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AUDIÊNCIA PÚBLICA LICENCIAMENTO DO PROJETO DE READEQUAÇÃO DAS LINHAS DE ESCOAMENTO PARA DEMANDAS CRESCENTES DO TERMINAL DE CAMPOS ELÍSEOS TECAM Data: 14 de maio de 2014 Horário: 19h 5 Local: Ginásio Waldir Pereira 25 de Agosto Duque de Caxias/RJ Sr. Antônio Carlos Gusmão Representante Comissão Estadual de Controle Ambiental/RJ: Alô, alô. Boa noite. Boa noite! Público: Boa noite! 10 Sr. Antônio Carlos Gusmão Representante Comissão Estadual de Controle Ambiental/RJ: Então meus amigos, muito prazer em conhecê-los, revê-los. Meu nome é Antônio Carlos Gusmão. Eu sou da Comissão Estadual de Controle Ambiental que é um órgão da estrutura administrativa ambiental do Estado do Rio de Janeiro. E a nossa missão hoje aqui é realizar essa Audiência Pública aqui no município 15 de Duque de Caxias para apresentar esse projeto da PETROBRAS que é a Readequação das Linhas de Escoamento para Demandas Crescentes do Terminal de Campos Elíseos o Terminal Tecam. E a Audiência Pública é uma etapa do procedimento de licenciamento ambiental no qual o empreendimento é apresentado para a sociedade, para as pessoas que estão aqui hoje e 20 apresentar o estudo que foi feito em relação aos impactos que esse empreendimento pode causar ao ambiente. Então uma dessas etapas desta fase do licenciamento que é quando a empresa pediu para implantar essas linhas de escoamento, é apresentar o projeto aqui para a comunidade dentro dessa Audiência Pública. 25 A Audiência Pública ela tem um rito, ela tem uma forma de proceder. Vocês receberam uma pasta na entrada aqui do, do nosso auditório, receberam uma folha que podem fazer as suas perguntas que vocês podem ter curiosidade durante a audiência. Então inicialmente é apresentado pelo, inicialmente vou compor a mesa aqui para apresentar para vocês as pessoas, não é? 30 Então meu nome é Gusmão, Antônio Carlos Gusmão. Eu sou da CECA e eu vou aqui conduzir a audiência. Dentro da estrutura existe o nosso colega professor Luiz Heckmaier que é do INEA e faz parte do grupo de trabalho do INEA que está analisando esse pedido de licenciamento. E o Heckmaier vai mostrar para vocês, inicialmente, como é que esse processo está se 35 desenrolando no INEA, quando começou, enfim, a história dele no INEA.

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AUDIÊNCIA PÚBLICA – LICENCIAMENTO DO PROJETO DE READEQUAÇÃO DAS

LINHAS DE ESCOAMENTO PARA DEMANDAS CRESCENTES DO TERMINAL DE

CAMPOS ELÍSEOS – TECAM

Data: 14 de maio de 2014

Horário: 19h 5

Local: Ginásio Waldir Pereira

25 de Agosto – Duque de Caxias/RJ

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Alô, alô. Boa noite. Boa noite!

Público: Boa noite! 10

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Então meus amigos, muito prazer em conhecê-los, revê-los.

Meu nome é Antônio Carlos Gusmão. Eu sou da Comissão Estadual de Controle

Ambiental que é um órgão da estrutura administrativa ambiental do Estado do Rio de

Janeiro. E a nossa missão hoje aqui é realizar essa Audiência Pública aqui no município 15

de Duque de Caxias para apresentar esse projeto da PETROBRAS que é a Readequação

das Linhas de Escoamento para Demandas Crescentes do Terminal de Campos Elíseos –

o Terminal Tecam.

E a Audiência Pública é uma etapa do procedimento de licenciamento ambiental no qual o

empreendimento é apresentado para a sociedade, para as pessoas que estão aqui hoje e 20

apresentar o estudo que foi feito em relação aos impactos que esse empreendimento

pode causar ao ambiente.

Então uma dessas etapas desta fase do licenciamento que é quando a empresa pediu

para implantar essas linhas de escoamento, é apresentar o projeto aqui para a

comunidade dentro dessa Audiência Pública. 25

A Audiência Pública ela tem um rito, ela tem uma forma de proceder. Vocês receberam

uma pasta na entrada aqui do, do nosso auditório, receberam uma folha que podem fazer

as suas perguntas que vocês podem ter curiosidade durante a audiência.

Então inicialmente é apresentado pelo, inicialmente vou compor a mesa aqui para

apresentar para vocês as pessoas, não é? 30

Então meu nome é Gusmão, Antônio Carlos Gusmão. Eu sou da CECA e eu vou aqui

conduzir a audiência.

Dentro da estrutura existe o nosso colega professor Luiz Heckmaier que é do INEA e faz

parte do grupo de trabalho do INEA que está analisando esse pedido de licenciamento. E

o Heckmaier vai mostrar para vocês, inicialmente, como é que esse processo está se 35

desenrolando no INEA, quando começou, enfim, a história dele no INEA.

Depois disso, a empresa vai apresentar o projeto e em seguida a empresa que fez o

estudo ambiental vai mostrar quais são esses impactos, quais são as medidas

compensatórias e mitigadoras, os programas ambientais.

E aqui na audiência são divididas duas mesas: a mesa que nós estamos aqui é a mesa 40

das autoridades. E aqui está presente o professor Luiz Heckmaier, nós temos também a

secretária da audiência que é a nossa colega Ana Cláudia da CECA.

(Aplausos)

E o professor Luiz Heckmaier também presente e o nosso colega da Secretaria Municipal

de Meio Ambiente de Duque de Caxias que é o Romildo José. 45

Muito obrigado pela presença.

(Aplausos)

E eu vou convidar aqui as pessoas que vai participar da mesa que são os colegas da

PETROBRAS e da PLANAVE. E nós, esqueceria o senhor Marcos Dertoni, Marineusa

Nogueira, André Pinhel, Marcos Pozzato, eles podem sentar aqui na mesa, por favor. Por 50

favor, podem tomar os seus lugares.

E também registrar a presença da Gláucia e da Alessandra que são nossas colegas e

fazem a tradução simultânea na Linguagem Brasileira de Sinais que é a Libras.

(Aplausos)

E também registrar a presença do senhor Lucas Rafael que é da Secretaria Municipal de 55

Planejamento, Habitação e Urbanismo aqui de Duque de Caxias. Cadê o senhor Lucas

Rafael? Sr. Lucas está presente? Cadê ele?

Também a presença do senhor João Ariel Blanco que é secretário municipal de Defesa

Civil. Onde é que está o nosso colega? O João Ariel? Muito obrigado pela presença.

E está sendo entregue aqui na mesa agora um documento do Fórum dos Atingidos pela 60

Indústria do Petróleo e Petroquímica nas Cercanias da Baía de Guanabara, que está

apresentando aqui um documento, não é isso, que vai ser registrado aqui que solicita

conclusão, a suspensão da Audiência Pública por não atender a lei. Tá certo.

Aqui a alegação é que o EIA e o RIMA não foram disponibilizados para os interessados,

as autoridades e devem informar. 65

Isso tudo foi cumprido. Eu não tenho como agora suspender a Audiência Pública. O que

nós podemos fazer é dar entrada, receber, registrar e caso isso tenha todo o

fundamento...

(Fala sem uso do microfone)

Isso foi cumprido, todas as etapas para a realização para a realização da audiência, 70

senão a gente...

(Fala sem uso do microfone)

A audiência é gravada. E vocês poderão se manifestar durante a audiência. E caso o que

vocês estão alegando tenha fundamento, aí vai ser suspenso isso tudo.

(Fala sem uso do microfone) 75

Tá certo.

Então, quer dizer, eu convido a vocês a participarem, está registrado. Se isso tiver

fundamento a audiência vai ser anulada, terá outra audiência. Mas na nossa maneira de

verificar está tudo sendo atendido, tá certo?

Então nós vamos agora iniciar, aliás, executar o Hino Nacional e eu peço que os nossos 80

colegas iniciem o Hino Nacional.

(Execução do Hino Nacional Brasileiro)

(Aplausos)

(Fala sem uso do microfone)

Bem, nós temos aqui então, uma associação do Fórum dos Atingidos pela Indústria do 85

Petróleo e Petroquímica nas Cercanias da Baía de Guanabara está entrando com um

documento alegando, solicitando o cancelamento da Audiência Pública, não é isso?

E entre as alegações aqui, que o Estudo de Impacto Ambiental não foi disponibilizado

nem pela internet, apenas o RIMA. E ficamos indignados com a afirmação.

Bem, a resolução que estabelece os critérios para a realização da Audiência Pública, 90

estabelece que a empresa deve disponibilizar, o que são dois estudos: um se chama EIA

que é o Estudo de Impacto Ambiental que é um documento grande, muito complexo com

todos os impactos, as informações e existe o RIMA que é o Relatório de Impacto ao Meio

Ambiente que é o EIA de uma forma compacta numa linguagem acessível a todas as

pessoas. 95

Quando o INEA estabelece as regras para o licenciamento desse tipo de empreendimento

que precisa ter Estudo de Impacto Ambiental e o relatório, a empresa recebe uma

atribuição que é distribuir o RIMA para todos aqueles interessados ou para todos aqueles

locais que o INEA determina.

E isso foi feito. O RIMA foi distribuído para todas essas entidades, para todas essas, 100

esses locais que foram determinados.

Não há necessidade, a legislação não estabelece que o EIA também tem que ser

distribuído porque o EIA fica a disposição no INEA, fica a disposição na CECA para as

pessoas que quiserem consultar.

Então eu não posso agora cancelar a Audiência Pública sob a alegação que também não 105

foram distribuídas cópias do EIA. Eu acredito que vocês...

(Fala sem uso do microfone)

O RIMA, a legislação determina que o RIMA deve estar distribuído em todos esses locais.

(Fala sem uso do microfone)

Então nós temos aqui uma relação de todos os locais que o RIMA foi apresentado e 110

distribuído. Quer dizer, é feito um documento do INEA, consta de um processo

administrativo e aqui diz que o RIMA foi distribuído para a Prefeitura Municipal de Duque

de Caxias, para a Câmara Municipal de Duque de Caxias, para a Assembleia Legislativa,

para a ALERJ, para o IBAMA, para a CECA, para o Ministério Público Federal, para o

Ministério Público Estadual, para o Instituto Chico Mendes, Instituto de Patrimônio 115

Histórico e para a Coordenação de Meio Ambiente do GATE que é o Grupo de Apoio

Técnico do Ministério Público.

Então essa etapa foi cumprida.

(Fala sem uso do microfone)

Pois não. Eu só solicito para ficar bem claro que vocês falem no microfone, por favor. 120

Queria que disponibilizasse um microfone para os colegas aqui do Fórum dos Atingidos

pela Indústria do Petróleo.

Aí vocês falando fica tudo gravado, vai tudo, que a Audiência Pública ela tem uma ata.

Essa ata é uma ata sucinta, é um resumo. Mas existe a transcrição da audiência que é

tudo que está se falando aqui é gravado, por isso que todas as intervenções e perguntas 125

importante que a gente faça no microfone. Tá certo?

Queria também... Pois não.

Sr. Sebastião Fernandes Raulino – Representante Fórum dos Atingidos pela

Indústria do Petróleo e Petroquímica nas Cercanias da Baía de Guanabara: Boa noite

a todos. A gente está aqui querendo... 130

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Seu nome, seu nome.

Sr. Sebastião Fernandes Raulino – Representante Fórum dos Atingidos pela

Indústria do Petróleo e Petroquímica nas Cercanias da Baía de Guanabara: Meu

nome é Sebastião Fernandes Raulino. Sou professor, sou também membro do Fórum dos 135

Atingidos pela Indústria do Petróleo e Petroquímica nas Cercanias da Baía de Guanabara;

um fórum que reúne sindicatos de petroleiros, reúne moradores, Federação de Moradores

de Duque de Caxias, ONGs, reúne outras instituições também como Museu Vivo do São

Bento, Centro de Referência do Patrimônio Histórico de Duque de Caxias, enfim, uma

série de instituições preocupadas com os danos não só em situação de acidente como 140

aconteceu há quinze dias mas com danos cotidianos a nossa vida, na saúde. Aquilo que

se reflete na saúde, no dia-a-dia, nos ricos de acidentes, nos dutos e etc.

Preocupados com isso, com os destinos da nossa vida, a gente formou o fórum.

E na questão particular do licenciamento desse projeto, segundo o nosso entendimento e

o que diz a lei e o Conselho Nacional do Meio Ambiente e Lei Estadual 1356/88, o Estudo 145

de Impacto Ambiental aí ele deve estar disponibilizados para todos, inclusive

Organizações Não Governamentais, não apenas de Governo.

Isso não significa que uma cópia impressa tenha que ser entregue em todos os lugares.

Mas pelo menos na internet nós deveríamos ter acesso. Como foi o caso na audiência

realizada dia seis de maio sobre a Etapa 2 do Pré-Sal que aconteceu no Centro de 150

Convenções SulAmérica.

Tanto o Estudo de Impacto Ambiental com suas catorze mil páginas divididas em vários

capítulos como o Relatório de Impacto Ambiental que é a versão mais simplificada

estavam na internet para serem baixados, serem estudados. Cópias impressas foram

distribuídas do RIMA também. E uma cópia em CD distribuída do EIA. 155

Enfim, uma situação diferente da de hoje. Nós, Duque de Caxias – Baixada Fluminense

não somos cidadãos de segunda categoria. Nós não somos pessoas menores. Nós não

somos sub-raça. Como um secretário de Estado falou com uma autoridade num outro dia

fazendo uma piada sobre a Baixada.

Então, a gente deseja para que essa audiência não seja uma festa, uma festa para, de 160

novo, garantir a existência de um empreendimento que gera uma riqueza enorme, mas

que fica distante de Duque de Caxias na saúde, na educação, nas condições de vida, na

qualidade do ar.

Para não ser mais um empreendimento a fazer essa festa e depois a gente sofrer na

carne, a gente exige que pelo menos a legislação seja completamente respeitada. Esse é 165

o mínimo.

(Aplausos)

Caxias, cada cidadão de Duque de Caxias tem que se entender com o respeito que se

merece como ser humano em que cresce em idade, sabedoria e graça como Jesus

cresceu e eu trago aqui o meu aspecto de fé que eu acho importante. 170

Então a gente tem que se colocar sim também diante das autoridades estaduais, dos

gerentes, engenheiros, pessoas que muitas vezes vem da cidade do Rio de Janeiro,

moram na Zona Sul carioca, na Barra da Tijuca e muitas vezes nos olham assim, com

olhar diferenciado.

A gente é gente, gente de respeito. A gente merece que a lei seja cumprida em sua 175

totalidade para nós.

Por isso essa Audiência Pública, a gente está questionando ela.

Presidente do Sindicato dos Petroleiros Simão Zanardi, também do fórum.

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Companheiros, meu nome é Simão Zanardi, estou atualmente presidente do 180

SINDIPETRO Duque de Caxias e sou diretor da Federação Única dos Petroleiros, diretor

jurídico.

E queria falar que essa assembleia pela lei ela é nula porque documentos não foram

disponibilizados publicamente para a gente.

E falar que nós não queremos ver acidentes em Duque de Caxias igual a 1972, que 185

matou quarenta e duas pessoas na refinaria. Acidentes como em janeiro, quatro de

janeiro quando pegou fogo na refinaria e ela quase foi pelos ares. Acidente que aconteceu

no dia trinta de abril quando a REDUC inteira apagou e não tinha um plano de

contingência para conter a refinaria, que apagaram todas as luzes.

Companheiros, se essa audiência for em frente, está sendo passado por cima da 190

população de Duque de Caxias, dos movimentos populares e do Sindicato dos Petroleiros

e sua organização.

(Aplausos)

Nós não podemos permitir esse tipo de tratamento.

A PETROBRAS está gastando bilhões, bilhões em investimentos e a rua, a Estrada da 195

Fabor está lá caindo aos pedaços. Os caminhões encalacrados e quando chove tem

enchente. Tem um posto de vistoria do DETRAN lá no Polo Petroquímico que atrai

milhares de pessoas para fazer vistoria do carro.

Essa audiência, se essas autoridades aqui tem respeito, se o INEA defende realmente o

povo e o meio ambiente, ele vai parar essa audiência agora. 200

(Aplausos)

Muito bem, Muito bem, deixa ela falar.

Sra. Fátima Pereira – Vereadora Duque de Caxias/RJ: Boa noite. Boa noite. Eu sou a

vereadora Fatinha e quero dizer a vocês, vocês estão corretíssimos.

E eu quero dizer aqui para vocês que diante da necessidade da REDUC em conseguir o 205

licenciamento ambiental do Projeto de Readequação das Linhas de Escoamento para as

Demandas Crescentes do Terminal de Campos Elíseos eu, representante do povo,

principalmente da Cidade de Duque de Caxias, necessito de esclarecimentos mais

objetivos sobre o assunto.

Gostaria muito de saber em primeiro lugar, para onde vão escoar o nafta e o diesel. 210

Também consta que vocês poderão exportar para via de Terminal Aquaviário da Baía de

Guanabara para onde nos leva a crer que será destinado ao COMPERJ que fica em

Itaboraí. Essa informação deveria estar no início do relatório e não escondida como eu

percebi.

No início do texto consta apenas que será do TECAM para a REDUC. O que claramente 215

nos induz a um equívoco e que também requer uma atenção especial.

A questão é: por que esse item tão importante não está explícito a nós cidadãos? Qual o

objetivo dessa falta de clareza?

Com essa aprovação, vocês terão todo o aval para depois fazer um ligamento que cortará

a Baía de Guanabara até Itaboraí. E ainda ter transportes em navios o que pode gerar 220

sérios impactos ambientais e sem a nossa autorização.

Isso é um caso de maior gravidade para ser tratado aqui e vocês sequer falaram dos

impactos que essa outra ligação trará para a nossa população.

Vocês devem reelaborar outro EIA/RIMA. Necessitamos que verdadeiramente reelaborem

outro EIA/RIMA que é o conjunto de estudos realizados por especialistas de diversas 225

áreas com dados técnicos detalhados para informar essa outra ligação e sobre a

cabotagem. O atual está completamente insuficiente de informações. Caso contrário, não

poderemos aprovar tamanha contradição.

É importante ressaltar, é muito importante ressaltar que o histórico da PETROBRAS em

relação aos problemas ambientais não é favorável. E já colocou em risco a vida da 230

população e dos seus próprios funcionários como o companheiro aqui acabou de dizer.

Vocês todos sabem que a PETROBRAS foi multada em dois milhões por emissão de

poluentes na REDUC.

Vazamento de gás intoxica funcionários da REDUC em Duque de Caxias.

Treze anos de impunidade pelo maior vazamento de óleo em duto da PETROBRAS na 235

Baía de Guanabara.

Em cinquenta e dois anos que os benefícios que a REDUC, a PETROBRAS informa em

festas conforme o companheiro aqui disse. Que benefícios são esses?

Pelo amor de Deus, a população de Campos Elíseos sofre com a falta de saneamento

básico e toda a população ao redor de todas as comunidades. 240

Nós não podemos dizer que isso aqui é uma festa. Porque quem está sendo prejudicados

são os nosso munícipes e todas escondidas porque estão aqui hoje pessoas que foram

convidadas por moradores uns aos outros. Estão aqui também pessoas que eu consegui

trazê-los para ver e são poucos.

A nossa população só que mora em torno da REDUC são mais de duzentos e cinquenta 245

mil habitantes. É um absurdo isso que está acontecendo! Tudo às escondidas.

Então meu companheiro, amigo nós precisamos nos unirmos e eu quero dizer que Duque

de Caxias merece respeito, compromisso, comprometimento, responsabilidade que nunca

REDUC – PETROBRAS tiveram com os nossos munícipes.

Muito obrigada e uma boa noite. 250

(Aplausos)

Sr. Moacir Anselmo dos Santos – Vereador Duque de Caxias/RJ: Bem, boa noite

pessoal. Eu sou o vereador Moa. Na minha campanha eu diria, eu digo sempre que a

REDUC é nossa. Sou morador do Pilar.

Nós não estamos aqui para atrapalhar nada. A razão de estarmos aqui é exatamente para 255

evitar que covardias continuem acontecendo.

Eu não sei se o pessoal aqui sabe, mas tinha um bilhão de reais, um bilhão, um TAC que

deveria ser usado para amenizar a questão da poluição e ser usado nos bairros em torno.

Alguém que mora em Campos Elíseos, Pilar, viu esse um bilhão?

Público: Não. 260

Sr. Moacir Anselmo dos Santos – Vereador Duque de Caxias/RJ: Então nós estamos

aqui, eu e a vereadora Fatinha, eu sou presidente da comissão que vai discutir, é um

bilhão, compadre. Um bilhão. Um bi, bi. Um bi que deveria ser usado para despoluir a

Baía de Guanabara, ser usado em torno...

Hoje Campos Elíseos não tem uma área de fuga. Não tem, cara. Se o bagulho explodir lá, 265

o pessoal não tem nem como fugir.

Então a razão de estarmos aqui é porque nós vereadores não somos contra o

desenvolvimento, não somos contra o progresso. Só que não vai poder continuar um

progresso passando por cima das pessoas.

Então tudo que a REDUC tiver que explicar para nós, vai ter que explicar. Tudo que 270

Campos Elíseos, Caxias tiver direito, a resposta, eles vão ter que responder.

Então essa é a razão de estarmos aqui.

Essa audiência deveria estar acontecendo lá no Segundo Distrito porque antes da

poluição chegar aqui, chega primeiro lá.

(Aplausos) 275

Quando explode, é cara, quando explode a parada lá, hoje o cara que trabalha na

REDUC ele tem direito a trinta por cento de periculosidade. Tá legal. E o cara que mora

do lado? Não corre perigo nenhum?

Então nós estamos aqui para dizer assim: olha só, a Câmara de Vereadores de Duque de

Caxias não vai dar mole. Não estamos de bobeira. E a sacanagem que fizeram esses 280

anos inteiros, acabou. Vai acabar, vai ter que parar. Valeu.

(Aplausos)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Bem deixa agora, só um instantinho professor. Por favor, por favor, por

favor. Aguarda e deixa eu conversar. 285

Agora eu quero esclarecer. Vocês usaram a palavra, as pessoas compreenderam.

Tudo o que foi dito aqui tem fundamento. Tudo o que foi dito aqui, vocês tem razão. São

moradores da região. Vocês tem suas questões.

A única coisa que eu quero argumentar com vocês aqui e que a vereadora que, até

agradeço a presença aqui de todos novamente aqui na audiência, a vereadora está com 290

uma série de dúvidas em relação ao Estudo de Impacto Ambiental. Colocou aqui alguns

itens.

O que eu quero dizer para vocês é uma coisa. O que nós estamos fazendo aqui é um

exercício de cidadania, democracia, todos podem falar, todos podem colocar os seus

pontos de vista. Não há dúvida. 295

Só que existe uma regra para isso. Existe uma resolução do CONEMA que é a Resolução

35/11 que nós usamos para as Audiências Públicas aqui no Rio de Janeiro. E nessa

resolução estabelece os princípios da publicidade e os princípios da informação.

O quê que quer dizer isso?

A audiência tem que ser divulgada em jornais, no Diário Oficial. O RIMA tem que ficar a 300

disposição da sociedade e quando vocês aqui solicitam a suspensão ou o cancelamento

da audiência, vocês mencionam a Resolução CONAMA 09/87, mas nós aqui usamos a

Resolução CONEMA 35 em todos os procedimentos e ritos de publicidade e divulgação

foram cumpridos. Se não nós não estaríamos aqui.

O RIMA está no site do INEA. Verificamos aqui o site do Ministério Público. 305

Então o objetivo aqui é apresentar para as pessoas o projeto, faz parte do licenciamento

ambiental essa etapa. E nós, a oportunidade que existe para isso é esse momento aqui.

