atenÇÃo plena práticas para melhorar o bem-estar físico e

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#205 ATENÇÃO PLENA PRÁTICAS PARA MELHORAR O BEM-ESTAR FÍSICO E EMOCIONAL GUERREIROS DE METAL O mundo controlado por androides O VALE SAGRADO DOS INCAS Itinerário sob um rio celestial chamado Via Láctea CÂMERA INDISCRETA Detalhes perigosos que a polícia rastreia sobre você

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Page 1: ATENÇÃO PLENA Práticas para melhorar o bem-estar físico e

#205

ATENÇÃO PLENA PRÁTICAS PARA MELHORAR O BEM-ESTAR FÍSICO E EMOCIONAL

GUERREIROS DE METAL

O mundo controlado por androides

O VALE SAGRADO DOS INCASItinerário sob um

rio celestial chamado Via Láctea

CÂMERA INDISCRETA

Detalhes perigosos que a polícia rastreia

sobre você

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2/40OÁSIS . EDITORIAL

POR

EDITOR

PELLEGRINILUIS

N ossa matéria de capa trata da “Atenção Plena”, postura psico--mental que na língua inglesa é chamada de “mindfulness”. Trata--se, em outros termos, da prática de, voluntariamente, focar a

atenção no momento presente e aceitá-lo sem julgamento, simplesmen-te observando esse momento de forma isenta e imparcial. À primeira vista, parece algo banal, inconsequente e destituído de propósito. Mas... a prática continuada da atenção plena tem demonstrado – inclusive com fundamento na pesquisa científica – que ela pode ser um elemento-chave para a felicidade, o bem-estar e a saúde em geral.

O cultivo da atenção plena tem raízes no budismo, mas a maioria das religiões inclui algum tipo de oração ou técnica de meditação que ajuda a levar seus pensamentos das preocupações habituais para uma apreciação do momento e uma perspectiva mais ampla da vida. Trazida para a medi-cina tradicional, ela demonstrou, como explica o artigo, que pode trazer melhorias nos sintomas de moléstias e desconfortos tanto físicos quanto

A ATENÇÃO PLENA PODE TRAZER MELHORIAS NOS SINTOMAS DE MOLÉSTIAS E DESCONFORTOS TANTO FÍSICOS QUANTO

PSICOLÓGICOS, ALÉM DE MUDANÇAS POSITIVAS NAS ATITUDES E COMPORTAMENTOS E NAS ATITUDES EM TERMOS DE SAÚDE

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OÁSIS . EDITORIAL

POR

EDITOR

PELLEGRINILUIS

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psicológicos, além de mudanças positivas nas atitudes e comportamentos e nas atitudes em termos de saúde.

Por que aumentar nossa capacidade de atenção plena dá suporte a muitas atitudes que contribuem para uma vida feliz? As respostas são muitas, e to-das muito interessantes. Para começar, estar plenamente atento torna mais fácil saborear os prazeres da vida à medida que eles ocorrem, ajuda você a se engajar totalmente nas atividades e cria uma capacidade maior de lidar com eventos adversos.

Além disso, ao se concentrarem no aqui e agora, muitas pessoas que pra-ticam a atenção plena consideram que são menos propensas a ficar presas em preocupações sobre o futuro ou arrependimentos sobre o passado, inquietam-se menos com as preocupações sobre o sucesso e a autoesti-ma e são mais capazes de estabelecer conexões profundas com os outros.Leia o artigo e veja tudo que a atenção plena, corretamente praticada, pode fazer por você.

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ATENÇÃO PLENAPráticas para melhorar o bem-estar físico e emocional

OÁSIS . PSICO

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ste é um mundo agitado. Você do-bra a roupa enquanto mantém um olho nas crianças e outro na televi-são. Planeja seu dia enquanto ouve o rádio e desloca-se para o traba-lho e, em seguida, planeja seu fim de semana. Mas na pressa de rea-

lizar tarefas necessárias, você pode se ver per-dendo sua conexão com o momento presente – perdendo o que está fazendo e como está se

E

Atenção plena (mindfulness, em inglês) é a prática de, propositadamente, focalizar sua atenção no momento presente e aceitá-lo sem julgamento. Atualmente sob exame científico, ela já é considerada um elemento-chave para a felicidade e o bem-estarPOR: EQUIPE OÁSIS FONTE: PSICOLOGIA POSITIVA: UTILIZANDO O PODER DA FELICIDADE, FORÇA PESSOAL E ATENÇÃO PLENA, UM RELATÓRIO ESPECIAL DE SAÚDE PUBLICADO PELA HARVARD HEALTH PUBLICATIONS

sentindo. Você notou se estava descansado esta manhã ou que havia margaridas ao lon-go do trajeto para o trabalho?

Uma técnica muito antiga está sendo resga-tada pelas modernas ciências do compor-tamento com o objetivo de sanar ou pelo menos minimizar esse sério problema: é o método da atenção plena. O cultivo da atenção plena tem raízes no budismo, mas a maioria das religiões inclui algum tipo de oração ou técnica de meditação que ajuda a levar seus pensamentos das preocupações habituais para uma apreciação do momento e uma perspectiva mais ampla da vida.

O professor emérito Jon Kabat-Zinn, fun-dador e ex-diretor da Clínica de Redução de Estresse do Centro Médico da Universidade de Massachusetts (EUA), ajudou a trazer a prática da meditação da atenção plena para a medicina tradicional e demonstrou que pra-ticar a atenção plena pode trazer melhorias nos sintomas tanto físicos quanto psicológi-cos, além de mudanças positivas nas atitudes e comportamentos e nas atitudes em termos de saúde.

A atenção plena melhora o bem-estar

Aumentar sua capacidade de atenção plena dá suporte a muitas atitudes que contribuem para uma vida feliz.

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Estar plenamente atento torna mais fácil saborear os pra-zeres da vida à medida que eles ocorrem, ajuda você a se engajar totalmente nas atividades e cria uma capacidade maior de lidar com eventos adversos.

Ao se concentrarem no aqui e agora, muitas pessoas que praticam a atenção plena consideram que são menos pro-pensas a ficar presas em preocupações sobre o futuro ou arrependimentos sobre o passado, inquietam-se menos com as preocupações sobre o sucesso e a autoestima e são mais capazes de estabelecer conexões profundas com os outros.

