assembleia municipal de lisboa mandato 2013-2017 … · ----- fizeram-se substituir, ao abrigo do...
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------------------------ ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA -----------------------
-------------------------------------Mandato 2013-2017 ------------------------------------------
----- SESSÃO ORDINÁRIA REALIZADA NO DIA DEZASSETE DE
NOVEMBRO DE DOIS MIL E QUINZE. -------------------------------------------------- --------------------------DRAFT da ATA NÚMERO OITENTA E SEIS ------------------
----- Aos dezassete dias do mês de Novembro de dois mil e quinze, em cumprimento
da respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo sétimo e
trigésimo do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de
setembro, e nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sexto do seu Regimento, reuniu a
Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de
Roma, em sessão ordinária, primeira reunião, sob a presidência da sua Presidente
efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta,
coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo e pela
Excelentíssima Senhora Margarida Maria Moura Alves da Silva Almeida Saavedra,
respetivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária. ----------------------------------
----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da
Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: ---------------------------------------------
----- Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Maria Gaspar Marques, Ana
Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias,
André Moz Caldas, André Nunes de Almeida Couto, António Modesto Fernandes
Navarro, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Belarmino Ferreira Fernandes
da Silva, Carla Cristina Ferreira Madeira, Carlos José Pereira da Silva Santos, Cláudia
Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Cristina Maria da Fonseca Santos Bacelar
Begonha, Daniel da Conceição Gonçalves da Silva, Davide Miguel Santos Amado,
Fábio Martins de Sousa, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando
Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre
Bento Pereira, Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes, João Alexandre
Henriques Robalo Pinheiro, João Diogo Santos Moura, João Manuel Costa de
Magalhães Pereira, João Luís Valente Pires, Joaquim Maria Fernandes Marques, José
Alberto Ferreira Franco, José António Nunes do Deserto Videira, José Luís Sobreda
Antunes, José Manuel Marques Casimiro, José Maximiano Albuquerque Almeida
Leitão, José Roque Alexandre, Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda
Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de Nascimento Lage, Margarida
Carmen Nazaré Martins, Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira, Maria da
Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Simoneta Bianchi
Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria Sofia Mourão de Carvalho Cordeiro, Miguel
Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça,
Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de
Moura, Patrocínia Conceição Alves Rodrigues Vale César, Pedro Miguel de Sousa
Barrocas Martinho Cegonho, Ricardo Amaral Robles, Ricardo Manuel Azevedo
Saldanha, Rita Susana da Silva Guimarães Neves Sá, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves
da Silva, Rosa Maria Carvalho da Silva, Rute Sofia Florêncio Lima de Jesus, Vasco
André Lopes Alves Veiga Morgado, Vasco Miguel Ferreira dos Santos, Victor
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Manuel Dias Pereira Gonçalves, Sandra Cristina Andrade Carvalho, Tiago Maria
Sousa Alvim Ivo Cruz, Miguel Martins Agrochão, Natacha Machado Amaro, Pedro
Miguel Tadeu Costa, Artur David Cunha Reis, Maria Margarida Matos Mota, João
Gomes Boavida, Igor Boal Roçadas, Sandro Daniel dos Santos Gonçalves Araújo,
Ana Regedor, José Filipe da Costa Toga Machado Soares, Patrícia Caetano Barata, e
Luís Lucas Lopes.-----------------------------------------------------------------------------------
----- Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------
----- Sérgio Sousa Lopes Freire de Azevedo e Nelson Pinto Antunes. ----------------------
----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78º da Lei 169/99, de 18 de
Setembro, com a redação dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, o qual se
mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º1, do
artigo 3º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 8º do Regimento da
Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: --------------------
----- Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves (PS), Presidente da Junta Freguesia de
Lumiar, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputado Municipal
Artur David Cunha Reis.---------------------------------------------------------------------------
----- José António Cardoso Alves (PS), Presidente da Junta Freguesia de São
Domingos de Benfica, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal
Deputado Municipal Pedro Miguel Tadeu Costa. ----------------------------------------------
----- Sandra da Graça Lourenço Paulo (PS), por um dia, tendo sido substituída pelo
Deputado Municipal Igor Boal Roçadas. --------------------------------------------------------
----- Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues (PS), por um dia, tendo sido substituído
pelo Deputado Municipal João Gomes Boavida. -----------------------------------------------
----- Augusto Miguel Gama Antunes Albuquerque (PS), por um dia, tendo sido
substituído pela Deputada Municipal Maria Margarida Matos Mota.-----------------------
----- Tiago Miguel de Albuquerque Nunes Teixeira (PSD), por um dia, tendo sido
substituído pela Deputada Municipal Patrícia Caetano Barata. ------------------------------
----- Carlos de Apoim Vieira Barbosa (PSD), por um dia, tendo sido substituído pelo
Deputado Municipal Nelson Pinto Antunes. ----------------------------------------------------
----- Deolinda Carvalho Machado (PCP), por um dia, tendo sido substituída pela
Deputada Municipal Natacha Machado Amaro. -----------------------------------------------
----- Miguel Tiago Crispim Rosado (PCP), por um dia, tendo sido substituído pelo
Deputado Municipal Miguel Martins Agrochão. -----------------------------------------------
----- Mariana Rodrigues Mortágua (BE), por um dia, tendo sido substituída pela
Deputada Municipal Sandra Cristina Andrade.-------------------------------------------------
----- Isabel Pires (BE), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal
Tiago Ivo Cruz. --------------------------------------------------------------------------------------
----- Maria Luísa de Aguiar Aldim (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituída pelo
Deputado Municipal José Filipe Machado Soares. --------------------------------------------
----- Floresbela Mendes Pinto (IND), por um dia, tendo sido substituída pelo
Deputado Municipal Sandro Araújo. -------------------------------------------------------------
----- Fernando Nunes da Silva (IND), por um dia, tendo sido substituído pela
Deputada Municipal Ana Regedor. --------------------------------------------------------------
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----- A Mesa da Assembleia Municipal, reunida em 11 de novembro de 2015, através
da Ata número 27/2015, deliberou: --------------------------------------------------------------
----- Justificar as faltas dos Deputados Municipais: Fernando Manuel Pacheco Ribeiro
Rosa (PSD) Presidente da Junta de Freguesia de Belém, Cristina Maria Fonseca
Santos Bacelar Begonha (PS), Deolinda Carvalho Machado (PCP), Patricia de
Oliveira Caetano Barata (PSD) e Maria Sofia Mourão de Carvalho Cordeiro (PS) na
83ª Reunião da AML (53ª. Sessão Extraordinária) realizada em 20 de outubro de
2015. --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Câmara esteve representada pelos Senhores Vereadores: Duarte Cordeiro,
Manuel Salgado, João Saraiva, João Afonso e Rui Franco. ----------------------------------
----- Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição: António Prôa,
João Gonçalves Pereira, Carlos Moura e Alexandre Duarte. ---------------------------------
----- Às quinze horas e quinze minutos, constatada a existência de quórum, a Senhora
Presidente declarou aberta a reunião. -----------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Boa tarde Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, Senhores Vereadores,
público, Senhores jornalistas, dirigentes da Câmara e pessoas presentes. ------------------
----- Começar por dar-vos as boas tardes e dizer-vos que esta é uma sessão ordinária
que tem naturalmente um período de inscrição do público e tem um Período de Antes
da Ordem do Dia com declarações políticas diversas dos vários partidos e, enfim,
intervenções políticas diversas dos vários partidos. Mas, antes disso, nós combinámos
em sede de conferência de representantes e dada a unanimidade de todos e a gravidade
do que se passou na sexta-feira em Paris, combinámos que esta sessão se iniciaria com
um minuto de silêncio de todos os presentes em homenagem às vítimas dos atentados
de Paris. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu pedia aos Senhores Deputados que ocupassem os seus lugares, nós vamos
fazer um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos atentados de Paris, pedia
também o público para participar nesta homenagem e vamos fazê-lo de
imediatamente, portanto, pedia para desligarem ou silenciarem os telemóveis e vamos
fazer imediatamente este minuto de silêncio.” -------------------------------------------------
----- (A Assembleia Municipal cumpriu um minuto de silêncio em memória das
vítimas no atentado de Paris) ----------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra prosseguiu: ----------------------------------
----- “Muito obrigada. ------------------------------------------------------------------------------
----- Dentro de alguns minutos quando discutirmos as matérias do PAOD, iremos
então apreciar documentos sobre esta questão dos atentados em Paris, mas, fica desde
já feita esta homenagem da Assembleia Municipal de Lisboa.” -----------------------------
----- Seguidamente, a Senhora Presidente, nos termos regimentais, abriu o período
destinado à intervenção do público. --------------------------------------------------------------
------------------- PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO ---------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Nós hoje temos cinco pessoas inscritas, é a primeira coisa que iremos fazer, é
dar a palavra ao público inscrito e, portanto, vou pedir aos serviços que façam chegar
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as pessoas, portanto, vou começar a chamar a primeira pessoa. É o senhor Aires
Manuel Mendes Balas Freitas, tem um pedido de informação sobre a Pedreira do
Alvito. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Lembrar que são 3 minutos, quando chegar o fim do seu tempo se por acaso não
tiver concluído, eu faço um sinal sonoro para o avisar sim, se quiser deixar algum
documento na Mesa, pode fazer. -----------------------------------------------------------------
----- O Senhor Aires Manuel Mendes Balas Freitas, moradora na Rua dos Lusíadas
nº. 1-3º. Dtº. 1300-361 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ----------------------------------
----- “Boa-tarde Excelentíssima Senhora Presidente, Senhores Deputados, Senhores
Vereadores, Meus Senhores e Minhas Senhoras. ----------------------------------------------
----- Eu chamo-me Aires Freitas, venho aqui como alcantarense pedir
esclarecimentos sobre o Plano de Urbanização da Pedreira do Alvito. -------------------
----- Primeiro gostaria de saber se o acesso à Ponte 25 de Abril, quando esteve à
consulta do Público o Plano era para eliminar e para fazer o acesso do condomínio
da Pedreira do Alvito. Foi aprovada a eliminação, quer dizer, nós alcantarenses
ficaremos sujeitos à poluição sonora e ambiental da Ponte e tal como não podemos
usufruir do comboio na nossa Freguesia porque temos que apanhá-lo em Campolide
vamos ter que entrar ou sair da Ponto através de outra Freguesia, por outro acesso
da Ponte? --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Consta que vão preservar os fornos da cal, vão preservar dois núcleos de fornos
da cal existentes? É que há uns desses fornos da cal que estão camuflados com
entulho, que o proprietário tem andado a carregar para lá. ---------------------------------
----- Venho também alertar que ainda há inquilinos no Casal do Alvito. ------------------
----- Pronto, era tudo.” ----------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Aires Freitas, dizer-lhe que a Assembleia Municipal já
recebeu a proposta que foi aprovada em Câmara, ela agora antes de ser aprovada pela
Assembleia Municipal tem que ser discutida na Comissão especializada que a vai
analisar profundamente e, portanto, esta sua intervenção eu vou pedir que seja
transcrita da gravação para ser enviada aos Senhores Deputados da 3ª. Comissão para
tem em conta as chamadas de atenção que o Senhor Aires Freitas fez aqui antes da
Assembleia se pronunciar sobre o Plano. Muito obrigada.” ----------------------------------
----- O Senhor Aires Manuel Mendes Balas Freitas, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado, eu vou-lhe deixar aqui este apanhado.” -------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Pode deixar o que entender e depois isso terá que baixar, mas muito obrigada. ---
----- Agora é o Senhor José Manuel Santos Lopes que vem fazer uma reclamação
relacionada com um armazém transformado em oficina clandestina, não tenho aqui
exatamente o local mas certamente o dirá.” -----------------------------------------------------
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----- O Senhor José Manuel Santos Lopes, morador na Rua dos Balsares de Baixo,
nº. 19 R/C Esq. 1750-037 Lisboa, fez a seguinte intervenção: -------------------------------
----- “Boa-tarde Senhora Presidente, Meus senhores e Minhas Senhoras. ----------------
----- Pela segunda vez que eu venho a esta Assembleia expor o meu assunto que é
sobre uma oficina na Rua Mantero Belard, eu moro na Rua dos Balsares, na
Freguesia da Ameixoeira, que me incomoda há dois anos, não foi resolvido o assunto.
----- Trago uma exposição para a Senhora Presidente analisar, agradecia que me
tomassem conta desta situação, a oficina não está legal e além disso moro paredes
meias com a oficina que me incomoda o meu sossego, espero que seja analisado para
evitar de vir a esta Assembleia novamente com o mesmo assunto. --------------------------
----- Eu vou entregar à Mesa a exposição, teria mais para dizer sobre o mesmo caso e
que isto não fique em saco roto. Muito obrigado pela atenção.” ----------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor José, o Senhor José entregou um dossiê todo
fundamentado com desenvolvimentos e fotografias, sobretudo fotografias da situação
que aqui apresentou. Iremos naturalmente agora enviar à Câmara Municipal de Lisboa
com ofício ao Senhor Presidente para nos dar uma explicação que possa depois ser
remetida ao Senhor José sobre esta matéria. ----------------------------------------------------
----- Ficou registado, fica em Ata, ficou gravado e vamos pedir explicações à Câmara
para depois lhe podermos enviar a si. Muito obrigada.----------------------------------------
----- Vamos passar à terceira pessoa inscrita, que é o Senhor Belisário Pereira Martins,
que nos vem falar sobre o problema de um quiosque em Telheiras.” -----------------------
----- O Senhor Belisário Pereira Martins, Rua Bernardo Santareno, nº. 25-3º. B
2855-233 Corroios, fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------
----- “É a segunda vez que aqui venho. Boa-tarde Excelentíssima Senhora Presidente
da Assembleia Municipal Doutora Helena Roseta. Ao Senhor Presidente Fernando
Medina os meus cumprimentos e que corra tudo pelo melhor no trabalho desta
autarquia, para os Senhores Vereadores e Senhores Autarcas também os respeitosos
cumprimentos. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Venho-lhes falar novamente, tive cá há pouco tempo mas esqueceu-me de algo e
tenho um quiosque “O Príncipe” em Telheiras a funcionar desde 13 de maio, dia de
Nossa Senhora, em 1992. --------------------------------------------------------------------------
----- Com o projeto que me entregaram edifiquei-o, paguei-o, todas as despesas,
água, saneamento. No dia 27 de outubro estive nesta Assembleia a solicitar a ajuda
em resposta ao meu processo que está no Gabinete de Direito Social, que a Doutora
Ana Lúcia Ribeiro tem em sua posse. ------------------------------------------------------------
----- Volto hoje a esta tribuna e desde já para solicitar a distribuição destes
documentos que vou entregar pelas Bancadas da Assembleia Municipal,
Excelentíssima Senhora Presidente, e pedir ao Excelentíssimo Senhor Arquiteto João
Afonso que quando possível, porque eu sei que aos Senhores Vereadores trabalho não
lhes falta nesta cidade, neste grande mundo, quando puder o Senhor Arquiteto João
Afonso se me puder receber eu gostaria e ficarei eternamente grato ao darem-me um
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novo quiosque que respeito um local, para eu poder sobreviver e não morrer pouco a
pouco. -------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Desde já agradecido a todos os Membros desta Assembleia, com os meus
respeitosos cumprimentos, bom trabalho para todos.” ---------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhor Belisário, portanto, o Senhor Belisário já aqui tinha
estado a chamar a atenção que lhe iam encerar o quiosque que era o seu único modo
de vida, entretanto sabemos que vai ser substituído por um novo quiosque com projeto
da Câmara Municipal de Lisboa e no fundo o que o Senhor Belisário pretende é
esclarecer ainda algumas dúvidas e que haja uma decisão final para esta matéria, para
ter finalmente o seu problema resolvido e, portanto, se há coisas para me deixar
naturalmente fá-las-emos chegar ao Senhor Vereador dos Direitos Sociais que tem a
tutela desta matéria.---------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar agora à quarta cidadã inscrita, a Senhora Dona Rute Oliveira e
Silva, é um problema de habitação.” -------------------------------------------------------------
----- A Senhora Rute Alexandra de Oliveira Silva, residente em Rua José Cardoso
Pires, Lote 25 5º DTO, 1750-414 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ---------------------
----- “Boa tarde, eu sou a Rute Alexandra de Oliveira Silva, sou mãe solteira, sozinha
com dois filhos. --------------------------------------------------------------------------------------
----- Estive no Estabelecimento Prisional de Tires com uma criança, na casa das
mães, aonde quando eu saí em 2011 fui para a casa da minha mãe com oito pessoas.
A casa é tipologia 4, eu vivia com os meus dois filhos na sala, aonde os conflitos eram
constantemente e eu resolvi pôr-me numa casa de tipologia 1, num prédio, onde eu já
lá estou há quatro anos. ---------------------------------------------------------------------------
----- Já fiz várias, várias, ai, eu estou nervosa, peço desculpa. Aonde eu sou doente,
tenho vários problemas de saúde, com dois filhos menores, eu não tenho para onde ir.
----- Já me vieram tentar despejar hoje outra vez, aonde eu estou farta de me
candidatar, estive a falar com a Senhora Vereadora em Abril deste ano, já corri tudo,
já fiz várias…. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu estou muito nervosa, eu não sei para aonde é que ei de ir com os meus filhos.
Hoje foram para me despejar outra vez, eu peço ajuda por favor, eu não quero estar
lá, mas metam-me uma renda que eu possa pagar, dentro das minhas possibilidades. --
----- Por favor não me metam na rua que eu estou sozinha com dois filhos, eu não
tenho para onde ir. Eles são menores, um tem 14 outro tem 6, e eu não tenho para
onde ir mesmo, não tenho. -------------------------------------------------------------------------
----- É só o que eu peço.” --------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte interpelação: --------------
----- “Senhora Dona Rute, desculpe, só fazer-lhe uma pergunta, a Senhora Dona Rute
mora neste momento em que freguesia?” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Rute Alexandra de Oliveira Silva, respondeu à interpelação: --------
----- “Lumiar.” ---------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte interpelação: --------------
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----- “E a casa onde tem a ação de despejo é uma casa da Câmara ou é privada?” -------
----- A Senhora Rute Alexandra de Oliveira Silva, respondeu à interpelação: --------
----- “É da Câmara.” -------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra prosseguiu: ----------------------------------
----- “Ok, é só para perceber, para situar o seu caso. ------------------------------------------
----- Tem documentos para entregar, não é assim?” -------------------------------------------
----- A Senhora Rute Alexandra de Oliveira Silva, prosseguiu com a intervenção: --
----- “Sim, sim. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Entretanto, peço desculpa que eu esqueci-me. -------------------------------------------
----- No dia 2 fui a uma reunião à Gebalis e, o Doutor da Gebalis com uma caneta
disse que eu tinha que ir para a rua e entregar a chave, pronto, foi simplesmente o
que me disse.” ---------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhora Dona Rute vamos pedir à Câmara que nos dê uma informação concreta
sobre o seu caso e, se quiser deixar os seus documentos, faça favor. -----------------------
----- Senhores Deputados e Senhoras Deputadas vamos ver o que é que se passa com
esta situação, naturalmente, não o poderemos fazer neste instante, mas fá-lo-emos a
partir do momento em que a Assembleia termine e veremos com a Câmara como é
que as coisas estão. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar agora a ouvir o caso da Senhora Dona Fernanda Hilário. -------------
----- Tem a ver com a construção eventual de um parque de estacionamento na Penha
de França.” -------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Fernanda Manuela Ferreira Hilário, residente em Rua António
Pedro, nº56 Cave DTO, 1000-039 Lisboa, fez a seguinte intervenção: --------------------
----- “Boa tarde Senhores, boa tarde Senhora Presidente. -----------------------------------
----- Eu venho aqui expor uma situação deveras inadmissível, porque a EMEL tem um
hipotético parque de estacionamento para construir na Penha de frança, numa quinta
da Câmara, onde vivem dois casais e está pombal columbófilo há mais de trinta anos.
----- Os Senhores fiscais da Câmara andaram este verão por lá, pediram a chave,
inclusivamente, a um dos habitantes dessa casa que estão recenseados na Freguesia
de Arroios, dois casais. ----------------------------------------------------------------------------
----- A Polícia Municipal pôs um edital no dia 7 do Novembro, numa parede de
propriedade privada, a indicar as pessoas que naquele sítio tinham que sair até ao
dia 10 porque dia 16 aquilo tinha que estar tudo disponível para a EMEL entrar a
funcionar. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Há um pombal de pombos-correio que a Câmara sabe que existe lá, em que a
Associação Columbófila mandou um mail para o património da CML no dia 11, em
que a CML ainda não deu resposta. -------------------------------------------------------------
----- Agora é assim, eu gostava que me informassem como é que é? Vivem duas
pessoas, dizem que vão deitar dois prédios abaixo da Rua Marques da Silva para
fazer a entrada do parque de estacionamento. Dois prédios de azulejo, antigos, têm
mais de 100 anos, em que deveriam ser preservados. -----------------------------------------
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----- Naquela quinta, que é chamada a quinta, há um colégio particular ao lado, foi
nessa propriedade privada onde foi colocado o edital. ---------------------------------------
----- As pessoas não foram notificadas nominalmente e as pessoas que vivem ali não
sabem o que é que hão de fazer. Dirigiram-se à junta, a junta diz que não tinha nada
a ver com isso que era com a Câmara. Eu penso que a junta será o elo de
comunicação com a Câmara, mais perto da população. E as pessoas estão assim
também porque vão ser despejadas, não sabem quando nem porquê, e a Câmara que
sabe que existe lá gente não notificou ninguém. -----------------------------------------------
----- Eu gostava realmente que esta Assembleia nos informasse, nos desse alguma
resposta, porque naquela quinta há animais, há rolas bravas que no final estão em
vias de extinção e que têm que se calhar ser preservadas porque, não sei, acho que as
coisas têm que ser feitas com os seus timings. E o meu pai que tem os pombos-correio
ali há mais de 30 anos, não pode sair de um dia para o outro e o prazo que foi dado
foi do dia 7 para o dia 10 e depois para o dia 16. ---------------------------------------------
----- Quer dizer, gostava que me fosse dado algum esclarecimento, porque visto que a
Câmara nem a junta de freguesia, ninguém nos esclarece. ----------------------------------
----- Obrigado e boa tarde.” -----------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Muito obrigado Senhora Dona Fernanda. ------------------------------------------------
----- Nós, naturalmente, neste momento não lhe poderemos responder porque não
conhecemos o processo. ---------------------------------------------------------------------------
----- Irei enviar uma carta ao Senhor Presidente da Câmara a pedir esclarecimentos e,
depois os esclarecimentos que obtiver ser-lhe-ão enviados diretamente, mas tenho que
eu os pedir primeiro e assim o faremos. ---------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados agradeço aos munícipes que acabaram intervir. -----------------
----- Vamos entrar no nosso Período de Antes da Ordem do Dia.” --------------------------
---------------------PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA-------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Eu pedia ao Senhor Primeiro-Secretário para fazer uma leitura resumida do
expediente. O expediente, como habitualmente, está disponível numa pasta aqui no
palco e ficará depois nos serviços da Assembleia e está também um resumo do
expediente disponível no site, na ordem de trabalhos do dia de hoje.” ---------------------
----- O Senhor Primeiro Secretário no uso da palavra, fez um resumo do expediente:
----- “Nós temos variadíssimo expediente, começo pelas iniciativas dos Grupos
Parlamentares na Assembleia da República. ----------------------------------------------------
-------------------------------ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA ------------------------------
--------------------Iniciativas do Grupo parlamentar de ‘Os Verdes’ ---------------------
----- Perguntas colocadas pelos Senhores Deputados José Luís Ferreira e Luísa
Apolónia ao Governo, sobre as condições da Escola Secundária Camões em Lisboa. E
tem também uma resposta do Ministério da Saúde, a perguntas anteriormente
colocadas pelos mesmos senhores Deputados, relacionada com a situação dos centros
de saúde da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.-----------------
---------ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MUNICÍPIOS PORTUGUESES --------
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----- Ao nível da Associação Nacional de Municípios e da Associação Nacional de
Freguesias, nós temos apresentações feitas por ambas as entidades na Semana
Europeia da democracia local. --------------------------------------------------------------------
--------------------------DELIBERAÇÃO DAS AUTARQUIAS ----------------------------
----- No que concerne a freguesias, temos expediente relacionado com a freguesia de
Benfica, é-nos enviada uma moção aprovada pela Assembleia de Freguesia, referente
à educação em Benfica. ----------------------------------------------------------------------------
----- A Freguesia de Alcântara envia-nos variadíssimas soluções aprovadas pela
Assembleia de Freguesia, referentes à fábrica de Sant'Anna e também tendo a ver com
a defesa dos transportes públicos, mudar de políticas e aborda as matérias da Carris,
do Metro, da Transtejo e da Soflusa. -------------------------------------------------------------
----- A Freguesia de Sesimbra envia-nos editais referentes a algumas sessões das suas
reuniões. ----------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA --------------------------
----- Da Área Metropolitana de Lisboa recebemos atas das reuniões da Comissão
Executiva Metropolitana, editais referentes às suas deliberações, variadíssimas
informações dos serviços sobre o processo relativo ao despacho do Secretário de
Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações que estabeleceu as regras de
cálculo de compensações financeiras e de repartição de receitas entre operadores de
transportes coletivos de passageiros -------------------------------------------------------------
----- Também tem uma compilação de deliberações e tomadas de posição das
autarquias de Almada, Seixal, Sesimbra, Setúbal de matérias relevantes para a Área
Metropolitana de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------ASSOCIAÇÕES --------------------------------------------
----- Ao nível de associações que se dirigiram à Assembleia Municipal, nós temos
expediente do Fórum Cidadania LX. ------------------------------------------------------------
----- Um e-mail enviado ao Senhor Presidente da Câmara Municipal, relativo ao
pedido de inclusão do lar de São Sebastião da Pedreira no programa ‘Uma praça em
cada bairro’.------------------------------------------------------------------------------------------
----- Uma queixa apresentada ao Senhor Provedor de Justiça, relativa à obra na loja
Benetton do Chiado na Rua Garrett, Freguesia de Santa Maria Maior. Por considerar
que não estão cumpridos pareceres de aprovação condicionada, emitidos tanto pela
CML como por outras entidades, sendo que daquilo que nos denunciam é que não
foram alvo de sanção devido a esse incumprimento. ------------------------------------------
----- Também um protesto apresentado à Direção Geral de Património e Cultura e ao
presidente da Câmara Municipal Lisboa, pelas demolições em curso de interiores de
edifícios, conhecido por prédio Tomás Quartim e o prédio de Cassiano, que considera
inaceitáveis. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Um e-mail enviado ao Senhor Vereador Manuel Salgado a alertar para a urgência
de um regulamento/despacho, manual de boas práticas para o Bairro Azul,
classificado como de interesse municipal desde 2009. ----------------------------------------
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------ Um outro e-mail enviado ao Diretor-Geral de Património Cultural a solicitar
esclarecimentos sobre o quiosque a funcionar junto ao Chafariz da Esperança,
monumento nacional com zona especial de proteção. -----------------------------------------
----- A Plataforma em Defesa das Árvores é outra associação que se dirigiu à
Assembleia Municipal e, no fundo, para dar conhecimento de uma solicitação de uma
reunião que efetuou ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, para expor os
problemas que se prendem com o piso inadequado, no seu entender, do Jardim de
Santa Clara e apresentar um abaixo-assinado recolhido junto da população e
comerciantes da zona. ------------------------------------------------------------------------------
----- A Plataforma 24, portanto, Plataforma Elétrico 24, dá conhecimento da exposição
que dirigiu sobre a suspensão do Chiado Tram Tour. -----------------------------------------
------------------------------------------MUNÍCIPE -----------------------------------------------
----- Alguns munícipes também fazem parte a sua correspondência aqui do nosso
expediente. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Temos um e-mail enviado pela Comissão de Representantes dos Condomínios da
Quinta dos Inglesinhos em Carnide, a alertar para o desrespeito pela Câmara
Municipal de Lisboa da Recomendação n.º 3/69, aprovada por unanimidade na
Assembleia Municipal de Lisboa, decorrente do Parecer Conjunto das 3ª e 8ª
Comissões sobre a Petição 1/2015, relativa às obras do núcleo desportivo que
consideram, a Comissão de Representantes, uma aberração urbanística e ambiental. ----
----- O munícipe António de Carvalho Cruz deu-nos conta de um e-mail enviado para
o Comando Geral da Polícia Marítima, para a Direção Municipal de Mobilidade e
Transportes da CML, para o Provedor de Justiça e para o Ministro do Ambiente e
Ordenamento do Território e Energia, relativamente à Zona de Emissões Reduzidas.
