assembleia municipal de lisboa mandato...

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------------------------ ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ----------------------- -------------------------------------- Mandato 2009-2013 --------------------------------------- ----- PRIMEIRA REUNIÃO DA VIGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA, INICIADA NO DIA TRÊS DE SETEMBRO DE DOIS MIL E TREZE. ---------------------------------------------------- -------------------------- ATA NÚMERO NOVENTA E NOVE ----------------------------- ----- Aos três dias do mês de setembro de dois mil e treze, e em cumprimento de convocatória emanada nos termos do disposto na alínea f) do nº 1 do artigo 20.º do seu Regimento reuniu na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, a Assembleia Municipal de Lisboa, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Dra. Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor Dr. Nelson Antunes e pela Excelentíssima Senhora Dr.ª Deolinda Machado, respetivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária. -------------------------------------------------------------------------------- ----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados, os seguintes Deputados Municipais: ---------------------------------------------------------------------------- ----- Alberto Francisco Bento, Aline Gallash Hall, Ana Bela Burt Magro Pires Marques, Ana Maria Bravo Martins de Campos, Ana Maria Gaspar Marques, André Nunes de Almeida Couto, António José do Amaral Ferreira de Lemos, António Manuel, António Manuel Dias Baptista, António Manuel de Freitas Arruda, António Manuel Pimenta Prôa, António Maria Almeida Braga Pinheiro Torres, António Modesto Fernandes Navarro, António Paulo Duarte de Almeida, Armando Dias Estácio, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Diogo Feijóo Leão Campos Rodrigues, Diogo Vasco Gonçalves Nunes de Bastos, Ermelinda Lopes da Rocha Brito, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Pereira Duarte, Filipe Mário Lopes, Gonçalo Maria Pacheco da Câmara Pereira, Gonçalo Matos Correia Castro de Almeida Velho, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Idália Maria Jorge Poucochinho Morgado Aparício, Inês Lopes Cavalheiro Ponce Dentinho de Albuquerque D’Orey, João Álvaro Bau, João Cardoso Pereira Serra, João Diogo Santos Moura, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, João Miguel Augusto Vas Lima, João Nuno de Vaissier Neves Ferro, Joaquim Emanuel da Silva Guerra de Sousa, Joaquim Lopes Ramos, Joaquim Maria Fernandes Marques, John Law Rosas da Costa Jones Baker, Jorge Telmo Cabral Saraiva Chaves de Matos, José Alberto Ferreira Franco, José António Nunes do Deserto Videira, José Filipe de Mendonça Athayde de Carvalhosa, José Joaquim Vieira Pires, José Manuel Rosa do Egipto, José Manuel Marques Casimiro, José Maximiano de Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Luís Filipe da Silva Monteiro, Luís Filipe Graça Gonçalves, Manuel Luís de Sousa Silva Medeiros, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, Maia Alexandra Dias Figueira, Maria Cândida Rio Freitas Cavaleiro Madeira, Maria Clara Currito Gargalo Ferreira da Silva, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro, Maria Elisa Madureira de Carvalho, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Isabel Homem Leal de Faria, Maria

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Page 1: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2009-20131998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA_MUNICIPAL/AML/Actas/... · Manuel Pimenta Prôa, António Maria Almeida Braga Pinheiro

------------------------ ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ----------------------- -------------------------------------- Mandato 2009-2013 --------------------------------------- ----- PRIMEIRA REUNIÃO DA VIGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA, INICIADA NO DIA TRÊS DE SETEMBRO DE DOIS MIL E TREZE. ---------------------------------------------------- -------------------------- ATA NÚMERO NOVENTA E NOVE ----------------------------- ----- Aos três dias do mês de setembro de dois mil e treze, e em cumprimento de convocatória emanada nos termos do disposto na alínea f) do nº 1 do artigo 20.º do seu Regimento reuniu na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, a Assembleia Municipal de Lisboa, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Dra. Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor Dr. Nelson Antunes e pela Excelentíssima Senhora Dr.ª Deolinda Machado, respetivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária. -------------------------------------------------------------------------------- ----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados, os seguintes Deputados Municipais: ---------------------------------------------------------------------------- ----- Alberto Francisco Bento, Aline Gallash Hall, Ana Bela Burt Magro Pires Marques, Ana Maria Bravo Martins de Campos, Ana Maria Gaspar Marques, André Nunes de Almeida Couto, António José do Amaral Ferreira de Lemos, António Manuel, António Manuel Dias Baptista, António Manuel de Freitas Arruda, António Manuel Pimenta Prôa, António Maria Almeida Braga Pinheiro Torres, António Modesto Fernandes Navarro, António Paulo Duarte de Almeida, Armando Dias Estácio, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Diogo Feijóo Leão Campos Rodrigues, Diogo Vasco Gonçalves Nunes de Bastos, Ermelinda Lopes da Rocha Brito, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Pereira Duarte, Filipe Mário Lopes, Gonçalo Maria Pacheco da Câmara Pereira, Gonçalo Matos Correia Castro de Almeida Velho, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Idália Maria Jorge Poucochinho Morgado Aparício, Inês Lopes Cavalheiro Ponce Dentinho de Albuquerque D’Orey, João Álvaro Bau, João Cardoso Pereira Serra, João Diogo Santos Moura, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, João Miguel Augusto Vas Lima, João Nuno de Vaissier Neves Ferro, Joaquim Emanuel da Silva Guerra de Sousa, Joaquim Lopes Ramos, Joaquim Maria Fernandes Marques, John Law Rosas da Costa Jones Baker, Jorge Telmo Cabral Saraiva Chaves de Matos, José Alberto Ferreira Franco, José António Nunes do Deserto Videira, José Filipe de Mendonça Athayde de Carvalhosa, José Joaquim Vieira Pires, José Manuel Rosa do Egipto, José Manuel Marques Casimiro, José Maximiano de Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Luís Filipe da Silva Monteiro, Luís Filipe Graça Gonçalves, Manuel Luís de Sousa Silva Medeiros, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, Maia Alexandra Dias Figueira, Maria Cândida Rio Freitas Cavaleiro Madeira, Maria Clara Currito Gargalo Ferreira da Silva, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro, Maria Elisa Madureira de Carvalho, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Isabel Homem Leal de Faria, Maria

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João Bernardino Correia, Maria José Pinheiro Cruz, Maria Luísa Rodrigues das Neves Vicente Mendes, Maria Teresa Cruz de Almeida, Maria Virgínia Martins Laranjeiro Estorninho, Mariana Raquel Aguiar Mendes Teixeira, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Nuno Roque, Patrocínia da Conceição Alves Rodrigues de Vale César, Paula Cristina Coelho Marques Barbosa Correia, Paulo Alexandre da Silva Quaresma, Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho, Pedro Miguel Ribeiro Duarte dos Reis, Rita da Conceição Carraça Magrinho, Rita Susana da Silva Guimarães Neves e Sá, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves da Silva, Rogério da Silva e Sousa, Rosa Maria Carvalho da Silva, Rui Jorge Gama Cordeiro, Rui Manuel Pessanha da Silva, Valdemar António Fernandes de Abreu Salgado, Vítor Manuel Alves Agostinho, Abílio Pereira Gaspar Braz, João Nuno Farmhouse de Castro e Athayde de Carvalhosa, Maria da Conceição Costa, Manuel dos Santos Ferreira, Renata Andreia Lajas Custódio, João Capelo, António José Gouveia Duarte, João Carlos Fraga de Oliveira Martins, Miguel Afonso da Silva Ribeiro Reis, Zita Ferroso, e António José da Silva Figueiredo. -------------------------------------------------------------- ----- Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais: -------------------------------- ----- António Paulo Quadrado Afonso, Francisco Carlos de Jesus Vasconcelos Maia, Francisco David Carvalho da Silva Dias, Inês de Drumond Ludovice Mendes Gomes, Ismael do Nascimento Fonseca, João Augusto Martins Taveira, João Mário Amaral Mourato Grave, Maria Filomena Dias Moreira Lobo, Pedro Manuel Tenreiro Biscaia Pereira, e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado. --------------------------------------- ----- Pediram suspensão do mandato, a qual foi apreciada e aceite pelo Plenário da Assembleia Municipal nos termos da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a redação dada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, os seguintes Deputados Municipais: ---------- ----- Maria do Céu Guerra (IND), por um dia, sendo substituída pela Deputada Renata Andreia Lajas Custódio. --------------------------------------------------------------------------- ----- Salvador Posser Andrade (PSD), por um dia, sendo substituído pela Deputada Maria da Conceição Costa. ----------------------------------------------------------------------- ----- João Mota Lopes (PSD), por um dia, sendo substituído pela Deputada Zita Terroso. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP), por um dia, sendo substituído pelo Deputado João Carlos Fraga de Oliveira Martins. ---------------------------------------------------------- ----- Paulo Miguel Ferrero Marques dos Santos, Maria Margarida Matos Mota da Silva Carvalho e Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo(PS), por um dia, fazendo-se substituir de acordo com o disposto no art.º 10º do regimento da AML. ------------------- ----- Foram justificadas as faltas e admitidas as substituições dos seguintes Deputados Municipais, Presidentes de Junta de Freguesia: ----------------------------------------------- ----- Inês de Drummond (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Benfica. ------------- ----- Carlos Lima (PCP), Presidente da Junta de Freguesia do Castelo, por João Capelo. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Jorge Manuel Ferreira (PCP), Presidente da Junta de Freguesia da Madalena, por António José Gouveia Duarte. -------------------------------------------------------------------

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----- Idalina Flora (PSD), Presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, por António José Figueiredo. ---------------------------------------------------------- ----- Fernando Ribeiro Rosa (PSD), Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria de Belém, por João Nuno Farmhouse de Castro Athayde de Carvalhosa. ----------------- ----- José Maria Bento de Sousa (PS), Presidente da Junta de Freguesia de São João, por Manuel dos Santos Ferreira. ------------------------------------------------------------------ ----- Filipe António Osório de Almeida Pontes (PSD), Presidente da Junta de Freguesia da Sé, por Abílio Pereira Gaspar Braz. ---------------------------------------------- ----- A Câmara esteve representada pelo Senhor Presidente, Dr. António Costa e pelos Srs. Vereadores, Helena Roseta, Catarina Vaz Pinto, Graça Fonseca, Maria João Mendes, Manuel Brito e Fernando Nunes da Silva. ------------------------------------------- ----- Estiveram ainda presentes os Srs. Vereadores da oposição: Victor Gonçalves, Orisia Roque, João Marrana e Carlos Moura. -------------------------------------------------- ------ Às quinze horas e trinta minutos, constatada a existência de quórum, a Senhora Presidente declarou aberta a reunião. ---------------------------------------------------------- ------ A Senhora Presidente lembrou os Senhores Deputados que aquela seria a última sessão da Assembleia Municipal antes do período eleitoral. Referiu que tinham naquele dia, e em conformidade com o Regimento, uma Sessão Ordinária, com intervenção de público, a apresentação da Informação Escrita do Senhor Presidente, quatro propostas para discutir e votar, sendo que uma delas, a número sessenta e seis, tinha pareceres da Comissão de Finanças e do Urbanismo e que as restantes, as propostas números seiscentos e cinquenta e três, a setecentos e setenta e nove e a seiscentos e setenta e nove, eram relativas ao transporte escolar, a uma pequena alteração, solicitada pelo Tribunal de Contas, aos subsídios atribuídos pela Cultura à EGEAC e à abertura de um concurso para o fornecimento de energia ao Município. ---- ------ Comunicou que tinha ficado acordado na Reunião de Representantes que se não existissem objeções por parte da Comissão de Finanças, aquelas propostas seriam votadas naquele dia. Aproveitou para agradecer e enaltecer o trabalho daquela Comissão. ------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Informou que também tinham decidido realizar, para efeitos de despedida, uma sessão no dia oito do mês de outubro. ----------------------------------------------------------- ------ Compartilhou, no âmbito do Projeto “Assembleia Municipal das Crianças de Lisboa”, que a escola das Olaias tinha desenvolvido um Projeto denominado “Horta do Bairro” que tinha sido premiado, pela Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, com uma verba de três mil euros para aplicar ao referido projeto. --------- Referiu que se tratava de um projeto muito interessante, um projeto que tinha nascido na “Assembleia Municipal das Crianças de Lisboa” e que tinha contado com a colaboração dos serviços da Câmara, os quais tinham cedido e limpado o terreno que se situava ao lado da escola, viabilizando assim a construção da referida horta. Expôs que o que tinha diferenciado aquele projeto dos outros tinha sido o envolvimento da Associação de Pais, do Vitória Clube de Lisboa, dos moradores “Viver Melhor o Beato”, da Junta de Freguesia do Beato e das “Sementes a Crescer”. ----------------------

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------ Considerou que aquele era um exemplo a seguir e que deveria, pela sua importância na coesão social, ser replicado noutros bairros. --------------------------------- ------ Partilhou que o prémio iria ser entregue no dia seguinte, na Escola das Olaias, e aproveitou para felicitar a escola e enaltecer o trabalho desenvolvido pelo corpo docente. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Seguidamente, nos termos regimentais, abriu o período destinado à intervenção do Público. ------------------------------------------------------------------------------------------- --------------------------- INTERVENÇÃO DO PÚBLICO --------------------------------- ------ A Senhora Sandra Maria Serra da Silva, residente na Rua D. Sancho I, Lote 20/22, fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------- ------ “Estou há nove anos à espera de uma casa da EPUL. Nestes últimos nove anos, e exatamente pelos motivos que eu vim aqui, pelas manchetes de jornal e entrevistas em que eu vejo “Reabilitação Urbana num Centro Histórico de Lisboa” e “Jovens à Cidade”. Jovem, eu já estou para lá de jovem, e nove anos à espera de uma casa é uma situação que me desagrada completamente. ---------------------------------------------- ------ Para além dessa situação, recebi uma carta do banco a dizer os agravamentos de spread devido à situação de nove anos à espera, o que é completamente alheio à minha responsabilidade. --------------------------------------------------------------------------- ------ Tenho tentado contactar a câmara, várias vezes, inclusive o organismo que ficou responsável, e que era a EPUL mas que agora é Câmara, e ninguém dá resposta ao Empreendimento da Boavista, na Rua de São Paulo. Após várias tentativas, tenho continuado a ligar e não tenho respostas a esta situação, uma situação que se arrasta há nove anos, com agravamento de spread, com a situação precária que me assiste. --------------------------------------------------------------------------- ------ Por isso, eu quero saber quem é o responsável por este empreendimento. A quem devo pedir explicações dos juros, sim porque o Estado Português paga-me juros por não me darem a casa da qual houve um contrato de promessa compra e venda com o organismo público. Ou seja, no meio desta situação toda quem é o responsável porque eu própria não sei e ando há nove anos nisto.” ----------------------- ------ A Senhora Maria Cristina de Eça Leal Baptista Vieira, residente na Rua Sousa Martins, nº 14 – 2º Dtº, 1050-218 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ------------- ------ “Faço parte do grupo de Lisboa da campanha de esterilização de animais abandonados e já não é a primeira vez que nos dirigimos a esta Assembleia. Sempre o fizemos num espírito colaborativo, empenhados que estamos em melhorar as condições em que vivem os animais da nossa cidade, em especial os errantes, os abandonados e os que pertencem a munícipes carenciados. --------------------------------- ------ Quando em nove de Fevereiro de 2010, esta Assembleia aprovou a suspensão de capturas de gatos, resolução 12/AML/2010, apresentámos, tal como nos tínhamos comprometido, à Câmara Municipal de Lisboa, na pessoa do vereador competente, Dr. Sá Fernandes, e da então responsável pelo canil/gatil, Dr.ª Luísa Costa Gomes, uma proposta de campanha de esterilização de gatos silvestres como forma humana de controla a subpopulação destes animais ----------------------------------------------------

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------ Propúnhamos apoiar a Câmara numa ação massiva de esterilização ou implementação do programa CER – Captura, Esterilização e Recolocação – preconizado pela própria Câmara como a maneira mais eficaz de controlar o excesso populacional de gatos. ----------------------------------------------------------------------------- Entendendo que, sem apoio, a Câmara Municipal não dispunha, nem dispõe, de meios suficientes para levar a cabo uma iniciativa desta envergadura, a proposta deste grupo de cidadãos previa, e prevê, a articulação de diversos organismos com a sociedade civil, associações de animais, voluntários individuais, clinicas veterinárias, empresas farmacêuticas, faculdades de medicina veterinária, etc., para castrar e esterilizar as colónias existentes. ----------------------------------------------------------------- Não só o Senhor Vereador Sá Fernandes não acatou a recomendação desta Assembleia, como nem sequer nunca respondeu à nossa proposta. ------------------------- ------ No entanto, para que a alteração da política para canil/gatil, e para os animais de Lisboa em geral, anunciada pelo Presidente em Junho último seja consistente e signifique, de facto, uma mudança do comportamento da autarquia, tem necessariamente de assentar na esterilização. ------------------------------------------------- ------ Lembramos que, até à providência cautelar, entreposta pelo grupo de Lisboa, da Campanha de Esterilização para pôr cobro às ilegalidades que se verificavam no canil/gatil, este capturava cerca de mil gatos por ano o que seriam na sua esmagadora maioria abatidos, uma vez que 70% do total de cães e gatos que entraram no canil morriam, quer por doença, quer por abate. ------------------------------ ------ A providência cautelar delimita, desde Julho de 2011, e até à conclusão das obras que só agora recomeçaram, embora tenham sido apontadas pelos lisboetas como a primeira das prioridades do orçamento participativo de 2009, dizia eu que a providência cautelar delimita as capturas ao estritamente necessário, e proíbe a entrega de animais pelos donos. ------------------------------------------------------------------ ------ Mas apesar das restrições impostas, entre um de Abril de 2012, e trinta e um de Maio de 2013, entraram no canil/gatil novecentos e cinquenta e oito gatos o que significa que não houve nenhuma alteração significativa. ----------------------------------- ------ De notar, ainda, que o último relatório da Câmara municipal de Lisboa é omisso quanto aos dados oficiais relativamente ao número de animais recolhidos. ----- ------ A registar o aumento descontrolado dos animais que entram no canil/gatil isto levará à aplicação de soluções que não são compatíveis com a mudança de paradigma anunciada pelo Dr. António Costa. ------------------------------------------------ ------ E com a recente e inesperada demissão da Provedora Municipal dos Animais de Lisboa, escassos dois meses após a sua tomada de posse, tornaram-se públicas as graves insuficiências de que continua a padecer o canil municipal, nomeadamente, as áreas de quarentena, ou que não eram adequadas no caso dos cães, ou que nem sequer existem no caso dos gatos, continuando hoje a morrer, lá, ou em casa dos adotantes, contaminando outros animais saudáveis que contraiam doenças fatais. ----- ------ Para obviar esta situação intentou, o Grupo de Lisboa em Campanha de Esterilização, que represento aqui, uma ação de incumprimento da Providência Cautelar contra a Câmara Municipal de Lisboa que está a correr os seus trâmites. ---

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------ Para que Lisboa possa vir a anunciar que se tornou um Município onde não se fazem abates e trata os animais mais desprotegidos humana e condignamente, é necessário implementar medidas com real eficácia que limitem a entrada de animais no Canil às situações de emergência. A esterilização de animais como método de controlo das populações é a única forma de, gradualmente, vir a resolver o problema estando demonstrado que não existe qualquer outra solução. ------------------------------- ------ Por isso não desistimos e vimos apelar a esta Assembleia para que dê o seu apoio ao lançamento da Campanha de Esterilização dos Gatos Silvestres de Lisboa que, oportunamente, enviamos aos diversos grupos partidários nela representados.” -- ------ (entregou documentação à Mesa). -------------------------------------------------------- ------ O Senhor Luís Filipe Cardoso de Matos Paisana, residente na Travessa das Mercês, nº 6, 4º A, 1200-269 Lisboa, fez a seguinte intervenção: --------------------------- ----- “Sou morador numa zona histórica de Lisboa, nomeadamente no Bairro Alto. Sou também representante da Associação de Moradores e é nestas duas qualidades que venho falar de dois problemas que, apesar das medidas eventualmente tomadas, continuam a grassar nestes bairros históricos de Lisboa. Refiro-me à venda e consumo de álcool na via pública e à questão do ruído. Há cerca de dois anos entregamos uma moção ao Senhor Presidente da Câmara dizendo que aquele problema tinha surgido por força do consumo e da venda de álcool na via pública, e que estava na génese dos outros quatro problemas. Um é o ruído, que é um problema que eu desenvolverei daqui a pouco; outro é a questão da higiene e salubridade urbana, com as garrafas, com os copos, com as limas e com a urina que aparece todas as noites nestes bairros históricos; a terceira é a segurança, e aqui refiro-me não só à segurança de assaltos, roubos e rixas, mas também à segurança de situações em que surge um incêndio, como aquele que surgiu no Chiado há vinte e cinco anos, ou tremor de terra e, finalmente, a mobilidade, o estacionamento. É uma zona frequentemente usada por utentes que utilizam as ruas destas zonas para estacionar indevidamente, as cargas e descargas das empresas de álcool e as paragens de táxis dentro do bairro. ------------------------------------------------------------------------------------ ------ A questão mais importante, e a que mais me preocupa, é questão do ruído. É uma questão de senso comum. Está cientificamente provado o impacto que tem sobre a saúde, e nós estamos sujeitos, quase todas as noites, a ruído prolongado o que provoca noites mal dormidas. --------------------------------------------------------------------- ------ É um grave atentado aos direitos humanos dos residentes. O ruído, a diversão noturna e a música dos estabelecimentos associados ao elevado número de utentes faz com que os moradores, sobretudo nesta altura do verão não durmam quase todas as noites e não apenas aos fins-de-semana como muitas vezes se pensa. ------------------ ------ Bares com música ao vivo e com o som muito alto, como forma de chamar clientes; portas e janelas abertas com venda de álcool diretamente para a rua; incumprimento de horários, apesar de existir alguma fiscalização, os bares continuam a abrir e a fechar depois do horário determinado, basta bater à porta e passar a nota e vem a bebida cá para fora; falta de controlo e fiscalização e pouca efetividade de Lei. Um exemplo, o morador que se queixe do barulho do bar demora

