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Ata da 1ª Audiência Pública da Câmara Municipal de Nepomuceno
13/11/2018
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Às 18h00min horas do dia 13 (Treze) do mês de Novembro de 2018, no salão da Câmara Municipal, reuniram-se os
Senhores Vereadores da Câmara Municipal de Nepomuceno, Autoridades Locais e a População Municipal, sob a
Presidência do Vereador PEDRO GIOVANI MILITANI para realização de Audiência Pública. Iniciando, a Mestre
de Cerimônia fez uso da palavra desejando boa noite as Senhoras e Senhores presentes, na qual explana que a Câmara
Municipal de Nepomuceno tem a honra de realizar esta audiência pública para debater sobre a situação da
“PROLIFERAÇÃO DE MOSCAS DOMÉSTICAS NO MUNICÍPIO DE NEPOMUCENO”. Audiência Pública é
uma instância de discussão, na qual a Administração Pública informa, esclarece e discute temas, Projetos ou
Programas de interesse da coletividade, assegurada a participação dos cidadãos, os quais podem exercer seu direito de
manifestação, apresentando sugestões para adequação ou alteração das propostas inicialmente apresentadas. Esta
audiência possui o intuito de buscarmos uma solução em conjunto sobre uma realidade que vem causando repercussão
e transtornos à população de Nepomuceno. Presenças justificadas: O Juiz de Direito Dr. Sérgio Luiz Maia. Foi feita a
leitura do Ofício de nº 601/2018 da Prefeitura Municipal de Nepomuceno – Sr. Presidente, Recebemos o convite para
participar da Audiência Pública para tratar sobre a infestação de mosquitos em Nepomuceno, e temos a informar que
não iremos participar pelos motivos a seguir: Esse assunto foi objeto de audiência pública realizada no mês de junho
na Câmara Municipal onde levamos todos os envolvidos e contratados pela Prefeitura para tratar sobre o assunto
mosquitos, relembrando o Dr. César, Professor na Ufla, que infelizmente faleceu recentemente, Dr. Demétrio, da
Vigilância em Saúde da Delegacia Regional de Varginha, Sr. Matheus, Chefe de Departamento de Meio Ambiente,
além do Secretário da Agricultura Vitor César e da Saúde Sr. Alessandra. Todos explanaram sobre os estudos e as
ações que estão sendo realizadas atualmente pelo governo e pela empresa. Estivemos reunidos recentemente com o
Promotor de Justiça Dr. Rodrigo, Coordenador Regional do Meio Ambiente da Região de Lavras que nos apresentou o
laudo pericial elaborado por eles apontando as ações que terão que ser tomadas pelo Aviário que também já reuniu
com ele para afirmarem um acordo. Reunimos com o Aviário Santo Antônio – ASA, para discutirmos ações em
conjunto, inclusive baseadas neste laudo apresentado pelo Ministério Público. O problema de mosquitos é de muito
tempo e estamos muito empenhados em resolver. O nosso lixão que era um dos focos apontados, já estamos
desativando. Acontece que é um problema complexo e não será resolvido de uma hora para outra somente com ações
da Prefeitura e do Aviário e sim uma série de ações em conjunto com a sociedade civil, outras granjas, currais, lixos
em locais inadequados, utilização de esterco in natura nos cafezais e demais focos apontados por todos os laudos já
apresentados. O Aviário Santo Antônio tem seus quadros de funcionários um total de 776 pessoas que recebem seus
salários religiosamente em dia, além dos benefícios de cesta básica, e auxílio alimentação. É uma empresa vital para a
economia de Nepomuceno e indispensável atestar sua idoneidade. Prefeitura e a Prefeita são parceiros de todos os
empreendedores de Nepomuceno independente do tamanho da empresa ou de quem está à frente delas. Por fim temos
a afirmar que todas as providências estão sendo tomadas em conjunto com o Ministério Público, Aviário Santo
Antônio, Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Secretaria de Saúde e Vigilância Sanitária. Gostaria de
apresentar e aproveitar a oportunidade e pedir celeridade aos Senhores Vereadores no sentido de aprovar o Projeto de
Lei que está tramitando nesta Casa para que os fiscais sanitários possam ter poder de polícia para atuar junto aos
outros nos estabelecimentos de risco. Lembrando que a responsabilidade de fiscalizar o Aviário Santo Antônio é do
Ministério da Agricultura e não da Prefeitura. Atenciosamente: Luíza Maria Lima Menezes – Prefeita Municipal.
Leitura do Ofício de nº 548 de 2018 do Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Sr. Presidente da Câmara
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Municipal, Ao cumprimentá-lo sirvo-me do presente para agradecer o honroso convite para a Audiência Pública a ser
realizada no dia 13 de Novembro de 2018 cuja pauta é a Proliferação de Moscas no Município. Na oportunidade
informo-lhe que em razão da pauta de audiências judiciais a serem realizadas na Comarca de Lavras onde sou
Promotora Titular, compareço à Comarca de Nepomuceno somente em determinados dias da semana. Informo, por
fim, que o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, por intermédio da Promotoria de Justiça Única de
Nepomuceno e da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente da Bacia do Rio Grande,
vem acompanhando ativamente as diligências e o andamento do procedimento ambiental relativo às moscas.
Atenciosamente: Ivana Andrade Souza – Promotora de Justiça. Excelentíssimo Sr. Presidente da Câmara de
Nepomuceno - Prezado Senhor, A Diretoria Executiva do Aviário Santo Antônio Ltda., vem pelo presente apresentar
agradecimentos a Vossa Excelência pelo convite para participar da Reunião dessa Egrégia Câmara a realizar-se no dia
13 corrente. Entretanto cabe registrar que compromissos anteriormente assumidos impede-nos a presença em tão
importante evento, já que neste dia treze os diretores estarão reunidos em São Paulo na Sede da Associação Brasileira
de Proteína Animal – ABPA e Ovos Brasil, cuja pauta discutirá ações para Avicultura de Posturas no próximo
governo. Entre estas, destaca-se o retorno às exportações que certamente trará reflexos diretos para o Aviário Santo
Antônio e todo município de Nepomuceno possibilitando ampliação dos postos de trabalho. Cumpre salientar que
atualmente estamos em entendimento com os técnicos do Ministério Público Estadual visando aprimorar ainda mais as
rotinas de trabalho de prevenção e combate às moscas. Nesse sentido nosso gestor ambiental o Engenheiro Rogério do
Nascimento Giranda se fará presente no intuito de ouvir as demandas apresentadas de forma a podermos discuti-las
posteriormente com esses técnicos. Certos da compreensão de Vossa Excelência quanto a nossa ausência solicitamos a
ciência aos Senhores Vereadores bem como os demais presentes aos quais desejamos pleno êxito nas discussões.
Atenciosamente: Aviário Santo Antônio – Joana Lúcia de Carvalho – Chefe de Escritório. Continuando, a Mestre de
Cerimônia destaca e agradece a presença das seguintes autoridades: Presidente da Câmara Municipal de Nepomuceno
o Vereador PEDRO GIOVANI MILITANI, o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Nepomuceno o Vereador
LINEU MARQUES TONELLI, os requerentes dessa Audiência Pública, o Vereador ADELANO DE CARVALHO
e o Vereador ANTÔNIO JOSÉ ALEXANDRE LIMA, o Coordenador Regional das Promotorias de Justiça do Meio
Ambiente da Bacia do Rio Grande, o Promotor de Justiça Sr. RODRIGO CALDEIRA GRAVA BRAZIL;
Representando a Emater de Nepomuceno, a Srta. PATRÍCIA ALCÂNTARA SALGADO, o Presidente da OAB de
Nepomuceno, o Sr. ANTÔNIO CARLOS JACOTE, Representando a Empresa Aviário Santo Antônio, o Sr.
ROGÉRIO DO NASCIMENTO GIRANDA (Engenheiro Ambiental), o Engenheiro Agrônomo Chefe do
Departamento de Entomologia da Universidade Federal de Lavras – Indicação Embrapa, Dr. LUÍS CLÁUDIO
PATERNO SILVEIRA, o Coordenador de Denúncias da Diretoria de Fiscalização da Secretaria de Estado de Meio
Ambiente (SEMAD) – Indicação Supram – Sr. VITOR SALUM; o Coordenador do Núcleo de Controle Ambiental da
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMAD) – Indicação Supram – Sr. DANIEL ISCOLD; Representando o
Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) o Sr. LUIZ CARLOS GARCIA RODRIGUES; o Coordenador da
Vigilância Sanitária do Estado de Minas Gerais, o Sr. DEMÉTRIO JUNQUEIRA FIGUEIREDO, os
Excelentíssimos Vereadores da Câmara Municipal de Nepomuceno, ADMILSON ALEXANDRE DA SILVA,
FRANCIS GARCIA VEIGA, MÁRIO CÉZAR BATISTA LEANDRO e WASHINGTON CORREA LIMA
NETO, O Procurador da Câmara Municipal de Nepomuceno, o Dr EMERSON JADER FREITAS E ANDRADE.
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Saudamos ainda as demais autoridades de forma especial, aos Coordenadores, Vice-Diretores, Alunos, Professores,
Servidores, Imprensa e a Comunidade aqui presente; Maria da Graça Oliveira Viana – Diretora do Jornal Melhor
Opção; Ricardo Moreira Gonçalves – Diretor da TV Nepomuceno e Humberto Zacaroni Júnior – Diretor da TV
Nepomuceno. Convidamos as autoridades e público presente para, em posição de respeito ouvir o Hino Nacional.
Iniciamos essa Audiência Pública e convidamos o Presidente da Câmara Municipal de Nepomuceno, o Vereador
PEDRO GIOVANI MILITANI para fazer uso da palavra. Abrindo a CERIMÔNIA, o Presidente, invocando a
proteção de DEUS, declarou aberta a Audiência Pública na Casa Legislativa. Agradece a presença dos ilustres
conhecedores do assunto desta Audiência Pública, que saíram de suas cidades a fim de dar suas valiosas contribuições.
Aos Vereadores e as autoridades presentes e em especial a presença de nossa população, pois é para ela o motivo da
realização da referida Audiência Pública. Como Presidente da Câmara Municipal pede desculpas a todos por não
realizar o cerimonial de formalidades tão corriqueiras e costumeiras dos eventos e reuniões especiais, mas é um
entendimento da Casa que este tipo de cerimônia não se aplica aqui hoje. O que importa nesta reunião é buscarmos
soluções para o grande problema da infestação das moscas domésticas, dentro disto, faz um apelo a todos os
participantes para se limitarem ao tempo no intuito de realizar uma reunião mais objetiva e resolutiva. Também,
solicita aqueles que quiserem fazer o uso da palavra, favor, se dirigirem a Secretaria da Câmara para fazer a inscrição.
Continuando a Mestre de Cerimônia convida o requerente dessa audiência pública o Vereador ADELANO DE
CARVALHO para fazer uso da palavra. E informa que o requerente terá cinco minutos para fazer uma breve
apresentação e explanação da contribuição mediante o assunto a ser discutido. O Vereador deseja boa noite a todos e
saúda as autoridades na figura do povo, que é o real interessado nesta audiência pública e tece breves comentários
referentes ao requerimento desta audiência. A Câmara como o Poder Executivo tem sido cobrada em exaustão a
resolução do problema das moscas domésticas. Diz que é um problema que tem afetado tanto a saúde pública quanto o
convívio social da população de Nepomuceno. E quando assumimos um cargo e junto com ele vem os desafios, e este
desafio dado pela cobrança, o motivou a pedir a realização desta audiência pública. Agradece de forma especial à
honrosa presença do Dr. Rodrigo Caldeira que nos deu uma noção exata do quanto havia efetividade dos Poderes no
trato desse assunto, inclusive nos mostrando que todas as exigências questionadas a empresa já havia na ação civil
pública uma tentativa de que fossem sanadas. Tanto o convívio social que precisa voltar a um nível de paz que é
sagrado, quanto o Aviário é sagrado para Nepomuceno. Que com a realização desta Audiência Pública, saiamos daqui
com a esperança de que este problema seja resolvido de uma vez por todas, tanto é sagrado que registra a presença de
uma das pessoas que mais respeita em Nepomuceno o Sr. Lucas Pimenta da Veiga, sócio proprietário do Aviário, que
sempre com sua gentileza e a sua humildade não nos furta em informações e no qual temos um trato excelente no dia a
dia. Comenta que o que nos causou certa estranheza ao procurarmos o Dr. Rodrigo, é que já corria a ação civil pública
e esta perícia que fora requisitada pelo Dr. Rodrigo, já estava nas mãos do Executivo, nos faltando publicidade deste
fato. O que nos levou a procurar a Coordenadoria, mesmo sabendo do acúmulo de trabalho do Dr. Rodrigo, foi que a
Câmara não tinha resposta para dar à população, pois não tínhamos em mãos as tratativas feitas. Saúda a Sra. Daniela,
filha do Dr. Benedito, na qual nos deu uma boa notícia que a partir de hoje trataremos em conjunto com o amigo
Rogério Giranda, dizendo que a maior intenção desta audiência não é nenhum intuito acusatório, mas de solução desse
problema que tanto tem causado, inclusive até por sugestão do Dr. Rodrigo que possamos fazer uma legislação de
aplicação local para que estas demandas fiquem no âmbito municipal, amparadas por todas as autoridades, assim como
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já discutido na questão passada. Conclui agradecendo a presença da população em geral, das autoridades e que
saiamos daqui depois das explanações dos técnicos, dos convidados e da própria empresa com uma solução que fique
a contento de todos e que nos tragam essa paz social tão sonhada. Em seguida a mestre de cerimônia explana:
Convidamos o requerente dessa audiência pública, o Vereador ANTÔNIO JOSÉ ALEXANDRE LIMA para fazer
uso da palavra. Informa que o requerente terá cinco minutos para fazer uma breve apresentação e explanação da
contribuição mediante o assunto a ser discutido. O Vereador deseja boa noite a todos os presentes, cumprimenta o
representante do Ministério Público de Minas Gerais, Dr. Rodrigo Caldeira Grava Brazil, na pessoa de quem saúda os
demais membros da Mesa, as Senhoras e Senhores que nos acompanham pela TV Câmara neste momento tão
importante onde vamos discutir o futuro das moscas em nosso município. Para nós é uma honra muito grande tê-los
aqui neste Plenário nesta noite, para juntos buscarmos uma solução imediata para a sociedade nepomucenense. Diz
que hoje como bem foi feliz em sua fala, o nobre colega o Vereador Adelano de Carvalho, que temos recebido
constantemente reclamações do que diz respeito na questão da proliferação de moscas em nosso município. Diz que
contataram várias pessoas da área e ressalta que infelizmente esteve conosco na última audiência em junho, o
professor César, especialista na área e que veio a falecer. Mas lembra de que hoje temos aqui o Professor Luís Silveira
que veio através da Universidade Federal de Lavras, trazer a sua contribuição para o município de Nepomuceno e
encontrar uma solução para que possamos ter definitivamente uma solução no que se concerne moscas. Diz que dizer
que uma só empresa é causadora de moscas em Nepomuceno, não se pode dizer. Temos que ser bastante honestos e
lembrar que tem currais, criadouros de porcos dentro da cidade, criação de galinhas e outras coisas mais que acarretam
proliferação de moscas. Diz que vindo de Belo Horizonte, agora na parte da tarde, recebeu um telefonema quando
chegou a sua casa, tomando ciência que a Polícia Ambiental, há quinze dias fecharam em Nepomuceno dois lixões
clandestinos que aqui existiam, questionando se aqui nesta Casa alguém sabia da existência desses referidos lixões.
Diz que amanhã irá se inteirar deste assunto porque a pessoa não se identificou e apenas disse que a Polícia do Meio
Ambiente fechou dois lixões dentro do nosso município. E que estavam causando proliferação de moscas na região do
Alto do Cruzeiro. Estamos aqui democraticamente, como foi convidada toda população de Nepomuceno, e queremos
ouvir sugestões de cada um dos Senhores presentes e também amanhã como outros dias, estaremos aqui para ouvi-los
e em conjunto possamos buscar definitivamente uma solução. É sabido que temos uma grande empresa aqui em nosso
município na qual é grande empregadora, grande geradora de divisa, mas que não podemos somente culpa-la, tendo
também outras situações que levam a esta proliferação de moscas. Comenta que não é especialista no assunto, mas que
hoje aqui temos na Mesa grandes professores, estudos a pedido do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, que
já concluído foi plenamente esclarecido referente ao assunto. Conclui deixando o seu agradecimento a toda a
população nesta noite e também a todos os internautas que acompanham através da TV Câmara. Deseja que tenham
todos uma ótima audiência pública. Voltando a palavra a Mestre de Cerimônia convida ao Promotor de Justiça da
Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente da Bacia do Rio Grande Excelentíssimo Dr.
