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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCÍCIOS PARA A RFB PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF AULA 02 Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1 Introdução ........................................................................................ 01 Aula 02.............................................................................................. 02 Lista de questões ............................................................................... 34 Exercícios propostos ........................................................................... 41 Bibliografia ........................................................................................ 51 Introdução Caro Aluno, Vamos dar continuidade ao nosso curso de Auditoria em exercícios para o concurso de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil. Na aula de hoje, iremos discutir os testes e procedimentos específicos de auditoria aplicados nos principais grupos de conta do ativo e do passivo (Caixa e Bancos, Clientes, Fornecedores, Estoque etc.), resolvendo questões passadas sobre o assunto. Não esqueça que sempre colocamos as questões discutidas durante a aula no final do arquivo, caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários. Gostaríamos também de ressaltar que, atendendo aos pedidos de muitos alunos, iremos disponibilizar uma série de exercícios complementares (sem comentários) para que treine ainda mais para o “dia D”. Ao final do arquivo, você vai encontrar cerca de 30 exercícios, envolvendo o conteúdo das aulas 00, 01 e 02. Tente resolvê-los e, caso tenha dúvidas, utilize nosso Fórum para saná-las. Bom… chega de papo e mãos à obra...

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AULA 02

Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1

Introdução ........................................................................................ 01 Aula 02.............................................................................................. 02 Lista de questões ............................................................................... 34 Exercícios propostos ........................................................................... 41 Bibliografia ........................................................................................ 51

Introdução

Caro Aluno,

Vamos dar continuidade ao nosso curso de Auditoria em exercícios para o concurso de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil.

Na aula de hoje, iremos discutir os testes e procedimentos específicos de auditoria aplicados nos principais grupos de conta do ativo e do passivo (Caixa e Bancos, Clientes, Fornecedores, Estoque etc.), resolvendo questões passadas sobre o assunto.

Não esqueça que sempre colocamos as questões discutidas durante a aula no final do arquivo, caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os comentários.

Gostaríamos também de ressaltar que, atendendo aos pedidos de muitos alunos, iremos disponibilizar uma série de exercícios complementares (sem comentários) para que treine ainda mais para o “dia D”.

Ao final do arquivo, você vai encontrar cerca de 30 exercícios, envolvendo o conteúdo das aulas 00, 01 e 02. Tente resolvê-los e, caso tenha dúvidas, utilize nosso Fórum para saná-las.

Bom… chega de papo e mãos à obra...

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Aula 02

01. (ESAF – SEFAZ/CE – AFRE – 2006) Ao analisar a contabilização em uma imobiliária, de um terreno destinado à construção da sede da empresa, percebeu-se que o mesmo tinha sido contabilizado nos Estoques. Pode-se afirmar que

a) ao executar o teste primário de superavaliação na conta de Terrenos no Imobilizado, esta conta estará sub-avaliada e a conta Estoques de Terrenos estará superavaliada.

b) ao praticar o teste primário de superavaliação na conta de Estoques, a mesma estará com seu saldo sub-avaliado e o Contas a Pagar superavaliado.

c) independentemente da atividade da empresa, terrenos devem ser sempre contabilizados no Imobilizado, por se tratar de bem imóvel.

d) ao proceder o teste primário de superavaliação do Contas a Receber, este apresentará saldo sub-avaliado.

e) o referido procedimento está adequado, em virtude de a atividade da empresa ser de comercialização de imóveis.

Resolução:

Como sempre fazemos, antes de entrar na resolução da questão, vamos discutir um pouco a teoria que irá embasar nossa análise.

Vimos, na aula passada, que o auditor utiliza testes substantivos para obter de evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade. Dessa forma, verifica se as transações e saldos registrados nas demonstrações retratam corretamente os fatos contábeis, de acordo com as normas contábeis vigentes no país.

Ora, muito provavelmente, a primeira coisa que nos vem à cabeça é querer saber se os valores estão corretos, exatos.

O auditor deve saber que o saldo de uma conta do balanço patrimonial (BP) ou da demonstração do resultado do exercício (DRE) pode estar errado para mais (superavaliação) ou para menos (subavaliação).

Devido a esse risco, as contas da contabilidade, por intermédios dos testes substantivos, devem ser testadas nesses dois sentidos, ou seja, para mais ou para menos.

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Segundo a doutrina, a experiência tem demonstrado que é mais prático dirigir os testes principais de superavaliação para as contas devedoras(normalmente, as contas do ativo e despesas) e os de subavaliação para as contas credoras (geralmente, contas do passivo e receitas).

Você, nessa altura do campeonato, já está craque em contabilidade e deve saber que os fatos contábeis são registrados por meio das partidas dobradas, assim, quando se testam as contas devedoras para superavaliação, as contas credoras também estão sendo testadas indiretamente nessa mesma direção.

Por exemplo, se durante o exame das demonstrações contábeis de uma empresa, para o ano findo em 31-12-20X0, o auditor descobre que as despesas de pessoal estão superavaliadas, em função de os salários do mês de janeiro de 20X1 terem sido provisionados indevidamente em 20X0, é evidente que a conta credora de salários a pagar, classificada no passivo circulante, também está superavaliada.

Da mesma forma, quando se testam as contas credoras para subavaliação, as contas devedoras estão sendo testadas secundariamente nessa mesma direção.

Por exemplo, por ocasião da auditoria da conta credora de fornecedores a pagar (testado para subavaliação), o auditor descobre que uma fatura de compra de matéria-prima não foi registrada na contabilidade; consequentemente, as contas de fornecedores a pagar e matéria-prima (conta devedora classificada no grupo de estoque do ativo circulante está subavaliada).

Esse tipo de questão é muito explorado em provas, por isso, vamos ver outros exemplos:

a) Teste principal para superavaliação do ativo e teste secundário para superavaliação de receita: Na auditoria da conta duplicatas a receber (ativo circulante), o auditor constatou que uma venda realizada em 20X1 foi contabilizada em 20X0. Como consequência, a conta de duplicatas a receber (teste principal) e a conta de receita bruta na venda de bens (teste secundário) estavam superavaliadas.

b) Teste principal para subavaliação do passivo e teste secundário para subavaliação do ativo: Na auditoria da conta de fornecedores a pagar (passivo circulante), o auditor notou que uma nota fiscal de competência de 20X0, referente à compra de uma máquina, foi registrada somente na ocasião de seu efetivo pagamento em 20X1. Por conseguinte, a conta de fornecedores a pagar (teste principal) e a conta de máquinas do ativo imobilizado (teste secundário) estavam subavaliadas.

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Contudo, esse não é o único tipo de impropriedade que é possível encontrar. Existe também a possibilidade de uma conta devedora estar superavaliada às custas da subavaliação de outra conta devedora.

De forma análoga, que o mesmo pode acontecer para contas credoras.

Por exemplo, o auditor pode constatar que os imóveis de propriedade da entidade foram registrados na conta Investimentos, quando o correto seria no Imobilizado. Como consequência a conta devedora Investimentos está superavaliada e a conta devedora Imobilizado está subavaliada.

A situação análoga pode acontecer com as contas credoras.

Vejamos mais alguns exemplos:

a) Teste principal para superavaliação do ativo e teste secundário para subavaliação da despesa: Na auditoria da conta de máquinas e equipamentos (ativo imobilizado), o auditor verificou que foram debitadas no ativo peças de reposição, que, de acordo com os princípios contábeis, deveriam ser registradas como despesas. Portanto, a conta máquinas e equipamentos (teste principal) está superavaliada e o grupo de despesas (teste secundário) subavaliado.

b) Teste principal para subavaliação do passivo e teste secundário para superavaliação do passivo: No exame da conta empréstimos a pagar, o auditor constatou que um financiamento foi registrado indevidamente na conta fornecedores a pagar. Portanto, a conta de empréstimos a pagar (teste principal) estava subavaliada e a conta fornecedores a pagar (teste secundário) estava superavaliada.

Tranquilo até aqui?

Bom… vamos voltar para nossa questão, que fala que um terreno destinado à construção da sede da empresa imobiliária foi contabilizado na conta Estoque de Terrenos.

Vejamos cada um dos itens.

Item A: correto.

Primeiro passo, qual foi o teste principal do auditor?

Ora, estava verificando a grupo do ativo imobilizado (conta devedora). Vimos que no caso de contas devedoras, o teste geralmente aplicado é o de superavaliação. Pois bem, o auditor executou um teste de superavaliação na conta Terrenos do Imobilizado.

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Após executar esse teste, o que o auditor constatou?

Ele constatou que o referido terreno foi contabilizado, erroneamente, em outra conta. Portanto, a conta Terrenos do Imobilizado estava subavaliada, ou seja, tinha valor menor do que o esperado.

Finalmente, temos que identificar onde está refletindo o erro constatado pelo auditor: como vimos, a conta devedora Estoque de Terrenos absorveu esse erro. Portanto, trata-se de uma superavaliação da conta de Estoque de Terrenos.

Item B: errado.

O auditor poderia ter aplicado um teste primário de superavaliação da conta de Estoques (=conta devedora). Contudo, a conclusão deveria ser que a conta está superavaliada e não subavaliada.

Item C: errado.

Por tratar-se de uma empresa imobiliária, comprar e vender terrenos faz parte das suas atividades, portanto, pode ter terrenos contabilizados no Estoque.

Item D: errado.

Não há nenhum motivo para fazer testes de superavaliação de Contas a Receber.

Item E: errado.

O referido procedimento não está adequado, pois, apesar de a atividade da empresa ser de comercialização de imóveis, esse terreno, em particular, destina-se à construção da sede da empresa.

Gabarito: A

02 - (FCC – SEFAZ/SP - Agente Fiscal de Rendas – 2009) O auditor externo está realizando auditoria em uma empresa do setor industrial, na área de ativo imobilizado. Ao analisar os parâmetros do sistema de cálculo da depreciação da conta Móveis e Utensílios do Escritório Administrativo, constata que a taxa de depreciação, que deveria ser de

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5% ao ano, foi cadastrada como 10% ao ano. Dessa forma, o auditor pode concluir que

a) a conta de Estoque de Produtos Acabados, no período, está subavaliada. b) a conta de Depreciação Acumulada, no período, está subavaliada. c) a Despesa de Depreciação, no período, está superavaliada. d) a Depreciação Acumulada está com o saldo acumulado correto. e) o Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado.

Resolução:

Essa questão também trata da superavaliação e subavaliação das contas contábeis. Para resolvê-la precisamos, além dos conhecimentos de auditoria, alguns conhecimentos contábeis.

O enunciado fala que a empresa contabilizou erroneamente a depreciação da conta “Móveis e Utensílios do Escritório Administrativo”, com essa informação já eliminamos os itens “a” e “e” pois essa conta, por se tratar de “despesa administrativa” não influencia nem estoque de produtos acabados nem o custo de mercadorias vendidas.

