auditorias (manual TCDF).

Aula 03 12.02.14 Amostragem estatística em auditoria.

Aula 04 26.02.14

Normas relativas à opinião do auditor. Relatórios e pareceres de auditoria, operacionalidade. Relatório de auditoria (manual TCDF). Monitoramento (manual TCDF).

Aula 05 12.03.14 Procedimentos de auditoria em áreas específicas das demonstrações contábeis.

Aula 06 26.03.14 Normas de Auditoria Interna CFC nº 986/2003 (NBC TI 01 – Auditoria Interna). Eventos ou transações subsequentes.

Aula 07 09.04.14 Simulado de toda a matéria.

* Por uma questão didática, o item Manual de Auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal (aprovado pela Decisão Administrativa nº 41/2011) está diluído em todas as aulas, de acordo com os assuntos tratados (manual TCDF). E, por último, participe do Fórum de dúvidas, que é um dos diferenciais do Ponto. Lá você poderá tirar suas dúvidas, auxiliar outras pessoas e nos ajudar no aprimoramento dos nossos cursos. Dito isto, mãos à obra...

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Auditoria no setor público federal

Conceitos de Auditoria O primeiro passo do nosso curso é tentar responder uma das perguntas fundamentais da nossa disciplina: o que é auditoria? Qual é a lógica por trás dessa atividade? Bom... a auditoria surgiu para atender uma necessidade decorrente da evolução do sistema capitalista. No início, as empresas eram fechadas e familiares, posteriormente, a evolução da economia trouxe, para algumas empresas, a necessidade de captar dinheiro de terceiros. Ou seja, para crescer é necessário dinheiro e, em muitas ocasiões, esse recurso tem que vir de investidores externos à empresa (bancos, credores, acionistas etc.) Bom, agora se coloque na posição desses investidores. Com certeza, você vai querer saber onde está colocando seu dinheiro – vai se perguntar se o investimento é seguro, se a empresa é saudável, quais são seus ativos e passivos... Em resumo, esses investidores precisavam conhecer a posição patrimonial e financeira das empresas em que iriam investir. Essa necessidade de informação era essencial para que pudessem avaliar a segurança, a liquidez e a rentabilidade de seu futuro investimento. As empresas passaram, então, a publicar suas demonstrações contábeis (balanço patrimonial, demonstrativo de fluxo de caixa2 etc.), como forma de prover informações sobre a sua situação econômico-financeira para o mundo exterior. 2 A Lei nº 11.638/07 substituiu a demonstração das origens e aplicações de recursos pela demonstração dos fluxos de

caixa, em função da facilidade de melhor entendimento da posição financeira da empresa.

Fique atento: Você deve saber que a Lei nº 11.638/07 instituiu várias modificações nos padrões de contabilidade até então vigente no Brasil. Porém, ficou mantida na norma a expressão “demonstrações financeiras” ao invés de “demonstrações contábeis”, que é a nomenclatura correta, por ser mais abrangente do que a adotada na legislação. Assim, você pode encontrar na prova tanto uma como outra expressão, indistintamente.

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Entretanto, ainda havia um problema: como garantir a completude, correção e idoneidade dessas informações? É nesse momento que surge a necessidade de uma avaliação independente da real situação da empresa. Nasce, então, a auditoria! Auditar é, antes de tudo, avaliar. Enfim, a auditoria independente existe para dar segurança aos usuários das demonstrações contábeis (i.e. acionistas, credores, o governo e a sociedade). Mas segurança de que? Segurança de que as informações apresentadas pela entidade realmente são fidedignas, realmente retratam a situação patrimonial, financeira e econômica representada nas demonstrações contábeis.

Podemos definir, de maneira mais ampla, a auditoria independente como o exame sistemático e independente das atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor. Assim, a auditoria independente (também chamada de auditoria externa) é aquela executada por profissionais ou empresas que não possuem vínculo e/ou subordinação à empresa auditada, com o objetivo de trazer uma opinião independente sobre a entidade.

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Dessa forma, toda vez que se deseja obter uma opinião isenta e técnica sobre determinado assunto, podemos fazer uso da auditoria independente. Quando o objeto que demanda uma opinião são as demonstrações contábeis, dizemos que se faz necessária uma auditoria independente das demonstrações contábeis. A auditoria contábil é uma técnica da contabilidade que objetiva avaliar as demonstrações contábeis de uma entidade. O Conselho Federal de Contabilidade, por meio da NBC TA 2003, traz a seguinte definição para os objetivos da auditoria:

O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

Bom... se observarmos a definição do CFC acima, vale à pena destacar ainda dois pontos. Veja que a referida norma fala que o auditor emite uma opinião sobre se as demonstrações contábeis, nos seus aspectos relevantes, estão de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Primeiro, note que a norma é explícita em afirma que a auditoria independente se preocupa apenas com os aspectos relevantes das demonstrações contábeis. Ora, isso é lógico. Imagine uma empresa que tem um ativo contabilizado de R$ 1 bilhão... você acha que os usuários das demonstrações contábeis vão estar preocupados se esse valor está errado, por exemplo, em R$ 100? Provavelmente não, concorda? Outro ponto importante de mencionar é que a auditoria busca avaliar se as demonstrações contábeis estão de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Mas o que é isso? 3 Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria

(Resolução CFC nº 1.203/09)

Fique atento: É muito comum definir o objetivo da auditoria independente como “emitir parecer sobre as demonstrações contábeis”. O termo “parecer” estava presente nas normas antigas de auditoria, contudo, ainda continua válido e aceito, pois é um termo consagrado pela literatura técnica. Portanto, “emitir um parecer” é uma expressão equivalente de “expressar uma opinião”.