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seis meses a ter uma resolução e, seis meses é o tempo suficiente para o bar mudar de gerência, mudar de nome e o processo ficar arquivado. ------------------------------------- ------ Exigimos o elementar respeito dos direitos fundamentais dos moradores, em particular o direito ao repouso, descanso e ao sono consagrado no Decreto-lei nº 9/2007. Um dos direitos de liberdade, e garantias, garantidos pela Constituição da República Portuguesa. ----------------------------------------------------------------------------- ------ Apelamos para que as palavras do executivo e, em especial do Senhor Presidente da Câmara, que dizia que os cidadãos estavam sempre em primeiro lugar, sejam colocadas em prática com mais celeridade. -------------------------------------------- ------ Anexo documentos que vou entregar à Senhora Presidente da Assembleia Municipal, a Moção Bairro Alto 2012, uma cópia de uma queixa a um bar e um documento com comentários ao relatório do Grupo de Trabalho presidido pelo Senhor Vereador Sá Fernandes que foi, face às expectativas criadas, uma desilusão.” - ------ A Senhora Olga Maria Serra Cruz, residente na Rua Gomes da Silva, 12, 1000-165 Lisboa, fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------- ------ “Vou falar rapidamente de um assunto muito importante e muito grave. Vou falar na “guetização” do Bairro Social do Arco do Cego. Quando digo “guetização”, não é Varsóvia nem é Veneza. Estão a fazer do Bairro do Arco do Cego um gueto. Suponho que este gueto seja para expandir pela Cidade. Neste momento aquilo que me preocupa é o Bairro Social do Arco do Cego. --------------------------------------------- ------ Frequento o Bairro, aliás, fui aluna do Liceu, há qualquer coisa como sessenta e cinco anos e moro lá há quarenta. ------------------------------------------------------------- ------ Na última semana de agosto recebi um papelinho metido na caixa, com um bonequinho que não tinha nada a ver com o Bairro, que dizia variadíssimas coisas, entre elas, destaco uma que dizia que o trânsito ia ser de trinta quilómetros. ------------ ------ O mais grave é que as obras para tornar o Bairro num gueto começaram imediatamente. Mais uma vez quilo não é Varsóvia e eu de judia não tenho muito. As obras já começaram, fecharam as ruas com “almofadas de pedra”, que os Senhores dizem que tem outras utilidades que não a de fechar a rua. --------------------------------- ------ Estão a ser gastos milhares de euros. Noutra altura, e num outro ambiente, tratarei de saber como é que foi autorizado. --------------------------------------------------- ------ O que eu venho aqui dizer é que aquele Bairro está às ordens de quem lá quiser ir, mas não entram, porque o Bairro vai ter uma porta de entrada e mais não sei quantas de saída. Não sei ainda é se será SCUT ou portagem. ----------------------------- ------ Quero lembrar que ao dia de hoje, três de setembro, centenas de garotos e jovens vão, nesta semana, regressar às aulas. Eu não tenho lá filhos, mas aqueles que os têm não foram avisados a tempo daquilo que vai acontecer. ----------------------------- ------ Com aquelas portas e umas mirificas inversões de trânsito, se houver um desastre, eu quero saber como é que entram os bombeiros, eu quero saber como é que entram as ambulâncias. Aquele trânsito, aquela fantasia, sim, aquilo é uma fantasia de trânsito, ótima para embeber dinheiro. ------------------------------------------------------ ́ ------ Qualquer pessoa que queira sair precisa que alguém lhe ensine o caminho, porque eu, da minha casa ao Areeiro, que normalmente são dois minutos, demorei

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vinte minutos na sexta-feira, e tive de ir ao Campo Pequeno para descobrir. As obras ainda estão a meio e as pessoas já perguntam como é que se sai daquele Bairro. ------- ------ Recuso-me a viver num gueto, um gueto que estamos a pagar muito caro. -------- Preço à Câmara que tome, imediatamente, conta deste assunto. --------------------------- ------ Não me quero alongar mais. O Bairro está lá, podem lá ir, mas vão devagarinho para não correrem o risco de partir uma perna e, se forem de carro, tomem cuidado a sair de lá. ----------------------------------------------------------------------- ------ Gostaria muito que aquilo que vou dizer ficasse em ata. A partir de agora, todos os acidentes que venham a existir naquele Bairro, sem eles pessoais ou motorizados, são da exclusiva responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa. Todos os prejuízos que aqueles jovens, aquelas crianças, os moradores do Bairro tiverem, por os meios de socorro não conseguirem chegar a tempo, todos os prejuízos serão da exclusiva responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa.-------------------- ------ Eu passei primeiro pela Junta de Freguesia, que é a ligação do munícipe à Câmara, e na Junta de Freguesia não sabiam nada, a Junta apenas tinha uns papelinhos como este para por nas caixas de correio. Não os tinham consultado, o que é normal, e eu percebi porquê. Porque umas semanas antes pintaram-me uma parede da minha casa de cor-de-rosa, quando a minha casa é amarela. ------------------ ------ Não vou levar mais tempo. Não se esqueçam daqueles jovens e daquelas crianças que podem ficar barrados, como nós estamos hoje. -------------------------------- ------ Para acabar quero dizer que estou aqui como independente, que não pertenço, nem nunca pertenci, a nenhum partido político.” ---------------------------------------------- ------ A Senhora Maria Luísa Lindim Vassalo Pereira Forjaz, residente no Caminho da Gonjeira Morelinho, 2710-413 Sintra, fez a seguinte intervenção: ---------- ----- “Sou arquiteta e venho aqui para falar de uma unidade de execução no interior do Quarteirão dos Marianos, na Madragoa e sobre o processo que está em apreciação, neste momento, na Câmara, que é o nº 671/EDU/2013. ----------------------- ------ Sou proprietária de um edifício, classificado, na Rua das Janelas Verdes e sou representante de vários proprietários da zona. Na semana passada vi um letreiro ao lado da minha casa que dizia que o edifício ao lado do meu ia ser demolido. Achei estranho, uma vez que os edifícios daquela Rua não podiam ser demolidos.-------------- ------ Desloquei-me à Câmara para saber o que é que se passava e fiquei deveras preocupada com o que vi e por isso aqui estou a expor a situação. ------------------------ ------ O projeto que está em apreciação na Câmara foi submetido a inquérito público em dois mil e onze e foi aprovado pela Câmara em dois mil e treze. ----------------------- ------ Refere a Câmara, na informação apresentada ao Senhor Presidente e aos Senhores Vereadores, que a execução está de acordo com a Lei, com o PDM de 2012 e o Plano de Urbanização do Núcleo Histórico da Madragoa. Fui ver o que é que aqueles documentos diziam e constatei algumas irregularidades na unidade de execução e no próprio projeto. E agora venho expor alguns problemas. ------------------ ------ A área delimitada pela unidade de execução que foi a inquérito público, não corresponde à área do Plano de Urbanização do Núcleo Histórico, que indicava que deveria de ser efetuada, em toda a área, uma área sujeita a projeto urbano. Este

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projeto urbano foi substituído pela unidade de execução, portanto não cumpre o art.º 118 do DL nº 380. ----------------------------------------------------------------------------------- ------ De acordo com a informação dos serviços é uma unidade de execução com sistema de compensação. No art.º 22 do Regime Geral dos Instrumentos de Gestão Territorial refere que todos os proprietários deverão estar de acordo. Ora, não é o que está a acontecer. É uma unidade de execução que cai por raiz, não pode ser pelo sistema de compensação, nem pode existir uma unidade de execução sem que os proprietários estejam de acordo. ----------------------------------------------------------------- ------ As unidades de execução no art.º 120 do DL nº 380 devem de ser delimitadas de forma a assegurar o desenvolvimento urbano harmonioso. Nas peças gráficas e escritas que são apresentadas isto não acontece. O projeto urbano que é apresentado não assegura um desenvolvimento urbano harmonioso, portanto não cumpre o art.º 120 do DL nº 380. ----------------------------------------------------------------------------------- ------ Na Carta do Património Municipal o edifício, onde está instalada a Fábrica da Constância, está classificado como conjunto, no entanto aquele edifício ia ser demolido, portanto não cumpre o PDM, não cumpre o REGEU e por aí fora. ----------- ------ A unidade de execução, resultante do projeto que está agora em apreciação, não está em conformidade com Lei. Portanto também este não cumpre a Lei, o Decreto-Lei, o Plano de Urbanização da Madragoa e não cumpre também, na parte das demolições, o art.º 7º e o art.º 10º, não cumpre o REGEU e também tinha de falar sobre a geologia do local. ------------------------------------------------------------------------- ------ A geologia considera aquele local como um complexo vulcânico com intercalações. Vão ser construídas garagens, com cerca de dez metros de altura. ------- ------ Esta unidade de execução tem algumas irregularidades, o projeto, em apreciação na Câmara, também tem irregularidades e por isso quero deixar aqui a minha reclamação” -------------------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Nuno António de Magalhães Xavier, residente na Avenida Afonso III, nº 57 – 4º A, 1900-041 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ------------------------------ ----- “O tema que aqui pretendo abordar é o tema dos grafitis e de outras formas de decoração da cidade de Lisboa. ----------------------------------------------------------------- ------ Na qualidade de lisboeta, agradeço a oportunidade que me é concedida. --------- ------ Trago a esta Assembleia um assunto que penso ser pertinente, dada a perspetiva da Câmara Municipal de Lisboa passar a exigir aprovação de um projeto de arte de rua, conhecida como grafitis. Uma situação com a qual, devido ao facto de ser conhecida como arte, que até admiro, não vou emitir qualquer opinião. ------------- ------ Outro tanto não acontece com a arte de rua praticada pelos operadores de telecomunicações nacionais que, com o beneplácito da Câmara Municipal de Lisboa, têm vindo, ao longo de várias décadas, a decorar e vandalizar, as fachadas dos prédios, principalmente os mais antigos. Chamo a atenção de V. Exas para este assunto. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Confesso o meu desmesurado espanto pelo facto de, e apesar de algumas tentativas de chamar a atenção da Presidência da Câmara Municipal de Lisboa para esta arte vandalizadora das fachadas dos prédios antigos, nada ter sido exigido, nem

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a autorização dos proprietários, nem um projeto como agora tem estado a ser implementado para os grafitis. ------------------------------------------------------------------- ------ Durante oito anos lutei através de dezenas, ou centenas de faxes, enviados para sucessivas administrações da PT, desde o tempo do Dr. Miguel Horta e Costa até ao presente e apenas encontrei arrogância e desinteresse em terminar com a vandalização da propriedade citadina de Lisboa. Esta forma de atuação da PT, e outras, obrigaram-me a promover, em sete do nove de dois mil e doze, uma notificação judicial avulsa sobre a vandalização provocada em propriedades minhas, lamentado inclusivamente que a PT se colocasse acima da Lei, continuando com a sua atividade lesiva dos interesses dos proprietários e Autarquia, continuando a política de degradação da imagem da cidade de Lisboa. ------------------------------------- ------ Assim, é para mim um contrassenso que uma eventual arte de rua seja obrigada à apresentação de um projeto à Câmara Municipal de Lisboa e que a decoração feita pelos operadores de telecomunicações, seja dele dispensada e não tenha sido objeto de regulamentação. --------------------------------------------------------------------------------- ------ Várias vezes sugeri a entidades administrativas, e à Presidência da Câmara Municipal de Lisboa, que as cablagens fixadas nos prédios fossem objeto de acondicionamento em condutas subterrâneas a expensas dessas empresas. -------------- ------ A única explicação que me ocorre é a de que este estilo de decoração, feita com cabos penduras e enrolados nas fachadas dos prédios, seja tão bela quanto é o quadro da Gioconda. É evidente que a arte de rua poderia não ter sido aprovada pelo Leonardo da Vinci, mas este estilo de decoração será certamente superior ao que é praticado pelos artistas de rua. ------------------------------------------------------------------- ------ Conclusão, ou a distração dos lisboetas e dos proprietários é manifesta, ou então o meu sentido de arte é muito reduzido ou anacrónico, pois talvez as altas esferas do poder local considerem que este estilo de decoração é do mais alto valor estético. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Caso seja esta a perspetiva, seria interessante que pegassem nas fotografias que eu fiz e as utilizassem como cartaz turístico para atrair as visitas dos estrangeiros. ----------------------------------------------------------------------------------------- ------ Um grande General disse um dia que eram três os princípios fundamentais que deveriam reger um discurso, dizendo que um bom orador se devia por de pé para que todos o vissem, falar alto para que todos o ouvissem e ser breve na sua mensagem sentando-se em seguida. Muito obrigado” ------------------------------------------------------ ------ A Senhora Presidente, terminado o “Período de Intervenção do Público”, deu-o por encerrado, declarando, em seguida, aberto o “Período de Antes da Ordem do Dia” . ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------- ANTES DA ORDEM DO DIA ---------------------------------- ------ A Senhora Presidente submeteu à votação as atas números oitenta e sete, oitenta e oito, oitenta e nove, noventa, noventa e um, noventa e dois, noventa e três, noventa e quatro, noventa e cinco, noventa e seis, noventa e sete e noventa e oito, tendo a Assembleia decidido aprová-las por unanimidade. -------------------------

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------ Seguidamente, solicitou aos Senhores Deputados que, uma vez que as atas números noventa e sete e noventa e oito apenas tinham sido distribuídas naquele dia, caso pretendessem fazer, após a leitura das referidas atas, alguma alteração pertinente, que o fizessem por escrito, para que a alteração fosse, posteriormente, anexada à ata como adenda. ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ Enalteceu o excelente trabalho desenvolvido pelos funcionários, e comunicou que a ata daquele dia iria ser aprovada na reunião do dia oito de outubro, o que permitiria aos funcionários do Gabinete de Apoio à Assembleia Municipal que procedessem, em tempo útil, à elaboração da mesma. ---------------------------------------- ------ Seguidamente a Senhora Presidente informou que iriam passar à leitura e votação do Voto de Pesar. ------------------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação do Voto de Pesar nº1, proposto pelo Grupo Municipal do PCP, e subscrito pela Senhora Presidente. ----------------------------------- ----------------------------------- VOTO DE PESAR N.º 1 ------------------------------------ ------ “No passado dia 26 de Junho, faleceu aos 79 anos, Herberto Goulart, um dos principais dirigentes do MDP/CDE, lutador antifascista, sempre empenhado na defesa dos direitos dos trabalhadores. ---------------------------------------------------------- ------ Natural da Horta (Açores), Herberto Goulart era licenciado em Economia, tendo exercido essa actividade profissional durante 40 anos na área da gestão empresarial, como técnico ou dirigente, em várias empresas industriais. ---------------- ------ Como dirigente estudantil, foi Vice-Presidente e Presidente do Conselho Fiscal da Associação Académica de Económicas, e pertenceu ao Secretariado do RIA – Reuniões Inter-Associações, tendo, entre outras actividades, coordenado a realização do Dia do Estudante em dois anos consecutivos. --------------------------------------------- ------ Participou nas lutas da Oposição Democrática durante o fascismo, nomeadamente em eleições, tendo sido preso pela PIDE em 1963 e em 1973, além de algumas detenções curtas. Foi candidato da CDE por Lisboa, 1973, a cuja Comissão Executiva pertenceu desde 1970 até à passagem deste movimento a partido político em Novembro de 1974. Foi Vice-Presidente do MDP/CDE e Presidente do Grupo Parlamentar deste Partido durante os três anos em que exerceu o mandato de Deputado (1980 a 1982). ------------------------------------------------------------------------- ------ Em 1987, Herberto Goulart foi fundador da Associação Política Intervenção Democrática, de cujos corpos dirigentes fez parte até ao seu falecimento. --------------- ------ Foi membro da Direcção Nacional e da Comissão Executiva da Inter-Reformados (CGTP-IN), organização sindical que representou no Comité Executivo da FERPA – Federação Europeia de Reformados e Idosos. -------------------------------- ------ Colaborou em diversas publicações, como a Revista de Economia, Diário de Lisboa, República, Vértice ou Seara Nova, cuja redacção integrava ultimamente. ----- ------ A sua luta e apego aos valores da Liberdade e da Democracia, bem como às importantes causas de intervenção social que abraçou, fazem dele uma referência para todos os que lutam pela transformação da sociedade em defesa dos valores do 25 de Abril. ------------------------------------------------------------------------------------------

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------ O Grupo Municipal do PCP propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sessão de 3 de Setembro de 2013, delibere: ---------------------------------------------- ------ a) Manifestar o seu profundo pesar pelo falecimento de Herberto Goulart, um combatente pelos valores da liberdade, da igualdade, da solidariedade e da democracia, guardando um minuto de silêncio em sua memória; -------------------------- ------ b) Remeter o presente voto de pesar à família de Herberto Goulart, à Inter-Reformados e à Associação Intervenção Democrática.” ------------------------------------ ------ VOTAÇÃO – O Voto de Pesar nº 1 foi aprovado por unanimidade. ----------- ------ Segue-se a transcrição e votação do Voto de Pesar nº 2 apresentado pelo Grupo Municipal do PCP, subscrito pela Senhora Presidente e também pelo Senhor Primeiro Secretário que explicou que Urbano Tavares Rodrigues tinha sido Freguês da Freguesia de São Sebastião da Pedreira. ----------------------------------------------------- ----------------------------------- VOTO DE PESAR N.º 2 ------------------------------------ ------ "«Daqui me vou despedindo, pouco a pouco, lutando com a minha angústia e vencendo-a, dizendo um maravilhado adeus à água fresca do mar e dos rios onde nadei, ao perfume das flores e das crianças, e à beleza das mulheres. Um cravo vermelho e a bandeira do meu Partido hão-de acompanhar-me e tudo será luz.» Urbano Tavares Rodrigues. ---------------------------------------------------------------------- ------ No passado dia 9 de Agosto, faleceu aos 89 anos, Urbano Tavares Rodrigues, escritor, jornalista, militante do Partido Comunista. ----------------------------------------- Nasceu a 08 de dezembro de 1923 e tinha completado recentemente 60 anos de vida literária. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Enquanto jornalista, trabalhou no Diário de Notícias (no qual entrou em 1946), Diário de Lisboa, Artes e Letras, Jornal do Comércio e O Século, entre outros órgãos, e enquanto escritor assinou uma obra em que quase sempre expressou preocupações sociais e políticas. ----------------------------------------------------------------- ------ Urbano Tavares Rodrigues desenvolveu uma igualmente intensa actividade política, iniciada muito cedo e com ligação ao PCP, que se prolongou ao longo de toda a sua vida. ------------------------------------------------------------------------------------- ------ Em 1949 participou na campanha eleitoral do General Norton de Matos, após o que foi para França onde foi leitor de Português em Montpellier e na Sorbonne, em Paris. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Em 1955 regressa a Portugal e entra na Faculdade de Letras de Lisboa, como assistente, vindo a ser afastado pouco depois, por motivos políticos. Durante alguns anos é impedido de ensinar, mesmo fora da Universidade. ---------------------------------- ------ Preso pela PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado) em 1963 é acusado de pertencer ao Partido Comunista Português e às Juntas de Acção Patriótica. Trata-se da primeira das três prisões que virá a sofrer, e em todas elas foi submetido às brutais torturas da PIDE. Em 1968 usou o período de clausura para escrever "Contos de Solidão", que passou clandestinamente para o exterior. ------------ ------ Urbano Tavares Rodrigues foi distinguido com os galardões literários da Associação Internacional de Críticos Literários e da Imprensa Cultural, bem como com os prémios Ricardo Malheiros, Aquilino Ribeiro, Fernando Namora, Jacinto do

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Prado Coelho, Camilo Castelo Branco e o consagrado Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores (2003). -------------------------------------------------- Autor de uma vasta obra literária, abarcando todos os domínios da escrita – romance, novela, conto, teatro, poesia, crónica, ensaio, jornalismo, viagens – e na qual estão presentes os valores humanos que nortearam toda a sua vida – a liberdade, a justiça social, a paz, a solidariedade, a fraternidade – Urbano Tavares Rodrigues fica na história da Literatura portuguesa como um dos seus mais relevantes expoentes. ------------------------------------------------------------------------------- ------ O Grupo Municipal do PCP propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sessão de 3 de Setembro de 2013, delibere: ---------------------------------------------- ------ a) Manifestar o seu profundo pesar pelo falecimento de Urbano Tavares Rodrigues, intelectual comunista destacado e figura cimeira da cultura portuguesa; -- ------ b) Propor que seja considerada a atribuição do seu nome a uma artéria ou local significativo de Lisboa; --------------------------------------------------------------------- ------ Remeter o presente voto de pesar à família de Urbano Tavares Rodrigues.” ----- ------ VOTAÇÃO – O Voto de Pesar nº 2 foi aprovado por unanimidade. ----------- ------ Seguidamente, a Assembleia guardou um minuto de silêncio em memória de Herberto Goulart e Urbano Tavares Rodrigues. ------------------------------------------------ ------ A Senhora Presidente informou que iriam passar às intervenções dos Senhores Deputados. ------------------------------------------------------------------------------------------- ------ A Senhora Deputada Municipal Maria José Cruz (PSD), no uso da palavra, disse que tinha denunciado, há exatamente três meses, a atitude eleitoralista do Senhor Presidente ao fingir interesse pelos animais que se encontravam no Canil Municipal de Lisboa. -------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Referiu que nada mais seria preciso denunciar uma vez que, no seu entender, a carta de demissão da provedora dos animais era bastante reveladora. Seguidamente, citou a ex-provedora “Hoje, dia treze de agosto de dois mil e treze, passam apenas cinquenta e sete dias da minha tomada de posse enquanto provedora municipal dos animais de Lisboa, nomeada pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António Costa. Nestes cinquenta e sete dias, o sucesso que consegui obter, no âmbito da missão que tomei em mãos, é incomparavelmente inferior às dificuldades, às inverdades, à ausência de emergência, à inexistência de urgência que circunda a casa dos animais de Lisboa, as suas paredes atuais e aquelas que já há muito deveriam de estar erguidas, os seus dirigentes e outra gente, as salas de quarentena que persistem em ser feitas de fumos de palco, as bactérias e vírus que se espalham gatil a fora e outras, gatil adentro”. Frisou que aquelas palavras eram da ex-provedora do animal, nomeada pelo Senhor Presidente. ---------------------------------- ------ Concluiu que pelo facto ter sido nomeada pelo Senhor Presidente não deveriam de existir dúvidas relativamente à dramatização daquela peça teatral, do suposto interesse pelos animais bem patente nas palavras do Senhor Presidente, que também citou, “…conjunto de medidas adotado para intervir na melhoria da qualidade de vida dos animais da cidade de Lisboa. Refiro-me à alteração da responsabilidade orgânica do antigo Canil/ Gatil, a sua reformulação como casa dos animais de

