ata da 8ª reunião do gti respira vitória
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Ata da 8ª reunião do GTI Respira VitóriaTRANSCRIPT
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CAMARA MUNICIPAL DE VITÓRIA 2
Comissão de Proteção ao Meio Ambiente 3
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ATA DA 8ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO GRUPO DE TRABALHO INTERINSTITUCIONAL – GTI 5
RESPIRA VITÓRIA 6
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A 8ª. Reunião Ordinária do Grupo de Trabalho Interinstitucional – GTI Respira Vitória foi 8
realizada no dia 05 (cinco) do mês de março do ano de 2013 (dois mil e treze), com início às 9
14h20, no Plenário Maria Ortiz na Câmara Municipal de Vitória, com a presença das seguintes 10
instituições: Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Vitória – SEMMAM (Sra. Renata Cristina 11
Chagas); Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – IEMA (Sr. Nilson 12
Castiglione Junior); Secretaria Municipal de Saúde – SEMUS (Sra. Dione da Conceição 13
Miranda); Secretaria de Estado de Saúde – SESA (Sra. Maria de Fatima Bertollo Dettoni); 14
Universidade Vila Velha (Sra. Kirlene Salgado Fernandes Penna); Conselho Municipal de Defesa 15
do Meio Ambiente de Vitória – COMDEMA (Sr. Rogério Dias Fraga); Comissão de Proteção ao 16
Meio Ambiente da Câmara Municipal de Vitória (vereador Sérgio Magalhães); Associações de 17
Moradores do município de Vitória junto ao Ministério Público do Espírito Santo (Sr. Demilson 18
Guilherme Martins); Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo – FINDES (Sr. 19
Guilherme Correa Abreu); Procuradoria Geral do Município de Vitória – PGM (Sr. David Gomes 20
Silveira); Federação das Associações de Moradores e Movimentos Populares do Espírito Santo 21
– FAMOPES (Sr. Eraylton Moreschi Junior); e a Federação das empresas de Transportes do 22
Espírito Santo – FETRANSPORTES (Sr. João Paulo Lamas). Estiveram ausentes: o Ministério 23
Público do Espírito Santo – MPES (Promotor Marcelo Lemos Vieira, titular e Sr. Eliezer Cunha); 24
Universidade Federal do Espírito Santo – UFES (Sra. Jane Meri dos Santos); Conselho 25
Municipal de Saúde de Vitória – CMSV (Sr. Walace Nascimento Lucio, titular e Sra. Eunice 26
Encarnação Garcia da Silva e Souza suplente) e o Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano 27
– CMPDU. Participaram da composição da mesa: o Sr. Elio de Castro Paulino (apoio à 28
Secretaria Executiva), o Vereador Sérgio Magalhães (Secretaria Executiva) e a Sra. Renata 29
Cristina Chagas (Subcoordenação). O Sr. Elio de Castro fez a leitura da pauta da reunião, com 30
as apresentações sobre os processos industriais da ArcelorMittal Tubarão e da Vale e informou 31
que no dia 04 de março, o Sr. Romildo Fracalossi suplente da FINDES enviou e-mail 32
comunicado a impossibilidade de apresentar o processo industrial da Vale, alegando imprevisto 33
na empresa. Sobre a ata da reunião anterior, ele informou que a mesma foi enviada a todos, com 34
a solicitação de contribuições, porem só houve uma contribuição que foi incorporada ao texto 35
que foi apresentada pela FAMOPES. O Sr. Elio de Castro indagou se seria necessário fazer a 36
leitura da ata. O vereador Sérgio Magalhães manifestou favoravelmente à leitura da ata. O Sr. 37
Elio fez a leitura da ata e em seguida, a Sra. Dione Miranda sugeriu algumas correções na parte 38
da sua apresentação e que faria as sugestões e correções até o final da reunião. O Sr. Eraylton 39
Moreschi manifestou-se contrário à solicitação, dizendo que como a ata foi encaminhada a todos 40
para leitura e considerações, não cabia fazer correção durante a reunião. Colocado em votação, 41
o grupo manifestou favorável às correções. Sérgio Magalhães justificou a ausência do 42
Coordenador do grupo, Sr. Alexsander Barros Silveira e informou que o Sr. Nilson Castiglioni 43
está representando o IEMA. O vereador também destacou a presença do Promotor Marcos 44
Antônio Pereira e do Vereador da cidade de Viana Sr. Paulinho Brandão. O Sr. Eraylton 45
