humanizaÇÃo da assistÊncia de enfermagem no centro...

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1 HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO: O QUE PENSAM OS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM Analu de Oliveira 1 Nelsi Salete Tonini 2 Vanessa Aparecida Henrique Arruda 3 Alysson Emanuel de Barros 4 RESUMO: Tratou-se de um estudo qualitativo, desenvolvido no Centro Cirúrgico (CC) de uma instituição privada, especializado em oncologia, localizada no município de Cascavel (PR), sendo referência nesta especialidade, com objetivo de analisar o processo de humanização da assistência de enfermagem em um Centro Cirúrgico, a partir da percepção dos técnicos de enfermagem. Os sujeitos que fizeram parte da pesquisa foram 22 técnicos de enfermagem, divididos nos turnos manhã, tarde e noite. O instrumento para a coleta de dados foi uma entrevista. Como resultado, em relação ao gênero 100% da amostra foram do gênero feminino. Quanto à faixa etária das participantes, 25% estavam entre a faixa etária de 20 a 30 anos e 75 % entre 31 a 40 anos. Quanto ao tempo de trabalho no CC 33,33% estão a menos de 12 meses; 41% até cinco anos; 16,66% de 5 a 11 anos e uma participantes há 25 anos atuando no Centro Cirúrgico. Ao abordarmos “você identifica no cotidiano de seu trabalho no CC a preocupação com o cuidado humanizado”, foram encontrados 8,33% das participantes não tiveram a preocupação com a humanização no seu cotidiano de trabalho e 91,66% demonstram esta questão em sua rotina de trabalho. PALAVRAS-CHAVE: Humanização; Centro Cirúrgico; Enfermagem. INTRODUÇÃO: O processo cirúrgico, que envolve as etapas pré, trans. e pós- operatório, traz inúmeros sentimentos, como medo do desconhecido, da morte, comprometimento da relação do paciente com seus familiares, preocupação com o retorno ao trabalho, entre outros. Sendo que ao prestar um cuidado humano onde o individuo passará por uma experiência cirúrgica, requer atenção especial, carinhosa, e, sobretudo o interesse e desejo do indivíduo submetido a qualquer procedimento cirúrgico, sendo que promover a ausência da dor o bem estar emocional, confiança, comunicação e demonstrações de carinho 1 Enfermeira. Egressa do Curso de Enfermagem da Universidade Paranaense UNIPAR, Unidade Universitária de Cascavel, PR. 2 Enfermeira. Doutora em Enfermagem psiquiátrica pela Universidade de São Paulo USP Ribeirão Preto. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Paranaense UNIPAR, Unidade Universitária de Cascavel. 3 Acadêmica da 4ª série do curso de enfermagem da Universidade Paranaense UNIPAR, Unidade de Cascavel, PR. E.-mail: [email protected] 4 Acadêmico da 4ª série do curso de enfermagem da Universidade Paranaense UNIPAR, Unidade de Cascavel, PR.

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1

HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CENTRO

CIRÚRGICO: O QUE PENSAM OS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM

Analu de Oliveira1

Nelsi Salete Tonini2

Vanessa Aparecida Henrique Arruda3

Alysson Emanuel de Barros4

RESUMO: Tratou-se de um estudo qualitativo, desenvolvido no Centro Cirúrgico (CC) de uma

instituição privada, especializado em oncologia, localizada no município de Cascavel (PR), sendo

referência nesta especialidade, com objetivo de analisar o processo de humanização da assistência de

enfermagem em um Centro Cirúrgico, a partir da percepção dos técnicos de enfermagem. Os sujeitos

que fizeram parte da pesquisa foram 22 técnicos de enfermagem, divididos nos turnos manhã, tarde e

noite. O instrumento para a coleta de dados foi uma entrevista. Como resultado, em relação ao gênero

100% da amostra foram do gênero feminino. Quanto à faixa etária das participantes, 25% estavam

entre a faixa etária de 20 a 30 anos e 75 % entre 31 a 40 anos. Quanto ao tempo de trabalho no CC

33,33% estão a menos de 12 meses; 41% até cinco anos; 16,66% de 5 a 11 anos e uma participantes há

25 anos atuando no Centro Cirúrgico. Ao abordarmos “você identifica no cotidiano de seu trabalho no

CC a preocupação com o cuidado humanizado”, foram encontrados 8,33% das participantes não

tiveram a preocupação com a humanização no seu cotidiano de trabalho e 91,66% demonstram esta

questão em sua rotina de trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: Humanização; Centro Cirúrgico; Enfermagem.

