assistÊncia de enfermagem a crianÇa hospitalizada

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ASSISTÊNCIA DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A ENFERMAGEM A CRIANÇA CRIANÇA HOSPITALIZADA HOSPITALIZADA

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Page 1: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇA HOSPITALIZADA

ASSISTÊNCIA DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A ENFERMAGEM A

CRIANÇACRIANÇA HOSPITALIZADAHOSPITALIZADA

ASSISTÊNCIA DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A ENFERMAGEM A

CRIANÇACRIANÇA HOSPITALIZADAHOSPITALIZADA

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Segundo Spence (1920)•“Quando uma criança pequena fica doente ela e a mãe tem a necessidade particular uma da outra, e não devem dentro do possível serem separados, particularmente quando é hospitalizado.”

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Segundo Machado

•“O trauma da separação da família aliado a um ambiente que lhe pareça hostil representam para uma criança um “stress” emocional dificilmente suportável se não ajudado pelas pessoas com que entra em contato.”

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Hospitalismo• É fundamental o conhecimento das

reações emocionais e orgânica apresentada pelas crianças devido a hospitalização, principalmente quando esta se concretiza como uma situação de privação afetiva.

• É ausência de cuidados maternos afetivos pode desencadear na criança uma progressiva deterioração somática e psicológica

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• Hospitalismo é então a soma de prejuízos que a criança recebe pelo fato de permanecer internada em um hospital, levando somente em conta apenas sua condição de enfermo, isto é, como um corpo.

• Há 150 anos a 1ª enfermaria foi criada em um ambiente bem próximo do doméstico, pais ficavam com os filhos tanto quanto possível. Os médicos, enfermeiros, familiares e cças se vestiam como pessoas comuns.

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•A partir do século XIX, este ambiente familiar começou a mudar, devido as novas descobertas sobre agentes microbianos e causadores de doenças (Pasteur), começou a determinar normas de internação.

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• Hoje as enfermarias pediátricas vão se tornando em ambiente higiênico e asséptico e afetivamente frios, com exceções para crianças de uma dada sociedade de nível sócio-econômico elevada.

• Cada vez mais vem sendo pesquisada a influência dos pais no tto e permanência da criança hospitalizada, é confirmado por pesquisas e estudos que a presença dos pais diminui a infecção hospitalar e, cças criadas em instituições para menores o desenvolvimento neuropsicomotor era prejudicado.

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• Fatores que interferem diretamente sobre os sentimentos das crianças perante uma internação:

- Idade – antes de 7 meses é difícil notar gravidade da doença;

- Natureza e grau da patologia;

- Existência prévia de transtornos nas relações afetivas com os pais;

- Convívio com os pais; - Poder sócio-econômico;

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- Problemas relacionados com as características das instituições(exames, equipe, qualidade);

- Localização geográfica; - Tempo de hospitalização; - Experiências

passadas(internações anteriores); - Maturidade emocional frente a

doença; - Desenvolvimento intelectual; - Valores e crenças; - Caráter hospitalar – emergências

e planejamento

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•Segundo Robertson:

“ A criança hospitalizada apresenta 3 fases:”

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1- Protesto: pode ser desencadeada de imediato ou com certo retardo, podendo durar horas ou até uma semana.

- revela evidente angustia pela ausência dos pais;

- condutas agressivas, utilizando os seus limitados poderes;

- esta atenta a tudo que possa trazer a mãe de volta(barulho, cheiro, voz, visão);

- Procura pela mãe o tempo todo e a separação é como se fosse para sempre;

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- desenvolve uma representação que é forte e poderosa, esta reação pode ocorrer no momento da separação da mãe ou quando alguém(enfermagem), for proceder um cuidado que normalmente era executado pela mãe ou quando a enfermagem deixá-la para cuidar de outra criança. Ex: sacode a agrade do berço, fica procurando a mãe, indiferença, choro débil, recusa o contato, pode se ligar com desespero a uma pessoa que lhe dê atenção.