Moreschi fez um comentário informando que encaminhou pedido para colocação do item 2-b no 46
pedido de aprovação de um oficio a ser encaminhado pelo grupo ao IEMA solicitando 47
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informações sobre a medição da qualidade do ar na Grande Vitória. A Sra. Dione Miranda, 48
manifestou que as informações já estão disponíveis no site do IEMA. O vereador perguntou se 49
algum membro era contrario à solicitação e como nenhum membro da plenária se manifestou, 50
ficou aprovado que o grupo faria o encaminhamento de solicitação ao IEMA. Em seguida o Sr. 51
Guilherme Correa iniciou sua apresentação falando sobre a ArcelorMittal, informando que a 52
empresa é o maior grupo siderúrgico do mundo. Também falou das principais unidades 53
industriais da empresa e da divisão do aço, que se divide em 2 (dois) produtos semiacabados, 54
sendo eles produtos longos (vergalhões, arames, etc.) e produtos planos (chapas de aço, 55
placas). Mostrou uma foto da visão geral da empresa e falou que a ArcelorMittal é uma indústria 56
siderúrgica integrada, cujo objetivo é produzir aço a partir do minério de ferro e do carvão 57
mineral; e integrada porque são várias fabricas dentro do mesmo processo em que um produto 58
de um processo é matéria prima do processo seguinte. Ele informou que 56% da área da 59
ArcelorMittal é área verde e 44% é área industrial. Falou dos produtos da empresa, as placas de 60
aço e bobinas a quente, que tem um valor agregado maior por estar mais próximo do produto 61
final. Mostrou um gráfico da evolução da empresa do ano de 1976 até o ano de 2012. Mostrou 62
também um gráfico dos investimentos ambientais, nominando os investimentos acumulados em 63
sistemas e equipamentos de controle ambiental ao longo dos anos e mostrando os investimentos 64
ambientais ano a ano. Ele explicou que em 2005 e 2006 houve um pico de investimento, que foi 65
no período da grande expansão da empresa, quando a capacidade de produção saltou de 5 66
milhões de toneladas para 7,5 milhões de toneladas. Também mostrou o desembolso que é feito 67
pela empresa no sistema de equipamentos de controle ambiental da em torno de 15 a 20 68
milhões de dólares por ano. Explicou sobre o fluxo de produção do aço e mostrou que cada 69
unidade do fluxo tem preocupações ambientais, sejam com relação aos gases que existem com 70
destaque para a unidade de coqueria, alto forno e aciaria, onde são gerados gases, que são 71
recuperados, tratados e queimados na central termoelétrica de cogeração de energia. Ele falou 72
que nas outras plantas onde tem geração de poluentes existem os equipamentos de controle 73
adequados para poder reduzir emissões desses poluentes. Falou que os gases gerados nos 74
fornos saem e passam por sistemas de limpeza e depois são direcionados à geração de energia 75
elétrica. Explicou sobre o processo da aciaria e sobre o lingotamento continuo e sobre o 76
processo de laminação. Sobre a Gestão Atmosférica, mostrou que o principal foco é o controle 77
dos principais poluentes, que são basicamente o material particulado, SO2, NOx e CO. Falou que 78
existem poluentes que não são estabelecidos nem pela legislação, mas que são poluentes de 79
interesse, também são monitorados e acompanhamos o controle na medida do possível, sendo 80
esses poluentes, os metais pesados, dioxinas e furanos e compostos orgânicos voláteis. Falou 81
que os principais equipamentos de controle que tem na usina como um todo são filtros de 82
manga, precipitadores eletrostáticos, lavadores de gases, dessulfuração de gases, sistema de 83
aspersão e cinturão verde. Ele falou que tem como forma de garantia o monitoramento continuo 84
das principais fontes e o monitoramento feito por imagens. Segundo ele, o sistema de controle 85
da indústria mede continuadamente, material particulado, dióxido de enxofre, óxidos de 86
nitrogênio e monóxido de carbono. A Sr.ª Renata Chagas perguntou se os valores costumam 87
ficar dentro do padrão. O Sr. Guilherme falou que os valores tem que estar dentro do padrão e 88
disse que todo o desvio que tem do limite legal ele é devidamente justificado a razão e as ações 89