INTRODUÇÃO: O processo cirúrgico, que envolve as etapas pré, trans. e pós-

operatório, traz inúmeros sentimentos, como medo do desconhecido, da morte,

comprometimento da relação do paciente com seus familiares, preocupação com o retorno ao

trabalho, entre outros. Sendo que ao prestar um cuidado humano onde o individuo passará por

uma experiência cirúrgica, requer atenção especial, carinhosa, e, sobretudo o interesse e

desejo do indivíduo submetido a qualquer procedimento cirúrgico, sendo que promover a

ausência da dor o bem estar emocional, confiança, comunicação e demonstrações de carinho

1 Enfermeira. Egressa do Curso de Enfermagem da Universidade Paranaense – UNIPAR, Unidade

Universitária de Cascavel, PR. 2 Enfermeira. Doutora em Enfermagem psiquiátrica pela Universidade de São Paulo – USP – Ribeirão Preto. Docente

do Curso de Enfermagem da Universidade Paranaense – UNIPAR, Unidade Universitária de Cascavel. 3 Acadêmica da 4ª série do curso de enfermagem da Universidade Paranaense – UNIPAR, Unidade de

Cascavel, PR. E.-mail: [email protected] 4 Acadêmico da 4ª série do curso de enfermagem da Universidade Paranaense – UNIPAR, Unidade de

Cascavel, PR.

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são necessários neste cenário (WALDOW, 2001). O cuidado humano é um tema ainda pouco

explorado, convém ressaltar, que o cuidado não é prescritivo, sem regras preestabelecidas, ou

manuais de cuidar ou ensinar esta função. Ao ser integrado ao nosso cotidiano este precisa ser

sentido, fazendo parte de nós mesmos, aonde saberemos demonstrar, incentivar e cultivar este

cuidado, tanto no ensino quanto na prática. O termo humanizar significa colocar o sentimento

com a técnica, a ciência com o contato, o ser humano, que sente, se emociona, tem valores e

em situação de estresse e do desconhecido deve ser visto e tratado de uma forma mais

dinâmica, respeito e consideração, cheio de qualidades e defeitos, capazes de sentir, de amar e

de sofrer. Alinhados à dinâmica do dia-a-dia propiciam situações e momentos de estresse,

tanto para o paciente quanto à equipe multidisciplinar (MALAGUTTI; BONFIN, 2008).Para a

equipe de enfermagem as ações dos cuidados incluindo as orientações ao cliente no pré-

operatório, irão refletir com uma cooperação no transoperatório, havendo uma melhora e

colaboração no pós-operatório até a alta hospitalar (SANTOS; HENCKEMEIER; BENEDET,

2011).Para Malagutti e Bonfim (2008) um dos fatores que mais aterrorizam os pacientes

devido ao medo do desconhecido está relacionado com o ato anestésico em não acordar mais,

dor, à preocupação com a integridade física e o medo da morte, por sua alta complexidade.

Manter um contato prévio, com o indivíduo que será submetido a um procedimento, se torna

muito importante, deve-se explicar sobre a cirurgia que será realizada e esclarecer as

principais dúvidas. A presença de profissionais qualificados, com frequentes

aperfeiçoamentos, é necessária para que se possa aprimorar a execução do trabalho, contribuir

no controle de infecção hospitalar e, sobretudo assegurar um atendimento humanizado. O

treinamento e desenvolvimento são as mais poderosas ferramentas de transformação no

mundo organizacional. O treinamento é a educação que visa ampliar e aperfeiçoar o homem

para seu crescimento em sua evolução profissional em atendimento ao paciente (POSSARI,

