assembleia municipal de lisboa...

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1 ------------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ---------------------- -------------------------------------- Mandato 2009-2013 ---------------------------------------- ----- PRIMEIRA REUNIÃO DA DÉCIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA INICIADA NO DIA VINTE E CINCO DE JUNHO DE DOIS MIL E TREZE--------------------------------------------- ---------------------------ATA NÚMERO NOVENTA E QUATRO ----------------------- ----Aos vinte e cinco dias do mês de Junho de dois mil e treze, e em cumprimento de convocatória emanada nos termos do disposto na alínea f) do n.º 1 do artigo 20.º do seu Regimento, reuniu a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, em sessão ordinária, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor Nelson Pinto Antunes e pela Excelentíssima Senhora Ana Páscoa Baptista, respetivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária em exercício. ---------------------------------------------------------------- ------ Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados, os seguintes Deputados Municipais: ---------------------------------------------------------------------------- ------ Alberto Francisco Bento, Aline Gallash Hall Beuvink, Ana Bela Burt Magro Pires Marques, Ana Maria Bravo Martins de Campos, Ana Maria Gaspar Marques, André Nunes de Almeida Couto, António José do Amaral Ferreira de Lemos, António Manuel, António Manuel de Freitas Arruda, António Manuel Pimenta Prôa, António Modesto Fernandes Navarro, António Paulo Duarte de Almeida, Armando Dias Estácio, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues, Diogo Vasco Gonçalves Nunes de Bastos, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Fernando Pereira Duarte, Filipe Mário Lopes, Francisco Carlos de Jesus Vasconcelos Maia, Francisco David Carvalho da Silva Dias, Gonçalo Maria Pacheco da Câmara Pereira, Gonçalo Matos Correia Castro de Almeida Velho, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Idália Maria Jorge Poucochinho Morgado Aparício, Inês Drummond Ludovice Mendes Gomes, Inês Lopes Cavalheiro Ponce Dentinho de Albuquerque D’Orey, Ismael do Nascimento Fonseca, João Cardoso Pereira Serra, João Diogo Santos Moura, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, João Miguel Augusto Vas Lima, João Paulo Mota Costa Lopes, Joaquim Emanuel da Silva Guerra de Sousa, Joaquim Lopes Ramos, Joaquim Maria Fernandes Marques, John Law Rosas da Costa Jones Baker, Jorge Telmo Cabral Saraiva Chaves de Matos, José Alberto Ferreira Franco, José António Nunes do Deserto Videira, José Filipe de Mendonça Athayde de Carvalhosa, José Joaquim Vieira Pires, José Manuel Rosa do Egipto, José Manuel Marques Casimiro, José Maximiano de Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Luís Filipe da Silva Monteiro, Luís Filipe Graça Gonçalves, Manuel Luís de Sousa Silva Medeiros, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, Maria Alexandra Dias Figueira, Maria Cândida Rio Freitas Cavaleiro Madeira, Maria Clara Currito Gargalo Ferreira da Silva, Maria da Graça Rezende Pinto Ferreira, Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro, Maria Elisa Madureira Carvalho, Maria Filomena Dias Moreira Lobo, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria

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------------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ---------------------- -------------------------------------- Mandato 2009-2013 ---------------------------------------- ----- PRIMEIRA REUNIÃO DA DÉCIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA INICIADA NO DIA VINTE E CINCO DE JUNHO DE DOIS MIL E TREZE --------------------------------------------- ---------------------------ATA NÚMERO NOVENTA E QUATRO ----------------------- ----Aos vinte e cinco dias do mês de Junho de dois mil e treze, e em cumprimento de convocatória emanada nos termos do disposto na alínea f) do n.º 1 do artigo 20.º do seu Regimento, reuniu a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, em sessão ordinária, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor Nelson Pinto Antunes e pela Excelentíssima Senhora Ana Páscoa Baptista, respetivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária em exercício. ---------------------------------------------------------------- ------ Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados, os seguintes Deputados Municipais: ---------------------------------------------------------------------------- ------ Alberto Francisco Bento, Aline Gallash Hall Beuvink, Ana Bela Burt Magro Pires Marques, Ana Maria Bravo Martins de Campos, Ana Maria Gaspar Marques, André Nunes de Almeida Couto, António José do Amaral Ferreira de Lemos, António Manuel, António Manuel de Freitas Arruda, António Manuel Pimenta Prôa, António Modesto Fernandes Navarro, António Paulo Duarte de Almeida, Armando Dias Estácio, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues, Diogo Vasco Gonçalves Nunes de Bastos, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Fernando Pereira Duarte, Filipe Mário Lopes, Francisco Carlos de Jesus Vasconcelos Maia, Francisco David Carvalho da Silva Dias, Gonçalo Maria Pacheco da Câmara Pereira, Gonçalo Matos Correia Castro de Almeida Velho, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Idália Maria Jorge Poucochinho Morgado Aparício, Inês Drummond Ludovice Mendes Gomes, Inês Lopes Cavalheiro Ponce Dentinho de Albuquerque D’Orey, Ismael do Nascimento Fonseca, João Cardoso Pereira Serra, João Diogo Santos Moura, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, João Miguel Augusto Vas Lima, João Paulo Mota Costa Lopes, Joaquim Emanuel da Silva Guerra de Sousa, Joaquim Lopes Ramos, Joaquim Maria Fernandes Marques, John Law Rosas da Costa Jones Baker, Jorge Telmo Cabral Saraiva Chaves de Matos, José Alberto Ferreira Franco, José António Nunes do Deserto Videira, José Filipe de Mendonça Athayde de Carvalhosa, José Joaquim Vieira Pires, José Manuel Rosa do Egipto, José Manuel Marques Casimiro, José Maximiano de Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Luís Filipe da Silva Monteiro, Luís Filipe Graça Gonçalves, Manuel Luís de Sousa Silva Medeiros, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, Maria Alexandra Dias Figueira, Maria Cândida Rio Freitas Cavaleiro Madeira, Maria Clara Currito Gargalo Ferreira da Silva, Maria da Graça Rezende Pinto Ferreira, Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro, Maria Elisa Madureira Carvalho, Maria Filomena Dias Moreira Lobo, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria

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Isabel Homem Leal de Faria, Maria João Bernardino Correia, Maria José Pinheiro Cruz, Maria Luísa Rodrigues das Neves Vicente Mendes, Maria Teresa Cruz de Almeida, Maria Virgínia Martins Laranjeiro Estorninho, Mariana Raquel Aguiar Mendes Teixeira, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Patrocínia da Conceição Alves Rodrigues do Vale César, Paula Cristina Coelho Marques Barbosa Correia, Pedro Manuel Tenreiro Biscaia Pereira, Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho, Pedro Miguel Ribeiro Duarte dos Reis, Rita da Conceição Carraça Magrinho, Rita Susana da Silva Guimarães Neves e Sá, Rogério da Silva e Sousa, Rosa Maria Carvalho da Silva, Rui Jorge Gama Cordeiro, Rui Manuel Pessanha da Silva, Valdemar António Fernandes de Abreu Salgado, Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado, Vítor Manuel Alves Agostinho, Abílio Pereira Gaspar Braz, Zita Maria Fernandes Terroso, Manuel dos Santos Ferreira, Maria Margarida Matos Mota da Silva Carvalho, António José Gouveia Duarte, João Capelo, Miguel Afonso da Silva Ribeiro Reis, António José da Silva Figueiredo, Maria Isabel dos Prazeres Pinto Nascimento Pereira, Ricardo Augusto Querido Crespo, Cristina Serra, Renata Lajas e Marcelino de Carvalho. ---------------------------------------------------------------------------- ------ Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais:------------------------------- ------ António Maria Almeida Braga Pinheiro Torres, António Paulo Quadrado Afonso, Ermelinda Lopes da Rocha Brito, João Álvaro Bau, João Augusto Martins Taveira, João Mário Amaral Mourato Grave, Paulo Alexandre da Silva Quaresma e João Carlos Fraga de Oliveira Martins. ---------------------------------------------------------- ------ Pediram suspensão do mandato, que foi apreciada e aceite pelo Plenário da Assembleia Municipal nos termos da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a redação dada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, os seguintes Deputados Municipais: ---------- ------ Salvador Posser de Andrade (PSD), por um dia, tendo sido substituído pela Senhora Deputada Zita Terroso; ------------------------------------------------------------------ ------ António Manuel Dias Baptista (PS), por um dia, tendo sido substituído tendo sido substituído pela Senhora Deputada Maria Margarida Matos Mota da Silva Carvalho; --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Maria do Céu Guerra Oliveira e Silva (PS), por um dia, tendo sido substituída pela Senhora Deputada Renata Andreia Lajas Custódio; ------------------------------------- ------ Deolinda Machado (PCP), por um dia, tendo sido substituída pela Senhora Deputada Ana Páscoa; ----------------------------------------------------------------------------- ------ Adolfo Mesquita Nunes (CDS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado João Carlos Fraga de Oliveira Martins; --------------------------------------------- ------ José Luís Ferreira (PEV), por cinco dias, tendo sido substituído pela Senhora Deputada Cristina Serra; --------------------------------------------------------------------------- ------ Foram justificadas as faltas e admitidas as substituições dos seguintes Deputados Municipais, Presidentes de Junta de Freguesia: ---------------------------------- ------ Filipe António Osório de Almeida Pontes (PSD), Presidente da Junta de Freguesia da Sé, pelo Deputado Abílio Pereira Gaspar Braz; --------------------------------

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------ Idalina Flora (PSD), Presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, pelo Deputado António Figueiredo; ---------------------------------------------------- ------ Nuno Roque (PSD), Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, pela Senhora Deputada Maria Isabel Nascimento Pereira; ---------------------------------------------------- ------ João Neves Ferro (PSD), Presidente da Junta de Freguesia da Lapa, pelo Senhor Deputado José Marcelino de Carvalho;---------------------------------------------------------- ------ Rodrigo Nuno Gonçalves da Silva (PSD), Presidente da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, pelo Senhor Deputado Ricardo Augusto Querido Crespo; -- ------ José Maria Bento de Sousa (PS), Presidente da Junta de Freguesia de S. João, pelo Senhor Deputado Manuel dos Santos Ferreira; ------------------------------------------- ------ Jorge Manuel Ferreira (PCP), Presidente da Junta de Freguesia da Madalena, pelo Senhor Deputado António José Gouveia Duarte; ---------------------------------------- ------ Carlos Lima (PCP), Presidente da Junta de Freguesia do Castelo, pelo Senhor Deputado João Capelo; ----------------------------------------------------------------------------- ------ A Câmara esteve representada Pelo Senhor Presidente da Câmara, Dr. António Costa, e pelo Senhores Vereadores Manuel Brito, Helena Roseta, Graça Fonseca e Manuel Salgado. ------------------------------------------------------------------------------------ ------ Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição Victor Gonçalves, Álvaro Carneiro, João Marrana, Carlos Moura e Miguel Graça. -------------- ------ Às quinze horas e quarenta minutos, constatada a existência de quórum, a Senhora Presidente declarou aberta a reunião, primeira da Sessão Ordinária iniciada no dia vinte e cinco de Junho de dois mil e treze. ---------------------------------------------- ----- De seguida informou o plenário sobre o agendamento da proposta número 22/AM/2013, colocando à votação a alteração à ordem de trabalhos relativamente ao segundo aditamento – proposta número 22/AM/2013. ------ VOTAÇÃO – A alteração à ordem de trabalhos foi aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Socialista, de 3 (três) Deputados Independentes e do Partido da Terra, , e as abstenções do Partido Comunista Português, do Centro Democrático Social, do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico e do Partido Ecologista “Os Verdes” . ----------------------- ----- Assim, aquela proposta, 22/AM/2013, seria discutida e apreciada no seguimento do PAOD. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Seguidamente, nos termos regimentais, abriu o período destinado à intervenção do Público. ------------------------------------------------------------------------------------------- --------------------------- INTERVENÇÃO DO PÚBLICO --- ------------------------------ ----- José Duarte da Silva, Rua Forte de Santa Apolónia, Lote 3, 2º Esquerdo, 1900-237 Lisboa, fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------- ----- “Eu sou administrador do prédio em regime de propriedade horizontal sito na Rua Forte de Santa Apolónia, lote 3, desta cidade. Venho aqui expor a Vossas Excelências o que no entender dos proprietários/condóminos dos lotes dois, três e quatro da já referida rua, a Câmara Municipal de Lisboa cometeu erros e omissões no cumprimento dos regulamentos municipais, ao aprovar o projeto a que se refere o

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processo número 231/EDI/2009, para a construção de um mamarracho na Calçada Cruz da Pedra, número 18. ------------------------------------------------------------------------ ----- Assim, com data de vinte e sete de maio de dois mil e doze recebemos do promotor do prédio a informação de que iria realizar obras para a construção de um prédio na Calçada Cruz da Pedra, número 18, na Freguesia de São João. --------------- ----- Foi com surpresa que recebemos esta informação, dado que naquele local nunca esteve nem está qualquer aviso de pedido de licenciamento ou comunicação prévia de operação urbanística a realizar, como determina o artigo 12º do Decreto-Lei 555/99 de 16 de dezembro. --------------------------------------------------------------------------------- ----- Ao consultarmos o projeto na CML, em maio de dois mil e doze, verificamos que o mesmo já tinha sido aprovado por despacho do Senhor Vereador Manuel Salgado, em trinta de setembro de dois mil e dez, decorridos dezassete meses sem que tivessem sido entregues os projetos das especialidades e havendo apenas uma nota apêndice ao projeto que dizia “aguarda especialidades”. ----------------------------------------------- ----- Decorridos que já estão trinta e três meses desde a data da aprovação do projeto e não tendo o requerente apresentado os projetos das especialidades, nem pago as taxas devidas, nos termos do artigo 20º do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, deve ser declarada a caducidade do processo de licenciamento da obra, nos termos deste preceito legal. ------------------------------------------------------------------ ----- Antes disto, ao aprovar este projeto, a Câmara Municipal de Lisboa, por razões que só ela sabe, contrariou os regulamentos municipais, nomeadamente o RMUEL quanto às disposições que visam manter a capacidade de infiltração e retenção de solo, já que esta construção ocupa toda a área do terreno. ---------------------------------- ----- Quanto ao disposto no artigo 23º do Plano Diretor Municipal, os alinhamentos de vistas sobre o rio não devem ser obstruídos por novas construções, nem devem constituir frentes contínuas de dimensão superior a cinquenta metros. Nada disto foi respeitado. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Acontece que este projeto teve parecer desfavorável na comissão permanente de apreciação de licenciamento de obras, conforme ata da referida comissão datada de seis de maio de dois mil e nove. Não consta do anexo, mas aqui deixamos cópia em anexo. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A construção deste edifício vai ocupar uma parcela de terreno que foi cedida pela CML ao proprietário da vivenda existente no local a edificar, para uso exclusivo de garagem e desafogo da vivenda, utilizando-a agora para construção do prédio. ----- ----- Ao questionarmos a CML sobre a ilegalidade desta ocupação e mudança de uso, respondem-nos agora que vai haver compensações a pagar pelo requerente. A verdade é que no processo não constava qualquer compensação a pagar, nem pelo melhor aproveitamento da parcela de terreno cedida, nem pela compensação urbanística a realizar no espaço público, que não fazem. ------------------------------------ ----- Acresce que o plano de profundidade da empena do prédio a construir entre a Calçada Cruz da Pedra e a Rua do Forte de Santa Apolónia ocupa a totalidade do terreno, conforme foto em anexo. ----------------------------------------------------------------

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----- Ao não recuar para o nível dos prédios contíguos existentes e com entrada para a garagem pela via estreita existente sob o muro, a construção do prédio vai congestionar o trânsito naquela zona da cidade. ---------------------------------------------- ----- Na Calçada Cruz da Pedra há uma parcela de terreno arborizada da CML, a confrontar com o promotor, que se destinava ao alargamento da via no seguimento dos prédios existentes e que assim fica desaproveitada e desenquadrada naquele espaço urbano. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- O corpo do edifício a construir do lado norte, com frente para a Rua Forte de Santa Apolónia, é construído uma parte, no limite da zona de proteção de monumentos nacionais e de interesse público, baluarte de Santa Apolónia, conforme planta de condicionantes. -------------------------------------------------------------------------- ----- O Plano de Pormenor da Calçada das Lajes, elaborado pela Direção Municipal de Planeamento Urbano da CML, é bem claro ao definir os objetivos para o Forte de Santa Apolónia, entre eles a melhoria do ambiente urbano através da valorização dos espaços públicos de todo o território da área do plano e a valorização dos enfiamentos visuais sobre o rio e margem sul, principalmente no que se refere às potencialidades dos espaços adjacentes do Forte de Santa Apolónia. --------------------- ----- Assim, o edifício a construir não integra as características da malha urbana existente. Vai criar alterações e dissonância com alteração da área e volumetria do prédio, impermeabilização do terreno, que para viabilizar a construção vai ser demolida a vivenda existente de menor dimensão, em bom estado de conservação, e viola os direitos ao ambiente e qualidade de vida dos moradores vizinhos. --------------- ----- Nestes termos se requer a Vossa Excelência que se digne averiguar os procedimentos que possibilitaram que este projeto de urbanização e construção não fossem liminarmente indeferidos pela Câmara Municipal de Lisboa, a bem da urbanização do espaço público a preservar nesta zona da Cidade de Lisboa.” ---------- ----- Filomena Brito Santos, Rua do Vale Formoso de Cima, 286 D, 1950-275 Lisboa, fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------- ----- “Eu sou casada, natural de Cabo-Verde e residente há mais de doze anos em Portugal, na Freguesia de Marvila. ------------------------------------------------------------ ----- Encontro a residir em Portugal com os meus filhos por motivo de doença (Miastenia Gravis), fraqueza muscular, onde estou a ser seguida no Hospital de São José, na Unidade de Neuromuscular pela Doutora Luisa Medeiros. --------------------- ----- Venho mais uma vez respeitosamente, solicitando a Vossa Excelência pedido de desculpas às pessoas com quem tivemos desentendimento e pela atitude que tomei, pelas palavras que ofendi e pelas palavras que não mencionei. Portanto, resumidamente pedir desculpas pelo que fiz e pelo que não fiz. --------------------------- ----- Portanto, quero dizer a Vossa Excelência que sou negra, não sou preta como dizem, mas além disso sou gente, ser humano. ----------------------------------------------- ----- Excelentíssima Senhora Presidente, mais uma vez venho aqui para dizer que eu ando a lutar pela discriminação. Eu não sou mentirosa, não falo só por falar, por isso tive oportunidade de falar na presença do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e é pena por estar ausente a Senhora Vereadora de Habitação e Assunto

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Social, Arquiteta Helena Roseta. Também tive oportunidade de relatar tudo na comunicação social através da RTP África. ------------------------------------------------- ----- Desta vez não venho pedir habitação e venho só comunicar-lhes a minha revolta. Neste momento eu e o meu esposo estamos a receber pensão de invalidez por motivo de doença. Tenho uma filha que teve bébé e se encontra em casa de pessoa amiga porque a casa não tem condições de habitabilidade e também nós em Cabo-Verde não costumamos conviver com cobras. -------------------------------------------------------- ----- Eu moro na Rua Vale Formoso de Cima, havia ali duas casas dentro de um pátio, onde eu encontrei aquilo tudo desabitado. Então, eu não ocupei o apartamento, mas sim um quintal, que eu encontrei lá laranja, limoeiro, ameixa, encontrei pés de uva, videira, e então nós ocupámos aquilo para a nossa alimentação. ------------------- ----- É pena, porque o dinheiro que gastaram naquilo, para derrubarem aquilo, dava para morar eu e a minha filha. O ser humano só serve para destruir, porque havia laranjas, uva e marmelo. Eu até fiz doce e levei até à minha mãe para Cabo-Verde marmelada. Nós pusemos ali milho e feijão, que nós consumimos, cebola e couve também. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- É pena porque foram fazer aquilo como se fosse um cemitério. Tiraram tudo, gastaram dinheiro e depois caiaram, pintaram aquilo de branco, como se aquilo fosse um cemitério. Eu não sei como é que o ser humano é tão cruel. -------------------------- ----- Eu só vim aqui dizer que pedi apoio à Junta de Freguesia de Marvila e não me deram apoio, foram lá só para fazer a canalização porque vão fechar o chafariz. Então acontece que fizeram obra na casa das pessoas e uma senhora falou comigo se não pedi à assistente social da Junta de Freguesia para fazer obras na casa, mas eu disse que não é preciso, eu já abri a porta a mostrei à senhora a casa inteira. --------- ----- A casa de banho não tem condições, a parede está toda a cair. Quando foram fazer a casa de banho a uma senhora, tudo novo, eu disse que quero é o telhado, porque chove dentro e eu tenho a minha filha na casa das pessoas. ---------------------- ----- Comprei doze metros de oleado que dá para estender a mesa, fui furar a casa de banho. Será que eu não posso usufruir disso? Essa é a minha revolta, mas está tudo bem, eu aguento, porque eu estou de passagem. Eu não posso ficar cá, eu vou para outro sítio, quando morrer vamos todos, mas eu queria viver como gente. -------------- ----- Eu falei com um senhor da área da habitação e ele disse-me que não tem dinheiro para fazer a obra. Então eu não tenho oportunidade de ter uma casinha? Não há problema, há várias casas que estão desocupadas. -------------------------------- ----- Obrigada. Que Deus nos abençoe, pelo menos que tenham consciência.” -------- ----- Tomás Delgado dos Reis, Rua Tomás de Figueiredo, nº 18, 8º esquerdo, 1500-599 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------- ----- “Eu quero em primeiro lugar agradecer este tempo de antena. Sei que a CML tem tido na área dos espaços verdes uma das bandeiras eleitorais mas o que aconteceu esta manhã no Jardim da Graça é particularmente grave. Sem aviso prévio arrasou.se uma horta comunitária. ------------------------------------------------------------

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----- Eu soube disto pelas redes sociais, pelo facebook. Há muita gente que já compara o que aconteceu e a atuação da Polícia Municipal à situação que agora se vive em Istambul, comparou-se Lisboa a Istambul. ------------------------------------------ ----- A horta do monte desenvolveu notável trabalho de promoção da vida sustentável, das relações de vizinhança e de soberania alimentar. A fama da horta foi até longe e eu próprio venho de Benfica e colaborei na horta várias vezes, porque as atividades que lá havia eram abertas a todos. ------------------------------------------------------------- ----- O que aconteceu esta manhã é um belíssimo material de campanha da oposição, mas eu acredito que o executivo camarário, nomeadamente o Vereador José Sá Fernandes vai recuar. Acredito que a Câmara não agride projetos comunitários, acredito que a Câmara não quer pôr lá um relvado, porque se a Câmara avançar a erosão do terreno e o lixo poderão legitimar a concessão daquele terreno a alguma empresa privada para construção. Pelo menos é o boato que eu tenho ouvido. -------- ----- Eu tenho a certeza que a Câmara se quer livrar desta mancha eleitoral e, portanto, irá permitir que o projeto comunitário da horta do monte continue.” ------- ----- Pedro Joel Ferreira, Rua Cidade Manchester, nº 22, r/c direito, 1170-100 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------- ----- “Eu colaboro com a horta do monte, projeto comunitário. No início do mês de maio nós soubemos que a Câmara de Lisboa tinha previsto intervencionar o terreno, tentámos imediatamente entrar em contacto com o departamento do Vereador Sá Fernandes no sentido de nos integrarmos nessa intervenção e desde o princípio que o grupo de trabalho para a promoção da agricultura urbana em Lisboa foi totalmente inflexível em relação a nós. --------------------------------------------------------------------- ----- Nós fizemos um abaixo-assinado que vai neste momento com mais de mil e duzentas assinaturas. Fizemos uma exposição ao Presidente da Câmara de Lisboa, Dr. António Costa, com todo o processo. Incluímos nessa exposição o projeto da horta do monte tal como foi apresentado ao BIP/ZIP. Enviámos uma carta aberta ao Vereador Sá Fernandes e nada disto teve efeito, ninguém falou connosco, não nos receberam, não nos avisaram e hoje de manhã estavam as máquinas da Câmara de Lisboa a arrasar completamente o projeto da horta do monte. ---------------------------- ----- Eu queria saber o que é que um cidadão pode fazer numa situação destas, que mais meios podem ser ativados para evitar que situações destas aconteçam.” --------- ----- Daniela Araújo, Rua Aquilino da Fonseca, nº 27, 1º direito, 1200-100 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------- ----- “Eu sou voluntária da horta do monte. Este é um projeto, para quem não sabe, que existe há seis anos. Hoje a horta foi derrubada e destruída pelas máquinas da Câmara Municipal de Lisboa e é com muita tristeza que venho exprimir com vocês este dia. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Há realmente um grande descontentamento com a forma como isto foi realizado. O nosso grupo esteve e está sempre aberto a todas as negociações com a Câmara. Hoje estou extremamente indignada pela falta de comunicação que existiu por parte deste órgão público.” ----------------------------------------------------------------------------