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Lisboa, a criação da figura «a provedora do animal» e, sobretudo, a criação de um grupo de trabalho, presidido pela Senhora Bastonária da Ordem dos Veterinários, que deve de analisar todo o funcionamento da casa dos animais de Lisboa, propor um código de boas práticas, propor programas de formação e também programas de voluntariado e adoção, de forma a que os animais na cidade de Lisboa, sobretudo aqueles que nos são mais próximos, os cães e os gatos, possam ter uma melhor qualidade de vida na nossa Cidade.” Referiu que eram aqueles os factos merecedores de maior destaque no período compreendido entre o dia um de abril e o dia quinze de junho. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Solicitou ao Senhor Presidente que a perdoasse, mas que a verdade era que não sabia como descrever o total desinteresse pela situação dos animais do País, sobretudo pela enormidade da hipocrisia e por ter tentado usar os animais para angariar os votos dos seus tutores, amigos e defensores. ---------------------------------------------------------- ------ Evocou um velho ditado “a verdade é como o azeite, vem sempre à tona” para sublinhar que tinha sido a própria Provedora, ou ex-Provedora, a revelar o que se escondia por debaixo do pano e citou novamente “porque análises de sangue é coisa que não vi ali sucederem. Nunca. Nem quando nove gatos, recolhidos da mesma casa, com um delicioso ar felino de pequenos bebés e aparência saudável, começaram a morrer fulminantemente em casa dos adotantes, a contagiar dramaticamente os gatos próximos e com diagnósticos, completos, de calicivírus, feitos por médicos veterinários através de exames de sangue. A resposta, quando questionada a equipa da CAL, foi de panleucopenia, embora sem certezas porque, para não ser diferente, não foram realizadas análises de sangue aos animais. Para quê? Afinal estamos apenas a falar do canil e gatil” ------------------------------------------------------------------- ------ Indagou se não tinha sido o Senhor Presidente que havia dito que iria abrir um inquérito para averiguar o que se passava no Canil/ Gatil de Lisboa. Seguidamente questionou os resultados do inquérito, perguntando se o inquérito já tinha iniciado ou se se tratava apenas de um movimento eleitoralista visando os votos dos defensores da causa animal. ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ Continuou a citar a ex-provedora “finalmente tornou-se claro para mim que o meu sítio não é, ou será alguma vez, aquele em que se constitui um grupo de trabalho que alia peritos e os serviços municipais, sobre o crédito e a batuta institucional da pessoa que ocupa a louvável posição de bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários, para, um mês e meio depois ver essa figura institucional numa lista partidária candidata à vereação da Câmara Municipal de Lisboa. A promiscuidade que este ato indicia, noutras circunstâncias, inocente, destrói completamente a credibilidade de um grupo de trabalho que se queria independente, analista ao ínfimo das práticas atuais da casa dos animais e recomendador rigoroso das boas práticas que devem demarcar o futuro. Todo o cidadão tem, sem dúvida, o direito de figurar numa lista eleitoral, mas há deveres, que embora não estejam expressos na Lei, que estão na ética e na moral das nossas condutas. O Canil/ Gatil de Lisboa é o escândalo e a vergonha que todo o país conhece. Lutamos diariamente para que esta situação mude. Eu aqui, e muitos outros nos bastidores e nas ruas, cidadãos

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anónimos, mas cidadãos que votam. Cidadãos que, certamente, se questionam sobre o que faz a Bastonária da Ordem dos Veterinários numa lista, com a responsabilidade na horrenda situação em que os animais de Lisboa se encontram. E mais, até tiveram o cuidado de colocar um outro nome, pelo qual a Senhora não é tão conhecida.” ------------------------------------------------------------------------------------------ ------ Disse ao Senhor Presidente que poderia tentar «dourar a pílula», mas o facto é que durante os seus mandatos não tinha querido saber dos animais para nada. Questionou porque é que haveriam de acreditar que naquela altura, em véspera das eleições, iria ser diferente. Declarou que não acreditava naquela mudança. --------------- ------ Citou novamente a Senhora Provedora, escolhida e nomeada pelo Senhor Presidente "à mulher de César não basta ser, há que parecer, já se diz há séculos. Eu acumulei o odioso, por ser a cara dada pelos animais da casa de Lisboa, quando esta tem direção serena; o odioso dos anos em que nada se fez pelo Canil/ Gatil Municipal, e ali se fizeram coisas impróprias de designação civilizada; o odioso de encarnar um demónio eleitoralista, porque há eleições autárquicas a vinte e nove de setembro. Nem toda a boa vontade do mundo chega, nem todo o querer do universo chega, nem as mudanças lentas chegam quando tudo jaz, afinal, na ponta da caneta de um homem só.” ---------------------------------------------------------------------------------- ------ Perguntou se o Senhor Presidente seria o homem citado pela Senhora Provedora e salientou que a Senhora, escolhida e nomeada pelo Senhor Presidente, tinha revelado ao público aquilo que o Senhor Presidente tinha procurado esconder, nomeadamente a indecorosa falta de ética, a tentativa de utilização do sofrimento dos animais, para proveito próprio, em campanha eleitoralista, o que mostrava, clara e inequivocamente, a manifesta indiferença do Senhor Presidente pelos seres que sofriam horrores na cidade de Lisboa e que iriam continuar a sofrer, caso aquele executivo ganhasse as eleições. ------------------------------------------------------------------- ------ Disse que era triste ver a Capital de Portugal manchada com o sangue daqueles inocentes seres. Lembrou que antigamente os animais eram bastante maltratados, açoitados, encerrados em galpões, presos por correntes e considerados como meros animais de trabalho e temeu que fosse necessário esperar um pouco mais pela mudança de mentalidade para que os animais de outras espécies fossem encarados com o respeito que lhes era devido. Lembrou que Lisboa era bela, demasiado bela para arcar com o peso do sangue daqueles animais. ------------------------------------------- ------ Concluiu, lembrando o Senhor Presidente que na política, tal como em casamentos e batizados, não se desconvida quem se convidou, como o Senhor Presidente tinha feito com a Provedora. Sublinhou que se não o tivesse feito talvez a Senhora não tivesse denunciado a falta de respeito do Senhor Presidente pelos animais. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ------ A Senhora Deputada Municipal Rita Magrinho (PCP) no uso da palavra, observou que se encontravam no final daquele mandato e que três dos requerimentos apresentados pelo PCP continuavam sem resposta. Frisou que a resposta não consistia numa resposta escrita àquela Assembleia, mas sim na resolução daqueles problemas. -

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------ Especificou que uma das situações, cujo requerimento datava de abril de dois mil e doze, estava relacionada com o lote setecentos e vinte e quatro, oitavo andar letra D, da Rua Bento Gonçalves no Bairro do Armador. ------------------------------------ ------ Referiu que a referida habitação havia tido sérios problemas de infiltrações. Lembrou que na altura tinham apresentado fotografias condizentes com aquela situação e questionou se a Senhora Vereadora da Habitação tinha algo a dizer, uma vez que a Gebalis ainda não tinha conseguido dar resposta. --------------------------------- ------ Expôs que a segunda situação se prendia com um compromisso assumido pelo Senhor Vereador Fernandes Nunes da Silva. Recordou que o Senhor Vereador se tinha comprometido em resolver, até ao final do mandato, a questão da passagem aérea pedonal de Entrecampos. Lembrou que aquele problema datava de dois mil e dez e que tinha sido objeto de algumas recomendações apresentadas e aprovadas naquela Assembleia por unanimidade. Observou que se encontravam no final do mandato e que o problema se encontrava por resolver. --------------------------------------- ------ Relembrou que já tinha salientado, em intervenções anteriores, que uma boa parte das competências do Senhor Vereador em relação aos operadores da cidade de Lisboa não haviam sido cumpridas e que na altura o Senhor Vereador se revelara incomodado com aquelas declarações. Constatou que na realidade aquela situação ficara por resolver e que o Senhor Vereador Nunes da Silva tinha, relativamente à mobilidade, deixado muito a desejar. ------------------------------------------------------------ ------ Indicou que a terceira situação estava relacionada com a intervenção nas habitações das Torres do Alto da Eira que se encontrava a decorrer e lembrou que tinham, em março de dois mil treze, apresentado um requerimento que alertava para a existência de problemas graves, situações que não poderiam aguardar pelas obras.------ ------ Partilhou que, na altura, a Senhora Vereadora Helena Roseta tinha dito que iria dar resposta àquele requerimento, mas que ainda não haviam tido, até àquela data, qualquer resposta. Solicitou uma resposta até ao final do mandato, para que as referidas situações pudessem ser adequadamente tratadas. ----------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP-PP) começou a sua intervenção falando do Voto de Saudação aos funcionários da Assembleia Municipal de Lisboa, lembrando que faziam, todos, parte de um grande família. Agradeceu, em nome do CDS-PP-PP, a todos os funcionários daquela Assembleia Municipal o apoio prestado. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Falou de outro voto, um voto dirigido aos bombeiros, especialmente àqueles que tinham tombado em serviço, e alertou as autoridades para a necessidade de fiscalização na limpeza efetiva dos terrenos, desejando, por fim, que aqueles bombeiros fossem para sempre lembrados. ----------------------------------------------------- ------ Destacou alguns dos documentos que iriam ser apresentados no PAOD. Manifestou a concordância do CDS-PP em relação à Moção nº 5, referente à proibição da venda, e não de consumo, de bebidas alcoólicas em plena via pública. ---------------- ------ Relativamente à Moção do PEV subscreveu, o CDS-PP-PP, o desprezo a que aquele executivo tinha votado a escola de jardineiros e calceteiros, tendo optado pela contratação externa. Considerou inadmissível que aquele Executivo continuasse a

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apostar numa manutenção avulsa e contrária ao bom exemplo dado pelas freguesias na gestão daqueles espaços, tendo, algumas delas, afetado recursos humanos próprios. ------ Lembrou que a questão do estacionamento em frente à entrada principal do Museu Nacional de Arte Antiga já tinha estado naquele Plenário e que tinham sido, poucos meses antes, aprovadas naquela Assembleia recomendações que apelavam à resolução daquela situação. Comunicou que concordavam com a necessidade de rodar o espaço público naquela zona colocando um fim ao estacionamento desordenado, inseguro e obstrutivo. ------------------------------------------------------------------------------ ------ Disse que também iriam votar favoravelmente as moções relativas aos gatos silvestres. --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Fez notar que se encontravam no final daquele mandato e que poderia ter apresentado naquele dia moções ou recomendações alusivas aos problemas que ensombravam Lisboa. Lamentou que muitas das moções apresentadas até àquela data, pertinentes na altura, continuassem atuais e prementes. -------------------------------------- ------ Indagou para que é que servia o PAOD, se, no final, muitas das moções e recomendações aprovadas não eram tidas em conta pela Câmara. -------------------------- ------ Salientou que o Dr. António Costa tinha manifestado o seu desejo em trazer o Woody Allen para filmar Lisboa. Revelou que partilhava aquele desejo, mas, no entanto, lamentou que as objetivas fossem catapultar, mundialmente, a Capital da sujidade e da imundice ou a Lisboa dos buracos e das obras em período pré eleitoral. - ------ Focou que existiam mercados abandonados e desvirtuados e piscinas cujo acesso ainda não tinha passado da promessa, nomeadamente a piscina do Campo Grande, a piscina do Areeiro e a “Piscina Baptista Pereira”. --------------------------------- ------ Admitiu que aquela seria, muito provavelmente, naquele mandato, a sua última intervenção formal e declarou que tinha sido uma honra ter feito parte daquela casa, na qual haviam tido a oportunidade de apresentar propostas que visavam melhorar Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ------ Acrescentou que tinha crescido e aprendido com a partilha de opiniões com os seus colegas deputados que, salientou, muito estimava. ------------------------------------- ------ Dirigiu umas palavras à Senhora Presidente. Transmitiu um voto de estima pessoal e manifestou o seu agradecimento à forma democrática com que havia conduzido as sessões daquela Assembleia. Desejou que no mandato seguinte aquela Assembleia se tornasse mais aberta, mais participativa e que não fosse um mero instrumento fiscalizador das ações do executivo camarário. --------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal João Bau (BE) participou que naquele momento estava a ser publicado e disponibilizado na internet, pela Entidade Reguladora do Setor das Águas e dos Resíduos, o Relatório Anual dos Serviços de Água e Resíduos em Portugal 2012. ------------------------------------------------------------- ------ Expôs que aquela entidade tinha visto, no final do ano de dois mil e nove, o seu âmbito de atuação alargado, tendo passado a ter algumas competências no que respeitava aos serviços operados pelos seus municípios. Referiu que o relatório que estava a ser publicitado era o primeiro relatório a traduzir o referido alargamento. ------

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------ Transmitiu que entre os volumes do relatório disponibilizados se encontrava, no volume terceiro, a avaliação da qualidade do serviço prestado aos utilizadores. Frisou que aquele relatório reportava dados de dois mil e onze e que tinha procurado sintetizar a informação mais relevante relativa à qualidade do serviço prestado aos utilizadores, o que fizera utilizando indicadores de desempenho. --------------------------- ------ Referiu que aquele trabalho compreendia o fornecimento de dados por parte das entidades gestoras à Entidade Reguladora e a avaliação, pela entidade reguladora, dos dados fornecidos pelos operadores, através de auditorias, processamento de dados e posterior interpretação dos resultados. Salientou que a interpretação iria permitir que a Entidade Reguladora classificasse a qualidade dos serviços prestados por cada um dos operadores, para cada um dos indicadores. ----------------------------------------------------- ------ Enalteceu a qualidade daquele trabalho que classificou como sendo de inegável interesse, um trabalho pioneiro, um trabalho que tinha exigido que fosse solicitado às entidades gestoras um determinado número de dados. Citou, em conformidade com a Entidade Reguladora, que “foram pedidos cerca de cinquenta mil dados e apenas cerca de três mil e quinhentos não foram respondidos, o que corresponde a uma taxa de resposta de 92%. Uma parte significativa das entidades gestoras respondeu a todos os indicadores, o que significa que se encontram com um nível de qualidade e informação apreciável. Mas há um número significativo de entidades gestoras que não teve condições para reportar todos os dados.” ------------------------------------------- ------ Disse que quem lesse aquele relatório iria verificar algo verdadeiramente interessante, mais precisamente que no conjunto das três entidades gestoras que operavam no saneamento básico apenas uma não tinha conseguido reportar nenhum dos dados pedidos pela ERSAR, ou seja, que apenas a Câmara Municipal de Lisboa não tinha sido capaz de fornecer dados relativos ao sistema de águas residuais. ---------- ------ Considerou que tal significava, do ponto de vista técnico, que se encontravam perante uma gestão incapaz e incompetente e que, do ponto de vista político, significava que o Executivo da Câmara de Lisboa não reconhecia a importância do serviço de saneamento de águas residuais. Acrescentou que também era revelador do menosprezo da Câmara relativamente à importância da prestação, universal e eficaz, dos serviços públicos aos cidadãos. Salientou que a defesa dos serviços públicos fazia parte da defesa do património histórico das forças da Esquerda e que também traduzia o desleixo com que o sistema de águas residuais estava a ser tratado na Câmara Municipal de Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------- ------ Afirmou que a única questão em que o Senhor Presidente pensava quando ouvia falar naquele sistema era o chamado negócio da EPAL, nomeadamente os cem milhões de euros que pretendiam obter através da sua cedência. ---------------------------- ------ Declarou que o facto de a Câmara de Lisboa ter sido a única entidade gestora de saneamento básico do País que não tinha conseguido fornecer uma única informação ao Regulador era preocupante, vergonhosa e escandalosa. ----------------------------------- ------ Acrescentou que a situação em que a gestão daquele Executivo tinha colocado a Cidade não poderia, nem deveria ficar sem uma palavra de denúncia e de censura, e que era aquele o sentido e o objetivo da sua intervenção. ------------------------------------

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------ O Senhor Deputado Municipal John Rosas (MPT) declarou, no momento em que se reuniam formalmente pela última vez naquele mandato, ter sido uma honra, para si e para o seu colega António Arruda, partilhar aquele espaço com os demais deputados na defesa dos interesses da Cidade e do povo de Lisboa. ------------------------ ------ Disse que o Partido da Terra encerrava naquele dia um ciclo de trabalho positivo, na opinião dos seus deputados, em busca de soluções mais eficazes para os problemas que afligiam a Cidade e os seus habitantes. --------------------------------------- ------ Comunicou que naquela sessão em que apresentavam o PAOD pela última vez iriam submeter à consideração e aprovação duas recomendações e um voto de saudação. --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Referiu que a crise social e económica que assolara o País tinha levado aquele Executivo a optar por soluções inovadoras, nomeadamente por reuniões públicas descentralizadas de Câmara, uma medida enaltecida pelo Partido da Terra, uma medida que tinha proporcionado à população de Lisboa os meios e as oportunidades de apresentarem as suas opiniões e formularem as suas queixas e reclamações. ---------- ------ Reforçou que os Deputados daquela casa tinham procurado, cada um à sua maneira, e em conformidade com os princípios programáticos, contribuir, em prol da cidade de Lisboa, com sugestões, propostas, requerimentos e recomendações. ----------- ------ Sublinhou que o sucesso do trabalho desenvolvido pelos Deputados não teria sido alcançado sem a dedicação e o esforço pessoal dos funcionários daquela Assembleia. Revelou que o Partido da Terra acreditava que grande parte do sucesso do seu trabalho se devia ao esforço de colaboração de todos os funcionários daquela Assembleia. ------------------------------------------------------------------------------------------ ------ Sugeriu o MPT àquela Assembleia, numa das Recomendações que tinham apresentado, que propusesse à Câmara Municipal de Lisboa que, no término do seu mandato apresentasse àquela casa uma listagem com o conjunto de queixas e reclamações apresentadas pelos munícipes, por freguesia, esclarecendo quais as que efetivamente tinham sido resolvidas e as que, ao fim de quatro anos de mandato, continuavam por resolver. ------------------------------------------------------------------------- ------ Referiu que numa outra Recomendação solicitavam àquele Executivo Municipal que, na última sessão, apresentasse aos deputados eleitos pelo povo de Lisboa, o conjunto de propostas apresentadas pela oposição, aprovadas por aquela Assembleia, e qual o ponto de situação em que se encontravam. ------------------------------------------- e, por último, um Voto de Saudação dirigido a todos os funcionários daquela Assembleia, pelo empenho e dedicação dedicados àquela casa, realçando a sua participação, indispensável ao funcionamento daquele órgão autárquico. ----------------- ------ Acrescentou que aqueles eram os apelos que o Partido da Terra tinha entendido submeter naquele dia, àquele plenário, assumindo que traduziam o sentimento generalizado daquela casa, o da defesa da res publica, sempre na ótica dos interesses da Cidade e dos seus munícipes. ----------------------------------------------------------------- ------ Relativamente às intenções de voto do Partido da Terra para as restantes recomendações e moções, informou que o MPT se iria abster na Moção nº 1 e que iria votar favoravelmente as restantes moções e recomendações. --------------------------------

