Atualidades sobre erliquioses no Brasil

DANIEL MOURA DE AGUIAR

PROF. FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA

UFMT

Classificação

Ordem Rickettsiales

Familia Anaplasmataceae

Genero Ehrlichia

Ehrlichia minasensis

Ehrlichia spp.

Bactéria Gram negativa

Multiplica-se em micro colônias (mórulas)

Ausente de peptiídioglicano e lipopolissacarídeo

Secreta diferentes proteínas que regulam a resposta celular local permitindo inibição da fusão do fagolisossoma, retardo da apoptose celular bem como a obtenção de ferro.

Resultado = persistência intra-celular

Quais erliquias circulam no Brasil?

O isolamento em laboratório confirma a presença das espécies no Brasil

Isolamento de E. minasensis em MT

Figure 2. Ehrlichia developed in the cytoplasm of the DH82 cells in multiple parasitophorous vacuoles (black arrows in A) surrounded by two limiting membranes an outer cell-wall membrane (blue arrow in B) and inner cytoplasmic membrane(red arrow in B). A: 14,300X, Bar represents 1µm; B: 31,625X, Bar: 1µm.

A B

Figure 2. Ehrlichia developed in the cytoplasm of the DH82 cells in multiple parasitophorous vacuoles (black arrows in A) surrounded by two limiting membranes an outer cell-wall membrane (blue arrow in B) and inner cytoplasmic membrane(red arrow in B). A: 14,300X, Bar represents 1µm; B: 31,625X, Bar: 1µm.

A B

Figure 2. Ehrlichia developed in the cytoplasm of the DH82 cells in multiple parasitophorous vacuoles (black arrows in A) surrounded by two limiting membranes an outer cell-wall membrane (blue arrow in B) and inner cytoplasmic membrane(red arrow in B). A: 14,300X, Bar represents 1µm; B: 31,625X, Bar: 1µm.

A B

Figure 2. Ehrlichia developed in the cytoplasm of the DH82 cells in multiple parasitophorous vacuoles (black arrows in A) surrounded by two limiting membranes an outer cell-wall membrane (blue arrow in B) and inner cytoplasmic membrane(red arrow in B). A: 14,300X, Bar represents 1µm; B: 31,625X, Bar: 1µm.

A B

Quais erliquias circulam no Brasil?

Detecção molecular sugere que espécies próximas ou similares a E. ewingii e E. chaffeensis

circulam no Brasil

Quais erliquias circulam no Brasil?

Espécies e prováveis novas espécies detectadas - Brasil

E. chaffeensis Blastocerus dichotomus

E. ewingii Felis catus domestica

Ehrlichia sp. jaguar strain Phantera onca

Ehrlichia sp. fox-ES-1 strain Cerdocyon thous

Ehrlichia like-canis wild canidae and felidae

Ehrlichia like-chaffeensis wild canidae and felidae

Ehrlichia sp. clone J6 horses

Quais erliquias circulam no Brasil?

Ehrlichia chaffeensis Arkansas

Ehrlichia sp. clone San Luis Amblyomma tigrinum Argentina

Ehrlichia canis São Paulo

Ehrlichia minasensis UFMT

Ehrlichia sp. clone Córdoba Amblyomma tigrinum Argentina

Ehrlichia sp. clone Colombo Horse Brazil

Ehrlichia sp. clone J6 jaguar Brazil

Ehrlichia sp. clone F2 Fox Brazil

Anaplasma marginale

Ehrlichia ruminantium highway

Ehrlichia peccary Amazon

Ehrlichia sloth Amazon

Citology versus identification

• Intracellular inclusions occurring in granulocytes (neutrophils and eosinophils) are consistent with E. ewingii and A. phagocytophilum morulae.

• In Brazil reports of granulocytic ehrlichiosis and anaplasmosis is scarce

• 08 cases were diagnosed in Botucatu – SP and Cuiabá – MT in 2015 - 2016.

• 01 dog was nested PCR positive by Anaplasma sp. 16S rRNA (Massung et al., 1998)

• All dogs were heminested-PCR positive by dsb erhlichial gene (Almeida et al., 2013)

Microscopic visualization

Ehrlichia ewingii ??

Anaplasma phagocytophilum ?? Anaplasma platys

The tropical area of Brazil is endemic for E. canis

Ehrlichia canis

16S PCR and sequencing

dsb PCR and sequencing

Rhipicephalus sanguineus lineages X Ehrlichia canis

Two distinct lineages occurring in Latin America

Tropical (A B C)

Able to transmit E. canis

Temperate (D E F)

Enable to transmit E. canis

IFA 26 – 89% of dogs

IFA 51% of dogs

IFA <10% of dogs

Culture and identification of E. canis

infecting dogs, ticks and humans

Identification of E. canis in dogs

Culture and identification of E. canis in dogs

and humans – IFA - 38% of dogs

IFA 51% of dogs

Few reports of E. canis

Transmissão de Ehrlichia canis via transplacentária?