Já recebeu resposta das diferentes entidades. ---------------------------------------------------
----- O munícipe Rogério Serrão dirigiu ao Provedor do Cliente da Carris, reclamando
sobre a atitude incorreta de um condutor e sobre o que considera serem transgressões
constantes da Carris e dá disso conhecimento também aqui à Assembleia Municipal. --
----- A munícipe Isabel Sá da Bandeira enviou um e-mail para a Assembleia e para
vários Grupos Municipais a reclamar do ruído e perturbação provocada aos residentes
pela festa Académica, festa essa autorizada pela Câmara Municipal de Lisboa. ----------
----- O munícipe David Peres enviou um e-mail, dando conhecimento da resposta em
satisfatório, no seu entender, que recebeu do Senhor Diretor da Fundação Calouste
Gulbenkian sobre uma reclamação que apresentou a essa entidade. ------------------------
----- O munícipe João Barbosa reclamou junto do Presidente da Câmara de Lisboa e
dá conhecimento à Assembleia Municipal, sobre a ausência de passadeiras para peões
na rua Morais Soares. ------------------------------------------------------------------------------
----- A munícipe Ricarda Hartmann enviou um e-mail a esta Assembleia Municipal a
propor a conversão do antigo restaurante panorâmico de Lisboa em Observatório de
Aves do Monsanto e, portanto, algo também para ponderar pelos diferentes Grupos
Municipais. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- E como a Presidente da Assembleia Municipal já disse, detalhadamente todo o
expediente está disponível para eventual consulta dos Grupos Municipais.” --------------
11
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Eu queria aproveitar para informar todos os Senhores Deputados que
relativamente ao encaminhamento que damos a toda esta correspondência que vêm
para a Assembleia Municipal, como viram, procuramos pôr em primeiro lugar a
correspondência que vem da Assembleia da República ou dos órgãos de soberania,
depois vem dos municípios ou freguesias e por aí fora, associações e munícipes, em
particular. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Queria informar que recebemos bastante expediente, proveniente da Área
Metropolitana de Lisboa, do Concelho Executivo da AML. E o que combinámos
ontem na conferência de representantes, e eu quero transmitir a todos os Senhores
Deputados, é que atendendo à importância das nossas relações metropolitanas com os
municípios que compõem e integram a AML, ficou assente ontem em conferência de
representantes que todo o expediente e matérias relacionadas com a ligação de Lisboa
à AML, passarão a ser analisadas pela 2ª Comissão Permanente. Porque é uma
matéria que é da maior importância, tem estado a ser tratada um pouco
casuisticamente, caso a caso e não há dúvida nenhuma que merece um
acompanhamento mais profundo e isso ficou assente com o assentimento e também
concordância do Senhor Presidente da 2ª Comissão Permanente e, portanto, fica feito
aqui este reparo.” ------------------------------------------------------------------------------------
----- Apreciação e votação das Atas n.º71, n.º72, n.º73, n.º74, n.º75 e n.º81: ----------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhores deputados terminada a leitura do expediente e dada esta informação,
nós temos para aprovar as Atas n.º 71, n.º 72, n.º 73, n.º 74, n.º 75 e n.º 81. ---------------
----- Tenho a informação que o MPT pede a votação em separado da Ata n.º 81, muito
bem. E na Ata n.º 81 há aqui um problema com um voto do PEV que também iremos
esclarecer, portanto, iremos esclarecer na devida altura. --------------------------------------
----- Eu iria pôr agora à votação as outras sobre as quais não há nenhuma dúvida, as
Atas n.º 71, n.º 72, n.º 73, n.º 74 e n.º 75, vou pôr estas 5 Atas à votação. -----------------
----- As Atas n.º 71, n.º 72, n.º 73, n.º 74 e n.º 75 foram aprovadas por maioria,
com a abstenção do MPT, um Deputado do CDS-PP porque não estava cá e votos
a favor de todas as outras forças politicas. --------------------------------------------------- ----- Quanto à Ata n.º 81 o vosso pedido é apenas para votação em separado? Pergunto
ao Senhor Deputado do MPT.---------------------------------------------------------------------
----- É a votação em separado da Ata n.º 81, muito bem. -------------------------------------
----- O Senhor Deputado do PEV, Senhor Deputado Sobreda Antunes queria fazer
aqui uma retificação, que é importante e tem que ser feita aqui, porque corresponde,
enfim, a um alegado erro na votação, mas que estava conforme com o que foi dito
aqui ao microfone e, portanto, nós não podemos emendar gravações e transcrições
como é evidente e eu propus ao Senhor Deputado que fizesse aqui a explanação do
que é que se passou.” -------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
12
----- “No Período de Antes da Ordem do Dia da 4ª Sessão Ordinária da Assembleia
Municipal do passado dia 15 de Setembro, foi apresentada a Recomendação n.º 2/81.
E, na página 18 da Ata n.º 81 desta sessão da Assembleia, ficou transcrito que o
Grupo Municipal de ‘Os Verdes’ teria votado favoravelmente a citada recomendação
de acordo com o anúncio oral efetuado pela Senhora Presidente da Mesa, como ficou
registado na gravação em vídeo. No entanto, ‘Os Verdes’ haviam previamente
deliberado abster-se na votação do referido documento, e assim o julgam em
consciência ter feito em plenário, como aliás, consta nas nossas anotações.---------------
----- Tal discrepância, sobre o sentido de voto do PEV, deve-se ao facto de os seus
Deputados não terem prestado atenção, a devida atenção, ao anúncio verbal do
resultado da votação efetuada pela Senhora Presidente durante o Plenário. ---------------
----- Neste contexto, os Deputados de ‘Os Verdes’, vêm com esta clarificação do seu
sentido de voto, expressar a sua pretensão para que antes fique registada em ATA a
sua abstenção na referida Recomendação n.º 2/81. Julgamos ainda que esta correção
não altera o sentido da deliberação final. --------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “É importante que este registo seja feito sob a forma de Declaração de Voto que
vai ser anexo à Ata, como digo, nós não podemos alterar a transcrição, fica anexa a
Ata esta Declaração de Voto com a correção do voto. E faremos uma anotação no sítio
onde está votação, chamando a atenção para a Declaração de Voto, onde o Grupo
Municipal expressa o seu voto que queria ter tido nesta proposta e que foi, ou a Mesa
não reparou, houve aqui um erro que na altura não tivemos conhecimento. ---------------
----- Estas coisas têm que ser feitas com muito rigor, como podem imaginar, porque
nós estamos naturalmente obrigados a seguir o que está no registo da gravação e,
portanto, para haver uma correção tem que haver uma iniciativa nova, um documento
novo que pode ser junto à Ata para que as coisas fiquem muito claras.” -------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) apresentou
posteriormente a seguinte Declaração de Voto: -----------------------------------------------
----- “Excelentíssima Senhora Presidente da Mesa da AML, --------------------------------
----- No PAOD da 4ª sessão ordinária da Assembleia Municipal do passado dia 15 de
Setembro foi apresentada a recomendação nº 2/81 sob o tema “Redução da taxa de
IMI para o prédio destinado a habitação própria e permanente, em função do número
de dependentes que compõem o agregado familiar - IMI familiar”.------------------------
----- Na página 18 da Ata nº 81 desta sessão da AML de 15/9/2015, ficou transcrito
que o Grupo Municipal de ‘Os Verdes’ teria votado favoravelmente a citada
recomendação, de acordo com o anúncio oral efetuado pela Senhora Presidente da
Mesa, como ficou registado na gravação vídeo. -----------------------------------------------
----- No entanto, ‘Os Verdes’ haviam previamente deliberado abster-se na votação do
referido documento, e assim o julgam em consciência ter feito em Plenário, como
aliás consta nas nossas anotações. ---------------------------------------------------------------
----- Tal discrepância sobre o sentido de voto do PEV dever-se-á ao facto de os seus
Deputados não terem prestado a devida atenção ao anúncio verbal do resultado da
votação, efetuado pela Senhora Presidente durante o plenário. ----------------------------
13
----- Neste contexto, os deputados de “Os Verdes” vêm com esta clarificação do seu
sentido de voto expressar a sua pretensão para que antes fique registado em Ata a
sua 'abstenção' na referida Recomendação nº 2/81. -------------------------------------------
----- Julgamos ainda que esta correção não altera o sentido da deliberação final.” ----
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Posto isto, vamos pôr à votação a Ata n.º 81. --------------------------------------------
----- A Ata n.º 81 foi aprovada por unanimidade. ------------------------------------------
----- Portanto, terminámos esta parte e vamos prosseguir. ------------------------------------
----- A Senhora Deputada Margarida Saavedra quer intervir no PAOD, portanto, neste
momento, sai da Mesa para o poder fazer. ------------------------------------------------------
----- E perguntou ao Senhor Primeiro-Secretário se tem agora aí as intervenções? -------
----- Portanto, temos uma série grande de documentos para apreciar. Chamar a atenção
dos Senhores Deputados, para vosso conhecimento, que relativamente ao voto de
pesar que estava inicialmente proposto por mim, o Voto de Pesar n.º 8/86, eu já
confirmei com todos os Grupos Municipais, tem o apoio de todos os Grupos
Municipais e dos Deputados Independentes, portanto, é subscrito por todos os
Senhores Deputados na Assembleia Municipal e, portanto, é um voto subscrito por
todos os Senhores Deputados.” -------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Margarida Saavedra (PSD) no uso da
palavra, fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------
----- “Dado o teor de alguns votos de pesar e recomendações que vão aqui hoje ser
votados e também à proximidade do dia 25 de Novembro, a minha primeira
intervenção de hoje vai ser uma breve leitura sobre excertos da obra ‘Conta Corrente’
de Vergílio Ferreira: --------------------------------------------------------------------------------
----- ‘Diz não à liberdade que te oferecem, quando ela é apenas a liberdade dos que ta
querem oferecer, porque a liberdade que é a tua, não passa pelo escrutínio arbitrário
dos outros; -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Diz não à justiça com que querem redimir-te, se ela é apenas um modo de se
redimir o falso redentor, porque ela não pode passar nunca por um código, se não tiver
passado antes pela certeza daquilo que tu sabes que é justo. ---------------------------------
----- Diz não ao ódio e à violência com que te queiram legitimar uma luta fratricida,
porque a justiça há de nascer de uma consciência iluminada para a verdade e o que se
semeia no ódio, é ódio e só dá frutos de sangue, é do não que nos limita e degrada que
se há de construir o sim da nossa dignidade.’ ---------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal José Soares (CDS-PP) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Na véspera do 40º aniversário do 25 de Novembro de 1975, o CDS traz a esta
Assembleia uma saudação com que pretende assinalar e homenagear todos os
verdadeiros democratas com ou sem filiação partidária, que naquela época se bateram
para que Portugal continuasse um país democrático, livre de ditaduras. -------------------
----- Sem o esforço dos militares, com especial destaque para Jaime Neves e Ramalho
Eanes, apoiados pelos partidos democráticos e pelos seus dirigentes à época, homens
14
de estado como Francisco Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa ou Mário Soares e de
muitos outros cidadãos que arriscaram as suas vidas nos combates desse dia.” -----------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Eu pedia silêncio Senhores Deputados, está um colega a falar e nós queríamos
ouvi-lo em silêncio.” -------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal José Soares (CDS-PP) prosseguiu com a
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “A democracia dificilmente teria sobrevivido e consolidado. Com todas as
imperfeições de qualquer democracia, o CDS acredita e defende que esta continua a
ser a única forma de regime político aceitável, dando voz ao povo para que em
eleições livres possa decidir em consciência a forma como pretende ser governado. ----
----- Gostaríamos de relembrar ainda que a Câmara Municipal de Lisboa, por proposta
do CDS, irá oficialmente evocar os 40 anos sobre o 25 de Novembro de 75, facto que
não queremos deixar de registar pela importância da data para a consolidação da
democracia portuguesa ao contrário do que vários querem fazer crer, o 25 de Abril e o
25 de Novembro não são datas concorrentes, mas complementares e ambas muito
importantes.” ----------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos (MPT) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Antes de iniciar a intervenção ao PAOD o MPT lamenta profundamente os
atentados ocorridos em Paris na passada sexta-feira. ------------------------------------------
----- A Europa não pode ser um local de ódios e os atentados não podem justificar
posturas para com as liberdades religiosas, a integração de todos que procuram a
Europa para fuga de atrocidades idênticas ou mesmo melhorar as suas condições de
vida. ---------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Mas também é responsabilidade de todos a correta integração destes migrantes e
dos seus filhos para evitar o aparecimento de ódios e invejas, só nisto poderemos
construir uma Europa de todos os cidadãos. ----------------------------------------------------
----- No que diz respeito à intervenção dita, o MPT coloca à consideração deste
Plenário dois documentos distintos. O primeiro consiste em recomendar à Câmara
Municipal de Lisboa para que nesta sessão ordinária e nas políticas de combate à
solidão levadas a cabo pelo Executivo, implemente o projeto intergeracional
apresentado pelo MP, envolvendo estudantes universitários e idosos. ----------------------
----- Lisboa é uma cidade envelhecida e têm o maior campus de ensino superior em
Portugal, possui todas as características necessárias para a implementação deste
projeto de interajuda entre idosos e estudantes universitários. -------------------------------
----- No segundo documento que vamos apresentar o MPT pretende manifestar a sua
preocupação com a salvaguarda do edifício do Cinema Paris. O MPT considera
prioritário concretizar a intenção da Câmara Municipal de Lisboa, na posse
administrativa do edifício, a efetuar as obras coercivas necessária à recuperação do
mesmo. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Para finalizar e como foi já dito pela Senhora Presidente, o MPT subscreve o
Voto n.º 8/86, ‘Lisboa solidária com Paris’.” ---------------------------------------------------
15
----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Hoje temos vários assuntos, o principal em termos de votos é o voto de pesar
relativamente à tragédia que aconteceu em Paris. Obviamente que nós nos
solidarizamos com a moção que vai ser apresentada ou já foi apresentada pela Mesa e
a que nós nos associamos, mas também nos solidarizamos com a interrogação e neste
caso não é feita uma interrogação, pode ser vista como uma crítica, a moção do BE ou
o voto do BE. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu, no entanto, queria aproveitar para chamar a atenção que nem tudo o que
parece é. Aquilo que está a acontecer neste momento, não é um castigo aos agressores
é apenas uma vingança indiscriminada para que a população se sinta melhor e é essa
subjetividade que nós estamos contra e pela qual votarei a favor da moção do BE. Não
temos qualquer problema em que numa situação de guerra as pessoas se defendam e
atinjam quem nos ataca, mas não é isto, isto apenas vem o alimentar mais ódio. ---------
----- Quanto às moções que o PAN vai apresentar, temos uma moção relativa à criação
de locais comunitários de alimentação e abeberamento de animais errantes.
Considerando que nos termos da legislação em vigor compete às câmaras municipais
proceder ao controlo das populações de animais errantes de modo a salvaguardar a
saúde pública e meio ambiente, bem como na impossibilidade de acolher todos os
animais, possibilitar a subsistência de animais na via ou quaisquer outros locais
públicos. Deste modo em zonas onde existam colónias de gatos foi implementado o
programa SER, captura, esterilização e recolocação da Câmara Municipal de Lisboa,
que consiste na captura e esterilização dos gatos pertencentes a essa colónia, para que
sejam devolvidos ao local sem que haja o risco de se reproduzirem. -----------------------
----- Considerando que através do Decreto-Lei n.º 13/93 de 13 de Abril foi aprovada a
convenção europeia para a proteção dos animais de companhia, da qual foram
signatários os Estados-membros do Conselho da Europa, destinam-se exclusivamente
à proteção de animais que têm com o ser-humano uma especial relação de
proximidade e convivência, garantindo o seu respeito, salvaguarda de condições de
higiene e alimentação e prevenindo situações de maus tratos. -------------------------------
----- Considerando que o Decreto-Lei 260/2012 de 12 de Dezembro, procedeu à
quinta alteração ao Decreto-Lei 276/2001 de 17 de Outubro, tendo estabelecido
normas legais tendentes a pôr em prática em Portugal a referida convenção europeia
para a proteção dos animais de companhia. -----------------------------------------------------
----- Considerando que esta Edilidade tem assumido um papel crescente no âmbito da
proteção animal, nomeadamente através da remodelação do antigo canil/gatil,
atualmente Casa dos Animais de Lisboa. E da assunção que a avaliação do bem-estar
animal deve ter em conta as cinco liberdades e recomendações do The Farm Animal
Welfare Council, de1992 e, designadamente, livre de fome e de sede, livre de doença
e de lesão, livre de desconforto físico e térmico, livre de medo e stresse, livre de
expressar comportamentos normais. -------------------------------------------------------------
----- Considerando que a Assembleia da República na sua Resolução 69/2011,
aprovada em 25 de Fevereiro de 2011, recomendou ao Governo, entre outras matérias,
16
a instituição do conceito de cão ou gato comunitário, de forma a garantir a proteção
legal dos animais que são cuidados num espaço ou numa uma via pública limitada,
cuja guarda, detenção, alimentação e cuidados médicos veterinários são assegurados
por uma parte de uma comunidade local de moradores. Em face do exposto, o Grupo
Municipal do PAN propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa na sua Sessão
Ordinária de 17 de Novembro de 2015, delibere recomendar à Câmara Municipal de
Lisboa a colocação de comedores e bebedouros para animais, cães e gatos, quando as
pessoas ou grupos de pessoas, que têm a cargo colónias de animais o solicitem e se
responsabilizem pela respetiva manutenção corrente, tornando a cidade de Lisboa
mais limpa e compassiva. --------------------------------------------------------------------------
----- Apresentamos adicionalmente uma recomendação relativamente ao controlo
eficaz de velocidade de circulação, que cremos que ainda tem uma margem de
progressão importante e, neste momento é tudo.” ---------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal André Couto (PS) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Eu pensei que só falaria no final das apresentações, daí estar aqui junto aos
serviços a esclarecer uma questão. ---------------------------------------------------------------
----- De qualquer forma serei muito breve. ------------------------------------------------------
----- O Grupo Municipal do PCP, na Moção n.º 5, atribuindo declarações que, de
alguma forma, colocam ou colocariam em causa o processo de reforma
administrativa. Eu queria vir cá acima, não poderia deixar de falar, para lamentar que
essas declarações tenham sido totalmente retiradas de contexto. ----------------------------
----- Aquilo que eu falo, nessa entrevista que dei à comunicação social, é na
necessidade de surgir uma segunda geração de delegação de competências, é um
elogio dessa reforma que foi feita, é um elogio dos funcionários que foram
transferidos da Câmara para as juntas de freguesia, é um elogio do trabalho que eu e
os meus colegas presidentes de junta de freguesia e todos os nossos serviços fizeram
no sentido de adaptação e um balanço positivo daquilo que é o reflexo no terreno. E
depois, porque acho que não nos fica mal em momento algum nós referimos,
refletirmos sobre os processos, dizer que efetivamente há coisas que nós podemos
melhorar. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- E uma das limitações que eu sinto enquanto presidente de junta de freguesia, é
que o trabalho político, e está lá explícito trabalho político, não é no trabalho de
higiene urbana, como é dito. Que eu sinto que há necessidade de surgir nas juntas de
freguesia, por exemplo, dou o exemplo de Campolide no segundo eleito, noutras
juntas de freguesia que tenham uma dimensão superior, um orçamento superior,
eventualmente, até um segundo e um terceiro eleito, porque efetivamente nós
sentimos que a gestão política, repito, a gestão política de alguma forma ficou afetada
pelo acréscimo de trabalho que que nós tivemos. ----------------------------------------------
----- E, portanto, dizer que acho que esta reflexão que se possa fazer relativamente ao
futuro, só engrandece esta casa, só engrandece estas pessoas que aqui estão, sejam
reflexões positivas como a minha, sejam reflexões negativas como a vossa, mas que
certamente na discussão conseguiremos encontrar as melhores soluções. -----------------
17
----- E, portanto, pedir ao PCP que possa pelo menos ajustar as minhas declarações,
porque nelas não há qualquer tipo de ataque ao processo de reforma administrativa,
não há qualquer tipo de ataque à parte específica da higiene urbana, nem sequer um
salientar da sua diminuição de qualidade, bem pelo contrário, portanto, eu tenho todo
o gosto que me citem, mas naquele que tenha sido o correto contexto que eu quis dar à
reflexão e não num contexto que não é o verdadeiro.” ----------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Carlos Silva Santos (PCP) no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Com a rejeição do programa de Governo da coligação PSD/CDS, no passado dia
10 de Novembro, abriram-se novas perspetivas de começar a romper com um
retrocesso social e de clima económico, provocado pela política de direita extremada
nos últimos quatro anos. ---------------------------------------------------------------------------
----- Saudamos as novas condições excecionais e políticas para uma nova solução
governativa para o País, apelamos aos que vivem e trabalham em Lisboa para que
tomem o futuro nas suas próprias mãos. ---------------------------------------------------------
----- O povo de Lisboa, fiel defensor das conquistas da revolução de Abril, nunca
deixou de resistir desde o golpe de direita do 25 de Novembro de 75. Não partilhamos
das opções políticas e dos contra registos da história, feitos pela direita vencedora de
então. 40 anos depois, respiramos uma nova correlação de forças e verificamos quanto
é falso e frágil o verniz democrático do PSD e CDS. -----------------------------------------
----- A moção do CDS de Voto de Saudação dos 40 anos do 25 de Novembro, é sem
dúvida uma evocação inoportuna, tanto mais que estão perante a derrota das forças de
direita no passado dia 4 de Outubro. -------------------------------------------------------------
----- Neste tempo de crise e de desrespeito pelo direito internacional, com repetidos e
graves fenómenos de terrorismo, vale a pena saudar os 70 anos da Organização das
Nações Unidas reclamando o direito à soberania de cada nação, combatendo a
intromissão nos assuntos internos dos diversos países. ---------------------------------------
----- Na nossa cidade, o Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa merece um elogio
pelos seus excelentes resultados obtidos no Campeonato Internacional Técnico-
Profissional do Trauma e Salvamento. ----------------------------------------------------------
----- Naturalmente que a cidade de Lisboa pula e avança quando comemoramos o 130º
aniversário do elevador da Glória, mas não ignoramos as más inovações, dos preços
dos bilhetes e da alocação da função deste elevador. ------------------------------------------
----- Vindo à Feira Popular do povo e pelo povo. ----------------------------------------------
----- Quanto à sustentabilidade financeira do poder local, não deixamos para mãos
alheias o empenho que sistematicamente vimos pondo na autonomia do poder local,
grande conquista da revolução de Abril. --------------------------------------------------------
----- No que se refere à mobilidade na região metropolitana existem condições para
aprofundar a reflexão democrática com vista a encontrar uma solução pública,
integrada, multimunicipal de responsabilidade estatal ao serviço de todos os
municípios da região. Não podemos acompanhar a Moção n.º 7/86 do PS,
particularmente do ponto n.º 1 das conclusões, na medida em que afirma que a gestão
da Carris e do Metro deve ser assegurada pelo Município de Lisboa. ----------------------
18
----- Iremos entregar à Mesa uma declaração de voto esclarecedora da nossa posição
que penso já terá sido distribuída a todos os grupos. ------------------------------------------
----- Chamamos a vossa especial atenção para a ameaça real ao património municipal
do Pavilhão Carlos Lopes, expressa na Recomendação n.º 5/86 do PCP, o projeto da
Associação de Turismo de Lisboa tem levantado múltiplas dúvidas fundadas que vão
no sentido de alterações profundas com destruição do património. -------------------------
----- O Executivo Municipal deve ter em conta o parecer dos técnicos da Câmara e da
estrutura consultiva residente da Carta Municipal do Património Edificado e
Paisagístico, e tudo fazer para garantir a identidade do móvel e a salvaguarda do
património. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Termino por entregar à Mesa requerimento sobre a Carta de Saúde de Lisboa,
referente às questões colocadas na última Assembleia Municipal e pela ausência do
Vereador do pelouro não foram respondidas. ---------------------------------------------------
----- A Câmara Municipal vai ou não vai assumir os seus direitos em saúde junto do
poder central? ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Tendo em conta a carta de equipamentos de saúde aprovada em 2009, quais os
equipamentos das unidades primárias de saúde que não foram instalados e porquê? ----