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------ O Senhor Deputado Municipal Gonçalo da Câmara Pereira (PPM) disse que tinham pensado em fazer um resumo daqueles quatros anos de mandato, mas que não tinham encontrado o que quer que fosse de relevante, ou seja, nada tinham para criticar, porque nada tinha sido feito. ------------------------------------------------------------ ------ Deu os parabéns ao Senhor Deputado John Rosas que fazia anos naquele dia e elogiou a Senhora Presidente por ter permitido, aos munícipes, mais tempo de intervenção do que aquele que estava estipulado no Regulamento. Declarou que as intervenções tinham sido muito interessantes e sugeriu que no regulamento seguinte aumentassem o tempo de intervenção previsto para as intervenções dos munícipes. ----- ------ Relativamente às moções e recomendações disse que iriam apresentar, por prevenção, uma recomendação relacionada com a proteção do Palácio Nacional da Ajuda. Falou do Museu Fernando Maurício, figura incontornável do Fado, e da moção referente à proibição de venda de bebidas alcoólicas na rua, uma medida adotada por qualquer cidade civilizada. ------------------------------------------------------------------------ ------ Mencionou a moção do PCP referente aos fogos florestais. Lembrou que o PPM há muito que defendia o reordenamento do território. ----------------------------------------- ------ Destacou, da recomendação apresentada pelo BE, uma frase, que designou de fantástica e citou “(…) mostra que temos uma sociedade atrasada, que não sabe acompanhar os animais que nos acompanham nas nossas vidas. Retirar ao animal aquilo que tem de mais valioso: a sua vida.” Seguidamente acusou o BE de pretender fazer exatamente o mesmo ao defenderem que os gatos fossem esterilizados. ------------ ------ A Senhora Deputada Cláudia Madeira (PEV) informou que “Os Verdes” iriam apresentar naquele dia um voto de louvor aos bombeiros portugueses que tinham tido, perante os inúmeros incêndios florestais que haviam deflagrado em Portugal, um desempenho exemplar, minimizando os prejuízos e salvando populações. ------------------------------------------------------------------------------------------ ------ Disse que em Portugal, ano após ano, o flagelo dos fogos florestais roubava vidas, bens e milhares de hectares de floresta, uma nefasta consequência de erradas e sucessivas opções políticas que tinham levado ao completo abandono da floresta portuguesa. ------------------------------------------------------------------------------------------ ------ Salientou que o Governo continuava a ignorar a urgência da aplicação de uma política de defesa e preservação da floresta, bem como de prevenção de incêndios, como se podia verificar pelo orçamento para o combate aos incêndios, que era quatro vezes superior ao orçamento atribuído para a prevenção. ------------------------------------ ------ Defendeu que uma floresta viva, fonte de vida e biodiversidade, uma floresta de usos múltiplos, económica e ambientalmente sustentável, e protegida contra o drama dos incêndios deveria ser, cada vez mais, uma prioridade. ----------------------------------- ------ Constatou que no entanto tinham sido confrontados com mais um ano, um ano negro marcado pela perda de vidas humanas. -------------------------------------------------- ------ Referiu também que, por vezes, os Bombeiros executavam o seu trabalho em condições de trabalho precárias e que, mesmo assim, nunca tinham deixado de proteger e socorrer as populações. ---------------------------------------------------------------

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------ Sublinhou que os Bombeiros mereciam, por tudo aquilo que mencionara, uma homenagem, o respeito e a consideração daquela Assembleia, razão pela qual propunham aquele voto de louvor, para que a Assembleia Municipal de Lisboa saudasse e homenageasse todos os Bombeiros Portugueses pela sua ação, esforço, empenho e dedicação; expressasse a sua solidariedade para com todos os homens e mulheres que, pondo em risco a sua vida, continuavam a servir as populações, e endereçasse o seu profundo pesar às famílias e corporações dos Bombeiros que tinham perdido a vida, e às populações vítimas destes incêndios. --------------------------- ------ Comunicou que o PEV iria apresentar uma moção pela promoção de uma mobilidade sustentável na cidade de Lisboa pois a qualidade de vida dos habitantes das zonas urbanas era, cada vez mais, diretamente influenciada pelo estado do ambiente urbano e pela existência de uma rede de transportes coletivos públicos eficiente, com boas interligações e intermodalidade, de forma a assegurar uma mobilidade sustentável às populações, dissuadindo-as igualmente de se deslocarem para a cidade no transporte individual. ---------------------------------------------------------- ------ Disse que a mobilidade urbana sustentável devia ser alcançada através de uma abordagem integrada de planeamento que tivesse em atenção todos os modos de transporte nas cidades e suas áreas vizinhas, tivesse em vista a satisfação das necessidades de mobilidade dos munícipes, num equilíbrio entre a qualidade ambiental, a equidade social e a qualidade de vida dos cidadãos. -------------------------- ------ Acrescentou que «Os Verdes» pretendiam que a Câmara Municipal de Lisboa diligenciasse junto das operadoras de transportes públicos que serviam a cidade de Lisboa, com vista a uma efetiva melhoria do serviço prestado, nas mais diversas vertentes, nomeadamente na mobilidade ou, entre outros, na intermodalidade para que numa estratégia conjunta, se defendesse e promovesse o transporte público, a preços justos e ao serviço da população. ----------------------------------------------------------------- ------ Apresentou também uma moção contra a destruição dos serviços de saúde e do património de saúde em Lisboa, por considerarem que a Cidade tinha sido alvo de verdadeiros ataques naquela matéria. ------------------------------------------------------------ ------ Defendeu que os serviços públicos de saúde eram importantíssimos para as populações e que, por isso, era imprescindível o investimento naquela área, era importante apostar numa política de saúde pública de qualidade, próxima dos cidadãos e que fosse ao encontro das necessidades das populações. ------------------------ ------ Lamentou que assim não fosse e referiu, a título de exemplo, a intenção de redução das urgências na Área Metropolitana de Lisboa para uma única urgência noturna. Considerou que era mais um ataque ao Serviço Nacional de Saúde, que colocava em causa a assistência às populações, e reduzia a segurança em caso de emergência grave ou catástrofe. ------------------------------------------------------------------ ------ Lembrou ainda, como se não bastasse, que tinham delapidado o património da saúde em Lisboa, com a conversão dos Hospitais da Colina de Santana em espaços de hotelaria, habitação e comércio, favorecendo a especulação imobiliária. Salientou que o prazo para a discussão pública daqueles projetos tinha sido, manifestamente, insuficiente. ------------------------------------------------------------------------------------------

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------ Considerou que eram situações reveladoras de desprezo pelas necessidades de cuidados de saúde das populações, e que aquele era, sem dúvida, e na perspetiva de «Os Verdes», um caminho a não seguir. -------------------------------------------------------- ------ Declarou que a Câmara Municipal de Lisboa não podia pactuar com aquela destruição e que não podia assistir de forma impávida e serena àquelas situações. Explicou ser aquele o motivo pelo qual apresentavam aquela Moção, para que a autarquia diligenciasse junto do Governo, no sentido de defender os serviços públicos de saúde, e de promover uma efetiva política de saúde, que fosse ao encontro das necessidades das populações; que recusasse a redução das urgências na cidade, por constituírem um evidente ataque aos serviços públicos de saúde e por colocarem em causa a assistência e segurança das populações; e que não permitissem a delapidação do património cultural, artístico e de saúde em Lisboa, salvaguardando a memória da Colina de Santana. ---------------------------------------------------------------------------------- ------ Relativamente à moção sobre os espaços verdes da cidade de Lisboa, alertaram para a necessidade de uma efetiva estratégia de gestão dos espaços verdes, uma vez que se continuava a assistir, para a manutenção dos referidos espaços, a sucessivas contratações externas. Defendeu que, considerando a existência de uma escola de jardineiros e calceteiros, formadora de qualidade, e pertencente à autarquia, aquela era uma situação que urgia alterar. -------------------------------------------------------------------- ------ Explicou que, à semelhança de muitas outras moções e recomendações apresentadas naquela Assembleia, o Grupo Municipal do PEV, pretendia, com aquela moção, que a autarquia apresentasse, com a maior brevidade possível, uma efetiva estratégia para a gestão dos espaços verdes da cidade de Lisboa, com vista à sua requalificação, valorização e preservação; que defendesse a prestação do serviço público na manutenção e gestão dos espaços verdes da cidade, através dos seus próprios recursos humanos, nomeadamente da escola de jardineiros e calceteiros e finalmente, que promovesse programas e medidas de proteção ativas de manutenção, preservação e de sustentabilidade do maior pulmão verde da cidade, o Parque Florestal de Monsanto. ----------------------------------------------------------------------------- ------ Falou da Moção contra a degradação dos Equipamentos Desportivos na Cidade de Lisboa, alertando para o avançado estado de degradação de diversos equipamentos lúdicos e desportivos, situação que demonstrava bem a ausência de políticas da CML relativamente à manutenção e gestão daqueles equipamentos. Entendeu ser imperioso que a autarquia procedesse à sua proteção, impedindo a sua completa deterioração, e que promovesse a dignificação e utilização daqueles espaços, para usufruto da população, e que a CML assumisse claramente um papel ativo na reabilitação, reabertura e gestão daqueles equipamentos da cidade de Lisboa. --------------------------- ------ A Senhora Deputada Municipal Ana Gaspar (Independente) falou em nome dos Deputados Independentes. Referiu que aquela era uma casa de cidadania e que tinham, naqueles quatro anos de mandato, procurado o consenso, procurado trabalhar em conjunto, procurado espelhar caminhos de cidadania ampla, fraterna e, sempre, em busca de equidade. ----------------------------------------------------------------------------------

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------ Agradeceu aos presentes e sublinhou que a fórmula “eco e voz” era, na opinião dos Independentes, a única forma de os políticos exercerem a política. -------------------- ------ Saudou, particularmente, o apoio, imprescindível, dos funcionários. ---------------- ------ Agradeceu o modo enérgico e pessoal com que a Senhora Presidente tinha conduzido aqueles quatros anos de mandato. --------------------------------------------------- ------ Desejou votos de um bom trabalho e de uma boa vida a todos os cidadãos.-------- ------ A Senhora Deputada Municipal Inês Dentinho (PSD) lamentou que o Senhor Presidente não tivesse conseguido estar presente no início daquela sessão, na altura, especificou, em que a Senhora Arquiteta Luísa Forjaz expusera uma sequência de sete ilegalidades relativas ao Quarteirão dos Marianos. -------------------------------------------- ------ Lamentou ainda que, numa Câmara com tantos, e tão competentes, funcionários, um processo com uma área tão significativa e tão sensível, conseguisse acumular aquele chorrilho de ilegalidades. Sublinhou que não estavam a tratar de um projeto ilegal mas sim de um projeto legal e muito bem feito para a Zona da Madragoa. -------- ------ Focou a parte política daquele projeto que era, na sua opinião, a parte que dizia respeito àquela Assembleia. ----------------------------------------------------------------------- ------ Considerou que aquela situação era um atentado, que contradizia tudo o que o Senhor Presidente defendera até àquele momento, que contradizia aquilo que o Senhor Presidente dizia ser a vocação dos logradouros e as vantagens dos bairros interclassistas. --------------------------------------------------------------------------------------- ------ Questionou como é que tinha sido possível construir, em pleno coração da Madragoa, um condomínio fechado que prejudicava toda a gente ao redor, prejudicava todos, menos os capitalistas do condomínio fechado. Declarou que tal não deveria ser possível e que não era aquela a vocação do sítio. Afirmou que ninguém tinha sido consultado. Admitiu que tinha, efetivamente, existido uma consulta pública da qual ninguém tinha tido conhecimento. ------------------------------------------------------ ------ Expôs que tinham trocado um logradouro por um condomínio fechado; que a segurança só era garantida aos moradores do condomínio, sob a capa de um pátio alfacinha e de um jardim para um suposto usufruto da população; que se tinha trocado uma área de onze mil metros quadrados de construção, em cinco andares, cortando vistas, impermeabilizando o solo do logradouro e contrariando tudo o que havia sido dito pelo Senhor Vereador Sá Fernandes e contrariando os programas eleitorais do Dr. António Costa. -------------------------------------------------------------------------------------- ------ Mencionou que o segundo assunto que pretendia abordar estava relacionado com a Moção nº 3, referente à retirada de carros do largo do Museu de Arte Antiga. Pediu ao autor da referida Moção que passasse da palavra à ação e que incluísse na parte deliberativa dois lugares fixos para deficientes. ---------------------------------------- ------ Lembrou que aquela Assembleia tinha homenageado, de pé, Salvador Mendes de Almeida e indagou o que é o Senhor iria dizer se soubesse que não podia ir ao Museu de Arte Antiga, sozinho, por não ter onde deixar o seu veículo. Frisou que era de lei que existissem dois lugares fixos para deficientes, e não apenas de circulação. --- ------ Abordou outro assunto. Dirigiu-se ao Senhor Presidente citando Jean Jaques Rousseau que dizia “que só tinha a arte de ser claro para quem tinha a arte de estar

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atento”. Assumiu que o Senhor Presidente, por estar entretido com o telemóvel, não lhe iria prestar a devida atenção. ------------------------------------------------------------------ ------ Mencionou, em relação ao trânsito, que gostaria que o Senhor Presidente utilizasse a liberdade que lhe estava incutida no ADN e que libertasse a população de Lisboa das tirânicas restrições impostas na circulação automóvel, por acreditar que motivavam a desobediência civil e, por acreditar que aquela tirania não fazia parte da génese política do Senhor Presidente. ----------------------------------------------------------- ------ Agradeceu o trabalho da Senhora Presidente ao longo daquele mandato, agradeceu também a todos os Grupos Parlamentares e declarou que tinha sido um privilégio fazer parte daquela Assembleia, salvaguardando que nem sempre tinha sido edificante mas que tinha sido sempre útil para a Cidade. ------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Graça Gonçalves disse que era, efetivamente, obrigatória a existência de dois lugares fixos de estacionamento para deficientes e que a Câmara, uma cumpridora da Lei, iria, com certeza, reservar dois lugares fixos para deficientes. Sublinhou que, no entanto, aquele era um ponto que, na sua opinião, se encontrava contemplado na Moção que iria apresentar àquela Assembleia. --------------- ------ A Senhora Presidente disse que gostaria de acrescentar um ponto àquela história do estacionamento no Museu de Arte Antiga, lembrando que inicialmente aquele estacionamento, conseguido na altura em que Lisboa fora Capital Europeia da Cultura, se destinava ao estacionamento de deficientes e à largada de passageiros e visitantes do Museu, mas que ao longo do tempo o propósito inicial tinha sido desvirtuado. Manifestou a sua satisfação por pretenderem devolver àquele estacionamento o seu propósito inicial e sublinhou que o desvirtuamento do parque de estacionamento limitava o número de visitantes do Museu. ---------------------------------- ------ A Senhora Deputada Municipal Inês Dentinho (PSD) reafirmou que não estava na letra daquela proposta os dois lugares fixos de estacionamento e que a Câmara poderia, por iniciativa própria e para cumprir a Lei, colocar os dois lugares para deficientes, mas que se o fizesse seria, frisou, por iniciativa própria e não por constar da Proposta. -------------------------------------------------------------------------------- ------ Sugeriu também que se acrescentasse o acesso a veículos de emergência e estacionamento de deficientes. -------------------------------------------------------------------- ------ Sublinhou que as palavras tinham significado e que eram as palavras que eram votadas. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) informou, relativamente aos documentos que iriam ser votados, que iriam subscrever o voto de louvor aos bombeiros portugueses, recomendado pelo PEV e o voto de saudação aos trabalhadores da Assembleia, apresentado pelo MPT. Comunicou que iriam votar favoravelmente os outros documentos mas, salvaguardou, que não concordavam com os considerandos números quatro e cinco da Recomendação nº 6. -------------------------- ------ Comunicou que iriam apresentar naquele dia uma recomendação referente a um terreno abandonado e em degradação pero do vale de Chelas. Considerou chocante que aquela Câmara, de maioria PS, tivesse deixado aquele terreno ao abandono. --------

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------ Propôs, o PCP, que considerassem a possibilidade de construírem, naquele espaço, equipamentos que melhorassem a qualidade de vida dos cidadãos, nomeadamente, a construção de um parque infantil e um campo de jogos destinado aos jovens. ------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Acrescentou que, no âmbito do Plano Pormenor para a Zona Parque Oriental, propunham, ainda, a construção da creche do Casal Vistoso, uma promessa daquele executivo camarário que não tinha sido cumprida. -------------------------------------------- ------ Comunicou que também tinham apresentado uma moção contra o encerramento das urgências na Grande Lisboa. Salientou que na área da Grande Lisboa, para onde confluíam diariamente muitos utentes de outras regiões, se insistia, para além daquelas medidas, no encerramento da Maternidade Alfredo da Costa, Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto e do Hospital Pulido Valente salientando que se encerravam extensões de centros de saúde, se reduziam especialidades clínicas em grandes hospitais, como o Curry Cabral ou Santa Maria, se reduzia o número de camas, e se aumentava a precariedade e os despedimentos dos trabalhadores. ------------ ------ Sublinhou que o ataque ao Serviço Nacional de Saúde estava patente na delapidação do património da saúde de Lisboa, como era o caso da venda dos terrenos, com o aval da Câmara Municipal de Lisboa, para especulação imobiliária da Colina de Santana, onde se localizavam os hospitais de S. José, Santa Marta, Capuchos e Miguel Bombarda. ------------------------------------------------------------------- ------ Declarou que o estado em que a Cidade se encontrava era demonstrativo da incapacidade daquela maioria PS em resolver os problemas que afetavam a Cidade e os Lisboetas. ----------------------------------------------------------------------------------------- ------ Referiu que a Lisboa daqueles dias era a Lisboa dos milhares de desempregados, da desindustrialização, do pequeno comércio com a corda na garganta, dos despejos de famílias e coletividades através da Lei das Rendas e, entre muitos outros, dos jovens a quem era negado um futuro na Cidade. ------------------------ ------ Disse que intervir sobre todas as contradições e antagonismos teria de ser o objetivo principal de uma governação democrática da Cidade; uma governação mais capaz de cumprir aquele objetivo quanto mais democrática, quanto mais participada se revelasse, capaz de envolver a população nas escolhas do caminho a seguir. ---------- ------ Revelou que o projeto da CDU assegurava a continuidade de um percurso de vários anos marcado pelo trabalho com e para a população da Cidade, marcado pela honestidade de quem via nos cargos públicos, não uma forma de atingir benefícios pessoais, mas sim uma forma de assumir um compromisso pela transformação das condições de vida; um percurso marcado pela competência de quem sabe que para se transformar é necessário conhecer, frisando que tinham da Cidade o conhecimento ímpar, oriundo de uma profunda ligação à população, aos bairros, aos locais de trabalho e ao processamento da vida na Cidade. ----------------------------------------------- ------ Destacou que no executivo PS de António Costa se faziam sentir diretrizes da política de direita, visíveis na ausência de políticas de juventude na Cidade e pela destruição, limitação e eliminação de meios e infraestruturas que poderiam permitir aos jovens desenvolver as atividades necessárias à sua formação. --------------------------

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------ Defendeu, a CDU, que os jovens não tinham apenas o direito de viver, estudar e trabalhar em Lisboa, mas, também, o direito de participar na vida da Cidade. ------------ ------ Referiu que Câmara Municipal de Lisboa deveria ter um papel ativo na exigência ao poder central e na defesa dos direitos dos jovens na Cidade, nomeadamente na defesa da escola pública e para todos. ------------------------------------- ------ Partilhou que a Cidade desejada se projetava em quatro prioridades às quais se juntavam as linhas de intervenção e trabalho sociais, designadamente na recuperação de riqueza na Cidade, estimulando a atividade produtiva e a diversificação, na definição de políticas habitacionais que facilitassem o acesso à habitação, que contribuíssem para atrair e fixar população, entre outros; na defesa dos serviços públicos, enquanto elementos centrais para o bem-estar e para a qualidade de vida na Cidade e, no combate à degradação do transporte público apostando na sua qualidade e cobrindo toda a extensão da Cidade, impedindo, entre outras medidas, a privatização do Metro e da CARRIS. --------------------------------------------------------------------------- ------ Concluiu, dizendo que aquelas eram algumas linhas de ação da CDU na perspetiva de uma Cidade liberta daquela gestão PS e a caminhar para um futuro positivo e diferente para todos. ------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Miguel Coelho, no uso da palavra, começou por saudar a cidade de Lisboa, o Senhor Presidente da Câmara e toda a Vereação, pela mais recente distinção internacional que a cidade de Lisboa recebera havia dias, sendo considerada o melhor destino europeu para viagens de curta duração. ------ Destacou que aquele era um exemplo de que o grande esforço que estava a ser feito por todos estava a dar resultados e estava a ser reconhecido internacionalmente. Cada vez havia mais pessoas que visitavam Lisboa e, sobretudo, havia cada vez mais pessoas que gostavam da cidade de Lisboa, o que deveria orgulhar a todos, independentemente do seu posicionamento político. ----------------------------------------- ------ Informou que, porque se estava em mês eleitoral, tinham decido não apresentar qualquer moção de conteúdo político à Assembleia Municipal, porque tinham consciência que qualquer votação seria condicionada, de imediato, por eventuais interesses eleitorais, o que consideravam ser natural. ---------------------------------------- ------ Concluiu, explicando que uma vez que a Senhora Presidente já marcara uma nova reunião para o dia oito de outubro, não iria apresentar na sua intervenção as saudações merecidas a todos aqueles que ali estavam e que os haviam ajudado, guardando esse momento para a reunião de oito de outubro, mas que aproveitava para desejar a todos os Srs. Deputados que eram candidatos autárquicos nas próximas eleições, independentemente de qual o partido pelo qual concorriam, a maior das felicidades pessoais, sendo naturalmente certo que felicidades políticas só as desejava para o seu partido.- --------------------------------------------------------------------------------- ------ A Senhora Vereadora Helena Roseta, no uso da palavra, agradeceu a todos os Srs. Deputados a colaboração que haviam dado, no exercício do seu mandato, ao trabalho que desenvolvera naquele mandato na Câmara de Lisboa, e disse que iria tentar responder sinteticamente às questões que lhe haviam sido colocadas pela Sra. Deputada Rita Magrinho. -------------------------------------------------------------------------