A atenção plena melhora a saúde física

Se um maior bem-estar não é um incentivo suficiente, os

cientistas descobriram que os benefícios das técnicas de atenção plena ajudam a melhorar a saúde física de diver-sas maneiras. A atenção plena pode:

• ajudar a aliviar o estresse• tratar doenças cardíacas• baixar a pressão arterial• reduzir dores crônicas• melhorar o sono• aliviar problemas gastrointestinais

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A atenção plena melhora a saúde mental

Nos últimos anos, os psicoterapeutas têm se voltado para a meditação da atenção plena como um elemento impor-tante no tratamento de uma série de problemas, incluin-do:

• depressão• abuso de substâncias• distúrbios alimentares• conflitos de casais• transtornos de ansiedade• transtorno obsessivo-compulsivo• Alguns especialistas acreditam que a atenção plena fun-

ciona, em parte, por ajudar as pessoas a aceitar suas ex-periências – incluindo emoções dolorosas – em vez de reagir a elas com aversão e fuga.

Tem-se tornado cada vez mais comum combinar a medi-tação da atenção plena com a psicoterapia, sobretudo a terapia cognitivo-comportamental. Esse desenvolvimen-to faz sentido, uma vez que a meditação e a terapia cog-nitivo-comportamental partilham o objetivo comum de ajudar as pessoas a adquirir uma perspectiva sobre pen-samentos irracionais, não adaptáveis e autodestrutivos.

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uma palavra ou mantra (síla-ba, palavra ou verso religioso) que você repita em silêncio. Deixe os pensamentos irem e virem, sem julgá-los, e volte a focar na respiração ou mantra escolhido.

Sensações do corpo – Ob-serve sensações corporais su-tis, como uma coceira ou for-migamento, sem julgamento, e deixe-as passar. Observe cada parte do seu corpo em sequência, da cabeça aos pés.

Área sensorial – Observe visões, sons, cheiros, gostos e toques. Nomeie-os “visão”, “som”, “cheiro”, “gosto” ou

“toque” sem julgá-los e deixe-os ir.

Emoções – Permita que as emoções estejam presentes sem julgá-las. Pratique nomear as emoções de forma es-tável e descontraída – “alegria”, “raiva”, “frustração”, por exemplo. Aceite a presença das emoções sem julgá-las e deixe-as ir embora.

Navegar pelas compulsões – Encare as ânsias (para substâncias ou comportamentos de dependência) e dei-xe-as passar. Observe como seu corpo se sente conforme a ânsia se instala. Substitua o desejo para que a ânsia vá embora pela certeza de que ela vai diminuir.

Técnicas de atenção plena

Há mais de uma forma de praticar a atenção plena, mas o objetivo de qualquer técnica de atenção plena é alcançar um estado de alerta, um relaxamento focado ao prestar atenção deliberadamente nos pensamentos e sensações, sem julgá-los. Isso permite que a mente se reconcentre no momento presente. Todas as técnicas de atenção ple-na são uma forma de meditação.

Meditação de atenção plena básica – Sente-se cal-mamente e se concentre na sua respiração natural ou em

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Meditação e outras práticas que promovem a atenção plena

A atenção plena pode ser cultiva-da através da meditação de aten-ção plena, um método sistemáti-co de concentrar sua atenção.Você pode aprender a meditar por si mesmo, seguindo as ins-truções em livros, CDs ou fitas. No entanto, pode contar com o apoio de um instrutor ou um gru-po para responder a perguntas e ajudá-lo a ficar motivado. Procu-re alguém que use a meditação de forma compatível com as crenças e objetivos que você tem.

Se você tiver alguma condição de saúde que exija cuidado especial, pode preferir um programa com orientação médica que incorpore meditação. Pergunte ao seu médico ou hospital sobre grupos locais. Muitos hospitais públicos e postos de saúde já incorporaram a técnica.

Começando por conta própria

Alguns tipos de meditação envolvem basicamente con-centração – repetir uma palavra ou frase ou concentrar--se na sensação da respiração, permitindo que a série de pensamentos que inevitavelmente afloram venha e se vá. As técnicas de meditação de concentração, assim como

outras atividades, como tai chi ou ioga, podem estimular a conhecida resposta de relaxamento, que é muito impor-tante para reduzir a resposta do corpo ao estresse.A meditação de atenção plena se baseia em práticas de concentração. Veja como funciona:

Siga o fluxo – Na meditação de atenção plena, depois de estabelecer a concentração, você observa o fluxo de pensamentos, emoções e sensações corporais sem julgá--los como bons ou maus.

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Preste atenção – Você também percebe sensações ex-ternas, tais como sons, visões e toque, que compõem sua experiência do momento presente. O desafio é não se agarrar a uma determinada ideia, emoção ou sensação, ou ficar atolado pensando sobre o passado ou o futuro. Em vez disso, você assiste ao que vai e vem em sua mente e descobre quais hábitos mentais produzem uma sensa-ção de bem-estar ou sofrimento.

Fique com ele – Às vezes, esse processo pode não pa-recer nada relaxante, mas com o tempo ele fornece uma chave para aumentar a felicidade e o autoconhecimento, conforme você se sentir confortável com uma gama cada vez mais ampla de experiências.

Pratique a aceitação

Acima de tudo, a prática de atenção plena envolve aceitar o que surge em sua consciência a cada momento. Trata--se de ser gentil e perdoar a si mesmo.

Algumas dicas para ter sempre em mente:

Redirecione gentilmente – Se sua mente vagueia em planejamento, devaneio ou crítica, observe aonde ela foi e gentilmente redirecione-a para sensações no presente.

Tente repetidas vezes – Se perder a sessão de medita-ção que planejava, simplesmente comece de novo.Ao aceitar sua experiência durante a meditação, fica mais fácil para você aceitar o que lhe surgir à frente durante o resto do dia.

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Exercícios para tentar por sua conta

Se a meditação de atenção plena atrai você, ir a uma aula ou ouvir uma fita ou CD de meditação pode ser uma boa forma de começar. Enquan-to isso, aqui estão dois exer-cícios de atenção plena que você pode tentar fazer sozi-nho.

Praticando a meditação de atenção plena

Este exercício ensina a medi-tação de atenção plena básica:1) Sente-se em uma cadeira de espaldar reto ou de pernas

cruzadas no chão.2) Concentre-se em um aspecto de sua respiração, como as sensações do ar fluindo em suas narinas e fora de sua boca, ou sua barriga subindo e descendo enquanto você inspira e expira.3) Uma vez que você tenha estreitado a abrangência de sua concentração dessa forma, comece a ampliar o foco. Conscientize-se de sons, sensações e suas ideias.4) Abrace cada pensamento ou sensação e considere-o sem julgá-lo bom ou ruim. Se sua mente começa a fugir, volte seu foco para a respiração. Em seguida, expanda sua consciência novamente.