----- Atendendo à evolução demográfica recente e futura que novos projetos
pretendem implementar? ---------------------------------------------------------------------------
----- Para quando uma carta atual integrada de todos os equipamentos, centros de
saúde e hospitais? -----------------------------------------------------------------------------------
----- E, finalmente, que cuidados continuados integrados para a cidade? ------------------
----- Como recuperar o enorme atraso? ----------------------------------------------------------
----- Como realocar os edifícios de saúde devolutos, como o Hospital de São Lázaro? --
----- As minha saudosas felicitações à Assembleia e estaremos naturalmente a apoiar
todas as moções que defendem, naturalmente, o direito humanitário de todos os
povos.” -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Cristina Andrade (BE) no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “O BE apresenta nesta sessão quatro moções e uma recomendação. ------------------
----- Vou começar precisamente pela apresentação das moções, designadamente pela
moção em que apelamos à urgente designação de um Governo no quadro dos acordos
firmados entre os partidos que representam a maioria absoluta dos Deputados e
Deputadas em funções na Assembleia da República. -----------------------------------------
----- Apelamos igualmente a que sejam desenvolvidos os esforços possíveis para
suster o processo de privatização da TAP e da concessão dos serviços públicos de
transportes de passageiros em Lisboa. -----------------------------------------------------------
----- Uma outra moção diz respeito à utilização de bicicletas na cidade. Numa cidade
de Lisboa, que gostaríamos certamente todos que pudesse ser mais ciclável,
apresentamos uma moção precisamente pelo alargamento da rede de estacionamento
de bicicletas na cidade. Atualmente existem cerca de 300 lugares, o que é ainda
pouco, sendo que em algumas zonas da cidade a oferta é deveras deficitária, como
seja a zona da marginal de Santa Apolónia até ao Parque das Nações, onde não há
19
nenhum estacionamento de acordo com o site para este efeito e em campo de Ourique,
por exemplo, um bairro altamente povoado onde há apenas um parque de
estacionamento para 6 bicicletas. -----------------------------------------------------------------
----- Assim, o Bloco de Esquerda considera importante e urgente que seja
intensificado o desenvolvimento desta rede, assegurando mais locais de
estacionamento, com particular, destaque para as zonas de cultura e lazer, para os
parques públicos e jardins locais residenciais de maior densidade populacional, bem
como nas zonas de proximidade dos transportes públicos e principais interfaces
rodoviários, ferroviários e fluviais. ---------------------------------------------------------------
----- Uma outra moção que apresentamos visa repudiar o despedimento coletivo de 10
trabalhadores no Parque Expo e propomos que se estude o futuro do Parque Expo e do
seu património e trabalhadores. -------------------------------------------------------------------
----- Por fim, apresentamos também uma moção assinalando o Dia Internacional pela
Eliminação da Violência Contra as Mulheres que se celebra precisamente no dia 25 de
Novembro. O BE acompanha desde há muito esta causa e que tem promovido entre
outras medidas, em sede de Parlamento da Assembleia da República, a consagração
na lei da violência doméstica como crime público ou a utilização de pulseiras
eletrónicas para permitir o afastamento do agressor da vítima. ------------------------------
----- Há muito ainda a fazer para eliminar a violência de género, para derrubar
preconceitos, para acabar de vez com o machismo, para terminar com a violência que
leva à morte de dezenas de mulheres todos os anos, para chegarmos ao ponto em que
consideramos o assédio verbal inaceitável e não um galanteio ou para erradicarmos a
complacência com que se lida com alguém que se arroga o direito de qualificar
mulheres como esganiçadas, objetificando-as e dizendo que não as queria nem sequer
dadas. Por tudo isto e muito mais, propomos que se condenem todas as formas de
violência contra as mulheres e reiteramos que o feminismo nunca fez mal a ninguém,
enquanto o machismo mata todos os dias. ------------------------------------------------------
----- Nesta sessão apresentamos também uma recomendação, desta feita sobre a gestão
da componente de apoio à família, as CAF, e as atividades de animação e apoio à
família na Escola Básica 1 - Jardim-de-infância de São José. --------------------------------
----- Nesta instituição é a associação de pais a responsável pela execução e gestão
destas atividades, desde o ano letivo 2005/2006. Numa reunião decorrida em Julho, a
Junta de Freguesia de São José é parceira do novo protocolo que delega esta
competência, comprometeu-se a protocolar posteriormente com a associação de pais
para garantir a continuidade dos serviços prestados por aquela associação, mas acabou
por indicar que não poderia concretizar o protocolo e a partir do início deste mês
interrompeu mesmo a comunicação com a associação de pais. ------------------------------
----- O Grupo Municipal do BE recomenda assim que a Câmara Municipal de Lisboa
realize uma avaliação da decisão de delegação de competências no âmbito dos
protocolos de colaboração, de forma a perceber se os vários agentes, em particular, as
associações de pais que assumiram anteriormente papéis decisivos neste processo,
estão a ser ouvidos e envolvidos devidamente. -------------------------------------------------
20
----- Por fim, queremos demarcar-nos muito claramente do voto de saudação que o
CDS-PP aqui apresentou, relativamente aos 40 anos do 25 de Novembro. ----------------
----- Que não haja quaisquer dúvidas, sabemos muito bem que foi o 25 de Abril, a luta
do povo, dos trabalhadores e das trabalhadoras que deu a este país liberdade,
democracia, serviços públicos, direitos laborais, direito à greve, escola pública
Serviço Nacional de Saúde e tantos outros direitos. Estas são conquistas da revolução
do povo, do 25 de Abril, não são, nem nunca serão, conquistas do 25 de Novembro,
pelo que esta tentativa de iludir a realidade merece o nosso absoluto repúdio. ------------
----- E por fim, Senhor Deputado do CDS, consideramos também que colocar na
mesma frase Sá Carneiro e Jaime Neves é, no mínimo, uma falta de elegância para
com Sá Carneiro e seria certamente escusado ser a esquerda radical vir aqui defender
a honra de Sá Carneiro.” ---------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “‘Os Verdes’ apresentam hoje três saudações. -------------------------------------------
----- Uma ao 130º Aniversário do Ascensor da Glória, que se encontra classificado
como Monumento Nacional desde Fevereiro de 2002 e que é muito utilizado não
apenas por turistas, como também por moradores e utentes naquela zona da cidade. ----
----- Outra aos 70 anos da Organização das Nações Unidas e a carta que a instituiu,
sugerindo-se que se reconheça o papel desenvolvido pela ONU em prol da paz e do
equilíbrio entre os povos de todo o mundo, para que se partilhem valores e
responsabilidades na criação de um mundo mais inclusivo. ----------------------------------
----- E a terceira saudação pela classificação obtida pelo Regimento de Sapadores
Bombeiros de Lisboa no Campeonato de Trauma e Salvamento do Mundo de 2015,
pelo que a cidade de Lisboa e o País se devem sentir orgulhosos pelos excelentes
resultados destes profissionais e por todo o trabalho desenvolvido no dia-a-dia,
representando o RSB um admirável exemplo de coragem e altruísmo, em benefício
dos cidadãos. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Apresentamos também uma recomendação tendente à requalificação do Largo de
São Sebastião da Pedreira, alertando para a necessidade e pertinência de se proceder à
requalificação deste espaço, de modo a definir-lhe uma nova microcentralidade que o
consagre como local de excelência para ponto de encontro, estadia, atividades físicas,
salvaguardando a traça histórica e turística do local, incluindo uma melhor
arborização do largo e contemplando medidas de reordenamento e de acalmia de
tráfego que melhorem a segurança da mobilidade pedonal, mas que neste projeto seja
tido em conta a participação da Junta de Freguesia e da população residente, através
da apresentação pública do estudo a desenvolver. ---------------------------------------------
----- Quanto aos restantes documentos, ‘Os Verdes’ destacam o seguinte, para quem
quiser prestar atenção se faz favor. ---------------------------------------------------------------
----- Não podíamos deixar de constatar a insistência do CDS com a Saudação nº 1, de
tentar branquear o golpe militar de 25 de Novembro de 1975, confirmando toda uma
trajetória contra os valores e ideais progressistas da Revolução de 25 de Abril de
1974, contra a Constituição da República Portuguesa na qual não votou a favor em
21
1976, completada com a cereja no topo do bolo das medidas de austeridade dos quatro
anos de Troika e do anterior Governo de que fez parte. Aliás, o conteúdo deste texto é
uma mera transcrição da versão apresentada o ano passado e que sucessivamente tem
sido apresentada noutras Assembleias. ----------------------------------------------------------
----- Foi também já este ano, em Santarém, que o revanchismo do CDS chegou
mesmo a ensaiar substituir, pasme-se, as comemorações do 25 de Abril pelas do 25 de
Novembro, o que representaria uma provocação e uma afronta aos que lutaram e
morreram pelo fim do fascismo. Por isso, este ataque ideológico aos valores de Abril
tem, liminarmente, sido sempre rejeitado pelos partidos defensores dos princípios
conquistados com o 25 de Abril. -----------------------------------------------------------------
----- No caso presente, insiste-se em recriar o antigo ‘arco da governação’ numa
tentativa de divisionismo dos recentes acordos alcançados entre o PS, o PCP, o BE e o
PEV, para constituírem um Governo maioritário de esquerda na Assembleia da
República, na mesma linha do discurso antidemocrático do Presidente da República
na sua análise aos resultados das eleições de 4 de Outubro. E todos nós percebemos
onde a direita derrotada quer chegar. Pelo que, como o CDS volta a insistir, ‘Os
Verdes’ continuarão a votar contra. --------------------------------------------------------------
----- Depois, a Moção n.º 1, não pode propor na sua deliberação n.º 2, que esta
Assembleia, vou citar, “estude com o Estado central o futuro” de uma qualquer
terceira instituição, pois tal não constitui competência desta Assembleia. -----------------
----- Também as deliberações n.ºs 2 e 3 da Moção n.º 3 estão desenquadradas no
tempo, talvez porque tenham sido feitas antes de quinta-feira, pois o XX Governo
procedeu, na semana passada, à assinatura da alienação da TAP, pelo que o que há
agora a fazer é demonstrar a ilegalidade de um acordo assumido por um Governo de
gestão, para o cancelamento e reconversão das subconcessões e privatizações na área
dos transportes. --------------------------------------------------------------------------------------
----- Quanto à Moção nº 7, ao longo das diversas sessões do debate temático sobre
transportes nesta Assembleia, o PEV sempre defendeu que os transportes deveriam
permanecer públicos e, na Área Metropolitana de Lisboa, sob a coordenação de uma
autoridade metropolitana, com a participação dos municípios servidos pelo Metro e a
Carris, pelo que requeremos a votação em separado do Ponto nº 1.-------------------------
----- Finalmente, revemo-nos na Recomendação nº 8 e nela votaremos a favor, até
porque já havíamos abordado este caso em Janeiro deste ano, onde tínhamos
questionado a CML sobre o antigo Cinema Paris. ‘Os Verdes’ procuraram que a CML
esclarecesse se ponderava reabilitar o edifício e para que fins? Se existia algum
projeto? Qual o estado de conservação do painel da autoria do pintor Paulo
Guilherme? E para quando poderia o imóvel ser reaberto à população como, por
exemplo, um equipamento cultural ou polivalente?” ------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Ana Gaspar (IND) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Se o mundo fosse a preto e branco, eu talvez só tão-somente saudasse, e em
particular, o alargamento da rede de estacionamento de bicicletas, a sustentabilidade
financeira do poder local, o controle eficaz da velocidade de circulação, bem como a
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defesa do direito à outra metade do seu viver, refiro-me, naturalmente para os mais
novos, às mulheres, a nós e, naturalmente, a defesa da Escola Básica do Parque das
Nações, bem como os votos referentes aos Sapadores Bombeiros e o seu trabalho de
excelência e também os votos relativos à ação de terror em Paris. O voto não é? O BE
retirou, é isso? Não retirou. Bom, entre os votos de, claro que também a questão das
cidades, da rede de cidades de Magalhães, as cidades Magalhânicas. ----------------------
----- Mas, nós não inventamos o mundo, o mundo não é, de facto, a preto e branco. E
assim, olhando-vos da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, é
indiferente. E olhando sobretudo entre nós fazedores de política, entre muitos, muitos
amigos que ao longo dos anos, naturalmente, fazemos da esquerda à direita e da
direita à esquerda, é assim a vida e é assim que funcionam alguns fazedores de
política, diria com amizade que relativamente ao 25 de Novembro, o Deputado que eu
não sei o nome…peço desculpa, acabou de dizer que são datas complementares do 25
de Novembro e o 25 de Abril. Certo? Mas o vosso texto não é esse, vocês escolheram,
porque têm esse direito, os vossos heróis, os heróis do 25 de Novembro, nós
votaremos naturalmente contra.-------------------------------------------------------------------
----- Relativamente aos votos de Paris, Paris naturalmente suscitou, e citarei, suscitou
estes dois votos, não é? Vou citar-vos apenas um poeta que eu gosto muito, Gedeão, e
um poema que particularmente gosto que são as ‘Lágrimas de Preta’. E não,
companheiros e companheiras, não consigo distinguir as lágrimas das mães e dos pais
dos mortos em Paris, das mães e dos pais dos mortos na Líbia e mais recentemente,
mais recentemente, das mães e dos pais, essas lágrimas, o tal cloreto de sódio, dos
pais e das mães dos meninos da Síria, não consigo distinguir, não conseguimos
distinguir. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- O que é que transforma, de facto, estes jovens em monstros? Nós falávamos de
monstros e falamos de monstros. O que é que transforma? É uma análise complexa,
não a vamos fazer aqui, apenas dizer-vos que para nós atacar as causas sociais
económicas e políticas, a fundo, e construir esse outro mundo possível, que para nós é
um mundo inclusivo, equitativo e, naturalmente seguro porque não securitário, nem
desconfiado do outro. Esse mundo, talvez evite que queremos acreditar que evita que
se gerem estes monstros de um lado e de ambos. Para tal, claramente contem
connosco.” -------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Vítor Gonçalves (PSD) no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Eu em primeiro lugar queria referir, embora este assunto tivesse sido tratado na
conferência de representantes, queria referir que há aqui uma falha na ordem de
trabalhos, na medida em que, de acordo com a lei, mas uma das obrigações da
Assembleia Municipal é discutir a informação escrita do seu Presidente da Câmara
trimestralmente nas reuniões ordinárias. Ou seja, e fez muito bem a Senhora
Presidente que inicialmente colocou este ponto na ordem de trabalhos, ou seja, nós
devíamos aqui discutir hoje a informação escrita do Senhor Presidente e não a vamos
discutir, porque o Senhor Presidente não a apresentou. É de lamentar e fica o registo. --
----- Em segundo lugar vamos então às moções e às recomendações. ----------------------
23
----- Em primeiro lugar é a primeira, o Voto n.º1 do CDS-PP, sobre as comemorações
do 25 de Novembro, os 40 anos do 25 de Novembro. Eu penso que todos os
democratas, os verdadeiros democratas, terão que se associar a este voto, terão que se
associar a este voto na medida em que ele foi um complemento fundamental daquilo
que foi o 25 de Abril, foi uma ação fundamental feita, nomeadamente, pelos militares
de Abril que já tinham sido militares de Abril para, de facto, terminar a deriva
totalitária a que este país estava condenado a seguir. ------------------------------------------
----- Eu compreendo que aqueles que são apologistas destas vias totalitárias são
apologistas dos regimes autoritários, que possam naturalmente estar muito tristes,
porque este país tenha seguido o regime da democracia, da Europa e, da Europa e, da
Europa. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu tenho consciência de que eles, que estão saudosos daqueles dias antes do 25
de Novembro e, daquelas situações que se viveram antes do 25 de Novembro e, do
terror que se registou em Portugal com todas as manifestações, com todas as formas
de atuação, nomeadamente do PCP. -------------------------------------------------------------
----- Eu pensava sinceramente que o PCP, que foi aquilo que foi e que todos sabemos
que foi, que já tivesse suavizado a sua posição, que já se integrasse no sistema
democrático de uma forma diferente, diferenciada, mas pela intervenção do Deputado
Carlos Santos Silva, verificámos que não é assim. Mantém no seu interior aquela
raiva, aquele instinto, instinto feroz de contrariar tudo aquilo que seja a democracia e
os progressos nessa área.---------------------------------------------------------------------------
----- Eu recordo que o PS, o Partido Socialista e Mário Soares, eu estive lá também na
Alameda, estive também junto à sede de São Pedro de Alcântara com Mário Soares e
era militante já do PSD, teve um papel importantíssimo, na medida em que foi a
génese deste partido, esse partido era nessa altura o motor daquilo que levou à
recuperação da nossa identidade democrática e àquilo que hoje, ainda mais, terá sido
mais motor até que o PSD na altura, porque ainda era muito alvo de ataques muito
violentos dos próprios comunistas. Portanto, eu também tenho que reconhecer, é um
dos reconhecimentos que temos que fazer ao PS, é que ele teve um papel fundamental
nessa deriva para uma sociedade democrática, mais ocidental de acordo com aquilo
que são os nossos princípios, de acordo com aquilo que é a nossa cultura. Talvez
agora por conveniências de momento, a situação não seja bem assim, mas a ver vamos
no voto que vier a seguir qual é, de facto, o que é que impera, se essa conveniência do
momento ou se é o princípio entranhado de democracia que o PS sempre demonstrou
no nosso sistema político.--------------------------------------------------------------------------
----- Em relação ao Voto n.º 5 sobre a Feira Popular, nós vamos votar contra. Não
porque estejamos contra a Feira Popular, não porque estejamos contra a recriação da
Feira Popular, mas achamos que o PS se antecipou. Nós devíamos ter aqui ouvido e
sabido com mais pormenor, qual é intenção da Câmara relativamente à Feira Popular,
nós devíamos ter aqui ouvido e sabido quais eram as intenções em relação à sua
exploração futura, quais eram as intenções em relação à permuta e à compra dos
terrenos, como é que essa situação se vai verificar. Não vimos nada disso, até há
alguma desconfiança relativamente à forma como são adquiridos terrenos do fundo
24
imobiliário Imofundo do Banco Espírito Santo ou do Banco Novo agora, que são não
em relação à permuta, mas em relação à forma também como essa permuta é
compensada, há 1 milhão de euros que são pagos a mais, por uma utilização de algum
tempo do Palácio dos Machadinhos. É um bocado confuso e as coisas confusas metem
confusão e nós aqui temos que ser muito claros, e por isso, o PSD vai votar contra esta
saudação do PS. -------------------------------------------------------------------------------------
----- Também iremos votar contra a Recomendação n.º 5/86 sobre o Pavilhão Carlos
Lopes. E pela razão muito simples, que já nos levaram aqui a estar contra a forma
como a sua recuperação vai ser efetuada, a estar contra a forma como a sua utilização
vai ser feita, votar contra a forma como foi feita a transferência de dinheiro que é da
Câmara para a ATL para compensar os custos de recuperação. -----------------------------
----- São situações muito pouco claras que levaram o PSD a entregar na Procuradoria-
Geral da República um requerimento para que isto seja averiguado em profundidade.
Vai seguir os seus trâmites, vamos ver o que é que resulta, portanto, era isto que eu
vos queria dizer.” -----------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Queria só dizer ao Senhor Deputado Vítor Gonçalves que relativamente à
questão de Informação Escrita que eu iria dar explicação na altura, que é quando
chegarmos ao Período da Ordem do Dia. -------------------------------------------------------
----- Ficou feito aqui o seu reparo, mas eu também tenho alguma coisa a dizer sobre
isso.” --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Inicio a minha intervenção, como não podia deixar de ser, pelo voto de
solidariedade que Lisboa manifesta com Paris e principalmente com todas as vítimas
da barbárie terrorista. -------------------------------------------------------------------------------
----- O terror indiscriminado contra as pessoas, perpetrado pelos terroristas jihadistas,
não visou ninguém em particular, mas a todos nós, ao pensamento e modo de vida
ocidental, à nossa liberdade, cada vez mais rarefeita e condicionada pelas suas ações
criminosas. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Não ceder um milímetro a estas gentes é palavra de ordem. ---------------------------
----- Foram muitos os que por toda a Europa lutaram contra todos os totalitarismos,
para que este espaço comum se transformasse num lugar de liberdade e tolerância.
Também por isso repudiamos veementemente, aqueles que confundem as vítimas com
os carrascos e, de forma oportunista populista, aproveitam o momento para atacar os
refugiados que fogem ao DAESH. ---------------------------------------------------------------
----- Mas usamos a mesma veemência para criticar quem, também de forma
oportunista e populista, tende a culpabilizar o Ocidente por estes atos hediondos.
Inocentar os terroristas e culpar as vítimas é um ato miserável de colaboracionismo.
Mas não cederemos perante o terror e a intolerância, mesmo que este não tenha sido o
último voto solidário nem o último voto de silêncio, nem minuto de silêncio. ------------
----- Em relação aos documentos apresentados por outras bancadas dizer ainda que
quanto ao voto de saudação sobre a Feira Popular, apresentado pelo CDS, merecerá a
25
nossa concordância, por finalmente e após 12 anos ter sido encontrada uma solução
para a sua localização e porque na última sessão, o Senhor Presidente da Câmara
atendeu ao nosso pedido e explicou a lógica que presidiu à presente escolha, embora
sem acesso a dados concretos. --------------------------------------------------------------------
----- Contudo e apesar desta fase inicial ser positiva para todos, importa que a Câmara
além do garante do espaço necessário para o projeto, garanta também a defesa do
interesse público, em particular no processo de aquisição dos terrenos e na permuta
com a qual não concordamos, mas essa é uma questão que em breve teremos de
discutir nesta Assembleia, bem como a definição de um modelo de gestão e
exploração que não venha a onerar o erário público e que mantenha o cariz social na
distribuição de parte das receitas que presidiu ao projeto inicial da Feira Popular de
1943. Respondendo ao anseio e apelo de muitos lisboetas e portugueses, a feira será
um espaço estratégico de lazer da capital, mas também, certamente, importante para o
desenvolvimento económico enquanto atração turística. -------------------------------------
----- Gostaria ainda de manifestar o nosso voto favorável à Moção n.º 2 do BE, sobre
o alargamento da rede de estacionamento de bicicletas na cidade. Tem sido também
um alerta que o CDS tem trazido a esta Assembleia, a par da necessidade de mais
estacionamento para motas, face ao aumento exponencial deste tipo de transporte.------
----- Quanto à recomendação do PAN sobre locais comunitários de alimentação e
abeberamento de animais errantes, manifestar que por princípio nada temos contra,
contudo, alertamos para a necessidade de elaboração de medidas de atuação e
implementação, que não conflituem com as ações de sensibilização do Município e
entidades quanto à distribuição indevida dos alimentos a animais errantes. ---------------
----- E por fim, manifestar e subscrever ainda o nosso pesar pelo falecimento de Paulo
Cunha e Silva e a perda que representa para a cultura nacional, bem como associarmo-
nos aos votos de saudação pelos 130 anos do Elevador da Glória, ao Regimento
Sapadores Bombeiros e pelos 70 anos das Organizações das Nações Unidas e da carta
que instituiu, com especial relevo importância face ao momento que atravessamos e
aos desafios a que de forma responsável somos chamados a responder e onde a
cultura, a educação e a ciência poderão e deverão ter um papel essencial no
prosseguimento do caminho pela paz.” ----------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhores Deputados julgo que estamos numa segunda ronda, portanto, eu agora
pedia para estarem atentos aos vossos tempos que já estão a ficar, nalguns casos,
bastante limitados.” ---------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal André Caldas (PS) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “A relação de qualquer município com o Governo da República é muito
importante para a governação do território das cidades, mas de um município com as
características do Município de Lisboa, capital do país, esse relacionamento é,
obviamente, absolutamente essencial. -----------------------------------------------------------
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----- É, portanto, a intenção do PS reafirmar nesta assembleia os propósitos que já
vinham do passado em diversas intervenções públicas dos órgãos municipais e que se
mantém no atual quadro. ---------------------------------------------------------------------------
----- Em primeiro lugar, nenhuma cidade com as características se governa em termos
da qualidade da sua mobilidade, sem a titularidade por parte do município da
responsabilidade da gestão da rede de transportes públicos. Portanto, os processos de
subconcessão do Metro e da Carris, subconcessões curiosas, aliás, pela circunstância
de omitirem a participação do próprio concedente que seria desde logo, o município.