2009). Deve-se observar a reação dos indivíduos frente ao seu modo de reagir à doença, seus

enfrentamentos, sendo que, na maioria das vezes, o individuo não está preparado pra receber a

notícia sobre o seu procedimento incluindo uma complicação ou não, sendo esta informação

assustadora e frustrante, surgindo assim à necessidade de um apoio e suprimento de suas

dúvidas e receios relacionados aos procedimentos realizados, sendo, este momento importante

que a atuação da enfermagem deve estar pautada nos princípios da humanização

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(CHISTÓFORO; CARVALHO, 2008). A tecnologia desenvolvida deve estar a serviço do

homem e, especialmente presente no contexto hospitalar, sendo imprescindível o atendimento

à tecnologia quanto no atendimento humanizado, para garantir a qualidade e segurança do

cliente cirúrgico (MALAGUTTI; BONFIM, 2008).

OBJETIVOS: Analisar o processo de humanização da assistência de enfermagem em um

Centro Cirúrgico, a partir da percepção dos técnicos de enfermagem; Caracterizar os fatores

emocionais que interferem negativamente no pós-operatório; Observar o nível de ansiedade;

Verificar e orientar sobre o esclarecimento do procedimento cirúrgico; Subsidiar a

coordenação da enfermagem para o planejamento de capacitações; Melhorar a assistência de

enfermagem prestada ao cliente, considerando a humanização da assistência e Contribuir com

atitude de responsabilização e cuidado ao paciente.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Tratou-se de um estudo qualitativo, descritivo,

exploratório, desenvolvido no Centro Cirúrgico (CC) de uma instituição privada, conveniada

pelo SUS, especializada em oncologia, localizada no município de Cascavel (PR), região sul

dos pais, sendo referência nesta especialidade, presta atendimento de oncologia nas diferentes

clínicas. São realizadas cirurgias de pequeno, médio e grande porte e diagnósticos

laboratoriais. O CC em estudo possui um quadro funcional de 22 técnicos de enfermagem,

divididos nos turnos manhã, tarde e noite. O instrumento para a coleta de dados foi uma

entrevista, a qual foi realiza durante o mês de Julho de 2013, após concordância formal por

parte dos participantes da pesquisa com assinatura do Termo de Consentimento, obedecendo

aos princípios éticos dispostos na Resolução Nº 196/96, do Conselho Nacional de Saúde,

sendo aprovada sob protocolo nº 341.835 de 25/07/2013. Para análise das respostas fornecidas

pelos técnicos, foi utilizada a Técnica de Análise de Conteúdo tipo temática proposta por

Minayo (2010), onde as respostas serão descritas, mediante as fases de pré-análise, exploração

do material e tratamento e interpretação dos resultados, correlacionando-os com a produção

científica sobre humanização, os participantes da pesquisa estão identificados como S1, S2,

S3 e assim sucessivamente com intuito de preservar a identidade dos mesmos.

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RESULTADOS: Os resultados em relação à visão dos técnicos de enfermagem que atuam na

unidade do Centro Cirúrgico sobre a humanização da assistência de enfermagem, serão

apresentados em dois momentos. No primeiro momento apresentamos os dados demográficos

dos doze participantes da pesquisa, e o segundo momento far-se-á a apresentação e discussão

das questões abertas, para atender aos objetivos propostos para esta pesquisa. Quanto à faixa

etária das participantes da pesquisa, 25% estavam entre a faixa etária de 20 a 30 anos e 75%

entre a faixa etária de 31 a 40 anos. Em estudos retrospectivos de Balsanelli; Cunha; Whitaker

