FACULDADE ANHANGUERA-UNIDERPCENTRO DE EDUCAO A DISTNCIAGESTO DE RECURSOS HUMANOS TICA E RELAES HUMANAS NO TRABALHO

tica na Administrao

Bruna Las do Nascimento RA 7365509403Ctia Simone Pilar RA 6942009199Edson Mauricio Arajo RA 6942009203Rajatay Pacheco RA 6579318107Simone Ascoli RA 6580311814

Professor Me. Maurcio Dias Tutor a Distncia Professor Gilson Dutra

Passo Fundo, 13 de junho 2013.1 INTRODUO

A tica um ramo da filosofia, que trata dos assuntos morais. A palavra tica tem origem grega, significando aquilo que pertence ao carter humano. Pode ser diferenciada da moral, que se baseia na obedincia a normas e padres, costumes e mandamentos culturais, por buscar fundamentar o senso comum do pensamento humano em detrimento de todos.Hoje em dia a tica das corporaes cada vez mais requisitada, quer seja no mbito dos relacionamentos administrativos e empresariais ou nos relacionamentos interpessoais entre funcionrios e empresa, bem com empresa e clientes. A tica na administrao, como podemos chamar a tica corporativa, envolve diversos elementos que facilitam a resoluo de algumas de suas definies, como por exemplo, a tica em todos os nveis hierrquicos dentro das empresas, seja na gesto, nas negociaes, ou nos relacionamentos com clientes, parceiros e prestadores de servios.Ainda, podemos definir o senso comum dentro de uma sociedade ou cultura especfica como o elemento norteador dos padres ticos que devem ser adotados e seguidos pelas corporaes, em busca de um constante aperfeioamento de suas relaes sociais, no que tange igualdade, solidariedade, justia, tolerncia, e acima de tudo o respeito, buscando sempre a ampliao constante e a manuteno saudvel de suas relaes, evitando todo e qualquer conflito interno ou externo que advenha da falta de tica por parte das empresas ou de seus funcionrios. Desta forma, cada vez mais precisamos de profissionais altamente capacitados e preparados a enfrentar as mais diversas e adversas situaes frente a questes ticas dentro das organizaes, fazendo com que a satisfao do relacionamento interno e externo seja uma consequncia da sua qualificao e de suas condutas, sempre empregadas com a flexibilidade necessria conforme o senso comum e as particularidades de cada relao. preciso que as empresas disponham de profissionais aptos a acompanhar as mudanas de costumes, que coagem moralmente, evitando comportamentos discrepantes, que divergem dos costumes aceitos e respeitados, enquanto a sociedade passa por modificaes comportamentais.2 A TICA PROFISSIONAL NO FILME AMOR SEM ESCALAS

2.1 SINOPSE DO FILMEO filme Amor Sem Escalas apresenta a rotina do personagem Ryan interpretado pelo ator George Clooney, no qual Ryan trabalha em uma grande empresa de negcios, desempenhando a funo de demitir e oferecer aos funcionrios das empresas filiais espalhadas pelo pas,o pacote de benefcios.O pacote de benefcios seria para a empresa uma forma de assegurar o funcionrio, o pacote apresenta benefcios de trs meses de salrio, seis meses de plano de sade, programa de empregabilidade que por fim lhes mostraria outra oportunidade de emprego. Enquanto para os empregados seriam substitudos por no estarem dando conta do servio, por outra pessoa ou at mesmo por uma mquina. Ryan, por no se importar com as pessoas e por est acostumado com a angstia e o desespero das pessoas, transformou-se numa pessoa fria, ele acreditava ser desapegado das pessoas, por isso no tinha amigos, s visitava a famlia nas festas (como o casamento da irm), ou seja, Ryan adorava o trabalho, por viver viajando, ele tinha a sensao de que estava cercado de gente ao seu redor. Ryan no se via sozinho mais sabia que estava e at preferia ficar sozinho, ele s se sentia solitrio quando voltava pra casa e senti-se entediado.O chefe de Ryan resolve contratar Natalie (Anna Kendrick), que desenvolveu um sistema de videoconferncia pelo qual as pessoas passariam a ser demitidas sem que fosse preciso sair do escritrio. O que seria de fato bem mais econmico para a empresa, assim no seriam necessrios gastos com viagens, hospedagens. Sabendo do risco da implantao desse sistema Ryan sabia que poderia ser demitido. Ento Ryan passa a tentar convencer Natalie do erro que era sua inveno viajando com Natalie para mostrar a realidade de seu trabalho. Alm disso, Ryan dava palestras uma ou duas vezes na semana sobre a teoria da mochila vazia, que apresentava a ideia de que era preciso preenche-la e esvazi-la com pessoas ou objetos que se gostasse. O que Ryan revela de forma abstrata que a empresa na qual ele trabalha precisava demitir os funcionrios, pois quantidade de pessoas pesava nos ombros deles a cada final de ms e no gerava tanto lucro como antes.Em uma de suas viagens Ryan conhece Alex que era uma executiva viajante (Vera Farmiga) com quem Ryan passa a se relacionar, e a princpio ele acredita no estar interessado em Alex. S que Ryan se decepciona com ela ao descobrir que era casada e tinha filhos, e por saber que s passava de uma folga na semana e na vida dela.O tempo vai passando e Ryan continua demitindo pessoas com sua experincia e tcnicas adquiridas com o passar dos anos, j Natalie surpreende-se com a frieza e a naturalidade de Ryan para demitir as pessoas, pois cada funcionrio tinha uma reao, seja por ter dedicado uma parte da sua vida ou por no saber como pagar as contas, e simplesmente pelo fato de no saber como seria o dia seguinte. Teve uma funcionria que no suportou ser demitida por Natalie e se matou (se jogou da ponte em frente casa onde morava). Natalie sentiu-se culpada e demitiu-se. Ryan ao saber da notcia tentou ajud-la enviando-lhe uma carta de recomendao, e continuou seu trabalho, pois era pago pra isso.O filme Amor Sem Escalas fala da relao de emprego das relaes amorosas como as De Ryan e Alex, Natalie e Brian no decorrer do filme. O foco principal do filme a relao de emprego onde a empresa cria um pacote de benefcios como uma desculpa por no quererem informar ao funcionrio que o mesmo foi demitido, para no gerar pnico entre os empregados e, alm disso, no dizem o porqu esto demitindo, ou seja, a empresa no tem coragem para despedir e passa a responsabilidade para Ryan. Por mais triste que fosse a situao, o empregado tinha o direito de saber por qual motivo estava sendo demitido (quer fosse pela sua falta de capacitao, queda nos lucros, idade avanada para desempenhar determinada funo).