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----- Sofia Vieira Lisboa, Calçada Nova de São Francisco, nº 10, 4º esquerdo, 1200-300 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------- ----- “Chamo-me Sofia Lisboa e sou membro da Juventude Comunista Portuguesa, estudante da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e membro da direção da associação de estudantes da mesma faculdade. ---------------------------------------------- ----- O que me traz aqui hoje é a atitude e os contornos absolutamente anticonstitucionais da atitude da Câmara Municipal relativamente à propaganda política em murais públicos que temos assistido no último mês, nomeadamente nos muros da nossa faculdade na Av. de Berna. -------------------------------------------------- ----- No último mês temos assistido a uma brigada anti grafiti de limpeza dos muros na Avenida de Berna, que começou por eliminar os murais políticos que existiam já há vários anos naqueles muros, apesar de ter sido garantido pelos senhores que faziam a limpeza que não seriam eliminadas as mensagens políticas. Isto não aconteceu, há cerca de um mês tivemos os muros todos brancos e entretanto, no espaço de uma semana, a Juventude Comunista Portuguesa voltou a pintar um mural político no muro da Faculdade de Ciências Sociais e humanas que foi eliminado da noite para o dia. Ou seja, o mural acabou de ser pintado na terça-feira às dez da noite e estava branco antes das nove da manhã do dia seguinte. ------------------------- ----- Dois dias depois um grupo de estudantes da faculdade, numa iniciativa que abrangia muitos estudantes das várias universidades de Lisboa, pintou um mural relativamente às questões do ensino superior e na sexta-feira estava novamente branco, censurado pelas equipas de limpeza da CML. ------------------------------------- ----- O que eu trago aqui é a Lei que nos garante este direito fundamental, a Lei nº 97/88, que fala das mensagens de propaganda. Esta Lei fala-nos da afixação e inscrição de mensagens de propaganda que é garantida na área de cada município, nos espaços e locais públicos necessariamente disponibilizados para o efeito pelas câmaras municipais e fala dos vários sítios em que é proibida esta utilização, como monumentos nacionais, edifícios religiosos, etc. --------------------------------------------- ----- Trago também o parecer do Tribunal Constitucional relativamente a esta Lei de Propaganda e o parecer diz o seguinte: “os órgãos executivos autárquicos não têm competência para regulamentar o exercício de liberdade de propaganda e não podem mandar retirar cartazes, pendões ou outro material de propaganda gráfica, assim como concomitantemente, as autoridades policiais se devem abster de impedir o exercício de atividade política, etc” ----------------------------------------------------------- ----- Nesse sentido prescreve a Lei que “a aposição de mensagens de propaganda, seja qual for o meio utilizado, não carece de autorização, licenciamento prévio ou comunicação às autoridades administrativas, sob pena de se estar a sujeitar o exercício de um direito fundamental a um intolerável ato prévio e casuístico de licenciamento que, exatamente por ser arbitrário, pode conduzir a discriminações, etc.--------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Para além das juntas de freguesia, devem também as câmaras municipais colocar à disposição das forças intervenientes espaços especialmente destinados à afixação da sua propaganda. Esta obrigação não significa, segundo deliberação da

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CNE, que às forças políticas e sociais apenas seja possível afixar propaganda nos citados espaços. A não ser assim considerado, poder-se-ia cair na situação insólita de ficar proibida a propaganda num concelho ou localidade só porque a câmara municipal ou a junta de freguesia não tinham colocado à disposição das forças intervenientes espaços para a afixação de material de propaganda” ------------------- ----- Portanto, aquilo que se trata é de nós termos um muro público, um muro de uma faculdade é um muro público, a direção da faculdade não teve nada sobre esta eliminação dos nossos murais, a Câmara agiu sem informar a direção da faculdade e os nossos murais com mensagens políticas foram eliminados menos de dez horas depois de serem pintados. Isto é uma perseguição absoluta ao nosso direito de inscrição de murais políticos nos muros públicos. ------------------------------------------ ----- Hoje temos no Público uma informação relativamente a esta atitude da Câmara de limpeza diária dos grafitis, que fala da Avenida de Berna. Esta brigada anti grafiti não pode ir contra os murais políticos, que não são grafitis, que não são uma poluição visual, são um direito constitucional.----------------------------------------------- ----- O que nós queremos aqui é um pedido de esclarecimento do Senhor Vereador Sá Fernandes.” --------------------------------------------------------------------------------------- ----- André Leonel Gomes da Silva, Largo Borges Carneiro, nº 3, 3º D, 2610-028 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------- ----- “Sou membro da direção da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, membro da Juventude Comunista Portuguesa. ------------ ----- Quero aqui deixar nota de um outro mural político que foi apagado, no muro ao pé da cantina velha. Foi pintado no dia vinte de junho e na parte da manhã do dia vinte e um já não estava lá nada. --------------------------------------------------------------- ----- Como cidadão, como membro de uma associação de estudantes, gostava de deixar o meu repúdio perante este estado da Câmara Municipal de Lisboa e esperar que não se volte a repetir porque está aqui em causa algo que é um direito e algo que se prende com a liberdade de expressão e a liberdade de propaganda política.” ------ ----- Joana Pinheiro de Carvalho Cordeiro, Rua José Estevão, nº 17, 2º, 1150-200 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------- ----- “Eu peço desculpa de vir nestes preparos para uma Assembleia, mas devo dizer-vos que hoje de manhã, quando me deslocava para fazer os meus exercícios matinais à horta do monte, que é um projeto comunitário que existe entre a Graça e a Mouraria, deparei-me com polícias e com uma escavadora que estava a destruir o local. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Eu acompanho o projeto não desde o tempo em que ele iniciou, mas há três anos e tenho a dizer que temos feito muitas atividades naquele local, eu pessoalmente, atividades de ioga, atividades educativas a nível da permacultura, a nível da agricultura biológica. Temos estado a trabalhar com crianças, com universidades que vão àquele local para aprender o que estávamos a fazer, como estávamos a fazer. A Câmara esteve a apoiar-nos com água durante algum e desde há três meses deixou de apoiar com a água. Como é óbvio, estamos no verão e o espaço ficou muito deteriorado. ----------------------------------------------------------------------------------------

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----- A Câmara usou esse argumento para dizer que tínhamos que sair e que aquilo não era um projeto de jeito. --------------------------------------------------------------------- ----- Nós estamos ali há seis anos e pedimos apenas que nos oiçam, que haja uma integração do projeto que lá estava naquilo que querem fazer de novo. Estamos numa atitude de abertura e gostaríamos muito de ser recebidos pelo senhor Vereador ou pelo Senhor Presidente da Câmara, para poder falar deste assunto e tentar encontrar uma maneira de preservar este espaço educacional, social, que é a horta do monte e que já trouxe tanto conhecimento e tanta alegria a tantas pessoas, que agora querem substituir por um relvado. ----------------------------------------------------------------------- ----- Eu acho que temos que pensar bem. Algumas pessoas individuais têm o seu talhão, mas o projeto da horta não cabe num talhão da Câmara, é um projeto especial, um projeto que reúne as pessoas. É um espaço que sempre foi aberto a todos e há tanta gente a usufruir deste espaço. ------------------------------------------------------ ----- Temos feito tanto trabalho, todo voluntariado, porque não estamos a mando de ninguém. Simplesmente somos jovens e adultos e até pessoas mais idosas dali que se juntaram para acabar com a lixeira que era antes. Há seis anos atrás a horta do monte era uma selva, era um espaço onde os toxicodependentes iam e as pessoas iam passear os cães e deixar os dejetos. ------------------------------------------------------------ ----- Agradecemos que nos tomem em consideração. Nós estamos ali há seis anos. Que tenham em consideração este projeto, que é um projeto valioso para as pessoas e para a Cidade de Lisboa. Que nos incluam no projeto atual, que também nos parece que vai reabilitar aquela zona da cidade. ----------------------------------------------------- ----- Nós temos documentos que vamos mandar por e-mail para a Assembleia.” ------ ------ A Senhora Presidente, terminado o período de intervenção do Público, deu-o por encerrado, declarando, em seguida, aberto o Período de Antes da Ordem do Dia. -- ---------------------------- ANTES DA ORDEM DO DIA ------------------------------------- ------ A Senhora Presidente submeteu à votação as atas setenta e nove, oitenta, oitenta e um, oitenta e dois, oitenta e três, oitenta e quatro, oitenta e cinco e oitenta e seis, tendo a Assembleia deliberado aprová-las por unanimidade. ----------- ----- Segue-se a transcrição e votação do Voto de Pesar nº1, subscrito pelo Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes”. ------------------------------------------------- ----- Voto de Pesar nº 1 – Professor Doutor Manuel Leal da Costa Lobo. ------------ ----- “Faleceu no passado dia 20 de Maio, o Prof. Doutor Manuel Leal da Costa Lobo que foi um dos primeiros urbanistas em Portugal, sendo o seu trabalho em prol do Urbanismo e Ordenamento do Território reconhecido a nível nacional e internacional. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Nasceu em Coimbra em 1929, onde completou os seus estudos secundários e os preparatórios de Engenharia na Universidade de Coimbra. Na faculdade de Engenharia da Universidade do Porto obteve a licenciatura em Engenharia Civil. Prosseguiu a sua formação na University College of London. ------------------------------ ----- Entre 1953 e 1963, exerceu funções na Repartição de Estudos de Urbanização da Direcção-Geral dos Serviços de Urbanização. Desde 1963, conciliou a docência com a investigação na área científica do Urbanismo e Ordenamento do Território. ----

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----- Foi o primeiro professor catedrático português em Urbanismo no Instituto Superior Técnico e docente em Urbanismo na Universidade de Coimbra, sendo o fundador do Curso de Pós-Graduação e Mestrado em Planeamento Regional e Urbano e do CESUR - Centro de Estudos de Sistemas Urbanos e Regionais do Instituto Superior Técnico. ------------------------------------------------------------------------ ----- Como professor e conferencista era um extraordinário pedagogo, mestre, comunicador e inovador, estando sempre à frente do seu tempo e em permanente atualização profissional. --------------------------------------------------------------------------- ----- Tinha uma consciência profunda sobre a importância dos urbanistas na resolução dos problemas de planeamento e ordenamento do território e sobre o carácter pluridisciplinar e transversal desta área científica, tendo marcado uma geração de profissionais. -------------------------------------------------------------------------- ----- Foi fundador da Associação de Urbanistas Portugueses, a que presidiu posteriormente, e cofundador da Associação Internacional de Urbanistas em 1965, da qual foi também presidente de 1984-1987, tendo sido sócio honorário do “Royal Town Planning Institute” e da Associação Espanhola de Técnicos Urbanistas. ---------- ----- Foi ainda Presidente da Comissão para a Investigação Urbana e Regional e Vice-Presidente do Grupo de Estudos da OCDE sobre a política de planeamento urbano a prever para a década de 80. ----------------------------------------------------------- ----- Reconhecido pela sua competência técnica e científica, assim como pela sua seriedade, simplicidade e humor, foi autor e coordenador de diversos planos urbanísticos em Portugal e em outros países do Mundo. ------------------------------------ ----- A nível nacional, destacam-se o Plano do bairro residencial de Beja da Base Aérea Luso-Alemã nos anos 60, o Plano do complexo turístico de Vilamoura no Algarve, os Planos da cidade e da região de Coimbra, o Plano de Vila de Óbidos, o Plano do Vale de Milhaços, no Município do Seixal, com vista à reconversão de áreas de desenvolvimento clandestino, o Plano da Praia da Vitória nos Açores e o Plano de Salvaguarda e Valorização da Encosta de Ajuda-Belém em Lisboa. ----------------------- ----- A nível internacional, realizou o Plano do Caniço, em Moçambique; os Estudos Urbanísticos das Cidades da Praia e Mindelo, em Cabo Verde; os Estudos de Expansão de Ankara e Parque Ataturk, na Turquia; o Plano Regional da Região Autónoma da Cantábria, em Espanha; o Plano de Macau, na China; e participou no concurso para a Urbanização da Rocinha, no Rio de Janeiro, com uma Menção Honrosa. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Desempenhou o cargo de Provedor do Ambiente e Qualidade de Vida Urbana da Câmara Municipal de Lisboa, entre 1990 e 1998, com forte empenhamento cívico e científico. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Foi membro do Conselho Superior de Obras Públicas e Transportes do Ministério das Obas Públicas, Transportes e Comunicações, do Conselho Consultivo do Instituto Português do Património Cultural, do Conselho de Espetáculos e da Junta Nacional de Educação. ---------------------------------------------------------------------

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----- Foi condecorado com a Cruz de Mérito da República Federal da Alemanha, em 2003, e com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública, em 2006, pelo então Presidente da República Portuguesa Dr. Jorge Sampaio. ------------------------------------ ----- O País perdeu um enorme urbanista, cujo seu trabalho e competência na área do planeamento e ordenamento do território atingiu prestígio internacionalmente.--------- ----- O Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes” propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sessão de 28 de Maio de 2013, delibere: ------ ----- a) Aprovar o presente voto de pesar pela morte do Prof. Doutor Manuel Leal da Costa, guardando um minuto de silêncio em sua memória. ---------------------------------- ----- b) Manifestar à sua família as mais sentidas condolências, transmitindo o teor deste voto de pesar. --------------------------------------------------------------------------------- ----- c) Recomendar, igualmente, à Câmara Municipal de Lisboa que atribua o seu nome a uma artéria da cidade de Lisboa. ------------------------------------------------------- ----- Assembleia Municipal de Lisboa, 25 de Junho de 2013. -------------------------------- ----- O Grupo Municipal de “Os Verdes”, a Deputada Municipal Cristina Serra.” ----- ------ VOTAÇÃO – Voto de Pesar nº 1, aprovado por unanimidade. Seguiu-se um minuto de silêncio. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Maria José Cruz (PSD) no uso da palavra, e dirigindo-se ao Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, disse que em primeiro lugar queria dizer-lhe que estava muito satisfeita por ter ouvido as intervenções que tinha feito, naquela casa, durante 3 anos. Estava seriamente preocupada, pois como não tinha obtido qualquer resposta ao que ali era dito em relação ao canil/gatil, e já tinha pensado que o Senhor Presidente deveria ter um grave problema de audição. Afinal chegava à conclusão que não era nada disso. O Senhor Presidente da Câmara, simplesmente, não queria saber. E como estavam a três meses das eleições tinha resolvido fazer uma “lavagem de cara” sobre aquele assunto. --------- ----- Há seis anos que era Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que era, tão só a capital do País, devendo por isso aquela Câmara ser o exemplo da e para a Nação. ----- ----- Naqueles seis anos de mandato, do Senhor Presidente António Costa e do Senhor Vereador Sá Fernandes (responsável eleito pelo canil/gatil de Lisboa), nada foi feito no sentido de melhorar as condições do mesmo e, consequentemente, dos animais. ----- ----- Desde que tinha tomado posse como Deputada Municipal, eram muitas as intervenções feitas por si, naquela Assembleia, no sentido das alterações às condições a que os animais do canil estavam sujeitos. Desde que tinha tomado posse que eram, ostensivamente, ignoradas. Mas que, tal como não se tinha calado antes, também não iria calar-se agora. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- O Orçamento Participativo de 2009, deveria ter levado à conclusão da 3ª fase das obras do canil, o que não tinha acontecido. Por entre todas as peripécias ocorridas até à presente data, a verdade era que só nas vésperas das eleições, é que a estonteante rapidez daquele executivo acordara para a preocupação com os animais. ----------------- ----- Salientou que os animais não tinham direito a voto, era um facto, mas os seus donos iam às urnas pôr a cruz no executivo que pretendiam ver à frente da Câmara, e, não apenas os donos, mas também todos os defensores e amigos dos animais daquele

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concelho. Portanto, à porta das eleições autárquicas, o canil municipal de lisboa, um canil de abate, um canil onde centenas, quiçá, milhares de animais eram abatidos por ano, ia passar a chamar-se “casa dos animais de lisboa”. E que sem hipocrisia, iria chamar-se “casa de abate dos animais de Lisboa”. -------------------------------------------- ----- Em nove de Fevereiro de 2010, apresentou naquela Assembleia uma recomendação que foi aprovada, em que aquando da sua apresentação, uma das situações para a qual alertara, foi de, e passava a citar: “seria necessário uma verificação técnica independente”. Pois bem, não houve na altura verificação técnica, mas verificava que o Senhor Presidente da Câmara ia criar uma comissão de acompanhamento, numa tentativa inqualificável de chamar para si os louros da defesa de uma causa pela qual, até à data, não manifestara qualquer preocupação. --------------- ----- A hipocrisia ia tão longe que chegava ao extremo de, talvez devido ao facto de alguém lhe ter fornecido algum estudo que tenha revelado que a forma indiferente como olhava os animais do concelho, - desviar os olhos era uma forma de maus tratos – prejudicou a sua imagem politica. ------------------------------------------------------------- ----- Referiu que, também, era inadmissível aquela marcha animal de Domingo passado, dos animais que iriam estar no mega picnic, e que andaram a desfilar pela baixa, debaixo de um sol abrasador. Continuava, assim, a mostrar a maior indiferença pelo sofrimento dos bichos ao usá-los como objetos da campanha politica numa vergonhosa caça ao voto dos amigos e defensores daquela causa, que lutavam, aqueles sim, todos os dias debaixo de sol e à chuva. ---------------------------------------------------- ----- Disse que o Senhor Presidente ia iniciar um inquérito para averiguações sobre o que se passava no canil. Em seis anos de mandato, lembrava-se, agora, a três meses das eleições que existia um canil camarário em Lisboa. Esperava que, tanto o Senhor Presidente, como o vereador responsável, fossem nele incluídos, porque a responsabilidade não podia recair sobre os executantes das ordens, mas sim, sobre os seus superiores. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- Ao mesmo tempo, tinha constituído uma comissão para fazer o acompanhamento, não se percebia bem de quê. Daquela comissão fazia parte o Diretor Municipal do Ambiente Urbano, precisamente o superior, de funcionários afastados da responsabilidade do canil (ainda sem conclusões do inquérito), pessoas que sempre deram a cara pela câmara, vereação e canil e, especialmente, pelo Senhor Presidente, sofrendo com isso enxovalhos públicos sempre em nome dos seus superiores. Tudo aquilo para bem parecer à população votante, e, encontrar um bode expiatório que limpasse a imagem dos verdadeiros responsáveis por tudo o que se passava no canil, inclusivamente, as ordens para o abate dos animais. --------------------- ----- Era aquele executivo eleito o único responsável por tudo o que escandalosamente se passava no canil de lisboa, não os funcionários que se limitavam a cumprir as ordens. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Usar ao animais do canil, um canil de abate onde a maior parte eram mortes por motivo algum, para angariar votos era do mais vergonhoso que já vira em campanhas politicas. Lembrara-se, subitamente, o Senhor Presidente, tal como dizia no seu despacho, que era um problema de educação e relacionamento com outros seres vivos.

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----- Sem dúvida era um problema de educação, um grave problema de mentalidade, um gravíssimo problema que começava no Senhor Presidente, e nos seus vereadores que, até à dat,a não revelaram terem tido aquela, urgentíssima, aprendizagem. Não percebia afirmações daquelas da parte de quem tinha o abate como prioridade. --------- ----- Era, também, referido que se ia debruçar sobre os animais que viviam e caminhavam pelas ruas de uma forma errante. Esperava que aquele debruço não levasse à queda do já exíguo número de animais errantes e respetiva extinção para que outros errantes atingissem objetivos pessoais ou políticos. ---------------------------------- ----- Disse que tinha, o Senhor Presidente da Câmara, se lembrado, a três meses das eleições, talvez agora convicto que os votos das pessoas da causa animal tinham um peso real sobre os seus resultados, da criação de uma provedoria do animal. Muito convenientemente, alguém do seu partido, ia ocupar o lugar para fazer “nada”, porque um provedor do animal nada mais faz que receber queixas. --------------------------------- ----- Para concluir, e voltando à lavagem de cara, as situações que realmente careciam de intervenção urgente eram as seguintes: obras do canil. Já sabia que queriam que estivessem prontas antes das eleições. Esperava que sim. ------------------------------------ ----- Formação e contratação de trabalhadores. Ia responder que houve ou ia haver uma formação. Perguntava a quem? Aos 4 cantoneiros que foram substituir os trabalhadores despedidos em fim de contrato, perguntou. Aos cinco tratadores apanhadores que lá estão, ou aos nove trabalhadores fantasmas que deveriam completar a equipa efetiva do canil, perguntava. ----------------------------------------------- ----- Por último e o mais importante, abate dos animais. Uma casa dos animais pressupunha ser um abrigo protetor e não um matadouro. O que iam fazer quanto àquilo, tornava a perguntar. ----------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Miguel Coelho (PS) no uso da palavra, disse que o PS levava ali um tema que consideravam ser um dos paradigmas daquela nova gestão da Câmara Municipal de Lisboa, sendo que o tema era as políticas de habitação. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Encerrada uma primeira geração de políticas sociais para o setor da habitação, que basicamente, tinham marcado o fim dos grandes bairros de barracas na Cidade de Lisboa, importava referir que a partir de 2008, já na gestão socialista, tinha sido implementado na Câmara Municipal de Lisboa um novo paradigma que enfrentasse aquela questão no sentido de serem resolvidos, igualmente, os novos problemas que, entretanto, surgiam. --------------------------------------------------------------------------------- ----- Referiu que o programa local de habitação foi o instrumento que definiu os novos objetivos estratégicos para a habitação social, onde três eixos fundamentais poderiam ser salientados: foram criados novos regulamentos que estabeleceram regras claras nas atribuições de património municipal aos cidadãos, quer para fins habitacionais, quer para fins comerciais, tinham sido criados regulamentos que passavam a orientar aquela matéria. Também o programa “BipZip” com grande capacidade em envolver os cidadãos, a incentivar a atividade participativa das pessoas para benefício de todos. Também o programa da “Acupuntura Urbana” que possibilitava intervenções concretas e eficazes sobre o espaço público, requalificando os bairros municipais. E