Cultive a atenção plena informalmente

Além da meditação formal, você também pode cultivar a atenção plena informalmente, concentrando a atenção em suas sensações a cada instante durante as atividades cotidianas. Isto é feito fazendo-se uma coisa de cada vez e dando-lhe toda a atenção. Enquanto você usar o fio dental, brincar com o cachorro ou comer uma maçã, por exemplo, desacelere o processo e esteja totalmente pre-sente conforme ele se desenrola e envolve todos os seus sentidos.

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Invista em si mesmo

Os efeitos da meditação de aten-ção plena tendem a ser relacio-nados com a dose – quanto mais você faz, mais efeito tem normal-mente. A maioria das pessoas acha que é preciso pelo menos 20 minutos para a mente começar a se acalmar, por isso essa é uma forma razoável para iniciar. Se você está pronto para um com-promisso mais sério, Jon Kabat--Zinn recomenda 45 minutos de meditação, pelo menos seis dias por semana. Mas você pode começar praticando as técnicas descritas aqui por períodos mais curtos.

Aprendendo a permanecer no presente

Uma abordagem menos formal para a atenção plena também pode ajudá-lo a permanecer no presente e par-ticipar plenamente da sua vida. Você pode escolher qual-quer tarefa ou momento para praticar a atenção plena informal, esteja comendo, tomando banho, andando, tocando um parceiro ou brincando com um filho ou neto. Atender a esses requisitos vai ajudar:

* Comece trazendo sua atenção para as sensações em seu corpo* Respire pelo nariz, permitindo que o ar vá para a parte

inferior da barriga. Deixe seu abdômen se expandir ple-namente.* Agora respire pela boca* Observe as sensações de cada inspiração e expiração* Prossiga nessa atividade lentamente e com o firme pro-pósito de concluí-la* Envolva seus sentidos plenamente. Observe cada visão, toque e som de forma que você saboreie toda sensação.* Quando notar que sua mente fugiu do que estava fazen-do, traga delicadamente sua atenção de volta para as sen-sações do momento.

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GUERREIROS DE METALO mundo controlado por androidesOÁSIS . TECNOLOGIA

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ão há funcionários melhores do que as máquinas. Os radares ele-trônicos espalhados por cidades e estradas do Brasil, por exem-plo, trabalham 24 horas por dia, concentram-se 100% do tempo na tarefa, não têm férias nem

13º salário e nunca fazem greve. Há tempo as indústrias de armamento e defesa estão sedu-zidas por qualidades como essas. A evolução

N

Robôs-soldados estão passando do terreno da ficção científica para a realidade, como demonstram aparelhos construídos por países como Estados Unidos, Israel e Coreia do Sul. Como esses equipamentos vão determinar seus alvos e atacá-los?

POR EDUARDO ARAIA

tecnológica já permite antever a fabricação de aparelhos com autonomia para combater e decidir, sozinhos, se e quando devem dar cabo da vida de alguém. A criação desses equipamentos, considerada viável em até 20 anos, significaria o prenúncio de um mundo controlado por androides, como esboçado nos filmes O Exterminador do Futuro e Eu, Robô.

De acordo com Steve Goose, diretor da divi-são de armas da Human Rights Watch, ONG que atua globalmente na defesa dos direitos humanos, militares de vários países estariam “muito empolgados” com a possibilidade de contar com robôs-soldados, de olho na re-dução das baixas entre militares de carne e osso. Estados Unidos, China e Rússia são al-guns dos interessados nesse novo guerreiros cibernéticos.

Precursores de robôs-soldados, chamados em inglês de killer robots (robôs assassi-nos), já podem ser vistos por aí. O sistema de defesa Phalanx, da americana Raytheon, instalado em navios da Marinha dos EUA, é capaz de identificar a origem do fogo inimigo e destruir projéteis disparados contra ele.O drone X47B, da também americana Nor-throp Grumman, é uma aeronave não tripu-lada que decola e pousa de aviões cargueiros, entra em combate aéreo sem piloto e até rea-bastece no ar. Ainda não leva armas, mas,

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providencialmente, possui dois compartimentos para bombas.

O drone Harpy, fabricado por Israel, pode reconhecer e lançar uma bomba contra qualquer sinal de radar não registrado como “amigo” por seu banco de dados. A Sa-msung fabricou o robô de vigilância SGR-A1, que detec-ta movimentação incomum, ameaça intrusos e até abre fogo, quando autorizado por um controlador humano. Ele poderá substituir soldados no lado sul-coreano da Zona Desmilitarizada entre as duas Coreias.

Drones à parte, todos esses aparelhos funcionam mon-tados sobre bases fixas. Mas robôs de combate dotados de movimento já estão a caminho. Os produtos anuncia-dos pela empresa americana Boston Dynamics – ligada a

instituições militares dos EUA – em seu portal (boston-dynamics.com) ou no YouTube (YouTube.com/Boston-Dynamics) mostram robôs com mobilidade e agilidade surpreendentes. A empresa não os apresenta como ar-mas, mas é fácil imaginá-los atuando com essa finalida-de.

Chamam a atenção o Atlas e o Petman, robôs antropo-mórficos capazes de mover-se coordenadamente sobre diferentes terrenos. Há também o Cheetah, de quatro “patas”, que corre até a velocidade de 45 km/h, e o Big-Dog, robô de carga também apto a enfrentar terrenos variados.

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Responsabilidade difusa

As centenas de ataques realizados por drones americanos no Oriente Médio nos últimos anos – que levaram à mor-te centenas de civis no Paquistão e no Iêmen –, estimu-lam uma reflexão mais atenta sobre um cenário de guerra envolvendo os robôs-soldados.

No caso dos atuais drones, sempre há pelo menos um humano que aciona os comandos necessários para os aparelhos atirarem. Mesmo aceitando-se esse detalhe, a responsabilização dos culpados pelas mortes de civis ain-da parece remota. Nesse ritmo, os casos de assassinatos cometidos por robôs-soldados tenderiam a ficar numa

espécie de limbo jurídico.

Embora o Departamento de Defesa dos EUA tenha for-malizado em novembro de 2012 a diretriz de que coman-dantes e operadores desses aparelhos deverão manter “níveis apropriados de julgamento humano a respeito do uso da força”, o tema ainda patina na obscuridade.

