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Atualização da 5ª edição do Resumo de Direito Previdenciário Hugo Goes Orientações: Para realizar as alterações, usaremos o seguinte método: 1. Os textos que serão EXCLUÍDOS estão realçados em vermelho. 2. Os textos que serão ACRESCENTADOS estão realçados em azul. 3. Os textos que serão MODIFICADOS estão realçados em verde. Página 13 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé. A seletividade atua na delimitação do rol de prestações, ou seja, na escolha dos benefícios e serviços a serem mantidos pela seguridade social, enquanto a distributividade direciona a atuação do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo o grau de proteção. Os benefícios da assistência social, por exemplo, serão concedidos apenas 1 aos “necessitados”; os benefícios salário-família e o auxílio-reclusão só serão concedidos aos beneficiários de baixa renda (atualmente, para aqueles que tenham renda mensal inferior ou igual a R$1.089,72). 2 Página 24 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde. O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de três meses, salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho (Lei nº 6.019/74, art. 10). O Ministério do Trabalho expediu Instrução Normativa a Portaria 789/2014, regulamentando esse dispositivo, estabelecendo a possibilidade de prorrogação automática desse tipo de contrato. A duração total do pacto, entretanto, incluída a prorrogação, ficou limitada a nove meses (Instrução Normativa nº 3, de 29/8/97) . III – O brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior. Página 33 – Acrescentar o azul. Se o trabalhador prestar serviço, sem vínculo empregatício, a diversas empresas, sem a intermediação do sindicato ou do OGMO, não será considerado trabalhador avulso. Nesta hipótese, será considerado contribuinte individual. Mas caso seja celebrado contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho entre trabalhadores e tomadores de serviços, o disposto no 1 BALERA, Wagner. Noções Preliminares de Direito Previdenciário. São Paulo: Quartier Latin, 2004, p. 87. 2 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2015, pela Portaria MPS/MF nº 13, de 09/01/2015.

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Atualização da 5ª edição do Resumo de Direito Previdenciário Hugo Goes

Orientações: Para realizar as alterações, usaremos o seguinte método:

1. Os textos que serão EXCLUÍDOS estão realçados em vermelho. 2. Os textos que serão ACRESCENTADOS estão realçados em azul. 3. Os textos que serão MODIFICADOS estão realçados em verde.

Página 13 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

A seletividade atua na delimitação do rol de prestações, ou seja, na escolha dos

benefícios e serviços a serem mantidos pela seguridade social, enquanto a distributividade direciona a atuação do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo o grau de proteção. Os benefícios da assistência social, por exemplo, serão concedidos apenas 1

aos “necessitados”; os benefícios salário-família e o auxílio-reclusão só serão concedidos aos beneficiários de baixa renda (atualmente, para aqueles que tenham renda mensal inferior ou igual a R$1.089,72). 2

Página 24 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde.

O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente,

com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de três meses, salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho (Lei nº 6.019/74, art. 10). O Ministério do Trabalho expediu Instrução Normativa a Portaria 789/2014, regulamentando esse dispositivo, estabelecendo a possibilidade de prorrogação automática desse tipo de contrato. A duração total do pacto, entretanto, incluída a prorrogação, ficou limitada a nove meses (Instrução Normativa nº 3, de 29/8/97).

III – O brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior.

Página 33 – Acrescentar o azul.

Se o trabalhador prestar serviço, sem vínculo empregatício, a diversas empresas, sem

a intermediação do sindicato ou do OGMO, não será considerado trabalhador avulso. Nesta hipótese, será considerado contribuinte individual. Mas caso seja celebrado contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho entre trabalhadores e tomadores de serviços, o disposto no

1 BALERA, Wagner. Noções Preliminares de Direito Previdenciário. São Paulo: Quartier Latin, 2004, p. 87. 2 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2015, pela Portaria MPS/MF nº 13, de 09/01/2015.

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instrumento precederá o órgão gestor e dispensará sua intervenção nas relações entre capital e trabalho no porto (Lei 12.815/2013, art. 32, parágrafo único).

O trabalhador avulso presta serviço sem vínculo de emprego, pois não há subordinação nem com o sindicato ou OGMO, muito menos com as empresas para as quais presta serviços, dada inclusive a curta duração.

Página 66 – Acrescentar o azul.

Benefício Carência

Aposentadoria por idade, por tempo de contribuição, especial e da pessoa com deficiência.

Em regra, 180 contribuições mensais.

Aposentadoria por invalidez e auxílio-doença.

Em regra, 12 contribuições mensais.

Salário-maternidade. Para as seguradas contribuinte individual, especial e facultativa: 10 contribuições mensais.

Pensão por morte. Em regra, 24 contribuições mensais.

Auxílio-reclusão. 24 contribuições mensais.

Página 67 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

Não será exigida a carência de 12 contribuições para a aposentadoria por invalidez e

para o auxílio-doença motivados por acidente de qualquer natureza ou causa, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado de doença de Paget (osteíte deformante), AIDS, contaminação por radiação com base em conclusão da medicina especializada ou hepatopatia grave (IN INSS/PRES 45/2010, art. 152, III IN INSS 77/2015, anexo XLV).

Em se tratando de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença, para que haja a dispensa da carência, não é necessário que o acidente seja acidente de trabalho. A lei refere-se a acidente de qualquer natureza ou causa. Entende-se como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem traumática e por exposição a agentes exógenos (físicos, químicos ou biológicos), que acarrete lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução permanente ou temporária da capacidade laborativa.

De acordo com o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílio-reclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte. Assim, as regras relativas à pensão por morte, no que couber, também serão aplicadas ao auxílio-reclusão, inclusive quanto à carência. Na redação original do art. 26, I, da Lei 8.213/91, independia de carência a concessão de pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente. Mas na redação que a Medida Provisória 664/2014 deu a esse dispositivo, o texto ficou da seguinte forma:

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Lei 8.213/91 Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: I - salário-família e auxílio-acidente; [...]

Assim, diante da alteração promovida pela Medida Provisória 664/2014, além da

pensão por morte, o auxílio-reclusão também passou a exigir carência de 24 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 25, IV; art. 26, I; art. 80). Mas vale frisar que a pensão por morte independe de carência nos casos:

I - em que o segurado esteja em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez; e II - de acidente do trabalho e doença profissional ou do trabalho.