O enunciado fala, ainda, que a taxa foi lançada a maior, ou seja, aumentou o valor da depreciação, portanto, os itens “b” e “d” estão errados, uma vez que, o valor da depreciação acumulada aumentou (=superavaliação).

Só sobrou o item “c”, realmente o valor com despesa de depreciação no período foi lançado à maior, ou seja, houve uma superavaliação da conta depreciação acumulada e da conta de despesa de depreciação.

Gabarito: C

03. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) O auditor, ao realizar os testes nos contratos de empréstimos tomados em moeda estrangeira, identifica que a taxa de câmbio utilizada para efetuar a apropriação foi de R$ 1,85, quando o correto seria R$ 1,58. Dessa forma, pode o auditor concluir que o saldo da conta de:

a) variação cambial passiva está subavaliado. b) variação cambial ativa está subavaliado. c) variação cambial passiva está superavaliado. d) empréstimos em moeda estrangeira está subavaliado. e) variação cambial ativa está superavaliado.

Resolução:

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Mais uma questão sobre superavaliação e subavaliação.

Bom, primeiro, para facilitar nosso trabalho, eliminando o que temos certeza, vamos ver se trata de uma variação cambial ativa ou passiva.

O teste está sendo realizado em uma conta de empréstimos tomados, portanto, a variação será passiva, isso elimina os itens “b” e “e”.

A conta empréstimos em moeda estrangeira não é afetada nem para mais nem para menos, pois estamos falando no lançamento da variação cambial, e o valor do empréstimo deve permanecer inalterado. Portanto a letra “d” está errada.

Sobraram as letras “a” e “c”, ora, se a taxa usada foi maior, isso quer dizer que o valor lançado foi maior, portanto, houve uma superavaliação da conta de variação cambial passiva. Portanto, o item “a” está errado, pois fala que a variação cambial está subavaliada e o item “c” é o gabarito da questão.

Gabarito: C

04. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) O auditor, ao efetuar os testes de movimentações e saldos na conta de equipamentos de informática, constatou que um computador que havia sido comprado para ser utilizado na fábrica para controlar uma máquina encontrava-se registrado em um centro de custos da área administrativa financeira. Assim, pode o auditor afirmar que

a) o saldo da conta de Despesa de Depreciação está subavaliado. b) o saldo da conta Equipamentos de Informática está subavaliado. c) a Depreciação da Máquina, na qual o computador foi acoplado está

superavaliada. d) o saldo da conta de Custos das Mercadorias Vendidas está superavaliado. e) o valor da Depreciação levado a custo está subavaliada.

Resolução:

Veja o quanto esse assunto (superavaliação e subavaliação) é cobrado! Vamos resolver mais uma questão para deixar você “cansado”, pois essa é uma questão certa na prova e você não vai errar!

O enunciado afirma que um computador que era para estar registrado na fábrica, estava registrado na administração, em decorrência disso, a depreciação correspondente a esse item não estava sendo lançada como custo de fabricação e sim como despesa administrativa.

Vamos analisar as opções:

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Item A: errado.

Se a depreciação estava sendo lançada erroneamente na conta de despesa, então ela está superavaliada e não subavaliada.

Item B: errado.

O saldo da conta de equipamentos de informática não é alterado nem para mais nem para menos, pois o equipamento, apesar de lançado no departamento errado, está lançado.

Item C: errado.

O saldo da conta de depreciação da máquina não é afetado.

Item D: errado.

Pelo contrário, como um valor que seria custo está sendo lançado como despesa, o saldo da conta CMV está subavaliado, pois esse custo não foi devidamente apropriado.

Item E: certo.

Exatamente, como o valor da depreciação estava sendo lançado erroneamente como despesa, o valor da depreciação levado a custo está subavaliado. Gabarito: E

05. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) O auditor fiscal, ao avaliar o extrato bancário da conta, pela qual a empresa realiza suas cobranças, constata que o volume de recursos existentes nessa conta, somados às cobranças em aberto, superam em 20% o total do faturamento do mês contabilizado na conta de vendas. Com essa informação pode o auditor concluir que:

a) o saldo da conta caixa se encontra negativo. b) existem ativos ocultos na empresa. c) existe evidência de suprimentos não comprovados. d) existe omissão de pagamentos efetuados pela empresa. e) os registros estão adequados, sendo necessário somente conciliar as

contas.

Resolução:

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Vamos, agora, aproveitar essa questão para falar sobre um tipo específico de impropriedade que podem ser constatadas durante a aplicação dos testes substantivos.

Dizemos que há um Ativo Fictício quando se constatam bens e direitos que somente existem no Balanço Patrimonial, mas de fato não constam no patrimônio da empresa. Em outras palavras, é algo que não existe (=fictício).

De forma análoga, definimos Passivo Fictício como obrigações que somente constam nas demonstrações, mas de fato não existem ou já foram quitadas.

Por outro lado, a situação inversa pode ocorrer: direitos e obrigações que de fato existem não são registrados na contabilidade da empresa. Nesse caso, temos, respectivamente, Ativos Ocultos e Passivos Ocultos.

Agora, perguntamos para você: existe alguma relação entre essas definições e os testes de superavaliação e subavaliação?

Parece que sim, não é mesmo?

Ora, quando estamos diante de Ativos e Passivos Fictícios, lidamos com direitos e obrigações que estão presentes nas demonstrações contábeis mas que não existem, inflacionando o valor dessas contas (= contas superavaliadas).

Já quando nos deparamos com Ativos e Passivos Ocultos, estamos diante de direitos e obrigações que existem, mas não foram registrados nas demonstrações contábeis, diminuindo o real valor dessas contas (= contas subavaliadas).

Vejamos um quadro que resume toda nossa discussão:

Ativo Fictício Bens e direitos que somente existem no Balanço Patrimonial, mas de fato não constam no patrimônio da empresa.

superavaliação

Ativo Oculto Bens e direitos que existem de fato e não são apresentados no Balanço Patrimonial.

subavaliação

Passivo Fictício São obrigações que existem e não estão contabilizadas nas demonstrações.

superavaliação

Passivo Oculto São as obrigações que somente constam nas demonstrações, mas de fato não existem ou já foram quitadas.

subavaliação

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De posse desse conhecimento, vamos voltar para a questão e analisar cada um dos itens.

Item A: errado. A questão nada fala sobre a conta Caixa e não temos nenhum elemento para afirma que se encontra com saldo credor.

Item B: correto.

Vamos analisar o que está acontecendo… Há mais ativos ($$ em conta + cobranças em aberto) do que aqueles registrados (faturamento contabilizado no mês).

Enfim, há ativos não registrados (=ocultos).

Item C: errado.

Esse item poderia causar certa confusão.

Realmente, quando nos deparamos com uma situação em que há mais recursos em caixa do que os registrados, pode ser um indício de falta de origem para justificar os suprimentos de disponíveis (caixa, bancos etc.).

É o famoso “caixa dois”.

Contudo, caro concursando, a situação descrita é um indício e não uma evidência. Pois a existência de ativos ocultos pode ser dar por outros motivos diferentes do “caixa dois”, como erro na baixa de uma duplicata já paga pelo fornecedor.

Item D: errado.

Os pagamentos efetuados pela empresa não influenciam os saldos de Contas a Receber e de Conta Banco específica para recebimento de clientes.

Item E: errado.

Esse item é bem mais fácil de eliminar, não é? Os registros não estão adequados.

Gabarito: B

06. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) A empresa Séria Ltda. está adquirindo terreno para construção de sua sede. No processo de aquisição, em decorrência do terreno localizar-se em área ocupada por empresa que produzia produtos poluentes,

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solicitou que fossem feitos exames do solo, os quais evidenciaram a contaminação. O valor estimado da multa ambiental para esse tipo de contaminação é de R$ 2.000.000,00. Não foram encontrados registros de provisões ou reservas para o fato, evidenciando para o auditor um:

a) ativo fictício. b) ativo oculto. c) passivo fictício. d) passivo oculto. e) omissão de receita.

Resolução:

Dado o que já vimos, ficou fácil responder essa questão, não é mesmo?

A historinha do enunciado nos conta que existe um passivo que não foi reconhecido nas demonstrações contábeis, portanto, trata-se de um passivo oculto.

Gabarito: D

07. (ESAF – SEFAZ/SP - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas - 2009) A inspeção física, por meio da contagem de numerário, é procedimento básico de auditoria aplicável à verificação em conta do:

a) Ativo Circulante. b) Ativo Realizável a Longo Prazo. c) Ativo Permanente. d) Passivo Circulante. e) Patrimônio Líquido.

Resolução:

Vamos utilizar essa recente questão da ESAF para discutir os procedimentos de auditoria aplicados no grupo de contas Caixa e Bancos.

Sabemos que os ativos são classificados por ordem decrescente de grau de liquidez, sendo que Caixas e Bancos estão na “primeira linha” do lado ativo, no Balanço Patrimonial. Enfim, são os ativos de maior liquidez, de forma que não há restrições quanto ao seu uso imediato.

Mesmo sem saber nada de auditoria, é possível perceber que esse tipo de ativo é o mais sujeito à utilização indevida. Em outras palavras, como o seu uso é imediato, o risco de alguém “passar a mão” nesses recursos é muito alto.

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Na maioria dos casos, os alcances, desfalques e desvios estão diretamente relacionados com o dinheiro disponível. Além disso, o dinheiro está diretamente envolvido em um grande número de operações, que quase todo o trabalho do auditor tem estreita relação com a verificação das disponibilidades.

Dessa forma, mesmo que haja um bom sistema de controle interno (=baixo risco de controle), o auditor deve fazer um maior número de testes que o normal, devido ao alto risco inerente dessas contas.

Portanto, preste atenção nesse detalhe! Caixas e Banco são os ativos mais sensíveis e de maior risco, portanto o auditor deve dar especial atenção a essas contas.

Bom… agora, quais são os objetivos da auditoria específicos para essas áreas?

Os testes de auditoria são dirigidos para superavaliação e o principal objetivo é verificar a existência do ativo.

De tal forma que a finalidade dos exames vai além de apurar se realmente existem todas as disponibilidades mencionadas no balanço, devendo averiguar se existem todas aquelas que deveriam existir.

Para atingir seus objetivos o auditor utiliza alguns procedimentos específicos:

• Contagem de caixa: consiste na contagem dos valores (dinheiro, cheques, títulos de pronta liquidez) em poder do caixa. Recomenda-se fazer essa contagem de surpresa, em data próxima ao balanço.

• Confirmação de saldos bancários: trata-se uma carta de confirmação dos saldos das contas endereçada aos bancos, para averiguar se os saldos existentes na contabilidade da empresa conferem com aqueles que estão nos estratos bancários.

• Corte (Cut-off) de cheques: o corte é uma interrupção na continuidade das operações, ou seja, consiste em anotar os últimos cheques emitidos antes do exame da auditoria, de forma que o auditor tenha um referencial temporal para que possa avaliar as demonstrações.