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por fim o programa “Reabilita primeiro, paga depois”. Todos programas bastantes positivos para a Cidade de Lisboa. --------------------------------------------------------------- ----- Disse que era importante realçar aquele trabalho que certamente, teria continuidade no próximo mandato. -------------------------------------------------------------- ----- Por razões muito próprias, a Senhora Vereadora Helena Roseta, com quem tinha conversado, pediu-lhe que retirassem o Voto de Louvor, sendo que acedeu àquele pedido, mas não queria deixar de salientar a importância daquelas novas políticas implementadas na Cidade de Lisboa e que mereciam um concesso alargado, universal, inclusive de alguns que ali protestavam pela sua intervenção. ------------------------------- ----- Assim, agradecia à Senhora Vereadora Helena Roseta todo o contributo inestimável para a Cidade de Lisboa. ------------------------------------------------------------ ------ O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra, disse que o Grupo Municipal do PCP apresentava ali uma saudação sobre o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal. ---------------------------------------------------------------- ----- Disse que ia ler ali partes do texto daquela saudação, sendo que o texto completo iria integrar a respetiva ata, daquela reunião. --------------------------------------------------- ----- Apresentaram, também, um requerimento à Mesa, sobre a destruição de um mural da Juventude Comunista Portuguesa, requerendo à Senhora Presidente da Assembleia Municipal que providenciasse as diligências necessárias, junto da Câmara Municipal de Lisboa, para que aquela informasse sobre quais os fundamentos que a levaram a destruir o mural pintado pela Juventude Comunista Portuguesa no muro da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, e quais as medidas que iria tomar para respeitar a liberdade de expressão consagrada na Constituição da República Portuguesa e reafirmada por acórdãos do Tribunal Constitucional. ----------------------- ----- Por último, afirmou que ouvir o Público era uma das muitas obrigações que ali tinham. E o respeito pela diversidade e como eleitos tinham de dar o exemplo. ---------- ------ O Senhor Deputado Municipal Miguel Reis (BE) no uso da palavra, disse que em primeiro lugar manifestava a solidariedade do BE para com todos aqueles que, naquele dia, tinham sido agredidos violentamente pela polícia enquanto defendiam a horta comunitária do monte, situada na Graça. Tinha sido uma ação autoritária e de grande brutalidade, ordenada pela Câmara Municipal de Lisboa, e que revelava uma enorme falta de respeito pela participação direta da população na vida da cidade. ------- ----- Disse que à cerca de seis anos, um conjunto de cidadãos requalificaram um espaço degradado e abandonado sem esperarem por uma campanha eleitoral para o fazerem. Construíram uma horta comunitária e estabeleciam parcerias com escolas daquela zona da cidade. ---------------------------------------------------------------------------- ----- A Câmara Municipal de Lisboa argumentava que o objetivo era a requalificação daquele espaço com jardins, relvados e hortas municipais individuais. Mas aquilo não lhe dava o direito de desprezar um projeto que podia ser, perfeitamente, integrado no projeto global que a Câmara tinha para aquela zona. ------------------------------------------ ----- A Democracia era participação e não podiam excluir quem requalificava a cidade pelas suas próprias mãos. --------------------------------------------------------------------------

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----- Os cidadãos que desenvolviam o projeto comunitário da horta do monte há muito que tentavam negociar com a Câmara Municipal de Lisboa. Mas ao invés de dialogar a Câmara tinha decidido arrasar todo o local, pondo fim a um projeto louvável com a ação policial desmedida. --------------------------------------------------------------------------- ----- O BE condenava aquela atuação vergonhosa tida por parte da Câmara Municipal que corria à bastonada com aqueles que queriam participar ativamente na vida da cidade. Mas, por outro lado, a postura subserviente da Câmara ao acordar a realização do Mega picnic mostrava claramente a postura do executivo camarário, forte com os mais fracos, e fraco com os mais fortes. --------------------------------------------------------- ----- Disse que o BE apresentava ali uma moção de solidariedade com a luta dos professores e em defesa da escola pública, condenando frontalmente a atuação irresponsável do Governo no triste episódio que foi o passado dia dezassete de Junho. - ----- O ataque à escola pública fazia parte da receita da austeridade, levando o país ao desastre. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Os cortes nas funções sociais do Estado, o anunciado despedimento de mais cem mil funcionários públicos, a redução dos salários e das pensões, o corte de subsídios e apoios sociais, tudo resultariam na estagnação da economia e no aumento brutal do desemprego. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- Quanto ao voto de congratulação sobre a habitação, que tinha sido retirado, e ainda bem, disse, que achava que antes de surgir qualquer voto daquele tipo deveria realizar-se um sério debate, porque discordavam do programa “Reabilita primeiro, paga depois”, pois a Câmara Municipal deve ria ser mais determinada por um programa de reabilitação para a habitação a custos controlados, e a baixo preço, ou para colocar no mercado de arrendamento habitação reabilitada, dignificando o direito à habitação, em particular dos mais necessitados e dos mais jovens. ----------------------- ----- A especulação ou a venda de habitação social não podia ser o caminho de combate à crise nem de captação de novos moradores para Lisboa. Por isso, abster-se-iam naquele voto se o mesmo fosse levado a votação. ---------------------------------------- ----- Para finalizar, disse que no dia vinte e sete de Junho iria realizar-se uma das maiores greves gerais no país, convocada pela CGTP e pela UGT, uma resposta necessária à grave situação em que o país estava mergulhado. O BE apoiava aquela greve geral e apelava àquela Assembleia que tomasse posição sobre a mesma, solidarizando-se com todos os trabalhadores de Portugal. ------------------------------------ ------ O Senhor Deputado Municipal António Arruda (MPT) no uso da palavra, disse que congratulava a Universidade de Coimbra pela distinção de que tinha sido alvo ao receber a classificação de Património Mundial da Humanidade. ------------------ ----- Referiu que o Partido da Terra receava pelo futuro da Baixa Pombalina, do comércio tradicional, temendo que aquela zona da cidade se transformasse num imenso complexo hoteleiro sem lugar para o lisboeta comum poder usufruir a cidade que era sua, e não do Senhor Vereador Manuel Salgado. ------------------------------------- ----- Temiam a ação por parte do Senhor Vereador Manuel Salgado que teimava em favorecer o betão, a especulação imobiliária e a morte do comércio tradicional,

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resultando, no futuro, numa cidade descaraterizada, de uma baixa que de pombalina apenas restaria o nome, como referência a um passado arquitetónico rico. ---------------- ----- Uma outra preocupação estava relacionada com a adjudicação de empreitadas que, só no ano de 2012, 55% daquelas, tinham sido feitas por ajuste direto, principal e privilegiado instrumento adjudicativo daquele executivo camarário, ao invés de escolherem um procedimento concursal que promovesse a livre concorrência e a igualdade de tratamentos entre fornecedores. --------------------------------------------------- ----- Salientava igualmente a crítica do partido da Terra sobre a realização do Mega Picnic acordado entre a Câmara Municipal e o Continente numa das zonas mais nobres da Cidade de Lisboa, Eram absolutamente contra aquele evento. ------------------ ----- Relembrava à Senhora presidente daquela Assembleia Municipal que era Deputado Municipal pelo partido da Terra, eleito pelo povo em 2009, e respondia única e exclusivamente perante os lisboetas que o tinham elegido e nunca perante a Senhora Presidente daquela Assembleia Municipal, ou qualquer outra pessoa. E fazia aquele reparo face à atitude da Senhora Presidente para consigo, na última sessão de Assembleia, enquanto fazia a sua intervenção, não tendo o direito, a Senhora Presidente, de o mandar calar. Tal prerrogativa pertencia, sim, ao povo de Lisboa. ------ ----- Passaria então às propostas apresentadas ali pelo Partido da Terra para votação. Eram elas três recomendações, uma primeira parte, tinha a ver com a criação de um grupo de trabalho a constituir com representantes dos grupos municipais e por técnicos destacados pelo Senhor Presidente da Câmara, para que, ainda no decorrer do atual mandato, fosse elaborado um relatório onde constassem todas as recomendações e moções, votos de saudação e outros instrumentos participativos, emanados naquela Assembleia com indicação da respetiva taxa de execução e do estado em que se encontravam. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Uma segunda, para recomendar á Câmara Municipal que, com caracter de urgência, procedesse á atualização das fontes, fontanários e chafarizes da cidade, e a implementação de um plano de reabilitação de todas as fontes, fontanários e chafarizes, colocando aquelas preciosidades históricas ao serviço da cidade e dos lisboetas. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- E uma terceira, para recomendar à Câmara Municipal que procedesse à apresentação formal junto daquela Assembleia da Provedora Municipal dos Animais de Lisboa e do grupo de trabalho para a Casa dos Animais de Lisboa, bem como a sua submissão dos seus estatutos para serem apreciados em comissão. Com aquela recomendação, o Partido da Terra pretendia apenas obrigar o executivo camarário a agir dentro da legalidade, desejando que os restantes colegas dos outros grupos municipais fizessem o mesmo. -------------------------------------------------------------------- ----- Relativamente às moções um, dois e cinco, apresentadas pelo BE e pelo PCP, o Partido da Terra iria abster-se por entender que aquelas propostas não se destinarem diretamente à Cidade de Lisboa e respetivos habitantes, apenas se destinavam atingir o executivo governamental, tratando-se de propostas de propaganda política pelo que o Partido da Terra iria abster-se. ------------------------------------------------------------------

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----- Por último, em relação ao voto de louvor apresentado pelo PS, o Partido da Terra não iria votar contra porque nunca tinha utilizado o voto contra nos votos de saudação, louvor ou de pesar, restando, como alternativa, a abstenção na votação por entender que era caricato que o PS na Assembleia enaltecesse o PS na Câmara, por uma medida tomada no exercício normal das suas funções, utilizando para o efeito um voto de louvor. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente uma vez que o Senhor Deputado Municipal António Arruda, se tinha dirigido a si, respondeu que a verdade era que o Senhor Deputado, na discussão de uma proposta, tinha aproveitado para falar de outro assunto. Por isso, agradecia que o Senhor Deputado Municipal lesse o Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa, aprovado por aquele coletivo, o artigo 48º, “fins do uso da palavra”, “quando o orador se afasta da finalidade para que lhe foi concedida a palavra é advertido pelo Presidente, que pode retirar-lhe se o orador persistir na sua atitude”. Tinha sido aquilo que lhe tinha feito, não lhe tendo retirado a palavra. --------- ----- Agradeceu. ------------------------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Miguel Coelho (PS) no uso da palavra, para protesto, disse que tinha uma atitude cordial com todos mas que havia limites para a intervenção política. Toda a intervenção que o Senhor Deputado António Arruda tinha feito sobre o Senhor Vereador Manuel Salgado era absolutamente lamentável, e não era tolerável que no combate político fosse posta em causa a honestidade das pessoas Assim, disse que, naquela matéria, ou o Senhor Deputado António Arruda provava as insinuações que tinha feito, ou então colocava-se na posição do caluniador que era algo que certamente não seria do agrado do próprio. ------------------------------------------ ------ O Senhor Deputado Municipal Gonçalo da Câmara Pereira (PPM) no uso da palavra, disse que o PPM apresentava ali uma moções e recomendações baseadas na recuperação do património histórico, ou a sua manutenção. ------------------------------ ----- Referiu o ar condicionado na Baixa de Lisboa que descaracterizava todo aquele património local e que era candidato a Património Mundial da Humanidade. Atualmente, existiam outras soluções mais favoráveis ao património lisboeta. ----------- ----- Sobre o Atlas do Património Material e Imaterial de Lisboa, uma moção apresentada pela colega Aline, Deputada Municipal, a quem também dava um louvor pela sua participação ao longo dos quatro anos, naquela Assembleia Municipal. --------- ----- Há muito tempo que o PPM dizia que o Rio Tejo devia de ser devolvido à cidade. Era altura de crescer e de Lisboa criar empregos, sendo que o Tejo era esquecido naquele âmbito de criação de empregos. Todas as pessoas ligadas ao mar desapareceram de Lisboa, e lembrava a Madragoa com o fecho do Mercado da Ribeira, e desapareceram aquelas pessoas que vendiam o peixe, de porta em porta. Perdeu-se o pitoresco e toda aquela forma de vida, sendo que o porto de Lisboa deixou de ter a sua função e Lisboa esqueceu-se que estava virada para o rio e isso devido à instalação da APL em toda a margem ribeirinha. E como exemplo, disse que não se podia atracar um barco em Lisboa sem a autorização da APL, sendo obrigados a pagar uma taxa para o conseguirem fazer. ----------------------------------------------------

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----- Referiu que Monsanto também teria de estar voltado para a cidade, que não era só ir a Monsanto para andar de bicicleta e fazer ginástica, não. O PPM era contra a manutenção da mata de Monsanto, mas eram a favor de um central parque que se diluísse dentro da cidade. -------------------------------------------------------------------------- ----- Quanto à realização do Mega Picnic, o PPM entendia que o mesmo devia de ser feito no Monsanto. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- Disse que, e dirigindo-se ao Senhor Deputado Municipal Miguel Coelho, aquele também fazia uma saudação às freguesias, à EGEAC e ao movimento associativo de Lisboa, o que queria dizer que a Câmara não fazia nada, tal como sabiam, a Câmara não fazia nada, passou todas as suas competências e todo o trabalho que a legislatura da Câmara tinha tido e que foi devido às coletividades, às estruturas representativas das Festas da Cidade. ------------------------------------------------------------------------------- ----- O PPM ia votar a favor daquelas saudações porque reconheciam o trabalho que tinha sido feito o qual não tinha sido feito pela Câmara Municipal de Lisboa. ------------ ----- A Senhora Deputada Municipal Cristina Serra (PEV) no uso da palavra, disse que o Grupo Municipal do Partido Ecologista «Os Verdes» apresentava naquela Assembleia duas moções, uma sobre o “Canil-gatil Municipal de Lisboa”, e outra sobre o Mega Piquenique. Apresentavam, ainda duas recomendações sobre a “Semana Académica de Lisboa em Monsanto” e outra sobre o “Parque recreativo dos Moinhos de Santana”.------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Através da moção sobre o “Canil-Gatil Municipal de Lisboa”, «Os Verdes» pretendiam alertar, mais uma vez, aquela Assembleia para a falta de condições naquelas instalações e para o crescente número de animais domésticos abandonados, que se intensificava com o agravar da situação económica de muitas famílias, assim como com a chegada do período de férias. ------------------------------------------------------ ----- Continuavam a chegar ao email do PEV, queixas de cidadãos lisboetas sobre o mau funcionamento do canil/gatil, onde, em 2008, foram contratados tratadores para cuidarem dos animais daquele espaço, com contrato a termo certo, tendo sido despedidos a 14 de Setembro 2011. Após aquela data, não voltaram a contratar outras pessoas para aquelas funções, recorrendo a outros trabalhadores de outros serviços camarários para efetuarem algumas daquelas tarefas, com qualificações e formação muito aquém do necessário para garantirem o bem-estar, a qualidade de vida e dignidade daqueles animais. ----------------------------------------------------------------------- ----- De lembrar, ainda, que em 2009, os lisboetas votaram num projeto do Orçamento Participativo que previa 375 mil euros para melhorar as condições de bem-estar dos animais que se encontravam no Canil/Gatil, sendo que, até ao presente momento e passados mais de quatro anos, as necessárias e há muito previstas obras de ampliação daquele equipamento ainda não se encontravam concluídas, nem se sabia a previsão de conclusão das mesmas, por parte da autarquia. --------------------------------------------- ----- Assim, «Os Verdes» pretendiam que a Câmara tomasse as medidas necessárias para que as obras de ampliação daquele equipamento fossem rapidamente retomadas, com o objetivo de que fossem prestadas as devidas condições aos animais, assim

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como se procedesse à contratação de novos tratadores, proporcionando àqueles a devida formação. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- O Grupo Municipal do PEV considerava, ainda, que não seria através da alteração da designação do canil/gatil ou mesmo a criação da figura do Provedor dos Animais, que iriam contribuir para a promoção do bem-estar dos animais, mas sim através da criação de condições que possibilitassem que aquele equipamento municipal cumprisse a legislação nacional e comunitária em vigor, relacionada com a Proteção dos Animais de Companhia. ---------------------------------------------------------- ----- Por outro lado, e pelo quinto ano consecutivo, a Câmara Municipal de Lisboa promovia em conjunto com o Continente, mais uma edição do “Mega Piquenique”. --- ----- E mais uma vez «Os Verdes» relembravam que aquela iniciativa não era mais do que uma operação de marketing empresarial, apesar de se alegar que o objetivo era a promoção da produção nacional quando, na verdade, aquela empresa era das maiores responsáveis pela importação de bens no País e pelo estrangulamento dos produtores nacionais, devido à imposição de condições inaceitáveis que impossibilitavam os produtores de comercializarem nessas superfícies os seus produtos, face ao monopólio e às exigências da grande distribuição. ---------------------------------------------------------- ----- A forma como o espaço público, em particular uma das praças mais emblemáticas e importantes de Lisboa, era facultado para toda e qualquer iniciativa de carácter privado, com a conivência e patrocínio da Câmara Municipal, através da isenção de taxas de ocupação da via pública e de publicidade e da disponibilização de equipamentos e de trabalhadores municipais, era na perspetiva de “Os Verdes”, de lamentar. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Lembramos mais uma vez a autarquia que há outras formas de promoção dos produtos locais e nacionais, que o PEV já tinha proposto naquela Assembleia, por exemplo, através da revitalização do comércio tradicional e dos mercados municipais, mas infelizmente, sempre ignoradas pelo executivo camarário. ---------------------------- ----- «Os Verdes» apresentavam também uma recomendação sobre o Parque Recreativo dos Moinhos de Santana, que era um espaço com amplos relvados e inúmeras árvores e arbustos, e que dispunha de um conjunto de infraestruturas, como um lago, uma rede de caminhos e de vários equipamentos lúdicos e desportivos, como um parque de merendas, um parque infantil, pista de skate, entre outros. ------------------ ----- Tem ainda dois moinhos e um deles, em determinada altura, foi um espaço lúdico, com atividades, e chegou a ter, inclusivamente, um moleiro que ensinava os alunos das escolas primárias. ---------------------------------------------------------------------- ----- Aquele parque tinha uma excelente localização e muito potencial, mas precisava de ser valorizado e dinamizado e precisava de uma melhoria a nível de manutenção. Era aquela a razão da recomendação. ------------------------------------------------------------ ----- Por exemplo, o anfiteatro e o respectivo espaço de restauração estavam em grave estado de degradação, sendo um perigo para os utilizadores do parque. Aquele restaurante, devido ao modelo implementado, nunca teve sucesso e poderia ser recuperado e fazer-se um bar mais acessível a todos os frequentadores daquele parque, e poderia também aproveitar-se o restante espaço para dotá-lo de uma vertente mais

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cultural, com um espaço de exposição, com atividades lúdicas, ligadas ao meio ambiente, boas práticas ambientais, e outras. --------------------------------------------------- ----- Poderiam também dinamizar-se atividades desportivas, acessíveis a todas as pessoas, recorrendo-se a parcerias com instituições, nomeadamente, e apenas a título de exemplo, a Casa Pia de Lisboa, que tinha várias turmas de desporto, promovendo, assim, o associativismo e a saúde. ---------------------------------------------------------------- ----- Os moinhos poderiam, e deveriam, ser dinamizados e abertos ao público, retomando o projeto que já existiu. --------------------------------------------------------------- ----- Resumidamente, era aquela a proposta: que a Câmara valorizasse e dinamizasse o Parque Recreativo dos Moinhos de Santana, através daquelas medidas contribuindo, assim, para o bem-estar coletivo dos utilizadores e para um melhor aproveitamento do parque. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Com a recomendação sobre a “Semana Académica em Monsanto”, «Os Verdes» alertavam, mais uma vez, a autarquia para a necessidade em proteger aquele importante espaço verde da cidade de Lisboa. -------------------------------------------------- ----- Reforçavam ali que não estavam contra nem queriam pôr em causa a realização da Semana Académica, mas sim o facto daquela se ter realizado no Parque Florestal de Monsanto. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Semana Académica de Lisboa teve lugar num terreno que estava a ser alvo de requalificação por parte dos serviços da autarquia em conjunto com associações de voluntários. Estavam a ser promovidas ações de reflorestação e construção de linhas de água. Aquele terreno era, ainda, classificado pela própria autarquia como “ponto de interesse” e uma zona de excelência para a nidificação da Perdiz Vermelha, espécie endémica existente apenas na Península Ibérica. ----------------------------------------------- ----- Para a realização do evento, foram executados trabalhos de desmatação que claramente perturbaram toda a fauna e flora existente, além de que, foram dados pareceres negativos, pelos próprios técnicos da autarquia à realização do evento naquele local. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Uma vez que se previa que a Semana Académica se realizasse naquele local, por mais 4 anos, «Os Verdes» pretendiam através daquela recomendação, que a autarquia, juntamente com a Associação Académica, propusesse um local alternativo para a realização da Semana Académica de Lisboa. --------------------------------------------------- ----- Em relação, aos restantes documentos ali em apreciação, o PEV não podia deixar de lembrar que já havia apresentado, em Abril de 2011, uma Recomendação sobre a “Preservação e Valorização dos Chafarizes e Fontanários da Cidade de Lisboa” que fora aprovada por unanimidade, tal como já havia apresentado antes de outros grupos municipais uma Moção referente à “Remoção de Amianto em Edifícios Municipais” ou uma Recomendação relacionada com a “Requalificação do Espaço Público da Avenida Coronel Eduardo Galhardo”, todos aprovados por unanimidade naquela Assembleia Municipal. ----------------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD) no uso da palavra, disse que sobre a recomendação número um, a ansia de construir em Lisboa mantinha-se, apesar de muito se dizer que a cidade estava esgotada com tanta construção e que,

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agora, era tempo de reabilitar. Aquela ansia, aliás, tinha sido suficiente para se construir, no meio de um sítio arqueológico de grande importância, um arranha-céus. Numa zona protegida no recém aprovado regulamento do PDM, onde vem expresso zona protegida Santos o Novo, onde, agora, um desmesurado bloco parecia um eco daquele atentado. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- Por outro lado, havia atropelos sucessivos nas justificações produzidas que permitiram tal construção e que o resultado final não alinhava com os prédios adjacentes e a altura da fachada era significativamente, superior. Era desmesurado, era uma barreira absoluta da linha de vistas que o PDM dizia pretender proteger. ------------ ----- Disse que Lisboa ficaria muito mais pobre se tal construção fosse permitida. Alguém poderia ficar, eventualmente, mais rico, mas não era, por certo, a Cidade de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Aguardaria que a Câmara Municipal de lisboa corrigisse aquela situação e respondesse às questões colocadas pela população que ali tinha estado. --------------------- ----- Não se poderia continuar a permitir a destruição da memória de Lisboa.--------------- ------ A Senhora Deputada Municipal Maria Luísa Vicente Mendes (PS) no uso da palavra, disse que iria falar sobre a recomendação número cinco, e sobre a moção número oito. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- Mas não podia deixar de esclarecer o Senhor Deputado Magalhães Pereira que na sua intervenção tinha deixado claro uma série de imprecisões, e que quando falou do Forte de Santa Apolónia, não podia deixar de expor que na altura do executivo liderado pelo Presidente Kruz Abecassis, 1985-1986, e fazendo a própria parte da Junta de Freguesia de São João, alertou para a construção de um edifício de vinte e tal andares, dentro do baluarte, em que tinha sido destruída parte das muralhas, as guaritas, e o portão da entrada, sendo que a Câmara de então nada fez, perante a construção do Edifício Concorte, sem licença de habitação a qual só foi obtida, e por esforço dos moradores que tinham, entretanto, adquirido os respetivos andares, na década de noventa. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- Assim, quando falavam daquele espaço, era bom que fosse recordado quem estava à frente da Câmara Municipal de Lisboa naquela época. ----------------------------- ----- Quanto ao palácio que estava em obras era particular e não estava perto do forte de Santa Apolónia, estava sim, perto do Mosteiro de Santos o Novo, e quanto a isso não valia a pena fazer confusões. Tratava-se de um edifício particular e não havia espaços verdes, sendo que aquele edifício particular encontrava-se em verdadeiro estado de degradação. ------------------------------------------------------------------------------ ----- Concluía que havia ali uma má informação e uma má transmissão daquela informação. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Voltando aos assuntos para aos quais se tinha inscrito para falar, recomendação número cinco e moção número oito, sobre o canil-gatil, disse que era militante da Associação Animal, do Movimento Anti Touradas, da União Zoófila e do Green Peace. O que significava que estava no terreno e que quando falava fazia-o com conhecimento de causa. ----------------------------------------------------------------------------