Ou seja, na pensão por morte, a carência não será exigida se na data do óbito do

segurado ele estava em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez (Lei 8.213/91, art. 25, IV) ou se o óbito do segurado for decorrente de acidente do trabalho, doença profissional ou doença do trabalho (Lei 8.213/91, art. 26, VII). 1.1.4 Perda da qualidade de segurado

Página 74 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

A aposentadoria por invalidez é um benefício provisório, pois o segurado pode, em

certos casos, recuperar-se. Por isso, o segurado aposentado por invalidez está obrigado, a qualquer tempo, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos (Lei 8.213/91, art. 101). Os exames médico-periciais serão realizados bienalmente (RPS, art. 86, parágrafo único). No entanto, o aposentado por invalidez estará isento desses exames após completar 60 anos de idade. Mas a referida isenção não se aplica quando o exame tem as seguintes finalidades:

I - verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa para a concessão do acréscimo de 25% sobre o valor do benefício, conforme dispõe o art. 45 da Lei 8.213/91; II - verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante solicitação do aposentado que se julgar apto; III - subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela, conforme dispõe o art. 110 da Lei 8.213/91.

O aposentado por invalidez que se julgar apto a retornar à atividade deverá solicitar a

realização de nova avaliação médico-pericial.

Página 77 – Alterar o verde; Acrescentar o azul.

II. Quando não for precedida de auxílio-doença:

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a) Para o segurado empregado: a contar do 31º dia do afastamento da atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 45 dias; e b) Para os demais segurados: a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias. Durante os primeiros 30 dias de afastamento consecutivos da atividade por motivo de

invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário integral (Lei 8.213/91, art. 43, § 2º).

Página 80 – Alterar o verde.

Data do início do benefício

I. Precedida de auxílio-doença – dia imediato ao da cessação do auxílio-doença. II. Não precedida de auxílio-doença: a) para o segurado empregado: a contar do 31º dia do afastamento da atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 45 dias; e b) para os demais segurados: a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.

Página 106 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

2.6 Auxílio-doença

O auxílio-doença será devido ao segurado que, após cumprida, quando for o caso, a carência exigida, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de quinze dias consecutivos (RPS, art. 71).

De acordo com o art. 60 da Lei 8.213/91, o auxílio-doença será devido ao segurado que ficar incapacitado para seu trabalho ou sua atividade habitual, desde que cumprido, quando for o caso, o período de carência:

I - ao segurado empregado, a partir do trigésimo primeiro dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de entrada do requerimento decorrerem mais de quarenta e cinco dias; e II - aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias.

Durante os primeiros trinta dias consecutivos ao do afastamento da atividade por

motivo de doença ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral (Lei 8.213/91, art. 60, § 3º).

2.6.1 Requerimento

Em regra, o auxílio-doença é requerido pelo próprio segurado. Todavia, é facultado à empresa protocolar requerimento de auxílio-doença ou documento dele originário de seu empregado ou de contribuinte individual a ela vinculado ou a seu serviço, na forma

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estabelecida pelo INSS (RPS, art. 76-A). A empresa que adotar este procedimento terá acesso às decisões administrativas a ele relativas (RPS, art. 76-A, parágrafo único).

2.6.2 Verificação da incapacidade

A incapacidade para o trabalho deve ser comprovada através de exame realizado pela

perícia médica do INSS. No entanto, o INSS a seu critério e sob sua supervisão, poderá, na forma do regulamento, realizar perícias médicas:

I - por convênio ou acordo de cooperação técnica com empresas; e II - por termo de cooperação técnica firmado com órgãos e entidades públicos, especialmente onde não houver serviço de perícia médica do INSS.

O segurado em gozo de auxílio-doença está obrigado, independentemente de sua idade

e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.

Páginas 108 a 110 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde.

O período de carência para a concessão do auxílio-doença é, em regra, de 12

contribuições mensais. Todavia, a concessão independe de carência nos casos em que a incapacidade for decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado de doença de Paget (osteíte deformante), AIDS, contaminação por radiação com base em conclusão da medicina especializada ou hepatopatia grave (IN INSS 45/2010, art. 152, III IN INSS 77/2015, anexo XLV).

2.6.7 Renda mensal inicial A renda mensal inicial do auxílio-doença corresponde a 91% do salário-de-benefício. O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos doze

salários-de-contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de doze, a média aritmética simples dos salários-de-contribuição existentes (Lei 8.213/91, art. 29, § 10).

2.6.8 Data de início do benefício O auxílio-doença será devido: I. Quando requerido até o 30º dia do afastamento da atividade: a) para o segurado empregado: a contar do 16º dia do afastamento da atividade; b) para os demais segurados: a contar da data do início da incapacidade. II. quando requerido após o 30º dia do afastamento da atividade: a contar da data de entrada do requerimento, para todos os segurados. I - ao segurado empregado, a partir do 31º dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de entrada do requerimento decorrerem mais de 45 dias; e II - aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.

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Saliente-se que o auxílio-doença somente é devido quando o segurado fica incapacitado para o exercício de suas atividades habituais por mais de 15 dias. Se ficar afastado por período inferior, não terá direito a benefício previdenciário algum. Mas se ficar incapacitado por mais de 15 dias, tratando-se de segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, especial ou facultativo, o benefício será pago a contar da data do início da incapacidade, desde que seja requerido até o 30º dia do afastamento. Nesse caso, o benefício retroage para a data de início da incapacidade.

Tratando-se de segurado empregado, se requerido até o 45º dia do afastamento, o auxílio-doença será devido a contar do 31º dia do afastamento da atividade. É assim porque durante os primeiros 30 dias consecutivos de afasta- mento da atividade por motivo de doença ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, incumbe caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral (Lei 8.213/91, art. 60, § 3º). Quando o auxílio-doença for requerido pelo empregado após o 45º dia do afastamento, o benefício será devido a contar da data do requerimento.

Para os demais segurados, se requerido até o 30º dia do afastamento, o auxílio-doença será devido a partir da data do início da incapacidade. Quando requerido após o 30º dia do afastamento, o benefício será devido a contar da data do requerimento.

Mas quando o auxílio-doença for requerido após o 30º dia do afastamento, o benefício será devido a contar da data do requerimento, independentemente da espécie do segurado.

Quando o empregado acidentado não se afastar do trabalho no dia do acidente, os 30 dias de responsabilidade da empresa pela sua remuneração integral são contados a partir da data do afastamento.

Cabe à empresa que dispuser de serviço médico próprio ou em convênio o exame médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros 30 dias de afastamento. A empresa somente deverá encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 30 dias (Lei 8.213/91, art. 60, § 4º). Quando a incapacidade ultrapassar 15 dias consecutivos, o segurado será encaminhado à perícia médica do INSS.

Se concedido novo benefício decorrente da mesma doença dentro de 60 dias contados da cessação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do paga- mento relativo aos 15 primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o benefício anterior e descontando-se os dias trabalhados, se for o caso. Na situação aqui prevista, é necessário que o novo benefício seja decorrente da mesma doença. Assim, se o empregado retornar de um auxílio-doença e, dentro de 60 dias, iniciar outro auxílio-doença decorrente de outra doença, a empresa será obrigada a pagar os 15 primeiros dias de afastamento. A empresa também ficará responsável pelo pagamento dos 15 primeiros dias quando o segundo afastamento (decorrente da mesma ou de outra doença) iniciar após 60 dias da cessação do auxílio-doença anterior.

