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Aula 00 Professor: Rodrigo Barreto 00000000000 - DEMO

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Aula com temas de atualidades para concursos.

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    Atualidades para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 00

    AULA 0

    SUMRIO PGINA

    0. Globalizao e o mundo hoje 2

    1. Crise econmica mundial e seus impactos hoje 14

    2. Blocos econmicos 17

    2.1. Mercosul 19

    2.2. Nafta 21

    2.3. Unio Europeia 23

    3. Organismos e grupos internacionais 25

    3.1 ONU 25

    3.2 Organizao Mundial do Comrcio (OMC) 28

    3.3 BRICS 31

    3.4 Unio de Naes Sul-Americanas (Unasul) 34

    4. Panorama dos direitos humanos pelo mundo 37

    5. Questes comentadas 40

    6. Lista de questes 79

    7. Gabarito 105

    Ol, pessoal. Preparados para essa jornada? com imensa

    satisfao que damos incio ao curso de Atualidades para TCU.

    Antes de comearmos com o contedo de fato, gostaria de me

    apresentar.

    Meu nome Rodrigo Barreto, sou bacharel em Cincias Sociais

    pela Universidade Federal Fluminense e atualmente sou servidor

    efetivo do Senado Federal na rea de Processo Legislativo, atuando

    na Coordenao de Redao Legislativa. Alm disso, sou professor

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    presencial em alguns cursos de Braslia e online aqui no Estratgia

    Concursos, onde leciono as matrias Atualidades, Sociologia,

    Cincias Polticas, Polticas Sociais, Estudos Sociais, Realidade

    Brasileira e Histria.

    Dito isto, vamos ao que interessa, pois ningum tem tempo a

    perder!

    0. Globalizao e o mundo hoje

    A ideia mais bsica de globalizao a de que esse

    fenmeno ocorre em escala mundial, entretanto sem atingir os

    pases e regies de forma linear. A partir da, podemos colocar que

    globalizao um fenmeno de integrao poltica, econmica,

    cultural e social em escala mundial que, embora possua aspectos de

    homogeneizao e integrao, tambm se d em maior ou menor

    escala, dependendo das caractersticas sociais, polticas, histricas,

    geogrficas e econmicas de determinado local. Outra boa definio

    para a globalizao a que a trata como o aumento das trocas em

    nvel mundial, diminuindo a distncia relativa em razo do

    desenvolvimento das tecnologias de transporte, comunicao e

    informao.

    O termo globalizao ganha fora aps a Guerra Fria, fazendo

    meno s novas caractersticas de integrao do mundo que surgia

    mais unificado economicamente no capitalismo. Assim, notamos que

    a globalizao est diretamente relacionada ao avano capitalista e

    que, de certo modo, o mundo socialista, no qual havia pases

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    fechados, como, por exemplo, a Unio Sovitica e o Vietn,

    significava um entrave propagao do capitalismo em escala

    global. Ainda hoje, pases com carga comunista, independente do

    grau, tais como Cuba e Coreia do Norte, so espcies de contrapeso

    expanso cultural e comercial do capitalismo no mundo.

    Ademais, dizemos que a globalizao no um fenmeno

    recente, pois, na realidade, desde a chamada expanso ultramarina,

    durante os sculos XV e XVI, foram dados os primeiros passos rumo

    a uma economia internacionalizada poderamos at voltar mais no tempo, mas esse um bom marco histrico. Isso porque o

    desenvolvimento do mercantilismo implicou a procura por distintas

    rotas comerciais da Europa para a frica e para a sia.

    J com a Revoluo Industrial, no sculo XVIII, a produo

    cresceu consideravelmente e surgiram o trabalho assalariado e os

    mercados consumidores. Alm disso, essa Revoluo, resultante do

    desenvolvimento tecnolgico e de mudanas estruturais na

    configurao da sociedade, gerou o crescimento da produo fabril,

    e, consequentemente, a necessidade de que novos mercados

    fossem incorporados e de que para eles se pudesse produzir e,

    ento exportar, gerando lucros.

    Ao fim do sculo XIX, comeam a surgir mais claramente as

    corporaes multinacionais, que se expandiram intensamente

    durante o sculo XX. O mercado passou a ser mundial e, cada vez

    mais, reflexos da economia em uma parte do globo impactam as

    demais partes. Essa interdependncia entre os mercados tornou-se

    evidente em 1929 com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York,

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    quando a depresso econmica norte-americana gerou

    consequncias negativas em todo o mundo. Nesse momento, os

    dogmas do liberalismo clssico (no interveno do Estado e total

    liberdade para o mercado) eram desafiados e a partir da que

    surge a figura do economista John Maynard Keynes, pregando

    intervenes anticclicas por parte do Estado.

    As ideias de Keynes teriam sucesso ao longo do sculo XX,

    pois a interveno do Estado na economia possibilitou que os pases

    se recuperassem. Todavia, posteriormente, com a crise do Estado

    de Bem Estar Social, essa participao estatal seria rediscutida e,

    nos anos 1970-80, a ideia de que o Estado deveria se preocupar

    apenas com o mnimo e com aquilo que no interessa aos setor

    privado seria retomada. A britnica Margaret Thatcher e o norte-

    americano Ronald Reagan tiveram participao fundamental para

    que as ideias neoliberais, que retomavam os princpios do

    liberalismo clssico, fossem adotadas. Nos anos 1990, a Amrica

    Latina, altamente endividada, adotaria os princpios neoliberais,

    processo que sofreu certa interrupo com a ascenso da esquerda,

    considerada populista por muitos analistas, ao poder.

    Com o fim da Unio Sovitica e a consequente queda de

    regimes comunistas, emergiu um sentimento de que as diferenas

    entre os povos dariam lugar construo de um mundo mais

    interligado. A integrao da economia seria fortalecida por meio do

    desenvolvimento tecnolgico, principalmente em razo da rede de

    telecomunicaes. Essa ideia de harmonia, todavia, no se

    materializou e, em muitas situaes, a globalizao tornou os pases

    mais dspares.

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    Com o conceito de globalizao aparece a ideia de que as

    distncias foram reduzidas, tendo em vista que cada vez mais

    rpido o trfego de produtos, capitais, informaes e pessoas pelo

    mundo. A internet teve significativo papel nesse processo, pois, por

    meio dela, as informaes passaram a circular de maneira quase

    instantnea, diminuindo as distncias entre os pases e, claro, entre

    os mercados e as pessoas. O vertiginoso desenvolvimento das

    tecnologias aplicadas comunicao e tambm aos meios de

    transporte possibilitou integrar melhor os pases, mercados,

    empresas e pessoas em diversos nveis. Isso tem um aspecto

    negativo que j foi cobrado diversas vezes em prova: muitos crimes

    passaram a ocorrer e a se organizar internacionalmente, como o

    caso do narcotrfico e da lavagem de dinheiro.

    Outra caracterstica importante da globalizao que esta

    dispensa a ocupao territorial, pois ela se d, no pela ocupao

    fsica permanente, mas pela entrada de mercadorias, servios,

    capitais, informaes e pelo fluxo de pessoas.

    interessante tratarmos tambm do conceito de

    neoliberalismo, que aparece frequentemente em provas. A

    expresso neoliberalismo se consolida durante reunies na capital

    dos Estados Unidos, quando integrantes do governo dos Estados

    Unidos e de organismos internacionais, alm de diversos

    economistas, entre os quais vrios latino-americanos, discutiram

    um conjunto de medidas a fim de que a Amrica Latina superasse

    uma crise econmica que havia se instaurado na poca. Nesse

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    momento os pases latino-americanos se encontravam em penosa

    situao econmica com fortes reflexos na rea social.

    Os pases latino-americanos, de forma geral, estavam imersos

    em contextos de altas dvidas externas, inflao a nveis altos,

    recesso econmica e desemprego. Muitas das medidas que os

    pases latino-americanos tiveram de adotar naquele momento

    voltaram tona com a atual crise da dvida europeia.

    A chamada troika, que formada pelo Fundo Monetrio

    Internacional, pela Unio Europeia e pelo Banco Central Europeu,

    fez aos pases europeus em crise as mesmas recomendaes que

    foram feitas aos pases latino-americanos durante a consolidao

    dos ideais neoliberais. Entre essas medidas encontram-se cortes nos

    gastos pblicos, conhecidos justamente como medidas de

    austeridade, e privatizaes.

    Mais um fato interessante que o economista ingls John

    Williamson foi quem criou a expresso Consenso de Washington,

    RULJLQDOPHQWH SDUD VLJQLILFDU R PtQLPR GHQRPLQDGRU FRPXP GHrecomendaes de polticas econmicas que estavam sendo

    cogitadas pelas instituies financeiras baseadas em Washington

    D.C. e que deveriam ser aplicadas nos pases da Amrica Latina,

    tais como eram suas economias ao fim dos anos 1980". S que,

    desde ento, a expresso Consenso de Washington vem sendo

    usada para abrigar todo um elenco de medidas e para justificar

    polticas neoliberais.

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    Posteriormente, as recomendaes do Consenso de

    Washington se tornaram o modelo econmico defendido pelo Fundo

    Monetrio Internacional e pelo Banco Mundial, alm do Banco

    Central Europeu, que consideram que a economia deve ser regida

    pelas leis do mercado, sem maiores intervenes estatais, j que,

    segundo os defensores deste modelo, a interveno do Estado na

    economia inibiria o setor privado, diminuindo o desenvolvimento e a

    competitividade.

