assentamentos de forças e poderes achados na internet

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Assentamentos de forças e poderes Por Rubens Saraceni Introdução: Uma das maiores dificuldades para os médiuns umbandistas encontra-se no campo dos assentamentos de forças e de poderes que lhes darão a sustentação, a defesa e o amparo em seus trabalhos ou em suas sessões espirituais. O assunto é complexo e sua abordagem é delicada porque, tal como no campo das oferendas, algumas coisas mudam de pessoa para pessoa e o que é certo e necessário para uma não é para outra força (ou outro poder). Comecemos por definir o que é força e poder: • Usamos a palavra força para o que é espiritual ou provem do espírito. • Usamos a palavra poder para o que é divino ou provem da divindade. O que é espiritual não é divino e vice versa. Logo, é necessário que usemos as palavras que diferenciem e classifiquem corretamente as entidades que formam o lado invisível da criação e que estão dando sustentação a Umbanda. • Poder é algo permanente, estável e realiza-se por si só na vida de seus beneficiários, não dependendo de nada além de Deus para influir sobre tudo e todos em seu campo ou faixa de atuação. • Força é algo transitório, instável e em permanente evolução, as vezes mostrando-se em seu estado potencial e outras mostrando-se em atividade, sempre dependendo da existência do poder para ser colocado em movimento e beneficiar-nos. Há diferença entre poder e força e entre divindade e espírito. A divindade é o poder, o espírito é a força! A divindade realiza-se por si na vida dos seres porque é em si a ação, enquanto o espírito só pode e consegue agir sobre os seres se a divindade lhe conceder poderes para tanto. Tomemos como exemplo o Orixá Ogum e os Caboclos de Ogum, para que não fiquem dúvidas quanto as diferenças que existem entre poder e força. • Ogum é Orixá ordenador da criação e modelador do caráter e da moral dos seres, visto que ele é o poder em si manifestado por Deus para atuar sobre tudo e todos ao mesmo tempo sem que nunca perca seu poder se atuação; nunca se enfraqueça; nunca deixe de ser onipotente, onisciente e oniquerente. Ogum é o poder de Deus em ação permanente, imutável e intransferível; o que Ogum faz só Ogum pode e consegue fazer. Ele independe de algo mais de Deus para ser o que é ou como é, e nada posterior ou inferior a ele influencia-o ou altera esse seu estado de ser e de poder.

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Assentamentos de forças e poderesPor Rubens Saraceni

Introdução:

Uma das maiores dificuldades para os médiuns umbandistas encontra-se no campo dos assentamentos de forças e de poderes que lhes darão a sustentação, a defesa e o amparo em seus trabalhos ou em suas sessões espirituais.

O assunto é complexo e sua abordagem é delicada porque, tal como no campo das oferendas, algumas coisas mudam de pessoa para pessoa e o que é certo e necessário para uma não é para outra força (ou outro poder).

Comecemos por definir o que é força e poder:

• Usamos a palavra força para o que é espiritual ou provem do espírito.

• Usamos a palavra poder para o que é divino ou provem da divindade.

O que é espiritual não é divino e vice versa. Logo, é necessário que usemos as palavras que diferenciem e classifiquem corretamente as entidades que formam o lado invisível da criação e que estão dando sustentação a Umbanda.

• Poder é algo permanente, estável e realiza-se por si só na vida de seus beneficiários, não dependendo de nada além de Deus para influir sobre tudo e todos em seu campo ou faixa de atuação.

• Força é algo transitório, instável e em permanente evolução, as vezes mostrando-se em seu estado potencial e outras mostrando-se em atividade, sempre dependendo da existência do poder para ser colocado em movimento e beneficiar-nos.

Há diferença entre poder e força e entre divindade e espírito.

A divindade é o poder, o espírito é a força!

A divindade realiza-se por si na vida dos seres porque é em si a ação, enquanto o espírito só pode e consegue agir sobre os seres se a divindade lhe conceder poderes para tanto.

Tomemos como exemplo o Orixá Ogum e os Caboclos de Ogum, para que não fiquem dúvidas quanto as diferenças que existem entre poder e força.

• Ogum é Orixá ordenador da criação e modelador do caráter e da moral dos seres, visto que ele é o poder em si manifestado por Deus para atuar sobre tudo e todos ao mesmo tempo sem que nunca perca seu poder se atuação; nunca se enfraqueça; nunca deixe de ser onipotente, onisciente e oniquerente.

Ogum é o poder de Deus em ação permanente, imutável e intransferível; o que Ogum faz só Ogum pode e consegue fazer.

Ele independe de algo mais de Deus para ser o que é ou como é, e nada posterior ou inferior a ele influencia-o ou altera esse seu estado de ser e de poder.

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Ele modela o caráter e a moral dos seres. Independentemente de sua vontade, sua influencia se faz sentir na própria consciência de todos os transgressores das leis divinas e humanas, não importando se conhecem ou não Ogum, pois “ogum é um dos nomes humanos já dados a esse poder, que já recebeu outros nomes e no futuro receberá outros.

Tenha o nome que lhe for dado, ainda assim ele continuará a ser o que é: o poder modelador do caráter e da moral dos seres e o ordenador divino dos procedimentos.

O poder de Ogum é inalterável, estável, permanente e independe de um nome para atuar sobre tudo e todos em sua faixa ou campo de atuação na criação.

Isso, para nós, é o poder e está bem definido!

Quanto a força pegamos como exemplo para defini-la os Caboclos de Ogum, para que fique bem claro o seu significado.

Um Caboclo de Ogum é um espírito em constante evolução consciencial e, a partir dessa sua evolução, novos campos ou faixas de atuação vão lhe sendo abertas pelo Orixá ou poder Ogum.

Quanto mais o Caboclo de Ogum evolui e se aperfeiçoa consciencialmente, maior é o seu campo de ação e maior é seu poder de atuação sobre outros seres espirituais, aos quais ampara, direciona e modela no caráter e na moral.

Enquanto atua de dentro para fora dos seres, o Caboclo de Ogum atua de fora para dentro.

• O poder realiza-se por si só.

• A força só se realiza por intermédio de algo ou de alguém.

• O poder tem atuação permanente e atua “por dentro” das coisas ou dos seres.

• A força tem atuação limitada no tempo e atua “por fora” das coisas ou dos seres.

O poder regula a natureza, seja a de um ser ou do meio em que ele vive, proporcionando-lhes estabilidade e equilíbrio interior.

A força altera essas naturezas, proporcionando-lhes alterações e reequilíbrios ou adaptações exteriores.

Em um meio cuja a natureza é fria, tal como as regiões próximas dos pólos, vivem seres (animais, aves, peixes, plantas, etc.) específicos dele. Já nós, os seres humanos, se quisermos viver nessas regiões, temos que construir moradias especiais; temos de cobrir nosso corpo com roupas especiais e temos de trazer de longe alguns artigos indispensáveis à nossa sobrevivência.

• A natureza terrestre é regulada pelo poder. Nós recorremos à força para alterarmos o meio natural de alguma forma, adaptando-o externamente às nossas necessidades porque, “internamente”, as regiões polares sempre serão frias e não conseguiremos mudar esse seu “estado”.

Recorrendo a esse exemplo, podemos diferenciar o poder e a força porque enquanto poder ele faz os pólos serem como são e esta, enquanto força, só pode alterá-lo se criar adaptações para que os seres não pertencentes à sua natureza neles sobrevivam.

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O poder de Ogum, por modelar de dentro para fora, faz com que os meios sejam como são, cada um com sua natureza específica. E o mesmo faz os seres, proporcionando uma natureza intima especifica para cada espécie.

• Os peixes são como são.

• As aves são como são.

• Os bichos são como são.

Vivendo em seus habitats naturais, são hoje como eram no passado pré-historico e esse “modo de ser” de cada espécie permaneceu inalterado ao longo dos tempos. Se ocorreram mudanças, elas foram “por fora”, para adaptá-los a algumas mudanças físicas e climáticas.

Conosco também ocorreu isso e “internamente” somos os mesmos que éramos quando Deus nos criou.

Nossa natureza íntima permaneceu inalterada e, se ocorreram mudanças, foram externas.

• O poder modela as coisas (natureza, seres, espécies inferiores, etc) de dentro para fora, dando-lhes um estado específico que é permanente, diferenciando umas das outras e qualificando-as.

• A força entra em ação quando as alterações exteriores começam a descaracterizar as coisas, desqualificando-as ou desequilibrando-as.

Por isso Ogum (o poder) tem nos espíritos graduados como instrumentos da lei suas forças, que são colocadas em ação sempre que as atuações de dentro para fora já não são suficientes para manter o equilíbrio.

É nesse ponto, nessa necessidade da atuação de fora para dentro, que os espíritos (a força) adquirem importância e tornam-se indispensáveis para a manutenção do equilíbrio entre o lado interior e o lado exterior dos seres, dos seres e da própria criação como um todo.

Como o lado divino da criação atua de dentro para fora e os Orixás vivem no seu lado divino, foi preciso a criação de algo que permitisse a exteriorização desse poder e sua colocação em ação a partir do próprio meio em que os seres vivem.

Dessa necessidade surgiram os santuários naturais, os templos, os altares, os assentamentos, as firmezas, as oferendas, as imagens, os instrumentos mágicos, etc.

Não se trata de animismo, de paganismo, de idolatria, de fetichismo etc., mas de formas de exteriorização do poder para que melhor ele possa nos auxiliar e nos beneficiar “dentro” do próprio meio em que vivemos.

Como nosso assunto são assentamento de poderes e de focas pelos médiuns e dirigentes espirituais umbandistas, cremos que está justificado o ato de assentarem os orixás e guias espirituais para que melhor possam ajudar as pessoas necessitadas desse auxilio adicional que Deus nos franqueou e colocou à nossa disposição.

Um assentamento é um local especial porque nele há um portal “tridimensional” que interage de forma permanente entre as três dimensões ou lados da vida: o lado divino, o natural e o espiritual.

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Essas três dimensões ou lados da vida já interagem de forma permanente nos santuários naturais consagrados aos poderes e às forças e neles podemos entrar e trabalhar em nosso benefício ou no dos nossos semelhantes.

Mas em nossa casa ou em nosso centro, aí se faz necessário o auxilio dos assentamentos para que os três lados possam interagir e realizar ações corretas em benefício dos necessitados, sem que estes tenham de ir até a natureza continuamente.

Assentam-se forças divinas, naturais e espirituais.

Esses assentamentos são importantes porque são em si portais multidimensionais e interagem com realidades de vida ainda desconhecidas por nós, os espíritos encarnados.

Mas, como afirmamos no inicio dessa introdução, uma das maiores dificuldades dos médiuns e dirigentes umbandistas reside nesse campo porque há um grande desconhecimento sobre assentamentos e firmezas dos poderes e forças que sustentam e se manifestam por intermédio da religião e da mediunidade dos seus praticantes.

• Um assentamento é algo abrangente e envolve todo um poder.

• Uma firmeza é algo mais limitado e concentra-se em uma entidade, seja ela divina, natural ou espiritual.

Firma-se um Orixá, um ser da natureza ou um espírito! Agora, um assentamento é algo tão abrangente que ele por si só é realizador e é capaz de dar sustentação a todas as ações realizadas dentro do campo abrangido por ele: o Centro de Umbanda.

O que é um assentamento?

Assentamento é o local onde são colocados alguns elementos com poderes magísticos, com a finalidade de criar um ponto de proteção, defesa, descarga e irradiação.

Um assentamento pode ser destinado a uma só força ou poder ou a várias. Mas, em geral, faz-se um para cada força ou poder que se deseja assentar.

- Por que assentar uma força ou poder?

Bom, as forças vivem no plano espiritual e os poderes vivem no plano divino da criação, e, a partir deles, enviam-nos suas vibrações, auxiliando os trabalhos espirituais que são realizados nos Centros de Umbanda.

Esse auxílio é natural porque se processa religiosamente. Mas, como em um trabalho espiritual vem pessoas com poderosas cargas negativas, é preciso que exista no plano material pontos de descarga que possam absorvê-las e enviá-las de volta à faixas vibratórias negativas.

Esta é um a das funções de um assentamento de força e de poderes.

A entidade assentada (Orixá ou Guia Espiritual) tem no assentamento elementos com poderes mágicos, os quais utiliza ativando-os segundo as necessidades do Centro, do trabalho espiritual e dos médiuns.

Em regra, faz-se um assentamento central e daí em diante começa a firmeza de outras forças ou de

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outros poderes ao seu redor, aumentando seu campo de ação e de atuações.