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A estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatórios financeiros (Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados do Exercício etc.), adotada pela administração que é considerada aceitável em vista da natureza da entidade e do objetivo das demonstrações contábeis, de acordo com o que diz a lei, os regulamentos, as definições CFC etc. Enfim, se as demonstrações contábeis são fidedignas e foram elaboradas de acordo com o que é exigido daquela entidade pela lei e pelos diversos outros normativos infralegais. Assim, a estrutura de relatório financeiro aplicável é definida de tal forma que seja possível prover informações aos diversos usuários (acionistas, credores, governo etc.) da melhor forma possível. Veja que o objetivo é sempre dar a melhor informação possível aos seus usuários. Agora que já falamos sobre os objetivos da auditoria, resta-nos identificar tudo aquilo que não é objetivo do auditor:

(a) elaborar relatórios financeiros – as demonstrações contábeis sujeitas

à auditoria são as da entidade, elaboradas pela sua administração4, com supervisão geral dos responsáveis pela governança5;

(b) identificar erros e fraudes – compete aos responsáveis pela governança da entidade e à sua administração a prevenção e detecção de erros e fraudes, cabendo ao auditor realizar seu trabalho de acordo com as normas de auditoria e obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções relevantes, causadas por fraude ou erro;

(c) garantir a integridade da informação, ou seja, que todos (100%) os

lançamentos contábeis foram efetuados corretamente.

(d) assegurar a viabilidade futura da entidade; e (e) atestar a eficiência ou eficácia dos negócios conduzidos pela

administração da entidade.

4 As normas de auditoria não impõem responsabilidades à administração ou aos responsáveis pela governança – isso é

definido pelas leis e regulamentos que governam as suas responsabilidades. Contudo, a auditoria é conduzida com base

na premissa de que a administração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança, têm conhecimento de certas

responsabilidades que são fundamentais para a condução dos trabalhos. 5 São as pessoas com responsabilidade de supervisionar a direção estratégica da entidade e, consequentemente, de

supervisionar as atividades da Administração (isso inclui a supervisão geral do relatório financeiro).

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Tudo tranquilo até aqui? Já está claro o que é auditoria independente, para que serve, e o que é (e o que não é) objetivo do auditor? Auditoria Governamental Bom... você sabe que a auditoria nasceu com um viés contábil, contudo, atualmente, pode ter diversas vertentes e ramificações: auditoria de sistemas, auditoria de recursos humanos, auditoria da qualidade, auditoria de demonstrações financeiras, auditoria jurídica, auditoria governamental, etc. Não importa qual o tipo de auditoria, seu foco é sempre o mesmo: avaliar, emitir uma opinião, dar segurança aos usuários (credores, acionistas, fisco, gestores públicos, cidadãos etc.) das informações geradas pelas instituições, sejam elas privadas ou públicas. Pois bem... Nosso foco, agora, é a auditoria governamental! Mas antes de trazer sua definição, é interessante apresentar para você as EFS e a INTOSAI6. As Entidades Fiscalizadoras Superiores (EFS) são as instituições do Estado responsáveis por executar a auditoria governamental. Aqui no Brasil, esse papel é exercido pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 70, estabelece que a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta será exercida pelo Congresso Nacional (com o auxílio do TCU), mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Essas instituições verificam as demonstrações financeiras, a obediência às normas, regulamentos e buscam salvaguardar ativos de fraudes e desvios de recursos no setor público. Enfim, são os auditores externos e internos dessa grande “empresa” que é o governo. Já a INTOSAI é entidade internacional que congrega as EFS de diversos países e emite normas e regulamentos que orientam as atividades e procedimentos de auditoria governamental. Dessa forma, segundo a INTOSAI, a auditoria governamental é a atividade independente e objetiva que, através da aplicação de procedimentos específicos, tem a finalidade de emitir opinião sobre a adequação das contas governamentais, assim como apresentar comentários sobre o desempenho organizacional e o resultado dos programas de governo.

6 International Organization of Supreme Audit Institutions

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Veja que, de forma semelhante à auditoria independente das demonstrações contábeis, a auditoria governamental também se caracteriza por uma atuação autônoma (independente) com dois objetivos específicos:

• emitir uma opinião sobre a adequação das contas governamentais (=auditoria de regularidade ou auditoria de conformidade); e

• avaliar e apresentar recomendações sobre o desempenho das atividades e programas governamentais (=auditoria de desempenho ou auditoria operacional ou auditoria de otimização de recursos).

Dessa forma, as auditorias de regularidade objetivam avaliar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão do ente público, certificando-se, por exemplo, que as entidades responsáveis cumpriram sua obrigação de prestar contas, que as decisões administrativas foram tomadas com probidade e que os dispositivos legais e normativos estão sendo seguidos. Já, a auditoria de desempenho preocupa-se em verificar a economia, a eficiência e a eficácia da gestão pública. Segundo a INTOSAI, a auditoria de regularidade tem por objetivo:

(a) certificar que as entidades responsáveis cumpriram sua obrigação de prestar contas, o que inclui o exame e a avaliação dos registros financeiros e a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis;

(b) emitir parecer sobre as contas do governo; (c) auditar os sistemas e as operações financeiras, incluindo o exame

da observância às disposições legais e regulamentares aplicáveis; (d) auditar o sistema de controle interno e as funções da auditoria

interna; (e) verificar a probidade e a adequação das decisões administrativas

adotadas pela entidade auditada; e (f) informar sobre quaisquer outros assuntos, decorrentes ou

relacionados com a auditoria, que a EFS considere necessário revelar.

Enfim, note que todos esses objetivos estão ligados por um elo em comum – a análise da regularidade. Guarde isso!

