atps farmacologia

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA – POLO TUCURUÍ ENFERMAGEM FARMACOLOGIA GUIA DE FARMACODINÂMICA E FARMACOCINÉTICA DAS DROGAS UTILIZADAS NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) TUTOR EAD: CIBELE SOARES DE SOUZA JULIANA DE OLIVEIRA BEZERRA ACADÊMICOS: FILIPE DA CUNHA VITAL- RA: 436149 GISELE SOUZA CABRAL- RA: 427838 JAIME ALVES CARRIAS- RA: 418055 KEILA SOUSA DE OLIVEIRA- RA: 433466 MULLER DOS SANTOS RAMOS- RA:441702 1

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Farmacologia

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERPCENTRO DE EDUCAO DISTNCIA POLO TUCURU

ENFERMAGEMFARMACOLOGIAGUIA DE FARMACODINMICA E FARMACOCINTICA DAS DROGAS UTILIZADAS NO TRATAMENTO DA HIPERTENSO ARTERIAL SISTMICA (HAS)TUTOR EAD: CIBELE SOARES DE SOUZAJULIANA DE OLIVEIRA BEZERRA

ACADMICOS:FILIPE DA CUNHA VITAL- RA: 436149GISELE SOUZA CABRAL- RA: 427838JAIME ALVES CARRIAS- RA: 418055KEILA SOUSA DE OLIVEIRA- RA: 433466MULLER DOS SANTOS RAMOS- RA:441702

TUCURU- PA02 DE ABRIL, 2015

UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERPCENTRO DE EDUCAO DISTNCIA POLO TUCURU

FARMACOLOGIAGUIA DE FARMACODINMICA E FARMACOCINTICA DAS DROGAS UTILIZADAS NO TRATAMENTO DA HIPERTENSO ARTERIAL SISTMICA (HAS)

ACADMICOS:FILIPE DA CUNHA VITAL- RA: 436149GISELE SOUZA CABRAL- RA: 427838JAIME ALVES CARRIAS- RA: 418055KEILA SOUSA DE OLIVEIRA- RA: 433466MULLER DOS SANTOS RAMOS- RA:441702

Guia elaborado ao curso de Enfermagem da Universidade Anhanguera Uniderp, na disciplina de Farmacologia para fins de avaliao parcial para obteno de nota. Professoras: Cibele Soares de Souza e Juliane de Oliveira Bezerra

TUCURU PAR02 DE ABRIL, 2015Sumrio

1.INTRODUO42.MEDICAMENTOS QUE INTERFEREM NO SISTEMA NERVOSO SIMPTICO AO CENTRAL63.BLOQUEADORES GANGLIONARES74.BLOQUEADORES NEURO-ADRENRGICOS85.BLOQUEADORES ADRENRGICOS ALFA96.BLOQUEADORES ADRENRGICOS BETA107.BLOQUEADORES ADRENRGICOS MISTOS128.CONSIDERAES FINAIS159.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS16