Se é o assentamento de um Orixá, outros não devem ser assentados ao redor ou ao lado dele, porque cada um é um poder realizador em si mesmo, e dois ou mais assentamentos dentro de um mesmo ambiente criam dois pontos distintos que farão a mesma coisa e o recomendado é que, caso alguém queira assentar dois ou mais Guias ou Orixás, então deve reservar um ambiente para cada um, separando-os e isolando-os para que suas vibrações, irradiações, ações e atuações não se misturem e não se confundam. Por isso existem os assentamentos e a firmezas.

Os assentamentos criam vórtices ou “pontos de forças”, enquanto as firmeza de outros guias e Orixás dotam-no de um maior poder de realização.

Esse aumento de poder de realização deve-se ao fato de que os Guias e os Orixás firmados ao redor do assentamento central “emprestam-lhe suas forças e poderes e abrem-lhe seus campos de ações e atuações, aumentando o leque de opções ao Guia ou ao Orixá assentado, que lhe repassará atribuições às quais exercerão com desenvoltura, porque terão no assentamento um poderoso ponto de descarga, de proteção e de auxílio nas suas ações mais profundas.

Normalmente se assentam o guia-chefe e o Orixá regente da coroa do dirigente espiritual, assim como ao seu Exu e/ou sua Pombagira guardiã.

• Os assentamentos do Guia-Chefe e do Orixá devem estar localizados dentro da cosntrução que abriga o terreiro.

• Os assentamentos do Exu e/ou da Pombagira guardiã devem ser feitos do lado de fora da construção principal que abriga o terreiro, ainda que também possa estar dentro de outra construção de menor porte.

O ideal ( ainda que isso nem sempre seja possível) é que os assentamentos dos Orixás e dos Guias-Chefes da direita e da esquerda se localizem em cômodos isolados e com acesso restrito, inacessível ao público.

Quando o centro não tem espaço para tanto, aí o recomendado é que assentem o Orixá e o guia-chefe da direita sob o altar e o Exu e/ou a Pombagira guardião em uma casinhola na entrada do terreno que abriga o terreiro.

Centros localizados em terrenos e construções amplas tem mais facilidade para fazê-los. Já nos menores, aí é preciso um pouco de criatividade para fazer os assentamentos e as firmezas ao redor.

O que é uma Firmeza?

A firmeza de uma força ou de um poder; pode ser feita ao redor de um assentamento ou independente dele.

Firmar um guia espiritual ou um Orixá significa proporcionar-lhe condições mínimas para que tenha um ponto fico onde receba os pedidos de auxilio; de oferendas, etc.

A firmeza assemelha-se a um assentamento, mas tem menos recursos ou poderes de realização, pois é uma simplificação dele e destina-se a facilitar a atuação das entidades.

Um assentamento cria um vórtice e um campo eletro-magnético que interagem com outras dimensões da vida de forma permanente, sendo em si um “ponto de força” localizado nas

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dependências do terreiro.

Enquanto uma firmeza cria um ponto de sustentação para as ações da entidade firmada, dando-lhe um pouco mais de segurança para que possa resistir às reações das suas atuações em beneficio das pessoas necessitadas do seu auxilio.

• Um assentamento assemelha-se a uma fortaleza que abriga um exército completo, com todas as suas divisões.

• Uma firmeza assemelha-se a instalação avançada de uma divisão.

No assentamento estão todas as divisões, na firmeza está somente uma ( a da entidade firmada).

• Um assentamento é algo definitivo, uma firmeza pode ser transitória.

• Um assentamento deve ser iluminado de forma permanente e deve ser alimentado periodicamente com elementos predeterminados.

Uma firmeza pode ser iluminada periodicamente e pode ser realimentada de vez em quando.

Um assentamento deve ter um dia definido na semana para ser iluminado e realimentado; já uma firmeza, deve ser iluminada e realimentada sempre que o seu zelador fizer um novo pedido de auxilio à entidade firmada.

Assentamento e firmeza são similares e a segunda é uma simplificação do primeiro, mas tem as mesmas funções, que é protegerem, sustentarem e ampararem algo ou alguém.

Fonte: Rituais Umbandistas - Rubens Saraceni - Ed. Madras

Magnetismo: os pontos de forças e os Símbolos Sagrados

O símbolo sagrado adotado por uma religião é um signo que identifica ou oculta qual dos sete Tronos Ancestrais está dando sustentação magnética, vibratória e energética a ela, certo?

Pois bem! Com isto em mente, vamos abordar alguns símbolos e compará-los com os magnetismos dos Tronos. Saibam que “Tronos” é uma classe de divindades que têm no próprio nome (Trono) a sua identificação, porque são as divindades “assentadas” nos pólos magnéticos das linhas de forças e nas correntes eletromagnéticas. Um Trono é uma divindade efetivamente assentada num Trono Energético cujo magnetismo o distingue de todos os outros Tronos. Regente vem de rei, aquele que rege, dirige, comanda, direciona, etc.

Trono é o assento mais alto de uma hierarquia. Logo, todas as divindades regentes estão assentadas em seus Tronos, de onde regem a evolução dos seres que se colocam sob o amparo de suas irradiações energo-magnéticas. Anjos não são tronos, pois formam outra classe de divindades e atuam apenas mentalmente sobre os seres. Não são, portanto, divindades assentadas.

Já os “Orixás” são Tronos porque são divindades assentadas em Tronos Energéticos, localizados nos pólos magnéticos das linhas de forças e das correntes eletromagnéticas. Existem duas categorias de Tronos, os Tronos fixos e os Tronos móveis. Os Tronos fixos estão assentados nos vórtices

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planetários multidimensionais e nunca se afastam deles. Já os Tronos Móveis absorvem em seus íntimos o Trono Energético onde se assentaram e o trazem em si mesmos, só o desdobrando ou exteriorizando em casos muitos especiais. No Ritual de Umbanda Sagrada, quando se assenta o Orixá de um médium, esta se criando no padrão vibratório material uma correspondência energética e um ponto magnético análogo ao que o orixá traz em si mesmo, embora seja um ponto de forças fixo e limitado à capacidade mental do médium e às suas necessidades magísticas.

Nunca o assentamento do orixá de um médium será mais forte do que seu poder mental. E nunca o médium terá mais recursos à sua disposição do que os que sua própria evolução já lhe faculta ou que ele já é capaz de ativar mentalmente. Sim, porque seria temerário o Orixá de um médium conceder-lhe poderes maiores que os que ele já desenvolveu em seu mental nas suas muitas encarnações.

A limitação imposta aos médiuns visa conte-los em suas vaidades pessoais, e também preservar seu Orixá “individual”, que assim não fica exposto aos choques energéticos que acontecem sempre que seu poder é ativado por seu médium magista. Muitos sabem tão pouco sobre os orixás que não associaram “assentamento” com “Tronos” e com “pontos de forças”! O fato é que os pontos de forças da natureza, tais como os conhecemos na Umbanda, são pontos de geração e ou irradiação de energias e altamente magnéticos.

Uma cachoeira gera energias; Um rio irradia energias; Uma árvore gera energias; O mar gera energias;

As ondas descarregam as energias geradas pelo mar; Uma pedreira gera energias; Uma pedra irradia as energias geradas pela pedreira. Bom, uma cachoeira é um ponto de forças natural e as energias que são geradas nas quedas da água energizam-na e a tornam irradiadora de energias “minerais-aquáticas”.

Já as ondas do mar são irradiadoras de energias “aquáticas-cristalinas”.

As cachoeiras do plano material possuem sua contraparte etérica no plano espiritual, ao qual também energizam, pois têm esta dupla função. Mas uma cachoeira tem campo vibratório cujo magnetismo é análogo ao do Trono Mineral ou Trono do Amor, que é a divindade natural (de natureza) que irradia energias que estimulam as uniões e as concepções nos seres.

E, porque o Trono do Amor (Oxum) possui uma hierarquia só sua, que o auxilia em todos níveis vibratórios, em todas as dimensões e em todos os estágios da evolução dos seres, então nada mais lógico do que ser cultuado num ponto de forças do plano material cujo magnetismo é análogo ao seu, ao do seu Trono Energético Planetário e a ponto de força planetário e multidimensional onde está assentado. E no plano material, este ponto de forças, localiza-se em todas as quedas d’água ou cachoeiras.

Logo, os altares naturais do Trono do Amor são as cachoeiras do plano material.

(Texto extraído do livro: “O Código de Umbanda” – obra inspirada pelos mestres de luz Sr. Ogum Beira Mar, Pai Benedito de Aruanda, Li-Mahi-An-Seri yê, Seiman Hamiser yê, Mestre Anaanda e psicografada por Rubens Saraceni).

Pai Rubens Saraceni

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Oferendas e Assentamentos

O que são? As oferendas são atos magísticos-religiosos e os assentamentos são concentrações de forças e poderes magísticos dentro de um espaço limitado.

As oferendas podem ter várias finalidades, tais como:

1) Oferenda de agradecimento;2) Oferenda de pedido de ajuda;3) Oferenda de desmagiamento negativo;4) Oferenda de descarrego;5) Oferenda propiciatória;6) Oferenda purificadora7) Oferenda ritual de firmeza de forças na natureza;8) Oferenda ritual de assentamento de forças e poderes espirituais e dignos.

Comentemos cada uma dessas formas de oferendas:

1) Oferenda de agradecimentoEsta oferenda é feita em função do auxílio já recebido. Muitas vezes estamos envoltos em difi-culdades de tal importância que nos ajoelhamos e ali, em nossa fé, invocamos Deus e algum dos seus mistérios ou divindades e pedimos-lhes que nos ajudem, que depois lhes ofertaremos algo em agradecimento.

Uns fazem promessas; outros prometem uma oferenda na natureza; outros prometem dar algum auxílio aos necessitados, etc.

Quando são promessas, seu cumprimento é uma questão de foro íntimo e, após cumpri-las, as pessoas sentem-se melhor e em paz com Deus e com a divindade invocada.

Quando são oferendas, a pessoa que as prometeu deverá fazê-las, pois também se sentirá melhor, e com a grata sensação do dever cumprido.

Em ambos os casos, o não-cumprimento do que foi prometido acarretará cobranças conscientes que, a longo prazo, acarretarão transtornos a quem prometeu e não cumpriu.

Saibam que Deus e suas divindades são oniscientes e, por saberem as causas dos nossos desequilibrios e das nossas dificuldades exigem de nós atitudes que nos reequilibrem e nos livrem das nossas dificuldades.

Portanto, cumprir o que foi prometido não é dar ou fazer algo por Ele e elas, mas é fazermos algo para e por nós mesmos.

Deus e as divindades não comem, mas, ao lhes ofertarmos uma “ceia ritual” estamos compartilhando nosso sucesso e nossa vitória, atribuindo-lhes o apoio para que elas acontecessem. Ali, no momento de “comemoração”, estamos dizendo de forma simbólica que sem o seu auxílio e delas não teríamos tido sucesso; estamos agradecendo-lhes; e estamos dando prova de nossa fé em seus poderes, reverenciando-os com o que lhes prometemos.

2) Oferenda de pedido de ajudaEsta oferenda vai desde uma vela acesa em um castiçal, pedestal ou altar até a ida a um ponto de forças da natureza, onde abrimos um espaço mágico e depositamos dentro dele os elementos mais

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afins com as forças e os poderes que serão invocados. Esse tipo de oferenda é muito comum entre os umbandistas que, por terem muitas forças e poderes à disposição, Ás vezes a fazem para mais de uma divindade, para obterem mais rápido a ajuda solicitada. Ela é em si um ato de fé no poder de realização das forças e dos poderes das entidades de Umbanda Sagrada.

• Forças são espíritos hierarquizados.• Poderes são as divindades de Deus.

As forças estão assentadas nos pontos de forças da natureza e estão à nossa direitas e à nossa esquerda.

Os poderes estão assentados no alto e, nos pontos de forças da natureza, quando invocados ficam de frente para nós ouvindo e anotando mentalmente os nossos pedidos que, se forem justos e do nosso merecimento, com certeza serão realizados a nosso favor e benefício.

Esse ato mágico encerra-se em si mesmo e a pessoa que o fez, só precisa aguardar.

3) Oferenda de desmagiamentoEsta oferenda deve ser feita sempre que estivermos magiados por trabalhos pesados, difíceis de serem desmanchados e anulados dentro do centro de Umbanda.

Há trabalhos de magia negativa que são fáceis de ser cortados, desmanchados e anulados. Mas há outros de tal monta que, se forem mexidos, desencadeiam reatividades incontroláveis.

Nesses casos, a ação recomendada é a pessoa magiada ir até a natureza e, dentro de um ponto de forças, invocar alguma(s) força espiritual ou algum(s) poder divino e confiar-lhe a neutralização e a anulação dessas magias complicadíssimas e muito perigosas.