2.2 ANLISE DAS SITUAES ENVOLVENDO A TICA PROFISSIONAL EM ADMINISTRAOA seguir apresentaremos as situaes identificadas no filme Amor Sem Escalas, que podem ser relacionadas tica na administrao, por envolverem diretamente alguns de seus conceitos.Iniciaremos com uma situao que envolve tica e gesto, que o fato de as empresas buscarem um profissional no pertencente aos seus quadros de pessoal, que no apresenta qualquer tipo de sentimento em relao estes, que responsvel por demitir as pessoas conforme a necessidade das empresas, utilizando de argumentos e procedimentos que ficam isentos da carga emocional que a situao apresenta. Uma atitude que pode ser considerada antitica, por no levar em conta o sentimental dos funcionrios que esto perdendo seus empregos, e que tem a sua origem na gesto das empresas, pois delas que parte a escolha por um profissional para realizar esta rdua tarefa.Ainda relacionando tica e gesto e tambm tica e negcios, citamos o planejamento da utilizao da internet, atravs de vdeoconferncias, para realizar as demisses, o que segundo a anlise do grupo, tornaria a situao das demisses ainda mais fria, desconsiderando o ser humano, suas reaes e peculiaridades, transformando o fim da relao de negcio entre empresa e funcionrio em algo totalmente impessoal.Mantendo a relao entre a tica e negcios, podemos considerar o fato do protagonista, ao se deparar com a possibilidade de ter suas viagens encerradas pela utilizao das videoconferncias para as demisses, impedindo o mesmo de alcanar o sonhado stimo lugar no acmulo de milhas, tentar convencer a criadora do novo sistema a no implement-lo, evitando assim o seu desemprego, o que podemos considerar antitico.No que tange a relao entre conscincia e tica, ao longo de todo o filme vemos no processo de demisso, utilizado pelas empresas ao contratar uma pessoa aptica, a questo familiar negligenciada, bem como as aspiraes e perspectivas pessoais de cada um dos futuros desempregados, que so ludibriadas a acreditar que a demisso no ser algo assim to negativo para elas, inclusive levando algumas a tomarem atitudes drsticas, como tirar a prrpia vida.Para finalizar, citaremos a situao resultante da pessoa que, conforme anunciado no momento em que foi demitida, cometeu suicdio, fazendo com que a implementadora do novo sistema se sentisse de certa forma responsvel por no ter sido tica e relevado a possibilidade apresentada pela demitida, pedindo sua demisso da empresa. Com isto, vemos um dos poucos momentos no filme, seno o nico, em que podemos dizer que o protagonista foi tico, ao fazer uma carta de recomendao pra auxili-la, indo assim contra tudo aquilo que ele vinha praticando, no sendo omisso ao fato e ao emocional dela.2.3 POSSIBILIDADE DE RESOLUO SUGERIDA

