atividade bimestral - 40 pontos leitura complementar - leia da · 2019. 9. 26. · direito...

31
Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500. 2019B - Pág.1 "O livro da vida é escrito em vida e o autor é o Senhor(a). Eu pergunto: - Quais os capítulos de seus sonhos? O que tens escrito nele? O interessante é que neste capítulo é possível sua reedição. E agora que sabes, não tens desculpas, escolha seu futuro conforme teu desejo". Gilberto Jr S Lima - 21/09/2019 1 LEITURA OBRIGATÓRIA - CT 1988 - PROVA BIMESTRAL 2019B-2 (Atenção! Não é o conteúdo total da prova ) Artigos: 127 a 135 (Funções Essenciais à Justiça) Artigos: 145 a 162 (Sistema Constitucional Tributário) Artigos: 163 a 169 (Orçamento e Finanças Públicas) Atividade Bimestral - 40 Pontos Fichamento em Questões com resposta (Digitado) Funções Essenciais à Justiça Sistema Constitucional Tributário Orçamento e Finanças Públicas LEITURA COMPLEMENTAR - EC 91-101 *2016-2019 Leitura das EMENDAS CONSTITUCIONAIS (FONTE STF) Atualmente contamos com 101 Emendas Constitucionais. Leia da EC 91 até a EC 101 - São apenas 10 EC para que possa verificar o que foi acrescentado nos últimos 03 (três) anos . SEGUE O LINK: https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/legislacaoConstituicao/anex o/CF.pdf Bibliografia recomendada (2019b) [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 4. ed. Lenza, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado . 23. ed. - São Paulo: Saraiva Educação, 2019 (Coleção esquematizado). Vicente Paulo, Marcelo Alexandrino. Resumo de direito constitucional descomplicado / - 9. ed. - Rio de Janeiro: Forense: São Paulo: Método, 2015. Sarmento, Daniel. Dignidade da Pessoa Humana: conteúdo, trajetórias e metodologia . Ed. Fórum. Belo Horizonte. 2016. Novelino, Marcelo. Júnior, Dirley da Cunha. Constituição Federal para concursos : doutrina, jurisprudência e questões de concursos. 9. ed. - Juspodivm - 2018. 1 Eterno sonhador com um hiper desejo: - que os seres humanos despertem sua força interior e descubram o poder da felicidade em terra. Pai de 3 filhos, esposo amoroso e professor imperativo. "De vilão a herói, desatando os nós da existência",

Upload: others

Post on 03-Feb-2021

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.1 "O livro da vida é escrito em vida e o autor é o Senhor(a). Eu pergunto: - Quais os capítulos de seus sonhos? O que tens escrito nele? O interessante é que neste capítulo é possível sua reedição. E agora que sabes, não tens desculpas, escolha seu futuro conforme teu desejo". Gilberto Jr S Lima - 21/09/2019 1

    LEITURA OBRIGATÓRIA - CT 1988 - PROVA BIMESTRAL 2019B-2 (Atenção! Não é o conteúdo total da prova)

    ● Artigos: 127 a 135 (Funções Essenciais à Justiça) ● Artigos: 145 a 162 (Sistema Constitucional Tributário) ● Artigos: 163 a 169 (Orçamento e Finanças Públicas) ● Atividade Bimestral - 40 Pontos

    ○ Fichamento em Questões com resposta (Digitado) ■ Funções Essenciais à Justiça ■ Sistema Constitucional Tributário ■ Orçamento e Finanças Públicas

    LEITURA COMPLEMENTAR - EC 91-101 *2016-2019

    ● Leitura das EMENDAS CONSTITUCIONAIS (FONTE STF) ○ Atualmente contamos com 101 Emendas Constitucionais. ○ Leia da EC 91 até a EC 101 - São apenas 10 EC para que possa

    verificar o que foi acrescentado nos últimos 03 (três) anos. ■ SEGUE O LINK:

    https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/legislacaoConstituicao/anexo/CF.pdf

    Bibliografia recomendada (2019b)

    ● [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 4. ed.

    ● Lenza, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 23. ed. - São Paulo: Saraiva Educação, 2019 (Coleção esquematizado).

    ● Vicente Paulo, Marcelo Alexandrino. Resumo de direito constitucional descomplicado / - 9. ed. - Rio de Janeiro: Forense: São Paulo: Método, 2015.

    ● Sarmento, Daniel. Dignidade da Pessoa Humana: conteúdo, trajetórias e metodologia. Ed. Fórum. Belo Horizonte. 2016.

    ● Novelino, Marcelo. Júnior, Dirley da Cunha. Constituição Federal para concursos: doutrina, jurisprudência e questões de concursos. 9. ed. - Juspodivm - 2018.

    1 Eterno sonhador com um hiper desejo: - que os seres humanos despertem sua força interior e descubram o poder da felicidade em terra. Pai de 3 filhos, esposo amoroso e professor imperativo. "De vilão a herói, desatando os nós da existência",

    https://sitedogilberto.com/https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/legislacaoConstituicao/anexo/CF.pdfhttps://www.stf.jus.br/arquivo/cms/legislacaoConstituicao/anexo/CF.pdf

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.2

    PARTE 1 de 3 Das Funções Essenciais à Justiça 2

    ● Ministério Público (Lei 8625/93) ● Advocacia Pública (LC 73/93) ● Advocacia (Lei 8906/94) ● Defensoria Pública (LC 80/94)

    Do Ministério Público

    (Adaptado-Professor-2019b)

    Art. 127. O MP é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

    § 1º São princípios institucionais do MP a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. § 2º Ao MP é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.

    § 3º O MP elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

    § 4º Se o MP não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

    § 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

    § 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

    2 Novelino, Marcelo. Júnior, Dirley da Cunha. Constituição Federal para concursos: doutrina, jurisprudência e questões de concursos. 9. ed. - Juspodivm - 2018.

    https://sitedogilberto.com/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.3

    Foi com a CF/88 que a atividade do Ministério Público adquiriu o status de função essencial à justiça. Na classificação constitucional, o Ministério Público não integra nenhum dos poderes estatais, constituindo instituição independente e autônoma. Contudo, fugindo à determinação Constitucional, em 2003, o Supremo Tribunal Federal, apesar de reconhecer a autonomia do parquet, o incluiu sob a égide do Poder Executivo. Em acórdão da lavra do eminente Ministro Sepúlveda Pertence, o STF, no bojo de uma ação declaratória de inconstitucionalidade, justificou sua decisão com uma frase que acabou criando mais polêmica sobre a instituição do Ministério Público: "[...] não obstante sua integração na estrutura do Poder Executivo" . Muito 3

    se especulou à época, visando entender quais motivos levariam a Corte Suprema a chegar a essa conclusão. 4