    Interessante apontar que, diante da crise mundial instaurada

    em 2008, o governo norte-americano alterou seu paradigma de

    atuao econmica, passando a intervir mais significativamente no

    mercado. Nesse sentido, houve uma tendncia de mudana do

    (neo)liberalismo para o (neo)keynesianismo, ou seja, passou-se a

    utilizar caractersticas de um ou de outro modelo conforme as

    circunstncias. No se esquea, ainda, de que, na Europa, pases

    endividados recorreram a emprstimos e, como condio para obt-

    los, foram obrigados a adotar medidas neoliberais, como

    austeridade e corte de gastos pblicos.

    (Cespe Polcia Federal Delegado - 2002) O Estado brasileiro dos anos 90 hesitou em tornar-se um Estado

    normal, como fizeram a Argentina, o Chile, o Mxico e outros.

    Normal, isto , receptivo, submisso e subserviente aos

    comandos das estruturas hegemnicas do mundo

    globalizado. O passado nacional de sessenta anos somente

    foi avaliado de forma negativa por um grupo de economistas

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    que aprenderam nos programas de ps-graduao dos

    Estados Unidos da Amrica (EUA) o credo neoliberal e

    estavam dispostos a aplic-lo quando se tornavam

    autoridades da Repblica. Esses economistas e algumas

    outras autoridades, cujo pensamento com eles se

    conformava, esforaram-se por difundir a noo de

    globalizao benfica. Apesar de deter a maior soma de

    poder em matria de relaes internacionais do pas, a esfera

    das relaes econmicas, o grupo no se tornou hegemnico

    sobre a inteligncia nacional do Brasil, como ocorreu em boa

    medida com o grupo epistmico da Argentina. A maior parte

    do meio poltico, talvez possamos dizer o mesmo do meio

    diplomtico, mas sobretudo do meio acadmico, avaliou

    positivamente a estratgia de desenvolvimento brasileiro das

    ltimas dcadas e avanou o conceito de globalizao

    assimtrica, que expressa uma interpretao mais nociva

    que benfica para a periferia do capitalismo. O prprio

    presidente da Repblica, embora ideologicamente simptico

    expanso do neoliberalismo, usou o termo em conferncias

    pblicas, com o fim de denunciar efeitos contraproducentes

    da nova ordem internacional. Amado Luiz Cervo. Braslia:

    IBRI, 2001, p. 293-4 (com adaptaes).

    Com o auxlio do texto acima, julgue os itens abaixo,

    relativos s diferentes acepes do conceito de globalizao.

    1- Intelectualidade, opinio pblica e formuladores de

    polticas pblicas convergiram suas vises, nos ltimos dez

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    anos, acerca dos elementos definidores do conceito de

    globalizao.

    2- Sob o manto da ideia de globalizao benfica, empresas e

    grupos econmicos bem equipados intelectual e

    materialmente conseguiram avanar seus interesses no jogo

    das relaes internacionais.

    3- A dimenso assimtrica da globalizao citada no texto

    apenas uma construo poltica das esquerdas

    internacionais, saudosistas que so do velho modelo da

    economia poltica da planificao sovitica.

    4- No incio do sculo XXI, a vida internacional, moldada pela

    expanso da economia poltica liberal, assiste ao fim da era

    de deflagraes blicas que caracterizava a economia

    autrquica internacional do perodo da Guerra Fria.

    5- ,QJODWHUUD )UDQoD H $OHPDQKD VmR H[HPSORV GH (VWDGRQRUPDO Ge acordo com a definio apresentada nos dois primeiros perodos do texto.

    Vamos aos comentrios.

    Item 1 Pessoal, ns no podemos ser ingnuos ao fazer qualquer questo de concurso pblico. Mesmo sem ler o texto,

    vocs acreditariam que intelectualidade, opinio pblica e

    formuladores de polticas pblicas possuem a mesma opinio sobre

    qualquer tema? Acredito que vocs no pensariam assim.

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    De fato, como se pode depreender da leitura do texto, esses

    trs grupos no possuem a mesma viso sobre a globalizao. Essa

    VLWXDomRILFDEHPH[SUHVVDQRWUHFKRDSHVDUGHGHWHUDPDLRUVRPDde poder em matria de relaes internacionais do pas, a esfera

    das relaes econmicas, o grupo no se tornou hegemnico sobre

    a inteligncia nacional do Brasil, como ocorreu em boa medida com

    R JUXSR HSLVWrPLFR GD $UJHQWLQD 6H R JUXSR QmR VH WRUQRXhegemnico, pela razo de que existem divergncias. Portanto,

    item errado.

    Item 2 Exatamente. Diversos grupos, que possuem poder de influencia a opinio e a economia, se aproveitaram da situao

    gerada pela globalizao e pelo neoliberalismo para expandir seus

    mercados, aumentando seus lucros. Alm disso, houve tambm o

    fortalecimento de empresas que passaram a monopolizar parcelas

    do mercado por meio das megafuses. Item correto.

    Item 3 A dimenso assimtrica no apenas construo da velha esquerda, como aponta o texto. Mesmo grupos de intelectuais

    se utilizam desse conceito. Item errado.

    Item 4 Primeiramente, devemos entender que economia autrquica um modelo no qual praticamente no existe a

    integrao da economia. J bastante complicado dizer que a

    economia durante a Guerra Fria autrquica, alm disso o mundo

    obviamente no podemos dizer que houve o fim das deflagraes

    blicas. Item errado.

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    Item 5 Estado Normal est relacionado no texto ideia de Estado Mnimo. Acontece que os trs Estados citados no item

    possuem planos de seguridade social bastante amplos, o que

    invalida o enunciado. Item errado.

    Gabarito: FVFFF.

    (TRE-GO- Tcnico Judicirio CESPE 2005) Globalizao o nome que comumente se d ao atual estgio da economia

    mundial. Novas e incessantes inovaes tecnolgicas

    ampliam a produo e estimulam a notvel expanso do

    comrcio em escala planetria. Afora esses aspectos

    considerados positivos, muito do que os defensores da

    globalizao defendiam no se concretizou, pelo menos at

    hoje. O certo que as reformas liberalizantes, a exemplo da

    abertura dos mercados, das privatizaes das empresas

    pblicas e da reduo dos direitos trabalhistas, no

    trouxeram o desenvolvimento alardeado nem melhoraram a

    distribuio de renda. Alis, em alguns pases aconteceu o

    contrrio.

    Com o auxlio do texto e considerando a realidade econmica

    mundial nos dias de hoje, assinale a opo incorreta.

    a) Na atualidade, o baixo nvel educacional da maioria da

    populao mundial impede o aumento da produo e, com

    isso, reduz o volume de comrcio entre os pases.

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    b) O conhecimento cientfico-tecnolgico desempenha

    importante papel na economia globalizada de hoje.

    c) Deduz-se do texto que nem tudo que chegou a ser

    sonhado por alguns com a globalizao conseguiu

    concretizar-se.

    d) Segundo o texto, em alguns pases, os efeitos da

    globalizao foram bastante negativos, concentrando a renda

    e no trazendo o progresso.

    e) O Brasil foi um dos pases que mais se empenharam em

    promover o que o texto chama de "reformas liberalizantes".

    Apesar da baixa escolaridade da populao mundial ser um

    fato, no podemos dizer que isso impea a produtividade. Na

    realidade, o comrcio entre os pases nunca foi to grande. Letra

    D

    Outra caracterstica importante da globalizao que esta

    dispensa a ocupao territorial, pois ela se d, no pela ocupao

    fsica permanente, mas pela entrada de mercadorias, servios,

    capitais, informaes e pelo fluxo de pessoas. A utilizao da

    internet tambm faz com que essa caracterstica se acentue.

    Desde o incio dos anos 1990, com o fim da Guerra Fria e a

    solidificao da globalizao, ampliou-se a tendncia mundial de

    regionalizao por meio dos blocos econmicos. Dessa forma, a

    globalizao e a regionalizao no so fenmenos excludentes ou

    antagnicos, mas sim fenmenos comuns e complementares.

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    Com a globalizao em curso, os pases perceberam que era

    necessrio integrar-se regionalmente a fim de criar condies mais

    favorveis de negociao frente aos demais pases e blocos. Outro

    aspecto dos blocos a necessidade da integrao de mercados de

    consumo, tornando a circulao de mercadorias mais intensa.

    Assim, podemos distinguir a regionalizao da globalizao no

    sentido de que o primeiro fenmeno est mais associado s

    estratgias de poltica geoeconmica e economia, sendo resultado

    de acordos entre os Estados que objetivam se fortalecer

    economicamente, protegendo seus interesses perante outros pases.

    O segundo fenmeno mais abrangente, envolvendo tambm

    cultura e informao.

    Na regionalizao, os pases abrem mo de parcela de sua

    soberania a fim de obter vantagens econmicas e polticas alis, a Cincia Poltica vem apontando que tanto a regionalizao quanto a

    globalizao colocam em xeque o conceito de soberania. Dessa

    maneira, alguns autores colocam que quanto maior for o bloco,

    maior ser a perda de soberania, pois maiores concesses os pases

    tero de fazer para que seja possvel firmar um acordo. No

    podemos esquecer que a lgica da regionalizao est diretamente

    relacionada com a possibilidade de, ao se integrar as economias,

    aumentar os mercados consumidores e, consequentemente, o lucro.

