assembleia municipal de lisboa sessÃo...

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----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------ ----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA, INICIADA NO DIA 24 DE MARÇO E CONTINUADA NO DIA 31 DE MARÇO DE 2009. -------------------------------------------------------------------------- -------------------------- ACTA NÚMERO SETENTA E TRÊS --------------------------- ----- No dia 31 de Março de 2009, reuniu na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, a Assembleia Municipal de Lisboa, sob a presidência da sua Presidente efectiva, Excelentíssima Senhora Dra. Paula Maria Von Hafe Teixeira da Cruz, coadjuvada pelos Excelentíssimos Senhores Eng.º Jorge Manuel Mendes Antas e Nelson Pinto Antunes, respectivamente Primeiro e Segundo Secretários. -------------- ----- Assinaram a “lista de presenças”, para além dos mencionados, os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------------------------------------------------- ----- Afonso Miguel Silveira Machado Pereira Costa, Alberto Francisco Bento, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Bela Burt Magro Pires Marques, Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias, António Alfredo Delgado da Silva Preto, António Manuel, António Modesto Fernandes Navarro, António Paulo Quadrado Afonso, Armando Dias Estácio, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Belarmino Ferreira Fernandes Silva, Domingos Alves Pires, Fausto Jorge Gonçalves Teixeira dos Santos, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Fernando Pereira Duarte, Filipe António Osório de Almeida Pontes, Francisco Carlos de Jesus Vasconcelos Maia, Francisco David Carvalho da Silva Dias, Francisco José da Silva Oliveira, Heitor Nuno Patrício de Sousa e Castro, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Ismael do Nascimento Fonseca, João Álvaro Bau, João Carlos Durão Lopes Saraiva, João Manuel Costa Magalhães Pereira, João Miguel Narciso Candeias Mesquita Gonçalves, João Nuno Vaissier Neves Ferro, João Pedro Saldanha Serra, Joaquim António Canelhas Granadeiro, Joaquim Emanuel da Silva Guerra de Sousa, Joaquim Lopes Ramos, Joaquim Maria Fernandes Marques, Jorge Manuel da Rocha Ferreira, Jorge Manuel Virtudes dos Santos Penedo, José das Neves Godinho, José Filipe de Mendonça Athayde de Carvalhosa, José Joaquim Vieira Pires, José Luís Português Borges da Silva, José Manuel Rosa do Egipto, José Maximiano de Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Lídia Marta Canha Fernandes, Luís Ângelo da Silva Campos, Luís Filipe Graça Gonçalves, Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Manuel Luís de Sousa Silva Medeiros, Marcelino António Figueiredo, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, Maria Alexandra Dias Figueira, Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira, Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro, Maria Idalina de Sousa Flora, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luísa Rodrigues Neves Vicente Mendes, Maria Teresa Cruz de Almeida, Maria Virgínia Martins Laranjeiro Estorninho, Marta Sofia Caetano Lopes Rebelo, Nelson Miguel Rodrigues Coelho, Nuno Roque, Paulo Alexandre da Silva Quaresma, Pedro Manuel Portugal Natário Botelho Gaspar, Pedro Manuel Tenreiro Biscaia Pereira, Pedro Pinto de Jesus, Rodrigo Jorge de Moctezuma Seabra Pinto Leite, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves da Silva, Rogério da Silva e Sousa, Rogério Gomes dos Santos, Rui

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----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------ ----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA, INICIADA NO DIA 24 DE MARÇO E CONTINUADA NO DIA 31 DE MARÇO DE 2009. -------------------------------------------------------------------------- -------------------------- ACTA NÚMERO SETENTA E TRÊS --------------------------- ----- No dia 31 de Março de 2009, reuniu na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, a Assembleia Municipal de Lisboa, sob a presidência da sua Presidente efectiva, Excelentíssima Senhora Dra. Paula Maria Von Hafe Teixeira da Cruz, coadjuvada pelos Excelentíssimos Senhores Eng.º Jorge Manuel Mendes Antas e Nelson Pinto Antunes, respectivamente Primeiro e Segundo Secretários. -------------- ----- Assinaram a “lista de presenças”, para além dos mencionados, os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------------------------------------------------- ----- Afonso Miguel Silveira Machado Pereira Costa, Alberto Francisco Bento, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Bela Burt Magro Pires Marques, Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias, António Alfredo Delgado da Silva Preto, António Manuel, António Modesto Fernandes Navarro, António Paulo Quadrado Afonso, Armando Dias Estácio, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Belarmino Ferreira Fernandes Silva, Domingos Alves Pires, Fausto Jorge Gonçalves Teixeira dos Santos, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Fernando Pereira Duarte, Filipe António Osório de Almeida Pontes, Francisco Carlos de Jesus Vasconcelos Maia, Francisco David Carvalho da Silva Dias, Francisco José da Silva Oliveira, Heitor Nuno Patrício de Sousa e Castro, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Ismael do Nascimento Fonseca, João Álvaro Bau, João Carlos Durão Lopes Saraiva, João Manuel Costa Magalhães Pereira, João Miguel Narciso Candeias Mesquita Gonçalves, João Nuno Vaissier Neves Ferro, João Pedro Saldanha Serra, Joaquim António Canelhas Granadeiro, Joaquim Emanuel da Silva Guerra de Sousa, Joaquim Lopes Ramos, Joaquim Maria Fernandes Marques, Jorge Manuel da Rocha Ferreira, Jorge Manuel Virtudes dos Santos Penedo, José das Neves Godinho, José Filipe de Mendonça Athayde de Carvalhosa, José Joaquim Vieira Pires, José Luís Português Borges da Silva, José Manuel Rosa do Egipto, José Maximiano de Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Lídia Marta Canha Fernandes, Luís Ângelo da Silva Campos, Luís Filipe Graça Gonçalves, Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Manuel Luís de Sousa Silva Medeiros, Marcelino António Figueiredo, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, Maria Alexandra Dias Figueira, Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira, Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro, Maria Idalina de Sousa Flora, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luísa Rodrigues Neves Vicente Mendes, Maria Teresa Cruz de Almeida, Maria Virgínia Martins Laranjeiro Estorninho, Marta Sofia Caetano Lopes Rebelo, Nelson Miguel Rodrigues Coelho, Nuno Roque, Paulo Alexandre da Silva Quaresma, Pedro Manuel Portugal Natário Botelho Gaspar, Pedro Manuel Tenreiro Biscaia Pereira, Pedro Pinto de Jesus, Rodrigo Jorge de Moctezuma Seabra Pinto Leite, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves da Silva, Rogério da Silva e Sousa, Rogério Gomes dos Santos, Rui

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António Francisco Coelho, Rui José Silva Marques, Rui Manuel Pessanha da Silva, Valdemar António Fernandes de Abreu Salgado, Victor Manuel Dias Pereira Gonçalves, Manuel Fernando Dias de Almeida, Rosa Maria Carvalho da Silva, José Manuel Cal Gonçalves, António da Conceição Tavares, João Martins Vieira, José Carlos Alegre, Luís José Morales de Los Rios Coelho, António Adelino dos Santos, Cecília da Conceição Simões Sales, Jorge Manuel Nascimento Fernandes, José Guilherme Figueiredo Nobre Gusmão, João Pedro Gonçalves Pereira, João Vitorino da Silva, João Diogo Santos Moura, Emília Cristina Serra, Luís Filipe Costa Vieira da Silva, Rui Manuel Santos Matos Alves e João Capelo. -------------------------------------- ----- Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais: ------------------------------- ----- Ana Maria Bravo Martins de Campos, Ana Patrício de Lamy Barreiros, António Manuel de Sousa Ferreira Pereira, João Augusto Martins Taveira, João Miguel Martins Ferreira, João Paulo Mota da Costa Lopes, José Luís Sobreda Antunes, Luís Baltazar Brito da Silva Correia, Luís Filipe da Silva Monteiro, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira e Pedro Alexandre Valente de Assunção -------------------------- ----- Pediram suspensão do mandato, que foi apreciado e aceite pelo Plenário da Assembleia Municipal nos termos da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, os seguintes Deputados Municipais: --------- ----- Henrique Freitas (PSD), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal Manuel Dias D’Almeida. ----------------------------------------------------------- ----- David Valente (PSD), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal Cal Gonçalves. ------------------------------------------------------------------------ ----- Rodrigo Mello Gonçalves (PSD), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal António Tavares. --------------------------------------------------------- ----- João Pessoa e Costa (PSD), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal Rosa Carvalho da Silva. ------------------------------------------------------------- ----- Vasco Valdez (PSD), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal João Martins Vieira.------------------------------------------------------------------ ----- Maria de Belém Roseira (PS), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal José Carlos Alegre. ------------------------------------------------------------------- ----- Hugo Lobo (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal Luís Coelho.---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Sérgio Cintra, Sousa Nascimento, João Pinheiro, Maria João Faria, Nuno Pintão, André Garcia, Maria da Piedade Mestre, Helena Ribeiro, Patrícia Mourão, Maria Teresa Vale de Matos, Vitória Melo, Carlos Poiares, Branca das Neves, Inês Drumond, Fátima Fonseca, Anabela Valente Pires, Fernando Gameiro, Pedro Lopes, América Coelho, Carlos Machado, António Amaral da Silva, Carlos Faria, Maria de Fátima Dias, Margarida Mota, Alexandra Bandeira, Margarida Velho, Carlos Castro, Maria Teresa Pires, José Oliveira Costa, Januário Costa, Diogo Leão, Alfredo Alves, Filipe Costa, Guilherme de Oliveira Martins, Carolina Tito de Morais, António Rebelo, Joaquim Capucho, Emílio Rincon Peres, Luís Cavaco, Odete Ferrajota, Manuel Poças, Manuela Jeffree, Mário Paiva, João Valente Pires, Fátima Cavaco, Luís Novaes Tito,Pedro Costa, Teresa Estrela, Eurico Dias, António Rêgo, Deolinda

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Santos, Alberto Seguro Dias, António Lopes, Maria Antonina, David Amado, Alexandre Mateus, Anabela Pilar, Bruno Inglês, Pereira da Costa, Catarina Martins e Alberto Pereira, todos Deputados Municipais suplentes do PS, pediram a suspensão do mandato por um dia. (31 de Março de 2009). ---------------------------------------------- ----- Deolinda Machado (PCP), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada Municipal Cecília Sales. ------------------------------------------------------------------------- ----- Carlos Silva Santos, Feliciano David e Romão Lavadinho, Deputados Municipais suplentes do PCP, pediram a suspensão do mandato por um dia. (31 de Março de 2009). ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Carlos Marques (BE), por 1 dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal Jorge Nascimento. -------------------------------------------------------------------------------- ----- Telmo Correia (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal João Vitorino da Silva. -------------------------------------------------------------- ----- José Rui Roque (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal João Gonçalves Pereira. ------------------------------------------------------------- ----- Carlos Melo Barroso (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal João Santos Moura. ----------------------------------------------------- ----- Carlos Andrade, Deputado Municipal suplente do CDS-PP, pediu a suspensão do mandato por um dia (31 de Março de 2009). -------------------------------------------------- ----- Nuno Van Huden, Deputado Municipal suplente do CDS-PP, pediu a suspensão do mandato por um dia (31 de Março de 2009). ---------------------------------------------- ----- Foram justificadas as faltas e admitidas as substituições dos seguintes Deputados Municipais, Presidentes de Junta de Freguesia: ----------------------------------------------- ----- João Mourato Grave (PSD), Presidente da Junta de Freguesia dos Anjos, por Luís Vieira da Silva. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- Ana Bravo de Campos (PSD), Presidente da Junta de Freguesia de São Mamede. - ----- Ermelinda Brito (PS), Presidente da Junta de Freguesia de São Cristóvão e São Lourenço, por Rui Matos Alves. ---------------------------------------------------------------- ----- Carlos Lima (PCP), Presidente da Junta de Freguesia do Castelo, por João Capelo. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Vítor Agostinho (PCP), Presidente da Junta de Freguesia de São Vicente de Fora, por António Adelino dos Santos. --------------------------------------------------------------- ----- Às 15 horas e 15 minutos, constatada a existência de quorum, a Senhora Presidente declarou aberta a reunião. --------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente começou por recordar que o ponto 1 da Ordem de Trabalhos tinha ficado para ser objecto de uma versão de consenso. ---------------------- ----- O ponto 2, a proposta nº 101/2009, aguardava ainda o relatório de uma comissão, que tinha reunião agendada para 13 de Abril. ------------------------------------------------- ----- O ponto 3, proposta nº 132/2009, ficara de ser revista pelo Senhor Vereador Cardoso da Silva. --------------------------------------------------------------------------------- ----- Os pontos 4, 5, 6, 7, 8 e 9 já tinham sido votados. -------------------------------------- ----- O ponto 10, proposta nº 157/2009, aguardava também reunião da comissão, marcada para 9 de Abril. -------------------------------------------------------------------------