Na natureza, a força ou o poder invocado cria um campo neutralizador ao redor da magia negativa, isolando-a e envolvendo-a de tal forma que, caso aconteçam reatividades, são contidas e neutralizadas dentro do próprio campo que as envolvem.

Não são poucos os médiuns ainda inexperientes ou os guias espirituais iniciantes que, no afã de ajudarem as pessoas magiadas, acabam desencadeando essas reatividades e complicando-se de tal forma que são obrigados a irem até a natureza e fazerem uma oferenda descarregadora para se livrarem dos efeitos negativos acarretados.

Muitos guias espirituais e médiuns já tarimbados recomendam à pessoa magiada que ela vá direto ao ponto de forças e poderes da natureza e ali, dentro dele, faça a oferenda e invoque uma força espiritual ou um poder divino para que se tome conta da magia negativa, neutralizem-na e a desmanchem.

Isso é correto, pois a explosão de uma reatividade muito intensa dentro de um centro pode afetar seus campos protetores de dentro para fora, fato este que abre buracos nele, pelos quais começam a entrar hordas de espíritos perturbadores.

Há centros de Umbanda cujos campos protetores estão totalmente esburacados e seu interior é “pesadíssimo”.

4) Oferenda de descarregoEsta oferenda deve ser feita nos pontos de forças e de poderes da natureza para que ali aconteçam os mais variados tipos de descarregos, que vão desde espíritos desequilibrados até quebrantos e mau

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olhado.

O descarrego não se refere só aos que projetam contra nos mental ou magisticamente, mas pode ser usado para nos livrar do que atraímos com pensamentos de baixa qualidade.

Quando estamos vibrando em nosso íntimo sentimentos negativos e nossos pensamentos tornam-se confusos, nosso magnetismo mental se negativa e baixamos nossas vibrações, imediatamente começamos a nos ligar por finíssimos cordões com espíritos desequilibrados, também vítimas dos seus sentimentos negativos.

Essas ligações acontecem devido à lei das afinidades, que nos ensina que semelhantes se atraem.

Uma pessoa que estiver vibrando negativamente se ligará automaticamente a outras e a espíritos com o mesmo padrão vibratório. E isto só a enfraquece ainda mais porque passa a fazer parte de uma imensa rede de mentais interligados pela baixa qualidade dos seus sentimentos.

È impossível transportar para dentro de um centro de Umbanda milhares de espíritos desequili-brados. Então os guias recomendam que as pessoas nessas condições negativas sejam levadas por um médium bem preparado e que, após fazer uma oferenda às forças e aos poderes do ponto de forças da natureza, faça ali, no campo de uma divindade, um descarrego completo, livrando-a de encostos e obsessores espirituais.

O que é possível ser feito dentro dos centros de Umbanda os guias espirituais fazem, mas há situações tão complexas que somente descarregando tudo na natureza a pessoa ficará livre de todas as suas “ligações” com o baixo astral, e sem tumultuar o bom andamento dos trabalhos realizados dentro dos centros de Umbanda.

Por Pai Rubens Saraceni.

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Umbanda e NaturezaEscrito por Mãe Lurdes de Campos Vieira

Na Umbanda cultuamos Olorum, o nossa vidanosso Divino Criador Todo-poderoso, e suas Divindades Sagradas, os Orixás, mentores divinos. Os Sagrados Orixás são mistérios da natureza e senhores regentes da criação, por meio do Setenário Sagrado, Coroa Divina que rege nosso planeta, formado por essências ou manifestações sublimes de Deus. Os Sete Tronos Divinos, ou Setenário Sagrado da Umbanda, dão sustentação à vida, por meio de sete qualidades divinas que originam os sete elementos formadores principais, de onde retiramos tudo que necessitamos para viver e evoluir: o cristalino, o mineral, o vegetal, o fogo, o ar, a terra e a água."Deus fornece o solo (terra), a umidade (água), o calor (fogo), o oxigênio (ar), a fertilidade (minerais), as sementes (vegetais) e os processos genéticos (cristais). (Rubens Saraceni, As Sete Linhas de Umbanda - Madras Editora).Essas sete essências fundamentam as sete linhas de Umbanda, originam os sete sentidos da vida e explicam as qualidades, atributos e atribuições das divindades que as regem: Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Ordem, Evolução e Geração.Os rituais de Umbanda, nas suas sete linhas, realizam-se em nossos templos, que respeitamos como santuários sagrados, e na natureza, que também deve ser respeitada, amada e preservada por todos nós, umbandistas ou não, como santuário sagrado, pois ela expressa as forças puras, que são as manifestações dos mistérios de nosso Divino Criador, Nosso Pai Olorum.

"Nossas limitações não nos permitem entender, contemplar e abarcar Deus em toda sua magnitude. Apenas podemos percebê-lo através de uma pequena parte de Sua obra Divina, partindo de nós mesmos como ponto inicial e irmos expandindo nossos parcos limites. Se olharmos com atenção e amor o mundo à nossa volta, as belezas naturais de nosso planeta Terra, com certeza estaremos contemplando nosso Divino Criador. Deus está em todos os lugares e as manifestações da natureza são formas de manifestações divinas. A natureza é a individualização da parte feminina de Deus, é a repetição localizada da natureza cósmica de Deus, um ventre gerador de vida." (Lurdes de Campos Vieira, A Umbanda e o Tao - Madras Editora.)

A Terra, nossa morada, é única e divina e foi criada para servir de base para o desenvolvimento do nosso livre-arbítrio, dos nossos valores morais, do nosso conhecimento, do nosso caráter e da nossa evolução.

Os Sagrados Orixás ou Tronos de Deus, são os senhores regentes das forças da natureza e estão à nossa disposição, assentados nos pontos de força ou vórtices energéticos, de onde dão a sustentação necessária aos seres que vivem sob sua regência divina. Os Pontos de Força da Natureza são locais de características energéticas especiais, onde as energias e magnetismos são mais puros e facilitam o contato com o outro lado da vida. Esses santuários naturais são "chacras" ou vórtices eletromagnéticos, pontos de força celestiais magníficos, para oferendarmos e evocarmos os orixás e os guias que nos dão sustentação nos trabalhos espirituais. São locais irradiadores e captadores de energias oriundas de outras dimensões, em interação com elas, de onde recebem energias de padrões vibratórios subatômicos sutis. São santuários saturados com energias e magnetismos das divindades e, sempre que possível, devemos visitá-los e, neles, realizar o culto aos orixás, pois nos beneficiaremos ao absorver suas energias.

A Umbanda é uma religião fundamentada na natureza. Nossos ancestrais, há milênios, tinham a consciência de que dependiam dela para retirar o alimento, a água, as vestes e outros elementos. Praticavam rituais de culto às forças da natureza, não depredavam e havia equilíbrio entre as populações e o meio que as supria. Mentes doentias, há muito atuando no planeta, suprimiram esses cultos e rituais com o uso da força. Sem que se leve em conta a nossa dependência e o fato de que a ganância está depredando a maior fonte viva de conhecimentos sobre o Divino Criador, a natureza vem sendo desprezada e destruída com uma avidez cada vez maior.

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Estamos diante de questões fundamentais, como:

* O problema da legitimidade da exploração e do esgotamento dos recursos naturais. * O quadro de degradação ambiental que, de tão grande, já ameaça a própria continuidade da vida em nosso planeta. * A carência de informações técnicas que permitam a nós, cidadãos comuns, argumentar em prol da preservação, sem romantismos e pieguices. * A urgência na formação de uma consciência nacional sobre a questão do meio-ambiente e a reflexão sobre possíveis soluções. * Como participar dos movimentos políticos e das ações institucionais concretas, já existentes.

Lembramos que os Orixás estão assentados na Natureza e que não existe Umbanda sem Orixás. A preservação dos pontos de força da natureza é fundamental para a humanidade, pois "sua destruição trará, como conseqüência, a esterilização do nosso planeta. Cultuar os orixás na natureza nada mais é do que reconhecer o lugar onde a Árvore da Vida dá os seus melhores e mais saborosos frutos." (Rubens Saraceni, Umbanda Sagrada.)

O Ritual de Umbanda, com sua lógica natural e sua simplicidade de culto às forças da natureza, vem atuando e deve atuar na contra-mão da exploração e da depredação do meio-ambiente, numa tentativa de reverter esse processo de destruição da vida planetária, realizando a harmonização dos seres com o Divino Criador. A expansão horizontal do culto à natureza, do respeito e da consciência de sua importância, poderá ajudar muito a reequilibrar o planeta. "Orixá é mistério da natureza, aberto a todos e não 'pertence' a ninguém no plano material. "Orixás são mistérios divinos por excelência, e quem tentar afastá-los da natureza, afastado dela será." (Rubens Saraceni, As Sete Linhas de Umbanda- Cristális Editora).Extraído do livro A UMBANDA E O TAO, de Lurdes de Campos Vieira - Madras Editora. O texto foi elaborado conforme os livros "Umbanda Sagrada", "As Sete Linhas de Umbanda" e "Orixás - Teogonia de Umbanda", todos de autoria de Mestre Rubens Saraceni, editados pela Madras Editora.

• Lurdes de Campos Vieira é Geógrafa, Pós-graduada pela Universidade de São Paulo, e dirigente do Templo de Umbanda Sagrada Sete Luzes Divinas.

Otá - o início dos assentamentosPor Rubens Saraceni, Retirado do J.U.S. - Pertencente ao livro "Oferendas e Assentamentos na Umbanda"

Um assentamento começa a ser construído sem pressa pelo médium, peça a peça, até que ele tenha no mínimo sete elementos do Orixá, todos já consagrados, tanto no seu ponto de forças, quanto no seu centro de Umbanda.

Não é preciso esperar abrir o centro para começar a constituí-lo rapidamente. Um dos primeiros elementos é o Otá ou pedra do seu Orixá.

O Otá equivale a "pedra fundamental" das grandes construções civis ou de grandes templos erigidos no plano material pelas mais diversas religiões.

Cada Orixá tem a sua pedra (as) e é por ela que o médium deve começar a constituição dos fundamentos do assentamento do seu próprio Orixá.

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Nos relatam os nossos mais velhos que, durante o período da escravidão, quando se realizava a cerimônia de iniciação dos noviços, estes iam mata adentro à procura do seu Otá ou pedra do seu Orixá, e voltavam só ao amanhecer, já com ela entre as mãos.

Dali em diante, ela seria o mais poderoso elo de ligação com seu Orixá. Seria conservada com zelo e alimentanda periodicamente para manter integralmente seu axé (poder).

Normalmente ela era condicionada em uma quartinha de barro, pois a louça era um artigo raro e caro, inacessível às classes menos favorecidas. Panelas, vasos, tigelas, canecos, e outros utensílios feitos de barro cozido, eram comuns e de uso cotidiano, não só pelos indígenas, uma vez que os co-lonizadores mais pobres também usavam utensílios de barro cozido. Eram os vasilhames e uten-sílios mais populares e mais baratos naquela época, certo?

Hoje, quando você tem os mesmos utensílios em louça, pode usá-los à vontade. Até porque as quartinhas de barro precisam passar por um envernizamento externo e por um revestimento oleoso interno, para que a água ou outra bebida colocada dentro dela não seja absorvida pelo barro e, sob temperaturas elevadas evapore completamente.

Então, como atualmente você não precisa sair às escondidas e em altas horas da noite para encontrar na escuridão o seu Otá ou pedra do seu Orixá, recomendamos que a encontre num rio ou cachoeira pedregosa e ali, calmamente, escolha-o e assim, recolha-o levando-o para casa já envolto em um pedaço de pano com a cor do seu Orixá.Mas lembre-se: Não é só chegar até o leito pedregoso do rio, catar uma pedra rolada, envolvê-la num pano e ir embora. Não mesmo!

Há todo um ritual que deve ser cumprido à risca se quiserem que seus Otás tenham axé ou poder de realização. Abaixo vamos descrevê-lo:

1- Encontrar um trecho de rio de águas limpas que seja pedregoso;

2- Numa margem dele, oferendar nossa mãe Oxum e pedir-lhe licença para recolher dos seus domínios o Otá do seu Orixá.

3 - Depois, oferende o seu Orixá na outra margem ou, se for na mesma, faça-a mais abaixo da oferenda que fez para a Senhora Oxum.

4 - Já com a oferenda feita, derrame no rio uma garrafa de champagne ou outra bebida doce e 7 punhados de açúcar, oferecendo-os aos Seres das Águas, pedindo-lhes licença para entrar no rio e recolher seu Otá.