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------ Continuou, explicando que, em primeiro lugar, o que se passava na intervenção no setecentos e vinte e quatro, oitavo, no Bairro do Armador Bento Gonçalves, era que num condomínio em que a Câmara tinha sessenta por cento e os condóminos tinham quarenta por cento, não se havia conseguido encontrar consenso. ----------------- ------ Prosseguiu, informando que já tinha falado com o Senhor Presidente do Conselho de Administração da Gebalis, ao qual dera instruções para, obrigatoriamente, ser dada prioridade à reparação dos elevadores, porque, evidentemente, mesmo que uma parte do condomínio não pagasse a sua quota-parte, havia procedimentos legais para que se pudesse obter aquela contrapartida. ------------- ------ Relativamente às Torres do Alto da Eira, defendeu que estava convencida que o seu Gabinete já tinha respondido, porque dera instruções expressas naquele sentido e ainda sobre o que deveria ser enviado, mas, pelos vistos, não havia sido dada resposta. ------ Desculpabilizou-se e explicou que a calendarização de todas as obras das Torres do Alto da Eira estava feita e apresentada à população e que já fora feito algum trabalho preparatório, designadamente os projetos e os financiamentos que já estariam garantidos. ------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Disse estar previsto que entre setembro e outubro pudesse arrancar a primeira parte da remodelação da rede de gás e as obras de reparação das coberturas, mas que a dos vãos só arrancaria no final do ano. --------------------------------------------------------- ------ Referindo-se ao problema que a Sra. Deputada levantara, sobre os pisos vazados, disse que o mesmo só iria ser resolvido no fim, em sede de obra, salientando que até poderiam ser feitas limpezas no local, as que se entendesse mandar fazer, mas que aquele local continuaria a ser de muito difícil acesso enquanto não se fizesse a obra que se propunham fazer, a qual consistia pura e simplesmente em abrir aqueles pisos e remodelar tudo. ----------------------------------------------------------------------------- ------ Reforçou que se tratavam de coberturas que não tinham qualquer acesso, pelo que estavam constantemente muito sujas, defendendo que seria mesmo o projeto que permitiria resolver o problema, sendo que a população concordara com a solução que tinham proposto. ------------------------------------------------------------------------------------ ------ Terminou, dizendo que pensava ser aquilo que poderia responder, acrescentando que ficava contente em saber que o PCP também considerava positivo o que se tinha aprovado em matéria de recuperação das Torres do Alto da Eira. -------------------------- ------ O Senhor Vereador Nunes da Silva, no uso da palavra, disse que provavelmente ainda haveria uma outra reunião de Assembleia onde todos se poderiam despedir, e referiu que, de qualquer modo, se em resultado das eleições autárquicas, se pudesse sentar no outro lado do palanque, tal seria uma outra experiência interessante, embora já a tivesse tido no passado. ------------------------------ ------ Respondeu às questões que lhe tinham sido colocadas e agradeceu, começando por dizer, em relação ao estacionamento do Museu Nacional de Arte Antiga, que tinham trabalhado ao longo de meses com o Senhor Professor Pimentel, que era o responsável pelo Museu, e que já tinham encontrado uma solução, a qual já fora para as Obras para ser executada, sublinhando que a mesma, de alguma forma, respondia às questões que se colocavam, as quais não eram de fácil resolução, uma vez que se

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tratava de uma zona da Cidade onde o estacionamento de residentes era extremamente deficitário. -------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Justificou que retirar dezanove lugares de estacionamento aos residentes na Rua das Janelas Verdes e que não tinham qualquer hipótese de estacionamento também não era uma questão muito fácil de resolver. -------------------------------------------------- ------ Salientou que se encontrara uma solução, a qual fora acordada com o Senhor Responsável pelo Museu Nacional de Arte Antiga, que consistia na colocação naquele parque de estacionamento de um pilarete comandado pela própria Receção do Museu, que seria utilizado única e simplesmente durante o período de funcionamento do Museu e destinado quer a pessoas com deficiência, quer a visitas oficiais ou outras situações semelhantes, ficando a praça livre de automóveis nas restantes situações. ----- ------ Esclareceu que fora definido um local de estacionamento na Rua das Janelas Verdes para autocarros de turismo, de apoio ao Museu, e que fora encontrada uma solução para que existisse um elevador vertical junto às escadas que davam para a Av. 24 de Julho, junto ao qual poderia funcionar um estacionamento para os autocarros dos circuitos turísticos, acrescentando que já tinha sido entregue o estudo para ser desenvolvido relativamente àquele elevador, o qual constituiria um outro acesso bastante interessante ao próprio Museu. --------------------------------------------------------- ------ Concluiu que aquela questão já fora resolvida e que se aguardava, apenas, que se pudessem executar as obras assim que fosse possível. --------------------------------------- ------ Prosseguiu, referindo que em relação ao Elevador da Rua de Entrecampos, finalmente haviam conseguido entregar o projeto de execução, de forma a que a EMEL pudesse lançar a respectiva empreitada. ------------------------------------------------ ------ Referiu que era evidente que gostaria que aquela questão já tivesse sido resolvida há mais tempo, mas que seria importante dizer que fora surpreendido com algumas situações, do ponto de vista de engenharia, que não estava de modo algum à espera, nomeadamente, o facto do elevador aparecer junto a uma passagem superior metálica já executada e os problemas de balanço sísmico, algo sobre o qual pouco sabia e sobre o qual estava a aprender. ---------------------------------------------------------- ------ Repetiu que se tratava de questões que teriam que ter sido resolvidas, as quais não tinham sido muito fáceis, e que o que julgavam ser um estudo prévio, a ser lançado logo para obra, tivera de ter sido sujeito a um projeto de engenharia com alguma complexidade, o que o fizera prolongar no tempo, mas que, finalmente, o projeto tinha sido entregue à EMEL, a qual estava a preparar o lançamento da empreitada para ser construído o mais rapidamente possível. ------------------------------- ------ Disse, em relação à Zona Trinta do Bairro do Arco do Cego, que tivera ali a oportunidade de falar com o Senhor Presidente da Junta de Freguesia e que o que fora referido no Plenário não correspondia de modo algum à realidade, porque aquele era um projeto que já tinha uns dois anos, que fora discutido e sempre acertado com a própria Junta de Freguesia e com os outros serviços da CML que pudessem intervir naquela matéria. ------------------------------------------------------------------------------------ ------ Explicou que face aos problemas que a Câmara estava a ter em termos de lançamento de empreitadas, a não conseguir dar resposta a todas elas, a própria Junta

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de Freguesia e a Câmara, em determinada altura, haviam chegado a colocar a hipótese de fazer o mesmo que se havia feito com a Junta de Freguesia de Benfica, cujo projeto da Zona Trinta do Bairro do Charquinho estava naquele momento praticamente concluído, mais precisamente a dez, quinze dias da respectiva conclusão. ------ Esclareceu que naquela altura haviam chegado a discutir com o Senhor Presidente da Junta de Freguesia a possibilidade de fazer o mesmo, ou seja, de transferir o dinheiro para a Junta com o projecto de execução, passando a mesma a assumir a execução deste.-------------------------------------------------------------------------- ------ Frisou que dizer-se que aquela situação não fora discutida, não fora analisada, que tinha havido desconhecimento, não correspondia minimamente à realidade, concluindo que se permitia, naquele momento, agradecer à Junta de Freguesia, a qual suprira as dificuldades da Câmara em distribuir os folhetos pela população, e que não só o fizera no Bairro, mas também em toda a zona envolvente. ---------------------------- ------ Reforçou que seria bom que se esclarecesse que as Zonas Trinta tinham por objetivo evitar o atravessamento, tinham por objetivo que aqueles bairros fossem atravessados por pessoas que nada tinham a ver com o bairro e que utilizavam aquilo como bypass ou como atalhos para não circularem nas vias principais. -------------------- ------ Evidenciou que aquele era um dos objetivos e que, portanto, não iriam estar a fingir que queriam agradar a “gregos e a troianos”, explicando que as Zonas Trinta eram zonas que se destinavam a acalmar a circulação nas zonas residenciais, que se destinavam a criar mais estacionamento, essencialmente, para residentes, para que o espaço público pudesse ser utilizado de uma forma muito mais amigável por toda a gente. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Continuou, referindo que era um gosto ir ao Bairro do Charquinho, onde a rua principal já estava concluída, e que era espantoso ver, naquele momento, as crianças a brincar em plena rua, onde se sentiam plenamente à vontade a fazer corridas de patins e de skate, frisando, por último, que a obra ainda não estava toda concluída e já permitia aquele tipo de utilização. --------------------------------------------------------------- ------ Reiterou que era aquele o objetivo e que as pessoas que iriam protestar, dizendo que dantes circulavam à vontade e que podiam entrar num lado e sair no outro sem mais, e que atravessavam o bairro em boa velocidade, se queixassem. --------------------- ------ Terminou, dizendo que o objetivo era exatamente impedir que aquilo continuasse a ser feito, o que iria ser conseguido, sublinhando que no final, como habitualmente acontecia naquelas situações, em que se introduziam algumas mudanças de hábitos, as pessoas iriam agradecer por terem uma rua muito mais calma, muito mais segura e aprazível. ---------------------------------------------------------- ------ A Senhora Presidente, dado que mais ninguém desejara intervir, encerrou o debate e, informou que iriam passar à votação dos Votos de Louvor, das Moções e das Recomendações. ------------------------------------------------------------------------------------ ------ Segue-se a transcrição e votação do Voto de Louvor N.º 1, apresentado pelo PEV e subscrito por todos os Grupos Municipais, Deputados Independentes e Mesa. -- ------ Voto de Louvor n.º 1 - Aos Bombeiros Portugueses ---------------------------------

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------ “Têm sido inúmeros os incêndios florestais que têm deflagrado em Portugal este ano, e o desempenho dos Bombeiros portugueses que, em nome do bem comum, permitiu minimizar os prejuízos e salvar populações que estavam cercadas pelas chamas, merece o reconhecimento e o louvor de todos nós. ------------------------------- ------ De facto, devido ao flagelo dos fogos, o País está a deparar-se com um ano negro a nível das consequências, principalmente, com a perda de vidas humanas. ----- ------ Os Bombeiros têm feito um trabalho exemplar em prol do país e de todos os portugueses, arriscando a própria vida para salvarem pessoas e bens. ------------------ ------ Infelizmente, quantos não são os Bombeiros que perdem a sua vida no combate a incêndios florestais, resultando, muitos deles, da ausência de uma política de ordenamento e preservação da nossa floresta, de campanhas de sensibilização junto das populações e de prevenção da ocorrência de incêndios florestais. ------------------- ------ Considerando que, por vezes, os Bombeiros executam o seu trabalho com parcas condições de trabalho e, mesmo assim, nunca deixam de proteger e socorrer as populações. -------------------------------------------------------------------------------------- ------ Importa também referir os Bombeiros Voluntários que contam com homens e mulheres que dedicam voluntariamente uma grande parte do seu tempo ao serviço da comunidade, estando sempre disponíveis para auxiliar e proteger a população. ------- ------ Por todas estas razões, os Bombeiros portugueses merecem a nossa homenagem, o nosso respeito e consideração. Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 3 de Setembro de 2013: ----------------------------------------------- ------ - saúda e homenageia todos os Bombeiros Portugueses pela sua acção, pelo esforço, empenho e dedicação no combate aos incêndios que têm assolado o nosso país, e pelo socorro prestado às populações; ------------------------------------------------- ------ - expressa a sua solidariedade para com todos os homens e mulheres que, pondo em risco a sua vida, continuam a servir as populações; ---------------------------- ------ - endereça o seu profundo pesar às famílias e às corporações dos Bombeiros que perderam a vida no combate aos incêndios.” -------------------------------------------- ------- VOTAÇÃO – o Voto de Louvor n.º 1 foi aprovado por unanimidade. -------- ------ Segue-se a transcrição e votação do Voto de Saudação N.º 1, apresentado pelo MPT e subscrito por todos os Grupos Municipais, Deputados Independentes e Mesa. -- ------ Voto de Saudação N.º1 - Aos Funcionários e Colaboradores dos Serviços da

Assembleia Municipal de Lisboa -------------------------------------------------------------- ------ “Considerando: ---------------------------------------------------------------------------- ------ 1. Que o actual mandato autárquico está prestes a terminar; ---------------------- ------ 2. Que ao longo destes 4 anos a exigência das tarefas e das funções desempenhadas pelos deputados municipais e suas equipas dependeram grandemente da colaboração dos funcionários e colaboradores dos serviços da Assembleia Municipal de Lisboa; ----------------------------------------------------------------------------- ------ 3. Que o sucesso do trabalho desenvolvido pelos diferentes Grupos Municipais se deveu, em grande parte, à dedicação e ao esforço pessoal de cada um dos funcionários e colaboradores desta Assembleia; --------------------------------------------

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------ 4. Que o Partido da Terra entende ser da mais elementar justiça que os diversos Grupos Municipais, representados nesta Casa, saúdam e emitam um voto de agradecimento colectivo a todos os colaboradores e funcionários desta Assembleia pela dedicação e pela excelência do trabalho que desenvolveram em prol dos lisboetas e da cidade de Lisboa. ---------------------------------------------------------------- ------ O Grupo Municipal do Partido da Terra, propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua reunião de 3 de Setembro de 2013, delibere: --------------------------- ------ 1. Saudar e agradecer a todos os funcionários e colaboradores da Assembleia Municipal de Lisboa, indiferentemente das suas funções ou cargos, o seu empenhamento e a dedicação que prestaram a esta casa e realçar a sua participação indispensável ao bom funcionamento deste órgão autárquico. ---------------------------- ------ 2. Estender este reconhecimento e agradecimento a todos os funcionários do Município de Lisboa e respectivas empresas municipais, realçando a dedicação profissional e o contributo técnico de todos na missão de servir os lisboetas e na defesa da cidade de Lisboa. --------------------------------------------------------------------- ------ 3. Dar conhecimento deste voto de saudação a todos os funcionários do município de lisboa, pelos meios considerados os mais adequados.” -------------------- ------- VOTAÇÃO – o Voto de Saudação n.º 1 foi aprovado por unanimidade. ----- ------ Segue-se a transcrição e votação da Moção N.º 1, apresentada pelo Grupo Municipal do PCP. --------------------------------------------------------------------------------- ------ Moção N.º 1 - Contra o Encerramento de Urgências na Grande Lisboa -------- ------ “Considerando que: ----------------------------------------------------------------------- ------ O Governo PSD/CDS-PP-PP, sem divulgar a sustentação em estudos idóneos sobre as necessidades e as consequências para a população da Região de Lisboa e Vale do Tejo, quer reduzir as urgências na Grande Lisboa, concentrando todas as especialidades no período nocturno, em dois hospitais, ficando apenas um, rotativo entre Santa Maria e S. José, respectivamente; ----------------------------------------------- ------ Esta alteração traz consequências dramáticas para as populações, implica que os utentes que recorram a uma urgência no período da noite correm o risco de terem que ir a dois hospitais, se o seu episódio de doença necessitar de um médico especialista;----------------------------------------------------------------------------------------- ------ Não se sabe quem vai garantir e assumir os custos desta deslocação, nem quanto tempo de espera vai implicar em cada urgência; ----------------------------------- ------ Não podemos aceitar a justificação da escassez de médicos e o envelhecimento dos mesmos, quando não se promove a abertura de concursos públicos que fixem jovens médicos que se formam na região e se insiste na precarização dos seus vínculos; -------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Na área da Grande Lisboa, para onde confluem diariamente muitos utentes de outras regiões, para além destas medidas, insiste-se no encerramento da Maternidade Alfredo da Costa, Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto e do Hospital Pulido Valente. Encerram-se extensões de centros de saúde, reduzem-se especialidades clínicas em grandes hospitais, como o Curry Cabral ou Santa Maria, reduzem-se o número de camas, aumenta-se a precariedade e os despedimentos dos trabalhadores;

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------ O ataque ao Serviço Nacional de Saúde tem vindo a ser denunciado com delapidação do património da saúde de Lisboa, como é o caso da venda dos terrenos para especulação imobiliária da Colina de Santana, onde se localizam os hospitais de S. José, Santa Marta, Capuchos e Miguel Bombarda, com o aval da Câmara Municipal de Lisboa; ----------------------------------------------------------------------------- ------ É uma opção clara do actual Governo, que vem no seguimento das linhas do memorando da Troika assinado pelo PS, PSD e CDS-PP, de destruição do SNS, com desrespeito pelos princípios constitucionais, com cortes arbitrários e sucessivos, superiores aos exigidos pela Troika e ainda espalhando a insegurança e desmotivação dos seus profissionais ao desrespeitar e até liquidar os seus direitos fundamentais; -------------------------------------------------------------------------------------- ------ O Governo despreza a evidente necessidade de tomar medidas para criar maior capacidade de resposta e reduzir os custos para os utentes do SNS, atendendo até à catástrofe social que se vive no país e não ouve as Associações de Utentes, os Sindicatos e as Ordens Profissionais ligadas à saúde; -------------------------------------- ------ O Serviço Nacional de Saúde é um direito fundamental da Constituição da República Portuguesa assentando na promoção da saúde, prevenção da doença e cuidados de proximidade, bem como um dos pilares fundamentais do regime democrático e um factor determinante da coesão social e de progresso. ---------------- ------ O Grupo Municipal do PCP propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sessão Ordinária realizada no dia 3 de Setembro de 2013, delibere: --------------- ------ 1. Manifestar profundo repúdio pela política levada a cabo pelo governo, na área da saúde, que tem por objectivo a destruição de um serviço público essencial às populações. ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ 2. Enviar esta Moção: --------------------------------------------------------------------- ------ Ao Governo, -------------------------------------------------------------------------------- ------ Aos Grupos Parlamentares da Assembleia da República, --------------------------- ------ À Ordem dos Médicos --------------------------------------------------------------------- ------ À Ordem dos Enfermeiros ---------------------------------------------------------------- ------ À Comissão de Utentes da Cidade de Lisboa ------------------------------------------ ------ À Direcção Regional de Lisboa do Sindicato de Enfermeiros Portugueses ------- ------ Ao Sindicato dos Médicos da Zona Sul ------------------------------------------------- ------ Ao Sindicato dos Trab. das Funções Públicas e Sociais do Sul e Reg. Autónomas ------------------------------------------------------------------------------------------ ------ À União de Sindicatos de Lisboa -------------------------------------------------------- ------ À CGTP-IN ---------------------------------------------------------------------------------- ------ À UGT” -------------------------------------------------------------------------------------- ------- VOTAÇÃO – a Moção nº 1 foi aprovada por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PS, PPM e de 4 (quatro) Deputados Independentes, os votos contra do PSD e CDS-PP-PP e a abstenção do MPT. ---------------------------------------

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------ Segue-se a transcrição e votação da Moção N.º 2, apresentada pelo Grupo Municipal do PCP. --------------------------------------------------------------------------------- ------ Moção N.º 2 - Sobre os Fogos Florestais --------------------------------------------- ------ “Considerando que: ----------------------------------------------------------------------- ------ A persistência do desordenamento florestal, o mau estado da floresta, a falta de investimento na prevenção e o número elevado de acidentes pessoais graves e mesmo mortais, e dos acidentes envolvendo viaturas, estão a fazer de 2013 um ano negro a nível das consequências humanas dos incêndios florestais. -------------------------------- ------ É urgente pugnar por aquela que constituirá a mais importante medida preventiva dos fogos florestais: o Reordenamento Florestal, pois não basta legislar sobre “a floresta contra incêndios”, sendo indispensável clarificar quem fiscaliza, quem notifica e quem faz cumprir a legislação. ---------------------------------------------- ------ É absolutamente necessário inverter a lógica actual e as prioridades que levam a que haja mais orçamento para o combate do que para a prevenção. ------------------ ------ Face à dramática situação resultante dos graves acidentes ocorridos – que não se compadecem com as habituais declarações da parte do Governo sobre as condições climatéricas e de terreno e a “adequação” do dispositivo – é inadmissível que haja bombeiros a combater fogos sem o respectivo e completo equipamento de protecção individual. ----------------------------------------------------------------------------- ------ É necessário conhecer os relatórios das investigações dos incêndios, bem como os relatórios da investigação dos acidentes em serviço dos quais tenham resultados a morte ou incapacidade (temporária ou definitiva) de bombeiros. ------------------------- ------ É urgente o aumento das coberturas do seguro de acidentes pessoais dos bombeiros, no mínimo para o dobro, cujo tomador são as Câmaras Municipais (portaria nº. 1193/2009) e sabendo das dificuldades de disponibilidade financeira das Autarquias, que o Governo tome medidas para assegurar o respectivo financiamento. ------ Se torna indispensável avaliar o tempo e o tipo de formação necessários para tão exigente e arriscada missão. ---------------------------------------------------------------- ------ O Grupo Municipal do PCP propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sessão Ordinária realizada no dia 3 de Setembro de 2013, delibere: --------------- ------ 1) Endereçar o seu profundo pesar às famílias, às corporações e associações dos bombeiros que perderam a vida no combate às chamas; ------------------------------ ------ 2) Exigir ao Governo que assegure a todos os homens e mulheres, que vão combater os fogos, o seu equipamento de protecção individual; -------------------------- ------ 3) Exigir medidas, por parte do Governo, de apoio às populações afectadas para colmatar os prejuízos materiais; ---------------------------------------------------------- ------ 4) O governo deve proceder com as entidades regionais e locais ao reordenamento florestal e à clarificação da fiscalização e cumprimento da legislação.” ----------------------------------------------------------------------------------------- ------- VOTAÇÃO – a Moção nº 2 foi aprovada por unanimidade. --------------------- ----- Segue-se a transcrição e votação da Moção N.º 3, apresentada pelo Grupo Municipal do BE. ----------------------------------------------------------------------------------

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----- Moção N.º 3 - Contra a Especulação Imobiliária, o Loteamento da Colina de