1. INTRODUO Farmacologia a cincia voltada para o estudo das drogas, estuda como as substncias qumicas interagem com os sistemas biolgicos. Na farmacodinmica possvel identificar os mecanismos de ao de determinada droga e na farmacocintica entende-se todo o trajeto que a droga realiza no organismo desde administrao ate a excreo que compreendem administrao, absoro, biotransformao e excreo. A hipertenso arterial sistmica (HAS) acomete mais de 50% dos indivduos na faixa etria de 55 anos ou mais de idade. Estes pacientes merecem ateno especial pela possibilidade de interao medicamentosa j que, muitas vezes, fazem uso de associaes de medicamentos.Conceitos iniciaisFrmacoO frmaco, segundo definio oficial dada pela portaria ministerial n 3.916/MS/GM, de 30 de outubro de 1998, a substncia qumica que o princpio ativo do medicamento (COSTA, 2010,).Droga Droga, segundo a definio da Organizao Mundial da Sade, qualquer substncia no produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alteraes em seu funcionamento (SANCHES, 2009,).REAO ADVERSAReao adversa a medicamento pode ser definida como qualquer efeito prejudicial ou indesejado que se apresente aps a administrao de doses normais utilizadas no homem para a profilaxia, diagnostico ou o tratamento de uma enfermidade (LAPORTE; TOGNOMI apud VENERANDA; FERREIRA; FONTELES, 2003).FARMACODINMICASegundo o Portal Educao (2012), a farmacodinmica pode ser definida como o estudo dos efeitos bioqumicos e fisiolgicos dos frmacos e de seus mecanismos de ao no organismo. A partir do estudo da farmacodinmica possvel delinear as interaes qumicas ou fsicas entre a molcula do frmaco e o alvo teraputico e caracterizar toda a rota de suas aes. Esse estudo favorece a utilizao racional do frmaco; serve de base para o desenvolvimento de novos agentes teraputicos e proporciona melhor entendimento da regulao bioqumica e fisiolgica.FARMACOCINTICA o estudo da velocidade com que os frmacos atingem o stio de ao e so eliminados do organismo, bem como dos diferentes fatores que influenciam na quantidade de frmaco a atingir o seu stio. Basicamente, estuda os processos metablicos de absoro, distribuio, biotransformao e eliminao das drogas de acordo o artigo Farmacologia: Conceitos Bsicos (2008).HIPERTENSO ARTERIAL SISTMICAA hipertenso arterial sistmica ou simplesmente hipertenso arterial uma doena grave caracterizada pela elevao da presso arterial e considerada uma das doenas com maior prevalncia no mundo moderno (SILVA, 2010,).OBJETIVO Atravs de uma reviso de literatura, o objetivo deste trabalho a construo de um Guia de Farmacodinmica e Farmacocintica das drogas utilizadas no tratamento da Hipertenso Arterial Sistmica (HAS), que ofeream riscos sade de pacientes hipertensos, bem como a importncia dos cuidados farmacuticos a fim de evit-las. Os medicamentos anti-hipertensivos podem interagir com vrias drogas, ou mesmo com alimentos, sendo que algumas interaes oferecem riscos potenciais ao paciente. A Hipertenso Arterial Sistmica (HAS) a principal causa de acidente vascular enceflico (AVE), doena arterial coronariana, infarto do miocrdio e morte cardaca sbita e representa o principal fator contribuinte na insuficincia cardaca, insuficincia renal e aneurisma dissecante da aorta.

MEDICAMENTOS QUE INTERFEREM NO SISTEMA NERVOSO SIMPTICO AO CENTRALMETILDOPA Segundo Benowitz (2010 apud KATZUNG, 2010, p. 143), a metildopa til no tratamento da hipertenso leve a moderadamente grave. Baixa a presso arterial, principalmente ao diminuir a resistncia vascular perifrica, com reduo varivel na frequncia cardaca e no dbito cardaco.Ela anlogo da L-dopa, que convertida em -metildopamina e -metilnoradrenalina; essa via diretamente paralela sntese de noradrenalina a partir da dopa. A -metilnoradrelina armezenada em vesculas de nervos adrenrgicos, onde substitui estequiometricamente a noradrenalina, sendo liberada pela estimulao nervosa para interagir com receptores adrenrgicos ps-sinpticos. Entretanto, essa substituio da noradrenalina por um falso transmissor nos neurnios perifricos no responsvel pelo efeito anti-hipertensivo da metildopa, visto que a -metilnoradrenalina liberada um agonista eficaz nos receptores adrenrgicos que medeiam constrio simptica perifrica das arterolas e vnulas (BENOWITZ, 2010 apud KATZUNG, 2010, p. 141). Em virtude do extenso metabolismo de primeira passagem, a biodisponibilidade da metildopa baixa, de 25% em mdia, e varia de um indivduo para outro. Cerca de dois teros da droga que chega circulao sistmica so depurados por excreo, com meia-vida de eliminao terminal de duas horas. O comprometimento da funo renal resulta em diminuio da depurao da droga (BENOWITZ, 2010 apud KATZUNG, 2010, p. 143).