• Testes de conciliações bancárias: consiste em verificar as transações registradas pela empresa e não registradas pelos bancos e vice-versa.

• Testes das transferências bancárias: corresponde a conciliações bancárias entre diferentes bancos.

Vamos volta para nossa questão.

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A contagem dos valores (dinheiro, cheques, títulos de pronta liquidez) é utilizada para verificar a existência dos ativos circulantes de maior liquidez como os valores em Caixa, pois são os mais sujeitos à utilização indevida. Portanto, o item correto é a letra A.

Gabarito: A

08. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002) Durante o trabalho final de auditoria, o auditor identificou algumas diferenças numéricas em determinadas áreas testadas. Assinale, entre os pontos relacionados abaixo, o de maior relevância.

a) Diferença de 2% no valor da depreciação anual do imobilizado. b) Ausência de apropriação pro-rata temporis de receita financeira. c) Diferença de 5% no valor da provisão para devedores duvidosos. d) Ausência de contratos de seguros dos veículos e caminhões. e) Diferença de 5%, considerado imaterial, de conciliação bancária.

Resolução:

Essa questão da ESAF foi extremamente maldosa, pois intencionalmente direcionava o candidato para longe da resposta correta.

Vamos ver o porquê…

O enunciado fala que, durante a execução dos trabalhos, o auditor constatou uma série de diferenças numéricas nas áreas testadas. Em uma primeira análise dos itens, fica difícil saber o que é mais relevante, parece que faltam dados para responder a questão.

Contudo, muitos podem pensar: “O item E fala que a diferença foi considerada imaterial, logo já podemos descartá-lo, certo?”

Errado! É aí que mora o perigo!

Na realidade, problemas relacionados ao grupo de contas Caixa e Bancos, como vimos, são os mais sensíveis, os mais sujeitos a fraudes e desfalques. Portanto, as diferenças ou impropriedades encontradas pelo auditor nessa área, mesmo que pouco materiais, devem ser consideradas relevantes.

Portanto, guarde isso: Caixas e Banco são os ativos mais sensíveis e de maior risco, portanto o auditor deve dar especial atenção a essas contas.

Gabarito: E

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09. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002) A Cia. Miudezas vende, em média, 70% de seus produtos a prazo e possui cerca de 5 mil clientes. O perfil de seus clientes é o de pessoas que possuem renda familiar de até 10 salários mínimos. Na análise da constituição de provisão para devedores duvidosos do saldo de clientes da Cia. Miudezas, o auditor deve

a) circularizar um percentual significativo de clientes, questionando quanto à posição em atraso e suas justificativas.

b) analisar individualmente o máximo possível a carteira de clientes da empresa e tirar suas conclusões pessoais.

c) segregar a carteira de clientes em função de períodos de contas vencidas, medindo tendências e probabilidades de perdas.

d) efetuar testes globais sobre o saldo de clientes, uma vez que as perdas efetivas do setor variam de 5 a 10 % das vendas.

e) estabelecer um valor adicional de provisão para cobrir perdas prováveis, de modo que não afete o fluxo de caixa projetado.

Resolução:

Vamos passar, agora, a analisar outra área com procedimentos característicos de auditoria: Clientes.

Sabemos que Contas a Receber representam os direitos adquiridos por vendas a prazo de bens e serviços1, e a auditoria nessa área tem como alguns de seus objetivos apurar se:

• as contas são autênticas e têm origem em transações relacionadas com vendas;

• os valores apresentados são efetivamente realizáveis;

• não há devoluções, descontos, abatimentos ou qualquer outro ônus a ser considerado; e

• há avaliação prudente do montante de contas a receber, levando em consideração as provisões para devedores duvidosos (PDD).

Em resumo, os principais pontos que o auditor deve cobrir são existência, avaliação e classificação desse grupo de contas.

Vejamos quais são os procedimentos de auditoria mais utilizados para atingir esses objetivos:

1 Outras transações classificadas como Contas a Receber: adiantamentos e empréstimos a empregados, impostos a recuperar, PDD, sinistros a receber etc., contudo, vamos focar apenas nos Clientes.

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• Confirmação de contas a receber de clientes (circularização): a partir de uma listagem de todos os títulos a receber, é possível obter a confirmação direta do devedor sobre os saldos em aberto.

• Testes de avaliação das contas a receber: avaliação do valor líquido realizável dos recebíveis.

Por meio de exames documentais e cálculos, é possível comparar mapas de idades das duplicatas e índices de recebimento do período atual com períodos anteriores.

Uma das finalidades desse procedimento é averiguar a adequação das perdas já conhecidas e das perdas estimadas que constituem a PDD

• Testes das duplicatas descontadas: identificação das duplicatas descontadas por meio de confirmação bancária.

Vamos voltar à questão e analisar cada um dos itens.

Primeiro, temos que ter em mente que se trata de um empresa que vende grande parte da sua produção a prazo (70%) para diferentes clientes (cerca de 5 mil), com baixo-média renda.

Como o auditor deve se assegurar que a conta PDD está correta?

Item A: errado.

Circularizar um percentual significativo de clientes, nesse caso, não seria uma boa solução, pois seria pouco eficiente. Imagine mandar cartas para milhares de clientes e depois analisar as respostas.

Item B: errado.

Analisar individualmente cada cliente também seria pouco eficiente. Mais uma vez, são milhares de pessoas e uma análise caso-a-caso seria muito custosa.

Item C: certo.

Essa seria uma boa opção: estratificar a população de clientes e construir mapas de idades com indicadores de insolvência pode ajudar a chegar a uma boa estimativa do PDD.

Item D: errado.

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Essa informação não foi dada (perdas efetivas do setor variam de 5 a 10 % das vendas). Além disso, com uma carteira de clientes tão grande e diversificada, aplicar um percentual único não seria uma boa opção.

Item E: errado.

Esse procedimento em nada ajuda a avaliar o valor correto do PDD.

Gabarito: C

10. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002) Um assistente de auditoria foi designado para acompanhar a contagem física de lingotes de alumínio nas instalações da Alumiar S/A. Ao chegar no local, foi atendido pelo engenheiro responsável e gerente de contabilidade, quando então foi convidado para conhecer o lugar onde estavam empilhados os lingotes. Retornando ao escritório, tratou logo de efetuar o cut-off das movimentações de mercadorias.

No pátio da empresa, o engenheiro comunicou que a primeira pilha de lingotes referia-se a alumínio de 95% de pureza, a segunda pilha referia-se a alumínio de 50% de pureza, e a terceira 25% de pureza. O procedimento de contagem foi efetuado como o auditor havia previsto. No entanto, retornando ao seu escritório, o auditor passou a refletir: “será que aquele produto era realmente alumínio e com os percentuais de pureza que me informaram?”

Indique qual o procedimento que o auditor deveria ter efetuado para que essa dúvida fosse esclarecida.

a) Contactar um outro auditor mais experiente da empresa e pedir sua presença imediata para auxiliar no acompanhamento do inventário.

b) Pedir ao engenheiro presente no local do inventário que emita um certificado atestando os percentuais de pureza de cada pilha.

c) Retirar amostras de cada pilha de lingotes de alumínio para que sejam enviadas posteriormente para certificação por um profissional independente.

d) Interromper a contagem dos lingotes de alumínio e relatar que, por não conhecer o produto, o saldo de estoques deve ser ressalvado.

e) Acompanhar os procedimentos de contagem e relatar que, por não conhecer suas características, o saldo de estoque deve ser ressalvado.

Resolução:

Nossa próxima área de interesse é o grupo de contas que compõem o Estoque.

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Estoques são os bens destinados à venda ou à fabricação, relacionados com os objetivos e atividades da empresa, sendo importantes na apuração do lucro líquido de cada exercício social (pois compõem o Custo das Mercadorias Vendidas) e na determinação do valor do capital circulante líquido do Balanço Patrimonial.

O auditor, nesse momento, tem a oportunidade de desenvolver recomendações construtivas, visando o aprimoramento dos controles e a redução de custos da empresa.

Entretanto, sabemos o principal objetivo da auditoria independente não é fazer recomendações, mas emitir uma opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis, incluindo os Estoques.

Dessa forma, podemos afirmar que a finalidade principal desses procedimentos é verificar se:

• os estoques existem; • existem ônus sobre os estoques; • há obsolência, defeitos e má conservação; e • os critérios de avaliação são adequados.

Portanto, os principais procedimentos aplicados pelo auditor são:

• Verificação da existência física: inspeções físicas e acompanhamento das contagens para assegurar-se da real existência dos bens que compõem os estoques.

• Acompanhamento do inventário físico: o auditor deve acompanhar a contagem física dos bens e confronto dos resultados com os registros contábeis.

• Cortes (cut-off): definição do momento em que os registros contábeis refletem o inventário, ou seja, consiste em definir uma data-limite para interromper a contabilização de novas transações.

• Testes de avaliação de estoques: revisão do sistema de alocação de custos aos estoques (UEPS ou PEPS) e conferência de cálculos.

Vamos para nossa questão…

Item A: errado.

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O procedimento de contagem (inventário) foi efetuado como o auditor havia previsto, portanto, não há necessidade de chamar outro auditor mais experiente. Até por que o inventário já ocorreu…

Item B: errado.

Se o auditor tem dúvidas quanto à independência/competência do engenheiro (especialista empregado da empresa), de nada vai adiantar um laudo. Não esqueça que ele não poderá usar essa informação para, eventualmente, ressalvar seu parecer, pois o especialista tem vínculo empregatício com a empresa (vide aula 00).

Item C: certo.

Como há duvidas relacionadas à independência/competência do engenheiro (especialista empregado da empresa), é preciso consultar um profissional independente.

Item D: errado. A contagem já foi feita, não há como interrompê-la. Como dizem: “Agora Inês é morta…” (rsrs)

Item E: errado. Se há procedimentos adicionais que o auditor pode executar (obter a opinião de outro especialista), não há motivo para ressalvar o parecer.

Gabarito: C

11. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF – 2002) Durante o acompanhamento de um inventário físico de estoques, o auditor deve efetuar o cut-off para:

a) determinar o momento em que os registros contábeis auxiliares, bem como os documentos com eles relacionados, refletem o levantamento do inventário.

b) comprovar que efetivamente todos os itens a serem inventariados estão adequadamente acondicionados no almoxarifado da empresa.

c) determinar o momento em que as três últimas compras e as três últimas vendas de mercadorias ocorreram durante o inventário.

d) comprovar que os procedimentos adotados pela administração para a contagem de estoques são adequados às práticas usuais.

e) comprovar que os documentos de compras de mercadorias estão suportados por documentação suporte às necessidades da empresa.

Resolução:

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Agora que já falamos um pouco sobre os procedimentos aplicados nas contas do Estoque, vejamos um em particular – o cut-off.

O corte (=cut-off), como já adiantamos na questão anterior, consiste em determinar o momento em que os registros contábeis e os documentos relacionados refletem o levantamento do inventário.