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2- Depressão ou desespero: a criança perde a esperança que a mãe volte;

- percebe sua fragilidade e limitações, caracterizada pelo seu estado de impotência;

- passividade; - sentimentos: impotência,

depressão, regressão, retraída, inativa. Ex: não reage com agressividade, choro monótono e interrupto, aceita com facilidade procedimentos dolorosos, apenas chora profundamente quando a visita acaba.

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3- Negação ou desapego: passado alguns dias ou semanas a cça se mostra sociável e sorridente, aceitando a presença e cuidados das pessoas da equipe;

- diante da presença da mãe, não reage com satisfação, finge que não a conhece aparentemente(ao invés de correr para os seus braços, mostra-se distante e apatia).

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- nesta fase a criança tende a negar todo sentimento que tem pelos pais, deixa de investir seus afetos na figura dos pais.

- se relacionam com alguma figura da instituição, mas que passará novamente por essa sensação de perda devido folgas e rodízios;

- passa pelo estado de egocentrismo(não precisa de ninguém). Sentimentos: indiferença e egocentrismo.

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Hospitalização

O preparo para a hospitalização deverá ser feito pelo médico, pais e enfermagem.

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Assistência na Admissão

• Identificar o grau de ansiedade;• Explicar aos pais e cça a finalidade da

internação;• Permitir a participação da mãe nos

cuidados com a cça durante a internação;• Apresentar a unidade;• Evitar que familiares saiam as escondidas;• Anotar fatos importantes ou hábitos da

cça em relação a família(sono, recreação,alimentação, higiene)

• Familiarizar a cça com o novo ambiente(pessoal, rotina, horários);

• Planejar os cuidados de enfermagem com diagnóstico médico, diagnóstico de enfermagem com os dados obtidos pelo exame físico e anamnese.

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Assistência Durante a Hospitalização

• Estimular a manter vínculo entre pais e criança;

• Orientar quanto a importância da visita;• Proporcionar oportunidade dos pais

participarem dos cuidados com a cça;• Orientar os pais e cça sobre os

procedimentos que serão realizados;• Permitir que a cça expresse seus

sentimentos;• Proporcionar recreação, segurança e

conforto;• Prestar assistência de enfermagem;• Ajustamento da cça.

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Assistência a Criança que se Submeterá a

Cirurgia• Explicar quanto a necessidade e

importância;• Orientar quanto ao preparo pré-

operatório, transporte, detalhes do cc;• Explicar o tipo e finalidade da anestesia;• Explicar sobre detalhes da cirurgia(ocal,

pontos, curativos,drenos, imobilizações, tração);

• Encaminhar e acompanhar para cirurgia ao cc;

• Transmitir segurança;• Anotar no prontuário ou transmitir

dados importantes a equipe do cc.(jejum, se caiu,onde caiu).

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Assistência a Criança que se Submeterá a Exame

• Explicar com palavras e gestos simples o que será realizado, sua finalidade e necessidade(através de bonecos para a cça expressar o que sentiu durante o procedimento);

• Dramatizar o exame;• Oferecer o material que será utilizado

durante o exame(seringa, esteto,RX);• Permanecer ao lado da cça;• Dar alternativas de evasão de emoção;

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•Manter fisionomia tranqüila e segura durante o procedimento;

•Reforçar atitudes de cooperação;

•Permitir, se possível, a participação dos pais;

•Dar oportunidade de expor e dramatizar seus sentimentos após o exame.

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Segundo Marcondes(1978):

“Todos os sofrimentos da criança tem um efeito comum: o estado de ansiedade que é um novo sofrimento. A ansiedade traz consigo sensação de tremor, insegurança, desassossego, inquietação contínua, perda de confiança em si e face as pessoas e situações.”

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•Geralmente as cças deverão enfrentar na hospitalização os seguintes problemas: dano corporal, separação dos pais, o desconhecido, perda do ambiente, perda da autonomia, incerteza dos limites.

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Segundo Piaget:“A repetição no brinquedo da situação dolorosa tem a finalidade de tornar a dor suportável para a criança, através da assimilação do seu ego.”

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Segundo Freud:“A criança repete no

brinquedo tudo quanto a impressionar, assim fazendo, torna-se dona da situação, passa as posição de passivo para ativo, de agredido para agressor.”

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OBRIGADA!