5 - Isto feito, o médium deve entrar no leito do rio e procurar uma pedra rolada que o atraia mais que as outras e, quando encontrá-la, deve pedir licença à Mãe e aos Seres da Àgua para pegá-la para si.

6 - Após pegá-la, deve elevá-la com as duas mãos acima da cabeça e, como numa oração, dizer estas palavras: "Meu Pai (ou Mãe) Orixá tal, eis a pedra de axé, o meu Otá! Abençoe-o com tua luz, com teu manto divino e com teu axé, tornando-a, a partir de agora, minha pedra sagrada!"

7 - Após fazer essa primeira consagração a pessoa deve ir até onde está a oferenda da Mãe Oxum e apresentá-la segurando-a na palma das mãos unidas em concha, dizendo-lhe estas palavras: "Minha Mãe Oxum, apresento-lhe meu Otá. Abençoe-o, minha amada Mãe!"

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8 - Após receber a benção da Mãe Oxum, a pessoa deve dirigir-se até onde está a oferenda do seu Orixá, colocá-la dentro dela e fazer esse pedido: "Meu Pai (minha Mãe) Orixá tal, peço-lhe que aqui, dentro da sua oferenda, consagres essa pedra de forças, esse meu Otá".

9 - Após esse pedido, a pessoa deve aguardar uns 10 minutos para recolhê-la e envolvê-la no pedaço de pano na cor do Orixá. Mas antes, deve dizer estas palavras: "Meu Pai (minha Mãe), peço-lhe licença para recolher meu Otá com seu axé, e envolvê-lo nesse pedaço de pano que simboliza seu manto protetor para que eu possa levá-la para minha casa protegida e ocultada dos olhares alheios".

10 - Recolha-a e embrulhe-a com o pano. Então peça licença e vá para casa.Chegando em casa, risque um símbolo do seu Orixá, coloque-o dentro dele; acenda uma vela de 7 dias e coloque-a dentro dele. Invoque seu Orixá, pedindo-lhe que alimente-a com sua luz viva, só recolhendo-a e guardando-a em um local adequado quando a vela for toda queimada.

Caso queira, poderá pegar uma tigela de louça colocar dentro dela um pouco de água e macerar um punhado de folhas do Orixá para, em seguida colocar dentro o seu Otá, iluminar com uma vela de sete dias e pedir-lhe que incorpore-lhe seu axé vegetal.Após sete dias com o Otá imerso no caldo vegetal poderá lavá-lo em água corrente que o axé vegetal do Orixá terá sido incorporado a ele.

Só então, a pessoa poderá alimentá-lo com a bebida do Orixá. Para alimentá-lo poderá fazê-lo derramando-a na mesma tigela usada para as ervas. O procedimento é idêntico:

Coloca-se a bebida; a seguir coloca-se o Otá; cobre-se a tigela com o pano na cor do orixá; ilumina-se com uma vela de 7 dias e faz-se uma oração para que o Orixá alimente-o com o axé da sua bebida.

Após sete dias, retire o Otá, lave-o em água corrente e coloque-o dentro de uma quartinha de louça ou de barro cerâmico;

Encha-a com água engarrafada adquirida no comércio pois não contêm cloro e coloque-a, já tampada, em seu altar, oratório ou em um local onde só você mexa.

Então, periodicamente, troque a água ou complete-a, que seu Otá passará a atuar em seu benefício, atuando como um ponto de força do seu Orixá.

Quando vier a fazer o assentamento dele, coloque nele a sua quartinha com seu Otá dentro dela, passando a alimentá-la com ela já assentada em definitivo. Aí está seu verdadeiro e genuíno "Otá"!

Temos ouvido relatos de que alguns dirigentes espirituais adquirem no comércio algumas pedras roladas ou pedregulhos, já manuseados por outras pessoas e, num ritual simples colocam-nos dentro da quartinha dos seus filhos espirituais onde, daí em diante estes passarão a alimentá-la periodicamente como se tivessem de fato o axé dos Orixás deles.

Mas isto não é verdadeiro e sim, assemelha-se a uma simpatia, que tanto pode funcionar como não.

Um Otá genuíno só deve ter a mão do seu dono e só deve ter a vibração do seu Orixá. Qualquer outra vibração incorporada ao Otá de uma pessoa influirá negativamente sobre ele e sobre o seu dono, assim como sobre o próprio Orixá.

Isto acontece quando quem participou da consagração do Otá fica de mal humor; com raiva; com

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ódio dele; com antipatia por ele, etc.

Um Otá é algo pessoal e não deve ser manipulado por mais ninguém além do seu dono e só deve conter suas vibrações e as do seu Orixá.

Além do mais, caso a quartinha com o Otá fique nas dependências do Templo que a pessoa freqüenta, várias coisas podem influir sobre ela e ele tais como:

- Caso o Templo esteja sendo demandado os donos dos Otás também serão atingidos.

- Caso virem as forças assentadas ou firmadas no Templo, as dos donos dos Otás também serão viradas.

- Caso prendam as forças assentadas ou firmadas no Templo, as dos donos dos Otás também serão presas.

Caso o dirigente fique com ódio de um médium seu, poderá atingí-lo através do seu Otá, e qualquer outros elementos pessoais colocados dentro da quartinha (pois há os que colocam um chumaço de cabelo, retirado do ori do seu filho de santo).Recomendamos às pessoas que forem prejudicadas dessa forma que comprem 7 quartinhas de louça; consigam 7 líquidos diferentes, tais como: mel, bebida do seu orixá, água doce, água salgada, água com ervas maceradas, água com pemba branca ralada misturada e água de côco.

Com esses sete líquidos engarrafados separadamente, devem ir até uma cachoeira e nela fazer uma oferenda a Mãe Oxum.

Após fazer a oferenda devem pedir-lhe licença para colher 7 pedras no leito da cachoeira. Após colhê-las colocá-las dentro das 7 quartinhas e acrescentar um pouco de água da cachoeira.

A seguir, colocar as quartinhas em círculo e derramar dentro de cada uma o líquido de uma garrafa. Acender 7 velas amarelas juntas no centro do círculo das quartinhas; acender 7 vermelhas do lado de fora do círculo de quartinhas, uma para cada uma.Na seqüência, fazer essa oração poderosa ajoelhado diante do círculo de quartinhas:

"Minha amada e misericordiosa Mãe Oxum, clamo-lhe nesse momento em que sofro um ato de in-justiça, que a Senhora ative o seu Sagrado Mistério das Sete Quartinhas e, em nome do Divino Criador Olorum, de Oxalá, da Lei Maior e da Justiça Divina, que essa injustiça seja cortada, anulada e retardada, e que, quem a fez contra mim seja rigorosamente punido por Olorum, por Oxalá pela Lei Maior e pela Justiça Divina, assim como pelo Orixá, pelo Exu Guardião, e pela Pombagira Guardiã dela, que assim, punida rigorosamente, nunca mais use do seu conhecimento para prejudicar-me e a ninguém mais.

Peço-lhe também, que tudo o que essa pessoa fez e desejou contra mim, contra minhas forças espirituais e contra meu Orixá, que na Lei do Retorno seja voltado integralmente contra ela, punindo-a rigorosamente por ter me faltado com o respeito e com a fraternidade humana que deve reinar em nossa vida.

Peço-lhe também que essa pessoa seja punida com a retirada dos seus poderes e conhecimentos pessoais, assim como, que dela sejam afastados todos os seus filhos espirituais e seus amigos, para que não venham a ser vítimas da perfídia, da traição e do ódio dela por quem a desagrada.

Peço-lhe também que os Orixás e os Guias Espirituais de todos os filhos espirituais dessa pessoa

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maligna sejam alertados da perfídia dela e tomem as devidas providências para protegerem-se, e aos seus filhos, da traição e da falsidade dessa pessoa indigna perante os Sagrados Orixás, o Divino Criador, Olorum, a Lei Maior e a Justiça Divina, e todos os umbandistas.

Que a Lei Maior e a Justiça Divina comecem a atuar e só cessem suas atuações quando ela pedir-lhes perdão pela injustiça cometida. Ou, caso ela não o faça, então atuem pondo-a para fora da Umbanda para que nunca mais manche-a com sua perfídia, traição e falsidade.

Peço-lhe e peço a todos os poderes invocados aqui, que me protejam de todos os atos negativos que essa pessoa traiçoeira e perfídia venha a intentar contra mim, minhas forças, meu Orixá, minha vida e família, assim como vos peço que cada ato dela feito contra mim de agora em diante seja virado e seja revertido contra ela, punindo-a ainda mais.

Amém"!

Essa oração é tão poderosa, que imediatamente a pessoa que cometeu o ato indigno de atingir um filho espiritual, as suas forças espirituais e ao seu Orixá, começa a ser punida de tal forma, que em pouco tempo, ou ela desfaz o mal feito e pede perdão ao atraiçoado ou sua vida terá uma reviravolta tão grande que acabará afundando em sua maldade.

É a justa punição para quem ousa atingir o orixá alheio.

Essa magia e essa oração forte não deve ser usada para futricas e intrigas pessoais pois nossa amada Mãe Oxum não está à nossa disposição para essas coisas e sim, ela nos concede a ativação do seu Sagrado Mistério das Sete Quartinhas para que atos indignos cometidos contra nossos Guias e Orixás sejam punidos rigorosamente.Bem, após essa magia para a defesa de vítimas de trabalhos para atingí-las a partir do seu Otá, continuemos com os comentários sobre a "pedra fundamental" dos médiuns umbandistas.

Saibam que um Otá (ou pedra de força) também pode ser encontrado e recolhido em outros lugares além do leito dos rios. Pedras são encontradas na terra, no sopé das montanhas, em pedreiras, etc.

Se a sua pedra de forças (aquela que o atraiu) for encontrada dentro de uma mata ou bosque, aí você deve pedir licença ao Orixá Oxóssi para recolhê-la e consagrá-la ao seu Orixá.

Se ela foi encontrada na terra, em algum campo aberto, peça licença ao Orixá da terra, Omulú.

Se ela for encontrada no sopé de uma montanha, ou mesmo nela, peça licença ao Orixá Xangô.

Se ela for encontrada em uma pedreira, peça licença ao Orixá Yansã.

Se ela for encontrada nas margens de um lago ou do estuário de um rio, peça licença ao Orixá Nanã Buruquê.

Se ela for encontrada nas margens ou no fundo de uma lagoa, peça licença ao Orixá Obá.

Se ela for encontrada a beira mar ou mesmo dentro das suas águas, peça licença ao Orixá Iemanjá.

Se for "encontrada" no comércio de pedras, aí é problema seu, certo?

Afinal, um Otá genuíno não é uma pedra semi-preciosa e sim, é um eixo rolado ou um pequeno geodo ainda na natureza e que não passou de mão em mão.

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Quando a "pedra ideal" é encontrada, como que por acaso, e o médium não estava ali com a finalidade de encontrar seu Otá, mas deseja recolhê-la e levá-la para sua casa porque "sente" que ela tem algum poder ou finalidade mágica, este deve ajoelhar-se perto dela e, dependendo do campo vibratório em que ela se encontra, ali deve fazer uma oração ao Orixá regente dele e pedir-lhe permissão para recolhê-la e levá-la para sua casa pois já se estabeleceu uma afinidade entre ambos.

Se você ainda não souber que tipo de afinidade se criou, recolha-a, e leve-a embora. Guarde-a e aguarde, porque pode ser que mais adiante um guia espiritual manifeste-se e lhe dê orientações sobre ela e como tratá-la dali em diante.

Agora, se em todo o lugar da natureza que você for, encontrar uma ou mais pedras que o atraiam intensamente, aí já se trata de uma coisa pessoal e o melhor a fazer é tornar-se um colecionador de pedras ornamentais ou raras.

obs. Texto inédito do Escritor Rubens Saraceni publicado no mês de fevereiro pelo Jornal de Umbanda Sagrada

Oferendas e Assentamentos

As oferendas são atos magísticos-religiosos e os assentamentos são concentrações de forças e poderes magísticos dentro de um espaço limitado.

As oferendas podem ter várias finalidades, tais como:

1. Oferenda de agradecimento 2. Oferenda de pedido de ajuda 3. Oferenda de desmagiamento negativo 4. Oferenda de descarrego 5. Oferenda propiciatória 6. Oferenda purificadora 7. Oferenda ritual de firmeza de forças na natureza 8. Oferenda ritual de assentamento de forças e poderes espirituais e dignos.