E eu não posso cancelar uma audiência sem ter uma, professor, sem ter uma

fundamentação mais que de fato atinja qual é o ponto que vai impedir a realização da

audiência. Senão eu vou responder. 310

É uma situação difícil. Se eu não fizer a audiência, eu respondo por não ter feito numa

situação que eu não podia ter cancelado. E se eu fizer audiência descumprindo aquelas

falhas que vocês estão apontando, eu também sou responsável. Só que o que vocês

estão apontando eu estou esclarecendo que foi atendido.

Por isso que eu não posso deixar, até como respeito às pessoas que vieram aqui, de 315

apresentar o projeto, de apresentar o estudo, de escutar as pessoas as perguntas e as

contribuições que vocês tem para fazer.

E caso seja decidido, caso seja entendido que tenha que se realizar uma outra audiência,

será realizada uma outra, uma terceira porque a legislação não fala em uma audiência. A

legislação diz que tem que ser realizada uma audiência e outras caso o assunto não seja 320

finalizado aqui, exaurido na reunião e se tenha, não tenha sido cumprido alguma etapa

para marcação da audiência.

Então eu quero que vocês entendam o seguinte: eu não posso agora cancelar uma

audiência que foi tudo cumprido integralmente.

Agora essas alegações que vocês tem do acidente de 72, do derrame da Baía de 325

Guanabara isso tudo são assuntos que infelizmente aconteceram na nossa história, é ou

não é?

(Fala sem uso do microfone)

O RIMA?

(Fala sem uso do microfone) 330

Tá certo. O RIMA foi colocado na página, em todos os sites. O RIMA, que foi solicitado

uma análise de risco e essa análise de risco também está à disposição das pessoas.

Então o que eu quero fechar aqui é o seguinte, professor: nós temos que fazer a

Audiência Pública. Se por acaso alguma coisa não for cumprida, nós comprometemos a

fazer outra, inclusive onde vereador está sugerindo fazer. 335

Agora eu não posso, professor, presidente, é chegar aqui para as pessoas que estão

aqui, que vieram e não deixar de... É como se a gente estivesse no Maracanã, é ou não

é? Brasil e Croácia, todo mundo lá. Não, porque a bola não é a Brazuca, é ou não é?

(Fala sem uso do microfone)

Lógico. Temos que cumprir a Resolução 35/11 e vocês estão fundamentando... 340

Então o compromisso que nós queremos ter com vocês aqui é esse: caso não haja um

entendimento de que está tudo na legalidade e caso o assunto não seja resolvido, nós

faremos outra Audiência Pública cumprindo todos os ritos.

Tá certo, vereadora? A senhora concorda? E tudo o que a senhora alegou, o momento de

explicar é aqui. 345

As pessoas todas estão querendo o que?

Eu pergunto a você, professor, presidente, vereadora: onde que todo mundo aqui vai ficar

de frente para tantas pessoas que podem responder os questionamentos de vocês?

Por isso que esses princípios da publicidade, esses princípios da informação foram

atendidos. 350

Eu queria que vocês concordassem, vereador, vereadora, presidente, o nosso professor,

meu outro colega que eu estou vendo ali que não falou, mas vai falar daqui a pouco, que

nós ficássemos com esse compromisso; qualquer irregularidade, qualquer coisa apontada

a gente faça outra audiência dentro da marcação, com divulgação, para atender as

pessoas. 355

(Fala sem uso do microfone)

Disponibilizado. Não, o RIMA está disponibilizado.

(Fala sem uso do microfone)

Tá certo.

(Fala sem uso do microfone) 360

Tá bom. Mas então a gente atende isso tudo e a gente fica nessa, eu faço esse acordo

com vocês. Tá certo?

(Fala sem uso do microfone)

Está tudo, vai ficar disponibilizado.

(Fala sem uso do microfone) 365

E outra coisa, olha, a ata, a ata dessa audiência ela vai estar disponível dentro de cinco

dias. Até essa disponibilidade, isso que o senhor está falando do (...) eu vou verificar, que

informação que eu tenho é que está. Mas nós vamos verificar para deixar isso

absolutamente complementado.

(Fala sem uso do microfone) 370

Isso. Mas isso está sendo gravado. Eu não preciso...

(Fala sem uso do microfone)

Então a Audiência Pública é isso. É democracia, é cidadania, as pessoas falam o que

querem. O que a gente quer é que vocês saiam daqui satisfeitos com a informação e não

tem outra oportunidade para fazer que não seja numa audiência. Tá bom? 375

(Fala sem uso do microfone)

Vai.

(Fala sem uso do microfone)

O professor, o professor, o professor ele está agora falando, bom, eu vou falar por você,

mas se eu não estiver fazendo a tradução simultânea exata você, por favor, que já tem a 380

certeza de uma Audiência Pública lá no Segundo Distrito.

Isso eu não posso afirmar para vocês agora porque...

(Aplausos e conversas ao fundo)

Concordo, concordo, concordo. O que eu quero dizer, que eu quero...

(Fala sem uso do microfone) 385

Qual o nome do senhor? Qual o nome? Armando?

(Fala sem uso do microfone)

Perfeito. Isso tudo vocês tem razão, só que isso tudo é decidido na CECA que é uma

comissão. Nós vamos colocar isso e os conselheiros vão ver com boa vontade. Tá certo?

Tá bom? 390

Podemos começar então?

Só faltou tocar o Hino de Duque de Caxias. Tem o Hino de Duque de Caxias?

(Fala sem uso do microfone)

Eu sei, professor. Inclusive obrigado pela tua presença. Eu só, melhora a audiência. Tá

bom? 395

Mas está entendido aqui? Vereadora, vamos começar?

Vamos tocar o Hino de Duque de Caxias, então. Vamos lá.

(Execução do Hino de Duque de Caxias)

(Aplausos)

Então nós vamos, inicialmente a empresa vai apresentar o projeto. 400

Vocês receberam uma pasta, essa pasta tem uma folhinha. Vocês podem fazer a

pergunta, se identificar e quem quiser fazer uso do microfone, pode fazer também. Tá

liberado.

As perguntas tem que ser sempre objetivas, tá certo?

Então passo a palavra para o, para a Marineusa Nogueira que é da PETROBRAS. 405

Muito obrigado.

Sra. Marineusa Nogueira – Gerente de Empreendimentos de Projetos de Logística

PETROBRAS: Alô. Meu nome é Marineusa Nogueira e em nome da PETROBRAS eu

dou as boas vindas a vocês.

Eu, na verdade, eu sou gerente de empreendimentos de projetos de logística e vou ser 410

responsável pela apresentação do empreendimento.

Bom, o projeto ele é um projeto para Readequação das Linhas de Escoamento para

Demandas Crescentes do Terminal de Campos Elíseos.

O Terminal de Campos Elíseos ele, ele é contíguo ali bem próximo a REDUC e na

verdade ele foi criado, construído mais ou menos na mesma época. E a função desse 415

terminal é fazer o escoamento dos derivados de claros vindo das refinarias, refinarias

inclusive de São Paulo. E através desse escoamento você atende as refinarias REDUC

que é a de Duque de Caxias, tem a REGAP que é a de Minas Gerais e também

futuramente vai permitir também o escoamento dos produtos gerados pelo COMPERJ,

que está sendo construído em Itaboraí. 420

Aqui nós temos os principais, as principais informações que nós vamos apresentar do

empreendimento.

É importante reforçar que a demanda por derivados ela tem sido crescente, é uma

demanda mundial, crescente, principalmente produtos derivados de claros que é gasolina,

diesel. Então a PETROBRAS ela tem feito várias adequações para atender esse aumento 425

de produção, inclusive com construção de novas refinarias.

E para escoar esses produtos é necessário fazer uma adequação logística. Razão pela

qual nós estamos trazendo esse projeto hoje para apresentar a vocês.

Com relação ao objetivo do projeto, ele vai fazer uma readequação da parte das

instalações no Terminal de Campos Elíseos e da Refinaria Duque de Caxias para poder 430

viabilizar e atender o aumento de capacidade de escoamento de querosene de aviação

que é o famoso QAV, a nafta para produção de combustíveis e diesel com a implantação

de novas linhas, instalação de bombas e painéis elétricos. Esses painéis elétricos eles

servem para fazer uma alimentação dessas bombas.

Aqui uma visão, uma foto aérea de todo o empreendimento, onde está localizado dentro 435

desse limite amarelinho aqui que está sendo apresentado.

Então aqui nós temos o TECAM. Entoa as adequações que nós vamos realizar é aqui ao

sul do TECAM. E aqui nós temos a REDUC.

O empreendimento ele está dentro da zona urbana do Plano Diretor Urbanístico de Duque

de Caxias, na Zona Especial de Negócios. Então aqui, vizinhos, nós temos BRASKEM, 440

tem a PETROFLEX, tem a TERMORIO.

Aqui a gente apresenta um esquemático para vocês entenderem melhor como é que, o

quê que é o empreendimento.

Então como eu falei, das refinarias são encaminhados produtos para o TECAM. Esses

produtos eles passam por uma área de válvulas existentes e nós vamos implementar 445

essas linhas para poder tancar nessa área de tanques existente dentro do TECAM. Não

existe nenhuma instalação nova de tanques no TECAM.

Depois esses produtos eles são bombeados para uma área de bombas e esses produtos

são encaminhados ou para REDUC ou então para o Terminal da Baía de Guanabara, não

somente para exportação como também para atender o mercado interno; Região 450

Nordeste, Sul.

Então o quê que nós temos aqui?

As unidades existentes estão pintadinhas de cinza, o azul representa a área do TECAM, o

verde a REDUC e pontilhado as novas linhas.

Então o quê que o empreendimento vai fazer? 455

A construção dessas linhas e as áreas de bombeamento. Então nós vamos ter bombas no

TECAM e bombas na REDUC.

Então o escopo do projeto para que a gente possa ter essas instalações operando, nós

vamos precisar fazer uma terraplanagem, infraestrutura no TECAM. Terraplanagem é

você pegar um terreno e terraplanar ele, alinhar ele, tornar ele plano. 460

As infraestruturas que nós vamos utilizar é tudo, tudo necessidade que você precisa para

implantar a obra. Por exemplo: um canteiro de obras. O quê que é isso?

A empresa é contratada, uma empresa é contratada para realizar esse serviço e ela tem

umas instalações temporárias para dar apoio à execução da obra. Então nesse canteiro

de obras tem um refeitório, tem vestiário, tem ambulatório, tudo para que possa atender a 465

essa empresa durante a obra.

Além disso, nós vamos construir o sistema de bombeamento de nafta no TECAM, de

querosene de aviação e bombeamento de transferências internas de querosene de

aviação também no TECAM, o sistema de bombeamento na REDUC, painéis e as

interligações e tubovias. 470

As interligações são: a linha chega no tanque, a linha do tanque sai para a bomba, tem

uma interligação também para essas instalações existentes.

Bom, aqui então a gente mostra uma foto do arranjo no TECAM. Então aqui é uma visão

também aérea. Você tem aqui aquela área de válvulas, tem a área de tanque também

existente. 475

Então o quê que nós vamos construir?

O azul que seria as linhas e aqui nessa área seriam as bombas e os painéis elétricos.

Essa área hachurada aqui ela representa onde vai ser colocado o canteiro de obras.

Nas instalações na REDUC, como o desenho anterior que eu mostrei o esquemático

geral, vem do TECAM, então aqui é limite de bateria REDUC-TECAM, vem as linhas pelo 480

TECAM, no caso do querosene de aviação ele entra por dentro da REDUC e é tancado,

vamos dizer assim, ou seja, os produtos são armazenados nesses tanques aqui

existentes. A partir daqui ele pode ser enviado para o TABG como também para atender,

como é querosene de aviação, ao Galeão.

Além disso, dessa linha também, nós temos o diesel que ele vem também do TECAM e é 485

armazenado nessa nova área aqui também; são tanques existentes, são só as

interligações. A partir daí tem as bombas e você encaminha o diesel então para o TABG,

ou seja, o Terminal da Baía de Guanabara.

Além, você tem também a nafta. A nafta ela não tem tancagem na REDUC, ou seja, é

uma linha que você constrói e encaminha o produto para o Terminal da Baía de 490

Guanabara.

Bom, aí então nós falamos do escopo, demos uma ideia para vocês do quê que seria e

agora nós estamos apresentando a parte de obra. Então passamos para a fase seguinte.

Entender o quê que é o projeto e agora como seria a construção.

Então o cronograma de obra desse empreendimento são vinte e oito meses e ele é 495

composto de uma supressão de vegetação no TECAM que é onde você vai precisar fazer

o canteiro, você precisa fazer uma supressão. Aí após a supressão você faz a instalação

do canteiro de obras que é onde fica as instalações para a empresa poder realizar o

serviço. É uma área de apoio.

A terraplanagem que é onde você plana o terreno para você fazer as instalações das 500

bombas ou das linhas, a instalação das linhas.

A construção civil que é a parte de fundação, estaqueamento, as bases das bombas.

A montagem eletromecânica já é assim: você colocar as tubovias, essas linhas e também

instalar as bombas.

Com isso já preparado você faz a instalação dos painéis, a sala de painéis para fazer a 505

alimentação dessas bombas.

Quando tudo isso tiver alinhado, interligado fazemos o comissionamento. O

comissionamento é você fazer o teste de todas essas instalações operando, verificar se

elas estão de acordo com o que estava previsto e fazer algumas mudanças se for

necessário até ter todo o projeto pronto para operar. 510

Bom, aqui é um exemplo de uma instalação existente em outro terminal. Para vocês

entenderem melhor isso aqui é uma tubovia e aqui é onde estão instaladas as bombas.

Aqui é um outro, uma outra etapa porque o duto ele precisa ser soldado. Dependendo da

quantidade de quilômetros você faz a soldagem desses tanques, dessas linhas, desculpa.

Então aqui é um modelo. Você vê aqui a empreiteira trabalhando e fazendo a soldagem. 515

Bom, sobre os aspectos relevantes sobre desse projeto a questão de utilizar tubovia,

linhas, é um processo mais seguro para você transportar grandes volumes de fluidos. Ele

é mais seguro, é menos poluente, você elimina com isso, se fosse necessário você

escoar de uma área para outra, seria outra alternativa usar carretas, caminhões. Então

entre você usar caminhões e os dutos é mais seguro você usar os dutos, as linhas. E 520

também a PETROBRAS ela tem o domínio da tecnologia desse transporte dutoviário.

E além, como eu já falei, a substituição do modal rodoviário reduzindo assim também o

trânsito de carretas circulando aqui na região.

Outro aspecto é que, como eu falei também, é que a instalação é em área industrial

existente e consolidada, uma área, vocês perceberam as adequações que estão sendo 525

previstas são dentro dos, das instalações quer seja do Terminal de Campos Elíseos, quer

seja na REDUC.

E a expectativa é ter a geração de cerca de mil e trezentos empregos diretos durante as

obras.

Depois de construídas todas essas instalações e testadas, ela é repassada então para a 530

operação e manutenção na qual a TRANSPETRO será responsável pela operação e

manutenção das instalações no TECAM e a REDUC será responsável pela operação e

manutenção das instalações na REDUC.

É importante informar que tanto os processos de operação e manutenção eles tem

procedimentos elaborados, documentados e os operadores, as pessoas responsáveis por 535

essa, esse, por essa operação e manutenção são treinadas. Elas recebem um

treinamento específico para poder, poder fazer esse tipo de operação.

Outros exemplos também, é que nós temos procedimentos internos para fazer esse

processo de operação e manutenção. Então aqui tem um exemplo que é a limpeza, para

você fazer a limpeza das linhas que é o chamado PIG. PIG é uma palavra em inglês, 540

porco. É como se fosse essa figura aqui. E ela faz a limpeza, ela é utilizada para você

fazer a limpeza dessas linhas e a inspeção instrumentada.

O que é essa inspeção?

É verificar se tem algum furo, se houve alguma quebra. Então para isso é feito esse tipo

de procedimento. Então tem um documento, um procedimento próprio para você fazer 545

esse tipo de tratamento.

Além de quê ele é todo automatizado. Vocês podem ver aqui ele tem um sistema que

mostra a situação desses dutos.

Outro ponto importante também é que o PIG ele é feito nos terminais, é uma atividade

local. 550

Mas nós temos também um Centro Nacional de Controle Operacional – CNCO, localizado

na Avenida Presidente Vargas no Centro do Rio de Janeiro, na qual vocês podem ver que

ele tem um monitoramento de todos os dutos. Aqui tem um desenho, está vendo, um

mapa do Brasil e através desse Centro Nacional de Controle Operacional eles conseguem

visualizar como está a situação de cada duto. E monitora isso em tempo real, com 555

tecnologia de ponta. Então tem todo um sistema também por trás que mantém as

informações.

Bom, aqui eu estou deixando o meu nome novamente: Marineusa de Souza Nogueira.

Meu e-mail na PETROBRAS para alguma necessidade de informação complementar e

agradeço a presença de vocês. Obrigada. 560

(Aplausos)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Obrigado senhora Marineusa pelas informações da empresa que está

propondo aqui, pedindo um licenciamento.

No início aqui do, da nossa audiência com o Simão, vereadora Fatinha, professor 565

Sebastião, vereador, eu fiz aqui algumas explicações em relação ao procedimento aqui da

Audiência Pública e de como esse processo tinha, ou melhor, tramitou até hoje no INEA.

Mas quem tem que fazer essa informação, quem sabe melhor mais com intimidade com

essa informação é o chefe aqui do, coordenador do grupo de trabalho que é o professor

Luiz Heckmaier que vai mostrar como é que esse processo caminhou no INEA até o 570

presente momento desde o seu pedido de requerimento.

Enquanto ali os nossos colegas estão colocando, o nosso amigo Romildo tem uma

pergunta aqui para a Marineusa.

Sr. Romildo – Participante: Marineusa, Marineusa. Eu tive a informação pesquisando a

internet que seriam novecentos empregos e não mil e trezentos. E enquanto na fase de 575

operação, não teria nem emprego direto. Aí o novecentos, eu escutei agora mil e

trezentos. Era só pelas minhas anotações que eu fiquei meio perdido.

(Aplausos)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: É. Pode responder. 580

Sra. Marineusa Nogueira – Gerente de Empreendimentos de Projetos de Logística

PETROBRAS: Na verdade são mil e trezentos. É porque tem a parte da REDUC e tem a

parte do Terminal de Campos Elíseos.

Então quatrocentos previsão para o TECAM – Terminal de Campos Elíseos e novecentos

para a REDUC. São empregos diretos. 585

(Fala sem uso do microfone)

Na fase da operação não está previsto incremento de operadores. A gente está

verificando que a quantidade, verificou que a quantidade de operadores é suficiente para

atender a essas novas adequações.

(Conversa ao fundo) 590

Participante: Boa noite, boa noite a todos.

(Conversa ao fundo)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Bom, todos, todos os presentes aqui vão fazer as suas perguntas. É que o

Romildo abriu uma exceção porque ele estava querendo saber aqui um dado que ele 595

tinha um conflito com uma informação anterior. Tá certo?

Foi atendido e nós vamos prosseguir aqui com o professor Heckmaier explicando aqui o,

a história do processo no INEA.

Sr. Luiz Martins Heckmaier – Analista Ambiental INEA: Bom, boa noite. Me chamo

Luiz Heckmaier, sou analista ambiental do INEA e faço parte do grupo de trabalho que foi 600

criado através de Portaria da presidência do INEA para estudar esse projeto da

PETROBRAS que é a Readequação das Linhas de Escoamento para Demandas

Crescentes do Terminal de Campos Elíseos.

O objetivo então da Audiência Pública, como já foi dito aqui pelo nosso presidente, é

divulgar informações, recolher opiniões, críticas e sugestões da população interessada de 605

modo a participar da decisão quanto ao licenciamento ambiental perante esta audiência.

Então esse realmente é o objetivo nosso. Quer dizer, o presidente já falou, já abriu a

oportunidade e essa é a oportunidade que todos nós temos de tirar todas as dúvidas do

empreendimento e nós estamos aqui para isso, para ouvir os senhores.

Bom, então eu vou fazer rapidamente um histórico do processo de licenciamento. Esse 610

processo ele teve, entrou no INEA em novembro de 2011 através do Processo E-

07.511315/2011.

Então pelas características da atividade que foi identificada pela Lei Estadual 1356/88, foi

verificado que há necessidade de fazer um Estudo de Impacto Ambiental e o respectivo

Relatório de Impacto Ambiental – RIMA. Então esse estudo foi feito. 615

Em 27 de dezembro de 2013 foi emitido uma notificação para a apresentação do Estudo

de Impacto Ambiental e o seu respectivo relatório conforme a Instrução Técnica

CEAM/DILAM Nº 32/2013.

Em fevereiro de 2014 foi emitida a notificação concedendo o aceite do Estado de Impacto

Ambiental e do Relatório de Impacto para fins de análise. 620

Em sete de abril a empresa apresentou informações complementares do Estudo de

Impacto Ambiental.

Em oito de abril foi emitida a notificação concedendo o aceite de complementação do

estudo para fins de análise.

E em 16 de abril foi publicada no Diário Oficial a convocação para essa Audiência Pública 625

que está sendo realizada aqui no dia de hoje.

Bom, então o EIA/RIMA, como já foi dito aqui pelo presidente, ele foi disponibilizado e

entregue aos diversos órgãos que foram listados que fazem parte da Instrução Técnica. A

Prefeitura Municipal de Duque de Caxias, a Câmara Municipal de Duque de Caxias, o

Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, a 630

Coordenação de Meio Ambiente do Grupo de Apoio Especializado do GATE, para a

Assembleia Legislativa, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – o IPHAN,

o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis – IBAMA, Instituto Chico

Mendes de Biodiversidade – ICMBIO e a Comissão Estadual de Controle Ambiental –

CECA. 635

Foi então estabelecido, como eu disse através de uma Portaria da presidência, um grupo

de trabalho no qual eu faço parte e tem os outros colegas ali; tem químicos, engenheiros

químicos, José Alencar, Roberta Lins Fagundes – presidente aqui dessa audiência, Aline

Resende Peixoto – bióloga, Rodrigo Tavares Rocha – engenheiro florestal, Cauê

Bielschowsky – geólogo, Sílvia Carneiro – bióloga, Flávia Valença – geógrafa. 640

Então é um grupo de trabalho de pessoas de várias profissões justamente para poder

avaliar todos os impactos que são provenientes desse estudo e desse empreendimento

que a PETROBRAS está apresentando para implantação aqui na região de Duque de

Caxias.

Falhou aqui. A mudança, por favor. Mesa, me ajude. 645

Bom, então além das... Agora foi demais.

Além das manifestações apresentadas aqui os senhores ainda terão um prazo de dez

dias para que enviem manifestações ao INEA sobre a audiência; o que foi dito, o que não

foi dito, qualquer outro esclarecimento, qualquer manifestação a mais, se um projeto

precisa ser mais detalhado, mais esclarecido alguma coisa, vocês poderão fazer isso no 650

prazo de dez dias através, pelo endereço que nós vamos dar aqui que é Rua Sacadura

Cabral, 103 – 1o andar – Saúde no Rio de Janeiro ou pelo e-mail [email protected] e

na Comissão Estadual de Controle Ambiental que fica na Rua Venezuela, 110 – 5o andar

– Centro, Rio de Janeiro e pelo e-mail [email protected].

Então é um meio, também mais fácil de repente pelo meio eletrônico, de a gente poder 655

facilitar e disponibilizar um acesso fácil às informações que por acaso deixaram de ser

apresentadas.

Então em princípio é isso que eu tenho, as informações...

Ah, vou voltar. Então está aí os endereços, por favor, podem anotar. Então nós estamos

lá à disposição para recebê-los também. Se por acaso alguém quiser agendar uma 660

reunião lá conosco, nós estamos à disposição de todos os senhores para que possam

tirar suas dúvidas pessoalmente dentro desse prazo de dez dias aí que é o prazo que a lei

faculta que nós façamos essas apresentações.

Então feito isso, eu devolvo a palavra ao presidente dessa audiência. Obrigado.

(Aplausos) 665

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Muito obrigado professor Heckmaier.

Então nós tivemos a apresentação do INEA, da PETROBRAS que é a empresa e vocês

tem aí um formulário para fazer as perguntas.

Já começamos a receber as perguntas aqui, não é isso? Vocês podem fazer, vão sendo 670

recolhidas até o final da próxima apresentação.

