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ATIVIDADE 1 Fernanda Pereira Haagensen CASO 01: Marcos trabalhou dos 19 aos 60 anos, como empregado de empresa pública federal, como celetista (regime de trabalho), sendo que aos 30 casou-se com Ana, que era dona de casa e não recolhia contribuições para a Previdência. Depois de 20 anos de casados, Ana engravidou e faleceu no parto, junto com o filho. Marcos não teve outros filhos e não se casou de novo. Seus pais possuíam independência financeira e da mesma forma seus irmãos. Marcos nunca precisou se afastar do trabalho por problemas de saúde. Depois de 35 anos de trabalho, Marcos se aposentou e resolveu se aventurar pelo mundo, participando de trilhas de moto. No primeiro mês como aposentado, sofreu um acidente grave e veio a falecer. Ao questionar o INSS sobre a possibilidade de algum familiar receber pensão por morte, tiveram uma resposta negativa. Também consultaram um advogado especialista, que confirmou a resposta dada pela autarquia. Neste caso, qual o princípio da seguridade social que se aplica ao fato de Marcos ter contribuído por tantos anos e nem ele nem sua família ter conseguido obter um certo “retorno” destas contribuições? Princípio da seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços. Seletividade é escolher, ou seja, na seguridade social haverá certos benefícios que não será usufruído por todos, mas sim por aqueles que possuem uma maior necessidade social. A distributividade é como se fosse uma distribuição de renda, quem ganha mais não terá direito a um determinado benefício, mas quem ganha menos terá. A seletividade atua no rol de prestações, na escolha dos benefícios e serviços a serem mantidos pela Seguridade Social, enquanto a distributividade direciona a atuação do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo o grau de proteção. Assim sendo será de competência do legislador, com base em critérios equitativos de solidariedade e justiça social e segundo as possibilidades econômico-financeiras do sistema.

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Seguridade Social

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ATIVIDADE 1

Fernanda Pereira Haagensen

CASO 01: Marcos trabalhou dos 19 aos 60 anos, como empregado de empresa pblica federal, como celetista (regime de trabalho), sendo que aos 30 casou-se com Ana, que era dona de casa e no recolhia contribuies para a Previdncia. Depois de 20 anos de casados, Ana engravidou e faleceu no parto, junto com o filho. Marcos no teve outros filhos e no se casou de novo. Seus pais possuam independncia financeira e da mesma forma seus irmos.

Marcos nunca precisou se afastar do trabalho por problemas de sade.

Depois de 35 anos de trabalho, Marcos se aposentou e resolveu se aventurar pelo mundo, participando de trilhas de moto. No primeiro ms como aposentado, sofreu um acidente grave e veio a falecer.

Ao questionar o INSS sobre a possibilidade de algum familiar receber penso por morte, tiveram uma resposta negativa. Tambm consultaram um advogado especialista, que confirmou a resposta dada pela autarquia.

Neste caso, qual o princpio da seguridade social que se aplica ao fato de Marcos ter contribudo por tantos anos e nem ele nem sua famlia ter conseguido obter um certo retorno destas contribuies?

Princpio da seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios. Seletividade escolher, ou seja, na seguridade social haver certos benefcios que no ser usufrudo por todos, mas sim por aqueles que possuem uma maior necessidade social.A distributividade como se fosse uma distribuio de renda, quem ganha mais no ter direito a um determinado benefcio, mas quem ganha menos ter.

A seletividade atua no rol de prestaes, na escolha dos benefcios e servios a serem mantidos pela Seguridade Social, enquanto a distributividade direciona a atuao do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo o grau de proteo.

Assim sendo ser de competncia do legislador, com base em critrios equitativos de solidariedade e justia social e segundo as possibilidades econmico-financeiras do sistema. O artigo 16 da Lei 8.213/91, predetermina os dependentes os segurados, ou seja, aqueles que fazem jus aos benefcios de penso por morte, auxlio recluso...

O presente artigo expe que no qualquer dependente do segurado que ser considerado dependente para fins previdencirios. Foram criadas trs classes de dependentes: Classe I, o cnjuge, a companheira, o companheiro e o filho no emancipado, de qualquer condio, menos de 21 anos ou invlido; Classe II, os pais; Classe III, o irmo, no emancipado, de qualquer condio, menor de 21 anos ou invlido.

So dois os critrios para estabelecer se os dependentes podero ser considerados dependentes para fins previdencirios, quais sejam: Economico e familiar.

Os dependentes de primeira classe, possuem uma dependncia econmica presumida, j para as demais classes deve se demonstrar o critrio familiar e a dependncia econmica existente entre o segurado e dependente, contudo, tal dependncia no necessita ser absoluta podendo ser parcial.

Isto posto, seus familiares no possuem direitos a receber a penso por morte, uma vez que, os mesmos so independentes financeiramente, assim sendo no mbito da previdncia social no so considerados dependentes.

CASO 02: Amora tem 19 anos e mora com sua famlia na rea rural. Ao todo so sete membros, todos j maiores de idade, que trabalham juntos em atividades agrcolas (plantio e colheita de lavoura). O irmo de Amora envolveu-se em uma briga na cidade, matou uma pessoa e acabou sendo preso. Como contribua para a Previdncia com base em um salrio mnimo, a cunhada de Amora, casada com seu irmo, conseguiu obter o benefcio de auxlio recluso. Mas a amiga de Amora no teve a mesma sorte. Joana, que casada com Hlvio e participou da briga,tambm foi preso mas como era contador de uma empresa e recebia um salrio de R$ 5.000,00, Joana no conseguiu obter o benefcio de auxlio recluso. Neste caso, qual o princpio da seguridade social que esclarece o motivo de uma famlia ter direito ao benefcio e outra no?Princpio da seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios.A seletividade atua no rol de prestaes, na escolha dos benefcios e servios a serem mantidos pela Seguridade Social, enquanto a distributividade direciona a atuao do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo o grau de proteo.

Assim sendo ser de competncia do legislador, com base em critrios equitativos de solidariedade e justia social e segundo as possibilidades econmico-financeiras do sistema.

O auxilio-recluso ser devido, nas mesmas condies da penso por morte, aos dependentes do segurado recolhido priso, que no receber remunerao da empresa nem estiver em gozo de auxlio-doena, de aposentadoria ou de abono de permanncia de servio.

O inciso IV do artigo 201 da Constituio Federal predetermina que s dever ser concedido o auxilio recluso aos dependentes dos segurados de baixa renda.

Insta salientar, que a renda do segurado preso que deve ser utilizada como parmetro para a concesso do benefcio e no a de seus dependentes.

Ademais, o auxilio ser devido aos dependentes do segurado cujo salrios contribuio seja igual ou inferior a R$ 1.025,81.