São processos, em que os autarcas do Partido Socialista, reafirmam o seu empenho
que sejam interrompidos e se reverta esse processo em favor do Município de Lisboa. -
----- Por identidade de razão, a gestão do trânsito da cidade na sua plenitude, também
importa que esteja sob responsabilidade do município e, portanto, nesse sentido, o
policiamento de trânsito, designadamente a responsabilidade sobre a Divisão de
Trânsito, deve ser tutela do Município de Lisboa quanto à articulação dessa regulação
policial de trânsito, constam dos transportes, são essenciais para a qualidade de vida
urbana. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Por outro lado, do ponto de vista das alterações ao regime de financiamento de
municípios, perpetradas pelo anterior Governo, importa reafirmar que é necessário
contemplar adequadas contrapartidas financeiras aos municípios, fruto da crescente
quebra de receitas fiscais, em particular da redução da receita fiscal em sede de IMT,
a qual vai atingir o seu máximo em 2019 e que importa, daqui até lá, acautelar para
que os municípios não continuem numa sangria dos seus recursos financeiros com
prejuízo evidente para o conjunto das suas populações. --------------------------------------
----- O Partido Socialista apresenta também um voto de congratulação a propósito da
Feira Popular. Foram 12 longos anos de encerramento da Feira Popular de Lisboa e é
motivo de congratulação o anúncio do seu regresso, o que concretiza o sonho de
muitos e muitos lisboetas que, como seguramente, foi o caso dos presentes viveram
parte do seu imaginário infantil também na Feira Popular de Lisboa. ----------------------
----- O projeto apresentado, por um lado, tem uma localização que admite uma relação
adequada com a envolvente, designadamente em termos de ser servida por transportes
públicos, por outro lado, fica integrada num território verde, permitindo conjugar
diversos usos do contexto deste equipamento e tem uma expansão e uma área que
valorizará quer a história e a memória da Feira Popular de Lisboa que todos nós
vamos preservando, mas devolvendo-a à cidade numa forma modernizada. --------------
----- Diz o Deputado Vítor Gonçalves que o Partido Socialista se antecipou a anunciar
este projeto através dos seus autarcas na Câmara. A cidade sabe bem quem se
antecipou a encerrar a Feira Popular de Lisboa, deixando durante 12 anos a cidade
sem um parque de atrações, que é absolutamente fundamental para uma cidade
moderna, europeia e com qualidade. -------------------------------------------------------------
----- E encontra sempre o Deputado Vítor Gonçalves espaço nas suas intervenções,
para o domínio da insinuação que vem aprimorando e que já domina. Há sempre
qualquer coisa a dizer sobre os processos que aqui são trazidos pela Câmara. Também
sobre a Feira Popular e sobre as antecipações do PSD no que concerne ao Parque
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Mayer, os lisboetas sabem bem relativamente a que autarcas havia insinuações e
relativamente a que autarcas é que houve ações judiciais nos tribunais portugueses. Os
lisboetas que não se esquecem da governação de vossas excelências nestas matérias na
cidade de Lisboa.------------------------------------------------------------------------------------
----- Por último Senhora Presidente, aproveitava para dar nota durante a intervenção
de uma alteração à parte deliberativa deste Voto de Congratulação sobre a Feira
Popular, que terminaria não com ‘diversão para todos’, mas com ‘diversão para todos,
permitindo criar atratividade, designadamente turística naquela zona da cidade’,
alteração que deixarei entregue na Mesa e que gostava de viva voz comunicar ao
conjunto do Plenário.” -----------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Lucas (PNPN) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “O PNPN vem hoje aqui a esta Assembleia, pronunciar-se sobre alguns dos votos
que foram apresentados pelas diversas forças partidárias e sobre as quais têm seguinte
a opinião. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- No que diz respeito ao voto, portanto, apresentada pelo PEV em relação à
atuação do Regimento de Sapadores Bombeiros aquando do Campeonato de Trauma e
Salvamento do mundo, realizado na Freguesia do Parque das Nações, vamos votar
favoravelmente. No entanto, queríamos deixar aqui uma observação que, para nós,
esta atividade apesar de ter sido acarinhada pela freguesia, neste momento, somos
confrontados com um grave problema que é o estacionamento de todas as viaturas que
foram usadas no referido campeonato, no parque junto às instalações da freguesia e
que não há meio de elas saírem lá, com todos os inconvenientes que daí advém,
inclusivamente tentativas de furto, etc., e apelamos, portanto, aqui à intervenção de
quem de direito de nos ajudar a resolver este problema. --------------------------------------
----- No que diz respeito também à moção do Bloco de Esquerda em relação ao
despedimento coletivo por parte da Parque Expo, claro que não somos a favor que
ninguém seja despedido coletivamente, mais a mais, numa empresa que deu origem à
nossa freguesia. O que nós também queremos aqui que ficou bem expresso, é que
graças à continuidade e à preservação desta empresa, ora comissão liquidatária, ora
extinção, que nunca ninguém ainda sabe ao certo como é que as coisas estão a
deambular, nem os respetivos trabalhadores, é que, de vez em quando, saltam da
cartola mais algumas ações que prejudicam seriamente a Freguesia do Parque das
Nações. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Que é o caso que nos faz trazer aqui a nossa noção, mais uma vez a defender os
terrenos para a construção da segunda fase da Escola do Parque das Nações, onde a
extinta ou em liquidação, Parque Expo, à última da hora resolve alugar o espaço
reservado à construção dessa escola. Apesar de nos terem dito que o assunto estava
resolvido, nós com este Governo só acreditamos quando vemos, portanto, não
retiramos a nossa moção, a nossa moção é para ser votada, quer o assunto já esteja
resolvido pelo atual Governo ou não esteja resolvido. O que gostávamos era que
tivessem alguma consideração pela nossa junta de freguesia, pelo PNPN em particular
e, antes de efetuarem esta respetivas negociatas informassem a junta para que possa
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informar os respetivos fregueses do que é que se passa com os terrenos para a
construção da segunda fase da escola. Portanto, a nossa moção, que é a Moção n.º
8/86, é para manter e pedimos a todos aqueles que se interessam pelos assuntos da
população e realmente é uma população crítica porque é uma população escolar e esta
escola faz-nos muita falta. -------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, a moção é para ficar e é para votar independentemente de qualquer que
seja o seu resultado.” -------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal João Pinheiro (PS) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Umas notas do Grupo Municipal do Partido Socialista sobre alguns documentos
que captaram a nossa atenção, começando naturalmente pelo ‘Os Verdes’, a quem
elogiamos o voto de saudação aos 70 anos da ONU, incluindo no voto referências que
julgamos que são merecidas, ao português e socialista António Guterres, pelo seu
desempenho enquanto alto-comissário para as minorias étnicas. ----------------------------
----- Também notamos com agrado a preocupação e proposta efetuada a propósito da
requalificação do Largo de São Sebastião da Pedreira que, na nossa perspetiva,
contem o reconhecimento implícito da adequação do programa ‘Uma praça em cada
bairro’ enquanto instrumento de sustentabilidade e humanização de Lisboa. Aquilo
que é preconizado para o Largo de São Sebastião da Pedreira é o que está
precisamente a ser feito em vários outros pontos da cidade, apenas esperamos que em
breve esta ação se estenda a este local, Largo de São Sebastião da Pedreira. --------------
----- Associamo-nos, naturalmente, à moção do PNPN em defesa da Escola Básica do
Parque das Nações. É justo reconhecer que a zona está carenciada deste equipamento,
e consideramos até que há aqui uma intenção sub-reptícia de o retardar, enquanto
proliferam na zona outros estabelecimentos de iniciativa particular. Portanto, urge
equilibrar a oferta e urge afastar de vez este atrofiamento do desenvolvimento e
diversidade social numa área relevante da cidade. ---------------------------------------------
----- Também nos revemos na defesa do serviço público de transportes, sustentada em
documento do Partido Comunista Português. Esta causa é a nossa, independentemente
das divergências acerca de quem deve gerir as redes de transporte, o que interessa
mesmo é que as subconcessões que foram apressadamente organizadas pelo anterior
Governo sejam revertidas e nisso, estamos de acordo. ----------------------------------------
----- Também a iniciativa do Bloco de Esquerda merece o nosso apoio. Efetivamente,
o alargamento da rede de estacionamentos para bicicletas, insere-se também num
programa amplo de promoção da mobilidade e diversificação dos meios de transporte
em Lisboa, privilegiando aqueles de mobilidade suave. --------------------------------------
----- Estamos também de acordo de com a iniciativa do MPT que visa chamar a
atenção para a urgente requalificação do Cinema Paris. Embora relativamente ao 2º
Ponto do seu documento tenhamos uma divergência que expomos, que quando apelam
à utilização da posse administrativa e das obras coercivas, cremos que essa proposta já
está descontextualizada, é extemporânea, porque, segundo obtivemos informação,
existe já um princípio de acordo entre a câmara e o particular. Mas quanto à índole
principal de requalificação daquele espaço inteiramente de acordo.” -----------------------
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----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhor Deputado terminou o tempo, portanto, eu pedia que concluísse quando
pudesse. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Não há cedências porque os tempos que têm para ceder já não existem. Os IND
têm 1 segundo, enfim.” ----------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal João Pinheiro (PS) prosseguiu a intervenção: --
----- “Muito bem, concluía com a seguinte constatação. Se dúvidas existissem sobre o
sentido do documento do CDS-PP acerca do 25 de Novembro, elas foram cabalmente
esclarecidas pelas pessoas do CDS-PP e do PSD, que aqui se pronunciaram. -------------
----- Não há equiparação possível entre o 25 de Abril e o 25 de Novembro na história
da democracia portuguesa. Parafraseando Pinheiro de Azevedo, ‘O povo é sereno, isto
é só fumaça’, e é o que é a iniciativa do CDS-PP a propósito do 25 de Novembro, é
uma fumaça para tentar confundir a interpretação histórica.” --------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “O Senhor Deputado já foi, creio eu, alertado pela sua bancada que só tem 30
segundos?” -------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente vai ser fulminante. ---------------------------------------------------
----- Em primeiro lugar, uma rápida mas necessária, referência à cidade de Paris e
dizer que as forças democráticas reconhecem claramente a diferença entre aquilo que
resulta de um ato de guerra e aquilo que resulta de um ato de terrorismo. E, portanto,
não podemos nunca deixar nem comparar dois atos que são tão diferentes para uma
democracia. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Segunda questão também de forma muito rápida, dizer que relativamente àquilo
que se calhar, se para alguns sobre o 25 de Abril e o 25 de Novembro, é um
entendimento que o 25 de Novembro concretizou aquilo que o 25 de Abril
ambicionava e, portanto, que era, de facto, a existência de um de um Estado
democrático. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Em terceiro lugar, dizer que relativamente ao Cinema Paris e apesar de estar
solidário com todas as referências que aqui foram feitas, temos que constatar o
evidente e não nos podemos agarrar àquilo que, infelizmente, nesta altura já não é
possível que é a recuperação do Cinema Paris. Portanto, estamos convictos que
rapidamente será encontrada uma solução para a resolução das infraestruturas, do
espaço, do terreno, para que possa ser reabilitado para urbanisticamente e não
reabilitado o edificado em si. E, portanto, inevitavelmente na freguesia já vimos o
Cinema Paris como algo que não é, na sua infraestrutura atual, recuperável.” ------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Muito obrigado Senhor Deputado também pela sua concisão, apesar do pouco
tempo que tinha. -------------------------------------------------------------------------------------
----- Há ainda um Senhor Deputado inscrito que tem ainda menos tempo, tem apenas
8 segundos cedidos pelo MPT, mas hoje é um exercício de concisão.” --------------------
30
----- O Senhor Deputado Municipal José Soares (CDS-PP) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “E não preciso mais tempo Senhora Presidente. ------------------------------------------
----- Senhor Deputado Sobreda Antunes sobre manipulação de História deixo para os
seus colegas do PCP. -------------------------------------------------------------------------------
----- Nós dissemos que o 25 de Novembro é complementar ao 25 de Abril, não são
datas equiparáveis. Factos são factos e na nossa moção estão espelhados factos.” -------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhores Deputados há ainda uma intervenção do Bloco de Esquerda que ainda
tem tempo.” ------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Primeiro-Secretário no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ----
----- “O Deputado Municipal Ricardo Robles que fez um ponto de ordem à Mesa,
antes de se iniciarem as votações.” ---------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Se é ponto de ordem não precisam de contar o tempo.” -------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “O ponto de ordem são 3 minutos. ---------------------------------------------------------
----- Na qualidade de proponentes do voto sobre Paris, esclarecer a Assembleia do
seguinte. O Bloco de Esquerda apresentou na madrugada de domingo, o voto que aqui
têm, e na conferência de representantes na segunda-feira de manhã houve uma breve
discussão em que se refletiu que os considerandos do Bloco de Esquerda,
nomeadamente, os que referem a oposição à reação do Governo francês com um ato
de guerra, que seriam demasiados duros e haveria discordâncias e, portanto, a Senhora
Presidente iria avançar com um voto alternativo. ----------------------------------------------
----- O Bloco de Esquerda entende que, a bem de que este sinal de solidariedade
prestado às vítimas e aos familiares dos atentados de Paris, deve retirar o seu voto, no
entanto, com esta atitude não queremos retirar o argumento que pusemos naqueles
considerandos e que achamos essencial. --------------------------------------------------------
----- A guerra é sempre o pior dos caminhos, e quando vemos François Hollande a
dizer-nos na televisão que a guerra iniciou-se em Paris e, portanto, à guerra vai
responder com mais guerra, não nos podemos deixar de lembrar de George Bush,
também em Setembro de 2001, dizer que os Estados Unidos foram atacados perante
um ato de guerra e que iriam responder com guerra. ------------------------------------------
----- Sabemos hoje 14 anos/15 anos depois, o que é que deu essa resposta como um
ato de guerra. O Iraque e o Afeganistão como estados deixaram de existir, as suas
bibliotecas, as suas escolas, as suas universidades, os seus museus, desapareceram.
Centenas de milhares de vítimas, o objetivo que era apanhar Osama bin Laden, viu-se,
10 anos depois foram os serviços secretos numa operação de elite que conseguiu
apanhá-lo. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- E, portanto, evocar a guerra para responder ao que foi, e como disse bem o
Senhor Deputado Newton, um ato de terrorismo hediondo, monstruoso, é a pior das
respostas que podemos dar num cenário destes.------------------------------------------------
31
----- E, portanto, é por isso que mantemos este argumento, é por isso que dizemos...” --
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Pedia para realmente para ser conciso na sua interpelação.” --------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE) prosseguiu a intervenção:
----- “Vou terminar com uma citação de um ensaísta francês, que por acaso morreu há
60 anos na cidade de Paris, e que dizia, ‘a guerra é um massacre entre pessoas que não
se conhecem, para proveito das pessoas que se conhecem mas não se massacram’. -----
----- Muito obrigado. -------------------------------------------------------------------------------
----- Retiramos o nosso voto.” --------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhor Deputado está a fazer uma intervenção, agradecia, afinal não era uma
interpelação, era uma simples intervenção e, portanto, o Senhor Deputado usou esta
figura regimental, peço desculpa.-----------------------------------------------------------------
----- Eu pensei que era uma interpelação e, portanto, dei-lhe a palavra nessa qualidade.
----- Senhores Deputados, vamos pôr… o Senhor Deputado Carlos Silva Santos ainda
dispõe de tempo, sim, 58 segundos, faça favor.” -----------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Carlos Silva Santos (PCP) no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Não podemos deixar de passar em claro este vergonhoso ataque do CDS, que é
um pouco, digamos, trauliteiro, não próprio desta Assembleia, de tentar dizer que o
PCP tem alguma coisa ou tem uma visão da história não verdadeira. ----------------------
----- Devo dizer ao Senhor Deputado, da sua benigna leitura da ignorância, é que a
história tem uma perspetiva de classe. Nós os Comunistas sabemos ler a história numa
perspetiva de classe, dos que trabalham, dos que vivem do seu trabalho, dos que têm a
sua vivência. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, normalmente estes argumentos de que nós não queremos valorizar, é
não á guerra, não há posição política que seja correta.” ---------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhores Deputados o Senhor Deputado está a falar, tem direito a falar, no fim
digam se tiverem alguma coisa a dizer.” --------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Carlos Silva Santos (PCP) prosseguiu a
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Portanto, dizer claramente que contestamos esta fórmula e dizemos e voltamos a
dizer, a visão dos vencedores não é a versão única, também há os que foram vencidos
e que têm uma posição de classe que hoje se pode afirmar e será sempre afirmada em
qualquer altura, mas não com insultos.” ---------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “O Senhor Deputado pede a palavra para? Já não tem tempo. -------------------------
----- Para defesa da honra, sim senhor. ----------------------------------------------------------
----- Entretanto para informar os Senhores Deputados que há pouco a intervenção do
Bloco de Esquerda é, de facto, uma interpelação cujo objetivo era retirada do voto
como disse na última frase, creio que não se ouviu com as perturbações que houve
depois na sala, portanto, o Voto n.º 7/86 foi retirado.” ----------------------------------------
32
----- O Senhor Deputado Municipal José Soares (CDS-PP) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente eu não deixo de reagir com estupefação a ter sido chamado
de ignorante pelo colega do PCP. ----------------------------------------------------------------
----- Gostaria de lhe devolver a acusação, pela mesma via que veio e dizer-lhe apenas
o seguinte, manipulação histórica é o que andam a fazer há 40 anos ao renegar o 25 de
Novembro. Todos nós sabemos do papel Otelo Saraiva de Carvalho e da cobertura
que Álvaro Cunhal dava, toda a gente sabe disso. ---------------------------------------------
----- Agora, não vamos branquear a história, factos são factos. A história é só uma e, a
história que eu aprendi e da qual tive excelentes notas na escola, foi só essa, a história
é que o 25 de Novembro, o 25 de Novembro, impediu uma ditadura de cariz soviético
em Portugal, e essa é que a história, essa é que é a história.” --------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “O Senhor Deputado Carlos Silva Santos pede a palavra certamente para reagir a
ofensa da honra e vou-lhe pedir que seja sucinto.” --------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Carlos Silva Santos (PCP) no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Muito sucinto. --------------------------------------------------------------------------------
----- Esta visão única da história tem muito a ver com outras visões únicas e
totalitárias, fica bem visto em quem é.” ---------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhores Deputados, vamos prosseguir. -------------------------------------------------
----- Chegámos ao fim das intervenções do PAOD, eu pedia o vosso silêncio.
Chegámos ao fim do período antes da ordem do dia, das intervenções, eu pergunto se
alguém da Câmara quer intervir? -----------------------------------------------------------------
----- Senhor Vereador Duarte Cordeiro há alguma intervenção da parte da Câmara? ----
----- Não se registam pedidos de palavra pela Câmara. ---------------------------------------
----- Senhores Deputados eu agora tenho de pedir a vossa ajuda. Nós temos uma
quantidade grande de documentos, as votações não são iguais, vai haver votações aqui
muito diferenciadas e, portanto, pedia a vossa atenção e caso a Mesa cometa alguma
incorreção, porque também só estamos dois agora, agradeço que nos corrijam. ----------
----- A Mesa vai pôr à votação em primeiro lugar os votos pela ordem da sua
numeração, depois porá à votação as moções pela ordem da numeração, depois porá à
votação as recomendações, como habitualmente. ----------------------------------------------
----- Alguns documentos têm pequenas retificações que foram apresentadas na Mesa
pelos proponentes e, a Mesa irá apresentando uma a uma essas retificações que aqui
estejam. Algumas também foi pedido a votação por pontos, também chamaremos a
atenção para isso. -----------------------------------------------------------------------------------
----- E, portanto, para começar, temos o Voto de Saudação n.º 1/86 apresentado pelo
CDS-PP, ‘Os 40 anos do 25 de Novembro de 1975’. -----------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação o Voto de Saudação n.º 1/86, apresentado pelo CDS-
PP. O Voto de Saudação n.º 1/86 foi rejeitado, com os votos contra de 20PS, PCP,
33
BE, PEV e 5IND, abstenção de 4PS, PNPN, PAN e votos a favor de 5PS, PSD, CDS-
PP e MPT. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- (O Voto de Saudação n.º 1/86 – ’40 anos do 25 de Novembro de 1975’,
apresentado pelo CDS-PP, fica anexado à presente ata como Anexo I e dela faz parte
integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Há Declaração de Voto do Bloco de Esquerda. ------------------------------------------
----- E o PAN é também uma Declaração de Voto? Muito bem. ----------------------------
----- E uma Declaração de Voto do PS, não, individual. É uma Declaração de Voto
individual do Senhor Deputado João Pinheiro. -------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Ricardo Robles faz em nome da bancada, portanto, é uma
Declaração de Voto agora oral.” ------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE) apresentou oralmente a
seguinte Declaração de Voto: --------------------------------------------------------------------
----- “Votámos contra este voto de glorificação do 25 de Novembro e de saudação,
porque não aceitamos várias coisas. ------------------------------------------------------------
----- Não aceitamos que o voto diga que há partidos democráticos e partidos
antidemocráticos, nesta sala são todos partidos democráticos e não aceitamos essa
etiquetagem. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Votámos contra porque o voto faz uma glorificação de alguns criminosos de
guerra. Jaime Neves participou ativamente em massacres de guerra em Moçambique,
nomeadamente no massacre de Wiryamu, e deviam ter vergonha em citar o nome
dessa pessoa nos vossos votos.--------------------------------------------------------------------
----- A seguir, não aceitamos este voto porque, dizem vocês, que foi a democracia que
foi criada no 25 de Novembro, mas eu quando me lembro do 25 de Novembro,
lembro-me do MDLP de Alpoim Calvão e do ELP de Barbieri Cardoso, ex-PIDE.
Foram esses os senhores que forjaram o 25 de Novembro. E lembro-me também que
foram esses os senhores, esses democratas que puseram bombas, mataram pessoas
incendiaram sedes de partidos políticos, alguns deles representados nesta sala e
nesta Assembleia. -----------------------------------------------------------------------------------
----- Digo-vos mais, não aceitamos e orgulhamo-nos do 25 de Abril e do que se
passou a seguir ao 25 de Abril, naqueles 11 meses depois do 25 de Abril. Orgulhamo-
nos das ocupações, orgulhamo-nos das nacionalizações, orgulhamo-nos das
cooperativas de habitação, orgulhamo-nos da reforma agrária e orgulhamo-nos de
todos os direitos conquistados no 25 de abril e nesses meses a seguir. --------------------
----- Senhoras e Senhores Deputados, eu vejo que estão muito irritados, eu sei que
estão muito irritados e querem fazer um ajuste com a história.” ----------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhor Deputado espere um pouco.-------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados não há condições. ----------------------------------------------------
----- Está um Deputado a falar. -------------------------------------------------------------------
----- Os Senhores Deputados podem regimentalmente pedir a palavra para uma
declaração de voto e podem também dizer a vossa posição. ---------------------------------
----- Peço que mantenham a calma para nós continuarmos os nossos trabalhos. ----------
34
----- Senhor Deputado faça o favor de concluir.” ----------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE) prosseguiu a Declaração
de Voto oralmente: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Percebemos bem a irritação e o ajuste de contas que querem fazer com o 25 de
Abril, mas nós orgulhamo-nos desses meses intensos de democracia que vivemos a
seguir ao 25 de Abril, orgulhamo-nos muito desses meses, orgulhamo-nos dos
Deputados que foram eleitos à Constituinte e que votaram a Constituição, que agora
os senhores querem rever quando não ganham as eleições. ---------------------------------
----- E, portanto, se eu puder terminar senhora presidente?” --------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhor Deputado faça o favor de concluir.” ---------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE) prosseguiu a Declaração
de Voto oralmente: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Não aceitamos esse voto, porque ele é indigno para esta casa e para a
democracia. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Não aceitamos, porque nos orgulhamos do que foi conquistado naqueles meses a
seguir ao 25 de Abril e foram nesses meses que esta democracia foi forjada.” -----------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “A Senhora Deputada Margarida Saavedra pede a palavra, eu já lha vou dar. ------
----- O Senhor Deputado Miguel Santos tinha pedido a palavra para uma Declaração
de Voto oral, tem a palavra.” ----------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) apresentou oralmente a
seguinte Declaração de Voto: --------------------------------------------------------------------
----- “A Declaração de Voto tem a ver com, não tanto com a nossa indiferença
relativamente ao 25 de Novembro ou ao 25 de Abril, mas por uma razão
completamente diferente. --------------------------------------------------------------------------
----- Eu não aprendi nos livros de história, eu vivi esse tempo e, sei que os dois foram
absolutamente justificados, o 25 de Abril e o 25 de Novembro. -----------------------------
----- Agora não posso concordar, é que, tal como aquele filme do ‘Groundhog Day’,
todos os anos tenhamos que viver isto. Sobretudo, numa altura em que as tensões já
estão suficientemente empoladas e, creio que é absolutamente desnecessário estarmos
também a viver isto nesta Assembleia e por essa razão me abstive.” -----------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “A Senhora Deputada Margarida Saavedra também pediu a palavra para uma
declaração de voto oral. Tem a palavra.” --------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Margarida Saavedra (PSD) apresentou
oralmente a seguinte Declaração de Voto: -----------------------------------------------------
----- “Eu fui das que esteve no dia 25 de Novembro ao lado de Sá Carneiro e devo
dizer-lhe uma coisa, a morte de Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa foram das
mortes que até hoje ficaram por explicar e eu não me esqueço disso. ----------------------
----- E todos os anos é de lembrar Senhora Presidente, porque é da memória que se
faz um povo, e nós não nos podemos esquecer que Adelino Amaro da Costa e Sá
35
Carneiro morreram a lutar pela liberdade. E até hoje, ninguém soube porque é que
morreram ou ninguém sobre quais foram as causas.” ----------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal João Pinheiro (PS) apresentou posteriormente
a seguinte Declaração de Voto: ------------------------------------------------------------------
----- “Sobre o Voto de Saudação nº 1/86 (CDS-PP) -------------------------------------------
----- “40 anos do 25 de Novembro de 1975” ---------------------------------------------------
----- Uma nota, ideológica, sobre o voto de saudação sobre os 40 anos do 25 de
Novembro, apresentado pelo Grupo Municipal do CDS-PP. Na sua globalidade
pretende-se conferir destaque histórico ao golpe militar de 25 de Novembro,
equiparando-o, ou na melhor das interpretações, associando-o diretamente à
relevância do dia 25 de Abril de 1974. Muitos dos democratas presentes nesta
Assembleia não se reveem num revisionismo histórico desconexo e sectário.
Classificar o denominado PREC de1975 como um período famigerado, como diz o
CDS/PP, protagonizado por forcas antidemocráticas, é esquecer que neste mesmo
período foi criada a figura do Provedor de Justiça, legislada a cessação do contrato
individual de trabalho, com garantias para os trabalhadores, legislado o regime
sobre do arrendamento rural, facilitando o acesso à terra, comparticiparam-se os
equipamentos sociais promovidos por autarquias locais promoveu-se, ativamente, a
alfabetização e expansão da rede ensino, bem como, ampliou-se a proteção social dos
trabalhadores e aposentados. ---------------------------------------------------------------------
----- Se é verdade que se nacionalizaram empresas e terras abandonadas, também
não é menos verdade que os anteriores proprietários dispuseram de processos para
serem indemnizados, alguns em condições que lhes permitiram reforçar posições
económicas em processos de reprivatização. ---------------------------------------------------
----- Igual sorte não tem os trabalhadores e pensionistas que viram no PREC de 2011
a 2015 nacionalizados os rendimentos do trabalho, as reformas e as prestações
sociais. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Se é verdade que se cometeram excessos de participação popular, também não é
menos verdade que em determinadas zonas do Pais ser socialista, ou comunista,
naqueles tempos, era sinónimo de perigo para a sua integridade física e foi neste
período que atuaram o Movimento Democrático de Libertação Popular e o Exercito
de Libertação de Portugal que resolviam à bomba, como terroristas, os seus
diferendos ideológicos relativamente a partidos e associações de esquerda. -------------
----- Pois bem, para concluir, considero ignominioso que a pretexto do 25 de
Novembro de 1975, venha o CDS/PP associar os meses anteriores aos 40 anos de
ditadura apontando, com censura, movimentos de esquerda que, porventura, tinham
nas suas fileiras vitimas da censura, da tortura da guerra colonial e do isolacionismo
a que certas politicas, mais próximas do CDS/PP, submeteram os portugueses
durante o Estado Novo. ----------------------------------------------------------------------------
----- Antes do 25 de Novembro de 1975, já as forças civis moderadas, com o apoio do
Grupo dos 9 iam consolidando os valores de Abril. Já Melo Antunes, Vasco Lourenço
e Pinheiro de Azevedo iam criando, com lucidez, condições para o funcionamento da
Assembleia Constituinte prosseguir os seus trabalhos, que culminariam na
36
Constituição de 2 de Abril de 1976. Ficou célebre a frase: “O Povo é sereno, isto é só
fumaça”. É isto que é a iniciativa do CDS/PP sobre o 25 de Novembro: é fumaça
para tentar confundir a interpretação histórica. O 25 de Novembro foi, sobretudo, um
movimento militar clarificador da participação cívica e politica dos militares das
forcas armadas num quadro democrático. ------------------------------------------------------
----- Nunca será algo que se compare a 25 de Abril de 1974. -------------------------------
----- Por estes motivos este voto merece a rejeição, sendo que da minha parte é
motivado por escrito. -------------------------------------------------------------------------------
----- Lisboa, em 17 de novembro de 2015 -------------------------------------------------------
----- O Deputado Municipal do PS ---------------------------------------------------------------
----- João Pinheiro” --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Manuel Lage (PS) apresentou posteriormente a
seguinte Declaração de Voto: --------------------------------------------------------------------
----- “Manuel Portugal Lage, Deputado Municipal, do Grupo Municipal do Partido
Socialista vem apresentar a sua declaração de voto relativo ao seu sentido de voto,
no Voto de Saudação, apresentado pelo CDS-PP, intitulado “40 Anos do 25 de
Novembro de 1975”, na reunião de 17 de Novembro de 2015. ------------------------------
----- O voto favorável do signatário fica a dever-se ao facto de se rever na parte
deliberativa do mesmo voto, aliás, à semelhança do que havia já acontecido no ano
de 2014, quando a mesma bancada (do CDS-PP), apresentou uma saudação nos
precisos termos em que o fez este ano. ----------------------------------------------------------
----- No entanto, ao contrário de outros membros da Assembleia Municipal de Lisboa,
o signatário não altera o seu sentido de voto de um ano para o outro quanto a
acontecimentos com quatro décadas. Nada mudou na história de há 40 anos, que
influenciem um voto diverso do adotado pelo signatário. ------------------------------------
----- Aliás, só assim se justifica, que o Executivo Municipal, em concreto os
Vereadores e o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, do Partido
Socialista, tenham votado favoravelmente a proposta do CDS-PP apresentada na
reunião de Câmara onde foi assim aprovada a realização Sessão Solene Evocativa
dos 40 Anos do 25 de Novembro de 1975. ------------------------------------------------------
----- Já se sabe que ninguém gosta de “provar o seu próprio veneno”, daí que se
perceba bem o “destilar” do Bloco de Esquerda na sua declaração de voto feita no
plenário. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Mas o antídoto, esse continua a ser o mesmo: moderação, e acima de tudo saber
ganhar. Pois já se percebeu que os extremos e os pequenos, têm larga experiência em
matéria de perder. Sabem-no bem. Só falta agora aprenderem a ganhar. -----------------
----- Pelos motivos expostos, o voto vencido favorável, em prol da continuidade dos
valores de Abril. -------------------------------------------------------------------------------------
----- O Deputado Municipal -----------------------------------------------------------------------
----- Manuel Portugal Lage” ----------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhores Deputados vamos prosseguir. --------------------------------------------------
----- Temos agora o Voto n.º 2/86. ---------------------------------------------------------------
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----- Pedia que se acalmassem um pouco, portanto, vamos prosseguir. --------------------
----- Temos o Voto n.º 2/86, é um voto apresentado pelo PEV. Tem uma pequena
retificação que eu vou dizer qual é. É no título, onde está ‘elevador’, deve ser
‘ascensor’ e, portanto, pedia para fazerem essa retificação. ----------------------------------
----- Acho que é no título e depois no texto também ou só no título? -----------------------
----- Só no título, porque no texto é o Elevador da Glória, umas vezes é elevador
outras vezes é ascensor, tudo bem, mas no título, ficará ascensor. --------------------------
----- Senhores Deputados a Mesa vai pôr à votação o Voto n.º 2/86, que é uma
saudação pelos 130 anos do Ascensor da Glória. ----------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação o Voto de Saudação n.º 2/86, apresentado pelo PEV.