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----- O ponto 11 aguardava igualmente o relatório da comissão, cuja reunião estava marcada para 9 de Abril. ------------------------------------------------------------------------- ----- A Ordem de Trabalhos começaria no ponto 12., até ao ponto 16 e ponto 18 do aditamento. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Entretanto, havia uma rectificação para votar, que tinha que obedecer a uma dupla votação, porque tinha que se aceitar inclui-la nesta ordem de trabalhos. Era uma mera rectificação sobre o Regulamento de Taxas. No fundo, tratava-se de um erro de remissão do artº 13º. Consultadas todas as bancadas, não tinha havido nenhum obstáculo. Começava-se por aí e resolvia-se já isso, tentando evitar aquilo que sucedia com o Diário da República, que era virem publicados os diplomas e depois as rectificações, muitas vezes não apenas uma vez. --------------------------------------------- ----- Seguidamente, submeteu à votação a inclusão na Ordem de Trabalhos da rectificação ao artº 13º do Regulamento Municipal de Taxas relacionadas com as actividades urbanísticas e operações conexas, tendo a Assembleia deliberado aprovar, por unanimidade. -------------------------------------------------------------------- ----- Seguidamente, submeteu à votação a autorização à rectificação ao artº 13º do Regulamento Municipal de Taxas relacionadas com as actividades urbanísticas e operações conexas, tendo a Assembleia deliberado aprovar, por unanimidade. ------ ------------------------- CONTINUAÇÃO DA ORDEM DO DIA ------------------------- ----- PONTO 12 – PROPOSTA Nº 179/2009 – APROVAR RECTIFICAR AS DELIBERAÇÕES TOMADAS A COBERTO DA PROPOSTA Nº 17/98 RELATIVO AO DIREITO DE SUPERFÍCIE A FAVOR DA ACREDITAR – ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DAS CRIANÇAS COM CANCRO, (Pº Pº Nº 90/DGI/1997), NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA I) DO Nº 2 DO ARTº 53º DA LEI Nº 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDACÇÃO DADA PELA LEI Nº 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO; ---------------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------- PROPOSTA N.º 179 /2009 -------------------------------------- ----- “RECTIFICAÇÃO DO DIREITO DE SUPERFÍCIE A FAVOR DA ACREDITAR DESTINADO À CONSTRUÇÃO DE UM LAR DE ACOLHIMENTO PARA CRIANÇAS COM CANCRO ---------------------------------------------------------- ----- Pelouro: Vereador José Cardoso da Silva ------------------------------------------------ ----- Serviço: Departamento de Património Imobiliário / Divisão de Aquisição e Alienação ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Considerando que: -------------------------------------------------------------------------- ----- A coberto da Proposta n.º 17/98 de 16/01/1998, aprovada pela Câmara e pela Assembleia Municipal nas suas reuniões, respectivamente, de 21/01/1998 e 17/03/1998, foi deliberado constituir a favor da ACREDITAR – Associação de Pais e Amigos das Crianças com Cancro, o direito de superfície por um prazo de 70 anos, sobre uma parcela de terreno municipal proveniente da demolição do prédio sito na Rua Professor Lima Bastos, 73/73-A, com a área de 297,00 m2, destinada à construção de um Lar de Acolhimento para crianças com cancro, mediante o pagamento de 66.240,36 € (ao tempo 13.280.000$00) – anexo I; --------------------------

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----- Por diversas vicissitudes, a escritura de constituição do direito de superfície ainda não foi outorgada – anexo II a X; --------------------------------------------------------------- ----- Em 09/06/1998, impulsionado pela ACREDITAR na invocada qualidade de Superficiária, no âmbito do Processo n.º 1254/OB/98, deu entrada na C.M.L. um projecto tendo como objecto o licenciamento de obra nova no terreno supra mencionado; --------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Processo n.º 1254/OB/98 foi licenciado em 04/01/2002, por despacho da então Exma. Sra. Vereadora do Pelouro do Urbanismo, que esse despacho consubstancia, também, a autorização da emissão do alvará de licença de construção previamente à outorga da escritura – anexo XI; ---------------------------------------------------------------- ----- O Alvará de Licença de Construção foi emitido em 23/07/2002 – Licença n.º 154/C/2002 –, contando-se entre as condições de licença a celebração da escritura de constituição de direito de superfície – anexo XII; -------------------------------------------- ----- A ACREDITAR ocupa efectivamente a parcela de terreno deliberada ceder em direito de superfície, ao que parece desde 2001, direito esse que exerce de facto, atendendo a que procedeu à demolição das construções preexistentes e que erigiu o edifício destinado a Lar de Acolhimento – anexo XIII e XIV; ----------------------------- ----- O prédio municipal, de onde sairá a parcela a ceder, está registado com uma área total de 363,00 m2 – anexo XV e XVI; -------------------------------------------------------- ----- Consultado o Processo de Obra n.º 66725 – Proc.º n.º 1254/OB/1998, verificou-se que a área do lote, licenciada e construída, é de 321,30 m2 e não de 297,00 m2, conforme deliberado a coberto da Proposta n.º 17/98; --------------------------------------- ----- A ACREDITAR pretende ainda ocupar uma outra parcela de terreno municipal contígua à inicial, situada a tardoz, que segundo aquela Associação afigura-se muito importante para desafogo do jardim – anexo XVII; ------------------------------------------ ----- Essa parcela de terreno municipal, se encontra “encravada” nas traseiras do edifício da ACREDITAR e, que o acesso à mesma se faz através das instalações da Associação – anexo XVIII; ---------------------------------------------------------------------- ----- Em termos patrimoniais, mostra-se conveniente, rectificar esta situação e consequentemente os limites da área a ceder – anexo V; ------------------------------------ ----- O projecto de arquitectura aprovado veio determinar um acréscimo de 103,00 m2 de área de construção acima do solo (total de 903,00 m2p), relativamente aos previstos 800,00 m2p aquando do estudo económico efectuado para cálculo do valor do direito de superfície, sendo por isso necessário corrigir esse valor – anexo XIX; ---------------- ----- A 2ª e 7ª Condições de Acordo da Proposta n.º 17/98, prevêem ajustamentos para melhor aproveitamento acima do solo do lote de terreno, mediante o pagamento da importância correspondente à valorização do imóvel, a calcular com base nos indicadores do referido estudo económico; ---------------------------------------------------- ----- A ACREDITAR – Associação de Pais e Amigos das Crianças com Cancro, manifestaram a sua concordância no sentido de a Câmara promover e formalizar a rectificação desse direito de superfície, (anexo XX); ---------------------------------------- ----- Tenho a honra de propor que a Câmara delibere ao abrigo das disposições conjugadas dos artigos 64º, n.º 6, alínea a) e do 53º, n.º 2, alínea i), ambos da Lei n.º

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169/99 de 18 de Setembro, na redacção conferida pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, aprovar e submeter à Assembleia Municipal, para que este órgão delibere: ---- ----- Rectificar as deliberações tomadas pela Câmara e pela Assembleia Municipal nas suas reuniões, respectivamente, de 21/01/1998 e 17/03/1998, a coberto da Proposta n.º 17/98, no que respeita: --------------------------------------------------------------------------- ----- 1. À área da parcela de terreno a ceder em regime de direito de superfície à ACREDITAR – Associação de Pais e Amigos das Crianças com Cancro, passando esta de 297,00 m2 para 363,00 m2, conforme o tracejado azul representado na cópia da planta n.º 09/001/02 do Departamento de Património Imobiliário; ------------------------ ----- 2. À área de construção máxima, de acordo com o previsto nas 2ª e 7ª Condições de Acordo da mencionada Proposta, passando de 800,00 m2p para 903,00 m2p, mediante o pagamento da importância de 77.156,78 € (setenta e sete mil, cento e cinquenta e seis euros e setenta e oito cêntimos), no acto da escritura, ou através do pagamento de uma renda mensal, a calcular de acordo com o disposto no ponto 3 da Proposta nº 96/92, alterada pela Proposta nº 543/94 aprovadas pela Câmara respectivamente em 18.03.1992 e 28.12.1994. ----------------------------------------------- ----- Em tudo o mais se mantêm o anteriormente deliberado a coberto da Proposta n.º 17/98. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- CONFRONTAÇÕES ----------------------------------------------------------------------- ----- Norte – Rua Professor Lima Bastos ------------------------------------------------------ ----- Sul – Moradias nºs 48 e 50 da Av. Columbano Bordalo Pinheiro -------------------- ----- Nascente – C.M.L. -------------------------------------------------------------------------- ----- Poente – Prédio n.º 75 da Rua Professor Lima Bastos e n.º 50 de Av. Columbano Bordalo Pinheiro ---------------------------------------------------------------------------------- ----- EM ANEXO: -------------------------------------------------------------------------------- ----- I. Cópia da Proposta n.º 17/98 de 16.01.1998; ------------------------------------------ ----- II. Cópias dos Ofícios n.ºs 0231/DNAC/03 e 0232/DNAC/03 de 01.07.2003; ----- ----- III. Cópias das Informações n.ºs 0260/DNAC/03 de 26.06.2003 e 0384/DNAC/03 de 13.08.2003; ------------------------------------------------------------------------------------- ----- IV. Cópia dos Ofícios n.º 0266/DNAC/04 de 30.04.2004, 0310/DNAC/04 de 24.05.2004 e 0482/DNAC/04 de 13.08.2004; ------------------------------------------------- ----- V. Cópia das Cartas Ref.: 5026/04/im de 24.08.2004 e 5099/04/im de 15.10.2005, enviadas pela ACREDITAR; ----------------------------------------------------- ----- VI. Cópia do Ofício n.º 0555/DNAC/04 de 21.09.2004; ------------------------------- ----- VII. Cópia da Informação n.º 0010/DNAC/05 de 06.01.2005 e Ofício n.º 0020/DPI-DAJ/05 de 18.01.2005; -------------------------------------------------------------- ----- VII. Cópia da Carta Ref.: 5475/05/im de 24.01.2005, enviada pela ACREDITAR; ----- IX. Cópia do Ofício n.º 0241/DPI-DAJ/05 de 18.04.2005; ---------------------------- ----- X. Cópia da Informação n.º 0421/DPI-DAJ/05 de 26.08.2005; ----------------------- ----- XI. Cópia do despacho de deferimento do licenciamento de 04/01/2002; ----------- ----- XII. Cópia da Licença n.º 154/C/2002. --------------------------------------------------- ----- XIII. Cópia da Carta datada de 10.05.2002, enviada pela ACREDITAR; ----------- ----- XIV. Cópia da Informação n.º 0084/DPI-DAJ/06 de 09.02.2006; --------------------

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----- XV. Cópia da INF 1257/DPI-DIC/07 de 07.11.2007; ---------------------------------- ----- XVI. Cópia da INF 0206/DPI/DAJ/08 de 27.05.2008; --------------------------------- ----- XVII. Cópia da Carta Ref.: 6707/06/ma de 03.04.2006, enviada pela ACREDITAR; ------------------------------------------------------------------------------------ ----- XVIII. Cópia da Informação n.º 0107/DPI-DF/06 de 02.03.2006; ------------------- ----- XIX. Cópia da Informação n.º 610/DGI/1999 de 09.04.1999 e Informação nº. 1765/DMPGU/98 de 11.11.1998. --------------------------------------------------------------- ----- XX. Cópia da Carta datada de 08.01.2009, enviada pela ACREDITAR ------------ ----- (Processo Privativo n.º 90/DGI/1997) ---------------------------------------------------- ---------------------- JUSTIFICAÇÃO DO VALOR PROPOSTO --------------------------- ----- Nos termos do exposto na Informação n.º 610/DGI/1999 de 09.04 – anexo XIX –, “O projecto de arquitectura aprovado veio determinar um acréscimo de 103,00 m2 de área de construção acima do solo(...)” (total de 903,00 m2), relativamente ao previsto (previsto 800,00 m2) aquando do estudo económico que serviu de cálculo do valor do terreno a ceder em regime de direito de superfície. ------------------------------------------ ----- Assim, “(…)Muito embora a escritura do direito de superfície não tenha sido realizada (Proc. Privativo n.º 90/DGI/97), tem-se como base nas 2ª e 7ª condições de acordo da Proposta n.º 17/98 aprovada em sessão de Câmara de 98/01/21, o pagamento à Câmara da importância de Esc. 1.709.800$00 resultante da valorização do lote por melhor aproveitamento acima do solo, de acordo com os indicadores do estudo económico que serviram para o cálculo do valor do terreno(…)”. ---------------- ----- Assim com base no cálculo exposto na informação supra mencionada, obtém-se como valor a pagar por melhor aproveitamento do lote, a importância de 8.528,45 € (ao tempo 1.709.800$00): ----------------------------------------------------------------------- ----- Área de construção prevista nas condições de cedência – 800 m2p ------------------- ----- Área de construção, acima do solo, prevista no projecto – 903 m2p ----------------- ----- (Obs.: Desprezou-se a área de construção em cave, independentemente da utilização) ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Área de construção resultante do melhor aproveitamento do lote – 103 m2p ------- ----- Valor unitário de mercado do terreno – 66,4 c./m2p ------------------------------------ ----- Bonificação considerada por razões sociais: 75% -------------------------------------- ----- Actualizado este valor pelos coeficientes oficiais de desvalorização da moeda – coeficiente 1,28 – Portaria n.º 362/2008 de 13 de Maio, resulta o valor de 10.916,42 € (8.528,45 € x 1,28). ------------------------------------------------------------------------------- ----- Assim, o valor do direito de superfície passa para um total de 77.156,78 € (66.240,36 € + 10.916,42 €).” ------------------------------------------------------------------- ----- O Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP), no uso da palavra, disse que o PCP tinha uma posição conhecida em relação ao território ocupado ainda pelo IPO. Dizia “ainda” com tristeza, porque tudo indicava que seria sacrificado numa perspectiva que não interessava à cidade. A realidade era essa. ---------------------------- ----- Neste caso, a proposta 179/2009 tratava de conceder à ACREDITAR um espaço no novo IPO para crianças que não pudessem ter grandes deslocações, o que em