Santana --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ “Considerando que: ----------------------------------------------------------------------- ------ 1. A Câmara Municipal de Lisboa colocou em discussão pública quatro pedidos de informação prévia sobre a viabilidade da realização de quatro operações de loteamento nos hospitais da Colina de Sant’Ana – Hospital Miguel Bombarda, Hospital de São José, Hospital dos Capuchos e Hospital de Santa Marta; --------------- ------ 2. Este projecto de loteamento a efetivar-se, abre espaço à especulação imobiliária; ----------------------------------------------------------------------------------------- ------ 3. A CML recorre uma vez mais à figura do loteamento, em vez da figura de Plano de Pormenor (PP) que obrigatoriamente teria que passar pelo crivo democrático da Assembleia Municipal de Lisboa (AML) no que concerne as escolhas em matéria de planeamento, construção e urbanização da Cidade; ---------------------- ------ 4. O prazo de doze dias para os cidadãos se pronunciarem são manifestamente insuficientes, porque impossibilita efectivamente uma real participação e a defesa do bem público; --------------------------------------------------------------------------------------- ------ 5. Com este projecto de loteamento, estamos perante uma das transformações urbanas mais profundas na história recente de Lisboa e que, infelizmente, como tem vindo a ser a marca da governação do Executivo de António Costa, a CML fez a sua escolha, escolhendo o lado da especulação imobiliária em detrimento da escolha e opção democráticas; ------------------------------------------------------------------------------ ------ 6. A planeada transformação radical destes antigos espaços conventuais reflete uma óbvia falta de preocupação pela preservação do valor patrimonial dos imóveis classificados que deviam ser integrados e adaptados a novas funções e usos que se adequem com as necessidades sociais das suas respectivas localizações; --------------- ------ 7. A opção clara é a de demolir tudo que não esteja classificado para assim cumprir com o objetivo da ESTAMO, que é o de fazer negócio de forma especulativa. Esta intenção especulativa dos terrenos não é escondida como facilmente se constata ao ler, por exemplo, a argumentação da autora do projeto para a demolição de estruturas arquitectónicas no Hospital de São José. No levantamento de dois interessantes edifícios da Arquitetura do Ferro, a antiga Central Térmica e a Lavandaria (1906), a sua destruição é justificada da seguinte forma: “Considera-se que o relativo interesse arquitectónico deste conjunto industrial não justifica, por si só, a sua conservação. Uma vez que no estudo em curso se está a revelar a dificuldade de integração deste conjunto, propõe-se a sua demolição.” ------------------ ------ Tendo ainda em conta ainda que -------------------------------------------------------- ------ a) A estratégia da ESTAMO com a cobertura da CML, não é a do planeamento e urbanismo, de novos usos de espaços e edifícios que fazem parte integrante da história do lugar e do seu valor patrimonial, mas sim o de conseguir libertar terrenos para novos edifícios. Lisboa não precisa mais construção nova mas sim de reabilitação! ----------------------------------------------------------------------------------------

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------ b) Por exemplo, a proposta para o antigo Hospital Miguel Bombarda é ainda mais extrema, propondo-se a destruição de todos os equipamentos daquele único e raro complexo hospitalar do país, exceto 5 imóveis, 3 deles protegidos por lei; ------- ------ c) O autor do projeto propõe, sem justificação, a demolição de edifícios notáveis como as Cozinhas (F1), a 1ª e 2ª Enfermarias/Cantina (E1), a 5ª e 6ª Enfermarias (E2), o Antigo Telheiro para passeio dos doentes (F1), as Oficinas (G1 e G2) e o Hospital de Dia (H1); ------------------------------------------------------------------ ------ d) Seriam removidos do conjunto um total de 16 imóveis, na sua grande maioria com interesse arquitetónico e histórico. Lembramos que muitos destes imóveis valem pelo seu conjunto pois exibem a lógica da medicina da época. Manter apenas 5 imóveis, isolados e descontextualizados, é apagar de forma brutal a história única deste espaço; -------------------------------------------------------------------------------- ------ e) A reabilitação urbanística da Colina de Sant’Ana deveria ser projetada respeitando a memória da fundação conventual do lugar, com oportunas vantagens e relevância para a cidade do presente e os seus desafios ambientais. Estes espaços fechados, cercados por altos muros e povoados por diversos edifícios de diferentes períodos históricos, estão agora em risco de se transformarem em novas áreas de ocupação urbana, com soluções do tipo quarteirões/edifícios. ---------------------------- ------ O Bloco de Esquerda propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em Sessão Ordinária no dia 3 de setembro de 2013, delibere: ---------------------------- ------ 1. Manifestar o seu repúdio pela forma pouco democrática como a CML escolheu conduzir todo este processo, marginalizando a participação democrática dos cidadãos e desta assembleia; --------------------------------------------------------------- ------ 2. Rejeitar os presentes pedidos de informação prévia (PIPs) que constituem um grave atentado ao património histórico e arquitectónico da cidade, à sua identidade e aos interesses dos seus habitantes; ------------------------------------------------------------- ------ 3. Enviar esta deliberação a todos os órgãos de soberania, às várias ordens profissionais com implicação direta no assunto, nomeadamente, a ordem dos arquitetos, dos engenheiros e dos médicos, aos sindicatos representativos da área da saúde, à Universidade Técnica de Lisboa e as Juntas de freguesia abrangidas.” ------ ------- VOTAÇÃO – a Moção nº 3 foi aprovada por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PSD, PPM, MPT, CDS-PP-PP e 1 (um) Deputado Independente, os votos contra do PS e as abstenções de 3 (três) Deputados Independentes. ------------ ------ Segue-se a transcrição e votação da Moção N.º 4, apresentada pelo Grupo Municipal do BE. ---------------------------------------------------------------------------------- ------ Moção N.º 4 - Em Defesa da Cinemateca de Lisboa -------------------------------- ------ “Considerando que: ----------------------------------------------------------------------- ------ a) A Cinemateca Portuguesa, Museu do Cinema, é uma instituição singular no panorama cultural português que garante o serviço público de exibição do património cinematográfico português e internacional; ------------------------------------- ------ b) É também a Cinemateca que garante o Arquivo Fílmico e Videográfico – ANIM, bem como a Cinemateca Júnior e a Cinemateca Digital. É por isso uma instituição cuja função é essencial para o acesso e a salvaguarda da cultura como

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bem público num estado democrático, e fundamental para uma cidade viva como Lisboa; ----------------------------------------------------------------------------------------------- ------ c) Em Abril deste ano, a administração da Cinemateca declarava em comunicado público que «a acentuadíssima quebra da receita geral (resultante do decréscimo dos proveitos da taxa sobre publicidade televisiva) atingiu níveis que, doravante, a menos que haja possibilidade de um reforço, inviabilizam quaisquer encargos com aluguer, transporte ou legendagem eletrónica de cópias»; --------------- ----- d) O Secretário de Estado da Cultura não resolveu o problema, recorrendo a medidas avulsas para suprir momentaneamente as necessidades de tesouraria da instituição; ------------------------------------------------------------------------------------------ ------ e) No entender do Bloco de Esquerda, o estrangulamento orçamental ultrapassou há muito o limite que permite o regular funcionamento dos equipamentos culturais públicos; --------------------------------------------------------------------------------- ------ f) Este caso demonstra que, por ausência de qualquer ação do Secretário de Estado da Cultura, nem sequer os serviços mínimos de uma estrutura singular no panorama cultural português é possível garantir, retirando ao público o único meio de acesso a grande parte do património cinematográfico nacional e internacional; --- ------ g) Chegamos por isso a Setembro com a perspetiva de, caso a tutela se recuse a assumir as suas responsabilidades, a Cinemateca seja obrigada a suspender a sua atividade; ------------------------------------------------------------------------------------------- ------ h) Significa isto que, para além da suspensão das exibições públicas, todo o investimento no arquivo do ANIM será desperdiçado dado que o património fílmico exige uma temperatura constante sob risco de degradação acentuada e irrecuperável; ------ i) Após uma crescente onda de indignação e de protesto face à situação da Cinemateca de Lisboa, o Secretário de Estado da Cultura, mais uma vez, como se tornou habitual, recorreu a medidas avulsas para suprir momentaneamente as necessidades de tesouraria da instituição, ao anunciar uma “dotação extraordinária” que, obviamente, não resolverá o problema estrutural de viabilidade e sustentabilidade financeiras da Cinemateca; ------------------------------------------------- ------ j) Dadas a gravidade e urgência da situação, não podem a Câmara Municipal, nem esta Assembleia Municipal de Lisboa ficarem silenciosas. Pois, exige-se uma posição pública de apoio sem reservas à Cinemateca Portuguesa, exigindo responsabilidade à tutela do Secretário de Estado da Cultura; --------------------------- ------ k) Lisboa e as suas instituições devem zelar pela manutenção e qualidade dos serviços públicos da cidade, o silêncio do Executivo da CML é de todo, para além de incompreensível, inaceitável. -------------------------------------------------------------------- ------ O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda propõe à Assembleia Municipal de Lisboa, reunida no dia 03 de Setembro de 2013, delibere: --------------------------------- ------ 1. Manifestar a sua solidariedade e o seu apoio público à Cinemateca de Lisboa, à sua direcção e aos seus funcionários; --------------------------------------------- ------ 2. Condenar a ausência de ação política que põe em causa a sobrevivência da Cinemateca em virtude do estrangulamento financeiro em que se encontra por inação e incúria da tutela;---------------------------------------------------------------------------------

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------ 3. Instar a Câmara Municipal de Lisboa para que envide todos os esforços junto da tutela para garantir para além da manutenção em pleno funcionamento da Cinemateca de Lisboa, também e sobretudo suas viabilidade e sustentabilidade financeiras. ----------------------------------------------------------------------------------------- ------ 4. Enviar esta deliberação aos órgãos de soberania, à Cinemateca bem como publicita-las junto dos órgãos de comunicação social.” ------------------------------------ ------- VOTAÇÃO – a Moção nº 4 foi aprovada por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PS, PPM, MPT e 4 (quatro) Deputados Independentes e os votos contra do PSD e CDS-PP-PP. -------------------------------------------------------------------- ----- Segue-se a transcrição e votação da Moção N.º 5, apresentada pelo Grupo Municipal do PPM. -------------------------------------------------------------------------------- ------ Moção N.º 5 - Pela Proibição de Venda e Consumo de Bebidas Alcoólicas na

Rua Após as 22 Horas --------------------------------------------------------------------------- ------ “Nos últimos dois anos, a frequência nocturna nas zonas do Bairro Alto e eixo Cais do Sodré – Príncipe Real aumentou, verificando-se, paralelamente, um aumento dos estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas e consequente consumo na via pública. --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ A maioria desses consumidores é formada por jovens menores de idades, que, em grande parte, provocam distúrbios nas zonas mencionadas, perturbando assim a tranquilidade dos seus moradores e desrespeitando a lei. ---------------------------------- ------ Esses comportamentos têm resultado na intensificação do lixo e imundície nas ruas, da violência verbal e física entre os utentes dos bares da zona e entre os moradores e na diminuição na frequência dos turistas nos hotéis. ------------------------ ------ Os moradores já solicitaram à Câmara Municipal de Lisboa que tomasse uma série de medidas pela salvaguarda dos seus direitos, mas nada foi feito de forma eficaz. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ------ A falta de fiscalização levou ao aumento de bares ilegais e consequente acréscimo da perturbação da ordem pública, bem como de venda e consumo de álcool na via pública após as 22 Horas. ------------------------------------------------------- ------ Por estas razões, o Grupo Municipal do Partido Popular Monárquico propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida na sua sessão ordinária de 3 de Setembro de 2013, delibere: --------------------------------------------------------------------- ------ 1 – Que a Câmara Municipal de Lisboa proíba a venda e consumo de bebidas alcoólicas na rua, fiscalize e autue em conformidade com o novo decreto-Lei nº 50/2013 de 13 de Abril. --------------------------------------------------------------------------- ------ 2 – Que a Câmara Municipal de Lisboa fiscalize e faça cumprir o regulamento geral do ruído, segundo o decreto-Lei nº9/2007 de 17 de Janeiro.” ---------------------- ------- VOTAÇÃO – a Moção nº 5 foi aprovada por maioria com os votos a favor do PEV, PCP, PS, PSD, PPM, MPT e CDS-PP-PP, os votos contra de 2 (dois) Deputados do BE e 4 (quatro) Deputados Independentes e as abstenções de 1 (um) Deputado do BE e 1 (um) Deputado Independente. ------------------------------------------- ----- Segue-se a transcrição e votação da Moção N.º 6, apresentada pelo Grupo Municipal do PEV. ---------------------------------------------------------------------------------

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------ Moção N.º 6 - Promoção de uma Mobilidade Sustentável na Cidade de Lisboa ------ “O preço do petróleo tem vindo a atingir níveis históricos por barril, e com claras e inequívocas certezas de um contínuo aumento. Este aumento do preço dos combustíveis é, sem dúvida alguma, a oportunidade clara de aposta na promoção da sustentabilidade dos transportes públicos das nossas cidades, e para o abandono do transporte individual, que tanto contribui, entre muitos outros factores, para a diminuição da qualidade de vida das nossas cidades. --------------------------------------- ------ A cidade de Lisboa não pode, nem deve perder a oportunidade de, nesta altura e para o futuro que se avizinha, se afirmar como cidade sustentável e que defende e promove o uso dos transportes públicos, com qualidade e a preços socialmente justos. Lisboa, como município pertencente à Área Metropolitana de Lisboa deve dar exemplo cimeiro aos restantes municípios para que o mesmo princípio tenha repercussões positivas e extensíveis a toda a AML, numa promoção efectiva da sustentabilidade de uma área metropolitana que possa competir com outras grandes e próximas metrópoles europeias. --------------------------------------------------------------- ------ A mobilidade urbana sustentável deve ser alcançada através de uma abordagem integrada de planeamento que tenha em atenção todos os modos de transporte nas cidades e suas áreas vizinhas, tendo em vista a satisfação das necessidades de mobilidade dos munícipes, num equilíbrio entre a qualidade ambiental, a equidade social e a qualidade de vida dos cidadãos. ------------------------ ------ Recentemente o executivo camarário procedeu ao levantamento dos carris de eléctricos durante os trabalhos de repavimentação da Rua do Ouro, sendo que a Câmara Municipal de Lisboa não teve em consideração o conteúdo da recomendação aprovada nesta assembleia sobre “Rede de Eléctricos na Cidade de Lisboa - O Prolongamento do Eléctrico nº 15 até ao Marquês de Pombal” (consta em anexo) no sentido de a autarquia proceder a todas as diligências para a manutenção, reabilitação e reabertura deste troço de eléctrico. ------------------------------------------- ------ Considerando que a qualidade de vida dos habitantes das zonas urbanas é cada vez mais directamente influenciada pelo estado do ambiente urbano. -------------------- ------ Considerando que a cidade de Lisboa continua a não possuir uma rede de transportes públicos eficiente, com boas interligações e intermodalidade entre eles, de forma a assegurar uma mobilidade sustentável às populações, dissuadindo-as igualmente de se deslocarem para a cidade no transporte individual; -------------------- ------ Considerando que as obras previstas nos terminais fluviais do Terreiro do Paço seriam desenvolvidas, pelo Metropolitano de Lisboa, em duas fases: primeiro seria a construção do novo terminal fluvial e a seguir o restauro e o reforço estrutural do antigo edifício da Estação Fluvial Sul e Sueste no Terreiro do Paço; -------------------- ------ Considerando que este interface intermodal de transportes públicos no Terreiro do Paço, pelo facto de prever servir mais de 40 mil passageiros por dia, assume uma enorme importância estratégica na cidade de Lisboa. --------------------------------------- ------ Considerando que o prolongamento da Linha Azul do Metropolitano de Lisboa até à Reboleira, se insere na estratégia de reforço da intermodalidade com a ferrovia

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e assegurará a ligação da Linha Azul do Metropolitano com a linha de comboios de Sintra na nova estação intermodal da Reboleira. --------------------------------------------- ------ Considerando que o estudo de viabilidade económica do empreendimento estima que o número de passageiros transportados pela futura estação de metro da Reboleira, resultante na procura gerada na própria área de influência da estação e no rebatimento da Linha de Sintra, seja cerca de 4 milhões de passageiros/ano; ------- ------ Considerando as vantagens das carreiras de eléctricos para a cidade em termos turísticos, mas também a sua contribuição na mobilidade das populações que habitam e trabalham nos bairros por eles servidos e não descurando ainda as mais-valia em termos ambientais, devido ao facto de os transportes férreos serem menos poluentes que os restantes modos de transporte de superfície; ----------------------------- ------ Considerando que o prolongamento da carreira nº 15 da Praça da Figueira até ao Marquês de Pombal permitirá a amenização climática nesta área da cidade devido uma diminuição da poluição atmosférica e sonora, bem como a uma valorização turística do património cultural, histórico, arquitectónico e edificado existente ao longo da Baixa Pombalina de Lisboa e da Avenida da Liberdade e ainda a dinamização das actividades económicas existentes em redor dos principais espaços públicos, nomeadamente Praça do Comércio, Praça da Figueira - Rossio, Restauradores - Portas de Santo Antão, Parque Mayer - Avenida e Marquês de Pombal - Parque Eduardo XVII; ---------------------------------------------------------------- ------ Considerando que em muitas paragens das carreiras de eléctricos não existem indicadores electrónicos com a informação dos tempos de espera, tal como já sucede na maioria das paragens de autocarros da CARRIS; ---------------------------------------- ------ Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa, na sequência da presente proposta do Partido Ecologista “Os Verdes”, delibera que: ------------------------------- ------ 1 – A Câmara Municipal de Lisboa diligencie junto das operadoras de transportes de públicos que servem a cidade de Lisboa para uma efectiva melhoria do serviço prestado, nas mais diversas vertentes, seja de mobilidade, intermodalidade, na rede, tarifários, entre muitos outros, para que numa estratégia conjunta, se defenda e promova o transporte público, a preços justos e ao serviço da população. -- ------ 2 – A CML interceda junto do Governo e da Administração do Metropolitano de Lisboa para que esta proceda à prossecução das obras da Estação Fluvial Sul e Sueste no Terreiro do Paço e de Expansão da Linha Azul do Metropolitano até à Reboleira e a conclusão das obras de ampliação das estações do Areeiro e Arroios; - ------ 3 – O executivo camarário exija à Carris um contínuo investimento na rede de eléctricos, com vista à melhoria do serviço prestado à população, a um aumento efectivo da segurança dos utilizadores deste modo de transporte e a colocação de indicadores electrónicos nas paragens das carreiras de eléctricos; ----------------------- ------ 4 – A autarquia interceda junto da Carris para que esta proceda à reposição da Carreira nº 24 entre o Cais do Sodré e Campolide; ----------------------------------------- ------ 5 – Manifestar o seu repúdio à CML pela remoção dos carris de eléctricos durante as obras de repavimentação da Rua do Ouro e o desrespeito pela deliberação

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tomada por esta assembleia municipal relativamente ao prolongamento do Eléctrico nº 15 até ao Marquês de Pombal; --------------------------------------------------------------- ------ 6 – Moção seja enviada ao Governo, Assembleia da República, Autoridade Metropolitana de Transportes, aos diversos operadores de transporte colectivos e aos restantes Municípios da Área Metropolitana de Lisboa.” ---------------------------------- ------- VOTAÇÃO – Moção nº 6: --------------------------------------------------------------- ------ Ponto 1 - foi aprovado por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PS, PPM, MPT e 5 (cinco) Deputados Independentes, e as abstenções do PSD e CDS-PP-PP. ----------------------------------------------------------------------------------------- ------ Ponto 2 - foi aprovado por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PS, PPM, MPT e 5 (cinco) Deputados Independentes, e as abstenções do PSD e CDS-PP-PP. ----------------------------------------------------------------------------------------- ------ Ponto 3 - foi aprovado por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PS, PPM, MPT e 5 (cinco) Deputados Independentes, e as abstenções do PSD e CDS-PP-PP. ----------------------------------------------------------------------------------------- ------ Ponto 4 - foi aprovado por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PSD, PPM, MPT e CDS-PP-PP, o voto contra do PS e a abstenção de 5 (cinco) Deputados Independentes. ------------------------------------------------------------------------ ------ Ponto 5 - foi rejeitado com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PPM, MPT e 1 (um) Deputado Independente, os votos contra de 4 (quatro) Deputados Independentes e as abstenções do PSD e do CDS-PP-PP. ----------------------------------------------------- ------ Ponto 6 - foi aprovado por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PS, PPM, MPT e 5 (cinco) Deputados Independentes, e as abstenções do PSD e CDS-PP-PP. ----------------------------------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Moção N.º 7, apresentada pelo Grupo Municipal do PEV. --------------------------------------------------------------------------------- ------ Moção N.º 7 - Contra a Destruição dos Serviços Públicos de Saúde e do

Património de Saúde em Lisboa --------------------------------------------------------------- ------ ”Os serviços públicos de saúde constituem uma parte integrante e fundamental na cidade e são um direito fundamental das populações, sendo necessário e urgente um efectivo investimento nesta área, apostando numa política de saúde pública, gratuita e de qualidade, próxima dos cidadãos e que vá ao encontro das necessidades das populações. ------------------------------------------------------------------------------------ ------ Contudo, Lisboa tem sido confrontada com gravíssimos ataques na área da saúde, como o encerramento e fusão de serviços, como foi o caso da fusão dos hospitais Curry Cabral e Pulido Valente, e o encerramento dos hospitais do Arroios, Desterro e Miguel Bombarda, além da tentativa de encerramento da Maternidade Alfredo da Costa. ---------------------------------------------------------------------------------- ------ De facto, a Câmara Municipal de Lisboa tem permitido e pactuado, inclusive, com muitos dos ataques à saúde na cidade perpretados pelo Governo. ------------------ ------ Recentemente, veio a público a intenção do Governo de redução das urgências na Área Metropolitana de Lisboa para uma única urgência nocturna, sendo mais um

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claro ataque aos serviços públicos de saúde, que põe em causa a assistência às populações e reduz a segurança em caso de emergência grave ou catástrofe. ---------- ------ Também a delapidação do património da saúde em Lisboa, através da conversão dos Hospitais da Colina de Santana - Miguel Bombarda, Capuchos, Santa Marta e São José – com um período de discussão pública manifestamente insuficiente (10 dias), transformando-os em espaços com valências hoteleiras, de habitação e comércio, mostra bem a cumplicidade entre a CML e o Governo, mas sobretudo a especulação imobiliária existente e latente nesta zona da cidade de Lisboa ------------ ------ Sobre esta intenção, o Conselho Internacional de Museus (ICOM) e o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS), duas instituições de defesa do património, defenderam que a conversão dos hospitais da Colina de Santana em hotéis e habitação põe em causa a estrutura conventual e a história daquela zona de Lisboa. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Estas intenções são reveladoras do desprezo pelas necessidades de cuidados de saúde das populações, principalmente quando Lisboa se depara com sérias insuficiências nos cuidados primários de saúde, havendo centenas de milhares de utentes que não têm médico de família atribuído. -------------------------------------------- ------ Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera, na sequência da presente proposta do Partido Ecologista “Os Verdes”, que a Câmara Municipal de Lisboa: ---------------------------------------------------------------------------------------------- ------ 1 – Diligencie junto do Governo no sentido de defender os serviços públicos de saúde e de promover uma efectiva política de saúde que vá ao encontro das necessidades das populações; ------------------------------------------------------------------- ------ 2 – Recuse a redução das urgências na cidade, por constituir um evidente ataque aos serviços públicos de saúde e por colocar em causa a assistência e segurança das populações; ----------------------------------------------------------------------- ------ 3 – Não permita a delapidação o património cultural, artístico e de saúde em Lisboa, salvaguardando a memória da Colina de Santana, a sua história ligada a conventos e hospitais, preservando o maior e mais importante conjunto de património integrado da medicina e saúde do nosso País.” ---------------------------------------------- ------- VOTAÇÃO – a Moção nº 7 foi aprovada por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PS, PPM, MPT e 5 (cinco) Deputados Independentes, e os votos contra do PS e CDS-PP-PP. ---------------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Moção N.º 8, apresentada pelo Grupo Municipal do PEV. --------------------------------------------------------------------------------- ------ Moção N.º 8 - Espaços Verdes da Cidade de Lisboa -------------------------------- ------ “Os espaços verdes de uma cidade têm um papel importante na promoção da qualidade de vida, devido às suas funções ecológicas, lúdicas e recreativas, sendo o seu principal objetivo a preservação da qualidade do ar, o recreio e o lazer, além de manterem a permeabilidade dos solos, prevenindo e evitando cenários caóticos de cheias, bem como a quebra da monotonia da paisagem da cidade, causada pelos grandes complexos de edificações, que cada vez mais caracterizam as nossas cidades.