(Fala sem uso do microfone)

Isso é a regra que eu tenho que obedecer. As pessoas fazem, depois nós fazemos as

perguntas todas juntas.

Não fui eu que fiz a regra. A regra está na Resolução. Por isso que nós vamos prosseguir 675

convidando o colega aqui da PLANAVE para fazer, tá certo?

(Fala sem uso do microfone)

Olha, vocês podem recolher o papel lá do, das pessoas.

A primeira fase da audiência é a fase das apresentações. E depois a segunda fase é a

fase dos debates. Então nós temos que cumprir essa distribuição, tá certo? 680

Participante: Boa noite. Queria pedir...

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Só um instantinho, por favor. As pessoas que estão dando suporte aqui na

audiência já estão orientadas para receberem as perguntas quando vocês estiverem com

as perguntas prontas. 685

Eu sugiro ouvir mais um pouquinho porque aí já fazem as perguntas todas na mesma

folha, não é isso, que ambientalmente é mais correto a gente gastar menos papel. É uma

Audiência Pública.

Mas vão fazer uso da palavra também, tá certo? Vamos lá. Por favor, obrigado.

Boa noite. Por favor, botar a apresentação do EIA/RIMA. 690

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: Boa noite.

Meu nome é Marcos Dertoni, eu sou coordenador técnico do Estudo de Impacto

Ambiental que foi elaborado pela empresa PLANAVE sobre o empreendimento que está

hoje sendo apresentado aqui – o Projeto de Readequação das Linhas de Escoamento

para Demandas Crescentes do Terminal de Campos Elíseos. 695

Bom, a localização do empreendimento, como já foi falado na apresentação da

PETROBRAS, é no município de Duque de Caxias, no distrito de Campos Elíseos, dentro

da Zona Especial de Negócios que é uma zona destinada a ocupação por indústrias e

centros distribuidores conforme a Lei Complementar 112/06 do Plano Diretor Urbanístico

do município de Duque de Caxias. 700

Então aqui o município, aqui está localizado o empreendimento. Dentro do Terminal de

Campos Elíseos essa área em vermelho é a área que vai ser, vai haver intervenção direta

da obra e nessas linhas vermelhas dentro da REDUC também.

Eu queria ressaltar que dentro da área da, do TECAM, do Terminal de Campos Elíseos, é

uma área menor de intervenção, porém é uma intervenção maior no sentido de que vai 705

haver terraplanagem, vai haver supressão de vegetação de uma pequena área e

construção de linhas em áreas onde não tem outras linhas. Então vai fazer uma nova

tubovia.

Já no caso da REDUC apesar de ser uma área maior de ocupação durante a obra,

espalhada aí por toda REDUC, são em tubovias já existentes. Então não vai haver 710

supressão de vegetação, não vai haver abertura de novas áreas, terraplanagem. Vai

haver apenas instalação de novas linhas em tubovias já existentes; onde já tem outras

linhas, vai botar mais uma linha ali no meio.

E que esses sistemas eles já operam hoje em dia. O que está sendo feito é uma

adequação par aumentar a quantidade de produtos sendo operados. Então vai otimizar a 715

utilização dos tanques já existentes com a implantação dessas novas linhas e as bombas.

Ok?

Uma vez que sai aqui do Terminal TECAM e da REDUC para ir, por exemplo, para o

Galeão ou para ir para o Terminal Aquaviário da Baía de Guanabara são processos que

hoje em dia já ocorrem. Isso não está sendo licenciado aqui. O que está sendo licenciado 720

apenas é a otimização do transporte interno para melhor utilização dos tanques já

existentes para poder aumentar o fluxo de distribuição para fora que já ocorre pelos dutos

já existentes também. Tá certo?

(Conversa ao fundo)

Ok. 725

Então, a descrição do empreendimento: implantação de novas linhas e sistemas de

bombeamento para otimização da utilização dos tanques existentes no Terminal de

Campos Elíseos e na REDUC para uma movimentação de querosene de aviação, nafta e

diesel para REDUC e para o Terminal Aquaviário da Baía de Guanabara.

O que efetivamente vai ser construído? 730

A instalação do canteiro de obras no TECAM.

Terraplanagem na área de instalação das bombas no TECAM.

Construção de sala de painéis.

Instalação de bombas para uma movimentação de querosene de aviação, nafta e

diesel tanto no TECAM quanto na REDUC. 735

Instalação de tubovias no TECAM e de linhas em tubovias já existentes na

REDUC.

O fornecimento de água para as obras será proveniente de caminhões-pipas. Já na fase

de operação a utilização é muito menor, já utiliza o sistema que é utilizado hoje lá pela

própria REDUC e pelo TECAM. 740

A previsão da obra é de vinte e oito meses.

E ressalta-se, mais uma vez, que a tecnologia utilizada atualmente pela PETROBRAS

para transporte de combustíveis por dutos e linhas aéreas é bastante segura e contribui

para a redução de riscos de acidente em relação a outra alternativa que seria o transporte

desses produtos em rodovias. 745

Bom, para o estudo desse projeto foi feita uma análise de alternativas para ver a melhor

alternativa para implantação do empreendimento. Então foram estudadas alternativas

tecnológicas e alternativas locacionais.

No caso de alternativa tecnológica diz respeito à utilização de bombas já que nós estamos

instalando principalmente bombas para transportar por essas novas linhas mais 750

quantidade desses produtos.

Então considerou-se a viabilidade técnica, custo, prazo e grau de maturidade tecnológica

para instalação dessas bombas.

Foram avaliadas bombas centrífugas horizontais em conformidade com as normas

técnicas. 755

E a alternativa tecnológica diz respeito à tecnologia de acionamento ou por motor elétrico

ou por motor a diesel.

E a alternativa de motor elétrico foi considerada melhor do que motor a diesel por não

haver emissões atmosféricas, menor emissão de ruídos, são mais eficientes e a fonte de

energia é mais barata. 760

Esse é um exemplo de um tipo de bomba dos quais nós estamos falando.

Para as alternativas locacionais em relação à localização do empreendimento, a

localização nós vimos ali; dentro das áreas do Terminal de Campos Elíseos e da REDUC.

Mas a localização dentro dessas estruturas elas poderiam ser ou mais para cá, ou mais

para o sul, mais para o norte. 765

Então foram definidas algumas áreas para se estudar a melhor localização.

Principalmente isso que diz respeito à área do Terminal de Campos Elíseos. Porque na

REDUC como as duas dutovias já são existentes, nós estaríamos implantando novas

linhas dentro das dutovias já existentes. Então não tenho como estudar alteração de

localização. Qualquer alternativa seria mais impactante do que utilizar as tubovias já 770

existentes.

Mas no caso do Terminal de Campos Elíseos nós estudamos três áreas para ver qual

seria a que melhor se adequasse do ponto de vista ambiental.

Então levamos em consideração:

As características da vegetação, onde essas alternativas estariam influenciando. 775

A tipologia do terreno.

A intervenção em área de preservação permanente.

E a questão de logística, o trajeto das linhas, a distância em relação às áreas de

válvulas, de bombas para ver então o quê que era mais adequado.

E foram dadas então notas para essas características em cada alternativa em relação a 780

sua adequação. Se forma adequado, nota 3. Se for adequado como restrições, nota 2. E

se for inadequado, a nota 1.

Então foram definidas essas três áreas aqui, A, B e C para se estudar qual seria a melhor

localização porque são as áreas onde poderiam ser instaladas essas instalações aí dentro

do Terminal de Campos Elíseos. 785

Essa área C ela é mais distante das áreas de bombas e de controle. E ela está dentro de

uma área de manguezal.

A alternativa B ela está localizada também um pouco distante das áreas de controle e de

tancagem. A C é mais distante, mas entre a A e a B, a A é ainda um pouco mais próxima.

E é uma área que não tem muita vegetação, mas ela tem uns morros, ela tem muito 790

problema de erosão. Já o terreno ele é, ele não é plano.

Já a área A é uma área mais plana, ela é mais próxima. Ela interfere, não interfere com

manguezal, nem a área A e nem a érea B. E ela tem uma supressão de vegetação de

uma área de 1,86 hectares.

Então em relação a todas essas características, foram pontuadas as alternativas A, B e C. 795

e no somatório das notas a alternativa A foi a que obteve a maior nota, ou seja, é a que

tem, é a mais adequada. Ela, essa alternativa não teve nenhuma nota 1 que seria

inadequada. Ela em alguns itens ela é adequada, em outros ela é adequada com

restrições. E essas restrições então é que a gente estuda no Estudo de Impacto e vê

quais são as medidas de controle, medidas mitigadoras e preventivas que podem 800

minimizar os impactos em função dessas inadequações.

Já as demais alternativas, têm algumas características que são de inadequação.

O Estudo de Impacto Ambiental ele tem várias fases do estudo.

Primeiramente com a caracterização do empreendimento, o entendimento do quê que o

empreendimento vai ser, como ele vai ser implantado, aonde e tudo, uma vez já definida a 805

melhor alternativa, vai proporcionar que a gente defina as áreas de influência do

empreendimento. São áreas onde o empreendimento pode ter uma interação junto ao

meio ambiente.

E com a definição dessas áreas então vai ser feito, é feito o diagnóstico ambiental que é o

estudo do meio ambiente nessas áreas de influência para poder avaliar a interação das 810

atividades do empreendimento em todas as suas etapas em relação ao meio ambiente.

E quando a gente fala de meio ambiente nós estamos falando de meio físico que envolve

clima, geologia, hidrologia, solos; meio biótico que tem a fauna e a flora, os animais e as

plantas, também consideramos as Unidades de Conservação da natureza que já estejam

delimitadas próximas ao empreendimento e o meio socioeconômico, fala do uso e 815

ocupação do solo, qualidade de vida da população, emprego e renda, infraestruturas

existentes. Então isso tudo é meio ambiente. Nós humanos também fazemos parte do

meio ambiente.

Bom, com esse estudo de diagnóstico ambiental, no final é feita uma síntese da qualidade

ambiental juntando as informações de todos esses meios. E com base nas atividades do 820

empreendimento nas etapas de planejamento, instalação das obras e depois na fase de

operação, logo depois dessas etapas, nós identificamos e avaliamos os impactos

ambientais.

E também fazemos um prognóstico ambiental que é um cenário futuro dessa região

considerando a situação com o empreendimento no futuro ou sem empreendimento 825

também no futuro.

E com base então nessa avaliação de impactos e no prognóstico, são definidas medidas

mitigadoras, medidas preventivas, medidas também compensatórias aos impactos. E

todas as medidas são organizadas através de programas ambientais. Esses programas

eles são organizados através de um sistema de gestão ambiental. 830

Bom, então definimos as áreas de influência de duas maneiras.

Uma área de influência para meios físico e biótico que diz respeito ao ambiente sem a

presença assim do homem; nós estamos falando de vegetação, dos animais, falando do

clima, da geologia vamos dizer assim, os morros, os rios, toda essa questão do meio

físico e biótico. É definida uma área de estudo, uma área de influência indireta e uma área 835

de influência direta.

Depois fazemos um outro estudo de área de influência para o meio socioeconômico, que

já envolve também a população.

Bom, no caso da área de influência indireta para os meios físico e biótico, nós definimos a

limitação pela zona Jardim Primavera, definida no zoneamento ambiental da Baía de 840

Guanabara elaborado pela FEEMA em 2005, que pega a parte final das bacias

hidrográficas que deságuam na Baía de Guanabara próximas ao empreendimento. E

também a área da REDUC que faz parte de uma outra unidade desse zoneamento.

Para a área de influência direta, foram delimitadas as vias que margeiam as áreas de

intervenção do Terminal de Campos Elíseos e também a área que margeia aqui a 845

REDUC.

Para o meio socioeconômico, em termo de área de influência indireta, consideramos todo

o município de Duque de Caxias, mas com foco maior para o distrito de Campos Elíseos

que é onde o empreendimento está localizado.

Só que várias informações que a gente necessita para essa avaliação, a gente só 850

consegue a nível de município. Então quando a gente tem informação a nível de distrito

ela foi considerado e valorizada. Mas quando não tem a nível de distrito a gente busca a

informação a nível municipal.

Geralmente na área de influência indireta a gente trabalha com dados já existentes, dados

que a gente chama de secundários. Na área de influência direta além de dados 855

secundários, também são desenvolvidos dados primários, que a gente vai a campo para

levantar essas informações.

No caso então da área de influência direta para o meio socioeconômico consideramos os

bairros em torno do empreendimento. Os bairros de Jardim Ana Clara, Vila Actura,

Saraiva, Parque Bom Retiro, Fonseca e Parque Marilândia. 860

Como esses bairros não são bairros formais do município, para conseguir informações a

respeito desses bairros nós utilizamos os setores censitários do IBGE onde tem várias

informações a respeito dessa região.

Então com a soma das informações desses setores censitários, estão aqui em verde, nós

compomos as informações desses bairros. E também fizemos visitas ao local, 865

conversamos com pessoas que estavam disponíveis na época que a gente pôde ir a

campo.

Também foram levantadas programas colocalizados. São programas e projetos que

estejam já implantados no entorno do empreendimento ou que estejam em planejamento.

Então foram estudados empreendimentos e programas governamentais existentes e 870

projetados no município de Duque de Caxias e não foi verificado nenhuma interferência

direta com o empreendimento que nós estamos estudando hoje. Principalmente porque o

empreendimento ele está restrito as áreas desses dois, essas áreas já industriais da

PETROBRAS do Terminal de Campos Elíseos e da REDUC. Não existe uma obra fora

dessas unidades. Então não tem uma interferência direta com outros projetos. 875

Mas foram levantados programas fomentados pela PETROBRAS na região e programas

fomentados pelo Governo Federal, Estadual e Municipal também na região. Isso também

está composto dentro do estudo, foi levado em consideração.

O diagnóstico ambiental então para o meio físico em relação, por exemplo, a clima e

condições meteorológicas, foram estudadas várias questões. Aqui está dizendo como 880

exemplo, o balanço hídrico da região que é a distribuição das chuvas durante o ano, em

média nessa região, como é que funciona. E também aqui a questão da distribuição da

temperatura média ao longo do ano. E assim como outros fatores também foram

estudados do clima.

Em relação à qualidade do ar, está localizado na Bacia 3, Bacia Aérea 3 no Estado do Rio 885

de Janeiro, e já tem toda uma característica de informações sobre como funciona essa

Bacia Área 3, o quê que ela já tem de poluentes hoje em dia e os limites dela.

E foram analisados parâmetros para a qualidade do ar, tais como:

Partículas totais em suspensão.

Dióxido de enxofre. 890

Monóxido de carbono.

Ozônio.

Fumaça.

Partículas inaláveis.

E dióxido de nitrogênio. 895

E o projeto não irá gerar emissões atmosféricas significativas, é importante dizer. É o

empreendimento que não há chaminés, emissão de fumaça. Podem ocorres pequenas

emissões fugitivas em casos de vazamentos e acidentes que com uma boa operação

você evita isso.

Em relação a ruídos, foram estudados níveis de ruídos em geral que ocorrem já hoje, que 900

é chamado um ruído de fundo que é o ruído que já existe hoje. Então foi levantado isso

em campo em vários pontos. A gente vai mostrar o mapa da localização desses pontos.

E foi verificado que os limites são inferiores aos limites da norma que define os ruídos que

podem ser causados durante o dia e a noite em área urbana, em área rural, então.

Há exceção de ultrapassagem no período noturno em dois pontos: o P9 e o P14, que são 905

esses dois pontos aqui. A noite foi identificado que o ruído ultrapassa já hoje em dia um

pouco acima do limite permitido pela lei.

Isso é importante a gente definir esse nível de ruído antes da obra que com a

característica do tipo de obra, o tipo de equipamento utilizado na obra, a gente pode

estimar o ruído que esses equipamentos fazem e um programa de computador feito 910

especificamente para isso vai simular esse ruído da obra com o ruído já existente para

verificar se o acréscimo de ruído vai proporcionar que algum nível ultrapasse o permitido.

E caso isso aconteça, também tem a proposição de medidas para que diminuam os

ruídos da obra. O abafamento de equipamentos com um equipamento de proteção

acústica para esses equipamentos e também em relação a carros, veículos, a questão do 915

controle da qualidade do veículo, a manutenção do veículo para que ele não produza

ruído acima do permitido.

Em relação à geologia, geomorfologia, geotecnia, resumindo que a gente tem pouco

tempo para apresentar, a área caracteriza-se por planícies com colinas isoladas e em

menor extensão, planícies com influência dos rios e do mar, a área mais de baixada. 920

Existe uma vulnerabilidade na área do empreendimento, uma baixa suscetibilidade a

erosão de modo geral e média a alta suscetibilidade a alagamentos. Há áreas ali que já

são alagadas, são mais suscetíveis à época de chuva de ter alagamentos.

Foi feito também o estudo dos solos e da qualidade ambiental desses solos. Nas colinas,

nas áreas mais de morro os solos são profundos, de coloração amarela e alaranjada e de 925

baixa fertilidade natural. Nas partes mais baixas ocorrem solos alagadiços com influência

das águas do mar provenientes da Baía de Guanabara.

Os parâmetros de qualidade ambiental do solo, que nós fizemos coleta de solo para

análise, os parâmetros estão em conformidade com a Resolução CONAMA 420/2009.

Em relação aos recursos hídricos, foram estudadas as águas superficiais; são os rios, as 930

lagoas e também as áreas subterrâneas.

Em relação às áreas superficiais, a região do empreendimento é inserida na região

hidrográfica da Baía de Guanabara, mais especificamente as bacias hidrográficas dos

Rios Iguaçu e Estrela. Os corpos d’água pertencentes a essas bacias são classificados na

Classe II; são áreas destinadas ao abastecimento humano e após tratamento 935

convencional, entre outros usos.

No entanto, apesar dessa classificação que é uma classificação geral do rio, da bacia, os

rios da região encontram-se bastante degradados.

Em relação às águas subterrâneas, foram instalados quatro poços de monitoramento, nós

vamos mostrar também já o mapa com a localização desses poços. E foram analisadas 940

então a qualidade da água subterrânea.

E alguns parâmetros resultaram em níveis em desacordo com a legislação. Sólidos

dissolvidos totais, nitrogênio amoniacal, nitrogênio, potássio, sódio, fósforo total, ferro,

manganês. Coliformes fecais apenas em dois pontos. Alumínio, bário e cromo apenas em

um ponto. 945

Em função de ser uma área já industrializada e ser também, em função de ser áreas que

sofrem influência da água que vem da Baía de Guanabara. Então essa água já tem uma

contaminação.

Esses foram os quatro poços que nós perfuramos para coletar essas águas e fazer o

estudo dessa qualidade da água subterrânea. Todos localizados no TECAM na área de 950

maior intervenção do empreendimento com o solo. E que na área da REDUC como vai

ser já em tubovias já existentes, não vai haver nenhuma escavação, terraplanagem, nada,

nenhuma interação com o solo, não vemos necessidade de fazer esse tipo de estudo lá.

Em relação a recursos minerais. Na área de influência indireta foram identificados oito

processos de recursos minerais no Departamento Nacional de Produtos Minerais, sendo 955

que quatro desses processos estão na área de influência direta.

Porém não existe registros de direitos minerários conflitantes com o empreendimento.

Apesar de estar na área de influência direta, essas áreas de direitos minerários não estão

na área onde vai ocorrer a intervenção específica do empreendimento.

Foram caracterizadas quatro áreas de estudo para o meio biótico tanto para vegetação 960

quanto para os animais. São essas quatro áreas aqui onde existe hoje em dia vegetação

e que podia ser estudada vegetação e também os animais associados a essa vegetação.

As áreas 1 e 2 elas estão em estágio inicial a médio de sucessão ecológica. São áreas já

degradadas, mas que há um processo de recuperação, de regeneração dessa vegetação

que está em estágio inicial a médio. 965

Na área 3 que é a área selecionada para o empreendimento está em estágio médio de

sucessão. As áreas que estão vegetadas aqui dentro.

E na área 4 que é uma área de manguezal.

Foram registradas duas espécies que constam na lista oficial de espécies ameaçadas de

extinção conforme a Instrução Normativa 06/2008. 970

Uma delas chama-se caxeta, o nome científico Tabebuia cassinoides. Ela está nessa lista

por não se ter dados suficientes dela para se determinar se ela realmente ela está em

extinção ou não. Na dúvida, ela é colocada na lista. E foram identificados dezenove

indivíduos dessa espécie na área de intervenção.

Outra espécie, Jacarandá-da-Bahia (Dalbergia nigra) é uma espécie ameaçada 975

efetivamente e também está nessa lista. E ela foi encontrada apenas um único exemplar

na área 2 que não é a área de intervenção, é uma área que está acima do TECAM, onde

tem uns morros e onde não vai haver intervenção direta do empreendimento.

A área de intervenção do empreendimento corresponde a 3,94 hectares. Cada hectare

são dez mil metros quadrados, tá certo? Então estamos falando aí de trinta e nove mil e 980

quatrocentos metros quadrados. Sendo que 1,68 hectares com vegetação arbóreo-

arbustiva a ser suprimida. Onde vai haver o corte de vegetação apenas nessa área aqui

de 1,68 hectares dentro daquela área 1 que nós mostramos.

E do volume de madeira a ser suprimido a maior parte do material será proveniente das

espécies Jamelão, Sombreiro e Maricá. 985

Essa aqui é a área de intervenção. Essas áreas que estão verdes aqui dentro, são as

áreas que vai haver supressão para instalação aqui do canteiro de obras principalmente.

Em relação aos animais, o diagnóstico foi realizado, bom, primeiro são as mesmas áreas

como eu já tinha falado, tá certo?

O diagnóstico foi realizado com dados primários em campo nessas quatro áreas com: 990

Busca ativa.

Armadilha fotográfica.

Registros auditivos.

E dados indiretos.

E também dados secundários: 995

Lista de espécies existentes.

Levantamento de bibliografia.

E estudos já existentes.

Não houve captura de fauna, só observações.

E foram estudados os grupos: 1000

Répteis e anfíbios.

Mamíferos.

E aves.

Foram registradas cinco espécies de aves endêmicas de Mata Atlântica. Aves endêmicas

são aves que só ocorrem nessa região de Mata Atlântica e foram encontradas cinco 1005

espécies de aves na área de influência direta:

Beija-flor-de-fronte-violeta

Tiê-sangue

Tiê-preto

Picapauzinho-de-testa-pintada 1010

E Choca-de-sooretama

Sendo que nenhuma delas foi identificada na área que vai ocorrer a supressão de

vegetação, apenas naquelas outras áreas.

Foi registrado também espécies de relevância ecológica, como:

O Jacaré-de-papo-amarelo 1015

O Guaxinim

O Mão-pelada

A Paca

E Capivara

São animais que foram encontrados também nessas áreas. 1020

Bom, foram também estudadas as Unidades de Conservação no entorno da área do

empreendimento.

Então aqui nós temos a área de influência direta e a área de influência indireta está em

vermelho.

Aqui nós temos a Área de Proteção Ambiental do Rio Estrela, a Área de Proteção 1025

Ambiental São Bento e aqui o Parque Municipal da Caixa D’Água. O parque municipal é

esse pedacinho pequeno aqui.

Essa bola aqui maior é uma área em torno, uma área de três quilômetros ao entorno do

parque que é uma área de amortização, uma área onde que pode ter alguma influência

sobre o parque. 1030

E a área de influência indireta do empreendimento e uma parte coincide com essa área

exterior aqui ao parque de área de amortização com um pedacinho pequeno da área de

influência direta porém longe da área de intervenção.

Em relação ao diagnóstico do meio socioeconômico, resumindo conforme dados do último

Censo do IBGE de 2010, o município de Duque de Caxias possuía cerca de oitocentos e 1035

cinquenta e cinco mil habitantes, sendo que em Campos Elíseos são duzentos e noventa

mil.

Nos bairros da área de influência direta com base nos dados dos setores censitários do

IBGE como eu tinha falado, estimou-se uma população em torno de vinte e oito mil

habitantes. Aproximadamente dez por cento da população do distrito de Campos Elíseos. 1040

Os bairros da área de influência direta apresentam carência de infraestrutura básica com

baixo padrão de qualidade de vida. Apenas vinte e cinco por cento dos domicílios

possuem abastecimento de água pela rede geral. Cinquenta e seis por cento dos

domicílios contam com rede geral de esgoto ou pluvial de captação de águas servidas.