A Transmissão transplacentária

entre mãe e feto não apresenta

importância na epidemiologia da

erliquiose canina

Obligatory intracellular pathogen

Virulence factors

Secreted immunoreactive tandem repeat proteins are known adhesins and effectors

TRP36 of E. canis and the ortholog TRP47 of E. chaffeensis have been associated with host-pathogen interactions such as adhesion and internalization, actin nucleation and immune evasion

Mavromatis K, et al. 2006. J Bacteriol 188:4015-4023.

Popov VL, et al. 2000. Microb Pathog 28:71-80.

Yu XJ, et al. 2000. J Clin Microbiol 38:369-374.

Wakeel, A, et al. 2010. Microbes Infect. 12, 337-345.

Pathogenesis of Canine monocytotropic ehrlichiosis

Genotipagem de Ehrlichia canis no Brasil

Fatores de virulência

Proteínas “TRP” secretadas por E. canis são associadas a interação hospedeiro parasite como adesão, penetração e evasão da resposta imune.

Proteínas uteis para classificar diferentes isolados de E. canis

São fortemente imunodominantes e por isso reconhecida pela Sistema imune

Genotipagem de Ehrlichia canis no Brasil

O gene TRP36 foi utilizado para examinar a diversidade genética de 8 isolados brasileiros de E. canis

Dois genótipos foram identificados entre os isolados baseados em sequencias de aminoácidos da proteína deduzida.

Genotipagem de Ehrlichia canis no Brasil

O gene TRP36 foi utilizado para examinar a diversidade genética de 8 isolados brasileiros de E. canis

Dois genótipos foram identificados entre os isolados baseados em sequencias de aminoácidos da proteína deduzida.

Genotipagem de Ehrlichia canis no Brasil

Baseado na imunoreatividade e na divergência antigênica

Desenvolvimento de ELISA para distinguir anticorpos contra diferentes genótipos

Distribuição de diferentes genótipos de E. canis no Brasil

Uso do ELISA para distinguir anticorpos frente a diferentes genótipos

340 cães provenientes do Pantanal mato-grossense

6% das amostras não foi possível determinar o provável genótipo responsável pela estimulação

Distribuição de diferentes genótipos de E. canis no Brasil

Dos 340 caninos

3 cães apresentaram anticorpos frente proteínas especificas de E. chaffeensis (ELISA TRP32) e IDEXX Snap 4DX

4 cães apresentaram títulos de anticorpos frente antígenos de E. minasensis superiores aos de E. canis (IFAT)

1 cão foi reagente por IDEXX Snap 4DX, porem negativos em ELISAS com proteínas especificas de E. canis e E. chaffeensis

E. chaffeensis ?

E. minasensis ?

E. ewingii ?

Infecção por Ehrlichia minasensis em cães?

RIFI – antígenos de E. canis RIFI – antígenos de E. minasensis

160 5120

640 1280

640 2560

10240 20480

ELISAs com antígenos de E. canis e E. chaffeensis – negativos

SNAP 4Dx – Ehrlichia sp. positivo

Risco para infecção de cães em áreas rurais com contato com bovinos

DISTRIBUIÇÃO DE DIFERENTES GENOTIPOS DE Ehrlichia canis NO BRASIL

Ambos genótipos estão igualmente distribuídos no Brasil

P>0,05 34,3%

61,6%

42,7%

36,4%

15,0%

TRP36US

48,4%

52,0%

44,7%

38,5%

13,3%

TRP36BR

Distribuição de diferentes genótipos de Ehrlichia canis no Brasil

Infecção por Ehrlichia canis em gatos domésticos

Detalhes sobre a patogenia e

desposta imune de gatos domésticos

frente a Infecção por E. canis ainda

estão indefinidos

Investigação de diferentes genótipos de E. canis em gatos

População de gatos de Cuiabá, MT. (102 Amostras)

Predominância de reação frente ao genótipo brasileiro de E. canis

Considerando a importância da proteína TRP36 na adaptação do agente no hospedeiro, estarão os gatos associados a divergência de isolados de E. canis no Brasil?

Conclusão

Ehrlichia canis é a única espécie isolada de cães no Brasil

Ehrlichia minasensis é a única isolada de bovinos

Evidencias sorológicas e moleculares sugerem a circulação de outras espécies de erliquias no Brasil

Evidencias sorológicas sugerem que E. minasensis estimulam a imunidade humoral de cães no Brasil – infectam cães?

A observação da infecção por E. canis em gatos domésticos e a presença de anticorpos contra TRP36Br sugere que esta espécie possa estar envolvida na diversidade genética no Brasil

OBRIGADO !!!!!!

Daniel Moura de Aguiar

Prof. Fac. Medicina Veterinária

UFMT

danmoura@ufmt.br Cuiabá, MT