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------ Em Lisboa, estes espaços devem, cada vez mais, ser elementos estruturantes da vivência e permanência na cidade, uma vez que as estruturas verdes constituem elementos identificáveis na estrutura urbana, caracterizam a imagem da cidade, sendo ainda elementos de composição e do desenho urbano. ------------------------------ ------ Perante isto, e uma vez que os espaços verdes têm de ser encarados como uma parte fundamental da cidade, devido à sua importância, e que é urgente uma efetiva política de gestão, requalificação e preservação dos mesmos, é de extrema importância que a Câmara Municipal de Lisboa, possua uma verdadeira estratégia para a gestão dos espaços verdes. -------------------------------------------------------------- ------ A implementação desta estratégia não tem estado de forma alguma nas intenções da autarquia, pois o que temos vindo a assistir sucessiva e massivamente é a uma constante tentativa de concessões, por contratação externa, da manutenção dos espaços verdes da cidade, as quais se caracterizam por serem curtas no tempo, o que provoca uma alternância entre o trabalho prestado por empresas privadas e a manutenção realizada diretamente pela autarquia ou pelas freguesias, alternância essa que acaba por camuflar as deficiências, ou falta de experiência, do trabalho dessas empresas. ----------------------------------------------------------------------------------- ------ Numa completa apatia, a CML vai continuando a não utilizar os formandos saídos da Escola de Jardinagem e de Calceteiros, situada na Quinta Conde de Arcos, ignorando o conhecimento e experiência de recursos humanos da própria autarquia, que poderiam servir como base para a referida estratégia. --------------------------------- ------ Aliada a esta inoperância, a autarquia continua a não preservar as grandes manchas verdes da cidade, como o Parque Florestal de Monsanto, que tudo pode comportar, inclusivamente um campo de tiro ilegal, ou mesmo o Parque da Bela Vista, que além de todos os anos por lá haver festival, quando estes acabam a sua devida requalificação fica a faltar. ------------------------------------------------------------- ------ Considerando que, apesar de insistentemente solicitado, até ao momento não se conhece qualquer estratégia municipal para a gestão dos espaços verdes, apesar do compromisso assumido pelo Senhor Vereador dos Espaços Verdes, e que apenas nos têm sido apresentadas propostas avulsas, à medida das necessidades, sem que haja um plano estudado, organizado e estruturado para gerir os espaços verdes de Lisboa. ------ Considerando que a agravar esta situação, tem-se vindo a assistir a uma constante tentativa de concessões, por contratação externa, da manutenção dos espaços verdes da cidade, quando existe a Escola de Jardineiros e Calceteiros, completamente desperdiçada pela autarquia, e nunca considerada como a chave para a resolução de muitos dos problemas funcionais dos jardins de Lisboa.------------------ ------ Considerando que têm vindo a ser realizados, em pleno mês de Agosto, inúmeros e indiscriminados cortes de árvores, muitas delas centenárias, em várias freguesias de Lisboa, nomeadamente Olivais Sul e Benfica. -------------------------------- Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera, na sequência da presente proposta do Partido Ecologista “Os Verdes”, que a Câmara Municipal de Lisboa: ---

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------ 1 – Apresente com a maior brevidade possível uma efetiva estratégia para a gestão dos espaços verdes da cidade de Lisboa, com vista à sua requalificação, valorização e preservação; ---------------------------------------------------------------------- ------ 2 – Pugne pela prestação do serviço público na manutenção e gestão dos espaços verdes da cidade, invertendo a tendência do recurso a empresas privadas, dotando a autarquia de meios humanos próprios, através de jardineiros formados na Escola de Jardineiros e Calceteiros da CML; ------------------------------------------------ ------ 3 – Promova programas e medidas de protecção activas de manutenção, preservação e de sustentabilidade do Parque Florestal de Monsanto.” ----------------- ------- VOTAÇÃO – a Moção nº 8 foi aprovada por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PSD, MPT e CDS-PP-PP, os votos contra do PS e as abstenções do PPM e 5 (cinco) Deputados Independentes. ------------------------------------------------ ------ Segue-se a transcrição e votação da Moção N.º 9, apresentada pelo Grupo Municipal do PEV. --------------------------------------------------------------------------------- ------ Moção N.º 9 - Contra a Degradação dos Equipamentos Desportivos na Cidade

de Lisboa ------------------------------------------------------------------------------------------- ------ “Desde 2006 que as piscinas municipais do Areeiro, Campo Grande e Olivais se encontram encerradas, abandonadas e sujeitas a sucessivos actos de vandalismo perante a passividade do executivo camarário, contribuindo para que estas piscinas apresentem um avançado estado de degradação. -------------------------------------------- ------ Em 2011, a piscina municipal de Penha de França foi encerrada, nunca mais tendo sido reaberta para a prática de natação pela população. --------------------------- ------ Por outro lado, o Pavilhão Carlos Lopes encontra-se encerrado há quase uma década (desde 2003), apresentando igualmente um avançado estado de degradação das suas instalações e necessitando urgentemente de obras de reabilitação, que permitam devolver este equipamento desportivo emblemático da cidade para a prática de diversas modalidades desportivas. ------------------------------------------------ ------ Considerando que é competência da Câmara Municipal de Lisboa proceder à manutenção e gestão dos equipamentos lúdicos e desportivos municipais; -------------- ------ Considerando que o executivo camarário anunciou, por diversas circunstâncias, a reabertura destas piscinas aos Lisboetas, mas que até ao momento não passaram de propaganda e de meras promessas não cumpridas; -------------------- ------ Considerando que o Pavilhão Carlos Lopes e as Piscinas Municipais do Areeiro, Campo Grande, Olivais, Penha de França se encontram em avançado estado de abandono e degradação; ---------------------------------------------------------------------- ------ Considerando que a Câmara de Lisboa recebeu três milhões de euros de contrapartidas do casino de Lisboa em 2008, as quais se destinavam à recuperação e reabilitação do Pavilhão Carlos Lopes, mas que nunca foram utilizados para esse efeito; ----------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Considerando que a forma como a Câmara Municipal de Lisboa trata este seu património é reveladora da consideração que tem pelas gerações de munícipes que cresceram desfrutando destes espaços lúdicos e desportivos da cidade, vendo-se hoje privados de os usufruir. ---------------------------------------------------------------------------

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------ Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera, na sequência da presente proposta do Partido Ecologista “Os Verdes”, que a Câmara Municipal de Lisboa: ----------------------------------------------------------------------------------------------- ------ 1 – Proceda à protecção eficaz do património dos equipamentos desportivos municipais da cidade, impedindo a sua completa deterioração. --------------------------- ------ 2 – Promova a dignificação e a utilização destes espaços lúdicos e desportivos existentes na cidade para usufruto da sua população. --------------------------------------- ------ 3 – Assuma claramente um papel activo na reabertura e gestão destes equipamentos desportivos municipais da cidade de Lisboa.”------------------------------- ------- VOTAÇÃO – a Moção nº 9 foi aprovada por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PSD, PPM, MPT e CDS-PP-PP, o voto contra do PS e as abstenções de 5 (cinco) Deputados Independentes. ------------------------------------------ ------ Segue-se a transcrição e votação da Recomendação N.º 1, apresentada pelo Grupo Municipal do PCP. ------------------------------------------------------------------------ ------ Recomendação N.º 1 ---------------------------------------------------------------------- ------ “ Considerando que: ----------------------------------------------------------------------- ------ Os moradores do Bairro das Olaias e do Bairro Portugal Novo são parte interessada no desenvolvimento e reabilitação destes bairros e das suas áreas envolventes; ----------------------------------------------------------------------------------------- ------ Existe uma parte do terreno dos bairros que está abandonada e em degradação; ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ O Grupo Municipal do PCP propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sessão Ordinária realizada no dia 3 de Setembro de 2013, delibere: ---------------- ------ Que o Executivo Camarário proceda em conformidade para que neste terreno, seja considerada a construção de equipamentos necessários à melhoria da qualidade de vida local, nomeadamente: ------------------------------------------------------------------- ------ 1) Um parque infantil, no terreno oposto às duas entradas do Bairro Portugal Novo (na direcção do Vale de Chelas); -------------------------------------------------------- ------ 2) Um campo de jogos desportivos destinado aos jovens; --------------------------- ------ 3) Recomendamos também que na zona do Casal Vistoso seja considerada a construção de uma creche, que é uma promessa do actual Executivo Camarário.” ---- ------- VOTAÇÃO – a Recomendação nº 1 foi aprovada por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PS, PSD, PPM, MPT e CDS-PP-PP, e as abstenções de 5 (cinco) Deputados Independentes. --------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Recomendação N.º 2, apresentada pelo Grupo Municipal do BE. -------------------------------------------------------------------------- ------ Recomendação N.º 2 - Campanha de Esterilização dos Gatos Silvestres de

Lisboa ----------------------------------------------------------------------------------------------- ------ “ Considerando que: ---------------------------------------------------------------------- ------ 1. É óbvia a necessidade de desenvolver planos de esterilização como forma de controlo de população dos animais domésticos, em alternativa ao abate de animais; porque é ineficaz; ----------------------------------------------------------------------------------

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------ 2. O abate não resolve nenhuma das origens do problema: o abandono de animais, a falta de esterilização de animais que acabam por ter ninhadas em casa dos donos ou na rua, a venda impulsiva de animais nas lojas de animais, ou a falta de adopção; -------------------------------------------------------------------------------------------- ------ 3. Porque é uma obrigação moral. Retirar aos animais aquilo que lhes é mais valioso, a sua vida, sem que isso seja de facto inevitável para os humanos, é moralmente reprovável e não pode continuar. A banalização da morte dos animais para resolver assuntos que não estão resolvidos por desinteresse e inoperância mostra, especialmente aos mais novos, que temos uma sociedade atrasada, que não sabe sequer respeitar os animais que nos acompanham nas nossas vidas; --------------- ------ 4. Porque é queimar dinheiro. De acordo com um estudo realizado pela Universidade do Porto, cada canídeo médio abatido custa ao Município cerca de 60 euros: custos de recolha, alimentação, eutanásia e incineração. Já a esterilização de um canídeo, que evita o nascimento de muitos mais, custa cerca de 15 euros. No caso dos gatos, a poupança é ainda maior; ---------------------------------------------------------- ------ 5. A Campanha de Esterilização de Animais Abandonados apresentou a esta Assembleia uma proposta de “Campanha de Esterilização dos Gatos Silvestres de Lisboa” já endereçada ao executivo camarário e para a qual pede o apoio da Assembleia; ----------------------------------------------------------------------------------------- ------ 6. Apesar do programa de esterilização de gatos da CML, o Programa CER – Captura-Esterilização-Recolocação- este não funcionou da melhor forma, não conseguindo conter a reprodução dos gatos na cidade pelo que o envolvimento da sociedade civil, associações de protecção animal, voluntários, clinicas veterinárias etc., é essencial para retirar o município da era medieval em que escolheu estar; ----- ------ 7. O controlo das colónias de gatos tem, segundo se escreve na apresentação do Programa CER, a vantagem de estabilizar o número de animais e melhorar a sua qualidade de vida, eliminar os comportamentos incomodativos associados ao acasalamento, para além de combater os roedores e apresentar um menor custo do que a captura-abate. ------------------------------------------------------------------------------ ------ O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda propõe à Assembleia Municipal de Lisboa, reunida no dia 03 de Setembro de 2013, delibere recomendar à CML que: ---- ------ 1. Inicie a “Campanha de Esterilização dos Gatos Silvestres de Lisboa”, consultando os proponentes, outras associações e grupos ligados à protecção dos animais domésticos em Lisboa, e outras entidades que entenda relevantes ao projecto; --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ 2. No âmbito da Resolução da Assembleia da República n.º 69/2011, de 4 de Abril, aprovada por unanimidade, institua o conceito de "cão ou gato comunitário" que garanta a protecção dos animais que são cuidados num espaço ou numa via pública limitada cuja guarda, detenção, alimentação e cuidados médico-veterinários são assegurados por uma parte de uma comunidade local de moradores.” -------------- ------- VOTAÇÃO – Recomendação nº 2: ----------------------------------------------------

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------ Ponto 1 - foi aprovado por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PS, PSD, PPM, MPT e CDS-PP-PP, e as abstenções de 5 (cinco) Deputados Independentes. -------------------------------------------------------------------------------------- ------ Ponto 2 - foi aprovado por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PSD, MPT e CDS-PP-PP, os votos contra do PS e PPM e as abstenções de 5 (cinco) Deputados Independentes. ------------------------------------------------------------------------ ------ Segue-se a transcrição e votação da Recomendação N.º 3, apresentada pelo Grupo Municipal do PSD. ------------------------------------------------------------------------ ------ Recomendação N.º 3 - Proibição de Estacionamento – Museu Nacional de

Arte Antiga ---------------------------------------------------------------------------------------- ------ “O Museu Nacional de Arte Antiga, situado na rua das Janelas Verdes que faz ligação com o contíguo largo de Santos-o-Velho, a nascente, e com o sítio da Pampulha, a poente, da onomástica desta rua lhe vem o nome pelo qual é popularmente conhecido – o de Museu das Janelas Verdes. -------------------------------- ------ Na extremidade ocidental do edifício, abre-se um pequeno jardim construído sobre a chamada Rocha do Conde de Óbidos, formação rochosa sobre a qual se situavam outrora, de um lado o palácio dos condes de Óbidos (atuais instalações da Cruz Vermelha), denominado de Jardim 9 de Abril, que é circundado pela rua Presidente Arriaga, pela travessa do Olival e a entrada principal do Museu e, do outro, o Convento das Albertas. ----------------------------------------------------------------- ------ Considerando que o Museu Nacional de Arte Antiga é o mais importante museu de arte dos séculos XII a XIX em Portugal, que Inclui coleções de pintura, escultura, desenho e artes decorativas, maioritariamente europeias, e também orientais representativas das relações que se estabeleceram entre a Europa e o Oriente na sequência das viagens dos descobrimentos iniciadas no século XV, de que Portugal foi nação pioneira. --------------------------------------------------------------------------------- ------ Considerando que o palácio se encontra numa zona de grande confluência de tráfego, quer a estreita rua Presidente Arriaga e Rua das Janelas Verdes quer, a sul, a Avenida 24 Julho - sendo que neste caso o Museu se encontra a uma cota significativamente superior. ---------------------------------------------------------------------- ------ Considerando que diariamente são estacionados dezenas veículos sobre a pequena praça em calçada fronteira à escadaria da entrada principal do museu, sem o controlo das entidades existentes para o efeito por concessão ou competência legal. ------ Considerando que, em 2012, após um foco de incêndio junto a uma das paredes do museu, os veículos dos Sapadores não conseguiram passar, tendo o fogo sido extinto com recurso aos extintores do museu. ------------------------------------------------ ------ Considerando que o PSD, em sessão de Câmara Municipal apresentou recomendação para a resolução do problema, assim como, no plenário da Assembleia Municipal de Lisboa foi apresentada e aprovada uma Moção no sentido de se ordenar o estacionamento e manutenção de limpeza em toda a área em questão e que, até há presente data, nada foi realizado pela CML que respondesse ao deliberado. ------------------------------------------------------------------------------------------

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------ Considerando as características topológicas do local, as características construtivas do próprio edifício e, acima de tudo, que o acervo que se encontra dentro das suas instalações, na sua maior percentagem está classificado como tesouro nacional. ----------------------------------------------------------------------------------- ------ Considerando, ainda, que o pouco espaço existente não é suficiente para garantir estacionamento geral para os visitantes do Museu, devendo ser apenas reservado para tomada e largada de pessoas ou, quando muito, para um número razoável de veículos de visitantes com deficiência. ------------------------------------------ ------ A Assembleia Municipal de Lisboa reunida em Sessão Ordinária, em 03 de Setembro de 2013, delibera recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que: ---------- ------ - Proceda ao imediato encerramento do local ao estacionamento permanente de veículos, recorrendo a todos os meios para a concretização desse objetivo, garantindo sem qualquer constrangimento acesso aos veículos de emergência.” ------ ------- VOTAÇÃO – a Recomendação nº 3 foi aprovada por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PS, PSD, PPM, MPT, CDS-PP-PP e 5 (cinco) Deputados Independentes, e as abstenções de 2 (dois) Deputados do PSD. ---------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Recomendação N.º 4, apresentada pelo Grupo Municipal do PSD. ------------------------------------------------------------------------ ---- Recomendação N.º 4 - Apoio Municipal ao programa de controlo da população

de Gatos Silvestres na cidade ------------------------------------------------------------------- ------ “Considerando que o número crescente de cães e de gatos excede a capacidade da nossa sociedade de cuidar deles. Em consequência, muitos não têm lares para abrigá-los passando a partilhar a cidade como seu habitat. Esta convivência não controlada com a comunidade cria a situações que origina a morte precoce de muitos dos animais vítimas de acidentes, ou eutanasiados, sujeitos maus-tratos ou doenças; - ------ Considerando que as fêmeas produzem normalmente duas ninhadas por ano. O tamanho da ninhada atinge em média 8 indivíduos, que se tornam independentes ao fim de 6 meses, pelo que em condições ideais, podem produzir-se partos em cada oito semanas; -------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Considerando que a prática simples de esterilizar um animal de companhia, de modo que ele/ela não possam reproduzir, faz uma grande diferença no sentido de reduzir o número de animais abandonados, evitando-se o sofrimento e a morte de muitos deles. A esterilização de fêmeas e machos traz inúmeras vantagens para o animal e para a comunidade; -------------------------------------------------------------------- ------ Considerando que se estima que um controlo deste tipo deve realizar-se duas vezes por ano para manter a população controlada, sabendo-se que nos gatos silvestres, a taxa de renovação é muito mais alta que nos gatos que recebem alimento; -------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Considerando que, em relação à sobrepopulação de gatos silvestres não existe qualquer outra solução, irá ser lançada em breve uma "Campanha de Esterilização dos Gatos Silvestres de Lisboa" desenvolvida pelos voluntários Grupo de Lisboa da Campanha de Esterilização; ---------------------------------------------------------------------

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------ Que a Câmara Municipal não tem capacidade instalada para, no quadro da ação isolada, um programa de grande escala de controlo de população de animais vadios na cidade seguindo os preceitos técnicos corretos, tal como reconheceu na apresentação do programa municipal CER (Captura-Esterilização-Recolocação). --- ------ A Assembleia Municipal de Lisboa reunida em Sessão Ordinária, em 03 de Setembro de 2013, delibera recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que: ---------- ------ - A Câmara Municipal de Lisboa promova um protocolo de colaboração com o Grupo de Lisboa da Campanha de Esterilização ou outras entidades ou organizações de cidadãos no âmbito da Proteção Animal, fornecendo o apoio logístico necessário á “Campanha de Esterilização dos Gatos Silvestres de Lisboa". ------------------------- ------- VOTAÇÃO – a Recomendação nº 4 foi aprovada por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PS, PSD, MPT e CDS-PP-PP, os votos contra do PPM e as abstenções de 5 (cinco) Deputados Independentes. --------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Recomendação N.º 5, apresentada pelo Grupo Municipal do PPM. ------------------------------------------------------------------------ ------ Recomendação N.º 5 - Pela Criação da Zona Protegida do Palácio Nacional

da Ajuda -------------------------------------------------------------------------------------------- ------ “Sabendo que; ------------------------------------------------------------------------------ ------ O Palácio Nacional da Ajuda é o expoente máximo palaciano do Neoclassicismo em Portugal, embora contenha ainda estruturas da antiga Real Barraca da Ajuda que não foi consumida pelo incêndio de 1794; ------------------------- ------ Tem uma zona envolvente verde, abandonada, que pertence ao plano inicial do Jardim Botânico da Ajuda, criado em 1765 por Domingos Vandelli (1730-1816) e projectada a sua inclusão e continuação para o lado Sul do actual palácio, segundo o risco de José da Costa e Silva (1747-1819); --------------------------------------------------- ------ O Jardim Botânico foi pensado como fazendo parte de um complexo mais alargado, conhecido como «Real Jardim Botânico da Ajuda, Laboratório Químico, Museu de História Natural e Casa do Risco»; ------------------------------------------------ ------ Parte destes imóveis ainda estão de pé e estão inseridos dentro do espaço do complexo original do Palácio da Ajuda; ------------------------------------------------------- ------ Os espaços verdes na cidade de Lisboa são escassos; -------------------------------- ------ Sabendo ainda que; ------------------------------------------------------------------------ ------ O Palácio Nacional da Ajuda tem aumentado o seu número de visitantes exponencialmente, tornando-se um elemento fundamental e de visita incontornável na rota turística da cidade; -------------------------------------------------------------------------- ------ A área envolvente está abandonada e tem um potencial enorme de desenvolvimento turístico, botânico e de lazer; ----------------------------------------------- ------ A envolvente histórica e as suas estruturas originais (séculos XVIII-XIX) estão ainda muito preservadas, tanto a nível arquitectónico, como a nível de espaços verdes; ------ A ligação entre o antigo Paço Velho – Quinta de Cima (actual GNR) e o Palácio Nacional da Ajuda poderá manter-se através do prolongamento do jardim; --