corretivas que são tomadas para que não ocorra novamente. O Sr. Eraylton Moreschi perguntou 90
sobre quais os materiais particulados que são monitorados. O Sr. Guilherme respondeu que o 91
material particulado monitorado é o material particulado total. Ele disse que continuamente o que 92
é monitorado é só o material particulado total, por batelada, ou seja, de tempos em tempos é 93
feito em determinadas fontes que tem participação maior, portanto fazem do PM10, já fizeram o 94
PM2,5 somente em nível de pesquisa interna, nunca para demanda ambiental ou para saber 95
como está. Falou que continuamente há a possibilidade de fazer medição continua de PM10, 96
mas não tem tanta certeza da reprodutibilidade de um equipamento desses. Falou também que a 97
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Licença de Operação da ArcelorMittal pede para fazer PM10 em determinadas fontes, em 98
determinadas campanhas que já foi feito. E informou que faz PM10 também de tempos em 99
tempos na gestão interna da empresa. Falou também que o PM2,5 já foi feito para uma 100
determinada fonte especifica que é base de um estudo que foi feito internamente. Falou também 101
que já fizeram até PM0,1. Mostrou uma foto da central de supervisão, que tem o monitoramento 102
visual de chaminés e emissões fugitivas; gerenciamento e tratamentos de resultados de 103
monitores contínuos; sistema integrado com as áreas operacionais e banco de dados (120 mil 104
dados/mês). Falou de alguns sistemas de controle de material particulado e gases, o primeiro 105
deles é a cobertura das correias transportadoras. Essas correias na grande maioria são 106
cobertas, ela só não é coberta onde não permite. O vereador Sergio Magalhães fez um 107
comentário perguntando se as correias são cobertas ou enclausuradas. O Sr. Guilherme falou 108
que elas não são 100% enclausuradas, elas são encobertas na parte superior. O Sr. Demilson 109
Martins perguntou por que as correias não é toda enclausurada por causa da concepção dela. 110
Falou do enclausuramento e despoeiramento dos pontos de transferência. Falou também dos 111
filtros de manga e de outro sistema de controle de poeiras que são os precipitadores 112
eletrostáticos. O vereador Sérgio Magalhães perguntou se os precipitadores eletrostáticos 113
seriam para controlar os gases. O Sr. Guilherme disse que não, que os precipitadores são para 114
controle de material particulado (poeira) grosso ou fino. Segundo ele, os lavadores de gases, 115
submete o gás à lavagem com água. Falou também da desssulfuração de gás com o objetivo de 116
remover parcela de enxofre presente no gás de coqueria. O enxofre é removido através de 117
reações catalíticas que existem no processo e faz com que o H2S que está presente que através 118
de determinadas reações transformam em SO e depois sai como enxofre elementar, onde o 119
enxofre elementar não é um produto perigoso. Falou do controle, limpeza e umectação de vias; 120
dos lavadores de pneus e o controle ambiental nos pátios de carvão e matéria prima que o 121
cinturão verde associado ao sistema de aspersão basicamente no pátio de carvão, cujo objetivo 122
do cinturão verde não é filtrar a partícula, tem o objetivo de quebrar as ações do vento. O Sr. 123
David Gomes pediu para que o representante da FINDES falasse sobre a calcinação e se a 124
ArcelorMittal faz monitoramento das emissões de óxidos de cálcio. O Sr. Guilherme disse que 125
não é feito o monitoramento e que a indústria faz o particulado da calcinação de maneira 126
contínua; não fazem da quantidade de oxido de cálcio, mas do particulado total que na sua 127
essência é o oxido de cálcio. Falou brevemente dos estudos específicos realizados para 128
avaliação do cinturão verde x wind fence. Esses estudos foram realizados pelo Midwest 129
Research Institute (MRI), que é uma empresa americana e o estudo, em determinadas fases, foi 130
acompanhado por técnicos do IEMA para a validação de resultados. É uma modelagem através 131
de uma técnica de fluido dinâmico computadorizado (CFD). Ele mostrou os resultados de 132