    Outro aspecto da regionalizao que com o fortalecimento da

    globalizao - que gera fluxo livre de mercadorias, informaes,

    servios, pessoas e capitais houve a necessidade de que os pases

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    criassem alguns mecanismos para diminuir as barreiras que a

    diviso do mundo em Estados nacionais gerava. Em outras palavras,

    anteriormente globalizao, o mundo era basicamente dividido em

    Estados Nacionais.

    Nessa configurao, as barreiras para a globalizao eram

    muito mais evidentes. Para diluir tais barreiras, os Estados

    passaram a se organizar cada vez mais em blocos. Organizando-se

    em blocos tais barreiras so diminudas regionalmente e aumenta-

    se a possibilidade de circulao de mercadorias, alm de fortalecer

    economicamente os pases que dos blocos participam perante as

    demais economias mundiais.

    1. Crise econmica mundial e seus impactos atuais

    Em 15 de setembro de 2008, a quebra do banco americano

    Lehman Brothers marcou o incio daquela que foi a maior crise

    financeira desde a Grande Depresso de 1929. Com a quebra de

    diversas instituies financeiras, a crise se espalharia pelo mundo

    financeiro. No demoraria muito para as economias globalizadas

    entrarem em recesso.

    Na Europa, a situao de Portugal, Itlia, Irlanda, Grcia e

    Espanha, que formam o chamado PIIGS, foi desastrosa e tais

    pases tiveram de ser socorridos por emprstimos. Desemprego,

    problemas com moradia, falta de investimentos sociais, acmulo de

    dvidas, problemas polticos e dficit oramentrio tornavam o

    cenrio ainda mais catastrfico. Benefcios sociais foram cortados, o

    que causou revolta nas populaes desses pases e diversas

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    manifestaes e greves ocorreram, destacando-se as gregas e as

    espanholas.

    Apesar de a crise eclodir em 2008, j em 2007, comeavam a

    aparecer os sinais da crise com o aumento de negociaes com

    clientes subprime nos Estados Unidos. Os bancos comerciais

    ofertavam crditos a clientes com alto risco de endividamento e

    inadimplncia. Aconteceu que os clientes desse grupo

    demonstraram no ter condies de arcar com suas dvidas e,

    posteriormente, diante do no pagamento, houve o estouro da

    chamada bolha imobiliria.

    Como esses clientes subprime no pagavam, j que no

    possuam condies, perdiam o imvel adquirido e as parcelas

    pagas, sem, contudo, gerar o lucro esperado para os proprietrios e

    imobilirias. Houve, em consequncia disso, crise de dvida e de

    oferta muito maior que a demanda, j que os imveis retomados

    eram colocados novamente no mercado. Empresas financeiras

    acumularam prejuzo e todo o sistema financeiro foi afetado.

    No incio, o problema era restrito aos EUA; todavia,

    investidores de vrios pases haviam investido neste mercado.

    Bancos comerciais, de investimentos, securitizadoras e fundos de

    penso estavam envolvidos no processo. Com o calote generalizado

    dos cliente subprime, todo o sistema financeiro global ficou

    prejudicado, em razo de uma espcie de efeito domin, tornando a

    crise um fenmeno global em 2008. No podemos nos esquecer de

    que, numa economia globalizada, a crise de um setor espalha-se

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    rapidamente por todo o sistema, j que o mercado financeiro

    interligado e interdependente.

    Uma questo que tem sido bastante discutida de como esse

    cenrio de crise tem impactado o Brasil. Primeiramente, devemos

    ter em mente que as exportaes entre o Brasil e os Estados Unidos

    j no so to significativas ao ponto de uma crise norte-americana

    significar de imediato uma crise brasileira. Contudo, o problema

    que, mesmo que a relao direta entre Estados Unidos e Brasil j

    no seja uma relao de tanta dependncia, boa parte do restante

    dos pases para os quais o Brasil exporta depende dos Estados

    Unidos. Atualmente a China vem a ser nosso grande parceiro

    comercial. Mas, afinal, o Brasil foi ou no foi impactado pela crise

    mundial? Sim, ele foi impactado, porm esse impacto no foi

    suficientemente forte para nos levar a um cenrio to ruim quanto o

    dos PIIGS.

    Uma circunstncia que abrandou os efeitos da crise mundial no

    Brasil foi que o governo brasileiro adotou uma srie de medidas

    para manter a economia aquecida (como, por exemplo, a reduo

    do IPI sobre diversos produtos). Alm disso, o Brasil faz parte de

    um grupo de pases emergentes que encontraram na ltima dcada

    boas condies de crescimento econmico e que receberam muitos

    investimentos externos.

    Outro ponto importante que a China se consolidou com a

    principal parceira comercial do Brasil. Em 2012, a China fechou o

    ano como principal origem das importaes e destino das

    exportaes brasileiras e vem se mantendo nessa situao desde

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    ento. De 2013 a 2014, a economia brasileira passou a sofrer

    baixas: o cenrio atual de alta inflacionria e chegou-se at

    mesmo a uma recesso tcnica.

    Ademais, pessoal, devemos compreender que atualmente a

    economia mundial vem progredindo, porm vagarosamente. De

    acordo com o Fundo Monetrio Internacional, para 2015, haver

    expanso de 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB) global e, para

    2016, de 3,8%. Em comparao com 2014, a expanso no ir

    acelerar muito, j que nesse ano a expanso foi de 3,4%. Ainda

    segundo o FMI, os EUA devem crescer 3,1%, enquanto que a

    Europa dever crescer 1,5%.

    2. Blocos econmicos

    Vejamos agora as caractersticas mais importantes de cada

    espcie de bloco.

    Na rea de livre comrcio os pases firmam acordos a fim de

    reduzir gradualmente suas tarifas alfandegrias ou aduaneiras, ou

    seja, os pases firmam acordos buscando diminuir as tarifas

    cobradas sobre os produtos importados quando estes atravessam as

    fronteiras. Assim, na rea de livre comrcio as mercadorias que

    circulam entre os pases membros deixam de pagar impostos. Nas

    reas de livre comrcio h ainda a livre circulao de servios.

    Na unio aduaneira, alm de no serem cobrados impostos

    no comrcio entre os pases membros, como ocorre na rea de livre

    comrcio, h ainda uma tarefa externa comum para mercadorias

    que tenham origem em pases que no fazem parte do bloco. Dessa

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    maneira, na unio aduaneira uma mercadoria que venha de um pas

    no membro ir pagar as mesmas taxas para adentrar em qualquer

    pas membro. Por essa razo, se diz que h na unio aduaneira uma

    tentativa de tornar a poltica externa mais coesa, na medida em que

    se aplica a mesma Tarifa Externa Comum (TEC).

    O Mercosul pode ser considerado uma espcie de unio

    aduaneira; contudo, tal bloco, tem sido classificado como unio

    aduaneira incompleta (ou imperfeita), pois nele ainda circulam

    produtos com tarifas distintas entre os pases.

    J no mercado comum, alm da livre circulao de

    mercadorias com a respectiva implementao de uma tarifa externa

    comum, ocorre ainda a livre circulao de pessoas, servios e

    capitais. Dessa maneira, diz-se que no mercado comum no h

    barreiras para o fluxo de pessoas, servios, mercadorias ou capitais.

    Na unio econmica e monetria ocorre a acumulao de

    todas as caractersticas citadas nas espcies anteriores de blocos. A

    diferena que na unio econmica e monetria h ainda a

    utilizao de uma moeda nica e a padronizao das polticas

    macroeconmicas, como gastos pblicos, taxas de juros e taxas de

    cmbio. Essa a espcie mais abrangente de integrao. Nela ainda

    se procura uma poltica externa homognea, com programas de

    defesa iguais.

    Vejamos separadamente os principais blocos econmicos.

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    2.1. Mercosul

    O Mercado Comum do Sul, que uma unio aduaneira

    imperfeita, um bloco econmico regional cujos membros so o

    Brasil, a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e a VENEZUELA. Destaco

    que, desde 31 de julho de 2012, a Venezuela passou a integrar o

    Mercosul isso vem sendo reiteradamente cobrado em provas de Atualidades.

    O Mercosul foi estabelecido em 1991, a partir da assinatura do

    Tratado de Assuno, entrando em vigor em 1 de abril de 1995.

    Contudo, as origens desse bloco so um pouco anteriores, j que

    em 1985 houve a chamada Declarao de Iguau, na qual ocorreu a

    formalizao da cooperao econmica e comercial entre o Brasil e

    a Argentina.

    Outro ponto que vocs devem ter em mente que no Mercosul

    no h nenhum rgo supranacional cujas decises devero ser

    obedecidas obrigatoriamente pelos pases membros. Isso significa

    dizer que no Mercosul ainda no h uma instituio com capacidade

    normativa-vinculante cujas normas se imponham aos pases

    membros.

    Mais um ponto que eu gostaria de destacar em relao ao

    Mercosul em relao ao protecionismo. O protecionismo ocorre

    quando um pas adota medidas econmicas a fim de impedir a

    entrada de mercadorias estrangeiras, protegendo, assim, a

    produo nacional. Nos ltimos anos, tanto o Brasil quanto a

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    Argentina tm se caracterizado pela adoo de medidas

    protecionistas.

    Tem havido tenso entre a Argentina e o Brasil em razo da

    adoo de prticas protecionistas de ambos os lados. Essas prticas

    pretendem a defesa da produo nacional em detrimento da

    produo estrangeira. Claro que tais prticas no se compatibilizam

    com a ideia de mercado comum e elas tm sido criticadas por

    outros pases, como a China, que apontou o Brasil e a Argentina

    como os pases mais protecionistas do mundo, e por organismos

    internacionais, como a Organizao Mundial do Comrcio (OMC).