(2009), a média de idade da amostra explorada foi de 25 anos, e 92,8% são de população mais

jovens, dados que diferem desta pesquisa uma vez que detectamos que 75% das participantes

estavam na faixa etária acima dos 30 anos. Em relação ao gênero constatamos que 100% da

amostra foram do gênero feminino. Gonçalves; Sena (2001) dizem que a presença feminina

no cotidiano social é vista como fenômeno universal que assume o cuidado, afeto e, sobretudo

o espaço do lar, menciona que a prática de cuidado não institucionalizado é assumida por

mulheres milenarmente, e quanto ao cuidado do doente essa tarefa é atribuída às mulheres,

sendo ela a protagonista deste cenário. Spíndola (2003) cita que após a Revolução Industrial

a mulher substituiu o espaço privado pelo espaço público, assumindo então uma profissão,

dentre as profissões a enfermagem se faz presente neste cenário, sendo que a enfermagem tem

sido mencionada por diversos autores como sinônimo de amor ao próximo. O autor faz uma

observação em que a mulher vem ampliando sua área de atuação, e além de cuidar demonstra

competências em crescente estágio. A mulher é destacada como características de carreira

pertinentes à enfermagem, pois o gênero feminino profissionaliza a enfermagem em papeis

domésticos, dentro dessa perspectiva os autores ressaltam que as mulheres assumem o papel

de enfermeiras com habilidade e aptidões intrínsecas. Quanto ato tempo de trabalho no Centro

Cirúrgico (CC), constatamos que 33,33% estão a menos de 12 meses; 41,66 % até cinco anos;

16,66% de 5 a 11 anos e uma participante há 25 anos atuando no Centro Cirúrgico. Na

pesquisa de Balsanelli; Cunha; Whitaker (2009), a média de permanência nas atividades de

trabalho em centro cirúrgico se deu por dois anos e quatro meses, sendo que normalmente os

técnicos de enfermagem trabalham mais tempo no centro cirúrgico comparado com os

enfermeiros. Já os resultados em relação a possuir outro vínculo empregatício, destaca-se que

41,66% participantes possuem outro vínculo e 58.33% não tem outro vínculo trabalhista. De

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acordo com Rosa; Carlotto (2005), a busca de melhores condições profissionais e financeiras,

aliada a pouca experiência profissional, são fatores determinantes para jovens que querem

apresentar todo seu potencial com a intenção de serem aceitos na instituição, no entanto os

autores ressaltam que essa realidade provoca distanciamento da clientela bem como

sobrecarga, seja emocional ou laboral. Para Gonçalvez (2011), a sobrecarga de trabalho é um

dos principais fatores que contribuem para os erros operacionais, este fato se da por meio de

profissionais terem que muitas vezes cumprir dois vínculos empregatícios. Sendo que, para

garantir a segurança do paciente, é necessário também que os profissionais estejam

preparados cientificamente e tecnicamente, seguros e aptos para a prestação da assistência de

enfermagem com qualidade. Na mesma perspectiva sita que a sobrecarga operacional,

péssima formação, profissionais que não utilizam protocolos universais, más condições de

trabalho, são fatores para os erros assistenciais. De acordo com Montonholi; Tavares; Oliveira

(2006), o estresse é resultante da percepção entre a discordância das exigências de

determinada tarefa e os recursos pessoais para cumpri-la. Outros fatores de estresse são

próprios da tarefa de enfermagem, exigência em excesso e diferentes opiniões entre colegas

de trabalho. Bianchi (2000) menciona que há concordância entre autores onde ressaltam que

os enfermeiros pertencem a uma profissão estressante. Para Silva et al (2012) o estresse é

considerado um fator que leva o profissional a desmotivação, já que o trabalho dos

enfermeiros no ambiente hospitalar é desenvolvido em circunstâncias desgastantes, podendo

levar a insatisfação profissional com tendência a abandonar a profissão. Passaremos a

apresentar os resultados do segundo momento da pesquisa, onde perguntamos aos

participantes o que você entende por processo de humanização no Centro Cirúrgico. Nesta

questão encontramos sinônimos como: atender bem, ouvir o paciente, se colocar no lugar do

outro, respeito com paciente, ter ética, segue algumas falas: S10 “Saber ouvir suas queixas,

observar suas condições físicas e mentais, deixar se sentir acolhido por estar numa situação

que traz insegurança.”; S09 “Prestar assistência no todo não avaliar só pela doença...”.S12