Noventa e dois por cento dos domicílios tem recolhimento de lixo. 1045

Aqui tem umas fotos que ilustram mais ou menos como são as características da áreas

que vocês conhecem melhor do que eu.

Em relação ao Patrimônio Histórico e Cultural, em Duque de Caxias existem dois bens

acautelados pelo IPHAN: a casa grande e a capela da antiga Fazenda São Bento e a

Igreja da Matriz de Nossa Senhora do Pilar. Todos dois fora da área de influência direta. 1050

Em relação ao patrimônio arqueológico, a área é de baixo potencial arqueológico. Foi feita

uma prospecção arqueológica na área do Terminal de Campos Elíseos recentemente e

não foram encontrados quaisquer vestígios arqueológicos.

Bom, para a avaliação dos impactos após o estudo do diagnóstico ambiental e a

avaliação então das atividades do empreendimento nas suas três etapas – planejamento, 1055

obras e operação, então nós identificamos os impactos para poder avaliá-los.

E a avaliação é feita seguindo vários parâmetros de análise. Como exemplo tem aqui a

duração do impacto – se ele é temporário ou permanente, a abrangência – se é local ou

regional e a magnitude do impacto – baixa, média ou alta.

Com base nesses três principais aspectos, também tem outros aspectos também que se 1060

é um impacto, por exemplo, efetivo ou ele é potencial, se ele efetivamente vai ocorrer ou

se ele pode ou não ocorrer. Entre outros aspectos.

Mas em relação a esses três aspectos com base nessa matriz aqui, a gente identifica qual

é a importância do impacto.

Então impactos de baixa magnitude são de pequena importância. De média magnitude, 1065

porém temporário e local é também considerado de pequena magnitude. Se ele é

temporário mas é regional, aí já passa a ser de média, ou se ele é permanente também.

No caso ser de alta magnitude, ele seria de média importância se for temporário e local,

nas outras opções seria de grande magnitude.

Então com base nisso nós montamos a matriz de impactos para as três etapas do 1070

empreendimento.

Na etapa de planejamento, apenas identificamos o impacto de geração de expectativas

na população. Um impacto de pequena importância. Ele diz respeito à preparação e

planejamento para o início das obras onde criam-se expectativas junto a população.

E uma das medidas propostas por nós para minimizar esse impacto são justamente 1075

coisas que já estão ocorrendo hoje, como: teve aqui uma reunião pública já aqui no

município, hoje está tendo Audiência Pública, aonde a gente vem esclarecer o quê que é

o empreendimento, quais são os seus impactos.

Depois também existe um Programa de Comunicação Social ao longo de todas as obras

para ir interagindo com a população em relação às dúvidas ou as queixas da população a 1080

algum evento da obra, informar com antecedência alguma atividade da obra que seja

externa aos muros da empresa, por exemplo, algum transporte que venha a causar algum

problema temporário, alguma via. Isso a comunicação social vai informar com

antecedência a população. Caso haja necessidade haverá um plano de minimização de

transtorno do trânsito junto com a Prefeitura Municipal. Quer dizer, são coisas que são 1085

preventivas, que são sempre propostas.

Então esse aqui é o único impacto nessa etapa de obras, nessa etapa do

empreendimento.

Já na fase de implantação do empreendimento é onde ocorre a maioria dos impactos

porque é onde estão havendo alterações no solo, alterações com a vegetação, com os 1090

animais, ruídos, transporte de materiais para obra, enfim, são onde ocorrem mais

impactos, tanto ao meio físico e meio biótico também como meio socioeconômico.

Porem a maioria dos impactos foi considerado de pequena importância. E a maioria

também de ocorrência potencial, eles podem ou não ocorrer. Alguns casos são de

ocorrência efetiva. 1095

Aqui na primeira coluna, tem aqui aspecto, quais são os aspectos que nos levaram a

avaliar esse impacto.

Então no caso aqui de erosão, movimentação de material nas obras é um impacto de

assoreamento de cursos d’água. Pode ou não acontecer.

Então em função de medidas que são propostas dentro dos programas ambientais tenta-1100

se evitar ao máximo que ocorra assoreamento de cursos d’água. Mas caso ocorra,

também existe medidas para recuperar esse impacto.

Terraplanagem, atividade lá como ela falou lá de planificar uma área, deixá-la plana,

extração de material de empréstimo de algum lugar para trazer para cá, então, isso pode

também potenciar o impacto, pode causar um aumento de ocorrência de movimentos de 1105

massa localizados. Também de pequena importância.

O manuseio de produtos químicos e oleosos, descarte de efluentes líquidos e resíduos

sólidos durante a obra, pode trazer uma contaminação do solo. Isso também é uma

questão potencial. Existem cuidados no manuseio desses materiais que evitam que isso

ocorra, mas pode acontecer e se ocorrer também existem procedimentos para você 1110

recuperar esse solo que for contaminado.

O manuseio de produtos químicos também e descarte também pode causar a

contaminação de águas subterrâneas. Também, isso também é um evento que é

potencial, pode ou não acontecer. E também caso ocorra, também existem as medidas

para mitigar e também existem medidas preventivas para que evitem que isso aconteça. 1115

Emissão de poluentes também podem causar alterações na qualidade do ar. Então

durante as obras você tem, por exemplo, um carro que esteja desregulado, pode estar

soltando fumaça demais, um caminhão, algum equipamento. Então para isso tem que

estar com a fiscalização, a vistoria de todos os equipamentos e veículos para evitar que

tenha algum desregulado que esteja com essas emissões. 1120

A emissão de poeira durante as obras. Então também atividades preventivas de

umectação das áreas, você molhar as áreas de terra por onde vai passar esses

caminhões, onde vai ter uma atividade de obra, para evitar que a poeira suspenda e

causa poluição da atmosfera.

E todo o sistema de gestão ambiental é de acompanhamento durante as obras para 1125

garantir que essas medidas efetivamente sejam implementadas pelas empreiteiras

contratadas pelo empreendedor.

Também a supressão da vegetação e a movimentação de maquinários e de pessoal, vai

ocorrer efetivamente uma perda de habitat da fauna. Habitat é onde a fauna vive, onde os

animais vivem. Eles vivem geralmente onde tem árvores. Alguns não, alguns ficam em 1130

lagoas. Mas esses que ficam próximos à vegetação, onde vai haver supressão de

vegetação eles não vão mais poder ficar ali. Também não é toda vegetação que vai ser

tirada, só uma parte. Então por isso é uma perda de uma parte dos habitats. E também de

pequena importância em função do tamanho da área que vai ser retirada em relação ao

total. 1135

A supressão de vegetação na faixa marginal de proteção dos rios vai acarretar num

impacto que é a interferência na área de preservação permanente. Porque a faixa

marginal de proteção de rio é uma área de preservação permanente. Porém, apesar de

ocorrência efetiva, é de pequena importância por ser uma área, como eu falei, a

magnitude deve ser média, é temporário, é local. Então foi classificado como de pequena 1140

importância.

Em função de mobilização de mão de obra, existe um impacto também identificado de

geração de emprego e renda. Um impacto que efetivamente vai ocorrer, porém também é

um impacto de pequena importância pelos seguintes motivos: está previsto durante as

obras a contratação de mil e trezentos trabalhadores sendo quatrocentos na área do 1145

TECAM e novecentos na área da REDUC.

Essas contratações nesse número, são previstas de ocorrer no pico das obras que podem

ocorrem durante dois, três meses. Ao longo de vinte e oito meses de obra, não é nos vinte

e oito meses que vão ter mil e trezentos trabalhadores trabalhando, apenas em parte

desse tempo. Na outra parte desse tempo vai ser um número menor de trabalhadores. 1150

Existe um histograma no EIA/RIMA, está apresentado esse histograma, vocês podem ver

a cada etapa da obra, quantos trabalhadores. No pico é que chega a esses mil e

trezentos. E terminou a obra também, acabaram esses empregos.

Durante a fase de operação como essas operações já existem hoje em dia tanto no

TECAM quanto na REDUC vai apenas haver uma ampliação da operação, eles não 1155

identificaram a necessidade de contratar novos operadores. Ok?

Em relação à alteração da qualidade do ar devido ao aumento de circulação de veículos

pesados e movimentação de terra, terraplanagem, como já havia falado, além de ter

poluição no ar você também pode ter transtornos e alterações na saúde da população em

função desses poluentes na atmosfera. Isso pode acontecer mas não é, a probabilidade 1160

de acontecer é pequena. É um impacto de pequena importância. Porque, como eu falei,

existem as medidas mitigadoras. Você tem aí o controle desses veículos e das máquinas,

o cuidado de estar sempre molhando as áreas antes das atividades para evitar a

suspensão de poeira devem minimizar muito o efeito desse impacto.

Esse tipo de, a maior incidência de poluentes, a maior incidência de problemas 1165

respiratórios, o maior risco de acidentes com a população e o aumento do número de

trabalhadores pode causar também um aumento de pressão sobre o sistema de saúde da

região. Também é um impacto potencial, pode acontecer ou não. E também de pequena

importância.

O que ocorre? 1170

Como as empreiteiras são contratadas, são orientadas pela PETROBRAS para que dê

oportunidades ao pessoal da região na contratação para as obras. Mas a PETROBRAS

também não pode exigir que isso ocorra. Então muitas vezes a empreiteira já traz seus

funcionários de fora.

Mesmo que contrate na região, essas empreiteiras em geral, elas já tem o seu plano de 1175

saúde – é até uma exigência da PETROBRAS os empregados terem o seu plano de

saúde. Então eles utilizam a rede privada de saúde e não acarretando uma pressão

grande sobre o sistema público de saúde na região.

Ainda na fase de implantação, agora impactos de média importância.

A retirada de material de empréstimo pode causar instalação de processos erosivos nas 1180

áreas de onde se retirou esse material. Então pode acontecer ou não. Existe uns

cuidados a serem feitos durante essa retirada de material para que se evite que tenha

processo erosivo, extração de processo erosivo. Mesmo que ocorra, também existe a

medida de recuperação dessa área dentro de um Programa de Recuperação de Áreas

Degradadas que está previsto no estudo. 1185

Efetivamente vai ocorrer o impacto de aumento de escoamento superficial. Por quê?

Com a terraplanagem, impermeabilização do terreno, aumento de carga no subsolo, o

solo fica mais impermeável. Então quando vem a chuva menos água infiltra, mais água

escorre. Esse impacto efetivamente vai acontecer.

Outro impacto potencial. Em função da colocação de aterro para terraplanagem pode 1190

haver o aumento do risco de recalques diferenciais, ou seja, afundamentos de partes do

terreno em função de ter camadas do solo que podem ser comprimidas e com essa

pressão sobre o solo haver algum fundamento.

Em função da geração de ruídos na fase de implantação, pode acontecer a elevação dos

níveis de ruído acima do permitido. Então também existem medidas preventivas para 1195

evitar que isso ocorra.

Em função da supressão de vegetação efetivamente vai ocorrer uma perda da vegetação.

Em função da supressão da vegetação e da movimentação de maquinário e pessoal, vai

haver efetivamente também uma perturbação na fauna. Mesmo aquela fauna que não fica

hoje em dia na área onde vai ser suprimida, a fauna próxima em função do barulho, do 1200

movimento de máquinas, também vai haver uma perturbação com essa fauna que é uma

coisa temporária, só durante algumas atividades da obra. Mas é um impacto efetivo.

E é bom ressaltar que para supressão da vegetação, anteriormente a essa supressão os

animais que vivem nessa área eles tem ser retirados. Existe um programa específico que

vai tratar disso. 1205

Por último ainda na fase de implantação, foi identificado um impacto de grande

importância, o impacto efetivamente vai acontecer em função da impermeabilização do

terreno e da retirada da cobertura vegetal, a redução e alteração das áreas de recarga de

águas subterrâneas. Como vai ter um escoamento superficial maior e vai filtrar menos

água, vai abastecer menos o aquífero subterrâneo com água do que acontece hoje. 1210

Então com a manutenção da cobertura vegetal em torno das áreas impermeabilizadas e o

tratamento paisagístico na área do canteiro de obras, a gente prevê que haverá uma

minimização desse impacto. É uma medida que está proposta dentro do Programa de

Recuperação de Áreas Degradadas.

Já agora na fase de operação, ao final das obras, tem um comissionamento, testou, está 1215

tudo beleza, começa a operar. Durante a fase de operação também foram identificados

alguns impactos.

Em relação a vazamentos de efluentes líquidos e hidrocarbonetos, poderá haver

contaminação do solo. É um impacto potencial de pequena importância. Potencial porque

esses vazamentos eles normalmente eles não ocorrem. Eles podem ocorrer caso haja 1220

uma falha numa tubulação e causa algum vazamento. Então como tem toda uma questão

de manutenção como ela mostrou dos PIGs, de você fazer manutenção preventiva, você

verificar se há falhas e corrigir antes que ocorra algum vazamento, minimiza a ocorrência

desse impacto. Mas pode acontecer por algum descuido de ter algum vazamento e ter

alguma contaminação do solo. E para isso então terá que ter medidas de recuperação 1225

desse solo contaminado.

Também um outro impacto de pequena importância e de ocorrência potencial em função

da terraplanagem e da extração de material de empréstimo, o aumento do potencial de

ocorrências de movimentos de massas localizados. Coisas que a gente já tinha falado

durante a etapa de implantação e persiste durante a fase de operação. 1230

Já como média importância, em função do aumento da carga resultante da deposição de

material de empréstimo e das instalações do empreendimento...

Deixa eu ler aqui que fica mais fácil para mim.

...E das instalações do empreendimento sobre o horizonte do solo ou sedimentos

compressíveis podem ocorrer um aumento do risco de recalques diferenciais. São 1235

aqueles afundamentos. Da mesma forma como está previsto de acontecer isso na etapa

de obras mas isso pode persistir durante a fase de operação porque uma vez que

afundou, está afundado. Então um impacto que persiste. Ele é potencial de média

importância, pode acontecer ou não mas se acontecer ele persistirá na fase de operação.

E em função também do vazamento de efluentes líquidos e hidrocarbonetos, como eu 1240

falei é uma coisa que não deve acontecer mas pode acontecer, também poderá haver

contaminação das águas subterrâneas.

No caso da contaminação do solo foi considerado de pequena importância mas no caso

da contaminação de águas subterrâneas foi considerado de média importância.

E também um impacto de grande importância, efetivo, aquele mesmo que identificamos 1245

na fase de obras em função aí da impermeabilização do terreno; a redução das áreas de

recarga de água subterrânea. Isso efetivamente vai acontecer na fase de obras e persiste

também na etapa de operação. Então as medidas propostas são as mesmas, dentro do

mesmo programa.

Também identificamos a questão de cumulatividade de impactos. São impactos que ao 1250

ocorrer podem acumular seus efeitos com outros impactos.

Então em relação ao aumento do potencial da ocorrência...

Pera aí. Deixa eu ler aqui. A letra ali está pequena para mim.

Em relação ao aumento do potencial de ocorrência de movimentos de massa localizados,

que é um impacto de pequena importância mas ele pode ser cumulativo com impacto de 1255

erosão.

A interferência no tráfego e na mobilidade da população também cumula com o tráfego de

outros empreendimentos na região. É uma cumulatividade com impactos já existentes de

outros empreendimentos.

Transtornos e alterações na saúde da população pela emissão de poluentes e partículas 1260

sólidas também cumula com a emissão de poluentes e particulados.

E o aumento da pressão sobre o sistema de saúde na região também podem cumular

com as demandas de saúde no município. São dois impactos identificados de pequena

importância e que o efeito de um cumula com o do outro.

(Conversa ao fundo) 1265

Bom, o nosso tempo está acabando mas está terminando, faltam poucos slides.

Nós temos aqui então o Sistema de Gestão Ambiental onde prevê os programas

ambientais onde dentro desses programas estão organizadas as medidas propostas.

Medidas mitigadoras, medidas preventivas e medidas compensatórias.

Dois programas tem maior importância porque são aqueles que tem inter-relação com a 1270

população: o Programa de Comunicação Social e o Programa de Educação Ambiental.

Onde haverá interação principalmente durante as obras com a população no entorno do

empreendimento informando com antecedência os eventos da obra, ouvindo a população,

suas reclamações, tirando dúvidas e trazendo informações dos outros programas para a

população e também qualquer feedback, vamos dizer assim, qual é o retorno que a 1275

população possa dar em relação aos programas também.

Então os outros programas.

O Programa Ambiental da Construção é o programa onde tem todas as medidas que a

empreiteira tem que tomar cuidado, adotar essas medidas preventivas em relação as

suas atividades de obra para que evite ou minimize os impactos ambientais. 1280

Programa de Recuperação de Áreas Degradadas é para caso haja a degradação de

alguma área em função das atividades do empreendimento, como ela tem que recuperar

essas áreas. Então para cada tipo de degradação ocorrida tem medidas especificas de

recuperação.

Um Programa de Prevenção e Controle de Erosão para evitar que hajam áreas 1285

degradadas.

Programa de Gerenciamento de Riscos e Programa de Supressão de Vegetação que é

um programa que acompanha de que forma que essa, tem que haver essa supressão de

vegetação, quais os cuidados, de que forma você vai cortar essas árvores, elas não

podem tombar para dentro de outras áreas que não seriam suprimidas para não causar 1290

danos a outra vegetação, tem que tombar para dentro da área a ser suprimida, tem que

retirar os animais antes e uma série de outros cuidados com os próprios trabalhadores

que vão estar trabalhando nessas atividades, tem que ter equipamentos licenciados, tem

que estar com seus equipamentos de proteção individual. Então tudo isso adentra a esse

programa de supressão. 1295

O Programa de Reposição Florestal que prevê um impacto compensatório, uma medida

de compensatória de você plantar novas árvores em função daquelas que você está

retirando.

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos principalmente no

canteiro de obras. 1300

Programa de Monitoramento da Água Subterrânea já que foi identificado esse impacto,

principalmente da diminuição da recarga. Então vai haver um monitoramento para

verificar se efetivamente isso está ocorrendo e de que forma.

E Programa de Salvamento e Resgate da Fauna que é justamente o que eu falei para

retirar a fauna presente nessas áreas a serem suprimidas anteriormente, o manejo dessa 1305

fauna, se houver alguma fauna acidentada durante as obras como tratar desse animal.

Entoa isso tudo está previsto nesse programa.

Bom, o prognóstico ambiental, como eu falei, considera os cenários futuros sem e com

empreendimento.

Na situação sem empreendimento. A gente ressalta que a não implantação do 1310

empreendimento ela não acarretará por si só na melhoria da qualidade ambiental da área

de influência direta em função de que essa área já se encontra muito degradada. É uma

área já industrial e a fragmentação de habitat já existe e tem uma degradação da

qualidade da vegetação. Então a não implantação não significa que a área vai melhorar.

Ela já tem problemas. 1315

O aumento da demanda desses derivados claros torna necessária a readequação dessas

instalações aí que estão se prevendo nesse empreendimento de modo a atender as

expectativas de mercado.

Se não implementar o empreendimento, vai impossibilitar o escoamento complementar

necessário o que pode comprometer o abastecimento do mercado. Então sem 1320

empreendimento, no futuro nós teremos um problema de falta de combustível na região.

No cenário com empreendimento. A implantação do empreendimento junto com os

programas ambientais não resultará numa alteração significativa o ambiente comparada

com a situação sem empreendimento.

A supressão de vegetação em apenas 1,68 hectares vai haver uma perda parcial do 1325

habitat natural que é pouco significativa para a fauna local.

Foi feito também, além do Estudo de Impacto Ambiental, um Estudo de Análise de Risco

pela empresa EIDOS e tem um representante da EIDOS aqui. Se alguém tiver alguma

dúvida e quiser fazer perguntas, pode ser feito.

O Estudo de Análise de Risco teve o objetivo de avaliar os riscos ao público externo 1330

decorrente da operação do empreendimento. Foram cenários avaliados. Consideraram a

movimentação dos três produtos. Foi realizada uma análise preliminar de perigo que

identificou possíveis perigos que podem acontecer na planta.

Assim, enquanto o projeto se desenvolve os perigos, principais perigos podem ser

eliminados, minimizados ou controlados. 1335

Dentre as hipóteses analisadas nessa análise de risco, as que obtiveram maior alcance

foi de setenta e nove metros e são relacionadas com vazamentos, possíveis vazamentos

de querosene e diesel.

Esse raio de setenta e nove metros não extrapola os limites do Terminal de Campos

Elíseos. Destaca-se que a comunidade mais próxima está a cerca de oitocentos metros 1340

da área do empreendimento.

Concluindo. O estudo evidenciou vinte e seis impactos, sendo dezoito classificados como

potenciais. A ocorrência é apenas uma possibilidade diante das intervenções e atividades

previstas.

A maioria dos impactos identificados ocorrem na etapa de obras, é de caráter temporário, 1345

baixa magnitude e seus efeitos serão minimizados com a implantação de medidas

mitigadoras e dos programas ambientais.

A localização do empreendimento se dá em área destinada à atividade industrial em

conformidade com o Plano Diretor do município.

Desse modo concluiu-se pela viabilidade ambiental do empreendimento. 1350

Aqui está a relação da equipe que também consta no RIMA.

Eu queria agradecer a vocês. Aqui está o meu contato. Meu nome é Marcos Dertoni, está

aqui o meu e-mail. Obrigado.

(Aplausos)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle 1355

Ambiental/RJ: Então muito obrigado senhor Marcos Dertoni, apesar de ter passado um

pouquinho do tempo, mas fez a sua conclusão e nós vamos agora iniciar a segunda fase,

que é a fase dos debates.

Vocês encaminharam muitas perguntas, muitas, sobre diferentes assuntos, e eu vou

intercalando agora as perguntas com as participações, tá certo? Um pouquinho de 1360

pergunta, um pouquinho de intervenção.

Vereadora, vamos iniciar com a sua fala? A senhora pediu aqui para, está certo, então tá

bom.

Bom, então temos umas diferentes perguntas aqui direcionadas aí aos colegas da

PETROBRAS, da empresa que fez o estudo, ao INEA. Então uma, uma ansiedade, uma 1365

questão que está incomodando muitas pessoas da importância da realização da

audiência, é em relação aos, às desapropriações, se as pessoas que moram nas áreas

próximas vão ser afetadas.

Então a senhora Ana Luiza. Dona Ana Luiza está aí? Cadê a dona Ana Luiza? Dona

Luiza, muito obrigado pela sua pergunta. 1370

- Ela vai, em que o projeto vai atingir os moradores da Ana Clara? Os moradores serão

retirados dos seus lares? Em caso positivo, eles serão indenizados?

Ainda lá da turma de Ana Clara. Noraci Rosa. Quem é Noraci? Noraci Rosa? Obrigado.

- Gostaria de saber se parte da comunidade do Jardim Ana Clara será indenizada e se for

positivo, em quanto tempo será concluído? 1375

Agradece no final.

Ainda Ana Clara. Vinícius Marcelo. Cadê Vinícius Marcelo? Obrigado senhor Vinícius.

- Queria saber sobre a nossa saída dessa área de risco, ou se haverá desapropriação?

Ainda de Ana Clara. Senhora Berenice.

- Como ficará a condição do porto? 1380

Cadê a dona Berenice? Boa noite.

- Como ficará a condição do porto de Ana Clara em meio a animais aparecendo como

raposa, capivara, animais que atacam e temos nossos filhos? Estamos apavorados,

principalmente com a volta da (agora não entendi) da obra, da obra?

Desculpa, eu não entendi. 1385

- Que começará a rachar e a poluição, a explosão que eles fazem para quebrar as rochas.

É isso, falta de água.

Então vamos nessas perguntas da turma de Ana Clara ali, em relação à indenização, se

os moradores serão retirados, desapropriações, e esse questionamento aí da senhora

Berenice. Isso é dirigido aí à PETROBRAS. 1390

Muito obrigado aí pela participação. Tem outras perguntas de Ana Clara também, mas a

gente vai aos pouquinhos. Pois não? Pode falar, tem um microfone, entrega um microfone

ali para o nosso amigo.