    Uma situao importante a relao do Paraguai com o

    Mercosul. Desde a queda do ex-presidente paraguaio Fernando

    Lugo, a relao do Paraguai com o bloco ficou estremecida, pois os

    lderes desse bloco decidiram suspender temporariamente o

    Paraguai do bloco. Assim, o Paraguai ficaria pela primeira vez em

    vinte anos de fora das reunies do bloco. Essa suspenso foi uma

    resposta ao processo de impeachment do presidente paraguaio, pois

    este processo foi considerado inconstitucional pelos lderes do

    Mercosul.

    Apesar disso, no houve sano econmica ao Paraguai, que

    mesmo suspenso continuou gozando da Tarifa Externa Comum do

    bloco. Um detalhe importante que o Paraguai no aceitava a

    entrada da Venezuela ao bloco. Os ex-presidentes Fernando Lugo

    (Paraguai) e Hugo Chvez (Venezuela) no mantinham boas

    relaes. Destaca-se que o Paraguai sofre problemas sociais graves,

    com quase metade da populao sua populao considerada pobre

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    ou abaixo da linha da pobreza. Este o pas sul-americano que

    menos diminuiu a pobreza neste sculo.

    Por sua vez, a Bolvia atualmente est em processo de adeso

    ao bloco, mas formalmente ainda no faz parte dele, sendo somente

    um estado associado, assim como Chile, Peru, Colmbia e Equador;

    entretanto, estes quatro pases no esto em processo de adeso.

    2.2. Nafta

    O Acordo de Livre Comrcio da Amrica do Norte ou Tratado

    Norte-americano de Livre Comrcio um bloco que envolve os

    Estados Unidos, o Canad e o Mxico, possuindo como principal

    objetivo a eliminao das barreiras comerciais entre os pases

    membros, dentro de um contexto de economia neoliberal, ou seja,

    na qual no deve haver interveno estatal e na qual o mercado

    livre fomentaria a concorrncia. O Nafta classificado como uma

    rea de livre comrcio.

    Ocorre que no Nafta h uma gigantesca diferena entre as

    economias, sobretudo entre a dos Estados Unidos e a do Mxico. O

    prprio Canad, pas que possui economia forte e alta qualidade de

    vida, dependente economicamente dos Estados Unidos. Assim, a

    criao do Nafta solidificou ainda mais a liderana norte-americana

    na regio e a liberdade comercial favoreceu mais as empresas dos

    Estados Unidos do que as dos demais pases.

    Outra consequncia do Nafta que, com a adeso a esse

    bloco, tanto o Mxico quanto o Canad viram suas economias se

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    tornarem ainda mais ligadas dos Estados Unidos. Quando a

    economia norte-americana vai bem, as desses pases tambm vo

    bem. Quando a economia norte-americana vai mal, as desses pases

    tambm vo mal.

    Pessoal, vocs podem estar se perguntando a razo do Mxico

    ter sido convidado a entrar no bloco e a razo de ele ter aceitado. O

    principal motivo para o Mxico ter sido convidado foi que esse pas

    possui um enorme mercado consumidor o que bom para a economia norte-americana. Dessa forma, tendo em vista a

    potencialidade de tal mercado, Estados Unidos e Canad

    perceberam que com o Nafta as empresas desses pases teriam uma

    enorme possibilidade de aumentar suas vendas. Mas no apenas

    isso. O Mxico tambm apresenta vantagens locacionais para as

    indstrias desses pases, ou seja, por ele ter incentivos fiscais, mo

    de obra barata, legislao trabalhista e ambiental frgil, entre

    outros fatores, EUA e Canad se veem atrados para instalarem

    empresas em solo mexicano.

    Uma preocupao norte-americana a entrada ilegal de

    imigrantes mexicanos nos Estados Unidos. A criao do Nafta

    possibilitou que empresas norte-americanas fossem instaladas no

    Mxico, criando novos postos de trabalho e fazendo com os

    mexicanos se mantivessem mais em seu pas. Essa situao

    tambm fez com que essas mesmas empresas se utilizassem da

    mo de obra mais barata no Mxico, diminuindo os seus custos.

    claro que a imigrao ilegal est longe de ser solucionada,

    mas a instalao de empresas norte-americanas em territrio

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    mexicano caminha nesse sentido, alm de se aproveitarem de mo

    de obra barata, impostos menores e um amplo mercado de

    consumo. Os EUA esto construindo um muro para tentar impedir a

    entrada ilegal de mexicanos, armas, prostitutas e drogas.

    A pretenso final dos Estados Unidos, com a criao do Nafta,

    expandir sua liderana econmica, poltica e cultural sobre os

    demais pases americanos. Nesse sentido, props que o Chile se

    tornasse um membro do bloco o que ainda no ocorreu. Segundo alguns analistas, a ideia norte-americana de expanso do Nafta est

    associada ideia de implementao do Alca, o que fortaleceria

    ainda mais os Estados Unidos na regio e perante o resto do

    mundo.

    2.3. Unio Europeia

    O Tratado de Maastricht, assinado em 1992, foi um marco

    histrico do processo integracionista da Europa implementando um modelo de integrao poltica e econmica. Por meio desse

    tratado, a antiga Comunidade Europeia foi substituda pela atual

    Unio Europeia, que, por sua vez, constitui o bloco econmico em

    estado mais avanado no mundo. A Unio Europeia uma unio

    econmica e monetria.

    Atualmente, a Unio Europeia conta com 28 pases membros a Crocia foi a ltima a entrar no bloco. Com o alargamento desse

    bloco, foi necessrio rever suas instituies. Nesse sentido, foi

    assinado em 2007 o Tratado de Lisboa que tem como um de seus

    principais objetivos a melhoraria do processo de tomada de deciso

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    dentro da Unio Europeia, com um presidente possuindo mandato

    fixo, previso da possibilidade de um membro deixar de s-lo e

    ampliar as atribuies do Parlamento Europeu, aumentando a

    participao democrtica dos pases membros do bloco.

    No posso deixar de destacar a adoo do euro enquanto

    moeda nica o que nos remete ideia de unio monetria. Segundo os termos do Tratado de Maastricht, para que um pas

    membro da Unio Europeia adote o euro como moeda, necessrio

    que esse pas tenha, em tese, dentre outras caractersticas

    econmicas, o equilbrio de suas despesas pblicas, o controle

    inflacionrio e taxas de juros baixas, sobretudo as de longo prazo.

    Um detalhe importante: no confundam Unio Europeia com

    zona do euro. A zona do euro aquela da qual fazem partes os

    pases da Unio Europeia que utilizam o euro como moeda. Ento,

    possvel um pas fazer parte da Unio Europeia e no pertencer a

    zona do euro. Esse o caso da Inglaterra e da Dinamarca.

    Por fim, destaco que, em maio de 2015, a Rainha Elizabeth II

    anunciou que, antes do fim de 2017, ser introduzida, no Reino

    Unido, uma legislao que possibilitar a realizao de um referendo

    sobre a permanncia ou no do Reino Unido na Unio Europeia. No

    de hoje que se discute se o Reino Unido dever ou no

    permanecer no bloco e tudo indica que teremos essa resposta em

    breve.

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    3. Organismos internacionais e grupos internacionais

    3.1. ONU

    A Organizao das Naes Unidas foi criada em 1945, logo

    aps o fim da Segunda Guerra, tendo como objetivo principal

    assegurar a paz mundial por meio da intermediao das questes

    polticas entre os pases. A ONU se baseia no princpio de que pela

    cooperao mtua os pases podero alcanar a paz e o

    desenvolvimento. So ainda objetivos da ONU os seguintes:

    x Garantir a proteo aos direitos humanos

    x Auxiliar na diminuio da desigualdade social

    x Promover o desenvolvimento social e econmico das naes

    x Criar mecanismos que garantam a justia e observncia s normas de Direito Internacional.

    Atualmente a ONU composta por 193 pases, que se renem

    para deliberar na Assembleia Geral. A Assembleia Geral um dos

    dois principais rgos, sendo o outro o Conselho de Segurana. A

    Assembleia Geral se d com a participao de todos os membros,

    conforme j assinalamos, e suas decises so tomadas a partir do

    que decide essa maioria, sendo de 2/3 o qurum para aprovao de

    decises.

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    J o Conselho de Segurana se d com a reunio de quinze

    membros, dez dos quais so rotativos e outros cinco so

    permanentes. Atualmente, so membros permanentes do Conselho

    de Segurana os Estados Unidos, a Rssia, a Frana, a China e o

    Reino Unido. Ser membro permanente d a cada um desses pases

    o poder de vetar as decises. Suponhamos, que, dos 15 membros

    do Conselho, 14 votem a favor de determinada medida e um vote

    contra. Se esse pas que votou contra for um dos membros

    permanentes, a medida no ser aprovada. Recentemente, a

    proposta de interveno militar na Sria no foi aprovada; pois,

    contra ela votaram a Rssia e a China.

    Muitos pases tm pleiteado a reforma institucional da ONU,

    argumentando que estrutura da ONU arcaica, pois basicamente

    a mesma desde a sua criao, e que dentro dessa estrutura h uma

    relao desigual entre os pases. Entre os pases que mais tem

    militado nesse sentido, encontram-se Brasil, ndia, Japo e

    Alemanha. Esses pases tambm tm atuado na tentativa de se

    tornarem membros permanentes do Conselho de Segurana, ou

    seja, justamente aqueles que possuem poder de veto.