Se o segurado empregado, por motivo de doença, afastar-se do trabalho durante 15 dias, retornando à atividade no 16º dia, e se dela voltar a se afastar dentro de 60 dias desse retorno, em decorrência da mesma doença, fará jus ao auxílio-doença a partir da data do novo afastamento. Se o retorno à atividade tiver ocorrido antes de 15 dias do afastamento, o segurado fará jus ao auxílio-doença a partir do dia seguinte ao que completar aquele período.

Exemplo: Tarcísio, empregado da empresa Delta S.A., ficou afastado de suas atividades durante 10 dias, em razão de problemas renais. Um mês após ter voltado às atividades, ficou incapacitado para o trabalho por mais 20 dias, em decorrência da mesma doença. Neste caso, o auxílio-doença será devido a contar do 6º dia do segundo afastamento, ficando os 5 primeiros dias a cargo da empresa.

No exemplo supra, se o primeiro afastamento de Tarcísio tivesse sido por 15 dias, o

auxílio-doença seria devido a partir do primeiro dia do segundo afastamento. Ressalte-se, contudo, que o novo afastamento deve ocorrer dentro de 60 dias contados da data do retorno do primeiro afastamento.

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2.6.9 Cessação do benefício

Página 112 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

2.6.12 Situação trabalhista do empregado

Durante os primeiros quinze trinta dias consecutivos ao do afastamento da atividade

por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral (Lei nº 8.213/91, art. 60, § 3º). Assim, neste período, ocorre a interrupção do contrato de trabalho.

A partir do décimo sexto 31º dia do afastamento da atividade, o segurado empregado em gozo de auxílio-doença será considerado pela empresa como licenciado (Lei nº 8.213/91, art. 63). Assim, neste caso, ocorre a suspensão do contrato de trabalho, pois não há pagamento de salário pela empresa.

Página 113 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

Fato gerador Incapacidade temporária para o trabalho ou para a atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos.

Início do benefício I. Quando requerido até o 30º dia do afastamento da atividade: a) para o segurado empregado: a contar do 16º dia do afastamento da atividade; b) para os demais segurados: a contar da data do início da incapacidade. II. Quando requerido após o 30º dia do afastamento da atividade: a contar da data de entrada do requerimento, para todos os segurados. I - ao segurado empregado, a partir do 31º dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de entrada do requerimento decorrerem mais de 45 dias; e II - aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.

Páginas 119 e 120 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado e ao trabalhador

avulso que tenham salário-de-contribuição inferior ou igual a R$1.089,72, na proporção do 3

respectivo número de filhos ou equiparados de qualquer condição, até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade (RPS, arts. 81 e 83).

3 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2015, pela Portaria MPS/MF nº 13, de 09/01/2015. 

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[...]

Os R$ 360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos índices de reajuste aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a R$1.089,72.

2.8.1 Beneficiários

Páginas 123 e 124 – Alterar o verde.

I - R$37,18, para o segurado com remuneração mensal não superior a R$725,02; e II - R$26,20, para o segurado com remuneração mensal superior a R$725,02 e igual ou inferior a R$1.089,72.

Os valores acima são os vigentes a partir de 1º/01/2015, de acordo com a Portaria

MPS/MF nº 13, de 09/01/2015. Esses valores são corrigidos na mesma data e pelo mesmo índice de correção dos demais benefícios do RGPS.

Como se vê, os segurados que tenham remuneração mensal superior a R$1.089,72 não têm direito ao salário-família.

Para fins de reconhecimento do direito ao salário-família, considera-se remuneração mensal do segurado o valor total do respectivo salário-de-contribuição, ainda que resultante da soma dos salários-de-contribuição correspondentes a atividades simultâneas (Portaria MPS/MF 13/2015, art. 4º, § 1º). O direito à cota do salário-família é definido em razão da remuneração que seria devida ao empregado no mês, independentemente do número de dias efetivamente trabalhados (Portaria MPS/MF 13/2015, art. 4º, § 2º).

Todas as importâncias que integram o salário-de-contribuição serão consideradas como parte integrante da remuneração do mês, exceto o 13º salário e o adicional de férias previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal, para efeito de definição do direito à cota de salário-família (Portaria MPS/MF 13/2015, art. 4º, § 3º).

Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao salário-família (RPS, art. 82, § 3º). Mas tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de abandono legalmente caracterizado ou perda do pátrio-poder, o salário-família passará a ser pago diretamente àquele que ficar encarregado pelo sustento do menor, ou a outra pessoa, se houver determinação judicial nesse sentido (RPS, art. 87).

O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no mês, devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota (RPS, art. 82, § 2º). Já para o empregado, a cota do salário-família é devida proporcionalmente aos dias trabalhados nos meses de admissão e demissão (Portaria MPS/MF 13/2015, art. 4º, § 4º).

Página 127 – Alterar o verde.

Fato gerador

Ser segurado de baixa renda (SC de até R$1.089,72); e Ter filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou inválido.

Beneficiários

a) Segurado empregado e trabalhador avulso; b) Aposentado por invalidez ou por idade; e c) Demais aposentados a partir dos 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos de idade, se mulher.

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Carência Não é exigida.

Renda mensal

Uma cota em relação a cada filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou inválido. O valor da cota é de: I - R$37,18, para o segurado com remuneração mensal não superior a R$725,02; e II - R$26,20, para o segurado com remuneração mensal superior a R$725,02 e igual ou inferior a R$1.089,72.

Página 141 – Alterar o verde; Acrescentar o azul.

A cada seis meses o recebedor do benefício deverá apresentar documento da

autoridade competente, contendo informações acerca do andamento do processo, relativamente à declaração de morte presumida, até que seja apresentada a Certidão de Óbito (IN INSS 77/2015, art. 380).

[...] III. o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente (classe III).

Não terá direito à pensão por morte o condenado pela prática de crime doloso de que

tenha resultado a morte do segurado (Lei 8.213/91, art. 74, § 1º). O cônjuge, companheiro ou companheira não terá direito ao benefício da pensão por

morte se o casamento ou o início da união estável tiver ocorrido há menos de dois anos da data do óbito do instituidor do benefício, salvo nos casos em que:

I - o óbito do segurado seja decorrente de acidente posterior ao casamento ou ao início da união estável; ou II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, mediante exame médico-pericial a cargo do INSS, por doença ou acidente ocorrido após o casamento ou início da união estável e anterior ao óbito.

