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República Federativa do Brasil NACIONAL CONSTITUINTE DIÁRIO ASSEMBLÉIA AnO 0-1"1 9 2 30 SEXTA-FEIRA, 22 DE ABRIL DE 1988 BRASÍLIA -DF ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE SUMÁRIO 1- ATA DA 253" SESSÃO DA AS- SEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE, EM 21 DE ABRIL DE 1988 1- Abertura da sessão 11- Leitura da ata da sessão anterior que é, sem observações, assinada 111 - Leitura do Expediente COMUNICAÇÕES Do Senhor Messias Soares, participando que, por motivos de saúde, não comparecerá às próximas sessões da Assembléia Nacional Constituinte. Do Senhor Lúcio A1cântarà, solicitando o registro, nos Anais da Assembléia Nacional Constituinte, que por ocasião da votação sobre o estado de defesa, no último dia 12, votou SIM, haja vista que seu voto não constou no painel eletrônico. TELEGRAMA Do Senhor Jonas Pinheiro, participando ter- se ausentado de Brasília no período com- preendido entre 8 e 10 do corrente para com- parecer à Convenção Regional do Partido da Frente Liberal-PFL REQUERIMENTO DE INFOR!'IAÇÕES Requerimento de Informações n" 190/88 (ANe) - (Constituinte VirgílioGuimarães) - Solicita informações ao Poder Executivo sobre as quantias enviadas pelas empresas estran- geiras do setor de derivados do petróleo, às respectivas matrizes. Requerimento de Informações rr 191188 (ANe) - (Constituinte César Maia) - Solicita informações ao Poder Executivo sobre libera- ção de verba para a Prefeitura de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Requerimento de Informações 192/88 (ANe) - (Constituinte Juarez Antunes) - So- licita mformações ao Poder Executivo sobre obra em imóvel de propriedade da Companhia SIderúrgica Nacional em Volta Redonda, RJ. Requerimento de Informações 193/88 (ANe) - (Constituinte Juarez Antunes) - So- licita informações ao Poder Executivo sobre funcionános e política salarial da Companhia Siderúrgica Nacional em Volta Redonda, RJ. Requerimento de Informações 194/88 (ANe) - (Constituinte Juarez Antunes) - So- licita informações ao Poder Executivo sobre as empresas devedoras da Previdência Social em todo o País. Requerimento de Informações no 195/88 (ANe) - (Constitumte Paulo Ramos) - Soli- cita informações ao Poder Executivo sobre ex- ploração de minérios em território brasileiro sem o preenchimento das exigências legais. Requerimento de Informações 196/88 (ANe) - (Constitumte Paulo Ramos) - Soli- cita informações ao Poder Executivo sobre as formas de incentivos fiSCaIS concedidos a em- presários brasileiros. Requerimento de Informações 197/88 (ANe) - (Constituinte César Maia) - Solicita informações ao Poder Executivo sobre a priva- tização da empresa Aracruz Celulose. Requerimento de Informações n" 198/88 (ANe) - (Constituinte Adylson Motta) - Soli- cita esclarecimentosao Poder Executivo sobre recursos arrecadados pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, previstos na Lei rr 7.632/87 e que motivaram abertura de crédito suplementar. Requerimento de Informações 199/88 (ANe) - (Constituinte Adylson Motta) - Soli- cita informações ao Poder Executivo sobre a Instrução Normativa n° 38, de 17-3·88, da Re- ceita Federal, permitindo a dedução de per- centuais aos magistrados e representantes do Ministério Público. Requerimento de Informações 200/88 (ANe) - (Constitumte César Maia) - Solicita informações ao Poder Executivo sobre o nú- mero de funcionáríos regidos por qualquer regime, por ministério e o valor das folhas de pagamento nos últimos 5 anos. Requerimento de Informações 201188 (ANe) - (Constituinte Adylson Motta) - Soli- cita informações ao Poder Executivo sobre de- vedores do Fundo de Assistência Social, geri- do pelo lapas, no montante de Cz$ 8.532.679.456,81 Requerimento de Informações 202/88 (ANe) - (Constituinte Adylson Motta) - Soli- cita informações ao Poder Executivo sobre o montante do excesso de arrecadação ocorrido na receita da União Federal, no 1 0 trimestre de 1988. Requerimento de Informações N° 203/88 (ANe) - (Constituinte Adylson Motta) - Soli- cita informações ao Poder Executivo sobre o uso da quantia de Cz$ 61.670,000,00 pelo Instituto de Atividades Espaciais, do Ministério da Aeronáutica, a título de remuneração de serviços. Requerimento de Informações 204/88 (ANe) - (Constituinte Adylson Motta) - Soli- cita informações ao Poder Executivo sobre o teor da Exposição de Motivos n° 15, de 18-3-88, referente ao uso de terras públicas federais. Requerimento de Informações N° 205/88 (ANe) - (Constituinte César Maia) - Solicita informações ao Poder Executivo sobre em- préstimos concedidos em 1975/76 a empre-

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República Federativa do Brasil

NACIONAL CONSTITUINTEDIÁRIO

ASSEMBLÉIAAnO 0-1"19 230 SEXTA-FEIRA, 22 DE ABRIL DE 1988 BRASÍLIA-DF

ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE

SUMÁRIO

1 - ATA DA 253" SESSÃO DA AS­SEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE,EM 21 DE ABRIL DE 1988

1-Abertura da sessão

11- Leitura da ata da sessão anteriorque é, sem observações, assinada

111 - Leitura do Expediente

COMUNICAÇÕES

Do Senhor Messias Soares, participandoque, por motivos de saúde, não compareceráàs próximas sessões da Assembléia NacionalConstituinte.

Do Senhor Lúcio A1cântarà, solicitando oregistro, nos Anais da Assembléia NacionalConstituinte, que por ocasião da votação sobreo estado de defesa, no último dia 12, votouSIM, haja vista que seu voto não constou nopainel eletrônico.

TELEGRAMA

Do SenhorJonas Pinheiro, participando ter­se ausentado de Brasília no período com­preendido entre 8 e 10 do corrente para com­parecer à Convenção Regional do Partido daFrente Liberal-PFL

REQUERIMENTO DE INFOR!'IAÇÕES

Requerimento de Informações n" 190/88(ANe) - (Constituinte Virgílio Guimarães) ­Solicita informações ao Poder Executivo sobreas quantias enviadas pelas empresas estran­geiras do setor de derivados do petróleo, àsrespectivas matrizes.

Requerimento de Informações rr 191188(ANe) - (Constituinte César Maia) - Solicitainformações ao Poder Executivo sobre libera-

ção de verba para a Prefeitura de Porto Alegre,Rio Grande do Sul.

Requerimento de Informações n° 192/88(ANe) - (Constituinte Juarez Antunes) - So­licita mformações ao Poder Executivo sobreobra em imóvel de propriedade da CompanhiaSIderúrgica Nacional em Volta Redonda, RJ.

Requerimento de Informações n° 193/88(ANe) - (Constituinte Juarez Antunes) - So­licita informações ao Poder Executivo sobrefuncionános e política salarial da CompanhiaSiderúrgica Nacional em Volta Redonda, RJ.

Requerimento de Informações n° 194/88(ANe) - (Constituinte Juarez Antunes) - So­licita informações ao Poder Executivo sobreas empresas devedoras da Previdência Socialem todo o País.

Requerimento de Informações no 195/88(ANe) - (Constitumte Paulo Ramos) - Soli­cita informações ao Poder Executivo sobre ex­ploração de minérios em território brasileirosem o preenchimento das exigências legais.

Requerimento de Informações n° 196/88(ANe) - (Constitumte Paulo Ramos) - Soli­cita informações ao Poder Executivo sobre asformas de incentivos fiSCaIS concedidos a em­presários brasileiros.

Requerimento de Informações n° 197/88(ANe) - (Constituinte César Maia) - Solicitainformações ao Poder Executivo sobre a priva­tização da empresa Aracruz Celulose.

Requerimento de Informações n" 198/88(ANe) - (Constituinte Adylson Motta) - Soli­cita esclarecimentos ao Poder Executivo sobrerecursos arrecadados pelo Conselho Nacionaldos Direitos da Mulher, previstos na Lei rr7.632/87 e que motivaram abertura de créditosuplementar.

Requerimento de Informações n° 199/88(ANe) - (Constituinte Adylson Motta) - Soli-

cita informações ao Poder Executivo sobre aInstrução Normativa n° 38, de 17-3·88, da Re­ceita Federal, permitindo a dedução de per­centuais aos magistrados e representantes doMinistério Público.

Requerimento de Informações n° 200/88(ANe) - (Constitumte César Maia) - Solicitainformações ao Poder Executivo sobre o nú­mero de funcionáríos regidos por qualquerregime, por ministério e o valor das folhasde pagamento nos últimos 5 anos.

Requerimento de Informações n° 201188(ANe) - (Constituinte Adylson Motta) - Soli­cita informações ao Poder Executivo sobre de­vedores do Fundo de Assistência Social, geri­do pelo lapas, no montante de Cz$8.532.679.456,81

Requerimento de Informações n° 202/88(ANe) - (Constituinte Adylson Motta) - Soli­cita informações ao Poder Executivo sobre omontante do excesso de arrecadação ocorridona receita da União Federal, no 10 trimestrede 1988.

Requerimento de Informações N° 203/88(ANe) - (Constituinte Adylson Motta) - Soli­cita informações ao Poder Executivo sobre ouso da quantia de Cz$ 61.670,000,00 peloInstituto de Atividades Espaciais, do Ministérioda Aeronáutica, a título de remuneração deserviços.

Requerimento de Informações N° 204/88(ANe) - (Constituinte Adylson Motta) - Soli­cita informações ao Poder Executivo sobre oteor da Exposição de Motivos n° 15, de18-3-88, referente ao uso de terras públicasfederais.

Requerimento de Informações N° 205/88(ANe) - (Constituinte César Maia) - Solicitainformações ao Poder Executivo sobre em­préstimos concedidos em 1975/76 a empre-

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9750 Sexta-feira 22 DIÁRIO DA ASSJ;MBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1988

sas privadas, para projetos considerados prio­ritários.

Requerimento de Informações N° 206 /88(ANC)- (Constituinte Amaldo Faria de Sá)- Solicita informações ao Poder Executivosobre prestações de contas do Ministério daPrevidência e Assistência Social.

Requerimento de Informações N° 207/88(ANC)-(Constituinte Adylson Motta) - Soli­cita Informações ao Poder Executivosobre via­gem ao exterior de servidora da CompanhiaHidroelétrlca do São Francisco.

Requerimento de Informações N° 208/88(ANC)- (Constituinte Adylson Motta) - Soli­cita esclarecimentos ao Poder Executivo sobrecontrato com a Empresa Juiz de Fora paratransporte de serviços da Secretária de AçãoComunitária (SEAC).

Requerimento de Informações n° 209/88(ANC) (Constituinte Davi Alves Silva) - Soli­cita informações ao Poder Executivo sobre aconclusão do serviço de saneamento básicoda cidade de Imperatriz, Maranhão

PROJETO APRESENTADO

Projeto de Resolução N° 31, de 1988 (DoSr. Elias Murad) - Proíbe o uso do tabaco(cigarros, cigarrilhas, cachimbos, charutos),no interior do plenário da Assembléia NacionalConstituinte.

PRESIDENTE - Concessão da palavra,nos termos do § 29 do art. 39 do RegimentoInterno por insuficiência de quorum em ple­nário

ADYLSON MOTTA- Necessidade de im­posição, pela Mesa Diretora, de penalidadesaos Constituintes faltosos às sessões da As­sembléia Nacional Constituinte.

PRESIDENTE - Adoção, pela Mesa Dire­tora, de penalidades aos Constituintes faltososàs sessões da Assembléia Nacional Consti­tumte.

OLÍVIO DUfRA - Imposição, pela MesaDiretora, de penalidades aos Constituintes fal­tosos às sessões da Assembléia NacionalConstituinte. Ampla discussão pelo CongressoNacional da política de privatização de empre­sas estatais. Articulação do grupo "Centrão"para protelamento da votação do Título "DaOrdem Econômica e Financeira".

PAULO MARQUES - Clima de violênciaexistente no Estado de Pernambuco. Assas­sinato do Prof.José Panta Leão Júnior no Mu­nicípio do Cabo.

LÉZIO SATHLER - Garantia, no textoconstitucional, de tratamento diferenciado pa­ra a pequena e média empresas.

VICTOR FACCIONI - Demora na conclu­são dos trabalhos da Assembléia NacionalConstituinte. Responsabilidade dos partidospela ausência de Constituintes às sessões.

ERALDO TRINDADE - Definição de em­presa nacional e soberania do País sobre osrecursos minerais na futura Constituição.

MÁRIO MAIA-Responsabilidade do PMDBpelo quadro de incompetência reinante no

País. Realização de eleições diretas já para Pre­sidente da República.

DIRCETUfU QUADROS- Ocorrência deirregularidades na administração da Funda­ção de Assistência aos Estudantes - FAE,Estado do Maranhão. .

ANTÔNIODE JESUS - Parabenização aoConstituinte José Genoíno por haver renun­ciado ao hábito de fumar. Homenagem a Joa­quim José da Silva Xavier,Tiradentes.

ARNALDO FARIA DE SÁ - Atenção paraas micro, pequenas e médias empresas du­rante a votação do Título "Da Ordem Econô­mica e Financeira" do Projeto de Constituição.Inveracidade de notícia publicada em jornalde São Paulo sobre acusações do orador aConstituintes do PDT.

FARABUliNI JÚNIOR - Incentivo à redeassistencial-médico-hospitalar privada, diantedo fracasso da rede oficial.

JOSÉ GENOÍNO - Mandato de quatroanos para o Presidente José Sarney e eleiçõesgerais em 1988.

OSVALDO BENDER - Atualização dosproventos do segurado da Previdência Socialaposentado por mvalidez após longo períodorecebendo beneficio por doença.

CÉSAR MAIA - Desmoralização do insti­tuto do requerimento de informações. Reque­rimento de informações aos Ministros da Fa­zenda e do Planejamento sobre alteração orça­mentária no primeiro trimestre de 1988.

JOSÉ FERNANDES-Garantia de eleiçõesmunicipais em 1988.

PRESIDENTE - Convocação dos Consti­tuintes presentes na Casa para se dirigiremao plenário para início de votação do textoconstitucional.

JOÃO DE DEUS ANTUNES - Saudaçãoaos políticos civis e militares pelo transcursodo seu dia nacional.

GERSON PERES - Inauguração, no SalãoNegro da Câmara dos Deputados, de exposi­ção, visando a ressaltar o papel desempenha­do pelos pequenos e médios empresários naeconomia nacional, patrocinada pela Confe­deração Nacional da Indústria.

NILSONGIBSON-Improcedência das crí­ticas do CbnstItuinte Paulo Marques ao Gover­nador Miguel Arraes, do Estado de Pernam­buco, concernentes à área de segurança noseu governo.

CHAGAS DUARTE - Precariedade noabastecimento de alimentos e combustíveisno Terretório Federal de Roraima Asfaltamen­to da BR-174.

sIMÃo SESSIM - Necrológio do ex-Minis­tro Mário Andreazza.

ABIGAIL FEITOSA - Defesa da empresanacional na votação do título,"Da Ordem Eco­nômica e Financeira" do Projeto de Consti­tuição

PAULO PAIM - Transcurso do Dia Nacio­nal dos Metalúrgicos. Realização, pela Câmarados Deputados, no próximo dia 25, de sessãosolene em homenagem à classe trabalhadorainternacional.

JUfAHY MAGALHÂES - Revigoramento,no futuro texto constitucional, das atribuiçõesdo Poder Legislativo.

MAURÍCIO FRUET - A verdadeira face doGoverno José Sarney.

ALEXANDRE PUZVNA - Reportagem "In­vestimentos do Tamanho dos Americanos",publicado na revista Isto É.

FRANCISCO AMARAL - Realização da Ad­ministração Júlio Marcondes Moura, Garça,Estado de são Paulo.

DORETO CAMPANARI - Perspectivas deabarcamento, pelo futuro texto constitucional,da totalidade da problemática nacional.

LUIZ GUSHIKEN - Relatório elaborado pe­la Comissão Pastoral da Terra e pelo ConselhoIndigenista Missionáno sobre o assassinatode índios ttkuna em Benjamin Constant, Esta­do do Amazonas.

MAURO BENEVIDES - Preocupação dosSecretários de Indústria e do Comércio doNordeste, reunidos em Macaju, Estado do Es­píritoSanto, sobre possível redução dos incen­tivos fiscais e financeiros administrados pelaSudene.

SIQUEIRA CAMPOS - Transcurso do 289

aniversário de fundação de Colinas de Goiás.OSMUNDOREBOUÇAS- Efeitos da auto­

nomia fiscal dos Estados prevista na futuraConstituição.

JORGE UEQUED - Congelamento dosvencimentos dos servidores públicos, proven­tos e pensões.

BENEDITA DA SILVA - Repúdio a atosde Violência praticados pelo Governo do Dis­trito Federal contra trabalhadores em greve.Solidariedade aos trabalhadores brasileirospela coragem demonstrada nos movimentosreivindicatórios.

JOSÉ SANTANA DE VASCONCELOS­Congelamento da aplicação da Unidade deReferência de Preços - URP, para o reajustesalarial dos servidores da União.

IV- Apresentação de Proposições

CÉSARMAIA?

V - ORDEM DO DIAVotação

Votação, em primeiro turno, do Título VI,Capítulo 11, do Projeto de Constituição. (Vota­ção iniciada.)

PRESIDENTE- Anúncio de verificação dequorum.

(procede-se à verificação.)PRESIDENTE - Anúncio da existência de

quorum. Votação das Emendas rr 1.967 e893, fundidas, dos Constituintes Edison Lobãoe VilsonSouza

AMARAL NETTO (Pela ordem) - Inexis­tência de restrição, pela Liderança do PDS,à indicação do Constituinte Antonio CarlosKonder Reis para a Comissão de Redação daAssembléia Nacional Constituinte.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteAmaral Netto. Parecer do Relator favorável àmatéria em votação.

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Abril de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NAOONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9751

DARCY POZZA (Pela ordem) - Registroda presença do orador em plenário.

INOCÊNCIO OLIVEIRA, ROBERTO JEF­FERSON, MÁRIO COVAS, ROBERTO FREI­RE, CÉSARMAIA, AMARAL NETTO, ADOLFOOLIVEIRA, VIRGÍLIO GUIMARÃES, ALDOARANTES (Pela ordem) - Declaração de vo­to, respectivamente, das bancadas do PFL,PTB, PMDB, PCB, PDT, PDS, PL, PT e PCdoB.

ROBERTO JEFFERSON (Pela ordem) ­Liberação da bancada do PTB para a votaçãoda matéria em deliberação.

PRESIDENTE - Parecer do Relator favorá­vel à matéria em votação.

(Procede-se à votação.)PRESIDENTE - Rejeição das Emendas n""

1.967 e 893, fundidas.ERICOPEGORARO,AMARAL NETTO (Pela

ordem) - Comissão do voto dos oradoresno painel eletrônico de votação.

PRESIDENTE - Declaração de prejudicia­lidade da Emenda n° 346, do Constituinte Sal­danha Derzi, por ausência do autor. Votaçãodas Emendas noS 961,423 e 140, fundidas,dos Constituintes Renato Johnsson, LuizFrei­re e César Maia.

FERNANDO SANTANA (Pela ordem) ­Registro do voto proferido na votação anterior.

JOSÉ SERRA-Encaminhamento da vota­ção.

HAROLDO LIMA (Pela ordem) - Omissãodo voto do orador no painel do sistema eletrô­nico de votação.

RENATO JOHNSSON (Pela ordem) - reti­radas de emendas dos Cosntituintes autoresda fusão em votação, em face de o art. 16do "ato das Disposições Transitórias" disci­plinar a matéria.

PAULO DELGADO, MANSUETO DE LA­VOR (Pela ordem) - Omissão do voto dasoradoras e no painel do sistema eletrônicode votação.

PRESIDENTE- Parecer do Relator favorá­vel à aprovação da matéria.

CÉSAR MAIA, ROBERTO FREIRE, VIRGí­LIO GUIMARÃEs, ADEMIR ANDRADE, JOSÉMARIA EYMAEL, MÁRIO COVAS, HAROLDOUMA, INOCÊNCIO OLIVEIRA, GASTONE Ri­GHI(Pela ordem) - Declaração de voto, res­pectivamente, das bancadas do PDT, PCB, PT,PSB, PDC, PMDB, PC do B, PFL e PTB.

{procede-se à votação.)

PRESIDENTE - Aprovação das EmendasnoS 961, 423 e 140, fundidas. Déclaração deprejudicialidade da Emenda n" LaIa, doConstituinte Paulo Zarzur, por ausência do au­tor. Votação da Emenda n° 1.734, do Consti­tumte Dalton Canabrava.

DALTON CANABRAVA (Pela ordem) - Re­tirada da Emenda n° 1.734.

PRESIDENTE - Declaração de prejudicia­lidade dos Destaques n'" 1.571 e 1.574, doConstituinte Jorge Vianna, por ausência doautor. Votação das Emendas n05 1.968 e 1.969,dos Constituintes Alexandre Costa e João Cas­telo, respectivamente.

IRMA PASSONI (Pela ordem) - Registrodo voto proferido na votação anterior.

CÉSARMAIA - Encaminhamento da vota­ção.

PRESIDENTE - Inaceitabilidade da fusãode emendas em votação, por inovação de tex­to. Votação da Emenda n°569, da ConstituinteDirce Tutu Quadros, referente ao Destaquen° 1.453.

CÉSARMAIA (Pela ordem) - Votação isola­da da Emenda n- 1.969, do Constituinte Ale­xandre Costa.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteCésar Maia.

DIRCETUTU QUADROS,JOSÉ JORGE­Encaminhamento da votação.

GASTONE RIGHI (Pela ordem) - Existên­cia de lapso na enunciação da matéria emvotação.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteGastone Righi.

CÉSARMAIA, INOCÊNCIOOLIVEIRA, NEL­SON JOBIM, VIRGÍLIO GUIMARÃEs, GASTO­NE RIGHI (Pela ordem) - Declaração de voto,respectivamente, das bancadas do PDT, PFL,PMDB, PT e PTB.

PRESIDENTE - Parecer do Relator con­trário à matéria em votação.

(Procede-se à votação.)LÉliO SATHLER (pela ordem) - Registro

do voto na votação em processamento.PRESIDENTE - Rejeição de Emenda n°

569. Votação das Emendas n'" 1.968 e 1.969,dos Constituintes Alexandre Costa e João Cas­telo, fundidas, reformuladas nos termos regi­mentais com retirada de expressões impedi­tivas da fusão.

EDÉSIO FRIAS, MARCOS QUEIROZ (Pelaordem) - Declaração de voto à matéria emvotação anterior.

JOSÉ COSTA (Pela ordem) -Impossibi­lidade de concretização prática da fusão.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteJosé Costa.

CÉSAR MAIA, VIRgíLIO GUIMARÃEs, AMA.­RAL NETTO, INOCENCIO OLIVEIRA, JOSESERRA, ADEMIR ANDRADE, SÓLON BOR·GES DOS REIS, ROBERTO FREIRE (pela orodem) - Declaração de votos, respectivamen­te, das bancadas do PDT, PT, PDS, PFL,PMDB, PSB, PTB e PCB.

(Procede-se à votação.)

PRESIDENTE-Reiteração de convocaçãode sessão do Congresso Nacional destinada'a homenagem à memória do ex-PresidenteTancredo Neves. Aprovação das Emendas n""1.968 e 1969, fundidas. Votação das Emendasn'" 139 e 1.061, dos Constituintes Leur Lo­manto e Hélio Manhães, respectivamente,comyarecer contrário.

MARIO COVAS (Pela ordem) - Esclareci­mentos sobre decisão da Mesa Diretora daAssembléia Nacional Constituinte a respertode punição a Constituintes faltosos.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteMário Covas.

SIQUEIRACAMPOS (Pela ordem) - Apoioao PDC à decisão da Mesa Diretora da Assem­bléia Nacional Constituinte a respeito de puni­ção de Constituintes faltosos.

MÁRIO COVAS (Pela ordem) - Novos es­clarecimentos sobre decisão da Mesa Diretorada Assembléia Nacional Constituinte a respei­to de punição de Constituintes faltosos.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteMário Covas.

INOCÊNCIO OUVEIRA (Pela ordem) - Es­darecimento sobre a matéria em votação.

PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteInocêncio Oliveira.

GASTONE RIGHI, VIVALDO BARBOSA,INOCÊNCIOOUVEIRA, AMARAL NETTO (Pe­la ordem) - Declaração de voto, respectiva­mente, das bancadas do PTB, PDT, PFL ePDS.

ALUÍZIO CAMPOS (Pela ordem) - Apeloao Plenário para aprovação das emendas comparecer favorável.

PRESIDENTE - Esclarecírnento sobre amatéria em votação. ,

ADOLFO OUVEIRA, MARIO COVAS (Pelaordem) - Declaração de voto, respectiva­mente, das bancadas do PL e PMDB.

(Procede-se à votação.)INOCÊNCIO OLIVEIRA (Pela ordem) ­

Suspensão da sessão prevista para o dia 22,para entendimento das lideranças sobre vota­ção do Título da Ordem Econômica e Finan­ceira.

PRESIDENTE - Rejeição das Emendas n""139 e 1.061. Estimulo da Presidência à realiza­ção de entendimentos prévios para votaçãodo texto constitucional. Convocação de sessãoda Assembléia Nacional Constituinte para odia 22, às 9 horas.

VI - Encerramento

2 - MESA (Relação dos rnembros.)

3 - LiDERES E VICE-LíDERES DEPARTIDOS (Relação dos membros)

4 - COMISSÃO DE SISTEMATIZA·ÇÃO (Relação dos membros)

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9752 Sexta-feira 22 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1988

Ata da 253~ Sessão, em 21 de abril de 1988Presidência dos Srs. Ulysses Guimarães, Presidente;

Mauro Benevides, Primeiro- Vice-Presidente;

e Jorge Arbage, Segundo-Vice- Presidente

ÀS 14:30HORAS COMPARECEM OSSENHO­RES:

I - ABERTURA DA SESSÃO

o SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Alista de presença registra o comparecimento de345 Senhores Constituintes.

Está aberta a sessãoSob a proteção de Deus e em nome do povo

brasileiro, míciarnos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da

sessão anterior.

11-LEITORA DA ATA

o SR. MÁRIO MAIA, Segundo-Secretário,procede à leitura da ata da sessão antecedente,a qual é, sem observações, assinada.

O SR. PRESIDEN1E (Jorge Arbage) - Pas­sa-se à leitura do expediente.

O SR. MARCELO CORDEIRO, Primeiro­Secretário, procede à leitura do seguinte.

111- EXPEDIENTE

Do Sr. Constituinte Messias Soares, nosseguintes tennos:

Brasília, 2] de abril de 1988ExmsSenhonJustifico que, por razões de doença, estou retor­

nando ao meu Estado, o Rio de Janeiro, nestadata.

Ontem, fui atendido no Serviço Médico da Casapelo Dr. Afonso da Rocha Campos que diagnos­ticou uma forte gripe e, uma vez que me queixeide pressão no peito, mandou que fosse feito umeletrocardiograma que nada acusou.

Entretanto, por não me sentir nada bem, prefiroficar aos cuidados da minha família e dos médicosque vêm acompanhando meu problema cardíacodesde o ano passado.

Tão logo me sinta em condições, retomareia Casa como de hábito.

Aproveito para reiterar protestos de respeito eadmiração

Atenciosamente - Messias Soares, Deputa­do Federal Constitumte/RJ.

Do Sr. Constituinte Lúcio Alcântara, nosseguintes tennos:

Brasília, 20 de abril de 1988.Senhor Presidente,Para fins de anotação informo à V. Ex' que

no dia ]2 de abril, por ocasião da votação sobreo estado de defesa, votei SIM na bancada juntoà qual estava sentado procedendo às manobras

indicadas para registro do voto. Ocorre que meunome não figurou no painel, fato que só percebiquando a votação já se encerrara, o que me impe­diu de votar em um dos postos avulsos existentes.

Aproveito a oportunidade para renovar a VossaExcelência protestos de estima e apreço. - De­putado Lúcio Alcãntra.

Do Sr. Constituinte Jonas Pinheiro, nosseguintes tennos:

Conforme contato mantido ilustre Prestdente,justifico ausência votações deste final semanaANC (a partir dia 8/4), em virtude compromissosassumidos Convenção Regional PFL próximo dia10/4. Contando certo compreensão Vossênciaagradeço antecipadamente.

Cordialmente, - Constituinte Jonas Pinheiro

Abigail Feitosa - PSB; AcivalGomes - PMDB;Adauto Pereira - PDS; Ademir Andrade - PSB;Adhemar de Barros FIlho - PDT; Adolfo Oliveira- PL; Adroaldo Streck - PDT; Adylson Motta- PDS; Aécio de Borba - PDS; Aécio Neves- PMDB;Affonso Camargo - PTB; AfifDomin-gos - PL;Afonso Arinos - PFL; Agassiz Almeida- PMDB;Agripino de Oliveira Lima - PFL;AirtonCordeiro - PFL; Airton Sandoval- PMDB;Albé­rico Cordeiro - PFL; Albérico FIlho - PMDB;Alceni Guerra - PFL; Aldo Arantes - PC doB; Alércio Dias - PFL; Alexandre Costa - PFL;Alexandre Puzyna - PMDB; Alfredo Campos ­PMDB; Aloisio Vasconcelos - PMDB; AloysioChaves - PFL; Aloysio Teixeira - PMDB;AluizioBezerra -PMDB; AluizioCampos - PMDB;Álva­ro Antônio - PMDB;ÁlvaroPacheco - PFL; Álva·ro Valle - PL; Alysson Paulinelli - PFL; AmaralNetto - PDS; Amaury Múller - PDT; AmilcarMoreira - PMDB; Ângelo Magalhães - PFL;Anna Maria Rattes - PMDB; Annibal Barcellos- PFL; Antero de Barros - PMDB;Antônio Britto- PMDB;AntÔnIO Câmara - PMDB;Antônio Carolos Franco - PMDB;Antônio Carlos Konder Reis- PDS; Antoníocarlos Mendes Thame - PFL;Antônio de Jesus - PMDB; Antonio Ferreira ­PFL; Antonio Gaspar - PMDB;Antonio Mariz ­PMDB; Antonio Perosa - PMDB; Arnaldo Fariade Sá - PTB; Arnaldo Martins - PMDB;ArnaldoPrieto - PFL; Arnold FIoravante - PDS; Aroldede Oliveira - PFL; Artenir Werner - PDS; Arturda Távola - PMDB; Asdrubal Bentes - PMDB;Assis Canuto - PFL; Átila Lira - PFL; AugustoCarvalho - PCB; Áureo Mello - PMDB; BasilioVilIani - PMDB;Benedicto Monteiro - PTB; Be­nedita da Silva - PT; Benito Gama - PFL; Ber­nardo Cabral - PMDB;Beth Azize- PSB; Bezerrade Melo-PMDB; Bocayuva Cunha - PDT; Boni­fácio de Andrada - PDS; Bosco França - PMDB;Brandão Monteiro - PDT; Caio Pompeu ­PMDB; Cardoso Alves - PMDB; Carlos AlbertoCaó - PDT; Carlos Benevides - PMDB; CarlosCardinal- PDT; Carlos Chiarelli - PFL; CarlosCotta - ; Carlos Mosconi - ; Carlos Sant'A·nna - PMDB; Carrel Benevides - PTB; Cássio

Cunha Lima - DMDB; Célio de Castro - ;CelsoDourado - PM B; César Cals Neto - PDS; CésarMaia-PDT; Cl ..lgasDuarte-PFL; Chagas Neto- PMDB; Chagas Rodrigues - PMDB; ChicoHumberto - PDT; Christóvam Chiaradia - PFL;Cid Carvalho - PMDB; Cid Sabóia de Carvalho- PMDB; Cláudio Ávila- PFL; Cleonâncio Fon­seca - PFL; Costa Ferreira - PFL; Cunha Bueno-PDS; Dálton Canabrava - PMDB;Darcy Deitos- PMDB; Darcy Pozza - PDS; Daso Coimbra- PMDB; Davi Alves Silva - PDS; Del BoscoArnaral - PMDB; Delfim Netto - PDS; DélioBraz-PMDB;DenisarArneiro- PMDB;DionisioDal Prá - PFL; Dionisio Hage - PFL; Dirce TutuQuadros -PTB; Dirceu Carneiro - PMDB;Dival­do Suruagy - PFL; Djenal Gonçalves - PMDB;Domingos Juvenil - PMDB; Domingos Leonelli- PMDB; Doreto Campanari - PMDB; EdésioFrias - PDT; Edison Lobão - PFL; Edrne Tava­res - PFL; Edmilson Valentim - PC do B; Eduar­do Bonfim - PC do B; Eduardo Jorge - PT;Eduardo Moreira - PMDB; Egídio Ferreira Lima- PMDB; Elias Murad - PTB; Eliel Rodrigues- PMDB; Eliézer Moreira - PFL; Enoc Vieira- PFL; Eraldo Tinoco - PFL; Eraldo Trindade- PFL; Erico Pegoraro - PFL; Ervin Bonkoski- ; Etevaldo Nogueira - PFL; Euclides Scalco- PMDB; Eunice Michiles - PFL; Evaldo Gon-çalves - PFL; Expedito Machado - PMDB; ÉzioFerreira - PFL; Fábio Feldmann - PMDB;FábioRaunheitti - PTB; Farabulini .Iúrnor - PTB;Fausto Rocha - PFL; Felipe Mendes - PDS;Fernando Bezerra Coelho - PMDB; FernandoCunha - PMDB; Fernando Gasparian - PMDB;Fernando Gomes - PMDB; Fernando HenriqueCardoso-PMDB; Fernando Lyra- ; FernandoSantana - PCB; Fernando Velasco - PMDB;Firmo de Castro - PMDB;Flavio Palmier da Veiga- PMDB; Flávio Rocha - PL; Florestan Fernan­des - PT; Floriceno Paixão - PDT; França Tei­xeira - PMDB;Francisco Arnaral- PMDB;Fran­cisco Benjamim - PFL; Francisco Carneiro ­PMDB; Francisco Coelho - PFL; Francisco Dió­genes - PDS; Francisco Dornelles - PFL; Fran­cisco Küster - PMDB;Francisco Pinto - PMDB;Francisco Rollemberg - PMDB; Francisco Rossi- PTB; Francisco Sales - PMDB; Furtado Leite- PFL; Gabriel Guerreiro - PMDB; Gandi Jamil- PFL; Gastone Righi - PTB; Genésio Bernar-dino - PMDB;Geovah Arnarante - PMDB;Geo­vani Borges - PFL; Geraldo Alckmin Filho ­PMDB;Geraldo Bulhões - PMDB; Geraldo Cam­pos - PMDB;Geraldo Fleming-PMDB; GeraldoMelo - PMDB;Gerson Camata - PMDB;GersonMarcondes - PMDB;Gerson Peres - PDS; GidelDantas - PMDB; Gil César - PMDB; Gilson Ma·chado - PFL; Gonzaga Patriota - PMDB; Gui­lherme Palmeira - PFL; Gumercindo Milhomem-PT; Gustavo de Faria-PMDB; Harlan Gadelha- PMDB; Haroldo Lima - PC do B; HaroldoSabóia - PMDB; Hélio Costa - PMDB; HélioIDuque - PMDB; Hélio Manhães - PMDB; Hélio

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Abril de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9753

Rosas - PMDB;Henrique Córdova - PDS; Henri­que Eduardo Alves - PMDB; Heráclito Fortes- PMDB; Hermes Zaneti - PMDB;HilárioBraun- PMDB;Homero Santos - PFL; Humberto Lu-cena - PMDB; Humberto Souto - PFL; IberêFerreira - PFL; Ibsen Pinheiro - PMDB;Inocên­cio Oliveira - PFL; Irajá Rodrigues - PMDB;Iram Saraiva - PMDB; Irapuan Costa Júnior ­PMDB;Irma Passoni - PT; Ismael Wanderley­PMDB; Itamar Franco - ; Ivo Cersósimo ­PMDB;Ivo Lech - PMDB;IvoMainardi - PMDB;Ivo Vanderlinde - PMDB; Jacy Scanagatta ­PFL;Jairo Azi- PFL;Jairo Carneiro - PFL;JallesFontoura - PFL; Jamil Haddad - PSB; JarbasPassarinho - PDS;Jayme Paliarin - PTB;JaymeSantana - PFL; Jesualdo Cavalcanti - PFL; Je­sus Tajra - PFL; .Joaci Góes - PMDB; JoãoAgripino - PMDB;João Alves - PFL; João Cal­mon - PMDB; João Castelo - PDS; João daMata - PFL;João de Deus Antunes - PTB;Joãoberg - PFL; João Menezes - PFL; João Natal-PMDB; João Paulo- PT;João Rezek-PMDB;Joaquim Bevilacqua - PTB; Joaquim Francisco- PFL; Joaquim Hayckel- PMDB;Jofran Frejat- PFL; Jonas Pinheiro - PFL; Jonival Lucas- PFL;Jorge Arbage - PDS; Jorge Bomhausen- PFL; Jorge Hage - PMDB; Jorge Medauar- PMDB;Jorge Uequed - PMDB;Jorge Vianna- PMDB;José Agripino - PFL; José Camargo- PFL; José Carlos Coutinho - PL;José CarlosGrecco - PMDB;José Carlos Martinez - PMDB;José Carlos Sabóra - PSB; José Carlos Vascon­celos - PMDB;José Costa - ; José da Concei­ção - PMDB;José Dutra - PMDB;José Egreja- PTB; José Elias - PTB; José Fernandes­PDT; José Fogaça - PMDB; José Freire ­PMDB; José Genoíno - PT; José Geraldo ­PMDB;José Guedes - PMDB;José IgnácIo Fer­reira - PMDB; José Jorge - PFL; José Lins- PFL; José Lourenço - PFL; José Luiz de Sá- PL; José Luiz Maia - PDS; José Maranhão- PMDB;José Maria Eymael- PDC; José Mau-rício-PDT; José Melo- PMDB;José MendonçaBezerra - PFL; José Moura - PFL; José PauloBisol- PMDB;José Queiroz - PFL; José Richa- PMDB;José Santana de Vasconcellos - PFL;José Serra - PMDB; José Tavares - PMDB;José Teixeira - PFL;José Thomaz Nonô - PFL;José Tinoco - PFL; José Ulísses de Oliveira ­PMDB;José Viana - PMDB; Jovanni Masini ­PMDB; Juarez Antunes - PDT; Júlio Campos- PFL; Júlio Costamilan - PMDB;Jutahy Maga­lhães - PMDB; Koyu lha - PMDB; Lael Varella- PFL; Lavoisier Maia - PDS; Leite Chaves ­PMDB; Lélio Souza - PMDB; Leopoldo Bessone- PMDB;Leopoldo Peres - PMDB;Leur Loman­to - PFL; Levy Dias - PFL; Lezio Sathler ­PMDB; Lídice da Mata - PC do B; LourembergNunes Rocha - PMDB;Lourival Baptista - PFL;Lúcia Braga - PFL; Lúcia Vânia - PMDB;LúcioAlcântara - PFL; Luís Eduardo - PFL; Luís Ro­berto Ponte - PMDB; LuizAlberto Rodrigues ­PMDB; Luiz Freire - PMDB; Luiz Gushiken ­PT; Luiz Inácio Lula da Silva - PT; Luiz Leal ­PMDB; Luiz Marques - PFL; LUIz Salomão ­PDT; Luiz Viana Neto - PMDB; Lysâneas Maciel- PDT; Maguito Vilela - PMDB; Maluly Neto- PFL; Manoel Castro - PFL; Manoel Moreira- PMDB; Manoel Ribeiro - PMDB; Mansuetode Lavor - PMDB;Manuel Viana - PMDB;Mar­celo Cordeiro - PMDB; Márcia Kubitschek -

PMDB; Márcio Braga - PMDB; MárCIO Lacerda- PMDB;Marco Maciel-PFL; Marcondes Gade­lha - PFL; Marcos Lima - PMDB;Marcos Quei­roz - PMDB; Maria de Lourdes Abadia - PFL;Mana Lúcia - PMDB;Mário Assad - PFL; MárioCovas - PMDB;Mário de Oliveira- PMDB;MárioLima - PMDB;Mário Maia - PDT; Marluce Pinto- PTB; Matheus Iensen - PMDB; Mattos Leão- PMDB;Mauricio Campos - PFL;Maurício Cor-rea - PDT; Maurício Fruet - PMDB; MaurícIONasser - PMDB;Maurício Pádua - PMDB;Mau­rílio Ferreira LIma - PMDB; Mauro Benevides- PMDB; Mauro Campos - ; Mauro Miranda- PMDB;Mauro Sampaio - PMDB;Max Rosen-mann - PMDB;Meira Filho - PMDB;Melo Freire- PMDB; Mello Reis - PDS; Mendes Botelho-PTB; Mendes Canale - PMDB;Mendes Ribeiro- PMDB; Messias GÓIS - PFL; Messias Soares- PTR; Michel Temer - PMDB;Milton Barbosa- PMDB; Milton LIma - PMDB; Milton Reis -PMDB; Miraldo Gomes - PMDB; Moema SãoThiaqo - PDT; Moysés PImentel - PMDB;Moza­nldo Cavalcanti - PFL; Mussa Demes - PFL;Myrian Portella - PDS; Nabor Júnior - PMDB;Naphtali Alves de Souza - PMDB; Narciso Men­des - PDS; Nelson Aguiar - PDT; Nelson Jobim- PMDB; Nelson Sabrá - PFL; Nelson Seixas- PDT; Nelson Wedekin - PMDB; Nelton Frie-drich - PMDB;Nestor Duarte - PMDB;Ney Ma­ranhão -- PMB; NIlso Sguarezi - PMDB; NilsonGibson - PMDB; Nion Albemaz - PMDB; Noelde Carvalho - PDT; Nyder Barbosa - PMDB;Octávio Elísio - ; Odacir Soares - PFL; OlavoPires - PMDB; Olívio Dutra - PT; Orlando Be­zerra - PFL; Orlando Pacheco - PFL; OscarCorrêa - PFL; Osmar Leitão - PFL; Osmir Lima-PMDB; Osmundo Rebouças -PMDB; OsvaldoBender - PDS; Osvaldo Coelho - PFL; OsvaldoMacedo - PMDB;Osvaldo Sobrinho - PTB; Os­waldo Almeida - PL;Oswaldo Trevisan - PMDB;Ottomar Pinto - PTB; Paes de Andrade - PMDB;Paes Landim - PFL; Paulo Delgado - PT; PauloMarques - PFL; Paulo Mincarone - PMDB;Pau­lo Paim - PT; Paulo Pimentel - PFL; Paulo Ra­mos - PMDB; Paulo Roberto - PMDB; PauloRoberto Cunha - PDC; Paulo Silva - PMDB;Pedro Canedo - PFL; Pedro Ceolm - PFL; Perci­val Muniz- PMDB;Pimenta da Veiga - ; PlínioArruda Sampaio - PT; Plínio Martins - PMDB;Pompeu de Sousa - PMDB; Rachid SaldanhaDerzi-PMDB; Raimundo Bezerra-PMDB; Rai­mundo Lira - PMDB; Raimundo Rezende ­PMDB; Raquel Cândido - PFL; Raquel Capibe­ribe - PSB; Raul Belém - PMDB; Raul Ferraz- PMDB; Renan Calheiros - PMDB; RenatoJohnsson - PMDB;Renato Vianna - PMDB;Ri­cardo Fiuza - PFL; Ricardo Izar- PFL; Rita Ca­mata - PMDB;Rita Furtado - PFL; Roberto Au­gusto - PTB; Roberto Balestra - PDC; RobertoBrant - ; Roberto Campos - PDS; RobertoD'Ávila - PDT; Roberto Freire - PCB; RobertoJefferson - PTB; Roberto Rollemberg - PMDB;Roberto Torres - PTB; Roberto Vital - PMDB;Rodrigues Palma - PTB; Ronaldo Carvalho ­PMDB; Ronaldo Cezar Coelho - PMDB; RonanTito - PMDB;Ronaro Corrêa - PFL; Rosa Prata- PMDB;Rospide Netto - PMDB;Rubem Bran­quinho - PMDB; Rubem Medina - PFL; RubenFigueiró - PMDB; Ruberval Pilotto - PDS; RuyBacelar - PMDB; Ruy Nedel - PMDB; SalatielCarvalho - PFL; Samir Achôa - PMDB;Sandra

Cavalcanti - PFL; Santinho Furtado - PMDB;Saulo Queiroz - PFL;Sérgio Brito - PFL;SérgioSpada - PMDB;Sérgio Werneck - PMDB;Seve­ro Gomes - PMDB;Sigmannga Seixas - PMDB;Sílvio Abreu - PMDB; Simão Sessirn - PFL;Siqueira Campos - PDC; Sólon Borges dos Reis- PTB; Sotero Cunha - PDC; Stélio Dias ­PFL; Tadeu França - ; Telmo Kirst - PDS;Theodoro Mendes - PMDB;Tito Costa - PMDB;Ubiratan AgUiar - PMDB; Ubiratan Spinelli ­PDS; Uldurico Pinto - PMDB;Ulysses Guimarães- PMDB;Valmir Campelo - PFL; Valter Pereira- PMDB; Vasco Alves - PMDB; Vicente Bogo- PMDB;Victor Faccioni - PDS; Victor Fontana- PFL; Vilson Souza - PMDB;Vingt Rosado -PMDB;VirgIldásiode Senna - PMDB;Virgílio Ga­lassi - PDS; Virgílio Guimarães - PT;VitorBuaiz- PT; VivaldoBarbosa - PDT; Vladimir Palmeira- PT; Wagner Lago - PMDB; Waldec Ornélas- PFL; Waldyr PuglIesi - PMDB; Walmor deLuca - PMDB; Wilson Martins - PMDB; ZizaValadares-

REQUERIMENTODE INFORMAÇÕES

N° 190/88 (ANC)(Constituinte Virgílio Guimarães)

Solicita infonnaçães ao Poder Execu­tivo sobre as quantias enviadas pelasempresas estrangeiras do setor de deri­vados do petróleo, às respectivas ma­trizes.