RODRIGO CALDEIRA GRAVA BRAZIL, para fazer usos da palavra informando que terá cinco minutos para
fazer uma breve apresentação e explanação da contribuição mediante o assunto a ser discutido. O Promotor deseja boa
noite ao Excelentíssimo Presidente desta Casa Legislativa, Pedro Giovani Militani, na presença e na pessoa de quem
cumprimenta as demais autoridades presentes, pede licença pela pessoa do Dr. Jacote que teve o prazer de reencontrar
hoje depois de cinco anos, cumprimentar os demais presentes. Comenta que é com satisfação que volta a esta Casa e
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diz que volta porque por um breve período em 2013 teve a oportunidade de ser Promotor de Justiça aqui na cidade de
Nepomuceno. Mas que hoje em funções distintas o que o trás aqui é um problema específico no qual tentará tratar de
uma forma bastante objetiva. A Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente da Bacia do
Rio Grande pela qual responde atualmente é um órgão de apoio técnico a 77 Promotorias de Justiça do Sul de Minas
Gerais, que trabalham com matéria que afeta o Meio Ambiente em 177 municípios. Diz que nosso escopo é conferir
apoio técnico e jurídico para estes órgãos de execução dentre eles a Promotoria de Justiça de Nepomuceno que
instaurou um inquérito civil especificamente ao Aviário Santo Antônio para apurar a questão de proliferação de
moscas. Solicitado o apoio de nossa Coordenadoria foi realizado um estudo técnico por profissionais capacitados que
após analisarem os diversos empreendimentos do Aviário concluíram que havia necessidade de melhoria em alguns
procedimentos adotados por conta as técnicas apesar de voltadas para o combate a esta proliferação não eram as mais
adequadas pelo menos não de acordo com as diretrizes da Embrapa. A partir desse relatório técnico e não jurídico,
disse que fizeram uma reunião com os representantes do Aviário Santo Antônio e ele ciente de algumas constatações
informou que estariam tomando medidas para solucionar o problema. A partir daí ficou convencionado que eles
apresentariam um estudo para o Ministério Público, e de fato foi apresentado no final do mês outubro passado
conforme combinado e complementado na última semana por meio de análises de afluentes da Estação de Tratamento
de Esgoto que existe no campo de aviação. Seus documentos foram remetidos para nossa equipe de análise técnica que
durante trinta dias irá analisá-los e a partir dai o acordo seria de que novamente o Ministério Público e o Aviário
sentariam para verificar se as providências indicadas são de fato adequadas e se tentar um acordo por meio do qual o
Aviário se comprometeria a empregar melhores técnicas principalmente no manejo dos estercos e a partir dai verificar
se o problema é mitigado ou solucionado. Disse que brevemente puderam conversar com o Vitor e ficaram sabendo
também que a Semad por meio da Supram Sul de Minas fez uma operação de fiscalização no Aviário Santo Antônio e
outros empreendimentos do município tendo em seu âmbito de atuação e também conferido e estabelecido com as
providências para mitigar essa questão. A realidade é que o problema não é recente, data de algum tempo e agora
comunicado o Ministério Público tem dentro de suas limitações que também são muitos estendidos esforços para
tentar chegar a um ponto razoável. O Promotor diz que fala diretamente o Aviário porque o procedimento que há com
os mesmos é relacionado com esta empresa. Não há um procedimento a mais para a proliferação de moscas como um
todo, até porque juridicamente seria inviável, e isso em um único inquérito civil. Feito esse esclarecimento inicial diz
que reporta há algumas outras questões que foram postas principalmente em relação à destinação adequada de resíduos
sólidos. Diz que o município de Nepomuceno tem um problema também que data de há muito no sentido de que
continua utilizando o seu lixão e não obstante os prazos todos concedidos pela legislação estarem vencidos. Comenta
que o Ministério Público propôs uma ação civil pública contra o município de Nepomuceno em 2013 por coincidência
pelo mesmo assinada, em que houve uma decisão antecipatória de tutela pelo Tribunal de Justiça determinando
providências e por diversas razões elas não foram tomadas a tempo e modo e em reunião com a Prefeita a cerca de
trinta dias ela acenou positivamente uma composição nesses autos que a solução seja de fato resolvida e que o
município já indica que utilizará o aterro instalado em suas dependências e também elaborará um plano de saneamento
básico, o que também já deveria ter sido feito. E fora isso algumas medidas compensatórias vem sendo estudada para
possibilitar um avanço nesta questão ainda que na visão do Ministério Público não seja o lixão a principal causa de
proliferação desses vetores. Diz que a ideia era passar um pouco daquilo que vem sendo feito pela Promotoria de
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Justiça de Nepomuceno com nosso apoio. Logo após a Mestre de Cerimônia destaca que neste momento passa-se a
palavra para o Senhor LUÍS CLÁUDIO PATERNO SILVEIRA – Engenheiro Agrônomo Chefe do Departamento
de Entomologia da Universidade Federal de Lavras. Informa que o Senhor terá cinco minutos para fazer uma breve
apresentação e explanação da contribuição mediante o assunto a ser discutido. O Professor inicialmente diz que pelo o
que o Promotor explanou aqui, acredita estar em um bom caminho, que a solução é este manejo de material,
mostrando através de alguns slides, um ponto de vista do inseto. Mostra como a população dos insetos cresce, e como
ela é regulada. Questiona se seria com um casal de insetos gerando vários descendentes, cada descendente vai formar
casais gerando mais e mais descendentes? Diz que em Nepomuceno parece que sim. Mas alega que não é assim que
funciona, pois se você olhar pela janela tem plantas verdes lá fora. O mundo é verde. Diz que os insetos não estão
comendo tudo, tem um motivo para isso. Mostra que a população das moscas cresce como uma curva exponencial,
mas que isso não é natural, a população cresce muito rápida e depois começa a cair, chamando de resistência natural.
Comenta que a população não para de crescer, pois o primeiro tipo de fator que regula a população de inseto é o clima,
temperatura, umidade relativa e chuva. Se você pegar a temperatura média dos últimos trinta anos aqui em
Nepomuceno, será que ela mudou para saber se o clima está mudando? Se cronometrar a tendência é ter mais insetos.
Se a umidade relativa aumentar poderá ter mais insetos, mostrando que este é um fator, o fator climático. Diz que um
segundo fator é o que tem haver com os seres vivos, que para um inseto crescer ele tem que ter comida. Se um inseto
come planta, tendo muitas plantas, a população irá crescer, e se for um inseto que come outro inseto, a população irá
crescer, se for insetos que comem detritos, dejetos, rejeitos e fezes, tendo muitas fezes, a população vai crescer até
consumir tudo. Ficará naquela fase exponencial. Outro tipo de fator é o alimento, tendo que regular o mesmo, os
técnicos identificaram o manejo do esterco, sendo esta a solução. Também outra coisa que colabora são os inimigos
naturais, insetos que comem insetos, trazendo as moscas e os predadores que as comerão. Diz que podemos elaborar
um tipo de Projeto para estudar tais situações, cercar o problema e mostrar a solução. Fatores climáticos e seres vivos,
sendo os mesmos que regulam a população do inseto. Diz que o clima não tem como controlar, mas a alimentação do
inseto tem como manejar e os inimigos naturais também. Mostra que quando a população do inseto cresce vem à
regulação, ela cai, mas sobe novamente, uma briga entre a praga e o inimigo natural, um controlando o outro. Comenta
que o inseto que come outro inseto, como por exemplo, o besouro Carabídeo, diz que o mesmo é um predador
fantástico de pragas de solo. São insetos suscetíveis a presença de inseticidas. Dependendo do produto que se usa para
tratar o animal, o produto sai nas fezes e mata o inimigo natural. Um terceiro grupo seria que as moscas são insetos
detritívoros, se não existisse moscas ou besouros detritívoros o mundo estaria coberto de fezes, já provado
cientificamente, o planeta Terra teria três a quatro metros de fezes cobrindo o planeta, e isto não acontece porque tem
insetos detritívoros que reciclam este material. Portanto acabar com as moscas não é a solução, e sim o problema, mas
temos que limitar a quantidade de alimentos que a mesma tem disponível. Comenta também que a mosca doméstica é
uma pequenina, preta, a com listras no tórax não é a mosca doméstica, e sim outro tipo de mosca que também se
alimentará das fezes e irá aumentar a população. Continuando comenta que o inseto cresce exponencialmente somente
no início, posteriormente tem que ser regulado, tem que haver falta de alimento ou o inimigo natural está atacando este
inseto. Estando a solução neste ponto, regular o alimento que estas moscas têm, pois estão com muito alimento
disponível, pois é o natural, tendo muito alimento irão comer se multiplicar exponencialmente, subindo. O nível de
controle da população é a tolerância máxima que se tem, pois pode ser que o inseto está provocando dano econômico,
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pode ser que está nos incomodando, ou trazendo doenças para dentro de nossas casas, estando acima do nível de
tolerância, concluindo que o inseto vira praga. Mas irá continuar existindo na natureza, pois não vamos acabar com as
moscas, precisamos que ele volte a ser somente um inseto, não sendo mais uma praga, porque aqui em Nepomuceno
aparentemente as moscas estão flutuando acima da linha da média, incomodando a todos podendo trazer problemas
sérios de saúde pública. Diz que os adultos de moscas vivem no lixo, pegam bactérias nos pés e pousam lá em seus
bolos, em sua carne, podendo transmitir doenças. Se restabelecer o equilíbrio, aumentando a população de inimigo
natural ou regulando o alimento, fazendo um manejo do esterco que imaginamos ser o problema, porque mosca se
alimenta de esterco. Se resolver isso, o inseto volta a ser somente um inseto. Lembra que o nível de moscas existentes
aqui no município é diferente e está precisando de um projeto completo para entender este problema, sendo esta a
solução e é sua proposta. Continuando a Mestre de Cerimônia destaca que fará uso da palavra, o Senhor VITOR
SALUM – Coordenador de Denúncias da Diretoria de Fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente
(SEMAD) e informa que o mesmo terá cinco minutos para fazer uma breve apresentação e explanação da contribuição
mediante o assunto a ser discutido. O Coordenador inicia cumprimentando ao Presidente da Casa Legislativa, a todos
os cidadãos que se dispuseram a vir neste período noturno, para que possamos discutir este problema, explanando
sobre as medidas que a Secretaria de Meio Ambiente vem adotando para o controle da situação e neste sentido diz que
fazem a regulação do Poder de Polícia em matéria ambiental no Estado de Minas Gerais, e por meio disto exercem
tanto a regularização ambiental de empreendimentos efetivamente ou potencialmente poluidores do meio ambiente,
bem como a fiscalização propriamente dita. Assim alguns empreendimentos que exercem atividade de avicultura e
posturas aqui no município detém licenciamento ambiental com medidas de controle indicadas nesse licenciamento,
bem como se tem outros empreendimentos que são indispensáveis de licenciamento, mas que não por isso não
precisam de controle. Ratifica a fala tanto do Dr. Rodrigo como do Professor Luís, em relação a estes vetores de
proliferação, e o que aconteceu mais recentemente em relação à fiscalização subsidiada, que tem sua confrontação
dentro da Supram, foi que receberam diversas manifestações dos populares da região reclamando sobre estes
problemas de vetores e desenvolvimento de moscas no município. Diz que é um problema que sabemos que acontece e
que tivemos a notícia de uma situação que passou dessa linha que o Professor Luís mostrou entrando como uma praga.
Diante disto, sabendo da situação e sabendo da naturalidade da atividade de avicultura ser inerente a poder criar este
tipo de manifestação de vetores, diz que fizeram um planejamento estratégico em relação aos empreendimentos daqui
da região, identificamos onze pontos de avicultura de posturas no município, e durante uma semana fizeram três
equipes de fiscalização em todos esses pontos de avicultura. Diz que realmente a carga orgânica que existe nesses
empreendimentos é muito alta, isso não somente em relação ao Aviário Santo Antônio, no qual temos um
representante aqui, mas em qualquer outro empreendimento que exerça essa atividade. Comenta que é muito
importante que as medidas de controle sejam efetivas, eficazes e rápidas para este tipo de problema. E que neste
sentido determinaram em suas fiscalizações em todos os empreendimentos, não somente no Aviário, que tais medidas
de controle dentro da realidade técnica da Supram materializada pela diretoria de fiscalização, entenderam ser
pertinente. Com várias medidas de controle, tanto para o ASA como para outros, pessoas físicas, que exercem essa
atividade nas quais acham que pode ser uma pontapé para junto com outras medidas começarem a combater e descer
esta linha de praga em relação a estes movimentos que vem se manifestando no município. Conclui dizendo que de
uma maneira geral a Secretaria de Meio Ambiente vem fazendo este trabalho de controle ainda não muito em conjunto
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com o Ministério Público, porque as esferas são um pouco diferentes, mas acabam se cruzando, e diz que vão fazer a
fiscalização mais efetiva, verificando o cumprimento dessas determinações se mostrarem suficientes ou insuficientes,
bem como dentro deste aspecto verificar outros vetores de proliferação. Se existe uma atividade de lixão no qual possa
estar causando tudo isso e a diretoria de fiscalização também irá buscar e verificar quais são os fatores adotando as
medidas dentro de nosso âmbito de controle. Comenta que o que gostaria de trazer para a população no geral é que já
vêm buscando todas estas fiscalizações dentro dos empreendimentos e já sabendo que este problema vem se
materializando de uma maneira mais aguda agora, diz que vão exercer este controle de maneira mais efetiva no
combate a estes vetores. Dando sequência a Mestre de Cerimônia destaca que fará uso da palavra o Senhor
DEMÉTRIO JUNQUEIRA FIGUEIREDO – Coordenador da Vigilância Sanitária do Estado de Minas Gerais e
informa que o mesmo terá cinco minutos para fazer uma breve apresentação e explanação da contribuição mediante o
assunto a ser discutido. O Coordenador deseja boa noite a todos os presentes, cumprimenta o Presidente da Câmara
Municipal Pedro Giovani Militani, e em nome do mesmo cumprimenta a todas as demais autoridades presentes.
Comenta que ao final do ano passado veio até Nepomuceno a convite dos colegas da Secretaria de Saúde,
especificamente da Vigilância em Saúde a fim de tratar questões relativas a uma ampla manifestação de moscas. E
naquele momento disse que todo processo iniciaria com uma reunião mediada junto ao Poder Executivo, onde
iniciasse um processo de compreensão do tamanho da multisetorialidade das ações necessárias para controlar este
problema, dizendo que o Ministério Público também participou, vendo que avançou bastante. Problemas complexos
não se constroem do dia para a noite, e da mesma forma soluções desses problemas complexos não se resolvem do dia
para a noite. E este ano talvez seja o primeiro ano que vê a sociedade de Nepomuceno diferente dos anos anteriores
que muitas das vezes víamos o problema ser mostrado pela televisão, e iniciativas objetivas e concretas multissetoriais
acontecendo. Comenta que fica feliz, pois veem todas estas ações contribuindo cada uma de uma maneira, umas mais
objetivas, outras de formas acessórias, que de certa forma contribuem para o processo em geral. Diz que o problema
colocado da última vez foi exatamente com relação à fonte de alimentação dessas moscas. Entender que existe uma
origem que muito provavelmente seria o Aviário, a avicultura vigente no município, mas que as moscas também não
se transportariam sem fases de reprodução dentro da cidade, até dominá-la toda. Diz que não existe uma e somente
única causalidade a produção de moscas pelo Aviário, e entendendo também que ações de limpeza, de diminuição
dessa fonte de alimentação no município era fundamental. E ai volta a dizer sobre o papel dessa articulação
multissetorial, acredita que como os profissionais aqui já estão dizendo e fazendo, e a população tem que colaborar
com o Poder Executivo e Legislativo do município para também ajudar nesse processo. Diz que a Secretaria de
Educação, por exemplo, faz um papel fundamental em explicar para as crianças e jovens colocarem dentro de suas
casas, a fim de fazer o papel educativo com suas famílias, mostrando como se controla as moscas dentro de casa. A
Secretaria de Obras através da limpeza urbana, inclusive fiscalizando o horário do lixo, quem está colocando lixo no
horário errado, quem está jogando o lixo em terreno baldio, a postura com relação aos terrenos baldios sujos, que
muitas das vezes não são notificados e ter uma cidade limpa, a agricultura com todas suas ações produtivas que
acontecem na cidade e que devem ser controladas e reguladas. Comenta que a Câmara de Vereadores já disse da outra
vez que o mesmo esteve presente, que o papel fundamental é construir legislações para que o operativo do Poder
Executivo tenha condição de agir de forma plena resolvendo o problema onde ele é agudo. O Meio Ambiente também
nas questões ligadas no município, essa carga de material orgânico que existe que deve ser tratada pelo Meio
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Ambiente e da mesma forma a Vigilância Sanitária no controle dessa consequência que a transmissão de doenças
através das moscas. Conclui agradecendo sua participação e diz mais uma vez que a Vigilância Sanitária do Estado
está para ajudar exatamente no que é fundamental, a preservação da saúde das pessoas que é a consequência colocada
destas moscas e também na ajuda dos colegas de outros órgãos. Continuando a Mestre de Cerimônia explana que em
tempo destacamos e agradecemos a presença das seguintes autoridades: Sr. Pedro Rodrigues – Secretário Municipal
de Administração; Sra. Solange Silva da Rádio Clube; Sr. Eliezer José Costa – Presidente do Sindicato dos
Funcionários Públicos Municipais; a todos os Militares do Batalhão da Polícia Militar de Nepomuceno; Sr. Lucas
Pimenta e Sr. Luiz Fernando Pereira Souza – Servidor Público Estadual. Logo após, anuncia que se iniciarão as
perguntas orais. Será dito o nome da pessoa que fez a inscrição e solicitamos que levante a mão após o
pronunciamento de seu nome, para que possamos nos deslocar e levarmos o microfone até a pessoa destinada. Sra.
Maria Bethânia Brandão: “Boa noite a todos aqui presentes, autoridades, Dr. Rodrigo, Senhores Vereadores e
Presidente da Câmara. Vou iniciar minha explanação com uma frase que ouvi de uma representante do Poder Público
algum tempo atrás. Que rede social é terra de ninguém, onde as pessoas falam sem ter a certeza se o que foi postado ali
procede. Realmente é verdade com relação a algumas coisas, mas o caso em questão que são as moscas as reclamações
procedem sim, pois a população já há um bom tempo vem sofrendo com isso. Essa infestação vem causando doenças e
isso é sério; outra situação grave são as acusações de onde estão vindo as moscas. Questão que não sou de acordo, uma
vez que cabe as autoridades competentes prestarem informações à população, esclarecendo sobre o problema. Acusam
o Aviário, uma empresa grande que gera empregos para a população que já é uma cidade tão carente de empregos, sem
terem a certeza. Pois não tivemos um posicionamento de onde estavam vindo as moscas, até o presente momento.