    De mais a mais, não se vê óbice no fato da Constituição contemplar a existência dos três poderes e criar órgãos independentes, destituídos de qualquer vinculação com o Judiciário, Executivo e Legislativo. Esse parece ser o entendimento mais acertado diante de uma interpretação sistemática da Constituição Federal. Contudo, diante de uma interpretação teleológica, pode-se identificar o Ministério Público como o quarto poder estatal. 5

    Segundo a Constituição, são princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. É órgão uno e indivisível, como é, aliás, todo o poder do Estado. Nada obstante, ele atua através de ramos distintos, que oficiam perante órgãos judiciais também distintos (o MPF perante a Justiça Federal; o MPT perante a Justiça do Trabalho; o MPM perante a Justiça Militar, o MP dos Estados perante a Justiça dos Estados). O Ministério Público goza de ampla autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo (iniciativa de lei) a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso

    3 Pleno, ADI n2 132/RO, rei. Min. Sepúlveda Pertence, j. em 30/04/2003, DJU de 30/05/2003, p.28. 4 Apesar de não ter havido consenso, Emerson Garcia deduziu que: "como o Tribunal, a exemplo da doutrina clássica, não conseguiu se desatar das amarras da teoria dos poderes cunhada por Montesquieu, acrescendo-se que a própria Constituição de 1988, em seu art. 22, prestigiou a sua literalidade, a conclusão foi cunhada a partir de um critério de exclusão. Não sendo o Ministério Público propriamente um órgão legislativo e, muito menos, jurisdicional, o mais cômodo é incluí-lo sob a epígrafe do Poder Executivo". GARCIA, Emerson . Ministério Público: Organização, Atribuições e Regime Jurídico. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005, p.45. 5 Nesse sentido as palavras do Ministro Alfredo Valladão, citado por Emerson Garcia: "O Ministério Público se apresenta como a figura de um verdadeiro poder do Estado. Se Montesquieu tivesse escrito hoje o Espírito das Leis, por certo não seria tríplice, mas quádrupla, a Divisão dos Poderes. Ao órgão que legisla, ao que executa, ao que julga, um outro órgão acrescentaria ele - o que defende a sociedade e a lei, perante a justiça, parta a ofensa de onde partir, isto é, dos indivíduos ou dos próprios poderes dos Estado." VALADÃO, Alfredo apud GARCIA, Emerson. Ministério Público: Organização, Atribuições e Regime Jurídico. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005, p.45.

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.4

    público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira. Cumpre ao próprio Ministério Público elaborar a sua proposta orçamentária dentro de limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Entretanto, os limites estabelecidos na forma do § 3° do art. 127 não poderão ser superiores aos limites de gastos, para cada exercício financeiro, estabelecidos para os órgãos do Ministério Público no art. 107 do ADCT, acrescentado pela EC no 95/2016 (Emenda do Teto dos Gastos Públicos ). Obs.: Leia o artigo 128 CF/88 - "Entre a abrangência do MP não há no rol MP Eleitoral" (Fica ligado).

    Fique ligado! 01. (FGV.MP-BA.Técnico Admínstrativo.2017) A Constituição da República de 1988 fortaleceu o Ministério Público, atribuindo-lhe relevantes atividades estatais com contornos de soberania e conceituando-o como instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado. De acordo com o texto constitucional, ao MP incumbe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses a) públicos e coletivos, e aplicam-se seus princípios institucionais da unidade, da divisibilidade e da supremacia do interesse público b) sociais e individuais indisponíveis, e aplicam-se seus princípios institucionais da unidade, da indivisi- bilidade e da independência funcional c) públicos e individuais dos hipossuficientes, e aplicam-se seus princípios institucionais da vitaliciedade, da isonomia e do acesso à justiça d) sociais e individuais disponíveis, e aplicam-se seus princípios institucionais da celeridade, da contem- poraneidade e da independência funcional

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.5

    e) públicos e individuais disponíveis, e aplicam-se seus princípios institucionais da independência fun- cional, da isonomia e do acesso à justiça 02. (CESPE.PC-GO.Delegado da Polícia Civil.2017) À luz da CF, assinale a opção correta a respeito do Ministério Público a) Segundo a CF, são princípios institucionais aplicáveis ao Ministério Público: a unidade, a indivisibilidade, a independência funcional e a inamovibilidade b) Foi com a CF que a atividade do Ministério Público adquiriu o status de função essencial à justiça c) O STF, ao tratar das competências e prerrogativas do Ministério Público, estabeleceu o entendimento de que membro desse órgão pode presidir inquérito policial d) A CF descreve as carreiras abrangidas pelo Ministério Público e, entre elas, elenca a do Ministério Público Eleitoral e) A exigência constitucional de que o chefe do Ministério Público da União, procurador-geral da República, pertença à carreira significa que ele, para o exercício do cargo, pode pertencer tanto ao Ministério Público Federal quanto ao estadual

    (Adaptado-Professor-2019b) MPU - Ministério Público da União

    ● MPF - Ministério Público Federal ● MPT - Ministério Público do Trabalho ● MPM - Ministério Público Militar ● MPDFT - Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

    MPE - Ministério Público dos Estados CNMP - Conselho Nacional do Ministério Público PGR - Procurador-Geral da República PG - Procurador-Geral (PGs - Procuradores Gerais dos Estados e/ou do DFT) PR - Presidente da República CPE - Chefe do Poder Executivo SF - Senado Federal LC - Lei complementar -------------------------------------------------- Art. 128. O Ministério Público abrange: I - o Ministério Público da União (MPU), que compreende: a) o Ministério Público Federal; (MPF) b) o Ministério Público do Trabalho; (MPT) c) o Ministério Público Militar; (MPM) d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; (MPDFT)

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.6

    II - os Ministérios Públicos dos Estados. (MPE) § 1º O MPU tem por chefe o PGR, nomeado pelo PR dentre integrantes da carreira, maiores de 35 anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do SF, para mandato de 2 anos, permitida a recondução. (Várias vezes) § 2º A destituição do PGR, por iniciativa do PR, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do SF. § 3º Os MPE e o do MPDFT formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu PG, que será nomeado pelo CPE, para mandato de 2 anos, permitida 1 recondução. (apenas 1 vez) § 4º Os PG nos E ou DFT poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da LC respectiva. § 5º LC da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos PGs, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada MP, observadas, relativamente a seus membros: I - as seguintes GARANTIAS: a) VITALICIEDADE, após 2 anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; b) INAMOVIBILIDADE, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do MP, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) c) IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIO, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    Art. 39. § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.

    II - as seguintes VEDAÇÕES (PROIBIDO): a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída pela Emenda

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.7

    Constitucional nº 45, de 2004) § 6º Aplica-se aos membros do MP o disposto no art. 95, parágrafo único, V. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

    Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: Parágrafo único. Aos juízes é vedado: V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 3 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração

    Art. 129. São funções institucionais do MP: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. § 1º A legitimação do MP para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. § 2º As funções do MP só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 3º O ingresso na carreira do MP far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, 3 anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 4º Aplica-se ao MP, no que couber, o disposto no art. 93. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

    Art. 93. LC, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios (...)