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------ Contém características únicas, sendo um exemplar ímpar em termo de capitais europeias; ------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Esta área, pelas suas especificidades naturais, interesse biológico, cultural, científico, histórico e arquitectónico, cumpre os requisitos legais ao abrigo do decreto de lei 19/93 de 23 de Janeiro. ---------------------------------------------------------- ------ O grupo municipal do Partido Popular Monárquico propõe a esta Augusta Assembleia que, na sua reunião ordinária de 3 de Setembro de 2013, delibere: -------- ------ 1. Criar a área protegida do Palácio Nacional da Ajuda; --------------------------- ------ 2. Expandir e desenvolver o Jardim Botânico da Ajuda, finalizando o seu projecto inicial e criando um espaço verde de lazer, nas zonas Sul e Nascente do Palácio; --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ 3. Enviar esta Recomendação para o Exm.o Senhor Presidente da Câmara, Dr. António Costa, para a Exm.a Senhora Vereadora do Pelouro da Cultura, Dra. Catarina Vaz Pinto, para o Exm.o Senhor Secretário de Estado da Cultura, Dr. Jorge Barreto Xavier e para o Ex.mo Senhor Director do Palácio Nacional da Ajuda, Professor Doutor José Alberto Ribeiro.” ------------------------------------------------------ ------- VOTAÇÃO – a Recomendação nº 5 foi aprovada por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PS, PSD, PPM, MPT e CDS-PP-PP, e as abstenções de 5 (cinco) Deputados Independentes. -------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Recomendação N.º 6, apresentada pelo Grupo Municipal do MPT. ------------------------------------------------------------------------ ------ Recomendação N.º 6 - Para a Apresentação de uma Listagem com o Conjunto

de Queixas e Reclamações Efectuadas pelos Munícipes ---------------------------------- ------ “Considerando: ---------------------------------------------------------------------------- ------ 1. Que o actual mandato autárquico está prestes a terminar; ----------------------- ------ 2. Que este mandato ficou marcado, entre outras acções, pela introdução de Reuniões Públicas Descentralizadas de Câmara, com a deslocação do elenco camarário às Juntas de Freguesia; ------------------------------------------------------------- ------ 3. Que ao longo destes 4 anos a Câmara Municipal de Lisboa fez uma série de reuniões públicas descentralizadas com o objectivo de ouvir mais de perto o que os cidadãos têm para dizer sobre as zonas da cidade onde vivem; ---------------------------- ------ 4. Que estas reuniões descentralizadas são verdadeiras “práticas de proximidade” para as populações que de outra forma teriam menos hipóteses de apresentar as suas ideias e opiniões, formularem as suas queixas e reclamações, bem como interpelarem directamente o executivo camarário sobre os problemas que os afligem nos locais onde residem; --------------------------------------------------------------- ------ 5. Que a Assembleia Municipal de Lisboa não tem tido, até ao presente momento, informações sobre esta medida política inovadora introduzida pelo actual executivo camarário de forma a poder formular opinião sobre a sua importância, pertinácia e eficácia. ------------------------------------------------------------------------------ ------ O Grupo Municipal do Partido da Terra, propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua reunião de 3 de Setembro de 2013, delibere: ---------------------------

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------ Propor ao executivo camarário que, no término do seu mandato, apresente nesta Casa uma listagem com o conjunto de queixas e reclamações apresentadas pelos munícipes, por Freguesia, e de entre essas quais as que foram, de facto, resolvidas e aquelas que se mantêm ao fim de 4 anos de mandato sem qualquer tipo de resposta.” --------------------------------------------------------------------------------------- ------- VOTAÇÃO – a Recomendação nº 6 foi aprovada por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PSD, PPM, MPT e CDS-PP-PP, e as abstenções do PS e 5 (cinco) Deputados Independentes. --------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Recomendação N.º 7, apresentada pelo Grupo Municipal do MPT. ------------------------------------------------------------------------ ------ Recomendação n.º 7 - Para a Apresentação Pública do Estado de

Implementação dos Instrumentos Participativos Emanados da Assembleia

Municipal de Lisboa ----------------------------------------------------------------------------- ------ “Considerando: ---------------------------------------------------------------------------- ------ 1. Que o actual mandato autárquico está prestes a terminar; ----------------------- ------ 2. Que todos os partidos representados nesta Assembleia Municipal procuraram, cada um à sua maneira e de acordo com os seus princípios programáticos, contribuir com sugestões, propostas, requerimentos e recomendações, com o propósito de auxiliar a Câmara Municipal na sua tarefa governativa; ----------- ------ 3. Que se trata de propostas de participação democrática e construtiva, apresentadas pelos diversos grupos municipais em nome dos munícipes de Lisboa; --- ------ 4. Que chegado ao fim do mandato, o Partido da terra encontra indispensável que este balanço seja feito e apresentado nesta casa, na última das sessões desta Assembleia Municipal, realçando o contributo de cada bancada na defesa do interesse da cidade e dos seus cidadãos; ------------------------------------------------------- ------ 5. Que não obstante a obrigatoriedade do executivo camarário em cumprir com as deliberações emanadas desta Assembleia, a verdade é que na maioria dos casos nada acontece desconhecendo-se, inclusivamente, que seguimento tiveram as propostas aqui apresentadas e votadas favoravelmente; ------------------------------------ ------ 6. Que o Partido da Terra entende ser obrigação, de todo e cada um dos Deputados eleitos pelo povo de Lisboa, exigir ao executivo camarário a prestação de contas sobre a implementação e a taxa de execução das propostas aprovadas na Assembleia Municipal de Lisboa; --------------------------------------------------------------- ------ 8. Que Grupo Municipal do Partido da Terra tem vindo, ao longo das últimas sessões, a interpelar o executivo camarário para que esclareça em que situação se encontram as propostas submetidas pelo MPT e aqui votadas favoravelmente. -------- ------ 9. Que as bancadas parlamentares e os seus deputados merecem conhecer o resultado do seu trabalho e os Lisboetas devem ter conhecimento das suas propostas e da importância que o executivo municipal lhes atribuiu. ---------------------------------- ------ O Grupo Municipal do Partido da Terra, propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua reunião de 3 de Setembro de 2013, delibere: ---------------------------- ------ Que na última sessão desta Assembleia, ou mesmo numa sessão extraordinária, o executivo municipal apresente aos Deputados eleitos pelo povo de lisboa, o

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conjunto das propostas apresentadas pela oposição, recomendações e moções, aprovadas nesta casa e qual o seu ponto de situação.” ------------------------------------- ------- VOTAÇÃO – a Recomendação nº 7 foi aprovada por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PSD, PPM, MPT e CDS-PP-PP, e as abstenções do PS e 5 (cinco) Deputados Independentes. --------------------------------------------------------------- ------ Segue-se a transcrição e votação da Recomendação N.º 8, apresentada pelo Grupo Municipal do PPM. ------------------------------------------------------------------------ ------ Recomendação N.º 8 - Museu Fernando da Silva Mauricio ----------------------- Fernando da Silva Maurício nasceu em Lisboa, no bairro da Mouraria na famosa Rua do Capelão, a 21 de novembro de 1933. ------------------------------------------------ ------ Iniciou a sua carreira de fadista com apenas 8 anos de idade, cantando em diversas casas de fado e participando em vários concursos.-------------------------------- Nos 60 e 70 a sua voz inconfundível, e as suas magnificas actuações levaram a que o povo o apelidasse de “Rei do Fado”. ---------------------------------------------------------- ------ Durante quase 20 anos participou em programas de fado na Emissora Nacional e na RTP. ------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Ficaram famosas as suas interpretações em “Igreja de Santo Estevão”, “ Boa noite Solidão”, “ Como é bom ser pequenino” que se tornaram ícones musicais do Fado. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ------ Recebeu vários prémios entre os quais o Prémio Prestígio e de Carreira da Casa da Imprensa tendo sido agraciado no ano de 2001 pelo Srº Presidente da República com a Comenda da Ordem de Mérito numa cerimonia no Coliseu dos Recreios. -------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Sendo considerado um dos mais importantes fadistas da sua geração, e tendo sido já prestadas diversas homenagens pelo Município de Lisboa, vem o Grupo Municipal do PPM propor a esta digníssima Assembleia que, na sua reunião ordinária de dia 3 de Setembro de 2013, delibere: ------------------------------------------ ------ 1 - Solicitar à Câmara Municipal de Lisboa a criação da Casa-Museu Fernando Maurício no local onde nasceu e foi descerrada uma lápide comemorativa, passando assim a Mouraria a ter mais um local de identidade e atracção turística. --- ------ 2 - Enviar esta recomendação a: ------------------------------------------------------- ------ - Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António Costa ---------------- ------ - Vereadora da Cultura da CML, Dr.a Catarina Vaz Pinto” ----------------------- ------- VOTAÇÃO – a Recomendação nº 8 foi aprovada por maioria com os votos a favor do BE, PEV, PCP, PS, PSD, PPM, MPT e CDS-PP-PP, e as abstenções de 5 (cinco) Deputados Independentes. --------------------------------------------------------------- ------ A Senhora Presidente, seguidamente, deu por findo o Período de Antes da Ordem do Dia, e informou que se iria passar ao ponto n.º 1 da Ordem de Trabalhos, o qual consistia na apresentação da Informação Escrita do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. ------ Em seguida, deu a palavra ao Senhor Deputado António Prôa, que solicitara fazer uma interpelação à Mesa. ------------------------------------------------------------------ ----------------------------------- ORDEM DO DIA ----------------------------------------------

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------ O Senhor Deputado Municipal António Prôa (Partido Social Democrata), no uso da palavra, começou por dizer que fazia, naquele momento, uma interpelação à Mesa por ser o primeiro ponto da Ordem de Trabalhos da Reunião daquele dia, para procurar transmitir, ainda que de forma sucinta, porque a figura assim o obrigava, três aspetos que iriam condicionar uma conclusão que adiante anunciaria. -------------------- ------ Prosseguiu, referindo que, em primeiro lugar, no transato dia vinte e quatro de julho, naquela Assembleia Municipal, haviam deliberado considerar ilegais as Contas, o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras do ano de dois mil e doze, do Município de Lisboa, sublinhando que, na ocasião, o argumento fora claro, e prendia-se com pagamentos devidos pela EPUL, efetuados irregularmente pela CML, num valor superior a vinte milhões de euros. -------------------------------------------------------- ------ Lembrou que a Assembleia Municipal recomendara a correção das Contas, sublinhando que fora uma deliberação tomada por todos os partidos da oposição, com exceção do Partido Socialista, uma recomendação que no entender do PSD deveria ter merecido o respeito por parte do Senhor Presidente e da Câmara Municipal de Lisboa. ------ Referiu que aquele teria sido o momento para o Senhor Presidente, em cumprimento da recomendação da Assembleia Municipal de Lisboa, ter apresentado as Contas já devidamente corrigidas e em conformidade com a legalidade exigida. ---- ------ Constatou que se verificava pela Ordem de Trabalhos distribuída que a CML optara por não o fazer, evidenciando, daquela forma, desrespeito, desconsideração e manutenção da ilegalidade. ------------------------------------------------------------------------ ------ Continuou, dizendo que dias antes, no dia dezoito de julho, o Grupo Municipal do Partido Social Democrata apresentara um requerimento no qual solicitava, com carácter de urgência, à CML, através da Senhora Presidente da Assembleia, o relatório anual elaborado pela CML no início de dois mil e onze sobre os processos de contratação e adjudicação de obras públicas municipais, em que, alegadamente, se concluía pela existência de procedimentos pouco transparentes, concluindo que até ao dia em que se encontravam, não havia sido recebido por aquele Grupo da AML a devida resposta por parte da CML. -------------------------------------------------------------- ------ Notou que naquele dia teria sido o momento, no período de Antes da Ordem do Dia, para a CML ter prestado alguma justificação pela ausência de cumprimento na resposta ao referido requerimento. --------------------------------------------------------------- ------ Salientou que, em terceiro e último lugar, na Informação Escrita do Senhor Presidente, que era o ponto que iriam, de seguida, abordar, era omitida, por alegada dificuldade, informação sobre os dados financeiros relativos ao prazo médio de pagamento do mês de junho, acrescentando que, no entanto, naquele dia, aquela dificuldade poderia ter sido ultrapassada com a entrega daquela informação, o que não havia acontecido até ao momento. --------------------------------------------------------------- – Prosseguiu, referindo que também tinha sido omitida informação relativamente ao ativo e passivo referente ao mês de julho, que aqueles valores não estavam disponíveis, o que consubstanciava uma incorreção manifesta no valor do endividamento líquido da Câmara, que era assim mascarado por uma incorrecção derivada daquela ausência de informação, concluindo que a mesma poderia ter sido

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omitida, mas que haviam preferido transmiti-la de forma incorreta, mascarando a realidade do estado das contas do Município. ------------------------------------------------- ------ Sublinhou que aquele mascarar da realidade, que sacrificava o rigor e até a transparência sempre que aquela realidade não coincidia com a vontade do Senhor Presidente, teria que ter um ponto final e deveria ter uma justificação por parte do mesmo, sublinhando que o Senhor Presidente sempre procurara criar uma imagem diferente da realidade. ------------------------------------------------------------------------------ ------ Revelou que perante a indisponibilidade do Senhor Presidente em repor a legalidade das “Demonstrações Financeiras” de dois mil e doze, conforme fora recomendação daquela Assembleia Municipal, o PSD iria formalizar a denúncia das infrações patentes naquele documento junto do Tribunal de Contas e da Inspeção Geral de Finanças. --------------------------------------------------------------------------------- ------ Terminou, salientando que perante o manifesto desrespeito do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa em cumprir a recomendação sobre matéria importante para o rigor da gestão daquele Município, restava ao PSD, naquele momento, abandonar a Sessão. ------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (Centro Democrático Social – Partido Popular), no uso da palavra, referiu que reiterava as alegações que fizera no Período de Antes da Ordem do Dia, designadamente no âmbito das moções e recomendações relativas à falta de respeito que a Câmara tinha demonstrado, durante quatro anos, em relação às propostas que haviam apresentado, não só o CDS-PP, mas também outras Bancadas. -------------------------------------------------------------------------- ------Disse, ainda, concordar com as alegações então apresentadas pelo Deputado António Prôa, informando que a bancada do CDS-PP também iria abandonar os trabalhos. -------------------------------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Gonçalo da Câmara Pereira (Partido Popular Monárquico), no uso da palavra, disse que também a coligação da qual faz parte se surpreendia até ao último dia do mandato, acrescentando que continuavam solidários com o seu partido de coligação. ----------------------------------------------------- ------ A Senhora Presidente disse que iria interromper a Sessão porque não tinham quórum, e pediu aos Senhores Representantes que fossem à Mesa para discutirem a sequência da Sessão, acrescentando que a mesma poderia continuar, uma vez que a Informação Escrita não implicava qualquer votação, pelo que a falta de quórum não a perturbava, mas que, no entanto, gostaria de discutir aquele assunto com os Senhores Representantes. ------------------------------------------------------------------------------------- ------ Continuou, explicando que iriam fazer uma contagem de presenças, e desculpou-se perante o Senhor Presidente da CML, referindo que iriam interromper os trabalhos. Em seguida, deu indicação aos Senhores Deputados que não haviam abandonado a sala para que tomassem os seus lugares de modo a facilitar a referida contagem. -------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Seguidamente, a Senhora Presidente passou a fazer uma contagem, para efeitos do n.º 5 do artigo 29.º do Regimento da AML, de modo a esclarecer o número

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de presenças no Plenário, tendo sido apuradas, naquele momento, quarenta e nove presenças. -------------------------------------------------------------------------------------------- ------ A Senhora Presidente declarou então que nos termos da alínea c) do n.º 1, e do n.º 2 do artigo 30.º do Regimento da AML iria interromper por quinze minutos a Sessão, referindo que lamentava que existissem três propostas que não iriam ser discutidas e que os Srs. Deputados que queriam trocar impressões com o Senhor Presidente ficassem assim impedidos de o fazer. ---------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Miguel Coelho (Partido Socialista), de novo no uso da palavra, disse que no entendimento da sua bancada, não havendo quórum, a reunião não podia continuar. Mas queria interpelar a Senhora Presidente, porque era uma dúvida que o assolava, se o ato de abandono de uma sessão tinha incidência no respetivo recebimento da senha de presença de cada um dos Deputados que haviam abandonado a sala. --------------------------------------------------------------------------------- ------ A Senhora Presidente respondeu, esclarecendo que, obviamente, que teria de ter incidência, porque os Senhores Deputados haviam saído, já lá não estavam, e o n.º 4 do artigo 29º do Regimento da AML, dizia que, passando a citar a referida disposição normativa, cujo conteúdo se passa, de imediato, a transcrever: “Das reuniões dadas sem efeito por falta de quórum é elaborada ata, onde se registam as presenças e ausências dos membros da Assembleia, havendo lugar à marcação de falta aos ausentes.” -------------------------------------------------------------------------------- ------ Continuou, referindo que lamentava que a última sessão de trabalho tivesse terminado daquela forma, e que, por aquele motivo, pedia desculpa aos serviços da Câmara e às crianças das escolas que, provavelmente, iriam ficar com o transporte escolar atrasado, tal como o fazia em relação à EGEAC, a qual iria continuar a aguardar o seu subsídio. --------------------------------------------------------------------------- ------ O Senhor Deputado Municipal Paulo Quaresma (Partido Comunista Português), no uso da palavra, disse que o facto de ter sido levantada a questão da senha de presença obrigava a que fosse feita a chamada dos Senhores Deputados, uma vez que alguns elementos do PS também não se encontravam presentes, pelo que também esses não a poderiam receber. ---------------------------------------------------------- ------ Seguidamente, e quando eram dezoito horas e quinze minutos, a Senhora Presidente procedeu à verificação nominal do quórum nos termos e para efeitos do n.º 5 do artigo 29.º do Regimento da AML, procedendo à chamada dos Senhores Deputados, com base na qual registou as presenças na lista respetiva, disponibilizada na presente reunião.--------------------------------------------------------------------------------- ------As presenças registadas na sequência da verificação nominal do quórum foram as seguintes: --------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Alberto Francisco Bento, Ana Maria Gaspar Marques, António Manuel Dias Baptista, António Modesto Fernandes Navarro, António Paulo Duarte de Almeida, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Deolinda Carvalho Machado, Ermelinda Lopes da Rocha Brito, Fernando Pereira Duarte, Filipe Mário Lopes, Gonçalo Matos Correia Castro de Almeida Velho, Hugo Alberto Cordeiro Lobo,

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Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Idália Maria Jorge Poucochinho Morgado Aparício, Inês Lopes Cavalheiro Ponce Dentinho de Albuquerque D’Orey, João Álvaro Bau, Joaquim Lopes Ramos, Jorge Telmo Cabral Saraiva Chaves de Matos, José Alberto Ferreira Franco, José António Nunes do Deserto Videira, José Manuel Rosa do Egipto, José Manuel Marques Casimiro, José Maximiano de Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Luís Filipe da Silva Monteiro, Maia Alexandra Dias Figueira, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro, Maria Elisa Madureira de Carvalho, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria João Bernardino Correia, Maria Luísa Rodrigues das Neves Vicente Mendes, Maria Simonetta Bianchi A. de Carvalho Luz Afonso, Maria Teresa Cruz de Almeida, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Nelson Pinto Antunes, Patrocínia da Conceição Alves Rodrigues de Vale César, Paula Cristina Coelho Marques Barbosa Correia, Paulo Alexandre da Silva Quaresma, Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho, Rita da Conceição Carraça Magrinho, Rita Susana da Silva Guimarães Neves e Sá, Vítor Manuel Alves Agostinho, João Capelo, António José Gouveia Duarte e Miguel Afonso da Silva Ribeiro Reis. ------------------------------------ ------ A Senhora Presidente informou que estavam quarenta e sete Deputados na sala no momento da chamada, o que não perfazia o quórum, e que já havia passado mais de um quarto de hora desde que o PSD e outros tinham abandonado a sala pelo que, com muita pena e mágoa, teriam de terminar a Sessão. Acrescentou ainda que esperava que na sessão de dia oito de outubro tudo pudesse correr de uma maneira mais agradável para todos, para os que iriam partir, os que iriam chegar e os que ficavam, agradecendo, por fim, a todos os presentes. ----------------------------------------- ------ A Senhora Presidente, seguidamente, deu por encerrada a Reunião. -------------- ------ Eram dezoito horas e trinta minutos. ------------------------------------------------------ ------ E eu, , Primeiro Secretário, fiz lavrar a presente ata que subscrevo juntamente com a Segunda Secretária, . ---- ---------------------------------------A PRESIDENTE --------------------------------------------