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princípio estaria assegurado, e criar uma situação de equipamento para casos de residência menos graves, que em princípio ficaria no terreno do actual IPO. ------------ ----- A posição do PCP era que se deveria lutar pela ocupação do território actual do IPO por serviços públicos e por instituições positivas para a cidade e o País, como era a ACREDITAR. Por isso, votaria favoravelmente esta proposta. -------------------------- ----- No entanto, a propósito do território do IPO, de outros hospitais e de outros territórios da cidade, não gostaria de deixar de trazer aqui aquilo que porventura alguns dos presentes tinham visto no “Expresso” da semana anterior, onde se dizia que “fecho de hospitais civis de Lisboa rende 176 milhões ao Estado”. Face a isto, já se percebera o comportamento do “centrão” desta cidade e também do País em relação à alienação daquilo que era património nacional e património municipal a favor da especulação e do lucro. ---------------------------------------------------------------- ----- O PCP não gostaria de deixar de dar essa nota e de estar contra essa situação. ----- ----- A Senhora Presidente, constatando não haver mais intervenções, submeteu à votação a proposta nº 179/2009, tendo a Assembleia deliberado aprovar, por unanimidade. ------------------------------------------------------------------------------------- ----- PONTO 13 – PROPOSTA Nº 191/2009 – APROVAR A REPARTIÇÃO DE ENCARGOS PARA OS ANOS DE 2009, 2010 E 2011 REFERENTE AO “FORNECIMENTO DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS ESPAÇOS VERDES DOS OLIVAIS SUL-OESTE”, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DOS ARTºs 18º E 22º, AMBOS DO DEC-LEI Nº 197/99 DE 8 DE JUNHO E DA ALÍNEA R) DO Nº1 DO ARTº53º DA LEI Nº 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDACÇÃO DADA PELA LEI Nº 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO; ---------------------------------------------------------------- -------------------------------------- PROPOSTA 191/2009 ------------------------------------- ----- “ADJUDICAÇÃO DO FORNECIMENTO DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS ESPAÇOS VERDES DE OLIVAIS SUL/OESTE PELO PERÍODO DE 2 ANOS, APROVAÇÃO DA RESPECTIVA REPARTIÇÃO DE ENCARGOS E DA MINUTA DO CONTRATO -------------------- ----- PELOURO: Departamento de Ambiente e Espaços Verdes – Vereador José Sá Fernandes ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- SERVIÇO: DMAU/DAEV ---------------------------------------------------------------- ----- Considerando que: -------------------------------------------------------------------------- ----- A Câmara Municipal de Lisboa, através da Proposta nº 454/2008, autorizou o lançamento do Concurso Publico Internacional para o “Fornecimento de Serviços de Manutenção e Conservação dos Espaços Verdes dos Olivais Sul – Oeste” (Processo nº 36/DMSC-DA/08); ------------------------------------------------------------------------------- ----- O Relatório Final do Júri que analisou as propostas, elaborado nos termos do disposto no nº 1 do artigo 109º do Decreto Lei nº 197/99 de 8 de Junho; ----------------- ----- Que o prazo do fornecimento de serviços é de 2 anos (12 meses, prorrogável até ao limite máximo de 2 anos); ------------------------------------------------------------------- ----- A despesa resultante, embora dando lugar a encargo orçamental em mais de um ano económico, não está prevista em Plano Plurianual aprovado no âmbito do Decreto

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Lei nº 54-A/99, de 22 de Fevereiro, porque reveste, em sede de classificação económica das despesas públicas, natureza de despesa corrente; -------------------------- ----- A Assembleia Municipal em reunião de 15 de Julho de 2008, autorizou a “abertura de procedimento e correspondente repartição dos encargos referentes á realização da despesa”; --------------------------------------------------------------------------- ----- Havendo necessidade de adequar a repartição de encargos à real situação do mencionado Fornecimento de Serviços, deve ser submetida à aprovação da Assembleia Municipal uma nova repartição de encargos; ----------------------------------- ----- Tenho a honra de propor, que a Câmara Municipal de Lisboa delibere: ------------- ----- 1. Adjudicar, nos termos do disposto no artº 54º e nº 2 do artigo 109º do Decreto Lei nº 197/99, de 8 de Junho, o “Fornecimento de Serviços de Manutenção e Conservação dos Espaços Verdes dos Olivais Sul – Oeste” (Processo nº 36/DMSC-DA/08)”, á empresa Flora Garden – Projectos, Silvicultura e Jardinagem Unipessoal Lda., pelo valor de 318.854,64€ (trezentos e dezoito mil oitocentos e cinquenta e quatro euros e sessenta e quatro cêntimos), a que acresce o IVA á taxa legal em vigor, correspondente a 63.770,93 €, perfazendo um total de 382.625,57 €; --------------------- ----- 2. Aprovar, nos termos do disposto no artigo 64º do Decreto Lei nº 197/99 de 8 de Junho, a minuta de contrato anexa, referente ao Contrato a celebrar com o adjudicatário, Flora Garden – Projectos, Silvicultura e Jardinagem Unipessoal Lda., no âmbito do Fornecimento de Serviços indicado em 1; ------------------------------------ ----- 3. Aprovar submeter á Assembleia Municipal, para aprovação por este órgão deliberativo, uma nova repartição de encargos relativa ao Fornecimento de Serviços indicado em 1, com incidência nos anos económicos de 2009, 2010 e 2011, nos seguintes termos: ---------------------------------------------------------------------------------- ----- 2009 - € 2.999,27, a que acresce o IVA, no montante de € 18.599,85, totalizando € 111.599,12. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2010 - € 159.427,32, a que acresce o IVA, no montante de € 31.885,46, totalizando € 191.312,78. ------------------------------------------------------------------------ ----- 2011 - € 66.428,06, a que acresce o IVA, no montante de € 13.285,61, totalizando € 79.713,67. ------------------------------------------------------------------------- ----- O encargo relativo ao ano de 2009 tem cabimento na rubrica 09.01/02.02.25.02 do Orçamento em vigor, no âmbito da acção Gestão dos Espaços Verdes”, código 03/04/A102/01 do Plano de Actividades.” ---------------------------------------------------- ----- COMISSÃO PERMANENTE DE ADMINISTRAÇÃO, FINANÇAS E DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO ------------------------------------------------------ ------------------------------------------ Parecer --------------------------------------------------- ----- “1. A Comissão Permanente de Administração, Finanças e Desenvolvimento Económico, da Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 23 de Março de 2009, deliberou nos seguintes termos, dar os seguintes pareceres relativos às proposta n.º 68/2009, n.º 132/2009, n.º 140/2009, n.º150/2009, n.º 151/2009, n.º 152/2009, n.º 153/2009, n.º 154/2009, n.º 157/2009, n.º 177/2009, n.º 191/2009, n.º 194/2009, n.º 208/2009 e n.º 248/2009, todas apresentadas pela Câmara Municipal de Lisboa: ------- ----- a) Proposta n.º68/2009: ---------------------------------------------------------------------

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----- I. A comissão gostaria de agradecer a presença e a disponibilidade do Sr. Vice-Presidente da autarquia, assim como dos técnicos que o acompanharam na apresentação da proposta. ------------------------------------------------------------------------ ----- II. A proposta está apta a ser apresentada e discutida em sessão da Assembleia Municipal de Lisboa. ----------------------------------------------------------------------------- ----- III. O parecer foi aprovado por unanimidade com os votos do PPD/PSD, PS, PCP, Bloco de Esquerda e CDS/PP. ------------------------------------------------------------ ----- b) Proposta n.º132/2009: ------------------------------------------------------------------- ----- I. A comissão gostaria de agradecer a presença e a disponibilidade do Sr. Vereador, Dr. Cardoso da Silva, o qual prestou esclarecimentos sobre todas as propostas apresentadas pelo seu gabinete. ----------------------------------------------------- ----- II. Os documentos apresentados carecem de mais esclarecimentos, o Sr. Vereador, Dr. Cardoso da Silva, presente na reunião, disponibilizou-se para os fornecer em tempo. ------------------------------------------------------------------------------- ----- III. O parecer foi aprovado por unanimidade com os votos do PPD/PSD, PS, PCP, Bloco de Esquerda e CDS/PP. ------------------------------------------------------------ ----- c) Proposta n.º140/2009: ------------------------------------------------------------------- ----- I. A proposta está apta a ser apresentada e discutida em sessão da Assembleia Municipal de Lisboa. ----------------------------------------------------------------------------- ----- II. No entanto, entende a comissão que a valorização dos montantes de isenção das taxas deveriam ser calculados e constarem na proposta. -------------------------------- ----- III. A comissão salienta ainda a necessidade de se estabelecerem critérios uniformes para a atribuição das isenções de taxas. ------------------------------------------- ----- IV. O parecer foi aprovado por unanimidade com os votos do PPD/PSD, PS, PCP, Bloco de Esquerda e CDS/PP. ------------------------------------------------------------ ----- d) Propostas n.º150/2009, n.º151/2009, n.º152/2009, n.º153/2009 e n.º154/2009: - ----- I. As propostas estão aptas a serem apresentadas e discutidas em sessão da Assembleia Municipal de Lisboa. -------------------------------------------------------------- ----- II. O parecer foi aprovado por unanimidade com os votos do PPD/PSD, PS, PCP, Bloco de Esquerda e CDS/PP. ------------------------------------------------------------------ ----- e) Proposta n.º157/2009: ------------------------------------------------------------------- ----- I. A proposta está apta a ser apresentada e discutida em sessão da Assembleia Municipal de Lisboa. ----------------------------------------------------------------------------- ----- II. O parecer foi aprovado por unanimidade com os votos do PPD/PSD, PS, PCP, Bloco de Esquerda e CDS/PP. ------------------------------------------------------------------ ----- f) Proposta n.º177/2009: ------------------------------------------------------------------- ----- I. A proposta está apta a ser apresentada e discutida em sessão da Assembleia Municipal de Lisboa. ----------------------------------------------------------------------------- ----- II. O parecer foi aprovado por unanimidade com os votos do PPD/PSD, PS, PCP, Bloco de Esquerda e CDS/PP. ------------------------------------------------------------------ ----- g) Proposta n.º191/2009: ------------------------------------------------------------------- ----- I. A proposta está apta a ser apresentada e discutida em sessão da Assembleia Municipal de Lisboa. -----------------------------------------------------------------------------

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----- II. O parecer foi aprovado por unanimidade com os votos do PPD/PSD, PS, PCP e Bloco de Esquerda. ----------------------------------------------------------------------------- ----- h) Proposta n.º194/2009: ------------------------------------------------------------------- ----- I. A proposta está apta a ser apresentada e discutida em sessão da Assembleia Municipal de Lisboa. ----------------------------------------------------------------------------- ----- II. No entanto, entende a comissão que a valorização dos montantes de isenção das taxas deveriam ser calculados e constarem na proposta. -------------------------------- ----- III. O parecer foi aprovado por unanimidade com os votos do PPD/PSD, PS, PCP e Bloco de Esquerda. ----------------------------------------------------------------------------- ----- i) Proposta n.º208/2009: -------------------------------------------------------------------- ----- I. A proposta está apta a ser apresentada e discutida em sessão da Assembleia Municipal de Lisboa. ----------------------------------------------------------------------------- ----- II. O parecer foi aprovado por unanimidade com os votos do PPD/PSD, PS, PCP, Bloco de Esquerda e CDS/PP. ------------------------------------------------------------------ ----- j) Proposta n.º248/2009: -------------------------------------------------------------------- ----- I. Os documentos referidos estão aptos a serem apresentados e discutidos em sessão da Assembleia Municipal de Lisboa. -------------------------------------------------- ----- II. No entanto, entende a comissão que a valorização dos montantes de isenção das taxas deveriam ser calculados e constarem na proposta. -------------------------------- ----- III. O parecer foi aprovado por unanimidade com os votos do PPD/PSD, PS, PCP e Bloco de Esquerda.” ---------------------------------------------------------------------------- ----- A Deputada Municipal Marta Rebelo (PS), Presidente da Comissão Permanente de Administração, Finanças e Desenvolvimento Económico, no uso da palavra, disse que em relação a qualquer uma das propostas a comissão havia já reunido na semana anterior, considerando que estavam aptas a ser aqui discutidas e votadas. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Uma vez mais agradecia a presença dos Senhores Vereadores competentes nestas matérias, que se disponibilizaram prontamente para prestar esclarecimentos na comissão. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Deputada Municipal Cecília Sales (PCP), no uso da palavra, disse que a proposta 191/2009, que indicava a adjudicação de fornecimento de serviços de manutenção e conservação para os espaços verdes de Olivais Sul/Oeste, era apresentada na sequência do plano de intervenção no espaço público e espaços verdes da cidade. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Faria alguns comentários sobre a Freguesia dos Olivais: ------------------------------ ----- Os espaços verdes cumpriam uma função insubstituível na cidade. Os parques, jardins e ruas arborizadas ajudavam a reduzir a poluição e o ruído, contribuindo para a produção de oxigénio, a absorção de carbono e também para a drenagem dos solos, evitando as inundações. As zonas arborizadas eram também um mecanismo natural de termo-regulação, fazendo descer os termómetros e dando mais conforto ambiental. ---- ----- Voltando aos Olivais, com os seus amplos espaços verdes eram ainda um local aprazível para se viver. Continuava a ser a freguesia mais verde de Lisboa e era um privilégio ali morar. Só que o problema vinha sendo a falta de manutenção e cuidados

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nas inúmeras áreas expectantes e logradouros existentes na freguesia, com a necessidade permanente de as requalificar e não deixar degradar. ------------------------- ----- Aproveitava a oportunidade para falar no Vale do Silêncio, a maior mancha verde da freguesia, que nascera em plena expansão dos Olivais nos anos 60, com o fim de atenuar os efeitos do cimento dos blocos de habitação à volta daquela mancha verde e proteger dos cheiros provenientes da zona industrial, actual zona ribeirinha Infante D. Henrique/Marechal Gomes da Costa. ---------------------------------------------------------- ----- O espaço situado no meio da freguesia encontrava-se meio abandonado, com a consequente falta de segurança para quem dele usufruía. Era um pulmão da freguesia, lindo e silencioso. Provavelmente, com a instalação de pequenos apoios, um café, uma esplanada, etc., e uma manutenção regular, o espaço ganharia uma nova vida e seria um verdadeiro parque da freguesia. ------------------------------------------------------------ ----- Voltando à proposta, considerava que a Câmara Municipal estava a tentar resolver esta questão dos espaços verdes. Sabia que a freguesia era extensa em área verde, com inúmeros recantos, canteiros, pequenos jardins completados com uma grande quantidade de arbustos e árvores de grande porte. Entendia, no entanto, que este modelo de gestão dos espaços verdes, isto é, a aplicação de políticas de privatização da gestão municipal e do espaço público, não era o mais adequado. ------- ----- A Câmara Municipal estava a adjudicar obras de reabilitação e manutenção corrente dos espaços verdes com menos garantias para a população e por valores eventualmente bem mais elevados do que aqueles que poderia fazer através dos seus serviços próprios de espaços verdes. ----------------------------------------------------------- ----- Havia questões que deveriam ser ponderadas a nível dos recursos dos serviços da Câmara, que passariam por um adequado apetrechamento dos serviços a nível de equipamentos, pela abertura das vagas necessárias no quadro dos trabalhadores da Câmara Municipal, pela reposição do funcionamento das escolas de jardinagem, por exemplo nos Olivais. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Tivera conhecimento que a escola de jardinagem da Quinta Conde dos Arcos se encontrava fechada. ------------------------------------------------------------------------------- ----- A activação das escolas de jardinagem por parte da Câmara Municipal de Lisboa seria com certeza uma grande ajuda para a formação de novos jardineiros. Quando as dificuldades económicas eram as que estavam à vista, devia recorrer-se à prata da casa. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Para concluir, o PCP gostaria que fossem divulgados junto da população os termos dos contratos de concessão de manutenção e conservação dos espaços verdes, neste caso designados Olivais Sul/Oeste. ------------------------------------------------------ ----- Por todas as razões acima apontadas, o Grupo Municipal do PCP não iria votar favoravelmente esta proposta. ------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente, constatando não haver mais intervenções, submeteu á votação a proposta nº 191/2009, tendo a Assembleia deliberado aprová-la, por maioria, com votos a favor de PS e BE, votos contra do PCP e abstenções de PSD e CDS-PP. --------------------------------------------------------------------------------------------