Uma outra questão, os comerciantes de Nepomuceno, o pessoal sofre, pois é emprego também, são famílias que são
mantidas com estes comércios, deixando aqui meus questionamentos apesar de que quase todas já foram respondidas,
mas fica aqui minha dúvida. De onde vem as moscas? Por que o aumento absurdo das mesmas? E por que nem uma
providência foi tomada para combater este mal? Gostaria de respostas porque até hoje não obtive resposta alguma e
vendo acusações sendo feitas de uma forma qualquer que até então ninguém sabia o que estava acontecendo. Boa
noite, muito obrigada”. Logo após, o Presidente diz deixar a pergunta para algum dos Senhores, aqueles que quiserem
responder, deixa a palavra livre. Voltando a palavra o Sr. DEMÉTRIO JUNQUEIRA FIGUEIREDO responde: As
moscas estão na natureza como o Professor já disse. Estão proliferando desta forma porque existem acúmulo e excesso
de material orgânico para elas se alimentarem e inclusive se reproduzirem, o ambiente é propício. A ação resolutiva
não é do dia para a noite, ela está sendo feita, mas demora. Uma delas é a questão do lixão, outra questão é a limpeza
urbana, outra questão é o Ministério Público junto ao Aviário, outra é a Semad junto ao Aviário no manejo de resíduos
para diminuir a infestação de moscas, outra é a ação da vigilância sanitária na cidade buscando os locais onde tem
riscos de proliferação entre outros mosquitos da dengue também agindo com relação à mosca doméstica. É um
problema difícil de resolver, pois ele não tem uma resposta única, mas a vantagem é que vê aqui o interesse de várias
organizações em cada uma a sua maneira tentando ajudar na resolução do problema. Neste sentido estamos
caminhando e pelo visto estamos indo bem pelo primeiro ano em enfrentamento pleno desse problema que assola a
cidade há algum bom tempo já. Em seguida fez uso da palavra a Srta. PATRÍCIA ALCÂNTARA SALGADO, da
Emater de Nepomuceno que faz uma pergunta ao Professor Luís da Ufla, será que estas moscas não poderiam ser
moscas que já estão resistentes a inseticidas, nas quais ao longo dos anos o Aviário está manejando, e não somente o
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mesmo, mas todos que controlam o município com avicultura, tais moscas não estariam resistentes e os inimigos
naturais seriam mortos com estes inseticidas e isso não geraria uma população de moscas de difícil controle? O
Professor LUÍS CLÁUDIO PATERNO SILVEIRA, responde ser possível, mas que não conhece nada do problema
a não ser de como é feito o controle nos locais de como ele é feito, com que produtos, e imagina que se alguma
empresa está fazendo produzindo algum produto sanitário de inseticidas para regular algum inseto, tudo isso está
sendo feito com o acompanhamento do engenheiro agrônomo no mínimo, para que você possa usar produtos que seja
permitido usar. A questão da resistência pode acontecer, mas teria que estudar para ver. É possível estudar esta
questão, saber se as moscas estão resistentes, e a que produto de inseticidas é usado, ou seja, se leva as moscas para o
laboratório, joga-se o inseticida na cabeça delas e vê se elas morrem ou não. Diz que tem um procedimento científico
para isto. É uma parte da investigação que o mesmo acha que deveria ser feita, em um projeto complexo, com tudo
dentro do projeto, todos os interessados em resolver o problema participando do mesmo, um tipo de um convênio entre
a Universidade, a Prefeitura, os produtores dentre outros. Acha que essa é a maneira melhor de resolver este problema
de uma vez por todas, fazer um projeto científico, porque à medida que se levanta os dados, vão surgir vários
questionamentos e quem vai responder essas questões, a pesquisa pode responder tais perguntas e ai vai-se avançando,
mas lembra que o projeto tem que ter um começo, meio e fim, determina-se um prazo e ao questionar quanto tempo,
sem conhecer o problema, o mesmo falaria, pelo menos três anos. Para conseguirmos chegar ao final e obter alguma
coisa, pois não adianta fazer o projeto com seis meses. Em seguida fez uso da palavra o Representante da Empresa
Aviário Santo Antônio, o Sr. ROGÉRIO DO NASCIMENTO GIRANDA, que saúda o Senhor Presidente Pedro
Giovani no qual cumprimenta todos os componentes da Mesa, as autoridades, a população de Nepomuceno, e dá boa
noite a todos. Diz estar aqui representando o Aviário Santo Antônio e gostaria de agradecer o convite e essa
oportunidade, reforçando aquilo que foi colocado pelo Dr. Rodrigo e pelo Dr. Vitor da Supram, o Aviário vem
desenvolvendo as suas ações e após uma reunião com o Dr. Rodrigo entramos em um entendimento com o Ministério
Público no qual foram encaminhadas a eles todas as ações que são realizadas e nas quais estão sendo analisadas pelos
técnicos do Ministério Público e que estão se comprometendo com o Ministério Público de estar avaliando estas
sugestões que vão os ser feitas e que o Aviário sempre teve por objetivo manter a sua produção e trabalhar em prol,
não somente pelo seu lucro, mas pela população e pela cidade de Nepomuceno. Diz que estão aqui hoje dispostos a
ouvir a colocação de todos e com relação a pergunta que foi feita pela engenheira Patrícia diz que os mesmos tem feito
uma série de estudos com o Professor César que infelizmente faleceu, e esta questão tem já um convênio com um
Professor de Entomologia nos quais fizeram vários testes neste sentido e não foi constatado nenhum tipo de
resistência. Diz acreditarem que com o auxílio do Ministério Público e com as sugestões que os foram passadas pelos
técnicos da Supram aqui presentes, diz terem plena convicção que estão no caminho certo. Diz que o objetivo nosso
nunca foi trazer prejuízo à população e que iremos sair daqui muito satisfeitos, pois como foi colocado pelo Senhor
Demétrio pela primeira vez estamos vendo em Nepomuceno a população e os diversos órgãos reunidos na busca de
uma solução comum. Foi muito bem colocado aqui que o Aviário sozinho não consegue resolver o problema, pois
estamos fazendo a nossa parte, dispostos a auxiliar todos aqueles que buscarem o nosso apoio quer seja através das
experiências que já produzimos e o objetivo nosso é buscar uma solução comum coordenada pelo Ministério Público
com o apoio da Semad. Em seguida volta a palavra o Vereador ADELANO DE CARVALHO que comenta a
audiência pública está sendo realizada com base na perícia onde foi identificado o foco que o Dr. Rodrigo contatou a
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Agência Regional de Proteção Ambiental que dá base ao menos pelo substrato fático para que se comece isso. Então
diz que não é questão que há acusações, há indícios. E baseado nos indícios e nos focos como o Rogério explanou, já
está até concluindo o galpão, terá o manejo e dentro desses indícios queremos proporcionar essa efetividade dos
Poderes de buscar solução. Dessa questão acusatória talvez fosse vindo até hoje neste ponto pela total falta de
informação. Então a partir de hoje já temos substrato fático, temos o amparo das instituições e como o Dr. Luís falou,
é diminuir a alimentação do inseto, ou seja, uma série de fatores. Então a partir de hoje temos um norte a ser seguido, é
um sinal de que as coisas tendem a caminhar e em paz. Sendo esta a mensagem dos Poderes. Em seguida o Presidente
volta a passar a palavra aos cidadãos, voltando a questionamentos a Sra. Maria Bethânia Brandão ao Sr. Demétrio:
“Você falou que leva tempo, mas tem muito tempo também que já estamos nesta situação. E respondendo a você
Adelano, realmente ficou uma situação muito difícil porque nós não tínhamos nenhuma explicação e nem vocês
acredito. Porque senão já teríamos tentado solucionar. Eu e a população de Nepomuceno toda esperamos que seja
resolvido sim, em todos os sentidos, o Aviário, o lixão, a cidade que se encontra em uma sujeira danada, a cidade está
jogada às moscas. Então vamos tentar solucionar porque a minha família inteira semana passada foi para o hospital.
Ou seja, já está começando a gerar problemas de saúde. Mas tenho certeza que irá ser resolvido e vamos todos ficar
satisfeitos com o que será decidido”. Continuando a Mestre de Cerimônia anuncia o próximo questionamento a ser
feito, a cidadã a Sra. Silvana Lopes da Silva: “Boa noite, eu faço minhas palavras da Maria Bethânia, que todos estão
focando somente no ASA, mas na realidade o que queria pedir para vocês é, se está tendo algum problema, este
problema parte da Vigilância que não está sendo bem feita. E o foco na realidade, a preocupação que percebo aqui de
todos é que o ASA gera 740 empregos mas o problema da cidade não é somente o mesmo, o problema é que nós temos
comércios, padarias, hotéis, restaurantes, engloba todos, e se formos somar todos garanto que dará mais emprego que o
ASA. Então a fiscalização tem que ser feita igual a todos, e quanto esta epidemia, virose que todos estão sofrendo,
estamos em uma situação pior ainda, pois nem hospital estamos tendo. Ficando a situação bem complicada. Agora,
hoje descobrimos de onde está o foco, e eu gostaria de pedir ao Vereador Antônio José Alexandre Lima por gentileza
que divulgue onde estão estes dois lixões, pois a população tem o direito de saber. Quanto a limpeza, não é somente a
limpeza de casa, na cidade está visível, pois não está sendo feita em lugar nenhum. Concluindo que se alguém tem que
fazer este trabalho tem que partir da Vigilância, pois estamos pagando os mesmos para o trabalho ser bem feito. Então
não vamos focar somente no Asa não, todos são culpados, temos que ser honestos, corretos e justos que não somente o
ASA que gera empregos, todos estão sendo prejudicados”. Com a palavra o Vereador ANTÔNIO JOSÉ
ALEXANDRE LIMA comenta que como bem disse em sua fala estava a caminho quando recebeu a ligação, e a
população nepomucenense pode ficar tranquila que o mesmo dará ciência através das redes sociais, através dos jornais,
através das rádios, aonde foram fechados os dois lixões, que amanhã irá procurar a Polícia do Meio Ambiente a fim de
certificar se realmente é verdadeira a informação e passará a todos os cidadãos nepomucenenses. Disse também, uma
vez que Vossa Excelência se referiu a Vigilância Sanitária, está tramitando nesta Casa um Projeto de autoria do
Executivo Municipal onde com aprovação desse Projeto, iremos delegar poder de polícia para a vigilância sanitária.
Ou seja, ela irá fiscalizar todos os locais, ou seja, todos os comércios, e vão ver se os alvarás sanitários estão em dia.
Pois não é somente chegar aqui e falar que o foco está “ali”, mas vamos a determinados comércios fazer aquisição de
alimentos que nos deixam vergonhosos, porque as moscas estão lá estampadas, sendo preciso também que demos
através desta Lei realmente poder de fiscalização e de polícia ao poder que se chama Vigilância Sanitária do
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município. Diz que segunda-feira se Deus quiser este Plenário vai referendar este Projeto e ai sim o Poder Executivo
terá em suas mãos o que está faltando. E foi dito aqui em uma de nossas reuniões que através do Sr. Demétrio que
tínhamos que fazer uma legislação para dar poder de polícia ao Executivo, e assim o mesmo o fez, enviando para esta
Casa o referido Projeto, no qual será aprovado na próxima segunda-feira por unanimidade desta Casa. Continuando a
Mestre de Cerimônia anuncia outra cidadã a fazer questionamentos, a Sra. Adriana Aparecida de Deus: “Boa noite
Senhores Vereadores, eu estou aqui representando o Jardim Colina, e não estamos aguentando mais estes mosquitos,
eu como dona de casa, bem como minhas amigas também donas de casa, queremos uma solução. Não temos mais jeito
de fazer um almoço, um lazer, receber visitas em nossa casa, não podemos. Domingo, um almoço em família não
conseguimos mais, as crianças pequenas em seus carrinhos, os mosquitos ficam em cima, ao redor, então o que
queremos é isso mesmo, uma solução e no Jardim Colina está feia a coisa. No último domingo minha casa estava
infestada de moscas, assim ficamos tristes, pois mesmo tapando as panelas, fica impossível fazer as refeições. As
moscas entram dentro da geladeira, já joguei muita carne fora, o dinheiro não dá, e os produtos de limpeza não sobram
mais. Então estou aqui pedindo uma resposta para vocês, e se Deus quiser eu sei que será resolvido”. O Presidente
agradece a explanação da Senhora e lembra que se alguma autoridade da Mesa quiser falar a respeito, fica disponível a
palavra. A Mestre de Cerimônia anuncia a cidadã, a Sra. Cristina Isabel Militani: “Eu também sou moradora do
Bairro Jardim Colina e estou aqui para falar para vocês o seguinte: Eu gostaria de saber se na casa de vocês tem
mosquitos como lá no bairro Jardim Colina, Centenário e no Novo Horizonte?. Eu como moradora estou percebendo
que terei que fechar meu estabelecimento pois está um horror, um absurdo. A ASA reside em Nepomuceno há muitos
anos e de uns cinco a seis anos para cá aumentaram os mosquitos, será por que? Qual motivo? E por ai vemos nas
redes sociais as pessoas postando e falando, mas as pessoas jogam lixos nas ruas, os terrenos baldios sujos, inclusive
os lixos que os garis passam, pegam e colocam em um ponto de lote vago. E penso que já começa por ai. Se tem lotes
vagos, por que a Prefeitura não notifica ou multa, pois as pessoas só aprendem quando dói no bolso. Pois próximo a
minha casa tem lote vazio e o povo joga lixo. E outra coisa, estas pessoas que falaram no Liberdade e Expressão que
para acabar com as moscas, basta ficar abanando e limpando a casa ou tapando as panelas, que vá em nossas casas e
nos ensinem a limpar, pois acho que não estamos sabendo. O dia que a EPTV esteve na cidade, falaram que pediram
cinco meses, ou seja, até março, e agora o Professor dizendo que são três anos, durante este período o que vamos
fazer? Alguém tem alguma solução, abandonar nossas casas, abandonar o serviço, e que fique bem claro à população,
ninguém deseja que feche empresa nenhuma, queremos soluções. Pois por que antes não tinha e agora tem? Será que
antes fazia-se algo corretamente e agora deixou de fazer? As moscas não saem somente de lá não, se cada cidadão
cuidasse de suas casas direito, de seus quintais e dos lotes vagos, eu tenho certeza que não haveria tanta mosca como
tem. Agora se vocês que podem tomar uma providência, não tomam, o que iremos fazer? Esta reunião será para tomar
providências ou ficará na mesmice?”. O Presidente PEDRO GIOVANI MILITANI lembra que a iniciativa da
reunião é justamente para tomar providências, e disse que temos que ter ciência que hoje aqui temos nesta Mesa várias
autoridades que tem conhecimento do assunto, então pede a todos que foquemos, pois se nós precisamos resolver este
problema, a questão da epidemia, necessitaremos de trabalharmos juntos. Diz que precisamos até aprender daqui para
frente agir como sociedade, em vários assuntos, não somente neste em questão, sendo isso que estamos fazendo aqui
hoje nesta Casa. Lembra que estas autoridades estão aqui presentes por livre espontânea vontade querendo ajudar. E a
partir daqui que iremos iniciar a mudança. Em seguida volta a palavra o Professor LUÍS CLÁUDIO PATERNO
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SILVEIRA que comenta que ao ter falado os três anos, é isso mesmo, não adianta, o problema demorou seis anos para
chegar e estar em um pico agora que ninguém está aguentando mais. Então diz que tem que ser realista, pois sabe
como o problema funciona, as ações parece que já começaram a ser tomadas, a população da mosca vai cair, mas ela
não irá cair em hum ano, e nem em seis meses, diz estar sendo realista com todos. Se em dois anos caiu, maravilha, o
que eu mais quero é estar errado, mas pela segurança estou pensando em três, para voltar a ter uma população normal.
Lembra que cada um pode fazer um pouquinho, e questiona quem aqui faz compostagem de lixo orgânico em casa?
Isto é importante fazer, o lixo que vai para o lixeiro tem que ser separado, tem que fazer a compostagem em sua casa, e
o que as empresas e quem estão produzindo estercos tem que fazer é a mesma coisa, é a compostagem. Se cada uma
fizer a sua, já vai diminuir a quantidade geral na cidade. O Ministério, a Secretaria está cuidando primeiro para quem
produz em grande quantidade cuide também dos seus. Lembra que já está acontecendo, que o processo já começou.
Diz estar vendo tecnicamente com bons olhos, achando que daqui para frente irá desenvolver tal situação. Voltando a
palavra a Sra. PATRÍCIA ALCÂNTARA SALGADO comenta que outra coisa também que temos observado é que
os produtores de café também usam muito esterco nas lavouras hoje em dia, que antes não usava tanto como hoje,
então diz achar que tem muito a ver também, os estercos jogados nas lavouras, de codornas, que as pessoas estão
usando e observamos que estão falando que tem muitas moscas quando os mesmos jogam os estercos nas referidas
lavouras, verificam que realmente nesta fase as moscas aumentam muito, então acredita serem vários focos que tem no
município, não somente um ou outro, tendo que investigar todos, ou seja, vários culpados. Logo após a Mestre de
Cerimônia anuncia que temos agora uma pergunta de um cidadão que não quis se identificar, sendo direcionada ao Dr.
RODRIGO CALDEIRA GRAVA BRAZIL: Quem é o culpado? É verdade que existe um laudo falando que é o
Aviário? Voltou a palavra o Sr. Rodrigo que lembra como citou brevemente em sua fala anterior, o Ministério Público
tem um procedimento específico chamado inquérito civil no qual os senhores não tem obrigação de saberem, mas o
que se trata, é um procedimento administrativo de investigação no âmbito do Ministério Público. Instaurado em
relação ao Aviário Santo Antônio. Neste procedimento se identificou o Aviário Santo Antônio apesar de adotarem
algumas técnicas de combate à proliferação dos mosquitos, não as faz de forma adequada. Então diz que o Ministério
Público não tem como dizer aos senhores se o único culpado é o Aviário Santo Antônio, ou se existem outros fatores.