A existência de dependente de qualquer das classes exclui do direito às prestações os

das classes seguintes (Lei 8.213/91, art. 16, §1º). Assim, existindo algum dependente da classe I, os das classes II e III não terão direito à pensão por morte. Os dependentes da classe III só terão direito à pensão por morte se não houver dependentes das classes I ou II. Por isso, os pais (classe II) ou irmãos (classe III) deverão, para fins de concessão da pensão por morte, comprovar a inexistência de dependentes preferenciais, mediante declaração firmada perante o INSS (RPS, art. 24).

Páginas 144 a 147 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde.

O pensionista inválido está obrigado, independentemente de sua idade e sob pena de

suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado

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gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos (RPS, art. 109) (Lei 8.213/91, art. 101). No entanto, o pensionista inválido estará isento desses exames após completar 60 anos de idade. Mas a referida isenção não se aplica quando o exame tem as seguintes finalidades:

I - verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante solicitação do pensionista que se julgar apto; II - subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela, conforme dispõe o art. 110 da Lei 8.213/91.

No caso de dependente (filho ou irmão) com deficiência intelectual ou mental que o

torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente, para fins de inscrição e concessão da pensão por morte, não há necessidade de realização de perícia médica. Para tal fim, a declaração judicial já é suficiente.

Por força de decisão judicial da 3ª Vara Federal Previdenciária de Porto Alegre/RS (Ação Civil Pública 2000.71.00.009347-0), fica garantido o direito à pensão por morte ao companheiro ou companheira homossexual, para óbitos ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, desde que atendidas todas as condições exigidas para o reconhecimento do direito a esse benefício (IN INSS 45/2010, art. 322).

Conforme Portaria MPS nº 513, de 9 de dezembro de 2010, fica garantido o direito à pensão por morte ao companheiro ou companheira do mesmo sexo, para óbitos ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, desde que comprovada a união estável e atendidas todas as demais condições exigidas para o reconhecimento do direito a esse benefício.

2.10.3 Óbito ocorrido após a perda da qualidade de segurado [...] 2.10.4 Carência A concessão da pensão por morte independe de carência (Lei 8.213/91, art. 26, I). Em regra, a carência da pensão por morte é de 24 contribuições mensais. Mas esse

benefício independe de carência nos casos: I - em que o segurado esteja em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por

invalidez; e II - de acidente do trabalho e doença profissional ou do trabalho. Ou seja, na pensão por morte, a carência não será exigida se na data do óbito do

segurado ele estava em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez (Lei 8.213/91, art. 25, IV) ou se o óbito do segurado for decorrente de acidente do trabalho, doença profissional ou doença do trabalho (Lei 8.213/91, art. 26, VII).

2.10.5 Renda mensal inicial O valor mensal da pensão por morte será de 50% do valor da aposentadoria que o

segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da mesma aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco (Lei 8.213/91, art. 75). A cota individual cessa com a perda da qualidade de dependente (Lei 8.213/91, art. 75, § 1º).

O valor mensal da pensão por morte será acrescido de mais uma cota individual de 10% (uma cota extra), rateada entre os dependentes, no caso de haver filho do segurado ou

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pessoa a ele equiparada, que seja órfão de pai e mãe na data da concessão da pensão ou durante o período de manutenção desta, observado o seguinte:

I - o limite máximo de 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou

daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento; II - essa cota extra de 10% cessará quando esse filho órfão se emancipar ou completar

21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente;

III - o acréscimo dessa cota extra de 10% não será aplicado quando for devida mais de uma pensão aos dependentes do segurado (Lei 8.213/91, art. 75, § 3º).

Se o segurado falecido já era aposentado, a renda mensal inicial da pensão por morte

será de 100% do os percentuais acima serão aplicados sobre o valor da aposentadoria que ele recebia.

Mas se o segurado não era aposentado, o valor da pensão por morte será de 100% do tais percentuais serão aplicados sobre o valor da aposentadoria que ele teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento. Vale dizer, se o segurado falecido não era aposentado, para efeito de cálculo da pensão por morte, utiliza-se a mesma regra de cálculo da aposentadoria por invalidez, que corresponde a 100% do salário de benefício. Em outras palavras, podemos dizer que, nesse caso, os referidos percentuais incidirão sobre o salário-de-benefício. Esse salário-de-benefício será calculado da mesma forma daquele usado para fins de cálculo da aposentadoria por invalidez. O seja, esse salário-de-benefício consiste na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo.

A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos, em parte iguais (Lei 8.213/91, art. 77). Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar, mas sem o acréscimo da correspondente cota individual de dez por cento (Lei 8.213/91, art. 77, §1º).

2.10.6 Cessação do pagamento da cota individual O pagamento da cota individual da pensão por morte cessa: I – Pela morte do pensionista (Lei 8.213/91, art. 77, § 2º, I); II – Para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente (Lei 8.213/91, art. 77, § 2º, II); III – Para o pensionista inválido pela cessação da invalidez e para o pensionista com deficiência intelectual ou mental, pelo levantamento da interdição (Lei 8.213/91, art. 77, § 2º, III). IV – Pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos (RPS, art. 114, IV). Todavia, a pensão não cessará quando o cônjuge ou companheiro adota o filho do outro (RPS, art. 114, § 2º). V. pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro ou companheira, nos termos do § 5º do art. 77 da Lei 8.213/91. De acordo com o § 5º do art. 77 da Lei 8.213/91, o tempo de duração da pensão por

morte devida ao cônjuge, companheiro ou companheira, inclusive na hipótese de que trata o § 2º do art. 76, será calculado de acordo com sua expectativa de sobrevida no momento do óbito do instituidor segurado, conforme tabela abaixo:

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Expectativa de sobrevida à idade x do cônjuge, companheiro ou companheira, em

anos (E(x))

Duração do benefício de pensão por morte (em anos)

55 < E(x) 3

50 < E(x) ≤ 55 6

45 < E(x) ≤ 50 9

40 < E(x) ≤ 45 12

35 < E(x) ≤ 40 15

E(x) ≤ 35 vitalícia

A expectativa de sobrevida será obtida a partir da Tábua Completa de Mortalidade —

ambos os sexos — construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística — IBGE, vigente no momento do óbito do segurado instituidor.

O cônjuge, o companheiro ou a companheira considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, mediante exame médico-pericial a cargo do INSS, por acidente ou doença ocorrido entre o casamento ou início da união estável e a cessação do pagamento do benefício, terá direito à pensão por morte vitalícia (Lei 8.213/91, art. 77, § 7º).

A parte individual da pensão do dependente (filho ou irmão) com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente, que exerça atividade remunerada, será reduzida em 30%, devendo ser integralmente restabelecida em face da extinção da relação de trabalho ou da atividade empreendedora (Lei 8.213/91, art. 77, § 4º).

[...]