    § 5º A distribuição de processos no MP será imediata. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 130. Aos membros do MP junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.8

    seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. Art. 130-A. O CNMP compõe-se de 14 membros nomeados pelo PR, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do SF, para um mandato de 2 anos, admitida 1 recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I - o (01) PGR, que o preside; II - 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras; III - 3 membros do MPE; IV - 2 juízes, indicados 1 pelo STF e 1 pelo STJ; V - 2 advogados, indicados pelo CFOAB; VI - 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados 1 pela CD e 1 pelo SF. § 1º Os membros do Conselho oriundos do MP serão indicados pelos respectivos MP, na forma da lei. § 2º Compete ao CNMP o controle da atuação administrativa e financeira do MP e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do MPU e dos MPE, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas; III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do MPU e dos MPE, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do MPU e MPE julgados há menos de 1 ano; V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do MP no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.

    Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias;

    § 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, 1 Corregedor nacional, dentre os membros do MP que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: I - receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do MP e

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.9

    dos seus serviços auxiliares; II - exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; III - requisitar e designar membros do MP, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do MP. § 4º O Presidente do CFOAB oficiará junto ao Conselho. § 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do MP, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao CNMP.

    A Constituição prevê o monopólio institucional das funções do Ministério Público, que só podem ser exercidas por integrantes da carreira. Conforme a Lei 8625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público) | Art. 32. Além de outras funções cometidas nas Constituições Federal e Estadual, na Lei Orgânica e demais leis, compete aos Promotores de Justiça, dentro de suas esferas de atribuições: I - impetrar habeas-corpus e mandado de segurança e requerer correição parcial, inclusive perante os Tribunais locais competentes. Súmulas Importantes: STF - Súmula n. 643. O Ministério Público tem legitimidade para promover ação civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares. STJ - Súmula n. 189. É desnecessária a intervenção do Ministério Público nas execuções fiscais. STJ - Súmula n. 234. A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia. STJ - Súmula n. 329. O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio público. STJ -Súmula n. 470. O Ministério Público não tem legitimidade para pleitear, em ação civil pública, a indenização decorrente do DPVAT em benefício do segurado. STJ - Súmula n. 489. Reconhecida a continência, devem ser reunidas na justiça federal as ações civis públicas propostas nesta e na justiça estadual. Informativos de Jurisprudência:

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.10

    STF/752 - Conflito de atribuições e Fundef-3. O Plenário retomou julgamento de ação cível originária em que o MPF suscita conflito negativo de atribuição relativamente ao MP-RN para a investigação de supostas irregularidades concernentes à gestão de recursos oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - Fundef. Em voto-vista, o Min. Joaquim Barbosa (Presidente), acompanhado pelos Mins. Roberto Barroso e Rosa Weber, não conheceu do conflito de atribuições. O Min. Roberto Barroso assinalou que a competência do STF seria de direito estrito, e não poderia ser ampliada, sobretudo acerca de tema que deveria serre- solvido intrainstitucionalmente. Consignou não haver razão para o Poder Judiciário resolver conflito de atribuições no âmbito do MP. Ponderou que o órgão apto a dirimir a controvérsia seria o CNMP, tendo em conta sua composição plural. Salientou, no ponto, o art. 130-A, § 2º, da CF. Destacou que esse conflito seria tipicamente administrativo e que, muito embora não conhecesse do feito, deveria ser apontada solução nesse sentido. O julgamento foi suspenso por pedido de vista. ACO 1394/RN, Rei. Min. Marco Aurélio, 1.7.2014. Pleno. STF/739 - CNMP e intimação de membros do Ministério Público. A 2º Turma, por maioria, denegou mandado de segurança impetrado contra ato do CNMP, que determinara a promotor de justiça que se abstivesse de requerer a não intimação do órgão do MP de segunda instância nos feitos em que tivesse atuado. Considerou, ainda, prejudicado o agravo regimental interposto. No caso, contra o im- petrante, promotor de justiça, fora instaurada representação para preservação da autonomia do MP perante o CNMP. O referido Conselho julgara procedente o feito, cuja decisão transitara em julgado. No presente "writ", o impetrante aduzia que, em face do que decidido pelo STF no julgamento do HC 87.926 e, para que não fosse suscitada a nulldade dos julgamentos dos recursos que envolvessem o MP como recorrente ou como recorrido, passara a requerer que o órgão do MP, com assento nas câmaras do tribunal de origem, não se manifestasse após a apresentação de razões ou contrarrazões pelo órgão da mesma instituição com atuaç.ão em primeira instância. A Turma citou o art. 41 da LONMP. Ponderou que essa regra se repetiria no art. 85 da Lei Orgânica do MP do Espírito Santo. Enfatizou a competência do CNMP para zelar pela autonomia funcional do MP, conforme dispõe a Constituição. Assinalou que o impetrante não poderia, a pretexto de exercer sua independência funcional, formular requerimentos que tolhessem prerrogativas garantidas pela CF ou pela Lei Or- gânica Nacional do MP aos demals órgãos e membros do MP que atuassem em segunda instância. Frisou que, em mandado de segurança no qual se analisaria direito líquido e certo do impetrante, o STF não poderia manifestar-se sobre o que decidido no citado "habeas corpus", tampouco sobre o papel do MP em 2º grau de jurisdição. MS 28408/DF, Rei. Mín. Cármen Lúcia, 18.3.2014. 2 º T.