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Veja que verificar a obrigação de prestar contas, avaliar as contas de governo e os sistemas de controles, avaliar a probidade das decisões administrativas, tudo isso está ligado ao exame da legalidade e da legitimidade da gestão. Legalidade se refere ao cumprimento das leis, normas e regulamentos. Já a legitimidade é um conceito um pouco mais abrangente e envolve as noções de éticas que existem em uma sociedade. Por exemplo, vamos supor que o prefeito de uma cidade decide renovar a frota de carros que servem a prefeitura. Decide trocar todos os Fiat Uno por BMW! Por mais que todas as normas licitatórias sejam fielmente cumpridas (legalidade), a futilidade do gasto faz com que esse ato não tenha legitimidade. Já, a auditoria de desempenho, segundo a INTOSAI, preocupa-se em verificar a economia, a eficiência e a eficácia, e tem por objetivo determinar:

(a) se a administração desempenhou suas atividades com economia, de acordo com princípios, práticas e políticas administrativas corretas;

(b) se os recursos humanos, financeiros e de qualquer outra natureza são utilizados com eficiência, incluindo o exame dos sistemas de informação, dos procedimentos de mensuração e controle do desempenho e as providências adotadas pelas entidades auditadas para sanar as deficiências detectadas; e

(c) a eficácia do desempenho das entidades auditadas em relação ao

alcance de seus objetivos e a avaliação dos resultados alcançados em relação àqueles pretendidos.

Portanto, fique atento: a auditoria governamental pode ser de regularidade ou de desempenho e o que as diferencia é o seu escopo. A primeira foca os critérios de legalidade e legitimidade, enquanto que a segunda foca os critérios de economicidade, eficácia, eficiência e efetividade.

Dimensão Significado Exemplo

Economicidade

Significa minimização de custos dos recursos utilizados na consecução de uma atividade, sem comprometimento dos padrões de qualidade.

Custo de aquisição de vacinas em um programa de erradicação da febre amarela.

Eficiência

É a melhor combinação de recursos (tempo, custos, qualidade) para a obtenção do produto.

Custo total por criança vacinada.

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Dimensão Significado Exemplo

Eficácia

É o grau de alcance das metas programadas, em um determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados.

Número total de crianças vacinadas.

Efetividade É a relação entre os efeitos de um programa sobre a população alvo e os objetivos pretendidos.

Quanto o programa conseguiu diminuir nos casos de febre amarela.

As EFS devem buscar executar auditorias de conformidade ou de desempenho em todas as organizações públicas, de modo a realizar o exame das Contas de Governo de forma mais efetiva. Um detalhe bastante importante: pode haver, na prática, uma superposição entre as auditorias de regularidade e operacional. Ou seja, uma auditoria operacional pode avaliar aspectos de legalidade e legitimidade, assim como uma auditoria de regularidade pode avaliar aspectos de eficiência e economicidade. Nesses casos, a classificação da auditoria dependerá de seu objetivo principal. Finalidade, objetivos e abrangência de atuação Vamos agora discutir os conceitos relacionados à auditoria no setor público (auditoria governamental). Segundo o Manual de Auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal, no exercício de suas funções, o Tribunal de Contas do Distrito Federal realizará, entre outras, as seguintes modalidades de fiscalização: Auditoria:

• é um processo sistemático de obtenção e avaliação objetiva de evidências sobre ações e eventos econômicos, legais e operacionais, para aquilatação do grau de correspondência entre as afirmações e critérios estabelecidos e a comunicação de resultados a usuários interessados; e

• é o procedimento que tem por objetivo avaliar a legalidade e a legitimidade da gestão contábil, financeira, orçamentária e patrimonial da Administração direta e indireta do Distrito Federal e dos bens e recursos públicos utilizados por pessoa física ou entidade de direito privado, bem como avaliar os resultados dessa gestão quanto à economicidade, à eficiência e à eficácia (art. 120 do Regimento Interno do TCDF e art. 77 da Lei Orgânica do Distrito Federal – LODF);

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Inspeção:

É o procedimento que tem por objetivo verificar o cumprimento de decisões do Tribunal, obter dados ou informações preliminares sobre a procedência de fatos relacionados a denúncias ou a representações e suprir omissões ou esclarecer pontos duvidosos em documentos e processos.

Diligência:

É o procedimento que tem por objetivo obter informações saneadoras de falhas verificadas em processos ou transmitir decisões do Tribunal relativas a determinações e recomendações de providências a serem adotadas pelos entes jurisdicionados.

Diligência saneadora:

É o procedimento que tem por objetivo complementar a instrução de processos, bem como solicitar diretamente às unidades jurisdicionadas os documentos necessários ao acompanhamento dos procedimentos licitatórios, dos contratos, convênios e outros ajustes, por meio de ato de competência do Inspetor de Controle Externo (art. 39, VII, do Regulamento dos Serviços Auxiliares do Tribunal, alterado pela Resolução nº 99, de 02.07.98).

Já, no setor público federal (Poder Executivo), a base do estudo da auditoria é a IN SFC/MF nº 01/2001, que regulamenta a atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Bom, segundo a ótica da IN SFC/MF nº 01/2001, a auditoria tem o objetivo primordial de garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública. Segundo referida IN, a auditoria é o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública, pelos processos e resultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por entidades de direito público e privado, mediante a confrontação entre uma situação encontrada com um determinado critério técnico, operacional ou legal. Trata-se de uma importante técnica de controle do Estado na busca da melhor alocação de seus recursos, não só atuando para corrigir os desperdícios, a improbidade, a negligência e a omissão e, principalmente, antecipando-se a essas ocorrências, buscando garantir os resultados pretendidos, além de destacar os impactos e benefícios sociais advindos.

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O normativo, seguindo os ditames da INTOSAI, dispõe que a finalidade básica da auditoria é comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos e fatos administrativos, e avaliar os resultados alcançados, quanto aos aspectos de eficiência, eficácia e economicidade da gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional, contábil e finalística das unidades e das entidades da administração pública, em todas as suas esferas de governo e níveis de poder, bem como a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado, quando legalmente autorizadas nesse sentido. O objetivo primordial da auditoria no setor público federal é garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública, é exercida em todas as unidades e entidades públicas federais, observando os aspectos relevantes relacionados à avaliação dos programas de governo e da gestão pública. O campo de utilização da técnica da auditoria no setor público federal é vasto, cabe ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal por intermédio da técnica de auditoria, dentre outras atividades:

• realizar auditoria sobre a gestão dos recursos públicos federais sob a responsabilidade dos órgãos públicos e privados, inclusive nos projetos de cooperação técnica junto a Organismos Internacionais e multilaterais de crédito;

• apurar os atos e fatos inquinados de ilegais ou de irregulares, praticados por agentes públicos ou privados, na utilização de recursos públicos federais e, quando for o caso, comunicar à unidade responsável pela contabilidade para as providências cabíveis;

• realizar auditorias nos sistemas contábil, financeiro, de pessoal e demais

sistemas administrativos e operacionais;

• examinar a regularidade e avaliar a eficiência e eficácia da gestão administrativa e dos resultados alcançados nas Ações de governo;

• realizar auditoria nos processos de Tomada de Contas Especial; e

• apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos

administrativos e gerenciais e dos controles internos administrativos dos órgãos da Administração Direta e entidades da Administração Indireta Federal.