Carência Não é exigida. Em regra, 24 contribuições mensais. Independe de carência nos casos: (I) em que o segurado esteja em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez; e (II) de acidente do trabalho e doença profissional ou do trabalho.

Renda mensal 50% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da mesma aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco.

Cessação do pagamento da cota individual

a) Pela morte do pensionista; b) Para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; c) Para o pensionista inválido pela cessação da invalidez e para o pensionista com deficiência intelectual ou mental, pelo levantamento da interdição;

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d) Pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos; e) pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro ou companheira.

Páginas 148 e 149 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

O inciso IV do art. 201 da Constituição Federal, na redação dada pela EC 20/98,

restringiu a concessão do auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda. De acordo com o art. 13 da Emenda Constitucional nº 20/98, “até que a lei discipline o acesso ao salário-família e auxílio-reclusão para os servidores, segurados e seus dependentes, esses benefícios serão concedidos apenas àqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 360,00, que, até a publicação da lei, serão corrigidos pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral de previdência social”. Os R$ 360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos índices de reajuste aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a R$1.089,72. 4

Assim, para que os dependentes tenham direito ao auxílio-reclusão é necessário que o segurado:

a) Tenha sido recolhido à prisão; b) Não receba remuneração da empresa; c) Não esteja em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço; e d) Desde que o seu último salário de contribuição seja igual ou inferior a R$1.089,72.

É devido auxílio-reclusão aos dependentes do segurado quando não houver

salário-de-contribuição na data do seu efetivo recolhimento à prisão, desde que mantida a qualidade de segurado (RPS, art. 116, § 1º).

2.11.1 Beneficiários

Os beneficiários do auxílio-reclusão são os dependentes do segurado recolhido à prisão

(respeitada a ordem das classes). Aplicam-se ao auxílio-reclusão as normas referentes à pensão por morte, sendo

necessária, no caso de qualificação de dependentes após a reclusão ou detenção do segurado, a preexistência da dependência econômica (RPS, art. 116, §3º). Se, por exemplo, a realização do casamento ou constituição de união estável ocorrer durante o recolhimento do segurado à prisão, o auxílio-reclusão não será devido ao seu cônjuge, considerando a dependência superveniente ao fato gerador (IN INSS 77/2015, art. 388).

O cônjuge, companheiro ou companheira não terá direito ao benefício do auxílio-reclusão se o casamento ou o início da união estável tiver ocorrido há menos de dois anos da data do óbito do instituidor do benefício, salvo nos casos em que o cônjuge, o companheiro ou a companheira for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, mediante exame médico-pericial a cargo do INSS, por doença ou acidente ocorrido após o casamento ou início da união estável e anterior ao recolhimento à prisão. Essa é uma regra aplicada à pensão por morte (Lei 8.213/91, art. 74, § 2º), mas como o art. 80 da Lei 8.213/91 estabelece que o

4 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2015, pela Portaria MPS/MF nº 13, de 09/01/2015. 

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auxílio-reclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte, entendo que tal regra também deva ser aplicada ao auxílio-reclusão.

O filho nascido durante o recolhimento do segurado à prisão terá direito ao benefício de auxílio-reclusão a partir da data de seu nascimento (IN INSS 77/2015, art. 387).

O exercício de atividade remunerada pelo segurado recluso em cumprimento de pena, em regime fechado ou semi-aberto, que contribuir na condição de contribuinte individual ou facultativo, não acarreta perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão pelos seus dependentes (Lei nº 10.666/2003, art. 2º, caput).

2.11.2 Carência

A concessão do auxílio-reclusão independe de carência (Lei 8.213/91, art. 26, I). De acordo com o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílio-reclusão será devido nas mesmas

condições da pensão por morte. Assim, as regras relativas à pensão por morte, no que couber, também serão aplicadas ao auxílio-reclusão, inclusive quanto à carência. Na redação original do art. 26, I, da Lei 8.213/91, independia de carência a concessão de pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente. Mas na redação que a Medida Provisória 664/2014 deu a esse dispositivo, o texto ficou da seguinte forma:

Lei 8.213/91 Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: I - salário-família e auxílio-acidente; [...]

Assim, diante da alteração promovida pela Medida Provisória 664/2014, além da

pensão por morte, o auxílio-reclusão também passou a exigir carência de 24 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 25, IV; art. 26, I; art. 80).

2.11.3 Requerimento do benefício

Páginas 150 e 151 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

Será devida a pensão por morte aos dependentes se o óbito do segurado ocorrer até

doze meses após o livramento (prazo de manutenção da qualidade de segurado), mesmo que os dependentes não recebam o auxílio-reclusão em razão do salário-de-contribuição do segurado recluso ser superior a R$1.089,72 (RPS. art. 118, parágrafo único). 5

2.11.5 Renda mensal inicial

De acordo com o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílio-reclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte. Por isso, o Regulamento da Previdência Social determina que “o valor mensal da pensão por morte ou do auxílio-reclusão será de cem por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento” (RPS, art. 39, §3º). Contudo, quando aplicado ao auxílio-reclusão, este dispositivo do RPS apresenta algumas imprecisões. Se o segurado que foi recolhido à prisão já era aposentado, os seus dependentes não terão direito ao recebimento do auxílio-reclusão. Assim, o melhor é dizer que a renda mensal inicial do auxílio- -reclusão será de 100% do valor da aposentadoria que o segurado teria direito, se estivesse aposentado por invalidez na data em que foi recolhido à prisão. Ou seja, para efeito de cálculo

5 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2015, pela Portaria MPS/MF nº 13, de 09/01/2015. 

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do auxílio-reclusão, utiliza-se a mesma regra de cálculo da aposentadoria por invalidez, que corresponde a 100% do salário de benefício.

A respeito deste tema, no concurso para Defensor Público da União, rea- lizado em 2007, o Cespe/UnB elaborou a seguinte questão:

Considere que Silvano seja segurado não aposentado da previdência social e tenha sido condenado pela prática de crime que determinou o início do cumprimento da pena em regime fechado. Nessa situação, a renda mensal inicial do auxílio-reclusão devida aos dependentes é calculada de acordo com o modelo de cálculo a ser utilizado em caso de aposentadoria por invalidez.

A questão supra foi considera como certa, pois a renda mensal inicial do

auxílio-reclusão é calculada de acordo com a mesma regra de cálculo da aposentadoria por invalidez. Vale dizer, a renda mensal inicial do auxílio-reclusão é de 100% do salário de benefício, pois este é o valor da renda mensal inicial da aposentadoria por invalidez. Havendo mais de um dependente com direito ao auxílio-reclusão, o benefício será rateado entre todos, em partes iguais. Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito ao benefício cessar (Lei 8.213/91, art. 77, §1º).

De acordo com o art. 75 da Lei 8.213/91, o valor mensal da pensão por morte corresponde a cinquenta por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de dez por cento do valor da mesma aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco.