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----- Disse que no passado era de facto, um horror ir ao canil, ou ao gatil, e ver a forma como desumanamente eram tratados os animais. Mas, desde 2007, as coisas tinham mudado, um trabalho de mudança de mentalidades e que era feito de forma gradual, sempre com a preocupação em relação àqueles animais. --------------------------- ----- As obras no canil-gatil estavam a ser feitas com as devidas coberturas legais. As ações de formação para as pessoas que trabalhavam com os animais eram feitas, sendo quer eram, igualmente, tomadas medidas que certamente todos gostariam de tivessem resultados muito rápidos, mas que, na verdade, não podiam ter. ---------------------------- ----- Disse que o Senhor Presidente da Câmara era um pioneiro, não só na Cidade de Lisboa, como em todo o país. Que soubesse, mais nenhuma Câmara, mais nenhum Concelho, tinha criado a figura do Provedor do Animal, acompanhado por um grupo de trabalho que incluía juristas, a Bastonária da Ordem dos Veterinários, e que já estavam a trabalhar com as associações que se preocupavam, na prática, com o bem-estar dos animais. ----------------------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD) no uso da palavra, e entregando na Mesa fotos do referido local, disse que não tinha sido impreciso, que tinha sido acusado de tal mas que no final não tinham precisado aquilo que o próprio tinha sido impreciso. Sendo que a única coisa dita ali foi que não tinha jardim. Assim, pedia à Senhora Deputada Luísa Vicente Mendes que fosse ao Google e que visse o jardim que tinha, o próprio o tinha visitado, havia uma grande confusão com o Palácio das Comendadeiras que se situava um pouco ao lado, podia ser aquela a confusão. ----- ----- Só para reiterar, disse que tudo o que ali afirmou era como era, não tinha dito aquilo por combate político o qual não lhe interessava, estava ali, sim, para defender Lisboa, e por isso pedia a atuação do executivo para que a Cidade fosse defendida. ----- ----- A Senhora Deputada Municipal Maria José Cruz (PSD) no uso da palavra, disse que era uma cliente assídua do canil e que já tinha resgatado muitos animais do canil, fez voluntariado no canil em que as condições eram péssimas, e os animais, de uma semana para a outra, eram mortos. --------------------------------------------------------- ----- A verdade, era que desde o início daquele mandato, nada rigorosamente, tinha sido feito em prol do canil e dos animais. Lamentava muito, e dirigindo-se à Senhora Deputada Luísa Vicente Mendes, disse-lhe que ia ao canil quase todas as semanas, e várias vezes por semana, e que á pouco tempo tinha sido realizada uma formação ainda feita pela Chefe de Divisão que atualmente, tinha sido afastada do canil, um canil com quatro encarregados e nove trabalhadores, quando devia de ter dezoito ou dezanove, portanto, a Senhora Deputada Luísa Vicente Mendes estava enganada, até podia pertencer a muitas associações, mas a verdade era que não tinha conhecimento real do que se passava no canil. ------------------------------------------------------------------- ------ A Senhora Deputada Municipal Ana Páscoa (PCP) no uso da palavra, disse que iria reforçar o conteúdo da moção apresentada pelo PCP, de apoio à Greve Geral de vinte e sete de Junho, embora, no seu entender, tal não devesse ser necessário, pois era evidente que dois anos de governação Passos Coelho/Troika tinham conduzido o país a um desastre económico e social. O desemprego, os contratos precários, falências de empresas e setores, diminuição brutal de investimento público e privado,

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bem como a produção de riqueza, crescimento da dívida pública em que as previsões apontavam para um agravamento de todos os indicadores económicos e financeiros, enfim, a clara evidência de que Portugal estava a ficar cada vez mais dependente do capital económico e financeiro internacional, perdendo cada vez mais, a sua soberania nacional para o grande capital. -------------------------------------------------------------------- ----- A política de cortes na educação endurecia as condições de trabalho dos professores, conduzindo ao despedimento e ao empobrecimento da escola pública. Assim, era necessária a luta de todos os trabalhadores portugueses vitimas de uma ofensiva brutal e desumana do atual Governo e da Troika. ------------------------------------- ----- A redução dos serviços públicos traria como consequência a limitação dos cidadãos à saúde, à educação, à segurança social. Assim, era tempo de acabar com aquelas políticas de destruição e de empobrecimento, colocando o país no bom caminho, resgatando o país da dependência e da ingerência financeira internacional, recuperar para o país recursos e setores estratégicos, devolver aos trabalhadores os seus direitos e incentivar o mercado interno. ------------------------------------------------------------------------ ----- Assim, o PCP apelava a todas as formas de apoio e participação à Greve Geral. ----- ------ O Senhor Deputado Municipal João Serra (PSD) no uso da palavra, disse que na ausência do Senhor Vereador Manuel Salgado tinha pedido a alguns dos Senhores Vereadores que fizessem a bondade de lhe dar dois minutos da sua atenção, no sentido daquilo que ali iria dizer pudesse ser transmitido ao Senhor Vereador Manuel Salgado. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- Na Rua Silva Carvalho, número trinta, estava a realizar-se uma obra de recuperação do edifício o que era positivo, mas que aquela obra tinha implicado a ocupação de um passeio o qual já era muito estreito e que, atualmente, impedia a circulação de pessoas naquele mesmo passeio. ------------------------------------------------- ----- O passeio do outro lado da via era muito estreito pelo que não permitia a passagem de pessoas com o mínimo de comodidade e de segurança. ---------------------- ----- Acrescia ao facto que, mesmo ao lado, existia o Lar de Cegos de Nossa Senhora da Saúde, um espaço com mais de cem utentes, idosos, muitos deles invisuais e que circulavam diariamente naquele passeio, sendo que o referido passeios era intransitável, estando completamente interrompido devido ao estaleiro lá colocado, o que obrigava as pessoas saírem do passeio e entrassem, diretamente, na faixa de rodagem onde os automóveis circulavam em franca aceleração, gerando uma situação muito perigosa. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- Dirigindo-se ao Senhor Vereador Manuel Salgado, disse que estava a colocar ali uma questão a qual poderia ter a intervenção daquele vereador, a qual tinha a ver com a instalação de um estaleiro de obra situado na Rua Silva Carvalho, número trinta, que impedia a circulação com segurança das pessoas que ali, diariamente, circulavam. ------ ----- Disse que era frequente ver em Lisboa estaleiros em altura, que compreendia que o mesmo onerasse o custo da obra, que fosse um encargo suplementar para aquele que promovia a obra, mas tinha a certeza que da parte dos serviços camarários haveria bom senso em aplicar aquele tipo de medidas onde as mesmas se justificavam. Pensava ser aquele o caso, pelo que pedia, encarecidamente, ao Senhor Vereador

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Manuel Salgado, o favor de pedir aos seus serviços que reanalisassem aquela situação, criando condições mínimas de circulação de pessoas naquela zona. ------------------------ ------ O Senhor Deputado Municipal Pedro Cegonho (PS) no uso da palavra, disse que, através da Senhora Vereadora Catarina Vaz Pinto, gostaria de agradecer, como Presidente da Junta de Freguesia de Santo Condestável, quer à Direção da Casa Fernando Pessoa, quer à Administração da EGEAC, o facto de terem organizado uma marcha convidada durante as Festas da Cidade, em que os alunos da Escola Engenheiro Ressano Garcia, em Campo de Ourique, personificaram “pequenos Fernandos Pessoas”, e “pequenas Ofélias”, tendo a oportunidade de desfilar pela Avenida da Liberdade e tiveram a oportunidade de atuarem durante cinco vezes, naquele mesmo evento, e pensava que tinha sido um dia que marcou a vida de todas aquelas crianças, aproximando-as da poesia, dos autores portugueses e da literatura, pelo que agradecia profundamente, a possibilidade de participarem naquele evento. ---- ----- Em segundo lugar, e em nome do Grupo Municipal do Partido Socialista, gostaria, e através da senhora Presidente da Assembleia Municipal, e da Senhora Presidente da Comissão Permanente de Educação, Cultura, Desporto e Juventude, saudar a iniciativa que aquela Assembleia teve no dia dois de Junho, no Cinema São Jorge, uma primeira mostra cultural de música e de dança, uma excelente iniciativa que lamentava por ter contado com tão poucas presenças por parte dos seus colegas Deputados Municipais. Estavam de parabéns, também, os serviços da Câmara Municipal de Lisboa que tinham sido extremamente dedicados, excedendo-se no seu profissionalismo, e na forma como ajudaram a organizar o referido evento. -------------- ------ A Senhora Presidente disse que estava a ser distribuída uma versão ligeiramente, alterada, na página dois da proposta número, e que estava a bold no ponto número três, uma alteração de duas linhas e que não alterava nada no conceito. Assim, deitariam fora a anterior, e utilizariam aquela proposta com aquela pequena alteração, ponto número três da proposta número 22/AM/2013. ---------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Vítor Agostinho (PCP) no uso da palavra, disse que iria ali falar da saudação sobre o Movimento Associativo da Cidade de Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Disse que o PCP tinha ficado surpreendido pelo facto do Partido Socialista ter feito, exatamente, a mesma saudação, exatamente nos mesmos termos, exatamente com as mesmas palavras, e até dizia que o Partido Socialista falava em nome do PCP. Portanto, a pressa e o copianço, às vezes, levava àquelas situações. Ao PCP não admirava tal postura tida pelo Partido Socialista, já que quem estava dia a dia no trabalho com as coletividades juntamente com todos aqueles que estavam al lado dos seus associados e da população da Cidade de Lisboa, tinha sido o PCP, e portanto, causava-lhes estranheza o facto do PS não tenha tido a capacidade de fazer uma moção pela sua própria cabeça. Bastava ao PS terem ido ali dizer que subscreviam a moção do PCP e estaria tudo esclarecido. ------------------------------------------------------ ----- Disse que era grandioso o trabalho que as coletividades faziam em torno das Festas de Lisboa, tal como a participação da EGEAC. Mas era necessário saudar as coletividades, o Movimento Associativo, pelo trabalham que tinham quando eram tão

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maltratadas, uma vez que tinham de apresentar justificações de todas as suas despesas aquando da realização das marchas populares. ------------------------------------------------- ------ A Senhora Deputada Municipal Virgínia Estorninho (PSD) no uso da palavra, disse que o voto de louvor retirado pelo partido Socialista e a intervenção do Senhor Deputado Miguel Coelho reproduzido quase na integra, o PSD tinha registado que o Partido Socialista ao louvar um trabalho de uma Vereadora, a Vereadora Helena Roseta, à frente do pelouro da habitação, embora não fosse aquele o entendimento do PSD, pois nada mais tinha sido feito do que dar seguimento ao trabalho que a Senhora Vereadora Ana Sara Brito, anterior Vereadora, tinha já iniciado, apenas com mais anúncios de coisas que não tinham tido seguimento. ------------------------------------------ ----- Com a proposta daquele voto de louvor, entretanto retirado, o PSD não poderia deixar passar sem referir os pontos negativos daquele pelouro da habitação. ------------- ----- Os regulamentos exaltados pelo PS iam ali àquela Assembleia para aprovação, mal preparados e mal estudados, sendo que havia regulamentos aprovados que no mês seguinte já estavam novamente ali, com proposta de alterações para aprovação. -------- ----- Também a Senhora Vereadora Helena Roseta ia mal preparada para as reuniões, sem ideias definidas sobre o que pretendia, ao ponto de concordar com situações e proposta que contradiziam os regulamentos por si elaborados, o que levava a confusões nos serviços que lidavam com a habitação. ---------------------------------------- ----- Referiu que o PSD também, gostaria de saber em relação aos apoios de associação de moradores, poderia o PS demonstrar eficácia dos mesmos, perguntava. Que controle tinha sido feito sobre tais apoios, perguntava. E como eram justificadas aquelas despesas, tornava a perguntar. E as candidaturas por parte das juntas ao programa “BIP ZIP”, quantos já tinham sido satisfeitos, perguntava. ---------------------- ----- Disse que ao percorrer Lisboa não se vislumbrava tal enaltecido trabalho, que na visão do PSD se tinham limitado, apenas, a casos pontuais, com “muita parra e pouca uva”. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- O Bairro Portugal Novo era um “cancro” no meio das Olaias, problema que vinha já do tempo do presidente Jorge Sampaio e que persistia até ao presente e do qual a Senhora vereadora Helena Roseta fugia “como o diabo da cruz”, sendo que em quatro anos de mandato nunca o tinha visitado. Afinal, a Senhora Vereadora tinha, ou não, de dar o seu melhor no pelouro que lhe tinha sido atribuído, perguntava. ------------ ------ A Senhora Deputada Municipal Paula Marques (IND) no uso da palavra, disse que dada a sua relação próxima com o trabalho que a Senhora Vereadora Helena Roseta desenvolvia no terreno, gostaria de esclarecer a Senhora Deputada Virgínia Estorninho de que todas as vezes que os regulamentos da habitação tinham ido àquela Assembleia Municipal, retornaram à Câmara, ou tinham ido ali e tinham baixado às comissões, por iniciativa da Vereadora Helena Roseta tinha tido um único objetivo: tentar encontrar consensos, incorporando a colaboração de todas as forças políticas que quiseram estar na colaboração e na feitura daqueles regulamentos porque eram instrumentos que ririam afetar a vida de toda a população de toda a Cidade. Portanto, ao contrário do que a Vereadora Virgínia Estorninho tinha ido, ali, dizer, quando os Deputados daquela Assembleia se disponibilizavam a ir trabalhar com os Vereadores,

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nas respetivas comissões como era, aliás, a sua função, não tinha a ver com o facto de os documentos estarem mal preparados, ou bem preparados, tinha, sim, a ver com o facto de procurarem encontrar o consenso, colaboração e participação de todos. --------- ----- Era princípio da Vereadora Helena Roseta e de quem com ela trabalhava, fazê-lo sempre em conjunto, e junto, das populações, com as associações de moradores, e antes de se tomarem as decisões, procurar saber qual a opinião daquelas populações para que as mesmas sejam vertidas nos respetivos documentos. ---------------------------- ------ A Senhora Vereadora Helena Roseta no uso da palavra, e em defesa da honra, disse que não lhe passava pela cabeça que a Senhora Deputada Virgínia Estorninho, que a conhecia desde 1975, pudesse ir ali dizer que tinha colocado como condição ao Partido Socialista para assinar um acordo, que lhe fosse feito um voto de louvor. A Senhora Deputada Virgínia Estorninho, pelos vistos, não a conhecia, de todo, jamais colocaria tal condição. Aliás, o próprio Deputado Municipal Miguel Coelho tinha ali dito que tinha sido em seu pedido que tinha retirado o referido voto de louvor, pois entendia que os Vereadores não deveriam ter votos de louvores dados pela Assembleia Municipal, apenas sujeitavam o seu trabalho à Assembleia Municipal, tal como o fez desde o início do mandato, tal como irá sujeitar-se a eleições na devida altura. Não era caso para haver voto de louvor, sendo que a própria pediu para que o mesmo fosse retirado. ------------------------------------------------------------------------------ ----- E dirigindo-se à Senhora Deputada Virgínia Estorninho, disse que lamentava profundamente que a desconhecesse de tal forma que tivesse colocado a hipótese de ter feito tal pedido, pois jamais o faria. ---------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Graça Gonçalves (PSD) no uso da palavra, disse que ia ali em defesa da honra da bancada do Partido Social Democrata para que a Senhora Vereadora Helena Roseta tivesse respeito pelas pessoas ali naquela Assembleia Municipal, e não tratasse a Senhora Deputada Virgínia Estorninho com termos como “aquela mulher”. Era uma falta de respeito dirigir-se em tais termos.------ ------ O Senhor Deputado Municipal Miguel Coelho (PS) no uso da palavra, disse que, e dirigindo-se ao Senhor Deputado Graça Gonçalves, quando ouvisse a gravação daquela reunião iria verificar que estava completamente a leste do que ali estava a acontecer. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Afirmou que a Senhora Vereadora Helena Roseta não tinha feito tal comentário, antes pelo contrário. -------------------------------------------------------------------------------- ----- E, falando de outro assunto, admitiu um erro de forma, o texto que tinha apresentado em nome do Partido Socialista era uma moção política e não era um voto de louvor. Mas, a verdade, era que pertencia a uma bancada de um partido que apoiava inteiramente um executivo e tinha muito orgulho no trabalho que cada um dos vereadores do PS, ou eleitos pela lista do PS, estava a desenvolver. E se tinha escolhido para aquela moção política, que erradamente estava como voto de louvor, a política de habitação, o pelouro da Senhora Vereadora Helena Roseta, foi porque sempre teve uma ligação profunda com as questões da habitação. Aliás, tinha começado a sua atividade política na Cidade de Lisboa como Assessor do Vereador da Habitação na altura do Dr. Jorge Sampaio, o Vereador Vasco Franco que tinha sido o

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primeiro responsável pela primeira geração de políticas sociais, que tinha terminado com os bairros de barracas na Cidade de Lisboa, e sempre acompanhou de perto as questões ligadas à habitação tal como assumia, agora, uma posição muito própria por vezes até ligeiramente, divergente face à posição oficial do PS, em relação à Lei do Arrendamento Urbano que infelizmente, os Senhores apoiavam naquela Assembleia Municipal e que apoiavam na Assembleia da República, e eram solidários com o seu partido. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Disse que o PS só tinha motivos de orgulho, quer no seu passado, nos seus vereadores, no trabalho que estava a ser feito, e gostaria que também o PSD tivesse o mesmo orgulho, pois sabia que não o tinha. ---------------------------------------------------- ------ A Senhora Deputada Municipal Virgínia Estorninho (PSD) no uso da palavra, disse que a sua intervenção tinha tido o mérito de dar a oportunidade ao Senhor Deputado Miguel Coelho de elogiar o resto da vereação de quem ele se tinha esquecido. -------------------------------------------------------------------------------------------- ------ A Senhora Deputada Municipal Maria de Lurdes Pinheiro (PSD) no uso da palavra, disse que ia ali defender a moção número seis, contra a privatização dos CTT e o encerramento das estações dos correios. --------------------------------------------------- ----- Desde Janeiro de 2013, que mais de uma centena de estações dos correios tinham sido encerradas em todo o país, sessenta das quais encerraram no último mês. ---------- ----- A atitude do Governo face àquela questão, mais uma vez, demonstrava a falta de respeito para com os trabalhadores dos CTT que seriam distribuídos como excedentários pelas poucas estações que se mantivessem em funcionamento, o que facilitaria o despedimento dos mesmos. Era uma política, também, demonstrativa da incoerência do Governo ao querer privatizar os CTT que sempre foram lucrativos. ----- ----- A realização de várias manifestações populares apoiadas por algumas Juntas de Freguesia contra os encerramentos das estações dos CTT, intimidaram a Administração que numa atitude desesperada ordenando bruscamente, no passado dia trinta e um de Maio, o encerramento de todas as estações da capital antes da hora do fecho, afetando munícipes e instituições. Algumas daquelas estações não tinham voltado a abrir, as estações dos Anjos, Olivais Norte, Santa Apolónia, Bairro do Condado, Carnide e Calçada de Carriche, que estavam definitivamente encerradas.----- ----- Nas freguesias onde a população era maioritariamente idosa o encerramento dos CTT implicava situações mais gravosas, dado que as alternativas apresentadas não tinham em conta o que o fator proximidade oferecia, principalmente em termos de segurança, mais concretamente, quando os idosos tinham de levantar as suas pensões. - ------ A Senhora Deputada Municipal Rita Magrinho (PCP) no uso da palavra, disse que num tempo sistemático de despedimentos no país, o PCP apresentava uma moção de repúdio pelo despedimento coletivo no Hospital Curry Cabral. Tratava-se de mais um ataque ao serviço nacional de saúde. ---------------------------------------------- ----- Referiu que já havia recurso a trabalho extraordinário nomeadamente no caso dos enfermeiros em cerca de mil e oitocentas horas por mês, portanto, se ainda por cima se despediam os trabalhadores a situação iria ficar pior, não só com o aumento do desemprego como pelos ritmos de trabalho mais elevados que aquela situação

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comportava assim como a diminuição de qualidade na prestação de serviços aos doentes. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Assim, o PCP além de defender o serviço nacional de saúde, entendia que havia de ser exigida a suspensão imediata daquela medida e a conversão dos contratos atuais, que eram a termo certo, em contratos por tempo indeterminado em defesa do serviço nacional de saúde. ------------------------------------------------------------------------- ----- Segue-se a transcrição e votação do Voto de Congratulação, subscrita pelo Grupo Municipal do Partido Socialista. ------------------------------------------------------------------ ----- Voto de Congratulação – BELENENSES CAMPEÃO DA 2ª LIGA DE FUTEBOL. ------------------------------------------------------------------------------------------ -----“ O Clube de Futebol Os Belenenses, fundado em 1919 e sedeado na Freguesia de Santa Maria de Belém, é um dos clubes mais representativos da cidade de Lisboa e considerado, a nível nacional, como sendo um dos “quatro grandes”. -------------------- ----- Ao longo de 93 anos de existência, as equipas de futebol sénior deste clube inscreveram no seu palmarés os seguintes títulos: -------------------------------------------- ----- - Campeonato de Portugal ------------------------------------------------------------------- ----- - Campeonato Nacional da 1ª Divisão ----------------------------------------------------- ----- - Campeonato Nacional da 2ª Divisão ----------------------------------------------------- ----- - Taça de Portugal ---------------------------------------------------------------------------- ----- O Belenenses foi também o primeiro clube português a participar na Taça UEFA. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Após 3 épocas de afastamento dos palcos principais do futebol nacional, o Clube de Futebol Os Belenenses, apesar de todas as dificuldades e dos escassos meios financeiros, mas devido ao profissionalismo do seu plantel e ao trabalho competente da equipa técnica, venceu o Campeonato da 2ª Liga e regressa assim, por mérito próprio, ao convívio dos grandes na próxima época futebolística, contribuindo para que a cidade de Lisboa tenha mais um clube no escalão máximo do futebol nacional. -- ----- O Grupo Municipal do Partido Socialista propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em sessão ordinária no dia 25 de Junho de 2013, delibere aprovar um Voto de Congratulação ao Clube de Futebol Os Belenenses pela conquista do título de Campeão da 2ª Liga de Futebol Profissional na época 2012-2013. ------------- ----- Lisboa, 24 de Junho de 2013. --------------------------------------------------------------- ----- O Líder da Bancada, Miguel Coelho, e os Deputados Municipais Alberto Bento e José António Videira. ------------------------------------------------------------------------------ ----- (Subscrita pelos Grupos Municipais do CDS-PP e MPT)” ----------------------------- ------ VOTAÇÃO – Voto de Congratulação aprovado por unanimidade. -------------- ----- Segue-se a transcrição e votação da Saudação nº1, subscrita pelo Grupo Municipal do Partido Comunista Português.---------------------------------------------------- ----- Saudação nº 1 – CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE ÁLVARO CUNHAL. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Figura fascinante do nosso Portugal contemporâneo, Álvaro Cunhal foi um combatente pela liberdade, a democracia e uma referência na luta pelos valores da emancipação social e humana no nosso País e no mundo. -----------------------------------