É sobre esse assunto que o senhor que vai falar? É que elas estão preparando a

resposta. Pode ficar embaixo, fica mais confortável para o senhor. 1395

Sr. Raimundo – Participante: Gente, boa noite. Eu estou aqui pensando porque se falou

muito em impacto ambiental...

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: O senhor pode dizer o seu nome, por favor, amigão?

Sr. Raimundo – Participante: É Raimundo. Meu nome é Raimundo, senhor. 1400

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Morador aonde senhor Raimundo?

Sr. Raimundo – Participante: De Parque Marilândia.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: É que está sendo gravado. Muito obrigado. 1405

Sr. Raimundo – Participante: Olha, sou morador do Parque Marilândia há mais de trinta

anos e se algo me incomoda é quando eu vejo falar muito do, sobre impacto ambiental.

Eu queria saber dos gestores aqui como é que fica o impacto humano?

Porque nós que moramos no bairro, nas proximidades principalmente ali de Marilândia,

dos dois morros de Marilândia ali, próximo ao Colégio de Marilândia, nós bem sabemos o 1410

que é o impacto humano.

Porque foi passado ali, não é, que o impacto de poluição é pouco. E quem vive ali na área

sabe bem, bem de perto que não é isso, porque quando nós temos nossas, nossas

famílias que são afetadas por diversas doenças, que é diagnosticado por alguns médicos

até do município e nós vivemos numa área a Deus dará. 1415

Essa é a grande realidade. Nós temos uma empresa estatal como a PETROBRAS, e

como outras ligadas a ela. É uma excelente empresa? É. Traz progresso para o país?

Sim. Traz muito emprego para nossas famílias? Sim. Mas o impacto humano, isso fala

mais alto. Hoje ao meu, aos cinquenta e três anos, eu não consigo mais, mais arrumar

emprego por deficiência de saúde. E foi diagnosticado, por incrível que pareça, por eu 1420

estar morando nessa área, algumas partes de poluição.

Hoje eu estou com meus trinta e três anos já trabalhados de prestado serviço, trabalhei

muito ali naquela área da REDUC, não me arrependo por ter feito parte do progresso dali

da PETROBRAS por empresa terceirizada. Mas hoje eu vejo nossos filhos, nossos netos,

nossas famílias entregues a Deus dará. 1425

Uma empresa como é estatal PETROBRAS e outras ligadas a ela infelizmente nós temos

a saúde de péssima qualidade ali no nosso bairro. Nós chegamos ali agora à noite, dez

horas, não tenho mais área de saúde para ser atendido, nossos filhos, nossos netos.

Isso é que corta o nosso coração. As áreas de muitos que foram indenizados lá próximo

de minha casa, está lá, eu canso de telefonar para a área da TRANSPETRO e outras 1430

áreas. Animais peçonhentos, cobra, rato, ao nosso redor e nós vivemos a Deus dará. E

passa ali. Infelizmente, infelizmente.

É de pequena quantidade de poluição? É. Para quem mora na Vieira Souto, para quem

mora de frente à Praia de Copacabana, para eles não chega não, mas para mim chega.

Para os meus filhos, para os meus netos, chega. 1435

E hoje estou aí esse homem impotente, sem poder trabalhar, em três, quatro empresas

que eu vou tentar fazer todos os exames, negativo. É problema de coração, problema

respiratório. Só quem vive ali naquela área como eu acordo, às vezes levanto duas, três

horas da madrugada.

Aquele cheiro de gás insuportável. Principalmente quem mora ali no Marilândia. Agora 1440

quem mora na Vieira Souto não. Quem mora lá no Leblon, beleza. Falar no microfone é

fácil, mas quem sente na pele é a gente. Essa é a minha palavra. Obrigado.

(Aplausos)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Muito obrigado, quer dizer, ele fez uma afirmação, um desabafo que está, 1445

que está presente também em outras perguntas aqui.

Então vamos voltar lá para as perguntas da turma de Ana Clara, para responder.

(Aplausos)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Quem é de Ana Clara aí? 1450

(Aplausos e gritos ao fundo)

Então essas pessoas estão preocupadas com desapropriações, indenizações, vamos tirar

essa ansiedade aí da turma, por favor.

(Conversa ao fundo)

Sra. Marineusa Nogueira – Gerente de Empreendimentos de Projetos de Logística 1455

PETROBRAS: Alô. Bem, como nós apresentamos no início da apresentação do

empreendimento, todas essas adequações que estão previstas no projeto apresentado

aqui, são dentro das instalações da REDUC ou do Terminal de Campos Elíseos.

Não tem nenhuma adequação a ser feita fora desta região. Então nesse processo não

cabe, não terá desapropriação, então a, os moradores de Ana Clara podem ficar 1460

tranquilos quanto a isso.

Vou pedir uma complementação aqui do Estudo de Impacto Ambiental.

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: Boa noite.

Alô. Bom, queria esclarecer uma coisa. Existem vários problemas na região, nós sabemos

disso. Mas nós estamos aqui analisando hoje um empreendimento específico, não todo o 1465

complexo de indústrias na região, tá certo?

Esse empreendimento ele não prevê nenhuma instalação em áreas onde não estão, onde

tenha moradores. As instalações são adequações de instalações já existentes dentro do

Terminal de Campos Elíseos da REDUC.

Então não há nenhuma previsão de desapropriação. Vocês podem ficar tranquilos em 1470

relação a esse assunto.

Em relação à questão de saúde, já respondendo, já que em respeito a ele, que ele veio

aqui levantar essa informação, esse empreendimento ele não gera emissões

atmosféricas. Então ele não vem agravar um quadro já existente que exista de, de

doenças respiratórias, etc. 1475

Ele é um empreendimento muito localizado, e ele é muito específico, ele é só alguns

dutos para otimizar a, o deslocamento desses, desses produtos dentro dos terminais e de

levar até para os dutos já existentes, que levam já hoje para outros locais.

Não há nenhuma emissão prevista nesse empreendimento. Então isso não gera aumento

significativo de doença na região. 1480

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Eu gostaria de fazer aqui uma intervenção. Senhora Margareth dos

Santos, Júnior Macaé, Ricardo Agostinho, também fizeram perguntas sobre áreas,

pessoas que serão retiradas, desapropriadas, e algumas pessoas, apesar dos colegas da

PETROBRAS terem esclarecido que nessa audiência o objeto não é esse porque não há 1485

desapropriações, essas pessoas estão numa expectativa aqui de ter um contato com

alguém da empresa ou que possa passar um contato, no sentido de algumas denúncias,

no sentido de algumas reclamações, de rachaduras nas casas, não é? Do problema de

enchentes, coisas que vocês estão mencionando aqui.

A Audiência Pública, turma, tem esse objetivo. Que ela tem também essa conotação de 1490

vocês se manifestarem. Fica claro que não vai acontecer nenhuma desapropriação, nem

indenização, nem intervenção externa, mas as pessoas aqui, é o momento que eles tem

de serem ouvidos por vocês.

Então eu queria apontar o senhor que está em pé.

(Aplausos) 1495

Que faça uma colocação, que faça uma colocação representando todos os seus colegas

aí e, qual o nome do senhor, desculpa?

Sr. Alberto Carlos – Presidente da Associação de Moradores do Jardim Ana Clara:

Meu nome é Alberto Carlos, mais conhecido como Beto Careca, eu sou presidente da

Associação de Moradores do Jardim Ana Clara. 1500

E eu quero só implementar quando o senhor disse a respeito que não haverá

desapropriação da área. Mas eu gostaria de lançar uma pergunta para o senhor, de

repente, ou os demais que estão na mesa.

Conhece o Ana Clara? Conhece essa parte que eles estão reivindicando? É bem próximo,

é uma faixa de, de, as casas para a obra tem uma faixa de exatamente uns, uns duzentos 1505

metros. E quando tem ali as implosões, as explosões que acontecem, quem sofre é a

comunidade.

Da outra vez que houve, não sei se foi um acréscimo muito grande de explosivos, que

caiu uma pedra quase na cabeça da moradora gestante e a coisa ia ficar ruim. E o que

eles estão reivindicando, meu querido, é o seguinte. 1510

Nós, quando se fala, quando vocês estão falando de, de impacto ambiental, esse impacto

ambiental fez com que, na verdade, nós perdêssemos escola, nós perdemos área de

lazer dos nossos filhos.

(Aplausos)

E eu não vi em hipótese alguma depois de toda essa obra feita, deixar um legado lá, 1515

construir uma escola, construir uma praça para os nossos filhos, ter um lazer. A única

coisa também que o Poder Público manda lá para a nossa comunidade é a polícia.

Eu pergunto a vocês.

(Aplausos)

Será que os moradores do Ana Clara não merecem respeito? E eu quero deixar um 1520

recado também para aqueles que muitas das vezes sobem num palanque e dizem da

seguinte, a seguinte frase:

“Essas crianças de hoje são o futuro do amanhã.”

Me diz, se o Ana Clara tem uma escola para os nossos filhos estudarem, se o Ana Clara

tem um posto de saúde para que, na verdade, nós podemos ser consultados. 1525

(Aplausos)

Dizer que a PETROBRAS é um orgulho nacional é fácil, para aqueles como o

companheiro disse aí na frente, que moram na zona sul. Se vamos reivindicar uma saúde,

uma vacina para os nossos filhos, lá é área de risco, não vai. Mas quando começa a

eleição e quando vem para desapropriar a nossa área, não pedem permissão e invadem. 1530

O porquê não levar uma escola para dentro do Ana Clara? Não dar uma condição de vida

legal para essas pessoas? Somos seres humanos, merecemos respeito. Não estamos

aqui para atirar pedra em ninguém. Mas eu acho que vocês que estão aí na frente tinham

que ir até o Ana Clara para conhecer.

Nós temos pessoas valorosas naquele bairro. 1535

(Aplausos)

Eu acho que eles vieram aqui reivindicar como vocês estão vendo aí, falar de

desapropriação, sabe por quê? Porque os filhos deles lá são acometidos com várias

doenças provocadas por esse, esse impacto ambiental que está acontecendo dentro do

Ana Clara. 1540

O gasoduto passa ao lado da casa desses que estão reivindicando. E nós estamos em

cima de uma bomba relógio, que não tem uma manutenção adequada. E na verdade eu

peço vocês um pouco de atenção e um pouco de respeito para os moradores de Ana

Clara e adjacências também, as pessoas que moram ao lado da REDUC.

Porque essa desapropriação aí que eles querem é para segurança dos seus filhos, é para 1545

segurança deles, porque o impacto, o impacto ambiental lá é muito grande. Eu convido a

vocês para que vão até o Ana Clara para ver de perto o que eles estão sofrendo.

(Aplausos)

Meu muito obrigado.

(Aplausos) 1550

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Senhor Beto, senhor Beto, eu não vou chamar o senhor de Beto Careca

porque eu não tenho essa intimidade, é ou não é? Mas eu estou no caminho também.

Então olha só, senhor Beto, vou te explicar para o senhor. Dona Berenice, vamos lá,

vamos agora tirar um proveito para vocês entenderem. 1555

A vereadora Fatinha com certeza está entendendo a importância desse encontro nosso

aqui. Beto, presta atenção, agora aqui, cadê Moa? Moa, Moa está aí também. Então

presta atenção.

Quando a gente faz o licenciamento ambiental, é claro que o Estudo de Impacto

Ambiental, os analistas do INEA que vão ou não dar essa licença que está sendo pedida, 1560

eles analisam também a questão socioambiental. E existe dentro do procedimento de

licenciamento, o que a gente chama de medidas compensatórias.

E não são, e não é a empresa que vai determinar que medidas compensatórias serão

feitas e onde elas serão aplicadas. É claro que elas devem ser aplicadas na área de

influência do empreendimento. Não tem sentido esse empreendimento ter uma medida 1565

compensatória em Angra dos Reis, por exemplo, estão entendendo? Então o Heckmaier

ele é o coordenador do grupo de trabalho.

Cadê o senhor Edmilson Bastos? Cadê o senhor Edmilson? Senhor Edmilson. O senhor

Edmilson, eu estou colocando a sua, depois o senhor fala, numa boa. O senhor Edmilson

colocou aqui uma pergunta que a minha missão é juntar as perguntas. 1570

- Existem nos estudos realizados algum projeto de investimento na comunidade de

Campos Elíseos referente às medidas compensatórias a serem realizadas?

Essa sugestão dele junto com a sua reivindicação, independente de ter problema

ambiental, o que pode ser controlado, nós estamos agora falando das medidas sociais

que podem ser feitas. Então o INEA pode determinar medidas compensatórias no sentido 1575

de beneficiar a comunidade de vocês.

Só que hoje aqui a gente não pode dizer que medidas compensatórias são essas, que

não é o empreendedor...

(Conversa ao fundo)

Nós estamos dizendo que é possível se fazer benefícios para a sua comunidade e para 1580

outras também no entorno, no sentido de escolas ou melhoria. Isso pode ser feito.

Então o objetivo da Audiência Pública é recolher informações das pessoas que são

moradoras da região no sentido de que, olha, vamos adotar determinada medida

compensatória que pode ser essa.

Daí a importância de depois da reunião ou durante a reunião o senhor que representa 1585

uma comunidade, conversar com a Assessoria de Comunicação da PETROBRAS,

conversar com a turma do INEA, para levar isso adiante.

Que existem medidas compensatórias que podem ser feitas na região. Então essa sua

reivindicação com essa, com essa pergunta, pergunta não, com essa afirmação precisa lá

do Edmilson, o Heckmaier está recolhendo isso aqui para fazer parte do Relatório Final e 1590

das medidas que podem ser adotadas.

E nós temos ainda dez dias a partir de hoje para trazer essas contribuições. Então está

aqui um compromisso nosso com o senhor, com o pessoal que o senhor representa, no

sentido de, exatamente o que o senhor falou também, como é que é o nome do senhor?

Senhor Raimundo. Depoimento bonito que ele deu aqui. 1595

Então esse é um ganho que a gente tira aqui hoje. É esse compromisso. Não é a

empresa PETROBRAS que vai dizer que medida compensatória que ela vai fazer, mas

podem ser medidas socioambientais que o Heckmaier anotou aqui. Edmilson. Pode falar.

Pode liberar o microfone para ele aqui.

O senhor está atendido senhor Beto? Peraí Edmilson, vai. 1600

Sr. Alberto Carlos – Presidente da Associação de Moradores do Jardim Ana Clara:

Olha só, eu acho que o senhor deve estar entendo que esse gasoduto está chegando

agora para o Ana Clara. Que de repente essa seja a nossa primeira Audiência Pública

que nós estamos participando.

Na verdade é a terceira. Nós perdemos uma escola, perdemos a segunda, teve a 1605

negociação entre PETROBRAS e Prefeitura. A população só que foi massacrada, nós é

que perdemos. Então não é a primeira.

O medo do pessoal agora é a vida deles que estão lá dentro, a gente não está falando

mais nem de escola porque não temos. E ninguém toma providência, ninguém. Se temos

vereadores aqui, eu quero perguntar para eles aqui. Foi alguém lá dentro para falar sobre 1610

escola? Sobre indenização? Nunca.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Então olha senhor Beto...

Sr. Alberto Carlos – Presidente da Associação de Moradores do Jardim Ana Clara:

Nem o prefeito que passou foi. Agora eu só quero só concluir. 1615

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Pode falar, pode falar.

Sr. Alberto Carlos – Presidente da Associação de Moradores do Jardim Ana Clara:

Eu quero que o senhor entenda o seguinte. Que a PETROBRAS nunca parou com o

pessoal para negociar para dizer assim, oh fizemos uma obra, vamos deixar um legado 1620

aqui, vamos construir a escola a qual nós destruímos para passar o gasoduto.

Foram falados de melhorias, de avanços, mas a nossa, a nossa comunidade só perde,

sabe, eu queria chegar para o senhor e falar assim, poxa, não, legal, é a primeira

audiência que nós estamos participando. Mas é a terceira, o que mais nós vamos perder?

As nossas vidas? 1625

(Aplausos)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Agora, agora, é importante agora o senhor, eu acho que a PETROBRAS

está aberta para conversar com os senhores, uma coisa é negociação sua com a

Prefeitura, com a PETROBRAS. 1630

Agora outra coisa é uma medida compensatória dentro de uma licença ambiental. Isso é

uma obrigação. Tá certo?

Então está claro que é importante vocês definirem o que que é que pode ser feito na

região. Com certeza a PETROBRAS vai ouvir vocês e no licenciamento que está

começando agora. Essa é a primeira etapa do licenciamento ambiental, isso não tem nem 1635

a licença prévia ainda.

O licenciamento ambiental se divide em três partes. Nós estamos discutindo aqui a

licença prévia que é chamada de LP. Isso é o início. É o início. E Audiência Pública

justamente é para recolher essas informações.

Agora é claro que aí o senhor e as pessoas aqui vão ter que dar um crédito de confiança 1640

aqui para o órgão ambiental. O senhor está dizendo que é a primeira vez que vocês vem

reivindicar isso, tem que dar um crédito aqui para a gente. Não, não, eu digo em

audiência.

(Fala sem uso do microfone)

Então vamos fazer, vamos fazer isso, vocês tem algum comentário, aqui tem alguém da 1645

área? Vamos lá, vamos escutar aqui a empresa. Vai, vai.

(Conversa ao fundo)

Peraí, deixa, deixa a turma falar agora aqui.

(Conversa ao fundo)

Vamos lá, vamos lá, vamos prestar atenção. Vocês tem alguém da área de comunicação? 1650

(Conversa ao fundo)

Sr. André Pinhel Soares – Gerente de Licenciamento PETROBRAS: É, boa noite.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Dona Berenice, por favor, vamos lá, vamos lá senhor Beto, vamos.

Sr. André Pinhel Soares – Gerente de Licenciamento PETROBRAS: Boa noite 1655

senhoras e senhores. Senhor Beto, eu queria só fazer uma pergunta também dentro das

suas colocações, essa questão que o senhor colocou para a gente aí que demonstra não

só a, uma gravidade, mas que é um pleito de todos que vieram aqui do Jardim Ana Clara.

Essa questão da escola, que foi, foi desapropriada, é isso? Ela foi desapropriada por um

projeto anterior. Esse assunto ele já foi, já foi levado para à ASSECAMPE, discutido 1660

dentro da ASSECAMPE, houve algum, algum reflexo dessas discussões junto ao

complexo das indústrias?

Sr. Alberto Carlos – Presidente da Associação de Moradores do Jardim Ana Clara:

Na verdade não houve avanço nenhum. O que acontece, aonde eles colocaram os

nossos filhos para estudar, foi numa área fora da, da nossa comunidade, numa 1665

comunidade do Cangulo, e uma coisa que não foi programada para uma escola, era uma

Associação de Moradores, que uma sala que cabia dez crianças, estão estudando vinte e

cinco numa sala. Não tinha ventiladores, não tinha água para beber, não tem um espaço

para as crianças recrearem.

Sr. André Pinhel Soares – Gerente de Licenciamento PETROBRAS: Desculpa, mas 1670

era uma escola que foi desapropriada, é isso?

Sr. Alberto Carlos – Presidente da Associação de Moradores do Jardim Ana Clara:

Não, não.

Sr. André Pinhel Soares – Gerente de Licenciamento PETROBRAS: Não, não é.

Sr. Alberto Carlos – Presidente da Associação de Moradores do Jardim Ana Clara: 1675

Foi uma associação que foi improvisada para colocar os nossos filhos para estudarem.

Ameaçando se as crianças não fossem para a escola, as mães perderiam o Bolsa-

Família.

Sr. André Pinhel Soares – Gerente de Licenciamento PETROBRAS: E aí só

reforçando a pergunta, esse assunto o senhor chegou a discutir, a comunidade chegou a 1680

discutir com a ASSECAMPE?

Sr. Alberto Carlos – Presidente da Associação de Moradores do Jardim Ana Clara:

Nós discutimos diretamente com a Secretaria de Educação que foi o responsável e o

mentor de negociar junto à PETROBRAS e Prefeitura. Foi até no governo passado,

governo retrasado, governo Zito que trouxe todo esse caos para o, para a nossa 1685

comunidade e não tivemos resposta de órgão nenhum.

Sr. André Pinhel Soares – Gerente de Licenciamento PETROBRAS: Tá, eu vou, eu

vou pedir para alguém da comunicação nossa procurar o senhor aí agora, nessa, nesse

momento aí, para a gente poder tentar identificar que empreendimento que foi esse, em

que momento que foi esse empreendimento, até para a gente poder verificar lá de que 1690

forma que foi feito, se houve uma desapropriação, houve uma indenização, e para onde

que foi. Eu vou pedir para alguém para a gente poder identificar isso.

E uma última colocação, aproveitar aqui a oportunidade, para destacar um dos principais

canais de comunicação que a PETROBRAS tem com as comunidades com as quais ela

convive, que é o nosso número do 0800 que está disponível nos folhetinhos que vocês 1695

estão aí presentes. Depois a gente vai projetar mais tarde.

(Conversa ao fundo)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Então eu estou entendendo que vocês vão disponibilizar uma pessoa para

fazer um contato aí. Então vamos aproveitar para iniciar esse contato. 1700

Na ordem o senhor Edmilson, depois o Moa, tá Moa?

Sr. Edmilson – Participante: Boa noite.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Obrigado senhor Edmilson.

Sr. Edmilson – Participante: Meu nome é Edmilson, eu sou morador do segundo distrito 1705

há quarenta e cinco anos. Em 2008, a PETROBRAS solicitou à prefeitura a desafetação

de várias ruas no Ana Clara. A prefeitura através de lei foi lá e desafetou, ou seja, tirou o

bem do povo, passou o bem para o município e o município passou para a PETROBRAS

fazer o gasoduto.

E o povo perdeu as ruas, perdeu o progresso, hoje nós temos uma área de quinhentos mil 1710

metros no Jardim Ana Clara que está inviabilizada. Não nasce mais nada, o povo foi

sacrificado através de uma lei que beneficiou a PETROBRAS.

Tá, até aí tudo bem. A lei passou, a PETROBRAS foi beneficiada. Agora a PETROBRAS

vai de novo usar esse mesmo, essa mesma área que se tirou do povo e que não

ressarciu ao povo em nada. 1715

O Ana Clara perdeu várias ruas, vou apresentar à mesa agora aqui as áreas que foram

desafetadas, e nós não ganhamos nada no Ana Clara, não ganhamos nada no Bom

Retiro, não ganhamos nada de obra pública desse, dessa perca no bairro de Campos

Elíseos.

Ou seja, pelos números na época, pelos números na época, a PETROBRAS, em 1720

convênio com o município, passou de trinta milhões de investimento e desses trinta

milhões não foi um real para a comunidade que está aí hoje gritando e reclamando.

(Aplausos)

Então, então que a PETROBRAS agora mais uma vez vai passar o gasoduto, que ela

procure reparar o dano que ela tem com a comunidade do Ana Clara. Que a justiça seja 1725

feita, se tirou as ruas, se tirou as praças para passar o gasoduto, que hoje o bairro de Ana

Clara ficou isolado do progresso, que ela agora procure neste novo empreendimento

ressarcir, através de uma medida compensatória, os danos causados à comunidade.

A comunidade é carente de posto de saúde, de escola, de praça, e até o acesso a

Campos Elíseos é uma pouca vergonha. Avenida Antônio Carlos, que liga a BR à estação 1730

do trem é uma pouca vergonha.

Então mais de trezentos, mais de trinta milhões em investimentos públicos e a

comunidade não levou nada. Só levou prejuízo de ser prejudicado. Então que agora, eu

vou entregar a cópia da lei à PETROBRAS, eu sei que eles tem essa lei muito bem lá,

mas que eles procurem agora de uma forma justa ressarcir aquela comunidade que está 1735

aqui tão distante e que é sofredora.

Então se vai beneficiar a comunidade em algum direito, que a PETROBRAS agora,

quando ela for assinar algum convênio, que ela olhe assim, peraí, a medida

compensatória não está beneficiando a comunidade.