Requeiro a v. Ex", nos termos regimentais, se­jam prestadas pela Presidência da República, asseguintes informações:

Quanto cada uma das principais empresas es­trangeiras do setor de derivados do petróleo, espe­cialmente Shell, Esso, AtIantic, Texaco e MobilOil, enviaram às suas matrizes no exterior, emdólares. desde 1980, a titulo de "Remessas deLucros"?

Sala das Sessões, 6 de abril de 1988.- Depu­tado VirgIlio Guimarães.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo relator, pelo encaminhamento do Requenmen­to de Informações formulado pelo ConsntuínteVirgílio Guimarães ao Gabinete Civil da Presidên­cia da República, sobre as quantias enviadas pelasempresas estrangeiras do setor de derivados dopetróleo, às respectivas matrizes.

Brasília, 21 de abril de 1988.- Paulo AffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÕES

N° 191188 (ANC)(Constituinte César Mala)

Solicita Informações ao Poder Execu­tivo sobre liberação de verba para a Pre­feitura de Porto Alegre, Rio Grande doSul.

Senhor Presidente,Conforme dispositivo regimental requeiro infor­

mações do Ministério da Fazenda acerca do trata-

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9754 Sexta-feira 22 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1988

mento concedido à prefeitura de Porto Alegre,relativo ao que dispôs a Lei n° 7.614, regulamen­tada pelo voto 340 do Conselho Monetário Na­cionaL

Anexo para facilitar o retorno esclarecedor dasinformações, telex do Exm" Sr. Prefeito de PortoAlegre.

Sala das Sessões, 8 de abril de 1988. - CésarMaia.

Exmrr' SrDeputado César MaiaCâmara dos Deputados

Denunciamos a V.Ex' a discriminação da qualvem do objeto o Município de Porto Alegre:

1) É do -conhecimento de todos que a Lei rr7.614, regulamentada pelo voto 340, do ConselhoMonetário Nacional, autorizou Governo Federala repassar aos Estados e mumcípios recursos pa­ra cobrir o déficit relativo a despesas correntesde exercícios financeiros anteriores e de 1987.

2) Na reunião da Associação Brasileira dos Pre­feitos das Capitais, realizadas em Brasília, em se­tembro de 1987, com a presença do Secretáriodo Tesouro, Dr. Andréa CaJlabi, foi comunicadoque seriam destinados 2,5 bilhões de cruzadospara o financiamento do déficit de custeio dasprefeituras das capitais. A estas caberia quantificaro déficit através de demonstrativos de receita edespesa, apresentando, ao mesmo tempo, umplano de saneamento das finanças municipais.

3) A Prefeitura de Porto Alegre encaminhouà Secretaria do Tesouro, em 9-10-87, todos osdocumentos exigidos pleiteando recursos na or­dem de 450 milhões de cruzados para fazer faceao déficit previsto.

4) O secretário do setor público do Ministérioda Fazenda, Dr. erto Perosa, informou em conta­tos telefônicos que para Porto Alegre estaria pro­gramado o equivalente a 250 milhões de cruza­dos, a ser liberado em quatro parcelas a partirde novembro de 1987

5) Apesar de reiteradas solicitações à Secretariado Tesouro, até o momento não obtivemos ne­nhum dos recursos supramencionados, tampou­co nenhuma explicação que justificasse o protela­mento desssa liberação.

6) Somos a única prefeitura de capital que,perfeitamente habilitada, e tendo solicitado o fi­tancíamento do déficit de custeio, não teve nem"cursos e sequer resposta. Temos conhecimento

e 20 prefeituras de capitais já estão de possedos recursos pleiteados.

Caracteriza-se, assim, uma odiosa discrimina­ção à administração trabalhista de Porto Alegre,com a qual V. Ex' não pode, certamente, nãocompactuará. Nesse sentido solicitamos seuapoio. - Alceu CoIlares, Prefeito de Porto Ale­gre.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo Relator, pelo encaminhamento do requerimen­to de informações formulado pelo ConstituinteCésar Maia ao Gabinete Civil da Presidência daRepública, sobre liberação de verba para a Prefei­tura de Porto A1egre-RS.

Brasília,21 de abrílde 1988. - Paulo AffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÕES

N9 192/88 (ANC)

(Constituinte Juarez Antunes)

Solicita Informações ao Poder Execu­tivo sobre obra em imóvel de proprie­dade da Companhia Sederúrgica Nacio­nal em Volta Redonda, RJ.

Senhor Presidente:

Nos termos do § 5° do art. 62 do RegimentoInterno da Assembléia Nacional Constituinte, re­queiro a Vossa Excelência seja encaminhado aoSenhor Ministro da Indústria e do Comércio, atra­vés do Senhor Ministro Chefe do Gabinete Civilda Presidência da República, para que nos sejamfornecidas as seguintes informações:

1) Qual a empreiteira encarregada da execu­ção do muro construído ao longo da Av.Indepen­dência, no terreno pertencente à Companhia Si­derúrgica Nacional, em Volta Redonda - RJ.

2) Qual o custo total, e por metro quadrado,da referida obra.

3) Qual o comprimento, largura e altura.Sala das Sessões, 29 de março de 1988. ­

Deputado Juarez Antunes.

A Mesa, na reunião de noje, aprovou o parecerdo relator, pelo encaminhamento do requerimen­to de informações formulado pelo ConstituinteJuarez Antunes ao Gabinete Civil da Presidênciada República, sobre obra em imóvel de proprie­dade da Companhia Siderúrgica Nacional em Vol­ta Redonda, Rio de Janeiro.

Brasília,21 de abril de 1988. - Paulo AffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÕES

N9 193/88 (ANC)

(Constituinte Juarez Antunes)

Solicita informações ao PoderExecutivo sobre funcionários e políticasalarial da Companhia Slderúgica Nacio­nal em Volta Redonda, RJ.

Senhor Presidente:Nos termos do §5° do art. 62 do Regin1ento

Interno da Assembléia Nacional Constituinte, re­queiro a Vossa Excelência seja encaminhado aoSenhor Ministro da Indústria e Comércio, atravésdo Senhor Ministro Chefe do Gabinete Civil daPresidência da República, para que nos sejamfornecidas as seguintes informações:

1) Qual o número de funcionários da Compa­nhia Siderúrgica Nacional em Volta Redosnda ­RJ.

2)Relação dos funcionários por cargos3) Quais os salários dos respectivos cargos.Sala das Sessões, 29 de março de 1988. -

DeputadoJuarez Antunes.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo relator, pelo ecaminhamento do requerimentode informações formulado pelo Constituinte Jua-

rez Antunes ao Gabinete Civil da Presidência daRepública, sobre funcionários e política salarialda Companhia Sederúrgica Nacional, em VoltaRedonda, Rio de Janeiro.

Brasília,21 de abril de 1988. - Paulo AffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÕES

N° 194/88 (ANC)

(Constituinte Juarez Antunes)

Solicita informações ao Poder Execu­tivo sobre as empresas devedoras daPrevidência Social em todo o País.

Senhor Presidente:Nos termos do § 5° do art. 62 do Regimento

Interno da Assembléia Nacional Constituinte, re­queiro a Vossa Excelência seja encaminhada aoSenhor Ministro da Previdência Social, através doSenhor Ministro Chefe de Gabinete Civil da Presi­dência da República, para que nos sejam forne­cidas as seguintes informações:

1) quais as maiores 200 (duzentas) empresasdevedoras da Previdência Social, em todo o País;

2) qual o valor do débito destas empresas.Sala das sessões, 5 de abril de 1988. - Depu­

tado Juarez Antunes.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo Relator, pelo encammhamento do Requeri­mento de Informações formulado pelo Consti­tuinte Juarez Antunes ao Gabinete Civil da Presi­dência da República, sobre as empresas deve­doras da Presidência Social em todo o País.

Brasília,21 de abril de 1988. - Paulo AffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÕES

N° 195/88 (ANC)

(Constituinte Paulo Ramos)

Solicita Informações ao Poder Execu­tivo sobre exploração de minérios emterritório brasileiro sem o preenchimen­to das exigências legais.

Senhor Presidente:Em face da notícia publicada no Jornal cio

Brasil, de 14-7-87, tratando da invasão de umamina de Calcita Ótica, efetuada por pistoleirosa soldo de empresas multinacionais, conformedenúncias feitas pelo Sr. Paulo Fragomeni, soli­citei informações a respeito, em requerimento da­tado de 5-8-87, enviado ao Exrrr Sr. Ministro daJustiça.

No bojo de uma resposta confusa e não satisfa­tória, constatamos a informação de que a explo­ração de Calcita Ótica naquela Mina tem-se da­do sem o necessário Alvaráde Pesquisa do DNPM.

Assim, tem o presente a finalidade de solicitara Vossa Excelência seja solicitado ao Exm- Sr.Ministro das Minas e Energia, as informações arespeito da existência ou não da exploração de

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Abril de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9755

minérios em Território brasileiro sem o preenchi­mento das exigências legais.

Em caso positivo, quais os minérios, com alocalização das minas, e pessoas físicas ou jurídi­cas responsáveis pela exploração, solicitando, ain­da, informações a respeito da forma de controleda produção e destino dos minérios explorados.

A presente solicitação tem por fim compor Ex­posição de Motivos, um trabalho a ser divulgadodos Senhores Constituintes, por ocasião da vota­ção do título relativo à Ordem Econômica

Cordiais saudações. - Deputado Paulo Ra­mos.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo Relator, pelo encaminhamento do Requeri­mento de Informações formulado pelo Consti­tuinte Paulo Ramos ao Gabinete Civil da Presi­dência da República, sobre exploração de miné­rios em território brasileiro sem o preenchimentodas exigências legais.

Brasília,21 de abril de 1988. - Paulo AffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÕES

N° 196/88 (ArfC)

(Constituinte Paulo Ramos)

Solicita informações ao Poder Execu­tivo sobre as formas de incentivos fiscaisconcedidos a empresários brasileiros.

Senhor Presidente:O Jornal do Brasil de ontem, dia 3-4-88, divul­

gou que o Exrrr Sr. Ministro da Fazenda dispõede estudo, já concluído, sobre todas as formasde incentivos fiscais concendidos a empresáriosbrasileiros.

Em se tratando de tema da maior relevânciacujos dados merecem ser do conhecimento dosSenhores Constituintes, solicito a Vossa Excelên­cia seja oficiado ao Exrn- Sr. Ministro da Fazenda,Dr. Mailson da Nobrega, solicitando a remessade cópia do referido estudo.

A presente solicitação tem por fim compor aexposição de motivos sobre trabalho a ser divul­gado aos Senhores Constituintes a respeito dodéficit público, tendo em vista a votação das nor­mas vinculadas ao Sistema Financeiro e SistemaTributário.

Cordiais Saudações. - Deputado Paulo Ra­mos.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo relator, pelo encaminhamento do Requerimen­to de Informações formulado pelo ConstituintePaulo Ramos ao Gabinete Civil da Presidêncrada República, sobre as formas de incentivos fiscaisconcedidos a empresários brasileiros.

Brasília, 21 de abril de 1988. - Paulo AffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQOERlMENTODE INFORMAÇÕES

N° 197/88 (ANC)

(Constituinte César Maia)

Solicita informações ao Poder Executi­vo sobre a privatização da empresa Ara­cruz Celulose.

Senhor Presidente:Conforme dispõe o Regimento desta ANC, en­

caminho o seguinte Requerimento de Informa­ções, a ser enviado ao Ministériodo Planejamento,sob a responsabilidade do qual se encontra oBanco Nacional de Desenvolvimemnto Econô­mico e Social, coordenador do processo de "prí­vatização" da empresa Aracruz Celulose.

As informações requeridas são as seguintes:1. detalhamento das condições de privatiza­

ção das ações da empresa Aracruz Celulose;2. balanco da referida empresa nos últimos

5 (cinco) anos;3. faturamento e participação no mercado da

mesma nos últimos 5 (Cinco) anos, assim comoa respectiva demonstração de lucros e perdas;

4. informações relativas à relação produto/ca­pital observada no setor em que a empresa opera;

5. evolução do valor de suas ações em Bolsanos últimos 5 (cinco) anos, acompanhada de suaevolução patrimonial, em valores nomínais e emOTN

Finalmente consideraria que, dada a urgênciaem que tais decisões estão sendo adotadas, orequerimento exigiria um encaminhamento ur­gente, urgentíssimo.

Certo desta presteza. - Constituinte CésarMaia.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo relator, pelo encaminhamento do Requerimen­to de Informações formulado pelo ConstituinteCésar Mala ao Gabinete Civil da Presidência daRepública, sobre a prívatização da empresa Ara­cruz Celulose.

Brasília,21 de abril de 1988. - Paulo AffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÕESN~ 198/88 (ANC)

(Constituinte Adylson Motta)

Solicita esclarecimentos ao PoderExecutivo sobre recursos arrecadadospelo Conselho Nacional dos Direitos daMulher, previstos na Lei n° 7.632/87 eque motivaram abertura de crédito su­plementar.

Senhor Presidente:Na forma do que dispõe o art. 62, item IV, com­

binado com' o seu § 5° da Resolução n° 2, de1987, requeiro a Vossa Excelência solicitar doMinistro-Chefe do Gabinete Civil da Presidênciada República informações oficiais que esclareçamà Assembléia Nacional Cõnstituinte e ao reque-

rente quais foram os recursos arrecadados emexcesso pelo Conselho Nacional dos Direitos daMulher, em conformidade com o que prevê oart. 6°, Item VI, a, da Lei n° 7.632, de 3-12-87,que motivaram a abertura do crédito suplementarde Cz$ 3.000.000,00 (três milhões de cruzados),constante do Decreto rr 95.877, de 25 de marçode 1988.

Sala das Sessões, 29 de março de 1988. ­Constituinte Adylson Motta.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerda relator, pelo encaminhamento do Requerimen­to de Informações formulado pelo ConstituinteAdylson Motta ao Gabinete Civil da Presidênciada República, sobre recursos arrecadados peloConselho Nacional dos Direitos da Mulher previs­tos na Lei n° 7.632/87 e que motivaram aberturade crédito suplementar.

Brasília,21 de abril de 1988 - Paulo AffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÕES

N° 199/88 (ArfC)

(Constituinte Adylson Motta)

Solicita informações ao Poder Execu­tivo sobre a Instrução Normativa n° 38,de 17-3-88, da Receita Federal, permi­tindo a dedução de percentuais aos Ma­gistrados e representantes do MinstérioPúblico.

Na forma do que dispõe o art. 62, item IV, com­binado com o seu § 5° da Resolução n° 2, de1987, requeiro a Vossa Excelência solicitar doMinistro Chefe do Gabinete C1vl! da Presidênciada República informações oficiais que esclareçamà Assembléia Nacional Constituinte e ao Reque­rente o fundamento legal utilizado pelo Sr. Secre­tário da Receita Federal para baixar a InstruçãoNormativa n° 38, de 17-3-88, permitindo a dedu­ção, aos Magistrados e representantes do Minis­tério Público, de percentuais a título de roupasespeciais e despesas de locomoção.

No entendimento do Requerente, o Sr. ReinaldoMustafá criou um privilégio a uma classe de con­tribuintes que já é privilegiada e sem qualquerbase legal. Prova inconteste disso é a mençãofeita nas respostas às perguntas 382, 383, 386,388, 389, 390, 392 e 393, do Iivreto "Impostode Renda - pessoa física - atendimento telefô­nico", editado pela Coordenação do Sistema deTributação do Ministério da Fazenda.

Sala das Sessões, 4 de abril de 1988. - Depu­tado Adylson Motta

CÉDUlA C - RENDIMENTOSBRUTOSEDEOOÇÔES

382. Pessoas que trabalham, lecionemetc., em locais diferentes podem deduzir des­pesas com locomoçáo?

O benefício legal não comporta esse entendi­mento. O deslocamento de um local para outrotem que ser em virtude das funções exercidaspelo contribuinte em suas atribuições extemas,isto é, ao se deslocar de um local para outro

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9756 Sexta-feira 22 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1988

ele está desempenhando suas atividades profis­sionais, o que não se dá com as pessoas quese desloquem de um local de trabalho para outro,para então passar a exercer suas atividades profis­sionais. (PN 550nO, 71n5).

383. Contribuinte assalariado que se uti­lize de táxi em seus deslocamentos pode de­duzir essas despesas como de locomoção?

O contribuinte só poderá deduzir até 5% dorendimento bruto denvado de suas funções exter­nas permanentes, ainda que o total efetivamentegasto seja superior a esse percentual e possa sercomprovado por documentação Idônea.

386. A indenização de transporte pagapelos cofre públicos aos fiscais pode ser de­duzida pelo seu total na Cédula "C"?

Não. Os físcars federais, autárquicos, estaduais,municipais, etc. poderão deduzir na Cédula "C"até o máximo de 5% para locomoção, em com­provoção, devendo o valor bruto recebido comoindenização de transporte ser incluído na Cédula"C" (Videperguntas n° 81,351, 369).

388. Gerente de banco, ou médico quefaz visitas esporádicas a seus clientes, temdireito à dedução de despesas com locomo­ção?

Não. Só pode deduzir tais despesas o contn­buinte que desempenhe, permanentemente,funções externas.

389. O que são roupas e quem tem direi­to à dedução a essas despesas?

Uniformes ou roupas especiais são as vesti­mentas indispensáveis ao exercício das fun­ções e abribuições desempenhadas pelo contri­buinte, de tal ordem que ele não poderá exercersuas atribuições se não estiver adequadamentetrajado, seja por obrigação legal ou admírustra­tiva - caso de militar que deve usar farda oficialno desempenho de suas funções -, seja em virtu­de da Irnpossibilrdadefísrcade executar seu traba­lho se não estiver adequadamente protegido ­caso de escafandro para o mergulhador, das rou­pas protetoras para os que estão sujeitos a conta­minações, emanações e radiações, químicas, ga­sosas, etc. (PN 37/77).

390. O direito à dedução com roupas es­peciais tem alguma restrição?

O direito à dedução das despesas com aquisi­ção de uniformes ou roupas especiais de trabalhoestá condícionado à comprovação de:

- Necessidade e exigência de seu uso parao exercício da atividade produtora dos rendimen­tos.

- Sua efetiva aquisição, pelo contriubumte, noano-base da declaração; e

Que as despesas com aquisição não tenhamsido ressarcidas sob qualquer forma (PN 37/77).

392. O contribuinte que, comprovada­mente, tenha direito ao uso de roupas espe­ciais ou de uniforme pode deduzir até 5%sem comprovação?

Ele poderá deduzir até o máximo de 5% dorendimento bruto derivado das atividades que exi­jam o uso de uniforme ou de roupa especial,desde que os gastos sejam comprovados e de­correntes de aquisição desses vestuários. Qual­quer outro gasto não poderá ser deduzido, inclu­sive as despesas de lavandeira, tinturaria e conser­vação dessas vestimentas, mesmo quando com­provados por nota fiscal ou qualquer outro doeu-

mento hábil. Se cantor ou artista, o percentualserá 20%, respeitadas as restrições acima referi­das (PN 37n7).

393. Contribuinte assalariado que estejaobrigado a apresentar-se corretamente traja­do para o exercício de suas atividades assala­riadas, inclusive com termos luxuosos e mo­dernos, pode deduzir as despesas efetuadascom essas vestimentas, como roupas espe­ciais?

Esses trajes não se enquadram no conceitolegal de roupas especiais, e podem ser usadasem qualquer lugar e situação, não sendo, porisso, dedutíveis as despesas com sua aquisição.As roupas especiais são próprias, somente parauso no local e no horário de trabalho (PN 37n7;vide perguntas n-s 389, 390).

DEDUÇÕES PARA JUÍZESE MINISTÉRIO PÚBUCO

Os magistrados e os representantes do Minis­tério Público poderão deduzir, nas declaraçõescorrespondentes ao exercício financeiro de 1988,do rendimento bruto incluído na Cédula C, 5%dos gastos com roupas especiais de trabalho etransporte efetuados no efetivo exercício da pro­fissão.

A determiação é da Instrução Normativa no38,publicada no Diário Oficial da União de 21 demarço de 1988, cuja íntegra é apresentada a se­guir.

Instrução Normativa N° 38,de 17 de março de 1988

O Secretário da Receita Federal, no uso de suasatribuições, resolve:

1. São admitidas, na declaração correspon­dente ao-exercício financeiro de 1988 quanto aorendimento bruto incluído na Cédula C, decor­rente do exercício efetivo das atividades de magis­trado e de representantes do Ministério Púbhcona União, Estados, Distrito Federal e Territórios,as seguintes deduções:

a) 5% (cinco por cento) a título de roupas es­peCIaIS de trabalho;

b) 5% (cinco por cento) a título de despesasde locomoção quando não haja fornecimento deveículo oficial para o desempenho da atividadeprofissional.

2. Relativamente às despesas com a aquisi­ção ou assmatura de livros,revistas e jornais, inclu­sive pubhcações técnicas aplicar-se-á o dispostono parágrafo único do artigo 11 do Decreto-lein° 2.065, de 26 de outubro de 1983, que estabe­leceu o limite de 1% (um por cento) do rendi­mento bruto incluído na Cédula C, observado ain­da o teto de Cz$ 19.000.00 (dezenove mil cruza­dos) conforme a Instrução Normativa SRF nó185,de 31 de dezembro de 1987, ressalvada a hipótesede comprovação documental da despesa realiza­da. - Reinaldo Mustafa.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo Relator, pelo encaminhamento do Requeri­mento de Informações formulado pelo Consti­tuinte Adylson Motta ao Gabinete Civil da Presi­dência da República, sobre a Instrução Normativan- 38, de 17-3-88, da Receita Federal, permitindoa dedução de percentuais aos Magistrados e re­presentantes do MInIstérioPúblico.

Brasília,21 de abril de 1988. - Paulo AffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÓES

N° 200/88 (ANC)

(Costituinte César Maia)

Solicita informações ao Poder Execu­tivo sobre o número de funcionários re­gidos por qualquer regime, por Minis·tério e o valor das folhas de pagamentonos últimos 5 anos.

Senhor Presidente:Conforme dispositivo regimental, venho reque­

rer as seguintes informações do Ministério de Ad­rmrustração:

1. Número de funcionários, de qualquer regi­me, por Mimstério;

2 Valorda folha de pagamentos por Ministério;3. Dados relativos aos items 1 e 2 dos últimos

5 anos.Sala das Sessões, 7 de abril de 1988. - Consti­

tumte César Maia.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo relator, pelo encaminhamento do Requerimen­to de Informações formulado pelo ConstituinteCésar Maia ao Gabinete Civil da Presidência daRepública, sobre o número de funcionários regi­dos por qualquer regime, por Ministério e o valorda folha de pagamentos nos últimos 5 anos.

Brasília,21 de abril de 1988. - Paulo AffoMOMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÓES

N° 201/88 (Al"fe)(ConstItuinte Adylson Motta)

Solicita informações ao Poder Execu­tivo sobre devedores do Fundo de Assis­tência Social, gerido pelo lAPAS, nomontante de Cz$ 8.532.679.456,81.

Senhor Presidente:Na forma do que dispõe o art. 62, item IV, com­

binado com o seu § 5", da Resolução rr 2, de1987, requeiro a Vossa Excelência solicitar doMimstro Chefe do Gabinete Civil da Presidênciada República informações oficiais que esclareçama Assembléia Nacional Constituinte e ao Reque­rente, através de relação nominal, quem são osdevedores do Fundo de Assistência Social, geridopelo lAPAS, do Ministério da Previdência e Assis­tência Social, no montante de Cz$8.532.679.456,81 (oito bilhões, quinhentos e trin­ta e dois milhões, seiscentos e setenta e novemil, quatrocentos e cinqüenta e seis cruzados eoitenta e um centavos) que receberam, daquelaautarquia, adiantamentos por conta de serviçosconforme consta do balanço patrimonial levan­tado em 31 de dezembro de 1987, publicado noDiário Oficial de 28-3-88, p. 5221.

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Abril de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9757

Num pnrneíro exame, tal quantia parece absur­da, representando 900% do patrimômo líquidodo Fundo. Há necessidade, pois, de se conhecera relação de devedores, para que o contribuinteda Previdência Social saiba onde está o seu di­nheiro.

Sala das Sessões, 29 de março de 1988. ­Constituinte Adylson Motta.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo relator pelo encaminhamento do Requerimen­to de Informações formulado pelo ConstituinteAdylson Motta ao Gabinete Civil da Presidênciada República, sobre devedores do Fundo de Assis­tência Social, gerado pelo lAPAS, no montantede Cz$ 8.532.679.456,81.

Brasília,21 de abril de 1988. - PauloAffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte

REQUERIMENTODE INFORMAÇÓES

N° 202/88 (ANC)

(Constituinte Adylson Motta)

Solicita infonnações ao Poder Execu­tivo sobre o montante do excesso de ar­recadação ocorrido na receita da UniãoFederal, n° 1° trimestre de 1988.

Senhor Presidente:

Na forma do que dispõe o art. 62, item IV, com­binado com o seu § 5° da Resolução rr 2, de1987, requeiro a Vossa Excelência solicitar doMinistro Chefe do Gabinete Cívrl da Presidênciada República informações oficiaisque esclareçamà Assembléia Nacional Constituinte e ao reque­rente, em caráter de urgência, qual é o montantedo excesso de arrecadação ocorrido na receitada União Federal no período de 1o de janeiroa 31 de março de 1988.

Ao encerrar-se o 19 trimestre do ano, é de espe­rar-se que o Poder Executivo, a qualquer mo­mento, comece a baixar decretos concedendo"créditos suplementares" com base no excessode arrecadação. É importante conhecer-se, desdelogo, o montante desse excesso, a fim de quese possa acompanhar o festivalde gastos extraor­dinários, extra-orçamento, que o Governo develogo começar a fazer.

Sala das Sessões, 29 de março de 1988. _Constituinte Adylson Motta.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo relator, pelo encaminhamento do requerimen­to de informações formulado pelo ConstituinteAdylson Motta ao Gabinete Civil da Presidênciada República, sobre o montante do excesso dearrecadação ocorrido na receita da União Federal,no 1c trimestre de 1988.

Brasília, 21 abril de 1988. - Paulo AffonsoMartins de Oliveira, Secretáno-Gerel da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÕES

N° 203/88 (ANC)

(Constituinte Adylson Motta)

Solicita infonnações ao Poder Execu­tivo sobre o uso da quantia de Cz$61.670.000,00 pelo Instituto de Ativida­des Espaciais, do Ministério da Aeronáu­tica, a título de remuneração de serviços.

Senhor Presidente:Na forma do que dispõe o art. 62, item IV, com­

binado com o seu § 5°, da Resolução n° 2, de1987, requeiro a Vossa Excelência solicitar doMimstro Chefe do Gabinete Civil da Presidênciada República mformações oficiaisque esclareçamà Assembléia Nacional Constitumte e ao reque­rente onde será gasta a quantia de Cz$61.760.000,00 (sessenta e um milhões, setecen­tos e sessenta mIlcruzados), pelo Institutode Anví­dades Espaciais, do Ministérioda Aeronáutica, atitulo de remuneração de serviços, incluída noscódigos noS 4130.06 e 4130.07, constante do Pla­no de Aplicação n°00 1/00-1988, do EMFA,publi­cado no Diário oficial de 28-3-88, p. 5176.

Sala das Sessões, 29 de março de 1988. ­Constituinte Adylson Motta.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo relator, pelo encaminhamento do requenmen­to de informações formulado pelo ConstituinteAdylson Motta, sobre o uso da quantia de Cz$61.670.000,00 pelo Instituto de Atividades Espa­ciais, do Ministérioda Aeronáutica, a título de re­muneração de serviços.

Brasília,21 de abril de 1988. - PauloAffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÕES

N° 204/88 (ANC)(Constituinte Adylson Motta)

Solicita infonnações ao Poder Execu­tivo sobre o teor da Exposição de Moti­vos n° 15, de 18-3-88, referente ao usode terras públicas federais.

Senhor Presidente:Na forma do que dispõe o art. 62, item IV, com­

binado com o seu § 5°, da Resolução n° 2, de1987, requeiro a Vossa Excelência solicitar doMinistro Chefe do Gabinete Civil da Presidênciada República informações oficiaisque esclareçamà Assembléia Nacional Constituinte e ao reque­rente o inteiro teor da Exposição de Motivos rr'15, de 18-3-88, aprovada pelo Sr Presidente daRepública, indicando terras públicas federais a se­rem afetadas ao uso do Ministériodo Exército.

Sala das Sessões, 5 de abril de 1988. - Consti­tuinte Adylson Motta.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo relator, pelo encaminhamento do requerimen­to de informações formulado pelo ConstituinteAdylson Motta ao Gabinete Civil da Presidência

da República, sobre o teor da Exposição de Moti­vos n" 15, de 18-3-88, referente ao uso de terraspúblicas federars,

Brasília,21 de abril de 1988. - Paulo AffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÕES

N° 205/88 (ANC)(Constituinte César Maia)

Solicita informações ao Poder Execu­tivo sobre empréstimos concedidos em1975/76 a empresas privadas, para pro­jetos considerados prioritários.

Senhor Presidente:Conforme dispositivo regimental, apresento o

seguinte requerimento de informações. pedindoque seja encammhado ao Mmistério do Planeja­mento.

O Orçamento Geral da União, constante doDiário Oficial de 4 de dezembro de 1987, anotaem sua página 311, Encargos Fmancerros daUnião,na rubrica Administração Financeira, Códi­go 32.101..03080336.720-Especificação Ressar­cimento do Diferencial entre a Correção Mone­tária Real e a Prefixada, um valor no montantede Cz$ 10.243.702.000, com) cobertura de pre­juízos auferidos pela concessão de empréstimosem 1975n6, com correção monetária prefixadaem 20% a empresas privadas, em projetos consi­derados prioritários.

Requeremos que nos sejam informados, atra­vés de listagem detalhada, o nome das empresas,o valor dos empréstimos, o valor do prejuízo daFazenda nacional, a nominata dos projetos consi­derados prioritários que justificaram tais decisões.

Como se trata de uma rubrica orçamentária,estamos simplesmente solIcitando a respectivaabertura.

Sala das Sessões, 6 de abril de 1988 - Consti­tuinte César Maia.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo relator, pelo encaminhamento do requerimen­to de informações do ConstItuinte César Maia aoGabinete Civil da Presidência da República, sobreempréstimos concedidos em 1975n6 a empre­sas privadas, para projetos considerados priori­tários.

Brasília,21 de abrilde 1988. - Paulo AffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Consbtuinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÓES

N° 206/88 (ANC)(Constituinte Arnaldo Faria de Sá)

Solicita infonnações ao Poder execu­tivo sobre prestações de contas do Mi­nistério da Previdência e Assistência So­cial.

Senhor Presidente:Requeiro a V. Ex", com base no art. 62, inciso

IV e seu § 5° do Regimento Interno da AssembléiaNacional Constituinte, se digne solicitar do Minis-

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9758 Sexta-feira 22 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1988

tério da Previdência e Assistência Social, informa­ções sobre a matéria paga, inserida nos órgãosde divulgação, nos dias 25 e 26 de outubro de1987, contendo prestação de contas do Ministrodemissionário.

Requeiro ainda, solicite-se a relação nominaldos jornais que veicularam a matéria e os valores,em separado, despendidos com a remuneraçãode cada um.

Por último, indaga-se da origem dos recursosfinanceiros alocados para tal finalidade.

Justificação

É de se estranhar, na matéria veiculada, a ocor­rência de alegações que não condizem com arealidade. Relata-se ali, por exemplo, que o paga­mento do menor valor do benefício do mês desetembro, foi de Cz$ 2.200,00, e, o de outubro,foi de Cz$ 2.420,00, quando na verdade, o valorrecebido foi de Cz$ 1.870,00.

É lamentável que a matéria que deveria trazerà luz da realidade os verdadeiros fatos aos traba­lhadores, traga informações inverídicas, despen­dendo para isso, grande soma de dinheiro públi­co, operação sobre a qual a Nação tem o direitode ser minuciosamente informada.

Sala das Sessões, de outubro de 1987. - Cons­tituinte Arnaldo Faria de Sá.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo Relator, pelo encaminhamento do Requeri­mento de Informações formulado pelo Consti­tuinte Arnaldo Faria de Sá ao Gabinete Civil daPresidência da República, sobre prestações de'contas do Ministério da Previdência e AssistênciaSocial.

Brasília, 21 de abnl de 1988. - Paulo AffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÕES

N° 207/88 (ArfC)

(Constituinte Adylson Motta)

Solicita Infonnações ao Poder Executi­vo sobre viagem ao exterior de servidorada Companhia Hldroelétrica do São Fran­cisco.

Senhor Presidente:Nos termos do que dispõe o art. 62, item N,

combinado com o seu § 5° da Resolução n° 2,de 1977, requeremos a Vossa Excelência solicitarao Ministro Chefe do Gabinete Civilda Presidênciada República informações oficiais que esclareçamà Assembléia Nacional Constituinte e ao reque­rente as razões pelas quais a Sr" Celina MariaDubeaux de Andrade Uma foi enviada, com ônustotal, para os Estados Unidos da América, comtodos os seus familiares.

De acordo com despacho do Presidente daCompanhia Hidroelétrica do São Francisco, publi­cado no Diário Oficial de 29-1-88, seção lI, p.932, a referida servidora, para ficar quatro mesese meio nos EUA, além dos salários e demais van­tagens no Brasil, perceberá as seguintes impor­tâncias, em dólares norte-americanos:

Quatro passagens aéreas, a US$ 1,889.40 =US$ 7,557.60; ajuda de custo para instalação =US$ 3,250.00; ajuda mensal para residência US$2,367.00 = US$ 9,488.00; 30 diárias a US$111,00 = US$ 3.330,00. Total: US$ 23,645.60.

Ficará a cargo da Companhia Hidroelétrica doSão Francisco, ainda, o pagamento eventual deimposto de renda no exterior, relativo às ajudasde custo mencionadas.

É desse jeito que o Executivo pretende reduziro déficit público? Tudo pelo social? Sala das Ses­sões, de fevereiro de 1988. - ConstituinteAdylson Motta.

MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA

COMPANHIA HIDROELÉTRlCA

DO SÃO FRANCISCO

Afastamento do PaísO Presidente da Companhia Ihdroelétríce do

São Francisco - CHESF, no uso da competênciaque lhe foi conferida pelo Decreto rr 93.621, de25-11-86, autorizou o afastamento do Pais de:

- Fernando José Gonçalves da Luz, a fimde realizar inspeção com testes de aceitaçãofinal em 75 transformadores de potencial indutivopara 69 KV. Passagem US$ 1,431.00 = Cz$116.567,82. Custos: 15 diárias de US$ 111,00cada = US$ 1,665.00 = Cz$ 135.629,23. (P/CI­DS-017/88).

- CellnaMaria Dubeaux de Andrade Uma,e dependentes, para EUA,com ônus, de 1°.2-86a 16-6-86, fim participação treinamento naGOULD-FLÔRIDA, como também participaçãodesenvolvimento no projeto do SCS da CHESFna LEEDS AND NORTHRUB-PENSILVÂNIA. Cus­to: 4 passagens de US$ 1,889.40 cada = US$7,557.60 - Cz$ 615.634,53. Ajuda de custo p/ins­talação no valor de US$ 3,250.00 em uma únicavez. Ajuda de custo para cobertura de despesasabrangendo moradia no valor de US$ 2,367.00mensais, no período a partir da instalação de resi­dência em NORTH WALES. 30 diárias de US$111,00 cada = US$ 3,33000, no período transi­tóno de residência em FORT LAUDERDALE, ne­cessária à realização de curso junto ao fabricantede computadores. Pagamento em cruzados, noBrasil, dos salários e demais vantagens. Paga­mento eventual de imposto de renda no exterior,relativo às ajudas de custo acima citadas. (P/ClICIC-O12/88).

Recife, 27 de janeiro de 1988. - Gemido Nu­nes de Souza, Presidente da CHESF, em exercí­cio. - (N" 17.696 de 28-1-88 - Cz$ 4.459,00)

Diário Oficiai - Seção 11Sexta-feira, 29 Jan 1988.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo Relator, pelo encaminhamento do Requeri­mento de Informações formulado pelo Consti­tuinte Adylson Motta ao Gabinete CiVIl da Presi­dência da República, sobre viagem ao exteriorde servidora da Companhia Hidroelétrica do SãoFrancisco.

Brasilia, 21 de abril de 1988. - Paulo AffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÕES

N° 208/88 (ArfC)(Constituinte Adylson Motta)

Solicita esclarecimentos ao PoderExecutivo sobre contrato com a Empre­sa Juiz de Fora para transporte de servi­dores da Secretaria de Ação Comunitá­ria (SUC).

Senhor Presidente:Na forma do que dispõe o art. 62, item N, com­

binado com o seu § 5° da Resolução n° 2, de1987, requeiro a Vossa Excelência solicitar doMinistro Chefe do Gabinete Civil da Presidênciada República informações oficiais que esclareçamà Assembléia Nacional Constituinte e ao reque­rente o número de servidores da Secretaria deAção Comunitária (SEAC) que é transportado,diariamente, pela empresa Juiz de Fora, quejusti­fique a sua contratação pelo valor de Cz$23.013.384,00 (vinte e três milhões, treze mil, tre­zentos e oitenta e quatro cruzados), neste exercí­cio, conforme contrato celebrado em 25 de marçode 1988.

Pretende o requerente saber também, se asatividades da SEAC não poderiam ser desenvol­vidas pela Legião Brasileira de Assistência - LBA,o que poderia proporcionar considerável reduçãode despesas à Presidência da República.

Sala das Sessões, 29 de março de 1988. ­Constituinte Adylson Motta.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo Relator, pelo encaminhamento do Requeri­mento de Informações formulado pelo Consti­tuinte Adylson Motta ao Gabinete Civil da Presi­dência da República, sobre contratos com a em­presa Juiz de Fora para transporte de servidoresda Secretaria de Ação Comunitária (SEAC).

Brasilia, 21 de abril de 1988. - Paulo AffonsoMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

REQUERIMENTODE INFORMAÇÕES

N° 209/88 (MlC)

(Constituinte DaVIAlves Silva)

Solicita Informações ao Poder Execu­tivo sobre a conclusão do serviço de sa­neamento básico da cidade de Impera­triz, Maranhão.

Senhor Presidente:Requeiro ao Gabinete da Presidência da Repú­

blica informações oficiais sobre a conclusão doserviço de saneamento básico da Cidade de Impe­ratriz/MA, precisamente nos bairros de: VIlaNova,VIla Lobão, Vila Davi, Nova Imperatriz, Bacurí eSanta Rita.

Justificação

Já vem de longas datas a minha luta pelo sanea­mento básico de Imperatriz/MA. Começou em ju­nho de 1983, quando ainda era Deputado Esta­dual.

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Abril de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9759

Naquela época o ex-Ministro Mário Andreazzae o Dr. José Reinaldo Tavares ex-DNOS, hojeMinistro dos Transportes participaram de um de­bate em que tive oportunidade de fazer uma expo­sição da necessidade de implantação do sanea­mento básico de Imperatriz, a mim foi dito peloentão Minístro Mário Andreazza que as medidasseriam tornadas urgentemente e realmente fo­ram. Somente com um problema: começarame não terminaram, sempre como justificativa afalta de verbas. - Constituinte Davi Alves Silva.

A Mesa, na reunião de hoje, aprovou o parecerdo Relator, pelo encammhamento do Requeri­mento de Informações formulado pelo Consti­tuinte Davi Alves'Silva, ao Gabmete Civil da Presi­dência da República, sobre a conclusão do serviçode saneamento básico da cidade de Imperatnz,Maranhão.

Brasília,21 de abril de 1988 - Paulo Affon..oMartins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesada Assembléia Nacional Constituinte.

PROJETO DE RESOLUÇÃON° 31, de 1988

(Do Sr. Elias Murad)

Proíbe o uso do tabaco (cigarros, cí­ganilhas, cachimbos, charutos) no inte­rior do plenário da Assembléia NacionalConstituinte.

(ÀMesa.)

A Mesa da Assembléia Nacional Constituinte,no uso de suas atribuições resolve:

Art. 10 Durante as sessões, o uso do ta­baco (cigarros cigarrilhas, cachimbos charu­tos) fica restrito às dependências externasdo plenário, salão verde e a lanchonete, nãosendo permitido fazê-lo na parte interna domesmo.

Art. 2° Esta Resolução entra em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dispo­sições em contrário.

Justificação

Os meios científicos do mundo mteiro vêm sepreocupando na última década com o chamadofumante passivo, isto é, aquele que não fuma,mas - contra a sua vontade - se expõe à polui­ção provocada pelo tabaco.

Nos locais onde se fuma, de acordo com onúmero de cigarros fumados e as condições deventilação (por exemplo, em recmtos fechadose com ar condicionado), as concentrações de mo­nóxido de carbono e de partículas de outros sub­produtos do tabaco são em tal concentração, quetorna o ambiente um ar malsão, pior de dez amilhares de vezes o ar saudável recomendadopelaOMS.