O Voto de Saudação n.º 2/86 foi aprovado por unanimidade. -----------------------------
----- (O Voto de Saudação n.º 2/86 – ’130º Aniversário do Elevador da Glória’,
apresentado pelo PEV, fica anexado à presente ata como Anexo II e dela faz parte
integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar ao Voto n.º 3/86, apresentado também pelo PEV. É um Voto de
Saudação aos 70 anos da Organização das Nações Unidas e da carta que a instituiu. ----
----- A Mesa vai pôr à votação o Voto de Saudação n.º 3/86, apresentado pelo PEV.
O Voto de Saudação n.º 3/86 foi aprovado por unanimidade. -----------------------------
----- (O Voto de Saudação n.º 3/86 – ’Aos 70 anos da Organização das Nações
Unidas (ONU) e da Carta que a instituiu’, apresentado pelo PEV, fica anexado à
presente ata como Anexo III e dela faz parte integrante) -------------------------------------
----- Vamos passar agora ao Voto de Saudação n.º 4/86, também apresentado pelo
PEV, ao Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa pelos excelentes resultados
obtidos no Campeonato de Trauma e Salvamento do Mundo 2015. ------------------------
----- Tem uma pequena retificação, o 3ª considerando que iniciava ‘por vezes, devido
à situação frágil, etc.’, é eliminado e no 4º parágrafo onde começava ‘contudo, apesar
destas dificuldades’, é eliminada a referência também às dificuldades. E, portanto, o
voto fica mais escorreito, apenas para saudar aquilo que se passou o da vitória do
Regimento Sapadores Bombeiros. ---------------------------------------------------------------
----- Entendidas estas eliminações, vamos então pôr à votação o Voto n.º 4/86. ----------
----- A Mesa vai pôr à votação o Voto de Saudação n.º 4/86, apresentado pelo PEV.
O Voto de Saudação n.º 4/86 foi aprovado por unanimidade com as retificações que
a Mesa indicou. --------------------------------------------------------------------------------------
----- (O Voto de Saudação n.º 4/86 – ‘Ao Regimento de Sapadores Bombeiros de
Lisboa pelos excelentes resultados obtidos no Campeonato de Trauma e Salvamento
do Mundo 2015’, apresentado pelo PEV, fica anexado à presente ata como Anexo IV
e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar à votação do Voto n.º 5/86, um Voto de Congratulação pela Feira
Popular, também tem uma retificação que é no final, é um aditamento, no final onde
está ‘com a criação de um parque que será um local de lazer e diversão para todos’
acrescer a seguinte expressão, ‘permitindo criar atratividade, designadamente turística
naquela zona da cidade’. Com este aditamento vamos pôr à votação o Voto n.º 5/86,
apresentado pelo PS. -------------------------------------------------------------------------------
38
----- A Mesa vai pôr à votação o Voto de Congratulação n.º 5/86, apresentado pelo
PS. O Voto de Congratulação n.º 5/86 foi aprovado por maioria com as retificações
que a Mesa indicou, com o voto contra de PSD, abstenção de MPT e votos a favor de
PS, PCP, BE, CDS-PP, PEV, PAN, PNPN e 6IND. -------------------------------------------
----- (O Voto de Congratulação n.º 5/86 – ‘Feira Popular’, apresentado pelo PS, fica
anexado à presente ata como Anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------
----- Vamos entrar agora nas moções, não desculpem nos votos de pesar. -----------------
----- Antes disso tenho o Voto n.º 6/86, apresentado pelo Partido Comunista
Português, sobre a construção de um futuro melhor para Lisboa e os lisboetas. ----------
----- A Mesa vai pôr à votação o Voto de Saudação e Congratulação n.º 6/86,
apresentado pelo PCP. O Voto de Saudação e Congratulação n.º 6/86 foi aprovado
por maioria, com o voto contra de PSD, CDS-PP, MPT e votos a favor de PS, PCP,
BE, PEV, PAN, PNPN e 6IND. ------------------------------------------------------------------
----- (O Voto de Saudação e Congratulação n.º 6/86 – ‘Construção de um futuro
melhor para Lisboa e os lisboetas’, apresentado pelo PCP, fica anexado à presente ata
como Anexo VI e dela faz parte integrante) ----------------------------------------------------
----- Vamos passar agora aos votos de pesar.” --------------------------------------------------
--------------Voto de Pesar pelos atentados de 13 de Novembro em Paris --------------
----- “Lisboa solidária com Paris ----------------------------------------------------------------
----- Foi com grande consternação que os cidadãos de Lisboa acompanharam os
atentados terroristas ocorridos na noite da passada sexta-feira na cidade de Paris.
Tratou-se de uma ação criminosa levada a cabo em nome de fundamentalismos que
sempre rejeitamos, vitimando inocentes a queima-roupa, em circunstâncias
particularmente cobardes e de total desprezo pelas vidas humanas sacrificadas.--------
----- A coragem e o sentido de responsabilidade democrática são agora mais
necessários do que nunca. Os valores da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade
que a Franca inscreveu na sua Historia fazem parte do património da Humanidade e
não podem ser espezinhados. ---------------------------------------------------------------------
----- Não podemos ignorar que a tentação de fechar fronteiras aos refugiados que
fogem da guerra e agora mais forte e vai-se agravar no seio dos países europeus.
Construir um mundo mais seguro não se alcançará sem um combate firme ao
terrorismo, a xenofobia e a todas as formas de fundamentalismo que não hesitam em
procurar impor-se pela violência. ----------------------------------------------------------------
----- Assim, a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 17 de novembro de 2015 e
expressando o sentir comum dos lisboetas que representa, delibera: ----------------------
----- Expressar o seu mais profundo pesar pelas vítimas dos atentados terroristas de
13 de novembro em Paris; -------------------------------------------------------------------------
----- Manifestar a sua solidariedade para com a cidade de Paris e o povo francês
nestes dias sombrios em que a coragem tem de voltar a ser quotidiana; ------------------
----- Repudiar as ações xenófobas que pretendem fazer recair um anátema sobre os
refugiados da guerra na Síria, cuja situação humanitária continua a interpelar-nos; --
----- Reiterar que as relações entre povos e culturas devem ser construídas na base da
fraternidade e da liberdade, contribuindo, como defende a Constituição da Republica
39
Portuguesa, para ‘o estabelecimento de um sistema de segurança coletiva, com vista
a criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas
relações entre os povos.’;--------------------------------------------------------------------------
----- Transmitir esta deliberação ao Embaixador de França em Portugal, à
Assembleia da Republica e ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.” -------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Portanto, o Voto n.º 7/86 foi retirado e o Voto n.º 8/86 é o voto que estava aqui
como sendo da Presidente, não é da Presidente é de todos os Senhores Deputados,
uma vez que todas as bancadas e Deputados Independentes subscrevem o voto. ---------
----- A Mesa vai pôr à votação o Voto de Pesar n.º 8/86, apresentado pela Presidente
da Assembleia Municipal e subscrito por todos os Grupos Municipais e Deputados
Municipais Independentes. O Voto de Pesar n.º 8/86 foi aprovado por unanimidade
e aclamação. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Naturalmente que o aplauso num voto de pesar, significa apenas uma adesão
nossa aqui àquilo que estamos a acabar de votar e não o aplauso pelo conteúdo,
naturalmente. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos continuar agora com o Voto de Pesar n.º 9/86, pelo falecimento do
Arquiteto Pancho Guedes, apresentado por mim.” --------------------------------------------
------------------ Voto de Pesar pelo Falecimento de Pancho Guedes ---------------------
----- “Pancho Guedes, arquiteto e artista -------------------------------------------------------
----- Faleceu no passado dia 7 de Novembro, na África do Sul, com 90 anos de idade,
o Arquiteto Pancho Guedes, natural da cidade de Lisboa. -----------------------------------
----- Formado em Arquitetura na África do Sul, Pancho Guedes, de seu nome
Amâncio d'Alpoim Miranda Guedes, tinha-se fixado em Moçambique, tendo iniciado
a sua atividade como arquiteto em Lourenço Marques. Nos anos 50 viaja pelo sul da
Europa e contacta com os trabalhos de Le Corbusier e de Gaudi, que influenciam
decisivamente a sua obra, marcada pelo contexto africano e pelo movimento
surrealista, que admirava. -------------------------------------------------------------------------
----- Trabalhou em Moçambique, na África do Sul, em Portugal, em Angola e na
Suazilândia, mas é em Lourenço Marques (atual Maputo) que é mais forte a sua
marca. É autor de obras como o "Leão que ri"', "Prometheus", "Igreja da Sagrada
Família" ou "Escola (clandestina) dos caniços". ----------------------------------------------
----- Publicado em 1961 na "World Architecture" e na "Architectural Review" e em
1962 na revista francesa «L’Architecture d’Aujourd’hui», sob o título "Architectures
Fantastiques", participa no "Team 10", com Peter e Alison Smith. -------------------------
----- Autor multifacetado, arquiteto, escultor e pintor, as suas obras procuravam uma
intercomunicabilidade das artes e uma grande liberdade formal. Reclamava para a
arquitetura “os direitos e liberdades que pintores e poetas detêm desde sempre". Em
1962, no 1.º Congresso de Arte Africana em Salibury, Rodésia, afirma a
universalidade na diversidade: ‘Acho, escreveu, que os criadores são sempre
mágicos, onde quer que se encontrem, na Europa, em África ou na América. Acho que
nos devíamos interessar pela universalidade da arte, pelas forças que levam as
pessoas a fazer coisas, em vez de tentar descobrir diferenças sem importância’. --------
40
----- Participou em várias exposições internacionais, a última das quais na 10ª Bienal
de Arquitetura, em Veneza (2006), onde, em conjunto com Ricardo Jacinto, apresenta
a instalação "Lisboscópio". -----------------------------------------------------------------------
----- Lecionou Arquitetura em Witwatersrand, na África do Sul, onde permaneceu até
voltar para Lisboa em 1990, tendo a partir dessa data ensinado Arquitetura em
diversas escolas da cidade (UTL, Universidade Lusíada, Universidade Lusófona e
Universidade Moderna) marcando uma geração de arquitetos ao longo de 20 anos. ---
----- Comendador da Ordem de Santiago e Espada, recebeu a Medalha de Ouro para
a Arquitetura do Instituto dos Arquitetos Sul-africanos e foi doutorado honoris causa
por diversas universidades (Pretória e Wits, na África do Sul, e Universidade Técnica
de Lisboa). -------------------------------------------------------------------------------------------
----- ‘Pancho Guedes – Vitruvius Mozambicanus’ foi o nome da grande retrospetiva
da sua obra no CCB, em 2007. Em 2011, o Município apresentou a exposição ‘As
Áfricas de Pancho Guedes - coleção de Dori e Amâncio Guedes’. Áfricas que soube
incorporar com criatividade, emoção e enorme plasticidade na sua vasta obra. ---------
----- A Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 17 de novembro, rende
homenagem à memória e à obra de Pancho Guedes e exprime aos familiares o pesar
pelo seu falecimento.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “A Mesa vai pôr à votação o Voto de Pesar n.º 9/86, apresentado pela Presidente
da Assembleia Municipal. O Voto de Pesar n.º 9/86 foi aprovado por unanimidade. -
----- E finalmente também um voto de pesar pelo falecimento de Paulo Cunha e
Silva.” ------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------- Voto de Pesar pelo Falecimento de Paulo Cunha e Silva -----------------
----- “Paulo Cunha e Silva ------------------------------------------------------------------------
----- Faleceu repentinamente na madrugada do dia 11 de Novembro, aos 53 anos,
Paulo Cunha e Silva, vereador da Cultura na cidade do Porto, de onde era natural. ---
----- Homem singular, médico, Mestre e Doutor pela Universidade do Porto, era uma
figura capaz de cruzar os conhecimentos e alargar as fronteiras do saber.
Apaixonado pela cultura, dirigiu o Instituto das Artes do Ministério da Cultura, foi
um dos responsáveis pela programação do Porto 2001 – Capital Europeia da
Cultura, onde assumiu as áreas do Pensamento, Ciência, Literatura e Projetos
Transversais. Mais tarde foi Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal em
Roma e Comissário de um extenso programa em Guimarães 2012. Foi coordenador
científico dos Estudos Contemporâneos na Fundação de Serralves e colaborou
igualmente com a Fundação Calouste Gulbenkian. -------------------------------------------
----- Destacava-se pela sua enorme energia e capacidade de trabalho, sempre numa
perspetiva criativa, juntando à abordagem cultural a sua formação científica. Foi
comissário de numerosas exposições de artes plásticas, crítico de arte, espectador
atento e teorizador de disciplinas como a dança, o teatro, a arquitetura e a literatura,
exprimindo também na comunicação social, nomeadamente no Diário de Notícias
entre 2002 e 2007, a sua visão própria e inovadora. O seu trabalho como vereador da
Cultura na Câmara Municipal do Porto desde 2013 contribuiu de forma decisiva
41
para colocar aquela cidade num lugar de grande impacto cultural, a nível nacional e
internacional. Em outubro de 2015 tinha recebido uma das mais altas condecorações
do governo francês, tendo sido distinguido como Cavaleiro da Ordem das Artes e
Letras. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 17 de novembro de 2015,
expressa o seu pesar pelo falecimento de Paulo Cunha e Silva, partilha o pesar do
Município do Porto que perdeu um vereador de tão grande valor e envia à família as
mais sentidas condolências.” ----------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “A Mesa vai pôr à votação o Voto de Pesar n.º 10/86, apresentado pela
Presidente da Assembleia Municipal. O Voto de Pesar n.º 10/86 foi aprovado por
unanimidade. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Terminámos os votos, vamos entrar nas moções. ----------------------------------------
----- A primeira moção, é uma moção contra o despedimento coletivo na Parque Expo
e é apresentada pelo Bloco de Esquerda. --------------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Moção n.º 1/86, apresentada pelo BE. A Moção n.º
1/86 foi rejeitada, com os votos contra de PS, PSD, CDS-PP e MPT, abstenções de
PNPN, 1IND e votos a favor de PCP, BE, PEV, PAN e 5IND. -----------------------------
----- (A Moção n.º 1/86 – ‘Contra o despedimento coletivo na parque Expo!’,
apresentada pelo BE, fica anexada à presente ata como Anexo VII e dela faz parte
integrante) ” ------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal José Leitão (PS) apresentou posteriormente a
seguinte Declaração de Voto: --------------------------------------------------------------------
----- “O Grupo do PS na Assembleia Municipal de Lisboa vem, nos termos e para os
efeitos previstos no artigo 63º nº 1 do Regimento da AML, fazer constar da Ata da
Reunião Ordinária realizada no dia 17 de Novembro de 2015 a sua declaração de
voto referente à Moção nº 1/86, subscrita pelo Bloco de Esquerda, denominada
‘Contra o despedimento coletivo na Parque Expo!’, apresentada e votada no PAOD e
que mereceu voto desfavorável do Grupo do PS com os seguintes fundamentos: --------
----- 1 - O Partido Socialista compreende as questões de índole social e humana
associadas ao desemprego dos trabalhadores da Parque Expo. Todavia, e decidido o
seu encerramento pela tutela, o acionista Câmara Municipal de Lisboa votou
favoravelmente a liquidação da Parque Expo, face à inexistência de qualquer outra
possibilidade de continuação da atividade da empresa; --------------------------------------
----- 2 - Antes, em Agosto de 2011, aquando do anúncio da então Ministra Assunção
Cristas, o Grupo Parlamentar do PS apresentou um requerimento onde relativamente
à Parque Expo, refere que a empresa teve uma ‘evolução muito positiva’ da sua
situação financeira, ‘tendo assinalado um decréscimo entre 2005 e 2011 (estimado)
de 480 para 185 milhões de euros, sinal de que, a curto prazo, a empresa poderá
saldar todos os seus compromissos’. Por outro lado, sublinham que a ‘experiência da
exposição universal inspirou o lançamento de Programas POLIS por todo o país, que
a Parque Expo tem gerido com brio e competência, e que se tem replicado em todos
os locais onde tem vindo a intervir’. De acordo com o PS, não foram ‘explicados os
42
fundamentos’ de ‘forma clara e transparente’ da decisão de extinguir a Parque Expo,
‘baseando-se a decisão, aparentemente, na simples circunstância de a empresa ter
sido criada em 1993 para pôr de pé a Expo98, e, treze anos volvidos sobre o seu
encerramento, não ter, segundo a atual ministra com a tutela do Ordenamento do
Território, razão de existir’.” ---------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Vamos passar à Moção n.º 2/86, ‘Pelo alargamento da rede de estacionamento
de bicicletas em Lisboa’. Ela tem uma retificação que é um aditamento no ponto
deliberativo n.º1, onde está ‘recomendar o alargamento da rede estacionamento de
bicicletas na cidade de Lisboa’, acrescentar ‘privilegiando o modelo Sheffield ou
modelo U invertido’. -------------------------------------------------------------------------------
----- Com esta retificação a Mesa vai pôr à votação a Moção n.º 2/86. ---------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Moção n.º 2/86, apresentada pelo BE. A Moção n.º
2/86 foi aprovada por unanimidade. ----------------------------------------------------------
----- (A Moção n.º 2/86 – ‘Pelo alargamento da rede de estacionamento de bicicletas
em Lisboa’, apresentada pelo BE, fica anexada à presente ata como Anexo VIII e
dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar agora à Moção n.º 3/86, também do Bloco de Esquerda, sobre a
urgente designação de um novo Governo e a suspensão de quaisquer procedimentos
que visem a privatização da TAP e a subconcessão dos serviços públicos de
transportes de passageiros em Lisboa. -----------------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Moção n.º 3/86, apresentada pelo BE. A Moção n.º
3/86 foi aprovada por maioria, com os votos contra de 4PS, PSD, CDS-PP, MPT e
votos a favor de 33PS, PCP, BE, PEV, PAN, PNPN e 6IND. -------------------------------
----- (A Moção n.º 3/86 – ‘Pela urgente designação de um novo Governo e pela
suspensão de quaisquer procedimentos que visem a privatização da TAP e a
subconcessão dos serviços públicos de transporte de passageiros em Lisboa’,
apresentada pelo BE, fica anexada à presente ata como Anexo IX e dela faz parte
integrante) -------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Manuel Lage pede a palavra para? ---------------------------------
----- Uma declaração individual sobre esta Moção n.º 3/86.----------------------------------
----- Haverá uma declaração de voto individual do Senhor Deputado Manuel Lage.” ---
----- O Senhor Deputado Municipal Manuel Lage (PS) apresentou posteriormente a
seguinte Declaração de Voto: --------------------------------------------------------------------
----- “Manuel Portugal Lage, Deputado Municipal, do Grupo Municipal do Partido
Socialista vem apresentar a sua declaração de voto relativo ao seu sentido de voto,
na Moção 3/86, apresentada pelo BE, intitulado “Pela Urgente designação de um
novo Governo e pela suspensão de quaisquer procedimentos que visem a privatização
da TAP e a subconcessão dos erviços públicos de transporte de passageiros em
Lisboa”, na reunião de 17 de Novembro de 2015. ---------------------------------------------
----- Pese embora o voto favorável do signatário, não podem ficar sem reparo parte
dos considerandos aplicados na presente moção, porquanto parece abusivo o título
utilizado e o teor dos considerandos. ------------------------------------------------------------
43
----- Sendo conhecida a posição oficial, publica e publicada pelo Partido Socialista,
motivo pelo qual se votou favoravelmente o documento, é entendimento do signatário
que a moção apresentada tenta de forma enviesada, de forma pouco clara e até
tortuosa, atacar o processo de constituição de Governo, sem necessidade para tal. ----
----- De novo, concordando-se ou não com o teor, de forma parcial ou integral, a
questão é que, não deveria usar-se como subterfugio para a apresentação e
aprovação da presente moção o tema dos transportes, mas antes assumir de forma
clara e inequívoca que se trata de uma mera moção contra o “modus operandi” do
Senhor Presidente da República. -----------------------------------------------------------------
----- Aliás, a futurologia e o processo de intenções utilizado ao longo do texto dos
considerandos não espanta atendendo aos autores, mas não deixa de merecer aqui
assim reparo, por se rejeitar como modo de atuação na política como na vida. ---------
----- Não obstante as considerações tecidas, o voto favorável. ------------------------------
----- O Deputado Municipal -----------------------------------------------------------------------
----- Manuel Portugal Lage” ----------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Diz-me aqui também o Senhor Primeiro-Secretário que, na Moção n.º 1/86 há
uma Declaração de Voto escrita da bancada do Partido Socialista, que será depois
enviada para a Ata. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar agora à Moção n.º 4/86. ----------------------------------------------------
----- É a moção apresentada pelo BE, ‘Pelo fim da violência contra as mulheres’. -------
----- A Mesa vai pôr à votação a Moção n.º 4/86, apresentada pelo BE. A Moção n.º
4/86 foi aprovada por unanimidade. ----------------------------------------------------------
----- (A Moção n.º 4/86 – ‘Pelo fim da violência contra as mulheres’, apresentada
pelo BE, fica anexada à presente ata como Anexo X e dela faz parte integrante) --------
----- Vamos passar à Moção n.º 5/86, apresentada pelo PCP, ‘Em defesa do serviço
público de higiene e limpeza urbana’. Tem uma retificação que tem a ver com o 2º
considerando, é eliminada a referência às declarações do Senhor Presidente da Junta
de Freguesia de Campolide, portanto, é com esta eliminação que a moção vai ser posta
à consideração. --------------------------------------------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Moção n.º 5/86, apresentada pelo PCP. A Moção n.º
5/86 foi rejeitada, com os votos contra de PS, PSD e CDS-PP, abstenção de MPT e
votos a favor de PCP, BE, PEV, PAN, PNPN e 6IND. ---------------------------------------
----- (A Moção n.º 5/86 – ‘Em defesa do serviço público de higiene e limpeza
urbana’, apresentada pelo PCP, fica anexada à presente ata como Anexo XI e dela faz
parte integrante) ------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos agora passar à Moção n.º 6/86, ‘Defender o serviço público de transportes
em Lisboa e o direito à mobilidade’, apresentada pelo PCP. ---------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Moção n.º 6/86, apresentada pelo PCP. A Moção n.º
6/86 foi aprovada, com os votos contra de PSD, CDS-PP, MPT e votos a favor de
PS, PCP, BE, PEV, PAN, PNPN e 6IND. -------------------------------------------------------
44
----- (A Moção n.º 6/86 – ‘Defender o serviço público de transportes em Lisboa e o
direito à mobilidade’, apresentada pelo PCP, fica anexada à presente ata como Anexo
XII e dela faz parte integrante) ------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Manuel Lage uma Declaração de Voto individual sobre a
Moção n.º 6/86. Muito bem.” ---------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Manuel Lage (PS) apresentou posteriormente a
seguinte Declaração de Voto: --------------------------------------------------------------------
----- “Manuel Portugal Lage, Deputado Municipal, do Grupo Municipal do Partido
Socialista vem apresentar a sua declaração de voto relativo ao seu sentido de voto,
na Moção 6/86, apresentada pelo PCP, intitulada “Defender o Serviço Público de
Transportes em Lisboa e o Direito à Mobilidade”, na reunião de 17 de Novembro de
2015. --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- O voto favorável do signatário tem por base a questão de fundo apresentada na
Moção em causa.------------------------------------------------------------------------------------
----- No entanto a posição que vem sendo defendida pela Estrutura Distrital do
Partido Socialista ao longo das duas últimas décadas não é coincidente com a
posição constante da presente Moção, daí a necessidade da presente declaração de
voto no sentido de deixar, no que ao signatário diz respeito, bem clara a diferença
preconizada para a questão. ----------------------------------------------------------------------
----- É que o PS, ao contrário da perceção com que se fica do texto da Moção do
PCP, não defende que o financiamento da Autoridade Metropolitana de Transportes e
do sistema de transportes advenha, melhor: seja garantido exclusivamente pelo
Orçamento de Estado. ------------------------------------------------------------------------------
----- Sabe-se bem que a posição do PS é de que o financiamento do sistema de
transportes e da Autoridade Metropolitana seja concretizado através do Orçamento
de Estado, mas também através de outras fontes de financiamento, como sejam a
título exemplificativo parte das verbas arrecadadas com as portagens. -------------------
----- Serve então a presente declaração para clarificar que é entendimento do
signatário que há neste texto pelo menos uma questão de fundo de divergência, já
identificada, que assim fica esclarecida, mas que não impediu o voto favorável. --------
----- O Deputado Municipal -----------------------------------------------------------------------
----- Manuel Portugal Lage” ----------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Vamos passar à Moção n.º 7/86 ‘Pela sustentabilidade financeira do poder local
e pela defesa e reforço da autonomia municipal na gestão’. ----------------------------------
----- Há um pedido de votação em separado do Ponto n.º 1, é isto? Pedido pelo PEV. --
----- Portanto, vamos pôr à votação os Pontos n.º 2, 3 e 4 desta moção e depois
votaremos o Ponto n.º 1? É melhor primeiro votar o Ponto n.º 1 separadamente e
depois logo votamos os outros, faz mais sentido. ----------------------------------------------
----- Portanto, vamos pôr à votação exclusivamente o Ponto n.º 1 da Moção n.º 7/86,
apresentada pelo PS. --------------------------------------------------------------------------------
45
----- A Mesa vai pôr à votação o Ponto n.º 1 da Moção n.º 7/86, apresentada pelo PS.