Um estudo completo e complexo como este demanda tempo como o Professor Luís foi bem claro em relação a isto.
Diz que o que nós temos é um procedimento que investiga empreendimentos, sendo um fato delimitado. Comenta que
recebeu o laudo da Arpa em setembro deste ano indicando a necessidade de melhorias no manejo do esterco e nas
medidas adotadas para o combate às moscas, inclusive a adequação dos produtos químicos utilizados, pois
aparentemente eles também eles combatiam os próprios predadores. A partir desse laudo que o Ministério Público teve
em setembro, se reuniu com o Aviário Santo Antônio em outubro e ai apresentou os resultados que foram detectados
em relação ao empreendimento do Aviário Santo Antônio, e eles se comprometeram a nos apresentar um planejamento
de medidas de adequação a partir daquilo que fora aferido. Tal planejamento foi apresentado no final do mês de
outubro e no início desse mês de novembro com as técnicas da Arpa, estão com as propostas de ações do Aviário
Santo Antônio para analisar a adequação delas em relação àquilo que foi constatado, a fim de verificar se são
suficientes ou se há a necessidade de também nova adequação destas medidas propostas. Se houver a necessidade de
adequação a ideia é propor um acordo para o Aviário para que ele se comprometa a no empreendimento dele tomar as
melhores medidas, as melhores técnicas. Se o Aviário se comprometer haverá um prazo de acompanhamento para
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verificar se houve efeitos, agora se o Aviário não se comprometer não existirá outra solução senão propor uma ação
civil pública. Comenta que isso não significa que o único culpado é de fato o Aviário, pois não há como dizer isto, o
que ficou constatado é que o Aviário de fato tem problemas no empreendimento dele e precisa responder por isso. E
em relação a outros fatores o pessoal da Supram Sul de Minas fez fiscalizações e parece que identificou alguns outros
pontos que vem sendo trabalhados administrativamente e o Ministério Público também disse em paralelo, o tratamento
de resíduos sólidos, ou seja, o lixo, o município de Nepomuceno não dá destinação adequada ao seu lixo. Diz que não
conhece as características específicas, mas por experiência pode dizer, essa não é a maior causa porque se fosse mais
da metade dos municípios do Sul de Minas teriam o mesmo problema, pois mais da metade, 80% não dão tratamento
aos resíduos sólidos urbanos de forma adequada. Conclui que de toda forma o Ministério Público propôs uma ação
civil pública em 2013 em relação a isso e existe uma decisão que não vem sendo cumprida pelo município e diz que se
reuniu com a Prefeita no mês passado e a mesma se comprometeu a adequar e firmar um acordo conosco e esperamos
que o acordo seja firmado até o fim do ano. Firmado ou não o acordo esta questão será oficializada e depende também
de medidas e decisões judiciais. Diz também que o outro ponto que o mesmo não teve oportunidade de falar diz
respeito ao tratamento de efluentes, o município não trata seu esgoto sanitário, a uma carga orgânica bem ou mal, em
relação a ele existe um problema no projeto da concepção da Estação de Tratamento de Esgoto feita no município, no
qual é outra questão bastante complexa, que também demandou análises técnicas e vem sendo acompanhado. De
acordo com os estudos que recebemos a viabilidade daquela ETE tratar pelo menos parcialmente o esgoto, mas
medidas mitigadoras são necessárias, pois o projeto original da ETE previa aterros de secagem do resíduo orgânico
que seria extraído da ETE. E isso é inviável porque somente contribuiria para a proliferação dos mosquitos, então para
o funcionamento da ETE o município precisa antes de tudo dar destinação em um aterro adequado e não em um leito
de secagem na própria ETE que está muito próxima da zona urbana por exemplo. Diz que se estendeu em demasia,
mas gostaria de enfatizar isso, o que há é um procedimento específico que trata de uma circunstância concreta.
Acredita-se que a partir desse trabalho em um médio prazo a população de moscas tende a cair. Outros focos precisam
ser identificados e combatidos, mas isso depende de um trabalho mais amplo e de uma equipe técnica que ainda não
enfrentou estas questões. Diz que não tem nenhuma pretensão em se colocar no lugar dos senhores que tem vivido isso
nos últimos seis anos, mas a realidade é que providências somente estão sendo tomadas agora em 2018. Então diz que
não pode responder pelo passado, o que pode dizer são as ações que vem sendo tomadas voltadas para o futuro a partir
da identificação do que foi feita agora, em setembro desse ano. Prosseguindo fez uso da palavra o Sr. DEMÉTRIO
JUNQUEIRA FIGUEIREDO que comenta sobre a exaltação desnecessária das pessoas presentes neste momento,
pois compreende muito que é um problema de longa data e que cada vez tem incomodado mais as pessoas. Diz que até
então de Varginha como Coordenador e Superintendente de Vigilância Sanitária na região, até então nunca tinha
chegado se quer um ofício para nós solicitando apoio técnico e como médico veterinário, profundo conhecedor destas
questões e dos seus impactos no desenvolvimento econômico da cidade, para vir colaborar. Lembra que isso foi feito
no final do ano passado. Alguns falaram do problema de seis anos, diz que é médico veterinário especialista em
doenças transmitidas de moscas, insetos e animais para os seres humanos, no qual é o problema que está sendo
colocado pela cidade. Diz que tem íntima relação com a questão da produção animal e seus impactos e no
desenvolvimento econômico na saúde das pessoas, pois sem dinheiro no bolso ninguém vive. Como já colocado isso
várias vezes, que nossa intenção aqui é mediar uma alternativa para manter o desenvolvimento da cidade. Essa cidade
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como um polo de avicultura e ao mesmo tempo soluciona os problemas relativos à infestação de moscas e seus
impactos na saúde e na vida das pessoas. Diz que é para isso que estão vindo aqui, e que é a segunda vez que se
reúnem aqui nesta Casa. Pediu a paciência de um problema que vem se acumulando durante trinta anos não iremos
resolver simplesmente fazendo um decreto para as moscas, “Proibido moscas entrarem na cidade”. Ou que os frangos,
as galinhas de compostura são origem importante do problema simplesmente exterminamos milhões de galinhas que
existem na cidade e na redondeza aqui, que é a fonte de desenvolvimento e de empregos das pessoas. Lembra que não
iremos resolver desta forma do dia para a noite. Então diz que o Dr. Rodrigo foi muito feliz em colocar que existem
medidas relacionadas ao lixo da cidade, a questão sanitária, por exemplo, de resíduos da cidade, medidas com relação
ao Aviário que é o principal polo de desenvolvimento e de recursos para a cidade. A Vigilância Sanitária se quiser e
for fiscalizar a casa de qualquer um de vocês, ela não poderá. Pois não tem uma Lei do município que faça a vigilância
sanitária ter poder de polícia para que ela possa trabalhar e fiscalizar. Diz também que não queremos uma vigilância
sanitária que chega e vai culpar as proprietárias de estabelecimentos, de lanchonetes, de padarias, como culpadas pela
infestação de moscas na cidade. Diz que é um processo que está acontecendo, cada um dando a sua contribuição,
alguns, assim como as moscas entende-se que o Aviário pode ser um potencial que colabore mais no processo, mas
não é o único. E desta forma o Ministério Público está tratando com seu potencial, a vigilância sanitária dialogando
com o legislativo às ações que são pertinentes, e o Executivo do município também terá um papel fundamental que é
começar a fiscalizar estas outras ações que devem ser feitas na cidade, como terreno baldio sujo, pessoas que colocam
o lixo no horário e lugar errado dentro da cidade, às questões relativas, por exemplo, a esses bairros onde tiveram as
maiores infestações, quais as medidas específicas de vigilância epidemiológica e sanitária que podem ser
desenvolvidas lá, a fim de minimizar o problema lá em primeiro lugar, já que está sendo mais grave. Então conclui
dizendo que a audiência pública para as pessoas que ainda não conheça, ela existe para isto, apresentar soluções do
Poder Público em suas várias facetas vem desenvolvendo. E nesse um ano apenas. Termina dizendo que hoje veio
aqui, no sacrifício, pois já estavam com agenda dentro do município, vamos continuar este processo, colaborando
inclusive com o Ministério Público e trabalhando juntos com a Superintendência do Meio Ambiente, com a Ufla, com
a Câmara de Vereadores, com as Secretarias, com a Emater, a fim de ajudar a cidade a resolver este problema. E que
não seja três anos, mas que nós já comecemos a ter resposta em um ano como agora. E quanto as respostas da
diminuição de moscas vão se dar a partir da continuidade dos processos que estamos fazendo aqui hoje. Agradece a
presença, a atenção e a paciência de todos, sendo bastante objetivo dizendo que sai de Nepomuceno hoje muito feliz
com o esforço que está sendo feito pela sociedade local e principalmente pela população para começar a dar cara a este
problema e resolver. Logo após o Sr. VITOR SALUM ratifica o que o Sr. Demétrio disse que não adianta nada
culparmos todas as omissões e o que não foi feito há seis anos, se não mobilizarmos para tomar atitude para daqui três
anos, como o Professor apresentou como prognóstico, para que seja feito, porque senão daqui a seis anos novamente,
em 2024 o problema não irá ser resolvido. Diz que precisamos de um pontapé inicial, ações materiais concretas para
resolver o problema e esta discussão com toda a população identificando o foco e possíveis causas e soluções para o
problema são importantes, então não adianta falar que estamos há seis anos com o problema, não se colocando
também no lugar de todos, pois sabe que é uma situação muito difícil, mas não incentivar ações para o futuro. Pois
sem ações para o futuro não resolve o problema. Então precisamos buscar isto, tomar medidas, avaliar medidas,
verificar quais foram às consequências das medidas e com isso conseguirmos eliminar o problema. Lembra que
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realmente não é um problema que se resolve do dia para a noite e sabemos que enfrentam a longo tempo, mas temos
que pensar em agir em conjunto para que isso seja resolvido a partir de agora. Continuando a Mestre de Cerimônia
anuncia outro cidadão que não quis se identificar e enviou para nós uma pergunta escrita: “O que a SUPRAM e o IMA
irão fazer por nós?” Fez uso da palavra o Sr. DANIEL ISCOLD – Coordenador do Núcleo de Controle Ambiental da
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMAD). Disse que há um tempo, até 2016 trabalhava na Diretoria de
Regularização e foi o gestor responsável pelo processo de licenciamento do Aviário Santo Antônio. Então comenta
que não irá dizer o que a Supram irá fazer, mas irá dizer o que a mesma tem feito pela população ao acompanhar e
fiscalizar as condições impostas ao Aviário Santo Antônio. Anteriormente na fiscalização que foi feita no dia 12 de
outubro, o mesmo e mais alguns colegas tiveram no município para tratar e fiscalizar justamente a denúncia de
moscas. E como fruto dessa fiscalização foi embargado parte do empreendimento do Aviário Santo Antônio. Diz que
no caso embargamos a área de compostagem que está localizada na propriedade denominada de maranhão, núcleo de
maranhão localizado em Lavras. E comenta que a Supram embargou parte desse empreendimento porque em 2017 foi
emitida a resolução 471 que explica como que a compostagem de resíduos sólidos tem que ser feitas. Como o
Professor Luís disse o dejeto de ave é alimento para moscas. E hoje as práticas modernas de avicultura demandam que
o dejeto de aves que passe previamente por um processo de compostagem antes de ser utilizado como adubo orgânico.
Então a Supram entendeu que a área de compostagem do Aviário Santo Antônio necessitava de adequações e por isso
essa área foi embargada. Disse que hoje o Professor Rogério o enviou as fotos da obra que foi feita de adequação da
área de compostagem. Conclui dizendo que esperam que nos próximos dias essa área entre em operação novamente de
uma forma correta, acreditando que isso irá contribuir para a diminuição da população de moscas. Pois ao diminuir a
quantidade de alimento de moscas, estará contribuindo para o controle da população de moscas. Diz que o problema
do Aviário Santo Antônio começou a ser resolvido em 2010, quando o empreendedor solicitou a revalidação da
licença de operação, e no caso do advento da emissão da licença o órgão ambiental sofreu uma pressão muito grande
por parte do Ministério Público, porque o Aviário Santo Antônio tinha problemas e tem problemas e é importante o
Aviário ter a licença ambiental para que o órgão ambiental possa fazer esse monitoramento junto ao empreendedor.
Pois o empreendimento quando não está licenciado o órgão ambiental não conhece os problemas do empreendimento.
E desde quando a licença do empreendimento foi emitida, a revalidação da licença foi emitida, o órgão ambiental vem
acompanhando a postura do Aviário Santo Antônio perante a licença ambiental. Diz que este é o papel do Núcleo de
Controle Ambiental e diz estarem atentos. Como disse o Aviário é alvo de fiscalização do órgão ambiental justamente
para propor e procurar essas soluções dos problemas ambientais que contribuem para os problemas na área urbana.
Voltando a palavra o Sr. VITOR SALUM comenta que como medida nesse dia doze de outubro como o Sr. Daniel
citou, fizemos diversas determinações não somente para o Aviário Santo Antônio, mas como para todos os
empreendimentos que desenvolvem essa atividade no município, medidas para todos, pois todos tem problemas na
gestão das atividades deles, determinamos estas medidas com prazo para serem implementadas que ainda não
chegaram a seu termo, e assim que chegar neste termo, vamos procurar novas fiscalizações do local para averiguar se
as mesmas foram cumpridas, avaliar, monitorar, verificar se foi efetivo e somente assim conseguiremos tentar
solucionar este problema no qual é muito complexo, e muito difuso. Diz que às vezes se fala do tamanho do Aviário
Santo Antônio sendo um milhão e quinhentos, o plantel deles, sendo muitas galinhas e muitos dejetos, mas se um
empreendimento menor não tiver medidas de controle com dez mil galinhas, ele pode causar tantos danos quanto o
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empreendimento maior. Por isso é importante a fiscalização de todos os empreendimentos, não somente o Aviário,
mas qualquer outra pessoa que desenvolva essa atividade no município com foco de proliferação de vetores será objeto
de fiscalização. E neste sentindo pede o apoio da população onde temos um canal de denúncias dentro da Secretaria de
Meio Ambiente, então se verificarem alguma situação de empreendimentos que vem desenvolvendo estas atividades,
pedimos a vocês que efetuem essa denúncia, pois realmente não temos olhos em todo município, na verdade somos
uma equipe de fiscalização para 177 municípios da região. Então além do problema em Nepomuceno temos problemas
nos outros 176 municípios, e a participação dos munícipes neste sentido de subsidiarmos com informações, a fim de
que tomemos decisões estratégicas de fiscalização, é muito importante. Por fim que seja descarte irregular de resíduos
sólidos, descarte de saneamento básico irregular, chiqueiros ou qualquer outro tipo de empreendimento que seja
potencialmente poluidor e um vetor da atividade, pedimos a participação dos munícipes para registrar estas denúncias
e tomarmos as providências dentro de nossa área de atuação. Logo após fez uso da palavra o Sr. LUIZ CARLOS
GARCIA RODRIGUES, Representante do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), no qual agradece o convite de
poder estar ajudando a população de Nepomuceno de alguma forma, diz que o trabalho do IMA é diretamente dentro
das granjas, dentro da parte sanitária das galinhas, das aves e temos hoje aqui em Nepomuceno nove estabelecimentos
registrados e outras duas de codorna controlado. Diz que dentro de suas funções e programações, pelo menos duas
fiscalizações em cada granja, se faz por ano. Mas aproveitamos a oportunidade do convite e mandamos uma equipe
semana passada onde foram repassadas novamente estas granjas sendo a fiscalização feita visualmente, in loco e
documentação. Dentro disso não encontramos irregularidades dentro das granjas nas quais vistoriamos. Não tinha
problema nenhum de moscas dentro das granjas, mas agora dali para fora já não é conosco, como o pessoal do Meio
Ambiente falaram, os dejetos e outros, grandes problemas desta questão como da infestação, não é conosco, mas nos
dispomos a ajudar no que for preciso, nos colocamos a disposição do Ministério Público também, ao que precisar,
concluindo que estão aqui para isso. Dando continuidade a Mestre de Cerimônia anuncia a cidadã que também gostaria
de se pronunciar, a Sra. Beatriz Aparecida Flores Mariano: “Boa noite a todos, a reclamação que tenho é a questão
das moscas, pois tenho uma sorveteria na Marciolândia e lá encontra-se sem explicação, uma calamidade, gasto com
vários produtos de limpeza no estabelecimento, os meus fregueses que frequentam sabem como a sorveteria é limpa. O
que mais nos deixa tristes é que disseram que há pouco tempo começaram a tomar as providências em relação as
moscas, ficando desanimada também com os visitantes de nossa cidade, pois nosso município já não tem emprego, e
nós comerciantes tentamos dar empregos para o pessoal, tentamos ajudar e ao mesmo tempo ficamos tão tristes, pois
chega uma pessoa de fora, sem saber dessa situação, chegam em meu estabelecimento e falam, nossa que quantidade
de moscas! E mesmo vendo a limpeza, continuam criticando, achando que está sujo, mas não estão, não se tem mais
onde fazer limpeza. Domingo fiquei tão irritada, o freguês dentro de minha sorveteria e eu estava limpando, pedí
desculpas e licença, pois não tenho mais o que passar de produtos, pois tento todos, e o meu estabelecimento é pior
pois são somente doces. Estamos em uma situação que por exemplo, dias de feriados, principalmente prolongados,
com certeza Nepomuceno terá pessoas de fora, e não sabemos onde colocamos nossa cara de tanta vergonha, pois são
muitas as moscas. Agora por que gente que está acontecendo isto, a Dr. Solange comentou um detalhe que achei muito
interessante, o porquê de seis anos para cá tem tanta mosca? E diziam que estavam tomando providências mas pelo
contrário, somente piorou. Pois se vocês forem em minha sorveteria no domingo vocês notarão o nervoso que fico lá
dentro, pois não sei se atendo bem o freguês, se presto atenção em meus frízeres, porque as moscas infelizmente caem.