O inglês Noel Sharkey, especialista em robótica e inteli-gência artificial da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, e presidente do Comitê Internacional para o Con-trole de Armas Robóticas, é um dos que percebem os ris-cos implícitos nessa situação, tanto em termos jurídicos como éticos e morais. “Se um robô comete um erro,

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O drone Harpy, fabricado pelos israelenses

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inimigos, mas caçadores, ou soldados se rendendo?”

A questão levou a HRW a divulgar, em 2012, o relatório Losing Humanity (Perden-do a Humanidade), coescri-to com a Clínica de Direitos Humanos Internacionais da Escola de Direito da Univer-sidade Harvard, no qual a entrada de robôs-soldados no teatro de guerra é analisada. Um dos pontos mais polêmi-cos, segundo os autores, seria a questão de como atribuir a essas máquinas “condições” de diferenciar civis e comba-tentes numa zona de confli-to. Cético quanto à definição

dessas condições, o relatório propõe a elaboração de “um tratado internacional que proibiria em absoluto o desen-volvimento, a produção e o uso de armamentos total-mente autônomos”.

A ideia prosperou e estimulou o surgimento, em abril de 2013, da campanha “Stop the Killer Robots”, cujo lança-mento, realizado na Câmara dos Comuns, em Londres, teve a participação de acadêmicos como Noel Sharkey e representantes de grupos que barraram o uso de minas e bombas de fragmentação em conflitos, como a america-na Jody Williams, Nobel da Paz em 1997 pela militância a favor da eliminação de minas. A campanha recomenda

quem é o responsável?”, pergunta. “Certamente não será o robô. Ele poderia levar um balaço em seu computador e ficar incontrolável. Assim, não há forma de determinar realmente quem é o responsável, e isso é muito impor-tante para as leis de guerra.”

O sul-africano Christof Heyns, relator especial da ONU para execuções extrajudiciais, também é crítico em rela-ção ao tema. “Soldados em batalha podem, legalmente, mirar apenas em combatentes, e não civis. Um compu-tador conseguirá fazer o julgamento de valor de que pes-soas em trajes civis levando rifles não são combatentes

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o “banimento de sistemas de ar-mas capazes de mirar num alvo e tomar decisões que envolvem vida e morte sem que um huma-no esteja informado disso”.

Dois meses depois, Christof Heyns apresentou no Conselho de Direitos Humanos da ONU um relatório sobre armas autô-nomas letais que vai basicamente no mesmo sentido. Ele recomen-da que os robôs assassinos sejam banidos até que uma discussão política defina como regulamen-tá-los em níveis nacional e inter-nacional.

Regulação necessária

Em outubro de 2013, o tema foi debatido no Primeiro Comitê de Desarmamento e Se-gurança Internacional da Assembleia Geral da ONU. Egípcios, franceses e suíços ressaltaram que as regula-mentações são necessárias antes que os robôs assassinos estejam “desenvolvidos ou posicionados”. Alemanha, Argélia, Áustria, Brasil, EUA e Marrocos deram apoio a essas propostas. Mas especialistas também reivindica-ram maior transparência dos governos que já usam siste-mas semiautônomos, como o Phalanx dos EUA.

“Não estamos tentando deter o avanço da robótica, mas não quero ver robôs operando por sua própria conta,

equipados com armas letais”, afirmou na ocasião Jody Williams, painelista no evento. “Temos todo o direito e a responsabilidade de discutir publicamente sobre para onde a guerra está indo.”

Ainda em outubro, a pressão anti-robôs-soldados subiu um pouco mais de tom com a divulgação de um manifes-to, assinado por 270 estudiosos e profissionais das áreas de computação e de inteligência artificial de vários paí-ses, que pede a interrupção no desenvolvimento ou uso

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citos de androides montados por ditadores ou grupos terroristas.

O tema voltou a ser debatido em nível internacional em Genebra (Suíça), em novembro, e nele países como Fran-ça, Espanha, Áustria, Irlanda, Holanda, Croácia, México e Serra Leoa sublinharam os perigos em potencial dessa tecnologia. Várias nações frisaram a necessidade de se colocar essas armas em conformidade com as conven-ções de Genebra relativas à guerra. A Irlanda, e Holanda e outros países também ressaltaram que as leis interna-cionais sobre o assunto devem incorporar o conceito de “controle humano significativo” referente a tais arma-mentos, embora ainda não se tenha chegado a um con-senso sobre o tema.

O tema exige, de fato, reflexão, e a preocupação huma-nista é impor limites precisos à eficiência insensível da inteligência artificial. “A perspectiva de entrar num mun-do onde máquinas recebam explicitamente um mandato para matar humanos deveria fazer todos nós pensar”, diz Christof Heyns. “Enquanto a tecnologia avança, precisa-mos ter algum tempo para garantir que não apenas vidas, mas também um conceito do valor da vida humana, se-jam preservados no longo prazo.”

Vídeo: Robot Evolution, um vídeo do presente que apon-ta para o futuro. Tudo que este vídeo mostra já existe e é funcional. A partir disso, a tecnologia e a criatividade humana aplicadas ao mundos dos robôs e dos drones não conhecerá mais limites.

Veja o vídeo aqui

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de armas que disparem sem intervenção humana. Mas o tema não é unanimidade.

Dois professores americanos, Matthew Waxman, da Es-cola de Direito da Universidade de Columbia, e Kenneth Anderson, da Universidade Americana, alegam que desis-tir dos robôs assassinos seria “desnecessário e perigoso”, pois os sistemas autônomos são parte do nosso futuro e, se os governos não os usarem, acabarão nas mãos de gru-pos terroristas e de regimes rivais.

Além disso, sistemas de armamentos sofisticados pode-riam ser úteis no futuro, localizando alvos melhor do que os humanos. Outros pesquisadores afirmam que, livres de emoções como vingança ou sede de poder, os robôs--soldados seriam mais adequados para lutar contra exér-

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VIA

GEM

SIS

Machu Pichu, cidade sagrada dos incas

O VALE SAGRADO DOS INCASItinerário sob um rio celestial chamado Via Láctea

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curta distância da cidade de Cuzco encontra-se um dos vales de maior riqueza paisagística e cultural do Peru. Foi formado há milhares de anos pelas corren-tezas do rio Vilcanota, o mesmo que no passado era chamado de Willkañuta (casa do Sol) ou Willcamayu (rio sagrado).