A abrangência de atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal inclui as atividades de gestão das unidades da administração direta e indireta, programas de trabalho, recursos e sistemas de controles administrativo, operacional e contábil, projetos financiados por recursos externos, projetos de cooperação junto a organismos internacionais, a

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aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante contratos de gestão, transferências a fundo, convênio, acordo, ajuste ou outro instrumento congênere. Estão sujeitos à atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal quaisquer pessoas física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Tipos de Auditoria Segundo o Manual de Auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal a Auditoria pode ser classificada quanto à sua finalidade e quanto à sua previsibilidade: Quanto à finalidade, a auditoria pode ser classificada como:

• Auditoria de regularidade: Verifica a legalidade dos atos de natureza contábil, financeira, orçamentária e patrimonial, praticados pelos órgãos e entidades da Administração do Distrito Federal, e também das aplicações de recursos públicos por entidades de direito privado (art. 80, II, da LODF).

• Auditoria operacional ou de desempenho: Avalia atividades, projetos, programas e ações governamentais, bem como entidades e órgãos públicos, quanto a aspectos de economicidade, eficiência, eficácia e efetividade, com objetivo de contribuir para o melhor desempenho da gestão pública.

• Auditoria integrada: Verifica a legalidade, a economicidade, a eficiência, a eficácia e a efetividade dos controles, processos e sistemas usados na gerência de recursos financeiros, humanos, materiais e de informação das instituições públicas e dos programas de governo; bem como avalia se as atividades referentes à obrigação de prestar contas são desenvolvidas a contento, incluindo o cumprimento legal de normas e regulamentos, naquilo que for aplicável.

• Auditoria de recursos externos: Emite parecer, na condição de auditores independentes, sobre as informações e demonstrações financeiras e operacionais exigidas pelos organismos internacionais de crédito ou de cooperação avaliando se os registros contábeis e documentação de apoio relacionada a gastos, os processos de aquisições de bens, obras e serviços, o sistema de controle interno e a utilização dos recursos do projeto estão em conformidade com os termos e condições do Contrato de Empréstimo, Acordos, Convênios e Termos de

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Cooperação Técnica firmados entre o Distrito Federal e o Organismo Internacional.

Quanto à previsibilidade, a auditoria pode ser classificada como:

• Auditorias programadas: São as relacionadas no Plano Geral de Ação

– PGA do Tribunal; subdividem-se em especificadas — que tiveram o ente jurisdicionado, a motivação e o tipo de auditoria definidos — e não especificadas, que tiveram definido apenas o tipo de auditoria. As auditorias especificadas são automaticamente autorizadas quando da aprovação plenária do PGA. As não especificadas necessitam, quando definidas, de autorização do Presidente do Tribunal.

• Auditorias não programadas: São aquelas que não integram o PGA do Tribunal e exigem autorização plenária.

Classificações de Auditoria, segundo a IN SFC 01/01 A IN SFC 01/01 traz definição própria dos tipos de auditoria, um pouco diferente dos normativos do CFC e da Intosai, mas que tem o mesmo sentido. Assim, segundo a Secretaria Federal de Controle Interno, a auditoria governamental pode ser classificada em 5 (cinco) tipos: 1. Auditoria de Avaliação da Gestão: objetiva emitir uma opinião com vistas a

certificar a regularidade das contas públicas, verificar a execução de contratos, acordos, convênios ou ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados. Compreende, entre outros, aspectos como o exame das peças que instruem os processos de tomada ou prestação de contas; exame da documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos; verificação da eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábil; verificação do cumprimento da legislação pertinente; e avaliação dos resultados operacionais e da execução dos programas de governo quanto à economicidade, eficiência e eficácia dos mesmos.

2. Auditoria de Acompanhamento da Gestão: realizada ao longo dos processos

de gestão, com o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma entidade, evidenciando melhorias e economias existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua missão institucional.

3. Auditoria Contábil: objetiva opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se

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as demonstrações refletem, adequadamente, a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas. Compreende o exame dos registros e documentos e na coleta de informações e confirmações, mediante procedimentos específicos. Tem por objeto, também, verificar a efetividade e a aplicação de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais, por unidades ou entidades públicas executoras de projetos celebrados com aqueles organismos com vistas a emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações financeiras.

4. Auditoria Operacional: consiste em avaliar as ações gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, das unidades ou entidades da administração pública federal, programas de governo, projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e economicidade, procurando auxiliar a administração na gerência e nos resultados, por meio de recomendações, que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial. Este tipo de procedimento auditorial, consiste numa atividade de assessoramento ao gestor público, com vistas a aprimorar as práticas dos atos e fatos administrativos, sendo desenvolvida de forma tempestiva no contexto do setor público, atuando sobre a gestão, seus programas governamentais e sistemas informatizados.

5. Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas para atender determinação expressa de autoridade competente. Classifica-se nesse tipo os demais trabalhos auditoriais não inseridos em outras classes de atividades.