Recentemente (1986) o "Departmento ofHealth and Human Servíces'', dos Estados Unidos,divulgou um trabalho onde se afirma que a fuma­ça que o tabagista involuntário inala, é mais peri­gosa do que o fumante absorve, porque a domeioambiente contém de 2 a 73 vezes mars a concen­tração dos subprodutos do tabaco. Isto quer dizerque quem não fuma, além de inalar produtostóxicos que não deseja e para a produção dosquais não contribui, acaba sendo submetido auma verdadeira agressão tóxica involuntária.

Na fumaça do meio ambiente encontram-seelevadas concentrações de vários subprodutos tó­xicos, como por exemplo, nicotina, monóxido decarbono, acroleína, formaldeído, além de benzo­pireno, nitrosaminas e polônío-Zl O, elemento ra­dioativo, emissor de raios alfa, esses três últimosprodutos comprovadamente carcinogênicos.

Observe-se bem o que afirmam alguns dosmais conceituados órgãos científicos do mundo:o "Department of Health da Human Services"(USA, o British Medicai Journal, o New En­gland Journal of Medicinee The Lancet:

"Em cerca de 8 horas de exposição à polui­ção pela fumaça do tabaco, a carboxíhemo­globina pode atingir taxas de 8%, ou mais,nos fumantes passrvos...e este pode inalar,no fim de uma jornada de trabalho, o equiva­lente de 1 a 4 cigarros"

A carboxihemoglobina é um índice que serve,além de outros, para avaliar o grau de exposiçãodos fumantes involuntários uma vez que ela derivada uruão do tóxico monóxido de carbono coma hemoglobina do sangue, espoliando-o de partedo seu oxigêmo.

Os produtos poluentes do cigarro se dispersamhomogeneamente na atmosfera ambiental atin­gindo todo o ambiente, principalmente onde fun­ciona o ar condicionado.

Assim sendo, tanto os não-fumantes colocadospróximos, como os mais distantes acabam absor­vendo praticamente as mesmas substâncias tóxi­cas do mero ambiente poluído. Por aí se vê quea separação nos aviões não significa nada, a nãoser o que diz respeito a odor e a irritação diretada fumaça.

Na vida urbana atual, não se pode escapar dapoluição pelo cigarro. Ela está presente em todosos locais de trabalho, de lazer, de estudo e aténo próprio lar.AOMS considera o fumo do tabacocomo a maior e a mais comum fonte poluidoraambientaL

Mas, se não podemos evitá-la, podemos pejomenos dlmmui-la em locais fechados, cujo am­bíente é artíflcralmente controlado, príncrpalrnen­te com elevada concentração de pessoas que neleficam por várías horas, como acontece no plená­rio, nas reuniões da Assembléia Nacional Cons­tituinte.

Que os vários parlamentares queiram fumar,tudo bem. Mas que, ao fumar não prejudiquema saúde e a liberdade daqueles que não queremfazê-lo. Considerando-se que, mais da metadedos parlamentares do colegiado da AssembléiaNacional Constituinte não fumam, ou seja, umamaioria absoluta, apresentamos este projeto deresolução acreditando que ele representa o desejodessa expressiva maioria de parlamentares. ­Elias Murad - Antonio de Jesus - Ricardo Izar-Agripino de Oliveira Lima - Del Bosco Amaral- Daso Coimbra - Paulo Zarzur - Miriam Por-tela - Tito Costa - Márcia Kubitschek - Expe­dito Machado - Inocêncio Oliveira - Ângelo Ma­galhães - Valmir Campelo - José Camargo ­Júlio Campos - Antonio Câmara - Hélio Rosas- Oswaldo Bender - Antonio Salim Curiati ­Delfim Netto - Jarbas Passarinho - Gerson Pe­res - Amaral Netto - Amold Fioravante -JoséLins - Francisco Carneiro- Adauto Pereira ­Annibal Barcelos - Jonas Pinheiro - (lbrratanSpinelli - José Luiz Maía - Virgilío Galassi -

Bonifácio de Andrada - Farabulini Júnior - Só­lon Borges dos Reis - Affonso Camargo - Mes­sias Soares - Fábio Raunheitti - Luiz InácioLula da SIlva - Samir Achôa - Edésio Farias- Vicente Bogo - Gabriel Guerreiro - AugustoCarvalho - Edmilson Valentim - Aldo Arantes- Waldyr Pugliesi - Nílso Sguarezi - PauloPaim - Raimundo Resende - Rosa Prata ­Dalton Canabrava-c- Sandra Cavalcanti - RaquelCândido - Alceni Guerra - Gastone Righi ­José Ulisses de Oliveira - Mário Assad - SilvioAbreu - Oswaldo Trevisan - Eduardo Jorge- Virgílio GUImarães -José Elias -João Paulo- Carlos Moscom - Siqueira Campos - OscarCorrêa - José Teixeira - Victor Faccioni - AfifDommgos - Alexandre Puzyna - Joaquim Su­cena - Simão Sessjm - Joaquim Bevilacqua- Jorge Vianna - Ezio Ferreira - Celso Dou­rado - Luis Roberto Ponte - Irapuan Costa Ju­nior - Alércio Dias - Eliel Rodriques - FaustoRocha - Mário de Oliveira - Orlando Pacheco- Jayme Paliarin - Sotero Cunha - João deDeus - GIdel Dantas - Roberto Rollemberg ­Ayrton Sandoval - Michel Temer - Osmundo

Rebouças - Fernando Santana - Mauro Miran­da - Costa Ferreira - Chagas Duarte - JallesFontoura - Arterur Werner.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Sen­do evidente a falta de quorum em plenário paraque se proceda à votação da matéria constanteda Ordem do Dia, a Presidência, nos termos do§ 20 do art. 3Sldo Regimento Interno, concederáa palavra aos Constituintes que dela queiram fazeruso

Concedo a palavra ao nobre Constituinte Adyl­son Motta.

O SR. ADYLSON MOlTA (PDS - RS) ­Sr. Presidente, Srs. Constituintes, devemos iniciarhoje a votação, nesta Casa, de um título que meparece dos mais importantes e polêmicos.

Há dias aguardamos que alguns acertos e ne­gociações sejam feitos, de forma que as propostasa serem votadas se aproximam, pelo menos, damédia daquilo que a Nação espera seja decididonesta Assembléia, superando radicalismos e posi­ções pessoais, mas atendendo, no mínimo, àsexigências que a sociedade brasileira faz.

Sr. Presidente, vejo agora com tristeza que esta­mos numa sessão em que se pronuncia falta dequorum.

Tenho firmado o propósito de assumir os meuscompromissos, vir aqui votar, estar presente àssessões - e nada faço além do que é minhaobrigação. Mas chegou o momento, Sr. Presi­dente, de dizer que não aceito mais ficar bancandoo palhaço nesta Casa, dando plantões, esperandoalguns irresponsáveis que não vêm cumprir comas suas obrigações. Hoje, participei da reuniãocom os Constituintes que permanentemente es­tão aqui presentes, sábado, domingo, de manhã,à noite. Não vamos mais aceitar esse tipo de com­portamento. (Palmas.) Queremos uma providên­cia objetiva, enérgica, por parte da Mesa A Naçãotoda está voltada para esta Casa, e tanto quemtrabalha como quem não trabalha está levandoa pecha de ocioso, de desidioso no cumprimentode suas obrigações. Vou protestar diariamente,se for o caso, e aderirei a qualquer miciativa, qual­quer proposta que se tome, no sentido de se fazer

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uma verdadeira rebelião contra essa situação. Seique as dificuldades de ordem regimental e atéde ordem constitucional são grandes, mas quan­do o interesse maior da Nação está em jogo,acho que temos de, com a maior urgência, procu­rar uma solução para coibir esses abusos, quehoje estão denegrindo os trabalhos da AssembléiaNacional Constituinte e nos expondo ao ridículoe à desmoralização pública.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - AMesa informa, a propósito da reclamação do ilus­tre Constituinte Adylson Motta, que, diante de tan­tas e incontáveis reclamações relacionadas coma falta de quorum para que a Assembléia Nacio­nal Constituinte desenvolva o seu trabalho a con­tento dos anseios daqueles que freqüentam a Ca­sa e, por que não dizer, também da Nação, aMesa Executiva, presidida pelo ilustre ConstituinteUlysses Guimarães, adotou hoje providências nosentido de que aos Constituintes faltosos sejamaplicadas medidas que têm caráter de puniçãopecuniária e que já devem ter sido divulgadaspor S Ex' tão logo terminaram os nossos traba­lhos. Consequenternente, prestamos esta infor­mação para que os Srs. Constituintes fiquem cien­tes e conscientes de que a Mesa, em nenhuminstante, tergiversou no cumprimento do seu de­ver, mas apenas examinava a matéria à luz dospreceitos legais, uma vez que envolve questãode alta indagaçãojurídica.

Concedo a palavra ao nobre Constituinte OlivioDutra.

O SR. OLiVlO DUTRA (PT - RS. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, com todo orespeito à Mesa do Congresso Constituinte e àssuas decisões, espero, no entanto, que esta deci­são anunciada pelo Presidente dos trabalhos des­ta sessão não seja mais uma das decisões defim de semana, que, depois, no decorrer dos diasúteis, são esquecidas.

É bom lembrar que esta decisão contrasta como que lemos na imprensa como declarações doPresidente do Congresso Constituinte, o Sr. Depu­tado Ulysses Guimarães, de que já havia desistidode punir os faltosos. Esta decisão da Mesa con­trasta com esta afirmação atribuída ao Presidenteda Constituinte. Espero que possa a Mesa, coleti­vamente, chamar a atenção dos faltosos em res­peito à Nação, que deseja que os trabalhos daConstituinte sejam levados a efeito por todos nós.

Sr. Presidente, SI"'" e Srs. Constituintes, anteon­tem o Presidente do BNDES esteve depondo naComissão que fiscaliza os atos do Executivo.Aquela autoridade levou à Comissão uma espéciede projeto de privatização de várias empresas pú­blicas, assinado pelo Presidente Sarney.

Percorre esta Casa abaixo-assinado com maisde 270 assinaturas de Congressistas pedindo asustação dessa política de privatização das empre­sas públicas sem que antes passe pelo crivo dodebate do Congresso e da Nação. O documento- informa-me a ilustre Constituinte Dirce TutuQuadros - já está em mãos de S. Ex', o Presi­dente da República, encaminhado pelo MinistroCosta Couto.

É preciso haver respeito a uma deliberação ea um sentimento majoritários no Parlamento.Queremos, como representantes legitimos do po­vo brasileiro, por termos um mandato obtido atra-

vés do voto, discutir as propostas de estatizaçãoou privatização. Achamos que existem setores queprecisam ser privatizados, mas em outros setoresjá estatizados as empresas precisam ser apenassaneadas. Muitas empresas que estão sendoapontadas para serem entregues à iniciativa priva­da são essenciais à soberania nacional, sendoque algumas delas prestam inestimáveis serviçose são lucrativas,

Portanto, Sr. Presidente, queremos deixar a nos­sa advertência de que essa política de privatizaçãotem por trás o interesse do grande capital mono­polista financeiro e dos grandes grupos econô­micos nacionais e rnultínacionaís. É preciso quea Nação esteja atenta para isso.

Outro registro, Sr. Presidente, é que esta Casavai, em seguida, discutir e delibetar sobre a ordemeconôrruca. A ausência de vários Parlamentareshoje, provavelmente amanhã e depois de amanhãé uma tática, urdida pelo bloco denominado"Centrão", para impedir ou protelar a discussãodesse tema, na medida em que ainda não searticularam entre si o grande empresariado nacio­nal, o setor financeiro e o Palácio do Planaltopara vir aqui como rolo compressor e impedirque propostas progressistas e de interesse da Na­ção tenham aprovação de imediato nesta Casa.

Aausência de Constituintes nesta sessão e nou­tras, até que se articulem entre si, é uma atitudecontra o interesse da maioria do povo brasileiroe, sem dúvida alguma, uma artimanha para quea vontade da Nação seja, mais uma vez, golpeadapelo setor privilegiado, representado aqui dentropelo "Centrão'',

O SR. PAULO MARQUES (PFL - PE Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs Constituintes, venho hoje a esta tribuna doCongresso Nacional para denunciar o clima deviolência que assola o Estado de Pernambucoparticularmente na área metropolitana da Grand~Recife.

O que ocorre diariamente naquela região temdeixado abalada e assustada a sua pacata popula­ção, que, indefesa e impotente para qualquer tipode reação, não encontra nas autoridades policiaisproteção para suas vidas e seu patrimônio.

O índice de criminalidade hoje registrado naspáginas policiais dos jornais locais e nacionaisem Pernambuco traduzem bem o quadro de ter­ror em que vive mergulhada a comunidade, acua­da, amedrontada e insegura.

Em Pernambuco, assassinos profissionais exer­cem com plena desenvoltura as suas atividadescriminosas, exterminando vidas humanas, for­mando os aterrorizantes esquadrões da morte,sem que haja nenhuma repressão mais rigorosaa esses terríveis cnrnes, nem punição dos culpa­dos.

Aliás, impunidade é uma palavra que está incor­porada no dicionário macabro do sindicato damorte em Pernambuco, pois dificilmente um cri­me é desvendado, trazendo à tona seus autores,confirmando-se, portanto, o desinteresse de umapolícia que não trabalha porque falta-lhe motiva­ção, ânimo, recompensa, munição, viaturas e ar­mas.

Em Pernambuco, todos sabem que tanto a Polí­cia Militarcomo a Policia Civilvivem hoje de baixossalários e raras promoções, desanimando aquelesque cuidam da segurança pública da população.

Um exemplo dessa impunidade reinante princi­palmente nas cidades do Cabo, Jaboatão, Cama­ragibe, Olinda e Paulista é o bárbaro crime deque foi vítima, no Munidpio de Cabo, o jovemprofessorJosé Panta Leão Júnior, eménto educa­dor naquela cidade, Iider na comunidade, figuraexemplar de cidadão e uma das revelações danova geração política local, com uma eleição devereador praticamente garantida para a CâmaraMunicipal daquele município, fruto do seu traba­lho em prol dos humildes e necessitados.

O Professor Panta Leão Júnior foi barbaramen­te assassinado na fase mais vibrante da sua juven­tude, com pouco mais de trinta anos de idade,quando elaborava seus planos para pôr em práticasuas ativídades públicas e profissionais.

Na ocasião do seu sepultamento estive pessoal­mente na delegacia de polícia local, ao lado desua família, para exigir providências enérgicas eimediatas das autoridades, que hoje, apesar dotempo, e passados mais de dois meses de suamorte, ainda não concluíram o inquérito policiale nem prenderam os seus assassinos

Isto, na verdade, é uma repetição do que vemocorrendo nos últimos tempos nesta cidade. Oscrimes são insolúveis, os assassinos profissionaisse multiplicam e andam à solta; as familias enluta­das se recolhem aos prantos e, receosas de qual­quer retaliação, fogem da cidade, vão morar nou­tro lugar, a exemplo do que ocorreu com a famíliado Professor Panta Leão Júnior.

Isto, efetivamente, não pode continuar. Isto temque acabar! O Governo de Miguel Arraes temque dar condições à polícia do nosso Estado,para que ela possa trabalhar e cumprir a sua mis­são maior, que é a de proteger a sociedade edar à comunidade o direito de ir e vir sem sermolestada.

O que se vê hoje é uma instituição em depri­mente processo de deformação e desvalorizaçãopor parte da sociedade. Ninguém confia, hoje emdia, no que a Polícia faz...

Quero, portanto, formular daqui veemente ape­Io ao General Evilásio Gondim, Secretário de Se­gurança Pública do Estado, para que designe emcaráter de urgência um delegado especial parainvestigar a fundo esse crime hediondo e todosaqueles praticados, misteriosos, insolúveis, semconclusão.

É de fundamental importância que a políticade segurança pública em Pernambuco passe poruma reformulação, pois nenhuma instituição po­de ser eficiente se não se modernizar, reformaras estruturas arcaicas e obsoletas que lhe segu­ram. A credibilidade da Polícia só poderá ser res­gatada com uma atuação mais eficaz. Jamais elasairá do marasmo e do imobilismo, se pão procu­rar este caminho de recuperação perante a popu­lação. Valores humanos não lhe faltam. Quadrosa Secretaria tem: delegados formados, especia­lizados, qualificados para o exercício da função,de uma nova geração advinda das faculdades epreparados nas academias de polícia, instituídaspara a formação de bons policiais. Mas falta-lhesaparelhagens e condições funcionais para traba­lharem.

Ao clamar desta tribuna por justiça para o as­sassinato de que foi vitima o Professor Panta LeãoJúnior, estou aqui interpretando ao mesmo tempoo sentimento de revolta e justiça de outras cente­nas de famílias enulatadas que tiveram parentes

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Abril de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9761

e amigos torturados, mortos, esquartejados e ain­da continuam ameaçadas pela sanha insaciávelde pistoleiros a serviço de interesses inconfes­sáveis e de poderes ocultos, que continuam impu­nes e desafiando as leis, as autoridades consti­tuídas, a sociedade e a paz.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

oSR. LEZIO SATHLER (PMDB- ES. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Consti­tuintes, no momento em que esta AssembléiaNacional Constituinte se prepara para a votaçãode um título tão importante e que vem merecendodestaque de todos os jornais deste País, a Confe­deração Nacional da Indústria e o Dampi promo­vem essa companha publicitária, chamando aatenção não só dos Srs, Constituintes, mas detoda a Nação para o setor da pequena indústria.Na sua publicidade, traz números impressionan­tes em relação ao emprego, que chega a 77,3%de mão-de-obra ativa, totalizando cerca de 97,3%dos estabelecimentos existentes e produzindo70,5% dos bens da indústria, chamando, por issoa atenção do Govemo federal. Vamos esforçar­nos para garantir no texto constitucional um trata­mento diferenciado, justo e necessário para a pe­quena empresa, que tem representatividade nãosó na expressividade dos números que a com­põem, mas na importância do processo produtivode nossa economia.

Queremos alertar o Govemo federal para a polí­tica econômica implantada, que vem submetendoesse setor produtivo à mais profunda crise. Comoresultante do endividamento e da especulaçãofinanceira que aí está, esse setor da nossa econo­mia passa realmente por maus momentos. Sefizermos uma consulta, sobre os diversos setoresde economia, chegaremos a um ponto até depessimismo. Muitos estão a perguntar de queadianta estar inserida no texto constitucional essagarantia de tratamento diferenciado, se a políticaeconômica leva o Governo à quebradeira, à ban­carrota geral a que estamos assistindo.

Por isso, neste momento, deixamos aqui regis­trada, não só a nossa preocução como tambémo pedido de ação por parte do Governo federal,para que, assim como nós, constituintes, estamostendo a sensibilidade, a sensatez e a inteligênciade ver amparado no texto constitucional esse di­reito justo, essa garantia da pequena empresa,que S. Ex', o Sr. Presidente da República, os minis­tros da área econômica e as autoridades compe­tentes tomem providências saneadoras para essesetor.

o SR. VICTOR FACCIONI (PDS - RS) ­Sr. Presidente, SI"" e Srs Constituintes, o Brasilestá vivendo um quadro de indefiniçóes, de con­seqüências imprevisíveis. Creio que custará muitocaro para o País a recuperação do tempo quese está perdendo. Enquanto a população cresce,os problemas agravam-se e multiplicam-se. Deum lado, a falta total de uma política econômicae social definida e, de outro, a Constituinte ficamarcando passo e não conclui seus trabalhos.

O Presidente da Constituinte, Deputado UlyssesGuimarães, havia anunciado a promulgação danova Carta Constitucional para setembro do anopassado; depois, para 15 de novembro passadoe, finalmente, para hoje, 21 de abril, quando sehomenageia Tiradentes, o herói da liberdade, e

também se reverência a memória de Tancredo. Neves, o pai da Nova República -, lamentavel­mente falecido antes que esta se instalasse

Creio que a Constituinte está, acima de tudo,mostrando o fracasso dos nossos partidos políti­cos. O Presidente da Câmara é também presi­dente do maior partido da Constituinte, o PMDB,com número suficiente para, sozinho, fazer fun­cionar a Assembléia Nacional Constituinte. No en­tanto, S. Ex' não consegue, sequer, a presençados membros do seu partido para que a Consti­tuinte possa deliberar.

E, se lembrarmos a existência da Aliança De­mocrática, composta pelo PMDBe pelo PFL,tería­mos que recordar que as duas agremiações, jun­tas, representando a Nova República, formam 2/3dos membros desta Assembléia. Não se conhece,porém, uma proposta de uma dessas bancadasdirigida à Nação, feita antes ou mesmo depoisdas eleições, já que estão divídídas em blocosque se multiplicam em facções, que se digladiame se combatem mutuamente.

Que dizer, então, dos partidos menores, se nãoque, mesmo que o quisessem, não tenam númerosuficiente para deliberar

Para quando se projeta agora a conclusão dostrabalhos da Constituinte? É dtfícil prever. E háos que interpretam até essa morosidade dos tra­balhos para a conclusão da nova Carta Constitu­cional como um esquema preparado por algunspara postergar certas sltuaçôes-c-Jnclusive, paraevitar eleições.

Sr. Presidente, quer queiram quer não queiram,o Brasil tem um encontro marcado com a Históna.E nós temos que efetivar este encontro o quantoantes. Quanto mais esperarmos, pior, pois o agra­vamento dos problemas com que se defronta opovo brasileiro poderá fazer com que se chegueaté a um impasse.

Creio, Sr. Presidente, que é hora de chamarmosà responsabilidade as lideranças maiores da As­sembléia Nacional Constituinte e da sociedadebrasileira como um todo, para, nesse contexto,estabelecermos a responsabilidade dos partidospolíticos. Que cada um convoque, portanto, seusmembros ou expulse de seus quadros aquelesConstituintes que, contumazes ausentes, deixamde aqui cumprir seu dever, comprometendo, as­sim, a finalização do texto constitucional.

Ouvi V.Ex", Deputado Jorge Arbage, que agorapreside esta sessão, dizer que o Presidente titular,Deputado Ulysses Guimarães, determinou penapecuniária para os que faltem a mais de quatrosessões. Diante dessa informação, mamfesto mi­nha surpresa pelo fato de até esta data os faltososestarem recebendo normalmente seus subsídiosou vencimentos com as respectivas vantagens,independentemente da obrigatoriedade de pre­sença. Quanto a nós outros, temos sistematica­mente participado dos trabalhos da Constituinte,para tanto abdicando de qualquer outra atividade.Estamos aqui com dedicação exclusiva. Consi­dero, por conseguinte, impróprio que a Mesa setenha dado ao luxo de pagar, até aqui, os faltosos.O mínimo seria que os faltosos não estivessempercebendo vencimento algum. (Palmas.)

O SR. ERALDO TRINDADE (PFL - AP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr'"e Srs. Constituintes, votaremos dentro de maisalgumas horas, neste plenário, o Capítulo refe-

rente à Ordem Econômica. É patente a preocu­pação de muitos Constituintes, que procuram de­fender a soberania nacional, diante do que sevai discutir e, fundamentalmente, do que se vaivotar.

V. Ex', Sr. Presidente, é testemunha de que,desde que aqui chegamos, temos feito inúmerospronunciamentos sobre a necessidade de se na­cionalizar o subsolo. Nossa região, a região ama­zônica, centrahza o monopólio de rnultmacíonaiscomo a British Petroleum, que atua, no Brasil,através de 112 empresas, detentoras de área equi­valente a 192.000 km",

Sinto-me satisfeito ao observar, no corredor daCâmara, um mapa que procura alertar os Consti­tuintes para a necessidade de se manter o textodo art. 206, do projeto da Comissão de Sistema­tização. Muito mais satisfeito me sinto ao receber,em meu gabinete, cópia de uma carta aberta aosConstituintes, respaldada por entidades de granderepresentatividade neste País, como a SociedadeBrasileira de Imprensa, a Sociedade Brasileira pa­ra o Progresso da Ciência e a Coordenação Nacio­nal dos Geólogos. Para mim, o mais importanteé o que destaca o seguinte:

"É inadiável o estabelecimento da sobe­rania nacional sobre os recursos mineraisbrasileiros, assegurando, no texto constitu­cional, que a lavra das jazidas minerais sópoderá ser efetuada por brasileiros e empre­sas nacionais. Assim, torna-se fundamentaladotar também a definição de empresa na­cional dada no art 200 do Projeto de Consti­tuição, onde é imperativo que o capital nacio­nal seja o grande privilegiado."

MaiS adiante, o documento apresenta detalhestécnicos de alta relevância especialmente os queretratam a participação de grupos estrangeirosdetentores de 401.752 km2 de área para explo­ração.

Gostaria de conclamar os nobres Constitumtespara que lutemos, votando conscientemente pelamanutenção do texto do art. 206, que destaca:

"As concessões de pesquisa e lavra devemser dadas a empresas brasileiras ou empre­sas constituídas no Brasrl.'

Muito obrigado.

O SR. MÁRIo MAIA (PDT - AC. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, SI"" e Srs.Constituintes, o Banco Central, por intermédio deseu Presidente, Elmo Carnões, afirma que a de­missão dos 19 funcionários, ocorrida por causada greve, será mantida. A ele não importa a defesada garantia do emprego de seus subordinados.Importam, sim, aqui com servilismo e manter seupróprio cargo. O Presidente do Banco Central secomprometeu a defender os funcionários do Ban­co. Não o fez.Ao contrário, está participando des­sa agressão inominável, desse arrocho, dessapressão que o Govemo Sarney faz sobre os fun­cionários públicos civis e militares, como se estesfossem os responsáveis pelo descalabro de suaadministração.

Na verdade, o PMDB é o grande responsávelpor tudo isso. Se, realmente, o PMDB quisesse,há muito teria tirado o Sr. Samey do Governo,inclusive convocando eleições diretas logo apósa morte de Tancredo Neves. O PMDBjulgou que

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9762 Sexta-feira 22 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUII\TE Abril de 1988

Sarney poderia ser, talvez, até mais fácil de sercontrolado que Tancredo. Deu-se mal. Sarneyaliou-se aos antigos companheiros e o PMDB,que fez 22 governadores, hoje está rachado. Foidestruído por Sarney. Bastava a umão dos gover­nadores para que fossem realizadas eleições dire­tas para Presidente da República. Se o PMDB ti­vesse feito isso logo no início, o Presidente seriaUlysses Guírnarães ~ o PMDB um partido umdoe forte. Mas o físloloqrsrno, a omissão e o medoo impediram

Enquanto isso, o povo sofre, vem o desalentoe o funcionalismo civil e militar fica à mercê daprópria sorte e da incompetência desses tecno­cratas da área econômica, pOIS aqueles que, porforça do cargo, deveriam defender o funciona­hsmo, se acomodam na omissão e na defesa dospróprios interesses. Anualmente, deixam o serviçopúblico entre 5 e 7% de servidores, seja por apo­sentadoria, morte, invalidez, demissão etc. Bas­tava ao Governo admmistrar esse fluxo, e seriaconseguida razoável economia. Mas isso é esperardemais do Governo Samey.

O Departamento Nacional de Produção Mineral- DNPM, informa que em 1986 apenas 30%da produção de ouro foi comercializada pelos ca­mmhos leqais: 70% o foi ilegalmente, através docontrabando. Em quatro anos o Brasil perdeu2,9 bIlhões de dólares, apenas com o descammhodo ouro. São toneladas de ouro que o País perdeanualmente.

Essa incompetência administrativa, natural­mente, é jogada sobre os ombros de todos osservidores, militares e civis - estes estão "pagan­do o pato". Aqueles do Banco Central, os 19,pagam com a demissão, com o próprio emprego.

O povo julgará, e o PMDB,certamente, pagarápor essa omissão, o que será lamentável.

Sr. Presidente, que haja eleições para Presiden­te da República ainda neste ano de 1988.

A SRA. DIRCE TUTU QUADROS (PTB ­SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Sras e Srs. Constituintes, o jornal Folhade S. Paulo, em sua edição de hoje, em Impres­sionante reportagem assinada pelo conceituadojornalista João Batista Natali, traz a público maisum escândalo do atual Govemo.

Trata-se de um caso estarrecedor de corrupçãoadministrativa, hoje tão em moda neste País. Nocaso, a Fundação de Amparo ao Estudante (FAE),vinculada ao Ministério da Educação e respon­sável pela merenda escolar distribuída em todoo Brasil, gasta dinheiro público para alimentar524 mil crlanças-festasmas no Maranhão, alémdas 949 mil matriculadas na rede pública, atingin­do o expressivo número de 1 milhão 474 milbocas para serem alimentadas diariamente.

Mas, piores do que o exemplo do Maranhão,são os números que apontam, nos 23 Estadosda Federação, 5 milhões e 300 rml refeições exce­dentes/dia. Fato sumamente grave, em que a mal­versação de dinheiro público é evidente e com­provada.

O Sr. Paulo MIranda, maranhense Diretor daFAE, encarregado do setor de merendas escola­res, sobre quem pesam bem fundadas acusaçõesde enriquecimento ilícito, formuladas desta tribu­na pelo Constituinte Onofre Corrêa, chega ao des­plante de dizer à Folha que é "obrigado a fornecer

alimentação para uma clientela que não é qualifi­cada por seu corpo de assessores" e que os mes­mos números são definidos "pelas SecretariasEstaduais de Educação, e eu preciso acreditarnos números que elas me fornecem".

Espero que esse fato, marcado por indícios vee­mentes de corrupção não passe despercebidopela CPI do Senado que apura a corrupção quecampeia solta e grossa nos dias de hoje

Na oportunidade, refresco a memóna de unspoucos interessados, no sentido de que há maisde um mês já haviam os feito a convocação desteSr. Paulo Miranda, para que comparecesse à Co­missão de Físcahzação e Controle da Câmara dosDeputados a fim de prestar depoimento.

Gostaria, também, mui respeitosamente, delembrar ao Presidente da Casa, Sr. Ulysses Guima­rães, que o Partido que V. Ex' preside, sozinhopossui o quorum necessário à realização dos tra­balhos da Assembléia Nacional ConstItuinte. Sehoje e amanhã não houver quorum, vamos orga­nizar aqui um grande movimento, para o qualesperamos contar com a colaboração da impren­sa brasileira.

o SR. ANTÔNIO DE JESUS (PMDS - ao.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.Constituintes, neste momento desejo congratu­lar-me com o Constituinte José Genoíno, invete­rado consumidor de cigarros e que, tomandoconsciência dos efeitos maléficos do fumo, acabade fazer uma confissão: a partir de hoje está libertodo hábito de fumar.

Receba nossos parabéns, nobre Deputado JoséGenoíno, por se libertar desse vicio.

Outro assunto, Sr. Presidente.Hoje completam-se 196 anos da morte trágica

de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes,mártir da Idenpendência e patrono cívico da Na­ção brasileira.

Foi ele executado no dia 21 de abril de 1792,no Rio de Janeiro. Analisava, na época, a Consti­tuição dos Estados Unidos e a independência nor­te-amencana. Tinha a personalrdade de um so­nhador, de um idealista, sendo, ao mesmo tempo,um espírito prático. A idéia de uma revoluçãolibertadora, a exemplo da que havia ocorrido naAmérica do Norte, amadureceu no pensamentode Tiradentes, à medida que tomava consciênciado potencial de sua terra e da exploração de queera VÍtima seu povo, por parte da metrópole.

Esperamos que, neste dia, quando se comemo­ram quase dOIS séculos da morte de Tiradentes,possamos extrair alguma lição prática. Ele se ins­pirava, repito, no exemplo da nação norte-ame­ricana - conquistada por ingleses de formaçãocristã - para qui, talvez, aproveitar circunstânciaseventualmente semelhantes às que resultaram naproclamação da independência dos Estados Uni­dos e fazer com o povo brasileiro, além de tornar­se independente, lograsse um perfeito desenvol­vimento.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB ­SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sras e Srs. Constituintes na votação do Capítuloda ordem econômica nos posícionarernos em de­fesa da pequena indústria, que emprega 77% damão-de-obra ativa e totalíza 97% dos estabeleci­mentos existentes, produzindo 70% dos bens in­dustriais do País.

Exiqnnos também um tratamento diferenciadopor parte do Govemo às microempresas, espe­cialmente no que diz respeito aos programas fis­cais. Os que elaboram esses programas não têmconhecimento da realidade nacional. Fechadosem gabinetes, redigem complicados programase, depois, os agentes da fiscalização acabam sen­do criticadosde forma incompreensível, pelos co­merciantes, em face das posições por eles assu­midas.

É o que acontece presentemente em São Paulo,onde um grupo de fiscais, no exercicio de suaatividade, vem sendo tratado pela polícia comose bandidos fossem. Esse tratamento não é corre­to. Pelo fato de terem um local própno de trabalhonão podem ser desrespeitados.

Quero aproveitar a oportunidade para repudiaruma nota que circulou esta semana, em um jomalde São Paulo, segundo o qual eu teria feito algu­mas acusações a companheiros do PDT.Aorepu­diar referida nota, gostaria de dizer que os compa­nheiros do PDT merecem meu maior respeitoe, por conseguinte, jamais eu tena a indelicadezade sobre eles fazer qualquer tipo de comentáriodesairoso

O SR. FARABUUNI JÚNIOR (PTB - SP.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Sr'" e Srs. Constituintes, dentro de alguns diasaqui se discutirá uma das questões mais impor­tantes, de interesse da população economica­mente fraca deste País. Refiro-me à assistênciamédicc-hospnalar destinada pelo Estado aos tra­balhadores em atividade e aos aposentados. Refi­ro-me ao sistema implantado no País e estrutu­rado tendo em vista a assistência médico-hos­pitalar da rede oficial.

Deixo para V. Ex" o exame dos dados reaise me permito também contar com a crítica queacaso desejem fazer, até porque V.Ex'" serão con­vocados, como eu, para opinar a este respeitoe votar o texto constitucional na parte relativa àsaúde pública, o que envolve a necessidade dediscernimento quanto à assistência prestada à Na­ção pelo Poder Público e por entidades particu­lares.

Referir-me-ei a dados oriundos de São Paulo,cuja população aqui represento.

Em São Paulo, temos 5 hospitais da rede oficialda União, todos na Capital, 100 postos de assis­tência médica, na Capital, além de 73 postos deassistência médica no interior. Tal estrutura apre­senta um déficit de funcionários da ordem de39%, dos quais 83% correspondem à falta depessoal de nível médio, compreendendo técnicosde laboratórios, auxiliares de Raío-X, enfermeirasetc.

Os hospitais Hehopólis, lpiranga, Brigadeiro,Darci Vargas e Leonor Mendes de Barros (infantil)contam com apenas 1.700 leitos, sendo que suaestrutura está desativada, no mínimo, em 50%.Itens básicos - inclusive médicos - inexistem.Análises clínicas são feitas por terceiros. O bancode sangue está na dependência da aquisição dematerial fora da rede. Todos esses hospitais fun­cionam com equipes contratadas, nos casos deanestesia.

O fato aí está. A análise desses escombros ficapara V. Ex", que hão de decidir ou não sobrea estatização dos serviços de saúde, como que­rem alguns poucos Constituintes. Esses dados

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Abril de 1988 DIARIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9763

gritantes sobre o descalabro a que chegou a redeoficial de saúde servirão de base, acredito, paraque os Constituintes possam examinar a neces­sidade ou não de manter-se a rede particular ativa,sob pena de praticar-se grave erro.

A rede oficial de saúde chegou ao caos, balda­dos os esforços pessoais de inúmeros Parlamen­tares desejosos de melhorar o sistema, como éo meu caso. Falo de São Paulo, por exemplo,eis que conta com 571 municípios e apenas 173postos, sendo certo que apenas 100 destes pres­tam serviços a mais de 8 milhões de habitantesna Capital.

Resultado: constitui um fracasso o atendimentoda rede oficial no que tange à saúde pública.Constata-se aí sua total incapacidade para o plenoatendimento do público. Os trabalhadores depen­dem dos convênios - esta é a realidade. Mesmoassim, são mal atendidos, porque falta a mãoforte e honesta do adrmrustrador, do Inamps, re­sultando toda sorte de desatinos - fraudes, des­vios de verbas e tudo o mais - e em sofrimentopara o pobre trabalhador, único contnbuínte, co­mo se sabe, além do empresário. A União é deve­dora contumaz, não paga suas dívidas à Previ­dência Social. E, portanto, inepta e não pode man­ter a rede de atendimentos, uma vez que sequera administra com vigor.

Esse é o quadro de São Paulo, o maior estadoda Federação em potencial econômico e adminis­trativo. Digam os demais Constituintes o queocorre em seus Estados, para que possamos votarconscientemente o Capítulo referente à saúde,especialmente quanto ao tratamento a ser dadoà rede particular, que tem a seu cargo 75% dosleitos e é responsável pelo atendimento a quase90% do total de intemações no País.

Os que são Deputados Constituintes e que an­teriormente ocuparam a Pasta da Saúde, sabemperfeitamente quanto a Nação precisa da ativi­dade privada no que tange à assistência médico­hospitalar e em que medida o Poder Público des­serve à população nessa área.

Finalmente, sabem S. Ex'" que a atividade priva­da, que tantos serviços prestou a nossa popula­ção, é indispensável, hoje, no suporte à assistênciamédico-hospitalar. Sem ela, certamente, entraráem colapso total o sistema.

No caso da saúde, não se pode, nem de leve,levar em conta o ideológico. Deve-se pensar nosocial, na situação da população carente, que de­manda bom atendimento médico-hospitalar, sejada área privada, seja da área pública, e que deveser proporcionado em toda a sua plenitude.

Aiestá, Sr. Presidente, o documento que tragoà alta consideração dos constituintes ao ensejoda votação do capítulo que diz resoeíto à saúdepública.

o SR. JOSÉ GENoíNO (PT - SP. Semrevisão do orador.) - Sr Presidente, Sr" e Srs.Constituintes, vamos, a partir de hoje, intensificara coleta de assinaturas para a preferência daemenda que, nas Disposições Transitórias, con­voca eleições gerais em 1988. E vamos fazer isso,Sr. Presidente, em função do aprofundamento,da gravidade da crise institucional que se estádelineando com o total fracasso do Govemo Sar­ney, acossado, de um lado, pela impopularidadedas medidas de arrocho econômico e, de outro,

pela falência do seu Governo, que vem à tonacom o resultado dos trabalhos da Comissão Parla­mentar de Inquérito.

Tenho dito, aliás, que, se aquela Comissãoprosseguir com seu trabalho, terá, necessaria­mente, de apresentar algum tipo de proposiçãopara responsabilizar o Presidente da República.

Diante da gravidade dessa crise, quando a pró­pria Assembléia Nacional Constituinte não temlegitimidade nem respaldo, junto à população, pa­ra promover grandes transformações em bene­ficio do nosso povo, é fundamental levantarmosa possibilidade de convocação de eleições, pararenovar o Congresso Nacional em 1988, junta­mente com a eleição de Presidente da República.

Vamos tratar dessa matéria de maneira dife­rente: primeiro, apresentando emenda colocandoa questão dos quatro anos para a eleição presi­dencial, em separado, no caso, nas DisposiçõesTransitórias; em seguida, outra emenda associan­do essa questão à convocação de eleições gerais,já que o grau de deterioração, de avanço da criseinstitucional poderá tornar essa questão uma ne­cessidade política prática e imediata.

Nesse sentido, vamos intensificar a coleta deassinaturas para a preferência dessa emenda nasDisposições Transitórias.

Muito obrigado.

o SR. OSVALDO BENDER (PDS - RS.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr'"e Srs. Constituintes, aproveito este momento paracomunicar aos nobres Srs. Constituintes que en­caminharei Projeto de Leique altera a Lein°5.890,de 8 de junho de 1973, que estabelece normaspara a aposentadoria por invalidez, de seguradosda Previdência social.

O fato é que, com essa lei, se pratica umagrande injustiça em nosso País. Quando a pessoaadoece e se licencia pela Previdência Social, rece­be apenas 70% do que teria direito, se aposen­tado. Muitas vezes a pessoa está licenciada hávários anos. Quando se aposenta, porém, a fixa­ção de seus proventos toma por base o que estárecebendo e não o que contribuiu.

Nosso projeto prevê que, uma vez licenciadotendo a pessa necessidade de aposentar-se porinvalidez,sejam levados em consideração os vaia­res da contribuição, evidentemente atualizados,para que a pessoa não fique o resto da vida rece­bendo migalhas. Na maioria das vezes são pes­soas que contribuíram durante 25 ou 30 anose que, no entanto, se aposentam com proventosínfimos, muito aquém daquilo a que teriam direito.

Pretendemos alterar essa legislação, para fazercom que os aposentados tenham uma aposen­tadoria mais digna, calculada com base nos valo­res da contribuição - evidentemente, reajustadose atualizados.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente.

O SR. CÉSAR MAIA (PDT- RJ. Sem revisãodo orador) - Sr. Presidente, um dos instrumen­tos, de ação, mais importantes do Poder Legis­lativo é o Requerimento de Informações, que, noentanto, se encontra desmoralizado, tanto a níveldo Congresso Nacional, quanto da assembléiaNacional Constituinte. Nem a Mesa do Congresso,nem a Mesa da Constituinte encaminham os Re­querimentos de Informação com urgência. E oGoverno, quando responde, o faz de forma ímper-

feita e, ainda, fora do prazo. É fundamental, por­tanto, Sr. Presidente, que se estabeleçam regrasrígidas para a tramitação do Requerimento deInformações.

Hoje, alias,venho trazer mais um Requerimentode Informações. Ocorre que os Ministros da fazen­da e do Planejamento anunciam que em maiohaverá uma alteração orçamentána. Na verdade,não poderemos discutir a alteração orçamentáriaem, apenas, uma semana. Por isso, peço ao Go­vemo, através do Minstério do Planejamento, quenos informe sobre a execução orçamentária efeti­va referente ao primeiro trimestre - estamos pe­dindo apenas que a execução orçamentária sejaresumida.

Pedimos também que nos seja apresentada aexecução orçamentária efetiva do primeiro tri­mestre do ano passado, para que possamos co­meçar a ter uma visão global das mudanças quese poderão admitir, em função dessa nova pro­posta do Govemo.

Este, o requerimento que tenho em mãos eque encaminho à Mesa.

Era o que tinha a dizer.

O SR. JOSÉ FERNANDES (PDT - AM.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr"e Srs. Constituintes, as Lideranças partidárias doCongresso especialmente na Câmara dos Depu­tados, chegaram a um acc :do para a redaçãodas normas que nortearão as eleições municipaisdo ano em curso. Embora o PFL insista em man­dato-tampão para coincidência de eleições em1990, cremos que, definido o problema relativoà propaganda eleitoral, teremos por conclusa apropota de lei para definir as regras flnais do pleitode 1988. Trata-se de providência necessária, econstituindo-se também em resposta a muitosque jogavam no impasse de não se definiremnormas para o pleito municipal, com VIstas a pror­rogá-lo para o próximo ano.

Ademais, é um novo teste, um novo perfil.Quando aqui chegamos, reabria-se a sessão legis­lativa com um perfil interessante. HaVIa o PMDB,com a maioria absoluta, alguns partidos peque­nos, saindo da situação de dois, três ou até umrepresentante, tentando aumentar a sua partici­pação, e outros minguando. Agora, vamos voltaràs ruas. Vamos ver quem enganou o povo em1986. Vamos ver quem foi coerente com a pro­posta que, nas paliçadas políticas, foi oferecidaao povo brasileiro, apresentando-a, depois, à As­sembléia Nacional Constituinte. Vamos saberquais os que realmente têm o hábito,de sustentar,nos recônditos do Parlamento, o que disseramde público.

Assim, Sr. Presidente, as eleições municipaisdo corrente ano representarão exatamente a umapreliminar para a manifestação do povo, quantoao comportamento de tantos quantos, tendo odever de votar, pouco comparecem a esta Assem­bléia.