    Dentro da tentativa desses pases em se tornar membros

    permanentes nesse conselho, necessrio destacar dois pontos: o

    primeiro que embora Japo e Alemanha estejam entre as maiores

    economias do mundo, no podemos esquecer que esses pases,

    durante a Segunda Guerra Mundial, faziam parte do Eixo, que foi

    derrotado, e no dos Aliados. O outro ponto que h disputas

    regionais, de forma que alguns pases que se ope a entrada de

    outros. Por exemplo, o Paquisto se ope ferrenhamente entrada

    da ndia, assim como a China se ope entrada do Japo.

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    Na estrutura da ONU h ainda o chamado Sistema das Naes

    Unidas que congrega diversos organismos especializados, dentre os

    quais se destacam a Organizao Mundial da Sade (OMS),

    Organizao Internacional do Trabalho (OIT), Organizao para a

    Educao, a Cincia e a Cultura (UNESCO) e a Organizao das

    Naes Unidas para a Alimentao e Agricultura. Recentemente, a

    Palestina passou a integrar a Unesco de maneira que esse rgo passa a ser o primeiro na estrutura da ONU integrado pela

    Palestina.

    Em relao s sanes impostas pelo Conselho de Segurana

    da ONU ao Ir, gostaria de lembrar que, em 2010, houve um acordo

    entre a Turquia e o Ir, mediado pelo Brasil. No caso em questo, o

    governo do Ir concordou em enviar para a Turquia mais de uma

    tonelada de urnio e em receber urnio enriquecido para ser

    utilizado em reatores solucionando um antigo impasse na ONU. Essa participao do Brasil se enquadra justamente no

    direcionamento das polticas externas brasileiras de dar maior

    destaque ao Brasil, como na misso de paz no Haiti. Apesar desse

    acordo, a ONU por meio de seu Conselho de Segurana sem aprovao do Brasil, que era o intermedirio da questo, decidiu

    adotar novas sanes contra o Ir.

    Aqui quero ressaltar um ponto muito importante, pois a ONU,

    apesar das posies em contrrio, elevou, em novembro de 2012, a

    Palestina condio de pas observador no membro.

    A Assembleia Geral da ONU, decidindo de forma contrria aos

    Estados Unidos e a Israel, concedeu Autoridade Nacional da

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    Palestina a condio de Estado observador no membro. Esse

    reconhecimento no d Palestina o direito ao voto, contudo

    aumenta as chances de integrarem a Palestina em outras

    organizaes ligadas ONU, alm de consistir em um importante

    passo rumo ao reconhecimento da Palestina como estado

    independente.

    A condio de pas observador no membro no d direito ao

    voto, como dissemos, ficando aqum do reconhecimento de um

    Estado pleno, mas representa um avano para os palestinos.

    Contudo, essa posio da Assembleia Geral da ONU foi durante

    criticada por Estados Unidos e Israel.

    3.2. Organizao Mundial do Comrcio (OMC)

    O surgimento da OMC foi um importante marco na ordem

    internacional que comeara a ser delineada ao fim da Segunda

    Guerra Mundial. Essa organizao surge a partir dos preceitos

    estabelecidos pela Organizao Internacional do Comrcio (OIC),

    consolidados na Carta de Havana, e, uma vez que esta no foi

    levada adiante pela no aceitao do Congresso dos Estados Unidos,

    principal economia do planeta.

    A Organizao Mundial do Comrcio (OMC) um foro

    multilateral responsvel pela regulamentao do comrcio

    internacional. Seus diversos rgos se renem regularmente para

    monitorar a implementao dos acordos em vigor, bem como a

    execuo da poltica comercial dos pases membros, a negociao

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    do acesso de novos participantes e acompanhar as atividades

    relacionadas com o processo de soluo de controvrsia.

    A participao do Brasil na Segunda Guerra, ao lado dos

    Aliados, garantiu-lhe uma participao, ainda que perifrica, na

    reconstruo econmica mundial do ps-guerra. O Brasil participou

    das negociaes da fracassada Carta de Havana (OIC) e tambm do

    GATT. Mesmo com poucos anos de existncia, j na dcada de 50, a

    percepo dos pases subdesenvolvidos era de que o GATT favorecia

    as naes mais ricas. Percepo esta que foi comprovada pelo fato

    de que as negociaes de maior significncia e importncia se

    davam quase exclusivamente entre os pases desenvolvidos, e as

    concesses praticadas entre estes marginalizavam ainda mais os

    pases subdesenvolvidos.

    Atualmente, dado o desenvolvimento do G-20 e os conflitos

    apresentados na OMC, o Brasil se encontra numa posio mais

    favorvel no plano internacional, no sentido que sua opinio se

    tornou mais relevante para a elaborao dos acordos no mbito da

    OMC.

    de se considerar tambm que o Brasil, no final de 2003, foi

    considerado como membro dos BRIC - termo para designar os

    quatro principais pases emergentes do mundo, a saber: Brasil,

    Rssia, ndia e China que podero se tornar a maior fora na

    economia mundial. Esse fato tambm contribuiu para o aumento da

    importncia do Brasil na OMC. Assunto de relevncia para o Brasil

    a polemica do bicombustvel e da crise dos alimentos, uma vez que,

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    segundo o Brasil, os biocombustveis se apresentam como a soluo

    mais real para acabar com a dependncia do petrleo.

    O Brasil, dessa maneira, participa dos processos de consulta e

    negociao, cujos principais objetivos so o fortalecimento do

    sistema multilateral de comrcio, inclusive o Mecanismo de Soluo

    de Controvrsias, a fim de permitir a expanso das trocas

    internacionais em um ambiente estvel, no discriminatrio e

    favorvel ao desenvolvimento; a busca pelo aprimoramento

    contnuo das regras de comrcio internacional, inclusive para buscar

    dispositivos que atendam s necessidades prprias dos pases em

    desenvolvimento (seja por meio de maior flexibilidade na aplicao

    de determinadas regras e na forma como se processa a abertura

    comercial, seja na eliminao de assimetrias prejudiciais a esses

    pases); e a garantia da crescente abertura dos mercados

    internacionais para bens e servios brasileiros.

    O brasileiro Roberto Azevdo assumiu, em 1 de setembro de

    2013, a direo-geral da Organizao Mundial do Comrcio (OMC),

    o rgo mximo do comrcio internacional. Ele o sexto diretor-

    geral da organizao e ficar no cargo por quatro anos. Ele foi

    escolhido para a funo em maio deste ano. O principal desafio de

    Azevdo ser desbloquear as negociaes da Rodada do

    Desenvolvimento de Doha para liberalizar o comrcio mundial,

    lanadas em 2001 e estagnadas h anos.

    Roberto Azevdo, escolhido para o cargo de diretor-geral da

    Organizao Mundial do Comrcio (OMC), ser o primeiro brasileiro

    e o primeiro latino-americano frente do rgo que responsvel

    por supervisionar as trocas comerciais em todo o globo e que ,

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    junto com ONU (Organizao das Naes Unidas), FMI (Fundo

    Monetrio Internacional) e Banco Mundial, um dos principais

    organismos da poltica internacional.

    Diplomata de carreira, Azevdo tem vasta experincia em

    comrcio global e conhece a OMC a fundo. Desde 2008, ele o

    representante permanente do Brasil na organizao e esteve

    frente do contencioso vencido pelo Brasil contra os Estados Unidos

    pelos subsdios do algodo e tambm da vitria brasileira sobre a

    Unio Europeia pelos subsdios exportao de acar.

    J no comando de Azevdo, a OMC conseguiu, no fim de 2013,

    alcanar o primeiro acordo global em sua histria. O acordo atua em

    trs reas: agricultura, desenvolvimento e intercmbio. A ideia

    deste acordo facilitar as possibilidades comerciais entre os pases,

    trazendo maior desenvolvimento para eles.

    3.3. BRICS

    2WHUPR%5,&IRLFULDGRSHORHFRQRPLVWD-LP21LOOHPpara referir-se aos quatro pases que, em tese, apresentaro

    maiores taxas de crescimento econmico at 2050. BRIC so as

    inicias de Brasil, Rssia, ndia e China, pases em desenvolvimento.

    O BRIC no um bloco econmico, e sim uma associao

    comercial, onde os pases integrantes apresentam situaes

    econmicas e ndices de desenvolvimento parecidos, cuja unio visa

    cooperao para alavancar suas economias em escala global.

    Brasil, Rssia, ndia e China apresentam vrios fatores em

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    comum, entre eles podem ser citados: grande extenso territorial;

    estabilidade econmica recente; Produto Interno Bruto (PIB) em

    ascenso; disponibilidade de mo de obra; mercado consumidor em

    alta; grande disponibilidade de recursos naturais; aumento nas

    taxas de ndice de Desenvolvimento Humano (IDH); valorizao nos

    mercados de capitais; investimentos de empresas nos diversos

    setores da economia.

    O governo sul-africano procurou os membros do BRIC em

    2010 e o processo de admisso comeou logo em agosto de 2010. A

    frica do Sul foi admitida como uma nao do BRIC em dezembro

    de 2010, aps ser convidada, principalmente pela China, para

    participar do grupo. A letra "S" em BRICS representa exatamente a

    frica do Sul.