Mas se o segurado que foi recolhido à prisão já for aposentado, os seus dependentes não terão direito ao recebimento do auxílio-reclusão. Assim, adaptando o disposto no art. 75 da Lei 8.213/91 ao auxílio-reclusão, podemos dizer que o valor mensal do auxílio-reclusão corresponde a 50% do valor da aposentadoria que o segurado teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu recolhimento à prisão, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da mesma aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco.

Havendo mais de um dependente com direito ao auxílio-reclusão, o benefício será rateado entre todos, em partes iguais. Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito ao benefício cessar, mas sem o acréscimo da correspondente cota individual de dez por cento (Lei 8.213/91, art. 77, § 1º).

2.11.6 Data de início do benefício

Página 152 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

c) para o pensionista inválido pela cessação da invalidez e para o pensionista com deficiência intelectual ou mental, pelo levantamento da interdição (Lei 8.213/91, art. 77, §2º, III).

De acordo com o § 5º do art. 77 da Lei 8.213/91, o tempo de duração da pensão por

morte devida ao cônjuge, companheiro ou companheira será calculado de acordo com sua expectativa de sobrevida no momento do óbito do instituidor segurado. Entendo que essa regra também deva ser aplicada ao auxílio-reclusão, pois conforme o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte. Assim, entendo que o decurso do prazo previsto no § 5º do art. 77 da Lei 8.213/91 é causa de cessação do pagamento da cota individual do auxílio reclusão ao cônjuge, companheiro ou companheira.

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No caso do auxílio-reclusão, deve ser observada a expectativa de sobrevida do cônjuge, companheiro ou companheira no momento em que o segurado for recolhido à prisão.

2.11.10 Cessação do benefício

Página 153 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde.

Carência Não é exigida. 24 contribuições mensais.

Renda mensal 50% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data em foi recolhido à prisão, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da mesma aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco.

Página 154 – Alterar o verde.

O abono anual corresponde ao valor da renda mensal do benefício no mês de

dezembro ou no mês da alta ou da cessação do benefício (IN INSS 77/2015, art. 396).

Página 170 – Alterar o verde.

Em valores atualizados, a partir de 01/01/2015, a tabela de contribuição destes

segurados é a seguinte:

Salário-de-contribuição (R$) Alíquota

Até 1.399,12 8%

De 1.399,13 até 2.331,88 9%

De 2.331,89 até 4.663,75 11%

Página 171 – Alterar o verde.

A contribuição do segurado só incide até o teto do salário-de-contribuição (que

atualmente é R$ 4.663,75). Sobre o valor da remuneração que ultrapassar R$4.663,75, o segurado não paga nada. Todavia, a contribuição da empresa (que será estudada mais adiante) incide sobre a remuneração integral. Exemplo: o empregado cuja remuneração mensal é de R$ 5.000,00 terá descontado de sua remuneração a contribuição previdenciária de R$ 513,01 (que é o equivalente a 11% de R$ 4.663,75). Mas a contribuição da empresa incidirá sobre R$ 5.000,00.

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Página 180 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

Com direito Regra geral Salário-de-contribuição, respeitados os limites

de R$788,00 a R$4.663,75. 6

20%

Página 181 – Alterar o verde; Excluir a nota de rodapé em vermelho.

Se o segurado facultativo desejar ter direito à aposentadoria por tempo de

contribuição, a sua contribuição será de 20% sobre o seu salário-de-contribuição (Lei nº 8.212/91, art. 21, caput). Para o segurado facultativo, o salário-de-contribuição é o valor por ele declarado, observado o limite máximo de R$4.663,75 e o limite mínimo de um salário mínimo mensal (atualmente, R$788,00).

No entanto, se o segurado facultativo optar pela exclusão do direito à aposentadoria por tempo de contribuição, em regra, sua contribuição será de 11% sobre o valor do limite mínimo mensal do salário-de-contribuição (Lei nº 8.212/91, art. 21, § 2º, I). Mas quando se trata de segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, pertencente a família de baixa renda, a contribuição será de 5% sobre o valor do limite mínimo mensal do salário-de-contribuição (Lei nº 8.212/91, art. 21, § 2º, II, “b”). Para este fim, considera-se de baixa renda a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 salários mínimos (Lei nº 8.212/91, art. 21, § 4º). O limite mínimo mensal do salário-de-contribuição do segurado facultativo corresponde a um salário mínimo. Assim, para o segurado facultativo que opta pela exclusão da aposentadoria por tempo de contribuição, seja com alíquota de 11% ou de 5%, a contribuição incidirá sobre o salário mínimo. Contribuindo dessa forma, o segurado facultativo terá direito aos benefícios de aposentadoria por idade, aposentadoria por invalidez, auxílio-doença e salário-maternidade, mas não terá 7

direito a aposentadoria por tempo de contribuição.

Página 187 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

As alíquotas são de 1%, 2% ou 3%, dependendo do enquadramento da empresa no

respectivo grau de risco de acidentes do trabalho da atividade, observadas as seguintes regras estabelecidas pela IN RFB 971/2009, art. 72, § 1º: O enquadramento é feito de acordo com a atividade preponderante da empresa. Considera-se preponderante a atividade que ocupa, na empresa, o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos (RPS, art. 202, §3º). Apurado na empresa, o mesmo número de segurados empregados e trabalhadores avulsos em atividades econômicas distintas, considerar-se-á como preponderante aquela que corresponder ao maior grau de risco (IN RFB 971/2009, art. 72, §1º, II, “a”).

I - o enquadramento nos correspondentes graus de risco é de responsabilidade da empresa, e deve ser feito mensalmente, de acordo com a sua atividade econômica

6 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2015, pela Portaria MPS/MF nº 13, de 09/01/2015. 7 Salário­maternidade só para as seguradas, e não para os segurados. 

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preponderante, conforme a Relação de Atividades Preponderantes e Correspondentes Graus de Risco, elaborada com base na CNAE, prevista no Anexo V do RPS, obedecendo às seguintes disposições: a) a empresa com 1 (um) estabelecimento e uma única atividade econômica, enquadrar-se-á na respectiva atividade; b) a empresa com estabelecimento único e mais de uma atividade econômica, simulará o enquadramento em cada atividade e prevalecerá, como preponderante, aquela que tem o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos; c) a empresa com mais de 1 (um) estabelecimento e com mais de 1 (uma) atividade econômica deverá apurar a atividade preponderante em cada estabelecimento, na forma da alínea "b", exceto com relação às obras de construção civil, para as quais será observado o inciso III deste parágrafo. d) os órgãos da Administração Pública Direta, tais como Prefeituras, Câmaras, Assembleias Legislativas, Secretarias e Tribunais, identificados com inscrição no CNPJ, enquadrar-se-ão na respectiva atividade; e e) a empresa de trabalho temporário enquadrar-se-á na atividade com a descrição "7820-5/00 Locação de Mão de Obra Temporária"; II - considera-se preponderante a atividade econômica que ocupa, no estabelecimento, o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos, observado que na ocorrência de mesmo número de segurados empregados e trabalhadores avulsos em atividades econômicas distintas, será considerada como preponderante aquela que corresponder ao maior grau de risco; III - a obra de construção civil edificada por empresa cujo objeto social não seja construção ou prestação de serviços na área de construção civil será enquadrada no código CNAE e grau de risco próprios da construção civil, e não da atividade econômica desenvolvida pela empresa; os trabalhadores alocados na obra não serão considerados para os fins do inciso I; IV - verificado erro no autoenquadramento, a RFB adotará as medidas necessárias à sua correção e, se for o caso, constituirá o crédito tributário decorrente.