Este é o grande problema. Há até alguns quequerem votar com medo de que se fale em elei­ção, já que eleição é, de fato, um pesadelo paramuitos dos que não têm coragem de voltar aospalanques para enfrentar o povo.

Vamos votar, mas antes de o fazermos, votaráo povo em 15 de novembro, dando uma resposta

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9764 Sexta-feira 22 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1988

àqueles que não souberam honrar seu compro­misso.

Era o que tinha a dizer.

o SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - OPlenário reclama, com justa razão, urgência parao início do processo de votação. A Presidênciaapela às SI""' e aos Srs Constituintes que se encon­tram nas dependências do Congresso Nacionalque se dirijam íncontmente ao plenário, a fim deque possamos írucíar a apreciação da Ordem doDia.

Concedo a palavra ao nobre Constituinte Joãode Deus.

o SR. JOÁO DE DEUS ANTUNES (PTB- RS. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,SI""' e Srs. Constituintes, acontece hoje, no RioGrande do Sul, a abertura da semana do Policial.Assim como no Rio Grande do Sul, em todo oBrasil os policiais civis e militares iniciam um tra­balho de conscientização do povo sobre o quefazem em prol do bem e da segurança da nossaNacão.

No RIO Grande do Sul, principalmente, de ondevenho, queremos trazer nossa saudação aos cole­gas pohciais civis e militares, que têm em JoséJoaquim da Silva Xavier, cognominado TIraden­tes, seu patrono.

Esta classe, tão incompreendida, da qual fizparte durante vinte e seis anos -, diutumamentearrisca sua pr6pria vida, muitas vezes em missõespara os quais seus mtegrantes saem sem saberse retornam para o convívio dos seus, para oabraço de suas esposas e filhos, conforme ocor­reu há poucos dias, em Videira, Santa Catarina,quando do seqüestro de dois menmos. Na oca­sião policiais abnegados, sem preocupar-se como outro lado, o dos maus policiais que perpe­traram o crime, em poucos dias conseguiramprender e colocar atrás das grades os seques­tradores

Queremos deixar, portanto, nossa saudação àpolícia brasileíra, a qual me orgulho de haver mte­grado, e cuios quadros confiaram em mim, ofere­cendo-me a possibilidade e as condições neces­sárias para aqui chegar e hoje poder representá-lacondignamente, esforçando-me para que aquelesque não entendem a polícia no Brasil possamtambém vê-Ia com bons olhos. Somente a vêemdesta forma os que, de uma maneira ou de outra,precisam de seus préstimos em horas dífícets edramáticas.

Queremos deixar registrado nos Anais esta da­ta, tão importante para mim, principalmente, dele­gado de polícia que fui no Rio Grande do Sul.

o SR. GERSON PERES (PDS - PA Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Consti­tuintes, a Confederação Nacional da Indústria, soba lúcida direção do eminente Senador AlbanoFranco, tem prestado à Constituinte inestimávelcolaboração para o perfeito desenvolvimento dosnossos trabalhos.. No momento em que se aproxima a votaçãoda parte da nova Carta relativa à Ordem Econô­mica, que trata de assuntos específicos de inte­resse da indústria nacional e, mais particularmen­te, das pequenas e médias empresas, a Confede­ração Nacional da Indústria, entidade presididapor S. Ex", o ilustre Senador Albano Franco, inau-

gura hoje, no Salão Negro da Câmara dos Deputa­dos, exposição que objetiva ressaltar o papel de­sempenhado pelos pequenos e médios empre­sános na economia nacional, sobretudo, comobase de sustentação da livre iniciativa.

Nesta oportunidade, dada a incontestável Im­portância econômica, política e social das peque­nas e médias empresas, gostaria de louvar a inicia­tiva do eminente Senador Albano Franco e con­clamar os ilustres Congressistas para que visitema exposição que, em momento tão oportuno, aquise instala.

O SR. NILSON GIBSON (PMDB-PE. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Consti­tuintes, o nobre e ilustre Constituinte Paulo Mar­ques teceu severas críticas ao Governador MiguelArraes, relativamente, à questão de segurança pú­blica.

Data venia, não tem razão o nobre Consti­tuinte; suas críticas são gratuitas, absurdas, e nós,veementemente, as repelimos.

O índice de criminalidade em nosso Estadonão vem aumentando como afirma o nobre Cons­tituinte O Secretário de Segurança Pública, Gene­ral Evilásio Gondine, bem como o Comandanteda Polícia Militar, Coronel Pessoa, vêm adotandomedidas severas e correta na admmistração dasegurança pública, realizando excelente trabalho.

Sr. Presidente, repelimos, assim, energicamen­te, as críticas feitas pelo Constituinte Paulo Mar­ques ao ilustre Govemador Miguel Arraes.

O SR. CHAGAS DUARTE (PFL - RR) ­Sr. Presidente, SI""' e Srs. Constituintes, estou re­gressando de Roraima, onde estive para participarda Convenção que elegeu a Executiva do meuPartido, e lá assisti a um quadro dos mais revoltan­tes, dos mais desesperadores, com a falta de 61eodiesel, de gasolina, de gás e de álcool hidratado.

É que nessa época do ano o rio Branco temseu leito muito baixo, não permitindo a navega­ção. A BR-174, na condição em que se encontra,é intransitável, dado o estado precário de sua ma­nutenção. Daí por que o abastecimento da popu­lação do Territ6rio acha-se comprometido. Rorai­ma padece a falta de combustíveis, de gênerosalimentícios, enfim, está faltando tudo.

É para denunciar esse estado de coisas que,ao sair desta tribuna, irei ao sr. Ministro das Minase Energia, Dr. Aureliano Chaves, levar um ofíciodo Governador Pinheiro Klein, onde se faz umapelo veemente a S. Ex" e também de viva vozvou dizer-lhe do quadro desesperador em queaquela população se encontra, apelando para queaumente a frota circulante de caminhões de abas­tecimento e de combustível para Roraima, norma­lizando no mais breve prazo possível as condiçõesde abastecimento do temtórío, pois, do contrário,o Governador terá de declarar o estado de calami­dade pública.

Não é de hoje que venho alertando o PoderCentral, sobretudo, o Ministro dos Transportes,para a urgente necessidade de asfaltamento daBR-174, com vistas a garantir a normalidade dotráfego durante o ano. Infelizmente, a minha vozainda não foi ouvida. A escassez dos gêneros ali­mentícios contribui para a elevação dos preçose a especulação. A vida torna-se difícil, senão im­possível para as pessoas que lá residem e traba-

lham, principalmente aquelas de condição mo­desta.

Sr. Presidente, quem vai responder por situaçãotão dramática? o povo de Roraima sente que estádesamparado. Em que pese aos esforços do Go­vernador Roberto Klein para resolver esta e outrasdificuldades que afligem a população roraimense,pouca ajuda S. Ex"tem recebido do Governo Fe­deral. Muito pouco apoio lhe tem sido dado. Aescassez de verbas é uma realidade, deixando-lhepoucas alte iatívas para a admírustraçáo.

Mais uma 'ez apelo veementemente ao Sr. Mi­nistro dos Transportes, Dr. Reynaldo Tavares, emnome do sofrido povo roraimense, em nome doscaminhoneiros que, com a maior dificuldade, le­vam as cargas a Roraima, em nome dos comer­ciantes, que nessa época do ano têm elevadosprejuízos na sua tarefa de abastecer o Territ6rio,para que S. Ex"libere recursos para o asfaltamentoda BR-I74.

Espero que o Presidente Ulysses Guimarães,que nos ouve atentamente, se solidarize conoscoe nos ajude em nossas justas pretensões, paraque o povo de Roraima não continue tão preteridoe esquecido nas suas reivindicações e aspirações,como tem sido até aqui pela Nova Repúbhca.

O SR. sIMÃo SESSIM (PFL - RJ. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sra"e Srs. Constituintes os homens públicos notabili­zam-se pela fecundidade do trabalho que realizame pela importância da obra construída em bene­fício da Pátria e das futuras gerações. Essa fOIexatamente a marca preponderante de Mário Da­vid Andreazza, que ontem foi vencido pela dolo­rosa e longa enfermidade que o acometera.

Andreazza foi, acima de tudo, um forte, umbravo, que soube enfrentar e vencer desafios, des­de os tempos de sua infância de origem humilde,lá no Rio Grande do Sul, e na conquista dos diver­sos postos da carreira militar iniciada na EscolaMilitarde Realengo, no Rio, em 1938. Dedicara-seinteiramente aos estudos preparat6rios para cur­sos militares, saindo aspirante da arma de Infan­taria, em 1940, alcançando sucessivas promo­ções na instituição que ele tanto soubera respeitare dignificar.

Mas foí a partir de sua gestão no Ministériodos Transportes, iniciada em março de 1967, queMário Andreazza viria a demonstrar toda a capaci­dade de realização, típica de um homem comprofunda VIsão dos problemas estruturais brasi­leiros e sobretudo com a devida consciência dasreais necessidades de nosso País.

Ao deixar aquela importante Pasta, já ao finaldo Governo Geisel, Andreazza ostentava invejávelfolha de serviços ao Brasil, dotando o País deuma nova e moderna estrutura de transportes,através da abertura e asfaltamento de estradaspelos mais longínquos rincões e com a execuçãode obras arrojadas, como a ponte Rlo-i-Nlterói,a Transamazôníca e a pavimentação das rodoviasBelém-Brasilia e Belém-São Luís.

Mas o amplo reconhecimento ao seu elevadoespírito público não permitiu a Mário Andreazzamanter-se por muito tempo distante das ativida­des governamentais. E nova missão lhe seria con­fiada, então, pejo Presidente João Figueiredo, pa­ra assumir o Ministério do Interior, responsávelpela ênfase ao desenvolvimento regional, visandoà dimmuição das hist6ricas disparidades econô-

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Abril de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9765

mico-sociais em nossas diversas regiões. Maisuma vez, Andreazza enfrentana grandes desafios,de um lado, inerentes às profundas necessidadesde investimentos simultâneos em áreas básicas,por exemplo, saneamento e habitação, quandoera visível a diminuição da capacidade brasileirade alocar recursos; de outro lado, o Pais expen­mentava a abertura democrática, e o crescimentode disputas por terras, envolvendo grupos de pos­seiros, gnleiros e indígenas, problemas que exi­giam um misto de firmeza e moderação do Minis­tro, atributos que também nunca faltavam a MárioAndreazza

Sua candidatura à Presidência da República,lançada em 1984, refletia o pensamento de pon­deráveis setores do Governo, do PDS e da opiniãopública, que acreditavam ser MárioAndreazza, portoda sua experiência na execução de empreendi­mentos Importantes, o homem certo para fazero Brasd retornar ao clima de pleno desenvolvi­mento da década passada. Mas a derrota na Con­venção do partido, ainda que não o abatesse, le­vou-o a discreto recolhimento, próprio dos quedesfrutam a tranquilidade do dever cumprido

A singela homenagem deste pronunciamento,SI' Presidente, tem, portanto, o sentido da reite­rada expressão púbhca, de respeito e reconhe­cimento a este grande brasileiro, cujo maior lega­do são obras que a história e as futuras gEraçõesde brasileiros irão registrar com a mesma admira­ção daqueles que conheceram e tiveram a felizoportunidade de ter a sua amizade

À famíha de Andreazza - em especial, à suaesposa, D Lilíana, e aos filhos Rubens e Mário- nossas condolências e nosso pesar por tãosentida perda

A SRA. ABIGAIL FEITOSA (PSB - BA.Semrevisão da oradora.) - Sr. Presidente, tenho emmãos documento elaborado por vánas entidadesligadas ao empresariado nacional- Assíbral" Abi­fina, Alanac, Alifar, Adislab, Abrabi e Flupeme ­em que solicitam aos Srs. Constituintes apoio àsmedidas que, na nova Carta, são de mteresse daempresa nacional. Nele se contêm as razões pelasquais esta deve ser defendida.

Gostaria, Sr. Presidente, que o documento emquestão fosse transcrito na Ata dos nossos traba­lhos e constasse dos Anais desta Assembléia Na­cional Constituinte.

DOCUMENTO A QUE SE REFERE AORADORA:

Srs. ConstituintesSalvem a empresa nacionall

O futuro do Brasil está em vossas mãos. Eo futuro de nosso País passa necessariamentepelo futuro da empresa nacional, que empregamais de 80% da mão-de-obra e movimenta maisde 60% de nossa economia.

Os Senhores Constituintes vão votar agora, noTítulo VII, da Ordem Econômica e Fmanceira denossa nova Constituição, o futuro da empresanacional, de nossa economia e de nossa indepen­dência. E esse conceito de independência e de­senvolvimento com soberama, não pode ser ne­gociado.

Nós, empresários brasileiros, que, junto comos trabalhadores, mantemos este País funcionan­do e crescendo, esperamos dos Senhores Consti-

tuintes patriotismo e coragem nesse momento.E que votem pelo texto do relatório da Comissãode Sistematização no artigo 200 e seus parágrafosum. e dois e nos incisos I, 11 e III do mesmo artIgo.

E também de interesse da empresa verdadei­ramente nacional e do desenvolvimento nacionalque votem pelos artigos 254 (e no seu parágrafoúnico) e no 255 (também no seu parágrafo únicodo Título VIII). Abaixo a íntegra dos artigos quepodem salvar a empresa nacional.

Votem conosco. Votem assim:Art. 200 - Será considerada empresa nacio­

nal a pessoa jurídica constituída e com sede noPaís, cujo controle decisório e de capital votanteesteja, em caráter permanente, exclUSIVO e mcon­dicional, sob a titularidade direta ou indireta depessoas físicas domiciliadas no País ou de entida­des de direito público interno

§ 2°_A lei instrtuuá programas destinados afortalecer o capital nacional e melhorar suas con­dições de competitivilidade interna e internacionalmediante:

I - incentivos e benefícios fiscais creditícios di­ferenciados;

II - proteção especial às atividades considera­das estratégicas para a defesa nacional ou parao desenvolvimento tecnológico.

Ill- na aquisição de bens e serviços, o poderpúblico dará tratamento preferencial à empresanacional.

No Capítulo IV, do Título VIII, a empresa nacio­nal precisa ver e aprovados os seguintes artigos:

Art. 254 - O mercado interno integra o patri­mônio nacional, devendo, ser ordenado de modoa viabihzar o desenvolvimento sócio-econômico,o bem-estar da população e a realização da auto­nomia tecnológica e cultural da Nação.

Parágrafo único - O Estado e as entidades deadministração direta e indireta privilegiarão a ca­pacitação Científicae tecnológica nacional, comocntérios para concessão de incentivos, comprase acesso ao mercado brasileiro.

Art. 255 - Em setores nos quais a tecnologiade ponta seja fator determinante da produção,serão consideradas nactonaís as empresas que,além de atenderem aos requisitos defimdos noArtigo 200, estejam SUjeitas ao controle tecnoló­gico nacional em caráter permanente, exclusivoe incondicional.

Parágrafo único. É considerado controle tec­nológico nacional o exercício, de direito e de fato,do poder decisório para desenvolver, gerar, adqui­rir e absorver a tecnologia de produto e de pro­cesso de produção.

Garantindo a soberaniaVotando nestes artigos, parágrafos e incisos,

estaremos garantindo o futuro da empresa nacio­nal e do desenvolvimento econômico e tecnoló­gico de nosso País. Não somos xenófobos. Ape­nas consideramos que nós, empresários e traba­lhadores brasileiros, que tantos sacrifícios faze­mos por nosso País, devemos ter nossas ativida­des protegidas na nova Constituição.

As empresas multmacionais que, como hóspe­des habitam nosso País, como hóspedes devemser tratadas. E sabemos todos que, numa família,os donos da casa não tratam os filhos como hós­pedes e vice-versa.

Esse é o espírito que rege nosso patriotismoe nosso posicionamento. Queremos justiça e pro-

teção (sem protecionismo) para a empresa na­cional.

Confiamos no patriotismo e no espírito públicodos nosso Constituintes. Pela empresa nacional,pelo desenvolvimento com soberania!Assibral-Abifina-AJanac-Allfar-Adlslab-A-

brabi e Flupeme

As 10 razões de porquea empresa nacionaldeve ser defendida

SI' Constitumte:Nós, empresários brasileiros, defendemos a

conceituação de empresa nacional contida no re­latório da Comissão de Sistematização na Assem­bléia Nacional Constituinte. no artigo 200 e aindanos artigos 254 e 255 do capítulo de Ciênciae Tecnologia. Aqui, explicitamos o porquê dessanossa posição:

1 - Porque a empresa nacional mveste no Paíssem remeter divrsas ao exterior.

2 - Porque ela usa a poupança nacional quefica aqui mesmo e não gera dívida externa

3 - Porque cria tecnologia nacional voltada pa­ra nossas necessidades. costumes e sociedade.

4 - Porque ela é permanente e seu futuro estáligado ao futuro do País.

5 - Porque não tem restrições para exportarpara nenhum mercado.

6 - Porque o poder decisório dela permaneceno Brasil em qualquer circunstàncta.

7 - Porque ela emprega mão-de-obra, técni­cos e executivos brasileiros.

8 - Porque paga mais tributos que as outras,já que não possui mecanismos de remessa delucros para o exterior.

9 - Porque fala nossa língua, entende nossasongens, conhece profundamente nosso povo enão poderia nos trazer dissabores. Afinal, se uni­versalmente as pessoas físicas precisam definirsua nacionalidade, estejam onde estiverem, porque não as pessoas Jurídicas?

10 - Porque pesquisa e desenvolve produtosno Pais, criando um capital de conhecimento queenriquece todos os setores produtivos

E porque, como disse o próprio Presidente JoséSarney em discurso na ONU: "A divisão interna­cional do poder passa, e passará cada vez maispela divisão internacional do saber".

Sr. Constituinte, vote com o futuro do Brasil,vote pelas propostas da Comissão de Sistema­tização no artigo 200 e seus parágrafos e incisos,assim como nos artigos 254 e 255

Pela empresa nacional, pelo desenvolvimentocom Soberania.

Assibral-Abina-Alanac-Alifar-Adislab-A­brabi e Flupeme

O SR. PAULO PAIM (PT - RS. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, SI'"' e Srs.Constituintes, gostariamos de cumprimentar aCâmara dos Deputados, que hoje pela manhãpermitiu que eu falasse durante 30 minutos parahomenagear o Dia Nacional dos Metalúrgicos,concedendo-me a presidência dos trabalhos daCâmara como forma de esta Casa prestigiar asolenidade.

Foi importante também, Sr. Presidente, a Câ­mara dos Deputados ter aprovado hoje a realiza-

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9766 Sexta-feira 22 DIARIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1988

ção de uma sessão solene em função do DiaInternacional da Classe Trabalhadora, que é o dia1° de Maio.

Esse requerimento de nossa autoria, para quea sessão solene seja no dia 25, é porque o 1°de Maio recai num domingo e a semana sindicaldos trabalhadores brasileiros inicia no dia 25 deabril

Pretendemos, nesse dia, Sr. Presidente, fazeruma análise da situação dos trabalhadores a nívelnacional e internacional, mostrando, primeiro,que o trabalhador brasileiro é o mais mal pagono mundo e, segundo, que tanto no Brasil comono mundo cada vez se produzem menos alimen­tos e, em contrapartida, aumenta a produção dearmas.

OSR.JUTAHYMAGALHÃE8(pMDB-BA.Pronuncia o seguinte discurso) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, muito antes de se efetivaremas disposições constitucionais que atribuem aoLegislativo competência efetiva como poderConstituído Independente - conforme exige avontade popular -, os sinais de sua autonomiacomeçam a se fazer sentir.

Como que movido pelas deliberações do Plená­rio da Assembléia Nacional Constituinte, ao con­cluir-se a votação em primeiro turno do CapítuloIdo Título IV, o parlamento brasileiro parece ter-selibertado das amarras que o subjugavam à vonta­de do Executivo, e já passa a dar mostras derecuperação de forças, tomando, de fato, a dian­teira das aspirações nacionais.

Exemplos há muitos, mas o realmente signifi­cativo e mais atual é, sem dúvida, o funciona­mento independente da Comissão Parlamentarde Inquérito que investiga as mazelas adminis­trativas ocorridas no Executivo, referentes à inter­mediação de verbas públicas e de sua ilação comos mais altos escalões do Governo.

A CPItem não só exaltado a relevância do man­dato popular, mas principalmente vem se sobre­pondo ao intrometimento, às ínsmuações e àsameaças do Executivo, que a todo custo pretendoque o inquérito tenha limitações de áreas e pes­soas.

Em verdade, a CPI não se tem intimidado, enão se intimidará, estou certo, pois está solida­mente calcada na personalidade e na determi­nação de um Leqrsíatívo responsável e moral­mente fortalecido, sem que pretende ser hege­mônico.

Sr. Presidente e Srs Constituintes, o capítulodo futuro texto constitucional aprovado em pri­meiro turno pela Assembléia Nacional Constituin­te, relativo a este poder eminentemente popular,possui uma coerência impressionante com a de­legação a ele atribuída pelos eleitores, em 1986.

Assim, as prerrogativas dos parlamentares reto­mam os princípiosda Carta Democrática de 1946,cerceados pela Constituição de 1967 e pelaEmenda n° 1, de 1969. O mandato volta a serinviolável, revigorado pelo retorno da imunidadeprocessual

A competência fiscalizadora do Legislativo pos­sibilitará o exercício de um controle mais efetivosobre as contas do Governo, inclusive duranteo recesso parlamentar, haja vista que nesse perío­do funcionará uma comissão representativa doCongresso Nacional.

Arecuperação da iniciativa legislativa plena peloCongresso Nacional passa a caracterizar a suaindependência no processo legislativo. Atualmen­te, a competência legiferante do parlamento temsido solapada, e o País violentado pela existênciada figura esdrúxula do decurso de prazo, que refe­renda, a seu modo, a vontade do Executivo, semao menos dar ao Congresso Nacional a oportu­nidade de examinar a metéria.

O decreto-lei, fruto de um autoritarismo semprece precedente, até hoje utilizado por um Gover­no dito democrático, desaparece. As medidas pro­visórias, nem de perto associadas a ele, preen­chem a eventual necessidade de se legislar emer­gencialmente. No entanto, são submetidas ao vo­to do Congresso Nacional, que as aprovará ourejeitará, caso em que se obngará a proceder áreparação das consequências advindas de taismedidas.

Também o exame de matéria vetada pelo Presi­dente da República adquire nova feição. Ao redu­zir-se o quorum para sua rejeição, de dois terçospara maioria absoluta, o veto deixa de ser, comohoje, peremptório, dada a dificuldade numéricarequerida para sua derrubada.

Com a retomada da iniciativa legislativa, estepoder recuperou a faculdade de dispor sobre ma­téria financeira. Por outro lado, o Congresso parti­cipará ativamente na montagem e na execuçãodo Orçamento da União.

Dispositivo de interesse social indiscutível é oreferente à criação de novos tributos, que somenteocorrerá por força de lei,visto as medidas provisó­rias não possuírem esse alcance.

Também a probidade e a moralidade adminis­trativas serão alvo de uma fiscalização incisivapor parte do Legislativo. Dessa forma, as Comis­sóes Parlamentares de Inquérito cnadas para essafinalidade fornecerão pareceres conclusivos aoministério público para que seja iniciado o pro­cesso de responsabilização civil ou criminal dosinfratores. Paralelamente às CPI, haverá uma Co­missão Permanente de Fiscalização dos atos doExecutivo, a ser criada no Congresso Nacionalou em qualquer de suas Casas.

De modo esquemático, a Seção relativa à com­petência legislativa do Congresso Nacional con­templa inovações fundamentais, como dispor so­bre:

1- plano plurianual e diretrizes orçamentárias;2 - planos setoriais de desenvolvimento;3 - organização da Defensoria Pública da

União e dos Territórios;4 - criação, transformação e extinção de car­

gos, empregos e funções públicas;5 - criação, estruturação e atribuições dos mi­

nistérios e órgãos da administração pública;6 - telecomunicações;7 - matéria financeira, cambial e monetária,

instituições financeiras e suas operações;8 - normas gerais de direito financeiro;9 - captação e garantia da poupança popular;10 - moeda, seus limites de emissão, e mon-

tante da dívida mobiliária federal.Já no que respeita à competência exclusiva do

Congresso Nacional, a ser exercida sem a partici­pação do Executivo mediante sanção, a futuraConstituição traz as seguintes inovações:

1 - aprovar a incorporação, o desmembra­mento e a subdivisão de áreas de Territórios ouEstados, ouvidas as respectivas Assembléias Le­gislativas;

2 - sustar os atos normativos do Poder Execu­tivo que exorbitem do poder regulamentador oudos limites de delegação legislativa;

3 - zelar pela preservação de sua competêncialegislativa em face da atnbuição normativa dosoutros Poderes;

4 - apreciar os atos de concessão e renovaçãode concessão de canais de rádio e de televisão;

5 - escolher dois terços dos membros do Tri­bunal de Contas da União;

6 - aprovar íníctatívas do Poder Executivo refe­rentes a atrvídades nucleares;

7 - autorizar a realização de referendo e deplebiscito;

8 - autorizar a exploração mineral em terrasindígenas;

9 - aprovar, previamente, a alienação ou con­cessão de terras públicas com área superior adois mil e quinhentos hectares.

À Câmara dos Deputados, por sua vez, competeapreciar a moção de censura a ministro, aprovan­do-a pelo voto de dois terços dos seus membros,e, juntamente com o Senado Federal, votar Reso­lução, exprimindo discordância ao depoimentoe às respostas do ministro às interpelações dosParlamentares.

Já o Senado Federal passa a operar num uni­verso mais amplo de atribuições. Competirá aele a aprovação dos nomes do Presidente e dosDiretores do Banco Central e o do Procurador­Geral da República. Também as operações flnan­ceiras da União agora serão autorizadas pelo Se­nado, que igualmente disporá sobre os limitese condições para as garantias da União às opera­ções de crédito interno e externo.

As inovações em relação ao texto vigente, Sr.Prestãente e Srs. Constituintes, formalizam de mo­do incisivo e inquestionável a grandiosidade doLegislativo e a consciência de que se revestirá,tão logo seja promulgada a nova Constituição.

No entanto, a par dessa nova feição, duas linhassimbólicas príncrpaís percorrem a recondução doParlamento à sua efetiva destinação como per­meador da vontade nacional.

A primeira delas diz respeito à ruptura coma ordem anteriormente predominante, ditada porum Legislativo submetido à hipertrofia de um Exe­cutivo autorltáno e prepotente. Essa linha se iden­tifica com o regime de governo até então prepon­derante e dissoclado da Nação.

A outra se identifica com o retorno ao estadode direito sonhado pelo povo brasileiro há muitosanos, e que teve seu referencial mais significativona memorável luta pelas eleições diretas para Pre­sidente da República, e que somente agora estarágarantida, graças à determmaçâo desse mesmoPoder.

São duas linhas, em última instância, confor­madoras da democracia que a futura Constituiçãofará implantar no País, orientada para a superaçãodas diferenças, o que somente haverá de se exer­citar pela convivência entre Poderes interdepen­dentes e harmônicos, sem qualquer vestígio dehegemonia a retardar o encontro do Estado coma Nação.

O Legislativo é peça importantíssima nessecontexto, e somente por sua revalorização, confor-

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Abril de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9767

me consta na Carta que estamos votando, o povobrasileiro terá condições de se conscientizar sobreseu papel decisivo na condução dos destinos doPaís.

Era o que tinha a dizer:

o SR. MAURÍCIO FRUET (PMDB- PR Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,para se encontrar onde está, o Presidente Sarneyprecisou de vários saltos, esquivas e agachamen­tos, de hiatos de parahsação, no que vem porse caracterizar como um exuberante espetáculode contorcionismo político. Evadiu-se do PDS efundou o PFL, parecendo que nesta legenda inaexilar-se. Mas aportou no PMDB, pois seu séquitoImpôs que serra seu o nome para acompanharo do estadista Tacredo Neves na chapa que con­correria ao Colégio Eleitoral. Assim, por impo­sição legal, acabou filiando-se ao PMDB, apesarde manter a lealdade pessoal cingida à legendaem que se recolhiam os que se descolaram doPDS.

Assumiu o Governo questionado por todos oslados O povo fixara na imagem de Tancredo Ne­ves o símbolo da esperança e acabava tendo queengolir José Sarney. O PMDBqueria a mudança,com um dos seus líderes na Presidência da Repú­blica, e se via fadado a aceitar o conhecido ex-pre­sidente do PDS. O general Figueiredo e sua corte,que articulavam a continuidade do velho regime,viam ocupar o Palácio do Planalto exatamenteaquele que, abandonando-os à última hora, tor­nou aritimetcamente assegurado o malogro doseu projeto. Os partidos e políticos que apoiaramo PMDB na sua ousada empreitada assistiramconstrangidos apenas a uma mudança de modelofotográfIco posando com a mesma faixa presi­dencial. A praça, que exultava de entusiasmo, deconvicções e mesmo de civismo (um sentimentoque estava sufocado no coração de cada brasileiroe que acabara de ser libertado), viu-se plena derevolta, de frustração, de desesperança.

E o País assistiu à candente mimetização dopersonagem que assentou-se na poltrona desti­nada pela História a Tancredo Neves. Não tinhaapoio dos que rodeavam o General Figueiredonem do grupo político que dingira durante tantosanos. Mas não lhe faltou sustentação do PMDBe da Aliança Democrática, a formal e a que urdiraao longo da campanha popular, uma correntepolítica comprometida em soterrar o passado.

José Sarney soube capitalizar o sentimento mu­dancista Vestiu-se com o fIgurino do PMDB,viabi­lizoupolíticas que o PMDBcolocava sob seu crivo,liberou a vida política e social e até admitiu arica experiência de tentativas de reestruturaçãoeconômica, que foi o Plano Cruzado I. Reimplan­tou-se a alegria. Avultou no povo o sentimentode cidadania. Ressurgiu a esperança.

Para o ambíguo inquilino do Palácio do Pla­nalto, estava criada uma situação de risco. Derepente, a sociedade e seus instrumentos - osseus sindicatos, suas entidades CIVIS, seus partidospolíticos, o PMDB- encontravam o espaço peloqual lutaram para erigir a Pátria com a qual sonha­ram Não havia ambiente para que simplesmentepuxasse as rédeas e retomasse o controle.

A saída que se lhe indicava era desarmar opovo, desmoralizar o seu principal instrumentode transformação da realidade, o PMDB. Inclou

o partido com a invasão de velhos pedessistas,maltratou as suas principais lideranças, cooptouvários dos quadros mais vacilantes no compro­misso popular, sujeitou diversos dos governado­res que o procuraram à cata de provimento derecursos para os seus combalidos erários, lutouà exaustão para rachar o partido, apresentou-seà população como elemento do partido exata­mente no momento em que impunha as medidasmais antipopulares.

O resultado é o que se vê. O Presidente nãotem mais nada de ambíguo. Governa com o seurestrito círculo de amigos, amparando-se no gran­de empresariado urbano e rural, com a chancelados credores externos e a aquiescência dos co­mandos militares. Na área política, submete partesubstancial do PMDB, agregando-se ainda aosvelhos companheiros do PDS, alguns até hojevinculados à malfadada sigla, outros dissemina­dos no PL, no PDC, no PTB, também no PMDBe, principalmente, no PFL.

O governo que faz, com esta base de susten­tação, não poderia ser muito diferente do quemarcou os 21 anos de autoritarismo.

Entre tantos outros exemplos de privilegiamen­to de grupos econômicos, de sujeição aos interes­ses externos, de procedimentos administrativosduvidosos, de reconcentração de renda, de admi­nistração arbitrária dos recursos públicos, inge­rência direta nas decisões do Poder Legislativo,está a volta do mais cruel arrocho salarial da histó­ria deste País. E mais: do uso da repressão contraa justa revolta dos trabalhadores, lesados por rea­justes irrealmente reprimidos e pela alta exorbt­tante do custo de vida, liberada e estimulada pelomodelo econômico reimplantado.

O SR. ALEXANDRE PUZVNA (PMDB-SC.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, quero consignar aqui que otrabalho é a marca registrada de nós, catarinen­ses, acostumados a nos queixarmos pouco e tra­balharmos bastante.

Temos consciência das dificuldades que nossaPaís apresenta nesta fase tão difícil, mas quere­mos lembrar os fatos da colonização catarinense,quando nossos ancestrais tiveram que merecercondições mais adversas do que estas de agora.

Somos uma comunidade atuante, estamossendo conduzidos por um excelente exemplo deadministração, pois na verdade o Governador Pe­dro Ivo Campos está estipulando metas austerase desenvolvimentistas.

O Sr. Hugo Gemer, Prefeito de Timbó, CIdadeprogressista, dizia-me que o nosso povo é aqueleque à noite vai dormir, descansando para traba­lhar no dia seguinte.

São palavras simples, mas procedem de umhomem valoroso, a quem muito respeito poisalém de ótimo prefeito ele é um grande industnal,comerciante e um grande chefe de família.

Outros prefeitos amigos têm-me dado no diade hoje o seu testemunho de confiança nos desti­nos da nossa Nação, destino este que dependede nossa vontade e de nossos atos.

Para estas testemunhas transcrevo a reporta­gem da revista IstoÉ, do dia 20-4-88, página 61,que atesta o trabalho da gente catarinense e aconfiança depositada no futuro de nossa Pátria.

Quando o desânimo campeia, há que se con­duzir o ser humano para uma aura de esperança.

Saúdo os brasíletros que se comportam comardor na alma e pujança nos atos.

Transcrição da revista IstoÉ de 20-4-88 na Pá­gina 61

"INVESTIMENTOS DO TAMANHO DOS AMERI­CANOS

Quando inaugurar ofIcialmente no final destemês a fábrica Portinaria, em Criciúma (sul de San­ta Catarina), a Cerâmica Criciúma S. A. (Cecrisa)poderá orgulhar-se de, sozinha, empatar com osEstados Unidos na produção de pisos e azulejos.O investimento de 55 milhões de dólares vemse somar aos 80 milhões de dólares gastos namontagem da Cerâmica Eldorado, inaugurada namesma cidade em janeiro passado. Juntas asduas unidades vão garantir um salto de 95% naprodução anual do conglomerado, de 32 milhõespara 62 milhões de metros quadrados, até o finaldeste ano. "O equivalente a um faturamento esti­mado em 360 milhões de dólares", calcula oti­mista o presidente do grupo, Manoel Dilorde Frei­tas, um empresário que tem como hobby o culti­vo de amizades influentes (onde se inclui, porexemplo, o nome do Ministro das Comunicações,Antônio Carlos Magalhães) e que se diz desco­nhecer o significado da palavra cnse, No ano pas­sado, assumiu o controle das fábricas de revesti­mentos em cerâmica de outro gigante - o grupoK1abin - situadas no Rio de Janeiro e Minas Ge­rais. Ao todo, são nove Indústrias voltadas paraa produção de pisos e azulejos.

Criado em 1971, como uma alternativa de di­versificação dos negócios da família Freitas, antesconcentradas na atividade empresarial mais co­mum na região - a extração de carvão - ogrupo Cecnsa congrega hoje 24 empresas pulve­rizadas nos setores de agropecuária, aviação (táxiaéreo), imóveis, mineração, reflorestamento e co­rnumcações, controlando onze emissoras de rá­dio e quatro estações de televisão em Santa Cata­rina - um império que envolve um capital circu­lante de 66 rmlhões de dólares e emprega 12rml pessoas.

Os revestimentos Cecrisa - que, somados àprodução de sólidas empresas do ramo na regiãogarantem ao MUnicípio de Criciúma o status se­gundo maior pólo mundial de manufatura de pi­sos e azulejos, depois de Fiorano, na Itália ­são comercializados em 48 países dos 5 conti­nentes, o que hoje possibilita uma receita externade 12% do faturamento."

Atualização Tecnológica

"A alma dessa nova fábrica é a tecnologia, aúltima palavra em avanço mundial no segmentode revestimentos cerâmicos", constata RicardoBrandão, responsável pela obra. Segundo explica,as peças passam apenas uma vez pelo forno en­quanto no processo anterior tinham de ser quei­madas duas vezes. Mas a evidência dessa sofisti­cação fica mesmo por conta da nova linha deazulejos banhados em ouro e platina. "Nosso mer­cado é Imenso e temos de satisfazer a todas asfrentes", arremata Dilor de Freitas.

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9768 Sexta-feira 22 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1988

oSR. FRANCISCO AMARAL (PMDB -SP.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, não são muitos os ocupantesde cargo eletivo que podem dizer, próximo aotérmino de seu mandato, como o prefeito de Gar­ça:

"Aocompletar o quarto ano do seu quintomandato como ?refeito, sempre eleito pelopovo humilde, pelo pobre, pelo operário, pelocomerciário, pelo trabalhador rural, enfim,pela grande massa tão carente e desejosade atenção, sinto-me realizado. Olho paratrás e tenho a sensação de ver cumprida atarefa, realizada através do direcionamentode todas as minhas ações e atitudes, justa­mente voltadas para esse mesmo povo."

Júlio Marcondes de Moura é um homem deprincipios e convicções firmes e inabaláveis.Anti­go companheiro de partido, foicassado na épocada ditadura militar e retomou à prefeitura, apósrecuperar seus dirertospolíticose disputar as elei­ções.

Desde a sua mocidade quando, aos 21 anos,foi eleito prefeito, pela pnmeira vez, fez opçãopelo pobre, pelo homem humilde e trabalhador.

Após todos esses anos na vida pública, sempreteve como pontos básicos e prioritáriospara umaboa administração a transparência do governantee o direcionamento de sua atenção para os pro­blemas que afligema população, tais como: habi­tação, saneamento básico, saúde, segurança pú­blica, educação, assístência social e emprego.

Nesse sentido, juntamente com sua equipe degoverno, tem lutado, diuturnamente, para conse­guir erradicar ou, ao menos, minimizaros proble­mas existentes nessas áreas.

Aeducação, por exemplo. uma das metas prio­ritáriasde sua administração, tem recebido gran­de atenção de toda a sua equipe, graças ao fielcumprimento da LeiFederal n°7.348/85, que dis­põe sobre a aplicação de 25% da receita obtidacom impostos e transferências no ensino. Assim,foram efetuadas construções e reformas em pré­dios escolares, tanto na zona rural como urbana.Escolas pré-primárias foram instituídas e a cozi­nha-piloto reformada, agora com "vaca mecâ­nica", empacotadeira de leitede soja, minipadana,fornecendo merenda escolar para uma enormepopulação de educandos.

Outra de suas váriaspreocupações consiste emaumentar a oferta de emprego para o povo. Jáconseguiu, através da instalação de algumas fábri­cas no distrito industrial,ampliar essa oferta.

A opção pelos pobres - que significa maisrecursos públicos para obras e serviços que so­corram a população carente - é uma espéciede "ordem de serviço" de Júlio Moura, determi­nando a todos os setores da prefeitura destinaratenção às populações necessitadas, que devemser resgatadas ao nível do desenvolvimento eco­nômico e social dos demais garcenses.

Concluo, Sr. Presidente,Srs. Parlamentares, pa­rabenizando os habitantes de Garça pela escolhaacertada de seu governante. E o prefeito, pelagestão dinâmica e laboriosa, sempre voltada parao bem-estar de seu povo, sua meta primordial.

O SR. DORETO CAMPANARI (PMDB ­SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Srs. Constituintes, quando Wender Wilkie,

notável estadista norte-americano da década de40, renomado analista políticoe festejado escritor,escreveu seu livro "Um Mundo Só", prognosti­cava, ainda neste século, maior entendimento en­tre os povos, civilizações e culturas, crescendoa interdependência que caracteriza a humanida­de.

Os recentes entendimentos entre o Presidentedos Estados Unidos e o Primeiro-Mmistro daUnião Soviética, apresentando-se pela pnmeiravez o chefe soviético como um cidadão do mun­do, mostram que as previsões de Wilkie se reves­tiram de um tom profético.Vale salientarque essaintegração mternacional se toma cada vez maiorno campo econômico-financeiro, principalmenteporque nele é que se mostram as maiores dificul­dades a um entendimento geral, VIsto como adivisão entre países industrializados e subdesen­volvidos cada dia amplia a distância entre essesdois mundos, com o sacrifício maior das econo­mias primário-exportadoras, como é o caso doBrasil.

Quando pensamos nesses problemas, acode­nos lembrar que a grave conjuntura nacional queatravessamos não tem apenas raizes internas,mas é provocada pela dependência econômico­financeira em que vivemos, envílecidosos preçosdos produtos de exportação e majorados os deimportação, com uma dívidaexterna exuberantee crescente concorrência no campo da produçãoindustrial. Na situação do Brasil, encontram-setodos os países centro e sul-americanos, os africa­nos e a maioria dos asiáticos,com exceções comoas da Áfricado Sul, da Coréia do Sul e do Japão,mais de 2/3 (dois terços) da população mundialjulgada pelo subdesenvolvimento. Dlflcilmentequalquer desses países, por maior que seja seuesforço interno, conseguirá sair do poço sem aajuda das nações mais desenvolvidas, em açõesbilaterais e multilaterais, feitas as trocas interna­cionais nas moedas dos países interessados.

A análise da conjuntura nacional, por ilustrespolíticos,economistas e catedráticos das diversasciências SOCiais e geopolíticas, nem sempre seapresenta completa, eis que não se encaram har­monicamente os múltiplos elementos da crise,internos e externos, sociais e políticos, econômi-cos e culturais. •

Há os que imputam a permanência do nossosubdesenvolvimento a condições históricas, denossa própria formação êtmca, quando não con­seguimos homogeneizar as três raças formado­ras, nem mesmo integrar-nos, plenamente, á cul­tura ocidental, nos moldes atuais. Outros consi­deram a exploração secular e predatória de nos­sas riquezas minerais e vegetais o condicionador,ao longo do tempo, das monoculturas regionaisao lado da policultura dos minifúndios, colocan­do, à frente de todas as medidas a serem tomadas,uma reforma agrária, incrementando, paralela­mente, o desenvolvimento industrial, promoven­do o desenvolvimento econômico de algumasáreas e dos bolsões de pobreza, seja no Nordeste,seja na Amazônia.

Mas não podemos separar os problemas eco­nômicos dos políticos. Igualmente inadiável é adescentralização financeira, a prática do munici­palismo, a consolidação das instituições, a partirdo sistema de governo, do fortalecimento do fede­ralismo, da consolidação da democracia repre-

sentativa no País.Apesar de duramente criticada,a Constituinte tem abordado todos esses aspec­tos, e marchamos para um texto constitucionalque abarcará a totalidade dos nossos problemas,inclusiveos de ordem conjuntural. Esta, na verda­de, não é substantiva, mas apenas decorrente demúltiplos condicionamentos históricos, geográ­ficos e institucionais.

A Carta que estamos formulando poderá vira ser a de mais longa gestação de nossa História,mas terá sido a mais longa e amplamente discu­tida, com o Plenário mais representativo, enfo­cando todos os nossos problemas conjunturaispara apresentação de regras definitivas, que con­dicionem a sua solução.

Era o que tínhamos a dizer,Sr. Presidente.

O SR. Lrnz GUSHIKEN (PT - SP. Pronun­CIa o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, SI'""e Srs. Constituintes, tendo em vista a extremagravidade dos fatos que cercam o conflitode ter­ras em nosso País, em particular o massacre dos14 índios Tíkunas, ocorrido no dia 28 de marçoúltimo, solicito a inclusão, nos Anais da Assem­bléiaNacionalConstituinte,do relatóriosobre estefato, elaborado pela Comissão Pastoral da Terrae pelo Conselho Indigenista Missionário, datadode 5 de abril do corrente.

REV.TÓRIO A aUE FAZ REFERÊNCIAO ORADOR.