Comentemos cada uma dessas formas de oferendas:

1. Oferenda de agradecimento:

Esta oferenda é feita em função do auxilio já recebido. Muitas vezes estamos envoltos em dificuldades de tal importância que nos ajoelhamos e ali, em nossa fé, invocamos Deus e algum dos seus mistérios ou divindades e pedimos-lhes que nos ajudem, que depois lhes ofertaremos algo em agradecimento. Uns fazem promessas; outros prometem uma oferenda na natureza; outros prometem dar algum auxilio aos necessitados, etc. “Cumprir o que foi prometido não é dar ou fazer algo por Ele e Elas, mas é fazermos algo para e por nós mesmos.” Deus e as divindades não comem, mas, ao lhes ofertamos uma “ceia ritual”, estamos compartilhando nosso sucesso e nossa vitória, atribuindo-lhes o apoio para que elas acontecessem. Ali, no momento de “comemoração”, estamos dizendo de forma simbólica que sem o Seu auxilio e delas não teríamos tido sucesso; estamos agradecendo-lhes; e estamos dando prova de nossa fé em seus poderes, reverenciando-os com o que lhes prometemos.

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2. Oferenda de pedido de ajuda:

Esta oferenda vai desde uma vela acesa em um castiçal, pedestal ou altar até a ida a um ponto de forças da natureza… “Ela é em si um ato de fé no poder de realização das forças e dos poderes das entidades de Umbanda Sagrada.

-Forças são espíritos hierarquizados. -Poderes são as divindades de Deus.

As Forças estão assentadas nos pontos de forças da natureza e estão à nossa direita e à nossa esquerda. Os Poderes estão assentados no alto e, nos pontos de forças da natureza, quando invocados ficam de frente para nós ouvindo e anotando mentalmente nossos pedidos que, se forem justos e do nosso merecimento, com certeza serão realizados a nosso favor e benefício…” 3. Oferenda de desmagiamento:

Esta oferenda deve ser feita sempre que estivermos magiados por trabalhos pesados, difíceis de serem desmanchados e anulados dentro do Centro de Umbanda. Há trabalhos de magia negativa que são fáceis de ser cortados, desmanchados e anulados. Mas há outros de tal monta que, se forem mexidos, desencadeiam reatividades incontroláveis. Nesses casos, a ação recomendada é a pessoa magiada ir até a natureza e, dentro de um ponto de forças, invocar alguma (s) força espiritual ou algum (s) poder divino e confiar-lhe a neutralização e a anulação dessas magias complicadíssimas e muito perigosas. “… explosão de uma reatividade muito intensa dentro de um centro pode afetar seus campos protetores de dentro para fora, fato este que abre buracos neles, pelos quais começam e entrar hordas de espíritos perturbadores. Há centros de Umbanda cujos campos protetores estão totalmente esburacados e seu interior é “pesadíssimo”. 4. Oferenda de descarrego:

Esta oferenda deve ser feita nos pontos de forças e de poderes da natureza para que ali aconteçam os mais variados tipos de descarregos, que vão desde espíritos desequilibrados até quebrantos e mau-olhado. O descarrego não se refere só ao que projetam contra nós, mas pode ser usado para nos livrar do que atraímos com pensamentos de baixa qualidade. Quando estamos vibrando em nosso íntimo sentimentos negativos, nosso magnetismo mental se negativa e baixamos nossas vibrações, imediatamente começamos a nos ligar por finíssimos cordões com espíritos desequilibrados, também vitimas dos seus sentimentos negativos. Essas ligações acontecem devido à lei das Afinidades, que nos ensina que semelhantes se atraem. É impossível transportar para dentro de um centro de Umbanda milhares de espíritos desequilibrados. Então, os Guias recomendam que as pessoas nessas condições negativas façam ali, no campo de uma divindade, um descarrego completo, livrando-a de encostos e obsessores espirituais.

5. Oferenda propiciatória: Esta oferenda tem a função de desencadear ações das divindades e das forças da natureza que gerarão “para a pessoa que a fizer” a devolução do que lhe foi tirado por magias negativas ou do que ela perdeu por incúria e desleixo para com a vida espiritual. Por meio de magias negativas são tirados a saúde, a prosperidade, as forças espirituais, a harmonia, a paz, o equilíbrio, o ânimo, a criatividade, a convicção, a crença, a religiosidade, a alegria, o humor, o desejo, o vigor, a esperança, etc… “…Elas atingem também os campos e seu lado espiritual, bloqueando-lhes o raciocínio e o

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discernimento.” São tantas as possibilidades de perdas que o melhor a ser feito é um bom descarrego em um ponto de forças da natureza e, depois de sete dias, a pessoa deve fazer uma oferenda propiciatória às forças e aos poderes do mesmo ponto de forças da natureza ou em outro, caso seja o mais adequado para repor-lhe o que lhe foi tirado ou o que perdeu por incúria e desleixo para com a espiritualidade.

6. Oferenda purificadora: Esta oferenda destina-se à limpeza áurica e energética. Geralmente é feita à beira-mar, em cachoeiras, nas matas, nos rios e em cemitérios. Nos pontos de forças da natureza e nos cemitérios existem vórtices específicos que têm por função absorver energias negativas espirituais geradas por nós. As oferendas purificadoras devem ser feitas sempre que sentirmos que estamos sobrecarregados.

7. Oferenda ritual para firmeza de forças da natureza: Esta oferenda é feita a pedido das entidades (guias espirituais e Orixás) para que possam nos auxiliar a partir dos pontos de forças e quando queremos ter uma força (espiritual, natural ou divina) atuando em nosso benefício. “…Toda oferenda tem uma finalidade e a oferenda ritual atual como uma chave de abertura e de religação do médium com o Orixá regente do ponto de forças e com as forças espirituais, naturais e divinas assentadas nele que, a partir daí, reconhecem no médium alguém que pode entrar e sair do ponto de força sem outros procedimentos, a não ser um respeitoso pedido de licença, para nele trabalhar.”

8. Oferenda ritual de assentamento de forças e poderes espirituais e dignos: Os médiuns devem fazer de tempo em tempo uma oferenda ritual a um Orixá no seu ponto de forças da natureza e após ter sido entregue, deve fazer outras duas:uma para um guia espiritual da direita e outra para uma da esquerda, ambos membros das hierarquias espirituais regidas pelo Orixá. Com isso feito, o médium firma um triangulo de forças e poderes: o Orixá no alto; o Caboclo na direita; o Exu na esquerda. A firmeza desse triangulo de forças fecha um campo protetor do médium e este poderá recorrer a ele sempre que se sentir necessitado.

Fonte: SARACENI, Rubens – Rituais umbandistas: oferendas, firmezas e assentamentos, São Paulo, Ed. Madras, 2007 pg. 13 - 22

ExuO que a maioria das pessoas sabe, até mesmo os médiuns de umbanda, é que exu é guardião das “porteiras” dos terreiros, cuida dos caminhos de muita gente, auxilia muitos que buscam sua ajuda e é temido por outros. O que poucos sabem é que exu também é um orixá na umbanda e rege um mistério impressionante.

É um dos mais controvertidos e incompreendidos orixás: exu. Ele explica que, para cada mistério da criação, há um exu guardião assentado no lado de fora dele, sempre pronto para recolher no seu domínio do vazio relativo os seres que entram em desequilíbrio e receber todas as descargas de energias negativas emitidas pelos seres dentro dos diversos domínios, mas que não podem permanecer ali por muito tempo.

Ocorre que, sem a presença de exu no lado de fora desses domínios, os espíritos naturais e os humanos cairiam diretamente no vazio absoluto e ali não resistiriam ao seu avassalador poder de esgotar tudo e todos dos seus negativismos internos, desenvolvidos quando viviam no interior dos

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domínios existentes da criação.

Oferendas:-Toalha ou panos preto e vermelho-Velas preta e vermelha-Fitas preta e vermelha-Linhas preta e vermelha-Pemba preta e vermelha-Flores (cravo vermelho)-Frutas (manga, mamão, limão)-Bebidas (aguardente de cana-de-açúcar, whisky, conhaque)-Comidas (farofa com carne bovina ou com miúdos de frango, bifes de carne ou de fígado bovino fritos em azeite de dendê e com cebolas, bifes de carne ou de fígado bovino temperado com azeite de dendê e pimenta ardida)

Fontes:Saraceni, Rubens, Rituais umbandistas: oferendas, firmezas e assentamentos, São Paulo, Ed. Madras, 2007 pg. 74

Saraceni, Rubens – Orixá Exu: fundamentação do mistério: Exu na umbanda – São Paulo, Ed. Madras, 2008

OgumOgum é o Orixá da Lei e seu campo de atuação é a linha divisória entre a razão e a emoção. É o Trono Regente das milícias celestes, guardiãs dos procedimentos dos seres em todos os sentidos.

Ogum é sinônimo de lei e ordem e seu campo de atuação é a ordenação dos processos e dos procedimentos. O Trono da Lei é eólico e, ao projetar-se, cria a linha pura do ar elemental, já com dois pólos magnéticos ocupados por Orixás diferenciados em todos os aspectos. O pólo magnético positivo é ocupado por Ogum e o pólo negativo é ocupado por Iansã. Esta linha eólica pura dá sustentação a milhões de seres elementais do ar, até que eles estejam aptos a entrar em contato com um segundo elemento. Uns têm como segundo elemento o fogo, outros têm na água seu segundo elemento, etc.

Portanto, na linha pura do “ar elemental” só temos Ogum e Iansã como regentes. Mas se estes dois Orixás são aplicadores da Lei (porque sua natureza é ordenadora), então eles se projetam e dão início às suas hierarquias naturais, que são as que nos chegam através da Umbanda. Os Orixás regentes destas hierarquias de Ogum e Iansã são Orixás Intermediários ou regentes dos níveis vibratórios da linha de forças da Lei.

Saibam que Oxalá tem sete Orixás Intermediários positivos e tem outros sete negativos, que são seus opostos, e tem sete Orixás neutros; Oxum tem sete Orixás intermediárias positivas e tem outras sete negativas, que são suas opostas; Oxóssi tem sete Orixás intermediários positivos, sete negativos, que são seus opostos, e tem sete outros que formam uma hierarquia vegetal neutra e fechada ao conhecimento humano material; Xangô tem sete Orixás intermediários positivos e tem sete negativos, que são seus opostos. E o mesmo acontece com Obaluayê e Yemanjá.

Agora, Ogum e Iansã são os regentes do mistério “Guardião” e suas hierarquias não são formadas por Orixás opostos em níveis vibratórios e pólos magnéticos opostos, como acontece com outros. Não, senhores! Ogum e Iansã formam hierarquias verticais retas ou seqüenciais, sem quebra de “estilo” , pois todos os Oguns, sejam os regentes dos pólos positivos, dos neutros ou tripolares, ou

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dos negativos, todos atuam da mesma forma e movidos por um único sentido: aplicadores da Lei!

Todo Ogum é aplicador natural da Lei e todos agem com a mesma inflexibilidade, rigidez e firmeza, pois mão se permitem uma conduta alternativa. Onde estiver um Ogum, lá estarão os olhos da Lei, mesmo que seja um “caboclo” de Ogum, avesso às condutas liberais dos freqüentadores das tendas de Umbanda, sempre atento ao desenrolar dos trabalhos realizados, tanto pelos médiuns quanto pelos espíritos incorporadores.

Dizemos que Ogum é, em si mesmo, os atentos olhos da Lei, sempre vigilante, marcial e pronto para agir onde lhe for ordenado.Oferenda e Ritual:Velas brancas, azuis e vermelhas; cerveja, vinho tinto licoroso; flores diversas e cravos, depositados nos campos, caminhos, encruzilhadas, etc.

Divindade: OgumLinha: EólicaPedra: Rubi, granada, hematitaIrradiação: LeiVela/Cor: Azul escuro, Vermelha, Branca, PrataSincretismo: São JorgeSaudação: Ogumyê!Ponto de Força: Encruzilhada, campo aberto, beira de estradaFonte: Texto de Rubens Saraceni

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Abençoada mediunidade!! Ser ou Estar Umbanda?Set 11

Qual o fundamento do Altar?Estudo Umbandista Escreva um comentário

Acredito que muitos já devem ter se perguntado isso: Qual o fundamento deste altar? De onde vem essa energia? Qual a sua função perante a assistência? Sei como é difícil aceitar e até utilizar de forma correta o que não se entende, portanto, hoje falaremos sobre um ponto importantíssimo dentro dos terreiros: o Altar.

O Altar é um ponto de força e deve ser firmado e assentado corretamente, pois é o meio pelo qual as Irradiações Divinas alcançarão todos os fiéis diante dele. A principal função de um altar é criar um magnetismo, uma ligação entre “ o céu e a terra”, e é através dele que as irradiações verticais das Divindades – DO ALTO – descerão até o altar e se espalharão na horizontal ocupando todo o espaço destinado às praticas religiosas. Os fundamentos específicos de um altar só podem ser explicados por quem o fez, mas o Fundamento Divino de sua existência em um templo é que quando nos colocamos respeitosamente diante dele, estaremos bem próximos de Deus e de Suas Sagradas Divindades.