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.11

    STF/745 - Controle de constitucionalidade e órgão administrativo. A 1º Turma iniciou julgamento de mandado de segurança em que se discute a possibilidade de o CNMP exercer controle de constitucionalidade. No caso, promotor de justiça requerera, com base em lei orgânica do MP estadual, permanência na comarca que teria sido elevada de entrância. Em seguida, o CNMP declarara a inconsti- tucionalidade da norma local e glosara a pretensão do impetrante. O Min. Relator concede a segurança para cassar o ato impugnado. Ressaltou que o direito subjetivo de promotor de justiça de permanecer na comarca elevada de entrância não poderia ser analisado sob o prisma da constitucionalidade da lei local, que previra a ascensão, máxime se a questão já estivesse judicializada no STF. Destacou que, por ser órgão de natureza administrativa cuja atribuição adstringir-se-ia ao controle de legitimidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do MP federal ou estadual (CF, art. 130, § 22), o CNMP não ostentaria a competência para efetuar controle de constitucionalidade de lei. Afirmou que o CNMP, ao declarar a inconstitucionalidade do mencionado diploma normativo, exorbitara de suas funções. O julgamento foi suspenso por pedido de vista. MS 27744/DF, Rei. Min. Luiz Fux, 6.5.2014. 1~ T. STF/757 - Poder de investigação do Ministério Público - 6. A 2º Turma negou provimento a recurso ordinário em "habeas corpus" em que discutida a nulidade das provas colhidas em inquérito presidido pelo MP. Prevaleceu o voto do Min. Relator Entendeu que ao MP não seria vedado proceder a diligências investigatórias, consoante interpretação sistêmica da Constituição (art. 129), do CPP (art. 52) e da LC 75/93 (art . 82). Advertiu que a atividade investigatória não seria exclusiva da polícia judiciária. Mencionou que a atividade de investigação, fosse ela exercida pela polícia ou pelo MP, mereceria, pela sua própria natureza, vigilância e controle. Aduziu que a atuação do "parquet" deveria ser, necessariamente, subsidiária, a ocorrer, apenas, quando não fosse possível ou recomendável efetivar-se pela própria polícia. Exemplificou situações em que possível a atuação do órgão ministerial: lesão ao patrimônio público, excessos cometidos pelos próprios agentes e organismos policiais (vg. tortura, abuso de poder, violências arbitrárias, concussão, corrupção), intencional omissão da polícia na apuração de determinados delitos ou deliberado intuito da própria corporação policial de frustrar a investigação, em virtude da qualidade da vítima ou da condição do suspeito. Consignou, ainda, que, na situação dos autos, o MP estadual buscara apurar a ocorrência de erro médico em hospital de rede pública, bem como a cobrança ilegal de procedimentos que deveriam ser gratuitos. Em razão disso, o procedimento do "parquet" encontraria amparo no art. 129, lI, da CF. O Min. Ricardo Lewandowski, por sua vez, destacou que a alegação relativa à nulidade das provas obtidas no inquérito presidido pelo MP não teria sido ventilada nas instâncias inferiores. RHC 97926/GO, Rei. Min. Gilmar Mendes, 2.9.2014. 2º T.

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.12

    STJ/536 - Eficácia da sentença em ação civil pública. Em ação civil pública, a falta de publicação do edital destinado a possibilitar a intervenção de interessados como litisconsortes (art. 94 do CDC) não impede, por si só, a produção de efeitos erga omnes de sentença de procedência relativa a direitos individuais homogêneos. A Corte Especial do STJ decidiu que "os efeitos e a eficácia da sentença não estão circunscritos a lindes geográficos, mas aos limites objetivos e subjetivos do que foi decidido, levando-se em conta, para tanto, sempre a extensão do dano e a qualidade dos interesses metaindividuais postos em juízo" (REsp 1.243.887, repetitivo). Não fosse assim, haveria graves limitações à extensão e às potencialidades da ação civil pública. Com efeito, quanto à eficácia subjetiva da coisa julgada na ação civil pública, incide o CDC por previsão expressa do art. 21 da própria Lei 7.347/85. De outra parte, a ausência de publicação do edital previsto no art. 94 do CDC constitui vicio sanável, que não gera nulidade apta a induzir a extinção da ação civil pública, porquanto, sendo regra favorável ao consumidor, como tal deve ser interpretada. REsp 1.377.400-SC, Rei. Min. Og Fernandes, j. 18.2.2014. 2º T. STJ/549 - Litisconsórcio ativo facultativo entre Ministério Público Federal, Estadual e do Trabalho. Pode ser admitido litisconsórcio ativo facultativo entre o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público do Trabalho em ação civil pública que vise tutelar pluralidade de direitos que legitimem a referida atuação conjunta em juízo. Nos termos do art. 59, § 52, da Lei 7.347/85: "Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei". Além disso, à luz do art. 128 da CF, o Ministério Público abrange: o Ministério Público da União, composto pelo Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; e os Ministérios Públicos dos Estados. Assim, o litisconsórcio ativo facultativo entre os ramos do Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos Estados, em tese, é possível, sempre que as circunstâncias do caso recomendem, para a propositura de ações civis públicas que visem à responsabilização por danos morais e patrimoniais causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico e paisagístico, à ordem econô- mica e urbanística, bem como a qualquer outro interesse difuso ou coletivo, inclusive de natureza trabalhista. Essa atuação conjunta deve-se ao cunho social do Parquet e à posição que lhe foi erigida pelo constituinte (de instituição essencial à função jurisdicional do Estado), incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. A propósito, há de se registrar que o STJ e o STF já admitiram litisconsórcio facultativo entre o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual. Por outro lado, há também precedentes contrários ao litisconsórcio ativo facultativo entre os ramos do Ministério Público. Entretanto,

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.13

    observe-se que os precedentes desfavoráveis ao litisconsórcio ativo facultativo entre o Ministério Público Federal e o Estadual versam sobre a ilegitimidade do MPE para a propositura de ação civil pública que objetive a tutela de bem da União, atribuição esta inserida no âmbito do MPF e submetida ao crivo da Justiça Federal, ensejando, portanto, a impossibilidade de atuação do Parquet Estadual seja como parte, seja como litisconsorte. Em nenhum momento foi enfrentada hipótese de conjugação de interesses trabalhistas, estaduais e federais. Anote-se, por oportuno, que, a princípio, também não há qualquer óbice para que o MPT atue em litisconsórcio ativo facultativo com o MPF e o MPE, desde que a ação civil pública também vise à tutela de interesse difuso ou coletivo de natureza trabalhista. REsp 1.444.484-RN, Rei. Min. Benedito Gonçalves, j. 18.9.2014. 1 º T. STJ/546 - Objeto de ação civil pública para anular permissões precárias. Em ação civil pública movida para anular permissões para a prestação de serviços de transporte coletivo concedidas sem licitação e para condenar o Estado a providenciar as licitações cabíveis, não cabe discutir eventual indenização devida pelo Estado ao permissionário. A ação civil pública é o instrumento processual destinado à defesa judicial de interesses difusos e coletivos, permitindo a tutela jurisdicional do Estado com vistas à proteção de certos bens jurídicos. Por meio desta ação, reprime-se ou previne-se a ocorrência de danos ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio público, aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, dentre outros, podendo ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer. Assim, não cabe neste tipo de ação, em que se busca a tutela do bem coletivo, a condenação do Estado a indenizar o réu - na hipótese, a permissionária de transporte público - pelos investimentos realizados, o que pode ser pleiteado em ação autônoma. AgRg no REsp 1.435.347-RJ, Rei. Min. Mauro Campbell Marques,j. 19.8.2014. 25l T. STJ/532 - Ônus sucumbenciais na hipótese de habilitação de litisconsorte em ação civil pública. Em ação civil pública que busque a tutela de direitos individuais homogêneos, a mera habilitação de interessado como litisconsorte do demandante não enseja, por si só, a condenação do demandado a pagar ônus sucumbenciais antes do julgamento final. Isso porque o pedido de intervenção no feito como litisconsorte nada mais é do que um incidente processual, haja vista que o interessado, aproveitando-se do poder de disposição em aderir ou não ao processo coletivo (art. 94 do CDC), solicita seu ingresso no feito, na qualidade de litisconsorte facultativo ulterior. Não se está dizendo que o demandado não poderá ser condenado nos ônus sucumbenciais, mas apenas que a definição do responsável pelo pagamento, com análise do princípio da causalidade, ficará para momento futuro, qual seja, a prolação da sentença na ação civil pública. Ademais, os arts. 18 da Lei 7.347/85 e 87 do CDC consagram norma processual