MASSACRE DE ÍNDIOSENVERGONHA

O BRASIL

Nodia 28 de março último,em operação plane­jada e de extrema brutalidade, 14 índios Tikunaforam assassinados e outros 21 ficaram feridos,sem distinção de idade e sexo.O massacre deu-sena Área Indígena São Leopoldo, no AltoRio Solí­mões, Municipiode Benjamin Constant, no Ama­zonas, e por sua crueldade foi noticiada pelosprincipais meios de comunicação do País. As in­vestigações feitasaté o momento indicam o grilei­ro Oscar Castelo Branco como principal respon­sável pelo massacre. Foi a pior matança de índiosocorrida nos últimos anos no País, só comparávelao Massacre do Paralelo 11, quando, em 1963,no Mato Grosso, 15 Cinta Larga foram mortosa mando de dois seringalistas.

E no dia seguinte, o cadáver do Pataxó HãHãeDjalma Lima foi encontrado nos limites da ÁreaIndígena São Lucas, no Municipio de Pau-Brasil,sul da Bahia, uma propriedade do fazendeiro Pe­dro Leite. Ele havia desaparecido no dia 21 demarço, após enfrentamento com prepostos dofazendeiro.Djalma,segundo os índios que acom­panhavam a polícia nas diligências, teve arran­cados o couro cabeludo e as unhas, além dosórgãos genitais cortados, antes de ser morto.

Ambos os fatos têm por pano de fundo a játrágica luta dos índios por sua terra. Os índiosTikuna, há muitos anos, vêm reivindicando aogoverno a demarcação de suas terras, como ga­rantia contra as contínuas invasões que se fazemem suas terras. Contudo, até o momento, conse­guiram apenas a demarcação de 10% da terraa que têm direito, segundo as leis brasileiras. Osdemais 90% encontram-se na dependência dedecisão da Secretaria Geraldo Conselho de Segu­rança Nacional. A relutância governamental emreconhecer os direitos legaís dos Tíkuna incentiva

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Abri/de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9769

não só a invasão das áreas não-demarcadas, masinclusive das já demarcadas, gerando e mantendoum clima de tensão que se tomou permanentena região. O impedimento, pela Secretaria Geraldo Conselho de Segurança Nacional, de dar pros­sequtmento a processos de demarcação, à reveliadas leis, tem como objetivo principal forçar osíndios a aceitarem a redução dos territónos quelhes cabem legalmente, e a admitirem, ao invésda demarcação de áreas indígenas, o estabele­cimento de colônias indígenas, figura inconstitu­cionalmente criada pelo Decreto n- 94.946/87.

Por seu lado, os índios Pataxó Hã Hã Hãe sofrema violência que colheu a vida de Djalma no exatomomento em que formularam uma proposta deacordo que poria termo ao conflito sobre suasterras, que se agrava desde abril de 1982. Paraos fazendeiros empenhados em consumar, defini­tivamente, o esbulho das terras indígenas, importapulvenzar a organização dos Pataxó, que apóssuperarem inúmeras tentativas de divisão feitaspelo Governo e pelos próprios fazendeiros, lutampor manter sua coesão interna em torno de umaproposta para a solução do conflito. Também nes­te caso, a demora dos órgãos governamentaisna implantação da alternativa formulada pelos ín­dios, tem incentivado freqüentes violências contraos Pataxó Hã Hã Hãe, Djalma foio sétimo membrodaquele povo assassinado nos últimos anos.

Ambos os casos denunciam o efeito catastró­fico e desmoralizante da política governamentalem relação aos direitos indígenas.

Ao invés de estar empenhado em respeitar, efazer respeitar, os direitos legais dos índios noPaís, o Governo é o primeiro a desrespeitá-los.Na Amazônia implanta-se o Projeto Calha i'lortecom o pretexto de, entre outras coisas, liberarrecursos para a demarcação das terras indígenase garantir estruturas que permitiriam a adequadaproteção às comunidades indígenas da região.O massacre dos Tikuna revela que o pretextonão passou de engodo: o Projete Calha Norteestá em franca implementação e, no entanto, asterras indígenas já demarcadas continuam invadi­das, e aquelas consideradas extensas pelo Gover­no permanecem sem providência alguma. Os ca­sos mais dramáticos e vergonhosos para o Brasilsão o dos Yanomani e dos próprios Tikuna.

No caso dos Pataxó Hã Hã Hãe,nenhuma inicia­tiva de solução concreta tem partido dos órgãosfederais Pelo contrário, a resistência dos Pataxóé paralela a uma seqúêncía de medidas desas- ,tradas e inconseqüentes, autoritariamente impos­tas pelo Governo.

Neste panorama geral de desrespeito abertoe acintoso a direitos consignados em lei, patroci­nado pelo Governo, cria-se uma sensação de im­punidade generalizada que encoraja todo tipo dehostilidades e violências contra os índios.

Nada justifica, em hipótese alguma, a chacina.Sabemos, contudo, que o madeireiro Oscar Cas­telo Branco apr0'ieitou-se da situação de deses­pero dos posseiros removidos, usando-os paraseus objetivos. As violências contra os Tikuna sãotambém fruto do protelamento criminoso de umareforma agrária que possibílite aos posseiros as­sentamento em condições dignas - protelamen­to que favorece o envolvimento desses posseirosem conflitos que beneficiam interesses políticose econômicos das classes dominantes. Usa-se,enfim, descaradamente, de uma estratégia tão an-

tiga quanto imoral, jogando fracos contra fracos,para que deste enfrentamento sobre sempre bu­tim maior para os grandes grupos econômicos.

Para tudo, porém, deve haver limite. Os últimosanos, coincidentes com o atual Governo, apre­sentam o maior índice de violência contra as po­pulações indígenas, na história recente do PaísO preço em sangue indígena dessas violênciasé evidência clara de que a política mdigenista go­vernamental é a causa decisiva desses episódios.Sua imediata revisão Impõe-se por questão dehonra

O primeiro passo, contudo, é a completa inves­tigação dos fatos, com apuração, inclusive sobrea ocorrência de delito de genocídio, e puniçãoexemplar dos responsáveis. Exige-se, portanto,dos órgãos do Executivo, Judiciário e Legislativo,na esfera das respectivas competências, que to­mem todas as providências cabíveis para que omassacre dos Tikuna e o assassinato de DjalmaUma não manchem, permanentemente, a honrados brasileiros deste tempo.

São os fatos, e não a sua divulgação, que com­prometem a imagem do País; a única forma dea reestabelecer é a decidida punição de seus auto­res, diretos e indiretos.

Neste sentido, o CIMI e a CPT repudiam asafirmações que prepostos governamentais vêmdivulgando, levianamente, no sentido de respon­sabilizá-los pelos episódios. O trabalho pastoralrealizado pelas entidades signatárias inclui a infor­mação permanente, a índios e posseiros, dos di­reitos a que fazem jus, e o incentivo à sua organi­zação na luta pelo respeito a esses direitos Talatividade, de forma alguma, confunde-se com m­citamento. Confusão, todavia, é o que buscamos autores dessas acusações, que procuram as­sim desviar as atenções da quota de responsa­bilidade que, sem dúvida, lhes cabe, como execu­tores da política governamental Buscam, tam­bém, difamar o trabalho de todos os que se com­prometem na luta pelos direitos de índios e pos­seiros, alimentando dúvidas inconsistentes, paraassim justificar a constante repressão que se fazao trabalho destes, testemunhas incômodas quesão do descaso e da conivência governamental.

Os brasileiros envergonham-se diante dessasviolências. Espera-se que a nível governamentalhaja suficiente honradez para responder, à altura,aos anseios do povo por justiça.

Brasílía/Goíênía, 5 de abril de 1988. - CPT- Comissão Pastoral da Terra - CIMI- Conse­lho Indigenista Missionário.

o SR. MAURO BENEVIDES (PMDB- CE.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, no dia 8 de abril, reuniram-se,em Aracajú, os Secretários de Indústria e comér­cio do Nordeste, congregados no Consic/NE, de­batendo temas de interesse da reqrão, notada­mente a preservação dos incentivos concedidosàquela faixa do terntório nacional.

Já se falou, tantas vezes, em diminuir os recur­sos destinados ao Polígono das Secas, mas feliz­mente, até hoje, se resguadou tal conquista, semo que o desenvolvimento da referida área nãoteria sido incrementado de molde a alterar o seufades econômico-social.

Alertando os parlamentares para que, aindamais vigilantemente, defendam a manutenção

dos incentivos, acabo de receber o seguinte eexpressivo telex:

"Conselho de Secretários de Indústria eComércio/Nordeste os Membros do Consic/NE reunidos em Aracajú, no dia 8.4.88, aotomar conhecimento da discurssão na Cons­tituinte do disciplínamento e cortes de subsí­dios concedidos pelo Governo Federal, deci­diram , por unanimidade, manifestar a VossaExcelência a sua preocupação quanto a pos­sível redução dos incentivos fiscais e finan­ceiros administrados pela Sudene , sem osquais , dificilmente , o Nordeste atingiria oseu atual estágio de desenvolvimento índus­tnal.

Na oportunidade , estão conclamandoVossa Excelência , e demais representantesdo Nordeste, no sentido de que sejam asse­gurados , integralmente , os incentivos à in­dustrialização do Nordeste , consubstancia­dos no fundo de investimento do Nordeste- Finor , bem como , os demais instru­mentos fiscais administrados pela Sudene.

SDS, Valter Barreto Gois, Secretário de Es­tado da Indústria, Comércio e Turismo deSergipe, Luiz Carlos Magnavita Barcellar, Se­cretário de Estado da União e Comércio daBahia,

Luiz Ricardo Goullart,Secretário de Estado da Indústria de MinasGerais, Francisco HélioJatobá, Secretário deEstado da Indústria eComércio de Alagoas,Sérgio Guerra, Scretário de Estado da Indús­tria e Comércio de Pernanbuco, Levy Leite,Secretário de Ensino da Indústria e Comércioda Paráiba, José Bezerra Marinho, Secretáriode Estado da Indústria e Comércio do RIOGrande, do Norte José Maria Gonçalves Via­nna, Scretário de Estado da Indústria e Co­mércio do Piaui,Antonio José Duarte Pereira,

Secretário de Estado da Indústria e Comér­cio Maranhão

Francisco Ariosto HolandaSecretário de Estado da Indústria e Comér­

cio

Sr. Presidente, aqui fica, pOIS, a advertência doConsiclNE, embora não seja admissível que, soba égide da Nova República, o Nordeste possaser atingido por providências que obstaculariza­riam seu crescimento e bem-estar social.

Os incentivos representam grande e justa con­quista. Para garanti-lá permaneceremos atentos,com energia e espírito público

O SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDC - GO.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs, Constituintes, sob grande regojizo comemo­ramos hoje o 28° aniverssário de fundação deColmas de Goiás, importante cidade do futuroEstado do Tocantins, que nasceu em 21 de abrilde 1960, no mesmo dia em que Juscelino Kubits­chek inagurava Brasília.

Ao inaugurar, a 21 de abril de 1960, a formosae moderna Brasília, nova Capital do País, o Presi­dente Juscelino Kubitschek e o Congresso Nacio­nal tiveram por objetivo dar o maior realce e im­portância às homenagens que a Nação prestaa maior figura do País, Joaquim José da Silva

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9770 Sexta-feira 22 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1988

Xavier - o Tiradentes. Não foi outro o objetivode José Cirilo de Araújo, Elias Lopes da Silva,Manoel Francisco de Miranda, Martinho PereiraRodrigues e outros lideres de então ao se decrdí­rem pela fundação de Colmas de Goiás, a 21de abril de 1960.

Colinas de GOiás, bela pérola tocantinense in­crustada numa das mais formosas regiões doPais, desempenha importante papel no contextosocial, político, econômico e cultural do novo Es­tado do Tocantins.

Modema, arrojada, com largas e bem ordena­das avenidas e praças públicas, Colinas tem comosua maior nqueza seus nobres filhos, homens e .mulheres, jovens e maduros, que, numa atividadefebricitante, constroem seu progresso e o pro­gresso do Estado e do País

Ao saudar o povo colinense e parabenizá-lopelos 28 anos de nossa bela e importante cidade,homenaqeto a figura maior da Pátria, Tiradentes,e reitero o compromisso de tudo fazer em favorde Colmas de GOiáse dos seus generosos e abne­gados filhos.

Era o que tinha a dizer.

Durante o discurso do Sr. ConstituinteSiqueira Campos, o Sr. Jorge Arbage,2°_Vice-Presidente, deixa a cadeira da pre­sidéncts, que é ocupada pelo Sr. MauroBenevides, 1°_Vice-Presidente.

o SR. PRESIDENTE (Mauro Benevides) ­Tem a palavra o nobre ConstItuinte OsmundoRebouças.

o SR. OSMUNDO REBOUÇAS (PMDB­CE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, SI'"' e Srs. ConstItuintes, o novo sistematributário, que a Constituinte acaba de aprovar,traz algumas inovações importantes quanto àconcorrência econômica e fiscal entre Estados,curiosamente pouco discutidas até agora. Talvezo silêncio mantido em torno desses aspectos te­nha sido proposital, com o fim de não ampliaro condimento político de um assunto já tão com­plicado sob o ponto de vista técnico

Refiro-me à liberdade que os Estados passama ter de fixar as próprias alíquotas nas operaçõesinternas do Imposto sobre Circulação de Merca­dorias e Serviços (ICMS). Com relação às alíquo­tas nas vendas interestaduais, serão estas fixadaspelo Senado. Mas, nas vendas internas, a autono­mia é ampla, só regulada pelo Senado em casosespeciais de conflito, exigmdo-se, para a decisão,a elevadíssima maioria de dois terços dos mem­bros daquela Casa do Congresso.

A autonomia fiscal entre Estados é necessáriaa um sadio sistema federativo, mas até certo limi­te, sob pena de ruptura do sistema. Na estruturatributária que a nova Constituição vai implantar,a autonomia na fixação de alíquotas internas pro­vocará efeitos de alta significação. Em termosde arrecadação, os Estados mais ricos, subindoas alíquotas, poderão aumentar a receita, princi­palmente impondo tributação mais pesada sobrebens não essenciais (o ICMS,agora, passa a serseletivo). Isso é justo entre classes de renda, poisos gêneros de primeira necessidade poderão ficarcom alíquotas menores, o que permite extrair-semais imposto de quem mais pode pagar

Quanto aos bens e serviços comprados de ou­tros Estados, se um determinado Estado com­prador aumentar a alíquota interna em 1%, a arre­cadação crescerá no valor de 1% sobre o fatura­mento bruto dos bens ou serviços afetados, oque equivale, nos mveis atuais, a cerca de 11%de aumento na receita do ICMS desses bens ouserviços (sendo 17% a alíquota interna, 11% ainterestadual do Norte/Nordeste para o Sul/Su­deste, e 40% a margem bruta de cornercíahza­ção) Esses dados mostram a forte potência arre­cadadora da referida alíquota: seja V o valor dacompra interestadual, E a alíquota mterestadual,M o percentual da margem bruta de comercia­lização, I a alíquota interna O ICMSa ser recolhidopelo contribuinte será V(1 +M)I- E)

Este, o motivo do denodado apego das banca­das dos Estados desenvolvidos à aprovação dacitada autonomia na nova Constituição.

É evidente que esse efeito de arrecadação émais promissor nos Estados mais ricos, pois suaspopulações, com renda mais elevada, poderãosuportar menos penosamente a avidez do fiscoestaduaL

Com relação ao potencial de retaliação que talautonomia confere, é previsível que aqueles Esta­dos que têm mercado interno mais amplo pode­rão criar discriminação disfarçada, estabelecendoalíquotas internas mais elevadas sobre produtosque o Estado não produz e vê-se obngado a im­portar (omitindo qualquer referência explícita àorigem ou destino) Tal prática não deverá bene­ficiar imediatamente a produção interna dos mes­mos produtos, pOIS a nova Constituição (art. 180do projeto) proíbe a discriminação tributária entrebens e serviços em razão de sua procedênciaou destino. Mas, uma medida desse tipo poderestringir severamente o mercado interno de Esta­dos grandes para produtos de outras unidadesda Federação, penalizando a produção destas últi­mas.

Outra conquista dos Estados desenvolvidos nonovo sistema tríbutáno é a faculdade de os Esta­dos criarem um adicional de 5% do Imposto deRenda sobre lucros e ganhos de capital As estatís­ticas revelam que 70% dessas rendas estão atual­mente no RIO e São Paulo, pnncipalmente porquelá estão as sedes (onde se paga o Imposto deRenda) das maiores empresas do País e as pes­soas físicas que mais auferem aquele tipo de ren­da O problema é que se tais Estados efetivamenteadotarem aquele adícional e outros não o fizerem,estará caracterizada a discriminação fiscal contraos primeiros e a favor dos segundos, gerandoincentivos à transferência legal de sedes de em­presas e domicílios fiscais de pessoas físicas, mes­mo que permaneçam onde estão quase todasas suas atividades. Assim, aquela "vantagem" po­de tornar-se um autêntico cavalo de Tróia.

Com relação a conflitos intergovemamentais,é possível que a nova autonomia dos Estadosinduza o Governo federal a baixar o Imposto sobreProdutos Industriahzados (se os Estados aumen­tarem demais o ICMS) e o Imposto de Renda(se o adicional estadual for abusivo, mesmo quelimitado a 5%), o que reduziria a base dos Fundosde Participação, prejudicando os Estados que de­pendem destas transferências. Mas é melhor es­perar para ver o que realmente vai acontecer nofuturo.

O SR. JORGE UEQUED (PMDB- RS. Pro­nuncia o seguinte discurso) - Sr. Presidente,Sr" e Srs. Constituintes, quero novamente alertaro Governo, especialmente o Senhor Presidenteda República, para o fato de que congelar os ven­cimentos dos servidores públicos, bem como osproventos de aposentados e pensionistas, reves­te-se de uma insensibilidade social sem prece­dente na vida brasileira. Não está, de modo algum,de acordo com a política anunciada pelo Governonem encontra respaldo nos discursos do Chefeda Nação.

Congelar proventos dos aposentados e pensro­nistas, que já recebem uma miséria, num periodode inflação de 20% ao mês, é uma violência queclama aos céus e agride aos homens de boa-von­tade. O Governo está trrando, com tal congela­mento e com a inflação, a comida da mesa demilhões de aposentados e pensionistas, que nãotêm mais saúde nem condiçôes de procurar alter­nativas para aumentar a renda familiar. São mi­lhões de velhos, órfãos, VIúvas que vêem o Gover­no de seu País dizer que eles estão condenadosa passar fome.

O MimstroMailson da Nóbrega, autor deste pla­no macabro, transformou-se no mais recente car­rasco dos aposentados brasileiros. Quero, assim,alertar o Sr. Presidente da República para queseja evitada tal violência. Que S. Ex' impeça esseato desumano e cruel contra os que não têmmais como defender-se, pOIS já deram o melhorde si para construir seu País.

A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT - RJ.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Sr'" e Srs Constítumtes, comemoramos hoje, 21de abril, várias datas de significativa importânciapara o povo brasileiro, como o aniversário dasmortes de Tiradentes e de Tancredo Neves, ­esse último elevado à condição de símbolo dademocracia da Nova República - e, ainda, o 28"amversário de Brasília.

O Governo do Distrito Federal, como não pode­na deixar de ser, convoca sua população paraos festejos que terão lugar na cidade. O que acidade vive hoje, porém, não é um clima de festa.Brasíha acaba de sair de uma paralisação dostrabalhadores rodoviários; entra hoje em seu oita­vo dia a greve dos professores da rede oficiale outras categorias proflssronaís planejam para­lisar suas atIvidades ainda este mês. Essas grevesestão sendo marcadas pela arbitrariedade e pelodescaso do Governo local que, sob a orientaçãodo Governo federal, no sentido de "endurecer"com os grevistas, recusa-se ao diálogo e é o pre­cursor de sucessivos atos de violências ocorridasno último final de semana, o que decisivamente,marcará a CIdade na passagem do seu 28° aniver­sário.

Sr. Presidente, mais do qup uma campanhasalarial, o que essas categorias estão promovendoé uma desesperada campanha para sua própriasobrevivência e para recuperar a dignidade queainda lhes resta como mtegrantes da classe traba­lhadora, ultrajada e submetida a um arrocho sala­rial nunca antes visto em nossa história recente,unhzando-se elas do mais legítimo instrumentode luta dos trabalhadores - a greve. E o Governoainda tem a desfaçatez de pedir calma, paciência

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a esses trabalhadores, logo após congelar e ­por que não dizer? - extínquir a URP de seussalários!!!

Brava gente brasileira, brava categoria de traba­lhadores de Brasília que, sob os açoites da falsifi­cada democracia do governador da nova Capital,a tudo resistem. A repressão policial e a intransi­gência patronal têm sido as respostas por elesrecebidas. A greve dos rodoviários, que terminouontem, foi o recurso último encontrado pela cate­goria, que, através de suas lideranças, vem tentan­do negociar há meses. A luta justa desses traba­lhadores foi tratada como caso de polícia.

Numa prova de inequívoca violência e arbitra­riedade, a polícia do Distrito Federal prendeu osPresidentes da CUT-DF e do Sindicato dos Rodo­viários, os companheiros Chico Vigilante e PedroCelso, acusando-os de incitamento à greve, quan­do, na verdade, dirigiam uma assembléia de traba­lhadores. Presos submetidos a tratamentos humi­lhantes, foram conduzidos para o Núcleo de Cus­tódia e colocados em celas destInadas a reclusosde alta periculosidade, de forma proposital, comopara puni-los por estarem à frente de um movi­mento grevista.

Isto é inconcebível! Mas está acontecendo naCapital Federal com trabalhadores, com homensde bem, que representam categorias de trabalha­dores, mas são tratados como bandidos comuns,sob a "democrática" admmístração do Governa­dor José Aparecido. Será que este cidadão quefoi casado pelo regime rmlitar, que combateu comduros discursos o regime de arbítrio, não se enver­gonha dos absurdos que tomam conta de seugoverno "biônico"?

As passagens dos transportes coletivos de Bra­silia são as mais caras do Brasil, Os empresáriosque aqui exploram essa atividade recebem diver­sos tipos de subsídios governamental para o bara­teamento dos custos operacionais, os quais, so­mados à super-exploração dos rodoviários, têmvalido a esses empresários enormes fortunas, apartir da construção de grandes conglomeradosempresariais no Planalto Central

No caso dos professores da rede de ensinooficial, ficou estabelecido em assembléia a conti­nuidade do movimento greVIsta, numa demons­tração clara de que eles não se abateram comas ameaças de demissões feitas pelo Governo.

Os trabalhadores e a população em geral nãotêm motivos, portanto, para comemorar o 21 deabril. Ao contrário, essa gente tem motivos desobra para promover um dia de protesto contrao indisfarçável desrespeito e o descompromissodo Govemo local para com os trabalhadores, parafazer deste 21 de abril um dia de manifestaçõescontra tais arbitrariedades, para fazer ecoar noseu clamor no Brasil inteiro. Que Brasília se trans­forme em palco das mamfestações que deverãoser iniciadas a partir de então, numa mobilizaçãocontra a política econômica do Governo, que pe­naliza e sacrifica apenas a classe trabalhadora,pela reabertura das negociações com os grevistas,pela admissão dos demitidos e, principalmente,pela convocação de eleições diretas ainda esteano para o Distrito Federal.

O objetivo é demonstrar aos nossos pretensosgovernantes, de forma clara e Inequívoca, nossainsatisfação com a situação marginal a que estárelegado o trabalhador nesse País.

No dia de hoje parabenizo, em nome do Partidodos Trabalhadores, os trabalhadores brasilíenses,mas, pela coragem e pela força demonstrada nosmovimentos reivindicatórios, solidarizamo-nos,em todos os sentidos, com o povo trabalhadordesta Capital.

Era o que tinha a dizer.

o SR. JOSÉ SANTANA DE VASCONCE­LLOS (PFL - MG. Pronuncia o seguinte discur­so ) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes, nos últi­mos dias, verificaram-se diversas mamfestaçõescontrárias ao congelamento da Unidade de Refe­rência de Preços (URP) para os salários dos servi­dores públicos federais. De fato, a sociedade bra­sileira assísnu, perplexa, às medidas adotadas peloGoverno, as quais desagradaram profundamenteexpressivo número de ex-ministros, empresários,sindicalistas, funcionários da administração, tra­balhadores de empresas privadas e constituintes.

Para a insatisfação geral, as promessas de reali­zar tudo pelo social parecem ter sido sumaria­mente esquecidas. Perspectivas sombrias seanunciam e prendem-se principalmente à redu­ção do bem-estar comum. O Govemo tornou-secompulsivo editor de decretos-leis, que se suce­dem, se alternam e se confundem Os famige­rados "pacotes" se incorporam à nossa realidadecomo autênticos periódicos E as grandes expec­tativas erradas são frustradas por medidas amar­gas, minúsculas e notoriamente ineficazes En­quanto isso, a inflação permanecerá exercendoseu poder de corrosão sobre os minguados ga­nhos da classe assalariada, quando as exigênciasrelativas à reposição salarial já se situam na faixade 40% a 60%.

Lamentavelmente, a atitude do Governo des­considera as principais razões da espiral inflacio­nária, que de dois anos para cá agravou aindamais a sofrível situação da economia e ameaçaacentuar o caos no campo social. A origem dainflação encontra-se relacionada a um conjuntode fatores dinâmicos e interagentes, representa­dos por aspectos monetários, redução da produ­ção, aumento do preço de insumos importados,ação dos oligopólios etc. Assim, por exemplo, adiminuição do poder aquisitivo da população temcomo resultado imediato a queda do consumo.Em seguida, o setor produtivo se ressente da mu­dança, e torna-se impossível manter os níveis decrescimento necessários ao desenvolvimento har­mônico do Pais. Tudo isso pertence a um enormecírculo vicioso caracterizado pelo estabelecimen­to de uma trajetória econômica recessiva e infla­cionária com sérios riscos para a estabilidade dasinstituições políticas e sociais. Mas, apesar da tê­nue linha que separa causas e conseqüências doprocesso, cumpre distingui-las com exatidão, demodo a obter-se uma ordem lógica de prioridadese se atingir soluções adequadas.

Diante dessas circunstâncias, a própria demoraentre o anúncio e a adoção de um pacote, interca­lados por rumores diversos, acaba sendo um fatora mais de aquecimento da inflação. Entretanto,convém ressaltar que pressões inflacionárias de­correm basicamente de pontos de estrangula­mento da economia, os quais ultrapassam emcomplexidade as soluções paliativas adotadas atéo momento. A propósito, a rmposição de umachatamento salarial, em lugar de resolver, piora

os problemas já existentes. E muito embora infla­cionária, de fato, seja a incapacidade do Estadode gerir os assuntos econômicos mediante o con­trole de preços e salários, o Governo prefere acre­ditar na Jocosa alegoria segundo a qual se reco­nhecem as árvores como causa dos Incêndiosverificados nas florestas.

Pergunta-se, afinal: por que os assalariados de­vem pagar uma conta que não fizeram? O déficitpúblico, por sua vez reconhecido como o principalelemento complicador da saúde financeira doPaís, possui, com efeito, componentes mais com­prometedores do que a folha de pagamento dopessoal. Para diminuí-lo é preciso, antes, adotarmedidas urgentes e moralizadoras, no sentido daredução dos gastos públicos com empresas esta­tais ociosas, obras desnecessárias, mordomias,viagens e subsídios para determinados produtos.Não é justo que se sacrifiquem apenas os traba­lhadores assalariados. Existem, na verdade, váriasalternativas mais eficazes para sanar o déficit,além do repetido e pouco críanvo arrocho salarial.

Em suma, os servidores públicos perderão, aofinal de dOIS meses, cerca de 35% de seus salários,sendo que o Governo somente pagará o que devese o caixa do Tesouro permitir - e não se sabequando. SItuação ainda mais dramática será vivi­da pelos milhões de aposentados da PrevidênciaSocial. Acrescente-se a isso a probabilidade deque, como de costume, os gastos públicos conti­nuem aumentando e a Inflação subindo, o que,em breve, na seqüência de soluções limitadase impopulares, ensejará novamente os frequentesrecursos à elevação de impostos, ao aumentoda dívida pública e à emissão de moeda semlastro. Com relação aos preços, pode-se mesmoprever sua correção de acordo com os índicesda Inflação. No setor privado, possivelmente serágarantido o máximo de hberalização.

Desejamos, portanto, solidarizar-nos com osassalariados pelas agruras sofridas e por perma­necerem vitimas das instabilidades e deficiênciasda politica econômica do Governo. Nesse sentido,solicitamos maior atenção das autoridades parao problema da distribuição de renda, bem comoda revisão dos critérios da aposentadoria e doFundo de Garantia dos Trabalhadores, assuntosque, na verdade, requerem um próximo pronun­ciamento. Por ora, na esperança de que o Governoreconsidere as medidas responsáveis pelo conge­lamento dos salários, protestamos, em especial,contra o estado de miséria absoluta a que se pre­tende reduzir o servidor público. Importa, enfim,aprimorar o modelo econômico sem prejuízosà dignidade do homem brasileiro, o qual, por umaquestão de justiça, deverá sempre ser o principalbeneficiário das decisões políticas.

Em outras palavras, cabe ao Governo se alinharcom os verdadeiros anseios dos trabalhadorese assalariados, visando conter a inflação e solucio­nar as demais questões fundamentais que impe­dem o desenvolvimento do País.

IV - APRESENTAÇÃO DE PROPOSI­ÇÕES

OS Srs. Constituintes que tenham proposiçõesa apresentar queiram fazê-lo. (Pausa.)

APRESENTA PROPOSIÇÃO O SR.:

CÉSAR MAIA - Requerimento de informaçãoao Ministério do Planejamento sobre execução

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'ij)772 Sexta-feira 22 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1988

orçamentárla relativa aos primeiros trimestres de1987 e de 1988.

O Sr. Mauro Benevides, Primeiro-WcePre­sidente, deixe a cadeira da presidência queé ocupada pelo Sr. Ulysses Guimarães, Presi­dente.

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Vemos proceder à verificação de quorum. Peçoa05 Srs. Constituintes que se encontram em ou­1res dependências da Casa que venham ao Ple­FlIrio.

(Procede-se à verificação.)

9 SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) _\lemos encerrar a retificação. (Pausa )

Encerrada a verificação.Presentes 355 Srs. Constituintes. Há quorum,

portanto, para a votação.

REGISTRARAfl1PRESENÇA OS SRS. CONSTI­TUINTES:

Presidente: Ulysses Guimarães- Abigail Feitosa - Acival Gomes - Adauto

Pereira - Ademir Andrade - Adhemar de BarrosAlho - Adolfo Oliveira - Adroaldo Streck ­h!ylson Motta - Aécio de Borba - Affonso Ca­margo - Agripino de Oliveira Lima - AlbanoIf!ranco - Albérico Cordeiro - Aldo Arantes ­;lJlfredo Campos - AloísioVasconcelos -AloysioChaves - Aluizio Bezerra - Álvaro Antônio ­%avaro Pacheco - Amaral Netto - Amaury Müller-Anna Maria Rattes -Annibal Barcellos-Ante­ro de Barros - Antônio Britto - Antônio CarlosFranco - Antôniocarlos Konder Reis - Antômode Jesus - Antonio Gaspar - Antonio Mariz­Arnaldo Faria de Sá - Amaldo MartInS- Amaldo'Prieto - Arolde de Oliveira - Artenir Werner ­ktur da Távola - Asdrubal Bentes - Assis Canu­to - Átila Lira - Augusto Carvalho - Basílio'i.l!llani - Benedicto Monteiro - Benedita da Silva- Benito Gama - Beth Azize- Bezerra de Melo- Bonifácio de Andrada - Brandão Monteiro- Caio Pompeu - Carlos Alberto Caó - CarlosOardínal - Carlos Cotta - Carlos Mosconi ­'Cãrlos Sant'Anna - Cássio Cunha Lima - Célioéte Castro - César Maia - Chagas Duarte ­Chagas Rodrigues - Christovam Chiaradia ­Cláudio Ávila- Costa Ferreira - Cunha Bueno- Dalton Canabrava - Darcy Deitos - DaviAlves Silva - Del Bosco Amaral- Delfim Netto- Délio Braz - Denisar Arneiro - Dionísio DalPrá - Díonísro Hage - Dirce Tutu Quadros ­Divaldo Suruagy - Djenal Gonçalves - Domin­gos Leonelli - Doreto Campanari - Edésio Frias- Edison Lobão - Edivaldo Motta - Edme Ta­vares - Edmilson Valentim - Eduardo Bonfim- Egídio Ferreira Uma - Elias Murad - Eliel

Rodrigues - Enoc Vieira - Eraldo Tinoco ­Eraldo Trindade - Euclides Scalco - EvaldoGonçalves - Expedito Machado - Farabulini Jú­nior - Fernando Bezerra Coelho - FernandoCunha - Fernando Gasparian - Fernando Hen­rique Cardoso - Fernando Santana - Firmode Castro - Flávio Rocha - Florestan Fernandes- Floríceno Paixão - França Teixeira - Fran­cisco Amaral - Francisco Benjamim - Fran­cisco Dornelles - Francisco Küster - FranciscoRollemberg - Francisco Rossi - Furtado Leite-Gandi Jamil- Genésio Bernardino -Geraldo

Alckmin Filho - Geraldo Bulhões - Geraldo Fle­ming - Geraldo Melo - Gerson Camata - Ger­son Peres - Gidel Dantas - Gil César - Gon­zaga Patriota - Guilherme Palmeira - Gumer­cindo Milhomem - Harlan Gadelha - HaroldoLima - Hého Duque - Hélio Manhães - HélioRosas - Henrique Córdova - Henrique EduardoAlves - Heráclito Fortes - Hermes Zaneti ­Homero Santos - Humberto Lucena - Hum­berto Souto - Inocêncio Oliveira - Irajá Rodn­gues - Iram Saraiva - Irma Passoni - ItamarFranco -Ivo Lech - IvoMainardi -Ivo Vender­linde - Jacy Scanagatta - Jairo Carneiro ­Jalles Fontoura-Jamil Haddad -Jarbas Passa­rinho - Jayme PaJiarin - Jayme Santana ­Jesualdo Cavalcanti -Jesus Tajra -Joaci Góes- João Agripino - João Calmon - João daMata - João de Deus Antunes - João Lobo- João Machado Rollemberg - João Menezes-João Paulo -Joaquim Bevilacqua-JoaquimFrancisco - Jofran Frejat - Jonas Pinheiro ­Jorge Arbage -Jorge Bornhausen -Jorge Ha­ge - Jorge Medauar - Jorge Uequed - JorgeVianna-José Carlos Grecco-José Carlos Mar­tinez - José Carlos Sabóia - José Carlos Vas­concelos - José da Conceição - José Egreja-José Elias -José Fernandes -José Genuino- José Ignácio Ferreira - José Jorge - JoséLins - José Luiz de Sá - José Luiz Maia ­José Maranhão - José Melo - José Moura ­José Paulo Bisol - José Richa - José Serra- José Tavares - José Tinoco - José Ulissesde Oliveira - José Viana - Juarez Antunes ­Júlio Costamilan - Jutahy Magalhães - Koyulha - Lael Varella - Lélio Souza - LeopoldoPeres - Lezío Sathler - Lídice da Mata - Lou­rival Baptista - Lúcia Braga - Lúcio Alcântara- Luiz Alberto Rodrigues - Luiz Freire - LuizGushiken - Luiz Inácio Lula da Silva - LuizLeal- Luiz Marques - Luiz Salomão - Luiz VianaNeto - Lysâneas Maciel- Maguito Vilela- Ma­luly Neto - Manoel Castro - Manoel Moreira- Manoel Ribeiro - Manuel Viana - MarceloCordeiro - Márcia Kubitschek - Márcio Braga- Márcio Lacerda - Mário Assad - Mário Covas- Mário de Oliveira - Mário Lima - Mário Maia- Marluce Pinto - Maurício Corrêa - MaurícioFruet - Maurílio Ferreira Lima - Mauro Bene­vides - Mauro Campos - Mauro Miranda ­Mauro Sampaio - Max Rosenmann - Meira Fi­lho - Mendes Canale - Mendes Ribeiro - Mi­chel Temer - Milton Lima - Milton Reis - Mi­raldo Gomes - MiroTeixeira- Moema São Thia­go - Moysés Pimentel - Myrian Portella - Na­bar Júnior - Naphtali Alves de Souza - NelsonAguiar - Nelson Carneiro - Nelson Jobim ­Nelson Wedekin - Nelton Friedrich - NestorDuarte - Nilso Sguarezi - Nilson Gibson ­Nion A1bemaz - Octávio Elísio - Olívio Dutra- Orlando Bezerra - Orlando Pacheco - Os­mar Leitão - Osmundo Rebouças - OsvaldoCoelho - Osvaldo Macedo - Oswaldo Almeida- Oswaldo Trevisan - Paes de Andrade - PauloDelgado - Paulo Marques - Paulo Mincarone- Paulo Paim - Paulo Pimentel- Paulo Ramos- Paulo Roberto - Paulo Silva - Pedro Canedo- Pedro Ceolin - Percival Muniz- Plínio ArrudaSampaio - Plínio Martins - Pompeu de Sousa- Raimundo Bezerra - Raimundo Lira - Rai­mundo Rezende - Raquel Capiberibe - RenanCalheiros - Renato Johnsson - Ricardo [zar-

Rita Camata - Rita Furtado - Roberto Augusto- Roberto Campos - Roberto D'Ávila- RobertoFreire - Roberto Jefferson - Roberto Rollem­berg - Roberto Torres - Roberto Vital- Rodri­gues Palma - Ronaldo Carvalho - Ronan Tito- Ronaro Corrêa - Rospide Netto - RubemMedina - Ruben Figueiró - Ruberval Pilotto ­Ruy Bacelar - Ruy Nedel - Salatie! Carvalho- Santinho Furtado - Saulo Queiroz - SérgioSpada - Severo Gomes - Sigmaringa Seixas-SílvioAbreu -SImão Sessim-Siqueira Cam­pos - Sólon Borges dos Reis - Sotero Cunha- Stélio Dias - Tadeu França - Telmo Kirst- Teotônio VUela Filho - Theodoro Mendes -Tito Costa - Ubiratan Aguiar - Ubiratan Spinelli- Uldurico Pinto - Valmir Campelo - ValterPereira - Vasco Alves - Vicente Bogo - VictorFaccioni - Victor Fontana - Vilson Souza ­Vírqíldásio de Senna - Virgílio Galassi - VirgílioGuimarães - Vitor Buaiz - Vivaldo Barbosa ­Vladimir Palmeira - Waldeck Ornélas - WaldyrPugliesi - Wilson Martins - Zíza Valadares

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Vai-se passar à

v - ORDEM DO DIA

Como sabem. vamos retomar a votação queontem não se completou por inexistência de quo­rum. Trata-se da emenda dos nobres Constituin­tes Edison Lobão e Vilson Souza e tem a seguinteredação:

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assem­bléia Nacional Constituinte

Requeremos a V. Ex', nos termos regimentais(§ 2°, art. 3° da Resolução n° 3/88-ANC), a fusãodas Emendas 2P01967-6 e 2P00893-3 ao § 6°do art. 195 do Substitutivo (Centrão), resultandono seguinte texto:

§ 6° O projeto de lei orçamentária anual seráenviado pelo Presidente da República ao Con­gresso Nacional, e, se até o encerramento do pe­ríodo legislativo ordmário não for devolvido parasanção, o Governo poderá executá-lo por decreto.A sessão legislativa não será encerrada sem aapreciação definitiva do projeto de lei orçamen­tária

Observação: Integra a presente fusão tão-so­mente o caput da emenda 2P01967-6, de autoriado Constituinte Edison Lobão, ressalvada a vota­ção em separado dos demais parágrafos.

Sala das Sessões, de de 1988 - EdisonLobão - VIlson Souza.

O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem V.Ex' a palavra.

O SR. AMARAL NETIO (pDS - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, quero regis­trar urna informação muito séria. Ontem, os noti­ciosos declararam que o Constituinte Amaral Net­to, Líder do PDS, ficara revoltado com V.Ex' porter sido designado para a Comissão de Redaçãoo nobre Constituinte Antonio Carlos Konder Reis.

Isso é uma inverdade. Minha reclamação ­que nem cheguei a levar a V. EX, eu a levei aoSecretário-Geral Paulo Affonso e a alguns compa­nheiros de bancada - se prendeu ao fato de

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Abri/de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9773

a Comissão haver sido constituída sem audiênciadas lideranças. Quer dizer, não fui ouvido paranada.

Não houve, de minha parte, restrição a nomealgum, e nem poderia haver, porque eu não tenamotivo para ISSO. Minha restrição se referiu exclu­sivamente à forma pela qual V. Ex' constituiu aComissão. Respeitosamente quero deixar issobem claro, porque a notícia ficou até desairosapara mim, no sentido de que seria um veto aum companheiro de partido Isso nunca existiu.

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Sabe V. Ex' o respeito e a amizade pessoal quelhe devoto. Na constituição da Comissão, nãohouve qualquer propósito - e ainda há tempode se determinar qualquer providêncra - de pres­tigiar as lideranças. Foi um cnténo eminentemen­te técnico, num assunto técnico, que é de redação.Mas a Presidência está à disposição para con­versar com V.Ex' e outros lideres a respeito desseassunto.

O SR. AMARAL NETTO - Muito obrigadoaV.Ex'

O Sr. Darcy Pozza - Sr Presidente, peçoa palavra pela ordem.

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem V.Ex" a palavra pela ordem.

O SR. DARCY POZZA (PDS - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, gostaria deregistrar rrunha presença

O Sr. Inocêncio Oliveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem V.Ex" a palavra.

O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Par­tido da Frente Liberal recomenda à sua bancadaque vote NÃo

O Sr. Roberto Jefferson - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem V.Ex" a palavra.

OSR. ROBERTO JEFFERSON (PTB -SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PTBvota NÃO.

O Sr. Mário Covas - Sr Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem V. Ex' a palavra.

O SR. MÁRIO COVAS (PMOB - SP Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PMDBvotará SIM, favorável à emenda.

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem V Ex" a palavra.

O SR. ROBERTO FREIRE (PCB - PE. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, encaminha­mos favoravelmente a votação.

O Sr. César Maia - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem V. Ex' a palavra

O SR. CÉSAR MAIA (PDT - RJ. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, o PDT vota SIM.

O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem V.Ex' a palavra.

O SR. AMARAL NETTO (PDS - RJ. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, a Liderançado PDS vota NÃo e recomenda à sua bancada- se esta qurser - que vote NÃO.

O Sr. Adolfo Oliveira - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Concedo a palavra ao nobre ConstItumte.

O SR. ADOLFO OLIVEIRA (PL - RJ. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, o PartidoLiberal, considerando democrático o critério dese apreciar pelo.Congresso Nacional, e não pordecretos, vota NAO.

O Sr. Virgílio Guimarães - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarâesj-c­Concedo a palavra ao nobre Constituinte

O SR. VIRGÍLIO GUIMARÃES (PT - MG.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Par­tido dos Trabalhadores vota SIM.

O Sr. Aldo Arantes - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Concedo a palavra ao nobre Constituinte.

O SR. ALDO ARANTES (PC do B - GOSem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PCdo B vota SIM.

O Sr. Roberto Jefferson - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Wysses Guimarães)­Concedo a palavra ao nobre Constituinte.

O SR. ROBERTO JEFFERSON (PTB -RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, a ban­cada do PTB está dividida quanto à matéria. Tí­nhamos encaminhamento no sentido de se votarNÃO. O Líder Gastone Righi vota SIM.Então, estáliberada a bancada.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Passa-se à votação.

A proposição tem parecer favorável do relator.(Procede-se à votação.)

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado (Votação n' 477):

SIM-275.NÃO-96ABSTENÇÃO - 11.TOTAL-382.

A Emenda objeto da fusão foi rejeitada.