As imagens que encontramos nos altares dos centros de Umbanda têm a função de impor um respeito único aos frequentadores induzindo uma postura respeitosa, silenciosa e reverente. As imagens apenas representam os Orixás, uma vez que é muito utilizado também o sincretismo religioso, uma unificação através da semelhança entre as características de um Orixá e as de um santo católico. É claro que Ogum não é São Jorge apenas se assemelha a ele em sua qualidade guerreira e Oxalá não é Jesus Cristo apenas traz o mesmo sentido de paz, compreensão, amor incondicional, e assim segue para todos. Orixá não é santo, pois santo foi um espírito humano que viveu no plano material e por boas atitudes foi canonizado pela igreja católica e também não é anjo, pois anjo é um mensageiro de Deus. Orixá é Divindade de Deus, ou seja, é um ser Divino e um mistério de Deus, é uma exteriorização e representante exclusivo de Deus. Por isso entendam: Orixá nunca encarnou, portanto não é santo, nem dá consultas, Orixá não é mensageiro de Deus mas sim representante de suas qualidades, atributos e sentidos. Orixá vem da cultura africana Nagô – Yorubá. São Divindades criadas a partir de Olorun, que é o Deus Supremo onipresente, onipotente e onisciente. Umbanda cultua Orixá através de suas qualidades, elementos e mistérios.

Umbanda é e está na Natureza e em seus elementos naturais. Por isso melhor que ter imagens nos altares, é ter elementos naturais que representem os Sagrados Orixás, ou seja, trazer a força da natureza, “da Umbanda”, para dentro de nossa casa. Esses elementos podem ser as águas minerais ou cristalinas, as ervas, flores ou plantas, as pedras ou os minérios, como também instrumentos simbolizando a força e o mistério do Orixá. Vejam alguns exemplos de elementos que você pode colocar em seu altar de forma simples, bonita e muito poderosa:

* Oxalá – cristal transparente, taça de inox ou copo com vinho branco ou água mineral, girassóis, trigos. * Oxum – pedras como quartzo-rosa, ametista, pirita, água doce de rio ou de cachoeira, rosas amarelas, flor chuva de ouro. * Oxóssi – pedra como esmeralda ou quartzo verde, ervas como guiné, alecrim, espada de Oxóssi, copo de vinho, cipó. * Xangô – pedras de otá ou jaspe, espada de Xangô, machados, cerveja preta. * Ogum – pedras como granada ou rubi, cerveja clara, espadas, lanças ou escudo de ferro, espada de São Jorge.

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* Obaluayê – pedras como ônix ou turmalina preta, taça de vinho tinto ou água mineral, crisântemo, palha da costa com búzios. * Iemanjá – pedras como água-marinha ou madre-pérola, água do mar, estrela do mar, conchas, rosas brancas, alfazema.

Não podemos esquecer das velas em nosso altar, pois vela é mistério usado por todas as religiões do mundo. Quando é ativada religiosamente, se torna um poderoso elemento mágico, energético e vibratório que atua no etérico de quem recebe sua irradiação ígnea, elas têm o poder de consumir as energias negativas que são descarregadas pelos frequentadores do Templo.

LEMBRAMOS que não há mal algum em ter um altar em casa, só é preciso ter Respeito e Amor, pois não se pode montar um altar por impulso ou tratar as Divindades como elemento de “moda”. Umbanda tem fundamento e é preciso respeitar!

Será que agora dá pra olhar de modo diferente para os nossos altares?

Muito Axé a todos!

Escrito por Mãe Mônica Caraccio

O POVO CIGANO E SEU ASSENTAMENTODitado pelo Cigano Vasconceloz

"Eu vinha, caminhando a pé...Só pra ver se encontrava, a minha cigana de fé..."Kali Yê!Que a luz suprema da Senhora Kali ilumine o coração de todos!Muito se questiona sobre a origem de nosso povo. Ou mesmo do que se trata realmente esta linha.Não temos um ponto de origem. Por isso jamais será possível alguém classificar com precisão comprovável nosso ponto de nascimento. Assim tem que ser.Diria que Ciganos é mais que um povo propriamente dito, mas sim um costume, uma tradição que rompe a vida humana e grita alto na alma daquele que por algum momento se deparou com os mistérios livres da existência.Liberdade é o que traduzimos. Quando não temos o interesse de divulgar nossa origem isso reforça a idéia de liberdade, ou seja, não estamos presos a um ponto que deveremos convergir.Somos o pó da estrada, o vento que sopra a areia do deserto, o canto que vibra na alma de todos e o brilho do sol a iluminar o horizonte.Em nossa manifestação tentamos projetar o sentido de ser livre. De ser e estar hoje, amanhã tudo flui diferente. No movimento da vida hoje somos diferente de amanhã. Nesta mobilidade a água traduz nossa essência.Não escrevemos nada. Deixamos herdeiros de um sangue transitório. Quem é cigano? O que é ser cigano? Busco até hoje a resposta e na busca vou sendo um cigano.Talvez cigano seja a tradução do espírito de busca do indivíduo humano. Buscar é a nossa sina, e o que busco? O que tu buscas?Muitas são as tribos, clãs, famílias e grupos. Nomes e mais nomes e origens. É certo, que toda pesquisa e esforço da razão é válida, porém que os fragmentos que ora traduz algumas pistas e ora outras apresentem conflitos sirva no fim para reforçar a idéia de que não há origem para ações que ocorrem simultaneamente em vários pontos do planeta como uma extravasão do espírito humano.Dizem que no século XI tem registros de nossos costumes, também no século XIII, outros datam

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antes de Cristo e nenhum confirmam absolutamente nada. Acontece que em tempos muito distantes o povo, a grande massa era oprimida, subjugada e sofria toda sorte de violência por parte daqueles que detinham "poder". Então o surgimento de um protesto de liberdade silencioso, mas praticado foi um aflorar natural no peito do povo.Sobre nossos "mistérios", são o que são. Nossa "magia" a "encantaria" talvez seja tudo o reflexo de nossa felicidade. Por termos alcançado a tal liberdade.Não somos de nenhum lugar, não pertencemos a nada e a ninguém. Somos "nômades", mas por onde passamos, hei de voltarmos.Desta forma, muitos espíritos atingiram um grau de evolução capaz de possibilitar a comunicação com os encarnados a fim de traduzir através de "nossos" costumes orientações aos indagadores. Logo, o arquétipo na linha de trabalho está mais baseada no movimento flamenco, do que qualquer outra coisa, mas todos aqueles espíritos que são livres e libertadores com história de vida parecida ou com a busca da mesma causa, detendo conhecimentos práticos do oráculo e encantos, será abrigado na linha dos ciganos.Em nossa manifestação muito música, alegria, sorrisos e um verdadeiro culto á alegria.Nossa aparição na Umbanda foi inevitável. Precisávamos trabalhar e somente a Umbanda se mostra como um movimento de manifestações espirituais sem dogma, sem cúpula, sem origem definida. Tem tudo haver conosco. Então não somos da Umbanda e nem a Umbanda é nossa, nos emprestamos mutuamente para o melhor de tudo que nos envolve.Assim, vamos com nossa carruagem, caminhando em nossa estrada, erguemos nossa tenda onde nos for permitido e ali conviveremos em momentos de paz e alegria, quiçá de revelações. Batendo nosso pandeiro e tocando nossa viola, somos então o som do amor.Fique com nossa força e conte com nossa companhia.Kali Yê!Quem comanda esta linha? Ninguém! Esqueceu que somos livres?

Nota do médium: quando começamos a ler este texto, a sensação que se dá é que teremos algum esclarecimento sobre a linha dos ciganos, agora lendo ao fim, a sensação real é de que nada mudou, ou seja, continua tudo confuso (risos). Sobretudo o que nos chega é que o povo cigano faz questão de manter este véu de mistério, assim conserva a sua magia natural. O que acho importante elucidar é que no trabalho prático desta linha está a força prosperadora. Eles atuam muito na questão financeira e profissional, orbitando um tanto nas questões amorosas.

Assentamento:01 Tacho de cobre;(un envase o pote abierto de cobre-)77 moedas douradas ou cobre de valor corrente;07 Grãos de noz moscada;01 taça de cobre;01 vela 07 dias laranja;21 folhas de louro;(laurel de españa en hojas)Cigarrilha;Rum e Vinho Tinto.

Coloque as moedas dentro do tacho. Ao redor da vela coloque as folhas de louro e a noz moscada. Na taça coloque o vinho e noutra o rum. Acenda a vela e dê três baforadas nos elementos chamando pelo povo cigano.Toda semana acenda ao menos uma vela laranja. Na ocasião troque o líquido. Sempre que fizer esta firmeza semanal, pegue a cigarrilha e dê três baforadas, concentrado nos pedidos e orações.

Oração de assentamento:"Divino Criador, Divinas Forças Naturais, Divinos Orixás, neste momento vos evoco e peço que imante este assentamento, consagre e o torne um portal por onde o Povo Cigano do astral possa se

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manifestar, servindo de minha proteção e chave de acesso aos ciganos de acordo com o meu merecimento. Peço que a força dos ciganos esteja presente e receba minhas vibrações."Ps.: Este é um assentamento universal para a linha de Ciganos, que pode ser consagrado a um Cigano (a) específico ou deixar aberta de forma universal.Faça isto com fé e amor, terá ótimos resultados.Kali Ciganos!

Fonte: este texto faz parte da apostila que compõe o material de estudos do curso Arquétipos da Umbanda, desenvolvido e ministrado por Rodrigo Queiroz.-----------------------------------------------------------------------------------------NOTA: ESTE ASENTAMIENTO, PUEDE SER PUESTO EN UN ALGUIDAR GRANDE O MEDIANO DE BARRO)ADEMAS..CASO NO CONSIGA UN POTE O TAZA DE COBRE..USE UNA DE VIDRIO O LOZA ESMALTADA CON MUCHOS COLORES,ALEGRES COMO EL POVO CIGANO...Y SI KIERE REEMPLAZE O PONGA UN PLATO O PLATON DE COBRE(SE CONSIGUE EN ANTICUARIOS...ALGUNOS HASTA FUERON HECHOS POR CIGANOS),ENEL FONDO DE SU ALGUIDAR O USE ESTE COMO ALGUIDAR...SUS BEBIDAS AFUERA DEL PLATO..Y SI ES POSIBLE UNA ESTAMPA O IMGEN DE UN CGANO O CIGANA..TB PUEDE PONER PIEDRAS DE COLORES VARIADOS..A ELLOS LES GUSTA EL COLORIDO.SU OFRENDA AL IGUAL K LOS CABOCLOS LLEVA FRUTAS..EN 7 CLASES...LAS K ALGUNOS COMPARTEN O NO..SUS VELAS SON DE 7 COLORES...SE LES PIDE POR AMOR..SALUD...TRABAJO...Y BIENESTAR.PAI ANTONIO DE OXALA

Nossos Pretos velhos de Umbanda – seus AssentamentosArtigos - Assentamentos

Ditado por Pai João de Angola

O balanço do navio ainda enjoava. Não sei o que mais enojava, se era o balanço do navio ou a visão mórbida de tantos corpos de meus confrades empilhados e já sem vida. Se o mau cheiro e a falta de espaço ou ainda os grilhões que nos prendiam.Triste sorte, quem são estes animais hominídeos que nos amarravam, batia e subjugava.Zâmbi estaria revoltado conosco? Ou os Orixás se esqueceram de seu povo?Pensando assim é que muitos dos nossos não puderam se aproveitar da oportunidade em viver a escravidão. Processo este que se por um lado mancha a história da humanidade, por outro, "lavou a alma" de milhares de espíritos que na carne sentiu o gosto amargo da prestação de contas com o Criador.Todos sabem que quando os africanos foram escravizados, a Igreja logo tratou de justificar isso, tirando nossa alma, assim fizeram com nossos irmãos indígenas. Claro, é mais fácil arrancar-lhe a alma ao ter que conviver com a consciência.Não vou aqui estender aos interesses dos colonizadores ou acusa-los. Vou tentar mostrar o lado bom desta sangrenta moeda.Acontece que na Mãe África as coisas não iam tão bem quanto parece nos contos. Nosso povo era bem desenvolvido, no entanto totalmente dirigido pelo mito, este que ditava nossas diretrizes ou nele é que justificávamos nossos atos. Atos estes nada bons.É certo que o homem tem necessidade de conquista e expansão. Diferentemente dos índios, nos digladiávamos em busca de riquezas e poderio, o que é pior, justificando como vontade dos Orixás, foi assim que a tribo de Ogum, formado por homens geneticamente mais avantajados pontificou