A comunidade, a gente chega lá, aperta eles, eles recuam, mas eles não são 1740

beneficiados. Então que a PETROBRAS tenha um olhar sobre o social, que é um

compromisso dela que é uma empresa da sociedade brasileira, então que ela assuma

também esse sofrimento e que procure ressarcir o dano que foi causado.

Aqui estão as ruas que foram desafetadas, que tomaram do povo, então que ela procure

agora, neste novo projeto, ser justa e procurar indenizar aquela comunidade que só vem 1745

perdendo.

(Aplausos)

Entrego a cópia da lei e fico aguardando que na próxima audiência seja dada essa

resposta à gente. Que ela seja feita uma nova avaliação. Entendeu? Para onde foi o

dinheiro que se pagou pelas ruas que se tirou do Ana Clara? 1750

(Conversa ao fundo)

Muito obrigado.

(Conversa ao fundo)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Moa? 1755

Sr. Moacir Anselmo dos Santos – Vereador Duque de Caxias/RJ: Bem, pessoa, antes

de qualquer coisa, gostaria de falar o seguinte. Numa reunião dessa importância, às

vezes nós aproveitamos o momento para responsabilizar quem não deveria ser

responsabilizado. Hoje deveriam estar aqui representantes do executivo. Deveriam estar

aqui deputados estaduais, porque é uma situação que mexe com a vida de todo mundo. 1760

A empresa vai se instalar, só que o cara não derruba a escola se o poder, se o INEA, a

Secretaria de Meio Ambiente, a prefeitura não autorizar. Então nós precisamos cobrar de

quem tem que ser cobrado.

É, para começar é isso. Então não vou aqui falar o que vocês querem ouvir para aplaudir

o Moa. Só que às vezes a Associação de Moradores aparece, mas na Câmara a gente 1765

não vê, para nos colocar por dentro de tudo, para nos ajudar nas discussões.

Então eu não estou aqui para defender INEA, defender REDUC.

(Vaias)

Não adianta cara, olha só, pessoal, há quanto tempo vocês estão vivendo naquela

situação? Então não vai ser o Moa aqui falando qualquer coisa favorável que vai mudar. 1770

Para começar, nós precisamos trazer para cá o prefeito. Precisamos trazer para cá os

deputados.

(Fala sem uso do microfone)

Sim senhora, só que olha só senhora, deixa eu explicar uma coisa para a senhora. Olha

só senhora, alguém me disse sobre uma rua, duas ruas saíram e ficou somente uma 1775

fileira. E lá não tem água, tem mosquito, tem tudo.

Só quem pode mudar isso são essas pessoas com essas empresas, eles vão lá, passam

o cano, só que os caras não decidiram passar o cano porque quiseram cara, alguém

autorizou. É isso que eu estou falando.

Temos que culpar e responsabilizar quem autorizou o cano. As máquinas estão passando 1780

lá, estão destruindo as ruas, os caminhões, e aí? Quem que vamos responsabilizar? Tem

que trazer para cá, eu volto a dizer, eu sou vereador...

(Conversa ao fundo)

Olha só, eu posso, olha só pessoal, olha só...

(Conversa ao fundo) 1785

Olha só gente. Olha só gente. Olha só pessoal...

Eu posso, eu posso encerrar a minha fala e deixar vocês dessa maneira e daqui a alguns

anos provar que não muda, só muda com autoridade cara. Só muda com a lei. Só muda

com vereador. Só muda com deputado, com prefeito, com governador. Se deixar eles

cuidarem da responsabilidade que cabe, não vão fazer, não vão fazer cara. 1790

Então o caminho para fazer é seguindo, exigindo que a lei se cumpra. Os caras falam em

mil e trezentos empregos. Esses empregos serão para quem? Serão para nós, moradores

de Caxias? Na REDUC de cem trabalhadores, oitenta não são de Caxias. E aí? Só vai

mudar com política séria e responsável.

Eu posso vir aqui agora e fazer média irmão, eu sei ganhar aplauso. Só que eu estou aqui 1795

para tentar descobrir como é que a gente muda esse quadro covarde. Então olha só

INEA...

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Olha, olha, Moa, Moa, a gente está fugindo um pouquinho, Moa.

Sr. Moacir Anselmo dos Santos – Vereador Duque de Caxias/RJ: Não, meu velho, 1800

olha só...

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Olha...

Sr. Moacir Anselmo dos Santos – Vereador Duque de Caxias/RJ: Olha só meu velho.

Não, não, não. Olha só, eu preciso saber da REDUC o seguinte. Eu preciso saber, nós 1805

vamos precisar ter uma audiência lá na Câmara para que lá nós, vereadores, tenhamos

respostas concretas.

(Conversa ao fundo)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Tá bom. 1810

Sr. Moacir Anselmo dos Santos – Vereador Duque de Caxias/RJ: Eu lamento, eu

lamento. Daqui a alguns anos vai ver que o bagulho não mudou cara, só muda lá na

Câmara cara.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Olha só... 1815

Sr. Moacir Anselmo dos Santos – Vereador Duque de Caxias/RJ: Não muda.

(Conversa ao fundo)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: O vereador Moa está sugerindo uma Reunião Pública na Câmara de

Vereadores para tratar de assuntos... 1820

(Fala sem uso do microfone)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Tá certo. O senhor Simão Zanardi. Cadê o Simão? Simão. Simão, ele faz

uma pergunta. Presta atenção turma, na audiência a gente faz as perguntas técnicas que

são do interesse aí do Simão principalmente, que ele é presidente aí do Sindicato. 1825

- Operação e manutenção. O projeto da subestação para operação das bombas não

existe. De onde virá energia? Não há previsão de scraper, não há plano de contingência

em caso de vazamento. No RIMA, há previsão de quatrocentos, quatrocentos e cinco

empregos diretos na PETROBRAS. Os indiretos serão terceirizados?

É isso? Está claro? Quer complementar falando? 1830

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Alô.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Então a pergunta é em relação à manutenção...

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de 1835

Caxias/RJ: Começa pela subestação elétrica...

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Operação, se há plano de contingência em caso de vazamento e dos

empregos diretos.

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de 1840

Caxias/RJ: A primeira pergunta é:

- Da onde vem a energia elétrica?

O projeto não previu nenhuma construção de subestação e não previu a ampliação nem

da casa de força da REDUC, nem da Usina Termelétrica Leonel Brizola. Nós tivemos um

apagão agora no dia trinta de abril porque a casa de força da REDUC não supre mais a 1845

energia das bombas e compressores que ali estão.

Como é que vocês vão instalar um novo Parque de Bombas sem construir um novo turbo

gerador, subestação elétrica? De onde virá essa energia elétrica? Senão vai haver

apagão no Rio de Janeiro.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle 1850

Ambiental/RJ: Primeira pergunta, vamos responder então esse questionamento.

(Fala sem uso do microfone)

Participante sem identificação: Está defendendo a sua vida, companheiro.

(Fala sem uso do microfone)

Participante sem identificação: Boa noite. Eu não fui apresentado... 1855

(Fala sem uso do microfone)

Participante sem identificação: Então, esse projeto da, desse de bombeamento, ele vai

usar a energia que vai vir de uma subestação construída na, em outra área. Já está

licenciado. E a linha de transmissão vai ser, vai ser a AMPLA que vai construir ainda.

Então vai ter uma adequação na linha de transmissão da AMPLA, que a gente está em 1860

negociação já para, para o TECAM. Então é uma nova linha de transmissão, uma nova

subestação. Mas não é nesse projeto exatamente.

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: A energia elétrica vem da onde?

Participante sem identificação: A AMPLA vai ser a concessionária que vai construir a, 1865

então é FURNAS na verdade, na verdade é FURNAS que fornece e a AMPLA que dá o

acesso para a gente.

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Eu peço ao INEA, que é o órgão que vai conceder o RIMA ou não, que peça à

PETROBRAS um detalhamento de onde virá essa energia elétrica porque nem a REDUC 1870

que tem duas casas de força nem a Termelétrica Leonel Brizola tem mais, tem condição

de atender à instalação desse Parque de Bombas que será instalado em Campos Elíseos.

O INEA tem que detalhar isso.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Então para esclarecer, Simão, será, a energia será proveniente de uma 1875

instalação que é objeto de um outro licenciamento e a linha de transmissão será feita pela

AMPLA, é isso?

Participante sem identificação: Sim, a linha de transmissão, a AMPLA, a AMPLA que

vai, a concessionária de energia para essa região.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle 1880

Ambiental/RJ: Agora, essa sua colocação é muito boa.

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Companheiro, isso é uma indústria de petróleo, nós trabalhamos com

redundância de segurança e vocês sabem disso. Vocês sabem que numa indústria de

petróleo é tudo em duplicidade, você vai falar que esse bombeamento de petróleo e de 1885

produto, vai depender da rede elétrica da AMPLA?

Sem ter uma geração de energia própria? Não tem condições de operacionar e de

funcionar, INEA. Não tem. Toda indústria do petróleo no mundo inteiro tem redundância

de energia.

Se não tiver uma casa de força, um turbo gerador, uma subestação elétrica construída, 1890

esse, esse, isso tudo é falho. O projeto se desmonta. Vai ter o duto, mas não vai ter a

bomba para operar.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Mais algum esclarecimento? Bom, está anotado aqui Simão.

A outra em relação ao plano de emergência em caso de vazamento. É isso? 1895

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Primeiro é o scraper, os dutos eles necessitam de manutenção constante

para saber se vai haver alguma falha estrutural na tubulação. Por isso é necessário pagar,

passar um PIG instrumentado. Ele tem que ter um scraper no início e tem que ter um

scraper no final. O projeto não detalhou esse scraper, se não tiver o scraper, esses dutos 1900

ficam com uma falha de segurança, porque como é que vai saber a integridade dos dutos

no percorrer do tempo?

Eu não vi a previsão do scraper nem lá no início e nem aqui no final da REDUC. Falta

esse detalhamento, ou não vai ter scraper?

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle 1905

Ambiental/RJ: Vamos então responder essa segunda pergunta do, do nosso colega

Simão Zanardi.

Sra. Marineusa Nogueira – Gerente de Empreendimentos de Projetos de Logística

PETROBRAS: Na audiência nós apresentamos um escopo gráfico, mas apenas para ter

o entendimento qual seria esse escopo. O detalhamento dele não está sendo 1910

apresentado aqui, mas estão previstos os scrapers, de chegada e de saída.

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Só que não foi detalhado na apresentação para a população e nem para o

sindicato. Se não está detalhado, o RIMA não vale. Tem que ter um adendo, o INEA tem

que cobrar da PETROBRAS o detalhamento dessa obra para poder ter o PIG 1915

instrumentado para a gente garantir a integridade do duto para ele não vazar.

Porque se não tiver esse instrumento, pessoal, o duto com o tempo ele vai corroer e vão

vazar. E vai infiltrar na terra. Então o INEA não pode permitir ter um, esse licenciamento,

sem essas condições na obra.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle 1920

Ambiental/RJ: Isso está detalhado no EIA? Simão, isso está detalhado no EIA, no

estudo.

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: Professor

Gusmão? Sim, só, é, professor, presidente da mesa, só complementando a informação

que foi prestada aqui pela mesa, nós fizemos uso na apresentação de uma linguagem 1925

que a gente entende que é mais adequada para, para a população.

Então o que nós chamamos ali de áreas de válvula são os scrapers, que para uma

linguagem mais comum, mais corriqueira, para facilitar o entendimento, é a área de

válvula. Tanto que nós observamos, quando da apresentação do empreendimento, onde

a gente fala daquela área de lançamento de PIGs, os PIGs de manutenção, então a gente 1930

vai utilizar as estruturas onde, onde elas já existem, que é a área de scraper do próprio

TECAM, e ali onde vão ser instaladas novas conexões.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Ok.

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de 1935

Caxias/RJ: Eu ao peço ao INEA que peça o detalhamento de como será verificada a

integridade do duto no percorrer dos anos que se seguirão.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Simão, você está satisfeito com a resposta, com a sua intervenção?

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de 1940

Caxias/RJ: Se ele está falando que tem, a gente está pedindo ao INEA agora para rever

o RIMA para ver se existe segurança e integridade dos dutos. Quais são as ações? Como

é esse scraper, qual é a previsão de passar o PIG nesses scrapers que vão cuidar da

integridade?

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle 1945

Ambiental/RJ: Simão, essa sua contribuição foi ótima, agora só esclarecer uma situação.

Segundo o nosso colega da PETROBRAS, ele falou numa linguagem mais, que todos

entendam. Agora, tudo isso que você falou, caso seja concedida a licença prévia que é a

primeira, tudo isso é detalhado na fase da licença de instalação.

Então você, como representante do sindicato e nós do INEA, a nossa missão agora é 1950

acompanhar esse detalhamento, que vai ser feito na fase da licença de instalação, caso

seja concedida a primeira fase que é a licença prévia.

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Só que eu peço novamente licença e falar assim, tem que ser detalhado no

RIMA, quando eles falam Parque de Válvulas, não é. Parque de Válvulas é uma coisa. 1955

Scraper tem que ter o canhão lá, tem que ter uma série de, de equipamentos que não

está apresentado dentro do RIMA.

Então a gente tem que saber, o INEA tem que cobrar onde vão estar localizados esses

canhões e em quanto em quanto tempo será verificada a integridade do duto para não

haver trincas e rachaduras. 1960

Tem que ter esse detalhamento no RIMA.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Simão, está satisfeito com a resposta, está atendido?

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Eu entendi. Eu quero que o INEA cobre esse detalhamento... 1965

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Não, não, não, se você está atendido?

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Tá ok.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle 1970

Ambiental/RJ: Então está bom, muito obrigado. Pela ordem, o senhor Sérgio.

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Não, falta, não, faltou uma pergunta.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Vai. 1975

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: O RIMA fala quatrocentos e cinco empregos diretos. Quando se fala emprego

direto, se fala PETROBRAS. Se fala empresa primeira. Nós vamos contratar quatrocentos

e cinco novos empregados para a PETROBRAS?

E aí companheiros que estão aqui, eu ouvi ali não, os operadores são suficientes. Tem 1980

dois gerentes da PETROBRAS em pé aqui que são responsáveis pela TE e sabem que

no dia trinta de abril explodiu um tanque na REDUC por falta de gente para operar.

E aí para ter a integridade disso, tem que ter técnico de inspeção de equipamento, tem

que ter técnico de faixa de duto que vai olhar o duto, tem que ter o técnico de manutenção

para olhar os compressores e as válvulas. E tem que ter uma figura fundamental que é o 1985

técnico de segurança industrial.

Não tem nenhuma previsão disso ou esses quatrocentos e cinco empregos diretos são

desses técnicos que a PETROBRAS ou a TRANSPETRO vai contratar? Se for

quatrocentos e cinco empregos diretos, parabéns. A minha, eu quero saber da

PETROBRAS se isso é verdade. 1990

Sra. Marineusa Nogueira – Gerente de Empreendimentos de Projetos de Logística

PETROBRAS: A informação sobre os empregos diretos, é durante a obra. É durante a

fase de obra. Os vinte e oito meses.

E na PETROBRAS tem o plano estratégico da empresa que ela já prevê um aumento do,

do ativo, do efetivo dela nos próximos anos. E essas demandas elas tem que se levadas, 1995

verificadas dentro das refinarias e dentro dos terminais para ser levada essa informação

para a sede para prever isso no plano estratégico dos próximos anos.

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Olha só pessoal, mentira tem perna curta. Emprego direto é na PETROBRAS,

então tem que mudar o RIMA e botar que são quatrocentos e cinco empregos de 2000

empresas terceirizadas. Não é PETROBRAS.

E falar para o INEA aqui que hoje a REDUC no dia dezesseis tem reunião com o

Ministério do Trabalho onde a gente está pedindo a interdição da REDUC pelo não

cumprimento da NR 20 por falta de efetivo.

As dobras na refinaria estão se sucedendo há vinte e quatro horas porque não tem gente 2005

para tocar os equipamentos. O Terminal de Campos Elíseos, que é operado pela

TRANSPETRO, não tem gente para fazer, acompanhar essa obra.

Então INEA é uma falta de responsabilidade dar uma concessão para iniciar uma obra

aonde a PETROBRAS, que vai fazer o duto, não tem empregados próprios para cuidar da

integridade desse duto e nem dos equipamentos que ali estão. 2010

Se a PETROBRAS diz que não vai contratar ninguém, é Deus que vai assistir, é uma

irresponsabilidade da PETROBRAS não prever a contratação de pessoal para cuidar

desses equipamentos. E aí nós estamos fadados ao desastre industrial.

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: Eu gostaria

de responder em relação ao que, ao conceito de emprego direto. Conceito de emprego 2015

direto é o emprego aplicado diretamente na obra, não necessariamente precisa ser um

funcionário da PETROBRAS, pode ser um terceirizado de uma empreiteira.

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Podia ter escrito direto para a obra.

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: Mas está 2020

escrito isso.

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Só está direto.

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: Na fase de

obra. 2025

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Está direto só.

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: Direto na

fase de obra. Não está errado, está dito, tá ok?

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de 2030

Caxias/RJ: Mas de quantos empregados a PETROBRAS, próprios, vão contratar entre

inspetores de equipamento, técnico de faixa de duto, técnicos de manutenção, técnicos

de segurança e técnicos de operação? Quantos?

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: O que está

dito no EIA/RIMA é que na fase de operação não há necessidade de contratação de 2035

novos profissionais, pois os já existentes, que já operam, que já operam lá são

suficientes. Essa é a informação que a PETROBRAS passou para a consultora, ok?

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Olha só, eu, a minha resposta eu já entendi, eu só estou pedindo ao INEA

aqui não conceder licença ambiental porque a PETROBRAS, a REDUC não tem efetivo. 2040

O Ministério Público do Trabalho sabe disso, e o Ministério do Trabalho e do Emprego

sabe disso.

Pode perguntar ao doutor Albuquerque no Rio de Janeiro, pode consultar o Procurador da

República Mobarak de Nova Iguaçu, não tem efetivo. É lástima, é uma lástima ouvir isso

de um companheiro de empresa mentindo diante da população aqui falando que tem 2045

trabalhadores na REDUC suficiente, pessoal. É mentira. Não tem.

E aí, INEA, responsabilidade. Não podemos dar obra para a PETROBRAS se não tiver

trabalhadores para acompanhar a montagem. Na indústria de petróleo são os

trabalhadores próprios que acompanham a montagem que vão operar depois. Não é (...)

essa disposição. 2050

E aí companheiro é uma irresponsabilidade da PETROBRAS e eu acredito que o INEA vai

tomar providências de exigir o, a NR 20 no seu cumprimento, que vocês quantifiquem

quantos trabalhadores darão segurança à operação desses dutos.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Obrigado senhor Simão. 2055

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: Gostaria só

de esclarecer companheiro...

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: E para mim para aqui.

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: Não, 2060

gostaria só de esclarecer que eu não sou da PETROBRAS tá, eu sou da Planave, a

empresa contratada para fazer os estudos ambientais. Eu trabalhei com as informações

do projeto informadas pela PETROBRAS. Só para te esclarecer.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Está claro. 2065

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Já vi que você não entende então o que é a PETROBRAS, desculpe.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Vamos ver agora aqui, passa aí, vamos continuar aqui as pessoas que

estão inscritas. 2070

Sérgio, vai falar?

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Tem mais algumas perguntas que eu não tive resposta ainda.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Foi do plano de emergência, tem outras aqui. Vamos, Sérgio. 2075

Sr. Sérgio Abbade – Diretor do Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias/RJ: Eu

sou Sérgio Abbade, sou diretor do Sindicato dos Petroleiros também, sou secretário geral.

Eu tenho vinte e dois anos, vinte e três anos no movimento sindical. Acompanho há anos

a cidade de Duque de Caxias nos seus conselhos, os conselhos de meio ambiente,

saúde, de trabalho e renda, de educação, já estive presente. 2080

E acompanho essa cidade. Uma coisa que eu queria aqui dizer, efetivamente aquelas

pessoas que estão aqui que não são de Caxias, companheiros aqui que estavam

perguntando se Campos Elíseos era uma cidade. Eu falei não é, é um bairro. Campos

Elíseos é um bairro que no documento deles tem duzentos e noventa mil habitantes.

De oitocentos e tantos mil aqui, duzentos e noventa estão lá naquele entorno, Campos 2085

Elíseos, Ana Clara, todos os bairros do entorno. E nesse entorno você tem um parque

imenso de petróleo, da indústria do petróleo. É uma incoerência de tudo isso que está

sendo falado para o que a gente tem à realidade dos olhos naquela área.

O companheiro do INEA disse que vai ter a compensação. Não teve compensação nunca.

A única compensação naquele bairro foi o posto de saúde que a REDUC instalou há 2090

muitos anos atrás, que hoje não funciona mais. Funciona só no horário comercial como se

fosse uma simples padaria.

Eu estou até com dificuldade de falar e não tenho mais condições. O Simão colocou aqui

essa parte técnica bem específica. Me desculpe a minha companheira, que eu sou

trabalhador da REDUC, mas é muito fraca a explicação desse projeto. É muito fraco 2095

tecnicamente, eu não vou fazer essa discussão aqui hoje, eu quero fazer essa discussão

é lá no segundo distrito. É lá no segundo distrito, na próxima Audiência Pública.

(Aplausos)

Está colocada a proposta e eu quero que daqui saia, nos anais dessa audiência, a

Audiência Pública no segundo distrito, porque essa daqui ela está incompleta e nós 2100

podemos provar. Ela está incompleta e nós podemos provar.

E vamos provar ao Ministério Público, ao Ministério do Trabalho, à Corregedoria do

Governo Federal, se for necessário. Nós vamos, porque nunca teve companheiros.

Só mais uma coisa que eu esqueci. O Simão já falou, mas ele não aprofundou. O dia de

hoje, nos últimos meses, tem dado dobras e são para mais de sessenta, setenta dobras 2105

de vinte e quatro horas. O que que é isso? Esse risinho vai sair daí, esse risinho que está

aí no seu rosto vai sair.

Vinte e quatro horas é o cara entrar oito horas da manhã e só sair oito horas da manhã do

dia seguinte num local, num local que você trabalha com alto perigo, que é uma indústria

de petróleo. Vamos alcançar o que é uma indústria de petróleo. 2110

Tem sessenta, mais de três, quatro meses que há vinte e quatro horas está acontecendo

lá dentro e eles estão pegando operador daqui dessa cadeira e botando na outra, tira da

outra e bota na outra, tira da outra e bota na outra, porque não tem.

Como é que vai botar gente para operar um quarto de bomba se o SETRAI, que é o setor

responsável, não tem operários. Não tem operadores suficientes para isso. E não somos 2115

nós que estamos denunciando isso não. O Ministério Público já esteve lá dentro, já fez

esse relatório. Esse relatório vai ser discutido, vai ser levado, e nós vamos levar para

onde for necessário.

O INEA tem que mudar o modo operante dele. Aqui em Caxias a representação é pífia. A

representação aqui bate na população. Manda a PM bater. Manda a PM bater. Houve 2120

uma ocupação num terreno onde os companheiros do INEA, o ano passado, mandou a

PM bater.

Sabe o que que é isso? Bater em criança, velho e mulheres. Tudo bem, a ocupação do

movimento de luta que quer casa, que quer moradia, mandou a PM bater e a PM arriou o

pau. Arriou o pau mesmo feio e os companheiros de dentro dessa organização. 2125

Eu estou fazendo essa denúncia e vou precisar ter muito cuidado, mas é uma verdade

que está dada, que está na justiça e que está sendo, está colocada nesse município.

Outra coisa. O companheiro falou aqui que nós precisamos dos organismos públicos e da,

e do Poder Público, Poder Legislativo. E nós precisamos sim, porque se não fosse a

Fatinha e o Moa estarem aqui, não teria ninguém da Câmara. 2130

E a prefeitura, o companheiro que está aqui, o único companheiro representando a

prefeitura aqui, é o companheiro ali do meio ambiente que foi guindado para vir aqui

porque nenhum dos outros vieram.

Nem o subsecretário, o subsecretário, o cara que está na conjuntura dessa discussão,

nenhum deles quiseram vir. Mandaram o companheiro que está aqui, é um funcionário, 2135

tinha que cumprir ordens. Quem tinha que estar aqui eram eles, nenhum deles tinha

competência de fazer essa discussão e não estão aqui porque o prefeito dessa cidade

infelizmente deixou a desejar para tudo.