VOTARAM OS SRS. CONSTITUINTES:

Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - Sim

Acival Gomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - SImAdhemar de Barros Filho - SimAdolfo Oliveira - NãoAdroaldo Streck - SimAdylson Motta - SimAécio de Borba - NãoAgassiz Almeida - SimAgripino de Oliveira Lima - NãoAlbano Franco - NãoAlbérico Cordeiro - SimAlceni Guerra - SimAldo Arantes - SimAlfredo Campos - SimAloiSIO Vasconcelos - SimAloysio Chaves - NãoAluizio Bezerra - SimÁlvaro Antônio - SimÁlvaro Pacheco - NãoÁlvaro Valle - NãoAlysson Paulinelli - SimAmaury Müller - SimÂngelo Magalhães - NãoAnnibal Barcellos - NãoAntero de Barros - SimAntônio Britto - SimAntôniocarlos Konder Reis - SimAntônio de Jesus - NãoAntonio Gaspar - SimAntonio Manz - SimArnaldo Faria de Sá - SimArnaldo Martins - NãoArnaldo Prieto - NãoArnold Fioravante - AbstençãoArolde de Oliveira - NãoArtenir Werner - SimArtur da Távola - SimAsdrubal Bentes - SimAssis Canuto - SimÁtila Lira - SimAugusto Carvalho - SImBenedicto Monteiro - SimBenedita da Silva - SimBenito Gama - SimBernardo Cabral - SimBeth Azize - SimBezerra de Melo - SimBonifácio de Andrada - SimBrandão Monteiro - SimCaio Pompeu - AbstençãoCardoso Alves - AbstençãoCarlos Alberto Caó - SimCarlos Cardinal - SimCarlos Cotta - SimCarlos Mosconi - SimCássio Cunha Lima - NãoCélio de Castro - SimCelso Dourado - SimCésar Cals Neto - SimCésar Maia - SimChagas Duarte - SimChagas Rodrigues - SImChico Humberto - SimChristóvam Chiaradia - NãoCláudio Ávila- NãoCosta Ferreira - NãoCunha Bueno - SimDálton Canabrava - SimDarcy Deitos - SimDarcy Pozza - Não

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9774 Sexta-feira 22

Davi Alves SIlva - nãoDel Bosco Amaral - SimDelfim Netto - NãoDélio Braz - NãoDenisar Arneiro - NãoDionisio Dal Prá - NãoDionísio Hage - NãoDIrce Tutu Quadros - SimDirceu Carneiro - SimDivaldo Suruagy - NãoDjenal Gonçalves - SimDomingos Juvenil - SimDomingos Leonelli - SimDoreto Campanari - SimEdésio Frias - SimEdison Lobão - SimEdivaldo Motta - SimEdme Tavares - NãoEdmilson Valentim - SimEduardo Bonfim - SimEduardo Jorge - SimEduardo MoreIra - SimEqídto Ferreira Lima - SimElias Murad - SimElíel Rodrigues - NãoElíézer Moreira - AbstençãoEnoc Vieira- NãoEraldo Tmoco - NãoEraldo Trindade - SimEtevaldo Nogueira - NãoEuclides Scalco - SimEvaldo Gonçalves - NãoExpedito Machado - NãoFábio Raunheitti - NãoFarabulini Júmor - SimFausto Rocha - NãoFernando Bezerra Coelho - SimFernando Cunha - SimFernando Henrique Cardoso - SimFirmo de Castro - SimFlavio Palmier da VeIga - SimFlávio Rocha - NãoFlorestan Fernandes - SimFloriceno Paixão - SimFrança Teixeira - SimFrancisco Benjamim - NãoFrancisco Carneiro - NãoFrancisco Küster - SimFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - SimFurtado Leite - NãoGandi Jamil - AbstençãoGeraldo Alckmin Filho - SimGeraldo Bulhões - SimGeraldo Campos - SimGeraldo Fleming - SimGeraldo Melo - SimGerson Peres - NãoGil César - SimGonzaga Patriota - SImGuilherme Palmeira - SimGumercindo Milhomem - SimHarlan Gadelha - SimHaroldo Sabóia - SimHélio Costa - SimHélio Manhães - SimHélio Rosas - SimHenrique Córdova - SimHenrique Eduardo Alves - SimHeráclito Fortes - SimHermes Zaneti - Sim

DIÁRIO DA ASSEMBLElA NACIONAL CONSTITUINTE

Homero Santos - NãoHumberto Lucena - SImHumberto Souto - SimInocêncio Oliveira - NãoIram Saraiva - SimIrma Passoni - SimItamar Franco - SirrIvo Cersósimo - NãoIvo Lech - SimIvo Mamardi - SimIvo Vanderlinde - SimJacy Scanagatta - NãoJairo Carneiro - SimJalles Fontoura - SimJamIl Haddad - SimJarbas Passarinho - NãoJayme Paliarín - SimJayme Santana - SimJesualdo Cavalcanti - SimJesus Tajra - NãoJoão Agripmo - NãoJoão Alves - NãoJoão de Deus Antunes - NãoJoão Lobo - AbstençãoJoão Machado Rollemberg - NãoJoão Paulo - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Francisco - NãoJoaquim Hayckel - NãoJofran Frejat - NãoJonas Pinheiro - NãoJorge Arbage - NãoJorge Bornhausen - NãoJorge Hage - SimJorge Medauar - SimJorge Uequed - SimJorge Vianna - NãoJosé Agripmo - SimJosé Camargo - NãoJosé Carlos Grecco - SimJosé Carlos Martinez - NãoJosé Carlos Sabóia - SimJosé Carlos Vasconcelos - SimJosé Costa - SimJosé da Conceição - SimJosé Dutra - NãoJosé Egreja - SimJosé Elias - NãoJosé Fernandes - SimJosé Fogaça - SimJosé Genoíno - SimJosé Geraldo - NãoJosé Guedes - SimJosé Ignácio Ferreira - SimJosé Jorge - SimJosé Lins - NãoJosé Luiz de Sá - NãoJosé Luiz Maia - SimJosé Maranhão - SimJosé Maria Eymael - AbstençãoJosé Melo - SimJosé Moura - AbstençãoJosé Paulo Bisol - SimJosé Richa - SimJosé Serra - SimJosé Tavares - SimJosé Thomaz Nonô - AbstençãoJosé Tinoco - SimJosé Ulisses de Oliveira - SimJuarez Antunes - SimJúlio Costamilan - Sim

Abril de 1988

Jutahy Magalhães - SimKoyu lha - SimLael Varella - NãoLavoisier Maia - NãoLélio Souza - SimLeopoldo Peres - SimLezio Sathler - SimLidice da Mata - SimLounval Baptista - NãoLúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - NãoLuís Roberto Ponte - NãoLUIZ Alberto Rodrigues - SimLuiz Freire - SimLuiz Gushiken - SimLuiz Inácio Lula da Silva - SimLuiz Leal - SimLUIZ Marques - NãoLuiz Salomão - SImLysâneas MaCIel - SimMaguito VIlela- SimMaluly Neto - NãoManoel Castro - NãoManoel Moreira - SimManoel Ribeiro - SimManuel Viana - SimMarcelo Cordeiro - SimMárcia Kubitschek - SimMárcio Braga - SimMárcio Lacerda - SimMarcos Lima - NãoMarcos Perez de Queiroz - SimMaria de Lourdes Abadia - SimMaria Lúcia - SimMário Assad - SimMário Covas - SimMário de Oliveira - SimMário LIma - SimMário Maia - SimMarluce Pinto - SimMaurício Corrêa - SimMauricio Fruet - SimMaurício Nasser - NãoMaurílio Ferreira Lima - SimMauro Benevides - SimMauro Campos - SimMauro Miranda - SimMauro Sampaio - SimMax Rosenmann - NãoMeira Filho - SimMello Reis - SimMendes Canale - SimMendes Ribeiro - SimMilton Barbosa - NãoMilton Lima - SimMilton Reis - SimMiraldo Gomes - SimMiro Teixeira - SimMoema São Thiago - SimMoysés Pimentel- SimMyrian Portella - SimNabor Júnior - SimNaphtali Alves de Souza - SimNelson Carneiro - SimNelson Jobim - SimNelson Sabrá - NãoNelson Wedekin - SimNelton Friednch - SimNestor Duarte - SimNilso Sguarezi - SimNilson Gibson - Não

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Abril de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9775

Nion A1bemaz - SimNyder Barbosa - SImOctávio Elísio - SimOlívio Dutra - SimOrlando Bezerra - NãoOrlando Pacheco - NãoOsmar Leitão - SimOsmundo Rebouças - SimOsvaldo Coelho - SimOsvaldo Macedo - SimOswaldo Almeida - NãoOswaldo Trevisan - SImOttomar Pinto - SimPaes de Andrade - SimPaulo Marques - SimPaulo Mincarone - SimPaulo Paim - SimPaulo Pimentel - NãoPaulo Ramos - SimPaulo Roberto - SimPaulo Roberto Cunha - NãoPaulo Silva - SimPedro Canedo - NãoPedro Ceolin - SimPercival MunIZ - SimPlínio Arruda Sampaio - SimPlínio Martins - SImPompeu de Sousa - SimRaimundo Bezerra - SimRaimundo Lira - NãoRaimundo Rezende - SimRaquel Cândido - SimRaquel Capiberibe - SimRaul Belém - SimRaul Ferraz - SimRenan Calheiros - SimRenato Johnsson - SimRIcardo Izar - NãoRita Camata - SimRita Furtado - NãoRoberto Augusto - SimRoberto Campos - SimRoberto D'Ávila - SimRoberto Freire - SimRoberto Jefferson - SimRoberto RoJlemberg - SimRoberto Torres - SimRoberto Vital - SimRodrigues Palma - NãoRonaldo Carvalho - SImRonaldo Cezar Coelho - SimRonan Tito - SimRonaro Corrêa - NãoRose de Freitas - SimRospide Netto - SimRubem Medina - SimRuben Figueiró - SimRuberval PIIotto - NãoRuy Bacelar - SimRuy Nedel - SimSalatíel Carvalho - NãoSantinho Furtado - SimSaulo Queiroz - SimSérgio Spada - SimSigmannga Seixas - SimSílVIO Abreu - SimSimão Sessim - SimSIqueira Campos - SimSólon Borges dos Reis - SimSotero Cunha - Sim

Stélio Dias - Não

Tadeu França - SimTelmo Kirst - NãoTheodoro Mendes - AbstençãoTito Costa - Não(Ibtratan Aguiar - SimUldurico Pinto - SimValmir Campelo - SImValter Pereira - SimVasco Alves - SimVIcente Bogo - SimVictor Faccioni - SimVictor Fontana - NãoVilson Souza - SimVirgddásio de Senna - SimVirgílioGalassi - SimVirgílioGuimarães - SimVitor Buaiz - SimVivaldo Barbosa - SimVladimir Palmeira - SimWaldeck Ornélas - NãoWaldyr Pugliesi - SimWalmor de Luca - SImWilma Maia - SimWIlson Martins - SimZiza Valadares - SIm

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Vem à Mesa e vai à publicação a segumte decla­ração de voto'

Sr. Presidente Ulysses GUimarães.Solicito a Vossa Excelência se digne determmar

registro em Voto - Sim com relação a "FusãoEMENDAS 1967e 893.

Brasília 21 de abnl de 1988. - Antonio Ca­mara.

O Sr. Erlco Pegoraro - Sr. Presidente, pelaordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra VEx", pela ordem.

O SR. ERICO PEGORADO (PFL-RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, registrei meuvoto e ele não apareceu no painel.

O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, pelaordem

O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUimarães) ­Tem V. Ex" a palavra pela ordem.

O SR. AMARAL NETTO (PDS - RJ. Semrevrsão do orador.) - Sr. Presidente. o meu votonão apareceu no painel e a minha bancada estavaperfeita. Votei, NAO.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Consulto. Se encontra no plenário o nobre Consti­tuinte Rachid Saldanha Derzi, (Pausa.)

Não estando V. Ex' presente, a emenda estáprejudicada, pelo Regimento.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Sobre a mesa, proposta de fusão de emendasque passo a anunciar.

Dê-se aos inCISOS 111 e VIII, do artigo 196, asegumte redação.

IJI-a realização de operações de crédito queexcedam o montante das despesas de capital.

VllI- a utilização sem autonzação legislativaespecífica, de recursos dos orçamentos fiscal- eda seguridade para suprir necessidade ou cobrirdéficit das empresas, fundações e fundos, men­cionados no artigo 194, § 3°

Inclua-se nas disposições transitórias:Art Adaptação ao que estabelece o inciso

111, do artigo 196, deverá processar-se no prazode cinco anos, reduzindo o excesso à base de,pelo menos, um quinto a cada ano.

Constituinte Renato Johnsson - Constituin­teLuiz Freire - Constituinte César Maia.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Há uma fusão subscrita pelos nobres Constituin­tes Renato Johnsson, César Maia e Luiz Freire.O que querem os autores da fusão? Reportam-seS. Ex" ao art. 196, inciso Ill, do texto-base, quereza o seguinte:

"A realização de operações de crédito queexcedam o montante das despesas de capi­tal.,..

Até aqui os dois textos coincidem, não há novi­dade.

O texto da fusão quer supnmir do art. 196,inciso 111, a seguinte expressão:

"Acrescido dos encargos da dívida públi-ca."

É a primeira modificação.Quer uma supressão, também, do inciso VIU

do texto-base, que diz o seguinte:

"Sem a autorização legislativa específicade recurso do orçamento fiscal e de securí­dade, para suprir as necessidades ou cobriros déficits das empresas."

Quer a fusão que, em lugar de "entidades",esteja escnto "fundações", palavra mencionadano art. 194, § 3°. Até aí os textos são iguais. Afusão suprime a remissão, no § 3" do art. 194,aos incisos II e 111, e adita mais o segumte texto:

"A adaptação ao que estabelece o inciso111, do art. 196, deverá processar-se no prazode cinco anos, reduzindo o excesso à basede pelo menos um quinto a cada ano."

O Sr. Fernando Santana - Sr Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)­Tem V. Ex" a palavra.

O SR. FERNANDO SANTANA (pCB - BA.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, querodeclarar que votei "sim" e infelizmente não houveo registro do meu voto. Como não posso faltar,quero declará-lo, para que a Taquiqrafia peça oregistro.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUimarães) - _V.Ex" será atendido.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Concedo a palavra ao nobre Constituinte JoséSerra que se manifestará a favor da proposição.

O SR. JOSÉ SERRA (PMDB- SP. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Constituin­tes, em primeiro lugar, quero explicar o alcancedesta fusão que ora se apresenta, a partir deemendas dos Constituintes Renato Johnsson,Luiz Freire e César Maia.

No mciso 111 do art. 196 realiza-se uma supres­são que faz com que ele fique com a seguinteredação:

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9776 Sexta-feira 22 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIANACIONALCONSTITUINTE Abril de 1988

"Art 196. São vedados:III- a realização de operações de crédito

que excedam o montante das despesas decapital."

Isto significa que o Poder Público ficará Impe­dido de realizar empréstimos para cobrir despesasde custeio. Desta forma, impediremos que, nofuturo, se reproduzam situações como a atual,em que o endividamento irresponsável, muitasvezes, feito por govemos que estão por terminar,acaba comprometendo Irremediavelmente os go­vernos e as gerações futuras.

Mas, ao mesmo tempo, cuida-se, nas DIspo­sições Transltônas, de proporcionar um prazo decinco anos para que essa adaptação seja fetta.Isto não poderia acontecer, evidentemente, deuma hora para outra

Esta medida inclusive complementa a que nasDisposições Transitórias fixa, como limite paraa partíctpação do salário nas despesas govema­mentais, o índice de 65%, cujo prazo tambémé de cinco anos.

Este é um disposínvo que tem uma implicaçãoalta e fundamentalmente saneadora para as finan­ças públicas em nosso País. Quero dizer que aposição que se assume neste caso é de granderesponsabilidade.

Por outro lado, no inciso VIII, faz-se uma corre­ção muito importante, que, se não for feita, prati­camente inviabilizaráa execução orçamentária dosistema de seguridade social, ao trocar-se a pala­vra "entidades" pela palavra "fundações".

Qual o objetivo desse Inciso?Impedir que sejamcobertos déficits de entidades da administraçãodescentralizada, ou seja, de fundações, de empre­sas com verbas governamentais, sem que issopasse pela aprovação do Poder Legislativo, ouseja, estamos impedmdo que isso seja feito semque o Legislativo o aprove.

Acontece que a palavra "entidades" pode com­preender, inclusive, instituições da administraçãodireta, o que seria um absurdo.

Na verdade, o correto é colocar "fundações"e não "entidades" Esta emenda vem corrigir essafalha. Mas quero explicar seu alcance, para queo Govemo não venha, no futuro, e cobrir déficitsde empresas, de fundações etc., sem autorizaçãodo Legislativo Aprovando esta fusão, estaremosdando um passo importante, dentro dos limitesdo que a Constituição pode dispor, para que, nofuturo, as finanças públicas possam ser saneadase permaneçam nessa situação Estamos colocan­do uma amarra importante contra a irresponsa­bilidade na administração das contas e do endivi­damento público no Brasil.

Por isso, encaminho no sentido de votarmosa favor, a fim de aprovarmos essa fusão que ostrês nobres Constituintes apresentaram.

O Sr. Haroldo Uma -Sr. Presidente, pelaordem.

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem a palavra pela ordem.

OSR. HAROLDO UMA (PC do B - Ba. Semrevisão do orador.) -Sr. Presidente, quero noti­ficar que na votação passada meu voto não apare­ceu. Meu voto é "sim".

o Sr. Renato Johnsson- Sr. Presidente, pe­la ordem.

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem V. Ex' a palavra, pela ordem.

o SR. RENATO JOHNSSON (PMDB- PRoSem revisão do orador.) - Sr. Presidente, osConstituintes LUIZ Freire, Mauro Miranda e eu ha­viamos apresentado emendas que limitavam osgastos de pessoal da União, DistntoFederal, Esta­dos e Municipios em 65% .,

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Não posso interromper o processo de votação.V.Ex' pode se dingir à Mesa, que terá mais condi­ção de esclarecer esse assunto.

O SR. RENATO JOHNSSON - É apenaspara esclarecer que participamos dessa emendaretirando as outras, uma vez que nas DisposiçôesTransitórias, art. 16, a matéria já está disciplinada.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­O parecer do Relator é pela aprovação do texto.

O Sr. Paulo Delgado - Sr. Presidente, pelaordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem V. Ex' a palavra pela ordem.

O SR. PAULO DELGADO (PT - MG. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, na votaçãoanterior meu voto não fOI registrado, e foi "sim".

O Sr. Mansueto de Lavor - Sr. Presidente,pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem V.Ex' a palavra pela ordem.

O SR. MANSUETO DE LAVOR (PMDB ­PE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,não foi regrstrado meu voto, que é "sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­O Relator recomenda a aprovação do texto, queé do conhecimento da Casa.

Vamos passar à votação.

O Sr. César Maia - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Concedo a palavra ao nobre Constituinte CésarMaia.

O SR. CÉSAR MAIA (PDT- RJ. Sem revisãodo orador.) - Sr Presidente, chamamos a aten­ção dos Srs. Constituintes para a importância des­sa emenda O PDT vota "sim".

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Concedo a palavra ao nobre Constituinte RobertoFreire.

O SR. ROBERTO FREIRE (pCB - PE. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, encaminha­mos favoravelmente a votação da emenda.

O Sr. Virgílio Guimarães - Sr. Presidente,peço a palavra, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Concedo a palavra ao nobre Constituinte VirgílioGuimarães.

O SR. VIRGÍUO GUIMARÃES (PT - MG.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Par­tido dos Trabalhadores vota "sim" a essa fusãode emendas.

O Sr. AdemirAndrade - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Concedo a palavra ao nobre ConstItuinte AdemirAndrade.

O SR. ADEMIR DE ANDRADE (PSB - PA.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Par­tido Socialista Brasileiro vota "sim" à emenda

O Sr. José Maria Eymael - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Concedo a palavra ao nobre Constituinte JoséMaria Eymael.

O SR. JOSÉ MARIA EYMAEL (PDC - SP.Sem revisão do orador.) - Sr Presidente, a Líde­rança do Partido Democrata Cristão orienta suabancada no sentido de votar "sim".

O Sr. Mário Covas - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Concedo a palavra ao nobre Constituinte MárioCovas.

O SR. MÁRIO COVAS (PMDB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PMDBvota "sim".

O Sr. Haroldo Uma - Sr Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUImarães)­Concedo a palavra ao nobre Constituinte HaroldoUma.

O SR. HAROLDO LIMA (pC do B - BA.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PCdo B vota "sim".

O Sr.lnocêndo de Oliveira - Sr. Presidente,peço a palavra, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Concedo a palavra ao nobre Constituinte Inocên­cio Oliveira

O SR. INOCtNCIO OUVEIRA (PFL- PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Par­tido da Frente Liberal recomenda à sua bancadaque vote "não".

O sr, Gastone Righi - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Concedo a palavra ao nobre Constituinte GastoneRighi.

O SR. GASTONE RIGHI (PTB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a Liderançado PTB recomenda o voto "sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Passa-se à votação.

(Procede-se à votação.)

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Está encerrada a votação, A Mesa vai proclamaro resultado (votação n° 478):

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Abril de 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9777

SIM-334NÃO-56ABSTENÇÃO - 11.TOTAL-401.

A Emenda objeto da fusão foi aprovada.

VOTARAM OS SRS. CONSTITUINTES:

Presidente: Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - SimAcival Gomes - SimAdauto Pereira - NãoAdemir Andrade - SimAdhemar de Barros Filho - SimAdolfo Oliveira - AbstençãoAdroaldo Streck - SimAdylson Motta - SimAfifDomingos - NãoAgassiz Almeida - SimAgripmo de Oliveira Lima - SimAirton Cordeiro - SimAlbano Franco - SimAlbérico Cordeiro - SimAlceni Guerra - SimAldo Arantes - SimAlérCIO Dias - SimAlfredo Campos - SimAloisio Vasconcelos - SimAloysio Chaves - SimAluizio Bezerra - SimÁlvaro Antônio - SimÁlvaro Pacheco - AbstençãoAlysson Paulinelli - NãoAmaral Netto - NãoAmaury MulJer- SimÂngelo Magalhães - NãoAnna Maria Rattes - SimAnnibal Barcellos - NãoAntero de Barros - SimAntônio Britto - SimAntônio Câmara - SimAntônio Carlos Konder Reis - SimAntônio de Jesus - SimAntonio Ferreira - NãoAntonio Gaspar - SimAntonio Mariz - SimAmaldo Faria de Sá - SimAmaldo Martins - SimArnaldo Prieto - NãoAmold Fioravante - NãoArolde de Oliveira - NãoArtenir Werner - SimArtur da Távola - SimAsdrubal Bentes - Sim~sis Canuto - AbstençãoAtila Lira - NãoAugusto Carvalho - SimBasílio ViIlani - SimBenedicto Monteiro - SimBenedita da Silva - SimBenito Gama - SimBernardo Cabral - SimBeth Azize- SimBezerra de Melo - SimBonifácio de Andrada - SimBrandão Monteíro - SimCaio Pompeu - SimCardoso Alves - NãoCarlos Alberto - NãoCarlos Alberto Caó - SimCarlos Cardinal - SimCarlos Cotta - Sim

Carlos Mosconi - SimCarlos Sant'Anna - NãoCássio Cunha Lima - SimCélio de Castro - SimCelso Dourado - SimCésar Cals Neto - SimCésar Maia - SimChagas Duarte - SimChagas Rodrigues - SimChristóvam Chiaradia - SimCid Sabóia de Carvalho - SimCosta Ferreira - NãoCunha Bueno - SimDálton Canabrava - SimDarcy Deitos - SimDarcy Pozza - SimDel Bosco Amaral - NãoDelfim Netto - SimDélio Braz - SimDenisar Ametro - SimDionisio Dal Prá - NãoDionísío Hage - NãoDirce Tutu Quadros - SimDirceu Carneiro - SimDivaldo Suruagy - SimDjenal Gonçalves - NãoDomingos Juvenil- SimDomingos Leonelli - SimDoreto Campanari - SimEdésio Fnas - SimEdme Tavares - NãoEdmílson Valentim - SimEduardo Bonfim - SimEduardo Jorge - SimEgídio Ferreira Lima - SimElias Murad - SimEliel Rodrigues - SimEliézer Moreira - NãoEnoc Vieira- NãoEraldo Trindade - SimErico Pegoraro - SimEtevaldo Nogueira - NãoEuclides Scalco - SimEvaldo Gonçalves - SimExpedito Machado - AbstençãoFábio Raunheittl- NãoFarabulini Júnior - SimFausto Rocha - NãoFernando Bezerra Coelho - SimFernando Cunha - SimFernando Gasparian - NãoFernando Henrique Cardoso - SimFernando Santana - SimFirmo de Castro - SimFlavio Palmier da Veiga - SimFlávio Rocha - NãoFlorestan Fernandes - SimFloriceno Paixão - SimFrança Teixeira - SimFrancisco Amaral- SimFrancisco Benjamim - NãoFrancisco Carneiro - SimFrancisco Diógenes - NãoFrancisco Dornelles - SimFrancisco Küster - SimFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - SimFurtado Leite - NãoGabriel Guerreiro - SimGandi Jamil- SimGastone Righi - Não

Genésio Bemardmo - SimGeraldo Alckmin Filho - SimGeraldo Bulhões - SimGeraldo Campos - SimGeraldo Flemmg - SimGeraldo Melo - SimGerson Marcondes - SimGerson Peres - SimGIlCésar - SimGonzaga Patriota - SimGuilherme Palmeira - SimGumercindo Milhomem - SimHarlan Gadelha - SimHaroldo Lima - SimHaroldo Sabóia - SimHélio Costa - SimHélio Duque - SimHélio Manhães - SimHélro Rosas - SimHennque Córdova - SimHenrique Eduardo Alves - SimHeráclito Fortes - SimHilário Braun - SimHumberto Lucena - SimHumberto Souto - SimIberê Ferreira - SimInocêncio Oliveira - NãoIrajá Rodrigues - Sim!ram Saraiva - SimIsmael Wanderley - SimItamar Franco - SimIvo Cersósímo - AbstençãoIvo Lech- SimIvo Mainardi - SimIvo Vanderlinde - SimJacy Scanagatta - NãoJairo Carneiro - SimJalles Fontoura - SimJamil Haddad - SimJarbas Passarinho - SimJayme Paliarin - SimJayme Santana - SimJesualdo Cavalcanti - SimJesus Tajra - AbstençãoJoaci Góes - SimJoão Agripino - SimJoão Calmon - SimJoão da Mata - NãoJoão Lobo - NãoJoão Machado Rollemberg - SimJoão Natal - SimJoão Paulo - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Francisco - SimJoaquim Hayckel - NãoJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - NãoJorge Arbage - SimJorge Bomhausen - SimJorge Hage - SimJorge Medauar - SimJorge (lequed - SimJorge Vianna - NãoJosé Agripino - SimJosé Camargo - NãoJosé Carlos Grecco - SimJosé Carlos Martinez - NãoJosé Carlos Sabóia - SimJosé Carlos Vasconcelos - SimJosé Costa - SimJosé da Conceição - Sim

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9778 Sexta-feira 22 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1988

José Dutra - SimJosé Egreja - SimJosé Elias - SimJosé Fernandes - SimJosé Fogaça - SimJosé Genoíno - SimJosé Geraldo - AbstençãoJosé Guedes - SimJosé Ignácio Ferreira - SimJosé Jorge - SimJosé Lins - NãoJosé Luiz de Sá - SimJosé Luiz Maia - SimJosé Maranhão - SimJosé Maria Eymael- SimJosé Mauricio - SimJosé Melo - SImJosé Moura - SimJosé Paulo BIsol - SimJosé Richa - SimJosé Santana de Vasconcellos - SimJosé Serra - SimJosé Tavares - SimJosé Teixeira - NãoJosé Thomaz Nonô - SimJosé Tinoco - SimJosé Ulisses de Oliveira - SimJosé Viana - SimJuarez Antunes - SimJúlio Costamilan - SimJutahy Magalhães - SimKoyu lha - SimLael Varella - NãoLélio Souza - SimLeopoldo Peres - AbstençãoLezio Sathler - SimUdice da Mata - SimLouremberg Nunes Rocha - SimLourival Baptista - NãoLúcia Braga - SimLúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - SimLuís Roberto Ponte - SimLuiz Alberto Rodrigues - SimLuiz Freire - SimLuiz Gushiken - SimLuiz Inácio Lula da Silva - SimLuiz Leal - SimLuiz Marques - SimLuiz Salomão - SimLuiz Viana Neto - SimLysâneas Maciel - SimMaguito Vilela - SimManoel Castro - SimManoel Moreira - SimMansueto de Lavor - SimManuel Viana - SimMarcelo Cordeiro - SimMárcia Kubitschek - SimMárcio Braga - SimMárcIo Lacerda - SimMarcos Ltma - NãoMarcos Perez Queiroz - SimMaria de Lourdes Abadia - SimMaria Lúcia - SimMário Assad - SimMário Covas - SimMário de Olíveira - SimMário Lima - SimMário Maia - SimMarluce Pinto - Sim

MaurícIo Corrêa - SimMaurício Fruet - SimMauricio Nasser - SimMaurílio Ferreira Lima - SimMauro Campos - SimMauro Miranda - SimMauro Sampaio - SimMax Rosenmann - SimMeira Filho - SimMello Reis - SimMichel Temer - SimMilton Barbosa - NãoMilton Lima - SimMilton Reis - SimMiraldo Gomes - SimMiro Teixeira - SimMoema São Thiago - SimMyrian Portella - SimNabor Júmor - SimNaphtah Alves de Souza - SimNelson Aguiar - SimNelson Carneiro - SimNelson Jobim - SimNelson Sabrá - SimNelson Wedekin - SimNelton Friedrich - SimNestor Duarte - SImNIIso Sguarezi - SimNion Albemaz - SimNyder Barbosa - SimOctávto Elísio - SimOrlando Bezerra - NãoOrlando Pacheco - NãoOsmir Lima - SimOsmundo Rebouças - SimOsvaldo Coelho - NãoOsvaldo Macedo - SimOswaldo Trevisan - SimOttomar Pinto - SimPaulo Delgado - SimPaulo Marques - SimPaulo Paim - SimPaulo Pimentel - NãoPaulo Ramos - SimPaulo Roberto - SImPaulo Roberto Cunha - NãoPaulo Silva - SimPedro Canedo - SimPedro Ceolin - SImPercival Muniz - SimPimenta da Veiga - SimPlimo Arruda Sampaio - SimPlínio Martins - SImPompeu de Sousa - SimRaimundo Bezerra - SImRaimundo Lira - SimRaimundo Rezende - SimRaquel Cândido - SimRaquel Capiberibe - SimRaul Belém - SimRenan Calheiros - SimRenato Johnsson - SimRita Camata - SimRita Furtado - NãoRoberto Augusto - SimRoberto Balestra - SImRoberto D'Ávila - SimRoberto Freire - SimRoberto Jefferson - SimRoberto Rollemberg - SimRoberto Torres - Sim

Roberto VItal- SImRodrigues Palma - SimRonaldo Carvalho - SImRonaldo Cezar Coelho - SimRonan TIto - SimRonaro Corrêa - NãoRosa Prata - SImRospide Netto - SimRubem MedIna - AbstençãoRuben FIgueiró - SimRuberval Pilotto - NãoRuy Bacelar - SimRuy Nedel - SimSalatiel Carvalho - NãoSandra Cavalcanti - SimSantinho Furtado - SimSaulo Queiroz - SimSérgio Spada - SimSiqmarinqa Seixas - SimSílvio Abreu - SimSimão Sessim - SimSiqueira Campos - SImSólon Borges dos Reis - SimSotero Cunha - SimStélio Dias - SimTadeu França-SImTelmo Kirst - SimTeotônio Vilela Filho - SimTheodoro Mendes - AbstençãoTito Costa - SimUbiratan Aguiar - SimUbiratan Spinelli - NãoUldurico Pinto - SimValmir Campelo - SimValter Pereira - SimVasco Alves - SImVicente Bogo - SimVictor Facciom - SimVictor Fontana - SImVilson Souza - SImVirgildásio de Senna - SimVirgílio Galassi - SImVirgílio Guimarães - SimVitor Buaiz - SimVivaldo Barbosa - SimVladimir Palmeira - SimWagner Lago - SimWaldeck Omélas - SimWaldyr Pugliesi - SimWalmor de Luca - SimWIlma Maia - SimWilson Martins - SimZiza Valadares - SIm

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Vem à Mesa e vai à publicação a seguinte decla­ração de voto.

Sr. PresidenteComunico a V. Ex' que meu voto na votação

de fusão das emendas 961, 423 e 140 é SIM.Brastlia. 21 de abnl de 1988. - Hermes Za­

neti.O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­

Encontra-se no plenário o nobre Constituinte Pau­lo Zarzur? Pergunto pela segunda vez: o nobreConstituinte Paulo Zarzur está presente? Terceirae última vez: está presente o nobre ConstítumtePaulo Zarzur? (Pausa.)

Pelo Regimento, sua emenda não poderá sersubmetida à votação. Está prejudicada.

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Abril de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9779

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Pergunto se está presente o nobre ConstituinteDálton Canabrava. (Pausa.) Está.

O nobre Constituinte Dálton Canabrava sugereuma modificação ao art. 196, inciso N.

O Sr. Dálton Canabrava - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem V.Ex"a palavra.

O SR. DÁLTON CANABRAVA (PMDB ­MG Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,essa proposição visava a adequar-se à outra quefoi retirada. Portanto, não tem mais sentido. Reti­ro-a.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Obrigado a V.Ex'

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­O nobre Constituinte Jorge Vianna está no plená­rio? Pergunto, pela segunda vez, se o ConstituinteJorge Viannaestá no plenáno, Vou perguntar, pelaúltima vez, como me obriga o Regimento, se S.Ex" está presente. Não basta participar de umadas votações, o Regimento exige a presença, in­clusive porque frequentemente só o autor podeprestar esclarecimentos ou encammhar a vota­ção. Não está presente o autor. Portanto, fica pre­judicada a emenda de S. Ex" (palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Há uma fusão do nobre Constituinte AlexandreCosta e do nobre Constituinte João Castelo. Re­porta-se ao art. 197 Neste artigo quer-se acres­centar o seguinte:

"Os recursos correspondentes às dota­ções orçamentánas, Inclusive créditos suple­mentares e especiais, destinados aos órgãosdo Poder Legislativo e .Judiciário, ser-lhes-ãoentregues."

Ao invés de nurneráno estabelece como "recur­sos cotas mensais ao Legislativo e ao .Judtcíário,cotas mensais até o dia 20 de cada mês, na formaque dispuser a lei complementar a que se refereo § 7° do art 194"

É o texto.Com a palavra o nobre Constitumte César Maia,

que falará a favor dos interesses do Legislativoe do Judiciário

A SI" Irma Passoni - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra V. Ex'

A SRA. IRMA PASSONI (pT - RJ. Semrevisão da oradora.) - Sr Presidente, apenas pararegistrar meu voto na votação anterior: "sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­O voto de V Ex' será registrado.

OSR.CÉSARMAIA(PDT-RJ.Semrevisãodo orador.) - Sr Presidente, Sr" e Srs Consti­tuintes, na verdade, essa é uma emenda de ade­quação do art. 197. Ela se divide em três partes:a primeira é estritamente formal. Ao invés de citarCâmara dos Deputados, Senado, Tribunal deContas etc., menciona Poderes LegislatIvo e Judi­ciário; a segunda parte dessa emenda envolvequestão de mérito. O art. 197 dispõe que as cotas

mensais do orçamento serão transferidas aos Po­deres Legislativo e Judiciário até o dia 10. Isto,no caso de alguns meses, como janeiro, significaImpossibilidade prática, pois não se teve tempode ajustar o fechamento do ano anterior. Substi­tui-se "dia 10" por "dia 20". Isto em nada alterarigorosamente a execução orçamentária por partedos três Poderes. Finalmente, substitui-se o termo"duodécimo", que sigmfica 1/12, por "doze cotasmensais", para que a lei complementar, ao regula­mentar esse dispositivo, possa mcorporar o fenô­meno inflacionário. Senão, teríamos uma situaçãodistorcída, em que a primeira quota teria um valorrealmente muito superior à quarta, à quinta, àsexta ou à sétima. o que jogana os Poderes Execu­tivo, .Judiciárío e Legislativo numa situação deinsolvência orçamentária até o meio do ano. Por­tanto, essa é uma emenda apenas de ajuste deforma e de execução, para a qual peço o apoia­mento das Sr'" e dos Srs. Constituintes e o votofavorável do Sr. Relator.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Lamento informar que a Mesa fez agora uma pes­quisa, ouviu sua assessoria e concluiu que o requi­SItofundamental para a fusão é que haja emendasembora retirando-se parcialmente dessas aquiloque vá constituír a fusão Não pode haver matérianova. Senão teríamos de abrir um novo prazopara apresentação de emendas, e isto é inacei­tável. De forma que esta pesquisa revela a inacei­tabilidade da fusão que se pretendia, por esta cir­cunstância. Lamentamos muito, mas não é pos­sível.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Sobre a mesa, requerimento de destaque nos se­guintes termos:

REQCJERIMENTO DE DESTAQCJEN° 1.453

Senhor Presidente,Requeiro, nos termos no art. 4° da Resolução

n° 3, de 1988, destaque para a Emenda2P00569-1 Tít. VI - Dirce Tutu Quadros.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­É a seguinte a matéria destacada:

Emenda n° 569 - Da Sra. Dirce Tutu Quadros.Inclua-se onde couber no Trt, VI:

Art. Toda empresa ou fundação de que oEstado possua ações ou cotas, seja sócio oumembro, é considerada pessoa jurídica de direitopúblico, ujeita á legislação pertinente; e seus orça­mentos serão obrigatoriamente incluídos nas leisorçamentárias respectivas,

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­A Mesa anuncia a Emenda n° 569, relacionadaao Destaque n° 1.453, de autoria da nobre Consti­tuinte Dirce Tutu Quadros. A nobre Constituintequer incluir, onde couber, no Título VI, o seguinteartigo:

"Toda empresa ou fundação de que o Es­tado possua ações ou quotas, seja sócio oumembro, é considerada pessoa jurídica dedireito público, sujeita à legislação pertinentee seus orçamentos serão obrigatoriamenteincluídos nas leis orçamentárias respectivas."

O Sr. César Maia - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem V. Ex' a palavra.

O SR. CÉSAR MAIA (PDT - RJ. Sem revisãodo orador.) - Sr Presidente, se V.Ex' não aceitoua fusão das emendas anteriores, entendo que aemenda do Constituinte Alexandre Costa continuavalendo.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Claro. Ela poderá ser votada Isoladamente.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Concedo a palavra à nobre Constituinte Dirce Tu­tu Quadros, para encaminhar a votação

A SR' DIRCE TCITU QUADROS (PTB ­SP. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente,Sr" e Srs. ConstItuintes, o Projeto de Constituiçãoapresenta, no inciso 11 do § 3° do art. 194, a seguin­te redação:

"§ 3° A lei orçamentária anual com­preenderá:

11-o orçamento de investimento das em­presas em que a União, direta ou indireta­mente, detenha a maioria do capital socialcom direito a voto."

Ao elaborar essa emenda, minha preocupaçãofoi estender esta disposição às empresas em quea União participe minoritariamente, porque qual­quer dinheiro do povo brasileiro, por menor queseja proporcionalmente, merece o respeito, o cui­dado e a fiscalização desta Casa. Existe uma pul­verização de recursos públicos. O dinheiro do po­vo não constitui, necessariamente, a maioria docapital das empresas; pode também constituir aminoria. Existe na burocracia brasileira, no mo­mento, uma desvinculação total com o dinheirodo povo, com o seu suor, com o seu sacrifício.Um cruzado que seja precisa ser controlado. Porexemplo, simplesmente 41 % do capital da Ara­cruz vem dos cofres públicos. Esta mdústria nãoé uma estatal. É uma indústria de controle com­partilhado. A Sharp recebeu 150 milhões de dóla­res do povo brasileiro; a Transbrasil, 45 milhõesde dólares; a Trol, 900 milhões de dólares. Essascompanhias devem vir para o controle do Con­gresso Nacional, uma vez que contam com odinheiro dos cofres públicos O Poder Legislativodeve manter mecanismos para a fiscalização definanciamentos e investimentos públicos Imploroa esta Casa que aprove esta emenda, para quese possa, de uma forma melhor, proteger o suadoe difícil dinheiro do povo brasileiro. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Concedo a palavra ao nobre Constituinte JoséJorge para manifestar-se contrariamente à propo­sição

O SR. JOSÉ JORGE (PFL - PE. Sem revi­são do orador.) -Sr Presidente, Sr" e Srs. Consti­tuintes, esta emenda da nobre Constituinte DirceTutu Quadros tem inicialmente um engano deredação. Ela está assim redigida:

"Toda empresa ou fundação de que pos­sua ações ou cotas, seja sócio ou membro,é considerada pessoa jurídica de direito pú­blico, sujeita à legislação pertinente, e seus

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9780 Sexta-feira 22 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1988

orçamentos serão obrigatonamente incluí­dos nas leis orçamentánas respectivas."

A emenda não diz quem deve possuir essasações ou cotas.

Entendemos que a idéia da Constituinte DirceTutu Quadros deva corresponder à redação apre­sentada pelo relator, que diz o seguinte:

"Toda empresa ou fundação de que o Es­tado possua ações ou cotas, seja sócio oumembro, é considerada pessoa jurídica dedireito público ."

Mesmo que o Estado por algum momento pos­sa possuir algumas cotas ou ações de determi­nada empresa ou Indicar algum membro paradela participar, desde que não tenha a maioriado capital votante, essa empresa não pode serconsiderada pública. Se assim for, ao invés dedesestatizarmos a economia, teríamos a maiorestatização que seria realizada no País. Qualquerempresa, com a mínima participação do Governo,mesmo que temporariamente, passaria a ser pú­blica, inclusive tendo de ter seu orçamento apro­vado pelo Congresso Nacional.

Por outro lado, o Congresso Nacional não podeaprovar o orçamento de uma empresa onde oGoverno não seja majorítáno, porque não teremosInstrumentos para garantir a execução desse or­çamento. Além disso, o modo de fiscalização decomo são gastos os recursos que o Governo in­veste em empresas de que participe já é estabe­lecido em outros artigos deste capítulo.

Então, apesar de elogiar a preocupação quea Constituinte Dirce Tutu Quadros teve com res­peito à fiscalização de como são gastos os recur­sos aplicados pelo Governo nessas empresas,acho que esta emenda é repetitiva.

Quanto ao controle dessas entidades, a propo­sição é inócua, porque, se o Governo não tema maioria das ações, não adianta aprovarmos orespectivo orçamento, pOIS não teremos comofazer com que a empresa o cumpra fielmente.

Portanto, encaminho contra essa emenda e so­licito aos Srs. Constituintes que votem "não".

o Sr. Gastone Righi - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem V.Ex"a palavra

O SR. GASTONEmGHI-(PTB-SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, V.Ex', quan­do colocou em votação esta matéria, leu a emen­da que consta da publicação. Mas ela foi publicadaerroneamente. Está dito na publicação:

'Toda empresa ou fundação de que possuaações ou cotas.l!

Claro que isso não teria sentido. A emenda real­mente declara:

"Toda empresa ou fundação de que o Es­tado possua cotas. seja sócio ou membro,é considerada pessoa jurídica de direito pú­blico" etc. etc

Então o texto certo é "toda empresa ou funda­ção de que o Estado possua cotas...!!

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Isso já foi objeto de comentáno feito na tribuna.O Relator mamfesta-se pela rejeição.