A

Ele não é apenas um nome poético, uma frase, ou muito menos um lugar comum. É na verdade um sentimento, uma maneira de se situar no mundo, uma forma de compreender a vida, um conceito. É o Vale Sagrado, região andina do Peru onde os incas edificaram as suas cidades e monumentos mais importantes

POR: FABÍOLA MUSARRA

A área, hoje denominada Vale Sagrado dos Incas, é um paraíso do turismo cultural que se prolonga por mais de 100 quilômetros (sendo seus extremos as cidades de Pisac e Machu Picchu), e possui numerosos povo-ados (entre eles Ollantaytambo) e impres-sionantes centros administrativos que tes-temunham sua milenar ocupação. O Vale fica a uma altitude média de 2800 metros sobre o nível do mar, e apresenta condições excepcionais, tais como um clima benéfico (18 graus centígrados de temperatura média anual), rica flora e fauna, terra fértil e inume-ráveis riachos que nascem nas cordilheiras nevadas que o rodeiam e se precipitam em cachoeiras por entre os bosques nativos mais altos do mundo, a 4200 metros de altitude.

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Pequena rua em povoado indígena do Vale Sagrado

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Panorama de trecho do Vale Sagrado

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te, mas agora seguindo a direção do “rio terrestre” (Vilca-nota), que também flui de Sudeste à Noroeste.É nessa peregrinação ritual que, segundo a metafísica inca, o rio celestial se relacionava com o rio terrestre. Para aquele povo, como para a quase totalidade dos po-vos animistas, tudo que fosse sagrado sobre a Terra pos-suía sempre um reflexo no céu.

Devido a tudo isso, e em função dessas crenças, foram edificados, em todo o Vale Sagrado, enormes construções que delimitaram espaços rituais nos quais tentava-se re-criar as formas das principais constelações andinas (Ár-vore, Lhama, Condor, Perdiz, Pontes etc), como se o vale e seu rio fossem reflexos, um do outro. A arquitetura do

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Ruínas do Vale Sagrado dos Incas

OÁSIS . VIAGEM OÁSIS

Estação ferroviária de Águas Calientes, ponto de chegada a Machu Pichu

Sobre o Vale Sagrado passa a Via Láctea, com seus mi-lhões de estrelas e nuvens de poeira cósmica e gás. Essa imensa galáxia que nos rodeia por completo era conhe-cida no mundo andino como Mayu, o “rio celestial”. Ela serviu aos incas não apenas como ponto de referência es-piritual, mas também como eixo para a edificação de uma inteira civilização. O cronista Cristóbal de Molina descre-ve que os sacerdotes Incas realizavam durante o Solstício de Inverno uma peregrinação cerimonial anual em fun-ção da Via Láctea: partiam de Cuzco em direção Sudeste, seguindo o movimento aparente da Via Láctea, até um lugar hoje denominado La Raya (onde nasce o rio Vilca-nota), e onde, segundo a mitologia Inca, nascia o Sol.Desse lugar regressavam à Cuzco, dirigindo-se à Noroes-

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Vale, tal qual sua simetria, parece nos revelar que o mes-mo tinha a função de servir de espelho da Via Láctea para os Incas.

Logo, o Vale Sagrado, não é apenas um nome, uma frase, ou muito menos um lugar comum, normal. É na verda-de um sentimento, uma maneira de se situar no mundo, uma forma de compreender a vida, um conceito.Foi pensando em tudo isso que a Cia & Viagens, criou um roteiro especial de viagem que permite percorrer os an-tigos caminhos e entrar em contato direto com a cultura

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dos incas, um dos mais anti-gos e intrigantes povos que habitaram o Novo Continen-te.

Com saídas diárias, o rotei-ro de seis noites começa em Lima. Devido à quantidade de ouro e prata que o solo do Peru solo abrigava, a atual capital do país, durante mais de 300 anos foi uma das ci-dades mais importantes da Espanha colonial. Durante algum tempo foi a capital mais rica das Américas. Em Lima, após o traslado ao hotel para hospedagem, você tem o resto do dia livre. Aproveite e vá passear pelas ruas desse mundo mágico onde você acaba de pisar.

Pela manhã, saída para conhecer os principais pontos turísticos da capital peruana. O tour começa no centro histórico, declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 1991. A região merece mesmo ser desven-dada. Ao percorrer suas ruas, certamente você vai notar que nessa belíssima cidade de estilo colonial praticamen-te inexistiam palácios reais. Em função disso, no centro histórico e em seu redor floresceram mansões onde vive-ram os nobres. A região abriga ainda diversas igrejas e suas valiosas co

Intihuatana, relógio solar em Machu Pichu

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leções de arte e museus com impressionantes acervos de objetos, peças e artefatos em ouro e prata.

Durante o passeio, você tam-bém visita a Praça Mayor, fun-dada em 1535 pelo espanhol Francisco Pizarro, onde se en-contram o Palácio do Gover-no, a Prefeitura e a Catedral. O tour inclui ainda o moder-no distrito de San Isidro e o bairro de Miraflores, onde você vai poder apreciar uma deslumbrante vista do Oceano Pacífico.

O terceiro dia de viagem, um voo doméstico te conduz a Cusco. Na chegada, uma nova viagem te aguarda, desta vez rumo ao Vale Sagrado. No trajeto, visita o colorido mercado de Pisac. Distante 31 km de Cusco, Pisac fica na entrada do Vale Sagrado.

Depois do almoço, a viagem segue para Ollantaytambo, um povoado habitado por um dos povos mais antigos do continente americano. Esse pitoresco vilarejo ainda pre-serva as estreitas ruas e canais que não mudaram nada desde a época inca. Chegada e visita à Fortaleza de Ollan-taytambo. Regresso e acomodação em hotel no Vale Sa-grado.

Pela manhã, traslado à estação ferroviária de Ollan-

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taytambo para pegar um trem para Aguas Calientes. Che-gada, recepção pelo guia local e embarque em ônibus a um dos centros energéticos mais fantásticos do mundo: Machu Picchu. No percurso, você aprende um pouco so-bre a história que envolve este mítico lugar. Depois, tem a oportunidade de caminhar nesse mágico solo, explo-rando as ruínas ali existentes.