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.14

    especial, que expressamente afastam a necessidade de adiantar custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas para o ajuizamento de ação coletiva, que, conforme o comando normativo, só terá de ser recolhida ao final pelo requerido, se for sucumbente, ou pela autora, quando manifesta a sua má-fé. REsp 1.116.897-PR, Rei. Min. Luis Felipe Salomão, j. 24.9.2013. 4a T. Controle externo da atividade de inteligência da Polícia Federal. O controle externo da atividade policial exercido pelo Ministério Público Federal, não lhe garante o acesso irrestrito a todos os relatórios de inteligência produzidos pela Diretoria de Inteligência do De- partamento de Polícia Federal, mas somente aos de natureza persecutório-penal. REsp 1.439.193-RJ, Rei. Min. Gurgel de Faria, DJe 9.8.2016. lg T. (ln/o 587) Controle externo da atividade policial pelo Ministério Público. O Ministério Público, no exercício do controle externo da atividade policial, pode ter acesso a ordens de missão policial. REsp 1.365.910-RS, Rei. p/ac. Min. Mauro Campbell Marques, DJ 28.9.2016. 2g T. (lnfo 590) Controle de constitucionalidade e órgão administrativo. O direito subjetivo do exercente da função de Promotor de Justiça de permanecer na comarca elevada de entrância não pode ser analisado sob o prisma da constitucionalidade da lei local que previu a ascensão, máxime se a questão restou judicializada no STF. MS 27744/DF, Rei. Min. Luiz Fux, 14.4.15. 1g Turma. (lnfo STF 781) Ministério Público e investigação criminal. O Ministério Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria, e por prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais de que se acham investidos, em nosso País, os advogados (Lei 8.906/94, art. 7, notadamente os incisos 1, lI, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade - sempre presente no Estado democrático de Direito - do permanente controle jurisdicional dos atos, necessariamente documentados (Enunciado 14 da Súmula Vinculante), praticados pelos membros dessa Instituição. RE 593727/MG, repercussão geral, red . p/ac. Min. Gilmar Mendes, 14.5.15. Pleno. (lnfo STF 785) CNMP e vitaliciamento de membros do Ministério Público. A Segunda Turma denegou ordem em mandado de segurança impetrado contra ato do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que decretava o não vitaliciamento de membro do Ministério Público do Estado de São Paulo. Na espécie, o impetrante arguia que, nos termos do art. 128, 1, "a", da CF, o promotor de Justiça vitalício

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.15

    somente perderia o cargo por sentença judicial transitada em julgado, a ser proposta, nos termos do art. 38, § 2Q, da Lei 8.625/1993, pelo procurador-geral de Justiça, após autorização do Colégio de Procuradores. Defendia, ainda, que já seria detentor da garantia constitucional da vitaliciedade desde 12-9-2007, data da decisão do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado de São Paulo, o que conduziria à incompetência do CNMP para deliberar sobre sua exoneração. 7 Para a Segunda Turma, o ato de vitaliciamento - decisão pela permanência de membro em estágio probatório nos quadros dainstituição- temnaturezadeatoadministrativo.Dessaforma,sujeita-seaocontroledelegalidade pelo CNMP, por força do art. 130-A, § 2Q, li, da CF, que se harmoniza perfeitamente com o disposto no art. 128, § 5Q, 1, "a", do texto constitucional. Ademais, a previsão normativa que permite desfazer ato de vitaliciamento apenas por decisão judicial (CF, art. 128, 1, "a") não afasta a possibilidade de o CMNP, a partir da EC 45/2004, analisar, com específica função de controle, a legalidade desse tipo de questão. (STF, lnfo 842). Ação civil pública. Petição inicial inepta. Pedido genérico. Emenda após a contestação. Possibilidade. Admite-se emenda à inicial de ação civil pública, em face da existência de pedido genérico, ainda que já tenha sido apresentada a contestação. REsp 1.279.586, Rei. Min. Luis Felipe Salomão, DJ 17.11.2017. 4a T. (lnfo 615)

    Fique Ligado! 01. (COMPERVE.MPE-RN.Técnico do Ministério Público - Área Administrativa.2017) Aos Membros do Ministério Público são conferidas garantias constitucionais, para que eles sirvam à coletividade com segurança e, assim, atinjam a plenitude nos seus importantes misteres constitucionais. Dentre essas garantias, destaca-se a a) vitaliciedade, adquirida após dois anos de exercício do cargo b) independência funcional de seus membros c) inamovibilidade, mesmo diante de interesse público d) exclusividade do controle externo da atividade policial 02. (CONSULPLAN.TJ-MG.Titular do Serviço de Notas e Registro-Provimento.2017) O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Sobre a instituição e seus membros é correto afirmar a) Os Promotores de Justiça, dentro de suas esferas de atribuições, têm legitimidade para impetrar mandado de segurança e habeas corpus, inclusive perante os tribunais locais, desde que o ato ou a omissão ilegais advenham de

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.16

    juízo de primeira instância em processo em que funcione b) Na ação popular e no mandado de segurança coletivo, o Ministério Público é parte pública autônoma, incumbindo-lhe velar pela regularidade do processo e, em caso de abandono dessas ações, deverá promover o seu andamento, em lugar do autor/impetrante omisso c) O Procurador-Geral da República possui legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança em face do Conselho Nacional de Justiça que tenha por objeto o questionamento de decisão que reconheça a prescrição punitiva de outro membro da Instituição em processo disciplinar administrativo d) O Ministério Público da União compreende: o Ministério Público Federal, o Ministério Público Militar, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União 03. (COMPERVE.MPE-RN.Técnico do Ministério Público -Área Administrativa.2017) O Conselho Nacional do Ministério Público é órgão externo encarregado de controlar e fiscalizar a atuação administrativa, financeira e disciplinar do Ministério Público do Brasil. Sob esse ponto de vista, entre suas atribuições e competências, o Conselho a) deve zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências b) pode rever, apenas quando provocado, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano c) escolherá, em votação aberta, um Corregedor Nacional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução d) contará, em sua composição, com um advogado escolhido dentre os membros do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil 04. (NUCEPE.SEJUS-PI.Agente Penitenciário.2017) Assinale a alternativa INCORRETA no que diz respeito ao regime constitucional do Ministério Público a) É vedado ao membro do Ministério Público o exercício, ainda que em disponibilidade, de qualquer outra função pública b) Não pode o membro do Ministério Público receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais c) Cabe ao Ministério Público promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos constitucionalmente previstos d) O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução e) Entre os membros do Conselho Nacional do Ministério Público estão dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.17