CLONIDINA um derivado 2-imidazolnico, foi descoberta enquanto se testava a droga para uso como descongestionante nasal de aplicao tpica. Apsinjeo intravenosa, a clonidina produz uma breve elevao da presso arterial, seguida de hipotenso mais prolongada. A resposta pressora devida estimulao direta dos receptores -adrenrgicos nas arterolas (BENOWITZ, 2007 apud KATZUNG, 2007, p. 141). A clonidina, de acordo com Benowitz (2010 apud KATZUNG, 2010, p. 141), reduz o tnus simptico e aumenta o tnus parassimptico, resultando em diminuio da presso arterial e bradicardia. A reduo da presso acompanhada de um declnio nos nveis circulantes de catecolaminas. Essas observaes sugerem que a clonidina sensibiliza os centros pressores do tronco cerebral inibio por barorreflexos. Em indivduos sadios, a biodisponibilidade da clonitidina , em mdia, de 75%, e a meia-vida, de 8-12 horas. Cerca de metade da droga eliminada na forma inalterada pela urina, sugerindo que doses menores do que as habituais podem ser eficazes em pacientes com insuficincia renal (BENOWITZ, 2010 apud KATZUNG, 2010, p. 143).BLOQUEADORES GANGLIONARES Oliveira (2008) afirma que os bloqueadores ganglionares bloqueiam os receptores nicotnicos, bloqueando os canais inicos, no sendo seletivos para o sistema simptico ou parassimptico, tem sido utilizados mais de modo experimental, e, pouco usados na teraputica, pois, possui aes complexas e imprevisveis. Geralmente, no so ativos como bloqueadores neuromusculares, e, devido aos mltiplos efeitos colaterais, a maioria dos frmacos bloqueadores ganglionares so considerados obsoletos.NICOTINA A nicotina (Niquitin) estimula os receptores neuronais (Nn) em baixas doses, e, posteriormente, bloqueia predominantemente estes receptores em altas doses. Os estmulos dos gnglios vagais cardacos (que provoca a bradicardia) menor que a estimulao simptica do corao (levando a taquicardia), assim como a ao simptica sobre os vasos sanguneos provocando a vasoconstrio. Na medula adrenal, provoca estimulo da liberao das catecolaminas que levam a taquicardia e vasoconstrio, e, consequentemente ao aumento da presso arterial temporria. Embora em baixas doses aumente a respirao, em doses elevadas pode provocar paralisia medular e bloqueios dos msculos esquelticos da respirao causando a falncia respiratria. A cardiopatia isqumica, a bronquite crnica, e 90% dos casos de cncer do pulmo tm como principal causa o uso do fumo, alm de muitas outras doenas (OLIVEIRA, 2008). Segundo a bula Niquitin (2009) aps a aplicao tpica do adesivo, a nicotina rapidamente absorvida pela pele. Atinge o pico de concentrao plasmtica em 2-4 horas e mantm concentraes plasmticas constantes nas 24 horas. O pico de concentrao plasmtica aps uma dose de 21mg, 14mg ou 7mg de aproximadamente 17ng/ml, 12ng/ml e 6ng/ml respectivamente. O volume de distribuio da nicotina aproximadamente 2,5 l/kg. A nicotina metabolizada em numerosos metablitos menos ativos. A metabolizao primordialmente heptica, ocorrendo ainda nos pulmes e nos rins. A meia-vida de eliminao da nicotina em torno de 1-2 horas. A nicotina e seus metablitos so excretados na urina.BLOQUEADORES NEURO-ADRENRGICOSGUANETIDINASegundo Benowitz (2010 apud KATZUNG, 2010, p. 144), ela inibe a liberao de noradrenalinadas terminaes nervosas simpticas. A guanetidina transportada atravs da membrana dos nervos simpticos, pelo mesmo mecanismo que transporta a prpria noradrenalina (captao 1), sendo a captao essencial para a ao da droga. Aps penetrar no nervo, a guanetidina concentra-se em vesculas transmissoras, onde substitui a noradrenalina. Em virtude de substituir a noradrelina, a droga causa depleo gradual das reservas de noradrenalina na terminao nervosa. A ao hipotensora da guanetidina no incio da terapia est associada a uma reduo de dbito cardaco, devido bradicardia e ao relaxamento dos vasos de capacitncia, sem alterao consistente na resistncia vascular perifrica. Com a terapia crnica, a resistncia vascular perifrica diminui. A reteno de sdio e de gua pode ser pronunciada durante a terapia com guanetidina (BENOWITZ, 2010 apud KATZUNG, 2010, p. 145). Para Benowitz (2010 apud KATZUNG, 2010, p. 145), a biodisponibilidade da guanetidina varivel (3-50%). So depurados 50% da droga pelos rins. A reteno da guanetidina nas terminaes nervosas e a sua captao em outros locais so responsveis pelo volume muito grande de distribuio e pela meia-vida prolongada (5 dias) do frmaco. Assim, com administrao diria constante, o incio da simpatoplegia gradual (efeito mximo em 1-2 semanas), persistindo por um perodo de tempo comparvel aps a interrupo da terapia.