Almoço, traslado e acomodação em hotel. Oba! Agora, você tem o resto do dia e a manhã seguinte livres para curtir esse sagrado pedaço de terra. Você pode, por exemplo, fazer um opcional e visitar novamente Machu

Em Machu Pichu, aspecto do sistema inca para irrigação agrícola

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Moray, um laboratório agrícola inca, para a aclimatação de plantas vindas de lugares distantes

vivo da mistura da cultura andina e espa-nhola.

Logo cedo, você conhece alguns sítios ar-queológicos situados de Cusco, como o sítio de Tambomachay, onde ficam os Ba-nhos do Inca. Há ainda um stop em Puca Pucara (Fortaleza Vermelha), uma cons-trução arqueológica militar, com grandes muros e terraços.

Por último, visita a Fortaleza de Sacsayhu-aman, uma imponente mostra da arquite-tura militar inca que domina a paisagem de Cusco. Retorno ao hotel e tempo livre para fazer compras, passear e simplesmen-te desfrutar essa cativante cidade do jeito que desejar.

Depois de uma semana, a viagem chega ao fim. Hora de fazer o traslado ao aeroporto de Cusco e vol-tar, trazendo em sua bagagem ótimas recordações, ener-gias renovadas e muita história para compartilhar.

O roteiro não inclui as passagens aéreas internacional e doméstica, ingresso adicional ao Parque de Machu Pic-chu, taxas aeroportuárias, passeios e excursões opcio-nais, entradas aos locais de visita durante os passeios opcionais. Informações: Viagens & Cia., www.viagense-cia.com.br, tel.: (11) 2941-8871.

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Picchu, desta vez para conhecer um de seus lugares mais emblemáticos, como Intipunku, também conhecida como a Porta do Sol.

Já os mais aventureiros podem escalar a Huayna Picchu (Montanha Jovem) até o Templo da Lua, de onde a vista da cidade é inesquecível. À tarde, traslado à estação fer-roviária de Aguas Calientes para tomar o trem para Cus-co.

Depois de se hospedar, você tem tempo livre para curtir Cusco, considerada como uma cidade imperial e exemplo

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XVII Festival Internacional de HabanoDe 23 a 27 de fevereiro, o Palácio de Con-venções de Havana (Cuba) será palco do XVII Festival Internacional de Habano, um evento realizado em homenagem a famosas marcas de charutos, como Hoyo de Monterrey, Partagas, Trinidad e Hup-mann.

Durante uma semana, os participantes do festival vão degustar com exclusivi-dade as novas Vitolas Habanos AS, lan-çadas em 2014, além de compartilhar experiências e segredos de uma tradição acumulada durante séculos. Promovido pela Habanos AS, o evento é integrado por feira, seminários, degus-tações, sorteios e pelo concurso Haba-nosommelier. Sua extensa programação também inclui visitas às plantações de tabaco e à emblemática Fábrica de Taba-co Torcido.

A feira também vai reunir empresários, produtores e fornece-dores do setor, possibilitando o intercâmbio técnico e comer-cial. Em seus stands serão comercializados produtos associa-dos à agricultura de tabaco, máquinas, artigos para fumantes, bens de luxo e artesanato, entre outros itens.

Gostaria de participar? A Sanchat Tour te leva para lá. O paco-te da operadora inclui as passagens aéreas voando com a Copa

Catedral de são Cristóvão, em La Havana

Airlines, seis noites de hospedagem com café da manhã, traslados in/out e assistência de viagem GTA. Custa a partir de US$ 1.720 por pessoa, que pode ser parcelado em 30% de entrada. O saldo restante pode ser dividido em até nove vezes. No ato da compra, também é neces-sário pagar as taxas e vistos. Informações: Sanchat Tour, tel. (11) 3017-3140, www.sanchattour.com.br e www.eventosemcuba.com.br

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Washington tem promoções para casaisFevereiro é o mês que os Estados Unidos comemoram o Dia dos Namorados, o Valentine´s Day. Para celebrar a data, Washington brinda os apaixonados com o lança-mento da campanha “Date Nights DC”, uma iniciativa que destaca o clima de romance da capital norte-ameri-cana e de seus bares, restaurantes, monumentos, teatros, museus e hotéis.

Com o tema “It All Starts in DC”, a campanha este ano oferece mais de 50 opções de descontos em atrações e hotéis da cidade, além de reunir dicas de lugares ideais para fazer o pedido de casamento e de dar sugestões de passeios românticos.

Entre os parceiros participantes estão os 11 empreendi-mentos do Kimpton Hotels na região, nove da rede Mar-riott, o histórico hotel Willard InterContinental e o Four Seasons Washington, o único hotel com categoria cinco estrelas e cinco diamantes de Washington. A campanha disponibiliza ainda o site http://datenightsdc.org, que traz todas as promoções e as dicas de itinerários de lo-cais românticos para todos os tipos de casais, incluindo LGBT.

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Cartaz promocional do Date Nights DC, em Washington

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Buenos Aires ganha seu primeiro parque aquáticoSe você vai passar uns dias em Buenos Aires, a efervescente capi-tal da Argentina, aproveite o calor e vá conhecer uma de suas mais novas atrações: o primeiro parque aquático da cidade. Instalado na região de Tigre, zona metropolita-na da capital portenha, o Aquafan, como é o seu nome, faz parte do Parque de La Costa e possui um dos tobogãs mais altos da América Latina, com 32 metros de altura.Com investimentos de cerca de US$ 7 milhões e a expectativa de receber cem mil visitantes ainda nesta temporada de verão, o par-que conta ainda com piscina com ondas, tobogã fechado com efeitos luminosos, uma área infantil com água climatizada e espaços mais tranquilos para relaxar ao lado do rio.

O Aquafan, contudo, não é a única atração do lugar A região abriga ainda o Teatro Nini Marshall e o tradicio-nal Porto de Frutas, além de ser uma ponte para os pas-seios de barco no Delta do Tigre. Para saber mais, acesse: www.tigre.gov.ar/turismo

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Aquafan, parque aquático em Buenos Aires

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Búzios, no Estado do Rio de Janeiro

CVC oferece descontos em cruzeiros pelo BrasilEm plena alta temporada de cruzeiros pelo litoral brasi-leiro, período em que dez transatlânticos percorrem dife-rentes rotas em águas tupiniquins, a CVC está oferecendo tarifas especiais em diversos roteiros, incluindo nos cru-zeiros para o Carnaval.

Em alguns deles, os descontos chegam a mais de 50% Para dar uma ideia, o cruzeiro de Car-naval no Costa Favolosa, an-tes vendido pela Costa por R$ 4.899, agora sai na CVC por R$ 1.899 por passageiro, valor que pode ser parcelado em dez vezes sem juros de R$ 189,90.