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----- Personalidade de invulgar inteligência, homem de firmes convicções, inteireza de carácter; político de ação e autor de uma obra notável, Álvaro Cunhal dedicou toda a sua vida e o melhor do seu saber, como dirigente do PCP, como deputado, como ministro da República nos governos provisórios de Abril, como conselheiro de Estado, à causa dos trabalhadores, do seu povo e do seu País. Estadista, dirigente político experimentado e prestigiado no plano nacional e internacional, estudioso e conhecedor da realidade portuguesa e das relações internacionais, Álvaro Cunhal combinou sempre uma esforçada intervenção concreta sobre a realidade, com uma profícua produção teórica para responder aos problemas da sociedade portuguesa e do seu desenvolvimento soberano, mas também aos problemas do mundo e da luta dos outros povos.------------------------------------------------------------------------------------ ----- Intelectual, homem de conhecimento, possuidor de uma densa cultura e de uma grande dimensão humanista, deixou-nos um valioso legado teórico de estudos e análise política e histórica, mas igualmente uma importante produção artística. Um abundante e valioso património que reflete um pensamento de grande riqueza e atualidade que é uma herança de todos os que aspiram construir um mundo melhor e mais justo, mas também mais belo. -------------------------------------------------------------- ----- Álvaro Cunhal estudou, viveu e trabalhou nesta cidade de Lisboa. Muito jovem aqui fez os estudos liceais e depois a Universidade, onde foi estudante na Faculdade de Direito, membro da Direção Académica e do Senado Universitário e onde sob prisão e escolta de uma brigada da polícia política da ditadura fascista, apresentou e defendeu, em Julho de 1940 a sua tese de licenciatura. Foi ainda estudante e vivendo nesta cidade de Lisboa que iniciou a sua atividade revolucionária e a ligação ao seu Partido de sempre – o PCP – que ajudou a construir de forma marcante a partir dos anos 40 e do qual foi Secretário-geral. Foi aqui, ainda muito jovem, que Álvaro Cunhal começou a tomar partido nos grandes combates do seu tempo, fazendo a opção pelos direitos dos explorados e oprimidos e de se entregar inteiramente à causa emancipadora dos trabalhadores, da liberdade, da democracia, do socialismo. - ----- Um compromisso de uma vida inteira, tomado quando o nosso País enfrentava já a tragédia do fascismo que haveria de oprimir o nosso povo por 48 longos anos e mover-lhe uma perseguição implacável. Com um percurso de vida e luta de exemplar dignidade, resistindo com uma indomável determinação às mais terríveis e duras provas em dezenas de anos de vida clandestina e prisão nos cárceres fascistas, Álvaro Cunhal, assumindo o seu ideal de realização de uma «terra sem amos», foi um construtor da democracia de Abril e um valoroso e consequente defensor das suas conquistas. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Recusando vantagens ou privilégios pessoais, o seu percurso de revolucionário corajoso e íntegro, de uma vida densa e multifacetada, permanecerá na nossa memória coletiva como uma referência e uma fonte de inspiração para as gerações vindouras guiadas pelos ideais da liberdade, da democracia, da justiça social, pela construção de uma sociedade nova liberta de todas as formas de opressão e da exploração. ------------------------------------------------------------------------------------------

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----- No acervo de estudos e ensaio político abarcando uma diversidade de objetos e temas são célebres a tese pioneira sobre «O Aborto Causas e Soluções» (1940), o seu trabalho de análise sobre a realidade dos campos em «Contribuição para o Estado da Questão Agrária», o seu estudo histórico sobre um período tão significativo para a própria independência do País e tão exaltante pelo papel que desempenhou o povo de Lisboa na Revolução de 1383/1385 e que trabalhou em «As Lutas de Classes em Portugal nos Fins da Idade Média», mas também outros períodos da nossa história mais recente em «A Revolução Portuguesa. O Passado e o Futuro», entre outros. Uma abundante análise e um olhar permanente sobre os mais variados problemas do País e da vida internacional de eminente pendor político podem ser encontrados nos seus «Discursos Políticos» editados em 23 volumes, nas «Obras Escolhidas» e numa profusão de artigos e brochuras de revistas nacionais e internacionais. ------------------ ----- Álvaro Cunhal interligou a sua intervenção revolucionária no plano político com um apaixonado interesse por todas as esferas da vida, nomeadamente na atividades de criação artística. Autor de uma arte comprometida e por onde perpassa o povo que sofre e luta, Álvaro Cunhal cria uma dezena de obras literárias de onde emergem, como expoentes maiores, o romance «Até Amanhã, Camaradas» e a novela «Cinco Dias, Cinco Noites», ambos escritos no isolamento total da Penitenciária de Lisboa. É na prisão que leva por diante a notável tradução do «Rei Lear», de Shakespeare, desenha e pinta um vasto conjunto de quadros e produz o texto sobre estética «Cinco Notas Sobre Forma e Conteúdo» – matéria que voltará a abordar, mais tarde, após o 25 de Abril, no importante ensaio «A Arte, o Artista e a Sociedade», uma obra onde se revela o valor social da criação artística.----------------- ----- A vida, o pensamento e a luta de Álvaro Cunhal justificam a homenagem que lhe prestamos. Uma homenagem ao homem, ao político, ao intelectual e ao artista que, neste momento de inquietantes fenómenos de regressão social e retrocesso civilizacional, mas também de abuso de poder, tanto mais se justifica para demonstrar que os políticos não são todos iguais e que a atividade política pode e deve ser uma atividade nobre. -------------------------------------------------------------------- ----- Num momento em que o capitalismo está mergulhado numa das mais profundas crises da sua história, em que no nosso País a austeridade imposta pelo grande poder económico e pela troika se acentua e se afirma a necessidade de encontrar os caminhos do progresso e da justiça social, a luta, a obra e o pensamento de Álvaro Cunhal projetam-se como contributos inestimáveis para a conquista de um futuro que tenha como referência os valores de Abril – os valores da liberdade, da democracia, do desenvolvimento económico, da justiça social e da independência nacional. --------- ----- Álvaro Cunhal morreu aos 92 anos em 13 de Junho de 2005 e o seu funeral, nesta cidade de Lisboa, com a participação de centenas de milhares de pessoas, foi bem a demonstração do reconhecimento dos trabalhadores, do povo de Lisboa e do País a esse homem de cultura integral, intrépido revolucionário de uma vida vivida de cabeça erguida, feita de verticalidade e coerência na busca incessante dos caminhos da vitória sobre a injustiça e as desigualdades e a construção de um mundo mais justo, livre e fraterno. ------------------------------------------------------------------------

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----- Assim, o Grupo Municipal do PCP propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sessão Ordinária de 25 de Junho delibere: ---------------------------------- ----- 1. Saudar todas as iniciativas realizadas e a realizar no âmbito das Comemorações do Centenário; ------------------------------------------------------------------- ----- 2. Saudar a Câmara Municipal de Lisboa pelo seu contributo na realização da Exposição Evocativa realizada no Páteo da Galé nos meses de Abril e Maio; ----------- ----- 3. Saudar a decisão do Município de Lisboa de se associar às comemorações do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, dando o seu nome a uma avenida da cidade inaugurada no passado dia 8 de Junho. ------------------------------------------------ ----- O Representante do Grupo Municipal do PCP, António Modesto Navarro.” ------- ------ VOTAÇÃO – Saudação aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, de 5 (cinco) Deputados Independentes, do Bloco de Esquerda, do Partido da Terra, do Partido Popular Monárquico e do Partido Ecologista “Os Verdes”, e com abstenção do Centro Democrático Social. ------------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Saudação nº 2 apresentada pelo Grupo Municipal do Partido Comunista Português.---------------------------------------------------- ----- Saudação nº 2 – SAUDAÇÃO AO MOVIMENTO ASSOCIATIVO DE LISBOA. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Considerando que: -------------------------------------------------------------------------- ----- As Festas de Lisboa são um ponto alto na promoção social e turística da nossa Cidade; ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- O êxito da vertente popular das Festas de Lisboa deve-se, no fundamental, às Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto; ------------------------------------------------ ----- Mesmo vivendo momentos muito difíceis, nomeadamente no que respeita à manutenção das suas sedes, tendo em conta a aplicação da Lei do Arrendamento, do Governo do PSD/CDS-PP, já conhecida como a Lei dos Despejos, e os aumentos inaceitáveis do IMI, os seus dirigentes, sócios e amigos, desenvolveram um imenso trabalho, de valor incalculável, na construção, animação e funcionamento dos Arraiais Populares e na preparação das Marchas de Lisboa. ------------------------------- ----- O Grupo Municipal do PCP propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 25 de Junho de 2013, delibere: ----------------------------------------------------- ----- 1. Saudar as Coletividades de Lisboa e as suas Estruturas Representativas pela participação nas Festas de Lisboa e, através delas, todos os dirigentes e sócios que contribuíram, com o seu trabalho voluntário, para o sucesso dos Arraiais Populares; - ----- 2. Saudar todos os participantes, marchantes, ensaiadores e construtores das Marchas Populares; -------------------------------------------------------------------------------- ----- 3. Enviar esta saudação: --------------------------------------------------------------------- ----- a) À Associação das Coletividades do Concelho de Lisboa. --------------------------- ----- b) À Federação Distrital das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto. ------- ----- c) À Confederação Nacional das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto. -- ----- O Deputado Municipal Vítor Agostinho.” ------------------------------------------------

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------ VOTAÇÃO – Saudação aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, de 5 (cinco) Deputados Independentes, do Bloco de Esquerda, do Partido da Terra, do Partido Popular Monárquico e do Partido Ecologista “Os Verdes”, e com abstenção do Centro Democrático Social. ------------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Saudação nº 3 apresentada pelo Grupo Municipal do Partido Socialista. ------------------------------------------------------------------ ----- Saudação nº 3 – ÀS FREGUESIAS, À EGEAC E AO MOVIMENTO ASSOCIATIVO DE LISBOA. ------------------------------------------------------------------ ----- “Considerando que: -------------------------------------------------------------------------- ----- As Festas de Lisboa são um ponto alto na promoção social e turística da nossa cidade; ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- O êxito das Festas de Lisboa deve-se, naturalmente, ao apoio da EGEAC/CML e das Freguesias e, na sua vertente popular, às Coletividades de Cultura, recreio e Desporto;--------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Mesmo vivendo momentos muito difíceis, nomeadamente no que respeita à manutenção das sua sedes, tendo em conta a aplicação da Lei do Arrendamento do Governo do PSD/CDS-PP, já conhecida como a Lei dos Despejos, e os aumentos inaceitáveis do IMI, os seus dirigentes, sócios e amigos, desenvolveram um imenso trabalho, de valor incalculável, na construção, animação e funcionamento dos Arraiais Populares e na preparação das Marchas de Lisboa. ------------------------------- ----- O Grupo Municipal do PS propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 25 de Junho de 2013, delibere: ----------------------------------------------------- ----- 1. Saudar as Freguesias, a EGEAC e as Coletividades de Lisboa e as suas Estruturas representativas pela participação nas Festas de Lisboa e, através delas, todos os dirigentes e sócios que contribuíram, com o seu trabalho voluntário, para o sucesso dos Arraiais Populares;------------------------------------------------------------------ ----- 2. Saudar todos os participantes, marchantes, ensaiadores e construtores das Marchas Populares; -------------------------------------------------------------------------------- ----- 3. Enviar esta saudação: --------------------------------------------------------------------- ----- a) À Associação das Coletividades do Concelho de Lisboa --------------------------- ----- b) À Federação Distrital das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto -------- ----- c) À Confederação Nacional das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto. -- ----- Lisboa, 25 de Junho de 2012. --------------------------------------------------------------- ----- O Líder da Bancada Miguel Coelho.” ----------------------------------------------------- ------ VOTAÇÃO – Saudação aprovada por unanimidade. ------------------------------- ----- Segue-se a transcrição e votação da Moção nº1, subscrita pelo Grupo Municipal do Bloco de Esquerda. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Moção nº 1 – SOLIDARIEDADE COM OS PROFESSORES PORTUGUESES NA DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA. ------------------------------- ----- “Considerando que: --------------------------------------------------------------------------

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----- O investimento na Educação é essencial para garantir a qualificação da população portuguesa e um país mais desenvolvido e preparado para os desafios da atualidade. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- É precisamente nos momentos de crise económica que este esforço se torna mais premente para ajudar o país a sair da crise. --------------------------------------------------- ----- O governo português tem prosseguido políticas de desinvestimento na escola pública, reduzindo drasticamente o orçamento para a Educação, eliminando disciplinas e aumentando o número de alunos por turma, colocando assim em causa os avanços conseguidos pelo país em matéria de Educação nas últimas décadas, como atesta o recente relatório do Conselho Nacional de Educação sobre o Estado da Educação. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- O governo anunciou no final de Maio a passagem de milhares de funcionários públicos, incluindo muitos professores, para o regime de mobilidade especial, o que se traduzirá no despedimento de milhares destes profissionais já em finais de 2014. --- ----- O governo definiu novas regras de mobilidade geográfica que implicam a deslocação de muitos professores para mais de 200km da sua área de residência, desfazendo agregados familiares e aumentando a desmotivação dos docentes e a instabilidade nas escolas. -------------------------------------------------------------------------- ----- O governo pretende aumentar o horário de trabalho dos professores das 35 para as 40 horas, tendo já traduzido parcialmente esta intenção no despacho de organização do novo ano letivo que retira as Direções de Turma da componente letiva para a componente não letiva, o que pode implicar a supressão de cerca de 3 mil horários, e portanto mais despedimentos de professores.-------------------------------- ----- Perante estas medidas anunciadas em pleno final de ano letivo, não restava outra alternativa aos professores se não protestar em altura de avaliações e exames. -- ----- Os professores aderiram esmagadoramente à greve às reuniões dos conselhos de turma de avaliação, impedindo a realização de mais de 90% dessas reuniões, e manifestaram-se massivamente em Lisboa no passado dia 15 de Junho. ----------------- ----- No que diz respeito à greve geral de professores do passado dia 17 de Junho, o colégio arbitral decidiu não definir serviços mínimos por entender que o exame nacional de português podia ser transferido para o dia 20 de Junho, poupando prejuízos aos alunos e famílias. ------------------------------------------------------------------ ----- O Ministro da Educação não aceitou a sugestão do colégio arbitral de mudar a data do exame de português para dia 20 de Junho, mesmo com a garantia de todas as organizações sindicais de que não marcariam greve para esse dia, até porque tal seria legalmente impossível na ausência de um pré-aviso para o efeito. ------------------- ----- O Ministro da Educação preferiu uma estratégia de confronto aberto convocando dez vezes mais professores do que os necessários para garantir a realização dos exames, mostrando-se mais preocupado em marginalizar os efeitos da greve do que em garantir em absoluto condições de equidade e a tranquilidade necessária aos alunos e respetivas famílias. ----------------------------------------------------

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----- A greve do dia 17 de Junho teve uma adesão esmagadora - superior a 90% - impedindo que muitos alunos – cerca de seis mil só na área da Grande Lisboa – realizassem os exames de português. ------------------------------------------------------------ ----- Muitos dos exames foram realizados em condições que contrastam com o rigor próprio destas ocasiões, nomeadamente: professores sem experiência a garantir em cima do acontecimento as tarefas complexas dos secretariados de exames, formadores (não docentes) a vigiarem salas, diretores a distribuírem enunciados à pressa, provas realizadas em ginásios ou refeitórios (quando o limite por sala é de 20 alunos), ausência de professores coadjuvantes (cuja missão é o esclarecimento de dúvidas ou a resolução de problemas junto do júri nacional de exames), atrasos na hora de início da realização dos exames, alunos que saíram da sala antes da hora prevista, invasões de salas por alunos que se sentiram injustiçados por não poderem realizar o exame, salas à porta fechada, telemóveis a tocar em muitas salas. ------------ ----- O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sessão ordinária de 25 de Junho de 2013, delibere: -------------------- ----- 1) Manifestar a sua total solidariedade com a luta dos professores, em defesa do emprego e da qualidade da escola pública. ----------------------------------------------------- ----- 2) Condenar a atuação irresponsável do Ministro da Educação que ao recusar-se a transferir a data do exame nacional de português para dia 20 de Junho, criou transtornos e prejuízos perfeitamente evitáveis junto de muitos alunos e respetivas famílias. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 3) Apelar ao governo para recuar na sua intenção de colocar milhares de docentes em mobilidade especial e de aumentar o horário de trabalho para as 40 horas, de modo a garantir a qualidade do serviço público de educação e a devolver a paz às escolas, para que o novo ano letivo possa decorrer de forma tranquila para alunos, pais e professores. ------------------------------------------------------------------------- ----- Que a mesma seja remetida após votação para: os Grupos parlamentares da AR, CGTP , UGT, FREPROF e para os órgãos de comunicação social. ----------------------- ----- Lisboa, 25 de junho de 2013. ---------------------------------------------------------------- ----- Pelo Grupo Municipal do Bloco de Esquerda, José Casimiro.” ----------------------- ------ VOTAÇÃO – Moção aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, de 5 (cinco) Deputados Independentes, do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista “Os Verdes”, com os votos contra do Partido Social Democrata e do Centro Democrático Social. e com as abstenções do Partido da Terra e do Partido Popular Monárquico -------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Moção nº 2 apresentada pelo Grupo Municipal do Bloco de Esquerda. ---------------------------------------------------------------- ----- Moção nº 2 – APOIAR A GREVE GERAL POR MAIS EMPREGO, MAIS SALÁRIO E EM DEFESA DO ESTADO SOCIAL. -------------------------------------- ----- “Considerando que: ------------------------------------------------------------------------- ----- 1. A política de austeridade do governo das direitas está a agravar cada vez mais a situação de dependência económica do País face ao capital económico e financeiro internacional. A financeirização da economia, tem agravado a situação

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financeira dia após dia, auteridade sobre austeridade, faz com que o défice não desça e a dívida não páre de crescer, ultrapassando já hoje 127% do PIB. As previsões dos organismos nacionais e das instâncias internacionais referem um agravamento de todos os indicadores económicos e financeiros, o que torna a dívida impagável, porque se tornou impossível criar riqueza com o país submetido à ditadura do grande capital financeiro. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- 2. Os problemas estruturais do País agravaram-se! Portugal não tem uma política de investimento industrial, assente no respeito pelo ambiente, de forma sustentável e que concorra a médio e longo prazo para o crescimento económico, a criação de emprego e diminua a sua dependência externa, combatendo por essa via, o seu maior défice, o da produção nacional e, consequentemente, da sua balança comercial. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 3. É fundamental travar esta brutal transferência do trabalho para o capital e chamar todos os trabalhadores à luta contra as políticas do “rolo compressor” do capital e da finança sobre o trabalho e emprego (+1,5 milhões de desempregados), os salários e pensões (retirou aos reformados e pensionistas + 2,566 mil milhões€ nos últimos 3 anos) e um aumento brutal da exploração e proletarização acelerada de setores chamados da “classe média”. ----------------------------------------------------------- ----- 4. Este governo não tem soluções para o país. Estamos perante um governo em fim de linha! Dizem-nos que temos “um Estado Social que vive acima das suas possibilidades” e por isso seria preciso “refundar o Estado”. A senda ideológica deste governo e da Troika são as da ideologia da humilhação, do espezinhamento e do empobrecimento do Povo, recessão sobre recessão, esmagamento das conquistas do Estado social, é do que se decide quando se fala da necessidade de discutir as funções sociais do Estado, ou seja o direito à saúde, à educação, à segurança social, melhor justiça, o direito do trabalho e ao emprego e á habitação. A Troika permite-se advogar de que temos que pagar mais para termos educação pública e de despedir mais professores, bem como um sistema de segurança de social que conta com níveis de prestações sociais e de pensões demasiado “generoso”. --------------------------------- ----- 5. Preconiza-se cortes brutais de 5,6 mil milhões de euros nas funções sociais do Estado e um brutal despedimento de 100 mil funcionários públicos e do setor público, novos cortes nos salários e pensões, aumento da idade da reforma para os 66 anos, privatização do vínculo público com a aplicação do código de trabalho do privado ao setor público que a serem concretizados significaria uma vitória das políticas do “consenso de Washington”, da diretiva europeia 2020, dos bancos e dos fundos especulativos. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- A luta contra o empobrecimento, pelo crescimento e emprego, é uma luta dos povos europeus e dos portugueses, contra as políticas da Sr.ª Merkel e de um governo económico que assumirá naturalmente o Tratado de Lisboa. ------------------------------- ----- 6. A nossa luta pela anulação da dívida abusiva e renegociação de prazos e juros com todas as instituições credoras, públicas e privadas, pela reposição dos rendimentos cortados. Esta e outras medidas fazem parte duma luta contra o caminho do desastre, do aumento contínuo da dívida pública, do desaceleramento das

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exportações e da queda do PIB e da economia. O País fica mais pobre, e aumentam os mais desfavorecidos da nossa sociedade, num quadro de uma confessada estratégia de empobrecimento contínuo tida como indispensável para o reforço da “competitividade” do País. ----------------------------------------------------------------------- ----- 7. Foi também em nome da competitividade que este governo declarou guerra ao trabalho, com alterações ao código de trabalho que desequilibram profundamente as relações de trabalho, enfraquecem os direitos, liberalizam e embaratecem os despedimentos, tenta impor o «banco de horas individual», incentiva e embaratece o pagamento do trabalho extraordinário e caminha para a liquidação da contratação coletiva, dos Acordos de Empresa (AE’s) e dos sindicatos. A aposta é, claramente, na individualização das relações de trabalho. ----------------------------------------------------- ----- Aos sucessivos códigos do trabalho une-os a visão agressiva da destruição dos direitos, do aumento da exploração e da diminuição dos custos do trabalho de um movimento operário que em 74/75 conquistou ao capital, direitos, que vieram a ser constitucionalmente consagrados e é uma das razões do combate da esquerda contra estas soluções economicamente liberais e socialmente autoritárias. ----------------------- ----- 8. Generalizar e unificar a lutas em Portugal, como nos países do sul da Europa, enfrentar a troika é enfrentar cara-a-cara os especuladores e os ideólogos da austeridade, recusando ingerências e pressões sobre a nossa soberania e o próprio exercício da democracia política e social. A ofensiva é contra todos. É contra os trabalhadores do sector privado, conforme consta expressamente no relatório elaborado pela OCDE. É contra os trabalhadores do Sector Empresarial do Estado (SEE) porque põe em causa direitos elementares consagrados nos acordos de empresa. ----- 9. O empobrecimento dos Lisboetas está bem visível com as políticas deste governo, cresce o desemprego e há menos salário, todos os dias se entrega as casas aos bancos por impossibilidades de as pagar, cresce as filas nas instituições para uma refeição ou para conseguirem alguma alimentação, aumentam o número de sem-abrigo e muitos já não têm dinheiro para pagar a luz ou a eletricidade, o pequeno comércio encerra as suas portas. ---------------------------------------------------------------- ----- 10. A Greve Geral é a resposta necessária à grave situação em que o país está mergulhado. Dois anos depois da assinatura do memorando que agride e humilha o povo e o país, Portugal está devastado económica e socialmente. É preciso dizer BASTA! Dizer NÃO! á Exploração e ao Empobrecimento. É urgente pôr o governo na rua e reclamar eleições antecipadas. ----------------------------------------------------------- ----- Assim, o Bloco de Esquerda propõe que na Assembleia Municipal de Lisboa na sua reunião no dia 25 de junho de 2013 delibere aprovar a sua solidariedade com todos aqueles que estão sem emprego e a sofrer, a começar pelos mais desfavorecidos, os principais alvos destas medidas recessivas de austeridade e assumir a luta toda e mobilização de todos e todas para a GREVE GERAL, POR MAIS EMPREGO, MAIS SALÁRIO E EM DEFESA DO ESTADO SOCIAL. ------------- ----- Que a mesma seja remetida após votação para: os Grupos parlamentares da AR, CGTP , UGT e para os órgãos de comunicação social. --------------------------------------