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este Orixá como o Senhor das Guerras e da Milícia....Neste sentido o povo africano estava se distanciando da vida natural ou da conservação da vida, não foi diferente com nossos irmãos ocidentais que jogaram a culpa em Jesus e saíram conquistando terras pela lâmina da espada, bem, mas isso é dívida deles.Com a escravidão, nós tivemos a oportunidade de nos reconhecer como semelhantes, uma vez que a rincha em tribos era feroz. Subjugados tivemos tempo para pensar em nossos atos, fazer brotar a humildade, simplicidade, resignação e principalmente o amor á vida. Todavia, para os companheiros que chegaram nesta conclusão entendo que cumpriu com o propósito Divino, porém não foi simples assim, muitos outros milhares caíram no ódio, vingança e toda sorte de sentimentos contrários a evolução necessária.Perdoar o seu algoz talvez seja a chave mais certa para a iluminação!Sabedoria, eis o que simboliza a Linha dos Pretos Velhos, mas saiba leitor, esta sabedoria só existe pela vivência, por experiência, não se compra não se lê, simplesmente vive.Humildade, sentimento este simples de entender. Se coloque como parte do meio que você vive. Ao invés de querer ser expoente, ou líder, ou coisa do tipo, procure somar, contribuir para solidificar. Veja o Brasil, a fama da construção deste país recai nos ombros dos Europeus que casa alguma teria erguido sem os braços negros do nosso povo. A meu ver mais vale o que é concreto do que é falácia.Já no Astral o povo africano que tinha se redimido de seus débitos milenares, e já com a "alma lavada" foi convocado pelos Mestres da Luz a formar a linha de trabalho espiritual em auxílio dos encarnados, surge assim o Grau Preto Velho, onde se assentou os nativos africanos, que pontificava paralelamente com o grau Caboclo, enquanto os índios traziam a jovialidade, determinação e pureza natural, nós contribuiríamos com o culto aos Orixás, bem organizado. Com a experiência do ancião e a mandinga que cura e afasta todo mal.Desta forma iniciava um entrosamento perfeito e renovado no Astral que sustenta tantos encarnados nas mais variadas religiões.Assim é o arquétipo da linha dos africanos, baseado no ancião, no simples e sábio.Estamos à disposição daqueles que apesar do coração oprimido ainda se permite acreditar sem perder a fé e a esperança, levar graça aos desgraçados, amor aos desiludidos.Mantemos o rótulo do velho arcado, para que assim possamos nos aproximar dos amedrontados, pois se a primeira vista não apresentamos perigo, rapidamente sentam em nosso colo.Somos os Pais Velhos, Preto Velho, Africano, Saravá o Orixá!

Nota do Autor Físico: Finalizando este texto me lembro de um ponto que traduz esta linha "A Umbanda é linda pra quem sabe trabalhar quem não pode com mandinga não carrega patuá!"Este relato apresenta claramente o que a escravidão significou para nossos irmãos africanos. Claro que não justifica nada, tampouco deve parecer uma concordância com este tenebroso passado, penso que a lição para nós é simples, pois este Preto Velho tenta nos mostrar que do mais pesado fardo, da mais profunda dor, do mais confuso tumulto é a oportunidade de tirarmos lições capazes de nos colocar em outro patamar evolutivo e amadurecer a alma, o coração.Pense nisso!

Assentamento:01 Alguidar cheio de café grão;(UN PLATO DE BARRO,LLENO DE CAFE EN GRANO)01 pedra turmalina negra,(PIEDRA DE COLOR NEGRO-TURMALINA-ONIX)01 pedra ametista;(PIEDRA DE COLOR LILA)Fumo em corda;(TABACO EN HOJAS)21 contas de lágrimas de Nsrª;(21 CUENTAS DE UN ROSARIO, AUNKE NOS LE PONEMOS UN ROSARIO PEQUEÑO DE CUENTAS DE MADERA)01 Cachimbo com fumo;(PIPA DE MADERA O BARRO CON TABACO PICADO )01 vela 7 dias bicolor branco/preto;(VELA DE 7 DIAS BLANCO Y NEGRO)01 xícara com café;(UNA TAZA CON CAFE NEGRO FUERTE)01 xícara com vinho tinto;(UNA TAZA CON VINO TINTO)

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Incenso de guiné.( AQUI PUEDE SER GUINE PIPI O EL INCIENSO DE LAS HOJAS ESCORPION)

Dentro do alguidar, no meio coloque a vela. Do lado direito coloque a Turmalina e do esquerdo a Ametisa, circule com as contas e o pedaço de fumo em corda coloque onde quiser. Tudo isso dentro do alguidas.Do lado de fora fica as xícaras.Toda semana acenda ao menos uma vela palito bicolor branco/preto. Na ocasião troque o líquido, pode permanecer no máximo 15 dias.Sempre que fizer esta firmeza semanal, pegue o cachimbo e dê três baforadas, concentrado nos pedidos e orações.Oração de assentamento: "Divino Criador, Divinas Forças Naturais, Divinos Orixás, neste momento vos evoco e peço que imante este assentamento, consagre e o torne um portal por onde os pretos velhos do astral possam se manifestar, servindo de minha proteção e chave de acesso aos africanos de acordo com o meu merecimento. Peço que a força dos africanos esteja presente e receba minhas vibrações."Ps.: Este é um assentamento universal para a linha de Preto Velho, que pode ser consagrado a um Preto Velho específico ou deixar aberta de forma universal.Faça isto com fé e amor, terá ótimos resultados.Yaô meu Pai!

Fonte: este texto faz parte da apostila que compõe o material de estudos do curso Arquétipos da Umbanda, desenvolvido e ministrado por Rodrigo Queiroz.

CABOCLO INDIO DE UMBANDA – SEU ASSENTAMENTOArtigos - Assentamentos

Ditado por Sr. Caboclo Tupinambá

Num tempo distante, milenar, habitou nas terras sagradas deste Brasil exuberante um povo até hoje mal compreendido, interpretado pela vã concepção daqueles que aportaram nesta terra com o único interesse de consumir e apoderar-se da riqueza natural até então existente tão bem tratada por milênios pelo povo anônimo que era parte da fauna e da flora, que não se dissociava do meio que vivia, pois entendia que era parte do todo e sendo assim devia reverências e preservação.Este povo colhia somente o necessário para o alimento, caçava para o alimento e também era caçado na forma de alimento, um ecossistema perfeito, natural.Dotados de inteligência, pois esta é a condição humana, ainda que se movimentassem mais pela intuição e instinto, sabiam pela razão que não poderiam esgotar a vida por onde passassem, sendo assim quando uma clareira abrigava uma tribo e num determinado momento a vida ao redor se apresentava escassa, por respeito levantava-se acampamento para habitar em nova região permitindo que a natureza ali pudesse se recompor, desta forma não agrediam sua terra, sagrada."Gigante pela própria natureza..." esta sagrada terra outrora imponente nos fazia pensar que jamais se esgotaria e veja você...Este povo que por mérito e benção Divina que aqui habitou são os índios, que foram extraídos de sua natureza, até a alma perdeu, assim ditou senhores da fé, disseram que nós não éramos dotados de alma e fincando a primeira espada a beira-mar, aliás chamavam esta espada de Cruz, de fato seu formato era uma cruz, mas saibam, era uma espada, pois quando fincada nesta terra, dela verteu sangue e como uma fonte inesgotável, observe, até hoje os poros desta terra expelem e absorvem sangue...Mas isto é outra história!

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Quero dizer que índio não era uma raça espiritual a parte, seres estranhos á natureza humana, posso dizer que uma condição humana, ou melhor, um privilégio para aqueles que na sua existência errou, mas também acertou muito e alcançando um "bônus" divino pôde nascer em uma tribo indígena, que existiu por todo o planeta, pois índio é o nativo, aquele que brotou da terra como qualquer outra árvore, sua origem no plano físico ainda é velado, então entenda que brotavam da terra e por isso sentiam-se parte dela.O índio era aquele espírito que já havia saído do ciclo de vícios emocionais, como vingança, ódio, sexo, vaidade, orgulho, avareza, etc., o humano que encarnou como índio tinha a oportunidade de viver a vida plena integrando-se á natureza, percebendo numa árvore a presença divina, numa folha parte de uma Divindade, na água o néctar Divino, nos animais seus irmãos e no ar sua essência, uma simbiose perfeita e necessária para completar o ciclo da razão humana. Poucos que como índios tiveram a oportunidade de encarnar, voltaram à carne, era como a última passagem, para dali continuar a evolução em outros planos.Pequenos homens que por estarem tão distante desta plenitude exterminaram o que não era espelho, está aí o mal do homem moderno, o mal de narciso que estranha e repudia tudo o que não é espelho.Amamos a natureza, do Criador ao inseto mais "insignificante". Somos Um.Então fomos vilipendiados, usurpados e escravizados, como disse até a alma perdemos, pregava-se que índio não ia pro céu, que ironia...Olha nós aqui, do "céu" falando a vocês.Mas nada disso fez com que perdêssemos o que por milênios cultivamos, o espírito não se manchou e não fomos pegos pelos sentimentos trevosos que poderia fazer com que tudo o que se tinha cultivado fosse jogado trevas abaixo. Acaso você já viu em um trabalho de desobsessão um índio perturbando um encarnado, acaso registrou um caso de índio nas Trevas ou índio algum que se perdeu no "mundo dos mortos"?Fomos dizimados e nossa existência sendo abafada, foi quando surgiu no plano astral um movimento conhecido como Corrente Umbanda Astral, este movimento anunciava a oportunidade para aqueles índios do planeta que já desencarnados e impossibilitados de prosseguirem com sua dinâmica de desenvolvimento humano e espiritual pudessem ter um campo de atuação, isso tudo é mais complexo e não cabe neste momento.Importante é que fomos convocados, não restou um e começamos a nos preparar para trabalhar em benefício dos encarnados, ainda sob o véu de outras religiões, pois não tínhamos um campo religioso próprio para nos manifestar. Mas isso pouco importava, pois os caminhos da fé sempre convergem ao mesmo destino.Este movimento nos assentou num grau evolutivo e denominou como Caboclo, que de nada tem haver com as miscigenações de raças. Caboclo é um grau e também uma linha de trabalhadores espirituais que no início da criação do grau era composto na sua totalidade por índios não só brasileiros, mas de todo o planeta. Séculos se passaram e outros espíritos que não tiveram a oportunidade de encarnar como índios atingiram este grau e aqui estão.Noutro momento tivemos a ordem superior de instituir no plano físico uma porta religiosa própria e assim nasce a Umbanda, a religião que une as raças, reporta-se aos melhores costumes e manifesta a cultura original de tantos povos originais que a compõe.Aqui falei de uma linha, os Caboclos, os Índios.Assino esta carta com meu nome de tribo que de tão abrangente pôde manter-se como linha de trabalho sem precisar recorrer aos nomes simbólicos, ainda que em si recolha todo um mistério e manifestação Divina.Minhas reverências ao Brasil natural, ao povo que aqui evoluiu!Sou índio, sou caboclo, sou Tupinambá!