As alíquotas do RAT poderão ser reduzidas, em até 50%, ou aumentadas em até

100%, em razão do desempenho da empresa em relação à sua respectiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de Prevenção – FAP (Lei nº 10.666/2003, art. 10). A regulamentação do FAP, a cargo do Poder Executivo (Lei nº 10.666/2003, art. 14), foi feita pelo Decreto nº 6.042/2007, que acrescentou o art. 202-A ao Regulamento da Previdência Social – RPS.

Página 190 – Alterar o verde.

Exemplo: No mês de abril de 2015, o resumo da folha de pagamento dos segurados que prestaram serviço à empresa Alfa Industrial Ltda. foi o seguinte:

Página 191 – Alterar o verde.

Mateus 20% x 5.000,00 0,00 11% x 4.663,75 1.513,01

TOTAL R$ 1.600,00 R$ 174,96 R$ 773,01 2.547,97

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A empresa Alfa Industrial Ltda. recolherá aos cofres da Previdência Social, até o dia 20/05/2015, o valor de R$ 2.547,97. Ressalte-se que, nesse valor, estão incluídas a parcela da contribuição a cargo da empresa e a parcela que foi descontada dos segurados.

Página 192 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

Neste item, trataremos da desoneração da folha de pagamento promovida pelos

artigos 7º e 8º da Lei 12.546/2011, na redação dada pela Lei 12.715, de 17 de setembro de 2012, e pela Lei 12.844, de 19 de julho de 2013 Lei 13.043, de 13 de novembro de 2014.

Até 31 de dezembro de 2014, Em substituição às contribuições previdenciárias previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei 8.212/91, as empresas descritas no quadro abaixo contribuirão da seguinte forma:

Página 193 – Acrescentar o azul. ATENÇÃO: as demais células da tabela permanecem inalteradas.

a) empresas que prestam os serviços de tecnologia da informação (TI) e tecnologia da informação e comunicação (TIC); b) empresas que prestam serviços de call center e que exercem atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados; c) empresas do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0). d) as empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0. e) as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0; f) as empresas de transporte ferroviário de passageiros, enquadradas nas subclasses 4912-4/01 e 4912-4/02 da CNAE 2.0; g) as empresas de transporte metroferroviário de passageiros, enquadradas na subclasse 4912-4/03 da CNAE 2.0; h) as empresas de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0.

Página 195 – Excluir o vermelho.

No caso de empresas que, além das atividades previstas nos arts. 7º e 8º da Lei

12.546/2011, também se dedicam a outras atividades, até 31 de dezembro de 2014, o cálculo da contribuição obedecerá:

Páginas 196 a 200 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde.

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A data de recolhimento das contribuições será até o dia 20 (vinte) do mês subsequente

ao da competência. No caso de contratação de empresas para a execução dos serviços referidos neste

tópico, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei 8.212/91, a empresa contratante deverá reter 3,5% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços (Lei 12.546/2011, art. 7º, §6º).

No que diz respeito às empresas que prestam os serviços de tecnologia da informação (TI), de tecnologia da informação e comunicação (TIC), de call center e que exercem atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados, a partir de 1º de janeiro de 2015, caso ocorra a renovação do prazo previsto no §12 do art. 14 da Lei 11.774/2008, elas voltarão a contribuir de acordo com a forma que será vista no item seguinte.

2.1.2.8 Empresas que prestam serviços de TI e TIC

As alíquotas de que tratam os incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/91, em relação às empresas que prestam serviços de tecnologia da informação - TI e de tecnologia da informação e comunicação - TIC, ficam reduzidas pela subtração de um décimo do percentual correspondente à razão entre a receita bruta de venda de serviços para o mercado externo e a receita bruta total de vendas de bens e serviços, após a exclusão dos impostos e contribuições incidentes sobre a venda. Para efeito deste cálculo, devem-se considerar as receitas auferidas nos doze meses imediatamente anteriores a cada trimestre-calendário. A alíquota apurada será aplicada uniformemente nos meses que compõem o trimestre-calendário (Lei nº 11.774/2008, art. 14). Aqui, há um verdadeiro incentivo à exportação de serviços (venda de serviços para o mercado externo).

As citadas alíquotas serão reduzidas de acordo com a aplicação sucessiva das seguintes operações:

I – subtrair do valor da receita bruta total de venda de bens e serviços relativa aos doze meses imediatamente anteriores ao trimestre-calendário o valor correspondente aos impostos e às contribuições incidentes sobre venda; II – identificar, no valor da receita bruta total resultante da operação prevista no inciso I, a parte relativa aos serviços de TI e de TIC que foram exportados; III – dividir a receita bruta de exportação resultante do inciso II pela receita bruta total resultante do inciso I; IV – multiplicar a razão decorrente do inciso III por um décimo; V – multiplicar o valor encontrado de acordo com a operação do inciso IV – por 100 (cem), para que se chegue ao percentual de redução; VI – subtrair de vinte por cento o percentual resultante do inciso V, de forma que se obtenha a nova alíquota percentual a ser aplicada sobre a base de cálculo da contribuição previdenciária.

Exemplo: Info Service Ltda., empresa prestadora de serviços de tecnologia da informação, obteve, nos 12 meses imediatamente anteriores ao atual trimestre-calendário, as seguintes receitas:

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(A) Receita bruta total de vendas de bens e serviços, após a exclusão dos impostos e contribuições incidentes sobre a venda = R$ 10 milhões. (B) Receita bruta de venda de serviços de TI para o mercado externo = R$ 4 milhões; (C) Razão entre B e A = 4/10 = 0,4 = 40% (D) Um décimo de C = 1/10 x 40% = 4% (E) Alíquota reduzida = 20% - 4% = 16%

Verifica-se que para cada 10% da receita bruta que corresponder a exportação de

serviços, a empresa terá uma redução de 1% na alíquota. No exemplo supra, 40% da receita bruta total da empresa de TI foi originária de vendas de serviços para o mercado externo. Por isso, a alíquota da contribuição previdenciária a cargo da empresa foi reduzida em 4% (passando de 20% para 16%).