    Jim O'Neill, expressou surpresa quando a frica do Sul se

    juntou ao BRIC, j que a economia sul-africana um quarto do

    tamanho da economia da Rssia (a nao com o menor poder

    econmico do BRIC). Ele acreditava que o potencial at estava l,

    mas no previu a incluso da frica do Sul nesta fase.

    $LQGD VHJXQGR -LP 21HLOO HP DUWLJR SXEOLFDGR QR LQtFLR GH2012, a maior oportunidade da histria dos mercados de

    crescimento a ascenso de suas classes mdias e o enorme

    aumento do seu consumo. De acordo com ele, essa seria a questo

    estratgica fundamental da atualidade, que proporcionaria uma

    chance fabulosa a todos, inclusive s principais empresas

    ocidentais. At o fim desta dcada, o valor do consumo nas

    economias de crescimento ser maior do que o dos EUA, de acordo

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    com vrias projees, e todas as empresas globais com ambies

    precisaro ser bem sucedidas nos Brics, do contrrio, ficaro para

    trs em relao aos competidores.

    Apesar desse cenrio, em 2013/14, os BRICS tiveram ritmo

    menos intenso de crescimento do que nos dez anos anteriores. Os

    dirigentes da China j demonstraram que ficou para trs a era de

    crescimento em dois dgitos. O Brasil atravessou o segundo ano de

    baixo crescimento. A tendncia da ndia e da Rssia tambm de

    crescer menos. Por sua vez, a frica do Sul tem aproximadamente

    25% de desemprego. Em nveis diferentes, essas economias

    enfrentam problemas.

    Em julho de 2014 um importante tratado foi assinado, em

    Fortaleza, pelos integrantes do BRICS: a criao de um banco de

    desenvolvimento com a finalidade de financiar obras de

    infraestrutura para pases pobres e emergentes. O banco foi

    nomeado Novo Banco de Desenvolvimento e ter sede em Xangai e

    sua presidncia ser rotativa. Participaram do encontro, alm da

    presidente Dilma Rousseff, o novo premi indiano, Narendra Modi, e

    os presidentes Vladimir Putin, da Rssia, Xi Jinping, da China, e

    Jacob Zuma, da frica do Sul. A formao deste novo banco vem

    sendo discutida desde 2012.

    A ideia que o banco possa ser um equivalente paralelo dos

    pases pobres e emergentes ao Banco Mundial, que tradicionalmente

    dirigido por um representante dos Estados Unidos. O Novo Banco

    visto como uma possvel alternativa para as demandas de

    infraestrutura dos pases a que ele visar atender. Alm disso,

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    assentou-se que o banco tambm dar suporte financeiro especial

    aos membros do Brics, sobretudo quando houver riscos de calote.

    O Novo Banco surge aps frustraes e divergncias dos

    membros do Brics em relao s polticas implementadas pelo FMI,

    pelo Banco Mundial e, de certo modo, tambm pelo Banco Central

    Europeu. Membros do Brics, outros pases emergentes e pases

    pobres cobram h algum tempo a democratizao dessas

    instituies, o que no parece estar em vias de ocorrer.

    3.4. G-20, G-8 e G-7

    O G-20 foi criado em uma tentativa de se ampliar o G-8.

    Aquele grupo rene os pases desenvolvidos mais os principais

    emergentes. Com a crise mundial, o G-20 tornou-se um espao

    muito relevante de negociao internacional.

    O G-20 foi estabelecido em 1999, em consequncia das

    seguidas crises de balana de pagamento das economias

    emergentes durante a segunda metade da dcada de 1990. O

    objetivo era reunir pases desenvolvidos e os pases em

    desenvolvimento sistemicamente mais importantes, para

    cooperao em temas econmicos e financeiros.

    O grupo adquiriu maior relevo aps a crise financeira

    internacional iniciada em 2008. O esgotamento do modelo de gesto

    macroeconmica defendido pelas economias desenvolvidas, a

    composio do grupo, unindo pases desenvolvidos e pases em

    desenvolvimento, a maior resilincia das economias emergentes

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    crise e a eficcia de suas medidas anticrise, contriburam para que o

    G-20 fosse designado como o principal espao para a cooperao

    econmica internacional, conforme estabelecido na Declarao de

    Pittsburgh.

    As Cpulas de Washington, de Londres e de Pittsburgh

    representaram um processo em que se transferiram de fruns

    restritos para o G-20 as discusses e as decises sobre temas

    pertinentes estabilidade da economia global. Assim, a legitimidade

    ao G-20 derivou de sua eficincia em coordenar uma resposta

    eficiente crise iniciada em 2008, evitando o colapso do sistema

    econmico internacional.

    O Brasil percebeu, durante a crise financeira, o surgimento de

    uma oportunidade para a mudana na estrutura do sistema

    financeiro e econmico internacional. O pas apoiou vigorosamente

    os trabalhos do grupo e atuou como um dos principais atores no

    processo de consolidao do G-20 como o principal espao para se

    lidar com temas econmicos internacionais. O Brasil segue

    defendendo a maior participao dos pases em desenvolvimento

    nas decises sobre a economia mundial.

    As transformaes e as reformas em andamento na

    arquitetura do sistema financeiro e econmico internacional

    representam um momento singular, no qual, pela primeira vez, os

    pases em desenvolvimento esto presentes na mesa de

    negociaes desde o princpio. Ao contrrio do que ocorria no

    passado, quando os pases desenvolvidos, reunidos no G-7,

    negociavam apenas entre si e divulgavam modelos prontos para a

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    aplicao uniforme nos demais pases, as discusses no mbito do

    G-20 contam com a participao de pases em desenvolvimento em

    todas as suas fases. As medidas propostas pelo grupo tm maior

    legitimidade e representatividade do que no passado recente.

    O Brasil reconhece a legitimidade das iniciativas do G-20 e tem

    buscado, por meio de sua atuao externa, exemplificar a grande

    importncia que confere a este grupamento como o espao

    primordial para a discusso dos assuntos econmicos mundiais.

    A sigla G-8, por sua vez, correspondia ao grupo dos 8 pases

    mais ricos e influentes do mundo, fazem parte os Estados Unidos,

    Japo, Alemanha, Canad, Frana, Itlia, Reino Unido e Rssia.

    Antes chamada de G-7, a sigla alterou-se com a insero da Rssia,

    que ingressou no grupo em 1998. Em resposta anexao da

    Crimeia, a Rssia foi excluda do G-8 e, com isso, o G-8 deixou de

    existir, voltando a ser o G-7.

    A funo do G-7 a de decidir quais caminhos a poltica e a

    economia mundiais devem seguir, pois esses pases possuem

    economias consolidadas e suas foras polticas exercem grande

    influncia nas instituies e organizaes mundiais, como ONU, FMI,

    OMC. A discusso gira em torno do processo de globalizao,

    abertura de mercados, problemas ambientais, ajudas financeiras

    para economias em crise, entre outros.

    Segundo lderes do grupo, as discusses propostas nas

    reunies tm por finalidade diminuir as disparidades entre as

    economias dos pases subdesenvolvidos e fomentar os mercados

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    mundiais, o que vantajoso para os pases que fazem parte do G-7.

    Na prtica fica claro que as decises tomadas servem para atender

    os interesses internos dos entes do grupo, um exemplo convincente

    est vinculado abordagem ecolgica, muitas vezes os pases do G-

    7 no se comprometem a assinar acordos ambientais, tendo em

    vista que so os que mais provocam tais problemas.

    4. Panorama dos direitos humanos pelo mundo

    De acordo com a Anistia Internacional, os direitos humanos

    vm sendo frequentemente desrespeitados pelo mundo e o

    Conselho de Segurana da ONU vem falhando em defend-los, o

    que est evidenciado em crises humanitrias por todo o globo.

    Conforme a Anistia, na Sria, nos ltimos quatro anos, mais de

    200 mil pessoas foram mortas, em sua grande maioria civis,

    principalmente em ataques de foras governamentais. Cerca de 4

    milhes de pessoas provenientes da Sria esto agora refugiadas em

    outros pases. Mais de 7,6 milhes esto desalojadas dentro da

    prpria Sria.

    A crise da Sria est intimamente relacionada de seu vizinho

    Iraque. O grupo armado autodenominado Estado Islmico (antes

    conhecido como Isis), responsvel por crimes de guerra na Sria,

    tem realizado sequestros, homicdios na forma de execues e

    limpeza tnica em grande escala no norte do Iraque. Em paralelo,

    as milcias xiitas do Iraque tm sequestrado e matado dezenas de

    civis sunitas, com o apoio tcito do governo iraquiano.

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    Na Nigria, o conflito que acontece no norte do pas entre as

    foras do governo e o grupo armado Boko Haram fez manchetes em

    todo o mundo quando o grupo cometeu mais um de seus inmeros

    crimes: o sequestro de 276 meninas de uma escola da cidade de

    Chibok. Menos noticiados, mas no menos graves, contudo, foram

    os diversos crimes aterradores cometidos pelas foras de segurana

    nigerianas e por seus colaboradores contra supostos membros ou

    apoiadores do Boko Haram. Na Repblica Centro-Africana, mais de

    5.000 pessoas morreram em consequncia da violncia sectria,

    apesar da presena de foras internacionais. As torturas, os

    estupros e os assassinatos em massa que ali se cometeram pouco

    destaque ganharam na imprensa mundial.