Formas de Execução Segundo a SFC, além da classificação por tipo, a auditoria também pode ser classificada pela forma de execução: I. Direta – trata-se das atividades de auditoria executadas diretamente

por servidores em exercício nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, sendo subdividas em: a. centralizada – executada exclusivamente por servidores em

exercício nos Órgão Central ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

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b. descentralizada – executada exclusivamente por servidores em exercício nas unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

c. integrada – executada conjuntamente por servidores em exercício

nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais e/ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

II. Indireta – trata-se das atividades de auditoria executadas com a

participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, que desempenham atividades de auditoria em quaisquer instituições da Administração Pública Federal ou entidade privada. a. compartilhada – coordenada pelo Sistema de Controle Interno

do Poder Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou privada.

b. terceirizada – executada por instituições privadas, ou seja, pelas denominadas empresas de auditoria externa.

III. Simplificada – trata-se das atividades de auditoria realizadas, por

servidores em exercício nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, sobre informações obtidas por meio de exame de processos e por meio eletrônico, específico das unidades ou entidades federais, cujo custo-benefício não justifica o deslocamento de uma equipe para o órgão. Essa forma de execução de auditoria pressupõe a utilização de indicadores de desempenho que fundamentam a opinião do agente executor das ações de controle.

Vamos agora ver algumas questões sobre o que vimos até agora.

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Questões comentadas

Com referência à parte geral do manual de auditoria do TCDF, julgue os itens que se seguem. 01. (CESPE/TCDF/Auditor de Controle Externo/2012) Em auditoria de recursos externos, na condição de auditores independentes, após prévio credenciamento do TCDF junto a organismo internacional, será emitido parecer sobre as informações de crédito ou de cooperação, momento em que o sistema de controle interno também será avaliado. Resolução: Segundo o manual de auditoria do TCDF, na auditoria de recursos externos, é emitido parecer, na condição de auditores independentes, sobre as informações e demonstrações financeiras e operacionais exigidas pelos organismos internacionais de crédito ou de cooperação avaliando se os registros contábeis e documentação de apoio relacionada a gastos, os processos de aquisições de bens, obras e serviços, o sistema de controle interno e a utilização dos recursos do projeto estão em conformidade com os termos e condições do Contrato de Empréstimo, Acordos, Convênios e Termos de Cooperação Técnica firmados entre o Distrito Federal e o Organismo Internacional. Gabarito: C

02. (CESPE/TCDF/Auditor de Controle Externo/2012) Denomina-se inspeção a modalidade de fiscalização realizada pelos auditores do TCDF que tem por objetivo obter informações saneadoras de falhas verificadas em processos. Resolução: Na realidade, a descrição do enunciado refere-se ao procedimento de diligência e não inspeção. Inspeção é o procedimento que tem por objetivo verificar o cumprimento de decisões do Tribunal, obter dados ou informações preliminares sobre a procedência de fatos relacionados a denúncias ou a representações e suprir omissões ou esclarecer pontos duvidosos em documentos e processos. Gabarito: E

03. (CESPE/CNJ/Analista Contabilidade/2013) A auditoria que tem como objetivo específico o melhoramento das operações examinadas,

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consubstanciada na análise da eficiência, eficácia e economicidade da ação administrativa, é denominada auditoria de gestão. Resolução: Na realidade, de acordo com a IN SFC 01/01, é a auditoria operacional que tem como finalidade avaliar a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e economicidade, procurando auxiliar a administração na gerência e nos resultados, por meio de recomendações, que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial. Gabarito: E

04. (CESPE/MPE PI/Controle Interno/2012) A contratação de uma empresa privada de auditoria para a apuração de possível irregularidade no âmbito de determinada unidade administrativa caracteriza uma forma de fiscalização denominada compartilhada, em que a responsabilidade pela execução do serviço é assumida conjuntamente pela administração e pela contratada. Resolução: Na auditoria compartilhada a responsabilidade pela execução do serviço é da administração, sendo auxiliada por órgãos/instituições públicas ou privada. É a auditoria do tipo terceirizada que é executada por instituições privadas, ou seja, pelas denominadas empresas de auditoria externa. Gabarito: E

05. (CESPE/PREVIC/Anal. Adm. Contábil/2011) Para que uma auditoria seja classificada como do tipo especial, não basta que trate de fatos ou situações relevantes e tenha sido determinada pela autoridade competente. Resolução: Além de atender à determinação expressa de autoridade competente para exame dos fatos ou situações consideradas relevantes, esses fatos ou situações devem ter natureza incomum ou extraordinária. Gabarito: C

06. (CESPE/PREVIC/Anal. Adm. Contábil/2011) A auditoria indireta, realizada com a participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do sistema de controle interno, pode também ser feita de forma integrada.

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Resolução: A auditoria integrada, que é executada conjuntamente por servidores em exercício nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais e/ou setoriais, é um tipo de auditoria Direta, realizada diretamente por servidores em exercício nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Gabarito: E

07. (CESPE/TCU/Auditoria de Obras Públicas/2011) A auditoria de avaliação da gestão objetiva, além de emitir opinião sobre a regularidade das contas, verificar a execução de contratos, acordos, convênios ou ajustes e a probidade na aplicação do dinheiro público e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados. Resolução: Essa é a definição da auditoria de Avaliação da Gestão constante na IN SFC 01/2001. Gabarito: C

08. (CESPE/Técnico de Controle Interno – MPU/2010) A auditoria no setor público divide-se em diversos tipos, entre os quais está a auditoria de avaliação da gestão, realizada ao longo dos processos de gestão, visando atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais de uma unidade ou entidade. Resolução: Na realidade, a Auditoria de Avaliação da Gestão objetiva emitir uma opinião com vistas a certificar a regularidade das contas públicas, verificar a execução de contratos, acordos, convênios ou ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados. Dessa forma, é retrospectiva, não atua em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais de uma unidade ou entidade.