Eu defendi ele na eleição, mas hoje ele já provou que não serve para Caxias. Obrigado.

Obrigado Gusmão. 2140

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Obrigado Sérgio.

(Aplausos)

Vamos lá.

Sra. Fabiana Cabral – Especialista Área Ambiental: Boa noite a todos. Eu sou 2145

especialista na área ambiental, moro em Saracuruna, conheço Ana Clara, conheço

Campos Elíseos, conheço toda a região. Estou junto com a Fatinha como assessora na

parte ambiental, dando apoio, e eu verifiquei no RIMA, no EIA/RIMA, o seguinte.

Existe hidrocarboneto no lençol freático, no solo. E óleo também. Ou seja, o poço de

monitoramento, os quatro poços de monitoramento que foram levantados na área, tem 2150

contaminação, tem passivo ambiental.

A resolução CONAMA 396 fala que para hidrocarbonetos e óleos a gente tem que ter um

resultado 0,1 PPM, e aqui está dando 1, está dando 2 PPMs, bem acima da legislação.

Então existe um passivo ambiental e isso não foi esclarecido dentro do EIA/RIMA, ou

seja, quais as ações de mitigação que vocês vão tomar de remediação desse, dessa 2155

contaminação?

Então, assim, a minha sugestão é que tenha uma outra Audiência Pública porque o

EIA/RIMA está incompleto. Eu tenho que...

(Aplausos)

Está incompleto. Eu não verifiquei em local nenhum as ações de, de, e os impactos 2160

ambientais desse passivo. Eu não posso só avaliar impacto futuro. Eu tenho que verificar

também o passivo ambiental, se eu compro uma área contaminada, eu tenho que verificar

e remediar essa área, limpar essa área.

Antes de fazer a obra, vamos ver quais as ações para remediar. Então a pergunta é:

quais as ações? 2165

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Então, você não se identificou.

Sra. Fabiana Cabral – Especialista Área Ambiental: Fabiana Cabral, ex-aluna do

Gusmão.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle 2170

Ambiental/RJ: Então tá bom, a Fabiana está perguntando isso. Fernando Ramos está

aí? Cadê o Fernando Ramos?

A pergunta que o senhor fez, senhor Fernando Ramos, é bem parecida com a da

Fabiana, não é isso, em relação aos passivos? Tá certo? Então eles respondem, depois

vocês complementam aí com o que vocês quiserem. 2175

Sr. André Pinhel Soares – Gerente de Licenciamento PETROBRAS: Oi, Fabiana, tudo

bem?

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Em relação ao EIA/RIMA não é Fabiana, que você...

Sr. André Pinhel Soares – Gerente de Licenciamento PETROBRAS: Sobre a questão 2180

da, da contaminação, que você falou dos, o som não está bom? Melhorou? Melhorou?

Então professor Gusmão, porque o que a Fabiana colocou para a gente aqui foi a questão

dos índices, alguns índices na qualidade da água subterrânea ali que foram identificados

acima dos limites da legislação.

(Fala sem uso do microfone) 2185

Sr. André Pinhel Soares – Gerente de Licenciamento PETROBRAS: Alô? Melhorou o

som? Ok, melhorou? Então o que a Fabiana está colocando são de alguns índices de

qualidade de água que foram identificados acima da, da legislação.

O que a gente está, está levando em consideração, aquilo é uma área industrial, como

praticamente toda a região, mas especificamente a questão das atividades de petróleo, as 2190

instalações da PETROBRAS não só Campos Elíseos, mas terminais e refinarias de outros

pontos, eles tem um programa específico dentro da companhia que é primeiro de

combate a vazamentos e emissões, sejam elas fugitivas ou sejam evaporativas.

E trabalha também um programa de remediação de áreas impactadas em nível nacional.

Então a gente já tem um programa dentro da companhia que a gente identifica essas 2195

áreas quando elas estão com algum tipo de contaminação, hierarquiza dentro do

potencial de risco que ela pode trazer à saúde humana e aí em cima disso a gente

elabora os planos de recuperação, tá?

Uma vez que foi identificado e isso foi encaminhado para a área que cuida da, dos

passivos dentro da área do abastecimento nos nossos terminais e refinarias, para que 2200

seja então elaborado um plano de recuperação.

Sra. Fabiana Cabral – Especialista Área Ambiental: Sim, eu até conheço o plano de

remediação que vocês tem, que eu já tive contato com eles, mas isso foi identificado aqui

para esse empreendimento, numa área que não, o TECAM não opera ainda.

Então, numa área de entorno, que ainda o TECAM não opera. E o importante é que isso 2205

esteja dentro do EIA/RIMA. Não tem como ficar fora. Por quê? Eu tenho que avaliar o

impacto ambiental. EIA/RIMA, Estudo de Impacto Ambiental. Qual o impacto ambiental?

Tem passivo. Então tem que estar dentro do EIA/RIMA.

Por mais que você tenha o programa, coloque o programa dentro do projeto, entendeu?

Mas isso tem que ser reelaborado, porque pode passar, você vai construir a Tubovia, vai 2210

fazer todas as, as áreas operacionais e a remediação? Vai ser como? Qual o plano de

ação?

Isso tem que estar dentro do EIA/RIMA, especificando lá impacto ambiental, o passivo

contaminante do lençol freático, das águas subterrâneas, constatado na análise

laboratorial. Ok? 2215

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: Posso te

explicar uma coisa? Uma coisa é o passivo ambiental que foi identificado no diagnóstico.

Outra coisa é o impacto ambiental do empreendimento, tá certo?

O passivo foi identificado e informado, a PETROBRAS ela está tomando as medidas

necessárias em relação ao passivo, que independente do empreendimento ser 2220

implantado lá ou não, isso é um passivo da área, está dentro da área do TECAM, apesar

de ser uma área que não está em operação, você sabe que a água subterrânea ela não

fica num local, tem todo um lençol ali embaixo.

Então há uma comunicação inclusive com a Baía de Guanabara, tá certo? Então isso tem

que ser tratado não no fórum desse empreendimento que nem se sabe se vai ser 2225

implementado ou não. Isso tem que ser tratado no fórum de remediação porque é um

passivo, tem que ser tratado, independente do empreendimento.

Sra. Fabiana Cabral – Especialista Área Ambiental: Bem, eu não concordo. Se vocês

identificaram a contaminação, vocês tem que colocar sim no EIA/RIMA o plano de ação,

então coloca o projeto que vocês já tem para remediação disso, porque vocês vão usar 2230

uma área, até porque quando vocês tirarem a licença de operação lá na frente, vai ser o

que, uma LO, uma LO com remediação ou sem remediação?

Porque isso a legislação trata, uma licença de operação com remediação, concorda

Gusmão?

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle 2235

Ambiental/RJ: É, eu acho que o objetivo aqui do estudo foi identificar que há na área

sítios contaminados, áreas contaminadas. E a função do, do consultor é apontar essas,

essas, essa contaminação e a partir daí ter uma, uma licença de, de recuperação, de

operação para remediar aquela área contaminada, isso é claro.

Então essa sua observação, o professor já anotou aqui, 2240

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: É, o INEA

dispõe dessas informações.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: A função dele é identificar, o que as pessoas, o que tem que entender é

que o senhor Marcos ele não é empregado da PETROBRAS, então o compromisso que 2245

ele tem é fazer um RIMA que identifique.

Se ele não tivesse identificado, ele estaria errado. Não é isso? Identificou isso e consta do

estudo. Agora, como vai ser feita essa remediação, não é...

(Fala sem uso do microfone)

Exato. 2250

(Fala sem uso do microfone)

Não, ele identificou, consta no RIMA isso.

(Fala sem uso do microfone)

Quer dizer, se ele não tivesse colocado isso, aí ele teria feito um RIMA incompleto. Então

o que eu estou entendendo é que ele identificou e vocês estão cobrando a remediação 2255

disso.

(Fala sem uso do microfone)

Sra. Fabiana Cabral – Especialista Área Ambiental: Nós temos que saber qual o plano

de ação para esse passivo ambiental dentro do EIA/RIMA, entendeu? Nós precisamos

saber qual a remediação. 2260

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Esse, esse plano que ela está dizendo não vem detalhado dentro da

licença prévia porque eles nem sabem se vão ter a licença. Então isso tudo é detalhado

na licença de instalação.

Como é que eles vão fazer uma proposta de remediação de um, de uma situação que ele 2265

identificou se nem sabem se vão ter a licença?

Sra. Fabiana Cabral – Especialista Área Ambiental: Bem, mas os impactos futuros ele

tem propostas.

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: Se o INEA

entender dessa forma... 2270

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Então isso tudo é detalhado naqueles programas que ele apresentou.

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: Se o INEA

entender, se o INEA entender que, que tem que haver esse plano, isso vai ser incluído...

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle 2275

Ambiental/RJ: Claro, é lógico.

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: Como uma

condicionante...

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Se identificou, a sua identificação está perfeita. 2280

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: Uma

condicionante para a PETROBRAS.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Só que não é nesse momento, é na fase da LI em que esses planos são

todos detalhados e executados. 2285

Sra. Fabiana Cabral – Especialista Área Ambiental: Tudo bem, a gente vai

acompanhar até a LO...

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Claro, claro.

Sra. Fabiana Cabral – Especialista Área Ambiental: E aí a gente vai estar cobrando. 2290

Sra. Fátima Pereira – Vereadora Duque de Caxias/RJ: Gusmão? Com licença.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Muito obrigado vereadora.

Sra. Fátima Pereira – Vereadora Duque de Caxias/RJ: Muito obrigada...

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle 2295

Ambiental/RJ: Muito obrigado pela sua paciência.

Sra. Fátima Pereira – Vereadora Duque de Caxias/RJ: Eu só gostaria de dizer que nós

precisamos, necessitamos reivindicar uma outra audiência porque não tem quórum, não

tem população, a população foi embora.

Bem, senhora Marineusa. Eu gostaria muito que a senhora me respondesse quanto 2300

tempo a senhora trabalha na REDUC, na PETROBRAS?

(Fala sem uso do microfone)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Essa, essa resposta fica a critério dela porque isso não faz, isso é, não

é... 2305

Sra. Fátima Pereira – Vereadora Duque de Caxias/RJ: Porque as perguntas que eu irei

fazer eu necessito muito, porque se ela apresentou um projeto ali...

(Fala sem uso do microfone)

Sra. Fátima Pereira – Vereadora Duque de Caxias/RJ: Tudo bem.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle 2310

Ambiental/RJ: Senhora Marineusa é funcionária da PETROBRAS, não é isso?

Sra. Fátima Pereira – Vereadora Duque de Caxias/RJ: As tubovias, senhora Marineusa,

vão para onde? Aonde é o terminal? Eu quero ver no mapa. Tá, então a senhora vai

anotando aí e eu também quero saber qual é a quilometragem da tubovia?

Outra coisa, para a senhora Marineusa. Para onde vai o resíduo do PIG na operação? 2315

Porque não consta na avaliação do impacto ambiental.

Essas perguntas são para a senhora Marineusa.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Podemos responder vereadora?

Sra. Fátima Pereira – Vereadora Duque de Caxias/RJ: Não, não, ela está anotando aí 2320

eu, depois eu...

Agora as outras perguntas serão para o senhor Marcos da Planave.

Na sua apresentação, o senhor informou que o vazamento do produto é de pequena

importância de acordo com a avaliação do impacto?

Eu só quero lembrar que uma tubulação tem vinte e seis polegadas. 2325

O INEA, quero fazer uma pergunta para o Gusmão, que ele já explicou, mas eu não

posso deixar de fazer essa pergunta, porque parece Gusmão que a população que mora

em torno da REDUC é invasora. Porque em nenhum momento, e você também já

explicou, foi falado das medidas compensatórias para revitalização dos bairros.

E por que que eu perguntei quanto tempo que dona Marineusa tem de PETROBRAS, de 2330

REDUC, por que?

O senhor Marcos informou que cinquenta e seis por cento de saneamento básico

realizado em Campos Elíseos, e eu pude perceber que essa Audiência Pública aqui só

está na teoria.

Eu sou moradora há cinquenta e dois anos de Jardim Primavera, e aí conforme o Beto 2335

Careca ali o disse, Jardim Ana Clara, Parque Império, Bom Retiro, Marilândia, Saraiva, as

ruas que vão para o Bom Retiro. REDUC? Nenhum funcionário conhece os bairros ao

redor. Estão de brincadeira. Estão de brincadeira.

O que a REDUC afinal de contas quer licenciar? O que que a REDUC está querendo

licenciar? Qual é o escopo? Qual é o tamanho da área onde será retirada, senhor Marcos, 2340

vegetação? A supressão na faixa marginal de proteção e de importância pequena na

avaliação desse impacto? Eu não concordo.

É de grande, muita importância, não é de uma importância pequena. Porque o código

florestal que determina trinta metros estão as árvores que margeiam. Vocês estão de

brincadeira. Vocês estão de brincadeira. 2345

Eu também vi ali que o senhor Marcos informou, informou até programa do Governo

Federal, mas nós estamos falando conforme o Beto aqui o disse, conforme o Jota, as

pessoas que estavam aqui que foram embora, vocês informaram ali de alguns programas.

Que programas são esses?

Eu quero saber se vocês vão criar novos projetos ou vocês vão utilizar os programas que 2350

vocês dizem que estão existentes e que não acontecem. Não acontecem.

E eu quero dizer aqui também sobre uma coisa muito importante que o senhor Marcos

falou para terminar aqui, uma coisa, eu, eu fui anotando aqui...

(Fala sem uso do microfone)

Isso mesmo. 2355

(Fala sem uso do microfone)

Sobre? A ASSECAMPE? Eu acho que eu ouvi alguma coisa sobre a ASSECAMPE? E eu

já fui em algumas reuniões da ASSECAMPE e que infelizmente a única coisa que se fala

ali não tem nada a ver aqui, mas eu preciso falar.

É sobre a segurança em torno da REDUC. E a REDUC busca a Polícia Militar para isso, o 2360

que é um absurdo. Porque eu já participei.

Senhor Marcos também falou que vinte e cinco por cento possuem abastecimento de

água, que é CEDAE, isso comprova que setenta e cinco por cento são de que? De poços

artesianos. Eu sou moradora do local e eu tenho poço artesiano na minha residência.

Agora fica aqui a pergunta: 2365

- E se a área estiver contaminada? Qual é o controle deste impacto?

E não tem no EIA/RIMA. Então eu quero agradecer, quero ouvir essas respostas.

(Aplausos)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Bem vereadora, em relação às medidas compensatórias, as medidas 2370

compensatórias sai exigidas por lei para os empreendimentos que tem EIA/RIMA. Aí tem

que ter medida compensatória.

Não é o empreendedor que determina quais são essas compensações. Quem define isso

é o INEA e existe na Secretaria do Ambiente a chamada Câmara de Compensação

Ambiental, que é um colegiado que define onde essas compensações vão ser aplicadas. 2375

Aqui no Rio de Janeiro, pela nossa legislação, que é uma deliberação da CECA, a

variação da compensação ambiental varia de meio a 1,1 por cento. E esse, e esse valor

existe uma, uma expressão algébrica que calcula entre meio a 1,1 por cento do custo total

do empreendimento, qual é o valor da compensação.

E depois a Câmara de Compensação define aonde vai ser aplicada essa compensação, 2380

qual o projeto, qual o benefício, qual a melhoria. Que nesse caso aqui, o Heckmaier

anotou as questões da, da turma lá da Santa Clara.

Então não é o empreendedor que diz quais são as compensações e nem qual o

percentual. É a Câmara de Compensação Ambiental da Secretaria Estadual do Ambiente

que vai definir esse percentual, define o percentual, crava na LP, e na fase da LI já tem 2385

que depositar.

Sra. Fátima Pereira – Vereadora Duque de Caxias/RJ: E a gente quer essas medidas

compensatórias aqui ao redor.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Aí que é importante a senhora... 2390

Sra. Fátima Pereira – Vereadora Duque de Caxias/RJ: Por quê? Algumas foram para

Angra, algumas foram para Búzios, e nós moramos aonde? Em Jardim Primavera. A

REDUC está aonde? Em Campos Elíseos.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: É, mas, mas as compensações... 2395

Sra. Fátima Pereira – Vereadora Duque de Caxias/RJ: As medidas compensatórias

precisam...

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Tem que ser aplicadas aqui, a não ser que não haja projeto nenhum, mas

que não é o caso. Então as medidas são aplicadas aqui. 2400

(Conversa ao fundo)

Então as outras perguntas que a senhora fez aqui para os colegas, eles vão lhe

responder. Essa parte da compensação está entendida? A senhora...

Sra. Fátima Pereira – Vereadora Duque de Caxias/RJ: Na outra, na outra Audiência

Pública a gente vai dar continuidade. Por hoje, em relação às medidas compensatórias, e 2405

até porque em respeito às pessoas que estão aqui e eu gostaria muito também de

informar, conforme o companheiro aqui o disse, a próxima Audiência Pública no segundo

distrito, e em horário comercial, porque são vinte e três horas e quinze minutos, e isso não

pode acontecer. Tem que ser em horário comercial. E a população presente.

(Aplausos) 2410

Não é uma população que a REDUC coloca para vir, é a população em massa que

precisa estar nas Audiências Públicas.

(Aplausos)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: A Reunião Pública desse tipo de empreendimento, quer dizer, a Audiência 2415

Pública do licenciamento ambiental do EIA/RIMA, a resolução CONAMA 35 de 2011 que

estabelece os procedimentos da reunião, determina que a reunião seja realizada após o

expediente.

Não sou eu que determino isso, é a lei. Então ela tem que ser realizada no horário que

nós começamos, às dezenove horas. O que nada impede, o que nada impede, como já foi 2420

posto aqui, que haja uma Reunião Pública na Câmara de Vereadores, que haja uma

Reunião Pública lá no segundo distrito, mas a Reunião Pública dessa natureza que nós

estamos fazendo aqui, que faz parte do processo de licenciamento ambiental, não pode

ser realizada durante o expediente.

Sr. André Pinhel Soares – Gerente de Licenciamento PETROBRAS: Professor 2425

Gusmão, só complementando aqui uma informação...

Sra. Fátima Pereira – Vereadora Duque de Caxias/RJ: Mas de qualquer maneira estão,

então no segundo distrito...

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Mas está registrado, agora, Reuniões Públicas podem. Vai. 2430

Sr. André Pinhel Soares – Gerente de Licenciamento PETROBRAS: Professor

Gusmão, só complementando, no dia dezesseis de abril passado aqui, nós tivemos lá no

Bom Retiro e fizemos uma reunião com a comunidade para esclarecer sobre o projeto...

Sra. Fátima Pereira – Vereadora Duque de Caxias/RJ: Gusmão, você pode dar o seu

microfone para ele porque o dele está muito ruim. 2435

Sr. André Pinhel Soares – Gerente de Licenciamento PETROBRAS: Melhorou? Ah,

que bom. Eu estava, eu estava achando que o problema já estava aqui com a minha voz.

Mas só para esclarecer professor, que no dia dezesseis de abril nós fizemos uma reunião

lá no Bom Retiro no horário comercial, enfim, para poder expor para a comunidade o

projeto. 2440

(Fala sem uso do microfone)

Não, mas nós, eu também...

(Fala sem uso do microfone)

Nós podemos voltar, ficamos à disposição para realizar outros eventos similares de forma

a esclarecer sobre o projeto. Não há (...) nenhum sobre isso. 2445

(Fala sem uso do microfone)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: A senhora fez outras perguntas, não foi? Vocês anotaram aí?

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: Vou

começar com a parte meio ambiente. A área, você perguntou a área de supressão da 2450

vegetação, é o que eu apresentei aí na apresentação, 1,86 hectares. Certo? 1,86

hectares.

Em relação ao impacto de supressão de vegetação na faixa marginal de proteção, que foi

considerada de pequena importância, em função de serem três árvores apenas que vão

ser retiradas numa faixa onde é um canal de drenagem, ele não é, não é um rio, é um 2455

canal de drenagem, mas nós consideramos a favor da segurança como faixa marginal de

proteção.

E vão ser retiradas três árvores só, é onde atravessa ali pelo, com os dutos, com a linha,

tá certo?

Em relação aos programas co-localizados, nós temos o, atender à instrução técnica do 2460

INEA, nós temos que considerar todos os programas governamentais, tá certo, então foi

isso que nós fizemos. Nós levantamos com base nas, solicitamos informações ao

município de Duque de Caxias, fomos ao Estado, fomos ao Governo Federal, levantamos

os programas governamentais existentes, tá certo?

(Fala sem uso do microfone) 2465

Sim, mas são os programas que existem. Não, uns estão já, o que está implantado a

gente levantou, o que não está implantado a gente teve que levantar também, são

estudos que estão previstos de serem implantados e nós estamos dando essa

informação.

Somos obrigados a dar essa informação inclusive. 2470

Em relação aí ao, aos cinquenta e seis por cento, aos vinte e cinco por cento, são

informações do censo do IBGE, tá certo, de 2010.

Em relação à contaminação de lençol, que você fala porque são setenta e cinco por cento

é por poço, mas acontece que a área do empreendimento, onde foi identificado esse

passivo ambiental, não é a área aonde mora essa população, é a área dentro do TECAM, 2475

dali o fluxo é com a Baía de Guanabara, já não é subindo lá para a área onde mora a

população, tá certo?

Não foi identificada e nem foi estudada o lençol na área aonde a comunidade mora,

porque o empreendimento não é lá.

Em relação ao, ao, à pequena importância de impacto de vazamento, é porque não é um 2480

impacto efetivo, não vai haver vazamento. Há uma possibilidade, é um impacto potencial

de pequena importância porque caso haja vazamentos, má operação, pode ocorrer

vazamento.

Por isso que a importância ela é pequena nesse sentido. Se houver, tem as medidas

mitigadoras propostas. Tanto medidas preventivas para que não ocorram quanto as, as 2485

mitigadoras.

(Fala sem uso do microfone)

Companheiro, nós temos que aproveitar que as pessoas estão perguntando e nós

estamos respondendo.

Agora, vão ter outras, tudo bem, tá certo, mas hoje ainda tem gente aqui, nós em respeito 2490

às pessoas que estão perguntando, nós estamos respondendo.

(Fala sem uso do microfone)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Nós estamos ainda dentro do prazo previsto para uma Audiência Pública

dessa natureza. Então a sua pergunta tem que ser concluída. É ou não é? Vai. 2495

Sra. Marineusa Nogueira – Gerente de Empreendimentos de Projetos de Logística

PETROBRAS: Bom, senhora vereadora, aqui na apresentação do empreendimento, se

quiser eu até posso pedir para projetar, mostra a localização do empreendimento numa

foto aérea, tem como apresentar novamente?

Enquanto isso eu vou respondendo também sobre a quantidade de tubovias. Dentro do 2500

TECAM está previsto uma tubovia de 1,5 quilômetros, e dentro da REDUC três

quilômetros.

Quanto, para onde você envia o resíduo do PIG, esse resíduo é retirado e ele é tratado

novamente na refinaria.

Pode passar. 2505

(Fala sem uso do microfone)

Bom, então primeiro, no primeiro slide mostrando o gráfico, por favor, eu estou

respondendo uma pergunta direcionada.

Na, no slide anterior, por favor, o slide anterior, tem a localização ali do TECAM. Tem a

refinaria e o TECAM, ele fica contido à REDUC, ok? 2510

(Fala sem uso do microfone)

O empreendimento ele só, é só para, ele é só par faze adequações no TECAM e na

REDUC.

Então o TECAM e a REDUC.

Sr. Sebastião – Professor: Professor Gusmão? 2515

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Mais alguma pergunta vereadora?

Eu vou esclarecer mais uma vez. A audiência, essa audiência, do sistema de

licenciamento, ela pode ter uma duração de até cinco horas. Então nós temos que

aproveitar as pessoas que estão aqui para responder, eu peço que o senhor compreenda 2520

isso.

Professor Sebastião, o senhor tem alguma colocação? Eu fui indelicado com o senhor, o

senhor tem uma pergunta aqui.

