ATLETISMO CORRIDAS COM BARREIRAS (100 m/110 m) E OBSTCULOS (3000 m STEEPLECHASE)

FASES DESCRIO

PARTIDA E ACELERAO

AT A PRIMEIRA BARREIRA

Esta fase fundamental, pois o atleta tem apenas oito passadas para maximizar a sua acelerao, que ir condicionar toda a corrida. O principal objetivo nesta fase chegar primeira barreira no mximo de velocidade e nas melhores condies possveis, de forma a que possa continuar a fase de acelerao at 3, 4, ou mesmo 5 barreira. A partida de blocos idntica das provas de velocidade, mas o p que est atrs nos blocos tem de ser o p da perna de ataque barreira. Numa fase de iniciao, pode haver barreiristas que ainda no conseguem fazer de uma forma natural os oito passos de corrida at 1 barreira, tendo para isso de alargar demasiado a passada, o que provoca a perda de velocidade. Nestes casos, no h qualquer problema em utilizar uma corrida de nove passadas at a primeira barreira. Tambm pode acontecer em jovens muito desenvolvidos para a idade, os oito passos darem muito curtos, pelo que nesse caso a soluo utilizar uma corrida de sete passos at 1 barreira. O importante o professor estar atento a cada caso individual e optar pela melhor soluo.

TRANSPOSIO

DAS BARREIRAS

Em termos tcnicos, este o aspecto mais importante da corrida de barreiras, ou seja, os atletas tm de ter a capacidade de transpor as barreiras com o mnimo de perda de tempo possvel, e sem que essa transposio afete a corrida entre as barreiras. Para que isso seja possvel, tm de dominar os aspectos tcnicos essenciais. Os dois aspectos mais importantes durante a transposio so os atletas conseguirem manter uma elevada velocidade de deslocamento e conseguirem manter o equilbrio.

SUBFASES

CHAMADA A Chamada para a barreira deve ser rpida e ativa, pelo tero anterior do p num movimento de patada (movimento do p a arranhar o cho da frente para trs). No final da chamada a perna de impulso deve estar quase em extenso completa.

TRANSPOSIO

Aps a chamada o barreirista deve balanar a Perna de Ataque (perna da frente) com um ngulo de 90 entre a perna e a coxa para frente e para cima e s depois deve fazer a extenso da perna num movimento circular, envolvendo a barreira e preparando a recepo. A perna de impulso (perna de trs) deve fazer uma recuperao rpida, passando por uma posio lateral ao corpo e continuando num movimento contnuo at o joelho estar numa posio alta, na direo da corrida e com a ponta do p subida.

RECEPO A Recepo deve ser rpida e ativa, pelo tero anterior do p e a perna de recepo deve estar slida suportando o impacto e permitindo uma continuao sem quebras do ritmo de corrida.

RITMO DE 3 PASSADAS ENTRE

BARREIRAS

Se a transposio das barreiras determinada essencialmente por aspectos tcnicos, o ritmo das trs passadas entre as barreiras determinado principalmente por aspectos fsicos, mais concretamente pela velocidade e pela fora rpida (principalmente a fora elstica e reativa). Nesta fase da corrida, o corredor procura que o ritmo das trs passadas seja o mais rpido possvel, preparando ao mesmo tempo a transposio da prxima barreira.

Utilizar barreiras demasiado altas que no esto adaptadas s caractersticas dos atletas. Este erro ocorre principalmente nas etapas de formao e normalmente tem conseqncias muito negativas na evoluo tcnica dos jovens corredores. Contudo, este erro tambm pode ocorrer com atletas bem treinados, por exemplo, no

ERROS COMUNS

incio da poca, quando ainda esto com uma condio fsica deficiente. Colocar as barreiras a distncias exageradas, o que tem como conseqncia

prejudicar o ritmo dos trs passos entre as barreiras. Estabilizao da velocidade logo aps a passagem da primeira barreira, no

aproveitando a fase de acelerao at 5 ou mesmo 6 barreira. Chamada para a barreira a travar e com um apoio pouco dinmico. Flexo da perna de chamada. Movimento da perna de ataque a chutar para a barreira, lanando a perna

esticada e para cima num movimento pendular. Planar sobre a barreira, devido ao movimento incorreto da perna de ataque, mas

principalmente devido ao trabalho incorreto da perna de chamada (pouco ativa) e que no faz um movimento contnuo, parando em cima da

Barreira numa posio lateral ao corpo, normalmente com o p mais alto do que o joelho.

Trabalho de braos descoordenado em relao ao movimento das pernas, provocando oscilaes laterais, desequilbrios e uma excessiva contrao ao nvel do tronco e dos ombros.

Quebra de ritmo na recepo da barreira, motivada por vrias causas: tronco atrasado em relao aos apoios; apoios pouco ativos e a travar; apoio do p pelo calcanhar; flexo da perna de recepo; rotao do tronco provocada pelo atraso da perna de chamada; e desequilbrio provocado por movimentos

Incorreto dos braos. No respeitar o ritmo dos trs passos entre as barreiras (Curto longo curto).