Há, ainda, opções em mini-cruzeiros e cruzeiros com até nove noites de duração, rumo a balneários como Búzios (RJ) e Ilhabela (SP), e a portos vizi-nhos como Punta Del Este (Uru-guai) e Buenos Aires (Argenti-na).

Para essa temporada, estão sendo oferecidos 224 tipos de roteiros, com os embarques e desembarques dos cruzeiros em

Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Salvador (BA), Itajaí (SC) e Manaus (AM). Os roteiros já estão dis-poníveis nas agências multimarcas e lojas da CVC. Infor-mações: www.cvc.com.br

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Navio Empress, em cruzeiro da Pullmantur na Costa do Sauípe, Bahia

Pullmantur anuncia roteiros parcelados em 12 vezesTambém a Pullmantur está com uma promoção especial em seus cruzei-ros: até o fim de feverei-ro, o pagamento das cabi-nes para diversos roteiros da armadora podem ser parcelados em até 12 ve-zes sem juros no cartão ou cheque. Os roteiros podem ser nacionais, como os minicruzeiros pela costa brasileira. A promoção é válida tam-bém para embarques em países da Europa e Cari-be. Informações: www.pullmantur.com.br

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Avianca inaugura sala vip na Cidade do MéxicoA Avianca inaugurou, no fim do mês de janeiro, uma sala vip no Aeroporto Internacional Benito Juarez, na Cidade do México. Sob o comando da empresa Global Lounge, o espaço de 176 metros quadrados está localizado no Ter-minal 1 e tem capacidade para acomodar 60 clientes si-multaneamente.

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Inauguração da Sala Vip da Avianca no aeroporto da Cidade do México

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Paço Municipal de Juiz de Fora, Minas Gerais

Gol terá voo entre Congonhas (SP) e Juiz de Fora (MG)Você que frequentemente costuma viajar de avião para Minas Geras, anote ai: a partir do dia 23 de março, a Gol disponi-bilizará um voo entre o Aeroporto de Congonhas (SP) e Juiz de Fora (MG), com escala no Aeroporto de Confins (MG).

O voo terá seis frequên-cias semanais e será feito com aeronaves Boeing 737-700 e configuração Gol+, que disponibiliza maior espaço entre as poltronas. A bordo serão servidos alimentos leves e sanduíches, além de opções vegetarianas. In-formações: www.voegol.com.br.

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Carnaval de rua em IlhabelaIlhabela é famosa pelo animado Carnaval que todos os anos invade as suas badaladas ruas. Durante os cinco dias de folia, o centro histórico da ilha é tomado por desfiles de escolas de samba e blocos carnavalescos, além de ma-tinês para a criançada. A folia começa no dia 14 de feve-reiro, com o desfile dos blocos da ilha. Já no domingo e na segunda-feira são as escolas de samba que agitam a cidade.

Na terça acontece o tradicional “Banho da Doroteia”, um desfile de blocos em que todos os participantes usam fan-

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tasias de papel crepom. Ele sai do centro e termina no mar, com os foliões pulando do píer. Segundo a tradição, as fantasias de papel crepom, ao se desfazerem no mar, levam as energias negativas.

Se você já conhece ou deseja conhecer a pi-toresca forma de comemorar o Carnaval da Ilha, o Barra do Piúva Porto Hotel é uma opção de hospedagem. Situado de frente ao mar e com uma vista memorável do Canal de São Sebastião e da Ilha das Cabras, fica a 15 minutos da chegada da balsa e perto do centro histórico. Sua área de lazer conta com piscina, jacu-zzi aquecida, sauna, academia de ginástica, wi-fi e restaurante. O deck bar dá acesso ao mar e a uma pequena praia isolada permi-tindo também a ancoragem e atracação de

embarcações de até 50 pés.

Para o Carnaval, o Barra do Piúva Porto Hotel está com pacotes de cinco noites, no período de 13 a 18 de feverei-ro, com preços a partir de R$ 2.970 o casal, com café da manhã incluso. Caiaques, máscaras e nadadeiras para mergulho ficam à disposição dos hóspedes.Embora não hospede menores de 12 anos, o hotel é pet friendly e aceita animais de estimação de pequeno porte. Os animais devem estar com a vacinação em dia e não podem circular por algumas de suas dependências. Hós-pedes com pets têm um acréscimo de 15% sobre o valor do pacote. Informações: (12) 3894 9415, (12) 3894-9427 e www.barradopiuva.com.br

IlhaBela, no Litoral Norte de São Paulo

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é um bom endereço para você fazer isso. Ela pertenceu à família de Amoldo Frey e foi doada ao município após a sua morte.

Para os amantes do vinho, a sugestão é a Rota da Ami-zade, que passa pelas cinco principais cidades produto-ras de vinho da região. Nas vinícolas do roteiro, você vai acompanhar de perto todo o processo de preparação da bebida, degustando no final das visitas o sabor das tenta-ções do deus Bacco. Informações: www.fraiburgo.sc.gov.br

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Mosaico de imagens de Fraiburgo, em Santa Catarina

Maçãs, um bom motivo para visitar FraiburgoSituada no interior de Santa Catarina, a encantadora cidade de Fraiburgo é conhecida como a Terra da Maçã. Não é de hoje que a sua tradição no plan-tio da fruta atrai milhares de turistas. Eles chegam à região interessados em conhecer as plantações e, sobretudo, em saborear as deliciosas maçãs ali produzidas.

Se você se interessou por essa via-gem, saiba que a época ideal para ir até lá vai de janeiro a abril, período de colheita da maça. Ao chegar à cida-de, você encontra diversas opções de hospedagem. O Hotel Renar (www.hotelrenar.com.br) é uma delas. Com a decoração inspirada na arquitetura alpino-germânica, é circundado pela natureza. Em seu restaurante, você encontra uma ampla diversidade gas-tronômica, com pratos nacionais e internacionais.