Esse tipo de procedimento é bem intuitivo. Ora, se coloque no lugar do auditor que irá acompanhar um inventário.

A empresa não interrompe suas atividades durante a auditoria, ou seja, há um fluxo constante de mercadorias entrando e saindo do estoque. Dessa forma, é importante definir um momento, uma data, um “corte” nas operações da empresa para servir de referencial para o auditor.

Escolhido esse momento, e estando todos os registros em dia, verifica-se a última anotação constante dos registros que indicará os materiais que, até ali, farão parte do inventário. Lançamentos posteriores corresponderiam a mercadorias não registradas até o momento do “corte” e que, portanto, não devem ser inventariados.

Dessa forma, mercadorias adquiridas no período posterior, por exemplo, não podem constar no período em análise.

Com essas informações, voltemos à questão.

O gabarito é o item A: o auditor deve efetuar o cut-off para determinar o momento em que os registros contábeis auxiliares, bem como os documentos com eles relacionados, refletem o levantamento do inventário.

O item B está errado, pois o cut-off não serve para verificar o acondicionamento no almoxarifado da empresa.

Já o item C está errado, pois o auditor deve verificar a última compra e a última venda e não as “três últimas”.

Os itens D e E estão errados, pois o “corte” não objetiva comprovar os procedimentos de contagem ou de suporte documental, mas para estabelecer uma data limite, um momento referencial para análise.

Gabarito: A

12. (NCE/UFRJ – Auditoria Geral do MS – 2004) Uma técnica de auditoria independente chamada de cut-off é utilizada, entre outros, para

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a) apurar o patrimônio líquido. b) calcular o valor de reserva de reavaliação. c) efetuar inventários, controlando as últimas entradas e saídas de estoques. d) apurar o good will. e) Elaborar o planejamento fiscal visando pagar menos tributos.

Resolução: Depois do que já discutimos, ficou fácil “matar” essa questão, não é?

O cut-off é um procedimento que pode ser utilizado na auditoria das contas de Estoque, durante o acompanhamento do inventário, estabelecendo uma data de referência e controlando as entradas e saídas de mercadorias.

Portanto, o único item que atende o que vimos é a letra C.

Gabarito: C

13. (FCC – TCE/MG – Inspetor de Controle Externo – 2007) Na auditoria dos investimentos classificados em longo prazo pela empresa auditada, o auditor não obteve evidências que suportem a contabilização. Nesse caso, o auditor pode

a) incluir item na carta de responsabilidade, fazendo com que a administração declare sua intenção de manutenção do investimento em longo prazo.

b) limitar o escopo de seu trabalho, não se manifestando sobre os investimentos da empresa.

c) determinar que o evento seja esclarecido em nota explicativa, demonstrando os efeitos gerados.

d) determinar a baixa do investimento, visto que não existe definição para sua realização.

e) registrar o investimento em curto prazo e exigir da empresa a retificação, atendendo a norma contábil.

Resolução:

Continuando com os procedimentos específicos, vamos falar sobre aqueles utilizados nas contas do grupo Investimentos.

Você já deve saber que os investimentos da empresa são constituídos por aplicações financeiras, participação no capital social de outras empresas e outros investimentos.

As empresas, como parte de sua política, aplicam recursos em títulos e outros direitos, com objetivos diversos, tais como tornar rentável o excesso

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temporário de dinheiro disponível e estender o leque de suas operações por meio de participação no capital social de outras companhias.

Estaremos interessados, principalmente, no último caso, aquele que trata dos investimentos relevantes de uma empresa. Nesse sentido, o auditor deverá examinar e avaliar os investimentos relevantes para poder opinar sobre a real situação patrimonial e financeira de uma empresa.

Não é nosso foco discutir os critérios legais para contabilização desses investimentos, mas entender qual é o objetivo da auditoria nessa área e que procedimentos devem ser utilizados.

É intuitivo o fato de que, se uma empresa detém parte do ativo de outra, a saúde econômica desta terá reflexos na daquela. Essa influência será maior ou menor, conforme o vulto do investimento.

De tal forma que o objetivo do exame nessa área é verificar o comportamento dos investimentos relevantes realizados pela empresa auditada. Os principais procedimentos utilizados são:

• Exame documental dos títulos de investimento: consiste em verificar os documentos comprobatórios da existência dos investimentos como cautelas de ações, certificados e contratos sociais.

• Verificação da contabilização do investimento: conferência de cálculos, levando em consideração as aquisições e variações dos investimentos, confrontando com os registros contábeis e com a carta de responsabilidade da administração.

• Avaliações dos investimentos em coligadas e controladas: avaliar a aplicação do Método de Equivalência Patrimonial - MEP, verificando:

− descrição dos investimentos (companhia, natureza da ação, participação etc.);

− aquisições e baixas de ações e/ou quotas no período;

− ajustes equivalência patrimonial (ágios, deságios etc.)

De volta à nossa questão, temos que o enunciado pergunta o que o auditor deve fazer para obter evidências que suportem a contabilização dos investimentos de longo prazo da empresa.

Vamos analisar cada um dos itens.

Item A: certo.

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Falaremos na próxima aula sobre carta de responsabilidade da administração. Nesse momento, nos basta saber que é um documento emitido pela administração que tem como um de seus objetivos servir como evidência para o auditor de fatos que não podem ser comprovados por outras fontes.

Quando o auditor verifica a contabilização dos investimentos ele precisa, às vezes, de evidências que garantam que determinadas aplicações da empresa serão mantidas no longo prazo.

Por exemplo, como o auditor para evidenciar a intenção da empresa em manter seus investimentos em determinadas ações no longo prazo?

Uma das maneiras é por meio da carta de responsabilidade da administração, na qual a empresa formaliza (por escrito) que tem essa intenção e, portanto, o investimento está corretamente classificado.

Item B: errado.

O auditor não vai limitar o escopo do seu trabalho, ele tem que aplicar todos os procedimentos necessários para obter as evidências que precisa para fundamentar sua opinião.

Item C: errado.

Não há motivo para determinar que se faça uma nota explicativa – não há nenhuma contingência, incerteza ou outro fato relevante, não registrado nos balanços que justifique isso.

Item D: errado.

Também está errado, não há motivo para determinar a baixa dos investimentos.

Item E: errado.

Caro amigo, o auditor não registra, não modifica, não inclui, não exclui, enfim, ele não tem poder para alterar as demonstrações contábeis.

O auditor apenas emite parecer! Lembre-se sempre disso.

Gabarito: A

14. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002.2) Um auditor, sabendo que a taxa de depreciação de um determinado grupo de imobilizado é de 10% ao ano e que não ocorreram adições ou baixas no período sob exame, efetua um cálculo global de despesa de

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depreciação no valor de $ 1.000. Se os saldos iniciais de custo do bem e da depreciação acumulada eram de $ 10.000 e $ 5.000, respectivamente, e o auditor constata que o livro contábil, no final do exercício, apresenta um saldo de $ 10.000 para o custo do imobilizado e $ 5.500 como depreciação acumulada, neste caso o auditor falhou em:

a) confiar demasiadamente no sistema da empresa. b) confiar que a taxa de depreciação era de 10% ao ano. c) não verificar os itens totalmente depreciados. d) não verificar os itens reavaliados do imobilizado. e) não considerar a adição de um novo imobilizado.

Resolução:

Vamos, agora, tratar do grupo de contas do Imobilizado.

Os bens do imobilizado representam, geralmente, uma parcela significativa dos ativos da empresa. Esses bens têm uma permanência prolongada na entidade e são destinados à manutenção de suas atividades.

Sabemos que esses ativos são contabilizados por todos os custos envolvidos em sua aquisição e instalação, em alguns, casos esses custos são acrescidos também de reavaliação.

Aqui já podemos notar um dos principais objetivos da auditoria nessa área: avaliação da existência e da correta contabilização do ativo, identificando possíveis superavaliações.

Além disso, você sabe que esses bens são deduzidos da depreciação, que é um processo de apropriação de custos e despesas e conseqüente redução do valor contábil do ativo.

Portanto, notamos outro ponto de interesse para a auditoria: a necessidade de averiguar a adequação do processo de depreciação, identificando possíveis subavaliações dessas contas.

Vejamos os principais procedimentos que o auditor pode aplicar nesse grupo de contas:

• Verificação da existência física do bem: inspeção física para avaliar se os bens realmente existem e o seu estado de conservação.

• Verificação da propriedade e da existência de ônus: exame documental dos certificados de propriedade de veículos e certidões atualizadas dos registros de imóveis.

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• Verificação do valor do Imobilizado: identificar o real valor do ativo, considerando as baixas e adições que afetam o saldo das contas.

• Testes das despesas de manutenção e reparo: averiguar se estão sendo tratadas como despesas do ano.

• Testes das depreciações: exames documentais e de registros contábeis, bem como conferências de cálculos, com o intuito de verificar a vida útil dos bens e as taxas de depreciação utilizadas.

Vamos volta à questão e analisar cada item:

Item A: errado.

O enunciado não indica que o auditor não está confiando demais no sistema da empresa, pois está aplicando os testes substantivos necessários para encontrar o real saldo das contas. Trata-se de um problema de detecção do auditor.

Item B: errado.

O problema não está no valor da taxa de depreciação, mas na maneira como ela está sendo aplicada. Lembre que essa taxa é determinada, de forma geral, pela vida útil do ativo. Item C: certo.

O auditor deveria, entre os bens do imobilizado, ter identificado aqueles que já foram totalmente depreciados e deveriam ter sido baixados do imobilizado. Essa, muito provavelmente, é a causa da distorção identificada – bens já depreciados ainda compõem o saldo do ativo, mas não mais contribuem para o saldo de depreciação.

Itens D e E: errados.

A adição de novos itens ao imobilizado e a reavaliação não trariam esse efeito para depreciação.

Gabarito: C

15. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social - AFPS - 2002) Para determinação da suficiência de cobertura de seguros para ativo imobilizado deve-se proceder ao confronto da cobertura da apólice com o valor:

a) da existência física do ativo imobilizado.

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b) das despesas antecipadas. c) total das despesas de seguros. d) do saldo contábil do ativo imobilizado. e) do Patrimônio Líquido.

Resolução:

Os procedimentos adotados na área de Seguros objetivam principalmente constatar qual a cobertura existente para os ativos da empresa.

Isso pode ser feito por:

• Exame das apólices vigentes: entrevistas com funcionários da empresa e exame documental das apólices para identificar quais ativos estão segurados e por qual valor.

• Circularização com seguradoras: confirmação com seguradoras da validade das apólices, bem como valores de prêmios e seguros a pagar.

Nesse sentido, mais importante do que verificar quais ativos estão segurados é averiguar o valor coberto pelos seguros, comparando às apólices com os valores do imobilizado.

Portanto, a resposta da questão é a letra D, ou seja, entender em que magnitude os valores do ativo imobilizado estão devidamente segurados.