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----- Pelo Grupo Municipal do Bloco de Esquerda. José Casimiro.” ----------------------- ------ VOTAÇÃO – Moção aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, de 5 (cinco) Deputados Independentes, do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista “Os Verdes”, com os votos contra do Partido Social Democrata e do Centro Democrático Social. e com as abstenções do Partido da Terra e do Partido Popular Monárquico -------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Moção nº 3 apresentada pelo Grupo Municipal do Bloco de Esquerda. ---------------------------------------------------------------- ----- Moção nº 3 – CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO EM LISBOA COM “MEGA PIC NIC” DO CONTINENTE.--------------------------------- ----- “Considerando que: -------------------------------------------------------------------------- ----- 1. A Câmara Municipal de Lisboa decidiu, apesar de todas as críticas aquando da primeira edição, reeditar no próximo dia 29 de Junho, o Mega Piquenique do Continente e outra vez, no Terreiro do Paço; -------------------------------------------------- ----- 2. Nesta Assembleia Municipal de Lisboa, já foram aprovadas nos 3 anos sucessivos, várias moções e recomendações de condenação da iniciativa;---------------- ----- 3. A Câmara Municipal de Lisboa decidiu arbitrariamente cortar o trânsito no acesso à Baixa de Lisboa, durante muitos dias para a realização de “Um Mega Picnic”, um evento comercial que transforma a mais emblemática Praça da cidade num centro comercial a céu aberto do Grupo Continente. ----------------------------------- ----- 4. Não é aceitável que, sob um pretexto que ainda está por provar - de que este evento promoveria a produção nacional -, se venha agrilhoar qualquer espaço público da cidade em geral e muito menos a sua mais emblemática praça, o Terreiro do Paço, limitando o acesso ao espaço em causa e dificultando a mobilidade de milhares de cidadãos ao local e zonas limítrofes. --------------------------------------------- ----- 5. Esta iniciativa de privatização do espaço público é um atentado ao interesse público de livre usufruto de uma zona nobre da cidade de Lisboa. ------------------------- ----- 6. Infelizmente, esta situação não constitui nenhum precedente porque ela encadeia-se já numa prática política frequente do executivo liderado por António Costa, tal como já sucedeu com diversos espaços públicos da cidade a serem também cedidos a outras marcas para fins meramente comerciais. ---------------------------------- ----- 7. A gestão da Câmara Municipal de Lisboa no que toca a ocupação do espaço público por iniciativas privadas revela uma falta de respeito para com os cidadãos que são o seu dono e principal utente. ---------------------------------------------------------- ----- 8. A ideia de que as instituições podem decidir a ocupação do espaço público por operadores privados sem ter em conta as expectativas, a opinião e os direitos dos cidadãos é um atropelo à gestão democrática do espaço público. -------------------------- ----- 9. O que esta iniciativa demonstra é que o presidente da CML, Dr. António Costa tem negligenciado por completo o princípio da auscultação e da participação dos cidadãos que devem ser o traço principal da governação municipal moderna.------ ----- O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda propõe à Assembleia Municipal de Lisboa, reunida no dia 25 de Junho de 2013, delibere: ---------------------------------------

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----- Repudiar a política de privatização do espaço público, nomeadamente, as suas zonas mais nobres e censurar a Câmara Municipal de Lisboa pela reincidência nesta estratégia política. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- Lisboa, 25 de Junho de 2013. --------------------------------------------------------------- ----- O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda, José Casimiro.” -------------------------- ------ VOTAÇÃO – Moção aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Comunista Português, de 4 (quatro) Deputados Independentes, do Bloco de Esquerda, do Partido da Terra e do Partido Ecologista “Os Verdes”, com os votos contra do Partido Socialista e do Partido Social Democrata e com as abstenções do Centro Democrático Social, do Partido Popular Monárquico e de 1 (um) Deputado Independente. ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Moção nº 4 apresentada pelo Grupo Municipal do Bloco de Esquerda. ---------------------------------------------------------------- ----- Moção nº 4 – MARCHAS POPULARES DE LISBOA. ----------------------------- ----- “Considerando que: -------------------------------------------------------------------------- ----- 1. A cidade de Lisboa celebra mais de oitenta anos de cultura popular com a realização das Marchas Populares. -------------------------------------------------------------- ----- 2. As mesmas proporcionam espaços de encontro das mais diversas maneiras, desde a multiculturalidade á geracional e social. --------------------------------------------- ----- 3. Fomentam nas associações que as desenvolvem, uma assiduidade de um largo número de pessoas que provavelmente doutra forma não as frequentariam, e estimulam a manutenção do movimento associativo.------------------------------------------ ----- 4. Ao longo destes anos, muita gente encontrou os seus parceiros de vida nos ensaios das marchas populares, criando assim famílias que seguiram a tradição popular e hoje também são marchantes. -------------------------------------------------------- ----- 5. Todos os marchantes e dirigentes associativos estão em regime voluntário e solidário para com as Marchas Populares, dando muitas das suas horas de vida a este evento da cidade de Lisboa, e que o fazem simplesmente por orgulho bairrista. ---- ----- Vem o Bloco de Esquerda propor, que a Assembleia Municipal de Lisboa na sua reunião no dia 25 de Junho de 2013 delibere um voto de louvor as todas as associações envolvidas na feitura das marchas populares, manifestando o seu agradecimento e felicitações, pelo brilhante espetáculo que se proporcionou na cidade de Lisboa, bem como a todo o país. Que do mesmo seja dado conhecimento às associações envolvidas pelo seu magnífico desempenho.------------------------------------- ----- Lisboa, 25 de Junho de 2013. --------------------------------------------------------------- ----- Pelo Grupo Municipal do Bloco de Esquerda, José Casimiro.” ----------------------- ------ VOTAÇÃO – Moção aprovada por unanimidade. ---------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Moção nº 5 apresentada pelo Grupo Municipal do Partido Comunista Português.---------------------------------------------------- ----- Moção nº 5 – MOÇÃO DE APOIO À GREVE GERAL CONVOCADA PARA O DIA 27 DE JUNHO DE 2013. ------------------------------------------------------ ----- “Considerando que: --------------------------------------------------------------------------

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----- - Decorridos dois anos de aplicação do designado “memorando de entendimento” e em resultado direto da sua aplicação, os trabalhadores portugueses são agredidos, o povo português é humilhado, a soberania nacional é hipotecada, o país está devastado económica e socialmente e nada é feito para a recuperação e relançamento dos sectores produtivos da economia portuguesa; --------------------------- ----- - Considerando que o desemprego atinge já 1 milhão e meio de portugueses se aprofunda e alastra a pobreza a cada dia que passa; ----------------------------------------- ----- - Considerando que o governo PSD/CDS-PP se coloca fora da lei, desrespeitando a Constituição da República Portuguesa; ----------------------------------- ----- - Considerando que o governo PSD/CDS-PP se constitui, ele próprio, como fator de instabilização e de divisão grave da sociedade portuguesa, procedendo a ações de propaganda manipuladora, tentando virar trabalhadores do sector privado contra trabalhadores do sector empresarial do estado e da administração pública, civis contra militares, encarregados de educação e alunos contra professores, jovens contra idosos, num afã de tentar virar todos contra todos, com o objetivo de “dividir para reinar”; ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- - Considerando que o governo prepara mais um brutal ataque aos rendimentos dos trabalhadores e dos reformados, através de outro pacote de medidas visando cortes nas pensões e reformas, o despedimento de milhares de trabalhadores da administração pública, o aumento do horário de trabalho da administração pública das 35 para as 40 horas semanais e a desvalorização geral do valor do trabalho; ------ ----- - Considerando que são gerais e brutais os ataques aos direitos e rendimentos dos trabalhadores do sector privado, do sector empresarial do estado, da administração pública, dos pensionistas, dos reformados, dos pequenos e médios empresários; ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- - Considerando que em consequência direta desta política de desastre nacional conduzida pelo governo PSD/CDS-PP, a OCDE prevê o agravamento de todos os indicadores económicos e financeiros em Portugal, apontando para uma dívida de 132% do Produto Interno Bruto; ----------------------------------------------------------------- ----- - Considerando que é um imperativo e uma urgência nacional a derrota da política do governo PSD/CDS-PP, com uma resposta geral a uma política brutal que a quase todos afeta. --------------------------------------------------------------------------------- ----- O Grupo Municipal do PCP propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sessão Ordinária realizada no dia 25 de Junho de 2013, delibere: ------------------- ----- 1. Manifestar o seu apoio à Greve Geral convocada pelas organizações sindicais portuguesas para o próximo dia 27 de Junho de 2013, apelando aos lisboetas para que se empenhem, participando civicamente nessa jornada de luta nacional e patriótica; -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2. Manifestar a sua maior preocupação e firme oposição às políticas conduzidas pelo governo PSD/CDS-PP contra os direitos dos trabalhadores e contra os rendimentos do trabalho; --------------------------------------------------------------------------

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----- 3. Condenar a política do governo PSD/CDS-PP, de desresponsabilização social do estado, comprometendo seriamente o futuro do Serviço Nacional de Saúde, da Escola Pública de qualidade para todos os cidadãos e da Segurança Social; ------------ ----- 4. Condenar a política de confrontação e hostilização social do governo PSD/CDS-PP; --------------------------------------------------------------------------------------- ----- 5. Manifestar o seu apoio à exigência de mudança de política e de rumo para o país, no sentido do interesse nacional e do povo português; --------------------------------- ----- 6. Exigir do Presidente da República que devolva a palavra ao povo português, dissolvendo a Assembleia da República e convocando eleições legislativas antecipadas; ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- 7. Remeter a presente moção para o Presidente da República, para a Presidente da Assembleia da República, para os Grupos Parlamentares, para o Primeiro-ministro, para a Confederação Geral de Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional, para a União Geral de Trabalhadores, para o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa; --------------------------------------------------------------------------- ----- 8. Remeter a presente moção para a redação da Agência Noticiosa Nacional – LUSA. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Representante do Grupo Municipal do PCP, António Modesto Navarro.” ------- ------ VOTAÇÃO – Moção aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, de 5 (cinco) Deputados Independentes, do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista “Os Verdes”, com os votos contra do Partido Social Democrata e do Centro Democrático Social. e com as abstenções do Partido da Terra e do Partido Popular Monárquico -------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Moção nº 6 apresentada pelo Grupo Municipal do Partido Comunista Português.---------------------------------------------------- ----- Moção nº 6 – CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DOS CTT E O ENCERRAMENTO DAS SUAS ESTAÇÕES. --------------------------------------------- ----- “Considerando que: -------------------------------------------------------------------------- ----- O Governo PSD/CDS-PP e a Administração dos CTT têm vindo a executar uma política de destruição da rede de Estações dos CTT tendo como objetivo final a privatização deste serviço público o que tem indignado autarcas e populações afetadas pelo encerramento das Estações dos CTT; ------------------------------------------ ----- Desde Janeiro de 2013 já foram encerradas mais de uma centena de Estações em todo o País, 60 das quais encerraram no último mês; ---------------------------------------- ----- Esta atitude do Governo demonstra uma vez mais a sua falta de respeito pelos trabalhadores dos CTT que serão distribuídos, como excedentários, pelas poucas estações que se mantiverem em funcionamento, facilitando assim o seu despedimento; ----- Esta política é também demonstrativa da incoerência que tanto caracteriza este governo querendo privatizar os CTT que sempre foram lucrativos com o objetivo de, uma vez mais, favorecer os grandes grupos económicos; ------------------------------------ ----- A realização de várias manifestações populares, apoiadas por algumas Juntas de Freguesia contra os encerramentos das Estações dos CTT, intimidaram a administração que, numa atitude desesperada, ordenou bruscamente no passado dia

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31 de Maio o encerramento de todas as Estações da capital antes da hora do fecho, afetando centenas de instituições e munícipes, pondo em causa o cumprimento de prazos legais que dependem do serviço postal, criando problemas futuros às populações, ainda difíceis de apurar, apenas para limitar e fugir à contestação impedindo a realização de protestos no interior das Estações; ----------------------------- ----- Algumas destas Estações não voltaram a abrir como são exemplo as Estações dos Anjos, dos Olivais Norte, do Cais dos Soldados (Santa Apolónia), Bairro do Condado (Marvila) de Carnide e da Calçada de Carriche que estão definitivamente encerradas e a Estação da Ajuda que tem encerramento anunciado para dia 31 de Julho. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Nas freguesias onde a população é maioritariamente idosa, o encerramento das Estações dos CTT traz consequências ainda mais gravosas dado que as alternativas apresentadas não têm em conta a proximidade nem oferecem segurança, principalmente para os idosos levantarem as suas pensões. --------------------------------- ----- O Grupo Municipal do PCP propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sessão Ordinária realizada no dia 25 de Junho de 2013, delibere: ------------------- ----- 1. Manifestar profundo repúdio pela política levada a cabo pelo governo e pela administração dos CTT, que tem por objetivo a privatização da empresa e a destruição de um serviço público essencial às populações. ---------------------------------- ----- 2. Exigir que se reabram as Estações dos CTT recentemente encerradas e se melhore todo o Serviço Postal Publico. --------------------------------------------------------- ----- 3. Apelar à população da Cidade, para continuar a participar em todas as iniciativas locais ou centrais, que visem a manutenção das Estações dos CTT, dos seus trabalhadores, exigindo do Governo o serviço público de qualidade que lhe é devido. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 4. Enviar esta Moção ao Governo, aos Grupos Parlamentares da Assembleia da República, à Administração dos CTT, ao SNTCT - Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações. -------------------------------------------- ----- A Deputada Municipal Maria de Lurdes Pinheiro.” ------------------------------------ ------ VOTAÇÃO – Moção aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, de 5 (cinco) Deputados Independentes, do Bloco de Esquerda, do Partido da Terra, do Partido Popular Monárquico e do Partido Ecologista “Os Verdes”, e com os votos contra do Partido Social Democrata e do Centro Democrático Social. ----------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Moção nº 7 apresentada pelo Grupo Municipal do Partido Comunista Português.---------------------------------------------------- ----- Moção nº 7 – DESPEDIMENTO COLETIVO NO HOSPITAL CURRY CABRAL. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Considerando que: -------------------------------------------------------------------------- ----- Cerca de meia centena de trabalhadores do Hospital Curry Cabral, foram informados há poucos dias, que vão ser despedidos; ----------------------------------------- ----- Estes trabalhadores, onde se incluem enfermeiros, assistentes operacionais e assistentes técnicos, são indiscutivelmente imprescindíveis nos respetivos serviços; ----

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----- O Hospital Curry Cabral e o Hospital São José têm falta de pessoal, tendo que recorrer muitas vezes a trabalho extraordinário, nesta situação negativa para as populações, vem agora a administração proceder a um despedimento desta dimensão , deixando muitos serviços em situação de rutura; -------------------------------- ----- Esta medida do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central, insere-se numa política de destruição do Serviço Nacional de Saúde, no sentido de entregar o Sector da Saúde a entidades privadas do grande capital. --------- ----- O Grupo Municipal do PCP propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa reunida em sessão ordinária a 25 de Junho de 20113, delibere: ---------------------------- ----- 1. Defender o Serviço Nacional de Saúde e manifestar um profundo repúdio por este despedimento coletivo; ----------------------------------------------------------------------- ----- 2. Exigir a suspensão imediata desta medida e a conversão dos contratos atuais em contratos por tempo indeterminado; -------------------------------------------------------- ----- 3. Dar conhecimento desta moção ao Ministro da Saúde, Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública. -------------------------------------------------------------- ----- A Deputada Municipal Rita Magrinho.” -------------------------------------------------- ------ VOTAÇÃO – Moção aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, de 5 (cinco) Deputados Independentes, do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico e do Partido Ecologista “Os Verdes”, com os votos contra do Partido Social Democrata e do Centro Democrático Social. e com a abstenção do Partido da Terra. ------------------------------------------------ ------ Segue-se a transcrição e votação da Moção nº 8 apresentada pelo Grupo Municipal de “Os Verdes”. ------------------------------------------------------------------------ ----- Moção nº 8 – CANIL-GATIL MUNICIPAL DE LISBOA. ------------------------ ----- “Em Portugal em média 10 mil cães e gatos são abandonados todos anos, dos quais grande parte é abatida, sendo que, infelizmente, o acentuar da crise económica de muitas famílias portuguesas veio agravar ainda mais este abandono, estimando-se ainda que existam mais de meio milhão de cães e gatos sem dono no nosso País. ------- ----- O Centro de Recolha Oficial de Lisboa, vulgo Canil/Gatil Municipal de Lisboa, é o maior centro existente no País, mas não possui as condições que permitam dar cumprimento à legislação nacional (Decreto-Lei nº 315/2003) e comunitária em vigor referente à Proteção dos Animais de Companhia. -------------------------------------------- ----- Segundo os artigos 5º e 6º da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, “todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente em contacto com o homem, tem o direito a viver e a crescer ao ritmo das condições de vida e liberdade que sejam próprias da sua espécie”, sendo o “abandono de um animal um acto cruel e degradante”. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- Em 2008 foram contratados tratadores para cuidarem dos animais deste espaço, com contrato a termo certo, sendo despedidos a 14 de Setembro 2011. Após essa data, não voltaram a contratar outras pessoas para essas funções, utilizando outros trabalhadores dos serviços municipais para efetuarem algumas tarefas, com qualificações e formação muito aquém do necessário para garantir o bem-estar, a qualidade de vida e dignidade destes animais. -------------------------------------------------

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----- Em 2009, os lisboetas votaram num projeto do Orçamento Participativo que previa 375 mil euros para melhorar as condições de bem-estar dos animais que se encontram no Canil/Gatil Municipal de Lisboa, sendo que, até ao presente momento e passados mais de 4 anos, as necessárias e há muito previstas obras de ampliação do Canil/Gatil Municipal de Lisboa ainda não se encontram concluídas, nem se sabe a previsão de conclusão destas pela CML. ----------------------------------------------------- ----- Faltam transportes públicos com paragem perto deste equipamento municipal, apesar de passarem autocarros na Estrada da Pimenteira, sendo que os munícipes que utilizarem os transportes públicos têm de percorrer, com risco de poderem ser atropelados na berma de uma estrada sem qualquer passeio, cerca de 1,5 km para chegar às instalações do Canil/Gatil Municipal de Lisboa. --------------------------------- ----- Seria possível aceder pela parte de cima das instalações do Canil-Gatil Municipal de Lisboa, se aí se construísse um percurso pedonal e uma escada, podendo até serem utilizados os toros provenientes da limpeza da mata adjacente por ser uma opção barata e muito ecológica, que permitiria o acesso direto às paragens de autocarro que servem o Parque do Alvito. -------------------------------------------------- ----- A recente mudança da designação do Canil-Gatil Municipal de Lisboa para Casa dos Animais e a criação do cargo de Provedor dos Animais, serão insuficientes se não forem acompanhadas por medidas que criem as condições que possibilitem que este equipamento municipal cumpra a legislação nacional (Decreto-Lei nº 315/2003) e comunitária em vigor relacionada com a Proteção dos Animais de Companhia. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Considerando a dificuldade de acessos e a inexistência de uma paragem de autocarro perto da entrada das instalações do Canil/Gatil Municipal de Lisboa. ------- ----- Considerando que o projeto para a 3ª fase de construção do Canil/Gatil Municipal de Lisboa, foi o mais votado do Orçamento Participativo na edição 2009/2010, tendo recebido um total de 754 votos. --------------------------------------------- ----- Considerando que as obras das novas instalações estão paradas há tanto tempo não por falta de dinheiro, mas por razões burocráticas na Câmara Municipal de Lisboa relacionadas com a falência do empreiteiro que nunca mais permitiu a realização de um novo contrato para permitir a conclusão definitiva da 3ª fase da obra. -------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Considerando que as obras já realizadas de construção de novas boxes no Canil/Gatil Municipal de Lisboa não são suficientes para suprir as necessidades há muito sentidas naquele espaço, para o bem-estar e salubridade dos animais. ------------ ----- Considerando a necessidade de sujeitos com formação e vocacionados para cuidar dos animais deste canil/gatil, com tudo o que é inerente aos cuidados prestados anteriormente. -------------------------------------------------------------------------- ----- Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera, na sequência da presente proposta do Partido Ecologista “Os Verdes”, que a Câmara Municipal de Lisboa: ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 1 – Proceda à construção de um percurso pedonal e de uma escada em que utilize os toros provenientes da limpeza da mata adjacente para permitir o acesso

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direto às paragens de autocarro que servem o Parque do Alvito e a negociação com a Carris com vista à colocação de uma paragem perto do Canil/Gatil Municipal de Lisboa para os autocarros que circulam na Estrada da Pimenteira. ---------------------- ----- 2 – Realize o mais rápido possível as necessárias e há muito previstas obras de ampliação do Canil/Gatil Municipal de Lisboa, e que estas sejam feitas por forma a fornecer condições dignas aos animais. --------------------------------------------------------- ----- 3 – Proceda à contratação de novos tratadores, com formação adequada para cuidar destes animais. ------------------------------------------------------------------------------ ----- 4 – Promova campanhas de sensibilização, ao longo do ano, alertando para que as pessoas não abandonem os animais e que fomentem a sua adoção. -------------------- ----- 5 – Solicitar o envio da presente moção à Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais (LPDA), à Associação de Proteção aos Cães Abandonados (APCA), à Associação Ação Animal e às restantes Associações de Proteção e Defesa dos Animais a funcionar na cidade de Lisboa. ------------------------------------------------------ ----- Assembleia Municipal de Lisboa, 25 de Junho de 2013. -------------------------------- ----- O Grupo Municipal de “Os Verdes”, Cristina Serra.” --------------------------------- ------ VOTAÇÃO – Moção aprovada por unanimidade. ---------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Moção nº 9 apresentada pelo Grupo Municipal De “Os Verdes”. ----------------------------------------------------------------------- ----- Moção nº 9 – MEGA PIQUENIQUE. --------------------------------------------------- ----- “Realiza-se este ano a 5ª edição do Mega Piquenique, fruto de uma parceria entre a CML e a empresa Modelo Continente Hipermercados S.A. que terá lugar no Terreiro do Paço, à semelhança do ano anterior. --------------------------------------------- ----- Esta iniciativa enquadra-se numa operação de marketing empresarial, apesar de se alegar que o objetivo é a promoção da produção nacional quando, na verdade, esta empresa é das maiores responsáveis pela importação de bens no País e pelo estrangulamento dos produtores nacionais, devido à imposição de condições inaceitáveis que impossibilitam os produtores de comercializarem nessas superfícies os seus produtos, face ao monopólio e às exigências da grande distribuição. ------------ ----- Considerando que é gravosa a forma como o espaço público, em particular uma das praças mais emblemáticas e importantes de Lisboa, é facultado para toda e qualquer iniciativa de carácter privado, com a conivência e patrocínio da Câmara Municipal, através da isenção de taxas de ocupação da via pública e de publicidade e da disponibilização de equipamentos e de trabalhadores municipais. --------------------- ----- Considerando que a empresa promotora do evento ocupou a 5ª posição no ranking das principais empresas importadoras de bens a nível nacional em 2010, segundo as Estatísticas do Comércio Internacional de 2011, editado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em 2012. --------------------------------------------------------- ----- Considerando que, em Fevereiro de 2011, foi aprovada por unanimidade, uma recomendação apresentada pelo PEV, que previa a criação, por parte da Câmara Municipal de Lisboa, de um espaço para que os agricultores pudessem divulgar os seus produtos, e que representasse também um centro de partilha de recursos e conhecimentos sobre agricultura sustentável, troca de experiências, com refeições

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biológicas, palestra e mostra de projetos individuais ou coletivos; além de divulgar posteriormente a existência deste espaço à população, com informação da importância de consumir produtos locais e da forma como estes contribuem para a diminuição da dependência do exterior, apoiando a economia nacional e local, contribuindo também, para a diminuição do fenómeno das alterações climáticas. ------ ----- Considerando que a autarquia tem vindo a proceder ao encerramento de mercados municipais, cruciais para a promoção dos produtos locais e tradicionais e para a manutenção da vida quotidiana nos bairros lisboetas. ------------------------------- ----- Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera, na sequência da presente proposta do Partido Ecologista “Os Verdes”, que a Câmara Municipal de Lisboa: ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 1 – Deixe de patrocinar este tipo de iniciativas de puro marketing empresarial através da isenção de taxas de ocupação da via pública e de publicidade e da disponibilização de equipamentos e trabalhadores municipais, acautelando o interesse público e a utilização dos recursos e trabalhadores municipais na prestação de bens e serviços que sejam essenciais e contribuam efetivamente para a melhoria da qualidade de vida das populações na cidade de Lisboa. ---------------------------------- ----- 2 – Salvaguarde a dignificação e a utilização do espaço público por parte de entidades privadas, nomeadamente em áreas da cidade de Lisboa com uma forte carga simbólica e emblemática como é a praça monumental do Terreiro do Paço. ----- ----- 3 – Assuma claramente um papel ativo na defesa e promoção do comércio tradicional (mercearias, peixarias, talhos, mercados municipais, entre outros) e apresente uma estratégia para a revitalização dos mercados municipais da cidade de Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 4 – Dê conhecimento a esta Assembleia Municipal dos recursos humanos e equipamentos municipais utilizados, e respectivo o valor, nas edições anteriores do Mega Piquenique e na edição deste ano, assim como do valor das taxas de ocupação da via pública e de publicidade, isentadas e a isentar, para a realização destes eventos. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Assembleia Municipal de Lisboa, 25 de Junho de 2013 --------------------------------- ----- O Grupo Municipal de “Os Verdes”, Cristina Serra.” --------------------------------- ------ VOTAÇÃO – Moção aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Comunista Português, de 5 (cinco) Deputados Independentes, do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico, do Partido da Terra e do Partido Ecologista “Os Verdes”, com os votos contra do Partido Socialista e com a abstenção do Centro Democrático Social e de 1 (um) Deputado Independente. ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Moção nº 10 apresentada pelo Grupo Municipal do Partido popular Monárquico. ----------------------------------------------------- ----- Moção nº 10 – PELA REMOÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE AR CONDICIONADO DAS FACHADAS DA BAIXA POMBALINA -------------------- ----- “Segundo o disposto no artigo 49º do Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação de Lisboa (RMUEL), bem como os artigos 1422º e 1425º do Código Civil,