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----- PONTO 14 – PROPOSTA Nº 194/2009 – APROVAR ISENTAR A APEL – ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE EDITORES E LIVREIROS DAS TAXAS APLICÁVEIS À REALIZAÇÃO DA 79ª EDIÇÃO DA FEIRA DO LIVRO DE LISBOA, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA E) DO Nº2 DO ARTº53º DA LEI Nº 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDACÇÃO DADA PELA LEI Nº 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO; ----- ------------------------------------ PROPOSTA Nº 194/2009 ----------------------------------- ----- “79.ª Feira do Livro de Lisboa – Transferência de Verba e Isenção de Taxas ------ ----- Pelouro: Rosalia Vargas -------------------------------------------------------------------- ----- Serviços: Direcção Municipal de Cultura ------------------------------------------------ ----- Considerando que, -------------------------------------------------------------------------- ----- 1. A Feira do Livro de Lisboa constitui uma das manifestações mais significativas da vida cultural da Cidade, com particular incidência na promoção do livro, da leitura e do diálogo entre os autores e o público; ---------------------------------- ----- 2. Ao conjugar os sectores editorial e livreiro numa intervenção de carácter educativo e de entretenimento, a Feira do Livro tem vindo a consolidar o interesse do público com uma oferta editorial diversa e plural; ------------------------------------------- ----- 3. Estas características de abrangência e pluralidade, intimamente ligadas ao sucesso da Feira do Livro de Lisboa, decorrem de um quadro de igualdade de oportunidades para todos os participantes, numa plataforma de entendimento plural e democrático; --------------------------------------------------------------------------------------- ----- 4. A Câmara Municipal de Lisboa sempre reconheceu a importância e o estatuto de interesse público e cultural deste evento, através de apoios directos e indirectos atribuídos à organização da Feira do Livro de Lisboa; -------------------------------------- ----- 5. Enquanto entidade promotora e parceira institucional, a Câmara Municipal de Lisboa apoia a realização da Feira do Livro, através da disponibilização do espaço adequado para o efeito, de meios logísticos e financeiros; ---------------------------------- ----- 6. O enquadramento organizativo da 79ª edição da Feira do Livro de Lisboa foi acordado entre as principais estruturas associativas do sector, como a APEL - Associação Portuguesa de Editores e Livreiros e a UEP - União dos Editores Portugueses, e a Câmara Municipal de Lisboa, no Memorando de Entendimento assinado em 19 de Maio de 2008; -------------------------------------------------------------- ----- 7. O acordo acima referido atribui à APEL a responsabilidade de realizar, em 2009, a Feira do Livro de Lisboa, apresentando para o efeito um projecto de modernização, já aprovado pelos serviços competentes da Câmara Municipal de Lisboa; --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 8. O projecto de modernização da Feira do Livro de Lisboa vai ao encontro das expectativas de públicos diversificados, com a coexistência de diferentes formatos de stands, renovação de pavilhões e programação cultural diversificada; -------------------- ----- 9. Enquanto entidade promotora e parceira institucional, a Câmara Municipal de Lisboa deve assumir as suas responsabilidades, em termos de apoios directos à organização da Feira do Livro de Lisboa, mas também no que respeita à logística e à

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disponibilização do espaço público, o qual tem como consequência a tributação de taxas municipais nos termos legais; ------------------------------------------------------------ ----- 10. Revela-se, assim, necessário cumprir as competências dos órgãos municipais, mediante a isenção das taxas municipais decorrentes de actividades de interesse municipal; ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Tenho a honra de propor que a Câmara delibere: --------------------------------------- ----- 1. Aprovar, nos termos e ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 4 do artigo 64º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, revista e republicada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e no n.º 1 do artigo 15º do Regulamento do Orçamento do Município de Lisboa, para apoio à realização em 2009 da 79ª edição da Feira do Livro de Lisboa, a atribuição à APEL - Associação Portuguesa de Editores e Livreiros de uma transferência de verba no valor de € 150.000,00 (cento e cinquenta mil euros), cuja verba tem cabimento na rubrica orçamental 13.00/Direcção Municipal de Cultura (DMC), económica 04.07.01, código do plano 40383, acção do plano 09/02/A102/02. - ----- 2. Aprovar e submeter à Assembleia Municipal, ao abrigo das disposições conjugadas da alínea a) do n.º 6 do artigo 64º e da alínea e) do n.º 2 do art. 53º, ambos da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, revista e republicada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e ainda do n.º 2 do artigo 12º da Lei das Finanças Locais, aprovada pela Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, isentar a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) das taxas aplicáveis à realização da 79.ª edição da Feira do Livro de Lisboa no Parque Eduardo VII, relativas aos seguintes artigos da Tabela de Taxas e Outras Receitas Municipais: --------------------------------------------------------------------- ----- a) n.º 1 do artigo 10.º - Licenças para realização de espectáculos; ------------------- ----- b) artigo 22.º - Mobiliário urbano; -------------------------------------------------------- ----- c) artigo 27.º - Publicidade afecta a mobiliário urbano; -------------------------------- ----- d) artigo 29.º - Publicidade em veículos; ------------------------------------------------- ----- e) artigo 31.º - Publicidade sonora; ------------------------------------------------------- ----- f) artigo 33.º - Publicidade diversa; ------------------------------------------------------- ----- g) artigo 68.º - Licenças especiais de ruído.” -------------------------------------------- ----- ( O parecer da Comissão Permanente de Administração, Finanças e Desenvolvimento Económico, relativo a esta proposta, já foi transcrito na proposta 191/2009) ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- O Deputado Municipal Saldanha Serra (PSD), no uso da palavra, disse que queria apenas relevar que no ano anterior, infelizmente, sucedera um conjunto de episódios que tinha colocado em risco, que se lembrasse pela primeira vez na Cidade de Lisboa e já tinha mais de 30 anos de memória real, fora a primeira vez em que a Feira do Livro tinha estado em risco de não se realizar. ------------------------------------- ----- Estava aqui uma proposta importante, que visava a organização deste ano da Feira do Livro. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- O primeiro aspecto era que a Câmara até agora não viera aqui defender nenhuma das propostas que apresentava à Assembleia Municipal, o que parecia dever ser aqui relevado enquanto postura de Deputados Municipais. ---------------------------------------

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----- Já todos tinham visto nos jornais, e não interessava aqui, porque não era esse o papel do PSD, alinhar por qualquer tipo de posição, mas já tinha havido controvérsia também nos jornais entre editoras, por aí fora. Era no mínimo exigível à Câmara que apresentasse aqui esta proposta, mas sobretudo que apresentasse aqui o que seria a Feira do Livro este ano e porque é que tinha sido esta a opção seguida pela Câmara depois da controvérsia enorme, pública e notória, que este evento importantíssimo do ponto de vista cultural e social da Cidade de Lisboa tivera. --------------------------------- ----- Era este alerta que queria aqui deixar, lamentando a ausência da Câmara neste debate. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente, constatando não haver mais intervenções, submeteu à votação a proposta nº 194/2009, tendo a Assembleia deliberado aprová-la, por maioria, com votos a favor de PS, PCP, BE e PEV e abstenções de PSD e CDS-PP. -- ----- PONTO 15 – PROPOSTA Nº 208/2009 – APROVAR A NOMEAÇÃO DA SOCIEDADE OLIVEIRA REIS & ASSOCIADOS COMO REVISORA OFICIAL DAS CONTAS MUNICIPAIS DE 2008 E 2009, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA R) DO Nº1 DO ARTº53º DA LEI Nº 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDACÇÃO DADA PELA LEI Nº 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO; ---------------------------------- ---------------------------------- PROPOSTA Nº 208/2009 ------------------------------------- ----------- “Revisão e Certificação Legal das Contas municipais 2008 e 2009 ------------ ----- Pelouros: Vereador Cardoso da Silva ---------------------------------------------------- ----- Serviço: DMF -------------------------------------------------------------------------------- ----- Considerando que: -------------------------------------------------------------------------- ----- 1. Nos termos da Lei 2/2007, de 15 de Janeiro (LFL), por referência designadamente ao inscrito nos respectivos artigos 47º e 48º, é necessária a Revisão e Certificação legal das contas anuais do município de Lisboa; ------------------------------ ----- 2. Para cumprir o desiderato supra, foi lançado um procedimento por ajuste directo, ao abrigo dos artigos 16º, nº 1, al. a) e 20º, nº 1, al. a), ambos do Código da Contratação Publica (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de Janeiro, para a contratação de serviços de revisão e certificação das contas municipais relativas aos exercícios económicos de 2008 e 2009; --------------------------------------------------- ----- 3. A decisão do procedimento esteve a cargo do Vereador do pelouro de Finanças, no uso da subdelegação de competências feita pelo Despacho n.º 474/P/2007, de 2007/08/20, publicado no Boletim Municipal n.º 705, de 2007/08/23 e foi exarada na Informação n.º 65/DMF/DEPF devidamente acompanhada do caderno de encargos e da carta convite a enviar; ------------------------------------------------------- ----- 4. No âmbito do procedimento referido foram convidadas seis entidades, a saber: Oliveira Reis & Associados; MRG – Roberto, Graça & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas; Ana Gomes & Cristina Doutor – SROC, Lda.; Pinto & Palma – SROC; KPMG & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A; Deloitte & Associados, SROC SA. -------------------------------------------------------

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----- 5. A carta convite enviada estabeleceu como critério de adjudicação a proposta economicamente mais favorável tendo sido atendidos os factores preço (60%) e experiência da equipa (40%); ------------------------------------------------------------------- ----- 6. Para a condução do procedimento foi designado um júri composto por: Maria Manuela Paz Vitório (presidente); b) Maria da Graça Vasconcelos (vogal efectivo); c) Elídio Nobre (vogal efectivo); d) Henrique Pousinha (vogal suplente); d) Paula Costa (vogal suplente); ---------------------------------------------------------------------------------- ----- 7. Todos os concorrentes responderam e apenas um deles não apresentou proposta tendo declinado o convite; ------------------------------------------------------------ ----- 8. O Júri analisou as propostas e produziu um Relatório Preliminar que aponta no sentido da adjudicação à sociedade Oliveira Reis & Associados dado que foi a única proposta aceite no procedimento. --------------------------------------------------------------- ----- 9. Foi remetido aos concorrentes nos termos do artº 123º do CCP, cópia do relatório preliminar, aqui junto, para efeitos do direito de Audiência Prévia, encontrando-se a decorrer o prazo. ------------------------------------------------------------- ----- 10. A despesa tem enquadramento orçamental na rubrica 04.02 / 02.02.14.02. ---- ----- Tenho a honra de propor que a Câmara delibere, ao abrigo da alínea a) do número 6 do artigo 64º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, em conjugação como disposto no artigo 48º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro: ------------------------------------------------------- ----- 1. Submeter à Assembleia Municipal a nomeação da Sociedade Oliveira Reis & Associados como Revisora Oficial das Contas Municipais de 2008 e 2009, com base no Relatório Preliminar, uma vez que foi a única proposta aceite no âmbito do procedimento de ajuste directo.” ---------------------------------------------------------------- ----- ( O parecer da Comissão Permanente de Administração, Finanças e Desenvolvimento Económico, relativo a esta proposta, já foi transcrito na proposta 191/2009) ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- O Senhor Vereador Cardoso da Silva, no uso da palavra, disse que gostava de fazer dois comentários relativamente a esta escolha, depois dos esclarecimentos que dera à Comissão de Finanças: ------------------------------------------------------------------- ----- O primeiro era que por razões de discussão com a anterior sociedade que fazia a revisão oficial de contas, tinha-se atrasado bastante. Foram discussões com a KPMG, cujo contrato não estava a ser cumprido pela Câmara na parte de pagar. Tentara-se renegociar o contrato, mas aparentemente, após consulta ao Tribunal de Contas, essa questão não era legal. Portanto, pedia que a Assembleia relevasse o facto de isto só agora cá vir para ser votado. --------------------------------------------------------------------- ----- Por outro lado, tinha havido uma reclamação, mas como poderiam reparar, se fossem ver o currículo da sociedade escolhida, não havia nenhuma razão para não se escolher essa sociedade. O sócio que lhe dava nome tinha sido Presidente da Organização Profissional de Revisores de Contas. Portanto, era uma sociedade credível, que fazia mais barato. Quando convidava alguém e eram respeitados os critérios, não via motivos para não adjudicar. -------------------------------------------------