Gabarito: D

16. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) Uma firma de auditoria, ao circularizar os escritórios de advocacia, prestadores de serviços da empresa auditada, recebeu a seguinte posição de contingências, relativa aos R$ 3.000.000,00 em processos existentes:

I. Processos prováveis de perda pela empresa: 30%; II. Processos possíveis de perda por parte da empresa: 45%; III. Processos remotos de perdas por parte da empresa: 25%.

Assim, segundo a NPC-22, deve a empresa constituir provisão para contingências no valor de:

a) R$ 750.000,00 b) R$ 900.000,00 c) R$ 1.650.000,00 d) R$ 2.250.000,00 e) R$ 3.000.000,00

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Resolução:

Essa questão é parte do tema procedimentos específicos com Advogados (circularização de advogados). Contudo, vamos aproveitar para falar um pouco sobre contingências.

Contingência, bem resumidamente, é algo que não é certo, que não é determinado, mas que se acontecer pode ter grande relevância quanto a real situação ou mesmo quanto a continuidade normal das atividades da empresa.

Antes de tudo, vamos dar uma repassada em alguns termos que você já deve conhecer da disciplina de Contabilidade, mas que pela importância para nosso tema vale uma revisada, ressalvando que essas definições devem ser vistas sob a ótica da contingência:

• Provisão é um passivo de prazo ou valor incerto. Ela deve ser reconhecida quando, cumulativamente:

− a entidade tem uma obrigação legal ou não-formalizada presente como consequência de um evento passado;

− é provável que recursos sejam exigidos para liquidar a obrigação; e,

− o montante da obrigação possa ser estimado com suficiente segurança.

• Passivo é uma obrigação presente da entidade, decorrente de eventos já ocorridos, cuja liquidação resultará em uma entrega de recursos.

• Obrigação Legal é aquela que deriva de um contrato, por meio de termos explícitos ou implícitos, de lei ou de outro instrumento fundamentado em lei.

• Obrigação Não-formalizada é aquela que surge quando a entidade, mediante práticas do passado, políticas divulgadas ou declarações feitas, cria expectativa válida por parte de terceiros e, por conta disso, assume um compromisso.

• Contingência Passiva é:

o a) uma possível obrigação presente cuja existência será confirmada somente pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros, que não estejam totalmente sob o controle da entidade; ou,

o b) uma obrigação presente que surge de eventos passados, mas que não é reconhecida porque:

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b.1) é improvável que a entidade tenha de liquidá-la; ou,

b.2) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente segurança.

• Contingência Ativa é um possível ativo, decorrente de eventos passados, cuja existência será confirmada somente pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros, que não estejam totalmente sob o controle da entidade.

• Fato Gerador, no que se refere às contingências, é um evento passado que cria uma obrigação presente para entidade, legal ou não-formalizada.

• Contrato Oneroso é o contrato no qual, apesar de ainda não-concluído, ou até mesmo iniciado, já apresenta prejuízo decorrente da existência de custos inevitáveis que excedem os benefícios econômicos esperados do contrato.

Para fins de classificação dos ativos e passivos como contingentes ou não, a Resolução CFC nº 1.066/05 (atenção: esta norma foi revogada pela Resolução nº 1.180/09, mas com efeitos a partir de 1º/1/10, portanto, é aplicável ainda em nossa prova) usa os termos praticamente certo, provável, possível e remota, com os seguintes conceitos:

Praticamente certo - este termo é mais fortemente utilizado no julgamento de contingências ativas. Ele é aplicado para refletir a situação na qual um evento futuro é certo, apesar de não-ocorrido. Essa certeza advém de situações cujo controle está com a administração da entidade, e depende apenas dela, ou de situações em que há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis para a entidade, sobre as quais não cabem mais recursos;

Provável - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é maior do que a de não ocorrer;

Possível - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é menor que provável, mas maior que a remota; e,

Remota - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é muito pequena.

A norma traz ainda a seguinte tabela que relaciona o tipo de contingência com a probabilidade do evento ocorrer e com o tratamento que deve ser dado:

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Em qualquer dos casos a administração da entidade é a responsável pela adoção de políticas e procedimentos para identificar, avaliar, contabilizar e/ou divulgar, adequadamente, os passivos não-registrados e as contingências.

No entanto, o Auditor Independente deve considerar alguns procedimentos na realização de um exame para identificar passivos não-registrados e contingências ativas ou passivas relacionados a litígios, pedidos de indenização ou questões tributárias, e assegurar-se de sua adequada contabilização e/ou divulgação nas Demonstrações Contábeis examinadas, de acordo com a tabela que acabamos de ver.

Em outras palavras, o auditor deve verificar se as contingências relevantes estão devidamente tratadas nas demonstrações contábeis, seja pela contabilização, seja pela divulgação, de acordo com a probabilidade de sua ocorrência.

Atenção: como regra, a empresa não deverá reconhecer as contingências (=contabilizar) em suas demonstrações contábeis, elas devem ser adequadamente divulgadas nas notas explicativas. As exceções são: as contingências ativas praticamente certas e as contingências passivas prováveis, que possam ser mensuradas com suficiente segurança.

Identificação das contingências

Muitas vezes a identificação dos passivos não-registrados e das contingências são de difícil identificação, então o auditor pode se valer de diversos procedimentos, entre eles:

a) indagar e discutir com a administração a respeito das políticas e dos procedimentos adotados;

Tipo de contingência Probabilidade Tratamento

Contingência ativa

Praticamente certa Reconhecer o ativo.

Provável Divulgar. Possível ou remota Não divulgar.

Contingência passiva

Provável - mensurável com

suficiente segurança Provisionar.

- não mensurável com suficiente

segurança Divulgar.

Possível Divulgar. Remota Não divulgar.

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b) obter, formalmente, da administração uma descrição das contingências na data de encerramento das Demonstrações Contábeis;

c) examinar os documentos em poder do cliente vinculados aos passivos não-registrados e às contingências, incluindo correspondências e faturas de consultores jurídicos; e,

d) obter representação formal da administração, contendo a lista de consultores ou assessores jurídicos que cuidam do assunto e representação de que todas as contingências potenciais ou ainda não-formalizadas, relevantes, foram divulgadas nas Demonstrações Contábeis.

Como já alertamos outras vezes: Não se preocupe em gravar listas como essa de procedimentos, pois, além de serem na maioria das vezes exemplificativas, são bem intuitivas, caso apareça uma questão sobre esse assunto (que achamos muito difícil de ocorrer) simplesmente avalie a pertinência do procedimento adotado com o objetivo de identificar as contingências, se parecer lógico marque correto, se for absurdo, marque errado.

Bom... Voltando ao assunto. Caso considere necessário, o Auditor, baseado nas informações obtidas dos consultores jurídicos, tendo em vista eventuais incertezas e relevância do assunto, deve solicitar à administração a opinião de outro consultor jurídico independente.

A circularização dos consultores jurídicos é uma forma de o auditor obter confirmação independente das informações fornecidas pela administração referentes a situações relacionadas a litígios, pedidos de indenização ou questões tributárias.

Importante salientar que a recusa de um consultor jurídico em fornecer a informação solicitada, por meio de circularização ou em reunião, ou a ausência de opinião de outro consultor jurídico independente nas condições consideradas necessárias é uma limitação na extensão da auditoria suficiente para impedir a emissão de um parecer sem ressalvas.

Devemos considerar ainda que alguns fatores fogem da competência ou do conhecimento do consultor jurídico e podem influenciar a probabilidade de um resultado desfavorável, como, por exemplo, a inexistência de jurisprudência sobre o assunto.

Em tais circunstâncias, o Auditor pode concluir que as Demonstrações Contábeis estão afetadas por uma incerteza relativa ao resultado de um evento futuro que não é suscetível de ser, razoavelmente, estimado.

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O Auditor deve avaliar todas essas circunstâncias e as evidências obtidas durante a aplicação de seus procedimentos de auditoria para passivos não-registrados e contingências para formar o seu julgamento quanto à adequação às práticas contábeis adotadas na elaboração e na apresentação das Demonstrações Contábeis sob exame.

De posse dessas informações, já podemos responder a nossa questão.

Dos R$ 3 milhões em contingências passivas, temos que saber o que deve ser provisionado. Fácil… basta saber quais são àquelas prováveis (lembre da tabela que mostramos acima).

Logo, como os processos prováveis de perda pela empresa representam 30% do total, temos que o valor provisionado será:

30% x (R$ 3 milhões) = R$ 900 mil.

Gabarito: B

17. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) Constitui-se como elemento que diferencia e conduz a classificação de um processo como possível de perda e não como provável de perda:

a) a tendência jurisprudencial dos tribunais favoráveis à empresa. b) as teses já transitadas em tribunais superiores de teor semelhante, que

envolvam matéria de direito. c) a facilidade do processante dispor de provas documentais ou testemunhais. d) as decisões favoráveis e desfavoráveis de primeira instância de forma

equilibrada. e) a existência de provas periciais contrária à empresa.

Resolução:

Essa questão já entra um pouco mais no detalhe de quais são os elementos que caracterizam um evento com provável, possível ou remoto.

O termo provável em relação a possível indica que há maior probabilidade de o fato ocorrer.

Geralmente, em um processo, cujo prognóstico é provável perda, há elementos, dados ou outros indicativos que possibilitam tal classificação, como:

• tendência jurisprudencial dos tribunais;

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• tese já apreciada em tribunais superiores para questões que envolvam matéria de direito

• produção ou a facilidade de se dispor de provas (documental, testemunhal – principalmente em questões trabalhistas – ou periciais) para questões que envolvam matéria de fato.

Já o prognóstico de possível perda pode acontecer quando não for fundamentado em elementos ou dados que não são suficientes ou claros de tal forma que permitam concluir que a tendência será perda ou ganho no processo. Um exemplo disso são as decisões judiciais equilibradas de primeiro ou de segundo grau

Além disso, mesmo essas decisões quando assumem uma posição dominante, podem não ser tão importantes quando há desfechos (julgamento final) contrários em tribunal superior ou de última instância.

Voltando à nossa questão, o enunciado pede a circunstância que classifica um processo como processo como possível de perda e não como provável.

Pelo que vimos, a resposta é o item D.

Gabarito: D

18. (ESAF – SEFAZ/RN– AFTE– 2005) Para reconhecimento dos passivos tributários, em discussão jurídica, devem os escritórios de advocacia ou advogados da entidade auditada classificar o sucesso das causas em remoto, possível ou provável. Assim podemos afirmar que o auditor deve

a) calcular a provisão reconhecendo os passivos prováveis e analisando as probabilidades nos processos possíveis.

b) não-contabilizar provisão para as autuações que estejam sendo discutidas administrativamente, mesmo com posição desfavorável à entidade.

c) não-reconhecer referidos passivos porque se assim o fizer estará reconhecendo a obrigação.

d) compor a provisão sem considerar os processos com provável perda judicial.

e) solicitar o registro contábil de provisão para processos com classificação remota de perda.