“Acho que são medidas de conforto, acalmar e conversar.”.S7 “respeito ao paciente em

primeiro lugar...”. Para o Ministério da Saúde a humanização é um conceito amplo, que

caracteriza a valorização de todos os indivíduos participantes no processo de saúde. Trás

como princípios norteadores a autonomia, o protagonismo dos sujeitos, a corresponsabilidade

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entre eles, o estabelecimento de vínculos e a participação coletiva no processo de gestão

(BRASIL, 2006). Para Souza; Mendes (2009) a humanização está baseada na qualificação e

ampliação do acolhimento, da resolutividade e da disponibilidade dos serviços, sendo

necessário, para os trabalhadores melhores condições de trabalho e de formação, para poder

lidar com o impacto que o enfrentamento cotidiano da doença e do sofrimento impõe. A

humanização faz parte do processo de trabalho da equipe de enfermagem e baseia-se na

compreensão do paciente ao todo como ser humano. Segundo Ferreira; Ferrereze; Carvalho

(2006) significa dar condição humana, civilizar e tornar-se humano. Somos seres humanos,

mas nem sempre tratamos o próximo como este deveria ser tratado, sendo este o ponto de

falha do profissional de enfermagem. Durante sua permanência no centro cirúrgico, a

responsabilidade recai sobre a equipe cirúrgica e mais diretamente no enfermeiro, passando a

responder por tudo o que está ou possa acontecer com o mesmo, por isso, segundo Santos;

Henckmeier; Benedet (2011, p.26) o técnico de enfermagem de centro cirúrgico deve: “livrar-

se de seu papel puramente técnico e integrar-se no cuidado total daquele cliente que está a sua

frente, isso favorecerá a humanização. Em tão poucas ocasiões o indivíduo está tão

dependente de outra pessoa com relação a sua segurança e bem estar quanto no período pré,

trans. e pós-operatório ocasião em que precisa integrar-se ao desconhecido”. A segunda

questão abordou se o sujeito identifica no cotidiano de seu trabalho no CC a preocupação com

o cuidado humanizado, como resultado, encontramos que apenas 8,33% das participantes não

tem a preocupação com a humanização do cuidado no seu cotidiano de trabalho e 91,66%

responderam que sim, demonstram preocupação com a questão da humanização em seu

cotidiano de trabalho.Oliveira-Junior; Moraes; Marques (2012), mencionam que ao se

preocupar com a implementação da humanização deve-se considerar a ética profissional e o

cuidado individualizado, sendo que estes representam um conjunto de iniciativas que visa à

produção de cuidados de saúde capazes de conciliar a melhor tecnologia disponível com a

promoção de acolhimento e o respeito ao ser humano, lembra a importância da valorização do

desempenho técnico e o profissional de saúde, o qual é apontado como responsável por

conduzir o cuidado ao paciente. Ressalta que é necessário incluir os familiares no processo de

decisão sobre o seu cuidado, valorizando o diálogo, dando importância às necessidades dos

mesmos, respeitar as crenças e valores. Dessa forma, viabilizará a relação confiável e aberta

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para proteger os valores culturais, psicossociais e espirituais de cada paciente. Segundo

Smeltzer; Bare (2000, p.313), o histórico do paciente cirúrgico envolve a avaliação de uma

extensa variedade de fatores físicos e psicológicos. Muitos parâmetros são considerados na

totalidade do histórico do paciente, e uma variedade de problemas do paciente ou diagnóstico

de enfermagem pode ser antecipada com base nos dados colhidos. Após levantar o

diagnostico do paciente como: ansiedade alterada à experiência cirúrgica e ao resultado da

cirurgia e o déficit do conhecimento relacionado aos procedimentos e protocolos pré-

operatórios e às expectativas pós-operatórias. Tem como meta: incluir a redução da ansiedade

pré-operatórias e sobre as expectativas pós-operatórias. Os resultados esperados são

alcançados devido à ansiedade aliviada devido às orientações prestadas. Uma das principais

ferramentas que o enfermeiro possui para o combate à dor é a orientação pré-operatória.