RESERPINADe acordo com Benowitz (2010 apud KATZUNG, 2010, p. 146), a reserpina bloqueia a capacidade de captao e armazenamento das aminas biognicas pelas vesculas transmissoras aminrgicas, provavelmenteao interferir num mecanismo de captao que depende de Mg2+ e ATP. Esse efeito observado em todo o corpo, resultando em depleo de noradrenalina, dopamina e serotonina em neurnios tanto centrais quanto perifricos. Ocorrem tambm depleo das catecolaminas dos grnulos cromafins da medula supra-renal, embora em menor grau do que nos neurnios. Os efeitos da reserpina sobre as vesculas adrenrgicas parecem ser irreversveis; quantidades muito pequenas da droga permanecem ligadas s membranas vesiculares durante muitos dias. A depleo das aminas perifricas provavelmente responsvel por grande parte do efeito anti- Efeitos de doses baixas, porm clinicamente eficazes, assemelham-se queles de agentes de ao central, uma vez que os reflexos simpticos permanecem, em grande parte, intactos, a presso arterial reduzida tanto em decbido quanto na posio ereta, e a hipotenso postural leve. A reserpina penetra facilmente no crebro, e a depleo das reserpina cerebrais de amina provoca sedao, depresso mental e sintomas de parkinsonismo (BENOWITZ, 2010 apud KATZUNG, 2010, p. 146). hipertensivo benfico da reserpina, embora no se possa afastar um componente central. Conforme afirma Benowitz (2010 apud KATZUNG, 2010, p. 146), nas doses mais baixas empregadas para o tratamento da hipertenso leve, a reserpina diminui a presso arterial atravs de uma reduo do dbito cardaco e da resistncia vascular perifrica. A absoro, a depurao e o metabolismo ainda no esto bem definidos. A reserpina desaparece rapidamente da circulao, porm seus efeitos persistem por muito tempo, devido inatividade irreversvel dos transportadores nos grnulos de armazenamento das catecolaminas. A dose diria habitual de menos de 1 mg (tipicamente, 0,25mg), administrada por via oral em dose nica.BLOQUEADORES ADRENRGICOS ALFAPRAZOSINA E OUTROS 1-BLOQUEADORESA prazosina, a terazosina e a doxazosina produzem a maior parte de seu efeito anti-hipertensivo, ao bloquearem os receptores 1 nas arterolas e vnulas. A seletividade pelos receptores 1 pode explicar a razo pela qual esses frmacos produzem menos taquicardia reflexa do que os antagonistas no-seletivos, como a fentolamina. Essa seletividade quanto ao receptor permite noradrenalina exercer uma retroalimentao negativa (mediada por receptores 2 pr-sinpticos), sem qualquer oposio sobre a sua prpria liberao (BENOWITZ, 2010 apud KATZUNG, 2010, p. 148).Os bloqueadores reduzem a presso arterial atravs da dilatao dos vasos de resistncia e de capacitncia. Como seria de esperar, a presso arterial reduzida mais na posio ortosttica do que em decbito dorsal. Ocorre reteno de sal e lquido, quando essas drogas so administradas sem diurticos. Esses frmacos so mais eficazes quando utilizados em associao com outros agentes, como um -bloqueador ou um diurtico, do que quando administrados isoladamente (BENOWITZ, 2010 apud KATZUNG, 2010, p. 148). Segundo Benowitz (2010 apud KATZUNG, 2010, p. 148), a prazosina bem absorvida, mas sofre considervel metabolismo de primeira passagem no fgado. eliminada quase inteiramente atravs de seu metabolismo, com meia-vida plasmtica de 3-4 horas, apesar de a durao do efeitoanti-hipertensivo ser maior. As concentraes plasmticas do frmaco apresentam-se elevadas em pacientes com insuficincia cardaca congestiva, devido, principalmente, reduo do metabolismo de primeira passagem. A terazosina tambm extensamente metabolizada, mas sofre muito pouco metabolismo de primeira passagem e possui meia-vida de 12 horas. A doxazosina apresenta uma biodisponibilidade intermediria, com meia-vida de 22 horas.BLOQUEADORES ADRENRGICOS BETAPROPRANOLOL O propranolol antagoniza as catecolaminas nos receptores tanto 1 quanto 2-adrenrgicos. Sua eficcia no tratamento da hipertenso, bem como a maioria de seus efeitos txicos, resultam do bloqueio . O propranolol diminui a presso arterial, principalmente em decorrncia de uma reduo do dbito cardaco. O bloqueio no crebro, no rim e em neurnios adrenrgicos perifricos foi proposto como fator contribuinte para o efeito anti-hipertensivo observado com os bloqueadores dos receptores (VAN DEN MEIRACKER et al., 1989 apud BENOWITZ, 2010 apud KATZUNG, 