Nota do autor físico:Lendo esta carta do Sr. Caboclo Tupinambá, me veio ressonante as palavras do Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas na ocasião da fundação da Umbanda: "Fui padre, meu nome era Gabriel Malagrida, acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira da inquisição por haver previsto o terremoto que

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destruiu Lisboa em 1755. Mas em minha última existência física Deus concedeu-me o privilégio de nascer como um caboclo brasileiro."Nesta fala ele ressalta que ser índio foi um privilégio.Historicamente podemos perceber como a sociedade indígena sempre esteve a frente de nosso tempo no quesito moral e cidadania, a idéia de respeito e amor ao próximo era nato. Quando uma índia ficava viúva, outro índio mesmo casado a recolhia e assumia o papel de marido, para que esta não ficasse sem o amparo de um homem. E tudo era normal. Não existia pecado.O corpo não representava sensualidade, por isso a nudez era normal. O sexo era uma ferramenta de reprodução e prazer ao casal.Pensando nisso tudo vejo que os índios jamais precisaram ser catequizados, pois eram naturalmente cristãos, pois tudo o que Cristo tentou pregar, os índios praticavam, só aqueles que pregavam que não haviam entendido a lição do Cristo.Bem, o Sr. Tupinambá ainda deixou um orientação de como fazer uma assentamento simples da linha de caboclos que pode ser feito por qualquer um, não precisa ser médium e a fundamentação disto é para que se tenha uma porta aberta para a presença e a proteção da força Caboclos. Pode ser feito em casa, no terreiro ou onde achar melhor.Então anote:

Materiais:07 pedras quartzo verde;(7 PIEDRAS VERDES DE CUARZO)07 charutos,(7 CIGARROS)01 alguidar médio;(UN PLATO DE BARRO O ARCILLA MEDIANO-GRANDE)07 folhas de samambaia;(7 HOJAS DE HELECHO...SI SON GRANDES MEJOR)01 quartinha branca macho pequena;(1 URNA O CUENCO CON TAPA DE LOSA BLANCA: SE LE LLAMA CUARTIÑA)Suco de caju (concentrado);(JUGO DE CAJU: UNA ESPECIE DE CASTAÑA: ABAJO LEA COMO HACER DE OTRA FORMA)01 vela 7 dias bicolor branco/verde.(VELA DE 7 DIAS BLANCA Y VERDE, O SOLO VERDE)

Despeje dentro da quartinha o suco de caju (concentrado). Coloque a quartinha no meio do alquidar. Envolta dela faça um ninho(NIDO) com as folhas de samambaia, acenda a vela na frente do alguidar. Intercale um charuto com uma pedra dentro do alguidar, por cima das folhas em círculo. Acenda todos charutos dando três baforadas na quartinha.Toda semana acenda ao menos uma vela palito verde. Na ocasião troque o líquido, pode permanecer no máximo 15 dias.Sempre que fizer esta firmeza semanal, pegue um dos charutos e dê três baforadas, concentrado nos pedidos e orações. Vá rotacionando os charutos. Estes charutos devem ser trocados de três em três meses bem como a samambaia.Oração de assentamento:"Divino Criador, Divinas Forças Naturais, Divinos Orixás, neste momento vos evoco e peço que imante este assentamento, consagre e o torne um portal por onde os caboclos do astral possam se manifestar, servindo de minha proteção e chave de acesso aos caboclos de acordo com o meu merecimento. Peço que a força dos caboclos esteja presente e receba minhas vibrações."Ps.: Este é um assentamento universal para a linha de caboclos, que pode ser consagrado a um caboclo específico ou deixar aberta de forma universal.Faça isto com fé e amor, terá ótimos resultados.

Okê Caboclos!

Fonte: este texto faz parte da apostila que compõe o material de estudos do curso Arquétipos da Umbanda, desenvolvido e ministrado por Rodrigo Queiroz.NOTA DEL AUTOR DE ESTE BLOG-DISCUSION:

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AUNQUE EL ASENTAMIENTO DENTRO DE LA LINEA DE CABOCLOS..SE CONSIDERA UNA SEGURANZA.,.ES POSIBLE HACERLO CASI PERMANENTE, ES CUESTION DE USAR LOS MISMOS INGREDIENTES...SOLO QUE EL JUGO DE CAJU..ES DIFICIL DE CONSEGUIR..ASI QUE NOS USAMOS JUGO DE NARANJA PURO BIEN COLADO..Y LO PONEMOS HASTA LA MITAD DE LA COARCHINHA..LUEGO LE AGREGAMOS ACEITE DE OLIVA Y ACEITE DE DENDE..HASTA LLENARLO.TAMBIEN EN VEZ DE PONERLE JUGO,SE LE PUEDE PONER UN PEDAZO DE PULPA DE NARANJA BIEN PELADA, Y SEMILLAS DE OBI -OROBO..CON LOS INGREDIENTES YA CITADOS...O SEMILLAS GRANDES PESADAS...QUE NO FLOTEN..Y PONER EN UN ALGUIDAR GRANDE..SUS ELEMENTOS...ARCO Y FLECHA..PEQUEÑOS..COLLAR DE SEMILLAS Y ADORNOS HECHOS DE PLUMAS Y HUESOS O DIENTES DE ANIMALES SALVAJES...SEMILLAS...HIERBAS(HOJAS)Y COLOQUE LA COARCHINHA EN MEDIO DEL ALGUIDAR...LA VELA ENCIENDA FUERA DEL PLATO..Y CUANDO TERMINE..SI UD TRABAJA CON ELLOS..PONGA OTRO .EN EL CASO DE HACER ASI COMO DIGO...NO ES NECESARIO CAMBIAR LOS INGREDIENTES..PUES SI HACE FALTA..EN UN TIEMPO PONER MAS ACEITE DE OLIVA O DENDE...HAGALO....PONGALO EN LA COARCHINHA....Y CONTROLE..SI NO SE PUDRE USELO UN BUEN TIEMPO..SI SE PUDRE..DESPACHELO EN UN CURSO DE AGUA Y PREPARE OTRO, Y HAGA DE VEZ EN CUANDO UNA OFRENDA DE FRUTAS A LOS CABOCLOS..DEJELAS HASTA K SE CONSUMAN UNAS VELAS GRANDES NUMERO 5 ( EN NUMERO IMPAR-3-O 5-O 7)Y LUEGO PIDA LICENCIA..Y REPARTA LAS FRUTAS A LOS NIÑOS O PERSONAS ALLEGADAS!!PAI ANTONIO DE OXALA

LINHA E ARQUÉTIPO DAS GUARDIÃS POMBA GIRALINHA E ARQUÉTIPO DAS GUARDIÃS POMBA GIRA

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Firmeza da Tronqueira Firmeza da tronqueira

Muitos são, os que chegam em um templo de Umbanda e se melindram, se assustam com as firmezas existentes na porta. Aquelas casinhas, conhecidas como tronqueiras, que tem como finalidade o assentamento das forças dos nossos exús e pombagiras.

A tronqueira é um recurso maravilhoso, colocado pelo astral em prol dos templos de Umbanda, que recebem os assistidos, na sua grande maioria, com seres trevosos à atormentá-los.

Este recurso, é no templo, um ponto de força, onde está firmado (ativado) o poder dos guardiões que militam em dimensões à nossa esquerda.

O ponto de força funciona como pára-raios, é um portal que impede as forças hostis se servirem do ambiente religioso de forma deturpada.

No astral, os exús e pombagiras, utilizam-se dos elementos dispostos na tronqueira para beneficiar os trabalhos que são realizados dentro do templo.

Com estes elementos, estes abnegados servidores da luz, anulam forças negativas, recolhem e encaminham seres trevosos, abrem caminhos, protegem, etc...

Dentro de uma tronqueira encontramos vários tipos de ferramentas (instrumentos mágicos), como tridentes, punhais, pedras, ervas, velas, bebidas, etc... cada instrumento com sua finalidade

específica e tanto os exús quanto as pomba giras ativam seus mistérios nestes elementos com a finalidade de realizarem seus trabalhos espirituais.

É importante que os médiuns e os assistidos saibam da importância de uma tronqueira e que todos saibam que este ponto de força está sobre as ordens da Lei Maior.

Quando alguém deturpa este ponto de força, usando-o de forma negativa, este se torna um portal negativo. Este tipo de procedimento não é

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da Umbanda e sim de seitas que muitas vezes se utilizam do nome de nossa religião.

Devemos saudá-los, de forma respeitosa quando adentramos nos templos. Qualquer um pode se servir do poder desses guardiães, acenda uma vela e peça proteção e auxílio e receberá. Eles estão a serviço do Bem, da Lei Maior.

Na COMUNIDADE DE UMBANDA SÃO SEBASTIÃO realizamos a firmeza na tronqueira sempre nas sexta-feira que é o dia de maior circulação de energia dentro da casa, o que não quer dizer que seja proibido aceder nos demais dias.

Toda a casa pode ter um tronqueira sem mesmo o dono dela seja mediun esse é um procedimento normal que todos podem invocar a qualquer hora ou dia , tomando sempre algumas precauções que mantem o ambiente livre de larvas astrais e quiumbas (espíritos sem luz)

Como se faz uma tronqueira, existem muitas formas bonitas de fazer, mas como somos e pregamos a humildade a mais comum são apenas alguns blocos e uma telha ou qualquer coisa que não seja inflamável para cobrir a casinha dos exus vamos falar assim não é necessário ponto de ferro ou ferramenta firmada e nem imagens essa foto é meramente ilustrativa e para que tenhamos uma idéia da simplicidade agora passaremos a forma de preparação após a estrutura esteja pronta.

Obs:. A) a mesma deve ficar a esquerda de quem entra a casa do médium ou pessoa que a construiu em caso não seja possível ele será feita do lado que for mais apropriado a frente da casa pode ser tampada se assim o desejar.B) Em caso de apartamento podemos firmar exclusivamente na quartinha sem a necessidade de fazer a casinha daí segue os passos correspondentes.

1º) a mesma deve esta totalmente limpa de qualquer resíduo;

2º) antes de iniciar as firmezas deve-se fazer um uma limpeza com folha de manga, mamona, pimenta ou espada da mesma forma que é feito o banho de uso mediúnico só que despejado na casa para que retire se ainda houver alguma energia retida;

3º) deve se após estar seca ser firmado o ponto de Exu dentro da casinha com Pemba Vermelha ou Branca não se deve utilizar de maneira nenhuma a Pemba Preta em cultos de Umbanda, caso você ainda não tenha o Ponto ou você não seja Médium você deve utilizar o ponto cabalístico abaixo que representa a Energia Originaria da linha dos Exus.

o garfo representa a Cruz de Cristo com os Braços voltados pra cima implorando o perdão de Zambi (Deus), a reta cruzando o garfo representa a ligação que ele tem direta com o Elemento Terra linha dos Mortos ou Desencarnados, essa linha curva cruzando o garfo representa a manifestação entre o Bem e o Mau dependendo da forma que você os invocou, representa também que mesmo sendo seu guardião o mesmo braço que te escora e te levanta pode te botar pra baixo ou te derrubar isso só depende de uma coisa a sua consciência.

4º) você em seguida acende uma vela vermelha em cima do ponto para Ogum pedindo que ele sendo também chefe da linha da esquerda sempre guarde os protetores daquela firmeza junto com a velas que você pretende acender caso não saiba ainda o que deve acender você pode fazer da seguinte maneira duas velas vermelhas e um preta sempre a de Ogum acima e as demais abaixo formando uma seqüência:a) a primeira representa seu Exu Guardião seu escora;b) a segunda representa sua Pomba Gira sua alto estima seu bem querer;

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c) a terceira representa seu Exu Mirim o seu sentimento interior que as vezes está repreendido porem ele esta lá.

5º) a bebida deve ser colocada em uma quartinha de barro respeitando a seguinte ordema) quartinha com aba só pode ser usada para Pomba Gira;b) quartinha sem aba é pra ser colocado a bebida do exu e exu mirim, porem você tambem pode colocar também a bebida da Pomba Gira.

6º) o charuto ou cigarro você pode colocar de pé quando der;

7º) você pode fazer caso queira a obrigação de esquerda mensal respeitando que após 24 horas a obrigação deve ser retirada do local e feito a limpeza novamente.

Orixás - MetaisUma lista dos metais mais comuns a cada orixá.Muitos dirigentes utilizam esse material para fundamentar a coroação de seus médiuns.Não se trata de uma obrigatoriedade, apenas outra maneira de atrair uma maior energia ao campo vibratório do médium.Caso você consiga um pedaço do metal do seu orixá de coroa, leve-o para cruzamento em um terreiro e use-o como amuleto ou como a entidade recomendar. É mais uma forma de contar com a vibração energética de nossos Orixás.

Oxalá - OuroIemanjá - PlatinaOxum - PrataIansã - Cobre Ogum - FerroXangô - EstanhoNanã - NíquelOxóssi - BronzeObaluaiê - ChumboExu - Hematita Fonte: http://aumbandacomoelae.blogspot.com/

Orixás - PedrasAs principais pedras condizentes a cada um. Assim como os metais, adquirir uma pedra bruta, lapidada ou mesmo como pingente de seu orixá e carregar sempre consigo. Ajuda a manter a ligação energética com ele.Sempre lembrando que ela deve ser levada ao terreiro para imantação e cruzamento e usada conforme determinação da entidade chefe.

Oxalá - Quartzo brancoIemanjá - Água marinhaOxum - Safira Iansã - CitrinoXangô - CornalinaOgum - RubiNanã - AmetistaOxóssi - JadeObaluaiê - Ônix

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Ibeji - Turmalina rosaExu - Ágata

Orixás – SaudaçãoOmolu/Obaluaê - Atotô!Nanã - Salubá!Xangô - Kawô Kabiecilê!Iansã/Oiá - Epa Hei!Obá - Obá Xirê!Ogum - Patakori!Oxossi - Okê Arô!Oxumaré - Arô Boboi!Ossain - Euê Ô!Logunedê - Olu A Ô Ioriki!Oxalá - Epê Babá!Iemanjá - Odô Yá !Oxum - Ora iê iê ô !