    No Sudo do Sul, o mais novo Estado do mundo, dezenas de

    milhares de civis foram mortos e dois milhes tiveram que fugir de

    suas casas em consequncia do conflito armado entre o governo e

    as foras de oposio. Crimes de guerra e crimes contra a

    humanidade foram cometidos por ambos os lados.

    No Mxico, os 43 estudantes submetidos a desaparecimento

    forado em setembro de 2014 se somaram tragicamente s mais de

    22.000 pessoas no pas que esto desaparecidas ou cujo paradeiro

    incerto, desde 2006. Acredita-se que a maioria tenha sido

    sequestrada por gangues criminosas, mas h informaes de que

    muitas foram submetidas a desaparecimentos forados pela polcia

    e pelo exrcito, que s vezes agiram em conluio com essas

    gangues. As poucas vtimas cujos restos mortais foram encontrados

    apresentavam sinais de tortura e outros maus-tratos. As

    autoridades federais e estaduais no investigaram esses crimes a

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    fim de estabelecer a possvel participao de agentes do Estado e

    garantir recursos judiciais efetivos s vtimas e suas famlias. O

    governo no s negligenciou a situao, como tentou acobertar a

    crise de direitos humanos, num contexto de crescente impunidade,

    corrupo e militarizao.

    No leste, a Rssia aumentou seu poder repressor com a

    VLQLVWUD OHL GRV DJHQWHV HVWUDQJHLURV 1R (JLWR 21*V IRUDPsubmetidas a severa represso, com o uso da Lei de Associaes da

    era Mubarak para transmitir a dura mensagem de que o governo

    no vai tolerar qualquer dissidncia.

    Em Hong Kong, dezenas de milhares desafiaram as ameaas

    oficiais e enfrentaram a fora excessiva e arbitrria da polcia, num

    PRYLPHQWR TXH ILFRX FRQKHFLGR FRPR D UHYROXomR GRV JXDUGD-FKXYDVH[HUFHQGRVHXVGLUHLWRVEiVLFRVjOLEHUGDGHGHH[SUHVVmRHde reunio.

    Alm disso, muitos refugiados e migrantes esto perdendo a

    vida no Mar Mediterrneo, tentando desesperadamente chegar ao

    litoral europeu. A falta de apoio de alguns Estados membros da

    Unio Europeia s operaes de busca e salvamento tem contribudo

    para o alarmante nmero de mortes.

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    5. Questes comentadas

    1) (Cespe 2012 MPE/PI Nvel Superior) Para que haja mudanas nos tratados da UE, necessria a aprovao

    unnime dos Estados que a integram.

    Exatamente, pessoal. Os tratados da Unio Europeia devem

    ser aderidos de forma unnime pelos pases membros para que

    tenham efeitos. Questo certa.

    2) (Cespe Antaq 2009) Embora no faa fronteira com os EUA, o Mxico prioritrio para a diplomacia norte-

    americana por causa do grande nmero de imigrantes

    mexicanos instalados no territrio norte-americano.

    Desde quando o Mxico no tem fronteiras com os EUA? Claro

    que tem. S por isso a questo j est errada. Questo errada.

    3) (Cespe 2012 MPE/PI Nvel Superior) O euro a moeda adotada por todos os pases que integram a UE e, de

    seu lanamento aos dias de hoje, sempre se mostrou

    supervalorizado em relao moeda norte-americana, o

    dlar.

    Pessoal, nem todos os pases que integram a Unio Europeia

    adotam o euro. Alm disso, no se pode dizer que desde o seu

    lanamento at hoje o euro supervalorizado em relao ao dlar.

    Questo errada.

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    4) (Cespe 2012 MPE/PI Nvel Superior) Com o intuito de sair da presente crise e assegurar o valor de sua moeda, a

    UE adotou medidas para impedir que se repita, por exemplo,

    o que aconteceu com a Grcia, cujo dficit expandiu-se

    exageradamente, gerando uma dvida impagvel.

    Se voc estivesse em crise, adotaria medidas para san-las?

    Claro que sim. Obviamente que a Unio Europeia tambm as

    adotou, destacando-se as medidas de austeridade, ou seja, medidas

    de conteno de gastos. Se as medidas foram boas ou ruins, a j

    outra discusso. Questo certa.

    5) (Cespe ABIN 2008) A globalizao, como fenmeno em curso no mundo, caracterizada pela integrao de

    mercados, levando o crescimento econmico a todas as

    regies, articuladas segundo um processo equitativo de

    distribuio de riqueza.

    A globalizao no leva o crescimento a todas as regies,

    muito menos ocorre um processo equitativo de distribuio de

    riqueza. H regies que continuam excludas do processo de

    distribuio de riquezas. Questo errada.

    6) (Cespe 2012 MPE/PI Nvel Superior) As medidas adotadas pela UE assemelham-se a uma deciso brasileira

    que se mostrou decisiva para o equilbrio oramentrio e o

    controle das contas pblicas: a Lei de Responsabilidade

    Fiscal.

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    Essa questo causou confuso em muita gente, mas est

    correta. De fato as medidas adotadas pela Unio Europeia se

    assemelham Lei de Responsabilidade Fiscal, na medida em que se

    tratam de controle dos gastos pblicos e de austeridade fiscal.

    Questo certa.

    7) (Cespe 2012 MPE/PI Nvel Superior) O longo e difcil processo de construo histrica da UE teve incio no ps-

    Segunda Guerra Mundial e busca, entre outros objetivos,

    superar as divergncias que levaram tantas vezes o Velho

    Mundo a diversas guerras e oferecer ao bloco continental

    condies de inserir-se vantajosamente na atual ordem

    econmica global.

    9HMDP HVVH WH[WR GLVSRQtYHO QR VLWH GD 8QLmR (XURSHLD as razes histricas da Unio Europeia remontam Segunda Guerra

    Mundial. Os europeus queriam assegurar-se de que tal loucura

    assassina e tal vaga de destruio nunca mais se repetiria. A seguir

    guerra, a Europa foi dividida entre Leste e Oeste e assistiu-se ao

    incio da "guerra fria", que durou 40 anos. As naes da Europa

    Ocidental criaram o Conselho da Europa em 1949. Tratou-se de um

    primeiro passo para uma cooperao que seis desses pases

    desejavam aprofundar.

    (...) A Unio Europeia foi criada com o objetivo de pr termo

    s frequentes guerras sangrentas entre pases vizinhos, que

    culminaram na Segunda Guerra Mundial. A partir de 1950, a

    Comunidade Europeia do Carvo e do Ao comea a unir econmica

    e politicamente os pases europeus, tendo em vista assegurar uma

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    paz duradoura. Os seis pases fundadores so a Alemanha, a

    Blgica, a Frana, a Itlia, o Luxemburgo e os Pases Baixos. Os

    anos 50 so dominados pela guerra fria entre o bloco de Leste e o

    Ocidente. Em 1956, o movimento de protesto contra o regime

    comunista na Hungria reprimido pelos tanques soviticos. No ano

    seguinte, em 1957, a Unio Sovitica lana o primeiro satlite

    artificial (o Sputnik 1), liderando a "corrida espacial". Ainda em

    1957, o Tratado de Roma institui a Comunidade Econmica Europeia

    &((RX0HUFDGR&RPXP4XHVWmRFRUUHWD

    8) (Cespe Escriturrio BRB 2011) Mesmo aps a aprovao do pacote fiscal, a Unio Europeia se recusou a

    conceder novos emprstimos aos gregos, dado o carter

    contraproducente desse tipo de medida, que poderia

    incentivar outros pases a contrair dividas sem condies de

    honra-las no futuro.

    Na verdade, a Unio Europeia concedeu novos emprstimos

    aos gregos. Questo errada.

    9) (Cespe IRB 2010) Alm de envolver grandes bancos e o sistema financeiro internacional, a crise atual tem sido

    considerada uma crise de paradigmas, em particular da

    certeza de que os mercados podem autorregular-se e

    recuperar o equilbrio automaticamente, dispensando a

    interveno do Estado.

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    O ponto que poderia causar estranhamento se a crise atual

    uma crise de paradigmas. Na realidade, ela sim uma crise de

    paradigmas, pois se voltou a discutir se os Estados devem ou no

    intervir na economia. Mesmo os Estados Unidos, teoricamente

    neoliberais, tomaram medidas de interveno econmica, o que

    suscitou ainda mais tais discusses. Vejam s: havia um paradigma

    de que o mercado no deveria sofrer interveno do Estado. Com a

    crise, o Estado voltou a intervir. Logo, o paradigma inicial foi

    alterado. Questo certa.

    10) (Cespe 2012 TER/RJ) Os efeitos da crise econmica no se circunscrevem Europa, atingindo cidades dos

    Estados Unidos da Amrica, que, para enfrentar esses

    efeitos, solicitaram proteo legal.

    Os efeitos da crise de fato no se circunscrevem Europa. Na

    verdade, tiveram muitos efeitos nos Estados Unidos. L, cidades

    pediram proteo legal, ou seja, interveno do Estado para

    abrandar os efeitos da crise. Questo certa.

    11) (Cespe 2012 TER/RJ) A dependncia do Brasil em relao ao MERCOSUL crescente, haja vista que as

    exportaes para esse bloco mais do que dobraram entre

    janeiro e junho de 2012, quando comparadas com os

    mesmos meses de 2011.

    Dentre os pases do Mercosul, o Brasil aquele que menos se

    mostra dependente. Questo errada.