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----- O Deputado Municipal Saldanha Serra (PSD) disse que, em relação a esta proposta concreta, o PSD não tinha dúvidas de que a Lei fora respeitada. Aquilo que estava em causa era por que razões a Câmara optara por um procedimento de ajuste directo, sabendo que tinha um tecto máximo para o preço base, quando se via que as entidades convidadas, à excepção, porque também não podia ser de outra maneira, da sociedade que vencera, por impossibilidade dos outros concorrentes concorrerem, ou dos outros proponentes proporem, todos eles apresentavam valores perfeitamente astronómicos em relação ao preço base que se podia, nos termos do Código dos Contratos Públicos, ajustar directamente. ----------------------------------------------------- ----- Uma das empresas apresentava um valor de 200.000 euros para um valor máximo de 75.000, outra de 195.960 euros para um tecto máximo 75.000 e outra apresentava 117.800 para um tecto máximo de 75.000 euros. Onde é que estava aqui a imprevidência? Estava nas empresas de auditoria e de revisores oficiais de contas, que, sem qualquer justificação para o trabalho que a Câmara lhes pretendia adjudicar, faziam preços desses montantes? Ou estava na Câmara, que puxara muito para baixo os valores em que estava disposta a adjudicar para uma empresa fazer certificação das suas contas? ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Depois havia esta situação, que em quatro concorrentes apenas um cabia dentro do valor máximo e era esse a quem era feito o ajuste directo. A questão era porque é que a Câmara não recorrera a procedimentos, por exemplo o concurso público, que permitiriam escolher à mesma o melhor preço mas sem estar condicionada a este valor que, das duas uma, ou era exagerado para baixo pela Câmara, ou fora brutalmente exagerado pelas outras três entidades que foram convidadas e apresentaram propostas. ----- Não percebia sequer como é que esta questão não era identificada na própria Comissão de Finanças, porque era uma questão importante para ser percebido todo o contexto do ajuste directo, sendo certo que a forma como a Câmara escolhera o procedimento, do ponto de vista legal nada havia a atacar. --------------------------------- ----- No entanto, havia questões que não estavam evidentes as suas razões e gostaria que a Câmara pudesse, se possível, ser mais explícita na justificação, tanto na escolha do procedimento como na forma como a própria Câmara lera a discrepância brutal de valores apresentados pelas entidades proponentes. ------------------------------------------- ----- O Senhor Vereador Cardoso da Silva esclareceu que lhe tinham feito essa proposta e, apesar de ser um ajuste directo, tinham sido feitas consultas a entidades credíveis. Se havia uma que fazia um preço interessante, não tinha nenhum problema em adjudicá-la. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente, constatando não haver mais intervenções, submeteu à votação a proposta nº 208/2009, tendo a Assembleia deliberado aprová-la, por maioria, com votos a favor do PS e abstenções de PSD, PCP, BE, CDS-PP e PEV. --- ----- PONTO 16 – PROPOSTA Nº 248/2009 – APROVAR A ISENÇÃO DAS TAXAS MUNICIPAIS APLICÁVEIS, NOS TERMOS DA MINUTA DE CONTRATO PROGRAMA COM VISTA AO APOIO À ORGANIZAÇÃO DOS VÁRIOS EVENTOS, CELEBRADO COM O MARATONA CLUBE DE PORTUGAL, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO

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NA ALÍNEA E) DO Nº2 DO ARTº53º DA LEI Nº 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDACÇÃO DADA PELA LEI Nº 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO; ---------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------- PROPOSTA Nº 248/2009 ------------------------------------ ----- “APROVAR A MINUTA DE CONTRATO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DESPORTIVO COM VISTA AO APOIO AOS EVENTOS: ----- «6ª Corrida Aniversário RTP- 8 de Março» ; «EDP Meia Maratona Internacional de Lisboa – 22 de Março»; «EDP Lisboa, a Mulher e a Vida – 17 de Maio» «RTP Meia Maratona de Portugal - 27 de Setembro» ----------------------------------------------- ----- APROVAR SUBMETER À ASSEMBLEIA MUNICIPAL A ISENÇÃO DAS TAXAS MUNICIPAIS APLICÁVEIS, NOS TERMOS DA MINUTA DE CONTRATO-PROGRAMA COM VISTA AO APOIO À ORGANIZAÇÃO DOS VÁRIOS EVENTOS PELO MARATONA CLUBE DE PORTUGAL. ------------------ ----- Pelouro: Vereador Marcos Perestrello; --------------------------------------------------- ----- Serviços: Departamento de Desporto. ---------------------------------------------------- ----- Considerando que: -------------------------------------------------------------------------- ----- A promoção e o apoio ao Desporto se consubstancia na criação de condições para a prática desportiva e é uma das competências e obrigações das autarquias na prossecução de interesses específicos das populações; -------------------------------------- ----- Neste contexto, o Pelouro do Desporto da Câmara Municipal de Lisboa, tem assumido um papel importante na concretização do Projecto Desportivo do Concelho, em articulação com várias entidades quer públicas quer privadas, nomeadamente, Juntas de Freguesia, Escolas, Associações Desportivas, Clubes, Federações, Colectividades, Grupos Informais, etc, com um papel social, cultural e desportivo de inestimável significado; -------------------------------------------------------------------------- ----- No Programa da Câmara Municipal para a área desportiva considera-se como «Um objectivo essencial da política municipal em matéria de desporto e lazer o de aumentar a quantidade e qualidade das práticas lúdicas e desportivas, através do desenvolvimento de programas que tenham em atenção os diferentes públicos alvo e as constantes mudanças na procura»; --------------------------------------------------------- ----- No referido Programa apontam-se, ainda, na área do Turismo como vertentes essenciais, entre outras: «o reforço das micro-centralidades existentes - desenvolvimento da zona de Belém; desenvolvimento, em articulação com o projecto anterior; desenvolvimento do projecto de reabilitação da zona ribeirinha entre Cais do Sodré, Santa Apolónia e Terreiro do Paço; dinamizar o Parque das Nações; reforço da qualidade dos serviços prestados (…)». ------------------------------------------ ----- A concretização do princípio constitucional expresso no artigo 79.º da Constituição da República Portuguesa (CRP), exige a conjugação de esforços, nomeadamente, do governo e das autarquias, dos organismos da administração pública desportiva, das colectividades, das federações, das associações e dos clubes desportivos; ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- O interesse e o investimento na intervenção da Autarquia nas acções de dinamização da actividade física e desportiva e neste caso, também de âmbito

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turístico, se justificam plenamente em função do trabalho desenvolvido pelo clube envolvido; ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- O Maratona Clube de Portugal, sedeado na Av. João de Freitas Branco, n.º 10, Laveiras, 2780-520 Caxias, com estatutos de utilidade pública aprovados em 2 de Fevereiro de 1990 e publicados no Diário da República nº 193, III série, de 22 de Agosto de 1990, tendo como principal objectivo desenvolver a prática desportiva, cultural e recreativa. O Clube engloba no seu âmbito de actuação as diversas vertentes da prática da modalidade, designadamente a promoção e divulgação, a formação desportiva dos praticantes, a dinamização da prática da modalidade e a competição desportiva (média e alta). Os eventos de âmbito desportivo que assumem também importância de âmbito turístico, designados por: «6ª Corrida Aniversário RTP- 8 de Março» ; «EDP Meia Maratona Internacional de Lisboa – 22 de Março»; «EDP Lisboa, a Mulher e a Vida – 17 de Maio» «RTP Meia Maratona de Portugal - 27 de Setembro», todos eles promovidos pelo MCP, assumem considerável destaque mediático, promovendo não só a prática desportiva em geral (e da modalidade do atletismo em particular), como também a cidade de Lisboa do ponto de vista turístico;- ----- A pertinência do envolvimento da CML no esforço de cooperação com as estruturas associativas, visando a consagração de Lisboa como rota de grandes eventos desportivos, no sentido de potenciar o «cluster» económico – desportivo e turístico que tais eventos representam, além de tornar toda a área metropolitana numa plataforma de elevado valor turístico através do segmento do desporto. ------------------ ----- Foram respeitados os princípios de natureza substantiva, quer no clausulado do contrato-programa proposto, quer na apresentação da candidatura pela entidade em referência, constantes do «Regulamento de Atribuição de Apoios pelo Município de Lisboa», publicado no Boletim Municipal nº 771, de 27 de Novembro de 2008, aplicável, unicamente, aos apoios a atribuir em 2010 (nos termos conjugados dos nº 1 e 4 do artigo 7º), devendo ser respeitado o regime transitório estabelecido no artigo 24º; -------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Foram ainda verificados pelos serviços todos os requisitos legais respeitantes à entidade à qual se vão atribuir os apoios, nos termos da lei geral e do Regulamento de Execução do Orçamento em vigor; ------------------------------------------------------------- ----- Não obstante o apoio a atribuir pelo Município não obrigar à celebração de Contrato-Programa de Desenvolvimento Desportivo, nos termos do artigo 46º da Lei nº 5/2007, de 16 de Janeiro (Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto) e do nº 2 do art. 2º do D.L. 432/91 de 6 de Novembro (Regime jurídico dos Contratos Programa de Desenvolvimento Desportivo), o pelouro de desporto tem entendido que o estabelecimento formalizado, contratualmente, dos direitos e deveres de cada uma das partes, responsabiliza e torna claro e expresso as obrigações de cada um dos outorgantes; ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Nos termos da alínea b), do nº 4, do artigo 64º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei nº 5 – A/ 2002, de 11 de Janeiro, compete à Câmara Municipal: «Apoiar ou comparticipar, pelos meios adequados, no apoio a

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actividades de interesse municipal, de natureza social, cultural, desportiva, recreativa ou outra»; ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- De acordo com o artigo 67º da supra citada legislação as referidas competências «podem ser objecto de protocolo de colaboração com instituições públicas, particulares e cooperativas, que desenvolvam a sua actividade na área do município, em termos que protejam cabalmente os direitos e deveres de cada uma das partes e o uso, pela comunidade local dos equipamentos.» --------------------------------------------- ----- Temos a honra de propor que a Câmara Municipal de Lisboa delibere: ------------- ----- 1. Ao abrigo do disposto na alínea b), do n.º 4 do artigo 64.º e artigo 67º, da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, em conjugação com o n.º 3 do artigo 46º da Lei n.º 5/2007, de 16 de Janeiro, autorizar a celebração do Contrato-Programa de Desenvolvimento Desportivo, relativo ao apoio de âmbito não financeiro à organização pelo Maratona Clube de Portugal dos eventos a realizar em 2009 designados por «6ª Corrida Aniversário RTP- 8 de Março» ; «EDP Meia Maratona Internacional de Lisboa – 22 de Março»; «EDP Lisboa, a Mulher e a Vida – 17 de Maio» «RTP Meia Maratona de Portugal - 27 de Setembro», cuja minuta se anexa e se dá por integralmente reproduzida, para os devidos efeitos, ficando a sua eficácia, no que respeita a matérias da Assembleia Municipal dependente da competente aprovação por parte desse órgão; ----- 2. Ao abrigo do disposto na alínea c), do artigo 10.ºe do nº 2 do artigo 12º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, e da alínea b), do n.º 4 e alínea a), do n.º 6 do artigo 64.º, da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, aprovar submeter à deliberação da Assembleia Municipal a isenção das taxas municipais aplicáveis, nos termos da minuta de contrato-programa anexo, com vista ao apoio à organização dos eventos supra referenciados, pelo Maratona Clube de Portugal;” ------------------------------------------------------------------- ----- ( O parecer da Comissão Permanente de Administração, Finanças e Desenvolvimento Económico, relativo a esta proposta, já foi transcrito na proposta 191/2009) ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, no uso da palavra, disse que a proposta era no sentido da Assembleia Municipal isentar de taxas municipais o Maratona Clube, para realizar 4 provas desportivas na Cidade de Lisboa. Eram provas de grande adesão popular e de grande envolvimento do município. Uma dessas provas já decorrera, após a vinda da proposta para a Assembleia Municipal, mas que viera já muito próxima da realização da prova e não fora possível agendar para antes da prova. De qualquer forma, era uma prova que se realizava havia muitos anos na Cidade de Lisboa, de grande interesse popular e de grande interesse para o município. ------------- ----- Parecia-lhe que estavam reunidas as condições para dar isenção de taxas á realização dessas provas. ------------------------------------------------------------------------ ----- A Senhora Presidente, constatando não haver mais intervenções, submeteu à votação a proposta nº 248/2009, tendo a Assembleia deliberado aprová-la, por maioria, com votos a favor de PSD, PS, PCP, BE e PEV e abstenções de CDS-PP. ---

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----- PONTO 18 – PROPOSTA Nº 68/2009 – APROVAR A AUTORIZAÇÃO PARA ABERTURA DO CONCURSO PÚBLICO INTERNACIONAL PARA A CELEBRAÇÃO DE CONTRATO ADMINISTRATIVO E RESPECTIVAS PEÇAS PROCESSUAIS, DE CONCESSÃO DE OBRAS PÚBLICAS RELATIVO AOS COMPLEXOS DESPORTIVOS MUNICIPAIS DOS OLIVAIS, DO CAMPO GRANDE E DO AREEIRO, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA Q) DO Nº2 DO ARTº53º DA LEI Nº 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDACÇÃO DADA PELA LEI Nº 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO; ---------------------------------- ----------------------------------- PROPOSTA Nº 68/2009 ------------------------------------- ----- “CONCURSO PÚBLICO INTERNACIONAL PARA CELEBRAÇÃO DE CONTRATO ADMINISTRATIVO DE CONCESSÃO DE OBRAS PÚBLICAS RELATIVO AOS COMPLEXOS DESPORTIVOS MUNICIPAIS DOS OLIVAIS, DO CAMPO GRANDE E DO AREEIRO” --------------------------------------------------- ----- Pelouro: Vice-Presidente; ------------------------------------------------------------------ ----- Serviços: Departamento de Desporto. ---------------------------------------------------- ----- Considerando: ------------------------------------------------------------------------------- ----- O estado de degradação em que se encontram as instalações desportivas municipais dos Olivais, do Campo Grande e do Areeiro, actualmente encerradas ao público; --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A importância que tais equipamentos detêm, enquanto referências desportiva e histórica da cidade e a necessidade e urgência de os devolver à população, proporcionando-lhe o gozo dos espaços em condições aprazíveis face às exigências da vida moderna, nomeadamente pela aquisição de um estilo de vida activo e saudável; -- ----- Que qualquer intervenção a efectuar para a requalificação destes equipamentos envolveria necessariamente diversos serviços do Município, foi constituído pelo Sr. Vice-Presidente um Grupo de Trabalho com a incumbência de elaborar as peças processuais e concursais para o lançamento de um procedimento que assegurasse a requalificação; ------------------------------------------------------------------------------------- ----- Ainda que os constrangimentos de ordem financeira que o Município atravessa não permitem o investimento de recursos próprios em projectos da dimensão dos que se afiguravam necessários, o Grupo de Trabalho foi também incumbido de procurar uma solução que permitisse minimizar o investimento financeiro do Município; ------- ----- O Grupo de Trabalho constituído por representantes da DPU, DPE, DPI, RSB, DMAU, DMPO, DSRT, DPI e DD apresentou como proposta de solução, uma concessão de obras públicas a contratar através de Concurso Público Internacional; --- ----- Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal de Lisboa delibere: ------------- ----- 1. Aprovar, ao abrigo do disposto na alínea q) do n.º 1 do artigo 64º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, em conjugação com os artigos 36.º e 38.º e com o n.º 2 do artigo 40º do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro, as peças processuais em anexo que constituirão o Concurso Público Internacional para celebração de Contrato Administrativo de Concessão de Obras