Passamos à votação.

O Sr. César Maia - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem V. Ex' a palavra.

O SR. CÉSAR MAIA (PDT- RJ. Sem revisãodo orador) - Sr Presidente, o PDT votará "não".

C Sr. Inocêncio Oliveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem V. Ex"a palavra.

O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Par­tido da Frente Liberal recomenda à sua bancadaque vote "não".

O Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem V. Ex' a palavra

O SR. NELSON JOBIM (pMDB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr Presidente, o PMDBfica com o Sr. Relator. O voto é "não".

O Sr. Virgílio Guimarães - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Concedo a palavra, pela ordem, ao ConstituinteVirgílio Guimarães.

O SR. VIRGíLIO GUIMARÃES (PT - MG.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PTvota "sim"

O Sr. Gastone Righi - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Concedo a palavra. pela ordem, ao ConstituinteGastone Righi.

O SR. GASTONE mGHI (PTB - SP Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a Liderançado PTB, em homenagem à autora da emenda,votará "sim".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­A proposição tem parecer contrário do eminenteRelator.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Passa-se à votação.

{Procede-se à votsçêo.)

O Sr. Lézio Sathler - Sr. Presidente. peço apalavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem V. Ex' a palavra.

O SR. LÉZIO SATHLER (PMDB- ES. Semrevisã do orador) - Sr. Presidente, é para registraro meu voto "não".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Está encerrada a votação. A t'\esa vai proclamaro resultado (votação n° 479):

SIM-90.NÃO-318.ABSTENÇÃO - 7.TOTAL-415.

A Emenda fOI rejeitada.

VOTARAM OS SRS. CONSTIT(J[IYTES:

Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - SimAcival Gomes - NãoAdauto Pereira - NãoAdemir Andrade - SimAdhemar de Barros FIlho - NãoAdolfo Oliveira - AbstençãoAdroaldo Streck - NãoAdylson Motta - NãoAgassiz Almeida - NãoAgripmo de Oliveira Lima - NãoAirton Cordeiro - NãoAlbano Franco - NãoAlbérico Cordeiro - SimAlceni Guerra - NãoAldo Arantes - SimAlércio DIaS- NãoAlexandre Costa - NãoAloisio Vasconcelos - NãoAloysio Chaves - NãoAloysio Teixeira - NãoAluíao Bezerra - NãoAluizio Campos - NãoÁlvaro Antônio - NãoÁlvaro Pacheco - NãoAlysson Paulinelli - NãoAmaral Netto - NãoAmaury Muller - SimÂngelo Magalhães - NãoAnna Maria Rattes - SimAnnibal Barcellos - NãoAntero de Barros - simAntônio Britto - NãoAntônio Câmara - NãoAntôniocarlos Konder Reis - NãoAntônio de Jesus - NãoAntonio Ferreira - NãoAntonio Gaspar - simAntonio Mariz- NãoArnaldo Faria de Sá - SimArnaldo Martins - NãoArnaldo Prieto - NãoArnold Fioravante - NãoArtemr Werner - NãoArtur da Távola - NãoAsdrubal Bentes - NãoAssis Canuto - AbstençãoÁtila Lira - NãoAugusto Carvalho - SimBasílio Villam - NãoBenedicto Monteiro - SimBenedita da Silva - SimBenito Gama - NãoBernardo Cabral - NãoBeth Azize- SimBezerra de Melo - NãoBonifácio de Andrada - NãoBosco França - NãoBrandão Monteiro - NãoCaio Pompeu - NãoCardoso Alves - AbstençãoCarlos Alberto - NãoCarlos Cardinal - NãoCarlos Chiarelh - Não

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Abril de 1988

Carlos Cotta - NãoCarlos Mosconi - SimCarlos Sant'Anna - NãoCarrel Benevides - NãoCássio Cunha Lima - NãoCélio de Castro - NãoCelso Dourado - SimCésar Cals Neto - SimCésar Maia - NãoChagas Rodngues - NãoChristóvam Chiaradia - NãoCid Carvalho - NãoCid Sabóia de Carvalho - AbstençãoCosta Ferreira - NãoDálton Canabrava - NãoDarcy Deitos - NãoDarcy Pozza - NãoDaso Coimbra - NãoDavi Alves Silva - SimDelfim Netto - NãoDélio Braz - NãoDenisar Arneiro - NãoDtonislo Dal Prá - NãoDionísio Hage - NãoDirce Tutu Quadros - SimDirceu Carneiro - simDivaldo Suruagy - NãoDjenal Gonçalves - NãoDomingos Juvenil - NãoDomingos Leonelli - NãoDoreto Campanari - NãoEdison Lobão - NãoEdme Tavares - NãoEdmilson Valentim - SimEduardo Bonfim - SimEduardo Jorge - simEgídio Ferreira Lima - NãoElias Murad - SimEliel Rodrigues - NãoEliézer Moreira - NãoEnoc VIeira - NãoEraldo Trindade - NãoErico Pegoraro - NãoEtevaldo Nogueira - NãoEunice Michiles - NãoEvaldo Gonçalves - NãoExpedito Machado - NãoFábio Raunheitti - NãoFarabulini Júnior - simFausto Rocha - NãoFelipe Mendes - NãoFernando Bezerra Coelho - NãoFernando Cunha - NãoFernando Gasparian - SimFernando Gomes - NãoFernando Henrique Cardoso - NãoFernando Santana - SimFirmo de Castro - NãoFlaVIO Palmier da VeIga- NãoFlávio Rocha - NãoFlorestan Fernandes - SimFrança Teixeira - NãoFrancisco Amaral - SimFrancisco Benjamim - NãoFrancisco Carneiro - NãoFrancisco Diógenes - NãoFrancisco Dornelles - NãoFrancisco Küster - SimFrancisco Rollemberg - NãoFrancisco Rossi - SimFurtado Leite - Não

DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE

Gandi Jamil - NãoGastone Riqhi - SimGenésio Bemardino - NãoGeraldo Bulhões - NãoGeraldo Campos - NãoGeraldo Fleming - NãoGeraldo Melo - NãoGerson Camata - NãoGerson Marcondes - NãoGerson Peres - NãoGil César - NãoGonzaga Patriota - NãoGuilherme Palmeira - NãoGumercindo Milhomem - SimGustavo de Faria - NãoHarIan Gadelha - NãoHaroldo Lima - SimHaroldo Sabóia - SimHélio Costa - SimHélio Duque - NãoHélioManhães - NãoHélio Rosas - NãoHenrique Córdova - NãoHenrique Eduardo Alves - NãoHeráclito Fortes - AbstençãoHermes Zaneti - SimHiláno Braun - NãoHumberto Lucena - NãoIberê Ferreira - NãoIbsen Pinheiro - Nãoínocêncro Oliveira - NãoIrajá Rodrigues - NãoIram Saraiva - SimIrma Passoni - SimIsmael Wanderley - NãoItamar Franco - SimIvo Cersósimo - NãoIvo Lech - NãoIvo Mainardi - NãoIvoVanderlinde - NãoJacy Scanagatta - NãoJairo Azi - NãoJairo Carneiro - NãoJalles Fontoura - NãoJamIl Haddad - SimJarbas Passarinho - NãoJayme Paharin - SImJayme Santana - NãoJesualdo Cavalcanti - NãoJesus Tajra - NãoJoaci Góes - NãoJoão Agripino - NãoJoão Alves - NãoJoão Calmon - SimJoão Castelo - NãoJoão da Mata - NãoJoão de Deus Antunes - NãoJoão Machado Rollemberg - NãoJoão Natal - NãoJoão Paulo - SImJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Francisco - NãoJoaquim Hayckel- NãoJofran Frejat - NãoJonas Pinheiro - NãoJorge Arbage - NãoJorge Bornhausen - NãoJorge Hage - NãoJorge Medauar - NãoJorge Uequed - NãoJorge VIanna - Não

Sexta-feira 22 9781

José Agripino - Si.nJosé Camargo - SimJosé Carlos Grecco - NãoJosé Carlos Martinez - NãoJosé Carlos Sabóia - SimJosé Carlos Vasconcelos - NãoJosé Costa - NãoJosé da Conceição - NãoJosé Dutra - NãoJosé Egreja - SimJosé Elias - NãoJosé Fernandes - NãoJosé Fogaça - NãoJosé Genoíno - SimJosé Geraldo - NãoJosé Guedes - NãoJosé Jorge - NãoJosé Lins - NãoJosé Lourenço - NãoJosé Luiz de Sá - NãoJosé LuizMaia - NãoJosé Maranhão - NãoJosé Maria Eymael- NãoJosé Mauricio - NãoJosé Melo - NãoJosé Paulo Bisol - SimJosé Richa - NãoJosé Tavares - NãoJosé Thomaz Nonô - NãoJosé Tmoco - NãoJosé Ulísses de Oliveira- NãoJosé Viana - NãoJuarez Antunes - NãoJúlio Costamilan - NãoJutahy Magalhães - NãoKoyu lha - SimLavoisier Maia - SimLélio Souza - NãoLeopoldo Peres - NãoLídíce da Mata - SimLouremberg Nunes Rocha - SimLourivalBaptista - NãoLúcia Vânia - NãoLúcio Alcântara - NãoLuís Eduardo - NãoLuís Roberto Ponte - NãoLuizAlberto Rodrigues - NãoLuiz Freire - NãoLuiz Gushiken - SimLuiz Inácio Lula da SIlva - SimLuiz Leal - NãoLuizMarques - NãoLuiz Salomão - NãoLuizViana Neto - NãoLysâneas Maciel - SimMaguito Vilela- NãoMalulyNeto - NãoManoel Castro - NãoManoel Moreira - NãoMansueto de Lavor - NãoManuel Viana - NãoMarcelo Cordeiro - NãoMárcia Kubitschek - SimMárcio Braga - NãoMárcio Lacerda - NãoMarco Maciel - NãoMarcos Lima - NãoMaria de Lourdes Abadia - SimMaria Lúcia - NãoMário Assad - NãoMário Covas - Não

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9782 Sexta-feira 22 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1988

Mário de Oliveira - SimMáno Lima - NãoMário Maia - NãoMarluce Pinto - SimMaurício Campos - NãoMaurício Corrêa - SimMaurício Fruet - NãoMaurício Nasser - NãoMaurílio Ferreira Lima - SimMauro Benevides - NãoMauro Borges - NãoMauro Campos - NãoMauro Miranda - NãoMauro Sampaio - SimMax Rosenmann - NãoMeira Filho - NãoMello Reis - SimMelo Freire - NãoMendes Ribeiro - NãoMichel Temer - NãoMilton Barbosa - NãoMilton Lima - NãoMilton Reis - NãoMiraldo Gomes - NãoMiro Teixeira - NãoMyrian Portella - SimNabor Júnior - NãoNaphtali Alves de Souza - NãoNarciso Mendes - NãoNelson Aguiar - SimNelson Cameiro - SimNelson Jobim - NãoNelson Sabrá - NãoNelson Wedekin - NãoNelton Friedrich - NãoNestor Duarte - NãoNey Maranhão - AbstençãoNilso Sguarezi - NãoNilson Gibson - NãoNion Albemaz - NãoNyder Barbosa - NãoOctávio Elisio - NãoOlívio Dutra - SimOrlando Bezerra - NãoOrlando Pacheco - NãoOsmar Leitão - NãoOsmir Lima - NãoOsvaldo Coelho - NãoOsvaldo Macedo - NãoOsvaldo Sobrinho - NãoOswaldo Trevisan - NãoOttomar Pinto - NãoPaes de Andrade - NãoPaes Landim - NãoPaulo Delgado - SimPaulo Marques - NãoPaulo Paim - SimPaulo Pimentel - NãoPaulo Ramos - SimPaulo Roberto - NãoPaulo Roberto Cunha - NãoPaulo Silva - NãoPedro Ceolin - NãoPercival Muniz - SimPlínio Arruda Sampaio - SimPlínio Martms - NãoPompeu de Sousa - NãoRachid Saldanha Derzi - NãoRaimundo Lira - NãoRaquel Cândido - SimRaquel Capiberibe - Sim

Raul Belém - NãoRaul Ferraz - SimRenan Calheiros - SimRenato Johnsson - NãoRenato Vianna - NãoRicardo Fiuza - NãoRicardo Izar - NãoRita Camata - NãoRita Furtado - NãoRoberto Augusto - SimRoberto Balestra - NãoRoberto Campos - NãoRoberto D'ÁvIla - NãoRoberto Freire - SimRoberto Rollemberg - NãoRoberto Torres - NãoRoberto Vital- SimRonaldo Carvalho - NãoRonaldo Cezar Coelho - NãoRonan Tito - NãoRonaro Corrêa - NãoRonaro Corrêa - NãoRosa Prata - NãoRospide Netto - NãoRubem Medina - NãoRuben Figueiró - NãoRuberval Pilotto - NãoRuy Bacelar - NãoRuy Nedel - NãoSalatiel Carvalho - NãoSandra Cavalcanti - SimSaulo Queiroz - NãoSérgio Spada - NãoSigmaringa Seixas - NãoSílvio Abreu - NãoSimão Sessim - NãoSiqueira Campos - NãoSólon Borges dos Reis - SimSotero Cunha - NãoStélio Dias - NãoTadeu França - NãoTelmo Kirst - NãoTeotônio VilelaFilho - NãoTheodoro Mendes - NãoTito Costa - NãoUbiratan Aguiar - NãoUbiratan Spinelli - NãoUldurico Pinto - SimValmir Campelo - NãoValter Pereira - NãoVasco Alves - NãoVicente Bogo - NãoVictor Faccioni - NãoVictor Fontana - NãoVilson Souza - NãoVingt Rosado - NãoVirgildásio de Senna - NãoVirgílio Galassi - NãoVirgílioGuimarães - SimVitor Buaiz - SimVladimir Palmeira - SImWagner Lago - NãoWaldeck Omélas - NãoWaldyr Pugliesi - SimWalmor de Luca - SimWilma Maia - SimWilson Martins - NãoZiza Valadares - Não

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Anuncio proposta de fusão, nos seguintes termos:

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assem­bléia Nacional Constituinte:

Requeremos a V. Ex', nos termos regimentais(§ 2', art. 3' da Resolução na 3/88 ANC), a fusãodas Emendas n"" 1.968 e 1 969 resultando noseguinte texto: dê-se a segumte redação ao artigo197'

"Art. 197. Os recursos correspondentes àsdotações orçamentárias, inclusive créditos suple­mentares e especíars, destinados aos órgãos dosPoderes Legislativo e Judiciário, ser-Ihes-ão entre­gues até o dia 20 (vinte) de cada mês, na formaque dispuser a lei complementar."

Sala das Sessões, 21 de abril de 1988. - Autor:Sen.Alexandre Costa (Emenda na 1.968) - Au­tor: Sen.João Castelo (Emenda n' 1.969)

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)- A Mesa leva ao conhecimento do Plenário quea fusão anteriormente apresentada, de interessedo Poder Legislativo e do Judiciário, foi reformu­lada em termos reqirnentais, retirando-se expres­sões que não constavam dos textos que motiva­ram a fusão: a referência às cotas mensais

É uma emenda realmente importante, de bene­fício do Poder Legislativo e do Executivo.

Esta Presidência tem a experiência de, frequen­temente, Ir aos órgãos fazendários, no sentidode que sejam entregues cotas, numerários, neces­sários às despesas do Legislativo.

Agora, com a retirada das expressões que nãoconstavam do texto objeto da fusão, a emendatem plena condição regimental de ser votada.

O Sr. Edésio Frias - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Concedo a palavra ao nobre Constituinte EdésioFnas.

O SR. EDÉSIO FRIAS (PDT - RJ Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, apenas paramencionar que votei "não".

O Sr. Marcos Queiroz - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Concedo a palavra ao nobre Constituinte.

O SR. MARCOS QUEIROZ (PMDB - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, queroavisar a V.Ex' que votei "não" e não fOI registradono placar.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Gutmarêesl-c­O voto de V Ex' será computado.

O Sr. José Costa - Sr Presidente, peço apalavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Concedo a palavra ao nobre Constituinte.

O SR. JOSÉ COSTA (PMDB - AL. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, qual é onovo texto? A Casa não conhece o novo texto.Diz V. Ex' que algumas expressões foram escol­madas.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Gunnarãesj-c­Eu disse que era um texto conhecido, com aretirada das cotas mensais É o segumte:

"...os recursos correspondentes às dota­ções orçamentárias, inclusive créditos suple-

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Abril de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9783

mentares e especiars, destinados aos órgãosdo Poder Legislativoe Judiciário, ser-lhes-ãoentregues até o dia 20 de cada mês, na formaque dispuser a lei complementar."

É o texto.

O SR. JOSÉ COSTA - Sr. Presidente, nãosei se é possível a fusão, porque uma coisa sãoduodécimos, quando se tem uma quantia e sea dívide por doze partes Iguais; outra é criar dozeoportunidades para a divisão da quantia, que po­dem ser desiguais.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Gurmarâesj c-;

Istovai para leicomplementar, que regulamentaráa espécie.

O Sr. César Maia - Sr. Presidente, peço apalavra pela ordem

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra V.Ex'

OSR. CÉSAR MAIA (PDT- RJ Sem revtsãodo orador.) - Sr Presidente, por entender queessa emenda é de alta relevância, o PDT votará"sim".

O Sr. Virgílio Guimarães - Sr Presidente,peço a palavra pela ordem

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra V.Ex"

O SR. VIRGÍLIO GUIMARÃES (PT - MG.Sem revisão do orador.) - O PT vota "sim".

O Sr. Amaral Netto - Sr Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra V. Ex'

O SR. AMARAL NETTO (PDS - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDS vota"sim"

O Sr. Inocêncio Oliveira - Sr Presidente,peço a palavra pela ordem

O SR. PRESIDENTE(Ulysses Guimarães)­Tem a palavra V.Ex'

O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o PFLrecomenda à sua bancada que vote "sim".

O Sr. José Serra - 5... Presidente, peço apalavra pela ordem

O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)­Tem a palavra V.Ex"

O SR. JOSÉ SERRA (PMDB - SP. Semrevisão do orador) - Sr. Presidente, o PMDBvota "sim" por acreditar que isso aperfeiçoa otexto.

O Sr. Ademir Andrade -Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem a palavra V. Ex"

O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB- BA.Semrevisão do orador.) - O PSB também vota "sim"a essa emenda

O Sr. Sólon Borges dos Reis - Se. Prest­dente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem a palavra V.Ex'

O SR. SÓLON BORGES DOS REIS (PTB- SP Sem revisão do orador) - O PTB vota"sim".

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)­Tem a palavra V. Ex"

O SR. ROBERTO FREIRE (PCB- PE. Semrevisão do orador.)-O PCBvota "Sim",Sr Presi­dente

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Passa-se à votação.

(Procede-se à voteçêo.)

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­A Mesa quer lembrar aos Srs. Constitumtes a ho­menagem que será prestada hoje, às 19 horas,pelo Congresso Nacional à grande figura de esta­dista, de lutador pela democracia e mspirador daretomada do regime democrático - TancredoNeves. (Palmas.) A Presidência conta com a pre­sença dos Srs. Constituintes.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUimarães) ­Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado. (Votação n° 480):

SIM-409.NÃO-2ABSTENÇÃO- 4.TOTAL-415.

A fusão foi aprovada.

VOTARAM OS SRS. CONSTITUINTES:

Presidente Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigailFeitosa - SimAcival Gomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - SimAdhemar de Barros Filho - SimAdolfo Oliveira- SimAdroaldo Streck - SimAdylson Motta - SimAffonso Camargo - SimAgassiz Almeida - SimAgripino de Oliveira Uma - SImAirton Cordeiro - SimAlbano Franco - SimAlbérico Cordeiro - SimAlceni Guerra - SimAldo Arantes - SimAlércio Dias - SimAloysioChaves - SimAlOYSIO Tetxeíra- SimAluizio Bezerra - SimAluízio Campos - SimÁlvaroAntônio - SimAlysson Paulinelli- SimAmaral Netto - SimÂngelo Magalhães - SimAnna Maria Rattes - SimAnnibal Barcellos - SimAntero de Barros - SimAntônio Bntto - SimAntônio Câmara - SimAntônio Carlos Konder Reis - SimAntônio de Jesus - SimAntonio Ferreira - SimAntonio Gaspar - Sim

Antomo Mariz- SimArnaldo Faria de Sá - SimArnaldo Martins - SimArnaldo Prieto - SImArnold Fioravante - SimArtur da Távola - SimAsdrubal Bentes - SimAssis Canuto - SimÁtilaLira - SimAugusto Carvalho - SimBasího Villaní - SimBenedicto Monteiro - SimBenedita da Silva - SimBenito Gama - SimBernardo Cabral - SimBeth Azize - SimBezerra de Melo- SimBocayuva Cunha - SimBonifácio de Andrada - SImBrandão Monteiro - SimCaio Pompeu - SimCardoso Alves- SImCarlos Alberto Caó - SimCarlos Cardinal - SimCarlos Chrarelli - SimCarlos Cotta - SimCarlos Mosconi - SimCarlos Sant'Anna - SimCarrel Benevides - SimCássio Cunha LIma - SImCélio de Castro - SimCelso Dourado - SimCésar Cals Neto - SimCésar Maia- SimChagas Rodngues - SimChICO Humberto - SimChristóvam Chiaradia - SimCid Carvalho - SimCid Sabóia de Carvalho - SimCláudio Ávila - SimCosta Ferreira - SimCunha Bueno - SimDálton Canabrava - SimDarcy Deitos - SimDarcy Pozza - SimDaso COImbra- SimDelfim Netto - SimDélio Braz - SimDenisar Arneiro - SimDionisio Dal Prá - SimDionísio Hage - SimDirce Tutu Quadros - SimDirceu Carneiro - SimDivaldo Suruagy - SimDjenal Gonçalves - SimDomingos Juvenil - SimDomingos Leonelli - SimEdésio Frias - SimEdme Tavares - SimEdmilson Valentim - SimEduardo Bonfim - SimEduardo Jorge - SImEduardo Moreira - SimEgídio Ferreira Uma - SimElias Murad - SimEliel Rodrigues - SimEliézer Moreira - SimEnoc Vieira- SimEraldo Tinoco - SimEraldo Trindade - SimErico Pegoraro - Sim

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9784 Sexta-feira 22

Etevaldo Nogueira - SimEuclides Scalco - SimEunice Michiles- SimEvaldo Gonçalves - SimExpedito Machado - SimFábio Raunheitti - SimFarabulini Júnior - SImFelipe Mendes - SimFernando Bezerra Coelho - SimFernando Cunha - SimFernando Gasparian - NãoFernando Gomes - SimFernando Henrique Cardoso - SimFernando Santana - SimFIrmo de Castro - SimFlavio Palmier da Veiga - SimFlávio Rocha - SimFlorestan Fernandes - SimF1oriceno Paixão - SimFrança Teixeira - SimFrancisco Amaral - SimFrancisco Benjamim - SimFrancisco Carneiro - SimFrancisco Diógenes - SimFrancisco Dornelles - SimFrancisco Küster - SimFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - SimFurtado Leite - SimGabriel Guerreiro - SimGandi Jamil - SimGastone Righi - SimGenésio Bernardino - SimGeraldo Bulhões - SimGeraldo Campos - SimGeraldo Fleming - SimGeraldo Melo - SimGerson Camata - SimGerson Peres - SimGil César - SimGonzaga Patriota - SimGuilherme Palmeira - SimGumercindo Milhomem - SimGustavo de Faria - SimHarlan Gadelha - SimHaroldo Lima - SimHaroldo Sabóia - SimHélio Costa - SimHého Duque - SimHélio Manhães - SimHélio Rosas - SimHenrique Córdova - SimHenrique Eduardo Alves- SimHeráclito Fortes - SimHermes Zaneti - SimHilárioBraun - SimHomero Santos - SimHumberto Lucena - SimHumberto Souto - SimInocêncio Oliveira- SimIrajá Rodrigues - SimIram Saraiva - SimIrapuan Costa Júnior - SimItamar Franco - SimIvo Lech - SimIvoMainardi - SimIvoVanderlinde - SimJacy Scanagatta - Sim.Jairo Azi- SimJairo Carneiro - SimJalles Fontoura - Sim

DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE

Jarbas Passarmho - SimJayme Paliarin - SimJayme Santana - SimJesualdo Cavalcanti - SimJesus Tajra - SimJoaci Góes - SimJoão Agripino - SimJoão Alves - NãoJoão Calmon - SimJoão Castelo - SimJoão da Mata - SimJoão de Deus Antunes - SimJoão Machado Rollemberg - SimJoão Menezes - SimJoão Paulo - SimJoaquim Bevilácqua - SimJoaquim Francisco - SimJoaquim Hayckel - SimJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - SimJorge Bornhausen - SimJorge Hage - SimJorge Medauar - SimJorge Uequed - SimJorge Vianna - SimJosé Agripino - SimJosé Camargo - SimJosé Carlos Grecco - SimJosé Carlos Martinez- SimJosé Carlos Sabóia - SimJosé Carlos Vasconcelos - SimJosé Costa - SimJosé da Conceição - SimJosé Dutra - SimJosé Egreja - SimJosé Elias - SimJosé Fernandes - SimJosé Fogaça - SimJosé Genoíno - SimJosé Geraldo - SimJosé Guedes - SimJosé Jorge - SimJosé Lins - SimJosé LuizMaia- SimJosé Maranhão - SimJosé Maria Eymael- SimJosé Maurício- SimJosé Melo - SimJosé Paulo Bisol - SimJosé Richa - SimJosé Serra - SimJosé Tavares - SimJosé Teixeira - SimJosé Thomaz Nonô - SimJosé Tinoco - SimJosé Ulísses de Oliveira- SimJosé Viana - SimJovanni Masini - SimJuarez Antunes - SimJúlio Costamilan - SimJutahy Magalhães - SimKoyu lha - SimLavoisier Maia - SimLélio Souza - SimLeopoldo Peres - AbstençãoLezio Sathler - SimLídice da Mata - SimLouremberg Nunes Rocha - SimLourivalBaptista - SimLúcia Vânia - SimLúcio Alcântara - Sim

Abril de 1988

Luís Eduardo - AbstençãoLuís Roberto Ponte - SimLuizAlberto Rodrigues - SimLuizFreire - SimLuizGushiken - SimLuizInácio Lula da Silva - SimLuizMarques - SimLuizSalomão - SimLuizViana Neto - SimLysâneas Maciel - SImMaguito Vilela - SimMalulyNeto - SimManoel Castro - SimManoel Moreira - SimMansueto de Lavor - SimManuel Viana - SimMarcelo Cordeiro - SimMárcia Kubitschek - SimMárcio Braga - SimMárcio Lacerda - SimMarco Maciel- SimMarcos Lima - SimMarcos Perez Queiroz - SimMaria de Lourdes Abadia - SimMaria Lúcia - SimMárioAssad - SImMáno Covas - SimMário de Oliveira - SimMário Lima - SimMário Maia - SimMarluce Pinto - SimMattos Leão - SimMaurício Campos - SimMaurício Corrêa - SimMaurício Fruet - SimMaurício Nasser - SimMaurício Pádua - SimMaurílioFerreira Lima - SimMauro Benevides - SimMauro Borges - SimMauro Campos - SimMauro Miranda - SimMauro Sampaio - SimMax Rosenmann - SimMeira Filho - SimMello Reis - SimMelo Freire - SimMendes Botelho - SimMendes Canale - SimMendes Ribeiro - SimMessias Góis - SimMiltonBarbosa - SimMilton Lima - SimMiltonReis - SimMiraldo Gomes - SimMiroTeixeira - SimMoema São Thiago - SimMozarildo Cavalcanti - SimNabor Júnior - SimNaphtali Alves de Souza - SimNelson Aguiar - SimNelson Carneiro - SimNelson Jobim - SimNelson Sabrá - SimNelson Wedekin - SimNelton Friedrich - SimNestor Duarte - SimNey Maranhão - SimNilso Sguarezi - SimNilson Gibson - SimNion A1banaz - Sim

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Abril de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9785

Nyder Barbosa - SimOctavio Elísio - SImOlavo Pires - SimOlivio Dutra - SimOrlando Bezerra - SimOrlando Pacheco - SimOscar Corrêa - SimOsmir Uma - SimOsvaldo Coelho - SimOsvaldo Macedo - SimOsvaldo Sobrinho - SimOswaldo Trevisan - SimOttomar PInto - SimPaes de Andrade - SimPaes Landim - SimPaulo Delgado - SImPaulo Paim- SimPaulo PImentel - AbstençãoPaulo Ramos - SimPaulo Roberto - SimPaulo Roberto Cunha - SimPaulo Silva - SimPedro Canedo - SimPedro Ceolm- SimPercival Muniz - SimPlíruo Arruda Sampaio - SImPlínio Martins - SimPompeu de Sousa - SimRachid Saldanha Derzi - SimRarrnundo Lira - SimRaquel Cândido - SimRaquel Capiberibe - SimRaul Belém - SimRaul Ferraz - SimRenan Calheiros - SimRenato Johnsson - SimRicardo Fiuza - SimRicardo Izar - SimRita Camata - SimRita Furtado - SimRoberto Augusto - SimRoberto Balestra - SimRoberto Campos - SimRoberto D'Ávila- SimRoberto Freire - SimRoberto Rollemberg - SimRoberto Torres - SimRonaldo Carvalho - SimRonaldo Cezar Coelho - SImRonan Tito - SimRonaro Corrêa - SimRosa Prata - SimRospide Netto - SimRubem Branquinho - SimRubem Medina - SimRuben Figueiró - SimRuberval Pilotto - SimRuy Bacelar - SimRuy Nedel - SimSamir Achôa - SImSandra Cavalcanti - SimSaulo Queiroz - SImSérgio Spada - SimSigmaringa Seixas - SimSílvio Abreu - SimSimão Sessim - SimSiqueira Campos - SimSólon Borges dos Reis - SimSotero Cunha - SimStého Dias - SimTadeu França - Sim

Teotônio VIlelaFIlho - SimTito Costa - SimUbiratan Aguiar - SimUbiratan Spmelh - SimUldurico Pinto - SimValmir Campelo - SimValter Pereira - SImVasco Alves - SimVicente Bogo - SimVictor Faccioni - SimVIctor Fontana - SimVilson Souza - SimVingt Rosado - SimVirqíldásio de Senna - SimVIrgílio Galassi - SimVirgílioGUImarães - SimVitor Buaiz - SimVIvaldoBarbosa - SimVladimir Palmeira - SimWagner Lago - SimWaldeck Omélas - SimWaldyr Pugliesi - SimWalmor de Luca - SimWIlma Maia - SimWilson Martins - SimZiza Valadares - Sim

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­A Mesa vai aguardar alguns minutos, até que hajacondições de se realizar a próxima votação

Passaremos agora à última votação do TítuloVl.

o Sr. Mário Covas - Sr. Presidente. peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem V.Ex" a palavra.

O SR. MÁRIO COVAS (pMDB - SP. Semrevisão do orador.) -Sr. Presidente, aproveitandoo intervalo da votação, fui convocado, por algunsjornalistas, a opinar sobre algo que não sei seV. Ex' anunciou antes de eu chegar ao plenário.Refiro-me à decisão da Mesa a respeito de umtema que tem sido muito solicitado por esta Casaou por várias de suas LIderanças.

Sr. Presidente, o que acontecerá com os Consti­tuintes que não vêm às sessões?

Como não estou a par do assunto, gostariade ouvir de V.Ex" uma explicação ou, pelo menos,uma informação a propósito daquilo que foi deci­dido pela Mesa a esse respeito

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimaràesj c-;

Nobre Constituinte Mário Covas, informo a V.Ex'que a decisão da Mesa será pubhcada devida­mente.

Em síntese, a decisão da Mesa foi: havendocinco faltas sucessivas, haverá um desconto cor­respondente a um trinta avos da remuneraçãoque receba o Parlamentar. EVIdentemente se faltarcinco, seis, sete vezes far-se-á esse desconto. E,também, haverá o desconto se o Parlamentar tiversete faltas intercaladas, nos termos da decisão,a fim de que quem comparecer receberá, nãocomparecendo sofrerá essas conseqüências. FOIa decisão tomada pela Mesa

O Sr. Siqueira Campos - Sr Presidente,pela ordem

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem V. Ex" a palavra.

O SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDC - GO.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Par­tido Democrata Cristão apóia inteiramente a deci­são que a Mesa adotou, porque precisamos real­mente ter qualquer tipo de penalidade para quealguns Constituintes cheguem à responsabilidadeque lhes fOI conferida pelo povo brasileiro no exer­cício dos trabalhos da Constituinte.

Parabéns a V Ex' e à Mesa da Assembléia Na­cional Constituinte.

O Sr. Mário Covas - Sr. Presidente, pelaordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem V.Ex' a palavra.

O SR. MÁRIO COVAS (PMDB - SP. Semrevisão do orador) - Sr Presidente, não atrapa­lharei a votação, mas quero antecipar a V. Ex'que, antes de encerrar a sessão, gostaria de voltarao assunto, porque não entendi direito.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Encaminharei, oportunamente, a decisão tomadapela Mesa a V.Ex"

O SR. MÁRIO COVAS - Prefenna ouvi-laem plenário. Assim, todos teremos a oportum­dade de OUVI-Ia, porque a mim me parece queCInCO faltas consecutivas é que geram algumaconsequência. De maneira que gostaria de exami­nar esta questão com V.Ex'

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­São quatro dias sucessivos ou sete intercalados.

Vamos passar à votação

O Sr. Inocêncio Oliveira - Sr. Presidente,pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Vou anunciar a matéria, antes da votação.

O SR. INOCÊNCIO OUVEIRA (PFL - PESem revisão do orador.) -Sr. Presidente, gostariade saber exatamente qual é a matéria.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Trata-se da última votação referente ao Título VI.

. São as emendas que, não tendo sido destacadas,têm votação global; são emendas com parecercontrário, do Relator. São as seguintes:

EMENDA N° 139Do Sr. Leur Lomanto

Inclua-se o sequmte parágrafo no art. 194:§ 8'Não menos de 30% (trinta por cento) a,

renda tributária anual da União, calculada combase na última arrecadação apurada, comporáo orçamento para os projetos de desenvolvimentoda região Nordeste, pelo prazo de 30 (trinta) anos,obedecidas as normas da lei complementar quediscipllnaráo assunto.

EMENDA N° 1.061Do Sr. Hélio Manhães

Acrescente-se na Seção 11, Capítulo 11, "Dos Or­çamentos", os seguintes artigos:

"Art. É vedada ao Governador ou Prefeito aautorização de quaisquer encargos, despesas, su­plementação de dotações ou a contratação deobras ou serviços após a realização do pleito elei­toral, excluindo-se apenas a abertura de créditosextraordinários nos casos de calamidade públicarigorosamente comprovados."

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9786 Sexta-feira 22 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1988

"Art. Ainfringência do disposto no artIgo ante­rior irnphcarácrime de responsabilidade, que obri­gará a autoridade infratora a restituir aos cofrespúblicos, o valor correspondente aos gastos inde­vidamente realizados e à inabilitação para o exer­cício da vida pública em qualquer função por umprazo de 10 (dez) anos.

O Sr. Gastone Righi - Sr. Presidente, pelaordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Gurrnarãesj-c­Tem V.Ex" a palavra pela ordem.

O SR. GASTONE RIGHI (PTB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, a Liderançado PTB, conforme vem declinando, se absteráde votar e recomenda à sua bancada que votedessa forma, porque são diversas emendas, e vo­tá-las em bloco significará fatalmente, qualquerque seja o voto, o cometimento de injustiça.

O Sr. Vivaldo Barbosa - Sr. Presidente, pelaordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem V.Ex" a palavra pela ordem.

O SR. VIVALDO BARBOSA (PDT - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente a Lide­rança do PDT chama a atenção da bancada paraacompanhar o voto do Relator.

O Sr. Inocêncio Oliveira - Sr. Presidente,pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimaréesj c->

Tem V.Ex" a palavra pela ordem.

O SR. INOCmCIO DE OLIVEIRA (PFL­PE. Sem revisão do orador.) - A Frente Liberalentende que essas emendas não poderiam tervoto a favor, pelo princípio muito Simples deque ina conturbar tudo que foi aprovado

Por isto, recomendo à minha bancada que vote"não".

O Sr. Amaral Netto - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Tem V. Ex" a palavra, pela ordem.

O SR. AMARAL NETTO (PDS - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDS vota"não".

O Sr. Aluízio Campos - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Tem V.Ex" a palavra, pela ordem.

O SR. ALUÍZIO CAMPOS (PMDB - PB.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, a asses­soria da Mesa informou-me que não seria conce­dida a palavra para o encaminhamento de emen­das com parecer favorável.

Embora isto me pareça uma interpretação for­çada, porque o direito a encaminhamento é umaprerrogativa de todo parlamentar, gostaria de,através desta minha intervenção, formular apeloao Plenário no sentido de aprovar as emendascom parecer favorável, porque senão elas serãosepultadas defmitivamente.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­As emendas têm parecer contrário.

O SR. ALUÍZIO CAMPOS - V. Ex' pôsem votação emendas com parecer favorável.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Emendas com parecer contrário.

O SR. ALUÍZIO CAMPOS - Então enga­nou-se V. Ex' quando as anunciou.

O Sr. Adolfo Oliveira - Sr Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guunarãesj-c­Tem V.Ex" a palavra, pela ordem.

O SR. ADOLFO OUVEIRA (PL- RJ. Semrevrsão do orador.) - Sr. Presidente, o PL vota"não".

O Sr. Mário Covas - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-Tem V.Ex" a palavra, pela ordem '

O SR. MÁRIO COVAS (PMDB- SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PMDBvota "não".

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Passa-se à votação.

(Procede-se à votação.)

O Sr. Inocêncio Oliveira - Sr. Presidente,peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) _Tem V.Ex" a palavra.

O SR. INOCmCIO OLIVEIRA (PFL - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, comesta votação, estamos encerrando mais um titulodo projeto constitucional. Nesta hora, gostaría­mos de nos congratular com V. Ex" e com a As­sembléia Nacional Constituinte pelo esforço quetem sido feito.

Infelizmente houve alguns contratempos, mastodo o esforço tem sido feito para que no maisbreve espaço de tempo possamos promulgar anova Constituição do nosso País.

Mas, Sr. Presidente, vamos começar a votaro Título VII "Da Ordem Econômica e Financeira",um dos mais importantes desse projeto consti­tucional.

É do conhecimento de V. Ex' que todos osLíderes têm-se empenhado para fazer acordo,mas não foi possível ainda consubstanciá-lo. Sen­do assim, faço um apelo a V Ex" no sentido deque amanhã não se realize sessão da AssembléiaNacional Constituinte, para que os Líderes pos­sam se reunir e tentar, mais uma vez, um acordosobre o Título "Da Ordem Econômica e Finan­ceira". Este é o apelo que fazemos, nesta hora,em nome do Partido da Frente Liberal, para quepossamos avançar nesta votação, Sr. Presidente.

Não nos interessa que os trabalhos da Assem­bléia Nacional Constituinte parem. O que nos inte­ressa é que ela caminhe, mas só através de acor­dos poderemos concluí-Ia.

Somos como V. Ex': tomamos café, almoça­mos, jantamos, dormimos e sonhamos pensandoem quorum. Mas, Sr. Presidente, muitas vezesnão temos a possibilidade de almoçar e jantar,porque V.Exa não deixa. Temos todo o mteresseem que a Assembléia Nacional Constituinte con­clua seus trabalhos o mais breve possível. o aue

só será VIável através de acordos, como disse,porque só assim anteciparemos' várias votações.Nosso apelo é no sentido de que V.Ex' nos libereda sessão de amanhã da Assembléia NacionalConstituinte e propicie, mais uma vez, a oportu­nidade dos Líderes de se reunirem para tentarum acordo.

Muito obrigado. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Está encerrada a votação. A Mesa vai proclamaro resultado (votação n° 481).

SlM-3.NÃO-325.ABSTENÇÃO- 82.TOTAL-41O.

As Emendas forão rejeitadas.