    05. (FCC.TRT-11.Analista Judiciário-Área Administrativa.2017) Basílio é Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público e, portanto, é a) chefe do Ministério Público da União, tendo sido nomeado, para esta chefia, pelo Presidente da República dentre os integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, para mandato de dois anos, não sendo permitida a recondução b) membro do Ministério Público Estadual, tendo sido nomeado para a Presidên cia do Conselho Nacional do Ministério Público pelo Chefe do Poder Executivo dentre os integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, para mandato de dois anos, permitida a recondução c) advogado, tendo sido indicado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, para man- dato de dois anos, permitida a recondução d) advogado, tendo sido indicado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, para man- dato de dois anos, não sendo permitida a recondução e) chefe do Ministério Público da União, tendo sido nomeado, para esta chefia, pelo Presidente da República dentre os integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução 06. (FCC.PC-AP.Oficial de Polícia Civil.2017) A Constituição Federal atribui o exercício da atividade de controle externo ao a) Conselho Nacional de Justiça, órgão que não integra o Poder Judiciário, cabendo-lhe controlar a atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e o cumprimento dos deveres funcionais dos juízes b) Conselho Nacional do Ministério Público, cabendo-lhe rever, de ofício ou mediante provocação, todos os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há mais de um ano c) Senado Federal, a quem compete a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da Administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, com auxílio do Tribunal de Contas da União d) Ministério Público, a quem compete o controle da atividade policial, na forma da lei complementar e) órgão correcional de cada um dos Poderes, cabendo-lhe examinar a adequação dos atos administra- tivos aos princípios da legalidade, moralidade, eficiência, impessoalidade e igualdade 07. (FGV.MP-BA.Técnico Adminstrativo.2017) João, Promotor de Justiça, foi exonerado, a pedido, de seu cargo do Ministério Público da Bahia, em junho de 2017. No mês de agosto de 2017, João foi contratado por conhecido escritório de advocacia. De acordo com as disposições constitucionais sobre a matéria, João

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.18

    a) pode exercer a advocacia junto à Promotoria e Juízo dos quais se afastou, a partir do dia em que tiver sido publicado seu ato de exoneração b) pode exercer a advocacia junto à Promotoria e Juízo dos quais se afastou, a partir de trinta dias contados da data em que tiver sido publicado seu ato de exoneração c) não pode exercer a advocacia junto à Promotoria e Juízo dos quais se afastou, antes de decorridos noventa dias do afastamento do cargo por exoneração d) não pode exercer a advocacia junto à Promotoria e Juízo dos quais se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por exoneração e) não pode exercer a advocacia junto à Promotoria e Juízo dos quais se afastou, em qualquer período, em respeito aos princípios da segurança jurídica e probidade administrativa 8. (FGV.MP-BA.Técnico Adminstrativo.2017) A Constituição da República de 1988 dispõe que ao Conselho Nacional do Ministério Público compete o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-lhe, entre outros a) receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, exceto em relação aos seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição b) processar representações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, podendo determinar a remoção, a disponibilidade, a demissão ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço c) zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos gerais regulamentares, no âmbito de sua competência, vedada a recomendação de providências d) elaborar relatório bimestral, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação de cada unidade do Ministério Público no País e as atividades do Conselho e) rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano

    ------------------------------ Da advocacia Pública

    (Adaptado-Professor) Advocacia-Geral da União - AGU Advogado-Geral da União - AGU Lei complementar - LC Presidente da República - PR Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN Procuradores dos Estados e do Distrito Federal - PE e PDF

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.19

    Art. 131. A AGU é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da LC que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. § 1º A AGU tem por chefe o AGU, de livre nomeação pelo PR dentre cidadãos maiores de 35 de notável saber jurídico e reputação ilibada. § 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos. § 3º Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à PGFN, observado o disposto em lei. Art. 132. Os PE e do PDF, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Parágrafo único. Aos PROCURADORES referidos neste artigo é assegurada estabilidade após 3 anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    A Advocacia Pública é órgão de representação judicial e extrajudicial da entidade estatal, cabendo-lhe, ademais, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. Envolve a Advocacia Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. De acordo com Pedro Lenza (Direito Constitucional Esquematizado - 2016): "por ser o cargo de livre nomeação pelo Presidente da República, trata-se de cargo de confiança e, portanto,também de livre exoneração. Assim, pode-se afirmar que o AGU é demissível ad nutum;"

    LC n. 73/93 (Institui a Lei Orgânica da Advocacia-Geral da União e dá outras providências). -------

    Quadro resumo - Novelino (2018), página 746

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.20

    A advocacia pública sujeita-se a um duplo regime: o regime previsto no Estatuto da Advocacia e OAB (Lei nº. 8.906/94) e ao regime estatutário (lei orgânica respectiva). Em adendo, cumpre lembrar que vem sendo questionado nos tribunais a exigibilidade de habilitação na OAB para o exercício da advocacia pública. O procurador (Advocacia pública) deve atuar em prol do interesse público, e, assim, por via de consequência, em favor dos interesses que o ente público busca tutelar, e não em favor do interesse particular da autoridade pública. Súmulas: STJ - Súmula n. 139. Cabe à Procuradoria da Fazenda Nacional propor execução fiscal para cobrança de crédito relativo ao ITR. Informativos de Jurisprudência "Ação julgada procedente em parte, para estabelecer a interpretação de que membros do Ministério Público não podem ocupar cargos públicos, fora do âmbito da Instituição, salvo cargo de professor e funções de magistério, e declarar a inconstitucionalidade da Resolução 72/2011, do CNMP". "Não se mostra ofensivo a Carta preceito de Constituição Estadual que contempla os Procuradores do Estado com a prerrogativa de foro, isto ao atribuir ao Tribunal de Justiça a competência para processa-los e julga-los nos crimes comuns e de responsabilidade". (cf. ADI 541 e ADI 2587, STF). A EC 69/12 transferiu ao Distrito Federal a competência para organizar e manter a Defensoria Pública do Distrito Federal (arts. 21, 22 e 48, CF). Cf. a ADI 1557, STF, pois as procuradorias não possuem autonomia, pois são órgãos do respectivo Executivo (existe a PEC 82/2007 em tramitação para dar autonomia às procuradorias). De outro lado, as Defensorias possuem autonomia, cf. art. 134, § 2º, CF. "Autonomia institucional da Procuradoria-Geral do Estado. Requisitos para a nomeação do Procurador-Geral, do Procurador-Geral Adjunto e do Procurador-Corregedor. O inciso I do mencionado art. 135, ao atribuir autonomia funcional, administrativa e financeira à Procuradoria paraibana, desvirtua a configuração jurídica fixada pelo texto constitucional federal para as Procuradorias estaduais, desrespeitando o art. 132 da Carta da República". ADI e prerrogativas de Procuradores de Estado - 2. Em conclusão, o Plenário julgou procedente pedido formulado em ação direta para declarar a inconstitucionalidade da expressão "com porte de arma, independente de qualquer ato formal de licença ou autorização", contida no art. 88 da Lei Complementar

    https://sitedogilberto.com/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.21