Resolução:

Bom… pelo que vimos, já podemos responder essa questão…

Item A: certo.

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Os passivos prováveis devem ser reconhecidos (provisionados) e as probabilidades em todas as contingências possíveis devem ser avaliadas.

Cabe ao auditor, verificar se os cálculos realizados para as provisões estão corretos e analisar as probabilidades e classificações adotadas nos processos possíveis.

Itens B, C e D: errados.

Não esqueça que o auditor não tem o poder de contabilizar, reconhecer ou compor qualquer tipo de provisão. O auditor apenas emite parecer!

Itens E: errado.

Processos de perda com possibilidade remota não devem ser provisionados.

Gabarito: A

19. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social - AFPS - 2002) Em decorrência das respostas de circularização, de advogados internos e externos da empresa auditada, o auditor independente recebeu diversas respostas com opinião sobre a possibilidade remota de insucesso de ações de diversas naturezas, contra a empresa, já em fase de execução. Neste caso, o auditor deve:

a) concordar integralmente com os advogados. b) discordar parcialmente dos advogados. c) concordar parcialmente com os advogados. d) discordar integralmente dos advogados. e) não concordar nem discordar dos advogados.

Resolução:

Essa é fácil, não é mesmo?

Se o auditor tem evidências de que os advogados estão errados, ele deve discordar da opinião destes.

Ora, se os processos já estão em fase de execução e os advogados ainda falam que e possibilidade de perder é remota, o auditor só pode discordar (contra fatos não há argumentos).

Gabarito: D

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20. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF – 2002) Como resposta a uma circularização de advogados, o auditor recebeu a seguinte resposta de um dos advogados da empresa auditada: o valor da ação, contra nosso cliente é 100.000 reais, e a expectativa de perda é remota. Baseado no julgamento do advogado, a posição do auditor é que a empresa

a) contabilize o valor total da ação e adicione uma nota explicativa. b) contabilize o valor parcial da ação e adicione uma nota explicativa. c) contabilize o valor parcial da ação sem uma nota explicativa. d) não contabilize o valor da ação e não inclua nota explicativa. e) não contabilize o valor da ação e adicione uma nota explicativa.

Resolução:

Como “saideira”, vamos matar essa questão que, depois do que já vimos, ficou muito fácil.

Se em uma circularização, o auditor soube que a possibilidade de perda é remota, não há de se falar em provisão (somente para perdas prováveis) ou divulgação (somente para perdas possíveis).

Portanto, a empresa não deve contabilizar o valor da ação ou incluir nota explicativa.

Gabarito: D

Finalizamos, aqui, mais uma aula, esperamos que você esteja gostando…

Nos “veremos” em breve!

Um grande abraço, Davi e Fernando

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Lista de Questões

01. (ESAF – SEFAZ/CE – AFRE – 2006) Ao analisar a contabilização em uma imobiliária, de um terreno destinado à construção da sede da empresa, percebeu-se que o mesmo tinha sido contabilizado nos Estoques. Pode-se afirmar que

a) ao executar o teste primário de superavaliação na conta de Terrenos no Imobilizado, esta conta estará sub-avaliada e a conta Estoques de Terrenos estará superavaliada.

b) ao praticar o teste primário de superavaliação na conta de Estoques, a mesma estará com seu saldo sub-avaliado e o Contas a Pagar superavaliado.

c) independentemente da atividade da empresa, terrenos devem ser sempre contabilizados no Imobilizado, por se tratar de bem imóvel.

d) ao proceder o teste primário de superavaliação do Contas a Receber, este apresentará saldo sub-avaliado.

e) o referido procedimento está adequado, em virtude de a atividade da empresa ser de comercialização de imóveis.

02 - (FCC – SEFAZ/SP - Agente Fiscal de Rendas – 2009) O auditor externo está realizando auditoria em uma empresa do setor industrial, na área de ativo imobilizado. Ao analisar os parâmetros do sistema de cálculo da depreciação da conta Móveis e Utensílios do Escritório Administrativo, constata que a taxa de depreciação, que deveria ser de 5% ao ano, foi cadastrada como 10% ao ano. Dessa forma, o auditor pode concluir que

a) a conta de Estoque de Produtos Acabados, no período, está subavaliada. b) a conta de Depreciação Acumulada, no período, está subavaliada. c) a Despesa de Depreciação, no período, está superavaliada. d) a Depreciação Acumulada está com o saldo acumulado correto. e) o Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado.

03. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) O auditor, ao realizar os testes nos contratos de empréstimos tomados em moeda estrangeira, identifica que a taxa de câmbio utilizada para efetuar a apropriação foi de R$ 1,85, quando o correto seria R$ 1,58. Dessa forma, pode o auditor concluir que o saldo da conta de:

a) variação cambial passiva está subavaliado. b) variação cambial ativa está subavaliado. c) variação cambial passiva está superavaliado.

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d) empréstimos em moeda estrangeira está subavaliado. e) variação cambial ativa está superavaliado.

04. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) O auditor, ao efetuar os testes de movimentações e saldos na conta de equipamentos de informática, constatou que um computador que havia sido comprado para ser utilizado na fábrica para controlar uma máquina encontrava-se registrado em um centro de custos da área administrativa financeira. Assim, pode o auditor afirmar que

a) o saldo da conta de Despesa de Depreciação está subavaliado. b) o saldo da conta Equipamentos de Informática está subavaliado. c) a Depreciação da Máquina, na qual o computador foi acoplado está

superavaliada. d) o saldo da conta de Custos das Mercadorias Vendidas está superavaliado. e) o valor da Depreciação levado a custo está subavaliada.

05. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) O auditor fiscal, ao avaliar o extrato bancário da conta, pela qual a empresa realiza suas cobranças, constata que o volume de recursos existentes nessa conta, somados às cobranças em aberto, superam em 20% o total do faturamento do mês contabilizado na conta de vendas. Com essa informação pode o auditor concluir que:

a) o saldo da conta caixa se encontra negativo. b) existem ativos ocultos na empresa. c) existe evidência de suprimentos não comprovados. d) existe omissão de pagamentos efetuados pela empresa. e) os registros estão adequados, sendo necessário somente conciliar as

contas.

06. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) A empresa Séria Ltda. está adquirindo terreno para construção de sua sede. No processo de aquisição, em decorrência do terreno localizar-se em área ocupada por empresa que produzia produtos poluentes, solicitou que fossem feitos exames do solo, os quais evidenciaram a contaminação. O valor estimado da multa ambiental para esse tipo de contaminação é de R$ 2.000.000,00. Não foram encontrados registros de provisões ou reservas para o fato, evidenciando para o auditor um:

a) ativo fictício. b) ativo oculto. c) passivo fictício. d) passivo oculto. e) omissão de receita.

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07. (ESAF – SEFAZ/SP - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas - 2009) A inspeção física, por meio da contagem de numerário, é procedimento básico de auditoria aplicável à verificação em conta do:

a) Ativo Circulante. b) Ativo Realizável a Longo Prazo. c) Ativo Permanente. d) Passivo Circulante. e) Patrimônio Líquido.

08. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002) Durante o trabalho final de auditoria, o auditor identificou algumas diferenças numéricas em determinadas áreas testadas. Assinale, entre os pontos relacionados abaixo, o de maior relevância.

a) Diferença de 2% no valor da depreciação anual do imobilizado. b) Ausência de apropriação pro-rata temporis de receita financeira. c) Diferença de 5% no valor da provisão para devedores duvidosos. d) Ausência de contratos de seguros dos veículos e caminhões. e) Diferença de 5%, considerado imaterial, de conciliação bancária.

09. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002) A Cia. Miudezas vende, em média, 70% de seus produtos a prazo e possui cerca de 5 mil clientes. O perfil de seus clientes é o de pessoas que possuem renda familiar de até 10 salários mínimos. Na análise da constituição de provisão para devedores duvidosos do saldo de clientes da Cia. Miudezas, o auditor deve

a) circularizar um percentual significativo de clientes, questionando quanto à posição em atraso e suas justificativas.

b) analisar individualmente o máximo possível a carteira de clientes da empresa e tirar suas conclusões pessoais.

c) segregar a carteira de clientes em função de períodos de contas vencidas, medindo tendências e probabilidades de perdas.

d) efetuar testes globais sobre o saldo de clientes, uma vez que as perdas efetivas do setor variam de 5 a 10 % das vendas.

e) estabelecer um valor adicional de provisão para cobrir perdas prováveis, de modo que não afete o fluxo de caixa projetado.

10. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002) Um assistente de auditoria foi designado para acompanhar a contagem física de lingotes de alumínio nas instalações da Alumiar S/A. Ao chegar no local, foi atendido pelo engenheiro responsável e gerente de contabilidade, quando então foi convidado para conhecer o lugar onde estavam empilhados os lingotes. Retornando ao escritório, tratou logo de efetuar o cut-off das movimentações de mercadorias.

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No pátio da empresa, o engenheiro comunicou que a primeira pilha de lingotes referia-se a alumínio de 95% de pureza, a segunda pilha referia-se a alumínio de 50% de pureza, e a terceira 25% de pureza. O procedimento de contagem foi efetuado como o auditor havia previsto. No entanto, retornando ao seu escritório, o auditor passou a refletir: “será que aquele produto era realmente alumínio e com os percentuais de pureza que me informaram?”

Indique qual o procedimento que o auditor deveria ter efetuado para que essa dúvida fosse esclarecida.

a) Contactar um outro auditor mais experiente da empresa e pedir sua presença imediata para auxiliar no acompanhamento do inventário.

b) Pedir ao engenheiro presente no local do inventário que emita um certificado atestando os percentuais de pureza de cada pilha.

c) Retirar amostras de cada pilha de lingotes de alumínio para que sejam enviadas posteriormente para certificação por um profissional independente.

d) Interromper a contagem dos lingotes de alumínio e relatar que, por não conhecer o produto, o saldo de estoques deve ser ressalvado.

e) Acompanhar os procedimentos de contagem e relatar que, por não conhecer suas características, o saldo de estoque deve ser ressalvado.

11. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF – 2002) Durante o acompanhamento de um inventário físico de estoques, o auditor deve efetuar o cut-off para:

a) determinar o momento em que os registros contábeis auxiliares, bem como os documentos com eles relacionados, refletem o levantamento do inventário.

b) comprovar que efetivamente todos os itens a serem inventariados estão adequadamente acondicionados no almoxarifado da empresa.

c) determinar o momento em que as três últimas compras e as três últimas vendas de mercadorias ocorreram durante o inventário.

d) comprovar que os procedimentos adotados pela administração para a contagem de estoques são adequados às práticas usuais.

e) comprovar que os documentos de compras de mercadorias estão suportados por documentação suporte às necessidades da empresa.

12. (NCE/UFRJ – Auditoria Geral do MS – 2004) Uma técnica de auditoria independente chamada de cut-off é utilizada, entre outros, para

a) apurar o patrimônio líquido. b) calcular o valor de reserva de reavaliação.