O Ponto n.º1 da Moção n.º 7/86 foi aprovado, com os votos contra de PCP, PEV,
PSD, CDS-PP, MPT e votos a favor de PS, BE, PAN, PNPN e 6IND. ---------------------
----- A Mesa vai pôr à votação os Pontos n.º 2, 3 e 4 da Moção n.º 7/86, apresentada
pelo PS. Os Pontos n.º2, 3 e 4 da Moção n.º 7/86 foram aprovados, com o voto contra
de PSD, abstenções de PCP, PEV, CDS, MPT e votos a favor de PS, BE, PAN, PNPN
e 6IND. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Moção n.º 7/86 – ‘Pela sustentabilidade financeira do poder local e pela
defesa e reforço da autonomia municipal na gestão e controlo da mobilidade’,
apresentada pelo PS, fica anexada à presente ata como Anexo XIII e dela faz parte
integrante) “ ------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) apresentou
posteriormente a seguinte Declaração de Voto: -----------------------------------------------
----- “Os Deputados Municipais do CDS‐PP, declaram que se abstiveram no ponto 3
da Recomendação acima referenciada por considerarem que: ------------------------------
----- Face à quebra de receita fiscal originada pela redução das taxas do IMT é
necessário efetuar uma reflexão séria sobre como encontrar novas fontes de receita
que garantam a sustentabilidade financeira da CML e não honorem o contribuinte. ---
----- Mais, consideram caricato que em todos os pontos se faça menção e se dirijam
“ao Governo que venha a tomar posse” e no último ponto se proponha dar
conhecimento “ao Governo que venha a tomar posse” como se o Governo em funções
não tivesse legitimidade legal e política, coisa que não saberemos se o próximo terá,
nomeadamente a política. -------------------------------------------------------------------------
----- Pelo Grupo Municipal do CDS-PP ---------------------------------------------------------
----- Diogo Moura” ---------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Carlos Silva Santos (PCP) apresentou
posteriormente a seguinte Declaração de Voto: -----------------------------------------------
----- “Ao contrário do que tem defendido o PS/Lisboa, para o PCP é insuficiente a
afirmação que se lê na moção apresentada pelo PS de que «o processo de
subconcessão dos transportes públicos do Metro e da Carris, que coloca em causa o
futuro da mobilidade e da qualidade de vida na Cidade de Lisboa». Insuficiente
porque o que fica colocada em causa é o futuro da mobilidade em toda a área
metropolitana de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------
----- E é essa a diferença que insistimos em sublinhar. Para o PCP os transportes da
Área Metropolitana de Lisboa - tal como acontece na generalidade das áreas
metropolitanas do mundo - não podem ser concebidos, geridos e financiados numa
lógica municipal, mas sim numa lógica metropolitana. --------------------------------------
----- É verdade que o atraso na regionalização cria dificuldades à implementação de
uma gestão metropolitana dos transportes públicos, mas tal não pode fazer-nos cair
num modelo tão errado como aquele que afasta totalmente os municípios. ---------------
----- O PCP votará contra o ponto 1 da moção aqui apresentada, por ele afirmar que
a gestão da Carris e do Metro deve ser assegurada pelo município de Lisboa. ----------
46
----- É tempo para aprofundar a discussão sobre o papel do município de Lisboa, dos
restantes municípios, da AML e do Estado Central na gestão e financiamento do
Metro e da Carris. Mas antes há duras e urgentes batalhas a travar e a ganhar. E
essas batalhas hoje são: o travar do processo de subconcessão destas empresas (para
o qual, recordamos, o PCP apresentou já um projeto-lei que será discutido e votado
na Assembleia da República no dia 27 de Novembro); o travar do processo de
reestruturação destas empresas que, entre outras malfeitorias, se prepara para
retirar ao transporte público os elevadores, ascensores e elétricos da Cidade; rever o
Regime Jurídico dos Transportes Públicos imposto pelo Governo PSD/CDS que,
entre outras opções erradas, remete para os municípios - e para novos impostos a
lançar sobre as populações - o financiamento do sistema de transportes. -----------------
----- O PCP abster-se-á na votação global da proposta, apresentando esta declaração
de voto clarificadora da sua posição. ------------------------------------------------------------
----- O Deputado Municipal -----------------------------------------------------------------------
----- Carlos Silva Santos” --------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Sem microfone eu não consigo ouvir. É uma interpelação à Mesa, mas a votação
já foi feita. Tem dúvidas sobre a votação?” -----------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Não, não tenho dúvidas sobre a votação, tenho dúvidas sobre o procedimento a
seguir, porque é inédito, eu não me recordo de ter visto em nenhuma Assembleia
Municipal e já são vários mandatos de Assembleia Municipal, um apelo a uma
entidade futura. --------------------------------------------------------------------------------------
----- E, portanto, a pergunta que eu coloco à Senhora Presidente é se do ponto-de-vista
procedimental…” -----------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Oh Senhor Deputado eu peço desculpa, mas isso é extemporâneo, quando
estávamos a discutir os documentos podia ter posto a questão. O documento está
votado, bem ou mal, está votado, está deliberado.” --------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra
prosseguiu a intervenção: --------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente se me permite eu serei sucinto e agradecia o esclarecimento,
independentemente do momento.-----------------------------------------------------------------
----- Que é, portanto, faz-se um apelo à Assembleia da República para um Governo
que venha a tomar posse. Isso significa o quê? Significa que enquanto não tomar
posse nenhum Governo, não será feito nada esta moção?” -----------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhor Deputado eu na minha interpretação com Presidente desta Mesa, o que
cá está escrito é ‘apela à Assembleia da República e ao Governo que venha a tomar
posse’, o Governo que venha a tomar posse não sabemos qual é, não posso enviar esta
moção a ninguém. Neste momento envio apenas à Assembleia da República, que é o
que faço normalmente nestes casos, se entretanto, algum Governo tomar posse
47
enviaremos nessa altura a moção, mas à Assembleia da República será enviado
seguramente. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, desculpe mas é a minha interpretação do que foi aprovado e é isso que a
Mesa procura fazer. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos prosseguir. ----------------------------------------------------------------------------
----- A Moção n.º 8/86 apresentada pelo PNPN. O CDS-PP pede a votação do Ponto
nº 3 separadamente e, portanto, é os Pontos nº1 e 2 da Moção n.º 8/86 do PNPN. -------
----- Os Senhores Deputados estão com atenção? Posso pôr à votação? -------------------
----- O PSD pede aqui uns momentos para esclarecer uma questão internamente. Já
esclareceu. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- O CDS-PP pede…pediu separadamente o Ponto n.º 3, não é isto? --------------------
----- O CDS-PP informa que faz uma Declaração de Voto sobre a Moção n.º 7/86. ------
----- Sobre a Moção n.º 8/86, que é sobre a Escola Básica do Parque das Nações, o
CDS-PP pediu para votar o número, o número, peço desculpa. Não, não tinha pedido
nenhum número em separado, fui eu que fiz confusão. ---------------------------------------
----- Não, é a Moção n.º 6/86, eu estou a fazer confusão. A Moção n.º 6/86 já se votou,
fui eu que fiz aqui uma confusão, peço desculpa. A Moção n.º 6/86 é que tinham
pedido o Ponto n.º 1 separado e eu, se calhar, não o fiz. --------------------------------------
Na Moção n.º 8/86 a indicação que eu tinha aqui é que o CDS-PP pedia
separadamente apenas o Ponto n. 3, correto? Muito bem. ------------------------------------
----- Então vamos pôr à votação os Pontos n.º 1 e 2, a moção toda até ao final do
Ponto n.º 2 e depois poremos o Ponto n.º 3. ----------------------------------------------------
----- Não tem essa moção? Mas ela foi distribuída. --------------------------------------------
----- Oh Senhores Deputados foi distribuída, está no site, todos os Senhores Deputados
a têm. -------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu peço desculpa, vamos votar as outras a seguir. Peço para os serviços fazerem
chegar rapidamente uma cópia em papel, ela foi distribuída, pode haver um lapso dos
vossos serviços, mas ela foi distribuída. Pode haver um lapso do vosso gabinete, de
qualquer maneira, têm o tempo de a ver. --------------------------------------------------------
----- Se os Senhores Deputados não levam a mal, nós entramos na votação das
recomendações, enquanto a bancada do PSD esclarece a esta questão. --------------------
----- E vamos ver a Recomendação n.º 1/86. É uma recomendação apresentada pelo
BE sobre gestão de CAF e AAF e o papel das Associações de Pais.------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Recomendação n.º 1/86, apresentada pelo BE. A
Recomendação n.º 1/86 foi aprovada, com os votos contra de PSD, CDS-PP e votos a
favor de PS, PCP, BE, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. ------------------------------------
----- (A Recomendação n.º 1/86 – ‘Recomendação sobre a gestão de CAF e AAF e o
papel das Associações de Pais’, apresentada pelo BE, fica anexada à presente ata
como Anexo XIV e dela faz parte integrante)” ------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Manuel Lage (PS) apresentou posteriormente a
seguinte Declaração de Voto: --------------------------------------------------------------------
----- “Manuel Portugal Lage, Deputado Municipal, do Grupo Municipal do Partido
Socialista vem apresentar a sua declaração de voto relativo ao seu sentido de voto,
48
na Recomendação 1/86, apresentada pelo BE, intitulada “Recomendação sobre a
gestão de CAF e AAF e o papel das Associações de Pais”, na reunião de 17 de
Novembro de 2015. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Vem o BE referir-se no título da Recomendação a fazer, a um aspeto genérico.
No entanto lendo-se o texto da recomendação verifica-se que se trata de uma
recomendação acerca de um caso numa Freguesia em concreto. ---------------------------
----- Já por diversas vezes foi abordada na Assembleia Municipal de Lisboa, a
questão da delegação de competências nas Juntas de Freguesia da Cidade para a
gestão das CAF e AAF. É portanto bem conhecida a posição do PS. ----------------------
----- O voto favorável do signatário não afeta essa posição. ---------------------------------
----- No entanto, há que reforçar que se entende que qualquer avaliação que a
Câmara Municipal de Lisboa venha a fazer sobre a delegação de competências nos
termos ora solicitados pela presente recomendação não pode, de forma alguma, pôr
em causa o princípio basilar de que é à Junta de Freguesia que compete a Gestão das
CAF e AAF. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Assim o voto favorável ficou a dever-se ao facto de se tratar de uma mera
recomendação para que se afira da audição e envolvimento dos agentes envolvidos,
sem que seja colocado em causa o princípio já manifestado como basilar. ---------------
----- O Deputado Municipal -----------------------------------------------------------------------
----- Manuel Portugal Lage” ----------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Vamos passar à Recomendação n.º 2/86, apresentada pelo PAN, ‘Criação de
locais comunitários de alimentação e abeberamento de animais errantes’. ----------------
----- Não há nada de pedidos em separado. -----------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Recomendação n.º 2/86, apresentada pelo PAN. A
Recomendação n.º 2/86 foi aprovada, com abstenções de PSD, 1PS e votos a favor
de PS, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. -------------------------------
----- (A Recomendação n.º 2/86 – ‘Criação de Locais Comunitários de Alimentação
e Abeberamento de animais errantes’, apresentada pelo PAN, fica anexada à presente
ata como Anexo XV e dela faz parte integrante) ----------------------------------------------
----- Vamos passar à Recomendação n.º 3/86 ‘Controlo eficaz da velocidade de
circulação pela segurança rodoviária’, apresentada pelo PAN. ------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Recomendação n.º 3/86, apresentada pelo PAN. A
Recomendação n.º 3/86 foi aprovada por unanimidade. -----------------------------------
----- (A Recomendação n.º 3/86 – ‘Controlo eficaz da velocidade de circulação pela
segurança rodoviária’, apresentada pelo PAN, fica anexada à presente ata como
Anexo XVI e dela faz parte integrante) ” -------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sandro Araújo (IND) apresentou
posteriormente a seguinte Declaração de Voto: -----------------------------------------------
----- “Relativamente à recomendação supra-indicada, que o grupo de deputados
independentes “Cidadãos Por Lisboa” votou favoravelmente, entendemos ser
conveniente a seguinte clarificação: -------------------------------------------------------------
49
----- 1) Os dados de sinistralidade rodoviária (vítimas mortais em 2014) referidos
pelo PAN, a partir da fonte PORDATA, pecam por não refletirem uma realidade que
é, infelizmente, ainda mais sombria. Se utilizarmos o conceito de “Vítima mortal a 30
dias” (i.e. vítima cujo óbito ocorra no período de 30 dias após o acidente, por causas
a este atribuíveis), que é reconhecido internacionalmente como mais adequado para
quantificar a sinistralidade mortal, não foram 482 os mortos em estradas e
arruamentos nacionais, mas sim 638. É, aliás, lamentável que a própria ANSR se
tenha congratulado desse facto, em comunicado emitido no início deste ano – ao
referir ufanamente ser “necessário recuar até ao ano de 1950 para se encontrarem
valores inferiores a 500 vítimas mortais" – não tendo posteriormente procedido à
retificação pública desta (des)informação, que os próprios dados da ANSR
confirmam representar um aumento de 0,2% face a 2013; -----------------------------------
----- 2) Para além do acréscimo de risco rodoviário decorrente da excessiva
velocidade de circulação na cidade por parte de veículos motorizados, é importante
reforçar que o incumprimento do Código da Estrada no que à velocidade respeita,
também provoca elevados prejuízos para o meio ambiente e para os cidadãos que
vivem, trabalham ou visitam Lisboa, nomeadamente ao nível dos índices de poluição
atmosférica e sonora; ------------------------------------------------------------------------------
----- 3) Sem prejuízo de também entendermos poder ser conveniente, em arruamentos
selecionados, a implementação de “sistemas que obriguem a uma circulação que
respeite o Código da Estrada” (presumivelmente radares e outros dispositivos de
controlo de velocidade), conforme é referido na recomendação supra-indicada, é
nossa convicção que, mais importante do que investir em “soluções técnicas” de
fiscalização, será garantir que a velocidade de circulação é efetivamente debelada; ---
----- 4) Para tal, será fundamental intervir fisicamente nos próprios arruamentos,
garantindo a acalmia de tráfego, e adequar a dimensão e posicionamento da
respetiva sinalética, para induzir os condutores a cumprirem os limites de velocidade
e impedir, por exemplo, estacionamento irregular, entre outras situações
indesejáveis, mas também instando as autoridades policiais a cumprirem o seu papel
de fiscalização, invertendo uma cultura de incumprimento que está generalizada pela
cidade, em desfavor de peões e ciclistas. --------------------------------------------------------
----- Lisboa, 17 de novembro de 2015 -----------------------------------------------------------
----- Pelos deputados independentes do Movimento “Cidadãos Por Lisboa” -------------
----- Sandro Araújo ---------------------------------------------------------------------------------
----- Deputado Municipal Independente” -------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Vamos passar à Recomendação n.º 4/86. ------------------------------------------------
----- O PSD está a tentar esclarecer aquela moção, portanto, é isso que eu estou. --------
----- Está esclarecido? Podemos voltar à votação dessa moção? -----------------------------
----- Muito bem. O PSD já esclareceu a Moção n.º 8/86 que estava com dúvidas, que
era a moção do PNPN sobre a Escola Básica do Parque das Nações. -----------------------
----- É essa e vamos lá voltar a ela. ---------------------------------------------------------------
50
----- Havia um pedido do CDS-PP para o Ponto n.º 3 ser à parte, portanto, o que eu
queria pôr à votação neste momento era a Moção n.º 8/86 até ao final do Ponto n.º 2. --
----- A Mesa vai pôr à votação os Pontos n.º 1 e 2 da Moção n.º 8/86, apresentada
pelo PNPN. Os Pontos n.º 1 e 2 da Moção n.º 8/86 foram aprovados, com o voto
contra de CDS, abstenção de PSD e votos a favor de PS, PCP, BE, MPT, PEV, PAN,
PNPN e 6IND. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação o Ponto n.º 3 da Moção n.º 8/86, apresentada pelo
PNPN. O Ponto n.º3 da Moção n.º 8/86 foi aprovado por unanimidade. ----------------
----- (A Moção n.º 8/86 – ‘Em defesa da Escola Básica do Parque das Nações:
Oposição à cedência de terrenos da EBPN’, apresentada pelo PNPN, fica anexada à
presente ata como Anexo XVII e dela faz parte integrante)” --------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) apresentou
posteriormente a seguinte Declaração de Voto: -----------------------------------------------
----- “Os Deputados Municipais do CDS‐PP, declaram que votaram contra o ponto 1
da Recomendação acima referenciada por considerarem que: ------------------------------
----- 1 - A oposição à concretização do contrato de cedência de terrenos da parcela
3.12 está esvaziada de conteúdo e sentido por ser público que a empresa de aluguer
de viaturas interessada no referido espaço já ter desistido do mesmo; --------------------
----- 2 - Contudo, o CDS-PP reafirma o seu apoio e defesa de que, menor curto
espaço de tempo, o início das obras da 2ª fase da Escola Básica do Parque das
nações seja uma realidade. ------------------------------------------------------------------------
----- Pelo Grupo Municipal do CDS-PP ---------------------------------------------------------
----- Diogo Moura” ---------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Vamos passar então, onde é que eu ia? ---------------------------------------------------
----- Ia na Recomendação n.º 4/86, ‘a requalificação do lar de São Sebastião da
Pedreira’, proposta pelo PEV. ---------------------------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Recomendação n.º 4/86, apresentada pelo PEV. A
Recomendação n.º 4/86 foi aprovada por unanimidade. -----------------------------------
----- (A Recomendação n.º 4/86 – ‘Requalificação do Largo de São Sebastião da
Pedreira’, apresentada pelo PEV, fica anexada à presente ata como Anexo XVIII e
dela faz parte integrante) ”-------------------------------------------------------------------------
----- O CDS-PP está-me a fazer um sinal que há uma declaração de voto sobre a
Moção n.º 8/86.--------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar à Recomendação n.º 5/86, apresentada pelo PCP, sobre o Pavilhão
Carlos Lopes. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Não tenho também pedidos para votação em separado, aliás, é só um ponto. -------
----- A Mesa vai pôr à votação a Recomendação n.º 5/86, apresentada pelo PCP. A
Recomendação n.º 5/86 foi aprovada, com os votos contra de PSD e votos a favor de
PS, PCP, BE, CDS, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. ---------------------------------------
----- (A Recomendação n.º 5/86 – ‘Pavilhão Carlos Lopes’, apresentada pelo PCP,
fica anexada à presente ata como Anexo XIX e dela faz parte integrante) ” --------------
51
----- Vamos passar à Recomendação n.º 6/86, apresentada pelo PCP, ‘Segunda fase da
Escola Básica Parque das Nações de agrupamento de escolas, Eça de Queirós’. ---------
----- Lembra-me aqui o Senhor Primeiro Secretário que o Ponto n.º 1 o CDS-PP pede
para ser votado em separado. Portanto, como é logo o primeiro é esse que vamos votar
em primeiro lugar. E eu vou lembrar o que ele diz, ‘recomenda ao Executivo
Camarário que envide esforços para travar o contrato de cedência de usufruto do
terreno destinado à conclusão da escola a uma empresa de aluguer de viaturas’, é isto
que se recomenda. ----------------------------------------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação o Ponto n.º 1 da Recomendação n.º 6/86, apresentada
pelo PCP. O Ponto n.º 1 Recomendação n.º 6/86 foi aprovado, com o voto contra de
CDS e votos a favor de PS, PSD, PCP, BE, MPT, PEV, PAN, PNPN e 6IND. -----------
----- A Mesa vai pôr à votação os Pontos n.º 2 e 3 da Recomendação n.º 6/86,
apresentada pelo PCP. Os Pontos n.º 2 e 3 da Recomendação n.º 6/86 foram
aprovados por unanimidade.--------------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação n.º 6/86 – ‘Escola Básica do Parque das Nações’,
apresentada pelo PCP, fica anexada à presente ata como Anexo XX e dela faz parte
integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Sinal do CDS-PP, uma declaração de voto sobre esta votação que acabámos de
fazer.” -------------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) apresentou
posteriormente a seguinte Declaração de Voto: -----------------------------------------------
----- “Os Deputados Municipais do CDS‐PP, declaram que votaram contra o ponto 1
da Recomendação acima referenciada por considerarem que: ------------------------------
----- 1 - A recomendação ao Executivo da CML para travar o contrato de cedência de
terrenos da parcela 3.12 está esvaziada de conteúdo e sentido por ser público que a
empresa de aluguer de viaturas interessada no referido espaço já ter desistido do
mesmo; -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- 2 - Contudo, o CDS-PP reafirma o seu apoio e defesa de que, menor curto
espaço de tempo, o início das obras da 2ª fase da Escola Básica do Parque das
nações seja uma realidade. ------------------------------------------------------------------------
----- Pelo Grupo Municipal do CDS-PP ---------------------------------------------------------
----- Diogo Moura” ---------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “A Recomendação n.º 7/86 é apresentada pelo MPT. -----------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Recomendação n.º 7/86, apresentada pelo MPT. A
Recomendação n.º 7/86 foi aprovada por unanimidade. -----------------------------------
----- (A Recomendação n.º 7/86 – ‘Pela criação de um projeto intergeracional de
estudantes no combate à solidão’, apresentada pelo MPT, fica anexada à presente ata
como Anexo XXI e dela faz parte integrante) ” ------------------------------------------------
----- Na Recomendação n.º 8/86 tenho aqui a indicação que o PS pede a votação em
separado. Dos 3 pontos ou só de algum em particular? Senhores Deputados do PS, é
cada um per si? O Ponto n.º 2 em separado. ----------------------------------------------------
52
----- Então vamos votar em primeiro lugar, portanto, o Ponto n.º 1 e, bem, o Ponto n.º
3 é uma síntese de envio, vamos cada um por si então. O Ponto n.º 1 ‘Considere como
prioritário a recuperação do edifício do Cinema Paris, convertendo-o num
equipamento cultural de serviço à cidade’, este é o teor da recomendação do MPT. -----
----- A Mesa vai pôr à votação o Ponto n.º 1 da Recomendação n.º 8/86, apresentada
pelo MPT. O Ponto n.º 1 Recomendação n.º 6/86 foi aprovado, com os votos contra
de PSD e CDS, abstenção de PCP e votos a favor de PS, BE, MPT, PEV, PAN, PNPN
e 6IND. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação o Ponto n.º 2 da Recomendação n.º 8/86, apresentada
pelo MPT. O Ponto n.º 2 Recomendação n.º 6/86 foi rejeitado, com o voto contra de
PS, abstenções de PSD, PCP, PEV, CDS, PNPN e votos a favor de BE, MPT, PAN e
6IND. -------------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação o Ponto n.º 3 da Recomendação n.º 8/86, apresentada
pelo MPT. O Ponto n.º 3 Recomendação n.º 6/86 foi aprovado, com os votos contra
de PSD, abstenções de PCP, CDS e votos a favor de PS, BE, MPT, PEV, PAN, PNPN
e 6IND. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação n.º 8/86 – ‘Pela Salvaguarda do Edifício do Cinema Paris’,
apresentada pelo PCP, fica anexada à presente ata como Anexo XXII e dela faz parte
integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados terminámos as votações, por extraordinário que isto possa
parecer, chegámos ao fim desta parte da nossa ordem de trabalhos. ------------------------
----- Gostaria de chamar a nossa Segunda Secretária para a Mesa porque temos aqui
um telefone, temos aqui um telefone, então alguém lhe vai mandar este telefone que é
seu. Não, eu vou mandar aí, deixe estar Senhora Deputada, vai-se mandar aí o
telefone. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Terminada esta fase dos nossos trabalhos, vamos entrar na Ordem do Dia. ---------
----- O Senhor Deputado Vítor Gonçalves pede a palavra para? -----------------------------
----- Se me dá licença, antes de lhe dar a palavra a Mesa tem que dar uma explicação
na Ordem do Dia, porque agora compete à Mesa dar essa explicação. ---------------------
----- O Senhor Deputado quer falar antes da Ordem do Dia e pede a palavra para?” -----
----- O Senhor Deputado Municipal Vítor Gonçalves (PSD) no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Para informar a Mesa que o PSD apresentará uma declaração de protesto em
relação à Moção n.º 7/86.” -------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Uma declaração de protesto em relação à Moção n.º 7/86. ----------------------------
----- Não sei o que é uma declaração de protesto, mas, enfim, Senhor Deputado será
uma declaração de voto ou um voto sobre a forma de protesto, como entenderem,
porque declaração de protesto não está previsto no Regimento. Mas será uma
declaração de voto onde protestarão, naturalmente, têm esse direito. -----------------------
----- Já está votada, portanto. A Moção n.º 7/86 não foi retirada, a moção não foi
retirada, portanto, farão a sua declaração de voto.” --------------------------------------------
53
----- (O Grupo Municipal do PSD não entregou posteriormente a Declaração de
Voto referente à Moção n.º 7/86) ----------------------------------------------------------------
------------------------ PERÍODO DA ORDEM DO DIA -------------------------------------
----- PONTO 1 - APRECIAÇÃO DA INFORMAÇÃO ESCRITA DO
PRESIDENTE DA CÂMARA, AO ABRIGO DA ALÍNEA C), DO Nº 2, DO
ARTIGO 25º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS (RJAL),
PUBLICADO EM ANEXO I À LEI Nº 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, E
ALÍNEA E) DO N.º 2 DO ART.º 4.º DO REGIMENTO DA ASSEMBLEIA;
GRELHA H – MÁXIMO 3H 20M; ------------------------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhores Deputados agora entrávamos na Ordem do Dia, entrávamos e
entramos, se tudo correr bem na Ordem do Dia. -----------------------------------------------
----- Temos, naturalmente, isto é uma sessão ordinária, sessão ordinária de
Novembro/Dezembro. É obrigatório em todas as sessões ordinárias a informação
escrita do Senhor Presidente. ----------------------------------------------------------------------
----- Não foi possível tê-la concluída em tempo pelos serviços, o Senhor Presidente
informou-me disso, que não poderia ter a informação escrita feita hoje, em todo o
caso, eu entendi agendar isto como sessão ordinária já com todas estas matérias e daí
quero-vos dar a explicação porque é que o fiz. -------------------------------------------------
----- Podia ter adiado esta sessão para o dia 24, simplesmente é a última sessão de
Novembro, a de 24, e nós temos uma obrigatoriedade legal que é votar todas as
matérias relacionadas com a política fiscal que até ao dia 30 de Novembro, sob pena
de não serem eficazes se não for transmitida à autoridade tributária a nossa decisão. ---
----- Estando já em estado muito adiantado a análise das grandes opções do Plano do
Orçamento, das propostas de política fiscal e dos contratos-programa com as empresas
municipais em todas as comissões. No dia 24, que é de hoje a 8 dias, vamos dedicar a
ordem de trabalhos exclusivamente a essas matérias, exclusivamente essas matérias,
pelo que será uma continuação da sessão ordinária sem PAOD, sem intervenção do
público, sem estas matérias todas que nos fazem, naturalmente, gastar o tempo
necessário e, portanto, a informação escrita do Presidente transitará para a sessão
seguinte que é no dia 15 de Dezembro. ----------------------------------------------------------
----- Tomem nota nas vossas agendas, no dia 30 de Novembro este edifício entra em
obras, esta zona, esta sala onde estamos entra em obras, dia 1 e dia 8 está em plenas
obras. Para dia 15 encontrámos um espaço alternativo que são os serviços sociais,