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é proibido manter no exterior dos edifícios, sobretudo nas suas fachadas principais, equipamentos de ar condicionado. --------------------------------------------------------------- ----- Muitos desses aparelhos foram colocados há mais de três décadas, quando ainda não eram tidas em conta questões como o aproveitamento energético, o enquadramento estético ou a problemática ambiental. --------------------------------------- ----- Devido aos esforços desenvolvidos para a manutenção e recuperação da traça característica da Baixa Pombalina, nomeadamente através do Plano de Pormenor da Baixa e com a possibilidade de candidatura desta zona a Património da Humanidade, é imperioso que esses aparelhos sejam removidos. No entanto, para manter o conforto na utilização dos espaços pelos utentes e, não obstante, manter o respeito à lei e à estética dos mesmos, é fundamental a realização de um estudo, a fim de compreender em que moldes a recuperação e economização de energia elétrica poderão ser estabelecidas nesses mesmos edifícios. ------------------------------------------- ----- Por estas razões, o Grupo Municipal do Partido Popular Monárquico propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida na sua sessão ordinária de 25 de Junho de 2013, delibere:--------------------------------------------------------------------------- ----- 1 – Que a Câmara Municipal de Lisboa efetue uma vistoria e proceda a um estudo energético e estético, tendo em conta a preservação do meio ambiente e a poupança de energia elétrica. -------------------------------------------------------------------- ----- 2 – Que a Câmara Municipal de Lisboa proceda à remoção dos equipamentos de ar condicionado que perturbam as fachadas dos edifícios da Baixa de Lisboa, de forma a fazer cumprir os artigos 1422º e 1425º do Código Civil e o artigo 49º do RMUEL. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Lisboa, 25 de Junho de 2013. --------------------------------------------------------------- ----- Pelo Grupo Municipal do PPM, Aline Hall de Beuvink.” ------------------------------ ------ VOTAÇÃO do ponto nº 1 – aprovado por maioria, com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, do Bloco de Esquerda, do Partido da Terra e do Partido Popular Monárquico, e com as abstenções de 5 (cinco) Deputados Independentes, do Centro Democrático Social e do Partido Ecologista “Os Verdes” . ------------------------------------------------------------- ------ VOTAÇÃO do ponto nº 2 – aprovado por maioria, com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Centro Democrático Social, do Bloco de Esquerda, do Partido da Terra e do Partido Popular Monárquico, e com as abstenções do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, de 5 (cinco) Deputados Independentes e do Partido Ecologista “Os Verdes” . ------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Moção nº 11 apresentada pelo Grupo Municipal do Partido Popular Monárquico ----------------------------------------------------- ----- Moção nº 11 – ENTREGA DO RIO À CIDADE. ------------------------------------- ----- “Considerando que Lisboa nasceu devido as atividades portuárias, fazendo de Lisboa a porta atlântica da Europa. ------------------------------------------------------------ ----- Considerando que o Porto de Lisboa é o principal terminal de transporte marítimo em Portugal e a porta de entrada, por excelência, na cidade de Lisboa. ------

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----- Considerando que o movimento carga contentorizada veio a diminuir drasticamente a área necessária para a atividade. -------------------------------------------- ----- Considerando que o fim da DOCAPESCA e o encerramento das atividades piscatórias foram causadoras de extinção de postos de trabalho. -------------------------- ----- Considerando que o monopólio da gestão da zona ribeirinha está nas mãos da APL que tem sido o grande responsável do afastamento da cidade do rio. ---------------- ----- Considerando que a APL não utiliza maior parte dos armazéns e espaços para as suas atividades, tendo vindo a alugar e explorar fora do seu âmbito atividades hoteleiras e turísticas e outras sem que para isso esteja vocacionada. --------------------- ----- Considerando que estão descativados vários cais de embarque, pontões mas não deixando a APL serem utilizados por operadores turísticos nem por simples atividades lúdicas e desportivas marítimas. ---------------------------------------------------- ----- Considerando que a Administração do Porto de Lisboa tem sido um entrave ao prolongamento natural de Lisboa que é o seu rio, vem o Grupo Municipal do PPM propor a esta digníssima Assembleia que, na sua reunião ordinária de 25 de Junho de 2013 delibere: -------------------------------------------------------------------------------------- ----- 1 - Solicitar à Câmara Municipal de Lisboa que intervenha junto da Administração do Porto de Lisboa, S.A. e do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, assim como da Secretaria de Estado dos Transportes para que seja entregue à Câmara Municipal de Lisboa todos os equipamentos que a APL não utilize, assim como a entrega da gestão da zona ribeirinha, como as Docas desativadas e os pontões para assim a CML promover atividades lúdica turísticas que se prevê a curto médio prazo a criação de cerca de 5000 postos de trabalho. ------------ ----- 2 - Enviar esta moção a todas as Juntas de freguesia da Cidade Lisboa. ------------ ----- Lisboa, 24 de Junho de 2013. --------------------------------------------------------------- ----- Pelo Grupo Municipal do PPM, Gonçalo da Camara Pereira.” ---------------------- ------ VOTAÇÃO – Moção aprovada por maioria, com os votos a favor do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico e do Partido da Terra, com os votos contra do Partido Socialista e com as abstenções do Partido Social Democrata, do Partido Comunista Português, de 5 (cinco) Deputados Independentes, do Centro Democrático Social e do Partido Ecologista “Os Verdes”, ----------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Recomendação nº 1 apresentada pelo Grupo Municipal do Partido Social Democrata. -------------------------------------------------------- ----- Recomendação nº 1 – DEMOLIÇÃO DO PALÁCIO DO INTENDENTE PINA MANIQUE E CONSTRUÇÃO DE UM EDIFÍCIO COM VOLUME DESMESURADO. -------------------------------------------------------------------------------- ----- “Considerando que: -------------------------------------------------------------------------- ----- 1. A Assembleia Municipal de Lisboa tem repetidamente declarado em Moções e Recomendações aqui aprovadas que a cidade não deve ser construída à custa das suas memórias e da sua vivência, sob pena de se descaracterizar e de perder as referências que a tornam única. ------------------------------------------------------------------

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----- 2. Os instrumentos de gestão urbanística dimanados desta Assembleia, devem portanto ser aplicados tendo em vista a proteção da Lisboa que foi e a sua permanência na cidade futura. ------------------------------------------------------------------- ----- 3. Na Zona de Proteção do Convento de Santos-o-Novo, junto ao Forte da Santa Apolónia, também designado por Baluarte do Manique, ambos Imóveis de Interesse Público, estão os Jardins e o Palácio do Intendente, adjacentes a importantes construções da Casa Pia, Instituição fundada por essa figura da história de Lisboa e de Portugal. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 4. Pretende-se agora arrasar o Palácio e proceder à subsequente construção de um conjunto interligado de blocos para fins comerciais e habitacionais que ocupam toda a área do Jardim e do Palácio e ainda uma faixa de terreno municipal, cedida em termos de Complemento de lote. ------------------------------------------------------------- ----- 5. Acresce que o conjunto a edificar não se conforma, nem em cércea nem em alinhamento, com os edifícios contíguos, apresentando uma volumetria desmesurada e dissonante, formando uma barreira de obstrução às vistas de Rio, em contradição com as disposições do PDM em vigor e do que vigorou ao tempo do início do respectivo processo. -------------------------------------------------------------------------------- ----- 6. A concretizar-se esta edificação, toda aquela área verde ficaria irremediável e totalmente impermeabilizada, como um eco e repetição do atentado ambiental e urbanístico que constitui o vizinho arranha-céus que foi construído no meio do Forte de Santa Apolónia. -------------------------------------------------------------------------------- ----- 7. Se continuarem a ser adotados procedimentos deste tipo, pouco sobrará da cidade de Lisboa, à conclusão deste mandato camarário. ----------------------------------- ----- A Assembleia Municipal de Lisboa reunida em Sessão Ordinária em 25 de Junho de 2013, delibera proceder à seguinte Recomendação à Câmara Municipal de Lisboa: ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 1. Que não permita a demolição do Palácio do Intendente nem a impermeabilização do seu Jardim e antes proceda à sua recuperação e adaptação para fins sociais ou culturais da cidade. -------------------------------------------------------- ----- 2. Que se abstenha de continuar a admitir a demolição de outros edifícios emblemáticos ou significantes da cidade. ------------------------------------------------------- ----- Lisboa, 24 de Junho de 2013. --------------------------------------------------------------- ----- O Deputado Municipal João de Magalhães Pereira.” ---------------------------------- ------ VOTAÇÃO – Recomendação aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Centro Democrático Social, do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico e do Partido da Terra e do Partido Ecologista “Os Verdes”, com os votos contra do Partido Socialista e com as abstenções do Partido Comunista Português e de 5 (cinco) Deputados Independentes. ----------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Recomendação nº 2 apresentada pelo Grupo Municipal de “Os Verdes”. ------------------------------------------------------------------------ ----- Recomendação nº 2 – PARQUE RECREATIVO DOS MOINHOS DE SANTANA. -----------------------------------------------------------------------------------------

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----- O Parque Recreativo dos Moinhos de Santana, situado na freguesia de São Francisco de Xavier, é um espaço com 5 hectares, com amplos relvados e inúmeras árvores e arbustos, onde se destacam o cipreste-da-Califórnia, a alfarrobeira, a amendoeira, a oliveira e o pinheiro-manso. Está aberto ao público desde 1997, e deve o seu nome à presença de dois moinhos de vento, os Moinhos de Santana, na zona mais elevada do espaço. --------------------------------------------------------------------- ----- Dispõe ainda de um lago, uma cascata, uma rede de caminhos e de um conjunto de equipamentos lúdicos e desportivos, como um parque de merendas, um parque infantil, pista de skate, ringue de patinagem, um anfiteatro e um circuito de manutenção, que podem ser utilizados por várias faixas etárias. ------------- ----- Este parque, apesar de todas as condições que oferece, necessita de uma melhoria na sua manutenção, além de uma dinamização de atividades desportivas e culturais. No início, um dos moinhos chegou a servir de espaço lúdico e de informação/formação sobre a história dos moinhos e a sua utilização. -------------------- ----- O espaço do anfiteatro e respectivo equipamento de restauração encontram-se em grave estado de degradação, representando um perigo para os utentes, uma vez que o modelo de restaurante ali implementado nunca teve sucesso, nem nunca poderá ter visto que os utentes do parque são na sua maioria famílias. ---------------------------- ----- Considerando que todas estas situações poderão e deverão ser resolvidas, contribuindo, desta forma, para o bem-estar coletivo dos utilizadores e para um melhor aproveitamento do parque. --------------------------------------------------------------- ----- Assim, será possível valorizar o Parque Recreativo dos Moinhos de Santana através da dinamização desportiva e cultural que poderá passar por atividades gratuitas ou com um custo reduzido, podendo recorrer-se a parcerias com entidades vocacionadas para o efeito, da dinamização dos moinhos, da recuperação do anfiteatro e do equipamento de restauração, onde poderá funcionar um pequeno bar com esplanada, aproveitando-se o restante espaço do edifício para uma vertente mais cultural, um espaço de exposição e ligado a atividades diversas, como por exemplo, reutilização de materiais, reciclagem, boas práticas ambientais, conservação da natureza, e outras. --------------------------------------------------------------------------------- ----- Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera, na sequência da presente proposta do Partido Ecologista “Os Verdes”, recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que: -------------------------------------------------------------------------- ----- 1 – Tome as diligências necessárias no sentido de haver uma melhoria a nível da manutenção do Parque Recreativo dos Moinhos de Santana; ------------------------------- ----- 2 – Recupere o anfiteatro e o respectivo equipamento de restauração e desenvolva iniciativas, de forma a poderem ser usufruídos pelos utilizadores do parque; ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 3 – Valorize este espaço através da dinamização desportiva e cultural, criando condições para a realização de atividades, cuja participação esteja acessível a toda a população; ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- 4 – Dinamize os dois moinhos existentes, promovendo iniciativas para escolas e para a população em geral. -----------------------------------------------------------------------

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----- Assembleia Municipal de Lisboa, 25 de Junho de 2013. -------------------------------- ----- O Grupo Municipal de “Os Verdes”, Cristina Serra.” --------------------------------- ------ VOTAÇÃO – Recomendação aprovada por unanimidade. ------------------------ ------ Segue-se a transcrição e votação da Recomendação nº 3 apresentada pelo Grupo Municipal de “Os Verdes”. ------------------------------------------------------------------------ ----- Recomendação nº 3 – SEMANA ACADÉMICA DE LISBOA EM MONSANTO. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- “O Parque Florestal de Monsanto é um espaço verde de excelência da cidade de Lisboa, e de extrema importância para toda a Área Metropolitana, devendo, por estas e muitas outras razões, ser preservado e protegido, cabendo à autarquia essa responsabilidade, sob pena da cidade perder para sempre este crucial “pulmão verde”. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- No passado mês de Maio realizou-se a Semana Académica de Lisboa, evento que teve lugar nos terrenos adjacentes do Parque Florestal de Monsanto, no Alto da Ajuda. Estes terrenos têm vindo a ser alvo de ações de requalificação por parte dos serviços da Câmara Municipal de Lisboa, contando ainda com a participação de associações e de voluntários que têm contribuído para a reflorestação do local e na construção de linhas de água. -------------------------------------------------------------------- ----- Os referidos terrenos com uma área de cerca de dez hectares são particularmente sensíveis, pois além de serem classificados pelos serviços camarários como “ponto de interesse” onde se podem avistar várias espécies como coelhos, perdizes e fuinhas-dos-juncos, são ainda uma zona de excelência para a nidificação da Perdiz Vermelha, espécie endémica, que existe apenas na Península Ibérica. -------- ----- Antes da realização do evento, foram executados trabalhos de desmatação por uma empresa contratada pela Associação Académica de Lisboa, que causaram perturbações na fauna e flora existentes, e que foram realizados sem qualquer supervisão dos técnicos da autarquia e da polícia florestal. --------------------------------- ----- Considerando que o Parque Florestal de Monsanto assume a importância já conhecida de todos, que a realização da Semana Académica naquele local perturba todo o espaço circundante, incluindo a fauna e a flora, antes, durante e depois da sua realização, e que está previsto que ali se mantenha, por mais quatro anos; -------------- ----- Considerando que a presença de cerca de 20 mil pessoas ao mesmo tempo, no mesmo terreno, contribui para a compactação do mesmo, fator que é suscetível de causar inundações nos bairros localizados abaixo daquela área; -------------------------- ----- Considerando que após a realização do evento era visível a quantidade de lixo deixado ao abandono, inclusive um cão de loiça, bem como diversas árvores com ramos danificados ou arrancados e outras completamente secas; -------------------------- ----- Considerando que os próprios técnicos da autarquia deram pareceres negativos à realização do evento neste local, reconhecendo que tem impactos negativos, que destrói todo o trabalho feito até agora, e que também a Plataforma por Monsanto e os vários utilizadores do Parque Florestal já demonstraram a sua indignação e preocupação; ----------------------------------------------------------------------------------------

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----- Considerando e afirmando por último, que o Grupo Municipal de «Os Verdes» não está contra a realização da Semana Académica de Lisboa, estando sim contra o local escolhido para a sua realização, por mais quatro anos. ------------------------------- ----- Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera, na sequência da presente proposta do Partido Ecologista “Os Verdes”, recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que: -------------------------------------------------------------------------- ----- 1 – Tome todas as diligências necessárias no sentido de proteger o Parque Florestal de Monsanto, tomando-as como missão primeira da atividade do município; ----- 2 – Exija da Associação Académica de Lisboa o restabelecimento das condições iniciais daquele local, quer seja em termos de devolver as condições ao terreno, bem como a devida replantação de árvores; --------------------------------------------------------- ----- 3 – Juntamente com a Associação Académica de Lisboa proponha um local alternativo para a realização da Semana Académica. --------------------------------------- ----- Assembleia Municipal de Lisboa, 25 de Junho de 2013. -------------------------------- ----- O Grupo Municipal de “Os Verdes”, Cristina Serra.” --------------------------------- ----- VOTAÇÃO – Recomendação aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Socialista, do Partido Comunista Português, de 5 (cinco) Deputados Independentes, do Centro Democrático Social, do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico, do Partido da Terra e do Partido Ecologista “Os Verdes”, e com as abstenções do Partido Social Democrata e de 1 (um) Deputado Independente. ------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Recomendação nº 4 apresentada pelo Grupo Municipal do Partido da Terra. ------------------------------------------------------------------- ----- Recomendação nº 4 – PARA QUE A CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA PROCEDA À ATUALIZAÇÃO DO INVENTÁRIO DAS FINTES, FONTANÁRIOS E CHAFARIZES DA CIDADE DE LISBOA E IMPLEMENTE UM PLANO DE REABILITAÇÃO. ------------------------------------ ----- “Considerando: ------------------------------------------------------------------------------- ----- 1. Que Lisboa é uma cidade antiga, rica em acontecimentos históricos, e que possui um vastíssimo património arquitetónico e cultural, frequentemente ignorado e não valorizado; -------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2. Que um pouco por toda a cidade se encontram inúmeras fontes, fontanários e chafarizes que, na sua grande maioria, se encontram classificados como património nacional ou municipal; ----------------------------------------------------------------------------- ----- 3. Que durante séculos, as fontes, os fontanários e os chafarizes lisboetas desempenharam um papel central no fornecimento de água a Lisboa; -------------------- ----- 4. Que algumas das fontes, fontanários e chafarizes de Lisboa são de origem muito antiga, remontando alguns ao período muçulmano, designadamente o Chafariz d’El-Rei situado na Travessa de São João da Praça; ----------------------------------------- ----- 5. Que as fontes, os fontanários e os chafarizes da cidade são considerados peças de elevado valor artístico e cultural, símbolos da memória de uma cidade, capital turística cada vez mais apreciada e procurada; --------------------------------------

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----- 6. Que grande parte deste importante património arquitetónico se encontra votado ao esquecimento, em perfeito estado de abandono, desmazelo, descuido, vandalizado e sem água; --------------------------------------------------------------------------- ----- 7. Que há necessidade urgente em chamar a atenção das entidades responsáveis pelo estado de degradação em que algumas destas fontes, fontanários e chafarizes atualmente se encontram. -------------------------------------------------------------------------- ----- O Grupo Municipal do Partido da Terra, propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua reunião de 25 de Junho de 2013, delibere: ----------------------------------- ----- Recomendar à Câmara Municipal que, com carácter de urgência, proceda à atualização do inventário das fontes, fontanários e chafarizes da cidade e a implementação de um plano geral de reabilitação de todos as fontes, fontanários e chafarizes da cidade, colocando estas preciosidades históricas que o nosso património ainda nos tem para oferecer ao serviço da cidade e dos lisboetas. ----------- ----- Lisboa, 25 de Junho de 2013. --------------------------------------------------------------- ----- Pelo Grupo Municipal do Partido da Terra, John Rosas e António Arruda.” ------ ------ VOTAÇÃO – Recomendação aprovada por unanimidade. ------------------------ ------ Segue-se a transcrição e votação da Recomendação nº 5 apresentada pelo Grupo Municipal do Partido da Terra. ------------------------------------------------------------------- ----- Recomendação nº 5 – PARA APRESENTAÇÃO DA PROVEDORIA MUNICIPAL E DO GRUPO DE TRABALHO PARA A CASA DOS ANIMAIS DE LISBOA E SUBMISSÃO DOS ESTATUTOS PARA APROVAÇÃO EM PLENÁRIO. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Considerando: ------------------------------------------------------------------------------- ----- 1. A recente criação do cargo de Provedora Municipal dos Animais de Lisboa, e a criação do Grupo de Trabalho para a Casa dos Animais de Lisboa; -------------------- ----- 2. Que no passado dia 18 de Junho o Senhor Presidente da Câmara empossou uma Provedora naquele cargo e no Grupo de Trabalho para a Casa dos Animais de Lisboa; ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- 3. A súbita e repentina preocupação do Senhor Presidente da Câmara com o bem-estar dos animais à guarda da autarquia, nomeadamente no canil e gatil, cujas obras e reestruturação prometida, votada, desculpada e justificada, ainda não deram em nada! --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 4. Que uma cidade como Lisboa merece ter um serviço de excelência que cuide do bem-estar de todos os seres vivos que coabitam este espaço geográfico; -------------- ----- 5. Que o Partido da Terra entende que a mudança de designação de canil/gatil para Casa dos Animais de Lisboa não pode, nem deve, significar unicamente a mera alteração de designação de um serviço camarário, mas antes a alteração profunda de toda uma política camarária erradamente idealizada e executada; ------------------------ ----- 6. Que o MPT entende que o bem-estar dos animais que coabitam o território de Lisboa merece a atenção e o respeito que, até aqui, a Câmara Municipal não lhes soube dar, por muito que os munícipes se tenham manifestado em sede de orçamento participativo; ----------------------------------------------------------------------------------------

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----- 7. Que os Deputados Municipais desconhecem o teor das competências atribuídas a estes dois órgãos, entretanto empossados, os respetivos estatutos, regulamentos ou programas que os enquadre; ------------------------------------------------- ----- 8. Que os Deputados Municipais apenas conhecem a sua existência através de notícias veiculadas na comunicação social. ---------------------------------------------------- ----- O Grupo Municipal do Partido da Terra, expressa a sua indignação e estupefação pelo facto da Assembleia Municipal de Lisboa não ter sido informada atempadamente da criação destes dois órgãos, e propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua reunião de 25 de Junho de 2013, delibere: ------------------------------- ----- Recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que proceda à apresentação formal junto da Comissão de Ambiente, desta Assembleia destas entidades e respetivos dirigentes, bem assim como a submissão dos seus estatutos para serem apreciados na mesma. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Lisboa, 25 de Junho de 2013. --------------------------------------------------------------- ----- Pelo Grupo Municipal do Partido da Terra, John Rosas e António Arruda.” ------ ------ VOTAÇÃO – Recomendação aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Comunista Português, do Centro Democrático Social, do Bloco de Esquerda, do Partido da Terra e do Partido Ecologista “Os Verdes”, com os votos contra do Partido Socialista e com as abstenções do Partido Popular Monárquico e de 5 (cinco) Deputados Independentes. ------------------------------ ------ Segue-se a transcrição e votação da Recomendação nº 6 apresentada pelo Grupo Municipal do Partido da Terra. ------------------------------------------------------------------- ----- Recomendação nº 6 – PARA ELABORAÇÃO DE UM RELATÓRIO SOBRE O ESTADO DE IMPLEMENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS PARTICIPATIVOS EMANADOS DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Considerando: --------------------------------------------------------------------------------- ----- 1. Que reunião após reunião ordinária as diversas forças políticas representadas nesta Casa têm vindo a submeter à apreciação e votação dos Deputados Municipais propostas de Recomendação e/ou Moções; ----------------------------------------------------- ----- 2. Que o Partido da Terra, a exemplo de todos os restantes partidos representados nesta Assembleia tem, também ao longo do atual mandato, apresentado um conjunto de Moções e de Recomendações sufragadas pelos Deputados desta magna assembleia; ------------------------------------------------------------ ----- 3. Que as moções e as recomendações, depois de aqui serem analisadas e votadas, seguem para a Câmara Municipal e para os serviços camarários para serem implementadas; ------------------------------------------------------------------------------------- ----- 4. Que se trata de propostas de participação democrática e construtiva, apresentadas pelos diversos grupos municipais em nome dos munícipes de Lisboa; ---- ----- 5. Que não obstante a obrigatoriedade do executivo camarário em cumprir com as deliberações emanadas desta Assembleia, a verdade é que na maioria dos casos nada acontece desconhecendo-se, inclusivamente, que seguimento tiveram as propostas aqui apresentadas e votadas favoravelmente; -------------------------------------