2010, p. 147). Segundo Benowitz (2010 apud KATZUNG, 2010, p. 147), o propranolol inibe a estimulao da produo de renina pelas catecolaminas (mediada pelos receptores 1). provvel que o efeito do propranolol se deva, em parte, depresso do sistema de rerina-angiotensina-aldosterona. Apesar de ser mais eficaz para pacientes com atividade elevada da renina plasmtica, o propranolol tambm reduz a presso normal ou at mesmo baixa. possvel que os -bloqueadores tambm atuem sobre os receptores -adrenrgicos pr-sinpticos perifricos, reduzindo a atividade nervosa simptica vasoconstritora. Conforme adota o artigo Propranolol (2009), esse medicamento quase que completamente absorvido pelo trato gastrintestinal. Em seguida, vai ao fgado onde fixa-se aos stios de ligao no especficos. Aps administrao oral, a droga no atinge a circulao geral at que os stios de ligao heptica estejam saturados. Aps a saturao, as ligaes hepticas no mais afetam a passagem de propranolol para a corrente sangunea. A quantidade de propranolol que atinge a circulao aps uma dose oral tambm depende da quantidade da droga metabolizada durante a primeira passagem pelo fgado. Opropranololatinge nvel plasmtico em 30 minutos aps administrao oral. O artigo Propranolol (2009) afirma tambm que o pico de concentrao plasmtica ocorre entre 60 a 90 minutos. O propranolol largamente distribudo nos tecidos do organismo, incluindo fgado, corao, rins e pulmes. A droga atravessa rapidamente a barreira hemato-enceflica e a placenta. O propranolol, em mais de 90%, est ligado s protenas plasmticas. Tanto o propranolol livre quanto o propranolol ligado s protenas so metabolizados. A eliminao da droga parece seguir cintica de primeira ordem. A meia-vida biolgica de aproximadamente 4 horas. Somente 1 a 4% de uma dose oral da droga aparece nas fezes de forma inalterada ou como metablito. Opropranololno significantemente dialisvel.METOPROLOLO metoprolol aproximadamente equipotente ao propranolol na inibio da estimulao dos receptores 1-adrenrgicos, como aqueles existentes no corao, porm tem uma potncia 50 a 100 vezes menor do que o propranololno bloqueio dos receptores 2. Apesar de o metoprolol ser muito semelhante ao propranolol em outros aspectos, sua cardiossuletividade relativa pode ser vantajosa no tratamento de pacientes hipertensos que tambm so portadores de asma, diabetes ou doena vascular perifrica. As doses anti-hipertensivas habituais de metoprolol variam de 100 a 450mg/dia (BENOWITZ, 2010 apud KATZUNG, 2010, p. 147). De acordo com o artigo Metoprolol (2009), o medicamento completamente absorvido aps administrao oral. Devido ao extenso metabolismo de primeira passagem, a biodisponibilidade sistmica do metoprolol em uma dose nica oral de aproximadamente 50%. A biodisponibilidade da preparao de liberao controlada reduzida em aproximadamente 20-30% quando comparada com o comprimido convencional. A ligao do metoprolol s protenas plasmticas baixa, aproximadamente 5-10%. O comprimido de liberao controlada consiste de mltiplos grnulos de succinato de metoprolol. Cada grnulo recoberto com uma membrana de polmero que controla a velocidade de liberao do metoprolol. O comprimido desintegra-se rapidamente aps a ingesto, dispersando os grnulos ao longo do trato gastrointestinal, os quais vo liberando o metoprolol continuamente por cerca de 20 horas. A meia-vida de eliminao do metoprolol em mdia de 3,5 horas. Assim, uma concentrao plasmtica constante de metoprolol alcanada com intervalo de administrao de 24 horas conforme afirma o artigo Metoprolol (2009). O artigo Metoprolol (2009) afirma tambm que a droga sofre metabolismo oxidativo no fgado primariamente pela isoenzima CYP2D6. Viade regra, mais de 95% da dose oral podem ser recuperados na urina. Aproximadamente 5% da dose administrada so excretados na urina como droga inalterada, podendo aumentar para at 30 em casos isolados. A meia-vida de eliminao do metoprolol no plasma em mdia de 3,5 horas (extremos: 1 e 9 horas). A taxa de depurao total de aproximadamente 1 l/min.BLOQUEADORES ADRENRGICOS MISTOSCARVEDILOLConforme afirma Farmcia e Bioqumica (2010), o carvedilol um agente cardiovascular de ao dupla, que no mesmo intervalo de dose proporciona um betabloqueio no seletivo e vasodilatao, que mediada principalmente por um antagonismo seletivo do receptor 1. O