onde faremos a nossa sessão. E teremos uma sessão suplementar a 17 de Dezembro
para podermos votar matérias que têm que ser aprovadas até ao final do ano. As
sessões de 15 e 17 não se realizam nesta sala. Já tive queixas hoje de Senhores
Deputados que estão com frio, ainda teremos mais uma semana com frio nesta sala
mas, efetivamente, sem a obra que vamos fazer no mês de Dezembro e princípio de
Janeiro, este problema não pode ficar resolvido. Portanto, esta sala fica impedida de
trabalhos, vai ser arranjado o ar-condicionado, que devia ter sido em Agosto mas
houve um atraso da empreitada, vai ser substituída a alcatifa e estofadas as cadeiras,
portanto, quero dar-vos esta notícia. -------------------------------------------------------------
54
----- Algum incómodo isto nos trará, seguramente, mas por esta razão é que eu
mantive o agendamento para podermos ter hoje o PAOD, para podemos dar vazão a
todas estas matérias políticas que tivemos aqui a discutir e como virão a discussão foi
bem acalorada e, portanto, reservamos a sessão de dia 24 para, volto a dizer, grandes
opções do plano, orçamento, mapa de pessoal, política fiscal, contratos-programa e
ainda a aquisição das ações da Valorsul que também está associado a estas matérias
todas. --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, dia 24 ainda reunimos aqui com toda essa matéria e depois temos as
duas sessões de Dezembro, uma a 15 e outra a 17 de Dezembro, a 17
extraordinariamente a uma quinta-feira, que sei que isto vos provocará alguns
incómodos. Para amenizar os vossos incómodos, informo que teremos um pequeno
lanche de Natal, com coral e, portanto, se algum Senhor Deputado quiser participar no
treino, nos ensaios do coro de Natal, porque para amenizar o incómodo de termos de
reunir a um dia que não é o nosso dia habitual, mas de qualquer maneira a época a
isso convida e teremos um pequeno lanche de Natal com os funcionários todos desta
casa, as pessoas dos gabinetes e os Senhores Deputados que queiram estar.” -------------
----- PONTO 2 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 588/CM/2015 - PERMUTA
DO PRÉDIO SITO NA AVENIDA DE BERNA N.º 1-1A, TORNEJANDO
PARA A AVENIDA DA REPÚBLICA, COM OS PRÉDIOS SITOS NA
QUINTA DOS LILASES, NA ALAMEDA DAS LINHAS TORRES N.ºS 198 E
200, A CELEBRAR ENTRE A EMEL - EMPRESA PÚBLICA MUNICIPAL DE
MOBILIDADE E ESTACIONAMENTO DE LISBOA, E.E.M. E O MUNICÍPIO
DE LISBOA, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA I)
DO N.º 1 DO ARTIGO 25º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS
LOCAIS, APROVADO PELA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO;
GRELHA-BASE – 34 MINUTOS; PARECER DA 1ª COMISSÃO
PERMANENTE.----------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta n.º 588/CM/2015 – ‘Aprovar submeter à Assembleia Municipal a
celebração do contrato definitivo de permuta do prédio sito na Avenida de Berna n.º
1-1A, tornejando para a Avenida da República, com os prédios sitos na Quinta dos
Lilases, na Alameda das Linhas Torres n.ºs 198 e 200, a celebrar entre a EMEL -
Empresa Pública Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa, E.E.M. e o
Município de Lisboa’, apresentada pela CML, fica anexada à presente ata como
Anexo XXIII e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissão Permanente sobre a Proposta n.º 588/CM/2015,
apresentada pela CML, fica anexada à presente ata como Anexo XXIV e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Após esta explicação de porque é que a informação escrita não está pronta e
quando é que ela vai ser discutida, entramos então na apreciação da Proposta n.º
588/CM/2015, sobre a permuta do prédio da Avenida de Berna com a Quinta dos
Lilases, uma permuta entre a EMEL e a Câmara. ----------------------------------------------
55
----- Eu pergunto à Câmara se quer apresentar esta proposta? Ao Senhor Vereador
Manuel Salgado pergunto se quer apresentar a Proposta n.º 588/CM/2015? --------------
----- Dispensa a apresentação. ---------------------------------------------------------------------
----- Há um parecer da 1ª Comissão Permanente que foi Relator o Senhor Deputado
Magalhães Pereira que também dispensa apresentação do relatório e, portanto, não
havendo, vamos dar a palavra aos Senhores Deputados que se inscreveram. --------------
----- A Senhora Deputada Municipal Margarida Saavedra (PSD) no uso da
palavra, fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------
----- “O Partido Social Democrata concorda com esta proposta, porque entende que
efetivamente pretende, poder tendo que instalar a Junta de Freguesia das Avenidas
Novas e havendo disponível o edifício da EPUL, faz todo o sentido que esta permuta
seja feita. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- O que o Partido Social Democrata não concorda é com a forma, nem como o
modo como elas foram feitas e, sob esse ponto de vista, temos as seguintes questões a
levantar: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Primeiro e, ao contrário do que se pode ler nos diversos documentos apresentados
pela Câmara, a comissão liquidatária da EPUL nunca se pronunciou sobre esta
permuta. É verdade que era uma permuta futura, não tinha que se pronunciar, mas a
verdade é que nunca se pronunciou ao contrário que está afirmado. Aliás, isso mesmo
se pode ler numa das atas da reunião da comissão liquidatária em que reitera este erro
da Câmara. Devo dizer que o único elemento da comissão liquidatária que teve
intervenção direta neste processo foi o Senhor Doutor António Júlio de Almeida que,
à data, acumulava o cargo de liquidatário não remunerado da EPUL com a presidência
do Conselho de Administração da EMEL. O mínimo que se pode dizer é que foi juiz
em causa própria promovendo uma permuta de si, consigo mesmo; ------------------------
----- Em segundo importa realçar que, tendo este contrato sido feito alegando a
necessidade de alojar a EMEL no edifício da Quinta dos Lilases por permuta com o
edifício da Avenida da República, a verdade é que juntamente com a Quinta dos
Lilases passou para a posse da EMEL um terreno para construção urbana com 6787,5
metros quadrados, o que carece de explicação;-------------------------------------------------
----- Em terceiro e também a carecer de explicação, está o facto de a permuta ser feita
pelo valor patrimonial tributário, ou seja, 1.419 milhões de euros quando os terrenos
transitaram para a câmara por 1.973 milhões de euros. Ora, independentemente da
avaliação tinha sido feita pela Prime Yield em 2012, que avaliava este terreno da
EPUL em 9 milhões de euros, a verdade é que a Câmara optou por fazer a permuta
600 mil euros abaixo do valor pela qual veio a receber estes prédios. ----------------------
----- Eu sempre, como sabem, contestei as avaliações feitas aos prédios da EPUL e
foi-me sempre referido que a Câmara só podia receber estes prédios pelo seu valor
contabilístico. Eu gostava que me explicasse porque é que para estes efeitos a Câmara
não seguiu esses critérios e utilizou o valor patrimonial? -------------------------------------
----- É que Senhores Vereadores e Senhores Deputados há aqui 600 mil euros que eu
gostaria que me explicassem.” --------------------------------------------------------------------
56
----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos (MPT) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Vereador já que a Quinta das Conchas está unida à Quinta dos Lilases e,
é o terceiro maior espaço verde de Lisboa a seguir de Monsanto e do Parque da Bela
Vista. Embora separada a Quinta das Conchas por um muro da Quinta dos Lilases, é
de acesso e utilizado normalmente por pais com filhos e idosos e outros lisboetas nos
seus passeios ou em práticas desportivas. -------------------------------------------------------
----- A Quinta dos Lilases também é frequentada por algumas aves exóticas, sendo um
local de observação de aves. Pergunto Senho Vereador, se isto foi tomado em conta? --
----- O MPT gostaria de saber, se o acesso se manterá livre como até agora? -------------
----- E já que a EMEL vai manter no edifício da Avenida de Berna o equipamento do
sistema de vigilância, dada a complexidade e custos que importa a sua deslocalização,
o MPT gostaria de saber em que moldes a EMEL ficará a ocupar o espaço da Avenida
de Berna. Pagará algum aluguer desse espaço à Junta de Freguesia das avenidas
Novas ou à CML? As despesas inerentes a esse serviço, como por exemplo a
eletricidade, são suportadas por quem Senhor Vereador?” -----------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Não temos mais inscrições diz-me aqui o Senhor Primeiro-secretário e, portanto,
sendo assim pergunto se o Senhor Vereador quer dar esclarecimentos? -------------------
----- Senhor vereador Manuel Salgado a Senhora Deputada Margarida Saavedra pôs
algumas questões, alguém da Câmara quer responder?” --------------------------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Começando pela última pergunta. O regime que foi estabelecido nesta permuta,
a Câmara Municipal faz um comodato à Junta de Freguesia das Avenidas Novas e
nesse comodato não incluiu a parte que é utilizada ou que mantém utilização pela
EMEL. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Quanto às despesas, as despesas são repartidas proporcionalmente à área ocupada
por cada um deles. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Quanto às questões levantadas pela Senhora Deputada Margarida Saavedra, a
única resposta que me parece que se justifique a dar é que isto é uma permuta entre
uma propriedade municipal e uma propriedade de uma empresa municipal e, portanto,
todas as considerações que foram feitas são completamente irrelevantes.” ----------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “A Senhora Deputada está a fazer sinal, quer pedir algum esclarecimento
adicional? Não. --------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado do MPT está a pedir a palavra para? Um pedido de
esclarecimento.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos (MPT) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Vereador Manuel Salgado, então é assim, segundo me disse a repartição
das despesas é pela área tanto da junta, como da EMEL ao nível dos custos de
manutenção dessa área e de eletricidade, pelos vistos foi o que me disse. Eu suponho
57
que um data center consome muito mais do que uma parte administrativa da junta de
freguesia. Há aqui qualquer coisa que se calhar terá que ser reavaliada e acredito que
sim, que será. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Em relação também à cedência de espaço à junta de freguesia, então neste caso se
não é cedido todo o edifício da Avenida de Berna à Junta de Freguesia das Avenidas
Novas, quer dizer que os valores que estão no documento que nos fez chegar não
batem certo porque só é cedido parte do edifício, logo não é o valor que lá está
representado na cedência da permuta.” ----------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “A Senhora Deputada Margarida Saavedra também pediu a palavra para um
esclarecimento.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Margarida Saavedra (PSD) no uso da
palavra, fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------
----- “Senhor Vereador eu só queria que me esclarecesse uma coisa que eu achei que
percebi. Em primeiro lugar, para si isso é irrelevante, mas sabe Senhor Vereador, eu
estou habituada ao rigor das contas e eu gostava que me explicasse porque é que
fazendo a Câmara contas consigo mesma, tem diferenciais de 600 mil euros de um
para o outro? -----------------------------------------------------------------------------------------
----- É indiferente quando a Câmara faz contas consiga mesmo e com uma empresa
municipal que, aliás, pode vir a ser privatizada amanhã como sabem e o registo fica
em nome da EMEL, apesar de a Câmara ser a única acionista. Se o Senhor Vereador
acha que é completamente irrelevante o valor dos terrenos, nesse caso eu pergunto,
porque é que os pôs? E já agora se os pôs, porque é que se enganou em 600 mil euros?
É só isso que eu quero saber.” --------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “O Senhor Vereador tem a palavra para responder. --------------------------------------
----- Senhor Vereador Manuel Salgado aguardamos o seu esclarecimento. ----------------
----- Deixo o senhor Vereador consultar os seus apoios técnicos. ---------------------------
----- Senhor deputado, os Senhores Deputados também têm direito a apoio técnico,
portanto, é normal. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Bom, se isso está assim tão demorado, nós vamos passar adiante e daqui um
bocado já voltamos aqui.---------------------------------------------------------------------------
----- Eu sei que não é irrelevante, eu não estou a pôr à votação todos, eu estou a dizer
que neste momento estão aqui a tentar esclarecer um assunto que não aparece o
esclarecimento rapidamente e não vamos ficar aqui todos parados e vamos prosseguir
os nossos trabalhos com a Proposta 507/CM/2015. -------------------------------------------
----- É possível? Pode ser? Não vejo objeções, se não há objeções, nós vamos avançar
com a Proposta 507/CM/2015.” ------------------------------------------------------------------
----- (A discussão do Ponto 2 foi interrompida momentaneamente para prosseguir
posteriormente durante a respetiva Sessão) -----------------------------------------------------
----- PONTO 3 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 507/CM/2015 – HASTA
PÚBLICA PARA ALIENAÇÃO DE ATIVOS MUNICIPAIS, NOS TERMOS
DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA I) DO N.º 1 DO ARTIGO 25.º DO
58
REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, APROVADO PELA LEI N.º
75/2013, DE 12 DE SETEMBRO; 2 X GRELHA-BASE - 68 MINUTOS;
PARECER DA 1ª COMISSÃO PERMANENTE; ----------------------------------------- ----- (A Proposta n.º 507/CM/2015 – ‘Aprovar e submeter à apreciação da
Assembleia Municipal o lançamento de uma hasta pública para a alienação de
ativos municipais, nos termos da proposta’, apresentada pela CML, fica anexada à
presente ata como Anexo XXV e dela faz parte integrante) ----------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissão Permanente sobre a Proposta n.º 507/CM/2015,
apresentada pela CML, fica anexada à presente ata como Anexo XXVI e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação n.º 9/86, relativa à Proposta n.º 507/CM/2015, fica anexada à
presente ata como Anexo XXVII e dela faz parte integrante) -------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Esta proposta já aqui esteve duas vezes, é a terceira vez que vem aqui. -------------
----- Foram suscitadas várias dúvidas pela Senhora Deputada Margarida Saavedra, eu
responsabilizei-me por tentar esclarecê-las. Tentei esclarecer uma primeira vez e não
foram suficientes os esclarecimentos e depois a proposta baixou à 1ª Comissão onde,
efetivamente, estivemos a fazer uma verificação, eu ofereci-me para ser a relatora e
fiz uma verificação bastante integral de toda a matéria respeitante à proposta. -----------
----- Efetivamente confirmaram-se algumas das questões suscitadas pela Senhora
Deputada Margarida Saavedra. Confirmou-se que havia imprecisões e documentos em
falta que foram colocados no site e foram feitas as devidas correções, foi feito o
relatório em sede de comissão, que eu própria fiz e que não vou aqui repetir, que foi
aprovado por unanimidade em comissão. E há um conjunto de recomendações para o
futuro para evitar este tipo de situações, há um conjunto de recomendações que a
Comissão faz, é a Recomendação n.º 9/86, para melhorarmos os nossos
procedimentos nesta matéria relacionada com as propostas de hastas públicas. ----------
----- E, portanto, Senhores Deputados ao Senhor Primeiro-Secretário pergunto se tem
alguém inscrito nesta proposta. Faça Favor. ----------------------------------------------------
----- Eu penso que não é necessária, uma vez que esta proposta já é a terceira vez que
esteve aqui, já foi apresentada, portanto, eu sumarizei o relatório. Se for necessário
faz-se, mas acho que não é necessário apresentarmos pela terceira vez.” ------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Margarida Saavedra (PSD) no uso da
palavra, fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------
----- “Em primeiro lugar no que respeita às recomendações que a Senhora Presidente
disse e bem serem para o futuro, eu quero lembrar a esta Assembleia que dado que o
Senhor Vereador Duarte Cordeiro tinha dito que o regulamento já estava pronto e
seria apresentado no fim do ano, o Partido Social Democrata tinha proposto que
fossem apenas feitas hastas públicas após a publicação do regulamento. Pelo que estas
recomendações, Senhora Presidente ou até foi rejeitada mas, por isso, eu estou a dizer
que em termos do futuro, este futuro será curto e em qualquer dos casos o Partido
Social Democrata não poderá, naturalmente, rever-se nem votar favoravelmente estas
recomendações, porque nos parece meros paliativos e maiores atrasos para se fingir
59
uma coisa que não é. Para nós, acho que apenas após o regulamento poderá haver
hastas públicas e seremos coerentes com essa votação. ---------------------------------------
----- Finalmente, eu quero lembrar aqui que não sessão de 13 de Outubro chamei a
atenção desta Assembleia para a deficiente instrução desta proposta, nomeadamente,
pela falta de uma segunda avaliação externa nalguns lotes, mais concretamente em
seis dos dez lotes a alinear. ------------------------------------------------------------------------
----- Em resposta, a Câmara afirmou sob palavra de honra, eu repito, sob palavra de
honra, que a proposta estava devidamente instruída. A verdade, é que tal como disse a
Senhora Presidente, apenas posteriormente foram enviados os relatórios que eu tinha
dito que faltavam. -----------------------------------------------------------------------------------
----- Não tenho mais nada a acrescentar sobre isto.” ------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhores Deputados, eu lembro apenas que tem sido o critério da Mesa quando
há dúvidas sobre propostas, mesmo que a Câmara não tenha dúvidas nenhumas,
quando há dúvidas legítimas apresentadas pelos Senhores Deputados, as propostas
não são postas a votação e foi isso que aconteceu com esta proposta. ----------------------
----- Portanto, os Senhores Deputados sabem que a nossa missão é fiscalizar a ação do
Executivo, portanto, o Executivo podia não ter dúvidas mas nós tivemos e, portanto,
perseguimos com o nosso trabalho e é esse o nosso papel.”----------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Ana Páscoa (PCP) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhores Vereadores, Senhores Deputados Municipais, em relação à Proposta
507/CM/2015 eu vinha só aqui reiterar alguma intervenção que já tivemos quando
discutimos pela primeira vez essa proposta. Portanto, o PCP votará contra esta
proposta na medida em que se trata de venda em hasta pública de um conjunto de
prédios considerados como ativos não estratégicos pela Câmara Municipal de Lisboa,
perspetiva que não partilhamos totalmente. -----------------------------------------------------
----- Como já aqui referimos a propósito de outras hastas públicas anteriores, com esta
venda criam-se condições para colocar nas mãos de especuladores imobiliários a
determinação das condições de urbanização da cidade e o aumento especulativo do
preço dos solos e, consequentemente, da habitação em detrimento da criação da bolsa
de fogos disponíveis à população e acessível. --------------------------------------------------
----- Em relação ao parecer que foi aprovado ontem na Comissão de Finanças, dizer
que nós PCP, se revê inteiramente nestas conclusões, aliás, eu friso aqui realmente
como muito positivo, do nosso ponto de vista, que se proponha que em futuras
propostas de hastas públicas, que se proponha diferenciar em alíneas deliberativas
separadas cada um dos ativos a colocar em hasta, a fim de poderem ser votados
autonomamente. Portanto, neste aspeto nós concordamos inteiramente com estas
recomendações e com as outras que foram ontem aprovadas na comissão. ----------------
----- Portanto, a recomendação votaremos a favor, a proposta contra.”---------------------
----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
60
----- “Voltamos de novo a apreciar a Proposta 507/CM/2015, relativa ao orçamento de
uma hasta pública para a alienação de ativos municipais em que se salientava a
desadequação do Regulamento de Património de Lisboa datado de 1968 e alertava
para a necessidade urgente de o atualizar e de consagrar a regra de processamento
através de plataforma eletrónica de todos os procedimentos de alienação ou
constituição de ónus sobre imóveis municipais. ------------------------------------------------
----- Chamava-se ainda a atenção para as inúmeras e inexplicáveis deficiências
técnicas das peças de hasta pública, designadamente o facto de as mesmas não
esclarecerem de forma inequívoca o objeto de hasta pública, o que acontece
igualmente, que continua a verificar-se contradições nas avaliações feitas a estes
ativos, internas e externas. -------------------------------------------------------------------------
----- Quanto ao regulamento, o que é preciso. Igualmente se verifica que existem
ativos que não estavam inicialmente integrados na listagem de ativos não estratégicos
e que agora estão, sem que haja qualquer explicação e, por isso, talvez mais tarde nos
dirão que a lógica é do funcionamento dos mercados. ----------------------------------------
----- Por isso, também nos pareceu bem e aprovámos na reunião de 13 de Outubro de
2015 a Recomendação n.º 4/82, que apelava à Câmara para que proceda ainda no ano
corrente à atualização e regulação do Regulamento do Património datado, como eu
disse, de 1968, de forma a adequá-lo ao atual contexto económico, social, jurídico,
metodológico e político. ---------------------------------------------------------------------------
----- Já antes nos havíamos batido numa proposta de recomendação reprovada com os
votos do PS, PNPN e a abstenção cúmplice do CDS, pela realização de um estudo de
fundo na nesta matéria, a par do reforço da transparência na alienação do património
municipal. Afinal, esta espécie de agência imobiliária em que a Câmara Municipal de
Lisboa se vem transformando, é uma agência imobiliária especial. Além de vender
património que é de todos, ainda é uma espécie de agência que tem o poder de
determinar o que pode e não se pode construir em cada imóvel. ----------------------------
----- A Câmara Municipal de Lisboa tem especiais obrigações, pois não se trata de um
proprietário qualquer, na verdade é fiel depositária do património coletivo das e dos
lisboetas, mas mais que isso, tem a faca e o queijo na mão, agindo como um operador
de mercado ao mesmo tempo que tem uma obrigação de defender a legalidade e o
equilíbrio urbanístico e ambiental. ---------------------------------------------------------------
----- Reafirmamos que o Município Lisboeta, detentor de um vasto património
imobiliário na cidade, insistimos que as alienações de património que nos são
propostas, aconselhariam a um estudo prévio relativamente à totalidade do património
imobiliário do município e às perspetivas da sua utilização. ---------------------------------
----- Sublinhamos que o património mobiliário do Município tem de estar hoje e
amanhã ao serviço da cidade, por isso entendemos que a ser alienado não pode ser a
título definitivo, repito, por isso, entendemos que a ser alienado não pode ser a título
definitivo, permitindo às gerações futuras mantermos uma reserva de património
imobiliário que fique ao serviço das escolhas democráticas, afinal, os solos não se
multiplicam. -----------------------------------------------------------------------------------------
61
----- A não ser assim, não estaremos perante decisões estratégicas para a cidade, mas
tão-só uma política casuística de alienações ao sabor dos interesses momentâneos e de
premência financeira como, aliás, tem vindo a acentuar-se. ----------------------------------
----- Sem esse estudo, sem uma estratégia integrada e aprovada, a política de
alienações de património mobiliário do Município de Lisboa, são um mau serviço à
cidade e às gerações futuras. ----------------------------------------------------------------------
----- Fundamental é dotar a cidade de uma visão estratégica de reabilitação urbana do
município e os privados, cada um por si, cuidando a valorização do seu património. ----
----- Fundamental é que a cidade tenha meios imóveis em plena disposição do poder
político autárquico para que sirvam o intuito e o povoamento de Lisboa, corrigindo e
regulamentando os desequilíbrios causados pela intervenção dos privados, seja quanto
aos custos da habitação ou do arrendamento, seja aos custos e usos dos imóveis. --------
----- Fundamental é que os lisboetas não sejam expulsos da cidade e que as
coletividades e organizações tenham espaços de funcionamento, assegurando que a
cidade vive. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Se os turistas e os hosteis representam muito para a cidade, não é menos verdade
que têm pressionado o mercado imobiliário, expulsando os lisboetas e as suas
coletividades. Mas não tem sido este o caminho escolhido pelo Executivo, novamente
é a proposta de alienações de ativos que criam todas as condições favoráveis para os
especuladores imobiliários determinarem de facto as condições de urbanização da
cidade e o aumento especulativo dos preços dos solos e, naturalmente, da habitação
em detrimento da criação de bolsas de fogo acessíveis à população. -----------------------
----- A nossa escolha, a nossa estratégia tem de ser clara, que é a de saber se
favorecemos os mercados ou o que é melhor para Lisboa e para as pessoas. O nosso
lado é por Lisboa e as pessoas, pelo que o nosso voto é contra a Proposta
507/CM/2015, relativa ao relançamento de mais uma hasta pública para a alienação de
ativos municipais.” ---------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “A Mesa não tem mais inscritos do lado dos Senhores Deputados Municipais. O
senhor Vereador Manuel salgado pede a palavra.” --------------------------------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Antes de mais queria agradecer o trabalho feito pela Senhora Presidente,
enquanto Deputada, no relatório que fez a propósito desta proposta que é
extremamente rigoroso e detalhado e que, ao contrário daquilo que é afirmado no
início, deteta efetivamente algumas deficiências na elaboração do trabalho técnico por
parte da Câmara, mas, conforme fica bem claro nesse relatório, não são questões
fundamentais nem essenciais para a apreciação dos dados que nela continham. Mais,
foi solicitado que fossem acrescentados mais esclarecimentos sobre alguns aspetos
que, de imediato foram feitos pelo Diretor Municipal do Património. ----------------------
----- Segunda questão que queria referir é que acataremos integralmente a
recomendação que foi feita. Conforme já referi anteriormente está a ser finalizado a
62
proposta de Regulamento do Património e o documento estratégico proposto pela
Senhora Presidente está também em fase final de elaboração. -------------------------------
----- Terceira questão que queria referir, é que podem existir opiniões divergentes
sobre as decisões de venda de património e a política fundiária do Município, é
perfeitamente legítimo que isso exista, o que eu não admito é que seja posta em causa
a minha honorabilidade nesta matéria. E é má-fé da Senhora Deputada Margarida
Saavedra, porque a palavra de honra que eu dei e continuo a dar, é que a informação
na altura tinha sido distribuída em CD e a Senhora Presidente da Assembleia
Municipal reconheceu que o CD não tinha sido distribuído. Foi isso que se passou
nessa reunião e foi essa a palavra de honra que eu dei e continuo a dar e não admito
que ponham em causa a minha honorabilidade, insisto neste ponto.” ----------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Margarida Saavedra (PSD) apresentou
oralmente a seguinte Declaração de Voto: -----------------------------------------------------
----- “O Senhor Vereador eu não estou a brincar, eu peço imensa desculpa, mas devo
dizer-lhe que foi através do CD, foi através do CD que eu fiz as consultas e tenho
todo o gosto em fornecer-lhe o CD que nos foi fornecido a nós PSD. ----------------------
----- Das duas uma, Senhor Vereador, porque eu vou-lhe dizer, eu quando a minha
palavra de honra sei o que é que estou a fazer e não preciso de desculpas quando a
perco. -------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Agora devo dizer-lhe uma coisa, devo dizer-lhe uma coisa, das duas uma, ou o
Senhor não tem noção do que estava no CD ou então mandou para o PSD um CD
com falta de informação, mas eu tenho muito gosto em lho enviar, porque devo dizer
que foi através do CD que eu vi que se verificavam que faltavam essas essas
informações e o que a Senhora Presidente disse foi que elas não eram relevantes.