    240/2002, do Estado do Rio Grande do Norte. A norma impugnada dispõe sobre garantias e prerrogativas dos Procuradores do Estado. Na sessão de 16.11.2005, o Plenário assentou a inconstitucionalidade do inciso I e §§ 1º e 2º do art. 86, e dos incisos V, VI, VIII e IX do art. 87 da aludida lei. Na presente assentada, concluiu-se o exame do pleito remanescente relativo ao art. 88, que autoriza o porte de arma aos integrantes daquela carreira. Asseverou-se que, se apenas à União fora atribuída competência privativa para legislar sobre matéria penal, somente ela poderia dispor sobre regra de isenção de porte de arma. Em acréscimo, o Min. Gilmar Mendes ressaltou que o registro, a posse e a comercialização de armas de fogo e munição estariam disciplinados no Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003). Esse diploma criara o Sistema Nacional de Armas - Sinarm e transferira à polícia federal diversas atribuições até então executadas pelos estados-membros, com o objetivo de centralizar a matéria em âmbito federal. Mencionou precedentes da Corte no sentido da constitucionalidade do Estatuto e da competência privativa da União para autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico (CF, art. 21, VI). Aduziu que, não obstante a necessidade especial que algumas categorias profissionais teriam do porte funcional de arma, impenderia um diálogo em seara federal. ADI 2729/RN, red. p/ac. Min. Gilmar Mendes, 19.6.2013. Pleno. (lnfo 711)

    Fique ligado! 01. (CESPE.TRF-5.Juiz Federal Substituto. 2017) Um juiz federal determinou que a União implantasse determinado direito do autor de ação judicial. A União, após ser intimada da decisão por meio do advogado da União, não cumpriu a determinação judicial. Nessa situação, o advogado da União, atuando no exercício de suas funções a) não poderá ser responsabilizado administrativamente, juntamente com a autoridade pública, pelo descumprimento de determinação judicial, mas poderá ser preso b) deverá ser preso pelo descumprimento de determinação judicial c) deverá ser responsabilizado judicialmente pelo descumprimento de determinação judicial d) deverá ser responsabilizado judicialmente, juntamente com a autoridade pública competente, pelo descumprimento de determinação judicial e) não poderá ser responsabilizado judicialmente pelo descumprimento de determinação judicial nem poderá ser preso 02. (CESPE.PGE-SE.Procurador do Estado.2017) De acordo com a CF e a jurisprudência do STF, o procurador-geral de estado a) perderá o cargo efetivo apenas em virtude de sentença judicial transitada em julgado, caso seja integrante da carreira de procurador estadual b) deve, necessariamente, ter sido aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos, caso seja integrante da carreira de procurador estadual c) goza da garantia de inamovibilidade d) ocupa cargo comissionado de livre nomeação e exoneração pelo governador do estado e) tem competência para a iniciativa de lei ordinária sobre a organização da procuradoria-geral do estado

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.22

    03. (MPT.MPRT.Procurador do Trabalho.2017) Assinale a alternativa INCORRETA a) Está prevista a atribuição do Procurador-Geral da República para representar junto ao Supremo Tribunal Federal, a fim de requerer provimento de intervenção federal da União em Estados ou no Distrito Federal em decorrência de grave ofensa aos chamados "princípios constitucionais sensíveis" b) O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para mandato de dois anos, admitida uma recondução, exceto no caso do Procurador-Geral da República, que o preside c) A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, cargo que é configurado como demissível ad nutum, indicado e nomeado pelo Presidente da República, entre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada d) Oficiará junto ao Conselho Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional do Ministério Público o Presi- dente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e) Não respondida 04. (FMP Concursos.PGE-AC.Procurador do Estado.2017) Acerca da advocacia pública, tendo em vista a respectiva conformação constitucional e ordinária a partir das normas vigentes, assinale a alternativa INCORRETA a) A advocacia pública, tanto quanto a advocacia privada, espelham o atributo de serem consideradas um serviço público, indispensável à administração da justiça, levando-se em consideração a sua missão primária de postularem pretensões, fundamentadas juridicamente, perante o juízo b) A advocacia pública se vincula a duplo regime estatutário com caráter institucional: a Ordem dos Advogados do Brasil e a instituição a que pertence o advogado público c) O advogado público, ao defender o interesse público que ao Estado cabe proteger, vincula-se à tutela em juízo coincidente com o interesse da autoridade pública por ele representado d) Ao advogado público, no exercício de suas atribuições delineadas pela Constituição, compete defender o Estado, titular do interesse público primário e) Afigura-se explícito, do ponto de vista constitucional, o papel suplementar de controle interno da Administração Pública desempenhado pela advocacia pública 05. (CONSULPLAN.TJ-MG.Titular do Serviço de Notas e Registro-Remoção.2017) Em relação às funções essenciais da Justiça, marque a afirmativa correta a) Membro do Ministério Público Estadual pode exercer o cargo de Secretário Estadual b) Aos Procuradores do Estado pode, segundo a Constituição Estadual, ser conferida prerrogativa de foro especial c) À União compete organizar e manter a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios d) As Defensorias Públicas Estaduais e as Procuradorias Estaduais têm autonomia funcional e administrativa 06. (FCC.TRT-11.Oficial de Justiça Avaliador Federal.2017) Claudemir é cidadão brasileiro, tem 37 anos, notável saber jurídico e reputação ilibada. De acordo apenas com as informações mencionadas, é correto afirmar que Claudemir poderá, mediante a) concurso público de provas e títulos, tornar-se Advogado-Geral da União, sendo a Advocacia-Geral da União a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, apenas judicialmente, cabendo-lh e, nos termos da lei complementar sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo b) livre nomeação pelo Presidente da República, tornar-se Advogado-Geral da União, sendo a Advocacia-Geral da União a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar sobre sua

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.23

    organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo c) livre nomeação pelo Presidente da República, tornar-se Advogado-Geral da União, sendo a Advocacia-Geral da União a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei ordinária sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Legislativo d) concurso público de provas e títulos, tornar-se Advogado-Geral da União, sendo a Advocacia-Geral da União a instituição que, apenas diretamente, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei ordinária sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Legislativo e) a escolha de 2/5 dos membros do Congresso Nacional, tornar-se Advogado-Geral da União, sendo a Advocacia-Geral da União a instituição que, através de órgão vinculado, representa a União, apenas judicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo

    Da advocacia 6

    Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.