Quando perguntado, quais medidas adotadas no CC podem ser citadas como humanizadas, as

temáticas identificadas foram: Bom humor; Comunicação; Educação continuada; Relações

interpessoais saudáveis. Em estudo retrospectivo feito por Junior; Scholze; Silva (2012), o ato

de humanizar direciona a equipe de enfermagem a entender a necessidade de diálogo entre

profissional e paciente, seja durante procedimentos ou não, deve-se evitar a postura de ser um

simples técnico durante a assistência, e, sobretudo se apresentar como um processo vivencial,

com o objetivo de humanizar o tratamento. Assim, é necessário que o enfermeiro esteja atento

a todas as reações apresentadas pelo paciente nestes períodos, sendo imprescindível, pois

segundo Jouclas; Tencatti; Oliveira (1998, p.48), “a utilização de um processo de interação

interpessoal que ultrapasse o fazer mecânico, promovendo o espírito de humanização dos

cuidados”. Neste sentido, é inevitável motivar e conscientizar os profissionais para as

mudanças indispensáveis na obtenção de um ambiente mais humanizado no centro cirúrgico.

Rodrigues (2000, p.20) lembra que, “humanizar o atendimento de enfermagem em CC tem

sido um desafio constante, pois encontramos resistência de alguns funcionários e de vários

profissionais de outras áreas, porém, acreditamos que o cuidado humanizado é essencial para

a prática da enfermagem”. Ao abordamos quais as dificuldades que você encontra para

implementar o processo de humanização do Centro Cirúrgico, destaca-se como temáticas

relevantes nesta questão: Alta Demanda; Falta de Tempo e Falta de contribuição. Nestes

quesitos a presente pesquisa corrobora com a de Oliveira-Junior; Moraes; Marques (2012),

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que destacam em seus estudos que os profissionais de saúde atribuem a dificuldade de

implementar a humanização no centro cirúrgico pelo tempo gasto no excesso de burocracias

das rotinas de trabalho, a falta de tempo, ao ambiente estressante e tenso, as resistências de

mudanças dos próprios profissionais, bem como a falta de preparo a respeito do assunto.

Relatam ainda, que o processo de humanização envolve mudanças de comportamento e estas

mudanças normalmente despertam insegurança, dessa forma a humanização é ampla e

demorada, no entanto atividades educativas são indispensáveis para o desenvolvimento dos

profissionais na ótica de atender bem a demanda, pois humanizar também é cuidar com

competência. Observa-se que os dados acima descritos pela amostra da pesquisa vão de

encontro com as observações mencionadas pelo os autores supracitados. Segundo Souza et al

(2013), num setor fechado e de emergência, a equipe multidisciplinar se depara com uma

situação de estresse, pela alta demanda, pelo número reduzido de funcionários qualificados,

devendo serem ágeis, na medida que o setor necessita. Ao se falar do técnico de enfermagem,

relata que, este profissional precisa se empenhar para lidar com a cobrança de outros

integrantes da equipe, com a falta de tempo, e a deficiência de infraestrutura, se torna um

agravante no atendimento ao paciente com seu devido apresso. Na quinta questão quando se

pergunta da importância da implementação do processo humanizado, importante destacar o

olhar que os participantes têm em relação ao processo de humanizar quando falam de:

Recuperação do paciente; Bom trabalho da equipe; Segurança do paciente e Acolhimento.

Camponogara; Santos; Alves (2011), consideram que a importância da implementação da

humanização nos remete as ações de enfermagem frente ao cliente pré-operatório, sendo

necessário preservar a privacidade e, sobretudo respeitar o cliente assistido. Para que esse

processo aconteça de fato é necessário que ações não estejam somente voltadas ao paciente e

seus familiares, mas também a própria equipe de saúde, no sentido de valorizá-la e empo-

dera-la para o desenvolvimento do cuidado humano. Para Costa; Figueiredo; Schaurich,

(2009), ao implantar e desenvolver um consenso de se tornar mais humano no cenário

hospitalar é necessário um aperfeiçoamento de uma equipe multidisciplinar aliadas a novas

tecnologias, mas não esquecendo o contato humano, o dialogo, a empatia ao cuidar do

individuo em que se encontra hospitalizado e fragilizado. E de grande valia a importância da

conscientização de cada profissional ao prestar este atendimento levando em conta todo este

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processo. E para finalizar solicitamos quais seriam as sugestões possíveis para uma melhor

assistência humanizada no CC, destaca-se para: Treinamento e aumento de pessoal no setor.