sistema renina-angiotensina-aldosterona suprimido atravs do betabloqueio. No possui atividade simpatomimtica intrnseca e possui a propriedade de estabilizar a membrana. Carvedilol uma mistura racmica de dois estereoismeros. A propriedade betabloqueadora se deve ao enancimero S(-); ambos os enancimeros mostram a mesma atividade alfa bloqueadora.Farmcia e Bioqumica (2010) afirma que o equilbrio entre a vasodilatao e o betabloqueio d lugar aos seguintes efeitos: reduo da presso arterial sem que ocorra aumento da resistncia perifrica total, contrariamente ao que se observa com os betabloqueadores clssicos puros. Causa ligeira reduo da frequncia cardaca. Tanto o fluxo sangneo renal como o funcionamento renal no se alteram. Possuem propriedades antiisqumicas e antianginosas que se mantm em tratamentos em longo prazo. Causa reduo da pr-carga e a ps-carga ventricular. Ocorre melhora da frao de ejeo ventricular esquerda em pacientes com funo miocrdica prejudicada. Carvedilol no altera o perfil srico dos lipdios nem dos eletrlitos. Aps administrao oral, o carvedilol rapidamente absorvido no trato gastrointestinal, segundo Farmcia e Bioqumica (2010). O pico de concentrao plasmtica aps administrao oral alcanado aps uma hora aproximadamente. A ligao com protenas plasmticas de aproximadamente 98%. O Carvedilol uma substncia lipoflica com volume de distribuio de aproximadamente 2 l/kg, e pacientes com cirrose heptica tm este volume aumentado. Quando usado como recomendado, improvvel a ocorrncia de acmulo durante terapia em longo prazo. A Farmcia e Bioqumica (2010) afirma que o carvedilol extensivamente metabolizado pelo fgado e devido ao metabolismo de primeira passagem a biodisponibilidade absoluta de 25% a 35% aps administrao oral. Aps administrao oral, a meia-vida de aproximadamente 6-7 horas. O clearance plasmtico de 590 ml/min. A eliminao predominantemente biliar. Somente cerca de 1% do carvedilol eliminado inalterado atravs dos rins. A biodisponibilidade absoluta de 25% a 35% aps administrao oral. Essa biodisponibilidade estereosseletiva, sendo 30% para a forma R e 15% para a forma S..LABETALOLBloqueia stios receptores , 1 e 2-adrenrgicos; reduz os nveis elevados de renina. As taxas de bloqueio alfa e beta diferem, dependendo da via de administrao: 1:3 (oral) e 1:7 (I.V.) (LACY et al, 2009, p. 800).Caractersticas da Farmacodinmica e da Farmacocintica, segundo Lacy et al (2009)Inicio da ao: Oral: 20 minutos a 2 horas; I.V.:2-5minutos. Efeito mximo: Oral: 1-4 horas; I.V.: 5-15 minutos. Durao: Oral: 8-24 horas (dependo da dose); I.V.: 2-4 horas. Distribuio: Vd: Adultos: 3-16 L/kg; mdia: < 9,4 L/kg; moderadamente lipossolvel; por essa razo, pode entrar no SNC; atravessa a placenta; pequenas quantidades presentes no leito materno. Ligao a protenas: 50%. Metabolismo: heptico, principalmente via conjugao com glicurondeo; extenso efeito de primeira-passagem. Biodisponibilidade: Oral: 25%; aumentada em hepatopatias, em pacientes idosos e com o uso concomitante de cimetidina. Meia-vida de eliminao: Funo renal normal: 2,5-8 horas. Excreo: urina (99, principalmente com a albumina). O volume de distribuio da losartana de 34 litros. O artigo Losartana (2009) afirma que aproximadamente 14% da dose de losartana administrada por via intravenosa ou oral so convertidos ao seu metablito ativo. Aps a administrao intravenosa ou oral de losartana potssica marcado com 14C, a radioatividade plasmtica circulante principal atribuda losartana e ao seu metablito ativo. Alm do metablito ativo, so formados metablitos inativos, incluindo dois principais formados por hidroxilao da cadeia lateral butlica e um secundrio, um glucurondeo N-2 tetrazol. Quando a losartana administrado por via oral, aproximadamente 4 da dose excretada inalterada na urina e 6, na forma de metablito ativo. As farmacocinticas da losartana e de seu metablito ativo so lineares com doses de losartan potssico de at 200 mg, administradas por via oral. Aps a administrao oral, as concentraes plasmticas de losartana e de seu metablito ativo diminuem poli exponencialmente, com meia-vida final de aproximadamente 2 horas e de 6 a 9 horas, respectivamente. Durante a administrao da dose nica diria de 100 mg, a losartana e seu metablito ativo no se acumulam significativamente no plasma segundo o artigo Losartana (2009).