Gabarito: E

09. (CESPE/DETRAN ES/Técnico Superior-Contador/2010) No âmbito da administração pública, a auditoria integrada consiste no exame simultâneo dos demonstrativos de todas as unidades administrativas vinculadas a um mesmo ministério. Resolução:

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A auditoria integrada é aquela executada conjuntamente por servidores em exercício nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais e/ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, ou seja, essa classificação diz respeito à forma de execução e não ao objeto da auditoria. Gabarito: E

10. (CESPE/DETRAN ES/Técnico Superior-Contador/2010) A auditoria de acompanhamento da gestão compreende o exame dos registros e documentos e tem a finalidade de obter elementos comprobatórios suficientes para opinar se os demonstrativos refletem a situação econômica da entidade. Resolução: O enunciado diz respeito à auditoria contábil, e não à auditoria de acompanhamento da gestão. Esta última é realizada ao longo dos processos de gestão e objetiva atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma entidade, evidenciando melhorias e economias existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua missão institucional. Gabarito: E

11. (CESPE/TRT 17 ES/Analista Judiciário – Contabilidade/2009) No âmbito do setor público, a auditoria de acompanhamento de gestão é realizada ao longo dos processos de gestão, a fim de que se possa atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade ou entidade federal. Resolução: Essa é a definição da auditoria de acompanhamento de gestão, trazida pela IN SFC 01/2001. Gabarito: C

12. (CESPE/IBRAM/Analista de Atividades do Meio Ambiente – Contador/2009) A auditoria realizada ao longo dos processos de gestão, com o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais, é classificada como auditoria operacional. Resolução:

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A definição trazida pelo enunciado é da auditoria de acompanhamento de gestão. A auditoria operacional consiste em avaliar as ações gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional, com a finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e economicidade, procurando auxiliar a administração na gerência e nos resultados, por meio de recomendações, que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial. Gabarito: E

13. (CESPE/IBRAM/Analista de Atividades do Meio Ambiente – Contador/2009) A auditoria executada pelas empresas de auditoria externa é classificada como indireta e terceirizada. Resolução: O enunciado está de acordo com a classificação trazida pela IN SFC 01/2001. Gabarito: C

14. (CESPE/IBRAM/Analista de Atividades do Meio Ambiente – Contador/2009) A auditoria contábil governamental compreende a avaliação dos resultados operacionais e da execução dos programas de governo quanto à economicidade, eficiência e eficácia. Resolução: A auditoria contábil governamental tem o mesmo objetivo da auditoria contábil no âmbito privado, que é examinar as demonstrações contábeis. É a auditoria operacional que visa avaliar os resultados operacionais e a execução dos programas de governo quanto à economicidade, eficiência e eficácia. Gabarito: E

15. (CESPE/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil – Área 6/2012) A auditoria de regularidade, assim como os demais tipos de auditorias, tem por finalidade principal auxiliar a administração da entidade auditada a melhorar a eficiência, a eficácia e a economicidade de suas operações. Trata-se, portanto, de atividade voltada para o futuro. Resolução: A auditoria de regularidade examina a legalidade e a legitimidade da gestão, portanto, é retrospectiva, voltada para o que já ocorreu.

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Gabarito: E

16. (CESPE - TCE/RN Inspetor de Controle Externo, Especialidade: Administração, Contabilidade, Direito ou Economia - 2009) – A auditoria governamental visa estabelecer a melhoria e a homogeneização dos procedimentos administrativos e dos controles internos das unidades da administração direta e indireta, daí resultando a padronização dos processos de licitação e dos contratos firmados com entidades privadas. Resolução: Vimos que o objetivo da auditoria governamental não é o proposto pelo enunciado. A finalidade da auditoria governamental é avaliar a gestão e a aplicação de recursos públicos visando sua adequação aos aspectos de legalidade e legitimidade, bem como os critérios de economicidade, eficácia, eficiência e efetividade. Gabarito: E

17. (CESPE/TCE – AC Analista de Controle Externo – Especialidade: Administração Pública e/ou de Empresas/2008) – adaptada - A auditoria operacional é responsável por verificar o processo de gestão com o objetivo de evidenciar as melhorias existentes e prevenir gargalos no desempenho da missão institucional. Resolução: A finalidade da auditoria operacional é emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e economicidade, e não evidenciar as melhorias existentes. Gabarito: E

18. (CESPE/STF - Analista Judiciário – Área: Administrativa – Especialidade: Contabilidade/2008) - A auditoria operacional é realizada ao longo dos processos de gestão de uma entidade federal, prevenindo empecilhos ao desempenho de sua missão institucional. Resolução: A auditoria operacional é pontual ela não é realizada ao longo da gestão. Na verdade, o enunciado dessa questão se refere à auditoria de acompanhamento da gestão, prevista na IN SFC 01/01, que regulamenta a atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

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Gabarito: E

19. (CESPE – AUGE/MG/Auditor Interno - 2009) – adaptada - A auditoria da gestão pública é a vertente da auditoria governamental realizada pelo Estado visando ao controle de sua gestão. Nesse sentido, a verificação do cumprimento da legislação pertinente é objeto da auditoria contábil. Resolução: A auditoria de regularidade é o instrumento adequado para se examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis, quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial, com o intuito de avaliar se estão de acordo com as normas existentes, e de salvaguardar ativos de fraudes e desvios de recursos. Assim, a verificação do cumprimento da legislação pertinente é objeto da auditoria de regularidade. Gabarito: E

20. (CESPE – AUGE/MG/Auditor Interno - 2009) – adaptada - A auditoria da gestão pública é a vertente da auditoria governamental realizada pelo Estado visando ao controle de sua gestão. Nesse sentido, a análise da realização físico-financeira, em face dos objetivos e metas estabelecidos, é um aspecto contemplado pela auditoria de gestão. Resolução: Essa dimensão (efetividade) é um aspecto contemplado pela auditoria operacional e não de gestão, esta última se preocupa com a regularidade da gestão. Gabarito: E

21. (CESPE – AUGE/MG/Auditor Interno - 2009) – adaptada - A auditoria da gestão pública é a vertente da auditoria governamental realizada pelo Estado visando ao controle de sua gestão. Nesse sentido, constitui objetivo da auditoria operacional aferir a confiabilidade, a segurança, a fidedignidade e a consistência dos sistemas administrativos, gerenciais e de informações. Resolução: Vimos que um dos objetivos da auditoria operacional é verificar se os recursos humanos, financeiros e de qualquer outra natureza são utilizados com