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    12) (Cespe 2012 TER/RJ) A aprovao da entrada da Venezuela no MERCOSUL se deu depois de recente crise

    poltica ocorrida no Paraguai.

    Exatamente, pois quando o Mercosul aprovou a entrada da

    Venezuela no bloco, o Paraguai havia sido suspenso de participar do

    mesmo - em razo da crise poltica do presidente Fernando Lugo.

    Questo correta.

    13) (CESPE - 2012 - MPE-PI - Cargos de Nvel Superior Conhecimentos bsicos para o cargo 6) Com o intuito de sair

    da presente crise e assegurar o valor de sua moeda a UE

    adotou medidas para impedir que se repita, por exemplo, o

    que aconteceu com a Grcia, cujo dficit expandiu-se

    exageradamente, gerando uma dvida impagvel.

    Exatamente, pessoal. Claro que a Unio Europeia tem adotado

    medidas para impedir que a crise se repita ou se expanda. Entre

    essas medidas destaca-se a necessidade de maior controle das

    contas pblicas. Questo correta.

    14) (CESPE - 2011 - STM - Cargos de Nvel Mdio -

    Conhecimentos Bsicos - Cargos 25 e 26) Entre os anos de

    2003 e 2010, no grupo denominado BRIC - composto por

    Brasil, Rssia, ndia e China -, o crescimento mdio do

    produto interno bruto brasileiro foi superado somente pelo

    chins.

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    Devido ao momento em que essa questo foi cobrada, ela j

    no to atual, mas a trago para que vocs aumentem o nvel de

    informaes. Na verdade, durante esse perodo o crescimento mdio

    do PIB brasileiro ficou atrs do chins e tambm do indiano.

    Portanto, questo errada.

    15) (CESPE - 2011 - STM - Cargos de Nvel Mdio -

    Conhecimentos Bsicos - Cargos 25 e 26) Na esfera do

    direito internacional, entrou em vigor, em dezembro de 2010,

    a Unio dos Pases Sul-Americanos, cujos pases-membros, a

    partir do estabelecimento dessa instituio, deixaram,

    automaticamente, de pertencer Organizao dos Estados

    Americanos.

    &RPR FRORFDGR QD DXOD D 8QLmR GH 1Do}HV 6XO-Americanas (UNASUL) formada pelos doze pases da Amrica do Sul. O tratado

    constitutivo da organizao foi aprovado durante Reunio

    Extraordinria de Chefes de Estado e de Governo, realizada em

    Braslia, em 23 de maio de 2008. Dez pases depositaram seus

    instrumentos de ratificao (Argentina, Brasil, Bolvia, Chile,

    Equador, Guiana, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela),

    completando o nmero mnimo de ratificaes necessrias para a

    entrada em vigor do Tratado no dia 11 de maro de 2011$VVLPDquesto se encontra errada.

    (CESPE / Assistente SocialTJ-RR / 2011 / com adaptaes) Ao chegar ao Brasil para uma visita ofuscada pela

    interveno militar na Lbia, o presidente dos Estados Unidos

    da Amrica (EUA), Barack Obama, prometeu atuar para que o

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    Conselho de Segurana da Organizao das Naes Unidas

    218 VHMD PDLV UHSUHVHQWDWLYR H PDQLIHVWRX DSUHoR jDVSLUDomREUDVLOHLUDGHREWHUDVVHQWRSHUPDQHQWHQRyUJmRA declarao foi celebrada pelo Itamaraty, mas o Planalto

    esperava um apoio mais explcito, como o que Obama deu a

    ndia em 2010.

    Folha de So Paulo, maro/2011, capa (com adaptaes)

    16) Infere-se do texto que o presidente norte-americano

    desaprova, nas atuais circunstancias da poltica mundial, a

    reestruturao da ONU, defendida pelo Brasil e por outros

    pases, sobretudo por envolver o setor que trata da

    segurana e da paz no mundo.

    Na verdade, o presidente Barack Obama coloca que a

    participao na ONU deve ser mais democrtica, dando mais

    representatividade aos outros pases. Questo errada.

    17) Surgida no imediato ps-Segunda Guerra Mundial, a ONU

    uma organizao multilateral que, criada no contexto de

    rgida bipolarizao ideolgica em que se defrontavam os

    projetos capitalista e socialista, sobreviveu Guerra Fria e, a

    despeito dos problemas e dos questionamentos a que est

    sujeita, permanece atuante.

    A Organizao das Naes Unidas foi criada em 1945, logo

    aps o fim da Segunda Guerra, tendo como objetivo principal

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    assegurar a paz mundial por meio da intermediao das questes

    polticas entre os pases. A ONU se baseia no princpio de que pela

    cooperao mtua os pases podero alcanar a paz e o

    desenvolvimento. Questo correta.

    18) A ndia, referida no texto, consiste em um pas de

    contrastes, em que misria e riqueza convivem em um

    mesmo e extenso territrio, portador de grandes

    potencialidades e reconhecido como uma das economias

    emergentes no cenrio global contemporneo, integrando o

    grupo conhecido como BRIC (Brasil, Rssia, ndia e China).

    A ndia tem crescido de uma forma significativa, mas mesmo

    assim o pas sofre com os altos nveis de pobreza, de doenas,

    analfabetismo e desnutrio, e esses fatores so de grande

    preocupao, pois preciso combater esses fatores que so de

    extrema importncia, para que haja um desenvolvimento em todos

    os setores do pas, e assim para que no tenha desigualdade social,

    que ao invs de diminuir vem aumentando cada vez mais, devido o

    rpido crescimento da populao, e, portanto, a uma grande

    necessidade de investimentos sociais, ambientais e econmicos por

    parte do governo.

    A principal religio da ndia interfere diretamente na

    estruturao social, uma vez que o hindusmo divide a sociedade em

    castas. A diviso da sociedade em castas determinada a partir da

    hereditariedade. As castas se definem de acordo com a posio

    social que determinadas famlias hindus ocupam. Fator que

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    HVWDEHOHFHXPWLSRGHKLHUDUTXLDVRFLDOPDUFDGDSRUSULYLOpJLRVHdeveres.

    Em um primeiro momento existiam somente quatro tipos de

    castas na ndia, que eram: os brmanes (composta por sacerdotes),

    xatrias (formada por militares), vaixias (constituda por fazendeiros

    e comerciantes) e a mais baixa, os sudras (pessoas que deveriam

    servir as castas superiores).

    As pessoas que no faziam parte de nenhuma das castas

    recebiam o nome de prias ou intocveis. Pessoas excludas que

    tinham a incumbncia de realizar os mais deplorveis trabalhos,

    aqueles rejeitados por indivduos que integrava alguma das castas.

    Atualmente, existem cerca de 3 mil castas distintas na ndia. A

    proliferao do nmero de castas se deve, principalmente, pelo

    crescimento populacional e tambm pelo dinamismo e diversidade

    das atividades produtivas, promovidas pelo crescimento econmico

    que o pas vem passando nos ltimos anos. Esse sistema tem como

    principal caracterstica a segregao social, determinando a funo

    das pessoas dentro da sociedade indiana.

    Questo correta.

    19) Depreende-se do texto que o Brasil almeja participar do

    Conselho de Segurana da ONU no mais na condio de

    membro temporrio, o que tem acontecido muitas vezes,

    mas com direito a voto e veto, tal como hoje ocorre com os

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    cinco membros permanentes desse Conselho EUA, Rssia, China, Frana e Reino Unido.

    O Conselho de Segurana das Naes Unidas um rgo da

    Organizao das Naes Unidas cujo mandato zelar pela

    manuteno da paz e da segurana internacional. o nico rgo

    do sistema internacional capaz de adotar decises obrigatrias para

    todos os Estados-membros da ONU, podendo inclusive autorizar

    interveno militar para garantir a execuo de suas resolues. O

    Conselho conhecido tambm por autorizar o desdobramento de

    operaes de manuteno da paz e misses polticas especiais.

    O Conselho de Segurana composto por 15 membros, sendo

    5 membros permanentes com poder de veto: os Estados Unidos, a

    Frana, o Reino Unido, a Rssia (ex-Unio Sovitica) e a Repblica

    Popular da China. Os demais 10 membros so eleitos pela

    Assembleia Geral para mandatos de 2 anos.

    Como vimos na parte terica, desejo do Brasil ingressar no

    Conselho como membro permanente. Portanto, questo correta.

    20) (CESPE - INMETRO- 2009) Em deciso histrica, a

    reunio da Assembleia Geral da Organizao dos Estados

    Americanos (OEA), em junho de 2009, tornou sem efeito a

    resoluo que exclua Cuba do Sistema Interamericano de

    Naes. Passaram-se 47 anos de isolamento desde a reunio

    de Punta Del Este (Uruguai), em 1962, quando foi

    oficializado o afastamento da ilha. A referida deciso

    histrica deve ser entendida como o retorno, ainda que de

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    forma atenuada, aos tempos da polarizao ideolgica que

    caracterizava a Guerra Fria.

    O erro da questo est em dizer que a referida deciso

    histrica deve ser entendida como o retorno aos tempos da

    polarizao da Guerra Fria. Na realidade, essa deciso reflete o

    entendimento de que no vivemos mais em um mundo polarizado,

    estando tal configurao ideolgica ultrapassada. Questo errada.

    21) (CESPE - 2012 - TJ-RR - Nvel Mdio - Conhecimentos

    Bsicos) A Organizao das Naes Unidas trata no a