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c) efetuar inventários, controlando as últimas entradas e saídas de estoques. d) apurar o good will. e) Elaborar o planejamento fiscal visando pagar menos tributos.

13. (FCC – TCE/MG – Inspetor de Controle Externo – 2007) Na auditoria dos investimentos classificados em longo prazo pela empresa auditada, o auditor não obteve evidências que suportem a contabilização. Nesse caso, o auditor pode

a) incluir item na carta de responsabilidade, fazendo com que a administração declare sua intenção de manutenção do investimento em longo prazo.

b) limitar o escopo de seu trabalho, não se manifestando sobre os investimentos da empresa.

c) determinar que o evento seja esclarecido em nota explicativa, demonstrando os efeitos gerados.

d) determinar a baixa do investimento, visto que não existe definição para sua realização.

e) registrar o investimento em curto prazo e exigir da empresa a retificação, atendendo a norma contábil.

14. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002.2) Um auditor, sabendo que a taxa de depreciação de um determinado grupo de imobilizado é de 10% ao ano e que não ocorreram adições ou baixas no período sob exame, efetua um cálculo global de despesa de depreciação no valor de $ 1.000. Se os saldos iniciais de custo do bem e da depreciação acumulada eram de $ 10.000 e $ 5.000, respectivamente, e o auditor constata que o livro contábil, no final do exercício, apresenta um saldo de $ 10.000 para o custo do imobilizado e $ 5.500 como depreciação acumulada, neste caso o auditor falhou em:

a) confiar demasiadamente no sistema da empresa. b) confiar que a taxa de depreciação era de 10% ao ano. c) não verificar os itens totalmente depreciados. d) não verificar os itens reavaliados do imobilizado. e) não considerar a adição de um novo imobilizado.

15. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social - AFPS - 2002) Para determinação da suficiência de cobertura de seguros para ativo imobilizado deve-se proceder ao confronto da cobertura da apólice com o valor:

a) da existência física do ativo imobilizado. b) das despesas antecipadas. c) total das despesas de seguros. d) do saldo contábil do ativo imobilizado. e) do Patrimônio Líquido.

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16. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) Uma firma de auditoria, ao circularizar os escritórios de advocacia, prestadores de serviços da empresa auditada, recebeu a seguinte posição de contingências, relativa aos R$ 3.000.000,00 em processos existentes:

I. Processos prováveis de perda pela empresa: 30%; II. Processos possíveis de perda por parte da empresa: 45%; III. Processos remotos de perdas por parte da empresa: 25%.

Assim, segundo a NPC-22, deve a empresa constituir provisão para contingências no valor de:

a) R$ 750.000,00 b) R$ 900.000,00 c) R$ 1.650.000,00 d) R$ 2.250.000,00 e) R$ 3.000.000,00

17. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) Constitui-se como elemento que diferencia e conduz a classificação de um processo como possível de perda e não como provável de perda:

a) a tendência jurisprudencial dos tribunais favoráveis à empresa. b) as teses já transitadas em tribunais superiores de teor semelhante, que

envolvam matéria de direito. c) a facilidade do processante dispor de provas documentais ou testemunhais. d) as decisões favoráveis e desfavoráveis de primeira instância de forma

equilibrada. e) a existência de provas periciais contrária à empresa.

18. (ESAF – SEFAZ/RN– AFTE– 2005) Para reconhecimento dos passivos tributários, em discussão jurídica, devem os escritórios de advocacia ou advogados da entidade auditada classificar o sucesso das causas em remoto, possível ou provável. Assim podemos afirmar que o auditor deve

a) calcular a provisão reconhecendo os passivos prováveis e analisando as probabilidades nos processos possíveis.

b) não-contabilizar provisão para as autuações que estejam sendo discutidas administrativamente, mesmo com posição desfavorável à entidade.

c) não-reconhecer referidos passivos porque se assim o fizer estará reconhecendo a obrigação.

d) compor a provisão sem considerar os processos com provável perda judicial.

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e) solicitar o registro contábil de provisão para processos com classificação remota de perda.

19. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social - AFPS - 2002) Em decorrência das respostas de circularização, de advogados internos e externos da empresa auditada, o auditor independente recebeu diversas respostas com opinião sobre a possibilidade remota de insucesso de ações de diversas naturezas, contra a empresa, já em fase de execução. Neste caso, o auditor deve:

a) concordar integralmente com os advogados. b) discordar parcialmente dos advogados. c) concordar parcialmente com os advogados. d) discordar integralmente dos advogados. e) não concordar nem discordar dos advogados.

20. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF – 2002) Como resposta a uma circularização de advogados, o auditor recebeu a seguinte resposta de um dos advogados da empresa auditada: o valor da ação, contra nosso cliente é 100.000 reais, e a expectativa de perda é remota. Baseado no julgamento do advogado, a posição do auditor é que a empresa

a) contabilize o valor total da ação e adicione uma nota explicativa. b) contabilize o valor parcial da ação e adicione uma nota explicativa. c) contabilize o valor parcial da ação sem uma nota explicativa. d) não contabilize o valor da ação e não inclua nota explicativa. e) não contabilize o valor da ação e adicione uma nota explicativa.

Gabarito:

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 A C C E B D A E C C 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A C A C D B D A D D

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Exercícios Propostos

01. (ESAF – SEFAZ/SP - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas – 2009) Sobre a auditoria independente, é correto afirmar que tem por objetivo:

a) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. b) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles

internos. c) emitir parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis. d) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a

justa solução do litígio. e) recomendar soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios.

02. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) A responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraudes e erros na empresa é: a) da administração. b) da auditoria interna. c) do comitê de gestão corporativa. d) do Conselho Fiscal. e) da auditoria externa.

03. (FGV – SEFAZ/RJ – Agente Fiscal de Rendas – 2009) A respeito de conceituação e objetivos da auditoria independente, analise as afirmativas a seguir:

I. A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, à legislação específica.

II. Na ausência de disposições específicas, prevalecem as práticas já consagradas pela profissão contábil, formalizadas ou não pelos seus organismos próprios.

III. O auditor considera adequadas e suficientes, para o entendimento dos usuários, as informações divulgadas nas demonstrações contábeis, apenas em termos de conteúdo, salvo declaração expressa em contrário, constante do parecer.

Assinale:

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a) se somente a afirmativa III estiver correta. b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

04. (FCC – SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – 2009) O trabalho de auditoria interna

a) tem maior independência que o de auditoria externa. b) é responsável pela implementação e pelo cumprimento dos controles

internos. c) deve estar subordinado ao da Controladoria da empresa. d) deve emitir parecer, que será publicado com as demonstrações contábeis. e) deve efetuar a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos.

05. (FUNRIO – Suframa - Auditor – 2009) A Auditoria Interna é exercida:

a) somente nas pessoas jurídicas de direito público interno. b) somente nas pessoas jurídicas de direito privado. c) somente nas pessoas jurídicas de direito público externo. d) somente nas pessoas jurídicas de direito público externo e de direito

privado. e) nas pessoas jurídicas de direito público, interno e externo e de direito

privado.

06. (ESAF – SEFAZ/RN – AFTE – 2005) Não é fator que impeça o auditor independente de aceitar trabalhos de auditoria em entidades:

a) vínculo conjugal com administradores da entidade. b) ter sido empregado da entidade há mais de dois anos. c) ser acionista da empresa auditada. d) ter interesse financeiro direto na entidade. e) fixar honorários condicionais à natureza do trabalho.

07. (ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle/Auditoria e Fiscalização – 2006) Ao tratar da independência, as Normas Brasileiras para o Exercício da Auditoria Independente definem "entidade relacionada" como aquela que possui uma das seguintes relações com a entidade auditada, exceto a

a) entidade que tem controle direto ou indireto sobre a entidade auditada, desde que a entidade auditada seja relevante para essa entidade.

b) entidade com interesse financeiro direto na entidade auditada, qualquer que seja a significância desse interesse financeiro na entidade auditada.

c) entidade sobre a qual a entidade auditada tenha controle direto ou indireto.

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d) entidade na qual a entidade auditada, ou uma entidade a esta relacionada, tenha um interesse financeiro direto que lhe proporcione influência significativa, ou seja, preponderância nas deliberações sociais, sobre essa entidade e o interesse seja relevante para a entidade auditada e sua entidade relacionada.

e) entidade sob controle comum ao da entidade auditada desde que essa entidade e a entidade auditada sejam, ambas, relevantes para a entidade controladora.

08. (ESAF – SEFAZ/CE – AFRE – 2006) Quando da utilização de serviços de especialista, não há responsabilidade do auditor

a) em confirmar se o especialista é habilitado. b) em questionar a capacidade do especialista, desde que habilitado. c) quando o especialista for funcionário da empresa auditada. d) se o especialista for independente e não possuir vínculo com a empresa. e) em divulgar o fato em parecer sem ressalva.

09. (ESAF – SEFAZ/RN – AFTE – 2005) No controle da qualidade dos seus serviços, o auditor deverá ___________, supervisionar e revisar o trabalho em todas as suas etapas, de modo a garantir aos usuários de seus serviços a certeza __________ de que o trabalho foi realizado de acordo com as ___________ de controle de qualidade requeridas nas circunstâncias.

a) planejar / razoável / normas b) reestruturar / parcial / normas c) organizar / mínima / leis d) elaborar / total / regulamentações e) auditar / razoável / leis

10. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social - AFPS - 2002) A auditoria deve ser realizada consoante os Princípios Fundamentais e as Normas Brasileiras de Contabilidade. Na ausência de disposições específicas, o auditor deve:

a) recusar o trabalho de auditoria e encaminhar relatório consubstanciado para a direção da empresa.

b) seguir as práticas utilizadas pela empresa de auditoria, ainda que não aceitas pelos órgãos regulamentadores.

c) seguir as práticas já consagradas pela Profissão Contábil, formalizadas ou não pelos seus organismos próprios.

d) seguir as teorias defendidas pela empresa de auditoria e não aceitas pelos organismos próprios.

e) omitir seu parecer, independente de quaisquer práticas realizadas, ainda que já estejam consagradas pela Profissão Contábil.

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11. (ESAF – Auditor-Fiscal da Receita Federal- AFRF – 2002) De acordo com a Resolução CFC nº 910/01, o objetivo da revisão pelos pares de auditoria é a

a) revisão interna das práticas de auditoria aplicadas por sócios de outros escritórios da mesma empresa de auditoria.

b) avaliação dos procedimentos adotados pelos auditores, com vistas a assegurar a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

c) revisão dos procedimentos e técnicas adotadas pelas empresas de auditoria que suportaram a emissão do parecer.

d) avaliação das práticas e das estimativas contábeis adotadas pelos auditores que suportaram a emissão do parecer.

e) revisão das políticas internas adotadas pelas empresas de auditoria na segregação de outros tipos de serviços prestados.