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E é tudo limpo no ambiente, e gastamos o que não temos, pois como todos vocês aqui sabem, nosso País está
atravessando uma crise imensa, mas graças a Deus a população está acordando, pois lá em cima já mudou. E por que
no Bairro Marciolândia tem tanta mosca? Então gostaria que vocês tomassem as providências, olhassem se tem lixões
escondidos naqueles cantos, se existe esterco de galinha, mas lembro de que não estou aqui para falar que é o Aviário,
não quero que feche que haja desemprego, isso não desejo para ninguém. Então estou pedindo aqui uma solução, pois
ficamos com vergonha das pessoas que não residem aqui em Nepomuceno, tem algumas que saem de minha sorveteria
e vai até a praça tomar o sorvete. Eu quase morro de vergonha, até falo, gente está tudo limpo, vocês podem verificar,
mas elas falam Bia, não é você, é a cidade. Mas o triste e desanimador é que as pessoas de fora acham que somos
porcos, não aguentamos mais sermos humilhados por moscas. E tem mais, a cidade está cheia de virose, com certeza
imaginam de onde vêm tais viroses. Eu estive duas vezes na Santa Casa de Misericórdia de Nepomuceno com a minha
mãe, fiquei horrorizada de presenciar quantas pessoas chegaram ao hospital com virose. Tenho quatro irmãos que
moram em Lavras, e lá não tem moscas, igual Nepomuceno não tem. Então tem que descobrir de onde vem isto pelo
amor de Deus! Deem uma solução pessoal, pois está desesperador, não estamos aguentando. Iremos fechar nossos
estabelecimentos? Haverá mais desemprego? O que vamos fazer? Aqui é uma cidade tão próspera, e ainda escutamos
várias chacotas, pessoas que recebem todos bem, alegres. Exemplo não sou daqui, minha terra natal é Lavras, e moro
aqui há trinta e seis anos, não tenho vontade de ir embora daqui, queria que aqui crescesse, uma cidade melhor para
todos. As pessoas precisam abrir a mente, haver empregos, indústrias, somos próximo a Fernão Dias, e o que
Nepomuceno espera? Então vamos dar um jeito nestas moscas, pois está difícil. Convido vocês a irem lá à sorveteria e
podem filmar. Não chamei a EPTV certa vez em Nepomuceno, mas a mesma esteve dentro de minha sorveteria. Eu
quase morrí de vergonha, pois aquela cola de pegar ratos coloquei em meu estabelecimento e ficaram abismados de
ver tantas moscas atoladas naquelas colas, obrigada e desculpa”. Próximo cidadão a questionar o Sr. Oswaldo Silva,
fez uma pergunta escrita: “Temos uma suposição de que os casos de virose na cidade nos quais são muitos podem ser
causados pelo excesso de moscas, essa hipótese é válida”? Responde o Professor LUÍS CLÁUDIO PATERNO
SILVEIRA, que lembra que disse bactéria, o vírus está no ar, e não necessariamente a mosca pisa no vírus e disse que
teria que dar uma pesquisada, não sendo difícil descobrir, se mosca está associada à bactéria, diz que já leu sobre isso,
os artigos falam que sim podem transferir bactérias que estão nas patinhas, nos pés das moscas que pousou lá e
posterior em sua comida, mas vírus diz não saber, mas como o vírus é transmitido tem as dúvidas que as moscas tem a
ver com o vírus ou se tem algum outro fator que não seja mosca. Por exemplo, a questão do lixo, outro animal.
Questiona se só temos problemas com moscas, se baratas ou escorpiões não? Viu que é normal que tenha também.
Pois se tem muito lixo terá moscas, baratas e quem come baratas é o escorpião. A mestre de cerimônia faz outra
pergunta ao professor de um cidadão que não se identificou: “Comenta-se que as moscas domésticas carregam consigo
mais de trezentos tipos de bactérias causadoras de infecções no estômago, intoxicações e até pneumonia, ou seja, um
assunto de gravidade na saúde pública, quais as medidas a serem tomadas pela nossa Secretaria de Saúde”? Após, o
Professor responde: Diz que com base em sua apresentação no início, é normal, as moscas estão assim devido o
excesso de alimentos para ela, mas era para estar regulada, as ações estão sendo tomadas, agora como você impede a
mosca de entrar na sorveteria, no restaurante ou no hospital, imagina-se que estas cortinas de vento não vão segurar,
pois a quantidade é grande. Então como que o Ministério irá resolver, a população tem que cair para diminuir a
quantidade de moscas, senão impossível impedir que elas entrem. Pois a curva que sobe e desce no qual mostrou pelo
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slide, o tempo abaixo, somente escreveu mas não disse quanto tempo. A mesma curva pode demorar tempos para cair,
e depois subir novamente. Diz que varia muito pois não sabe quais as espécies de moscas tem, qual o ciclo de cada
uma delas, quanto tempo dura o adulto, quanto tempo dura a larva, sabendo que a larva que come o lixo. Ai o adulto
voa e se alimenta de líquidos. Adulto não come lixo nem esterco, ele se alimenta de líquido. Um exemplo é a mosca
que pousa em seu bolo, ela toca o aparelho bucal em cima do bolo cuspindo no mesmo. Diz que ela faz um caldinho e
suga o líquido. É assim que funciona. Diz que as pessoas tem que terem raiva das moscas mesmo, e as medidas estão
sendo tomadas para diminuir, pelo município inteiro dentro e fora da cidade. Voltando a palavra o Sr. DANIEL
ISCOLD comenta complementando que não tem formação na área da saúde, é formado em zootecnia, mas que
durante um tempo trabalhou como microbiologia na área voltada para qualidade de alimentos. E complementando o
que o Professor Luís disse com certeza as moscas são vetores de bactérias, e de vírus não saberia dizer. E essas
bactérias estão relacionadas estritamente com a contaminação de alimentos. Então diz que o tipo de doenças que essas
moscas podem causar são doenças no trato digestivo, mas não estou falando que o diagnóstico do médico está errado.
Mas é atribuído como uma virose quando na realidade são doenças causadas por bactérias na área intestinal. Diz que
com certeza as moscas são transmissoras de bactérias, pois de vírus não saberia dizer. Continuando os cidadãos
inscritos a Mestre de Cerimônia anuncia a Sra. Valdinéia Cruz faz uma pergunta direcionada ao Representante do
Aviário Santo Antônio: “No controle do ciclo de vida das moscas é preciso utilizar um produto de ação larvicida
seletivo, o Aviário Santo Antônio tem feito o uso de algum larvicida? Se sim, qual o nome e que quantidade é
utilizada?” O Sr. ROGÉRIO DO NASCIMENTO GIRANDA responde: Diz que o Aviário tem usado e tem as
recomendações de todos os produtos aprovados pelo Ministério da Agricultura, é usado o Neporex, diz não saber
informar qual a dosagem, pois não é a sua área técnica, mas é usado o larvicida sim. Continuando a Mestre de
Cerimônia anuncia a próxima cidadã, a Srta. Mariana Sarquis Meira: “Eu gostaria de falar como profissional da área
de Meio Ambiente, não somos o pessoal do meio ambiente, somos engenheiros técnicos, biólogos, zootecnistas, não
somos o pessoal de meio ambiente, mas só para continuar eu gostaria de falar que as atitudes já começaram a serem
tomadas anos antes, mas acredito que a ação como Entomologista com o pessoal da Arpa, eu era estagiária da Iris
Helena, e a nossa atividade maior na Prefeitura começou com a Engenheira Ambiental Íris Helena nos anos de 2016 e
2017. Foi quando as maiores atitudes da Prefeitura foram tomadas e gostaria de continuar dizendo que meu
posicionamento que devo ressaltar não represento mais a Prefeitura, pois me desliguei do estágio em janeiro de 2018
fatos que podem ser comprovados pelo registro da própria Prefeitura. Meu posicionamento no momento é como
técnica do meio ambiente formada pelo Cefet-MG de Belo Horizonte, e ex estagiária da Secretaria Municipal de
Agricultura e Agropecuária do Meio Ambiente. E a situação das moscas foi algo que eu acompanhei de perto em
2017. A reclamação que mais recebíamos na Secretaria era das moscas. Isso não é algo normal em mais nenhum outro
município, pois uma Secretaria normal de Meio Ambiente gera reclamações de cortes de árvores, recebemos
reclamações de lixão, e aqui recebíamos reclamações de moscas. Os responsáveis pelo fato tentam responsabilizar a
disposição do lixo e a sazonalidade das espécies das moscas domésticas, ou seja, estas são as que mais se reproduzem.
Se isso fosse verdade observaríamos essa situação em municípios muito maiores e com muito mais estabelecimentos
não higiênicos como Lavras, apenas trinta minutos daqui. E esta quantidade de moscas não se reflete em qualquer
outra cidade da região do Campo das Vertentes, no qual é região mais específica do Sul de Minas que a gente se
insere. O que está ocorrendo então não é um fenômeno natural mas as ações de responsabilidade ambiental
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ocasionados por empreendimentos ou agricultores ou que por motivos econômicos evitam tratar de forma adequada
seus resíduos. A situação só irá se reverter quando os interesses da saúde pública e ambiental dialogarem com os
interesses econômicos, não prevalecendo nenhum sobre o outro. Disse que as empresas e empresários são
fundamentais para a economia da cidade, mas a saúde da população e do ambiente também é. Além disso, eu gostaria
de acrescentar que é irresponsável e cruel responsabilizar também o pequeno estabelecimento embora seja justo pedir
a fiscalização deles, mas falar que vai colocar para fiscalizar cada estabelecimento não higiênico, então me explica
como que uma farmácia que é vigiada pela Anvisa recebe fiscal todo mês e ainda tem moscas. Eu encerro meu
discurso assim na maior cordialidade, queria que vocês respondessem meu questionamento se é falta de higiene do
pequeno estabelecimento, se é de uma farmácia que recebe fiscalização da Anvisa todo mês, se é anti higiênica
também.” Logo após responde o Professor LUÍS CLÁUDIO PATERNO SILVEIRA que diz que pelo o que está
entendendo as pessoas estão preocupadas se estão limpando o suficiente as mesas, não me parece que é isso não. Pois
é muita mosca mesmo, elas vão estar em todos os lugares, são insetos cosmopolitas assim como as baratas, os
escorpiões que não são insetos mas também são. E isso significa que onde tem ser humano tem moscas, e tem baratas
porque nós produzimos muito lixo, a nossa espécie por natureza produz muito lixo, pois deixamos muito resíduo. Por
isso perguntei quem faz compostagem, possivelmente sobram um monte de nutriente que você deveria fazer
compostagem e não jogar no saquinho e deixar fora de sua casa sendo resolvido o problema. Acredita que cada um
está fazendo sua parte, mas o problema não se resolve da noite para o dia, e se já começou a resolver, ótimo, vamos
em frente. A população também está fazendo sua parte, mas não adianta você querer jogar cada vez mais produtos para
limpar e daqui a pouco estaremos nos intoxicando, cuidado gente. Daqui a pouco tem gente passando inseticidas na
mesa para a mosca pousar e morrer, dizendo para não fazer isso. Diz que todos estão limpando bem, não é este o
ponto, as moscas vão parar quando a população diminuir. A questão que eu gostaria de falar chama-se manejo
integrado de pragas, se a mosca fica no status de pragas tem que ser feito um manejo integrado. Só o produto químico
não irá resolver, somente a compostagem não irá resolver, teremos que integrar vários métodos de controle, químico,
biológico, que são os inimigos naturais e a partir da ambiência que é a quantidade de esterco. Conclui dizendo que
compostagem não é fazer uma pilha de estercos e deixar lá, tem que misturar este esterco com alguma coisa. Que é um
material fonte de carbono e imagina que os técnicos aqui sabem disso. Vão fazer compostagem adequada, já começou
e acredita não irá regredir. Cabendo a todos não deixar este negócio parar também. Comenta para participarem,
comentarem se está melhorando, mas também é importante vocês darem retorno para as pessoas da área pública que
vão estar fazendo as medições mas sendo importante a população se manifestar nas melhorias. Voltando a palavra a
cidadã Mariana Sarquis Meira comenta que este contato com a Arpa e com todos estes órgãos começou com uma
força de verdade da Sra. Iris e a ação dela como Secretária do Meio Ambiente porque a cidadã trabalhou apenas este
tempo na Prefeitura de agosto de 2017 à janeiro de 2018 mas foi uma época em que tomamos muita ação e acredita ter
sido uma ação muito tardia pois para ter começado de 2017 para 2018 foi tardia, mas diz entender que como a pessoa
da Arpa citou que ficaram cientes da situação de Nepomuceno muito recentemente acreditando ser através do contato
de sua ex chefe a Sra. Iris. Logo após voltou a palavra o Sr. RODRIGO CALDEIRA GRAVA BRAZIL que
esclarece que não tem como falar do passado e está na Coordenadoria Regional desde agosto deste ano, o que pode
falar são dos fatos que o mesmo tem ciência e conhecimento. E ai diz reiterar, que em suas mãos o laudo chegou em
setembro, houve reunião com o empreendimento em outubro e até o final de novembro as técnicas vão analisar as
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propostas desses empreendimentos para verificar se são adequadas ou não. Acredita que a partir de hoje poderemos
sentar-nos à mesa com outros órgãos técnicos para qualificar ainda mais este tipo de análise. Diz que a respeito da
pergunta que a senhorita fez, sabe que é retórica, a questão não está nos pequenos estabelecimentos, são outros pontos
como disse em sua fala anterior, disse que problema e destinação de resíduos sólidos é a regra no sul de Minas Gerais
não sendo exceção, então diz ser algo muito claro que Nepomuceno tem algo muito fora da curva que diferencia de
outros municípios. Comenta que neste contexto identificou-se um ponto específico atrelado a produção de granjas
especificamente em decorrência do grande acúmulo de esterco que havia. Diz que até onde o mesmo tem
conhecimento apesar do problema ser antigo, parece que ele atingiu seu ápice ou está próximo disso, não sendo lá no
início que se identificou e se tomou providências. Esperou-se atingir um ápice para a partir dai a sociedade se
mobilizou e em consequência os órgãos se mobilizaram. Volta a dizer que não consegue responder dos últimos seis ou
dez anos, a proposta do Ministério Público na conversa que tivemos com o Aviário foi que queremos resolver daqui
para o futuro. E as propostas para solucionar efetivamente são as questões que foram constatadas. Reitera dizendo que
não tem pretensão em se colocar no lugar de todos aqui, pois morei aqui em Nepomuceno por um breve período em
2013 e já naquela época de fato percebia a existência de moscas em uma quantidade maior que em outros locais, mas
não havia nenhum tipo de denúncia e identificação desse foco. Diz que lhe parece que mesmo diante de todas estas
reclamações o laudo que o Ministério Público fez por intermédio da Arpa foi o primeiro técnico. Conclui dizendo que
com todo o respeito o Ministério Público e especificamente eu não trabalho com achismos, então havia a necessidade
de um estudo pericial para confirmar o teor das denúncias, este estudo foi feito em relação aos empreendimentos do
Aviário Santo Antônio e a partir dai o Ministério Público tem que cobrado suas respostas. É um estudo complexo, não
envolve um único profissional, meu conhecimento é exclusivamente jurídico, então não tenho debater com os técnicos
aqui algumas questões específicas, mas posso dizer o que foi aferido nesse estudo e a partir dai a gente busca uma
solução. E um problema que decorreria aproximadamente uma década e que atingiu seu ápice, não vai ser resolvido
em trinta dias. Pois como se muda o ciclo das moscas em uma situação de praga nesse tempo não consigo responder.