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eficiência, incluindo o exame dos sistemas de informação, dos procedimentos de mensuração e controle do desempenho e as providências adotadas pelas entidades auditadas para sanar as deficiências detectadas. Gabarito: C

22. (CESPE – MPU/Analista de Controle Interno - 2010) Por meio de auditoria operacional, emite-se opinião acerca da gestão quanto a eficiência, eficácia e economicidade, a fim de auxiliar a administração da entidade auditada na gerência e no alcance dos resultados. Resolução: Vimos que a auditoria operacional (=de desempenho) procura avaliar a economia, a eficiência, a eficácia e a efetividade da gestão em todos os seus níveis, numa atividade de assessoramente ao gestor, com vistas a aprimorar as práticas dos atos e fatos administrativos de forma tempestiva. Gabarito: C

23. (CESPE/TRE/MA/Analista Judiciário – Área: Administrativa – Especialidade: Contabilidade/2009) – adaptada - No setor público, a auditoria operacional tem o objetivo de emitir opinião acerca da regularidade das contas, da execução dos contratos e da probidade na aplicação do dinheiro público. Resolução: A auditoria operacional é o instrumento utilizado para avaliar o desempenho dos órgãos e entidades, assim como, dos programas, projetos e atividades governamentais, quanto aos aspectos de economicidade, eficiência e eficácia dos atos praticados, com o objetivo de verificar se a operação da instituição ou programa tem um desempenho satisfatório. A auditoria operacional tem por objetivo:

• identificar se a administração desempenhou suas atividades com economia, de acordo com princípios e práticas administrativas corretas (=economicidade);

• identificar se os recursos humanos, financeiros e de qualquer outra natureza foram utilizados com eficiência;

• identificar se há eficácia do desempenho das entidades auditadas em relação ao alcance de seus objetivos; e

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• avaliar o verdadeiro efeito de suas atividades em comparação com o efeito esperado (=efetividade).

O enunciado da questão trata da auditoria de regularidade, que é o instrumento utilizado para se examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis, quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial, com o intuito de avaliar se estão de acordo com as normas existentes, e de salvaguardar ativos de fraudes e desvios de recursos. Gabarito: E

24. (CESPE – MC/Área de Formação: Ciências Contábeis/2008) A auditoria operacional avalia a ação governamental quanto aos aspectos da economicidade, da eficiência e da eficácia. Assim, verifica a adequação entre meios e fins, considerando o contexto econômico, político, social, institucional e organizacional em que a ação governamental se realiza. Resolução: A auditoria operacional é o instrumento utilizado para avaliar o desempenho dos órgãos e entidades, assim como, dos programas, projetos e atividades governamentais, quanto aos aspectos de economicidade, eficiência e eficácia dos atos praticados, com o objetivo de verificar se a operação da instituição ou programa tem um desempenho satisfatório. Gabarito: C

25. (CESPE – MC/Área de Formação: Ciências Contábeis/2008) A auditoria operacional segue normas padronizadas capazes de servir de referência à avaliação das práticas administrativas quanto aos aspectos da eficiência e eficácia, do mesmo modo que a auditoria financeira segue as normas emanadas pelo órgão fiscalizador.

Resolução: As auditorias operacionais possuem características próprias que as distinguem das auditorias tradicionais. Ao contrário das auditorias de regularidade, que adotam padrões relativamente fixos, as auditorias operacionais, devido à variedade e complexidade das questões tratadas, possuem maior flexibilidade na escolha de temas, objetos de auditoria, métodos de trabalho e forma de comunicar as conclusões de auditoria. Empregam ampla seleção de métodos de avaliação e investigação de diferentes áreas do conhecimento, em especial das ciências sociais. Além

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disso, essa modalidade de auditoria requer do auditor flexibilidade, imaginação e capacidade analítica. Gabarito: E

Chegamos ao fim de nossa aula demonstrativa. Esperamos que você tenha gostado. Um grande abraço. Davi e Fernando.

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Lista de Questões

01. (CESPE/TCDF/Auditor de Controle Externo/2012) Em auditoria de recursos externos, na condição de auditores independentes, após prévio credenciamento do TCDF junto a organismo internacional, será emitido parecer sobre as informações de crédito ou de cooperação, momento em que o sistema de controle interno também será avaliado.

02. (CESPE/TCDF/Auditor de Controle Externo/2012) Denomina-se inspeção a modalidade de fiscalização realizada pelos auditores do TCDF que tem por objetivo obter informações saneadoras de falhas verificadas em processos.

03. (CESPE/CNJ/Analista Contabilidade/2013) A auditoria que tem como objetivo específico o melhoramento das operações examinadas, consubstanciada na análise da eficiência, eficácia e economicidade da ação administrativa, é denominada auditoria de gestão.

04. (CESPE/MPE PI/Controle Interno/2012) A contratação de uma empresa privada de auditoria para a apuração de possível irregularidade no âmbito de determinada unidade administrativa caracteriza uma forma de fiscalização denominada compartilhada, em que a responsabilidade pela execução do serviço é assumida conjuntamente pela administração e pela contratada.

05. (CESPE/PREVIC/Anal. Adm. Contábil/2011) Para que uma auditoria seja classificada como do tipo especial, não basta que trate de fatos ou situações relevantes e tenha sido determinada pela autoridade competente.

06. (CESPE/PREVIC/Anal. Adm. Contábil/2011) A auditoria indireta, realizada com a participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do sistema de controle interno, pode também ser feita de forma integrada.

07. (CESPE/TCU/Auditoria de Obras Públicas/2011) A auditoria de avaliação da gestão objetiva, além de emitir opinião sobre a regularidade das contas, verificar a execução de contratos, acordos, convênios ou ajustes e a probidade na aplicação do dinheiro público e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados.

08. (CESPE/Técnico de Controle Interno – MPU/2010) A auditoria no setor público divide-se em diversos tipos, entre os quais está a auditoria de avaliação da gestão, realizada ao longo dos processos de gestão, visando atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais de uma unidade ou entidade.