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Públicas relativo aos Complexos Desportivos Municipais dos Olivais, do Campo Grande e do Areeiro, autorizando que, aquando da conclusão dos levantamentos topográficos e arquitectónicos e dos estudos geotécnicos que se encontram a ser elaborados pela DMPO, os mesmos sejam juntos aos Anexos ao Caderno de Encargos, no ponto a tal já destinado, bem como que os respectivos valores sejam copiados para os locais próprios das cláusulas técnicas especificas do Caderno de Encargo; -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2. Designar, para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 67.º do Decreto-Lei 18/2008, de 29 de Janeiro, o júri para o concurso em causa, referido e com a composição constante na informação 161/DD/GD/09, que se anexa e faz parte integrante da presente proposta; ---------------------------------------------------------------- ----- 3. Submeter, em conformidade com o estatuído na alínea a) do n.º 6 do artigo 64º, conjugado com a alínea q) do n.º 2 do art. 53º da referida Lei n.º 169/99, à autorização da Assembleia Municipal a abertura do procedimento – Concurso Público Internacional para celebração de Contrato Administrativo de Concessão de Obras Públicas relativo aos Complexos Desportivos Municipais dos Olivais, do Campo Grande e do Areeiro.” ---------------------------------------------------------------------------- ----- ( O parecer da Comissão Permanente de Administração, Finanças e Desenvolvimento Económico, relativo a esta proposta, já foi transcrito na proposta 191/2009) ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- COMISSÃO PERMANENTE DE EDUCAÇÃO, JUVENTUDE E DESPORTO-- ---------------- PARECER SOBRE A PROPOSTA Nº 68/2009 ----------------------------- ----- “Autorização para a abertura do Concurso Público Internacional para a celebração de contrato administrativo e respectivas peças processuais, de concessão de obras públicas relativo aos Complexos Desportivos Municipais dos Olivais, do Campo Grande e do Areeiro --------------------------------------------------------------------- ----- A Comissão Permanente de Educação, Juventude e Desporto da Assembleia Municipal de Lisboa reuniu no passado dia 23 de Março para elaborar o seu parecer sobre a proposta nº 68/2009. Previamente a comissão reuniu com o senhor vereador Marcos Perestrello para apresentação da proposta. ------------------------------------------- ----- No seguimento dessa análise na Comissão manifestaram-se naturais opiniões divergentes quanto ao modelo de gestão proposto sendo o presente parecer fruto de uma convergência nos seguintes pontos: ------------------------------------------------------ ----- 1. - Considera a Comissão ser indispensável que se faça a requalificação dos Complexos Desportivos dos Olivais, do Campo Grande e do Areeiro, colocando-os, de novo, ao serviço da população; -------------------------------------------------------------- ----- 2. - A Comissão regista que as horas previstas para utilização por parte do Município (2h30 nos dias úteis) podem ser manifestamente insuficientes para as necessidades presentes e futuras das populações abrangidas por estes equipamentos; -- ----- 3. – A Comissão chama ainda a atenção para o facto de as tabelas de taxas indexadas às do Município se aplicarem apenas a parte dos serviços a prestar nos equipamentos em causa. -------------------------------------------------------------------------

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----- Pelo exposto a Comissão decide que a proposta está em condições de ser apreciado pelo Plenário da Assembleia.” ------------------------------------------------------ ----- COMISSÃO PERMANENTE DE URBANISMO E MOBILIDADE --------------- ------------------------------------------ Relatório ------------------------------------------------- ----- “Concurso público internacional para a celebração de contrato administrativo de concessão de obras públicas relativo aos complexos desportivos municipais dos Olivais, do Campo Grande e do Areeiro. ------------------------------------------------------ ----- Na sequência da solicitação da Mesa da Assembleia Municipal de Lisboa a Comissão Permanente de Urbanismo e Mobilidade solicitou a comparência no dia 13 de3 Março de 2009 pelas 18 horas do Sr . Vice-Presidente da CML Dr. Marcos Perestrello com competências delegadas na área do desporto que se fez acompanhar de responsáveis do Departamento do desporto e do assessor para o Desporto Dr. Manuel Brito, aos quais agradece a pronta resposta em prestarem à CPUM os esclarecimentos sobre este concurso internacional. ------------------------------------------ ----- O Dr. Manuel Brito fez uma exaustiva explanação sobre o estado de degradação e abandono em que se encontram o Complexo Desportivo dos Olivais e do Campo Grande e a Piscina do Areeiro desde há pelo menos 3 anos e referiu a dificuldade de o Município dispor dos meios financeiros necessários à sua recuperação, que calculou em cerca de 40 milhões de euros. Acresce que a cidade de Lisboa tem forte necessidade de equipamentos desportivos pois segundo o levantamento que o Departamento do Desporto tem relativamente à área desportiva do Concelho de Lisboa a superfície existente está longe de satisfazer as regras que internacionalmente são recomendadas (4m2 por habitante). ------------------------------------------------------- ----- Este concurso tem como objectivo a reabilitação daqueles equipamentos e deverá associar a concepção, construção e exploração dos mesmos. Foi adoptado o critério de proceder ao lançamento simultâneo e conjunto dos três equipamentos desportivos por os mesmos poderem vir a ser complementares ao serem explorados em rede e o grau de atractividade para a sua exploração privada ser manifestamente diferente entre eles. ----- Foi dada a garantia que todos os complexos manteriam a vocação que tiveram enquanto foram operacionais e que essas actividades seriam sempre postas à utilização pública com as taxas aprovadas pela Assembleia Municipal para todos os equipamentos explorados directamente pelo Município. Além destas vocações os futuros concessionários poderão introduzir outras que entre as actividades ligadas à prática desportiva, bem-estar e lazer possam completar uma oferta mais vasta em termos públicos e naturalmente mais rentável comercialmente para os seus concessionários. Foi igualmente referido que o contrato de concessão da exploração dos referidos equipamentos vigoraria por 40 anos. ------------------------------------------- ----- Foi garantido à CPUM que todas as piscinas ou planos de água dentro destes complexos teriam que obrigatoriamente ser cedidos ao município diariamente no período das 09:00 às 11:30 para sua utilização exclusiva sem qualquer espécie de encargo ou condicionantes para além das directamente ligadas à segurança de pessoas equipamentos e bens. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Todos estes complexos terão que ter apoios de estacionamento. ---------------------

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----- As condições impostas nos cadernos de encargos e restantes obrigações do concurso são exaustivas e numa primeira análise cobrirão todos as necessidades e dão suficientes garantias, apenas chamamos a atenção do Executivo que num concurso concepção construção depois de aprovado pela autarquia todas as alterações introduzidas pelo município serão da sua responsabilidade configurando a figura de obras a mais, podendo em caso extremo produzir elevados custos a serem suportados pela Câmara. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- Atendendo ao estado de degradação dos equipamentos e à situação financeira do Município a CPUM considera esta uma forma de solucionar o problema que obrigatoriamente deverá ser conduzido com as máximas cautelas para não vir a ter efeitos perversos para a Autarquia. ------------------------------------------------------------- ----- A proposta nº 68/2009 está portanto em condições de ser discutida e votada, não tendo os partidos políticos representados na CPUM avançado as suas posições quanto ao seu sentido de voto.” -------------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara disse que esta proposta, do seu ponto de vista, assumia uma grande importância para a cidade. --------------------------------------- ----- Os equipamentos municipais de que se estava aqui a falar, as piscinas do campo Grande, do Areeiro e dos Olivais faziam parte do património arquitectónico, histórico e, para usar uma expressão que usara na comissão, até sentimental da Cidade de Lisboa. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Eram equipamentos que durante muitos anos serviram a cidade, serviram os habitantes de Lisboa e serviram mesmo os habitantes dos concelhos limítrofes de Lisboa, que se deslocavam à Cidade de Lisboa sobretudo durante o Verão para utilizar esses equipamentos. ------------------------------------------------------------------------------ ----- Eram equipamentos com cerca de 40 anos e que não resistiram ao tempo. Se calhar não mereceram a atenção que deviam ter merecido por parte do município e atingiram níveis de degradação muito avançados, que levaram ao seu encerramento. -- ----- Tinham-se procurado diversas soluções, ao longo dos anos, para a manutenção desses equipamentos em funcionamento e nenhuma delas se revelara bem sucedida, não sendo possível ter até hoje esses três equipamentos a funcionar novamente ao serviço da população. ---------------------------------------------------------------------------- ----- A realidade com que estavam hoje confrontados era com três equipamentos importantíssimos encerrados, numa cidade que tinha falta de equipamentos desse género, sem que as populações pudessem deles usufruir. ----------------------------------- ----- Tinha-se desenvolvido entre os serviços da Câmara um trabalho profundo, entre diversos serviços municipais, com a dinamização natural do Departamento de Desporto, para se procurar uma solução que permitisse repor esses equipamentos em funcionamento, dentro das condicionantes arquitectónicas que tinham e dentro das condicionantes económicas em que a cidade se encontrava. -------------------------------- ----- Nesse sentido, procurara-se uma solução, que hoje aqui era apresentada, de abertura de um concurso para escolha de um parceiro que permitisse desenvolver uma parceria, em que alguém investisse nesses equipamentos e os pusesse a funcionar, de acordo com o programa funcional mínimo definido pelo município, fiscalizado pelo

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município e que garantisse o cumprimento das obrigações que o município tinha para com a população de Lisboa. Nesse sentido, o que se encontrara fora uma solução que aqui era apresentada, lançar um concurso público de concessão desses equipamentos, garantindo que os mesmos eram repostos ao serviço da população. ----------------------- ----- Definira-se um conjunto de actividades que tinham que ser prestadas à população e os preços a que essas actividades tinham que ser fornecidas, de acordo com as taxas municipais. Tinha-se garantido que, sem onerar o orçamento municipal, devolviam-se esses equipamentos de acordo com as funções e valências adaptadas às exigências legais e garantira-se não só a utilização dos equipamentos de acordo com as tabelas municipais, como se procurara garantir uma utilização diária gratuita ao serviço do município, para que o município pudesse, nas duas horas e meia que definira para esse fim, utilizá-las para os programas que desenvolvia. ------------------------------------------ ----- Actualmente a Câmara desenvolvia um programa de natação para as crianças do ensino básico e, se esse programa continuasse a desenvolver-se, seria utilizado nessas horas gratuitas. Poderia desenvolver-se outro tipo de programas em articulação, designadamente, com as juntas de freguesia das áreas abrangidas para determinados serviços específicos serem prestados a determinados sectores da população nas condições que o município entendesse. -------------------------------------------------------- ----- Podiam-se utilizar essas horas para fazer competição, podiam-se utilizar para fazer demonstrações, para fazer jogos. Tinha que ser ao serviço da população e de acordo com aquilo que o município entendesse lá fazer. Não deviam ser utilizados para competir com as outras horas de utilização normal dos equipamentos, mas devia-se utilizar para os programas específicos que se quisessem desenvolver. ----------------- ----- A preocupação na manutenção das taxas municipais era também a de que os serviços mínimos que deviam ser assegurados por esses equipamentos e que correspondiam, no fundo, aos serviços que esses equipamentos ofereciam previamente e que estavam definidos no caderno de encargos, tinham que ser oferecidos à população de acordo com as tabelas fixadas aqui na Assembleia Municipal. ------------ ----- A disponibilidade que se dava aos investidores, a margem que o investidor tinha para rentabilizar o seu investimento e de alguma forma tornar atractivo este concurso, era nos serviços que oferecia para além do programa funcional mínimo que estava definido no caderno de encargos e que devia ser fiscalizado pela comissão técnica de acompanhamento que, nos termos do caderno de encargos, era nomeada. ---------------- ----- Era o objectivo deste concurso, repor os equipamentos em funcionamento, tê-los a funcionar ao serviço das populações, no cumprimento das obrigações sociais do município, mas era muito importante manter um património de grande importância para a cidade em diversos pontos de vista. Por isso tinha havido a preocupação na nomeação do júri presidido pelo Arqtº. Pedro Brandão e considerara-se como factor determinante, como factor de maior ponderação na avaliação das propostas, a qualidade arquitectónica dos projectos apresentados. ---------------------------------------- ----- O Deputado Municipal Victor Gonçalves (PSD), Presidente da Comissão Permanente de Urbanismo e Mobilidade, no uso da palavra, apresentou e leu o parecer da respectiva comissão. --------------------------------------------------------------------------