Após, voltando a palavra a Srta. Mariana Sarquis Meira comenta: “Sim, pergunta retórica não foi dirigida ao Senhor
e nem ao Professor Entomologista, mas foi dirigida a um pronunciamento muito cruel de um dos senhores da Mesa
cujo nome eu não me recordo e também não quero me recordar, sendo somente isto mesmo. Gente eu encerro o meu
discurso aqui, passo a palavra para as outras pessoas e eu provavelmente farei uma postagem no grupo Liberdade e
Expressão de Nepomuceno somente me disponibilizando a tirar as dúvidas da população como técnica em Meio
Ambiente. Muito obrigada pela oportunidade de falar.” Continuando o Sr. DANIEL ISCOLD complementa a fala do
Professor Luís que o que ele falou a respeito da compostagem é muito importante, a compostagem por si só, feita de
forma errada, até é prejudicial, podendo ser até atrativo de moscas, então um dos alvos de atenção do órgão ambiental
em relação a compostagem é como ela está sendo feita e se o processo de compostagem está transformando aquele
dejeto em um composto orgânico, então diz que para isto existem procedimentos técnicos que estão descritos na
resolução 471 e obviamente isto será alvo de fiscalização por parte do órgão ambiental, a fim de ver se o
empreendedor realmente de fato está fazendo a compostagem. Se realmente ele não está só empilhando seus dejetos e
falando que estão fazendo compostagem. Prosseguindo, o Sr. VITOR SALUM faz mais uma observação até no
sentido que o Dr. Rodrigo citou sobre uma situação especial no município de Nepomuceno, que além destes outros
vetores que existem em todas as cidades como lixão, esgoto sanitário, outros municípios que também tem avicultura
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como atividade principal às vezes não manifestam todos estes problemas. Diz que denota mais uma vez talvez a falta
de medida de controle para esta situação, sendo adequada e com acompanhamento sistêmico de tudo, consiga-se
diminuir a médio e longo prazo todos estes problemas que afetam toda a população. Logo em seguida, voltou a palavra
o Vereador ANTÔNIO JOSÉ ALEXANDRE LIMA que se direciona a Srta. Mariana dizendo que com certeza sua
pergunta fora dirigida ao mesmo. Diz que na tarde de hoje o Poder Executivo enviou um ofício de nº 601/2018
endereçado ao Presidente desta Casa, onde o Poder Executivo mandou o Projeto dando poder a Vigilância Sanitária de
Nepomuceno de polícia, e diz que gostaria de ler o seguinte: „Eu gostaria de aproveitar a oportunidade e pedir
celeridade aos senhores Vereadores no sentido de aprovar o Projeto de Lei que está tramitando nesta Casa para que os
fiscais sanitários possam ter poder de polícia para atuar juntos aos outros estabelecimentos de risco”. Diz que não quis
aqui citar quais são e quais serão os comércios fiscalizados pela Vigilância Sanitária, pois tramita nesta Casa um
Projeto de autoria do Poder Executivo no qual iremos aprovar na próxima segunda-feira para que os agentes da
vigilância sanitária tenha guarida que esta Lei irá conceder a todos eles. Diz que não citou exemplos de farmácia, de
padaria, de sorveteria, de restaurantes, de bares e outros similares. Comenta que apenas citou que em nosso município
de Nepomuceno não tem uma legislação que dá autonomia de polícia a vigilância sanitária. A Srta. Mariana volta a
dizer que até concorda com o mesmo que esta é uma medida importante, da vigilância sanitária em todos os
municípios, em todos os estabelecimentos, o que a incomodou foi o teor do discurso do Senhor Vereador, dizendo que
muitos estabelecimentos eram porcos e davam nojo realmente, pedindo ao mesmo que quando for se pronunciar com
relação a uma Lei tão importante como esta, só modere seus discursos a fim de não ofender a população
nepomucenense que trabalha tão duro para tirar seus sustentos de seus estabelecimentos. Acredita que muita gente se
sentiu atingida por este discurso do mesmo. Logo após, o Vereador responde a Srta. Mariana alegando achar que ela
está equivocada, pois no início de sua fala disse que a Vigilância Sanitária não tem autonomia para fiscalizar os currais
que estão ao redor da nossa cidade, os galinheiros que estão dentro de nosso município, as criações de galinhas que são
várias, dizendo que foi neste sentido que explanou. Comenta que jamais quis dizer aqui ou ofender qualquer cidadão
nepomucenense, muito pelo contrário, pois em sua casa também tem concentração de moscas e o que deseja é que o
município juntamente com toda a população encontre uma solução o mais rápido possível para que possa amenizar a
infestação de moscas. Dando sequência a Mestre de Cerimônia anuncia outro cidadão que se inscreveu a fim de fazer
uma pergunta: Sr. Alessandro Guimarães: “Boa noite a todos. Faz mais ou menos uns seis anos sobre a infestação de
mosquitos em Nepomuceno, mas que eu me lembre de mais com flexibilidade, são três anos. Com tudo isso até então,
semana passada dito virose, mas não é virose, pois sou formado na área da saúde, tem a inflamação e com tudo isso
gera-se causas como diarreias, vômitos, dores abdominais que não é uma virose. Virose é outro problema causada por
vírus. Mas em torno de tudo isso o Professor também comentou muito bem explanado para gente. Todos vocês que
estão empenhados no caso para nós eu iria deixar uma pergunta, mas serão duas. Uma para o representante do Aviário
e a outra seria para algum representante do município da Prefeitura que no caso não tem nenhum hoje. Alguns dias
atrás a imprensa esteve aqui em Nepomuceno, salvo engano, a EPTV, e do representante da Prefeitura o servidor
público também disse sobre o prazo de cinco meses, para diminuir esta complexibilidade. Não acabar com as moscas.
Também o mesmo entrou em contato com o Aviário que explicou ao mesmo todos estes casos, e dentre disso deu este
prazo de cinco meses para minimizar o referido fato. Vocês estão de acordo com estes cincos meses? E se tiver aqui
algum representante da Prefeitura gostaria que me respondesse se estão tomando alguma medida, ou fiscalização sobre
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todos estes diversos problemas que ocorrem dentro da cidade, fora o Aviário mas como outros aviários, chiqueiros,
lixões a céu aberto, lotes vagos dentre outros”. Após, o Sr. ROGÉRIO DO NASCIMENTO GIRANDA responde
que com relação a esta reportagem o prazo foi estabelecido pela EPTV com base naquilo que foi passado pela
Prefeitura. O que o Aviário fez na ocasião foi emitir uma nota e repetir aquilo que nós havíamos colocado aqui. Diz
que seríamos muito levianos em estarmos colocando um prazo porque isso já foi colocado tecnicamente e o que
estamos fazendo e o que vimos fazendo há algum tempo é o empenho para que isto possa ser resolvido no ponto de
visto do Aviário. Diz que para isto estão com o entendimento no Ministério Público e agora recebendo essas sugestões
dos técnicos da Supram, então diz que este prazo de cinco meses não pode ser colocado como se o Aviário estivesse
prometendo isso. Comenta que o que podem prometer é que tudo aquilo que estamos nos empenhando junto ao
Ministério Público, a Supram e junto a todos os órgãos, irão cumprir. Continuando a Mestre de Cerimônia anuncia
outro cidadão que se inscreveu para fazer uma pergunta: Sr. Alessandro José de Oliveira: “Boa noite a todos e a
todas as autoridades presentes. Eu não tenho nenhuma pergunta, só tenho um desabafo. Porque até hoje eu sempre
frequento esta Casa, sempre vejo o trabalho de Vereador por Vereador, gostaria de parabenizar você Adelano e
Toninho por esta iniciativa, o Senhor Presidente da Casa, todos os Vereadores, só que acho que a pessoa tem que
correr é da onça e não do rastro. Correr do rastro é muito fácil, hoje a gente chega aqui em uma audiência pública e
todos tentando sanar o problema, e o que deparamos: Que por um ofício do Poder Executivo, o mesmo alegou que não
poderia estar presente porque já foi conversado em junho. Não importa se foi conversado em junho, o negócio é agora,
é a solução do problema agora. Se eles não estão dando conta do recado, desocupa! É assim que funcionam as coisas.
A questão do laudo, Dr. Rodrigo, este laudo pode ser apresentado ao público ou é exclusivo somente do Ministério
Público ou Executivo”? Em seguida o Dr. RODRIGO CALDEIRA GRAVA BRAZIL responde que o que existe é
um procedimento chamado inquérito civil, que tramita aqui na Promotoria da Comarca de Nepomuceno, e o laudo foi
juntado a este procedimento que é público. Então se o Senhor tiver interesse em consultá-lo e poderá procurar a
Promotoria local e pedir acesso. A menos que tenha sido declarado ou decretado alguma espécie de sigilo, no qual não
acredito que seja o caso, o documento pode ser acessado. O Sr. Alessandro José de Oliveira volta a questionar? “Por
que este documento não chegou até hoje aqui nesta Casa, e o que está escrito no referido documento”? O Promotor
comenta que não sabe responder a pergunta de forma objetiva, podendo dizer que a Comarca de Nepomuceno
infelizmente, sendo uma carência que o Estado tem há muito tempo, não tem Promotor de Justiça com atuação
exclusiva aqui, como também não tem juiz de direito com atuação exclusiva. Com a política do Ministério Público,
nas comarcas onde não haja juízes de direito com dedicação exclusiva, o Ministério Público acaba por não prover o
cargo dele. Então de fato há esta questão relacionada aqui e tantas outras Comarcas no Sul de Minas. É uma região
muito ampla e faltam promotores de justiça, sendo uma realidade do Estado. Diz que o documento foi produzido em
um procedimento investigatório, e juntado para fins específicos. Na condição de Coordenador diz que compareceu
aqui para tentar fazer alguns esclarecimentos, mas reitera que a coordenadoria é um órgão de apoio técnico às
promotorias de justiça e atende 77 promotorias de justiça responsáveis por 177 municípios. Diz que o laudo que se
encontra ou se encontrava na Coordenadoria foi encaminhado juntamente com outros documentos para os técnicos
poderem analisar a proposta do Aviário. Diz não ter hoje este documento em suas mãos, mas insiste que o
procedimento tramita na Promotoria de Justiça e o senhor a princípio poderia ter acesso a ele. Questões mais técnicas
que fogem da área jurídica diz não ter como aprofundá-las e debatê-las com o senhor. O documento por ser decorrente
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de uma perícia, é técnico e o mesmo apontou melhoramentos que seriam específicos para aquela situação, seria até
eventualmente adequado em outra oportunidade se fosse o caso que os senhores se organizassem e comparecessem
acompanhados de um profissional com essa qualificação específica para o mesmo também conseguir traduzir o que o
técnico quis dizer. Pois eu apresentar um documento com mais de cinquenta laudas aqui com termos técnicos traria
eventualmente mais confusão do que qualquer outra coisa. Diz que a proposta de sua vinda e do Ministério Público se
fazer presente é dizer que uma situação específica vem sendo acompanhada e nós pretendemos avançar. Os
documentos todos podem ser acessados na Promotoria de Justiça local. Prosseguindo e voltando a palavra o Vereador
ADELANO DE CARVALHO esclarece a respeito do Ofício do Executivo Municipal com relação a aprovação do
Código Sanitário, somente não fora aprovado ainda pois teve uma emenda do Vereador Admilson Alexandre da Silva,
na qual discordam dos valores das autuações, e outro detalhe, aprovado, e esta Lei sendo cumprida em sentido estrito,
dando poder de polícia à Vigilância Sanitária, talvez a Sra. Bia será multada, sendo esta a preocupação. Comenta que
fora discutido aqui, como fazer a questão causa e efeito, como usar do conhecimento do Professor Luís, da boa
vontade do Rogério, do conhecimento jurídico do Dr. Rodrigo, para penalizar o pequeno comerciante por um fato que
não é ele quem gera. Diz que é esta a discussão de todos respondendo ao Executivo. Diz também, com relação ao
laudo, desde o início reafirma que foram muito gentilmente recebidos pelo Dr. Rodrigo, onde encaminhamos um
ofício. Dr. Rodrigo os respondeu e diz que temos a resposta nas mãos do Procurador Dr. Emerson, pois fora pedido a
cópia da referida perícia. E assim pede ao ilustre Procurador para ler a referida resposta, até para não gerar dúvidas
sobre a atuação da Câmara. O Presidente comenta que apenas a fim de esclarecer sobre a pergunta do amigo
Alessandro, o Promotor Rodrigo nos respondeu e fizemos o pedido como de praxe oficialmente pela Câmara
Municipal destes documentos aqui no Ministério Público de Nepomuceno, a qual passa a palavra para o Dr.
EMERSON JADER FREITAS E ANDRADE para que faça os comentários sobre a resposta do Ministério Público.
Assim, o Procurador deseja boa noite a todos e a todas as autoridades, e comenta que realmente foi feito um
requerimento junto ao Ministério Público local pedindo cópia, extração de cópias do laudo pericial, que está sendo
citado aqui na Mesa. E diz que a ilustre Promotora de Justiça, a Dr. Ivana analisando o pedido da Câmara proferiu o
seguinte despacho: Trata-se de Inquérito Civil instaurado para fiscalização de infestação de moscas no Município de
Nepomuceno por suposto descumprimento da legislação ambiental. Conforme se infere dos autos, a empresa Aviário
Santo Antônio, por meio de suas atividades típicas, tem infringido a legislação ambiental e as normas editadas por
órgãos ambientais competentes no que concerne à preservação do meio ambiente e ao controle de vetores e moscas.
Constatou-se que através da avicultura, especificamente a produção de ovos, a empresa não tem despendido as ideais
ações voltadas ao descarte e tratamento do esterco gerado pelos semoventes ali existentes, resultando em condições
propícias para a proliferação de insetos. Foi juntada, as folhas 103/166, análise ambiental pericial referente à
infestação de moscas em decorrência da atividade típica do Aviário Santo Antônio, além de seus anexos. Em suma, o
documento atesta as condições ambientais que a empresa é fundada e aponta as inconformidades existentes para com a
legislação ambiental. Às folhas 168/169, ata de reunião realizada entre os membros e servidora do Ministério Público,
representantes legais e procuradores da empresa e as peritas responsáveis pelo laudo técnico mencionado. Na ocasião,
estabeleceu-se que, anteriormente à realização de acordo visando à solução extrajudicial das inconformidades
encontradas, a empresa apresentaria as providências adotadas para a resolução do problema (fls. 172/179). Por fim,
vem a Câmara dos Vereadores requerer cópia integral do laudo pericial de fls. 103/166 para discussão sobre suas
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conclusões em uma audiência pública a ser realizada na data de 13/11/2018. É o relatório. Em alusão aos princípios da
publicidade e da transparência, os atos típicos e as atribuições do Ministério Público do Estado de Minas Gerais devem
permanecer dispostos ao acesso e consulta pública, desde que não decretado o sigilo do expediente, o que não é o caso.
Desta feita, DEFIRO a disposição do conteúdo dos autos, por meio consulta pessoal a ser realizada nesta Promotoria
de Justiça, ao presidente e ao procurador jurídico da Câmara dos Vereadores, interditando, entretanto a extração de
cópias ou fotografias de seu conteúdo, uma vez que se encontra em andamento, perante a Coordenadoria Regional das
Promotorias de Justiça do Meio Ambiente da Bacia do Rio Grande, via extrajudicial de solução do conflito. Determino
ao Oficial do Ministério Público: 1 – Remeta-se cópia do presente despacho à Câmara dos Vereadores de
Nepomuceno para conhecimento. Nepomuceno, 12 de Novembro de 2018 - Ivana Andrade Souza – Promotora de
Justiça. Assim, o Procurador, a fim de esclarecimento, comenta que esteve pessoalmente no Ministério Público local,
no qual não tinha conhecimento ainda do referido despacho, pois ontem que chegou a esta Casa. Não dando mais
tempo de analisar todo o laudo pessoalmente junto a Promotoria. Pois como indica aqui, folhas 103 a 166. Sem
condições de tirar fotografias ou cópias, sendo humanamente impossível gravar tudo e não dando tempo ainda de
trazer a esta Casa nesta noite. Voltando a palavra o Vereador ADELANO DE CARVALHO comenta que não irá
politizar esta questão e somente a respeito ao Dr. Rodrigo e a Dra. Ivana, não irá publicar, pois o laudo está em suas
mãos no qual correu a “boca miúda” do Executivo e o mesmo não tratou esta audiência pública com a seriedade na
qual deveria ser tratada. O Sr. Cidadão Alessandro comenta ao Vereador que por isto resolveu se manifestar pois é um
descaso com a população, dizendo que a audiência pública teria que estar aqui presente ou mandar algum
representante, sendo obrigação deles, sendo um desrespeito, alegando que o mesmo como cidadão nepomucenense
ama sua cidade, sendo um tapa em nosso rosto. Disse que se o Executivo não trata bem a família deles que trate bem
quem aqui votou nos mesmos. Voltando o Vereador responde que não vai entrar nessa questão de politização, até
porque o Dr. Rodrigo até já se manifestou alegando que eles se reuniram com o Executivo. Concluindo diz que via
reflexo não trataram com a seriedade, mas é um caso a ser tratado à internos corpos aqui. Em profundo respeito a um
ilustre e honrado representante do Ministério Público, respeitamos a decisão da Promotora Dr. Ivana. Dando
continuidade a Mestre de Cerimônia anuncia o Dr. ANTÔNIO CARLOS JACOTE, que deseja boa noite a todos e
cumprimenta todas as autoridades aqui presentes na pessoa do Sr. Presidente Pedro Giovani Militani. Inicia dizendo a
população de Nepomuceno que se sente seguro vendo a pessoa do Dr. Rodrigo Caldeira Grava Brazil, no qual conhece
a sua atuação aqui na Comarca de Nepomuceno, e sabe que na esfera jurídica estamos seguros com toda a certeza.