Treinamento foi respondido em 80% dos funcionários ressaltando a falta de preparo e

qualificação como educação continuada, para um melhor atendimento e mais humanizada

para o individuo que necessita de um procedimento cirúrgico no qual gera cuidados

assistenciais da equipe multidisciplinar de enfermagem. Segundo Malagutti; Bonfim (2008),

tendo profissionais com um treinamento adequado, no que se refere ao atendimento ao

paciente e o avanço tecnológico em questão da humanização, pode-se sim adquirir um bom

desempenho. Ao prestar um serviço em se tratando de um contexto hospitalar, é indispensável

domínio pela equipe e pelo equipamento utilizado, prevalecendo o atendimento humanitário.

Na enfermagem, para Possari (2009), verifica-se a necessidade de profissionais qualificados e

a presença da educação continuada, resultando em um acréscimo tanto no atendimento mais

humanizado ao cliente, tanto no controle da infecção hospitalar. Ao treinar o funcionário em

seu ambiente de trabalho têm-se verificado rendimento socioeconômico, diminuição de

gastos, e os avanços tecnológicos direcionam este trabalhador a atualizar o seu conhecimento.

Quanto às finalidades este mesmo autor descreve que o treinamento e o desenvolvimento são

fatores de extremo valor para o sucesso deste cenário, aumentando a produtividade,

ampliando conhecimentos, diminuindo a necessidade de supervisão, entre outros. Sendo que

ao contrario, a falta deste pode-se resultar em numerosas dificuldades, assim como: baixa

condição das atividades, descontentamento pessoal, alta rotatividade ocasionando

representação negativa da instituição.

CONCLUSÃO: Revelou-se no decorrer do artigo, que os técnicos de enfermagem têm muito

a desenvolver a respeito da humanização, esse universo de cuidados tem muito a se aprender,

e ainda haver uma maior presença de uma orientação ao profissional que presta o cuidado e ao

paciente. Nesta referida pesquisa constatou-se que apenas 54% dos profissionais responderam

ao questionário, mostrando a baixa adesão à pesquisa. Sendo assim a pratica de humanização

deve ser incentivada pelo profissional enfermeiro, que deve estar presente auxiliando o

técnico na prestação de cuidados e incentivando o dialogo entre profissional e paciente.

Quando aos objetivos citados foram alcançado o esperado, pois ao, responderem ao

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questionário o profissional pode relembrar em alguma ocasião toda a sua capacitação em seu

curso ou graduação, no qual ele se submeteu para desempenhar tal função. A questão da

educação continuada torna-se uma ferramenta importante, onde pode-se haver a troca de

informações e de vivencias, contribuindo para um melhor desempenho profissional, foi

adquirida através do próprio colaborador, tendo finalidade de preparar os profissionais para

um melhor atendimento e desempenho junto ao paciente, pratica essa desempenhada junto a

gerência de enfermagem. Vale ressaltar que a implantação da sistematização da enfermagem

amparada pela resolução 358/ 2009 COFEN, ajuda a estabelecer um vinculo entre paciente e

profissional, além de planejar cuidados para o paciente no pós cirúrgico, onde há uma

interação entre ambas as partes. Em estudos anteriores, Silva et al (2012) cita que no centro

cirúrgico cabe a equipe multiprofissional um atendimento ágil e eficaz, mas justamente a falta

de recursos, a alta demanda e infraestrutura precária e inadequada, torna a situação e o

ambiente a um atendimento mecanizado tornando-se mecanicista, deixando de lado o

sentimento humanizado se aflorar. Nas ações de humanização procuramos resgatar o respeito

à vida humana envolvendo um vinculo entre quem cuida e quem é cuidado, o ato de cuidar é

perceber o todo é enxergar de uma forma global, criativa e criadora, introduzindo cada vez

mais o ato de viver no ato de cuidar.

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