Mas no microfone professor. Eu sei que professor detesta falar no microfone, mas o

senhor com esse seu vozeirão. 2525

Sr. Sebastião – Professor: Professor também Gusmão, de química, o senhor. Pois bem,

a colocação que eu tenho a faze é a seguinte. Nós temos de fato esse tempo de cinco

horas, mas para a necessidade de Duque de Caxias, do segundo distrito, para manter a

legitimidade da audiência, existe a legalidade, mas existe um ato ele ser de fato legítimo.

Aqui a audiência está esvaziada, está uma audiência que muitas das perguntas vão 2530

chegar a uma parcela muito pequena da população. Eu tenho perguntas feitas, tenho

perguntas no ofício, encaminhadas, mas considero aqui e colocar isso para quem está

presente, ver o que é, na minha opinião, óbvio, que não seria adequado manter a

continuidade da audiência, termos a segunda no segundo distrito.

Nós nos retirarmos e as perguntas ficarem para essa continuidade, desde que as pessoas 2535

também, que alguém que tenha feito pergunta concorde.

(Aplausos)

Se alguém quiser ser ouvido, se alguém quiser ser ouvido, aí levante a mão, mas dar

esse encaminhamento, dessa possibilidade agora da gente parar por aqui para ter de

fato, ser útil a Audiência Pública. 2540

Então as minhas questões também que são do fórum, estão no ofício, também ficariam

para esse segundo momento.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Tá certo, é uma colocação que o senhor está fazendo e que tem sentido.

Eu apenas queria também até agradecer aí a vocês, ao senhor, o presidente a 2545

compreensão daquele, daquele conflito no início que vocês estavam alegando que não

estavam no, no site não é isso?

Só que vocês quando falaram isso, mencionaram a resolução CONAMA 09 de 87 que

naquela época nem Internet tinha, então essa resolução não pode prever colocar no site.

Mas só para a gente ficar claro. A senhora quer fazer o uso da palavra? Tá, então vamos 2550

lá.

(Fala sem uso do microfone)

Professor também quer falar aqui. Pode falar. Qual o nome da senhora?

Sra. Josiane Coutinho da Silva – Líder Comunitária: Meu nome é Josiane Coutinho da

Silva, nascida no dia vinte e nove do quatro de 1978, em Volta Redonda, Estado do Rio 2555

de Janeiro. Hoje resiliente na cidade de Duque de Caxias, segundo distrito, em Campos

Elíseos, Rio de Janeiro.

Sou empreendedora individual em cuidados com a beleza e líder comunitária do processo

APELL em Campos Elíseos. Os problemas ambientais em Duque de Caxias, segundo

distrito, Figueira, Campos Elíseos e Gramacho. 2560

Primeiro, disposição não licenciada de resíduos industriais. Segundo, depósito licenciado

de resíduos industriais. Terceiro, poluição atmosférica. Quarto, poluição do corpo hídrico.

Quinto, poluição do solo. Sexto, armazenamento temporário de resíduos industriais. Sete,

vazamento de lixo.

Eu tenho aqui uma frase, pois como já dizia Paulo Freire, “Ensinar a ler as palavras é 2565

ensinar a ler o mundo”. Essa Audiência Pública com a finalidade de readequação de

linhas de escoamento do Terminal de Campos Elíseos – TECAM, a PETROBRAS,

anterior a esse projeto, contratou uma empresa terceirizada, a Produman Engenharia na

REDUC, onde alguns trabalhadores não receberam o pagamento nem seu contrato de

trabalho. 2570

Tendo eu em minha mão um ofício do número 1706 de 2013, Estado do Rio de Janeiro do

Poder Judiciário, Tribunal de Justiça da Comarca de Duque de Caxias, do Cartório da 5ª

Vara da Família, quero saber se a PETROBRAS vai pagar todos os funcionários que

estão devendo no projeto anterior para dar continuidade ao projeto atual.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle 2575

Ambiental/RJ: Bom, senhora Josiane, o que a senhora está falando é absolutamente

justo, correto. E desconectar o que a senhora fala de uma situação anterior para a

presente, é difícil.

Agora, o que as pessoas tem que entender que o que a gente está discutindo hoje aqui é

um projeto que pediu licença ambiental no INEA para fazer aí a adequação das linhas de 2580

escoamento.

Isso que a senhora está dizendo, que consta aqui da sua pergunta, é que os

trabalhadores não, não recebera pagamento em contrato, ofício número mil, setecentos e

seis do Poder Judiciário. Isso está sendo discutido, conversado em uma outra, um outro

fórum, que é o Cartório da Vara da Família. 2585

Então aqui nós, não é o local para a gente discutir esse assunto, mas eu sei que

incomoda, que é justo, da mesma forma se a gente chegar no quinto cartório com esse

EIA/RIMA, não é lá que vai se discutir isso.

Então aqui a oportunidade que aparece, que se apresenta aqui, eu sei porque eu faço

Audiências Públicas e escuto a população, sei que as pessoas trazem para cá todos os 2590

problemas, os conflitos, imagina o número de conflitos que a PETROBRAS tem em

relação à vizinhança, empregados, passivos, pescadores. Eu acompanho.

Agora, não é aqui que a gente vai discutir isso, não é nem aqui e nem numa outra

Audiência Pública de licenciamento ambiental. Aí fica a questão, mas e aí? Vai ter um

empreendimento novo, se tem um passivo trabalhista, um passivo de dívida, é certo. 2595

(Fala sem uso do microfone)

Em relação aos pescadores, também é um outro conflito, do vazamento de 2000. Parece

que vai ter uma audiência aí nos próximos quinze dias.

Então senhora Josiane, o que eu quero que a senhora entenda é que, e que vocês aqui

vejam, é que, quando a gente veio para cá, o nosso objetivo era discutir esse projeto que 2600

é esses dutos que vão ser implantados.

Agora, a senhora até emocionou as pessoas lendo esse depoimento aí, isso é justo, mas

não é aqui que, não somos nós do INEA que temos a competência para examinar isso,

decidir sobre isso, isso é uma outra, um outro local, é um outro fórum, é uma outra

competência de uma outra autoridade. 2605

Então é isso que a gente na audiência não entende, porque é compreensível que todas

essas angústias, essas dúvidas, esses problemas, esses passivos das pessoas explodam

aqui, mas não é o local para fazer isso.

Sra. Josiane Coutinho da Silva – Líder Comunitária: Eu te agradeço a sua resposta, e

gostaria de falar para os senhores aqui que eu vou estar presente na segunda audiência, 2610

se possível no segundo distrito, e se já seja possível também deixar marcado o dia e a

hora, porque eu como líder comunitária e faço parte do processo APELL, tenho o objetivo

de levar informações para dentro da minha comunidade.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: A senhora tem alguma pergunta sobre o projeto, técnica ainda para fazer? 2615

Sra. Josiane Coutinho da Silva – Líder Comunitária: A respeito do projeto, eu não

tenho pergunta técnica para fazer porque o seguinte, a minha questão foi a seguinte. Para

ser elaborado um novo projeto, primeiramente tem que haver uma quitação da dívida do

projeto anterior.

Essa é a minha proposta para o, para esse projeto, entendeu? 2620

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Tá certo, está entendido.

Eu queria passar a palavra aqui para o nosso representante da Secretaria Municipal, o

Romildo, que tem algumas considerações aqui.

(Fala sem uso do microfone) 2625

Sr. Romildo José – Representante Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Duque

de Caxias/RJ: Alô, alô. Posso falar?

Sr. Simão Zanardi Filho – Presidente Sindicato dos Petroleiros de Duque de

Caxias/RJ: Só um minuto, tem a questão que está colocada na audiência, eu, as

perguntas deveriam ser respondidas. Foi pedida a suspensão, não deu. Tem uma 2630

pergunta que é técnica que é a questão onde vocês falam da precipitação, como é que vai

ser o escoamento de água?

E a outra é sobre o plano de contingência em caso de vazamento. O EIA, na tabela cinco

de um a vinte e oito, ele levanta as hipóteses de acidentes. São vinte e oito tabelas

falando em hipóteses de acidentes. Não tem nenhuma ação mitigadora para as hipóteses 2635

de acidentes levantadas no EIA.

Nenhuma das tabelas, que são vinte e oito, coloca ali o que que vai ser feito, qual é o

plano de contingência na hipótese daquele acidente acontecer. Então isso é uma coisa

que o INEA tem que cobrar da PETROBRAS.

A segunda questão que ele estava falando ali dos canais, que não é um canal, foi uma 2640

abertura, é como se com o escoamento de água, sabendo que nós estamos na Baixada

Fluminense, o solo da REDUC está cedendo mais de trinta centímetros nesses cinquenta

anos e o projeto não fala como vai ser feito para que a água desses dutos não invada as

casas das pessoas, dos moradores, que ele não represe a água e a gente já viu

acontecer várias vezes represar água e aí você tem um refluxo em todo sistema hídrico e 2645

aí com inundações constantes.

Seria muito importante a limpeza de todos os canais e principalmente do Rio Sarapuí para

que pudesse haver o escoamento. O plano não está previsto isso.

Então assim, eu acho que o INEA merece cobrar da PETROBRAS quais são as ações

mitigadoras no plano de contingência, no EIA/RIMA da tabela um a vinte e oito e qual é a 2650

situação do escoamento no caso de chuvas torrenciais, tendo em vista que esse projeto é

na Baixada Fluminense.

E aí eu não entendi uma coisa nesse licenciamento todo. Os tubos que vão ligar o

TECAM ao COMPERJ, ele, ele está nesse licenciamento ou não, é outro licenciamento

para a faixa de duto que vai ser construída na interligação? É isso? Vai ter uma específica 2655

envolvendo os municípios atingidos?

Ok, obrigado.

Sr. Romildo José – Representante Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Duque

de Caxias/RJ: Dá licença, eu estou representando o Secretário de Meio Ambiente de

Duque de Caxias e eu estou com um material que eu escrevi, que eu estou para falar há 2660

mais de dez anos. E como faltam três anos para eu me aposentar, essa é a minha

oportunidade.

Mas ela está tão, está tão atualizada sabe, mesmo tendo escrito há dez anos atrás, que,

que, que eu acho que diz respeito a tudo que foi dito aqui. Vamos lá.

Primeiro. A refinaria ocupa uma área de treze milhões de metros quadrados. Se eu errar 2665

algum número, tudo bem. Edificado praticamente num manguezal à beira da Baía da

Guanabara. Isso foi feito em 1961 antes do código florestal que é 4771 de 1966. Quer

dizer, podia fazer isso.

Treze milhões de metros quadrados, tudo bem. Só que quando fizeram lá o código

florestal em 66, era militarismo, isso aqui era uma área de segurança nacional, e ninguém 2670

podia entrar lá. A REDUC era uma caixa preta. Ninguém podia saber o que que, o que

que estava acontecendo lá dentro, sabe, então tudo era jogado de qualquer jeito.

OG, mil partes por milhão, na Baía da Guanabara porque não tinha ninguém para tomar

conta. E devido o seu posicionamento estratégico, atraiu grandes empresas.

PETROFLEX, RIO POLÍMEROS, TERMORIO, NITRIFLEX, AMERICAN LUB, TEDUC, 2675

BUTANO, ESSO, etc. Por enquanto parece que eu estou, que eu estou fazendo uma

aulinha de história. SHELL, SUPERGASBRAS.

Só que Campos Elíseos abriga um dos maiores parques industriais do país e, por

conseguinte, matematicamente ostenta um PIB, um PIB e uma renda per capta talvez

maior da nação. Se Campos Elíseos fosse um país, seria, estaria no G4. Se Campos 2680

Elíseos fosse um país estaria no G4.

Recentemente a REDUC passou a ser a primeira refinaria do Brasil totalmente licenciada.

Essas licenças ambientais são relativas à adequação. Eles não fizeram porque são

bonzinhos não. Esse processo de adequação deu-se início após o acidente ambiental do

vazamento de óleos na Baía há uns vinte e cinco anos atrás onde foram derramados mais 2685

de cem toneladas de óleo, atingindo de forma lamentável manguezais do Guapimirim.

Aí eu pergunto, chegaram a um acordo com os pescadores? Não. Apesar do esforço de

modernização, a Refinaria de Duque de Caxias aparece como a maior poluidora da Baía

da Guanabara na lista publicada no relatório da CPI da despoluição.

Ela é a maior poluidora da Baía da Guanabara e está entre as primeiras instaladas em 2690

Campos Elíseos. Primeiro a REDUC. A segunda é a PETROFLEX. E a terceira é

NITRIFLEX.

Desde o maior vazamento de óleo da Baía da Guanabara em 90, a PETROBRAS tem

feito esforço para reverter a imagem de empresa poluidora, sabe? Está fazendo

propaganda de Projeto Tamar, Golfinho não sei o que lá, Projeto de Peixe-Boi, mas tudo 2695

isso eles não estão fazendo porque eles gostam do meio ambiente não, são medidas

compensatórias e mitigações determinadas pelos órgãos ambientais e pelo Ministério

Público.

E eles fazem propaganda dizendo que eles amam as tartarugas, eles amam os peixes-

boi, e se você for lá visitar tem que comprar camisa. E eles estão fazendo isso porque 2700

eles acabaram com, com o manguezal, se eu não me engano, de Pernambuco, de Magé.

E, e a imagem que eles passam é que eles, eles amam tartaruga e peixe boi.

Em contraponto, do imenso progresso avançado tecnológico em Campos Elíseos, através

do Parque Industrial, nesses últimos cinquenta e quatro anos, o modelo de

desenvolvimento, como já foi mencionado, originou também uma crescente desigualdade 2705

na distribuição de bens e serviços nas condições de vida de sua população.

Esse paradoxo acerca do fato de que Campos Elíseos possui uma infraestrutura

urbanística tão precária, e uma comunidade num lugar tão milionário, eu vou dizer alguns

números.

Censo do IBGE de 2000. Não melhorou hoje não, esse censo está velho, mas hoje está 2710

pior. Olha só. Analfabetismo, analfabetismo em Duque de Caxias, onze por cento. Em

Campos Elíseos, catorze. E lá é o maior PIB e a maior renda per capta. Analfabetismo

aqui onze por cento, em Caxias. Lá catorze.

Criança com menos de nove anos sem estudo. Caxias onze por cento, lá dezessete.

Esgotamento sanitário. Caxias, cinquenta e seis por cento. Campos Elíseos trinta e um 2715

por cento. Vala, vala. Caxias tem treze, tem treze por cento de vala. Campos Elíseos tem

vinte e seis.

E isso eu estou falando da maior renda per capta do mundo. Do maior PIB do mundo.

Então, para terminar, esse paradoxo é uma vergonha, sabe, e eu gostaria que, que, que a

REDUC tomasse vergonha na cara, tomasse vergonha na cara e fizesse pelo menos um 2720

jardim em frente à REDUC, porque todas as árvores que tem na REDUC fui eu que

mandei plantar como medida compensatória.

O canteiro central da Fabor eles cortaram vinte árvores dentro da REDUC e eu mandei

eles plantarem as árvores da Avenida Fabor. A Avenida Fabor é a avenida deles, é o

quintal deles e não tinha uma árvore ali. Eu mandei plantar, eu tenho os documentos. 2725

Quer dizer, eles não, eles não tomam conta nem com o quintal deles, sabe?

(Aplausos)

Imagina, imagina.

(Fala sem uso do microfone)

Imagina com os , com os dezessete mil, dezessete mil habitantes que estão no entorno 2730

da REDUC. Eles cagam e andam, lá não tem praça, não tem merda nenhuma, lá não tem

escola. Eu sei que está tudo sendo gravado e meu chefe vai ficar danado da vida.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Romildo.

Sr. Romildo José – Representante Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Duque 2735

de Caxias/RJ: Mas é isso aí. Obrigado.

(Aplausos)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Bem, então obrigado aí pela, pela participação o representante da

Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Houve até um acidente hídrico aqui na mesa. 2740

Bem, então nesse momento, nós temos uma proposta de uma realização de uma outra

audiência feita por várias pessoas aqui. E isso vai ser encaminhado para a comissão

estadual no sentido de atender esse pleito que está sendo colocado de uma nova

Audiência Pública.

Agora, se for uma Audiência Pública de EIA/RIMA, não pode ser durante o expediente 2745

porque as pessoas não vão, tá certo?

Bem, vocês tem algum comentário mais a fazer, alguma colocação?

Sr. Marcos de Macedo Dertoni – Coordenador Técnico Empresa Planave: Em

princípio não.

Então agradeço a presença de todos, uma boa noite e que todos tenham um feliz 2750

regresso às suas casas.

Participante sem identificação: Professor Gusmão, só um, professor Gusmão.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Pois não, senhor.

Participante sem identificação: Considerar a Audiência Pública válida. 2755

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: A Audiência Pública foi realizada e apesar dos, das alegações no início,

ela está realizada e está, em relação a ter outra Audiência Pública, é outro problema. A

legislação determina que podem ser realizadas mais de uma Audiência Pública no mesmo

processo. 2760

(Fala sem uso do microfone)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Qual o seu nome, desculpa?

(Fala sem uso do microfone)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle 2765

Ambiental/RJ: A senhora quer fazer o uso da palavra, pode fazer. Dá o microfone para a

dona Bianca.

Sra. Bianca – Pesquisadora FIOCRUZ: Meu nome é Bianca, eu sou pesquisadora da

Fiocruz...

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle 2770

Ambiental/RJ: Tá certo.

Sra. Bianca – Pesquisadora FIOCRUZ: E eu encaminhei à mesa várias questões que

não foram respondidas, eu quero que isso conste em ata e eu gostaria de ter as minhas

questões respondidas de, de maneira formal e na próxima audiência também.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle 2775

Ambiental/RJ: Tá certo. Está registrado. Então...

Participante sem identificação: E um pedido também que como o Relatório de Impacto

Ambiental complementar, que trazia aquele polígono da área do empreendimento não foi

disponibilizado antes, e o RIMA é o documento mais apropriado para a leitura de pessoas

comuns, além do EIA também não ter sido disponibilizado na Internet, eu proponho, 2780

reivindico como Fórum dos Atingidos pela Indústria do Petróleo e Petroquímica, que essa

audiência não seja ainda considerada válida do ponto de vista do licenciamento.

Foi uma oportunidade já de se tirar dúvidas, de se obter informações, mas que a primeira

Audiência Pública válida ocorra em Campos Elíseos e que essa audiência então, com

todos os documentos disponibilizados anteriormente, acessíveis pela Internet, e tudo 2785

como deve, impressos também nos locais adequados como o Conselho de Meio

Ambiente da Cidade.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Tá certo.

Sra. Juliete – Representante MLB: Só uma última questão. Reforçar essa questão sobre 2790

a próxima audiência ser em Campos Elíseos, porque tem uma questão que está muito em

aberto ainda sobre as medidas compensatórias que precisam ser discutidas com a

população do entorno.

E eu acho que é impossível a gente fazer hoje uma avaliação sobre esse, esse

licenciamento sem fazer essa discussão lá. Eu sou atuante militante do movimento 2795

popular na região, hoje aqui a gente não conseguiu que vários companheiros pudessem

estar aqui para participar dessa discussão e se torna muito necessário.

Eu não, não entendo muito bem como funciona essa questão de ter que passar para a

CECA ainda, para poder voltar, agora eu acho que esse pleito que discutiu aqui hoje ele

tem autoridade para poder solicitar essa nova audiência. 2800

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Claro.

Sra. Juliete – Representante MLB: Porque afinal de contas tem vários atores aqui e

várias pessoas que compuseram que podem, que com certeza essa opinião tem que ser

válida e tem que ser vista pela CECA e que a gente faça essa próxima audiência lá e 2805

possa de fato discutir sobre essas questões com mais tempo e com mais condições.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Qual o nome da senhora, por favor?

Sra. Juliete – Representante MLB: Eu sou Juliete, eu sou do MLB, que é o Movimento

de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas. 2810

Participante sem identificação: Senhor presidente, eu posso prestar um

esclarecimento?

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Claro.

Participante sem identificação: Só para fechar. 2815

Participante sem identificação: Só um minuto antes de você botar, você fala e faz. Só

queria dizer, Simão, se isso aqui valer nós vamos para o Ministério Público. Tá bom,

Justiça Federal, ok? Se não tiver segunda audiência, tenho prova para isso. Obrigado.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Valer ela pode valer e ter outra audiência. O fato de ter uma outra 2820

audiência não anula essa.

Participante sem identificação: Professor.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: E a questão das medidas compensatórias também não vai ser colocada

na próxima audiência, que isso é uma etapa posterior do licenciamento. Não se discute 2825

quais as medidas compensatórias na audiência. Entenderam gente?

(Fala sem uso do microfone)

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Podem trazer.

(Fala sem uso do microfone) 2830

Sra. Fabiana Cabral – Especialista Área Ambiental: A REDUC hoje ela é uma ilha, e aí

a tendência é ser cada vez mais...

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Quanto mais proposta trazer, melhor, mas não é definida...

Sra. Fabiana Cabral – Especialista Área Ambiental: Porque a proposta que está sendo 2835

colocada aqui sobre esse licenciamento para o TECAM, está falando especificamente

sobre isso, agora é um processo cumulativo. Você tira vegetação, você impermeabiliza o

solo, e não tem tratamento para as águas pluviais? E os canais vão ficando cada vez

mais sobrecarregados , isso é cumulativo.

E no final das contas, quando a gente vai ver a obra no completo, vira uma ilha e a 2840

comunidade no entorno não participa da discussão, não fala o que que tem que ser feito,

entendeu, porque a gente tem várias coisas para colocar.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Tá certo.

Sra. Fabiana Cabral – Especialista Área Ambiental: Então isso precisa ser visto 2845

também.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Mas só que deixa eu esclarecer a questão das compensações.

Sra. Fabiana Cabral – Especialista Área Ambiental: Não, tudo bem, obrigada.

Sr. André Pinhel Soares – Gerente de Licenciamento PETROBRAS: Sim, senhor 2850

presidente, então só para, para deixar bem claro, a PETROBRAS ela entende que ela

cumpriu os ritos, os processos de comunicação,o processo de comunicação, de

divulgação da audiência ele foi feito.

Nós tivemos aqui presentes perto de duzentas pessoas ao longo dessa audiência,

representantes das comunidades do entorno que foram, que está na área de influência 2855

direta do empreendimento, e a gente se mantém à disposição para diálogo, para

comparecer às comunidades, ampliar a nossa presença nos fóruns públicos, na

participação mesmo no horário diurno, mesmo no horário de expediente, e procurar os

líderes comunitários para que essas Reuniões Públicas na região do segundo distrito

sejam, sejam divulgadas junto aos presentes e quantas reuniões forem necessárias, 2860

quantas reuniões forem solicitadas, para que a gente possa explicar o que que é esse

empreendimento da ampliação das linhas de escoamento.

E aproveitando a colega, perdão eu não guardei o seu nome, só para esclarecer a

questão da drenagem, que foi colocada, foi apresentada pelo Estudo de Impacto

Ambiental, todo escopo do empreendimento dentro da refinaria, da REDUC, ele vai, ele 2865

vai acontecer dentro de linhas dutovias existentes.

Então ele não vai acrescentar nada em termos de impermeabilização do solo. E a parcela

do Terminal de Campos Elíseos que vai ser impermeabilizada, com a instalação desse

novo Pátio de Bombas lá, o que foi colocado pelo estudo de 1,86 hectares, então, e cuja

drenagem vai ser conectada também ao sistema de drenagem do próprio terminal, com 2870

todos os seus dispositivos de segurança e contingência.

Sr. Antônio Carlos Gusmão – Representante Comissão Estadual de Controle

Ambiental/RJ: Bem, então agradeço a presença de todos e esse pleito de vocês está

gravado, é legítimo, e será decidido se haverá outra reunião, outra Audiência Pública

desse mesmo processo de licenciamento, certo? 2875

Eu não tenho poder agora de afirmar que vai ter, quando vai ser essa audiência. Então

isso vai ter que ser levado na próxima reunião da CECA e marcar e tem todo um

procedimento para isso, certo?

Então boa noite, muito obrigado, e bom retorno para todos.

(Aplausos) 2880