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09. (CESPE/DETRAN ES/Técnico Superior-Contador/2010) No âmbito da administração pública, a auditoria integrada consiste no exame simultâneo dos demonstrativos de todas as unidades administrativas vinculadas a um mesmo ministério.

10. (CESPE/DETRAN ES/Técnico Superior-Contador/2010) A auditoria de acompanhamento da gestão compreende o exame dos registros e documentos e tem a finalidade de obter elementos comprobatórios suficientes para opinar se os demonstrativos refletem a situação econômica da entidade.

11. (CESPE/TRT 17 ES/Analista Judiciário – Contabilidade/2009) No âmbito do setor público, a auditoria de acompanhamento de gestão é realizada ao longo dos processos de gestão, a fim de que se possa atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade ou entidade federal.

12. (CESPE/IBRAM/Analista de Atividades do Meio Ambiente – Contador/2009) A auditoria realizada ao longo dos processos de gestão, com o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais, é classificada como auditoria operacional.

13. (CESPE/IBRAM/Analista de Atividades do Meio Ambiente – Contador/2009) A auditoria executada pelas empresas de auditoria externa é classificada como indireta e terceirizada.

14. (CESPE/IBRAM/Analista de Atividades do Meio Ambiente – Contador/2009) A auditoria contábil governamental compreende a avaliação dos resultados operacionais e da execução dos programas de governo quanto à economicidade, eficiência e eficácia.

15. (CESPE/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil – Área 6/2012) A auditoria de regularidade, assim como os demais tipos de auditorias, tem por finalidade principal auxiliar a administração da entidade auditada a melhorar a eficiência, a eficácia e a economicidade de suas operações. Trata-se, portanto, de atividade voltada para o futuro.

16. (CESPE - TCE/RN Inspetor de Controle Externo, Especialidade: Administração, Contabilidade, Direito ou Economia - 2009) – A auditoria governamental visa estabelecer a melhoria e a homogeneização dos procedimentos administrativos e dos controles internos das unidades da administração direta e indireta, daí resultando a padronização dos processos de licitação e dos contratos firmados com entidades privadas.

17. (CESPE/TCE – AC Analista de Controle Externo – Especialidade: Administração Pública e/ou de Empresas/2008) – adaptada - A

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auditoria operacional é responsável por verificar o processo de gestão com o objetivo de evidenciar as melhorias existentes e prevenir gargalos no desempenho da missão institucional.

18. (CESPE/STF - Analista Judiciário – Área: Administrativa – Especialidade: Contabilidade/2008) - A auditoria operacional é realizada ao longo dos processos de gestão de uma entidade federal, prevenindo empecilhos ao desempenho de sua missão institucional.

19. (CESPE – AUGE/MG/Auditor Interno - 2009) – adaptada - A auditoria da gestão pública é a vertente da auditoria governamental realizada pelo Estado visando ao controle de sua gestão. Nesse sentido, a verificação do cumprimento da legislação pertinente é objeto da auditoria contábil.

20. (CESPE – AUGE/MG/Auditor Interno - 2009) – adaptada - A auditoria da gestão pública é a vertente da auditoria governamental realizada pelo Estado visando ao controle de sua gestão. Nesse sentido, a análise da realização físico-financeira, em face dos objetivos e metas estabelecidos, é um aspecto contemplado pela auditoria de gestão.

21. (CESPE – AUGE/MG/Auditor Interno - 2009) – adaptada - A auditoria da gestão pública é a vertente da auditoria governamental realizada pelo Estado visando ao controle de sua gestão. Nesse sentido, constitui objetivo da auditoria operacional aferir a confiabilidade, a segurança, a fidedignidade e a consistência dos sistemas administrativos, gerenciais e de informações.

22. (CESPE – MPU/Analista de Controle Interno - 2010) Por meio de auditoria operacional, emite-se opinião acerca da gestão quanto a eficiência, eficácia e economicidade, a fim de auxiliar a administração da entidade auditada na gerência e no alcance dos resultados.

23. (CESPE/TRE/MA/Analista Judiciário – Área: Administrativa – Especialidade: Contabilidade/2009) – adaptada - No setor público, a auditoria operacional tem o objetivo de emitir opinião acerca da regularidade das contas, da execução dos contratos e da probidade na aplicação do dinheiro público.

24. (CESPE – MC/Área de Formação: Ciências Contábeis/2008) A auditoria operacional avalia a ação governamental quanto aos aspectos da economicidade, da eficiência e da eficácia. Assim, verifica a adequação entre meios e fins, considerando o contexto econômico, político, social, institucional e organizacional em que a ação governamental se realiza.

25. (CESPE – MC/Área de Formação: Ciências Contábeis/2008) A auditoria operacional segue normas padronizadas capazes de servir de

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referência à avaliação das práticas administrativas quanto aos aspectos da eficiência e eficácia, do mesmo modo que a auditoria financeira segue as normas emanadas pelo órgão fiscalizador.

GABARITO:

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

Certo Errado Errado Errado Certo Errado Certo Errado Errado Errado

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Certo Errado Certo Errado Errado Errado Errado Errado Errado Errado

21 22 23 24 25

Certo Certo Errado Certo Errado

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Auditoria em Teoria+Exercícios para o Cargo de Analista de Administração Pública do TCDF

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Bibliografia

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. São Paulo: Ed. Atlas, 2007. ATTIE, Wiliam. Auditoria – Conceitos e Aplicações. São Paulo: Ed. Atlas, 2009. BARRETO, Davi; GRAEFF, Fernando. Auditoria: teoria e exercícios comentados. São Paulo: Ed. Método, 2011. BOYNTON, Willian C. Auditoria. São Paulo: Ed. Atlas, 2002. BRAGA, Hugo Rocha & Almeida, Marcelo Cavalcanti. Mudanças Contábeis na Lei Societária. São Paulo: Ed. Atlas, 2009. BRASIL – IN SFC 01/2001 Manual de auditoria do TCDF