2.3.1 DESCRIO DA CENAEm Wichita, a cidade mais populosa do estado de Kansas, nos Estados Unidos, Ryan e Natalie esto em uma empresa para demitir alguns funcionrios. O primeiro que aparece j recebeu a notcia, e demonstra sua indignao, relatando ser o responsvel pela empresa ainda nao ter ido definitivamente para o buraco. Pega seu pacote de benefcios e sai derrubando uma cadeira. Neste momento Ryan fala para Natalie que as vezes os demitidos precisam de ar. Natalie, crendo poder ser mais eficiente que ele, pede para fazer a prxima demisso. Surge ento a Sra. Barnes, a prxima na fila das demisses. J desconfiando que ser demitida, ela quer saber da boca de Natalie, quais sero os benefcios mais importantes de sua demiso. Natalie cita 3 meses de salrio, 6 meses de plano de sade e 1 ano com o programa de empregabilidade da empresa deles. A Sra. Barnes faz um comentrio cnico sobre o programa de empregabilidade. Natalie ento tenta convencer a Sra Barnes que leva-se 1 ms de procura por novos empregos para cada dez mil em salrio que se deseje ganhar. Diante disto a Sra Barnes retruca que procurar por um bom tempo. Natalie continua tentando contornar. Ento, a Sra Barnes diz para Natalie no se preocupar, pois ela confia muito em seus planos, dizendo ter uma ponte linda perto da casa dela de onde ela ir pular. Ao deixar o local, Natalie sai do prdio da empresa correndo e Ryan vai atrs. Ele tenta convencer Natalie de que as pessoas dizem coisas assim o tempo todo, que faz parte do trabalho passar por situaes assim, que as pessoas ficam nervosas. Natalie retruca que a Sra. Barnes estava bem calma ao dizer aquilo. Ryan, na tentativa de transmitir um certo conforto para Natalie, diz achar normal, que s papo das pessoas e que ele no se preocuparia, pois o trabalho deles pegarem as pessoas em momentos frgeis e deix-las deriva. Ryan e Natalie vo embora de Wichita.Ryan, aps receber seu carto de 7 lugar no acmulo de milhas, liga para transferir algumas delas para comprar passagens de volta ao mundo para sua irm e o marido dela. Ele interrompe a ligao quando seu chefe chega e pergunta se ele se lembra de Karen Barnes, que fazia parte de um grupo de 30 pessoas demitidas em Wichita. Ryan gesticula que no. Seu chefe diz que Natalie foi quem a despediu. Ryan demonstra no ligar e diz que demitem dezenas de pessoas por dia. Ento seu chefe conta que ela se matou, pulando de uma ponte. Ryan lamenta. O chefe dele indaga-o se ele lembra de alguma mulher com sinal de depresso. Ryan diz que todos ficam deprimidos ao perderem seus empregos e que no se lembra de nada. O chefe insiste na tentativa de saber se Ryan se lembra, e ele novamente diz que no. Entao ele pergunta se Natalie est bem e o chefe dele avisa que ela pediu demisso, por torpedo, e estava bem chatiada. Ryan diz que ir ligar para Natalie. O chefe dele avisa que o programa das videoconferncias ir ficar de lado por uns tempos e que Ryan voltar a voar. Ele mal d bola, e fica pensativo.

2.3.2 SOLUO SUGERIDAConforme pudemos verificar ao longo de todo o filme, a frieza e a impessoalidade das atitudes de Ryan ao realizar as demisses no funcionam em todos os casos apresentados, principalmente do ponto de vista tico. Nas cenas descritas acima, a demisso da Sra. Barnes, realizada pela Natalie, poderia ter resultado em uma situao diferente, caso ela no tivesse se utilizado da mesma tcnica adotada por Ryan ao executar as demisses. Ao ouvir a horrvel soluo apresentada pela Sra. Barnes para a sua demisso, eles poderiam ter tomado diferentes atitudes na tentativa de contornar a situao, apresentando diferentes possibilidades e perspectivas especficas para a Sra. Barnes, dentro de suas peculiaridades, funo e realizaes, inclusive podendo encaminh-la um psiclogo para tratar da sua fragilidade ante o fato da sua demisso. Da mesma forma, poderia Ryan ter sido mais tico e humano, demonstrando para Natalie a mesma preocupao com a sua prpria conscincia, evitando assim, o peso na conscincia do qual s Natalie sofreu, ao receber a notcia do suicdio da Sra Barnes.

3. CONCLUSO

Aps a anlise do filme Amor Sem Escalas e o desenvolvimento do presente trabalho, podemos concluir que a tica na administrao algo que deve ser levado em considerao desde o princpio das relaes humanas, quer seja para o bom desenvolvimento dos negcios, ou para o amadurecimento e crescimento das relaes interpessoais dentro das empresas, considerando-se o senso comum como um norte para o estabelecimento dos padres e conceitos morais a serem utilizados por todos os nveis hierrquicos nas organizaes, garantindo assim um maior nvel de sucesso em seus negcios pela satisfao de seus funcionrios, que resulta em um trabalho mais dedicado e eficiente, bem como da satisfao de seus clientes, resultado de uma liderana estratgica, direcionada e acima de tudo, de elevados padres ticos para todas as partes envolvidas nas relaes administrativas e comerciais.

4. REFERNCIA BIBLIOGRFICAS

MATOS, Francisco Gomes. tica na gesto empresarial: da conscientizao ao. So Paulo: Saraiva, 2007.

Sinopse do Filme Amor Sem Escalas. Disponvel em: . Acesso em 11/06/2013.

FERREIRA, Adriano R. Reflexes: Da tica Aristotlica Para A tica Na Sociedade Brasileira Atual. Netsaber. 2008. Disponvel em: . Acesso em 11/06/2013.

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Adas, Fernando. Algum j viveu um amor sem escalas? Disponvel em: . Acesso em 11/06/2013.