Elogia também a palestra do Dr. Luís Cláudio, que em pouco tempo fora bastante claro na ilustração do problema da
evolução das moscas aqui na cidade. Também ressalta através de uma pergunta ao Sr. Luís, dizendo que quando o
ilustre ministrou aqui em seu tempo, disse que não há nenhum vínculo e nenhum convênio entre o município e a Ufla,
questionando se isso é correto? O Professor comenta que não sabe, pois ao menos se houvesse em relação a
Entomologia, seu departamento teria sido comunicado e o mesmo saberia como Chefe de Departamento. Disse que
não há, mas é possível fazê-lo. Voltando o Dr. Antônio Jacote comenta que faz esta pergunta exatamente por isso, pois
percebe que desde quando agravou o problema das moscas, é a falta correta de informação. E lembra como foi dito
pelo cidadão aqui hoje, uma entrevista a EPTV, teria solucionado o problema e Vossa Excelência disse que é incabível
tal prazo dado, pois o mesmo é muito curto. Mas se evidentemente se as medidas tivessem sido tomadas já há um ano
quando começara as reuniões, estaria em processo de evolução de redução. Em uma entrevista também do ano
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passado, a Chefe do Executivo teria dito que teria sido feito um convênio com a Ufla, a respeito deste assunto, então
acredita estar havendo desinformação à população, ou seja, as respostas não estão sendo corretas como está sendo
esclarecido hoje nesta noite, como Vossa Excelência mencionou, não adiantando dar um tempo de curto prazo no qual
não há. Pois é em longo prazo. Sendo isso que deveria ter sido dito desde o ano passado, e não foi, porque se sustentou
que haveria um convênio com a Ufla, não havendo. Sustentou que em março estaria sanado o problema evidentemente
e não está sanado. Sendo estes deparando hoje aqui nesta Casa. Conclui dizendo que gostaria de fazer uma pergunta ao
ilustre Sr. Vitor Salum, que a Supram abrange 177 municípios, desses 177, quais estão com problemas de moscas tal e
qual Nepomuceno? O Sr. Vitor responde que: “Igual aqui nenhum”. Finaliza agradecendo. Continuando o Sr. LUÍS
CLÁUDIO PATERNO SILVEIRA comenta que o que acha que aconteceu foi que o Professor César, iniciou um
trabalho aqui, pois sabia que ele estava fazendo algo aqui, agora o que estava fazendo exatamente, não sabe dizer, mas
veio a falecer, e não ficou nada escrito. Não conseguiu encontrar apontamento nenhum no computador dele, nem sobre
o andamento de um possível projeto aqui. Comenta que não tem com a Ufla porque envolve o legislativo da Ufla com
o legislativo do lado de cá, faz-se um convênio e as partes assinam, e isso não houve. Então acredita que o Dr. César
estava tentando ajudar de alguma maneira, mas parcial, pois era ele tentando ajudar. Conclui dizendo que daí tem-se
um problema, pois como não temos um projeto escrito não há nada documentado. Em seguida voltou a palavra o
Vereador ANTÔNIO JOSÉ ALEXANDRE LIMA que diz que o que causa estranheza para nós é que neste ofício
relata exatamente o que o Sr. Jacote acaba de perguntar e lê o item número 1 do ofício enviado pelo Executivo onde
diz: “Levamos todos os convidados e contratados pela Prefeitura para tratar sobre o assunto mosquitos. Relembrando o
Dr. César, Dr. e Professor na Ufla, infelizmente falecido recentemente”. Diz que agora é preciso saber se realmente
houve este convênio entre as partes, o Poder Executivo e o falecido Dr. César. Voltando, o Dr. ANTÔNIO CARLOS
JACOTE diz que o que foi sustentado na entrevista tinha sido firmado um convênio com a Ufla, então se foi com a
Ufla, o Professor acabou de afirmar que teria que ter uma documentação com este convênio firmado. Alega que se foi
uma assistência do Professor César, seria uma forma individual e não um vínculo entre as instituições. Entre o
município e a Ufla, sendo este seu questionamento. Da mesma maneira que a entrevista à rede de televisão, ao dizer
que em março estaria resolvido e sanado o problema das moscas, o que ficou evidenciado que seria humanamente
impossível isso acontecer, sendo um processo que estaria se iniciando, colocando que está havendo uma omissão para
a população quanto ao procedimento, então que se esclareça, vamos levar um tempo, aguarde este tempo que o
processo irá acontecer. Lembra que como o Professor explanou, tem a faixa de oscilação, onde ela está subindo e não
está descendo, porque não está sendo combatido adequadamente. Pois está se apurando, o que está sendo feito agora,
onde entende que se houvesse esclarecimento lá atrás, se teria menos clamor da sociedade nesse momento, pois todos
estão questionado isto e como foi posto aqui ao jogar um foco somente no Aviário, onde na verdade não é somente lá
o problema, tendo-se outras granjas e outros problemas, por exemplo, diz ter cães em sua casa, e toma cuidado com as
fezes, porque também gera mosca. Diz que a sua parte como cidadão procura fazer, e o que espera do Executivo é que
o mesmo faça a sua, tendo a clareza naquilo que faz. Disse que foi claro em alguns pontos, como por exemplo, se são
177 municípios fiscalizados e o nosso é o único com problema, é grave. Continuando o Sr. VITOR SALUM comenta
que existem outros municípios que tem problemas com moscas, mas não na magnitude de Nepomuceno, e o ponto
incomum em relação a estes municípios muitos deles tem o desenvolvimento de avicultura. Então é uma atividade que
tende a essa manifestação de vetores, e ai o que entra a parte ambiental e a parte de gestão ambiental de medidas
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mitigadoras de controle para que não se prolifere e que não afete a população direta e indiretamente. Voltando, o Dr.
ANTÔNIO CARLOS JACOTE comenta que o que o faz supor diante dessa sua informação que houve
inevitavelmente uma falha do município no trato, porque se outros municípios tenham o mesmo problema e aqui está
excedente, este excedente houve falta de controle. Diz que é exatamente esta Audiência de hoje é para isso, ver os
pontos e acredita que deveria estar hoje aqui presente um representante do Poder Executivo para estar trazendo algo
para a população e levando diretamente aos órgãos competentes que eles dirigem para uma solução. Voltando a
explanar, o Sr. VITOR SALUM dá mais uma informação como um exemplo, a cidade de Passa Quatro e Itanhandu
são municípios que tem atividade de avicultura de postura com um dos alicerces da economia local, mas que
logicamente existem épocas do ano que os vetores são um pouco mais influenciados e tem alguns problemas, mas
pelas notícias que chegam até a Secretaria de Meio Ambiente não chegam à magnitude que tem aqui. Comenta que
existem estes problemas e alguns municípios tem até legislação, não sanitária no sentido de conferir poder de polícia
aos órgãos, mas sim no sentido de determinações de interesse local para restringir os usos, existindo em alguns
municípios e se fizer uma pesquisa mais detalhada em relação a isto conseguirá bastantes informações. Logo após, o
Sr. DANIEL ISCOLD acrescenta que no caso do município de Itanhandu existe uma Lei Municipal específica que
não permite a instalação de novos empreendimentos de avicultura. Esta Lei permite a remodelagem desses
empreendimentos, talvez a sua ampliação, mas não a criação de novos empreendimentos. E com relação a questão que
vocês estão tendo, no passado tivemos estes problemas com o município de Itanhandu, Passa Quatro e Pouso Alto, que
é uma região do Estado de Minas Gerais onde é um polo de Avicultura de postura, e diz estar trazendo algumas
soluções que foram dadas para estes empreendimentos a fim de serem aplicadas no município de Nepomuceno.
Principalmente no que tange a questão da compostagem. Logo após, o Vereador ADELANO DE CARVALHO
comenta que tentaram ser recebidos lá e não foram felizes nesta questão, pois queriam ver as práticas de manejo nesta
questão. Continuando fez uso da palavra o Vereador MÁRIO CÉZAR BATISTA LEANDRO que comenta para
fazer justiça à memória do saudoso Dr. César, o mesmo deixou claro aqui quando esteve que o convênio dele era
contrato do Aviário Santo Antônio, e que inclusive detalhou o trabalho que havia sendo feito, que visitava nosso
município semanalmente, as granjas, e fazia o estudo, e fazendo justiça ele deixou claro nesta Casa que a Ufla tinha
convênio especificamente com o Aviário Santo Antônio. Após, o Dr. Antônio Carlos Jacote comenta que quando fez
sua colocação não se referiu ao Dr. César, mas sim a uma entrevista dada a uma rede de televisão em que afirmava um
convênio. Da mesma maneira que dizia que em março estaria sanado e amenizado o problema. No que ficou evidente
que talvez não seja em março de 2019, mas março de 2021 ou 2022. Dando sequência a Mestre de Cerimônia explana
que tem a última pergunta de hoje do Sr. João Lucas Mantuani: “Boa noite! Eu gostaria de falar, como trabalhei no
Aviário Santo Antônio em dois anos, e vi todo o trabalho que eles faziam lá, em cima das moscas, e gostaria de fazer
uma pergunta, se o Aviário é uma das maiores causas por que nas casas da população tem mais moscas que no próprio
Aviário?”. Responde o Professor LUÍS CLÁUDIO PATERNO SILVEIRA no qual comenta que teria que medir esta
questão, sendo outra questão de pesquisa que fica pensando, dá para saber isto colocando armadilhas, como a senhora
disse hoje sobre a armadilha de cola. O cidadão João Lucas volta a comentar, que trabalhou no Aviário em dois anos
onde o mesmo via o trabalho que faziam, não acreditando ser somente lá. Pois era uma das partes que mais pegavam,
das moscas. O Professor Luís volta a alegar, que realmente não é somente lá não. Continua o cidadão João Lucas
dizendo que a colocação da maioria hoje aqui foi citando o Aviário, onde trabalhava na área da classificação e o
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mesmo observava tudo. Voltando o Professor Luís explica que as moscas voam, e pelo o que entendeu, se você pegar
a cidade e o raio de tanto os aviários e o suíno ou lixão, quantos quilômetros dariam? Menos que dez com certeza.
Concluindo que as moscas vão andar por ai tudo. Sendo a mesma mosca que vem para cá, volta para lá. Diz que o que
veio fazer hoje aqui foi mostrar o que é do problema, como iremos resolver. Diz que é extremamente importante que
nós esclareçamos as coisas aqui, se tem o convênio ou não tem, realmente não tem. É importante que se faça o
convênio, vamos fazer. E o que ia acontecer, tendo a certeza absoluta é que o Dr. César alegava, se a questão estava
em um tamanho bom, que se iria fazer um convênio. Da Ufla com o Aviário juntamente com a Prefeitura e outro
aviário. Agora lembra como era o contrato com o Aviário diz não ter tal informação. Não tinha que ter na verdade,
sabia que o mesmo fazia visitas aqui, pois o mesmo falava. Afirma que estava ciente. Agora à medida que se via a
necessidade de aumentar isto com a Ufla, talvez seja porque o César era da Ufla, acreditava-se que tinha o referido
convênio, mas não. Mas lembra que pode ser feito. Lembra outra coisa, os cinco meses, tiraram da cartola, pois não é
assim, como diz falar de três anos sendo conservador, pois esta questão não se resolve da noite para o dia, pois diz
saber como inseto funciona. Comenta que não teve tempo de estudar o problema, mas fala de um tempo razoável para
resolver o problema que encontra-se fora do controle no momento. Se já começou o controle, ótimo, se precisam de
mais informações de entomólogos especialistas, estamos lá disponíveis lá para sentar e discutir um convênio de fato
para cercar o problema inteiro. Logo após, o Sr. DANIEL ISCOLD complementa a fala do Professor diz que
infelizmente não trouxemos estas imagens, mas na época quando chegaram as primeiras denúncias de moscas, nós lá
na Supram, não trabalhamos com achismos, o técnico ambiental sempre vai atrás de informações de função científica.
Diz que a primeira coisa que pensou foi qual o raio de ação de uma mosca. Assim foi atrás desta informação e chegou
a um artigo publicado pela Fundação Oswaldo Cruz, onde o técnico cientista falava que o raio de ação de uma mosca é
de até três quilômetros, concluindo que ela nasce em um local qualquer, onde tem o substrato para a mesma nascer,
passará pelo processo dela de transformação e voará três quilômetros. Então diz que pegaram o centro geográfico
aproximado de todos os empreendimentos que tem aves aqui no município de Nepomuceno, que o órgão ambiental
tinha conhecimento, e plotamos um raio de ação de três quilômetros e estes raios de ação abrangem o município
inteiro. Talvez por isso você acha que não tem tanta mosca no Aviário quanto tem na cidade. Diz que o substrato para
a mosca nascer está no Aviário, seja ele qual for. Conclui dizendo que uma coisa que ficou muito claro para o mesmo
aqui hoje é que tanto nós do âmbito ambiental, do Poder Público e quanto à população entende que o problema é
difuso. O problema não é só do Aviário, mas talvez o problema seja maior no Aviário porque ele tem maior
concentração de matéria orgânica e de substrato para o inseto nascer dentro da atividade dele. Diz que em momento
algum aqui alguém está afirmando com 100% de certeza que a culpa é do Aviário Santo Antônio. Entende-se que o
problema é difuso, tanto ambiental quanto questão sanitária, pois existem outras atividades no município que são
geradoras de foco de moscas, então diz que temos que entender que a mosca nasce em um local, voa três quilômetros,
em qualquer direção, num raio de 360 graus. Dentro disto, vem para a área urbana porque tem alimento. Ela precisa
sentar em cima de um alimento, depositar sua saliva, para digerir aquele alimento e se reproduzir. Conclui que na
cidade é onde está seu alimento. Deixa claro também a todos que ficam consternados com a situação da população e
que estão empenhados em achar uma solução. A Sra. Beatriz Aparecida Flores Mariano volta a questionar:
“Adelano, como você disse, a questão de causar multas para nós que não temos culpa de nada, porque felizmente a
mosca não vem de minha sorveteria, ela vem de fora para dentro de minha sorveteria. Agora com relação a essa
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questão de multas, eu sou a favor de vocês não apoiarem, pois se andamos corretamente, sendo tudo limpo, como
podemos levar multa por uma coisa em que não temos culpa? Vocês não podem aceitar isso. É desumano. A maioria
dos estabelecimentos receberão multas onde não temos culpa. Eu não produzo mosquitos dentro de minha casa, e outra
coisa, o Bairro Nova Era é um bairro novo, vão lá para vocês verem, o horror que se encontra aquelas casas do local,
com mosquitos”. O Vereador ADELANO DE CARVALHO comenta que é dentro disto que estão vendo as causas e
efeitos, e o Presidente passará a palavra aos Vereadores neste momento. Em seguida, o Presidente PEDRO
GIOVANI MILITANI faz uma colocação a todos, comentando que é até bom aproveitando a quantidade de pessoas
na Câmara, que dificilmente acontece, sendo importante a presença de todos em participar mais, pois este Projeto de
Lei, não só aponta à questão da multa, ele aponta também o policiamento, o que é também o que estamos reclamando
aqui hoje. Diz que temos que medir, pois todo Projeto que entra na Câmara, é medido. Aos comentários que tem que
Vereador não faz, o Presidente sugere, vem cá para ver. Pois o Vereador estuda o Projeto, que ambos às vezes grossos,
que afeta a vida de toda a população. Por isso muitas vezes é questionado que o Projeto está atrasado, mas se está
atrasado é porque está sendo estudado, para não afetar a população de forma negativa, e sim afetar de forma positiva.
Que este referido Projeto de Lei que da mesma forma tem esta questão que preocupa a vocês, ele também tem a
questão que é importante para nós. Por outro lado, muitas pessoas não andam dentro das normas, que é preciso andar.
E isso não é a questão evidencial de mosca, deixando bem claro, é uma questão como um medicamento de validade
vencida. E explica a importância da presença de todos aqui e até no caso de pedir cópia de Projetos, pois diz que
estamos sempre aqui disponíveis. Enfatiza e aproveita esse momento para que todos comecem a fazer isso, encontra-se
disponíveis também no site o que se tramita na Casa, concluindo que são estas coisas que os Vereadores fazem. Diz
que pode citar isso, até pelo tempo de Casa que o mesmo tem que estamos bem servidos de Vereadores, enfatizando
que nossos Vereadores são compromissados com a população. Pois a maioria deles vem todos de família simples,
como a maioria aqui, lembrando que queremos o bem para nós mesmos. E sabemos justamente o que a população está
passando na questão das moscas, tanto sabemos que não é somente a audiência pública, os Vereadores já vem
discutindo a questão das moscas já há uns dois anos. Só que temos que lembrar o limite do Poder Legislativo, até onde
o Poder Legislativo pode ir, sendo isso que estamos fazendo e diz ter a certeza absoluta que com todos estes
profissionais que estão aqui que entendem deste assunto, tem a certeza que estamos achando a solução. Pode-se
demorar, mas também se formos parar para analisar essa questão das moscas não tem como dizermos que determinada
época esteve muito maior o foco que outra época. E o importante é tomar a iniciativa, sendo o que estamos fazendo. A
cidadã Cristina Isabel Militani volta a comentar: “Antes quando era época do frio, dava uma diminuída, agora este
ano não. E esses dias que choveu, fez frio e depois um calor, parece que elas aumentaram. E eu gostaria de comentar
como o Professor falou que elas sentam no bolo, agora imagina vocês nós que moramos praticamente dentro do
cemitério, pois o mesmo é do lado. Agora imaginam a situação do bairro Centenário, principalmente, no qual as casas
fazem fundo com o cemitério. Ou seja, o momento em que o Professor falou que elas sentam no bolo, eu pensei: No
nosso caso elas pousam no defunto e vão para as nossas casas. É o cúmulo do absurdo, estamos pedindo socorro,
providências para ontem”. O Presidente comenta que nós sabemos disto e passamos pela mesma situação. Neste
momento anuncia que passará a palavra aos Senhores Vereadores para fazerem suas colocações também. Com a
palavra o Vereador MÁRIO CÉZAR BATISTA LEANDRO que deseja boa noite ao Senhor Presidente na pessoa de
quem cumprimenta os demais Vereadores, deseja boa noite ao Sr. Rodrigo na pessoa de quem cumprimenta todas as
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autoridades que compõem a Mesa, população aqui presente e os que acompanham via internet. Primeiramente
parabeniza a iniciativa dos Vereadores Adelano de Carvalho e Antônio José Alexandre Lima, que propuseram a
realização dessa Audiência Pública sendo uma questão que sempre defende aqui, que sempre nós Vereadores temos
recebido Projeto polêmicos, Projetos que influenciam muito na vida das pessoas, lembra que ano passado um exemplo
foi o Código Tributário, agora tem um Código Sanitário, que o mesmo está com ele em mãos, sendo um Projeto
grande, cerca de 170 ou 180 artigos, e que é importante a realização de Audiência Pública para discutir também estes
Projetos, sobre a aprovação ou não. Diz que dependendo do teor do Projeto você agrada mais da metade da população
e desagrada a metade, então por que não ouvir o povo. Por que não trazer o povo para dentro da Casa para poder
discutir também estes Projetos, se pegarmos este que poderá ser votado na próxima reunião sendo o Código Sanitário,
ali cita uma quantidade e diversidade grande de comércios. Agradece a todos os órgãos que estão aqui hoje presentes
no qual temos visto uma discussão e uma oportunidade de se discutir, e lembra que a questão de moscas tem visto
nestes últimos dias, não somente a virose que foi citada, como diarreia, conjuntivite, ao menos o mesmo que trabalha
na saúde tem visto um número muito grande e assustador com conjuntivite grave, que talvez tenha sido este reflexo,
no qual vemos uma questão de saúde pública também. Diz que, a questão da população que sofre e que muitas vezes
vê nos sítios próximos e nas casas onde as pessoas não podem receber visitas, não podem se alimentar, nem ter lazer, o
turismo que já se percebe que nos feriados têm caído a cada ano, as pessoas que vinham para Nepomuceno não tem
vindo mais, por conta da questão das moscas. Lembra uma situação que ninguém citou e que o mesmo já citou em
outra reunião aqui da Casa, na qual se tem uma joia dentro de Nepomuceno que é o Cefet-MG, onde tem alunos de
cursos superiores de Engenharia Elétrica, e diversos cursos técnicos. Diz que muitos alunos estão pedindo
transferência do município para outras Universidades da região por não suportar a quantidade de moscas. Diz que
temos visto que o caso está sendo muito mais complexo do que imaginávamos. Conclui dando os parabéns a todos os
Vereadores, agradece a presença de todos e diz que a Casa está à disposição das pessoas que quiserem discutir em
audiência pública como nós Vereadores também. Em seguida fez uso da palavra o Vereador WASHINGTON
CORREA LIMA NETO que cumprimenta a todos os presentes e diz que não irá nominá-los, pois pode cometer a
injustiça de esquecer alguém. Comenta que esteve aqui ouvindo a todos e tentou joeirar o que estava sendo dito aqui.