VOTARAM OS SRS. CONSTrTUINTES:

Presidente: Ulysses Guimarães - AbstençãoAbigail Feitosa - NãoAcivalGomes - NãoAdauto Pereira - NãoAdemir Andrade - AbstençãoAdhemar de Barros Filho - NãoAdolfo Oliveira- NãoAdroaldo Streck - AbstençãoAdylson Motta - AbstençãoAffonso Camargo - AbstençãoAfonso Arinos - NãoAgassiz Almeida - NãoAgripino de Oliveira Lima - NãoAírton Cordeiro - NãoAlbano Franco - NãoAlbérico Filho - NãoAlceni Guerra - NãoAldo Arantes - NãoAlfredo Campos - AbstençãoAlmir Gabriel - NãoAloisioVasconcelos - NãoAloysio Chaves - NãoAloysio Teixeira - NãoAluízlo Campos - NãoAlvaroAntônio - NãoAlysson Paulinelli- AbstençãoAmaral Netto - NãoAmaury Muller- NãoAnna Maria Rattes - NãoAnnibal Barcellos - NãoAntero de Barros - NãoAntônio Britto - NãoAntônio Câmara - NãoAntônio Carlos Konder Reis - NãoAntônio de Jesus - NãoAntonio Ferreira - NãoAntonio Gaspar - NãoAntonio Mariz- NãoAntonio Perosa - NãoAmaldo Faria de Sá - AbstençãoArnaldo Martins - AbstençãoAmaldo Prieto - NãoArtur da Távola - NãoAsdrubal Bentes - AbstençãoAssis Canuto - abstençãoAugusto Carvalho - NãoÁureo Mello- SimBasílio Vdlani - NãoBenedicto Monteiro - AbstençãoBenedita da Silva - NãoBernardo Cabral- Não

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Abril de 1988

Beth Azize - NãoBocayuva Cunha - NãoBonifácio de Andrada - NãoBrandão Monteiro - NãoCaio Pompeu - abstençãoCardoso Alves - AbstençãoCarlos Alberto Caó - NãoCarlos Cardinal - NãoCarlos Chiarelli- NãoCarlos Mosconi - NãoCarlos Sant'Anna - NãoCarrel Benevides - AbstençãoCássio Cunha Lima - AbstençãoCélio de Castro - NãoCelso Dourado - NãoCésar Cals Neto - AbstençãoCésar Maia - NãoChagas Duarte - NãoChico Humberto - NãoChristóvam Chiaradia - NãoCid Carvalho - NãoCid Sabóia de Carvalho - NãoCláudio ÁvIla - NãoCosta Ferreira - NãoCunha Bueno - AbstençãoDarcy Deitos - NãoDarcy Pozza - AbstençãoDaso Coimbra - NãoDavi Alves Silva - AbstençãoDel Bosco Amaral - NãoDelfim Netto - NãoDélio Braz - NãoDenisar Ameiro - NãoDionisio Dal Prá - NãoDionísio Hage - NãoDirce Tutu Quadros - AbstençãoDivaldo Suruagy - NãoDjenal Gonçalves - NãoDomingos Juvenil- NãoUomingos Leonelli - NãoEdison Lobão - NãoEdme Tavares - AbstençãoEdmilson Valentim - NãoEduardo Bonfim - NãoEduardo Jorge - NãoEduardo Moreira - NãoEgídio Ferreira Lima - NãoElias Murad - AbstençãoEhel Rodngues - AbstençãoEliézer Moreira - AbstençãoEraldo Tinoco - NãoEraldo Trindade - NãoErico Pegoraro - NãoEtevaldo Nogueira - NãoEuclides Scalco - NãoEunice Michiles - NãoEvaldo"Gonçalves - AbstençãoExpedito Machado - NãoÉzio Ferreira - NãoFarabulini Júnior - NãoFelipe Mendes - AbstençãoFernando Bezerra Coelho - NãoFernando Cunha - NãoFernando Gasparian - NãoFernando Gomes - NãoFernando Henrique Cardoso - NãoFernando Santana - NãoFernando Velasco - NãoFirmo de Castro - NãoFlavio Palmier da Veiga - NãoAávio Rocha - Não

DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE

Florestan Fernandes - AbstençãoFloríceno Paixão - NãoFrança Teixeira - AbstençãoFrancisco Benjamim - NãoFrancisco Carneiro - NãoFrancisco Diógenes - NãoFrancisco Küster - NãoFrancisco Rollemberg - NãoFrancisco Rossi - NãoFurtado Leite - NãoGandi Jamil - NãoGastone Righi - AbstençãoGenebaldo Correia - NãoGeraldo Alckmin Filho - NãoGeraldo Bulhões - NãoGeraldo Campos - NãoGeraldo Aeming - NãoGeraldo Melo - NãoGerson Camata - NãoGerson Peres - NãoGidel Dantas - NãoGil César - NãoGilson Machado - NãoGonzaga Patriota - NãoGuilherme Palmeira - NãoGumercindo Milhomem - NãoGustavo de Faria - NãoHarlan Gadelha - NãoHaroldo Lima - NãoHaroldo Sabóia - NãoHélio Costa - NãoHélio Duque - NãoHélio Manhães - NãoHélio Rosas - AbstençãoHenrique Córdova - NãoHenrique Eduardo Alves - NãoHeráclitoFortes - NãoHermes Zaneti - NãoHilárioBraun - NãoHomero Santos - NãoHumberto Lucena - NãoHumberto Souto - NãoIbsen Pinheiro - NãoIrajá Rodrigues - NãoIram Saraiva - NãoIrapuan Costa Júnior - AbstençãoItamar Franco - NãoIvo Lech - NãoIvoMainardi - NãoIvoVanderlinde - NãoJacy Scanagatta - NãoJairo Azi- AbstençãoJarbas Passarinho - NãoJayme Paliarin - AbstençãoJayme Santana - NãoJesualdo Cavalcanti - AbstençãoJesus Tajra -AbstençãoJoaci Góes - NãoJoão Agripino - NãoJoão Alves - AbstençãoJoão Calmon - NãoJoão Castelo - AbstençãoJoão da Mata - NãoJoão de Deus Antunes - NãoJoão Machado Rollemberg - AbstençãoJoão Menezes - AbstençãoJoão Natal - NãoJoão Paulo - AbstençãoJoaquim Bevilacqua - AbstençãoJoaquim Francisco - NãoJoaquim Hayckel - Não

Sexta-feira 22 9787

Jofran Frejat - AbstençãoJonas Pinheiro - NãoJorge Arbage - NãoJorge Bornhausen - AbstençãoJorge Hage - NãoJorge Medauar - NãoJorge Uequed - NãoJorge Vianna - AbstençãoJosé Agripino - NãoJosé Camargo - NãoJosé Carlos Grecco - NãoJosé Carlos Sabóia - NãoJosé Carlos Vasconcelos - NãoJosé da Conceição - NãoJosé Dutra - NãoJosé Egreja - AbstençãoJosé Elias - AbstençãoJosé Fernandes - NãoJosé Genoíno - NãoJosé Geraldo - AbstençãoJosé Guedes - NãoJosé Ignácio Ferreira - NãoJosé Jorge - NãoJosé Lms - NãoJosé LuizMaia - NãoJosé Maranhão - NãoJosé Maria Eymael- NãoJosé Melo - AbstençãoJosé Moura - NãoJosé Paulo BIsol - AbstençãoJosé Richa - NãoJosé Tavares - NãoJosé Thomaz Nonê - NãoJosé Tinoco - AbstençãoJosé Ulísses de Oliveira - NãoJosé Viana - NãoJovanni Masini - NãoJuarez Antunes - NãoJúlio Costamilan - NãoJutahy Magalhães - AbstençãoKoyu lha - NãoLavoisier Maia - NãoLélio Souza - NãoLeopoldo Peres - NãoLezio Sathler - NãoLidice da Mata - NãoLouremberg Nunes Rocha - AbstençãoLourival Baptista - NãoLúcia Vânia - NãoLúcio Alcântara - AbstençãoLuís Eduardo - AbstençãoLuís Roberto Ponte - NãoLuizAlberto Rodrigues - NãoLuiz Freire - NãoLuiz Gushiken - NãoLuizInácio Lula da Silva - NãoLuizMarques - AbstençãoLuiz Salomão - NãoLuiz Viana Neto - SimLysâneas Maciel - AbstençãoMaguito Vilela- NãoManoel Castro - NãoManoel Moreira - NãoMansueto de Lavor - NãoManuel Viana - NãoMarcelo Cordeiro - NãoMárcia Kubitschek - AbstençãoMárcio Braga - NãoMárcio Lacerda - NãoMarco Maciel- NãoMarcos Lima - Não

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9788 Sexta-feira 22 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1988

Marcos Perez Queiroz - NãoMaria de Lourdes Abadia - NãoMaria Lúcia - NãoMário Assad - NãoMário Covas - NãoMário de Oliveira - AbstençãoMário Lima - NãoMário Maia - NãoMarluce Pinto - NãoMattos Leão - NãoMaurício Campos - AbstençãoMaurício Corrêa - NãoMaurício Fruet - NãoMaurício Nasser - AbstençãoMauricio Pádua --;-NãoMaurílio Ferreira Lima - NãoMauro Benevides - NãoMauro Borges - NãoMauro Campos - NãoMauro Miranda - NãoMauro Sampaio - NãoMax Rosenmann - NãoMello Reis - AbstençãoMelo Freire - NãoMendes Botelho - NãoMendes Canale - NãoMendes Ribeiro - NãoMessias Góis - NãoMIchel Temer -AbstençãoMilton Barbosa - AbstençãoMilton Lima - NãoMilton Reis - NãoMiro Teixeira - NãoMoema São Thiago - SimMozarildo Cavalcanti - NãoMyrian Portella - NãoNabor Júnior - NãoNaphtaJi Alves de Souza - NãoNelson Carneiro - NãoNelson Jobim - NãoNelson Sabrá - NãoNelson Wedekin - NãoNelton Friedrich - NãoNestor Duarte - NãoNey Maranhão - NãoNilso Sguarezi - NãoNilson Gibson - NãoNion A1bemaz - NãoNyder Barbosa - AbstençãoOctávio Elísio - NãoOlavo Pires - NãoOlívio Dutra - NãoOrlando Bezerra - NãoOrlando Pacheco - NãoOscar Corrêa - NãoOsmir Lima - NãoOsmundo Rebouças - NãoOsvaldo Bender - NãoOsvaldo Coelho - NãoOsvaldo Macedo - NãoOsvaldo Sobrinho - NãoOswaldo Trevisan - NãoOttomar Pinto - NãoPaes de Andrade - NãoPaes Landim - AbstençãoPaulo Delgado - NãoPaulo Paim - NãoPaulo Pimentel - NãoPaulo Ramos - NãoPaulo Roberto Cunha - NãoPaulo Silva - Não

Pedro Canedo - NãoPedro Ceolin - NãoPercival Muniz - NãoPlínio Arruda Sampaio - NãoPlínio Martins - AbstençãoPompeu de Sousa - NãoRachid Saldanha Derzi - NãoRaimundo Bezerra - NãoRaimundo Lira - NãoRaquel Cândido - NãoRaquel Capiberibe - NãoRaul Belém - NãoRaul Ferraz - NãoRenan Calheiros - NãoRenato Vianna - NãoRicardo Fiuza - AbstençãoRicardo Izar - NãoRita Camata - NãoRita Furtado - NãoRoberto Augusto - NãoRoberto Balestra - NãoRoberto Campos - AbstençãoRoberto D'Ávila - NãoRoberto Freire - NãoRoberto Jefferson - AbstençãoRoberto Rollemberg - NãoRoberto Torres - AbstençãoRonaldo Carvalho - NãoRonaldo Cezar Coelho - NãoRonan Tito - NãoRonaro Corrêa - AbstençãoRosa Prata - AbstençãoRospide Netto - NãoRubem Branquinho - NãoRubem Medina - NãoRuben FIgueiró - AbstençãoRuberval Pilotto - NãoRuy Bacelar - NãoRuy Nedel - NãoSamir Achôa - NãoSandra Cavalcanti - AbstençãoSarney Filho - NãoSaulo Queiroz - NãoSérgio Spada - NãoSigmaringa Seixas - NãoSílvio Abreu - AbstençãoSimão Sessim - NãoSiqueira Campos - NãoSólon Borges dos Reis - AbstençãoSotero Cunha - NãoStélio Dias - AbstençãoTadeu França-NãoTito Costa - NãoUbiratan Aguiar - NãoUbiratan Spmelli - NãoValmir Campelo - NãoValter Pereira - NãoVasco Alves - NãoVicente Bogo - NãoVictor Faccioni - AbstençãoVictor Fontana - AbstençãoVilson Souza - NãoVmgt Rosado - NãoVirgílioGalassi - AbstençãoVirgílio Guimarães - NãoVitor Buaiz - NãoVivaldo Barbosa - NãoVladimir Palmeira - NãoWagner Lago - AbstençãoWaldeck Ornélas - NãoWaldyr Pugliesi - Não

Walmor de Luca - NãoWI1ma Maia - NãoWilson Martins - NãoZiza Valadares - Não

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Pelo que verifica a Casa, o Título VIfoi ultimadocom esta votação. (Palmas) Desejo dizer que,como Presidente, foi meu dever assegurar o quo­rum para a sessão de hoje, a fim de que pudés­semos terminar o Título VI, para começarmosa votação do Título VII. Entendo que a tradiçãona elaboração da Consntuíçâo evidencia essesentendimentos prévios, e é por isso que não te­mos realizado sessões pela manhã. Se o fizésse­mos, evidentemente teríamos um rendimentoquantitativo muito grande, mas as votações teriamum díscíphnamento mais difícil. Principalmentequanto ao Título VII será muito profícuo, em facede razões óbvias, que os entendimentos prossi­gam Sendo assim, e porque estamos tambémnas vizinhanças da sessão solene em homena­gem à memória do nosso antigo companheirode luta, ideais e compromissos - Tancredo Ne­ves - vou encerrar a sessão de hoje. Mas convo­carei uma outra para amanhã. Não posso deixarde convocá-la, porque é do Regimento, e teremosde cumpri-lo. Vamos esperar o resultado da ses­são de amanhã, e, em razão do quorum, sabare­remos se teremos sessão sábado ou domingoHaverá sessão amanhã às 9 h

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­No decorrer da Ordem do Dia comparecerammais os Srs:

Albano Franco - Almir Gabriel- Carlos Alber­to - Edivaldo Motta - Genebaldo Correia ­Mauro Borges - MIroTeixeira - Nelson Carneiro- Sarney Filho - Rose de Freitas - TeotônioVilela Filho - Wilma Maia.

VI - ENCERRAMENTO

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a ses­são

DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:

AfIf Domingos - PL; Alarico Abib - PMDB;Antonio Salim CuriatI - PDS; Antonio Ueno ­PFL; Arnaldo Moraes - PMDB; Carlos De'Carli- PMDB; Carlos Vinagre - PMDB;Carlos Virgílio- PDS; Cristina Tavares; Fausto Fernandes -PMDB; Felipe Cheidde - PMDB; Feres Nader- PTB; Jessé Freire - PFL; João Carlos Bacelar- PMDB;João Cunha - PMDB;João HerrmannNeto - PMDB;Joaquim Sucena - PMDB;JorgeLeite - PMDB; Luiz Soyer - PMDB; Luiz Viana- PMDB; Mário Bouchardet - PMDB; OnofreCorrêa - PMDB; Paulo Macarini - PMDB; PauloZarzur - PMDB; Renato Bernardi - PMDB; Rob­son Marinho - PMDB; Ronaldo Aragão- PMDB;Sadte Hauache - PFL; Victor Trovão - PFL;Vieira da Silva - PDS; Vinicius Cansanção ­PFL; Virgílio Távora - PDS; Wilson Campos­PMDB.

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Abril de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9789

o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Encerro a sessão, designando para amanhã, dia22, sexta-feira, às 9 horas, a seguinte

ORDEM DO DIA

Prosseguimento da votação, em pnmeiro turno,do Projeto de Constituição.

Encerra-se a sessão às 17horas e 24 mt­nutos.

ATO DA MESA N° 23, DE 1988

A Mesa da Assembléia Nacional Constituinte,nos termos do inciso I, art 3° e do art. 5°, incisoXVI, do seu Regimento Interno, resolve determinaro desconto de 1/30 (um trinta avos) por dia deausência, da remuneração percebida pelos Cons­tituintes que deixarem de participar de votaçãoplenária após quatro ou mais dias sucessivos ousete dias intercalados no mês, salvo doença com­provada, licença ou missão autorizada.

Sala das Reuniões, 21 de abril de 1988 ­Deputado Wysses Guimarães, Presidente daAssembléia Nacional Constituinte.

Preceitua o art 3°, inciso I,do Regimento Internoda Assembléia Nacional Constituinte que com­pete à respectiva Mesa:

"I - tomar todas as providências neces­sárias à regularidade dos trabalhos;"

Portanto, a Mesa pode tomar não só providên­cias, mas todas as provídêncras,

O expletivo ou tautológico "todas" reforça opoder da Mesa para assegurar a regularidade dostrabalhos. Está habilitada a todas as providências.iterativamente todas, repete a lei anterior. O zeloda soberania da Assembléia Nacional Constituintearmou a Mesa de recursos e deveres para asse­gurar seu efetivo e regular funcionamento. O inci­so I do art. 3°, emana da soberania da AssembléiaNacional Constituinte, que o aprovou para defen­dê-Ia contra a irregularidade e a desmoralizaçãodo mau ou ausência de funcionamento.

Como pode funcionar e deliberar a AssembléiaNacional Constituinte sem quorum? Que maiorirregularidade do que esta?

Se a Mesa foi inapta para lograr que parcelasde constituintes cumpram o mandato que a sobe­rania popular expressa e livremente lhes confiou;se a Mesa for impotente para conseguir que osSenadores e os Deputados compareçam ao Ple­nário Constituinte, falem e principalmente votem,como cumprirá o dever regimental e manterá aregularidade dos trabalhos? Como falar em nor­malidade dos trabalhos, com a gritante anorma­lidade de ausências insistentes e inutilmente re­quisitadas?

AAssembléia Nacional Constituinte quer e devefuncionar. Para funcionar, precisa votar. Para vo­tar, necessita de quorum . Para ter quorum éindispensável a presença. Logo, quem injustifica­damente se ausenta, a um só tempo impede oquorum, a votação, o funcionamento da Assem­bléia Nacional Constituinte e inquestionavelmenteatenta contra a normalidade dos seus trabalhose o prestigio da instituição.

A interpretação regimental invocada justifica oseguinte

ATO DA MESA

A Mesa da Assembléia Nacronal Constituinte,nos termos do inciso I, art. 3° e do art. 5°, incisoXVI, do seu Regimento Interno, resolve determmaro desconto de 1/30 (um trinta avos), por dia deausência, da remuneração percebida pelos Cons­tituintes que deixarem de participar de votaçãoplenária após quatro ou mais dias sucessivos ousete dias intercalados no mês, salvo doença com­provada, licença ou missão autorizada.

ERRATAS

No DANC de 3-2-88, página n° 6825, republi­ca-se por ter saído com mcorreções: (DANC N°176)

Na pág. 6825, coluna 1.Onde se lê:

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Sobre a mesa o requerimento de fusão dos no­bres Constituintes Airton Cordeiro, Mendes Ribei­ro e AfifDomingos.

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assem­bléia Nacional Constituinte.

Os firmatários, autores dos destaques e emen­das abaixo indicados, vêm requerer, nos termosdo § 2° do art. 3°.da Resolução n° 3/88, a fusãodas proposições para efeito de ser votado, comotexto substitutivo ao § 5° do art. 6° do Projetoao § 6° do art 6° do Substitutivo a seguinte reda­ção:

É livre a manifestação do pensamento, vedadoo amovimento. É assegurado a todos o acessoà informação e resguardado o sigilo do forte,quando necessário ao exercicio profissional. É as­segurado o direito de resposta, proporcional aoagrovo, além de indenização por dano material,moral ou à Imagem. - AIrton Cordeiro - Emen­da n° 2POI581-6-Destaque n° 383-MendesRibeiro-Emenda n° 2P00628-A-Afif Domin­gos - Emenda n° 2P02038.

Leia-se:

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)­Sobre a mesa o requerimento de fusão dos no­bres Constituintes Airton Cordeiro, Mendes Ribei­ro e AfifDommgos.

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assem­bléia Nacional Constituinte:

Os firmatários, autores dos destaques e emen­das abaixo indicados, vêm requerer, nos termosdo § 2° do art. 3° da Resolução n° 3/88, a fusãodas proposições para efeito de ser votado, comotexto substitutivo ao § 5° do art. 6° do Projetoao § 6° do art. 6° do Substitutivo, a seguinte reda­ção:

É livre a manifestação do pensamento, vedadoo anonimato. É assegurado a todos o acesso àinformação e resguardado o sigilo da fonte, quan­do necessário ao exercício profissional. É assegu­rado o direito de resposta, proporcionai ao agravo,além de indenização por dano material, moralou à imagem. - Airton Cordeiro - Emenda n°2P01581-6-Destaque rr 383-Mendes Ribei­ro - Emenda n° 2P00628-A-Afif Domingos­Emenda n° 2P02038.

No DANC de 4-2-88, página 6925, republi­ca-se por ter saído com incorreção. (DANC N°177)

Na pág. 6925, coluna 3.Onde se lê:

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-AMesa vai proclamar o resultado da votação:

SIM'-90NÃO-392ABSTENÇÃO - 18TOTAL-500

A emenda fOI aprovada.Leia-se:

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-AMesa vai proclamar o resultado da votação:

SIM-90NÃO-392ABSTENÇÃO-I8TOTAL-500

A emenda foi rejeitada.

No DANC de 3-2-88, páginas 6828, 6829,6830 e coluna 1 da página 6831, suprima-se porter saído em duplicrdade, (DANC 176)

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães):Sobre a mesa as segumtes declarações de voto

que vão à publicação.

ARTIGO 6°, § 4°Emendas Ronan Tito e outros

Discordo da redação da Comissão de Sistema­üzação e, igualmente, da Emenda Ronan Tito.

Não dão o tratamento adequado ideal para amatéria.

Ficarei, se vier a voto em Plenário com a Emen­da de Ademir Andrade, que melhor dispõe sobreo assunto.

Voto, pois, abstenção, nesta oportunidade.Sala das Sessões, 2 de fevereiro de 1988. ­

Deputado Francisco Amaral.Votamos não às Emendas noS 714,1.761 e 362

segundo a posição da bancada do PT. No entanto,a noção de "direito adquirido" é equivoca, emvirtude das contradições da sociedade capitalista.O que justificaria o voto contrário, ao qual aderi­mos subjetivamente. - Eduardo Jorge - JoséGenoíno - Florestan Fernandes - VirgílioGuimarães.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Sobre a mesa o requerimento de fusão dos nobresConstituintes Airton Cordeiro, Mendes Ribeiro eAfifDomingos.

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assem­bléia Nacional Constituinte

Os firmatários, autores dos destaques e emen­das abaixo indicados, vêm requerer, nos termosdo § 2° do art. 3° da Resolução n° 3/88, a fusãodas proposições para efeito de ser votado, comotexto substitutivo ao § 5° do art. 6° do Projetoao § 6° do art 6° do Substitutivo a seguinte reda­ção:

É livre a manifestação do pensamento, vedadoo movimento. É assegurado a todos o acessoà mformação e resguardado o sigilo do forte,quando necessário ao exercício profissional. É as­segurado o direito de resposta, proporcional aoagrovo, além de indenização por dano material,moral à imagem. -Airton Cordeiro - Emenda

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9790 Sexta-feira 22 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Abril de 1988

2P01581-6 - Destaque 383 -Mendes Ribeiro- Emenda 2P00628-A - Afif Domingos ­Emenda 2P02038.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Passa-se à votação do § 5° do art. 6°

Valendo-se da possibilidade regimental já co­nhecida da Casa - fusão de autores de propo­sições semelhantes, os nobres Constituintes Air­ton Cordeiro, Mendes Ribeiro e Afif Domingos- a redação oferecida ao § 5° do art. 69 do Projetoou § 6° do art. 6° do Substitutivo, já aprovado,do Centrão, é a seguinte:

"É livrea manifestação do pensamento, vedadoo anonimato. É assegurado a todos o acesso àsinformações e resguardado o sigilo da fonte ­aqui vem a modificação - quando necessárioao exercicio profissional."

Portanto, não tem sigilo e se refere somenteàs mformações jomalísticas. Ela se estende comessa cláusula do exercício profissional:

"É assegurado o direito de resposta, propor­cional ao agravo, além da indenização por danomaterial, moral, ou à imagem.

É muito importante para os políticos; indeni­zação, evidentemente, em dinheiro e material aodano, também, da imagem.

Esta é uma redação que a Mesa está informada,logra o entendimento geral da Casa se logra oentendimento da Casa acredito que seriam dis­pensáveis palavras de justificação, porque con­trário parece que não há. Caso haja este entendi­mento, passamos à votação

Quem aprovar o texto dirá sim, quem for contraao texto dirá não, e há a possibilidade da abs­tenção.

Peço velocidade na chamada e na resposta.Procede-se à votação.

O Sr. Mendes Ribeiro - Sr. Presidente, V.Ex" interpretou magnificamente que a Casa aco­lheu a emenda como de todos. Se a celeridadeé o procurado, se alguém discordasse disso, oresto seria unânime.

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­Penso assim mas a Casa pode pensar de outramaneira e votar pela rejeição da emenda. Prossi­ga-se na votação.

(Continua o processo de votação.)

O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) ­A Mesa pede a boa vontade da Casa, porque tere­mos mais uma emenda para votar. Permaneçamno recinto, por favor.

(Continua o processo de votação.)APresidência vai proclamaro resultado da vota-

ção.SIM-S09NÃO-2ABSTENÇÃO - 1TOTAL-512

A emenda foi aprovada.

Abigail Feitosa - SimAcival Gomes - SimAdauto Pereira - SimAdemir Andrade - SimAdhemar de Barros Filho - SimAdolfo Oliveira - SimAdroaldo Streck - SimAdylson Motta - SimAécio de Borba - Sim

Aécio Neves - SimAffonso Camargo - SimAfifDomingos - SimAgripino de Oliveira Uma - SimAirton Cordeiro - SimAirton Sandoval - SimAlarico Abib - SimAlbano Franco - SimAlbérico Cordeiro - SimAlbérico Filho - SimAlceni Guerra - SimAldo Arantes - SimAlércio Dias - SimAlexandre Costa - SimAlexandre Puzyna - SimAlfredo Campos - SimAlmir Gabriel - SimAloisio Vasconcelos - SImAloysio Chaves - SimAloysio Teixeira - SimAluizioBezerra - SimAluízio Campos - SimÁlvaro Antônio - SimÁlvaro Pacheco -Álvaro Valle-Alysson Paulinelli - SimAmaral Netto - SimArnaury Müller - SimArnilcar Moreira - SimÂngelo Magalhães - SimAnna Maria Rattes - SimAnnibal Barcellos - SimAntero de Barros - SimAntônio Britto - SimAntônio Câmara -Antônio Carlos Franco - SimAntôniocarlos Konder Reis - SimAntoniocarlos Mendes Thame - SimAntônio de Jesus - SimAntonio Farias -Antonio Ferreira - SimAntonio Gaspar - SimAntonio Mariz- SimAntonio Perosa - SimAntonio Salim Curiati - SimAntonio Ueno - SimArnaldo Faria de Sá - SimArnaldo Martins - SimArnaldo Moraes - SimArnaldo Prieto - SimArnold Fioravante - SimArolde de Oliveira - SimArtenir Wemer - SimArtur da Távola - SimAsdrubal Bentes - SimAssis Canuto - SimÁtila Líra - SimAugusto Carvalho - SimÁureo Mello - SimBasílio VJllani - SimBenedicto Monteiro - SimBenedita da Silva - SimBenito Gama - SimBemardo Cabral- SimBeth Azize- SimBezerra de Melo - SimBocayuva Cunha - SimBonifácio de Andrada - SimBosco França - SimBrandão Monteiro - SimCaio Pompeu - Sim

Cardoso Alves - SimCarlos Alberto - SimCarlos Alberto Caó - SimCarlos Benevides - SimCarlos Cardinal - SimCarlos Chiarelli - SimCarlos Cotta - SimCarlos De'Carli - SimCarlos Mosconi - SimCarlos Sant'Anna - SimCarlos Vinagre - SimCarlos Virgílio- SimCarrel Benevides - SimCássio Cunha Lima - SimCélio de Castro - SimCelso Dourado - SimCésar Cals Neto - SimCésar Maia - SimChagas Duarte - SimChagas Neto - SimChagas Rodrigues - SimChico Humberto - SimChristóvam Chiaradia - SimCid Carvalho - SimCid Sabóia de Carvalho - SimCláudio Ávila- SimCleonâncio Fonseca - SimCosta Ferreira - SimCristina Tavares - SimCunha Bueno-Dálton Canabrava - SimDarcy Deitos - SimDarcy Pozza - SimDaso Coimbra - SimDavi Alves Silva - SimDel Bosco Arnaral - SimDelfim Netto - SimDélio Braz - SimDenisar Ameiro - SimDionisio Dal Prá - SimDionísio Hage - SimDirce Tutu Quadros - SimDirceu Carneiro - SimDivaldo Suruagy - SimDjenal Gonçalves - SimDomingos Juvenil- SimDomingos Leonelli - SimDoreto Campanari - SimEdésio Frias -Edison Lobão - SimEdivaldo Motta - SimEdme Tavares - SimEdmilson Valentim - SimEduardo Bonfim - SimEduardo Jorge - SimEduardo Moreira - SimEgídio Ferreira Uma - SimEliel Rodrigues - SimEliézer Moreira - SimEnoc Vieira - SimEraldo Tinoco - SimEraldo Trindade - SimErico Pegoraro - SimErvin Bonkoski - SimEtevaldo Nogueira - SimEuclides Scalco - SimEunice Michiles - SimEvaldo Gonçalves - SimExpedito Machado - SimÉzio Ferreira - SimFábio Feldmann - Sim

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Abril de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sexta-feira 22 9791

Fábio Raunheitti - SimFarabulini Júnior - SimFausto Femandes - SimFausto Rocha - SimFelipe Cheidde -Felipe Mendes - SimFeres Nader - SimFernando Bezerra Coelho - SimFernando Cunha - SimFernando Gasparian - SimFernando Gomes - SimFemando Henrique Cardoso - SimFernando Lyra- SimFernando Santana - SimFernando Velasco - SimFirmo de Castro - SimFlavio Palmier da Veiga - SimFlávio Rocha - SimFlorestan Fernandes - SimFloriceno Paixão - SimFrança Teixeira-Francisco Amaral - SimFrancisco Benjamim - SimFrancisco Carneiro - SimFrancisco Coelho - SimFrancisco Diógenes - SimFrancisco Dornelles - SimFrancisco Kuster - SimFrancisco Pinto - SimFrancisco Rollemberg - SimFrancisco Rossi - SimFrancisco Sales - SimFurtado Leite - SimGabriel Guerreiro - SimGandi Jamil - SimGastone Righi - SimGenebaldo Correia -Genésio Bemardino - SimGeovah Amarante - SimGeovani Borges - SimGeraldo Alckmin FIlho ­Geraldo Bulhões - SimGeraldo Campos - SimGeraldo Fleming - SimGeraldo Melo - SimGerson Camata - SimGerson Marcondes - SimGerson Peres - SimGidel Dantas - SimGil César - SimGilson Machado - SimGonzaga Patriota - SimGuilherme Palmeira - SimGumercindo Milhomem - SimGustavo de Faria -Harlan Gadelha - SimHaroldo Lima - SimHaroldo Sabóia - SimHélio Costa - SimHélio Duque - SimHélioManhães - SimHélio Rosas - SimHenrique Córdova - SimHenrique Eduardo Alves - SirnHeráclito Fortes - SimHermes Zaneti - SimHilárioBraun - SimHomero Santos - SimHumberto Lucena - SimHumberto Souto -Iberê Ferreira - Sim

Ibsen Pinheiro - SimInocêncio Oliveira- SimIrajá Rodrigues -Iram Saraiva - SimIrapuan Costa Júnior ­Irma Passoni - SimIsmael Wanderley - SimItamar Franco - SimIvo Cersósimo - SimIvo Lech - SimIvoMainardi - SimIvoVanderlinde - SimJacy Scanagatta - SimJairo Azi- SimJairo Carneiro - SimJalles Fontoura - SimJamil Haddad - SimJarbas Passarinho - SimJayme Paliarin - SimJayme Santana - SimJessé Freire -Jesualdo Cavalcanti - SimJesus Tajra - SimJoaci Góes - SimJoão Agripino - SimJoãoAlves-João Calmon - SimJoão Carlos Bacelar ­João Castelo - SimJoão Cunha-João da Mata - SimJoão de Deus Antunes - SimJoão Herrmann Neto - SimJoão Lobo-João Machado Rollemberg - SimJoão Menezes - SimJoão Natal- SimJoão Paulo - SimJoão Rezek - SimJoaquim Bevilacqua - SimJoaquim Francisco -Joaquim Hayckel - SimJoaquim Sucena - SimJofran Frejat - SimJonas Pinheiro - SimJonival Lucas - SimJorge Arbage - SimJorge Bomhausen - SimJorge Hage - SimJorge Leite - SimJorge Medauar - SimJorge Uequed - SimJorge Vianna - SimJosé Agripino - SimJosé Camargo - SimJosé Carlos Coutinho - SimJosé Carlos Grecco - SimJosé Carlos Martinez- SimJosé Carlos Sabóia - SimJosé Carlos Vasconcelos - SimJosé Costa-José da Conceição - SimJosé Dutra - SimJosé Egreja - SimJosé Elias - SimJosé Eliás Murad - SimJosé Fernandes - SimJosé Fogaça - SimJosé Freire - SimJosé Genoíno - SimJosé Geraldo - Sim

José Guedes - SimJosé Ignácio Ferreira ­José Jorge - SimJosé Lins - SimJosé Lourenço - SimJosé Luiz de Sá - SimJosé Luiz Maia- SimJosé Maranhão - SimJosé Maria Eymael - SimJosé Maurício - SimJosé Melo- SimJosé Mendonça Bezerra - SimJosé Moura - SimJosé Paulo Bisol - SimJosé Queiroz - SimJosé Richa - SimJosé Santana de Vasconcellos ­José Serra - SimJosé Tavares - SimJosé Teixeira - SimJosé Thomaz Nonô - SimJosé Tinoco - SimJosé Ulisses de Oliveira- SimJosé Viana - SimJovanni Masini-Juarez Antunes - SimJúlio Campos - NãoJúlio Costamilan - SimJutahy Magalhães - SimKoyu lha - SimLael Varella- SimLavoisier Maia - SimLeite Chaves - SimLélio Souza - SimLeopoldo Bessone - SimLeopoldo Peres - SimLeur Lomanto - SimLevyDias - SimLezioSathler - SimLídice da Mata - SimLouremberg Nunes Rocha - SimLourivalBaptista -Lúcia Braga - SimLúcia Vânia -Lúcio Alcântara - SimLuís Eduardo - SimLuís Roberto Ponte - SimLuizAlberto Rodrigues - SimLuiz Freire - SimLuizGushiken - SimLuizInácio Lula da Silva - SimLUIZ Leal - SimLuizMarques - SimLuizSalomão - SimLuizSoyer - SimLuizViana - SimLuizViana Neto - SimLysâneas Maciel - SimMaguito VIlela - SimMalulyNeto - SimManoel Castro - SimManoel Moreira - SimManoel Ribeiro - SimMansueto de Lavor - SimManuel Viana -Marcelo Cordeiro - SimMárcia Kubitschek - SimMárcio Braga - SimMárcio Lacerda - SimMarco Maciel- SimMarcondes Gadelha - Sim

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9792 Sexta-feira 22

Marcos Lima - SimMaria de Lourdes Abadia - SimMaria Lúcia - SimMário Assad - SimMário Bouchardet-Mário Covas - SimMário de Ohveira - SimMário Lima - SimMário Maia - SImMarluce Pinto - SimMatheus Iensen - SimMattos Leão - SimMaurício Campos -Maurício Corrêa - SimMaurício Fruet - SimMaUríCIO Nasser - SimMaurício Pádua - SimMaurílio Ferreira Lima - SimMauro Benevides - SimMauro Borges -Mauro Campos - SimMauro Miranda - SimMauro Sampaio - SImMax Rosenmann - SimMeira Filho - SimMello Reis - SimMelo Freire - SimMendes Botelho -Mendes Canale - SimMendes Ribeiro - SimMessias Góis - SimMessias Soares -Michel Temer - SimMihon Barbosa - SimMilton Lima - SimMilton Reis - SimMiraldo Gomes - SImMiro Teixeira - SimMoema São Thiago - SimMoysés Pimentel - SimMozanldo Cavalcanti - SimMussa Demes - SimMyrian Portella - SimNabor Júnior - SimNaphtali Alves de Souza - SImNarciso Mendes - SimNelson Aguiar - $õmNelson Cameiro - SimNelson Jobim - SimNelson Sabrá - SimNelson Seixas - SimNelson Wedekin - SimNelton Friedrich - SimNestor Duarte - SimNilso Sguarezi - SimNilson Gibson - SimNion Albemaz - SimNoel de Carvalho - SimNyder Barbosa - SimOctávio Elísio - SimOdacir Soares - SimOlavo PIres -Olívio Dutra - SimOnofre Corrêa -Orlando Bezerra - Sim

DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE

Orlando Pacheco - SimOscar Corrêa - SimOsmar Leitão - SimOsmir Lima - SimOsmundo Rebouças - SimOsvaldo Bender - SimOsvaldo Coelho - SimOsvaldo Macedo - SimOsvaldo Sobrinho - SimOswaldo Almeida - SimOswaldo Lima Filho - SimOswaldo Trevisan - SimOttomar Pinto - SimPaes de Andrade - SimPaes Landim - SimPaulo Delgado - SimPaulo Macarini - SimPaulo Marques - SimPaulo Mincarone - SimPaulo Paim - SimPaulo Pimentel - SimPaulo Ramos - SimPaulo Roberto - SimPaulo Roberto Cunha - SimPaulo Silva - SimPaulo Zarzur -Pedro Canedo - SimPedro Ceolin - SimPercival Muniz- SimPimenta da Veiga - SimPlímoArruda Sampaio - SimPlínio Martins - SimPompeu de Sousa - SimRachid Saldanha Derzi - SimRaimundo Bezerra - SimRaimundo Lira - SImRaimundo Rezende - SimRaquel Cândido - SimRaquel Capiberibe - SimRaul Belém-Raul Ferraz - SimRenan Calheiros - SimRenato Bemardi - SimRenato Johnsson - SimRenato VIanna - SimRicardo Fiuza - SimRicardo Izar- SImRita Camata - SimRita Furtado - SimRoberto Augusto - SimRoberto Balestra - SimRoberto Brant - SimRoberto Campos - SimRoberto D'Ávila - SimRoberto Freire - SimRoberto Jefferson - SimRoberto Rollemberg - SimRoberto Torres-Roberto Vital - SimRobson Marinho - SimRodrigues Palma - SimRonaldo Aragão - SimRonaldo Carvalho - SimRonaldo Cezar Coelho - Sim

Abril de 1988

Ronan Tito - SimRonaro Corrêa - SimRosa Prata - SimRose de Freitas - SimRospide Netto - SimRubem Branquinho - SimRubem Medina - SimRuben Figueiró - SimRuberval Pilotto - SimRuy Bacelar - SimRuy Nedel- SimSadie Hauache - SimSalatiel Carvalho - SimSamir Achôa - SimSandra Cavalcanti - SimSantinho Furtado - SimSamey Filho - SimSaulo Queiroz - SimSérgio Brito - SimSérgio Spada - SimSérgio Wemeck - SimSevero Gomes - SimSigmaringa Seixas - SimSílvioAbreu - SimSimão Sessim - SimSiqueira Campos - SimSólon Borges dos Reis - SimSotero Cunha - SimStélio Dias - SimTadeu França-SimTelmo Kirst - SimTeotônio Vilela Filho - SimTheodoro Mendes - SimTito Costa - SimUbiratan Aguiar - SimUbiratan Spinelli - SimUldurico Pinto - Sim

Ulysses Guimarães - AbstençãoValmir Campelo - SimValter Pereira - SimVasco Alves- SimVicente Bogo - SimVictor Faccioni - SimVictor Fontana - SimVictor Trovão - SimVieirada Silva - SimVilson Souza - SimVmgt Rosado - SimVinicius Cansanção - SimVirgildásio de Senna - SimVirgílio Galassi - SimVirgílio Guimarães - SimVirgílio Távora - SimVitorBuaiz - SimVivaldoBarbosa - SimVladírmrPalmeira - SimWagner Lago - SimWaldeck Ornélas - SimWaldyr Pugliesi - SimWalmor de Luca - SimWilma Maia - SimWilson Campos - SimWílson Martins - SimZiza Valadares - Sim

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MESA

ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSMClINTE

UDERANÇAS NAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTIT(JJNTE

PMDB Geovani Borges Vice-Lideres:

Presidente: Líder: Mozarildo Cavalcanti Plínio Arruda Sampaio

ULYSSES GUIMARÃES Mário Covas Valmir Campelo José Genoíno

Messias Góis PLVice-Lideres:

Euclides Scalco Arolde de Oliveira Líder:

19·Vice-Presidente:Paulo Macarini Alércio Dias Adolfo Oliveira

MAURO BENEVIDES Antônio Perosa Evaldo Gonçalves

Robson Marinho Simão Sessim PDCAntônio Britto Divaldo Suruagy Líder:

29-Vice-Presidente: Gonzaga Patriota José Agripino Maia Mauro BorgesJORGE ARBAGE Osmir Lima Maurício Campos

Gidel Dantas Paulo PImentelVice-Lideres:

Henrique Eduardo Alves José Lins

lo-Secretário: José Guedes Paes Landim José Maria EymaelSiqueira Campos

MARCELO CORDEIRO Ubiratan Aguiar PDS PCdoBRose de FreitasVasco Alves

Líder: Líder:

Cássio Cunha LimaAmaral Netto Haroldo Uma

2°-Secretário: Flávio Palmier da Veiga Vice-Lideres:MÁRIOMAIA Joaci Góes VirgílioTávora Vice-Líder:

Nestor Duarte Victor Faccioni Aldo ArantesAntonio Mariz Carlos Virgílio

PCB3°-Secretário: Walmor de Luca

Líder:ARNALDO FARIA DE SÁ Raul Belém Roberto Freire

Roberto Brant PDTVice-L,ider:Mauro Campos Líder:

Fernando Santanalo-Suplente de Secretário: Hélio Manhães Brandão Monteiro

Teotonio VilelaFilhoBENEDITA DA SILVA AluizioBezerra Vice-Líderes:

PSBNion Albernaz Amaury Müller Líder:

Osvaldo Macedo Adhemar de Barros FilhoAdemir Andrade

2°-Sup\ente de Secretário: Jovanni MasiniVivaldo Barbosa

LUIZ SOYER José Carlos Grecco José FernandesVice-líder:Geraldo Alckmin Filho PTB Beth AzizeNelson Jobim Líder:

3°-Suplente de Secretário: Miro Teixeira Gastone Righi

SOTERO CClNHA PFL Vice-Uderes: PMBLíder. Sólon Borges dos Reis Líder:

José Lourenço Elias Murad Antônio Farias

Vice-Líderes: Roberto JeffersonInocêncio de Oliveira PT PTR

Fausto Rocha Líder: Líder:Ricardo Fiuza Luiz Inácio Lula da snva Messias Soares

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COMISSÃO DESISTEMATIZAÇÃO

Presidente:Afonso Arinos - PFL - RJ

1°-Vice-Presidente:Aluizio Campos - PMDB- PB

2"-Vice-Presidente:Brandão Monteiro - PDT - RJ

Relator:Bernardo Cabral- PMDB-AM

PDS

Antoniocarlos KonderReis

Da.rcyPOlZ8Gerson Peres

PDTBrandão MonteiroJosé Mauricio

PTB

Jarbas PassarinhoJosé LuizMaiaVirgllio Távora

Lysâneas Maciel

EnocVieiraFurtado LeiteGilson MachadoHugo NapoleãoJesualdo CavalcanteJoão MenezesJofran Frejat

PDS

Adylsbn MottaBonifácio de Andrada

Jonas PinheiroJosé LourençoJosé TinocoMozarildoCavalcantiValmirCampeloPaes LandimRicardo IzarOscar Corrêa

Victor Faccioni

Titulares Francisco RossiGastone Righi

Joaquim Bevilácqua

PDT

Aldo Arantes

Fernando Santana

PCdoB

PCB

LuizSalomão

Afif Domingos

José GenoínoPT

Bocayuva Cunha

PTBOttomar Pinto

PL

PDC

José Maria Eymael Roberto Ballestra

PTLuizInácio Lula PlínioArruda

da Silva Sampaio

PLAdolfo Oliveira

PDC

Siqueira Campos

PCdoBHaroldo Uma

PCB

Roberto Freire

PSBJamil Haddad

PMDB

Antonio Farias

Suplentes

Abigail Feitosa José Ignácio FerreiraAdemir Andrade José Paulo BisolAlfredo Campos José RichaAlmir Gabriel José SerraAluizio Campos José Ulisses de OliveiraAntonio Britto Manoel MoreiraArtur da Távola Mário UmaBernardo Cabral MiltonReisCarlos Mosconi Nelson CarneiroCarlos Sant'Anna Nelson JobimCelso Dourado Nelton FriedrichCid Carvalho Nilson GibsonCristina Tavares Oswaldo Uma FilhoEgídio Ferreira Uma Paulo RamosFernando Bezerra Coelho Pimenta da VeigaFernando Gasparian Prisco VianaFernando Henrique Cardoso Raimundo BezerraFernando Lyra Renato ViannaFrancisco Pinto Rodrigues PalmaHaroldo Sabóia Sígmaringa SeixasJoão Calmon Severo GomesJoão Hermann Neto Theodoro MendesJoséFogaça Virgíldáslo de SennaJoséFreire Wilson MartinsJoséGeraldo

PMDB

Afonso ArinosAlceni GuerraAloysioChavesAntonio Carlos Mendes

ThameArnaldo PrietoCarlos ChiarelliChristóvam ChiaradiaEdme TavaresEraldo TinocoFrancisco DornellesFrancisco BenjamimInocêncio Oliveira

PFL

José JorgeJosé UnsJosé LourençoJosé Santana de

VasconcellosJosé Thomaz NonêLuís EduardoMarcondes GadelhaMárioAssa(!Osvaldo Co'elhoPaulo PimentelRicardo FiuzaSandra Cavalcanti

PMDB

Aécio NevesAlbano FrancoAntonio MarizChagas RodriguesDaso CoimbraDélio BrazEuclides ScalcoIsrael PinheiroJoão AgripinoJoão NatalJosé Carlos GreccoJosé CostaJosé MaranhãoJosé Tavares

LuizHenriqueManoel VianaMárdoBragaMarcos UmaMichelTemerMiroTeixeiraNelson WedekmOctávio ElísioRoberto BrantRose de Freitas(lldurico PintoVicente BogoVJlson de SouzaZizaValadares

PSB

Beth Azize

PMB

Israel Pinheiro Filho

Reuniões; terças. quartas e quintas-feiras.

Secretária: Maria Laura Coutinho

Telefones: 224-2848 - 213-6875 ­213-6878.

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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE

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