12 – (FCC – TRE/MS – Analista Judiciário, Área Administrativa, Contabilidade – 2007) A empresa Previdência S.A. contratou atuário autônomo para refazer os cálculos de seus planos de aposentadoria, utilizando uma nova tábua de mortalidade. O auditor ao concluir seus trabalhos ressalva o parecer, em decorrência de divergências relativas aos critérios adotados pelo atuário. Assim o auditor poderá:

a) manter sigilo com relação ao especialista, contratado pela empresa, não podendo mencionar no parecer.

b) fazer menção ao trabalho do especialista em seu parecer. c) ser obrigado a refazer o trabalho do especialista registrando no balanço os

valores corretos. d) emitir parecer conjunto com o especialista, conciliando as duas posições. e) exigir que a empresa faça a evidenciação em nota explicativa, sem menção

no parecer.

13. (ESAF – SEFIN/NATAL – Auditor do Tesouro Municipal - 2001) Um funcionário da entidade auditada, em conluio com o fornecedor, realizou pagamentos por serviços não prestados. Esse fato:

a) constitui uma limitação inerente dos sistemas de controles internos. b) será detectado nos exames de auditoria de “circularização” de

fornecedores. c) será detectado nos exames de auditoria de pagamentos subseqüentes. d) será detectado no acompanhamento do inventário físico de estoques. e) constitui uma das hipóteses de emissão de parecer com ressalva.

14. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor do Tesouro Municipal - 2001) Indique a opção que representa um conflito de funções, no âmbito da avaliação de controle interno da auditoria de demonstrações contábeis.

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a) Cotações de preços junto a fornecedores realizadas pela área de compras. b) Conferência de apontamentos de horas pela área de pessoal. c) Aprovação de tabelas de preços pela diretoria comercial. d) Recepção e conferência de mercadorias pela área de compras. e) Emissão de cheques para pagamentos pela área de contas a pagar.

15. (FCC –SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas I – 2006) A possibilidade de o auditor vir a emitir um parecer que contenha opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas denomina-se risco

a) de auditoria. b) amostral. c) inesperado. d) de detecção. e) de controle.

16 - (FGV – SEFAZ/RJ – Agente Fiscal de Rendas – 2007) Avalie as afirmativas a seguir:

I. Risco de auditoria é o risco de que o auditor possa inadvertidamente não modificar adequadamente seu parecer sobre demonstrações contábeis que contêm erros ou classificações indevidas materiais.

II. Risco inerente é o risco de que um erro ou classificação indevida materiais que possam constar de uma afirmação não sejam evitados ou detectados tempestivamente pelos controles internos da entidade.

III. Risco de controle é a suscetibilidade de uma afirmação a um erro ou classificação indevida materiais, supondo que não haja controles.

IV. Risco de detecção é o risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação indevida relevantes que existam em uma afirmação.

Assinale:

a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. b) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

17 - (FCC – TRT 6ª Região – Analista Jud. – Especialidade Contabilidade– 2006) Analise as proposições:

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I. A relevância deve ser considerada pelo auditor quando determinar a natureza, a extensão e oportunidade dos procedimentos de auditoria.

II. Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor obter, com a amostragem, conclusões diferentes do que obteria se aplicasse o teste à toda população de dados contábeis.

III. O planejamento da auditoria, quando incluir a designação de equipe técnica, deve prever a orientação e supervisão do auditor, que deve dividir com essa equipe a responsabilidade pelos trabalhos executados.

É correto o que consta APENAS em

a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.

18 - (FCC – TCE/MG – Inspetor de Controle Externo – 2007) O auditor está elaborando seu planejamento de auditoria para a empresa NovaData S.A, cliente novo da carteira. Em seu planejamento inclui:

I. Ter conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e seu grau de confiabilidade.

II. Identificar a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas.

III. A forma de utilização dos trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e auditores internos.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III.

19. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor de Tributos Municipais - 2008) A empresa Celta S.A. apresentou um nível de ociosidade de 30% de sua capacidade instalada. Seu gestor, com o objetivo de apresentar resultados mais condizentes com a performance de seus negócios, decidiu reter essa ociosidade no processo produtivo, dimensionando esses valores e mantendo-os nos estoques. O auditor, ao realizar os testes nas contas de estoques, deve concluir que o saldo da conta:

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a) Estoques está superavaliado, visto que não é permitido no sistema de custeio reconhecer a ociosidade.

b) Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado por ter reconhecido mais custos do que deveria apropriar aos resultados.

c) Fornecedores está superavaliado por não ter sido apropriado aos custos dos produtos.

d) Depreciação está superavaliado, visto ter reconhecido mais depreciação em função da ociosidade.

e) Estoques está correto, visto que desde que fundamentado a ociosidade pode ser retida nos custos.

20. (ESAF – SEFIN/Natal – Auditor do Tesouro Municipal - 2001) No processo de acompanhamento do inventário físico de estoques de matéria-prima, o auditor constatou a existência de quantidades relevantes de itens que não constavam dos registros físico-financeiros e contábeis. Neste caso, o auditor pode ter descoberto

a) ativos e passivos fictícios b) ativos e passivos ocultos c) ativos ocultos e passivos fictícios d) ativos fictícios e passivos ocultos e) ativos obsoletos e passivos a descoberto

21. (FCC / 2006 / PMJAB - Auditor Tributário) O auditor tributário, ao avaliar os débitos pendentes de recebimento na Prefeitura, de IPTU −Imposto Predial e Territorial Urbano, percebe que tem sido constante a confirmação por parte dos contribuintes de pagamentos de débitos não baixados pela Prefeitura. Ao emitir carta, solicitando a comprovação de débitos ou dos saldos em aberto, antes da emissão de nova cobrança, o auditor fiscal estará realizando um procedimento de auditoria denominado

a) inventário físico. b) amostragem. c) lançamento. d) arbitragem. e)circularização.

22. (ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle/Controle Interno - 2008) Considerando o que dispõe a NBC-T-11, assinale a opção correta.

a) Testes de transações e de saldos são testes substantivos. b) Considera-se erro o ato intencional de omissão ou manipulação de

transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis.

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c) Os testes substantivos visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento.

d) Considera-se fraude o ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis.

e) Procedimentos de revisão analítica são testes de observância.

23. (ESAF – SEFAZ/CE – AFRE – 2006) Os testes de observância visam:

a) confirmar que as normas e procedimentos da empresa estejam estabelecidos e previstos em seus manuais.

b) estabelecer normas para implantação dos controles internos na empresa. c) evidenciar que os procedimentos estabelecidos pela empresa estão

funcionando e sendo cumpridos na prática. d) assegurar que as demonstrações contábeis sejam apresentadas a todos os

usuários. e) garantir que os administradores da empresa estejam implantando os

sistemas de controles internos.

24. (FCC – TRE/SE – Analista Jud. – Especialidade Contabilidade – 2007) O auditor externo, ao analisar as contas da Empresa Alienauto S.A. Concessionária de Veículos, constata que, na requisição de um automóvel para uso exclusivo da diretoria da empresa, o contador mantém o registro do referido automóvel no Estoque. Assim, o auditor considera o saldo da conta de

a) Veículos superavaliado, em decorrência do lançamento efetuado erroneamente.

b) Veículos sub-avaliado, em decorrência do lançamento efetuado erroneamente.

c) Estoques correto, em virtude de ser facultativa a contabilização tanto no estoque, como no imobilizado para empresas deste ramo de negócio.

d) Estoques correto, visto que o veículo pode vir a ser vendido pela empresa. e) Estoques errado, visto que referido veículo deveria estar registrado na

conta de investimentos.

25. (ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle/Controle Interno – 2008) Quando da aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve considerar alguns procedimentos técnicos básicos. Um deles – a revisão analítica – tal como a define a NBC-T-11, consiste no (a):

a) exame de registros, documentos e de ativos tangíveis. b) acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução. c) obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da

transação, dentro ou fora da entidade.

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d) conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros e demonstrações contábeis e outras circunstâncias.

e) verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas.

26. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social - AFPS - 2002) Normalmente, o auditor efetua a conferência da exatidão de rendimentos de aplicações financeiras de longo prazo considerando as receitas auferidas destas aplicações de acordo com o regime de competência. Esse procedimento de auditoria é denominado:

a) inspeção b) cálculo c) observação d) revisão analítica e) investigação

27. (FCC – METRO/SP - Anal.Trainee-Ciênc.Contábeis - 2008) Considere as afirmações a seguir:

I. Quanto melhor o resultado dos testes de observância, maior o risco da auditoria.

II. Os procedimentos de revisão analítica fazem parte dos testes substantivos. III. Em auditorias de contas a receber e a pagar, utiliza-se comumente o teste

substantivo de confirmação. IV. O auditor é responsável pela execução de procedimentos relativos a

eventos subsequentes após a data de seu parecer, independentemente de comunicação do fato pela entidade auditada.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV.

28 - (FUNDATEC - CEEE – Contador - 2008) Os testes de observância aplicados em auditoria interna visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:

1 - Inspeção. 2 - Observação.

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3 - Investigação e Confirmação.

Relacione os procedimentos acima com os respectivos conceitos previstos nas normas vigentes.

(...) Acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução. (...) Verificação de registros, documentos e ativos tangíveis. (...) Obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações dentro ou fora da entidade.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) 1 – 2 – 3. b) 1 – 3 – 2. c) 2 – 1 – 3. d) 2 – 3 – 1. e) 3 – 1 – 2.

29. (FCC / 2008 / METRO - Anal.Trainee-Ciênc.Contábeis) Para obter uma evidência conclusiva quanto à suficiência e validade do sistema de controle interno da entidade auditada, inclusive o adequado cumprimento por parte dos funcionários, o auditor deve aplicar os testes

a) de cálculos. b) de relevância. c) de observância. d) substantivos. e) de confirmação.

30. (FCC –SEFAZ/PB – AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL – 2006) O auditor ao aplicar os testes de superavaliação ou subavaliação nas contas de Ativos e Passivos objetiva confirmar se o contador observou, na elaboração das demonstrações contábeis, o princípio

a) da entidade. b) da oportunidade. c) da materialidade. d) do custo como base do valor. e) da prudência.

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Gabarito:

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 C A B E E B E B A C 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 B B A D A B A E E B 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 E A C B E B C C C E

Bibliografia

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 820/97 (e suas atualizações) - NBC T 11 (Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis).

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. São Paulo: Ed. Atlas, 2007.

ATTIE, Wiliam. Auditoria – Conceitos e Aplicações. São Paulo: Ed. Atlas, 2009.

BOYNTON, Marcelo Willian C. Auditoria. São Paulo: Ed. Atlas, 2002.

FERREIRA, Ricardo J. Manual de Auditoria: teoria e questões comentadas. Rio de Janeiro: Ed. Ferreira, 2009.

FRANCO, Hilário. Auditoria Contábil. São Paulo: Ed. Atlas, 2009.

JUND, Sérgio. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e procedimentos. Rio de Janeiro: Ed. Campus-Elsevier, 2006.