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----- 6. Que é principal prioridade de todo e qualquer executivo camarário respeitar as deliberações tomadas na Assembleia Municipal pelos representantes diretos do povo de Lisboa; ------------------------------------------------------------------------------------- ----- 7. Que o Partido da Terra entende ser obrigação, de todo e cada um dos Deputados eleitos pelo povo de Lisboa, exigir ao executivo camarário a prestação de contas sobre a implementação e a taxa de execução das propostas aprovadas na Assembleia Municipal de Lisboa; ---------------------------------------------------------------- ----- 8. Que Grupo Municipal do Partido da Terra tem vindo, ao longo das últimas sessões, a interpelar o executivo camarário para que esclareça em que situações se encontram as propostas submetidas pelo MPT e aqui votadas favoravelmente. -------- ----- O Grupo Municipal do Partido da Terra, propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua reunião de 25 de Junho de 2013, delibere: ----------------------------------- ----- Aprovar a criação de um grupo de trabalho, a constituir por representantes de cada um dos Grupos Municipais e por técnicos destacados pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal, para que, ainda no decorrer do atual mandato e a tempo de ser aqui apresentado, seja elaborado um relatório onde constem todas as recomendações, moções, votos de saudação, e outros instrumentos participativos emanados nesta Assembleia, com a indicação da respetiva taxa e execução e do estado em que se encontram. ---------------------------------------------------------------------- ----- Lisboa, 25 de Junho de 2013. --------------------------------------------------------------- ----- Pelo Grupo Municipal do Partido da Terra, John Rosas e António Arruda.” ------ ------ VOTAÇÃO – Recomendação aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Centro Democrático Social, do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico e do Partido da Terra, com os votos contra do Partido Socialista e com as abstenções do Partido Comunista Português, do Partido Ecologista “Os Verdes” e de 5 (cinco) Deputados Independentes. -------------------------- ----- (A Recomendação número sete foi retirada, pela proponente, na sessão ordinária de vinte cinco de Junho de 2013.) ---------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Recomendação nº 8 apresentada pelo Grupo Municipal do Partido Popular Monárquico. ----------------------------------------------------- ----- Recomendação nº 8 – ATLAS DO PATRIMÓNIO MATERIAL E IMATERIAL DE LISBOA. --------------------------------------------------------------------- ----- “As políticas de defesa do património são decisivas para a afirmação da diversidade cultural e da especificidade identitária dos povos. Possuem um valor cultural intrínseco e um papel decisivo no contexto da afirmação política e económica dos territórios dotados de autonomia política e administrativa. ---------------------------- ----- A preservação do património cultural possui, assim, um valor estratégico insubstituível para a cidade de Lisboa, no âmbito da resistência à tendência homogeneizadora da globalização e aos esforços normalizadores que resultam das persistentes práticas centralistas, bem como para a preservação da sua identidade. --- ----- No contexto da cultura merece particular atenção a emergente área do património cultural imaterial, conceito que a Convenção da Unesco para a

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Salvaguarda do Património Cultural Imaterial (que Portugal ratificou em 2008) define da seguinte forma: -------------------------------------------------------------------------- ----- “Entende-se por “património cultural imaterial” as práticas, representações, expressões, conhecimentos e aptidões – bem como os instrumentos, objetos, artefactos e espaços culturais que lhes estão associados – que as comunidades, os grupos e, sendo o caso, os indivíduos reconheçam como fazendo parte integrante do seu património cultural. Esse património cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função do seu meio, da sua interação com a natureza e da sua história, incutindo-lhes um sentimento de identidade e de continuidade, contribuindo, desse modo, para a promoção do respeito pela diversidade cultural e pela criatividade humana. Para os efeitos da presente Convenção, tomar-se-á em consideração apenas o património cultural imaterial que seja compatível com os instrumentos internacionais existentes em matéria de direitos do homem, bem como com as exigências de respeito mútuo entre comunidades, grupos e indivíduos e de desenvolvimento sustentável.” ------------ ~ ----- Importa referir, neste contexto, que a Convenção da UNESCO para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial estabelece os seguintes domínios no âmbito do património cultural imaterial: Tradições e expressões orais, incluindo a língua como vetor do património cultural imaterial; artes do espetáculo; práticas sociais, rituais e eventos festivos; conhecimentos e práticas relacionadas com a natureza e o universo e aptidões ligadas ao artesanato tradicional. ----------------------- ----- A recente vitória do Fado como Património Imaterial conseguido pela equipa liderada pela Câmara Municipal de Lisboa foi um bom exemplo da importância na valorização da cultura e do património da capital de Portugal. ---------------------------- ----- A cidade de Lisboa possui, reconhecidamente, um elevado potencial nos diversos domínios do património cultural material e imaterial. Podem, assim, inventariar-se centenas de elementos específicos do nosso património. Este trabalho de “salvaguarda” deve ser concretizado com a máxima urgência. ---------------------------- ----- A UNESCO estabelece uma relação mutuamente dependente entre as noções de património cultural e de desenvolvimento sustentável. Ora esse é, precisamente, o modelo de desenvolvimento económico que o município de Lisboa terá de fomentar cada vez mais. Esse desenvolvimento deverá preservar as práticas tradicionais, assim como estimular novas áreas de desenvolvimento ancoradas na riqueza e na diversidade do nosso património cultural. ----------------------------------------------------- ----- O enorme potencial que resulta da associação entre turismo e património cultural é algo absolutamente evidente. Não é assim de estranhar que, antecipando-se ao próprio Estado, vários territórios autónomos, com elevado potencial turístico, tenham iniciado ambiciosos trabalhos de inventariação do seu património cultural imaterial. No nosso caso, e no contexto dos resultados positivos de Lisboa como destino turístico, a criação de um Atlas do Património Material e Imaterial da cidade afigura-se como uma iniciativa de alto valor estratégico. ----------------------------------- ----- Assim, o grupo municipal do Partido Popular Monárquico propõe a esta Augusta Assembleia que, na sua reunião ordinária de 25 de Junho de 2013, delibere: -

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----- 1. Elaborar, assegurando a mais ampla participação possível das comunidades, dos grupos e dos indivíduos que criam, mantêm e transmitem tal património, um Atlas do Património Material e Imaterial da cidade de Lisboa; ----------------------------------- ----- 2. Enviar esta Recomendação para o Exmo. Sr. Presidente da Câmara, Dr. António Costa, para a Exma. Sra. Vereadora do Pelouro da Cultura, Dra. Catarina Vaz Pinto, para o Exmo. Sr. Secretário de Estado da Cultura, Dr. Jorge Barreto Xavier. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Lisboa, 25 de Junho de 2013. --------------------------------------------------------------- ----- Pelo Grupo Municipal do PPM, Aline Hall de Beuvink.” ------------------------------ ------ VOTAÇÃO – Recomendação aprovada por maioria, com os votos a favor do Partido Socialista, de 5 (cinco) Deputados Independentes, do Partido Comunista Português, do Centro Democrático Social, do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico, do Partido da Terra e do Partido Ecologista “Os Verdes”, e com a abstenção do Partido Social Democrata. -------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Recomendação nº 9 apresentada pelo Grupo Municipal do Partido Social Democrata. -------------------------------------------------------- ----- Recomendação nº 9 – PIQUETE DE REBOQUE PRIORITÁRIO PARA LUGARES DE ESTACIONAMENTO DE DEFICIENTES ----------------------------- ----- “Considerando que, por natureza, virtude e propósito, a Lei procura criar situações de igualdade para todos os cidadãos, independentemente das suas características pessoais. --------------------------------------------------------------------------- ----- Considerando que, nesse espírito, a Lei prevê a instalação de lugares para deficientes fixos ou de tomada e largada de passageiros. ------------------------------------ ----- Considerando que as instalações de lugares para portadores de deficiência junto a polos culturais, serviços públicos, lugares comerceiam e espaços de lazer tem sido uma conquista que revigora o sentido cívico dos cidadãos, a coesão social e a construção de uma sociedade mais justa. ------------------------------------------------------- ----- Considerando que, apesar de a maioria dos lugares de estacionamento reservada a portadores de deficiência ser respeitada pelos cidadãos, se multiplicam casos de falta de respeito por este espaço. ------------------------------------------------------ ----- Considerando que um lugar de estacionamento para portadores de deficiência é um instrumento básico para uma vida mais livre, plena e paritária para estes cidadãos. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Considerando que é intolerável assistir a este abuso do espaço público que prejudica objetivamente pessoas a quem a vida colocou, provisoria ou permanentemente, numa situação desigual de mobilidade. ---------------------------------- ----- Considerando que a Portugal Telecom já mostrou disponibilidade para colaborar numa solução técnica para combater estas situações, fornecendo um número especial para um piquete de reboques prioritário. ---------------------------------- ----- Considerando que o Comando da Divisão de Trânsito da PSP em Lisboa está motivado para encontrar soluções para melhor assistir a estes casos. ---------------------

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----- Considerando que a existência deste número e deste serviço ajudaria a sinalizar este problema e, assim, a demover quem se sinta tentado a ocupar os lugares de estacionamento dos portadores de deficientes. ------------------------------------------------- ----- Proponho à Assembleia Municipal de Lisboa que recomenda à Câmara Municipal de Lisboa: ------------------------------------------------------------------------------ - ----- 1. A criação de um protocolo entre a PT, a PSP e a CML para a criação de um número de emergência para a remoção prioritária de veículos estacionados em lugares destinados a cidadãos portadores de deficiência. ------------------------------------ ----- 2. O lançamento de uma campanha de sensibilização pública para as dificuldades de movimentação dos portadores de deficiência. ------------------------------ ----- Lisboa, 25 de Junho de 2013. --------------------------------------------------------------- ----- A Deputada Municipal Inês Ponce Dentinho.” ------------------------------------------- ------ VOTAÇÃO – Recomendação aprovada por unanimidade. ------------------------ --------------------------------------ORDEM DO DIA ------------------------------------------- ------ A Senhora Presidente no uso da palavra, informou que iriam passar à ordem de trabalhos que tinha um único ponto e que era a discussão e a votação da proposta número 22/AM/2013, a qual tinha sido aditada no início daquela sessão à ordem de trabalhos daquele dia. --------------------------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição da Proposta nº22/AM/2013, ponto 23 (vinte e três) da Ordem de Trabalhos. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- Proposta nº 22/AM/2013 – SUBMETER À APRECIAÇÃO E DELIBERAÇÃO DA AML A PROPOSTA DE RESULOÇÃO FUNDAMENTADA SOBRE A DISSULOÇÃO DA EPUL – EMPRESA PÚBLICA DE URBANIZAÇÃO DE LISBOA E DE APROVAÇÃO DO PLANO DE INTERNALIZAÇÃO DA SUA ATIVIDADE NO MUNÍCIPIO DE LISBOA (DELIBERAÇÃO Nº 61/AM/2013, SOBRE A PROPOSTA Nº 858/CM/2012), NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA R), DO Nº 1, DO ARTIGO 53º, DA LEI Nº 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO, CONJUGADO COM OS NÚMEROS 1 E 2 DO CÓDIGO DE PROCESSO NOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS (CPTA). ---------------------------------------------- ----- “1. Na sua sessão do passado dia 28 de Maio, a Assembleia Municipal, sob proposta da Câmara Municipal (Proposta nº 858/CM/2012), aprovou a Deliberação n.º 61/AM/2013, através da qual foi determinada a dissolução da EPUL – Empresa Pública de Urbanização de Lisboa, e nos termos do artigo 62.º da Lei n.º 50/2012, de 31 de agosto, foi igualmente determinada a internalização da atividade da EPUL nos serviços do Município e declarado que todos os trabalhadores da EPUL são necessários à prossecução das atividades desta empresa a internalizar nos serviços municipais. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A decisão fundamentou-se, em síntese, na circunstância de a missão para que a EPUL foi constituída haver sido cumprida com êxito e se encontrar esgotada, face à evolução do mercado e do processo de urbanização da cidade de Lisboa; no facto de a atividade operacional da empresa ser neste momento residual, e de ser por isso

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impossível que o passivo histórico da EPUL seja honrado com recurso a meios gerados pela atividade da empresa, mas apenas com recurso à alienação de património ou a meios do Município; e na necessidade de salvaguardar três objetivos: --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- a) a preservação e proteção do património da EPUL da sua alienação em benefício dos credores em contexto particularmente adverso de mercado; --------------- ----- b) a preservação da reputação do Município e do país perante os credores da EPUL, num contexto do esforço nacional de recuperação da credibilidade financeira das instituições públicos; -------------------------------------------------------------------------- ----- c) a salvaguarda dos interesses dos atuais trabalhadores da EPUL, a quem o Município pode legalmente oferecer, num contexto de dissolução da empresa, a integração eventual nos quadros do Município, mas que num diferente contexto poderiam ver os seus postos de trabalho afetados. -------------------------------------------- ----- 2. Os Municípios têm o poder de criar empresas municipais e têm igualmente o poder de as extinguir e, por muito marcantes que as empresas possam ser, a sua dissolução é uma decisão que se insere no quadro normal do exercício das competências dos órgãos municipais. ----------------------------------------------------------- ----- No caso da EPUL, uma vez aprovada a dissolução, o prolongamento do processo de liquidação tem consequências altamente lesivas do interesse público – desde logo o volume de encargos financeiros que a prorrogação gera para o erário público – cerca de um milhão de euros por mês – mas também consequências mais lesivas e insuscetíveis de avaliação pecuniária, como a degradação do seu património imobiliário ou a deterioração da reputação do Município perante os credores. --------- ----- 3. Ora, o Município foi, nos dias 20 e 21 de junho passados, citado para dois processos cautelares, no âmbito dos quais foi requerida a suspensão de eficácia da referida deliberação, que correm termos no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, respetivamente sob os números 1498/13.2BELSB (1ª Unidade Orgânica), em que são requerentes Maria Teresa Carvalheiro Ferreira das Neves e outros, e 1499/13.0BELSB (2ª Unidade Orgânica), em que são requerentes Adroaldo Vitor Gonçalves de Azevedo e outros. ----------------------------------------------------------------- ----- Por força do disposto no artigo 128.º, n.ºs 1 e 2, do Código de Processo nos Tribunais Administrativos, requerida a suspensão da eficácia de um ato administrativo, a autoridade administrativa, recebido o duplicado do requerimento, não pode iniciar ou prosseguir a execução do mesmo, e deve impedir, com urgência, que os serviços competentes ou os interessados procedam ou continuem a proceder à execução do ato. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- A lei estabelece, porém, que a execução do ato pode prosseguir na pendência do processo de suspensão de eficácia se, mediante resolução fundamentada, a autoridade administrativa reconhecer, no prazo de 15 dias, que o diferimento da execução seria gravemente prejudicial para o interesse público. --------------------------- ----- 4. No caso, a execução do ato já se havia iniciado, uma vez que a deliberação foi publicada no Boletim Municipal de 30 de maio e nas publicações usuais, comunicada, nos termos da lei, à Inspeção-Geral de Finanças e à Direção-Geral das Autarquias

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Locais, e inscrita no registo comercial, estando assim a EPUL já dissolvida e em liquidação. Por isso, o requerimento de providência cautelar de suspensão de eficácia determina que, independentemente de pronúncia judicial, os órgãos municipais não possam prosseguir com os atos de liquidação da EPUL e de internalização da respetiva atividade. ---------------------------------------------------------- ----- Ora, no caso, a suspensão do processo de liquidação e internalização da atividade da EPUL é suscetível de causar grave prejuízo ao interesse público e aos objetivos que fundamentaram a Deliberação nº 61/AM/2013, pelos motivos que se passam a expor. ------------------------------------------------------------------------------------- ----- 5. A EPUL tem nos últimos tempos uma atividade altamente deficitária: os seus proveitos operacionais, resultantes de vendas no exercício de 2012, atingiram apenas 10 milhões de euros, enquanto os seus custos de exploração são superiores a 1 milhão de euros por mês, dos quais cerca de 500 mil euros se referem a encargos salariais. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Em razão deste défice, as despesas operacionais da EPUL têm vindo a ser satisfeitas com recurso a transferências do Município, que totalizaram nos últimos doze meses cerca de 28 milhões de euros, dos quais cerca de 5 milhões se destinaram ao pagamento de salários, contribuições devidas à segurança social e IVA, e cerca de 23 milhões à realização de pagamentos devidos a credores. -------------------------------- ----- 6. Por isso mesmo, a empresa entrou em incumprimento de diversos contratos e acordos com credores de diferente natureza, que têm em curso diversas reclamações, algumas já em fase de execução e outras de interpelação para cumprimento. São exemplo desta situação: (i) processo de execução movido por Somague Engenharia, SA e Somague PMG – Promoção e Montagem de Negócios, S.A., para pagamento da quantia exequenda de €2.662.700,00, acrescida de juros de mora à taxa de 8%, valor correspondente a confissão de dívida pela empresa, formulada em 27 de dezembro de 2011, e garantida por hipoteca constituída pela empresa (sem autorização do Município) em 4 de janeiro de 2013 sobre um lote de terreno para construção sito no Lumiar; (ii) interpelação para pagamento pela EPUL a entidades do grupo Bernardino Gomes, no montante de cerca de44 milhões de euros, a título de devolução dos sinais prestados por essas entidades, em razão da resolução de contratos-promessa de compra e venda de lotes de terreno no Vale de Santo António; (iii) créditos de curto prazo vencidos aos bancos BPI, BCP, CGD, BES e Santander Totta, no montante global de €45.500.000,00; (iv) crédito de longo prazo vencido aos Bancos Dexia e Nederlandse, dos quais se encontra em dívida o montante de €22.500.000,00. ------------------------------------------------------------------------------------- ----- A ação dos credores corre o risco de atacar o valioso património imobiliário da empresa, que poderá ser executado numa conjuntura adversa de mercado, por um valor abaixo do seu valor intrínseco. No quadro do processo de liquidação da empresa, poderão prosseguir acordos com credores que permitam a consolidação do passivo da empresa a longo prazo, previamente à sua transmissão para o Município, nos termos estabelecidos no artigo 50.º do Estatuto da EPUL, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 613/71, de 31 de dezembro, nos termos do qual “a extinção da EPUL

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implicará a reversão para a CML de todos os seus direitos e obrigações”, evitando assim que na pendência do processo de providência cautelar sejam prosseguidas as ações de credores e seja degradado o património da empresa. ----------------------------- ----- 7. Por outro lado, a degradação da situação creditícia da empresa durante o tempo em que prossiga a providência cautelar não deixará de afetar a reputação do Município e – no caso dos credores externos – dos credores do país, afetando por essa via as condições financeiras a que o Município poderá aceder noutros financiamentos. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- 8. Finalmente, face à incapacidade da empresa de gerar receitas para fazer face aos seus custos, a suspensão dos efeitos da deliberação de dissolução pode tornar também difícil a esta o cumprimento das suas obrigações perante os seus trabalhadores. Desde final do ano passado que as verbas necessárias ao pagamento de salários têm sido asseguradas com recurso a transferências do município, que fora do processo de dissolução se pode mostrar difícil continuar a assegurar ao mesmo ritmo. Aliás, se se compreende que o Município assegure verbas para a EPUL fazer face a encargos que incorra no contexto de um processo de dissolução e liquidação, dificilmente se mostra possível justificar, jurídica e financeiramente, transferências de fundos de uma empresa que, perante a suspensão de eficácia, deveria funcionar como empresa autónoma e auto-suficiente. Assim, se não fosse proferida a presente resolução fundamentada, a empresa ver-se-ia muito provavelmente impedida de assegurar a prazo o cumprimento das próprias obrigações perante os seus trabalhadores. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- NESTES TERMOS: --------------------------------------------------------------------------- ----- Tenho a honra de propor que a Assembleia Municipal reconheça, nos termos do artigo 128.º, n.º 1, do Código de Processo nos Tribunais Administrativos, que o diferimento da execução da Deliberação n.º 61/AM/2013, através da qual foi determinada a dissolução da EPUL – Empresa Pública de Urbanização de Lisboa, é gravemente prejudicial para o interesse público. ---------------------------------------------- ----- Lisboa, 25 de junho de 2013. ---------------------------------------------------------------- ----- A Mesa da Assembleia Municipal de Lisboa, Presidente, 1º Secretário e 2ª Secretária em Exercício.” ------------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra, disse que chama a atenção para a exposição dos trabalhadores. E chamar, também a atenção para a forma como estava bem elaborada e fundamentada, denunciava as falácias da justificação da extinção da EPUL, a internalização dos trabalhadores era denunciada na sua incoerência e era provada com uma demonstração, caso a caso, da brutalidade dos prejuízos para a cidade e para os trabalhadores. ---------------------------- ----- Entretanto, o PCP sabia que o Senhor Presidente da EPUL continuava a avançar com a Comissão Liquidatária, mesmo perante a decisão do tribunal. ---------------------- ----- Disse que na resposta da Assembleia Municipal, o documento que tinham em apreciação eram usados os mesmos argumentos que justificaram o injustificável, da proposta da extinção da EPUL. -------------------------------------------------------------------

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----- Eram graves os prejuízos para o interesse público e incumprimento, ação dos credores, degradação da situação creditícia da EPUL, cumprimento das obrigações da Câmara Municipal perante os trabalhadores da EPUL, nos moldes incertos e brutais da internalização. ----------------------------------------------------------------------------------- ----- Ameaçava, no final, ao incumprimento das obrigações da Câmara Municipal perante os trabalhadores. --------------------------------------------------------------------------- ----- Uma análise cuidada dos efeitos profissionais, morais, sociais e financeiros, bem equacionados no requerimento, apresentado pelos trabalhadores ao Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, levaria a CML a desistir da extinção da EPUL e integrá-la na ação concreta do município das áreas de sua vocação. ------------------------ ----- Era aquilo que o PCP continuaria a defender e, por isso, votariam contra à resposta da Assembleia Municipal de Lisboa. -------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente disse que não havendo mais inscrições, passariam à votação da proposta. -------------------------------------------------------------------------------- ----- VOTAÇÃO – a Proposta nº 22/AM/2013, foi aprovada por maioria com votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Socialista e de 4 (quatro) Deputados Independentes, com os votos contra do Partido Comunista Português, do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista “Os Verdes”, e com as abstenções do Partido da Terra, do Partido Popular Monárquico e do Centro Democrático Social. ----- ----- Foi colocada à votação a ata em minuta, da referida proposta: ------------------------ ----- VOTAÇÃO – a ata em minuta foi aprovada por maioria com votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Socialista, de 4 (quatro) Deputados Independentes, do Partido Comunista Português, do Partido da Terra, do Partido Popular Monárquico e do Centro Democrático Social e do Partido Ecologista “Os Verdes”, e com a abstenção do Bloco de Esquerda. ------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente deu por encerrada a sessão, às dezanove horas. ---------------- ----- Nota: As propostas aprovadas na presente reunião consideram-se aprovadas em minuta, nos termos da deliberação tomada pela Assembleia, por unanimidade, na reunião realizada no dia vinte e quatro de Novembro de dois mil e nove, inserida na página cinco da ata número dois. ------------------------------------------------------------------- ----- E eu, , Primeiro Secretário, mandei lavrar a presente ata que subscrevo juntamente com a Segunda Secretária em exercício .- ------------------------------------- A PRESIDENTE ---------------------------------------------