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----- O Deputado Municipal Paulo Quaresma (PCP), Presidente da Junta de Freguesia de Carnide, no uso da palavra na qualidade de Presidente da Comissão Permanente de Educação, Juventude e Desporto, apresentou e leu o parecer da respectiva comissão. ------------------------------------------------------------------------------ ----- A Deputada Municipal Cecília Sales (PCP), no uso da palavra, disse que ia falar concretamente no Complexo Desportivo dos Olivais. --------------------------------- ----- As preocupações da população dos Olivais pareciam confirmar-se neste processo de abertura do concurso público internacional para as obras de requalificação das piscinas dos Olivais. ------------------------------------------------------------------------------ ----- O PCP manifestara em tempo a sua posição relativamente à forma como a requalificação do Complexo Desportivo dos Olivais, as piscinas, como era vulgarmente chamado, iria ser feita, através de concurso público de concessão a privados da sua gestão e exploração por um período de 40 anos, equivalentes a 10 mandatos autárquicos, sendo que esse concurso ia cair provavelmente no fim deste mandato e também iria permitir que aquele equipamento, ao deixar de ser totalmente público, ficasse condicionado no serviço a prestar à população. --------------------------- ----- Desde 2006, data do encerramento das piscinas, o PCP vinha a denunciar não só o encerramento sem justificação, como igualmente o total abandono, degradação e vandalização do espaço, exigindo-se a reabilitação urgente do complexo afim de o devolver à população e, como era óbvio, que as taxas municipais de acesso não sofressem aumentos, tendo em conta que a maioria dos utilizadores eram idosos reformados e de poucos recursos. --------------------------------------------------------------- ----- Era bem-vinda a desejável requalificação do complexo, para que rapidamente estivesse disponível para os moradores da freguesia. A piscina do Oriente, que era a alternativa existente na freguesia, encontrava-se completamente lotada. ----------------- ----- Entretanto, deixava aqui alguns comentários relativamente ao modo como a Câmara Municipal anunciara o lançamento do concurso público. ------------------------- ----- No dia 4 de Fevereiro, em sessão pública descentralizada, realizada nos Olivais, o Senhor Vereador Marcos Perestrello apressara-se a anunciar o lançamento do concurso sem a prévia aprovação da Assembleia Municipal e com falta de peças importantes no caderno de encargos, os levantamentos topográficos, os levantamentos arquitectónicos, os estudos geotécnicos, o estudo económico-financeiro que sustentava a opção tomada de concurso para três piscinas, Olivais, Campo Grande e Areeiro. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Além disso, a forma incorrecta e deturpadora como o Senhor Vereador enunciara as razões que levaram ao encerramento das piscinas, responsabilizando os Vereadores do PCP de então, revelava que valia tudo quando se pretendia transformar as reuniões públicas com as populações num mero exercício de propaganda eleitoral. --------------- ----- Em relação às taxas, tarifas, na referida sessão pública, o Senhor Vereador informara que não sofreriam alteração, que iriam ficar iguais. Esta afirmação aparentava-se algo contraditória, porque no caderno de encargos, na página 78, apontava-se claramente para taxas calculadas com valores de investimento e exploração, valores que iriam ser obviamente superiores aos actuais. Ou seria que as

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taxas também estavam a concurso? Sabia-se que, inclusivamente, as taxas actuais estavam a ser revistas e que nova tabela iria sair brevemente. ------------------------------ ----- Por outro lado, de acordo com o programa e caderno de encargos, a tabela de taxas a aplicar seria aquela que o concorrente apresentasse e não a que vigoraria nos restantes equipamentos municipais da cidade. Em que é que se ficava? Qual a verdade das afirmações do Senhor Vereador Marcos Perestrello prestadas à população dos Olivais? Se assim não fosse, gostaria que esclarecesse. ------------------------------------- ----- Para concluir, o PCP não podia concordar e deixar de denunciar que este concurso, além de ter sido apresentado de forma incompleta, com falta de peças importantes, não passasse de mais uma privatização de um equipamento público por um prazo de 40 anos, com regras impostas pelo concessionário, principalmente na questão do custo das taxas e nos tempos de utilização das piscinas. A maior parte do tempo seria da responsabilidade do concessionário aos custos que ele muito bem entendesse. O restante tempo de utilização era manifestamente insuficiente, duas horas e meia por dia, para as actividades obrigatórias constantes no caderno de encargos. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A população dos Olivais, que vinha lutando até hoje pela conservação desse património municipal, de reconhecido valor arquitectónico para a cidade, iria certamente continuar a lutar por um serviço público de qualidade que dignificasse a Freguesia de Santa Maria dos Olivais e que assegurasse o acesso de todos os moradores a um bem público. ------------------------------------------------------------------- ----- Por tudo isso, a bancada municipal do PCP iria votar contra esse modelo de gestão aqui apresentado. ------------------------------------------------------------------------- ----- O Deputado Municipal Victor Gonçalves (PSD) disse que, como era do conhecimento geral, esta proposta em Câmara tivera o voto negativo do PSD. Os Vereadores do PSD tinham votado contra, na base de três razões fundamentais: a falta de estudos geotécnicos; a falta de uma definição clara de horários de utilização pública a custo zero pela Câmara; porque entenderam que seria mais útil dividir em três concursos e não apenas um. ---------------------------------------------------------------- ----- A proposta que fora remetida, de uma forma geral, esclarecera estes aspectos. Em relação aos estudos geotécnicos, estavam previstos; em relação à utilização pela Câmara, estava definida das 9 às 11.30 a custo zero, sem qualquer interferência e com plena liberdade da Câmara utilizar como quisesse; em relação às três propostas individualizadas, considerando bem as situações, fazia sentido que a proposta fosse comum, na medida em que este pacote servia muito mais os interesses de qualquer entidade privada que pudesse concorrer à sua possível utilização, do que sendo separadas, já que havia casos em que a rentabilidade seria muito difícil, nomeadamente a piscina do Campo Grande e mesmo a do Areeiro, que era também um caso complicado para se verificar uma rentabilidade assegurada. As propostas não tinham o mesmo grau de atractividade, aliás, como a comissão tinha referido e, portanto, parecia fazer sentido este processo. ------------------------------------------------- ----- No entanto, havia ainda a considerar que era tradição na gestão socialista desprezar os equipamentos desportivos, a construção de equipamentos desportivos.

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Nos 12 anos da maioria PS com o PCP, praticamente nada se tinha construído em termos de edificado relacionado com o desporto nesta cidade. Uma das coisas que se tinha feito e que se verificara que rapidamente se degradara era a piscina de 25 metros do Complexo Desportivo dos Olivais, pouco mais se tinha feito, enquanto que nos mandatos da responsabilidade do PSD e do CDS-PP, essas obras tinham sido enormes. Aquilo que se tinha feito nesta cidade em termos de equipamentos desportivos devia-se basicamente ao impulso dado pelos executivos da responsabilidade do PSD e do CDS-PP. ------------------------------------------------------- ----- Em relação a esta proposta concreta, estava-se perante um júri de alta qualidade, que oferecia algumas garantias, não só porque tinha pessoas na área da arquitectura com bastante currículo, como também tinha o máximo representante da Federação Portuguesa de Natação, que naturalmente iria defender os interesses daquilo que era a prática da modalidade. --------------------------------------------------------------------------- ----- Tinham-lhe garantido que os dois planos de água dos Olivais seriam considerados como de usufruto comum. Aliás, como as outras piscinas. Ou seja, a sua utilização obedeceria a taxas iguais àquelas que a Câmara produzia para as mesmas questões e que a Assembleia Municipal aprovava. Isso dava garantias de que nos Olivais a população podia continuar a usufruir não só de um plano de água mas de dois planos de água, naturalmente que com as melhorias que fossem introduzidas por aqueles que iam concorrer e ganhar esse concurso internacional. -------------------------- ----- Parecia-lhe que as questões estavam bem resolvidas, mas havia que acautelar várias coisas e, como fora aqui dito pelo PCP, era um contrato de 40 anos, que eram 10 mandatos e em 40 anos acontecia muita coisa. Era preciso que aquilo que eram as obrigações dos concessionários fossem muito claras para que pudessem perdurar os vários anos, para que não fossem rompidas por uma qualquer exigência, ou qualquer pseudo-acontecimento ou fatalidade que pudesse acontecer e viesse a prejudicar substancialmente as populações. Isso tinha que ser muito garantido. ---------------------- ----- Assim como aquilo que se dissera no relatório da Comissão de Urbanismo e Mobilidade, também era preciso ter bem claro que era um contrato de concepção/construção, que a Câmara iria aprovar os projectos, quando se introduziam alterações aos projectos, esses projectos podiam onerar a Câmara e era preciso acompanhar muito bem esses contratos e a sua realização, de forma a que não viessem a ter custos suplementares para a Câmara por força de uma necessidade que a própria Câmara ia exigir no cumprimento daquilo que julgava ser o interesse público. ---------- ----- Havia que acompanhar do princípio a execução dos projectos, de forma a que eles não pudessem fugir radicalmente daquilo que era o interesse da Câmara e não obrigassem a Câmara depois a introduzir alterações pelas quais teria que ser responsável. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Em função disso, o PSD iria viabilizar a proposta, considerando que nas circunstâncias actuais, perante as dificuldades actuais, perante a incapacidade que a Câmara tinha em realizar obra por ela própria, não havia outra alternativa para colocar ao serviço público equipamentos tão importantes como os que agora estavam em questão. ---------------------------------------------------------------------------------------------

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----- O Deputado Municipal Rosa do Egipto (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais, no uso da palavra, disse que em primeiro lugar queria manifestar, em nome do PS, a congratulação por finalmente a Câmara Municipal de Lisboa, esta Câmara, ter lançado o concurso para a requalificação das piscinas dos Olivais, Areeiro e Campo Grande. ------------------------------------------------------------- ----- Em segundo lugar, enquanto Presidente da Junta de Freguesia dos Olivais, a sua natural satisfação de ver esta proposta enquadrada na requalificação da piscina dos Olivais. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Acabava-se aqui um mito que tinha sido posto em circulação durante algum tempo na Freguesia dos Olivais, que era a desarticulação daquele equipamento desportivo para um condomínio fechado. Pelo menos acabava-se esse mito, que não tinha razão nenhuma de ser. Nunca tinha acreditado que fosse possível esse complexo, com história na cidade, passar a um condomínio fechado. ---------------------------------- ----- Acabava-se também aqui uma questão que vinha sendo posta, tanto pela Senhora Deputada Municipal Cecília Sales, como pelo Senhor Deputado Municipal Victor Gonçalves, da questão dos 40 anos. Era verdade que os 40 anos eram 10 mandatos, se a Lei Eleitoral entretanto não fosse alterada, mas se em 40 anos não se fizesse nada ia-se visitar a piscina dos Olivais como as ruínas, talvez como a memória da piscina dos Olivais, do Areeiro e do Campo Grande. Fazer-se por 40 anos era muito tempo, eram muitos mandatos, mas todos omitiam as dificuldades financeiras que este município encontrara e com que se deparava, sendo que esta proposta não tinha nenhuma oneração no Orçamento Municipal. ------------------------------------------------------------ ----- Também fora aqui referido quanto à piscina dos Olivais que esta Câmara, ou o PS enquanto executivo, não tinha capacidade para lançar obra. A realidade era que a piscina dos Olivais sofrera durante muitos anos por falta de manutenção e sobre esse aspecto não havia ninguém nesta sala, em termos de partidos políticos, que não tivesse telhados de vidro. Uns mais, outros menos, mas todos tinham telhados de vidro e era por isso que a situação da piscina dos Olivais tinha chegado ao ponto a que chegara. -- ----- Esta proposta que estava em discussão ia permitir também, ao contrário do que muita gente afirmava, devolver à população de Lisboa instalações desportivas, pelo menos as dos Olivais, havia mais de três anos. Vinha reabilitar essas instalações desportivas para funções e valências às necessidades actuais dos jovens e dos menos jovens. Vinha também por outra questão muito badalada a propósito do público e do privado, que tinha a ver com a isenção das taxas municipais, ou aplicação das taxas municipais que estivessem em vigor e seria esta Assembleia Municipal sempre, em última instância a decidir quais eram as taxas municipais. ---------------------------------- ----- Vinha, acima de tudo, no caderno de encargos, a obrigatoriedade do município definir perante o concessionário as actividades desportivas definidas pelo município, assim como exigir do concessionário a utilização gratuita pelas populações de duas horas e meia por dia. Poderia achar-se que eram poucas ou muitas, dependia da actividade que fosse desenvolvida nesses complexos desportivos. ------------------------ ----- Por último, dizer que era com satisfação, enquanto Presidente da Junta dos Olivais, porque ao fim destes meses e de alguns boatos tinha-se sossegado a

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população dos Olivais e finalmente o complexo dos Olivais era uma realidade, se entretanto a proposta fosse aprovada, como esperava que fosse. Era um concurso que ia ser lançado para que depois, decorridas as peças concursais, o complexo municipal dos Olivais viesse de alguma forma garantir à população dos Olivais mais um equipamento desportivo, para além daqueles que existiam, e dar nova vida àquela zona da freguesia e também dar uma nova utilização à população dos Olivais. ---------- ----- O Deputado Municipal João Bau (BE), no uso da palavra, disse que a análise desta proposta levava a formular uma primeira questão: como é que era possível que uma piscina municipal, a dos Olivais, tivesse sido construída e passados 5 ou 6 anos, eram as palavras do Senhor Presidente em reunião de Câmara, era encerrada porque se considerava que não estavam reunidas as condições para que funcionasse? -------------- ----- As fotos que foram apresentadas em reunião com as comissões nesta Assembleia faziam parecer crer que poderia ter havido erros de projecto ou de construção, pelo menos no respeitante à estrutura de betão armado das piscinas. Teria sido assim? ------ ----- Se tinha sido assim, que diligências foram feitas para chamar à responsabilidade projectistas ou empreiteiros e fiscalização das obras? Nenhumas? Mas porquê? -------- ----- Passando à questão da solução encontrada pelo Executivo para fazer com que os complexos desportivos municipais voltassem a estar à disposição dos lisboetas. Era proposto um modelo de parceria público-privada de concepção, construção e exploração de três complexos desportivos, Olivais, Campo Grande e Areeiro, modelo considerado como único viável. ---------------------------------------------------------------- ----- No caderno de encargos do concurso eram impostas restrições para salvaguardar património municipal relativamente a duas das instalações, Campo Grande e Olivais, restrições essas que não eram feitas relativamente à instalação do Areeiro. Era a única, aliás, que estava classificada, mas estavam previstas demolições mais ou menos extensas em todos os complexos desportivos. ------------------------------------------------ ----- A solução proposta pelo Executivo pressupunha pois que em cada um dos complexos municipais coexistissem no futuro actividades consideradas como obrigatórias no domínio da natação, com outras actividades consideradas como facultativas. As primeiras teriam preços idênticos aos praticados nas piscinas geridas directamente pelo município, ou seja, tinham tarifas fixadas administrativamente. As segundas teriam tarifas propostas pelo concessionário de forma a viabilizar financeiramente a concessão. -------------------------------------------------------------------- ----- A concepção e consequentemente o projecto e construção dos complexos desportivos municipais seria feita, como era óbvio, com o objectivo de permitir a viabilização económico-financeira da concessão privada, que não coincidiria certamente com a que seria adoptada no caso dos complexos serem geridos pelo município, ou seja, não teria como objectivo central o interesse público de servir os cidadãos de Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------- ----- Se a proposta fosse aprovada por esta Assembleia Municipal, os complexos desportivos municipais passariam a ter dois tipos de utentes: ------------------------------