modelagem CFD para o pátio de carvão e de matérias primas. Exibiu imagens mostrando as 133
melhorias no cinturão verde no pátio de carvão e falou brevemente do plano de aceleração do 134
crescimento do cinturão verde. Mostrou fotos do pátio de carvão face norte, pátio de carvão face 135
oeste, pátio de carvão face leste, pátio de carvão face sul e mostrou imagem do reforço do 136
cinturão nos pátios de minérios. Mostrou fotos do reforço do cinturão verde existente no pátio de 137
minério face sul e face leste. Mostrou também imagem do sistema wind fence na Sol Coqueria 138
Tubarão. Mostrou gráficos das taxas de emissão em Kg/h que são gerados pela indústria. A taxa 139
de emissão da ArcelorMittal é de 100%, se considerar as fontes extensas dentro da indústria, 140
seria de 26% do total, os outros 74% são de chaminés. Se considerar dentro das fontes 141
extensas somente os pátios de estocagem de minério e carvão cairia 3,6% do total, se 142
considerar somente o pátio de carvão é 1,7% do total da taxa de emissão. Se colocar o cinturão 143
verde melhorado ou o wind fence vai baixar de 1,7% para 1%, ou seja, um ganho de 1,7 kg/h na 144
taxa de emissão total. Terminada a apresentação, vereador Sergio Magalhães elogiou o 145
palestrante e antes do início dos debates, destacou as presenças de Paulo Cesar Gonçalves, de 146
Santo Antônio; de Robson Willian Costa do Conselho Popular de Vitória; de Ricardo Rezende da 147
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Associação de Moradores de Jardim da Penha; além de assessores dos vereadores Vinicius 148
Simões e Namy Chequer; Maria da Gloria Moraes de Castro da SEMMAM; Neilson Guimarães 149
da FAMOPES; do Sr. Victor Macedo Queiroz Lima da Sinduscon; de Edson Valpassos Mota da 150
Associação dos Amigos do Parque da Fonte Grande; de Marcelo de Almeida Rocha e Marcia 151
Soares Gomes de Oliveira da SMMAM; de Carla Brunoro da ArcelorMittal Tubarão. Em seguida, 152
teve início aos debates e o vereador Sérgio Magalhães fez uma pergunta que dentre as fontes 153
poluidoras, quais são as fontes comuns entre a Vale e ArcelorMittal. O Sr. Guilherme Correa 154
respondeu que a movimentação de minério e a movimentação de carvão são as fontes 155
poluidoras comuns com a Vale, que de maneira geral é material particulado grosseiro. Sérgio 156
Magalhães leu uma pergunta encaminhada à mesa a respeito para onde foram os equipamentos 157
que ficavam no antigo hospital Dório Silva, na Serra e porque não mais foram instalados os 158
equipamentos novos por parte do IEMA? O Sr. Guilherme Correa explicou que a estação do 159
hospital Dório Silva era uma estação de monitoramento manual que existia a mais de 10 (dez) 160
anos atrás, antes da rede automática. E quando foi implantada a rede automática aqueles 161
equipamentos que ficam mais aparentes foram transformados em equipamentos que monitoram 162
24 horas/dia, não tendo mais sentido fazer monitoramento manual. Em função do adiantado da 163
hora, o palestrante sugeriu em outras reuniões voltar a discutir o assunto. Manifestaram ainda a 164
Sra. Kirlene Salgado Fernandes Pena, Rogério Fraga e Eraylton Moreschi Junior. Devido ao 165
adiantado da hora, o vereador Sérgio Magalhães sugeriu o encerramento da reunião e pediu que 166
se houvessem mais perguntas que as mesmas fossem encaminhadas por e-mail à Secretaria 167
Executiva do GTI. Os trabalhos foram dados por encerrados às 16h45min. Para constar, eu, 168
Lívia Rampazzo Trindade, lavrei a presente ata que será assinada pela subcoordenadora do 169
GTI, pelo secretário executivo, vereador Sergio Magalhães e pelo apoio a Secretária Executiva, 170
Élio de Castro Paulino. 171
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Renata Cristina Chagas 174
Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Vitória - SEMMAM 175
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Vereador Sérgio Magalhães 177
Comissão de Proteção ao Meio Ambiente da CMV 178
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Elio de Castro Paulino 180
Apoio à Secretaria Executiva 181