    É inegável o papel do advogado na consolidação do Estado Democrático, razão por que a Constituição lhe destina a garantia da inviolabilidade de seus atos e manifestações no exercício da profissão, sujeito apenas aos limites estabelecidos no estatuto da Ordem dos Advogados da Brasil (Lei 8.906/94). Sendo assim, o advogado é imprescindível para a defesa de direitos perante o Poder Judiciário, não sendo sem razão a sua presença entre as funções essenciais à justiça. Recortes A imunidade profissional do advogado não compreende o desacato, pois conflita com a autoridade do magistrado na condução da atividade jurisdicional. A garantia da inamovibilidade é conferida pela CF apenas aos magistrados, aos membros do Ministério Público e aos membros da Defensoria Pública, não podendo ser estendida aos procuradores do Estado. Informativo de jurisprudência

    6 Novelino, Marcelo. Júnior, Dirley da Cunha. Constituição Federal para concursos: doutrina, jurisprudência e questões de concursos. 9. ed. - Juspodivm - 2018.

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.24

    AP 470/MG-5. O Plenário retomou julgamento de ação penal movida, pelo MPF, contra diversos acusados pela suposta prática de esquema a envolver crimes de peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta e outras fraudes. Na assentada de 15.8.2012, último dia em que proferidas as sustentações orais defensivas, deliberou-se, por maioria, que a sessão seria dividida em 2 partes: na primeira, os advogados sustentariam da tribuna; na segunda, iniciar-se-ia o voto do Min. Joaquim Barbosa, relator. Vencido o Min. Marco Aurélio, que propunha o início da tomada dos votos para o dia seguinte. O Min. Ricardo Lewandowski, revisor, não proferiu voto a respeito, em razão de não haver participado da definição do cronograma de julgamento. Findas as sustentações, passou-se à análise das questões preliminares suscitadas. Quanto à primeira delas concernente ao desmembramento do feito em razão de suposta incompetência da Corte para julgar os réus não detentores de prerrogativa de foro perante o STF aduziu-se, por maioria, que o tema estaria precluso, porque já discutido outrora. Vencido o Min. Marco Aurélio, que advertia não ser a competência da Corte passível de aditamento por normas processuais comuns. Afastou-se, de igual modo, a segunda preliminar - concernente ao suposto impedimento do relator para julgar a ação. Rememorou-se que a questão fora também rejeitada em momento anterior pelo Plenário. Ainda em preliminar, não se conheceu de arguição de suspeição, feita em alegações finais de defesa, em que articulado que o relator estaria a conduzir o feito de maneira parcial, com referências a artigos de imprensa e outras fontes que sustentariam a tese. Por maioria, deliberou-se que as colocações não seriam ofensivas e decidiu-se não encaminhar os autos à OAB, a título de representação. No ponto, aludiu-se ao art. 133 da CF. O Min. Cezar Peluso ressaltou que a OAB já teria tomado conhecimento das assertivas dos patronos, razão pela qual poderia requisitar os autos para averiguação, caso houvesse interesse. Vencidos o relator e o Min. Luiz Fux. O relator repisava no envio, de ofício, à OAB. O Min. Luiz Fux ponderava caber àquele órgão a análise do que proferido pelos profissionais da advocacia, pois não competiria ao Supremo aferir a conduta ética deles. AP 470, rei. Min. Joaquim Barbosa, 16.8.2012. Pleno. (lnfo 675). EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 8.906, DE 4 DE JULHO DE 1994. ESTATUTO DA ADVOCACIA E A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. DISPOSITIVOS IMPUGNADOS PELA AMB. PREJUDICADO O PEDIDO QUANTO À EXPRESSÃO "JUIZADOS ESPECIAIS", EM RAZÃO DA SUPERVENIÊNCIA DA LEI 9.099/1995. AÇÃO DIRETA CONHECIDA EM PARTE E, NESSA PARTE, JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE. I - O advogado é indispensável à administração da Justiça. Sua presença, contudo, pode ser dispensada em certos atos jurisdicionais. II - A imunidade profissional é indispensável para que o advogado possa exercer condigna e amplamente seu múnus público. III - A inviolabilidade do escritório ou do local de trabalho é consectário da inviolabilidade assegurada ao advogado no exercício profissional. IV

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.25

    - A presença de representante da OAB em caso de prisão em flagrante de advogado constitui garantia da inviolabilidade da atuação profissional. A cominação de nulidade da prisão, caso não se faça a comunicação, configura sanção para tornar efetiva a norma. V - A prisão do advogado em sala de Estado Maior é garantia suficiente para que fique provisoriamente detido em condições compatíveis com o seu múnus público. VI - A administração de estabelecimentos prisionais e congêneres constitui uma prerrogativa indelegável do Estado. VII - A sustentação oral pelo advogado, após o voto do Relator, afronta o devido processo legal, além de poder causar tumulto processual, uma vez que o contraditório se estabelece entre as partes. VIII - A imunidade profissional do advogado não compreende o desacato, pois conflita com a autoridade do magistrado na condução da atividade jurisdicional. IX - O múnus constitucional exercido pelo advogado justifica a garantia de somente ser preso em flagrante e na hipótese de crime inafiançável. (...) (ADI 1127, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 17/05/2006, DJe-105 DIVULG 10-06-2010 PUBLIC 11-06-2010 EMENT VOL-02405-01 PP-00040 RTJ VOL-00215- PP-00528)

    Fique Ligado! 01. (Cespe - Cartório - TJ - DF/2014) Assinale a opção correta a respeito das denominadas funções essenciais à justiça. a) Segundo o STF, a imunidade profissional assegurada ao advogado não impede que ele seja processado por crime de desacato decorrente de ato ou manifestação no exercício de sua profissão. b) Agarantia da inamovibilidade é conferida, de forma expressa, pela CF aos procuradores dos estados e do DF. c) O MP possui, conforme disposto na CF, a função institucional de representar judicialmente entidades públicas que não tiverem corpo jurídico próprio. d) O advogado-geral da União é nomeado pelo presidente da República, após aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, sendo permitida sua recondução para o mesmo cargo. e) De acordo com a CF, o Ministério Público Eleitoral compõe-se de membros do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual. 02. (IMPARH. Prefeitura De Fortaleza-CE. Advogado. 2015) Segundo a Constituição Federal, o advogado a) é dispensável à administração da justiça, sendo violável por seus atos e manifestações no exercício da profissão b) é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei c) indispensável à administração da justiça, sendo violável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei d) é dispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei

    https://sitedogilberto.com/

  • Direito Constitucional III - Apostila sem fins lucrativos - exclusivamente criada para fins didáticos em sala de aula. Funções Essenciais à Justiça; Sistema Constitucional de Tributação; Orçamento e finanças públicas. Prof. Me. Gilberto Jr S Lima - https://sitedogilberto.com/ - zap: 73 99833-4500.

    2019B - Pág.26

    Da Defensoria Pública

    (Adaptações-Professor) Defensoria Pública da União - DPU Defensoria Pública do Distrito Federal e Território - DPDFT Defensoria Pública dos Estados - DPE Lei Complementar - LC Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) § 1º LC organizará a DPU e do DPDFT e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a GARANTIA da inamovibilidade e VEDADO (PROIBIDO) o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado do parágrafo único pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 2º Às DPE são asseguradas autonomia f