CONSIDERAES FINAIS

Este Guia sobre os medicamentos anti-hipertensivos e grandes valia para todo, pois o mesmo trouxe esclarecimento sobre o assunto e nos deu conscincia sobre a importncia da preveno e o tratamento da doena, que atinge milhares de pessoa em todo o mundo. Muitos portadores da doena no possuem entendimento sobre os ricos e complicaes que a HAS pode ocasionar. Por tanto no do a devida ateno s orientaes mdicas e no segue a risca o tratamento, o que pode trazer srias complicaes ou at mesmo levar o bito.O objetivo do guia e sistematizar o conhecimento atual. Seu estudo e conhecimento so fundamentais para uma abordagem efetiva dos pacientes hipertensos, principalmente em relao preveno de suas complicaes, as quais acarretam em elevado custo econmicos ao dinheiro publico e principalmente a qualidade de vida da populao acometida.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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ANVISA. Bula Dilacoron (Cloridrato de Verapamil). 2009. Disponvel em: http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/BM/BM[25251-2-0]. PDF. Acesso em maro de 2015.

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Farmacologia: Conceitos Bsicos. Portal Educao Conhecimento para mudar sua vida. 2008. Disponvel em: http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/681/farmacologia-conceitos-basicos. Acesso em maro de 2015.

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Losartana. Portal Educao Conhecimento para mudar sua vida. 2009. Disponvel em: http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/8310/losartana. Acesso em maro de 2015.

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