Mas isso foi o juízo de valor da Senhora Presidente, porque que eu afirmei aqui é que
efetivamente dos dez processos faltavam seis avaliações. E se o Senhor Vereador
quiser fazer o favor de ouvir a transcrição da sessão anterior, verá que o Senhor
Vereador disse que estavam e essa é a questão, é essa a questão. --------------------------
----- Senhor Vereador eu não estou aqui a brincar e sei o que digo e se o Senhor
Vereador quiser dizer o contrário eu tenho tudo para provar aquilo que digo, peço
desculpa, mas eu não admito que me fale nesse tom, porque aquilo que eu digo é
verdade.” ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Para dizer que também não admito que sejam postas as questões nestes termos,
porque aquilo que a Senhora Deputada está a dizer, é falso! Aquilo que foi dito aqui
na altura é que os CD's não tinham sido distribuídos. Foi sim senhor e eu peço à
Senhora Presidente que o confirme.” ------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhor Vereador e Senhora Deputada, nós iremos esclarecer isso, não tem
problema, vai-se consultar a gravação. ----------------------------------------------------------
----- Eu recordo eu própria me ter apercebido que os CD’s não tinham sido
distribuídos embora estivessem feitos, estavam lá em cima no gabinete e não tinham
63
sido distribuídos e, portanto, eu própria assumi a responsabilidade e foi por isso que
assumi a responsabilidade, procurar esclarecer. ------------------------------------------------
----- Seja como for, isso agora não vale a pena, não é por aí que nós vamos, nós temos
é que saber se as deficiências que foram encontradas foram supridas. As deficiências
foram supridas, não há mais dúvidas sobre a matéria de facto, sobre a qual são
chamados a pronunciarmo-nos, podemos ter ideias opostas, mas a matéria de facto é
esta. ---------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Quero também acrescentar, uma vez que esta questão foi suscitada na 1ª
Comissão e eu informei na 1ª Comissão que tinha pedido esclarecimentos à Câmara,
eles chegaram-me esta manhã e não tive oportunidade de os dar. Informo o Senhor
Deputado José Casimiro que do Senhor Diretor Municipal da Gestão de Património,
recebi um e-mail a informar que, de facto, os ativos Vila Leitão, Rua das Amoreiras e
Quinta da Paz não constavam da listagem de património a alienar anexo ao orçamento
de 2015 e que a razão pelo qual foram incluídos nesta hasta, foi porque foi possível
desbloquear a situação destes três casos mais cedo do que se tinha inicialmente
previsto e é por isso que foram incluídos aqui, portanto, era esta explicação que eu
tinha que dar, está dada. ----------------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados pergunto se há mais algum Senhor Deputado para intervir? --
----- Se não há mais Senhores Deputados para intervir, nós vamos pôr à votação a
Proposta n.º 507/CM/2015. ------------------------------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Proposta n.º 507/CM/2015, apresentada pela CML.
A Proposta n.º 507/CM/2015 foi aprovada, com os votos contra de PSD, CDS-PP,
MPT, BE, PEV, PCP, abstenção de PAN e votos a favor de PS, PNPN e 6IND. ---------
----- Vou pôr agora à votação a Recomendação n.º 9/86 da 1ª Comissão que foi
distribuída e, portanto, propõe uma série de procedimentos para o futuro a fim de
tornar mais exigente a nossa análise destas matérias. -----------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Recomendação n.º 9/86. A Recomendação n.º 9/86
foi aprovada, com o voto contra de PSD, abstenção de MPT e votos a favor de PS,
PCP, BE, CDS-PP, PEV, PAN, PNPN e 6IND. ------------------------------------------------
----- Muito bem a intervenção da Senhora Deputada. Qual delas? A última, presumo?
A Senhora Deputada depois dirá qual é que pretende que seja Declaração de Voto. -----
----- O CDS faz uma Declaração de Voto sobre esta matéria.” ------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) apresentou
posteriormente a seguinte Declaração de Voto: -----------------------------------------------
----- “O Grupo Municipal do CDS‐PP declara que votou contra a proposta acima
referenciada, que teve por objeto (i) alienar em hasta pública 8 parcelas de terreno
com estudos urbanísticos aprovados e 2 prédios urbanos, (ii) aprovar os valores base
de licitação (iii) aprovar as peças escritas e desenhadas da hasta pública, (iv)
admitir, nos casos em que o valor base de licitação seja superior a €1.000.000,00 o
pagamento do preço em diversas modalidades, mediante escolha do adjudicatário e
(v) aprovar a constituição da comissão da hasta pública, por considerarem que: -------
----- 1 - Aquilo a que o Presidente da CML chama de “prosseguimento dos
programas de valorização do património municipal” consubstancia antes uma mera
64
venda de ativos e a consequente privatização de património que deveria estar ao
serviço da Cidade e dos lisboetas; ---------------------------------------------------------------
----- 2 - As 8 parcelas de terreno e os 2 prédios urbanos objeto desta hasta
pública constituem valiosos ativos imobiliários da CML que nunca deveriam ter sido
colocados no mercado à luz de um Regulamento de Património aprovado em 1968 e
que se encontra profundamente desatualizado e há muito que não dá resposta
adequada aos desafios da realidade, como o CDS-PP tem salientado inúmeras vezes; -
----- 3 - Mais se salienta que a antiguidade e a desadequação do atual Regulamento
de Património de 1968 foram inclusivamente identificadas como um Risco de
Corrupção e Infrações Conexas (vide “Risco 92” do Plano de Prevenção de Riscos
de Gestão da CML para 2011), pelo que urge proceder à produção de um novo
Regulamento Municipal de Património que se adeque ao presente contexto político,
económico, social, jurídico e tecnológico e que vá ao encontro das exigências da boa
gestão do património público; --------------------------------------------------------------------
----- 4 - Designadamente deveria ter sido já consagrada a regra do processamento
através de plataforma eletrónica de todos os procedimentos de alienação ou
constituição de ónus sobre imóveis (tais como hastas públicas, concursos,
procedimentos por negociação com publicação prévia de anúncio, ajustes diretos ou
outros); -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- 5 - Mais se salientam as inúmeras e inexplicáveis deficiências técnicas das peças
da hasta pública, designadamente o facto de as mesmas não esclarecerem
inequivocamente que o objeto da hasta pública são 10 lotes autónomos e
independentes, que darão origem a 10 arrematações, 10 adjudicações e 10 contratos
distintos. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Pelo Grupo Municipal ------------------------------------------------------------------------
----- João Diogo Moura” --------------------------------------------------------------------------
----- (Continuação da discussão do Ponto 2) ---------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhores Deputados voltamos à Proposta n.º 588/CM/2015. -------------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado está em condições de esclarecer as questões
colocadas pela Senhora Deputada margarida Saavedra, faça favor.” -----------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Conforme foi referido a permuta dos dois terrenos foi feita a partir de
avaliações, com base no Código do IMI, portanto, valor patrimonial tributário. ----------
----- O prédio, portanto, um dos prémios tem um valor de 1.000.419,860 euros que é o
prédio da Quinta dos Lilases e o outro prédio da Avenida República que tem um valor
de 1.000.191,20 euros. Portanto, há uma diferença entre os dois prédios de 228.840,00
euros, e aquilo que consta da proposta é que este valor é absorvido pelos custos da
EMEL, que suportou as obras de recuperação do edifício existente na Quinta dos
Lilases e que já apresentava vários sinais de abandono.” -------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
65
----- “O Senhor Deputado Vasco Santos também tinha feito um pedido de
esclarecimento sobre esta matéria, vou-lhe passar a palavra.” -------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos (MPT) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Vereador continuo a não estar satisfeito com a resposta, já que o prédio
que disse que tem o valor, da Avenida de Berna, que tem um valor de 1.000.200,00,
vai ser dividido entre serviços da EMEL e serviços da junta de freguesia, por isso não
pode ser considerado o valor no inteiro. Se é para dividir pela parte, como disse há
bocado, ao nível dos custos administrativos, se é para dividir pela parte relativa a cada
um, também este valor terá de ser dividido e aí o custo é muito superior. -----------------
----- Entretanto, aproveito também para a relembrar ou reiterar que não respondeu à
pergunta sobre a utilização. Se vai continuar a ser livre a utilização da parte agora
acessível à Quinta dos Lilases a partir da Quinta das Conchas?” ----------------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Oh Senhor Deputado a permuta é entre a EMEL e o Município e, portanto, o
valor é relativamente aos dois prédios, independentemente da forma como o
Município venha a ceder posteriormente a utilização à Junta de Freguesia das
Avenidas Novas e à EMEL, portanto, são dois processos completamente autónomos,
distintos e separados.” ------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos (MPT) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Vereador então responda lá à outra pergunta que eu tinha feito quando
fiz a minha intervenção ali em cima, que tem a ver se a EMEL vai pagar algum
aluguer pelo espaço que a Câmara está a ceder ou vai compensar a Câmara pela
utilização desse espaço? Se for isso que está a dizer.------------------------------------------
----- E voltou a não responder à pergunta sobre a utilização livre, do acesso livre à
Quinta dos Lilases.” --------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhores Deputados nós temos uma norma de boa prática que pede para
realmente cada Grupo Municipal, sobre a mesma proposta, não fazer mais do que um
pedido de esclarecimento. -------------------------------------------------------------------------
----- Naturalmente é uma norma de boa prática que cada um seguirá ou não, portanto,
eu peço que sejam bastante sucintos e peço ao Senhor vereador a maior atenção para
tentar responder. Se não ficarem satisfeitos com a resposta, não vale a pena voltar a
perguntar porque, provavelmente, continuarão a não ficar satisfeitos com a resposta. ---
----- Mas faça favor Senhora Deputada Margarida Saavedra.” ------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Margarida Saavedra (PSD) no uso da
palavra, fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------
----- “Senhor Vereador é ou não é verdade, que a permuta foi feita com base no valor
patrimonial tributário, 1.000.419 euros e o valor contabilístico é de 1.000.973 euros,
valor pelo qual a Câmara recebeu o terreno da EPUL? ---------------------------------------
----- Está no relatório, foi aprovado pela Câmara. ---------------------------------------------
66
----- É a pergunta que eu lhe faço. É ou não é verdade o que estou a dizer?” --------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “A permuta foi feita pelo valor patrimonial tributário, independentemente daquilo
que esteja nas contas da EMEL”------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Senhores Deputados está esclarecida a resposta, vamos então pôr à vossa
consideração a Proposta n.º 588/CM/2015. -----------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Proposta n.º 588/CM/2015, apresentada pela CML.
A Proposta n.º 588/CM/2015 foi aprovada, com os votos contra de MPT, abstenção
de BE, 1PS e votos a favor de PS, PSD, PCP, CDS-PP, PEV, PAN, PNPN e 6IND. ----
----- Vamos prosseguir. ----------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Vítor Gonçalves certamente para dar a indicação de uma
Declaração de Voto. Muito bem.” ----------------------------------------------------------------
----- (O Grupo Municipal do PSD não entregou posteriormente a Declaração de
Voto referente à Proposta n.º 588/CM/2015) -------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Ultrapassadas estas duas propostas vamos entrar agora num conjunto de
propostas, eu peço então que a Senhora Segunda Secretária retome o seu lugar na
Mesa. -------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Temos um conjunto…o Senhor Deputado Vasco Santos também para uma
declaração de voto? Quer fazê-la agora? Faça favor. ------------------------------------------
----- Uma Declaração de Voto sobre a Proposta n.º 588/CM/2015 do MPT.” -------------
----- O Senhor Deputado Municipal Vasco Santos (MPT) apresentou oralmente a
seguinte Declaração de Voto: --------------------------------------------------------------------
----- “A Declaração de Voto do MPT no voto contra é única e exclusivamente porque
o Senhor Vereador não respondeu a todas as perguntas que fizemos, concretamente a
pergunta do acesso livre pelo público à Quinta dos Lilases.” -------------------------------
----- PONTO 4 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 597/CM/2015 - DELEGAÇÃO
DE COMPETÊNCIAS ENTRE O MUNICÍPIO DE LISBOA E A FREGUESIA
DE ALCÂNTARA, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO
ARTIGO 23º E DA ALÍNEA K) DO N.º 1 DO ARTIGO 25º DO REGIME
JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, E DOS ARTIGOS 116º E SEGUINTES
DO REGIME JURÍDICO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS DOS
MUNICÍPIOS NAS FREGUESIAS, AMBOS OS REGIMES APROVADOS PELA
LEI Nº 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, PUBLICADOS EM ANEXO I, À
MESMA LEI; GRELHA-BASE - 34 MINUTOS; PARECER DA 1ª E 5ª
COMISSÕES PERMANENTES. -------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta n.º 597/CM/2015 – ‘Delegação de Competências entre o Município
de Lisboa e a Freguesia de Alcântara’, apresentada pela CML, fica anexada à
presente ata como Anexo XXVIII e dela faz parte integrante) ------------------------------
67
----- (O Parecer da 1ª e 5ª Comissões Permanentes sobre a Proposta n.º
597/CM/2015, apresentada pela CML, fica anexada à presente ata como Anexo XXIX
e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 5 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 598/CM/2015 - DELEGAÇÃO
DE COMPETÊNCIAS ENTRE O MUNICÍPIO DE LISBOA E A FREGUESIA
DE SÃO VICENTE, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO
ARTIGO 23º E DA ALÍNEA K) DO N.º1 DO ARTIGO 25º DO REGIME
JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, E DOS ARTIGOS 116º E SEGUINTES
DO REGIME JURÍDICO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS DOS
MUNICÍPIOS NAS FREGUESIAS, AMBOS OS REGIMES APROVADOS PELA
LEI Nº 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, PUBLICADOS EM ANEXO I, À
MESMA LEI; GRELHA-BASE - 34 MINUTOS; PARECER DA 1ª E 5ª
COMISSÕES PERMANENTES. -------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta n.º 598/CM/2015 – ‘Delegação de Competências entre o Município
de Lisboa e a Freguesia de São Vicente’, apresentada pela CML, fica anexada à
presente ata como Anexo XXX e dela faz parte integrante) ----------------------------------
----- (O Parecer da 1ª e 5ª Comissões Permanentes sobre a Proposta n.º
598/CM/2015, apresentada pela CML, fica anexada à presente ata como Anexo XXXI
e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 6 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 599/CM/2015 - DELEGAÇÃO
DE COMPETÊNCIAS ENTRE O MUNICÍPIO DE LISBOA E A FREGUESIA
DE AJUDA, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO ARTIGO 23º
E DA ALÍNEA K) DO N.º 1 DO ARTIGO 25º DO REGIME JURÍDICO DAS
AUTARQUIAS LOCAIS, E DOS ARTIGOS 116º E SEGUINTES DO REGIME
JURÍDICO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS NAS
FREGUESIAS, AMBOS OS REGIMES APROVADOS PELA LEI Nº 75/2013,
DE 12 DE SETEMBRO, PUBLICADOS EM ANEXO I, À MESMA LEI;
GRELHA-BASE - 34 MINUTOS; PARECER DA 1ª E 5ª COMISSÕES
PERMANENTES. --------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta n.º 599/CM/2015 – ‘Delegação de Competências entre o Município
de Lisboa e a Freguesia de Ajuda’, apresentada pela CML, fica anexada à presente
ata como Anexo XXXII e dela faz parte integrante) ------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª e 5ª Comissões Permanentes sobre a Proposta n.º
599/CM/2015, apresentada pela CML, fica anexada à presente ata como Anexo
XXXIII e dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------
----- PONTO 7 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 600/CM/2015 - DELEGAÇÃO
DE COMPETÊNCIAS ENTRE O MUNICÍPIO DE LISBOA E A FREGUESIA
DE BELÉM, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO ARTIGO 23º
E DA ALÍNEA K) DO N.º 1 DO ARTIGO 25º DO REGIME JURÍDICO DAS
AUTARQUIAS LOCAIS, E DOS ARTIGOS 116º E SEGUINTES DO REGIME
JURÍDICO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS NAS
FREGUESIAS, AMBOS OS REGIMES APROVADOS PELA LEI Nº 75/2013,
DE 12 DE SETEMBRO, PUBLICADOS EM ANEXO I, À MESMA LEI;
68
GRELHA-BASE - 34 MINUTOS; PARECER DA 1ª E 5ª COMISSÕES
PERMANENTES. --------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta n.º 600/CM/2015 – ‘Delegação de Competências entre o Município
de Lisboa e a Freguesia de Belém’, apresentada pela CML, fica anexada à presente
ata como Anexo XXXIV e dela faz parte integrante) -----------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª e 5ª Comissões Permanentes sobre a Proposta n.º
600/CM/2015, apresentada pela CML, fica anexada à presente ata como Anexo
XXXV e dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação n.º 10/86, relativa à Proposta n.º 597/CM/2015, Proposta n.º
598/CM/2015, Proposta n.º 599/CM/2015 e Proposta n.º 600/CM/2015, fica anexada
à presente ata como Anexo XXXVI e dela faz parte integrante) ----------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Temos agora um conjunto de propostas que são delegações de competências
entre o Município de Lisboa e na Proposta n.º 597/CM/2015 é a Freguesia de
Alcântara, na Proposta n.º 598/CM/2015 é a Freguesia de São Vicente, na Proposta n.º
599/CM/2015 é a Freguesia da ajuda e a Proposta n.º 600/CM/2015 é a Freguesia de
Belém. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Pergunto à Câmara se quer apresentar as propostas? ------------------------------------
----- Penso que as podemos discutir em conjunto se os Senhores Deputados não virem
inconveniente, pois votaremos individualmente cada uma delas. ---------------------------
----- Pergunto à Câmara se quer apresentar as propostas das delegações de
competências? Não vejo sinalização nenhuma da Câmara. -----------------------------------
----- Os Senhores Deputados Relatores, a Senhora Deputada Sofia Oliveira Dias e o
Senhor Deputado Magalhães Pereira, querem apresentar os vossos relatórios? A
recomendação, portanto, o Senhor Deputado Magalhães Pereira que faz parte dos
relatores quer usar a palavra para apresentar, no fundo, chamar a atenção para a
recomendação destas 4 propostas que é a mesma, é a Recomendação n.º 10/86.” --------
----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD) na qualidade de
Relator da 1ª e 5ª Comissões Permanentes, apresentou a Recomendação n.º10/86: --
----- “Como dissemos ontem, é para que fique estabelecido para os casos futuros.-------
----- Tendo em conta os pareceres da 1ª 5ª Comissões Permanentes sobre as Propostas
n.º 597/CM/2015, n.º 598/CM/2015, n.º 599/CM/2015 e n.º 600/CM/2015, relativas a
delegação de competências nas freguesias de Alcântara, São Vicente, Ajuda e Belém,
a 1ª 5ª Comissões Permanentes propõe ao Plenário que aprove a seguinte
recomendação à Câmara Municipal. -------------------------------------------------------------
----- Devem ser remetidas à Assembleia para conhecimento, os relatórios mensais das
juntas de freguesia à Câmara sobre o progresso de execução da obra desenvolvida no
âmbito dos contratos interadministrativos, decorrentes das presentes delegações de
competências.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Vamos continuar, vamos prosseguir então Senhores Deputados, temos a as
Proposta n.º 597/CM/2015, não há inscrições, vou pôr à votação. --------------------------
69
----- A Mesa vai pôr à votação a Proposta n.º 597/CM/2015, apresentada pela CML.
A Proposta n.º 597/CM/2015 foi aprovada por unanimidade. -----------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Proposta n.º 598/CM/2015, apresentada pela CML.
A Proposta n.º 598/CM/2015 foi aprovada por unanimidade. -----------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Proposta n.º 599/CM/2015, apresentada pela CML.
A Proposta n.º 598/CM/2015 foi aprovada por unanimidade. -----------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Proposta n.º 600/CM/2015, apresentada pela CML.
A Proposta n.º 600/CM/2015 foi aprovada, com abstenção de MPT e votos a favor de
PS, PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV, PAN, PNPN e 6IND. ------------------------------------
----- Há uma recomendação, com isto tudo falta a Recomendação n.º 10/86 que era o
que eu queria pôr à votação, é a recomendação conjunta destas propostas todas e, que
no fundo tem a ver com uma recomendação à Câmara para serem enviadas para cá os
relatórios de execução apresentados pelas juntas de freguesia sobre estas delegações
de competências. ------------------------------------------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Recomendação n.º 10/86. A Recomendação n.º
10/86 foi aprovada por unanimidade.” --------------------------------------------------------
----- PONTO 8 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 620/CM/2015 – ASSUNÇÃO
DE COMPROMISSO PLURIANUAL PARA AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE
LIMPEZA, DESOBSTRUÇÃO, INSPEÇÃO E REABILITAÇÃO INTERNA DE
COLETORES DA REDE DE SANEAMENTO DO MUNICÍPIO DE LISBOA,
NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO
ARTIGO 6.º DA LEI N.º 8/2012 DE 21 DE FEVEREIRO, NA SUA REDAÇÃO
ATUAL, REGULADA PELO DECRETO-LEI N.º 127/2012 DE 21 DE JUNHO;
GRELHA-BASE – 34 MINUTOS; ------------------------------------------------------------ ----- (A Proposta n.º 620/CM/2015 – ‘Assunção de compromisso plurianual para
aquisição de Serviços de limpeza, desobstrução, inspeção e reabilitação interna de
Coletores da Rede de Saneamento do Município de Lisboa’, apresentada pela CML,
fica anexada à presente ata como Anexo XXXVII e dela faz parte integrante) -----------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “A Proposta n.º 620/CM/2015, tem a ver com um compromisso plurianual para a
aquisição dos serviços de limpeza rede de coletores, da rede de saneamento. -------------
----- Havia uma dúvida levantada pelo PEV que já foi esclarecida e, portanto, estamos
em condições de pôr à votação. -------------------------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Proposta n.º 620/CM/2015, apresentada pela CML.
A Proposta n.º 620/CM/2015 foi aprovada por unanimidade.” ---------------------------
----- PONTO 9 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 621/CM/2015, ALÍNEA A) -
ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS PLURIANUAIS PARA O
FORNECIMENTO DO SERVIÇO DE REFEIÇÕES ESCOLARES NA
MODALIDADE DE CONFEÇÃO NO LOCAL, 2.º PERÍODO DO ANO
LETIVO DE 2015/2016, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA
ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 6.º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE
FEVEREIRO, NA SUA REDAÇÃO ATUAL, REGULADA PELO DECRETO-
LEI N.º 127/2012 DE 21 DE JUNHO; GRELHA-BASE – 34 MINUTOS. ------------
70
----- (A Proposta n.º 621/CM/2015 – ‘Assunção de compromissos plurianuais para o
fornecimento do serviço de refeições escolares na modalidade de confeção no local’,
apresentada pela CML, fica anexada à presente ata como Anexo XXXVIII e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “A Proposta n.º 621/CM/2015. --------------------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Proposta n.º 621/CM/2015, apresentada pela CML.
A Proposta n.º 621/CM/2015 foi aprovada, com o voto contra de CDS-PP e votos a
favor de PS, PSD, PCP, BE, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND.” ----------------------------
----- PONTO 10 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 433/CM/2015- ADESÃO DO
MUNICÍPIO DE LISBOA À REDE DE CIDADES MAGALHÂNICAS, NOS
TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA P) DO N.º 2 DO
ARTIGO 23.º E DA ALÍNEA N) DO N.º 1 DO ARTIGO 25.º DO REGIME
JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, APROVADO PELA LEI N.º 75/2013,
DE 12 DE SETEMBRO; GRELHA-BASE, 34 MINUTOS; PARECER DA 2ª
COMISSÃO PERMANENTE. ----------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta n.º 433/CM/2015 – ‘Adesão do Município de Lisboa à rede de
cidades Magalhânicas’, apresentada pela CML, fica anexada à presente ata como
Anexo XXXIX e dela faz parte integrante) -----------------------------------------------------
----- (O Parecer da 2ª Comissão Permanente sobre a Proposta n.º 433/CM/2015,
apresentada pela CML, fica anexada à presente ata como Anexo XXXX e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação n.º 11/86, relativa à Proposta n.º 433/CM/2015, fica anexada
à presente ata como Anexo XXXXI e dela faz parte integrante) ----------------------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Vamos passar então ao último ponto da ordem de trabalhos que é a Proposta n.º
433/CM/2015. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Pergunto à Câmara se quer apresentar a proposta? A Câmara não quer apresentar
a proposta.--------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Magalhães Pereira quer apresentar o seu relatório sobre a
Proposta n.º 433/CM/2015, faça favor.” ---------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD) na qualidade de
Relator da 2ª Comissão Permanente, apresentou a Recomendação n.º11/86: ---------
----- “O parecer produzido pela 2ª Comissão e que foi aprovado por unanimidade,
desenvolve claramente as circunstâncias e as potencialidades desta candidatura, que
coalescem nas recomendações seguinte à Câmara Municipal de Lisboa: ------------------
----- Uma vez integrada na rede, Lisboa considera a apresentação de candidatura a
cidade coordenadora e anfitriã do encontro anual, em prazo e em data adequados à
celebração dos 500 anos da viagem de descoberta de Fernão de Magalhães. --------------
----- Proceda, no âmbito dos trabalhos internos da Rede Magalhãnica, ao estudo e
divulgação dos factos e minúcias relacionados com a viagem e seus antecedentes, no
que respeita à vida e feitos de Fernão de Magalhães; -----------------------------------------
71
----- Remeta, com periodicidade semestral, informação a esta Assembleia Municipal
sobre os desenvolvimentos da sua ação no interior dessa Rede Mundial.” -----------------
----- A Senhora Presidente no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: ---------------
----- “Peço então aos Senhores Deputados, tendo em conta o que acabamos de ouvir,
se estamos em condições de apreciar esta Proposta n.º 433/CM/2015, ‘Adesão do
Município de Lisboa à rede cidades Magalhânicas’. ------------------------------------------
----- Parece que sim. --------------------------------------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Proposta n.º 433/CM/2015, apresentada pela CML.
A Proposta n.º 433/CM/2015 foi aprovada por unanimidade. -----------------------------
----- Falta ainda a Recomendação n.º 11/86 que o Senhor Deputado Magalhães Pereira
acabou de apresentar. -------------------------------------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à votação a Recomendação n.º 11/86. A Recomendação n.º 1/86
foi aprovada por unanimidade. -----------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados o que eu estava a informar é que amanhã decorre, amanhã e
depois, decorre nesta sala um encontro de quadros do Município de Lisboa, que é um
trabalho muito importante com os quadros dirigentes do Município de Lisboa. Nós
vamos ser solicitados a pronunciar-nos sobre matéria que diz respeito a isto e,
portanto, apenas para vos dar essa informação. ------------------------------------------------
----- Lembrar-vos que então de hoje a 8 dias, ou seja, de hoje a uma semana,
estaremos aqui para apreciar o orçamento, o plano, a política fiscal, os contratos-
programa e a proposta de aquisição de ações da Valorsul. -----------------------------------
----- Lembro também aos Senhores Deputados e informo a Câmara, foram feitas sobre
esta matéria, nomeadamente sobre as Grandes Opções do plano, 26 reuniões de
comissões com audições com Vereadores. Penso que é a primeira vez que há um
escrutínio tão intenso de todas as matérias das Grandes Opções do Plano e, portanto,
seguramente, as comissões ainda vão fechar os seus pareceres e aqui estaremos para a
semana com bastante trabalho para fazer como é habitual, muito obrigado Senhores
Deputados.” ------------------------------------------------------------------------------------------
----- A sessão terminou, eram dezoito horas e trinta minutos.--------------------------------
----- Eu ______________________________, a exercer funções no Gabinete de
Apoio à Assembleia Municipal lavrei a presente ata que também assino, nos termos
do disposto no n.º 2 do art.º 57.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, do
n.º 2 do art.º 90.º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa e do despacho da
Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa exarado em 10 de Setembro
de 2014 na folha de rosto anexa à Proposta n.º 1/SMAM/2014. -----------------------------
----------------------------------------A PRESIDENTE -------------------------------------------