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----- Primeiro, os cidadãos de Lisboa que pretendessem ter acesso aos serviços mínimos obrigatórios definidos pelo município pagariam as tarifas definidas administrativamente pelos órgãos próprios do município. ---------------------------------- ----- Segundo, os clientes das actividades de valor acrescentado, que seriam os que viabilizavam financeiramente a actividade do concessionário privado. ------------------- ----- Não seria difícil de prever que os dois tipos de utentes teriam, naturalmente, um tratamento diferenciado em complexos desportivos que eram municipais. Com a adopção deste modelo o município faria ainda o milagre de transformar o que considerava um centro de custos, porque as três piscinas municipais exigiam neste momento um investimento significativo, transformar esse centro de custos num centro de proveitos. Era o pagamento de contrapartidas pelos concessionários, contrapartidas essas que em última análise seriam pagas pelos utentes. ------------------------------------ ----- Este modelo de exploração era definido como o único pelo Executivo. O pensamento único tinha soluções únicas, porque o município não teria neste momento capacidade financeira para fazer os investimentos necessários para pôr os complexos desportivos em funcionamento. Mas seria que isso justificava que durante 40 anos, 10 mandatos municipais, como tinha sido aqui dito, se entregasse a gestão dessas instalações à iniciativa privada? Admitia-se que o Município de Lisboa passasse a ser definitivamente incapaz de assegurar o funcionamento das suas instalações desportivas? Quando por todo o País tantos municípios geriam com sucesso as suas piscinas, mesmo em pequenas vilas do interior do País. ------------------------------------- ----- Seria que o município se considerava definitivamente incapaz de fazer o que anteriormente fora possível e até freguesias de Lisboa faziam actualmente com sucesso reconhecido do ponto de vista económico-financeiro? ---------------------------- ----- Evidentemente que o BE era a favor da reabilitação das piscinas, dos complexos desportivos, e era a favor de que fossem colocadas ao serviço das populações, mas entendia que os serviços públicos não podiam ser olhados como áreas de negócio para o capital e a sua gestão não podia ter como orientação central a viabilização dos investimentos feitos pelo capital. A falência da política neo-liberal era hoje inegável. - ----- O direito à cultura física e desporto era um dos direitos inscritos na Constituição da República, artigo 79, e as instalações públicas, nomeadamente as municipais, deviam assegurar a efectividade da garantia de tais direitos, ou seja, as pessoas e os seus direitos tinham que estar no cerne das políticas definidas para os serviços públicos. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Dizia um conhecido político socialista português, num livro publicado este mês, que “o socialismo democrático foi de algum modo colonizado pelo neo-liberalismo, que está hoje sem rumo nem lideranças”. Seria porventura esta a explicação para que esta proposta tivesse chegado a esta Assembleia? -------------------------------------------- ----- Esta proposta era, infelizmente, reveladora da forma como o PS enfrentava a seríssima crise que se atravessava. Não se podia responder à crise com a aplicação de receitas idênticas às aplicadas anteriormente. Não se podiam resolver os problemas continuando a alimentar um sistema que falira. ----------------------------------------------

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----- Não se podia, evidentemente, contar com o BE para viabilizar propostas de cariz neo-liberal, de estabelecimento de parcerias público-privadas para gestão de serviços públicos. O BE deixava essa aprovação para o PS, para o PSD e para o CDS. ----------- ----- Um partido como o BE, que se assumia como uma formação socialista e popular, só podia votar contra a proposta que tinha sido apresentada. ------------------------------- ----- O Deputado Municipal Valdemar Salgado (PSD), Presidente da Junta de Freguesia do Campo Grande, disse que como Presidente da Junta de Freguesia do Campo Grande se congratulava com o projecto de requalificação do complexo da piscina do Campo Grande, que estava há demasiado tempo fechada. --------------------- ----- Alertava, no entanto, para o facto do projecto mencionar o equipamento como sendo de ar livre, presumindo-se logo daí que a sua utilização no Inverno não seria efectuada. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Alertava também a Câmara Municipal de Lisboa para o facto de ser acautelada a utilização pela população da freguesia em horários compatíveis, bem como a utilização pela junta de freguesia quando solicitado para os seus eventos. --------------- ----- O Deputado Municipal Paulo Quaresma (PCP), Presidente da Junta de Freguesia de Carnide, disse que não era para intervir, mas depois da intervenção do Deputado Municipal Victor Gonçalves era mais um pedido de esclarecimento do que uma intervenção. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- Voltava-se mais uma vez, o que já era hábito, ao discurso da herança, o que se fizera ou não, mas já chegava. Se queriam colocar responsabilidades no PCP, já ia quase uma década em que deixara de ter responsabilidades, já muito se passara e já muitos presidentes e vereadores por aqui passaram e se calhar muitas das coisas que hoje se estavam aqui a discutir, nomeadamente estes três complexos, devia-se a nada ter sido feito nos últimos 8 anos. ---------------------------------------------------------------- ----- O PCP não tinha qualquer problema dessa herança, porque só não via quem não queria. O Casal Vistoso, Boavista, Jogos de Lisboa e todas aquelas pequenas mas importantes obras que foram feitas em muitos bairros da Cidade de Lisboa, com protocolos com as juntas de freguesia de construção de muitos polidesportivos na cidade. Hoje, infelizmente, isso não acontecia. ----------------------------------------------- ----- Outra coisa tinha a ver com uma contradição que o Senhor Vereador dissera na comissão e que convinha esclarecer. O Deputado Municipal Victor Gonçalves dizia que o PSD tinha feito muita obra, o que o Senhor Vereador vinha dizer era que só se ia para este modelo e para esta solução porque o conjunto de obras que foram feitas sem planeamento, nomeadamente as piscinas, tinham colocado em causa a manutenção dos equipamentos futuros e por isso era impossível que a Câmara Municipal de Lisboa conseguisse assegurar a gestão desses três equipamentos. Portanto, se tinham feito demais sem planeamento, era por isso que agora estavam com esta proposta, porque alguma coisa fora mal feita. ------------------------------------- ----- Uma última questão que queria colocar e que se calhar era mais uma interpelação à Mesa. O Deputado Municipal Victor Gonçalves tinha dito que o PSD votara contra porque a proposta não dizia as duas horas e meia, mas a proposta que estava aqui para votar falava nas duas horas e meia. Em que é que se ficava? Tinha havido alteração da

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proposta? A proposta que estava aqui não era a mesma que fora votada em Câmara? Era grave estar-se a votar aqui uma coisa que não fora votada em Câmara e queria esse esclarecimento. ------------------------------------------------------------------------------ ----- O Deputado Municipal Pessanha da Silva (PSD), Presidente da Junta de Freguesia de São João de Deus, no uso da palavra, disse que, de facto, as piscinas de Olivais, Campo Grande e Areeiro tiveram vários problemas ao longo dos anos e por isso o encerramento, o que fora prejudicial para a população de Lisboa e, nomeadamente, para a população dessas áreas da cidade. ----------------------------------- ----- No caso específico do Areeiro, a piscina municipal fora encerrada devido aos problemas que eram conhecidos de todos, de qualquer modo, com o surgimento desta proposta para ser aprovada, no sentido da construção de complexos municipais desportivos, nomeadamente no Areeiro, só apelava na pessoa do Senhor Vice-Presidente da Câmara para que de facto este processo fosse bastante célere depois de aprovado, no sentido de que a população de Lisboa, especificamente a população da Freguesia de São João de Deus e limítrofes, não saíssem mais prejudicados do que tinham sido actualmente, pela falta de um complexo como o que existia. ---------------- ----- O Deputado Municipal Victor Gonçalves (PSD) disse que o Deputado Municipal Paulo Quaresma tinha colocado algumas interrogações e uma delas tinha que ver com o passado distante, segundo ele, mas se aqui alguém tentava lembrar o passado em permanência era o PCP e o PS. --------------------------------------------------- ----- Não se tinha referido exclusivamente ao PCP. As responsabilidades dos 12 anos de coligação eram repartidas pelo PS e pelo PCP. Se o PCP tinha sentido as dores, paciência. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Em relação às questões levantadas em sessão de Câmara, tinha o voto de vencido feito pelos Vereadores do PSD e em relação às questões que levantaram não havia respostas. Analisara a proposta que tinha chegado à mão e para todas as questões havia uma resposta e uma justificação. Se alteraram ou não, isso já não sabia. ---------- ----- Relativamente às obras feitas pelo Dr. Santana Lopes e no tempo do Engº. Abecasis, tendo havido depois aquele hiato com apenas pequenas obras, bem, pequenas obras nas colectividades, nos arranjos das sedes, nos polidesportivos, sempre se fizeram. Tinha sido Vereador durante 4 anos e fartara-se de fazer isso, com um orçamento de miséria, que não tinha nada a ver com estes. Era uma intervenção permanente, que a Câmara tinha responsabilidades para que as colectividades continuassem a funcionar, a prestar os serviços a que estavam destinadas. Era normal, sempre se fizeram e esperava que continuassem a fazer. ------------------------------------ ----- O que estava a falar era de obras com alguma dimensão. Da responsabilidade do PS e PCP, não sabia se era mais do PCP ou do PS, tinha-se feito a piscina dos Olivais, mas pelos vistos não fizeram bem. Não sabia porquê, mas o facto era que tiveram que devolver 500 mil euros à Comunidade Europeia, segundo as conversas que se tinham passado na Câmara. Escusava de dizer isto, mas se devolveram os 500 mil euros à Comunidade por uso indevido dos meios, era porque a obra não tinha sido bem feita. - ----- Quem tinha telhados de vidro, o melhor era estar calado. -----------------------------

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----- O Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) disse que deviam ser claros e havia dois Vereadores nesta cidade que nas últimas dezenas de anos eram lembrados em colectividades, nos bairros e nas freguesias, chamavam-se Rita Magrinho e Rêgo Mendes, na área do desporto. ------------------------------------------------------------------- ----- Não havia dúvida nenhuma e era bom que sobre este assunto as coisas ficassem claras. O Deputado Municipal Victor Gonçalves tinha sido Vereador do desporto, tinha feito algum trabalho no âmbito dos Jogos de Lisboa, mas quem desenvolvera a actividade desportiva na Cidade de Lisboa foram efectivamente Vereadores do PCP. Era inegável. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- Agora, quando ouvia a intervenção do Deputado Municipal Victor Gonçalves, que dizia que o PSD na Câmara votara contra. Finalmente iria haver coerência no PSD entre a Câmara e a Assembleia Municipal, ia prestar justiça ao trabalho dos seus Vereadores PSD na Câmara Municipal, mas não prestara, porque aquilo que lá tinha sido discutido e aprovado era exactamente aquilo que estava aqui à discussão e aprovação ou reprovação. ------------------------------------------------------------------------ ----- Era melhor que desta vez o Deputado Municipal Victor Gonçalves tivesse calado os seus ímpetos e se ficasse na bancada, porque a realidade era mesmo outra e muito clara. Do que se tratava de facto era de uma impossibilidade financeira da Câmara Municipal e de outras prioridades para gerir e para fazer obras, mas havia um projecto que não era desta Câmara do Partido Socialista, não era no sentido de beneficiar a cidade, era no sentido de privatizar, vender, acertar com o Governo, fazer negócio, etc. Era disso que se tratava, que fossem claros. ---------------------------------------------- ----- O Deputado Municipal Saldanha Serra (PSD) disse que era apenas para dispensar estas pseudo-lições de coerência do PCP. O PSD tinha a sua coerência, era coerente entre aquilo que se passava e no momento em que se passava na Câmara Municipal de Lisboa e que muitas vezes evoluía até chegar à Assembleia Municipal. Muitas vezes também involuía e o PSD não abdicaria nunca nesta Assembleia Municipal, como na Câmara, de acordo com as conjunturas e aquilo que era a informação disponível no momento, votar da forma que entendesse votar, sempre, com toda a subjectividade, dentro daquilo que era a visão do PSD dos interesses da Cidade de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------------- ----- Se podiam falar em coerência, a coerência do PCP a favor do desporto e das infra-estruturas desportivas na Cidade de Lisboa estava à vista com a posição que iriam tomar nesta matéria. ----------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente, constatando não haver mais intervenções, submeteu à votação a proposta nº 68/2009, tendo a Assembleia deliberado aprová-la, por maioria, com votos a favor do PS, votos contra de PCP, BE e PEV e abstenções de PSD e CDS-PP. ----------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente sublinhou, relativamente à proposta 68/2009, que no actual contexto as parcerias público-privadas tinham algumas dificuldades, sobretudo em matéria de financiamento. Portanto, partilhando aquilo que eram as aspirações dos cidadãos das áreas onde se instalassem novos equipamentos. Era bom ter isso presente quando havia um concurso público pela frente. ----------------------------------------------

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----- Nota: As propostas votadas na presente reunião foram aprovadas, em minuta, nos termos da deliberação tomada pela Assembleia, por unanimidade, na reunião realizada no dia 2 de Março de 2006, inserida a páginas 40 da respectiva acta (acta n.º 6). ------- ----- Seguidamente, esgotada a Ordem de Trabalhos, deu por encerrada a reunião e com ela a Sessão Extraordinária iniciada no passado dia 24 de Março. ------------------- ----- Eram 17 horas. ------------------------------------------------------------------------------- ----- E eu, , Primeiro Secretário fiz lavrar a presente acta que subscrevo juntamente com o Segundo Secretário, . ---------------------------------------- A PRESIDENTE ----------------------------------------