Diz que hoje o único inimigo das moscas de Nepomuceno, o grande inimigo que pode combater as moscas em
Nepomuceno é essa união bonita do povo de Nepomuceno. Somente vocês através da força e da união, da cobrança
diária e da persistência na luta é que podem conseguir o alvo de minimizar o problema excessivo de moscas, pois sem
dúvida alguma houve a quebra do equilíbrio ecológico. Diz que as moscas de Nepomuceno dão para alimentar milhões
e milhões de escorpiões. Eles que não estão sabendo que está tendo esta fartura aqui porque senão já teriam vindo.
Comenta que o Sr. Vitor disse em sua fala que a Supram teria feito uma abordagem no município de Nepomuceno,
então o que o trás a se manifestar sendo solidário antes ao cidadão que disse que notou ausência de representante do
Poder Executivo Municipal. Diz que também externa seus sentimentos, pois esta foi uma reunião didática, educativa,
esclarecedora. E se viessem teriam muito que aprender. Diz que vocês aqui presentes, as autoridades, dominam a
matéria. E chegou a conclusão que nosso problema é mais sério do que todos estão imaginando. Pois daqui não irá sair
nenhuma diretriz de solução para o problema. Aqui foi detectado um problema que não é isolado. Diz que não é
somente o Aviário Santo Antônio, são vários os fatos geradores. Diz que não adianta dizer que foi o Aviário Santo
Antônio, pois o Aviário Santo Antônio, nos dizeres de Trump, poderia ser a bomba mãe. Seria o maior ninhal de
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todos, aqui em Nepomuceno, mas não é o único. E como nos lembra uma das pessoas que o antecederam, 1 milhão de
aves, ou dez milhões de aves teriam o mesmo efeito de 1 milhão, se não tiver o tratamento adequado para coibir as
moscas. Diz que até para quebrar o clima acha que a compostagem como lembra o ilustre professor, não sendo bem
feita se transforma em uma “combostagem”. Porque se transforma realmente em uma bosta onde nascem os
mosquitos. Mas esta “combostagem” que foi detectada aqui em Nepomuceno, se ela for inibida nós teremos uma
solução em curto prazo. Porque o combate tem que ser permanente não só das autoridades, mas de todo cidadão que
está empenhado em reverter o quadro que ora se apresenta. Questiona será que nós temos que combater somente a
“combostagem” que o Aviário Santo Antônio estava fazendo? Comenta compostagem o termo certo. Acha que cada
um deve analisar e ver que tipo de contribuição pode dar neste combate, achando que nós temos que nos unir apesar de
não estarem presentes, sem a vontade política. Comenta que o ilustre Vereador Antônio José Alexandre Lima
anunciou Sassamutema. Que seria este Código Sanitário, um naco de artigo de nunca vai ser cumprido. Que não vai
salvar ninguém, que não irá matar um pernilongo sequer, pois não existe Lei se não tiver vontade política. Se não tiver
coragem para ação para caminhar junto com o povo e pesquisar os fatos. E querer querendo, não querer de palanque. É
não transformar mosquito em politicagem. Diz que combater mosquito depende da efetividade de cada um. Acredita
que nós o povo de Nepomuceno se mantivermos essa postura, conseguiremos solução. E o problema é tão grande que
esse ilustre Promotor, um dos mais brilhantes promotores, do Estado de Minas Gerais, está restrito a um único caso,
que foi a ele denunciado. Diz que ele está cuidando de um fato, de um inquérito civil que foi remetido para Comarca
de Nepomuceno sendo que tem o objeto o único foco, não podendo pensar os senhores se acabar o problema no
Aviário Santo Antônio, não estaremos livres de moscas não. Pois elas já vieram e já gostaram dos ninhais em
Nepomuceno. Sendo vários, e até sugere ao Presidente que monte um telefone, disque para a Câmara, falem onde
estão criando galinhas, falem onde está a criação de porcos escondidos dentro da cidade, visite o canil, o que está
sendo feito com as fezes dos cachorros ali? Diz que é um momento oportuno de se refletir sobre Nepomuceno e pensar
em termos de futuro. As moscas vieram e agora tem que ser um combate permanente. Todos os dias tem que se
combater, não sendo somente fezes de galinha que geram mosquitos. É o principal elemento, mas não o único.
Parabeniza o povo de Nepomuceno por esta atitude cívica, e atitude de cidadão. Este é o caminho para se conseguir
alguma coisa. E espera que nas próximas reuniões o Poder Executivo mande pelo menos um representante, que não
façam isso com o povo de Nepomuceno. Conclui dizendo vamos lutar e vamos matar as moscas. Prosseguindo fez uso
da palavra o Vereador ADMILSON ALEXANDRE DA SILVA que deseja boa noite ao Presidente que em nome de
Vossa Excelência cumprimenta todos os componentes da Mesa, os colegas Vereadores, as pessoas que compareceram
hoje nesta noite aqui nesta Audiência Pública e as pessoas que nos acompanham pela TV Câmara. Acha que hoje
tivemos uma noite para marcar a história do município de uma maneira positiva, onde foi discutido o assunto
pertinente às moscas, e apontadas algumas soluções. E várias indagações feitas pelos nossos munícipes, dizendo que
gostaria de somente agradecer a disponibilidade de tempo de todos vocês que atenderam nosso convite, e que
brilhantemente vieram aqui darem suas contribuições, a fim de nos ajudar e se colocarem a disposição da cidade de
Nepomuceno a continuar ajudando, e que a gente consiga resolver este problema. Diz ter certeza que o momento é de
união de todos como está sendo feito aqui. O principal foco não é apontar esse ou aquele indivíduo que seja
responsabilizado, mas sim apontar as devidas soluções, como já vem sendo feitas. Diz que gostaria de pedir ao Sr.
Rogério que todas as soluções que estão sendo apontadas pela empresa ASA, que sejam direcionadas ao Poder
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Executivo, para que ele através de sua Secretaria de Meio Ambiente possa estar auxiliando outros segmentos do
mesmo ramo em determinadas situações para que façam da mesma maneira. Assim como cada cidadão
nepomucenense tem feito e vai continuar fazendo, a exemplo aqui o Dr. Jacote, como bem disse, está sendo feito,
acredita que estes outros à medida que os mesmos tiverem conhecimento de como fazer o manejo correto, o
tratamento correto, irão fazer. Sendo assim vamos conseguir acabar com este problema ou minimizar como disse o
professor Luís Cláudio. Agradece imensamente a cada um de vocês que tiraram seu tempo e que vieram aqui nos
prestigiar e nos honrar com suas presenças e principalmente trazer o seus conhecimentos para compartilhar conosco.
Agradece a todos e a todos os cidadãos nepomucenenses que vieram aqui participar desta Audiência. Pois foram de
grande importância todas as perguntas e todas as indagações que fizeram. Continuando fez uso da palavra o Vereador
FRANCIS GARCIA VEIGA que agradece e cumprimenta ao Senhor Presidente na pessoa na qual cumprimenta as
demais autoridades da Mesa, cumprimenta a toda população de Nepomuceno que participou dessa audiência pública,
no dia 13 de Novembro de 2018. Aproveita também para destacar que a Ata dessa Audiência Pública se encontra
disponível a todo cidadão nepomucenense que se interessar a adquirir, e ter a oportunidade de ver e rever tudo que foi
dito aqui sendo somente se manifestar e requisitar a Secretaria da Câmara Municipal de Nepomuceno. Comenta que no
início da reunião tiveram acesso as redes sociais e estávamos com mais de três mil visualizações. Acredita que este
índice com certeza subiu bastante. A população está acompanhando e os que não tiveram a oportunidade de estarem
aqui presentes com certeza acompanharam pelas redes sociais. Agradece a todos que se manifestaram aqui e que
infelizmente tiveram que se recolher, e com certeza com outros afazeres a realizar, mas se manifestaram de forma
democrática e de forma positiva. Diz que em seu humilde entendimento é o objetivo da Audiência Pública. A
população trazer as informações para as autoridades competentes. Também deixa aqui seu manifesto de repúdio
infelizmente pela não presença de nenhum representante da Prefeitura Municipal de Nepomuceno. Ou seja,
Representante da Secretaria de Obras, Educação, Vigilância Sanitária, Agricultura etc. Aproveita a oportunidade de se
manifestar e disse que gostaria de indagar alguns questionamentos que já foram discutidos aqui, algumas perguntas
que gostaria de fazer e entre elas, quais são as principais doenças que estes insetos, ou seja, as moscas domésticas,
possivelmente possam vir a proferir? Já foi dito que possivelmente doenças estomacais, doenças relacionadas ao
sistema digestivo. Se possível diz direcionar a Excelência o Professor Luís Cláudio três perguntas, entre elas, o tempo
de vida desses insetos, moscas domésticas, e qual a distância que este tipo de inseto pode-se locomover no meio
ambiente e em seguida gostaria efetuar uma pergunta ao Senhor Rogério Nascimento. Em seguida o Sr. LUÍS
CLÁUDIO PATERNO SILVEIRA comenta que não sabe responder algumas delas, mas em relação há quanto
tempo vive uma mosca, precisamos ver que tipo de mosca, qual espécie, pois existem vários tipos de moscas. Disse
que a mosca doméstica depende da temperatura, mas é alguma coisa entre dez, quinze dias, a mosca adulta. Como o
caso dos três quilômetros, pode-se variar, dependendo da direção do vento, o bicho voa um tanto em um dia, outro
tanto em outro dia e depois ele irá morrer, não voa mais. Os quilômetros podem variar, depende da direção do vento.
Que elas podem se locomover em um raio de 360 graus pode, mas se tiver um vento direcionado para um lado, é mais
fácil irem para aquele lado. O tempo de vida não é muito longo para um adulto, porque o adulto não consegue comer
alimentos sólidos, apenas líquidos. A larva come o sólido, armazena isso em forma de gordura, passa para o adulto,
este adulto vai ter a energia e a energia que ele irá absorver como substância açucarada, substância salgada, minerais e
energia para ter um tempo de vida, e cita que quando acabar essa energia de gordura que ele tinha para botar ovo para
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voar, acabou a vida do bicho, ou seja, não viverá muito mais tempo. Esse é um tipo de inseto que não tem aparelho
bucal para mastigar na fase adulta tipo borboleta, não vai viver muito tempo. Em relação às doenças diz que não é sua
linha de estudo, mas se for a bactéria, você ingere a bactéria, indo para o trato digestivo, mas nada impede de você
colocar a mão no olho e um tipo de bactéria contaminar o olho. Diz que teria que entrar na área médica para ter
certeza, e moscas são umas das piores coisas que podem ter dentro de um hospital, pois se encontra no mesmo nível
que baratas ou pior, concluindo que com certeza as moscas transmitem vários problemas. A questão da virose diz que
não acredita, mas que talvez não seja a virose que as pessoas estão tendo. Logo após, o Vereador Francis Garcia Veiga
agradece ao Professor as respostas e para finalizar dirigiu-se ao Sr. Rogério do Nascimento fazendo a seguinte
pergunta: No que se refere à questão dos dejetos gerados pela linha de produção, estes dejetos são retirados dos locais,
passam por algum processo de tratamento? Sabe-se que é um adubo de uma eficácia enorme para a agricultura, e pede
para que ele desse uma explanação na questão do manejo desses dejetos, tais dejetos se acumulam nestes locais ou os
mesmos são retirados frequentemente dos locais onde se dão origem a este tipo de material? O Sr. ROGÉRIO DO
NASCIMENTO MIRANDA responde: “Agradeço a pergunta até para esclarecermos as ações que tomamos. Há um
acúmulo na parte inferior dos galinheiros, nós fazíamos a retirada dentro de um determinado período, nos últimos
meses como colocados pelos técnicos da Supram, em função das adequações de nosso pátio de compostagem esse
material passou a ser retirado diretamente para os compradores, até que estivéssemos com autorização e a conclusão
das obras. Entre as discussões que nós tivemos com o Ministério Público acatando a sugestão que nos foi colocada
pelos técnicos, nós estamos revendo este tempo, a ideia é que tenhamos a minimizar o intervalo entre retiradas, nós
tivemos uma excelente notícia hoje, que em nosso pátio de compostagem, na região do Maranhão próximo ao Cajuru
em Lavras, ficou pronto nosso galpão coberto atendendo todas as normas para que nós possamos fazer o manejo do
esterco na forma que foi dito aqui, na forma de compostagem. Nessa linha os técnicos da Supram nos sugeriram
algumas modificações também e dentro desse contexto já entramos em entendimento com o Dr. Rodrigo na qual
teríamos uma reunião na próxima semana, devemos nos reunir no início do mês juntamente com os técnicos da
Supram acatando aquilo que eles nos venham a proporcionar de mais conhecimento”. O Vereador Francis Garcia
Veiga agradece pela resposta e diz que de sua parte encerra agradecendo mais uma vez pela oportunidade. Dando
sequência fez uso da palavra o Vereador LINEU MARQUES TONELLI, que cumprimenta o Dr. Rodrigo e as
demais pessoas da Mesa, parabeniza a todos, pois aprenderam muito, agradece a Comunidade dizendo que muitas
pessoas não têm coragem de ir até a fiscalização e denunciar terreno. Diz que quase todos os dias tem que falar com o
Lúcio, e com os outros para ir. Essa semana, perto da Igreja do São Sebastião, colocaram uma vaca jogada no buraco,
que as pessoas jogam em qualquer lugar. O Vereador disse também que estiveram no Aviário Santo Antônio onde faz
a queimação dos estercos, e presenciou que vem da cidade de Itanhandu esterco molhado no caminhão, com destino às
lavouras. Questiona se isso é permitido, pois passam e estão cheios de moscas. Questiona, lá como o esterco é barato
se é permitido sair e vir para Nepomuceno jogar nas lavouras? Em resposta o Sr. DANIEL ISCOLD diz que essa
informação é nova para o mesmo, e pede a gentileza do Vereador formalizar uma denúncia, que o órgão ambiental irá
verificar essa questão. Diz que não é para acontecer isso e inclusive precisa saber de qual a procedência do
empreendimento que está saindo este esterco. O Vereador questiona se tem algum telefone no qual ele possa entrar em
contato. Em resposta o Sr. VITOR SALUM diz que tem e até em relação a isso uma das determinações daqui das
granjas da região é que no transporte dos estercos para outros lugares nestas fiscalizações nas quais fizeram, são em
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caminhões fechados. Comenta que os canais de denúncia que se tem no Estado é o telefone 155 que é o canal geral e
no site da Semad que é www.meioambiente.mg.gov.br lá tem um link exclusivo de denúncias, apenas fazer a denúncia
por lá. O Sr. DANIEL ISCOLD complementa que infelizmente o órgão ambiental precisa saber a procedência desse
esterco, pois Itanhandu tem diversos empreendimentos de avicultura, que geram esterco, então de maneira alguma
pode falar que é x ou y. E reforça que infelizmente precisam saber qual a procedência do esterco para poderem tomar a
ação. Comenta ao Vereador se possível visualizar alguma logomarca no caminhão e a placa do caminhão também é
importante, pois conseguem rastrear. Comenta que isto não pode acontecer e que a disposição de esterco in natura em
seu ponto de vista caracteriza poluição e disposição de resíduo sólido a céu aberto, sendo passível de autuação.
Continuando, a Mestre de Cerimônia explana que agradecendo a presença de todos, damos por encerrada esta
Audiência Pública, e informo que a Ata desta Audiência estará disponível a partir do dia 23 de novembro de 2018 às 9
horas no site da Câmara Municipal e na Secretaria da Câmara. Enviaremos cópias as seguintes autoridades para que
sejam tomadas as devidas providências: 1) Ministério Público na pessoa da Excelentíssima Dra. Ivana Andrade Souza,
Promotora de Justiça da Comarca de Nepomuceno; 2) Ministério Público do Meio Ambiente na pessoa do Dr. Rodrigo
Caldeira Grava Brazil; 3) A Superintendência da Supram; 4) Ao Executivo Municipal na pessoa da Prefeita Municipal
Srta. Luíza Maria Lima Menezes; 5) A Ufla na pessoa do Dr. Luís Cláudio Paterno Silveira. O Presidente agradece a
população, aos internautas que chegaram hoje em seis mil assistindo a reunião, e diz que aqui se inicia a solução desse
grave problema. Agradece ao Professor da Ufla, os Senhores da Supram, o Sr. Rogério, Dr. Rodrigo, diz muito
obrigado à gentileza e o carinho de todos e ao mesmo tempo pede para que juntos nos ajudem a resolver este grande
problema que tem causado um problema enorme a toda população. Desejamos a todos uma boa noite.