Se, por exemplo, a totalidade (100%) da receita bruta da empresa de TI (ou de TIC) tiver origem em vendas de serviços para o mercado externo, a alíquota da contribuição será reduzida em 10% (passando de 20% para 10%).

Saliente-se que a redução de alíquota para empresas de TI ou TIC acontece somente em relação a duas contribuições: (a) a incidente sobre a remuneração de empregado e trabalhador avulso (prevista no inciso I do art. 22 da Lei nº 8.212/91); e (b) a incidente sobre a remuneração de contribuinte individual (prevista no inciso III do art. 22 da Lei nº 8.212/91). Assim, em relação ao RAT (art. 22, II) e à contribuição sobre serviços prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho (art. 22, IV), as empresas de TI ou de TIC seguem a regra geral.

Para efeito da redução de alíquota em comento, consideram-se serviços de TI e TIC: análise e desenvolvimento de sistemas; programação; processamento de dados e congêneres; elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos; licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; assessoria e consultoria em informática; suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados; e planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas.

A redução de alíquota aplica-se também para empresas que prestam serviços de call center e que exercem atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados.

Para fazer jus às reduções de alíquotas, a empresa deverá: (I) implantar programa de prevenção de riscos ambientais e de doenças ocupacionais decorrentes da atividade profissional, conforme critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência Social; e (II) realizar contrapartidas em termos de capacitação de pessoal, investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica e certificação da qualidade.

A aplicação da redução de alíquota, aqui comentada, depende de regulamentação pelo Poder Executivo (Lei nº 11.774/2008, art. 14, § 13). Vale dizer, para aplicar estas regras ao caso concreto, é necessário que um decreto regulamente a matéria.

A redução de alíquota valerá pelo prazo de cinco anos, contados a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da publicação do regulamento, podendo esse prazo ser renovado pelo Poder Executivo (Lei nº 11.774/2008, art. 14, § 12).

Em 24/08/2009 foi publicado o Decreto nº 6.945/09, que acrescentou o art. 201-D ao Regulamento da Previdência Social, regulamentando, dessa forma, o disposto no art. 14 da Lei nº 11.774/08, que trata da redução das alíquotas das contribuições previdenciárias referidas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212/91, em relação às empresas que prestam serviços de TI e de TIC. O Decreto nº 6.945/09 entrou em vigor na data de sua

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publicação (24/08/2009), produzindo efeitos por cinco anos contados a partir do 1º dia do mês seguinte ao de sua publicação (01/09/2009). Assim, a redução de alíquota aqui comentada somente seria aplicada até o dia 01/09/2014. Acontece que até 31/12/2014, as empresas de TI e TIC não farão jus às reduções previstas no art. 14 da Lei nº 11.774/2008, pois durante este período tais empresas serão beneficiadas pela redução de alíquota prevista no art. 7º da Lei nº 12.546/2011 (estudadas no item anterior). Contudo, conforme o art. 14, § 12, da Lei nº 11.774/2008, o prazo de cinco anos pode ser renovado pelo Poder Executivo. Caso o Poder Executivo não renove referido prazo, o disposto no art. 14 da Lei nº 11.774/2008 perderá sua eficácia. Entretanto, o mais provável é que essa renovação aconteça. 2.1.2.8 Contribuição da associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional

Página 209 – Acrescentar o azul. ATENÇÃO: as demais células da tabela permanecem inalteradas.

VI – Empresas que prestam os serviços de tecnologia da informação (TI) e tecnologia da informação e comunicação (TIC); Empresas que prestam serviços de call center e que exercem atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados; e Empresas do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da CNAE 2.0; Empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0; Empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0.; de transporte ferroviário de passageiros, enquadradas nas subclasses 4912-4/01 e 4912-4/02 da CNAE 2.0; de transporte metroferroviário de passageiros, enquadradas na subclasse 4912-4/03 da CNAE 2.0; de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0.

Página 211 – Alterar o verde.

Se, por exemplo, a empregada doméstica tem uma remuneração mensal de

R$5.000,00, a contribuição do empregador doméstico será de R$559,65 (que corresponde a 12% de R$4.663,75). A contribuição que o empregador doméstico descontará da empregada doméstica será de R$513,01 (que corresponde a 11% de R$4.663,75). Neste caso, o empregador doméstico recolherá aos cofres da Previdência Social, até o dia 15 do mês seguinte, o valor de R$1.072,66 (que corresponde à soma das duas contribuições).

Se no exemplo anterior a remuneração mensal da empregada doméstica fosse R$1.000,00, a contribuição do empregador doméstico seria de R$120,00 (correspondente a 12% de R$1.000,00). A contribuição que o empregador doméstico descontaria da empregada doméstica seria de R$80,00 (correspondente a 8% de R$1.000,00). Neste caso, o empregador doméstico recolheria aos cofres da Previdência Social, até o dia 15 do mês seguinte, a quantia de R$200,00 (correspondente à soma das duas contribuições).

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Página 212 – Acrescentar o azul.

O empregador doméstico não está obrigado a apresentar GFIP. Todavia, caso o

empregador opte por recolher o FGTS para o seu empregado doméstico, deverá: (a) Efetuar a matrícula CEI; e (b) Preencher e entregar a GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social.

A Emenda Constitucional nº 72, de 2 de abril de 2013, estendeu aos empregadores domésticos a obrigatoriedade de recolhimento do FGTS. Mas este direito dos empregados domésticos ainda está pendente de regulamentação, que será feita mediante lei a ser editada pelo Congresso Nacional. Quando isso acontecer, a entrega da GFIP passará a ser obrigatória para o empregador doméstico.

Vale ainda frisar que o Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, instituiu o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas — eSocial. As informações prestadas por meio do eSocial substituirão as constantes na GFIP, na forma a ser disciplinada no Manual de Orientação do eSocial (Decreto 8.373/2014, art. 2º, § 3º). 3 Receitas de outras fontes

Página 215 – Alterar o verde. ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé; ATENÇÃO: as demais células da tabela permanecem inalteradas.

R$ 4.663,75 8

O salário mínimo mensal (atualmente, R$788,00)

Página 222 – Alterar o verde.

O salário mínimo é estabelecido em valor mensal, diário e horário. Conforme

estabelece o caput do art. 1º do Decreto 8.381/2014, “a partir de 1º/01/2015, o salário mínimo será de R$788,00”. O parágrafo único do art. 1º determina que “em virtude do disposto no caput, o valor diário do salário mínimo corresponderá a R$26,27 e o seu valor horário a R$3,58”.

8 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2015, pela Portaria MPS/MF nº 13, de 09/01/2015.