Depois de ter se instalado, a dica é ir até a Casa do Turis-mo de Fraiburgo, que organiza passeios para o trajeto da maçã. A rota é percorrida por dois veículos tipo aqueles que fazem safáris, o que, por si só, já é mais uma emoção. Além da rota da maçã, você também pode aproveitar sua estadia em Fraiburgo para entrar em contato com a cul-tura e a história do lugar. A Casa da Cultura Lydia Frey

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CÂMERA INDISCRETADetalhes perigosos que a polícia rastreia sobre você

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atherine Crump é professor assistente na Berkeley Law School, especializada nas legislações relativas a informação e vi-gilância. Milita também como advogada civil focada no combate aos abusos dos serviços de vigilância implantados pelo

C

Uma pequena câmera pendurada lá no alto pode significar que a polícia sabe para onde você vai, com quem, e quando: o leitor automático de placa de licença. Essas câmaras são, de modo insuspeito, colocadas em todas as pequenas cidades americanas e em várias outras do mundo. O objetivo declarado é pegar criminosos conhecidos. Mas a advogada Catherine Crump mostra como os dados coletados de forma agregada podem ter consequências desastrosas para todos

VÍDEO: TED – IDEAS WORTH SPREADINGTRADUÇÃO: ANDREA MUSSAPREVISÃO: RUY LOPES PEREIRA

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Estado, e também na proteção da liberdade de palavra dos cidadãos que desejam fazer protestos políticos.

Nos Estados Unidos, ela denunciou casos de abuso da NSA e do Departamento de Segu-rança Interior.

A advogada Catherine Crump

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Tradução integral da palestra de Catherine Crump no TED

A chocante repressão policial sobre os manifestantes em Ferguson, Missouri, no rastro do tiroteio da polícia contra Michael Brown, des-tacou a extensão em que armas e equipamentos militares avançados, projetados para o campo de batalha, estão indo para as polícias de pequenas cidades, de todos os Estados Unidos. Embora muito mais difícil de observar, o mesmo está acontecendo com equipamentos de vigilância.

A vigilância em massa estilo NSA, está habilitando a polícia local a reu-nir grandes quantidades de informações sensíveis sobre todos e cada um de nós, de uma forma nunca antes possível.

Informações de localização podem ser muito sensíveis. Se você dirige seu carro pelos EUA, pode revelar se você vai ao terapeuta, a uma reu-nião dos Alcoólicos Anônimos, se você vai à igreja ou não. E quando essas informações sobre você são combinadas com as mesmas infor-mações sobre todos os outros, o governo pode ter um retrato detalhado de como os cidadãos interagem.

Essas informações costumavam ser privadas. Graças à tecnologia mo-derna, o governo sabe demais sobre o que acontece a portas fechadas. E as polícias locais tomam decisões sobre quem eles acham que você é, com base nessas informações.

Uma das principais tecnologias que provê esse rastreamento de loca-lização em massa é o insuspeito Leitor Automático de Placas. Se você ainda não viu um, provavelmente é porque não sabia o que procurar. Eles estão em todo lugar. Montados em estradas ou em carros de polí-cia os Leitores Automáticos de Placas capturam imagens de cada carro que passa e convertem a placa em texto legível para uma máquina, para que possa ser verificada nas listas negras de carros potencialmen-te procurados por ilegalidade.

Mas mais do que isso, cada vez mais, as polícias locais estão mantendo registros não apenas de pessoas procuradas por ilegalidade, mas de cada placa de carro que passa, resultando numa coleção de enorme massa de dados sobre onde os ameri-canos têm ido. Você sabia que isso está acontecendo?

Quando Mike Katz-Lacabe pediu à polícia local as informações que o leitor de placa tinha sobre ele, eis o que eles possuíam: além da data, hora e local, a polícia tinha fotos que capturaram para onde ele ia e, muitas vezes, quem estava com ele. A segun-da foto de cima, é uma imagem do Mike e suas duas filhas sain-do de seu carro em sua própria garagem. O governo tem cen-tenas de fotos como esta, sobre o cotidiano do Mike. E se você dirige nos EUA, eu apostaria dinheiro que eles têm fotos como essas, fotos de você no seu dia a dia.

Mike não fez nada de errado. Por que está tudo bem que o go-verno esteja mantendo todas essas informações?

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Tradução integral da palestra de Catherine Crump no TED

A razão disso é porque como o custo de armazenamento desses dados despencou, a polícia simplesmente os manteve, apenas para o caso de um dia serem úteis. A questão não é só que um departamento de polícia está recolhendo essas informações isoladamente, ou mesmo que vários departamentos estão fazendo isso.

Ao mesmo tempo, o governo federal está recolhendo essa montanha de dados individuais e reunindo-os em um vasto banco de dados com centenas de milhões de pontos, mostrando por onde os americanos têm andado. Este documento da Administração Federal de Repressão às Drogas, um dos quais as agências estão muito interessadas, é um dos vários que revelam a existência dessa base de dados. Enquanto isso, na cidade de Nova Iorque, a polícia tem aumentado a frota de carros equi-pados com leitores de placas que passam por mesquitas, a fim de desco-brir quem está participando.

Os usos e abusos dessa tecnologia não se limitam aos Estados Unidos da América. No Reino Unido, a polícia colocou John Kat, de 80 anos, numa lista de vigilância do leitor de placas após ele ter participado de dezenas de manifestações políticas legíti-mas, ocasiões em que ele gostava de se sentar em um banco e desenhar os participantes.

Leitores de placas não são a única tecnologia de rastreamento em massa disponível hoje, para agentes da lei. Com uma técnica conhecida como descarregar a torre de celular, os agentes da lei podem descobrir quem estava usando uma ou mais torres de celular em dado momento, uma técnica conhecida por revelar a localização de dezenas de milhares e até centenas de milhares de pessoas. Além disso, usando um dispositivo conhecido como StingRay, agentes da lei podem enviar sinais de rastreamento para dentro das casas das pessoas, para identificar seus telefo-nes celulares. E se eles não souberem que casa escolher, sabe-se que eles direcionam esta tecnologia para toda a vizinhança.Assim como a polícia em Ferguson possui armas e equipamen-tos militares de alta tecnologia, toda a polícia dos EUA também possui equipamento de vigilância de alta tecnologia. Só porque você não o vê, não significa que ele não está lá.A questão é, o que devemos fazer sobre isso? Penso que isso re-presenta ameaça grave contra as liberdades civis. A história tem mostrado que sempre que a polícia acumula muitos dados, se-guindo os movimentos de pessoas inocentes, elas sofrem abuso, talvez por chantagem, ou para vantagem política, ou talvez por simples voyeurismo. Felizmente, existem medidas que podemos tomar.Polícias locais podem ser regidas por conselhos municipais, que podem aprovar leis exigindo que a polícia elimine os dados so-bre pessoas inocentes, mas permitindo o uso legítimo da tecno-logia. Obrigada. (Aplausos)

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